em família são luis ed 07

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A magia da leitura 1º SEMESTRE/2011

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Edição de junho/2011 da revista Em Família - São Luis

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Page 1: Em Família São Luis ed 07

A magiada leitura

1º SEMESTRE/2011

Page 2: Em Família São Luis ed 07

ENRIQUE RODRIGUEZCOLEÇÃO 2011

www.oxfordporcelanas.com.br

Page 3: Em Família São Luis ed 07

ENRIQUE RODRIGUEZCOLEÇÃO 2011

www.oxfordporcelanas.com.br

Page 4: Em Família São Luis ed 07

4 Expediente

A Província Marista Brasil Centro-Sul atua nas áreas de educação, solidariedade, saúde,

editorial e comunicação. A PMBCS está presente nos Estados do Paraná, Santa Catarina,

São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Sua forma de atuação busca, por

meio de processos educacionais, uma efetiva contribuição social e cultural, posicionan-

do-se na defesa e promoção dos direitos das infâncias e juventudes.

Desenvolver equilibradamente, afetividade e inteligência, dimensão comunitária e social,

valores humanos e cristãos é a proposta da instituição.

Rua Imaculada Conceição, 1155Prado Velho – Curitiba – PRPrédio Administrativo PUCPR – 8º andarCEP: 80215-901Tel.: (41)3271-6500

www.marista.org.br

PRESIDENTE DAS MANTENEDORAS: Ir. Dario Bortolini

VICE PRESIDENTE DA MANTENEDORA: Ir. Davide Pedri

SUPERINTENDENTE ABEC/UCE: Paulo Serino de Souza

REDE DE COLÉGIOS: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina

Michelan Azevedo

COMUNICAÇÃO E MARKETING (ABEC/UCE): William Strauss Fleming,

Patrícia Fatuch, Pollyana D. Nabarro, Alexandre L. Cardoso, Silvia S.

Tateiva, Kelen Y. Azuma, Patrícia L. Egashira, Fábio Egg Mais, Tiago

Ienkot

COMUNICAÇÃO E MARKETING (COLÉGIOS): Bruna Gonçalves,

Bruno Bonamigo, Caroline Damin Mertens, Cláudia Cristina Batistela

Francisco, Daliane Teston, Fábio Viviurka Correia, Katia Macedo Dias,

Kely C. de Souza, Luana Santos, Mayara Haudicho, Paula Kostiuk,

Raquel Bortoloso, Renato Campos, Samira Dutra, Tatiana Stoicov

A Revista Em Família é uma publicação da Editora Ruah para a Rede Marista de Colégios, com distribuição dirigida aos pais e colaboradores.

Visite o blog da revista e envie sua opinião: www.maristaemfamilia.com.br

CAPA:

Mateus Mera Barbosa

FOTO:

Caixa Mágica/Ribeirão Preto

(www.caixamagica.com.br)

PRODUÇÃO:

Mayara Amaral Haudicho

EDITOR: Luís Fernando Carneiro | DIAGRAMAÇÃO: Eduardo, Goretti Carlos | PUBLICIDADE: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de

Abreu, 706 – Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato

conosco pelo fone (41) 3018-8805 ou pelo site www.editoraruah.com.br

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Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental - SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-690 - (61) 3442-9400

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CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel - PR - 85812-011 - (45) 3036-6000

CHAPECÓ • Colégio Marista São Francisco - Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chapecó - SC - 89801-500 - (49) 3322-3332

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CURITIBA • Colégio Marista Paranaense - Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário - Curiti-ba - PR - 80440-080 - (41) 3016-2552

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JARAGUÁ DO SUL • Colégio Marista São Luís - Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro - Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 - (47) 3371-0313

JOAÇABA • Colégio Marista Frei Rogério - Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba - SC - 89600-000 - (49) 3522-1144

LONDRINA • Colégio Marista de Londrina - Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina - PR - 86060-000 (43) 3374-3600

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RIBEIRÃO PRETO • Colégio Marista de Ribeirão Preto - Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis - Ribeirão Preto - SP - 14015-130 - Fone:(16) 3977-1400

SÃO PAULO • Colégio Marista Arquidiocesano - Rua Domingos de Moraes, 2565 - Vila Mariana - São Paulo - SP - 04035-000 - (11) 5081-8444

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A magiada leitura

1º semestre/2011

Em Família | 7ª Edição | 1º Semestre 2011

Page 5: Em Família São Luis ed 07

Nesta edição do primeiro semestre

da Revista Em Família, destaca-

mos o tema da literatura: a arte de criar

e recriar textos, o exercício da eloquên-

cia e da poesia.

A literatura é um fenômeno da lin-

guagem, fruto da experiência existen-

cial, social, política e cultural de quem a

vive. Assim, um texto literário é objeto

artístico e de linguagem variada que

questiona convenções e envolve o lei-

tor num jogo de descobertas e redes-

cobertas de sentido, ajudando-o a

compreender a si próprio, as culturas e

o mundo em que vive.

Para as escolas da Rede Marista, o

estudo de textos literários é potenciali-

zador das aprendizagens que geram as

condições necessárias para proporcio-

nar inúmeras situações de compreen-

A arte da leituraPrimeira impressão por Ir. Paulinho Vogel

Prazerosa e lúdica, de início, a leitura

não é um ato solitário, mas algo a ser

socializado, mediado pelo professor e

adquirido por meio dos gêneros diver-

sos a serem aprofundados em níveis de

maior exigência intelectual. Aprender a

ler é um processo que deve ser integra-

do à produção de textos.

Em suma, a leitura deve ser uma

prática constante e processual em

todas as fases da vida do estudante

criança, jovem e adulto, potencializan-

do-os a fim de estar e intervir solidaria-

mente na realidade. Assim, e somente

assim, faz sentido orgulharmo-nos de

nossos alunos.

Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede

Marista de Colégios

são e produção de conhecimentos.

A leitura possibilita ampliar as infini-

tas possibilidades de conhecer e inter-

pretar o contexto em que se insere o

principiante leitor. Mediar essa experi-

ência do conhecimento é uma questão

crucial para a aprendizagem da leitura

e para a formação dos sujeitos, bem

como para a construção de um conhe-

cimento crítico de análise e interven-

ção da realidade. As bibliotecas esco-

lares da Rede Marista de Colégios pos-

suem ações culturais e educacionais,

bem como, espaços privilegiados para

a formação de leitores artífices do seu

conhecimento.

Para nós, a leitura é uma forma

exemplar de aprendizagem, pois o apri-

moramento dessa capacidade subsidia

todo processo ensino-aprendizagem.

Os alunos João Vitor, Marcela e Mateus divertem-se na sessão fotográfica para essa edição

Page 6: Em Família São Luis ed 07

6 Entrevista

O (re)descobridor do Brasil

Div

ulg

ação

Page 7: Em Família São Luis ed 07

Em entrevista à revista Em Família, Laurentino Gomes conta como transformou a história do Brasil num delicioso sucesso de vendas

Luís Fernando Carneiro

O Brasil foi descoberto em 1500, mas, de verdade, só foi inventado como país

em 1808. Foi quando a família real portuguesa chegou ao Rio de Janeiro e

transformou uma colônia atrasada e ignorante em uma nação independente.

Nenhum outro período da história brasileira testemunhou mudanças tão pro-

fundas. Mas foi quase 200 anos anos depois que um jornalista resolveu contar

essa história direito. Em 2007, Laurentino Gomes lançou “1808”, vendeu mais de

meio milhão de livros e conquistou duas categorias do Prêmio Jabuti, Melhor Livro

Reportagem e Livro do Ano de Não-Ficção.

No ano passado foi a vez de “1822”, um relato detalhado sobre a Independên-

cia do Brasil, conquistar as prateleiras das livrarias e rapidamente os primeiros

lugares em vendas.

Mas como transformar a história do Brasil em um sucesso de público e crítica?

Você vai perceber nessa entrevista que Laurentino Gomes concedeu à Em Família

que a receita do seu sucesso gira em torno de uma grande história, um forte tra-

balho de pesquisa e uma sintonia verdadeira com o leitor.

“ESPERO, PELA

LEITURA, AJUDAR A

PROMOVER A VIDA DE

OUTRAS PESSOAS,

TANTO QUANTO

MEUS PAIS FIZERAM

POR MIM AO ME

ESTIMULAR A LER E

A ME INTERESSAR

PELA HISTÓRIA"Você sempre gostou de ler? Qual a

influência da sua família nesse seu inte-

resse por leitura?

Meus pais eram cafeicultores pobres

do interior do Paraná. Tinham pou-

cos anos de estudo. Apesar disso,

valorizavam muito a educação e,

em especial, a leitura. Meu pai, que

havia estudado só até o quinto ano

primário, era um leitor voraz. Lia

obras de História e Filosofia que

tomava emprestadas ao pároco

local, um homem bastante culto.

Mesmo vivendo em uma região dis-

tante e carente de tudo, meus pais

conseguiram criar condições para

que todos os quatro filhos comple-

tassem o curso superior. Tenho mui-

to orgulho das minhas origens, o que

também reforça em mim um gran-

de senso de missão como escritor.

Espero, pela leitura, ajudar a promo-

ver a vida de outras pessoas, tanto

quanto meus pais fizeram por mim

ao me estimular a ler e a me interes-

sar pela história.

Page 8: Em Família São Luis ed 07

8 Entrevista

"ESTAMOS EM UM NOVO

SÉCULO QUE PEDE

UMA NOVA LINGUAGEM

E NOVOS FORMATOS

CAPAZES DE ATINGIR

NOVAS AUDIÊNCIAS OU

NOVOS PÚBLICOS."

Algum dia nos seus sonhos você imagi-

nou ter um best-seller sobre história?

Nunca imaginei que livros de História

do Brasil pudessem ter uma repercus-

são tão grande. Ainda hoje me surpre-

endo com a reação dos leitores. Rece-

bo dezenas de e-mails todos os dias,

nos quais fazem elogios, sugerem

temas para futuras obras e pedem

que eu não pare de escrever. Um livro

tem grande poder de transformação.

E o primeiro alvo da mudança geral-

mente é o próprio autor. Minha vida

mudou bastante desde que lancei o

“1808”, em 2007. Hoje passo boa par-

te do meu tempo lendo, pesquisando

ou viajando pelo Brasil para dar aulas,

fazer palestras e participar de sessões

de autógrafos e bate-papos com os

leitores. E confesso que nunca estive

tão feliz. O reconhecimento e o con-

tato com os leitores tem funcionado

como um elixir da juventude para

mim. Sinto-me renovado e com muita

energia para me dedicar aos futuros

livros.

Conhecer a sua própria história pode

mudar o presente e o futuro de um país?

O estudo de História é fundamental para

a construção do Brasil do futuro. Uma

sociedade que não estuda História não

consegue entender a si própria, porque

desconhece as razões que a trouxeram

até aqui. E, se não consegue entender a

si mesma, provavelmente também não

estará preparada para construir o futu-

ro de forma organizada e estruturada. É

quase impossível compreender o Brasil

de hoje sem estudar a vinda da corte de

D. João para o Rio de Janeiro e a influ-

ência decisiva que esse acontecimento

teve na Independência, em 1822. Eu

diria que todas as nossas características

nacionais, todos os nossos defeitos e

virtudes, já estavam presentes lá.

Livros são também importantes para

quem já saiu da escola há bastante

tempo?

