em família goiânia ed 07

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2º SEMESTRE/2011 Um novo futuro depende deles Geração verde

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Edição de junho/2011 da revista Em Família - Goiânia

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Page 1: Em Família Goiânia ed 07

2º SEMESTRE/2011

Um novo futuro depende deles

Geraçãoverde

Page 2: Em Família Goiânia ed 07

Rede CI. Mais de 60 lojas em todo o país.

Cursos, estágios, trabalhos, passagens aéreas e viagens para o exterior, que fazem a vida acontecer.

Chegou a hora de você fazer um intercâmbio

ci.com.br/m iead ciona ci.com.br você aprende com o mundo

CI Moema

Av. Ibirapuera, 1858Tel.: (11) 5051-0381São Paulo

CI Porto ALegre

Rua Padre Chagas, 80Tel.: (51) 3346-4654

CI Goiânia

Rua 18, 326 Salas 3/4 - Setor OesteTel.: (62) 3093-4353

CI Brasília

SCLN, 211 - Bloco B - Loja 06Tel.: (61) 3340-2040

CI Curitiba

Av. Batel, 1.398Tel.: (41) 3342-3032

CI Londrina

Av. Higienópolis, 799 - loja 02Tel.: (43) 3029-0203

CI Maringá

Av. Duque de Caxias, 882 - loja 04 Tel.: (44) 3029-3003

Intercâmbio TeenSuas férias com cara de Intercâmbio

Onde: Alemanha, Austrália, EUA, Nova Zelândia, Inglaterra, Itália e muito mais.

Duração: 2 a 8 semanas

High SchoolNão deixe o tempo passar e embarque nessa

Onde: Austrália, Canadá, EUA, Nova Zelândia e muito mais.

Duração: 1 a 2 semestres letivos

Use o leitor de QR Code do seu celular e saiba mais.

Page 3: Em Família Goiânia ed 07

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Duração: 1 a 2 semestres letivos

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Page 4: Em Família Goiânia ed 07

Expediente

A Província Marista Brasil Centro-Sul atua nas áreas de educação, solidariedade, saúde, editorial e comunicação. A

PMBCS está presente nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal.

Sua forma de atuação busca, por meio de processos educacionais, uma efetiva contribuição social e cultural,

posicionando-se na defesa e promoção dos direitos das infâncias e juventudes.

Desenvolver equilibradamente, afetividade e inteligência, dimensão comunitária e social, valores humanos e cristãos é

a proposta da instituição.

Rua Imaculada Conceição, 1155Prado Velho – Curitiba – PRPrédio Administrativo PUCPR – 8º andarCEP: 80215-901Tel.: (41)3271-6500

www.marista.org.br

PRESIDENTE DAS MANTENEDORAS: Ir. Dario Bortolini

SUPERIOR PROVINCIAL: Ir. Davide Pedri

SUPERINTENDENTE ABEC/UCE: Paulo Serino de Souza

REDE DE COLÉGIOS: Ir. Paulinho Vogel, André Garcia, Isabel Cristina

Michelan Azevedo, Vani Sant'ana

COMUNICAÇÃO E MARKETING (ABEC/UCE): Patrícia Fatuch,

Pollyana D. Nabarro, Alexandre L. Cardoso, Silvia S. Tateiva, Kelen Y.

Azuma, Patrícia L. Egashira, Fábio Egg Mais, Tiago Ienkot

COMUNICAÇÃO E MARKETING (COLÉGIOS): Bruna Finkensieper

Gonçalves, Bruno Bonamigo, Caroline Damin Mertens ,Cláudia

Cristina Batistela Francisco, Cristiane Rufino Santos, Daliane

Anziliero Teston, Eros Augusto Asturiano Martins, Eziquiel

Machado Ramos, Fábio Silvestrini Aparício, Katia Macedo Dias

Kely Cristine de Souza, Luana Mendonça Dias dos Santos, Mayara

Amaral Haudicho, Raquel Aline Bortoloso, Renato Mobaid Pereira

Campos, Samira Damásio Dutra

CAPA:

Mirela Schreck Welter, Gabriel Weiand,

Lucas Petry Heck, Marina Gabriela Maia,

alunos do Colégio Marista Pio XII, Novo

Hamburgo - RS

FOTO:

D'Contreras - ILEXPHOTO

BRASÍLIA • Colégio Marista de Brasília - Educação Infantil e Ensino Fundamental - SGAS 609 CONJ A - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-690 - (61) 3442-9400

Colégio Marista de Brasília - Ensino Médio - SGAS 615 CONJ C - Bairro Asa Sul - Brasília - DF - 70200-750 - (61) 3445-6900

CASCAVEL • Colégio Marista de Cascavel - Rua Paraná, 2680 - Centro - Cascavel - PR - 85812-011 - (45) 3036-6000

CHAPECÓ • Colégio Marista São Francisco - Rua Marechal F. Peixoto, 550L - Chape-có - SC - 89801-500 - (49) 3322-3332

CRICIÚMA • Colégio Marista de Criciúma - Rua Antonio de Lucca, 334 - Criciúma - SC - 88811-503 - (48) 3437-9122

CURITIBA • Colégio Marista Paranaense - Rua Bispo Dom José, 2674 Seminário - Curitiba - PR - 80440-080 - (41) 3016-2552

Colégio Marista Santa Maria - Rua Prof. Joaquim de M. Barreto, 98 - Curitiba - PR - 82200-210 (41) 3074-2500

