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Boletim Informativo Março de 2015

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BOLETIM INFORMATIVO Nº 65

Março de 2015 _____________________________________________

Notícias Parlamento Europeu quer diminuir o consumo de sacos de plástico O Parlamento Europeu (PE) aprovou

recentemente um conjunto de novas

regras para reduzir o consumo dos sacos

de plástico na União Europeia.

A nova legislação vai obrigar cada um dos

Estados-Membros a assegurar uma

redução de 50% do consumo médio anual

dos sacos de plástico até 2019 (limite de

90 sacos por pessoa) e de 80% até 2025

(limite de 40 sacos por pessoa) ou a

proibir a sua distribuição gratuita aos

consumidores finais, nos variados pontos

de venda (tal como fez Portugal ao

introduzir a taxa de 10 cêntimos) até ao

final de 2018.

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Para a relatora do PE, Margrete Auken, “estas novas regras irão reduzir de forma drástica a utilização dos sacos de plástico e significam um avanço histórico no combate ao problema generalizado dos resíduos de plástico que degradam o nosso ambiente”. O documento aprovado pelo Parlamento aplica-se aos sacos de plástico “leves”, (que têm uma espessura inferior a 50 micrómetros, ou 0,05 milímetros). Mas a decisão também não descura os sacos de plástico “muito leves” – com menos de 0,015 milímetros de espessura, como os que são utilizados para embalar frutas e legumes nos supermercados. Embora não haja metas para estes sacos, a Comissão Europeia deverá avaliar o impacto de alternativas para reduzir a sua utilização e proporá nova legislação no futuro, caso se revele adequado. A Comissão também irá analisar a questão dos sacos oxodegradáveis (plásticos que contêm um aditivo que favorece uma degradação mais rápida) que se transformam em minúsculas partículas, mas que não são totalmente bio degradados. Serão também estabelecidas normas de rotulagem para que não passem por biodegradáveis sacos que apenas se fragmentam com o tempo. O novo documento nasceu de uma proposta da Comissão de 2013 (ver Boletim n.º 61) que não era muito ambiciosa. Apenas exigia que os Estados-Membros adotassem medidas para reduzir o uso de sacos de plástico. “A Comissão estava relutante. A sua proposta resultou em nada. Foram os Estados-membros e o Parlamento que transformaram a proposta

inicial em metas calendarizadas e vinculativas”, afirmou Margrete Auken. Governo estimula o Crescimento Verde Foi assinado recentemente o “Compromisso para o Crescimento Verde” entre o Governo e 80 instituições pertencentes aos mais variados setores, que resultou do debate realizado no âmbito da Coligação para o Crescimento Verde, constituída por quase uma centena de organizações (das áreas empresarial, científica, financeira), entidades públicas, fundações e ONGs. O documento, apresentado em setembro do ano passado e que esteve em consulta pública até 15 de janeiro pretende estabelecer “as bases para um compromisso em torno de políticas e objetivos que impulsionem um modelo de desenvolvimento capaz de conciliar o indispensável crescimento económico com um menor consumo de recursos naturais e com a justiça social e a qualidade de vida das populações”. Abrange os mais variados sectores como a água, os resíduos, a reabilitação urbana, a eficiência energética e hídrica, as emissões de dióxido de carbono, as energias renováveis, a qualidade do ar e a valorização da biodiversidade. O Compromisso para o Crescimento Verde fixa 13 objetivos quantificados para 2020 e 2030: 1 - aumentar o VAB “verde” -> 3000 milhões de euros em 2020 e 5100 milhões de euros em 2030;