Ler é uma das formas mais agradáveis

e prazerosas de aprender. Quem lê

consegue ir além dos limites da pró-

pria vida, porque amplia seus horizon-

tes com a experiência dos outros. Ao

ler um romance de Machado de Assis,

por exemplo, nós somos transportados

para outro lugar e outro tempo, no Rio

de Janeiro do final do Século 19, distan-

te da nossa realidade de hoje. Consegui-

mos, portanto, ter uma experiência de

vida anterior à época em que nascemos.

No caso dos livros de História do Brasil,

pode haver também um benefício de

natureza psicológica relacionado à for-

ma como nos identificamos em relação

ao nosso país. Hoje os brasileiros convi-

vem com um sério problema de autoes-

tima. O estudo de História mostra que

o Brasil não é pior nem melhor do que

qualquer outro país. É apenas diferente,

porque as nossas raízes são diferentes.

O que significa que o nosso futuro pro-

vavelmente também será diferente.

Qual o segredo para tornar a história do

Brasil atrativa para o leitor comum?

Procuro sempre observar os persona-

gens e acontecimentos com os olhos

de um leitor adolescente ou um adulto

mais leigo, não habituado a ler sobre

História do Brasil. Se esse leitor conse-

guir entender o que eu tento explicar,

todos os demais também entenderão.

Eu leio muito sobre o assunto, pesqui-

so documentos e visito os locais em

que as coisas aconteceram dois sécu-

los atrás. Apesar da distância no tem-

po, esses lugares ainda guardam hoje

muita informação para quem tiver o

olhar atento. Também procuro orienta-

ção adequada logo no início do projeto.

Por fim, ao escrever, tento ser o mais

Page 9: Em Família São Luis ed 07

claro e didático possível na linguagem.

Também me esforço para misturar na

narrativa elementos pitorescos e bem

humorados com uma mergulho mais

profundo das situações que descrevo.

Acho que ninguém precisa sofrer para

estudar História.

Qual a melhor maneira de se olhar para

a História do Brasil?

Infelizmente, a História do Brasil é

muito contaminada por dois tipos de

deturpações. A primeira é a chama-

da História oficial, que se esforça em

fazer em celebração épica dos heróis

e acontecimentos, como se eles tives-

sem construído ou dado origem a um

Brasil melhor do que o que vemos hoje

nas ruas, esquinas, morros e favelas.

É uma visão da história que predo-

mina especialmente em período de

ditaduras, como no ensino nas disci-

plinas de Organização Social e Política

Brasileira (OSPB) e Educação Moral e

Cívica durante o regime militar de 64.

A segunda deturpação é marcada por

uma tentativa de desconstrução des-

sa História oficial. São livros, filmes e

minisséries que banalizam os fatos e

personagens, como se pertencessem

a um Brasil viralatas indigno do seu

passado. É o que se vê, por exemplo,

no filme “Carlota Joaquina, Princesa do

Brasil”, de Carla Camurati, e na série de

televisão “Quinto dos Infernos”. A ver-

dade, como sempre, está no meio. O

que procuro mostrar nos meus livros

é que a História do Brasil tem, sim,

personagens engraçados, pitorescos

e caricatos, como D. João VI e Carlota

Joaquina, mas não se resume a isso.

Você acredita que por conta de "Harry

Potter", "Crepúsculo", "Lua Nova" os

jovens acabam sendo portas de entrada

interessantes para livros mais densos?

Eu não tenho qualquer preconceito

contra esses livros. Ao contrário, acho

que uma forma de estimular a leitura

numa faixa etária que, aparentemente,

não está lendo tanto quanto deveria. A

melhor forma de criar novos leitores é

associar a leitura a uma atividade pra-

zerosa. Por isso, melhor começar com

Harry Potter do que forçar uma criança

ou um adolescente a ler obras como as

de Machado de Assis mediante o risco

de passar ou reprovar num exame. O

risco, nesse caso, é afastá-la para sem-

pre dos livros. Se o estudante entender

que ler é sinônimo de prazer, no futuro

provavelmente se interessará também

por essas obras mais complexas e sofis-

ticadas do ponto de vista literário.

Você deu um passo à frente ao enten-

der que os leitores precisavam de uma

nova linguagem. Qual é o papel da

escola diante dessa nova realidade?

Tenho observado uma mudança na ati-

tude dos professores e das escolas em

geral. Estão mais empenhados em usar

uma linguagem acessível aos estudan-

tes e, no caso da História, uma narrativa

mais equilibrada dos acontecimentos

do passado. Isso é muito bom. O Brasil

vive um momento de mudanças com

a redução do números de pessoas que

viviam na pobreza absoluta e o cresci-

mento das classes “B” e “C”. Significa

que estamos, finalmente, conseguin-

do distribuir renda, emprego, saúde,

educação e outras oportunidades. Há

novos consumidores, novos leitores e

novos estudantes participando desse

processo de ascensão social. Temos

de ser generosos com eles produzindo

livros, aulas e material didático aces-

síveis na linguagem. O uso de uma

linguagem mais didática e acessível é

uma forma de democratizar e ampliar

o conhecimento no Brasil.

O que pensa dos e-books? Os escrito-

res têm de estar atentos a novos for-

matos?

O futuro do livro e o futuro do papel

são coisas diferentes. O formato papel

parece estar mesmo com seus dias

contados, mas o conteúdo dos livros

continuará a ser tão relevante quan-

to sempre foi. A República, de Platão,

que já foi uma obra prima no perga-

minho, permanece relevante hoje no

papel e continuará a ser nos meios

digitais. Nosso desafio, portanto, não

é a mudança nos formatos, mas a

qualidade do conteúdo. Estamos em

um novo século, que pede uma nova

linguagem e novos formatos capazes

de atingir novas audiências ou novos

públicos. Há um público jovem que,

aparentemente, não está lendo mui-

to no papel, mas passa boa parte do

tempo surfando na internet e é muito

seduzido pela linguagem audiovisual.

Por essa razão, daqui para frente nós

– jornalistas, escritores, professores,

historiadores, produtores de conhe-

cimento de forma geral – precisamos

ter estratégias multimídia para atingir

diferentes públicos.

Div

ulg

ação

Page 10: Em Família São Luis ed 07

10 Capa

Uma boa notícia. Os livros não vão acabar justamente porque só eles permitem a adultos e crianças recriar histórias, viajar por mundos reais e imaginários e serem protagonistas em um mundo que insiste em colocá-los como espectadores

A magiada leitura

Marcela e João Vitor

Cai

xa M

ágic

a/R

ibei

rão

Pre

to

Page 11: Em Família São Luis ed 07

"À s vezes, antes do café da manhã, eu já acredi-

tei em mais de seis coisas impossíveis.” A fra-

se é de Alice e a invenção linguística está no famoso

clássico de Lewis Carroll. Entretanto, o que se apre-

senta de uma forma simples e despretensiosa, talvez

seja a grande chave para definirmos a magia da leitu-

ra. Ler nos dá a possibilidade de acreditar no impos-

sível, de encontrar nas histórias de Monteiro Lobato

um caminho para uma vida melhor, com bonecas

que ganham vida, num ambiente que alimenta as

travessuras das crianças de todas as idades.

Entrevistamos muitos alunos maristas para com-

por essa reportagem e o melhor foi perceber que

a maioria deles sabe muito bem o que quer quan-

do toma um livro nas mãos: viajar. Curiosamente,

essa geração cercada de tecnologia tem as mesmas

expectativas que nossos avós quando o assunto é

literatura. Eles querem embarcar em um mundo de

sonhos, de conhecimentos reais e imaginários, de

fantasia; desejam dar um tempo no corre-corre diá-

rio que violenta a criatividade e a paz. Em resumo:

para Mateus Mera Barbosa, João Vitor Zeviani Montei-

ro de Barros e Marcela Marques Cilento, que apare-

cem nas fotos desta matéria, ler é uma forma incrível

de se relacionarem com autores de todas as épocas

e de construírem em suas mentes os cenários e os

detalhes de cada obra. Num filme isso não é possível.

Ali, tudo já vem processado, os vestidos têm cores

certas e as expressões são fruto do talento dos atores

e diretores. Quem lê um livro é livre para (re)criar.

A escola é, portanto, um ambiente que deve

investir em espaço adequado, em acervo que conta

com obras literárias clássicas, modernas e contem-

porâneas, de modo a se tornar a estação ideal para

que esse embarque aconteça.

A família é outra estação fundamental. Por esse

motivo, convidamos para um bate-papo a escritora e

mãe de aluno marista, Liana de Camargo Leão, tam-

bém professora de Literaturas de Língua Inglesa na

Universidade Federal do Paraná, doutora pela USP e

mestre pela UFPR e pela UFRJ. Ela aposta que a leitura

em voz alta e a conversa em torno do livro são funda-

mentais para construir pontes entre pais e filhos. “A

leitura compartilhada desenvolve a arte da conversa-

ção em família, é momento propício para se discutir

valores, desenvolver o vocabulário e o pensamento

abstrato”, explica. Confira trechos dessa conversa

com a escritora.

Page 12: Em Família São Luis ed 07

12 Capa

A INFÂNCIA FOI ENCURTADA?A infância é um período curto, hoje

ainda mais encurtado por um “ado-

lescer” precoce: as crianças são muito

cedo intimadas a entrar no mundo do

erotismo e do consumo. Mais do que

nunca é preciso recuperar a magia das

rimas, das cantigas de roda, dos con-

tos de fada e da literatura.

LINGUAGEM COMO FORÇA CRIADORAÉ no periodo da infância que a criança

vive a linguagem como força criado-

ra: “Mãe, tô apertada. Quero ir ao vaso

solitário.” O mesmo tipo de invenção

linguística está em Lewis Carroll (1832-

1898), o autor de "Alice no País Das

Maravilhas": “Às vezes, antes do café

da manhã, eu já acreditei em mais de

seis coisas impossíveis.” Carroll propôs

deliciosos neologismos: “Me deram

como presente de des-aniversário".

[em inglês, “un-birthday present”.]

Na abertura de Alice, Carroll convida

o leitor a passar ao mundo do faz-de-

conta: Alice segue o Coelho Branco

que carrega um relógio no bolso do

colete e está muito atrasado: “Ai, ai,

ai! Vou chegar atrasado demais!” Hoje,

somos como o Coelho Branco de Alice:

atrasados, apressados, correndo atrás

do tempo, um tempo que nos esca-

pa, um tempo do qual nos queixamos

sempre e que não nos permite ler.

FALANDO EM TEMPO, QUAL É O TEM-PO PARA A LEITURA? Entre as mais frequentes queixas das

mães quanto à educação dos filhos

está a de que eles preferem vídeo-

-games e televisão ao livro. A ausência

do livro na vida das crianças reflete a

ausência do livro na vida dos pais. Os

pais alegam falta de tempo para leitu-

ra. Ler requer tempo, requer disponi-

billidade, mental e emocional. E tempo

é questão de prioridade.

Em uma época de excesso de informa-

ção e excesso de oferta de produtos, o

ser humano passa a ser definido como

“espectador” e “consumidor”. São rou-

pas, ipods, ipads, celulares, aparelhos

eletrônicos que nos atraem com a pro-

messa de definir nossa subjetividade e

suprir nossas insatisfações. Entramos

no mundo do descartável, dos obje-

tos-símbolos que terminam por criar

em nós um vazio permanente.