GOIÂNIA • Colégio Marista de Goiânia - Avenida Oitenta e Cinco, n. 1440

St. Marista - Goiânia - GO - 74.160-010 - (62) 4009-5875

JARAGUÁ DO SUL • Colégio Marista São Luís - Rua Mal. Deodoro da Fonseca, 520 Centro - Jaraguá do Sul - SC - 89251-700 - (47) 3371-0313

JOAÇABA • Colégio Marista Frei Rogério - Rua Frei Rogério, 596 - Joaçaba - SC - 89600-000 - (49) 3522-1144

LONDRINA • Colégio Marista de Londrina - Rua Maringá, 78 - Jardim dos Bancários - Londrina - PR - 86060-000 (43) 3374-3600

MARINGÁ • Colégio Marista de Maringá - Rua São Marcelino Champagnat, 130 - Centro - Maringá - PR - 87010-430 - (44) 3220-4224

PONTA GROSSA • Colégio Marista Pio XII - Rua Rodrigues Alves, 701 - Jardim Carva-lho - Ponta Grossa - PR 84015-440 - (42) 3224-0374

RIBEIRÃO PRETO • Colégio Marista de Ribeirão Preto - Rua Bernardino de Campos, 550 - Higienopólis - Ribeirão Preto - SP - 14015-130 - Fone:(16) 3977-1400

SÃO PAULO • Colégio Marista Arquidiocesano - Rua Domingos de Moraes, 2565 - Vila Mariana - São Paulo - SP - 04035-000 - (11) 5081-8444

Colégio Marista Nossa Senhora da Glória - Rua Justo Azambuja, 267 - Cambuci - São Paulo - SP - 01518-000 - (11) 3207-5866

Em Família | 8ª Edição | 2º Semestre 2011

A Revista Em Família é uma publicação da Editora Ruah para a Rede Marista de Colégios, com distribuição dirigida aos pais e colaboradores.

Visite o blog da revista e envie sua opinião: www.maristaemfamilia.com.br

EDITOR: Luís Fernando Carneiro | DIAGRAMAÇÃO: Goretti Carlos | PUBLICIDADE: Ariane Rodrigues | R. Casemiro José Marques de Abreu, 706

– Ahú – Curitiba/PR – CEP: 82200-130 – Fone: (41) 3018-8805 | www.editoraruah.com.br | Quer anunciar? Entre em contato conosco pelo

fone (41) 3018-8805 ou pelo site www.editoraruah.com.br

Todos os direitos reservados. Todas as opiniões são de responsabilidade dos respectivos autores.

4

Page 5: Em Família Goiânia ed 07

P esquisas recentes indicam que

nosso planeta já não consegue

mais recompor os recursos naturais

consumidos pelos seres humanos.

Se continuarmos com o ritmo voraz

de consumo atual, em poucos anos

exterminaremos todas as possibilida-

des de vida no planeta.

Somos a geração de seres huma-

nos que mais consome futilidades,

ou seja, consumimos sem precisar

e, não raras vezes, por puro prazer,

hábito, vontade ou desejo. A cultura

do descartável nos leva ao consumo

inconsequente. Angustiados, busca-

mos preencher um vazio com coisas

que, na verdade, aplacam a angústia

frequentemente, não nos damos

conta, como um abraço aconchegan-

te, uma palavra de conforto, um gesto

surpreendente ou um olhar carinho-

so e terno. Este vazio se faz presente

quando não acolhemos ou não somos

acolhidos pelas pessoas que nós ama-

mos, e quando não educamos nossos

filhos para a alteridade, para a empa-

tia e para o desejo de ver o outro feliz

antes de nós mesmos. Na escravi-

dão do tempo, certos gestos custam

demais. Bauman (2001), descrevendo

nossa época, diz: “O que conta é o

tempo, mais do que o espaço que lhes

toca ocupar; espaço que, afinal, pre-

enchem apenas ‘por um momento’”.

A salvação da vida em nosso pla-

neta está nas mãos do pai, da mãe, do

professor, do educador, enfim, dos

responsáveis pelas futuras gerações.

Preencher os corações das crianças,

adolescentes e jovens, com gestos

de amor, fazendo-os perceber que,

mais importante que a própria felici-

dade, é enxergar nos olhos do outro

que sua felicidade depende de gestos

concretos de acolhida, de proteção,

de amparo e de tempo “perdido” /

investido. Assim se constróem iden-

tidades seguras e sólidas que encon-

tram a própria felicidade não nas futi-

lidades de cada esquina, mas dentro si

mesmos, a partir dos gestos de amor

vivenciados no seio da família.

momentaneamente e não nos levam

à satisfação plena.

Nosso planeta não está sendo

exterminado pelo fato de existirem

muitos seres humanos ou por estes

necessitarem cada vez mais de arte-

fatos para se manterem. A responsa-

bilidade não se deve às necessidades

básicas da modernidade, que nos

faz utilizar cada vez mais os recur-

sos naturais. A responsabilidade pelo

extermínio da vida no planeta está

no vazio existente na alma dos seres

humanos que aqui vivem.

O reflexo da sede e do vazio na

alma dos seres humanos está na

ausência dos pequenos gestos que,

Vazio que extermina, Amor que sustentaPor Ir. Paulinho Vogel

Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede Marista de Colégios

Primeira impressão 5

Page 6: Em Família Goiânia ed 07

Entrevista

Quando o lixo vira arte e vida

6

Page 7: Em Família Goiânia ed 07

O artista plástico Vik Muniz fala sobre como o lixo pode se transformar em obra de arte apreciada no exterior e mudar a vida de toda uma comunidadePor Vivian Albuquerque

V icente José Muniz, o Vik Muniz, nasceu em São Paulo em uma família da

classe média. Seus pais, um garçom e uma telefonista, com certeza nunca

imaginaram que um dia seu filho – numa mudança para Nova York – poderia

se tornar um ícone da arte pela fotografia, com trabalhos expostos nos mais

importantes museus do mundo.