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2 - incrementar as exportações “verdes” ->700 milhões de euros em 2020 e 1200 milhões de euros em 2030; 3 - criar postos de trabalho “verdes” -> 95 mil em 2020 e 140 mil em 2030; 4 - aumentar a produtividade dos materiais -> 0,98 em 2020 e 1,19 em 2030 (assegurando o objetivo europeu de crescimento de 30% até 2030); 5 - aumentar a incorporação de resíduos na economia -> 68% em 2020 e 87% em 2030; 6 - privilegiar a reabilitação urbana -> 17% das obras novas em 2020 e 23% das obras novas em 2030; 7 - aumentar a eficiência energética -> 134 tep/milhão de euros PIB em 2020 e 107 tep/milhão de euros PIB em 2030; 8 - aumentar a eficiência hídrica -> máximo de 25% de água não faturada no total da água colocada na rede em 2020 e 20% em 2030; 9 - reduzir as emissões de CO2 -> entre 68 e 72 milhões de toneladas CO2 em 2020 e entre 54 e 60 milhões de toneladas CO2 em 2030; 10 - reforçar o peso das energias renováveis -> peso de 31% no consumo final de energia em 2020 e 40% em 2030; 11- melhorar o estado das massas de água -> 72% das massas de água passar de qualidade «Inferior a Boa» a «Boa ou Superior» em 2020 e 100% em 2030; 12 - melhorar a qualidade do ar -> máximo de nove dias com Índice de Qualidade do Ar (IQAR) «fraco» e «mau» em 2020 e máximo de dois dias em 2030; 13 - valorizar a biodiversidade -> 126 espécies e 96 habitats com estado de conservação «favorável» estabelecido por região biogeográfica em 2020 e 158 espécies e 144 habitats em 2030.

Para o ministro Moreira da Silva, este Compromisso assume a ambição de posicionar Portugal como uma das principais referências mundiais do crescimento verde e, nesse sentido, estabelece metas de curto e médio-prazo que, sendo exigentes e ambiciosas, são igualmente atingíveis com o indispensável sentido reformista e com a mobilização de todos. SPV destrói mitos sobre a reciclagem A Sociedade Ponto Verde convidou dois humoristas para ajudar a falar de assuntos sérios, respondendo aos mitos mais comuns sobre reciclagem de embalagens, na sequência das dúvidas levantadas pela população na Missão Reciclar. Constituída por quatro filmes com a duração de um minuto e meio cada, a campanha “Recicla Mitos” já chegou às salas de cinema, à televisão (AXN, TVCine e TVSeries) e à Internet (site, facebook e canal youtube da Sociedade Ponto Verde). César Mourão e Nuno Markl são os protagonistas de quatro episódios que visam desmistificar alguns mitos associados à reciclagem de resíduos de embalagens. Os humoristas aparecem de rompante junto de pessoas comuns, em situações do dia-a-dia, explicando o que acontece às embalagens usadas que separamos em nossas casas e os benefícios de fazer a separação das mesmas. Do mesmo realizador da série televisiva “Sal”, Telmo Martins, os quatro filmes pretendem desmistificar a ideia de que os resíduos depositados nos ecopontos são


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misturados no camião que os transporta até aos centros de recolha e triagem; explicar que a reciclagem não é causadora de desemprego, mas antes geradora de postos de trabalho; tirar dúvidas sobre gestos de reciclagem; e, por último, esclarecer sobre a presença de ecopontos disponibilizados em território nacional. Em 2014 as embalagens usadas enviadas para reciclagem atingiram o valor mais elevado de sempre. A Sociedade Ponto Verde encaminhou para reciclagem 419 mil toneladas de embalagens recuperadas no fluxo urbano. Os resultados alcançados são o resultado do empenho de todos os parceiros do Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens e da população portuguesa que, fruto das campanhas de sensibilização desenvolvidas ao longo dos últimos anos, desempenharam um papel crucial para que a reciclagem crescesse em Portugal. “Suponho que um dos sinais da eficácia de uma campanha é quando as primeiras pessoas a aprender alguma coisa com ela são as que a fazem. Fazer estes filmes com o César foi imoralmente divertido, mas para além disso senti-me muito mais alerta para algumas questões ligadas a um tema que importa a todos, o da reciclagem. Espero que toda a gente se divirta também a ver e que desfaça alguns mitos teimosos sobre o assunto”, salientou Nuno Markl. Os mitos que estão na base dos filmes foram selecionados a partir de algumas das dúvidas levantadas pela população no âmbito da Missão Reciclar, a maior iniciativa de sensibilização para a reciclagem de embalagens alguma vez realizada em Portugal.