O tempo do consumo é contínuo; e

nos consome. É um tempo acelerado

que nos atropela: consome a nossa

noção de identidade, nos encolhe,

nos diminui. O tempo da leitura é, ao

contrário, um tempo que expande o

ser humano. É também um tempo

de recolhimento, de introspecção, de

mergulho para dentro, de diálogo con-

sigo mesmo, um tempo de formação

do acervo pessoal, de nossa biblioteca

interna.

"A LEITURA PERMITE QUE NOSSAS

EXPERIÊNCIAS DE VIDA SEJAM

COMPARTILHADAS E É FUNDAMENTAL

PARA QUE AS CRIANÇAS PERCEBAM

QUE AS SUAS EXPERIÊNCIAS,

COMO CRESCER, SE APAIXONAR E

ENFRENTAR DIFICULDADES TAMBÉM

PODEM SER PARTILHADAS."

Page 13: Em Família São Luis ed 07

A LEITURA É UMA PROTEÇÃO CONTRA O EXCESSO DE ESTÍMULOS? Com certeza. Freud sugere que a

proteção contra estímulos é uma

função quase mais importante do que

a recepção dos estímulos. Desenvolver

a linguagem, a capacidade linguística

de expressar o pensamento e assim

possibilitar a criação de uma ponte

entre a experiência intelectual e a

experiência emocional para poder

construir linguisticamente a própria

história, o próprio relato e refazê-

lo a cada baque, quando a vida for

nos marcando, nos torcendo: isso

me parece essencial à formação de

uma subjetividade sadia, capaz de

superar conflitos e de auxiliar o outro

no enfrentamento e na superação

de etapas. Desenvolver a empatia e

aprender o caminho entre emoção

e intelecto são efeitos colaterais

da leitura. A leitura permite que

nossas experiências de vida sejam

compartilhadas e é fundamental

para que as crianças percebam que

as suas experiências, como crescer,

se apaixonar e enfrentar dificuldades

também podem ser partilhadas.

EDUCAR NÃO É TERCEIRIZARAdministrar é delegar tarefas e cobrar

resultados. Não sei se o modelo é ade-

quado quando se trata de criança, de

afeto, de leitura, de educação. Como

Liana Leão: “O livro é a casa que abriga a cabeça da gente”

"O TEMPO DA LEITURA É UM TEMPO DE RECOLHIMENTO, DE

INTROSPECÇÃO, DE MERGULHO PARA DENTRO, DE DIÁLOGO

CONSIGO MESMO, UM TEMPO DE FORMAÇÃO DO ACERVO

PESSOAL, DE NOSSA BIBLIOTECA INTERNA."

Entre os livros de Liana Leão

estão: "Shakespeare, Sua

Época e Sua Obra"; "O Livro

das Casas"; "O Livro dos Pés";

"Dona Salete de Copacabana

e Seus Amigos de Estimação",

em co-autoria com Luiz Otávio

Leão; “Julieta de Bicicleta";

"Diferentes: pensando

conceitos e preconceitos";

"A caixinha de narizes", em

co-autoria com sua filha

Anna Beatriz.

delegar a tarefa de compartilhar o

dia-a-dia com os filhos? Será que só

os professores, psicólogos, babás,

personagens de tevê e de videoga-

me podem popular a vida dos nossos

filhos? A principal “conversa” de uma

criança será com a televisão?

A leitura em voz alta e a conversa em

torno do livro constroem pontes entre

pais e filhos. A leitura compartilhada

desenvolve a arte da conversação em

família, é momento propício para se

discutir valores, se desenvolver o voca-

bulário e o pensamento abstrato.

E O FUTURO DO LIVRO?Vivemos uma mudança nos hábitos

de leitura: o livro digital, mais fácil de

produzir e distribuir, ecologicamente

correto, e, em breve, também mais

barato. Na escola isso significará mui-

to menos peso na mochila! E dá para

fazer anotações, apagar anotações,

aumentar a letra, etc. Quando a gente

fala em futuro do livro, pensa em futu-

ro do livro de papel. Mas o livro eletrô-

nico é o futuro do livro. O que importa

é o conteúdo e, é claro, a possibilidade

de acesso. O livro eletrônico traz aces-

so instantâneo.

Mais: Confira no blog da Revista Em Família uma

reportagem completa sobre o futuro da literatura

e os livros digitais. www.emfamiliamarista.com.br

Page 14: Em Família São Luis ed 07

14 Perfil

Como você descreve a magia de ler?

Para mim, ler é sempre uma viagem.

Conheço muitos lugares em diferentes

partes do mundo, não apenas porque

sempre viajei, mas porque leio bas-

tante. Para mim, ler é viajar sem sair

do lugar. A leitura proporciona à nos-

sa mente a possibilidade de estar em

todos os lugares descritos nos livros.

E a magia está quando visitamos fisica-

mente um lugar descrito em um livro

que já lemos! Isso acontece sempre

comigo. Essa relação do livro com a rea-

lidade é encantadora e cativante!

De onde vem sua paixão pelos livros?

Aprendi a amar os livros com a minha

mãe e meu avô. Aprendi com eles o

prazer da leitura e não a obrigação de

ler. Isso muda tudo na vida da gente!

A criança ou adolescente que só lê por

obrigação imposta pela escola nunca

vai desenvolver o gosto pela leitura.

Por isso, nós – pais, tios e avós – temos

a grande tarefa de mediar a leitura

com nossos filhos, sobrinhos e netos,

desenvolvendo neles o gosto pela lei-

Brilho nos olhos

tura. Na minha época, a internet e a

televisão não competiam com a leitura

no quesito entretenimento, o que tor-

nava mais fácil essa tarefa para minha

mãe e meu avô. Hoje, creio que o nos-

so maior desafio nessa área é orientar

crianças e adolescentes a buscar bom

conteúdo na internet. O meio pode ter

mudado, mas a mediação da leitura

ainda se faz necessária dentro de casa.

No ano passado, ainda como deputa-

do federal, você solicitou ao ministro

da Educação, Fernando Haddad, que a

leitura fosse incluída na pauta de priori-

dades de ações do ministério para este

ano. O que falta para o Brasil investir

mais em leitura?

Falta muita coisa! Mas, na área educa-

cional, o primeiro passo tem que ser

dado com os professores e não com

os alunos. Temos que fazer com que

os nossos professores sejam, primeiro,

leitores para depois pedir para que eles

estimulem a leitura em seus alunos. Nos

últimos anos, em razão das atividades

que promovo de leitura, tenho encon-

trado muitos professores que não leem,

que declaram publicamente que não

gostam de ler. Como um profissional

desses poderá formar novos leitores?

Nos tempos de Marista você lembra de

alguma obra ou atividade que o mar-

cou nesse sentido da literatura?

O colégio era como a extensão da minha

casa. Morava quase do lado! Éramos

adolescentes agitados pela idade e pela

mudança do ginásio para o científico.

Não lembro mais o nome dela, mas

tinha uma professora de Português que

quando falava sobre um livro, seus olhos

brilhavam! Esse era o mesmo encanta-

mento que eu via no meu avô, em casa.

Não tenho lembrança específica sobre

algum momento marcante, mas essa

sensação de estar em casa, de encontrar

na escola o mesmo ambiente que eu

tinha em casa, no que se referia à leitura,

é uma sensação que guardo até hoje!

Mais: Quer conhecer o programa conversa entre amigos? Então acesse o site www.conversaentre-amigos.com.br

O ex-aluno marista Marcelo Beltrão de Almeida é um devorador de livros. For-

mado pela PUCPR em Engenharia Civil, acionista do Grupo CR Almeida - um

dos maiores grupos empresariais brasileiros - é ex-deputado federal. Com uma

carreira tão extensa, apesar de ter apenas 44 anos, Almeida é mais conhecido por

ser um grande incentivador da leitura. Na Câmara dos Deputados, foi o criador e

presidente por três anos da Frente Parlamentar Mista da Leitura, que colocou os

assuntos de incentivo ao livro e à leitura na pauta política nacional. Em Curitiba

(PR), criou o programa “Conversa entre amigos”, no qual mais de mil participan-

tes leem uma mesma obra e depois participam de encontros para discutir o livro.

O programa já contou com as participações de escritores importantes, como

Laurentino Gomes, Caco Barcellos, Cristóvão Tezza, Domingos Pellegrini, Miguel

Sanches Neto e Roberto da Matta.

Page 15: Em Família São Luis ed 07
Page 16: Em Família São Luis ed 07

16 Dia a dia

Até para as supermulheres, elasticidade tem limiteComo a elástica Senhora Incrível, as mulheres se desdobram para cumprir vários papéis. Mas é preciso cuidado: sabemos o que acontece quando esticamos demais um elástico...

Maria Sandra Gonçalves

Helena é mulher bonita, dedicada a

cuidar da casa, dos três filhos e do

marido Roberto, que vive se queixan-

do dos problemas de trabalho. Você

certamente já foi apresentado à histó-

ria dessa heroína. Como? Não achou a

vida dela muito heróica? Pois Helena é

ninguém menos que a Mulher Elástica,

aquela que no filme “Os Incríveis” se vê

forçada a abrir mão da vida pacata e da

superproteção das crianças para salvar

o marido e o planeta das armas do mal-

vado Síndrome.

Na vida real a mudança de papéis

não é assim tão visível. As Helenas do

nosso dia a dia vão usando suas habili-

dades sem fazer muito alarde. Mesmo

que não estejam de uniforme vermelho

e máscara no rosto, as mulheres preci-

sam mesmo de muita elasticidade para

conciliar a vida doméstica, os cuidados

pessoais, a atenção aos filhos e – em

muitos casos – a dedicação ao trabalho.

Cada uma tem seus segredinhos

para dar conta de tudo. E, ao contrá-

rio do que aconteceria no cinema, nós

podemos revelá-los. Eles se resumem à

busca do equilíbrio.

Equilíbrio no trabalho, pois, mais

que presentes materiais, os filhos que-

Div

ulg

ação

Page 17: Em Família São Luis ed 07

Números incríveisA presença feminina na população econo-micamente ativa (PEA) é maior que a dos Homens, 17% comparando com os 13% masculinos. Já a participação feminina com nível superior ultrapassou a masculina e é de um pouco mais de 54%.Em 2010 a taxa de mulheres que trabalham com carteira assinada aumentou para 44%, em 2000 essa taxa era de 33%.As mulheres ocupam quase 22% dos cargos elevados (presidência, gerência...) no Brasil.A participação das mulheres no mercado de trabalho desde a década de 70 ao ano 2000 subiu de 17 para 35%.Fonte: IBGE (ibge.gov.br) e Rede Brasil Atual (www.redebra-silatual.com.br)

"AS HEROÍNAS TAMBÉM FALHAM. DÊ A SI MESMA O DIREITO DE APRENDER E PROGREDIR COM SEUS ERROS."

rem – e merecem atenção – com essa

máxima em mente, fica mais fácil deci-

dir entre assumir tarefas extras ou vol-

tar mais cedo para casa. Afinal, a pro-

moção que permite comprar uma casa

na praia também rouba muitas horas

de convivência familiar. Ponha tudo na

balança e veja o que vale mais a pena.

Os sábios alertam: “dinheiro perdido dá

para recuperar; tempo perdido jamais”.

Equilíbrio na divisão de tarefas.