Na década de 80, Vik decidiu estudar inglês em Chicago. Foi para ficar apenas

seis meses, mas, numa visita a Nova York, se apaixonou e por lá acabou ficando

e levando com ele o nome do Brasil, com uma arte nada convencional. Usando

materiais como chocolate, açúcar, sucata e lixo, ele retrata pessoas e reproduz

conhecidas obras de arte, provando que tudo, até mesmo o que ninguém mais

quer, pode virar obra de arte “de valor”.

Este ano, o documentário que mostra o trabalho do artista plástico brasileiro

com catadores de material reciclável em um dos maiores aterros sanitários do

mundo concorreu ao Oscar. Apesar de toda a torcida brasileira, a estatueta não

veio. Mas Vik, mais uma vez, conseguiu sensibilizar o mundo por meio da sua

arte, trazendo à tona discussões sobre sustentabilidade e olhar solidário.

Quando começou este seu trabalho

tão diferenciado?

Quando resolvi deixar o Brasil e

viver em Nova York. Minha ideia

era abrir a mente para o mundo

artístico, mas o que acabou acon-

tecendo foi bem mais que isso.

Comecei a produzir séries fotográ-

ficas que conquistaram o público

por trabalhar com materiais nada

ortodoxos: macarrão, algodão, pó,

terra. Compúnhamos as imagens

e eu fotografava. Uma foto, assim

como uma pintura, não só mostra

um tema, mas o material com que

foi representado. Quanto mais dis-

tante o material do tema proposto,

mais inspirador será o engajamento

entre o espectador e a imagem.

Em várias de suas fotos você reproduz

obras de arte já conhecidas. Poderia

explicar o porquê desta escolha?

Procuro trabalhar com o que o

próprio espectador traz para esse

seu encontro com a imagem. Por

isso tem de ser algo que ele reco-

nheça. Os temas acabam sendo

algo já digerido e subestimado por

ele. Não raro, desenho o que que-

ro reproduzir, vou a um museu ou

faço de cabeça. Trabalho com séries

para não precisar dizer tudo de uma

só vez. Trabalho com materiais

diversos ao mesmo tempo e nunca

encerro uma série definitivamente;

elas vão se extinguindo natural-

mente.

O filme "Lixo Extraordinário" tornou

seu trabalho ainda mais conhecido

por nós, brasileiros. Ali, poderíamos

dizer que além da matéria-prima

– lixo – você ainda teve as pessoas

como grande componente de inspi-

ração?

Eu queria mudar a vida de um grupo

de pessoas usando o material com

que lidam no dia a dia. Assim sur-

giu a ideia de transformar lixo em

Page 8: Em Família Goiânia ed 07

arte e reverter a venda das fotos em

recursos para aquela comunidade.

O aterro do Jardim Gramacho aten-

de a pelo menos 2,5 mil famílias.

Pessoas que passam o dia ali, entre

os caminhões e as pilhas de lixo,

para ganhar R$ 50,00. Eram pesso-

as que nem sequer tinham fotos

delas. E o momento mágico se deu

quando uma coisa se transformou

em outra; o lixo se transformou na

imagem delas.

Como foi o trabalho de criação des-

tas obras que acabaram ganhando o

mundo de forma tão especial?

Fiz os retratos das pessoas e depois

as convidei para trabalhar comigo

no estúdio, “pintando” suas pró-

prias fotos. Muitos nunca tinham

se visto em uma foto e, de repente,

estavam vendo seus retratos repro-

duzidos com materiais que eram,

ao mesmo tempo, o sustento do dia

a dia. Estar envolvido em projetos

sociais, para mim, é fundamental.

O lixo é uma boa matéria-prima para

a arte, afinal?

O lixo é dinheiro. A gente perde mui-

to dinheiro com ele. Quem mexe

com o lixo ou tem muito dinheiro

ou não tem nenhum. Muitas vezes,

quando convido as pessoas para

verem meu trabalho no galpão que

temos no Brasil, elas se assustam

porque entram e só veem monta-

nhas e montanhas de lixo e sucata.

Mas fotografamos com uma câmera

8X10, a uma distância de 20 metros.

Só quando se sobe na torre é que

se vê a obra no meio daquilo tudo.

Por isso é tão bacana. Conseguimos

criar o retrato de um catador que,

como o lixo que está ali, ninguém

conhece.

Você tem essa preocupação cons-

tante de aproximar a arte do maior

número de pessoas. A resposta pare-

ce óbvia, mas mesmo assim pergun-

tamos: por que?

Uma grande obra de arte deve

transcender barreiras espaciais,

temporais e linguísticas. Deve uti-

lizar a universalidade dos sentidos

e buscar, incentivar, a cumplicida-

de entre as pessoas. Não há como

manter o provincianismo intelectu-

al, no qual a arte internacional fala

um dialeto próprio e tão distante do

público, sob o risco da condenação

do popular e do culto a um produ-

to que seja fruto do isolamento. O

artista não pode dizer que faz arte

só para si. A arte deve se inspirar

em experiências pessoais, mas ter

a capacidade de transmitir essas

mesmas experiências em um âmbi-

to universal. O filme “Lixo Extraordi-

nário” foi resultado de três anos de

trabalho e tem um apelo muito for-

te com o público por causa do emo-

cional. Você vê lágrimas nos olhos

de quem assiste. E isso a arte não

pode deixar de fazer: emocionar.