Desde Dezembro de 2013, a equipa da Missão Reciclar já bateu à porta de 1,5 milhões de lares de norte a sul do País, falou com mais de 280 mil pessoas e equipou 235 mil lares com ecopontos domésticos. A ação tem sido desenvolvida pela Sociedade Ponto Verde em coordenação com os Municípios e os Sistemas Municipais, proporcionando as condições para que um número cada vez maior de portugueses possa separar e encaminhar os seus resíduos de embalagem para reciclagem. SPV lança concurso de design Sabendo que o sucesso do processo de reciclagem começa em casa com a separação correta dos resíduos, a Sociedade Ponto Verde lançou dois novos concursos de design com o objetivo de encontrar soluções criativas e funcionais para a separação de resíduos de embalagem. As duas ações – para o desenvolvimento de um novo ecoponto doméstico e para o design dos três sacos reutilizáveis que constituem o conjunto de ecobags para separação seletiva de embalagens – foram apresentadas no decorrer do Festival In que decorreu no Parque das Nações. Nos últimos anos a Sociedade Ponto Verde contribuiu para que a reciclagem e a separação de resíduos seja um gesto acessível a todas as pessoas. Através da Missão Reciclar e de outras iniciativas, tem equipado milhares de lares portugueses de norte a sul do País com recipientes próprios para a separação doméstica de embalagens usadas. Com o lançamento destes dois novos concursos, é objetivo da


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SPV continuar a contribuir para que, em cada lar, possa haver recipientes adequados para a separação de resíduos, uma vez que a falta dos mesmos é um dos argumentos mais usados por quem não faz essa separação. Concurso para desenvolvimento de ecoponto doméstico: O projeto visa desenvolver um novo ecoponto doméstico economicamente acessível a todas as pessoas e com a dimensão adequada tendo em conta o reduzido espaço existente nas habitações para este fim. Por outro lado, o novo ecoponto, em plástico, deverá possibilitar a recolha até 4 materiais, com volumes repartidos e ajustáveis, e ter em conta aspetos ergonómicos para a deposição e recolha dos resíduos. O concurso decorrerá até dia 22 de maio. As propostas serão avaliadas por representantes da Sociedade Ponto Verde e da OVO, empresa que disponibiliza um conjunto completo de soluções de contentorização temporária de resíduos. 3º Concurso de design Recicl’arte – Decoração de ecobags: Com as embalagens que são enviadas diariamente para reciclagem pela Sociedade Ponto Verde, seria possível encher mais de 1.000.000 de ecobags em apenas um dia. Estes números levaram a Sociedade Ponto Verde a relançar o concurso “Recicl’arte”, no sentido de contribuir ainda mais para o aumento da taxa de reciclagem em Portugal. O 3º concurso de design “Recicl’arte” tem por principal objectivo encontrar a solução mais criativa de decoração dos três sacos

que constituem o conjunto de ecobags para separação seletiva de embalagens. Também a decorrer até 22 de maio, o concurso tem como destinatários principais estudantes de design, ou outros profissionais desta área. Os participantes deverão criar a imagem dos ecobags em função das regras de separação de materiais: verde para o vidro, azul para o papel e cartão e amarelo para o plástico e metal. O vencedor verá a sua criação e assinatura impressas na próxima impressão de ecobags da Sociedade Ponto Verde e, adicionalmente, receberá um prémio pecuniário no valor de 2.500€. Os 2º e 3º classificados receberão um prémio no valor de 500€. Os trabalhos finalistas escolhidos pelo júri serão sujeitos a votação online na página de Facebook da Sociedade Ponto Verde. SPV publica obras originais sobre o ambiente Até 29 de maio, a Sociedade Ponto Verde vai receber candidaturas para a melhor obra original que contribua para promover práticas e procedimentos que fomentem o desenvolvimento sustentável e uma economia de baixo carbono. Atribuído pela Sociedade Ponto Verde, em conjunto com a editora Princípia, o Prémio “Obra Escrita Original Green Project Awards – Sociedade Ponto Verde” foi criado em 2012. A obra vencedora, de natureza académica, científica ou outra, será transformada em livro. “Ao longo das últimas duas décadas, a Sociedade Ponto Verde tem vindo a