Toda Mulher-Elástico pode atuar

melhor com o apoio do Sr. Incrível. Ou

seja, as mulheres podem – e devem

– compartilhar as tarefas com seus

companheiros. Quando os dois estão

sobrecarregados, é preciso encontrar

soluções simples para que toda a famí-

lia viva em harmonia. Quer um exem-

plo? Você adora levar as crianças para

a escola, mas, para isso, enfrenta um

estresse diário e deixa o trabalho atra-

sado. De quebra, vive se perguntando

por que essa tarefa cabe somente a

você. Resultado: a ida para a esco-

la (ou a volta) se transforma em um

momento de tensão. Que tal mandar

seus filhos de transporte escolar e se

organizar melhor para dar atenção a

eles em casa? Sem a pressão do trân-

sito e dos horários, as chances de boa

convivência entre pais e filhos aumen-

tam muito.

Na vida pessoal, o bom senso tam-

bém deve ditar as regras. É muito sau-

dável cuidar da aparência e da saúde,

mas se as visitas ao salão de beleza são

sempre mais sagradas do que as situa-

ções em que sua presença é requisita-

da na família, alguma coisa está errada.

O equilíbrio também se aplica a

autoavaliação. A autoindulgência exa-

gerada é um erro, mas culpar-se por

tudo traz resultados ainda piores.

Sabemos bem o que acontece se o elás-

tico for esticado demais. Não deu para

ir à reunião do colégio? Paciência. Mar-

que um horário particular com a pro-

fessora. Exagerou na dose ao chamar

atenção dos filhos? Peça desculpas. As

heroínas também falham. Dê a si mes-

ma o direito de aprender e progredir

com seus erros. Se a angústia aparecer,

esqueça as soluções incríveis e vá pelo

caminho certeiro: procure alguém com

um ombro amigo e disponibilidade

para ouvir um desabafo.

Maria Sandra Gonçalves é jornalista e mãe dos

alunos maristas Daniel e Mariana.

Page 18: Em Família São Luis ed 07

18 Olhar por Fabrício Carpinejar

Felicidade não tem fim, tristeza simQuando não era pai, o riso pedia um motivo. Uma função. Uma explicação. A piada tinha que ser muito engraçada. Hoje a vida é mais engraçada do que a piada

M eus filhos nunca perguntam: por

que está triste? Eles me fazem

feliz antes de perguntar. Só passei a rir à

toa depois da paternidade. Rir por nada

mesmo. Rir porque vejo meu filho dese-

nhando uma casa com pernas ou reparo

no modo como ele segura o garfo, igual

à avó. Ou observando a concentração da

filha diante da televisão ou seu bocejo

esquecendo a proteção das mãos. Quan-

do não era pai, o riso pedia um motivo.

Uma função. Uma explicação. A piada

tinha que ser muito engraçada. Hoje a

vida é mais engraçada do que a piada.

Ao largar a pasta do trabalho, há um alí-

vio de que serei abraçado pelos filhos

até ser derrubado. Levantarei as pernas

para cima, desistindo das reservas. Meu

riso dá cambalhotas sem colchão.

Eu recebo diariamente pilhas de

livros. Poderia confessar que felicidade

é permitir que o Vicente abra os paco-

tes e me conte os títulos. Ele fica aluci-

nado em ajudar. Mas os livros foram se

espalhando, tomando os corredores. A

esposa me advertia do avanço do escri-

tório pelas peças. Tomei jeito e resolvi

pedir novas estantes. Garantiria folga

momentânea do problema e o filhote

seguiria rasgando os envelopes.

O marceneiro chegou, amaciado

de sotaque espanhol. Expliquei o que

desejava e fui para minhas atividades.

Não cessava de falar enquanto encaixa-

va os parafusos.

– Em que você trabalha?

– Sou escritor e professor.

– Professor de onde?

– Da Unisinos...

– Ah, a Unisinos, minha filha estuda lá, no

curso de Letras, ela é aplicada.

(Neste momento, vi que ele apenas

encontrava um motivo para falar da

filha. Achou o sinal do petróleo e não

cessaria sua perfuração.)

– Que bom, parabéns...

– Não, parabéns para ela, que não puxou

o pai e se dedicou a estudar. Quando olho

para minha filha, me sinto realizado. Tudo

o que passei na vida não teve borracha.

– Não teve borracha?

– Pai não apaga nada que viveu depois dos

filhos. Não põe fora nem um desenho...

Eu freei uma gargalhada desavisada.

Na última semana, fui ao lançamento de

um livro de alunos da Unisinos. Quando

me escorei para pedir um autógrafo,

Teresa, uma das autoras, me encarou:

– Põe esse livro na sua estante.

– Sim, vou colocar.

– Na estante de meu pai.

– Como?

– Ele fez sua biblioteca. Tenho orgulho

dele. Me ensinou a escrever e nem sabe.

O lápis que ele usava na orelha para

medir a altura das paredes, sua filha

pegou para escrever e alargar as pala-

vras. Felicidade é quando o filho coinci-

de com o pai e a mãe – e nenhum deles

precisa ter consciência disso.

Fabrício Carpinejar é poeta, autor de Meu Filho, Minha Filha (Ed. Bertrand Brasil, 2007), entre outros livros

Page 19: Em Família São Luis ed 07

Nas próximas páginas você vai encontrar o conteúdo

exclusivo do Marista São Luís. A revista Em Família é uma

excelente oportunidade de reforçarmos o nosso com-

promisso com uma educação de excelência, pautada

em valores. Aqui trazemos algumas histórias, projetos e

principalmente um pouco das ideias que refletimos jun-

tos aos seus filhos todos os dias. Em cada aula, em cada

momento ou experiência partilhada, há um pouco de

luz e de inspiração para fazer de cada criança ou jovem

um ser humano melhor, mais capacitado e mais sensível

às necessidades do mundo que está à sua volta. Enfim,

uma pessoa mais feliz.

Inspirar é preciso

Page 20: Em Família São Luis ed 07

20 Com a palavra Irmão Evilázio Tambosi - Diretor Geral

É tempo de plantar e cultivarNo início deste terceiro milênio e

frente à complexa sociedade atu-

al, a educação encontra-se perante

um novo desafio criado pelo contexto

sócio-político e cultural. Trata-se espe-

cificamente da CRISE DE VALORES, que

afeta, sobretudo, as novas gerações.

Como as demais instituições, família

e escola passam por mudanças que

redefinem sua estrutura, significado e

papel na sociedade.

A escola de hoje não é apenas um

espaço onde são desenvolvidos conte-

údos e habilidades; é, também, o cená-

rio responsável pela formação política,

ética e estética de quem utiliza seus

serviços. Ela é, sem dúvida, uma encru-

zilhada sensível da problemática que

agita e reflete este inquieto ambiente

social. Encontramo-nos com crianças,

adolescentes e jovens que vivem as

dificuldades do tempo atual: ressen-

tem a fadiga, são incapazes de sacri-

fícios e de constância e nem sempre

encontram modelos válidos de refe-

rência a começar, muitas vezes, pelas

famílias que têm passado para a escola

a responsabilidade de transmitir a seus

filhos valores morais, princípios éticos

e padrões de comportamento.

O olhar dirigido para as alegrias e

fadigas da escola, leva-nos a pensar na

contribuição que ela pode dar para a

formação das novas gerações. A escola

deve ser capaz de fornecer aos jovens

instrumentos que os tornem aptos para

poderem posicionar-se e encontrar

lugar numa sociedade fortemente carac-

terizada por conhecimentos técnicos e

científicos, mas, ao mesmo tempo, deve

poder dar-lhes uma sólida formação de

orientação humana-cristã. Por isso, para

fazer da escola um instrumento edu-

cativo no mundo de hoje, é necessário

RESGATAR E REVIGORAR A ESCOLA DE

VALORES que constroem e sustentam o

homem e a comunidade que o acolhe.

Vida familiar e vida escolar são

simultâneas e complementares. Num

clima de relação aberta e respeitosa,

juntos podemos construir um espaço

de confiança, condição essencial para

o desenvolvimento de um projeto

que valorize o diálogo e participação

de todos. Apesar das possíveis con-

tradições, mesmo quando tivermos a

sensação de estarmos plantando em

solo infrutífero, não podemos desistir

de semear. Nós, educadores Maristas,

acreditamos nesta proposta.

É necessário

resGATAr e

reViGorAr A escoLA

De VALores que

consTroem e

susTenTAm o homem

e A comuniDADe que

o AcoLhe

Page 21: Em Família São Luis ed 07

MULTIPLICAMOS BOAS NOTÍCIAS

Revistas são a nossa especialidade. Com uma equipe talentosa e comprometida com os seus resultados, editamos a sua publicação de forma objetiva, ágil e com muita qualidade.

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Pensou revista,

pensou Ruah

Alunos falam sobre a experiência transformadora de passar 15 dias em uma comunidade carente no sertão do Piauí

abril 2011nº 204

Alunos falam sobre a experiência transformadora de passar

Saia do quadrado

Page 22: Em Família São Luis ed 07

Os projetos desenvolvidos na Edu-

cação Infantil partem, inicialmen-

te, do interesse do grupo, manifestado

pelas crianças em diversos momentos.

Como não existe um percurso úni-

co a ser seguido, pois a aprendizagem

não ocorre da mesma forma e no mes-

mo momento para todos, cada projeto

acaba trilhando diferentes caminhos

e tornando-se cada vez mais rico em

todo o seu desenvolvimento.

A palavra chave de todo o trabalho

é a problematização, que faz com que

seja explorado o processo de investi-

gação, pesquisa e diálogos e desperte

a capacidade de persistência, coopera-

ção, negociação, trabalho em equipe,

desenvolvendo diferentes habilidades.

Um dos projetos realizados em

2010, que merece destaque, foi da tur-

ma do Infantil 5 da Professora Patrícia,

que uniu o projeto da Feira Científico-

-Cultural, com o interesse das crianças

em saber o que fazer com o material

que não usamos mais, ou seja, o lixo,

fazendo então nascer o projeto 3R´s –

Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Foi uma experiência muito rica e

que contribuiu para a construção de

novos conhecimentos. Ele partiu dos

conhecimentos prévios dos alunos

e de seus questionamentos sobre a

importância de diminuir o consumo de

materiais, para reduzir a quantidade de

22 Educa� Educação Infantil

Aprender na práticaO envolvimento dos alunos em situações reais faz com que o aprendizado seja muito mais significativo

Page 23: Em Família São Luis ed 07

lixo do planeta. Através da curiosidade

e preocupação com os efeitos que o

lixo pode trazer para o nosso planeta,

foram propostas diversas situações de

aprendizagem, ajudando a criar hábi-

tos que, depois de interiorizados, se

tornaram ações cotidianas. Dentre as

várias ações realizadas podemos des-

tacar: a diferenciação entre lixo orgâni-

co e reciclável – e a importância da sua

separação; a reflexão sobre a história

“Vamos abraçar o mundinho”; o estu-

do das cores da coleta seletiva; a con-

fecção de objetos reutilizando o lixo; a

produção de papel reciclado e a visita

a uma empresa de reciclagem – Edepel

– na qual o plástico é transformado em

baldes e sacos de lixo. Dessa forma, por

meio de experiências lúdicas e prazero-

sas, pudemos ampliar os conhecimen-

tos, valorizando as descobertas e suas

respectivas manifestações.

“Fazer parte do projeto sobre os 3R`s,

foi uma experiência significativa tanto

para a turma como para mim. O envolvi-

mento das crianças era notório, sempre

trazendo ideias e reflexões sobre o tema

abordado. Além disso, os pais relata-

vam que seus filhos cobravam atitudes

de separação do lixo, de cuidados com a

água e com a energia elétrica, não ape-

nas nas suas casas, mas de avós ou tios.