Entrevista

LIXO EXTRAORDINÁRIOUm pouco sobre o documentário

premiado internacionalmente

O documentário “Lixo Extraordiná-

rio” acompanha o trabalho de Vik

Muniz em um dos maiores ater-

ros sanitários do mundo: o Jardim

Gramacho, na periferia de Duque

de Caxias, Rio de Janeiro. Lá, ele

fotografa um grupo de catadores

de materiais recicláveis, com o

objetivo inicial de retratá-los.

Segundo o dicionário, “lixo” signi-

fica qualquer material considerado

inútil, supérfluo, e/ou sem valor,

gerado pela atividade humana.

Antes de chegar ao Jardim Gra-

macho, Vik Muniz e os diretores

do documentário não esperavam

encontrar nada muito diferente

disso, mas se surpreenderam ao

conhecer pessoas cativantes e

cheias de dignidade, como o Tião,

jovem presidente da Associação de

Catadores do Aterro Metropolitano

de Jardim Gramacho, ou o Zumbi,

catador que, resgatando os livros

do lixão, acabou montando uma

biblioteca.

"O momento quando uma coisa se transforma

em outra é o momento mais bonito. A

combinação de sons se transforma em música. E isso se aplica a tudo.”

Vik Muniz

8

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Page 10: Em Família Goiânia ed 07

Capa

Sustentabilidade é uma questão de sobrevivência. Que tal fazer a sua parte?

10

Page 11: Em Família Goiânia ed 07

Sustentabilidade é uma questão de sobrevivência. Que tal fazer a sua parte?

Lucas Petry Heck, Marina Gabriela Maia, Mirela Schreck

Welter, Gabriel Weiand, alunos do Colégio Marista Pio XII,

Novo Hamburgo - RS

Page 12: Em Família Goiânia ed 07

Capa

N as compras do supermercado,

ela não utiliza mais sacolas, mas

as caixas de plástico, que sempre leva

no porta-malas. Em casa, cascas, res-

tos de produtos orgânicos e até as

folhas do quintal vão direto para o

minhocário. E os cuidados não param

por aí. “Opto por produtos sem emba-

lagens ou de refil. Quando isso não é

possível, escolho as de menor impac-

to. Um exemplo? Gosto de sabão

líquido concentrado, mas ainda opto

pela caixa de papelão, porque a emba-

lagem se degrada com mais rapidez.

Jamais levo uma bandeja de isopor

para casa, opto pelo presunto cortado

na hora e embalado apenas no plásti-

co. Além de ter mais sabor, não fico

pensando nos 450 anos – no mínimo,

que o isopor levaria para se degradar

no meio ambiente”, conta Joana Bica-

lho, de Brasília, mãe dos alunos Mar-

cela, 16, e João Pedro, 14, do colégio

Marista João Paulo II, da Rede Marista

do RIo Grande do Sul.

É pouco? Pois saiba que eles ain-

da levam as embalagens que não há

como evitar para o supermercado,

que as entrega para uma cooperativa

de reciclagem; mantém um relógio na

parede do banheiro, para administrar

o tempo e a consciência sobre o con-

sumo; e fazem compras semanais, no

lugar das mensais, para evitar o con-

sumo desnecessário. “Percebi que,

quando comprava mensalmente,

consumia muito mais e ainda perdia

muitos produtos por data de venci-

mento”, explica.

Mas estas dicas, segundo Joana,

são muito individuais. “Muitas vezes,

algo que é facilmente adaptável no

meu dia a dia, não se enquadra na

vida de uma outra pessoa”, confirma.

“O caminho é passar a observar o nos-

so excedente. Tudo o que sobra não

nos pertence e, por isto, pode passar a

não mais ser desperdiçado. Todos nós

podemos reduzir nosso consumo em

40%, sem prejuízo à nossa qualidade

de vida. O famoso menos que vale

mais”, garante.

A preocupação com a sustentabili-

dade é tanta que até o trabalho de Joa-

na tem profunda ligação com o tema.

Ela é uma das idealizadoras e consul-

toras da Empresa Responsável (www.

empresaresponsavel.com), consulto-

ria que ensina empresas a trabalha-

rem com o chamado Marketing Verde.

“Sempre trabalhei com publicidade e

propaganda e, mesmo antes de diálo-

gos sobre os impactos do consumis-

SUSTEN… O QUÊ?Veja como surgiu e se popularizou o termo sustentabilidade

Na década de 70, o chamado Clube de Roma, formado por personalida-

des interessadas em discutir temas cruciais para a sobrevivência huma-

na, encomendou ao MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts – um

estudo que culminou no relatório “Os Limites do Crescimento”. O texto

tratava de problemas como energia e escassez de recursos naturais, entre

tantos outros itens importantes para nossa vida. E o que ficou comprovado

foi que nosso modo de consumo e descartabilidade era ambientalmente

inviável. Na época houve um lobby contrário à ampliação da consciência,

mas o assunto, a tal da “sustentabilidade”, aos poucos foi ganhando peso

político, econômico e social. Hoje, o tema é central em muitos encontros

globais. Exemplo disso é a Conferência Rio + 20, programada para 2012, no

Rio de Janeiro. Ela discutirá a Economia Verde, assunto que compartilha

as atenções com a Logística Reversa, que trata do uso do lixo para novas

produções, por meio da reciclagem.

12

Page 13: Em Família Goiânia ed 07

de um ambiente para economizar

energia, devemos abrir uma grande

janela para iluminação natural.