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contribuir para promover o Desenvolvimento Sustentável e a Economia Verde em Portugal. Este prémio é mais uma das iniciativas que vai ao encontro desse objetivo. Orgulhamo-nos dos resultados e das obras publicadas nos últimos três anos. Esperamos continuar a impulsionar a publicação de obras de qualidade que, sem este prémio, poderiam nunca ser conhecidas”, salienta Luís Veiga Martins, Director-Geral da Sociedade Ponto Verde. O Prémio Obra Escrita Original Green Project Awards – Sociedade Ponto Verde insere-se na 8ª edição do Green Project Awards. Podem ser apresentadas todas as obras não publicadas, textos de autor ou, entre outras, teses de doutoramento e mestrado. A obra vencedora será editada e o seu autor receberá um prémio no valor de 2.500 euros. Nos anos anteriores, o prémio foi atribuído às obras “Bem Público – Valor Público. A Educação para os valores ambientais no Museu da Água da EPAL”, de Margarida Ramos, “Taxas e Procedimentos Sustentáveis em Operações Urbanísticas”, de Dinis Leitão, e “O Sistema Pay-as-you-throw”, de Dalila Sepúlveda. Nestlé reduz impactes ambientais O investimento em infraestruturas de sustentabilidade ambiental permitiram à Nestlé Portugal obter uma poupança significativa em diversas frentes, nos últimos cinco anos. Entre 2010 e 2014, a Nestlé investiu mais de sete milhões de euros num projeto ambiental em Portugal, onde está presente

há 92 anos com, atualmente, três fábricas (Avanca, Porto e Lagoa – Açores), um Centro de Distribuição e cinco delegações comerciais. O investimento em território nacional enquadra-se no compromisso global de Sustentabilidade Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa da multinacional. Em 2015, a marca prevê investir mais 1,5 milhões de euros em projetos do mesmo género. A melhoria das infraestruturas já permitiu à empresa reduzir a pegada ecológica provocada pelas suas atividades em Portugal, em níveis como resíduos enviados para aterro (-66%), consumo de energia (-7,2% por tonelada de produto terminado) e consumo de água (-20,8% por tonelada de produto terminado). Também as emissões de dióxido de carbono diminuíram em 43,6%, em linha com os objetivos nacionais de redução de emissões de CO2 para a atmosfera.


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Ponto de situação do SIGRE – Março de 2015 1 – Cobertura territorial Autarquias, sistemas municipais e empresas concessionárias aderentes (Smauts)

Nº de entidades aderentes 32

Área coberta (%) 100

População abrangida (%) 100

CONTINENTE - ERSUC - ECOBEIRÃO - VALORLIS - VALORMINHO - RESULIMA - BRAVAL - LIPOR - SULDOURO - AMARSUL - ALGAR - AMCAL - GESAMB - ECOLEZÍRIA - Resiestrela - Resíduos do Nordeste - VALORSUL - Resinorte - TRATOLIXO - VALNOR - RESIALENTEJO - Suma Douro - AMBISOUSA - RESITEJO - AMBILITAL R.A.MADEIRA - Valor Ambiente R.A.AÇORES - A.M. Ilha São Miguel - C.M. Horta - C.M. Graciosa - Resiaçores (Terceira e Flores) - A.M. Ilha Pico - A.M. Ilha S.Jorge - A.M. Ilha S. Maria

(Empresa Geral do Fomento - AdP)


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2 – Quantidades retomadas no fluxo urbano (ton.) – comparação homóloga

Materiais Vidro Papel/Cartão Plástico Aço Alumínio Madeira TOTAL

2014 36.274 25.148 18.524 5.824 205 679 86.654

2015 37.774 21.881 24.780 5.542 218 844 91.039

4,1% -13,0% 33,8% -4,8% 6,3% 24,3% 5,1%


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3 – Quantidades retomadas no fluxo não urbano (ton.) – comparação homóloga


2014 335 42.396 5.405 5.469 183 8.095 61.883

2015 439 37.984 4.736 6.689 186 5.391 55.425

31,0% -10,4% -12,4% 22,3% 1,6% -33,4% -10,4%


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4 – Quantidades retomadas totais (ton.) – comparação homóloga


2014 36.609 67.544 23.929 11.293 388 8.774 148.537

2015 38.213 59.865 29.516 12.231 404 6.235 146.464

4,4% -11,4% 23,3% 8,3% 4,1% -28,9% -1,4%


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5 - Quantidades declaradas pelas empresas embaladoras


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6 - Quantidades declaradas pelas empresas embaladoras (1º trimestre)

7 - Empresas embaladoras/importadoras aderentes

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