Acredito que um dos momentos de maior

destaque, foi a viagem de estudos até a

Empresa Edepel, lá pudemos visualizar

uma grande quantidade de lixo e suas

possíveis formas de transformação.”

Patrícia E. H. Adams

Professora - Ed. Infantil

“Tenho visto e acompanhado uma rique-

za de trabalhos, ferramentas e metodo-

logias usadas pelas professoras, com a

participação efetiva de todos os alunos.

Isso movimenta nosso dia a dia e traz

uma aprendizagem significativa, a qual

estimula nossas crianças a aprender

a fazer, errar, problematizar, discutir,

levantar hipóteses, refletir, pesquisar,

construir e tudo de uma maneira muito

prazerosa e lúdica.”

Viviane A. P. Manaia

Coordenadora Psicopedagógica - Ed. Infantil

Page 24: Em Família São Luis ed 07

O Marista tem por meta a Formação

Integral (física – intelectual– social

e espiritual) do aluno, que propicia o

desenvolvimento de maneira harmo-

niosa e equilibrada. O jeito marista de

educar se alicerça na pedagogia de

Champagnat (fundador dos Irmãos

Maristas), educando para a solidarieda-

de, justiça social e para o compromisso

coletivo. Pensando nisso, desenvolve-

mos o Projeto Solidariedade e Volunta-

riado, buscando o redimensionamento

do conteúdo, trabalhando de forma

contextualizada e estabelecendo uma

ligação mais significativa no que diz

respeito às relações humanas, ao conví-

vio social e fraterno, através de ação do

voluntariado com as crianças. Esta ação

é desenvolvida pelos alunos do 6º ano a

2ª série do Ens. Médio, junto às crianças

da Ed. Infantil do nosso colégio, sendo

esse o 9º ano de execução do mesmo.

Como funCIonAO projeto inicia com o momento de for-

mação: é feito um estudo sobre as faixas

etárias das crianças e a importância de

se exercer o voluntariado. São realizadas

com os alunos atividades de reflexão e

planejamento das atividades lúdicas que

serão desenvolvidas com as crianças da

Educação Infantil. Para o momento de

execução, os alunos são divididos em

grupos, cada equipe é responsável por

uma faixa etária, e enfim, acontece o con-

tato direto com as crianças nas salas de

aulas ou nos espaços da Ed. Infantil. São

desenvolvidas atividades de recreação e

contação de histórias, onde cada equipe

é responsável pelo seu grupo e materiais

utilizados. No encerramento é realizada a

avaliação escrita em equipe e uma plená-

ria do que foi mais significativo.

Este projeto tem como objetivo

proporcionar aos alunos a consciência

da humanização, o espírito de solida-

riedade, voluntariado e o protagonis-

mo sócio-transformador.

24 Ser melhor

Educando para a solidariedadeProjeto Solidariedade e Voluntariado envolve alunos em ações de convívio e reflexãoAndréa Gomes Cardoso, Assessora de Pastoral

Page 25: Em Família São Luis ed 07

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Page 26: Em Família São Luis ed 07

26 Caleidoscópi�

Orgulho MaristaAlguns clicks especiais de alunos do Terceirão 2010 aprovados no vestibular.

Page 27: Em Família São Luis ed 07

No palcoLetícia Nunes de Oliveira é aluna do 7º

ano – turma 171 - é destaque do Grupo

de Teatro Marista. Além de atuar mui-

to bem, a aluna participa da criação de

roteiros e figurinos.

Nas nuvensCaio Henrique Buzzarello, aluno do 5º ano – turma 151 - adora

esportes radicais. Com total apoio dos pais, pratica surf, skate e

já ensaia uns saltos de parapente.

27Destaque

No MaristaOs Professores Maristas são, antes de tudo, educadores e estu-

diosos e essa postura interfere no modo como trabalhamos

com nossos alunos. Vale destacar sempre o esforço e o aper-

feiçoamento constante dos nossos educadores, para melhorar

os processos educacionais e efetivar a missão de educação que

nos foi confiada.

Page 28: Em Família São Luis ed 07

28 Diz aí

A internet é fundamental para pesqui-

sar, se comunicar, se divertir... Como

quase todos os adolescentes, gosto de

ficar no computador, tenho os meus

sites preferidos e assim não vejo o tem-

po passar. Aqui em casa temos uma

regra: nos dias de semana a internet é

só para trabalhos e nos finais de sema-

na é livre. Outro meio de uso é o celular

com internet. A internet está ficando

tão importante, que esse ano terá até

provas online e obteremos o resultado

na hora. Mas sempre tem um lado ruim,

as pessoas estão ficando muito depen-

dentes, principalmente os adolescen-

tes, deixamos as coisas importantes,

como estudar para uma prova ou ler

um livro da escola pelo computador.

Mas se tivermos cabeça e usarmos cor-

retamente não terá nenhum problema.

Gabriela Glasmeyer - Turma 192

A tecnologia trouxe mudanças na vida

das pessoas, umas maléficas e outras

benéficas. Cabe a cada um fazer suas

escolhas e o modo de empregá-las no

cotidiano. Na atualidade, as pessoas

não convivem sem o uso de algum tipo

de tecnologia, seja no trabalho, em suas

casas ou nos estudos. O computador

para mim é a principal ferramenta de

interação com o mundo atual, pois com

ele tudo é possível realizar, desde rela-

cionamentos on-line até pesquisas para

trabalhos e projetos. Na internet, meio

onde a informação corre na velocidade

da luz, eu busco muitas coisas como,

por exemplo, lançamentos de novas

tecnologias e que num futuro próximo

estará em nosso cotidiano. Tecnologia

é tudo. Use de forma racional.

Tiago Muller – Turma 231

Na minha opinião, existe o lado bom e

o lado ruim, tudo depende da cabeça

de cada um. Eu sempre estou jogan-

do, falando com meus amigos, mais sei

também que muitas pessoas não sabem

aproveitar de modo adequado. Acho

muito interessante ter computador

em casa, mas temos que estabelecer

regras e um tempo na internet, porque

se não, vicia, como muitos já estão e

acabam não dando conta do estudo,

do trabalho. O vício em computador já

é considerado uma doença. Bom, acho

que devemos usar a internet de forma

adequada, sempre com consciência,

ter um tempo estimado, para principal-

mente não se perder nos estudos.

Aimee Persch – Turma 172

A tecnologia veio para somar. Há anos discutimos sua interferência na sociedade

e, em especial, na vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens. Conversamos

com alguns alunos do Marista para saber qual a relação deles com a tecnologia, e se

ela ajuda ou atrapalha na hora dos estudos. Confira algumas respostas!

Tecnologia ajuda ou atrapalha?

Page 29: Em Família São Luis ed 07
Page 30: Em Família São Luis ed 07

30

Educadores e famílias, todos têm um papel fundamental no incentivo à leituraAdriana Santos, Prof. de Língua Portuguesa

Ler é uma delícia

Educa� Ensino fundamental

Implantado há vários anos, o projeto

de literatura a cada ano toma mais

forma e ganha destaque entre alu-

nos, professores e famílias Maristas,

envolvendo assim todos os segmen-

tos do Colégio. Na Educação Infantil e

no Fundamental, os livros fazem parte

da rotina, eles estão nas salas de aulas,

em espaços próprios e os alunos têm

acesso livre para manusear. As tur-

mas do Infantil e Fundamental I visi-

tam a biblioteca semanalmente para

momentos de contação de histórias

e troca de livros para levar para casa e

efetuar a leitura. O trabalho com os pri-

meiros gêneros literários tem início no

Fundamental I.

No Ensino Fundamental II, os pro-

jetos literários se ampliam e os alunos

conhecem os grandes clássicos da

literatura universal. Produzem textos,

encenações, fotos-novelas, histórias

em quadrinhos, entrevistas, enfim,

criam seu mundo sociocomunicati-

vo. Já no Ensino Médio, é trabalhada

a literatura brasileira, seus diversos

escritores e seus “brasis” multifaceta-

dos. Desta forma, o gosto pela leitura

é passível de ser adquirido a partir do

hábito estimulado e a função que cada

gênero proporciona. Afinal, todos os

dias estamos em contato com a leitu-

ra: ao ler um jornal, uma revista, uma

regra de jogo, um texto e até mesmo o

horóscopo. Compreendemos que um

“mover de aproximação ao ambiente

de leitura” está diretamente ligado à

formação de alunos leitores.

O professor, o bibliotecário e os pais

são agentes dinamizadores deste pro-

cesso, sendo sua participação essencial

para a seleção, aquisição e performan-

ces, como narradores e sensibilizado-

res da leitura.

EsTímuLo fAmILIArOs pais da aluna Bianca Zanluca, do 4º

ano do Fundamental I, promovem, no

ambiente familiar, a socialização da his-

tória lida.

“Pedimos que a Bianca nos conte

a história, embarcamos no suspense,

estimulamos a sua imaginação quando

ela nos conta a historinha por capítu-

los”, explicam.

Acredito numa estratégia muito

simples para que, desde pequenas, as

crianças tenham o prazer e a alegria

de realizar a leitura. Conte histórias,

aquelas que você ouviu quando era

criança ou aquelas que aconteceram

com você quando brincava com seus

amigos, na rua, nas suas férias, com

seus familiares. Fale dos filmes que

você assistiu, seus primeiros amores,

suas viagens; do que mais gostava de

brincar e, claro, dos livros que leu e das

suas impressões sobre eles. Vá à livra-

rias, revistarias, sebos e leve seu filho.

Adquira livros, revistas, gibis, leia-os

com ele, faça perguntas, peça explica-

ções, crie novos finais. E dê você tam-

bém o exemplo. Leia:afinal, “filho de

peixe, peixinho é”.

Page 31: Em Família São Luis ed 07

BIBLIoConExõEsNeste ano, agregado ao propósito maior

do Projeto de Leitura, estamos desen-

volvendo o Projeto Biblioconexões. Além

de trabalhar obras de Monteiro Lobato,

tivemos atividades com os pais, como o

1º Recital Marista e a produção de um

áudio-livro com os alunos da Educação

Infantil (IV e V) ao 6º ano do Ens. Funda-

mental I. O áudio-livro será entregue a

uma Instituição que atende portadores

de deficiência visual e partilhado com

todas as Instituições Maristas.

Bibliotecária - Zeneide Lima

“PeDimos que

A BiAncA nos

conTe A hisTóriA,

emBArcAmos

no susPense e

esTimuLAmos A suA

imAGinAção"

Page 32: Em Família São Luis ed 07

Então, chegou “O Terceirão”. Momen-

tos de preparação e para nós que

estamos acompanhando cada evolu-

ção de nossos queridos jovens alunos,

muita atenção e foco para dar suporte

em relação às mudanças e emoções

desse último ano de escola e transfor-

mações para a vida adulta. E por falar

em emoções, a mudança de humor, o

sentimento, a necessidade de privaci-

dade e também os rompantes tempe-

ramentais fazem parte deste momen-

to de vida de todo ser humano. A gran-

de causa desses destemperos nesta

fase é atribuída ao pensamento no

futuro, pressão para decidir o que irá

fazer profissionalmente, a ansiedade

para que este futuro chegue logo. As

emoções com a chegada do vestibular

estão relacionadas ao medo de errar,

de não conseguir, de decepcionar a

família, os amigos e o medo do desco-

nhecido. Por isso, estar perto de quem

amamos e receber sinais de amor e

compreensão, aumenta a autoconfian-

ça, alimenta a autoestima e aproxima a

família do jovem.