Outro exemplo: quando optamos

pela fruta à caixa de suco, abrimos

mão daquela praticidade que

nos foi vendida, mas ganhamos

em saúde e, consequentemente,

qualidade de vida. Na verdade,

devemos vender sustentabilidade

como o conceito de saber viver,

optar pelo bom, pelo respeito a

si mesmo, numa escolha certa e

inteligente. Com certeza, estamos

num movimento importante. As

escolas e seus projetos contribuem

para isso. As empresas, forçadas

pela necessidade de se mostrarem

responsáveis socialmente, têm

mandado seus executivos para

cursos de pós-graduação em

gestão socioambiental, ampliando

o diálogo de necessidades e

possibilidades. Fala-se muito mais

em slow-life, qualidade de vida,

tempo para a família e para a saúde.

Tudo isto está virando moda e

dados mostram que as pessoas

que optam por este tipo de vida

dependem menos dos médicos

e se aproximam mais da família.

Convivem mais, gastam menos e

gastam certo, e por isto ampliam o

ser ao ter.”

mo na finitude dos recursos naturais,

já me sentia incomodada com o estí-

mulo crescente ao consumo e des-

cartabilidade. Canalizei, à época, meu

trabalho para a ‘venda de serviços’,

exatamente pela preocupação que

tinha com este tipo de propaganda.

Em 2003, decidi fazer meu mestrado

em Planejamento e Gestão Ambiental,

e estudar profundamente os ganhos

empresariais em investir no Marketing

Verde. Percebi, então, uma enorme

brecha na propaganda e no marke-

ting: convencermos os consumidores

de que os ‘produtos do bem’ fazem o

bem para todos, em cadeia.”

SUSTENTABILIDADE E ECONOMIAPara a mãe e consultora, a

sustentabilidade – termo da moda

e até já meio banalizado – tem

sido erroneamente vista como

algo inatingível, que exige fortes

mudanças, levando-nos ao menor

conforto e a altos gastos. “Mas não é

nada disto”, afirma. “Sustentabilidade

ambiental e social não devem

impactar negativamente na susten-

tabilidade econômica. Por exemplo:

ao invés de abrirmos mão da claridade

PRECISO MESMO DISSO?COMO PENSAR VERDE NO DIA A DIA

“O caminho é simples e prazeroso”, garante Joana. “É preciso ‘passar a olhar, vendo’. Ou seja, perceber nossos

hábitos de maneira sistêmica. Sair da máquina do consumis-mo, e começar a observá-la, optando em benefício próprio, e da coletividade. Não se permitir ser manipulado pela mídia, bem como aproveitar o leque de ofertas para escolher algo de fato bom para nossas vidas. Não permitir que a correria do dia a dia nos leve a viver de forma automática, sem perceber nossas relações e nos-

sas escolhas. Daí, começar a perceber e se questionar: preciso de fato disto? Hoje, 60% do volume de um carrinho cheio do su-

permercado vira lixo em apenas 15 dias. O mundo produz de lixo, por dia, o equivalente a 15 montanhas do tamanho

do morro Pão-de-Açúcar. Estamos trocando nossas paisagens verdes por montanhas de lixo.”

Page 14: Em Família Goiânia ed 07

Capa

P ensando em contribuir não

somente com a comunidade aca-

dêmica, mas com a sociedade em

geral, a Pontifícia Universidade Cató-

lica do Paraná (PUCPR) vem traba-

lhando num projeto participativo de

transformação socioambiental, com a

criação de um Núcleo de Sustentabili-

dade. “O que queremos é concentrar

esforços no estudo de modalidades

de integração entre os conhecimen-

tos técnico-científicos e os conheci-

mentos sociais, políticos, ambientais

e gerenciais para proporcionar a todos

um ambiente mais equilibrado”, expli-

ca o professor da área de Engenharia

Ambiental e um dos idealizadores do

Núcleo, Altair Rosa.

Segundo o professor, a sustenta-

bilidade hoje está inserida em várias

disciplinas dos diferentes cursos da

universidade. Uma preocupação prin-

cipalmente quando o que se vê é o

uso saturado do tema, ou a própria

má utilização. “A sustentabilidade é

vista como moda ou marketing, mas

Educação que transformaComo as escolas e universidades podem fazer a diferença

o sentido real, o significado, ainda

é pouco conhecido pela população.

Falta compromisso da sociedade em

querer se informar, ou então por real-

mente em prática ações que possam

concretizar o emprego da teoria. Sus-

tentabilidade trata do desenvolvimen-

to que satisfaz as necessidades do

presente, sem comprometer a capa-

cidade de as futuras gerações satisfa-

zerem suas próprias necessidades. O

desenvolvimento não pode ocorrer

‘a qualquer preço’”, alerta. “Sustenta-

bilidade implica numa equação entre

demanda, necessidade e desenvolvi-

mento. Nosso planeta está apresen-

tando evidentes sinais de desequilí-

brio ambiental. O novo paradigma do

desenvolvimento sustentável sugere,

de um lado, uma reorientação deste

modelo no sentido de um uso mais

racional e responsável dos recursos

naturais e, de outro, uma ampliação

da participação da sociedade nos pro-

cessos de tomada de decisão.”

É dentro deste contexto, que o

14

Page 15: Em Família Goiânia ed 07

professor da PUCPR traz novamente à

tona a Agenda 21, muito em voga nos

jornais tempos atrás, mas hoje mais

discreta.

“A Agenda 21 é um programa de

ação para o meio ambiente e o desen-

volvimento. É composto de 40 capítu-

los que constituem a mais abrangente

tentativa já realizada de promover, em

escala planetária, um novo padrão de

desenvolvimento, conciliando méto-

dos de proteção ambiental, justiça

social e eficiência econômica. Ela tra-

duz em ações o conceito de desenvol-

vimento sustentável. A implantação

dela não é um único acontecimento,

documento ou atividade, mas sim um

processo contínuo no qual a comuni-

dade aprende sobre suas deficiências

e identifica inovações, forças e recur-

sos próprios ao fazer as escolhas que

a levarão a se tornar uma comunidade

sustentável”, conclui.

CONSCIÊNCIA PLANETÁRIA“A educação para a sustentabilida-

de é algo sempre presente na propos-

ta de Educação Infantil dos colégios

maristas”, diz Ana Lúcia Souto, asses-

sora educacional da Rede de Colégios

Maristas da Província Marista do Brasil

Centro-Sul. “Nosso currículo é divi-

dido em dimensões e uma delas é a

Consciência Planetária, que diz res-

peito a todas as formas de vida. Sou

assessora na área de Ciências da Natu-

reza. Não é um conhecimento cientí-

fico, como um fato apenas, mas algo

que tem de estar inserido na nossa

realidade diária para a sustentabilida-

de do planeta.”

Para exemplificar parte do traba-

lho feito nas escolas, Ana Lúcia fala

sobre o Congresso Virtual Interdisci-

plinar Marista, realizado no ano passa-

do, quando foi comemorado o Ano da

Biodiversidade. “Discutimos com os

alunos assuntos como as mudanças

climáticas, a escassez dos recursos

naturais, usando como base o relató-

rio da ONU, com números dos últimos

50 anos. Os alunos escolheram um

tema e, sobre ele, escreveram artigos

científicos, propondo várias ações.”

Entre os artigos, vários deles publi-

cados no endereço www.marista.org.

br/congressobio, está um que fala

sobre o uso exagerado das sacolas

plásticas, com o sugestivo nome:

"Que Saco!". Para ilustrá-lo, os alunos

fizeram fotos de árvores, nas quais as

folhas foram substituídas por sacolas

plásticas. “A proposta de Champagnat

era transformar a sociedade, tornan-

do-a mais justa para todos: pessoas,

animais, meio ambiente”, conclui Ana

Lúcia. “E isso depende de todos nós.”

Page 16: Em Família Goiânia ed 07

Capa

QUAL A PROCEDÊNCIA DO QUE VOCÊ COMPRA?De nada adianta trocar sacolas plásticas por uma “ecobag” se ela for feita

no Vietnã. Todos os materiais têm prós e contras; o vidro, por exemplo, é 100%

reciclável, mas é pesado e a logística de reutilização exige alto consumo de água e

energia. O plástico é retirado de matérias-primas não renováveis, mas seu processo

de produção não gera resíduos. Para escolher entre produtos, é preciso adotar

um conjunto de critérios que inclua durabilidade e adequação ao uso. Design

sustentável é aquele que usa menos matéria-prima, processos industriais e energia.

TUDO BEM DEIXAR O CARRO EM CASA ÀS VEZES?Manter o carro em ordem para evitar emissões desnecessárias de dióxido de

carbono é lei. Deixá-lo em casa nos trajetos servidos por transporte coletivo, ainda

que apenas fora dos horários de pico, é melhor ainda, pois o ônibus e o metrô já

circulam regularmente.

XÔ, DESCARTÁVEIS!Coador de pano, sacola de pano. Introduzi-los em sua rotina não requer nenhu-

ma grande mudança. Melhor, você produz menor quantidade de lixo. E no trabalho,

desconsidere os copos descartáveis. Vá de caneca. É muito mais charmoso e bem

menos nocivo para o meio ambiente. No Colégio Marista de Brasília todos os alunos

adotaram essa ideia com muito sucesso.

É POSSÍVEL REDUZIR O CONSUMORegrinhas fáceis para reduzir o consumo de luz e água em casa: mantenha

as instalações elétricas em dia; escolha eletrodomésticos certificados; use ferro a

vapor e acumule roupas para passar de uma vez só; instale a geladeira longe de

fontes de calor, como o fogão, que a fazem trabalhar mais; pinte as paredes de

cores claras, que refletem luz; mantenha luminárias e lustres limpos para evitar a

perda de luminosidade; use lâmpadas fluorescentes ou de vapor de sódio; desligue

o monitor do computador quando parar de trabalhar; ensaboe toda a louça antes

de ligar a torneira elétrica.

Na práticaComo fazer a sua parte no dia a dia por um planeta melhor

16

Page 17: Em Família Goiânia ed 07

FRUTA DA ESTAÇÃO: A ESCOLHA MAIS SÁBIATransportar alimentos por longas distâncias gera mais poluição do que trazê-

los de perto; manter comidas em freezer ou estufa consome mais energia do que

conservar alimentos frescos por poucos dias. Logo, dar preferência aos frutos da

época e alimentos produzidos no cinturão de sua cidade são maneiras simples de

contribuir para a redução da poluição atmosférica. De quebra, você ajuda a garantir

a sobrevivência de pequenos produtores e comerciantes, que perderam espaço nas

últimas décadas para as grandes redes do varejo.

EXPERIMENTE CONSERTAR, TROCAR OU DOARPense bem: é mesmo necessário trocar o celular porque um modelo novo che-

gou ao mercado? É importante ser eficiente no uso das coisas, consertando-as

quando preciso. Antes de se desfazer de algo, considere alternativas como feiras e

sites de troca. Ou destine a quem precisa: de livros e móveis a eletrônicos, sempre

há uma instituição disposta a receber doações.