O preparo para o vestibular pode vir

do diálogo em casa, explicações e res-

ponsabilidades compartilhadas na esco-

la. A valorização dos estudos, nota boa,

deve ser elogiada e a nota baixa deve

ser “conversada”. Quanto mais estudar,

ler e escrever, mais rico se torna o pen-

samento, a memória e o poder criativo.

O tempo voa e não podemos esque-

cer de que a hora do vestibular chega,

e vale lembrar que “ninguém é igual

a ninguém”, cada pessoa passa por

seu aprendizado de modo diferente.

Vamos nos preparar para as emoções

que vêm aí? Contem com a gente!

32

Vestibular e emoçõesAs emoções com a chegada do vestibular estão relacionadas ao medo de errar. É preciso investir na autoestimaKelly de Moraes, Psicóloga – CRP-12/04372

Educa� Ensino médio

“Estou orgulhosa em perceber que

minha filha soube aproveitar o ensino

escolar que lhe oferecemos. Na épo-

ca dos vestibulares, além das aulas

no marista, ela passava horas em casa

estudando tudo que foi passado pelos

professores. Durante os vestibulares

houve momentos de nervosismo, afi-

nal, era muito assunto. Porém, valeu

tanta dedicação, hoje ela está colhen-

do o que plantou: conseguiu passar na

UFSC e na PUCPR no curso de Odonto-

logia. Acredito que três coisas foram

fundamentais: a dedicação, o colégio

que ofereceu as informações necessá-

rias e a família que está sempre cuidan-

do para que ela siga um bom caminho

e seja realizada profissionalmente.

Enfim, estamos todos contentes e

vibramos muito cada vez que vimos o

nome dela na lista dos aprovados.”

Danielle Maria de Souza e Silva

Mãe da aluna Bruna Carolina Souza e Silva

Terceirão Marista 2010

orguLho

Page 33: Em Família São Luis ed 07
Page 34: Em Família São Luis ed 07

34 Gente noss�

Desfilando atitude

Meu nome é Irma Marquardt, tenho

44 anos, sou casada há 19 e tenho

dois filhos adolescentes. Seguindo os

passos do meu pai, eu e meus dois

irmãos estudamos no Colégio Marista

São Luís todo o ginásio e colegial.

Lembro com saudades do tempo

de escola. A minha alegria na época e

o que mais me marcou foi fazer parte

da fanfarra, eu era uma das balizas –

com um mastro fazíamos a evolução

da banda. Além dos desfiles de Sete

de Setembro, nos apresentávamos em

outras cidades, competições entre as

bandas dos colégios... Eu me sentia o

máximo, acho que nasci para brilhar!

Sou empresária, meu ramo é a

publicidade, tenho uma agência de

modelos que se chama Cekat e que já

comemorou 24 anos de atividade aqui

em Jaraguá do Sul. Isto me faz pensar

que aos 20 eu já tinha o peso da res-

ponsabilidade de gente grande, mas

como sempre fui muito "louca", não

tive medo de encarar este desafio e me

sinto realizada, com a certeza que real-

mente faço o que gosto.

Quando falo que sempre fui louca,

é por que tenho coragem, determina-

ção, faço o que bem entendo, da forma

que quero e sem me preocupar com a

opinião dos outros... Sou polêmica,

extrovertida, talvez demais, mas não

ligo, sou feliz. Acredito que essas atitu-

des me titularam e eu concordo!

Imagino o que os professores e

diretores do Marista devem pensar:

como aquela maluca deu certo?

Acredito que o Marista foi essencial

para a minha formação, porque mesmo

exigindo muita disciplina, deixou aflorar

a minha personalidade e isto fez com

que eu pudesse exercer meu espírito

de liderança. Além disso, sempre tive

respeito, bom senso e muita responsa-

bilidade, principalmente profissional.

Tenho certeza de que cada profes-

sor que me deu aula deve ter alguma

história para contar, tanto é que quan-

do encontro algum, me reconhecem

na hora e falam que aluno como eu

professor não esquece.

Fico feliz em saber que o Colégio

Marista teve uma grande influência

no que me tornei hoje... uma mulher

autêntica e uma empresária de sucesso.

mesmo eXiGinDo

muiTA DisciPLinA,

o mArisTA DeiXou

AFLorAr A minhA

PersonALiDADe e

isTo FeZ com que eu

PuDesse eXercer

meu esPÍriTo De

LiDerAnçA

Ex-aluna fala sobre os tempos de Marista e as suas boas lembranças

Page 35: Em Família São Luis ed 07
Page 36: Em Família São Luis ed 07

36 Vestibular

É preciso aprender a lidar com o problema da tensão pré-vestibularFabíola Almeida

Abaixo a TPV!

“Foi a melhor sensação do mun-

do!”. É assim que a ex-aluna

Marista, Iana Dornelas Fonte Boa, des-

creve o que sentiu ao ver o nome na

lista dos aprovados. Mas a caloura em

Direito lembra que a preparação não

foi fácil e no 3º ano chegou a recorrer

a acompanhamento psicológico para

controlar a ansiedade pelo vestibular.

Assim como Iana, vários estudan-

tes sofrem com a tensão pré-vesti-

bular (TPV). Um levantamento feito

com 1.046 vestibulandos verificou

que 56,3% apresentaram sintomas de

ansiedade, considerando os níveis de

intensidade leve, moderado e grave.

Dentre os estudantes que apresenta-

ram transtorno depressivo, destacou-

-se a prevalência mais elevada em

meninas (59,3%) do que em meninos

(28,4%). De todos os participantes da

amostra, 947 (90,5%) responderam

ainda que o vestibular alterou seus

hábitos de vida, sendo as principais

modificações na vida social com ami-

gos, no relacionamento familiar, no

sono, na atividade física e na alimenta-

ção. O estudo foi comandado pelo psi-

quiatra Daniel Guzinski Rodrigues, da

Universidade Luterana do Brasil (Ulbra),

e pela psicóloga Cátula Pelisoli, da Uni-

versidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS)*.

Page 37: Em Família São Luis ed 07

“ESTUDAR DEMAIS POR OBRIGAÇÃO PODE ATRAPALHAR MAIS DO QUE AJUDAR, PORQUE VOCÊ ACABA SE SOBRECARREGANDO E NÃO FIXA DIREITO O QUE APRENDEU. ACHO IMPORTANTE TER UM TEMPO PARA SE DIVERTIR E PENSAR EM OUTRAS COISAS, SENÃO FICA DIFÍCIL AGUENTAR A PRESSÃO DO VESTIBULAR.”Andre Luis Tavares

O ex-aluno Andre Luis Tavares, apro-

vado no Programa de Avaliação Seriada

(PAS), da UnB, e na Unicamp para o cur-

so de Ciência da Computação, reforça

a ideia de que a tranquilidade pode ser

um diferencial na hora de realizar as

provas. “Estudar demais por obrigação

pode atrapalhar mais do que ajudar,

porque você acaba se sobrecarregan-

do e não fixa direito o que aprendeu.

Acho importante ter um tempo para

se divertir e pensar em outras coisas,

senão fica difícil aguentar a pressão do

vestibular.”

TENSÃO PRÉ-VESTIBULAR Conhecida como TPV, a tensão pré-

-vestibular é quase inerente à vida dos

estudantes. Dificuldade de concentra-

ção, inquietação, dores de cabeça e

musculares, além de tonturas, são sin-

tomas típicos da TPV, de acordo com

a pesquisa. O medo da reprovação, as

incertezas relacionadas ao desempe-

nho no dia da prova, a forte cobrança

da família e de amigos, são situações

que acabam contribuindo para o sur-

gimento da ansiedade que, em muitos

casos, pode ultrapassar os limites da

normalidade e prejudicar o desempe-

nho.

A ex-aluna Fernanda de Carvalho,

recém-aprovada no PAS e no vestibu-

lar para o curso de Nutrição, conta que

com ela não foi diferente: “No último

ano procurei ficar mais calma e encarar

a prova com menos pressão, acho que

isso pode ter ajudado”.

A professora de Física Samara Mei-

ra acompanha os alunos na Central de

Vestibulares do Maristão, em Brasília, e

sugere que os jovens não mudem mui-

to a rotina: diversão, atividades físicas e

alimentação saudável ajudam a manter

o equilíbrio. “Exercite o pensar, exer-

cite a capacidade de crítica, exercite

o hábito da leitura”, destaca. Em resu-

mo, a TPV não mata, mas impede viver

intensamente um dos períodos mais

bonitos da vida.

* Para ler o artigo "Ansiedade em vestibulandos:

um estudo exploratório", de Daniel Guzinski Ro-

drigues e Cátula Pelisoli, disponível na biblioteca

on-line SciELO (Bireme/Fapesp).

Page 38: Em Família São Luis ed 07

Estamos acostumados a ouvir diversas recomendações sobre bons hábitos de estudo, como esco-

lher um local silencioso, manter uma rotina para fazer tarefas, estabelecer metas e limites, entre

tantas outras. Mas como sabemos se esses hábitos são realmente bons?

38 Como fazer

Ricardo Marchesan

Esqueça o que você sabe sobre hábitos de

Page 39: Em Família São Luis ed 07

Cérebro vivo é cérebro ativo!

“Pesquisas indicam que o cérebro inicia

um processo de declínio cognitivo já a

partir dos 25 anos de idade. É possível,

contudo, manter o cérebro afiado, adiar o

declínio das suas funções e habilidades, e

minimizar esse declínio, com atitudes ao

alcance de todos. Engajar-se em ativida-

des regulares de exercícios físicos e men-

tais, ajudam na estimulação do cérebro.”

Suzana Herculano, neurocientista, desde 2008 é

apresentadora e roteirista do quadro Neurológi-

ca, do Fantástico, e autora de seis livros, “Pílulas

de Neurociência para uma Vida Melhor”

DICA ESPECIAL

Uma excelente matéria publicada

no jornal "The New York Times" anali-

sou as descobertas mais recentes em

hábitos de aprendizado e descobriu

muitos resultados surpreendentes que

podem ajudar qualquer pessoa, desde

uma criança aprendendo a fazer con-

tas, a um idoso aprendendo um novo

idioma. Muitas destas descobertas con-

tradizem a sabedoria popular, como

por exemplo, ao invés de manter ape-

nas um local de estudo, simplesmente

alternar a sala onde a pessoa estuda

aumenta a retenção.

De acordo com o autor da pesquisa,

o cérebro faz associações sutis entre o

que se está estudando e as sensações

exteriores naquele momento, indepen-

dentemente dessas percepções serem

conscientes. Forçar o cérebro a fazer

Cientistas descobriram que o estu-

do espaçado de um assunto – uma hora

hoje, uma hora no final de semana e

uma hora daqui a uma semana – melho-

ra a capacidade de recordar esse assun-

to. Uma explicação é que o cérebro,

quando volta naquele material num

outro dia, precisa reaprender um pouco

daquilo que ele havia esquecido e esse

processo, em si, reforça o aprendizado.

Essa é uma razão pela qual os cien-

tistas julgam que os testes – ou provas

simuladas – são ferramentas podero-

sas de aprendizagem, além de mera-

mente ferramentas de avaliação. O

processo de se extrair uma ideia pare-

ce fundamentalmente alterar a forma

com que a informação é armazenada

subsequentemente, tornando-a bem

mais acessível no futuro.