DÊ UMA CHANCE PARA OS ALIMENTOS ORGÂNICOSSim, eles são, por enquanto, mais caros e, em alguns casos, mais difíceis de achar

do que o fruto da agricultura e da indústria regulares. Mas vale a pena desembolsar

mais e sair em busca de feiras e mercados que comercializem produtos naturais. O

cultivo de alimentos sem agrotóxicos ou pesticidas envolve um manejo mais racio-

nal dos ciclos da terra e de resíduos; alimentos não processados – açúcar mascavo,

sal marinho, arroz e farinhas integrais – poupam a energia do processo industrial.

SERÁ QUE EU PRECISO MESMO DISSO?Você precisa mesmo de mais uma saia preta? E de uma calça jeans? Cultivar uma

atitude racional diante do ato da compra é a primeira lição. É isso o que ensina o Ins-

tituto Akatu, ONG voltada à difusão da ideia de consumo consciente. Uma simples

lista feita em casa previne compras desnecessárias no supermercado. E um exame

honesto do armário mostra se você precisa mesmo de mais um sapato.

Fonte: Revista Vida Simples e Instituto Akatu / Ilustrações: João Gabriel Vanz

Na prática

Page 18: Em Família Goiânia ed 07

Olhar

Em caso de despressurizaçãoCuide do seu espírito, do seu humor. Arrume seu cotidiano. Estando quite consigo mesmo, vá em frente e mostre aos outros como se fazPor Martha Medeiros | Ilustração Mariana Poczapski

E u estava dentro de um avião, pres-

tes a decolar, e pela milionésima vez

na vida escutava a orientação da comis-

sária: "Em caso de despressurização da

cabine, máscaras cairão automatica-

mente à sua frente. Coloque primeiro

a sua e só então auxilie quem estiver

ao seu lado". E a imagem no monitor

mostrava justamente isso, uma mãe

colocando a máscara no filho pequeno,

estando ela já com a dela.

É uma imagem um pouco aflitiva,

porque a tendência de todas as mães

é primeiro salvar o filho e depois pen-

sar em si mesma. Um instinto natural

da fêmea que há em nós. Mas a orien-

tação dentro dos aviões tem lógica:

como poderíamos ajudar quem quer

que seja estando desmaiadas, sufoca-

das, despressurizadas?

Isso vem ao encontro de algo que

sempre defendi, por mais que pare-

ça egoísmo: se quer colaborar com o

mundo, comece por você.

Tem gente à beça fazendo discur-

so pela ordem e reclamando em nome

dos outros, mas mantém a própria

vida desarrumada. Trabalham naqui-

lo que não gostam, não se esforçam

para manter uma relação de amor pra-

zerosa, não cuidam da própria saúde,

não se interessam por cultura e infor-

mação e estão mais propensos a ros-

nar do que a aprender. Com a cabeça

assim minada, vão passar que tipo de

tranquilidade adiante? Que espécie

de exemplo? E vão reinvindicar o quê?

Quer uma cidade mais limpa,

comece pelo seu quarto, seu banheiro

e seu jardim. Quer mais justiça social,

respeite os direitos da empregada

que trabalha na sua casa. Um trânsi-

to menos violento, é simples: avalie

como você mesmo dirige. E uma vida

melhor para todos? Pô, ajudaria bas-

tante colocar um sorriso nesse rosto,

encontrar soluções viáveis para seus

problemas, dar uma melhorada em

você mesmo.

Parece simplório, mas é apenas

simples. Não sei se este é o tal "segre-

do" que andou circulando pelos cine-

mas e sendo publicado em livro, mas

o fato é que dar um jeito em si mesmo

já é uma boa contribuição para salvar

o mundo, esta missão tão heróica e

tão utópica.

Claro que não é preciso estar com

a vida ganha para ser solidário. A expe-

riência mostra que as pessoas que

mais se sensibilizam com os dilemas

alheios são aquelas que ainda têm

muito a resolver na sua vida pessoal.

Mas elas não praguejam, não gastam

seu latim à toa: agem. A generosidade

é seu oxigênio.

Tudo o que nos acontece é res-

ponsabilidade nossa, tanto a parte

boa como a parte ruim da nossa his-

tória, salvo fatalidades do destino e

abandonos sociais. E, mesmo entre os

menos afortunados, há os que viram

o jogo, ao contrário daqueles que ape-

nas viram uns chatos. Portanto, fazer

nossa parte é o mínimo que se espera.

Antes de falar mal da Caras, pen-

se se você mesmo não anda fazendo

muita fofoca. Coloque sua camiseta

pró-ecologia, mas antes lembre-se de

não jogar lixo na rua e nem de usar o

carro desnecessariamente. Reduza

o desperdício na sua casa. Uma coisa

está relacionada com a outra: você

e o universo. Quer mesmo salvá-lo?

Analise seu próprio comportamento.

Não se sinta culpado por pensar em si

próprio. Cuide do seu espírito, do seu

humor. Arrume seu cotidiano. Agora

sim, estando quite consigo mesmo,

vá em frente e mostre aos outros

como se faz.

Car

los

Con

trer

as

Martha Medeiros é escritora e colunista dos jornais Zero Hora e O Globo.

18

Page 19: Em Família Goiânia ed 07

Nesta edição reforçamos o compromisso com uma edu-

cação planetária, focada nas necessidades globais, mas

principalmente voltada para uma atuação local de nos-

sos alunos e suas famílias. Da mesma forma, a Em Família

é uma revista que circula em todos os colégios da Rede

Marista, mas tem como grande diferencial a apresenta-

ção deste caderno exclusivo. Nas próximas páginas você

encontra as histórias, personagens, projetos e ideias do

Colégio Marista de Goiânia. Divirta-se e participe com

seu filho desta grande aventura do conhecimento.