Nada sugere que somente essas

técnicas – alternar ambientes de estu-

do, misturar conteúdo, espaçar as ses-

sões de estudo, fazer testes – resol-

verão os problemas de aprendizado,

pois a motivação também importa

muito. Mas, pelo menos, essas técni-

cas oferecem aos pais e estudantes

um plano de estudo baseado em evi-

dências, e não em sabedoria popular

ou teorias vazias.

Vale lembrar que a forma como

aprendemos importa não só para

retermos eficientemente algumas

informações para as diversas tarefas

que executamos todos os dias, mas

também porque o aprendizado induz

mudanças neuroplásticas no cére-

bro que, consequentemente, podem

aumentar nossas reservas funcionais

e nossa saúde.

* Ricardo Marchesan é sócio fundador do Cérebro

Melhor, empresa especializada em treinamento

cerebral por meio de jogos online.

múltiplas associações com o mesmo

material pode, na verdade, dar a essa

informação mais relevância neural.

Variar o tipo de material estudado

numa única sessão de estudos – alter-

nando, por exemplo, entre vocabulário,

leitura e conversação de um novo idio-

ma – parece deixar uma impressão mais

profunda no cérebro do que se concen-

trar apenas em uma coisa de cada vez.

Muitos atletas também costumam tam-

bém misturar seus treinos com séries

de força, velocidade e habilidade.

Page 40: Em Família São Luis ed 07

40 Como fazer

ALTERNE O AMBIENTE

Variar o ambiente onde se

estuda aumenta a retenção

da memória. Quando se tro-

ca de local, o cérebro faz associações

sutis entre o que se está estudando e

as sensações externas, sendo percep-

ções conscientes ou não. Quando for-

çamos o cérebro a praticar múltiplas

associações com o mesmo material,

essa informação passa a ganhar maior

relevância neural.

VARIE O MATERIAL A SER

ESTUDADO

Mesclar o tipo de material

numa mesma sessão de

estudos pode deixar uma impressão

mais profunda no cérebro do que se

concentrar apenas em um assunto de

cada vez. Assim como esportistas pos-

suem treinos alternados, poderíamos,

por exemplo, ter uma sequência que

passasse por vocabulário, leitura e con-

versação de um novo idioma.

ESTUDE ESPAÇADAMENTE

Quando montamos um cro-

nograma espaçado para a

aprendizagem de um deter-

minado assunto, como por exemplo,

uma hora hoje, uma hora no final de

semana e uma hora daqui a uma semana,

melhoramos nossa capacidade de recor-

dar esse tema. Ao voltar no material tra-

balho em um curto período de tempo,

nosso cérebro acaba reaprendendo uma

parte daquilo que ele havia esquecido,

dessa forma, se tornando um processo

de reforço de aprendizado.Alterar para:

“ ao voltar ao material trabalhado em um

curto período de tempo, nosso cérebro

acaba reaprendendo uma parte daquilo

que ele havia esquecido, dessa forma,

se tornando um processo de reforço de

aprendizado.

TESTES SÃO BEM VINDOS

As provas simuladas ou exer-

cícios são ótimas ferramen-

tas de aprendizagem e não

uma simples forma de avaliação. O

processo de se extrair o conhecimento

absorvido na resolução desses testes

acaba alterando a forma como essas

informações são armazenadas e, sub-

sequentemente, torna o acesso mais

fácil no futuro.

MOTIVE-SE

Assim como a prática, a moti-

vação é fundamental para o

aprendizado. Quanto mais

se pratica, mais chance o cérebro tem

de reforçar as modificações sinápti-

cas que constituem o que está sendo

aprendido. Quanto mais motivação se

tem, mais se pratica, mais importância

se dá ao aprendizado e, portanto, mais

facilmente acontecem as modificações

sinápticas do aprendizado.

Fonte: Cérebro Melhor (www.cerebromelhor.com.br)

Confira algumas estratégias que podem contribuir com os melhores hábitos de estudo, todas baseadas em pesquisas científicas:

hábitos de estudo campeões

OsEstreia, em parceria com o Canal Futura, Turma da Teca. Esta coleção, da FTD, baseada no programa Teca na TV, sucesso do Canal Futura, traz histórias que tratam de temas como formação pessoal e social, meio ambiente e ética, linguagem, matemática, sempre dentro do universo infantil.

Turma da Teca é dirigida para a galerinha de 4 a 7 anos de idade. São duas coleções com seis livros cada uma, criados com base em 12 episódios do programa de TV. Acompanha também DVD com seis histórias (um para cada coleção e faixa etária).

As coleções são apresentadas em embalagens bem atrativas!

O Kit do Aluno é composto de:

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Page 41: Em Família São Luis ed 07

Estreia, em parceria com o Canal Futura, Turma da Teca. Esta coleção, da FTD, baseada no programa Teca na TV, sucesso do Canal Futura, traz histórias que tratam de temas como formação pessoal e social, meio ambiente e ética, linguagem, matemática, sempre dentro do universo infantil.

Turma da Teca é dirigida para a galerinha de 4 a 7 anos de idade. São duas coleções com seis livros cada uma, criados com base em 12 episódios do programa de TV. Acompanha também DVD com seis histórias (um para cada coleção e faixa etária).

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Page 42: Em Família São Luis ed 07

42 Compartilhar

Não é preciso destacar o quanto a

rede mundial de computadores

revolucionou o dia a dia das pessoas e

transformou a sociedade. O que assus-

ta, ainda, é que por ser uma novidade

não há normas e leis específicas para

coibir os crimes praticados por meio

dos computadores. São fraudes finan-

ceiras, envio de vírus, roubo de senhas,

crimes contra a honra, calúnia, injúria,

difamação, cyberbullying (humilhação

de pessoas por meio de postagens na

Internet) e, talvez o crime mais preocu-

pante, a pedofilia.

“A despeito de terem sido criadas

delegacias especializadas, é importan-

te que todos os usuários da Internet

saibam que existem meios mais segu-

ros de usar a rede mundial, a partir da

adoção de alguns medidas práticas”,

destaca Luiz Flávio Borges D’Urso, Pre-

sidente da OAB SP, que organizou a

1 Lembre-se de que as relações esta-belecidas na Internet são relações inter-pessoais e, por isso, é importante ter os mesmos cuidados tomados no contato pessoal do dia a dia: não revele a estra-nhos informações pessoais que possam comprometê-lo ou comprometê-la, tais como: endereço, telefone, seu nome completo, nome de familiares, local de trabalho, nome da escola onde estuda, dados que indiquem sua rotina

2 Preserve sua intimidade: não divul-gue informações, contatos, fotos ou vídeos pessoais e tenha cuidado ao rea-lizar negócios e manter relacionamentos via Internet

3 Tome cuidado com novas amizades, procurando referências antes de consi-derá-las como conhecidas

4 Antes de publicar algo, lembre-se de que não são apenas os seus amigos e pessoas honestas que utilizam a Inter-net. Desconfie das pessoas e dos sites que desrespeitam as leis e promovem a intolerância ou se manifestam em desa-cordo com a ética

5 Utilize em seu computador um pro-grama firewall, um software antivírus e aplique mensalmente as atualizações mais recentes fornecidas pelo fabrican-te do sistema operacional e do software antivírus

6 Não clique em links da web pre-sentes em e-mails, nem abra arquivos anexos enviados por pessoas desco-nhecidas. Em caso de dúvidas entre em contato com o remetente da mensagem antes de clicar em um link ou abrir um arquivo anexo

A internet pode ser seguraPresença e diálogo são as grandes armas dos pais também no ambiente virtual

6 CUIDADOS PARA NÃO CAIR EM ARMADILHAS DA REDE

cartilha “Recomendações e boas práti-

cas para o uso seguro da Internet para

toda a família”.

SEM BARREIRASOs especialistas destacam que é

importante que a barreira digital que

separa os pais de seus filhos seja rom-

pida, já que muitos pais ficam alheios

à conduta de seus filhos no ambiente

virtual em razão do próprio desco-

nhecimento que têm a respeito da

informática. Respeitar a privacidade

dos filhos não pode ser sinônimo de

ausência de supervisão, de vigilância,

o que deve ser feito em consonância

com o respeito aos valores da pró-

pria família. É também essencial que

os filhos saibam que seus pais têm

conhecimento do que ocorre na Inter-

net e que podem confiar neles caso

sofram alguma agressão no meio vir-

tual. Além disso, é necessário que os

pais expliquem sobre a importância

do uso consciente da Internet e das

consequências que atitudes irrespon-

sáveis podem causar.

SERVIÇO: A Cartilha pode ser acessada no site

da OABSP, pelo link: www.oabsp.org.br/comisso-

es2010/crimes-alta-tecnologia/cartilhas/carti-

lha_internet.pdf

Page 43: Em Família São Luis ed 07

Jean-Dominique Bauby (Mathieu

Amalric) tem 43 anos, é editor da

revista Elle e um apaixonado pela

vida. Mas, subitamente, tem um

derrame cerebral. Vinte dias depois,

ele acorda. Ainda está lúcido, mas

sofre de uma rara paralisia: o único

movimento que lhe resta no corpo

é o do olho esquerdo. Bauby se

recusa a aceitar seu destino. Apren-

de a se comunicar piscando letras

do alfabeto, e forma palavras, fra-

ses e até parágrafos. Cria um mun-

do próprio, contando com aquilo

que não se paralisou: sua imagina-

ção e sua memória. Um livro para

refletir sobre a nossa mania de

autossuficiência.

QUEM INDICA: Cristiane Mazolla

Vieira, Assessora Psicopedagógica

(Ensino Fundamental II) do Colégio

Marista Santa Maria

"GERAÇÃO Y"Sidnei de Oliveira, Editora IntegrareO autor apresenta de forma sutil as

eras em que vivemos como sociedade:

era da terra (do feudo), era da força do

trabalho, industrial, da informação e a

que vivemos hoje, a era das conexões.

O livro situa as pessoas no tempo em

que vivemos e dá um "toque" de que

precisamos aprender a nos relacio-

narmos respeitando essa diferença de

contexto (essa conexão é de se relacio-

nar). Especialmente entre pais e filhos,

afinal, os pais devem entender que a

era de seus filhos é bem diferente da

qual viveram antes.

O AMOR FECUNDA O UNIVERSOMarcelo Barros e Frei Betto, Editora AgirDiz Leonardo Boff que “o propósito da

vida não é só a simples sobrevivência,

mas a realização das potencialidades

presentes no Universo e que querem se

expressar”. Este livro, cheio de poesia e

mística, quer nos convocar ao cuidado

com a vida, com a espiritualidade que dá

sentido a todas as expressões de vida.

Com tantas versões catastróficas sobre o

nosso planeta e sobre o nosso papel no

mundo, buscar caminhos de compro-

misso ecológico e espiritual torna-nos

ainda mais vinculados com a transfor-

mação da realidade, integrando-nos à

grande sinfonia da Vida.

QUEM INDICA: Marize

Mazzoli Rufino, Diretora

Educacional do Colégio

Marista de Londrina

Prateleira ídeo

QUEM INDICA: Ascânio

João Sedrez, Diretor

Educacional do Colégio

Marista Arquidiocesano

O ESCAFANDRO E A BORBOLETA

Page 44: Em Família São Luis ed 07

44 Solidariedade

“Um mundo melhor é o que todos

nós queremos para nossos filhos

e para todas as crianças e adolescen-

tes. Um mundo digno, que respeite

nossa liberdade e a diversidade ide-

ológica, religiosa, étnica e de gêne-

ro, e que respeite também nossa

integridade humana. E é por esse

mundo que devemos trabalhar”,

afirma Jimena Djauara N. C. Grigna-

ni, assessora da Rede Marista de Soli-

dariedade.

Mais que caridade, o comprome-

timento de todos com a construção

de uma sociedade mais justa é que

define a cultura da solidariedade,

tão discutida e aplicada em cada

uma das unidades Maristas. Afinal,

se você é incentivado a pensar e agir

por um mundo melhor, sua posição

sobre a vida e as demais pessoas

será diferente daquela de alguém

que aprendeu apenas a buscar o

primeiro lugar num mundo compe-

Em que mundo você deseja viver?Proposta Marista nos convida a fazer parte da cultura da solidariedade

titivo. Essa maneira de pensar vai

além da postura de ajuda ao outro e

busca uma interação de pessoas de

realidades sociais distintas numa via

de mão dupla onde todos ganham. É

como afirmava João Paulo II: ser soli-

dário implica uma “determinação fir-

me e perseverante de se empenhar

pelo bem comum” em busca da jus-

tiça social e da fraternidade.

Em resumo, a cultura da solida-

riedade vem para inverter a lógica de

um mundo regido pela competição.

“Só quando nos aproximamos de

outras realidades sociais e econômi-

cas é que podemos exercitar a coo-

peração. Este é um movimento com-

plexo, uma nova maneira de ver as

coisas, mas à medida que essa cultu-

ra for sendo compreendida e viven-

ciada pelas pessoas, naturalmente a

realidade do país se transformará”,

finaliza Jimena.

Page 45: Em Família São Luis ed 07

A partir do que indica a Missão Educativa Marista, educa-se na e para a solidariedade, pois

essa missão apresenta a Boa Nova, não apenas em termos pessoais, mas também a partir de

uma visão comunitária. Tal visão segue a lógica de Jesus Cristo, alcançando os mais empo-

brecidos, buscando o bem comum e assumindo a responsabilidade pelo presente e o futuro

da humanidade, assim como por toda a Criação.

Fonte: "Termos, Expressões e Valores Institucionais – Diretrizes para comunicação da Província Marista Brasil

Centro Sul – N°1".

BOA NOVA

Page 46: Em Família São Luis ed 07

A Rede Marista de Solidariedade acredita que a cultura e a arte transformam as realidades de pessoas e comunidades.

Novosjuventudes

cenáriosparaasinfâncias&

www.solmarista.org.br

Page 47: Em Família São Luis ed 07

Essência

A última grande Assembleia Geral do Instituto dos Irmãos

Maristas, ocorrida em Roma há dois anos, acentuou a

figura de Maria, mãe de Deus, como grande inspiradora e

protetora da obra marista no mundo.

Nos documentos publicados depois da Assembleia,

o exemplo de Maria e exaltação de suas virtudes foram

destacados, o que despertou a União Marista do Brasil

(UMBRASIL) a estabelecer um Ano Mariano. Com o tema

Maria no coração da Igreja e o lema Com Maria, para uma

nova terra, o Ano tem a perspectiva de reavivar a presença

de Maria na vida Marista e da Igreja Católica, contribuin-

do também como preparação para a comemoração dos

200 anos de nascimento do Instituto dos Irmãos Maristas

(1817-2017).

A celebração do Ano Mariano, no período de 25 de mar-

ço a 8 de dezembro de 2011, acontece em todas as Uni-

dades Maristas do Brasil por meio de atividades e eventos

nacionais. As ações propostas mostram que, sob diversos

títulos e matizes, Maria é retratada nas diversas culturas,

comunidades e povos como companheira, modelo de ins-

piração, força para acolher a realidade da vida e lutar para

sua transformação. Maria é a mulher plena de Deus, a mãe,

a irmã, a amiga, a intercessora junto a Cristo, solidária com

os pobres e humildes.

À Mãe,com carinhoMaristas do Brasil dedicam 2011 a Maria

TUDO POR MARIAInspirados em Maria, o marista se deixa transformar por ela para ser presença de qua-lidade na vida das pessoas, em especial dos que mais necessitam. Somos convidados a descobri-la como peregrina na fé. Como Jesus......ir ao encontro daqueles que estão à margem, fazê-los “avançar para águas mais pro-fundas” (Cf. Lc 5,1-4);...servir, escutando a voz serena e presente da Mãe: “fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5); ...celebrar a vida, processando a conversão do coração: “não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho?” (Lc 24,32); ...reafirmar a vocação e o desejo de ser filho e filha de Maria: “eis tua mãe!” (Jo 19,27).

Fonte: Documento de Orientações do Ano Mariano

“PARECE-ME QUE, ÀS VEZES, INCLUSIVE SEM DAR-NOS CONTA, SIMPLESMENTE

POR NOSSO MODO DE FAZER, POR NOSSAS OPÇÕES, POR NOSSA MANEIRA

DE RELACIONAR-NOS, MOSTRAMOS O ROSTO MARIANO DA IGREJA, QUE

REALMENTE QUEREMOS”Ir. Emili Turú, Superior-Geral dos Irmãos Maristas

Maria no coração da Igreja.

Page 48: Em Família São Luis ed 07

48 Inspiração

Uma célebre frase de Albert Einstein

ensina que “só há duas manei-

ras de viver a vida: a primeira é vivê-la

como se os milagres não existissem; a

segunda é vivê-la como se tudo fosse

um milagre”. De fato, entre o nasci-

mento e a morte, cada momento deve

ser vivido como um milagre. E nossa

medida de felicidade certamente será

proporcional à nossa sensibilidade para

enxergar cada um destes pequenos

dons que recebemos ao longo da vida.

Com apenas 18 anos, logo após a

conclusão da 3ª série do Ensino Médio

no Marista, Pauline Becker Zacaron ini-

ciou uma batalha pela própria vida e

precisou rapidamente rever esses con-

ceitos. Com dores fortes, descobriu

que possuía um tumor em um dos ová-

rios e, então, fez a primeira operação.

Mesmo depois da cirurgia, as dores

não só continuaram, mas aumentaram

ainda mais. Vários exames foram reali-

zados e constataram-se algumas man-

chas na coluna. A jovem submeteu-se a

mais uma cirurgia para retirada de um

fragmento da coluna para biópsia e foi

descoberto que o problema na coluna

era consequência de uma das células

que havia se deslocado do ovário. “Na

hora da notícia, o desespero tomou

conta de mim ao saber que estava com

câncer. Segurei firme na mão do médi-

co e de meus familiares e disse: “façam

tudo que tiver que ser feito com a ajuda

de Deus, mas não me deixem morrer”,

relembra Pauline.

Foi realizada, então, a terceira cirur-

gia; dessa vez, porém, para retirada da

vértebra onde o tumor se alojara. Após

o procedimento cirúrgico de 12 horas,

Pauline iniciou as sessões de quimio-

terapia, momento em que sofreu bas-

tante com os sintomas: enjoo, falta de

apetite e queda dos cabelos, entretan-

to, jamais perdeu o desejo de viver.

Hoje, três anos depois da descoberta

da doença, Pauline faz faculdade

de Administração, está plenamente

curada e, acima de tudo, muito feliz.

A doença lhe trouxe muitas lições e a

principal delas é de que cada momento

deve ser vivido em sua plenitude,

algo que todos sabem, mas poucos

colocam em prática verdadeiramente.

“Como o hospital em Criciúma fica

em frente ao Marista, o colégio foi a

primeira imagem que tive após levan-

tar da cama do hospital. Com a ajuda de

meus familiares, dei os primeiros pas-

sos até a janela e não consegui segurar

as lágrimas. O Marista abriu as portas de

uma educação de qualidade e a virtude

como família. Os amigos que formei

e os funcionários sempre estarão em

meu coração”, conta. Como para cada

um de nós, também para Pauline o

colégio estava associado às amizades,

aos valores universais e às coisas mais

significativas que constroem a nossa

vida. Ali ela havia sido feliz e presen-

ciado todos os milagres diários que só

uma criança é capaz de enxergar.

Por isso, fica a dica: nos momentos

de dificuldades, que tal lembrar dos

tempos de colégio? Pode ser que a for-

ça daquela criança seja tudo o que o

homem ou a mulher de hoje precisem

para vencer os problemas e continuar a

enxergar os milagres diários.

Você acredita em milagres?A ex-aluna marista, Pauline Becker Zacaron, venceu o câncer e encontrou novas maneiras de ser feliz

Page 49: Em Família São Luis ed 07

INFORME PUBLICITÁRIO

DIVERSÃO E CONHECIMENTO JUNTOS

É num cenário especial, que inte-

gra diversão com conhecimento,

que os alunos dos colégios maristas

de Londrina, Criciúma, Paranaense e

Santa Maria (Curitiba) estão aprenden-

do a fazer a diferença. Com modernas

ferramentas de eletrônica, informática

e mecânica, crianças a partir de cinco

anos constroem e desenvolvem proje-

tos incríveis com a orientação de pro-

fessores. É a L.A. Robótica Educacional,

uma rede de franquias presente em

quatro unidades do Marista e com pla-

nos de expansão.

Segundo o idealizador do proje-

to, o matemático Leandro Augusto,

a idéia principal do curso é propor ao

aluno o projeto e a construção de um

experimento investigatório e explo-

ratório que seja "divertido fazer". A

partir daí as crianças trabalham con-

DESENVOLVIMENTO

Confira o que a L.A Robótica Educacional

estimula e desperta nos alunos:

1. A curiosidade na criação e planeja-

mento de projetos

2. O interesse pelo estudo e análise de

mecanismos existentes

3. A compreensão dos conceitos físicos

presentes no cotidiano e as habilida-

des cognitivas, motoras e perceptivas

4. O curso amplia a visão de mundo

deles e estimula o sociabilizar do

aluno. Trabalho em equipe, a criati-

vidade e organização

INFORMAÇÕES:

www.laroboticaeducacional.com.br

ceitos e práticas de disciplinas como

matemática, física, eletrônica, infor-

mática, tudo isto com aplicação da

qualidade total. “Procuramos estimu-

lar o desenvolvimento e as habilida-

des do aluno na interação do uso de

novas tecnologias sempre de manei-

ra crítica e investigativa”, destaca o

professor.

Um dos pontos mais importantes

da robótica é o aprendizado conquis-

tado através do trabalho realizado

em grupo, desde a etapa de estudo.

Princípios de trabalho em equipe e

cooperação, que são exigidos na atu-

ação profissional, são desenvolvidos

nos alunos a partir de cada um dos

projetos. “O resultado é uma pessoa

muito mais preparada para enfrentar

os desafios educacionais e profissio-

nais”, finaliza Leandro Augusto.

NAS AULAS DE ROBÓTICA

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50 Humor

Page 51: Em Família São Luis ed 07

Volume 23º. ano

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MULTIPLICAMOS BOAS NOTÍCIAS

Palavras podem andar depressa e até voar. Podem construir, registrar, bendizer, eternizar. A especialidade da Editora Ruah é reuni-las, organizá-las e multiplicá-las em revistas. Fazemos isso pelo Grupo Marista com as revistas Em Família (Rede de Colégios), Vida Universitária (PUCPR), Brasil Marista (Umbrasil) e podemos fazer pela sua empresa também.

Palavrastêm vida

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