Feita para você

GOIÂNIA

Page 20: Em Família Goiânia ed 07

Com a palavra Jefferson Luiz – Diretor Geral

Um ano para entrar para a história

É com grande satisfação que escre-

vo o primeiro editorial do Colé-

gio Marista de Goiânia na Revista Em

Família, mais um canal de comunica-

ção entre escola-família-sociedade.

Uma vez por semestre partilharemos

nossas ações e projetos pedagógicos,

pastorais, comunitários com a família

marista e toda a sociedade goiana.

Essa edição da Revista Em Família

apresenta-se como um marco para a

história do Marista Goiânia. O ano de

2011 foi um ano marcante na vida do

nosso querido colégio. Em maio, pas-

samos a integrar a Província Marista do

Brasil Centro Sul - PMBCS, juntando-se

aos Colégios das cidades de Curitiba,

Ponta Grossa, Cascavel, Londrina e

Maringá no Paraná, Criciúma, Jaraguá

do Sul, Chapecó e Joaçaba em Santa

Catarina, São Paulo e Ribeirão Preto em

São Paulo e Brasília no Distrito Federal.

Essa mudança trouxe-nos inúmeras

novidades que apresentaremos nesse

editorial.

Iniciamos o estudo do Projeto

Educativo do Brasil Marista, que tem

como propósito “dar unidade ao pro-

cesso educativo nas escolas maristas”,

respeitando as regionalidades. Para

garantir o estudo e a aplicação des-

se projeto estamos investindo várias

horas de formação em nossos educa-

dores. Dentre os vários princípios que

norteiam o projeto temos, a educação

de qualidade como direito social fun-

damental, a ética cristã, a cultura da

solidariedade e paz, a educação inte-

gral, a corresponsabilidade dos sujei-

tos da educação, a multiculturalidade,

a cidadania planetária.

Em paralelo aos estudos, defini-

mos as prioridades e o cronograma de

reformas na estrutura física do Colé-

gio, elaborando o grande Projeto de

Reestruturação Física. Reformamos

sete salas de aula do Bloco B no mês

de Julho, prontas para uso já no retor-

no às aulas em agosto, e outras sete

do mesmo bloco, que serão entregues

em outubro. As melhorias não para-

rão por aí, o projeto de reestruturação

abrange toda a escola, terminada essa

etapa anunciaremos os próximos pas-

sos.

Ainda em agosto, disponibiliza-

mos às famílias mais um canal de

comunicação com a escola, a Central

de Relacionamento. Esse novo depar-

tamento atuará no fortalecimento da

relação família-escola-sociedade, prin-

cipalmente com as famílias novatas e

na melhoria da comunicação com os

pais, na articulação de parcerias com

empresas e com a sociedade e junta-

mente com a coordenação pedagógi-

ca, na organização dos eventos esco-

lares comemorativos. Atualmente a

Srta. Cristiane Rufino responde pelo

novo departamento.

Com o foco na qualidade da comu-

nicação família-escola, a Central de

Relacionamento responsabilizará

também pela atualização e manuten-

ção do nosso portal, notícias, comuni-

cados, tarefas e em um futuro breve,

outras informações escolares. Lem-

bramos que o nosso site mudou para

www.marista.org.br, opção Colégio

Marista de Goiânia.

Teremos ainda nesse semestre

a participação do Marista Goiânia na

I Olimpíada Provincial Marista - OLI-

MAR que será realizada na cidade de

Curitiba-PR, com sede nos Colégios

Maristas Santa Marista e Paranaense e

na universidade Marista PUC-PR. Parti-

ciparemos nas modalidades de futsal,

handebol, basquetebol masculino e

vôlei masculino e feminino.

Por fim, gostaria de agradecê-los,

pais e alunos, pela participação na

pesquisa de satisfação, uma importan-

te ferramenta de gestão na condução

dos nossos processos e definição de

novas ações.

Que São Marcelino Champagnat e

Maria, a Boa Mãe, abençoem-nos nes-

sa caminhada com a Província Brasil

Centro Sul.

Vamos em paz com Maria para

uma nova terra. Abraços Maristas.

20

Page 21: Em Família Goiânia ed 07
Page 22: Em Família Goiânia ed 07

Rede Marista

A força da Rede Por Ir. Paulinho Vogel

Queridos Alunos, Professores,

Colaboradores, Gestores, Famí-

lias e demais componentes da comu-

nidade/família do Colégio Marista de

Goiânia. Nós, em nome dos Irmãos e

Leigos Maristas, temos a honra de dar-

-lhes as boas-vindas ao integrarem-se

à Província Marista do Brasil Centro-

-Sul.

Todos os valores e princípios her-

dados de São Marcelino Champagnat,

nosso fundador, continuarão sendo,

como sempre foram neste espaço

educativo Marista em Goiânia, os

norteadores de nossa ação educati-

vo-evangelizadora. Valores como o

Amor ao Trabalho, a Simplicidade,

a Justiça, a Presença Significativa, a

Espiritualidade e o Espírito de Família

são nossos direcionadores nas nossas

ações que visam formar bons cristãos

e virtuosos cidadãos.

Certamente, fazer parte desta

nova Província, que tem quase 10

anos de existência, resultado da união

das antigas Províncias Maristas de

São Paulo e Santa Catarina trará gran-

des conquistas ao Colégio Marista de

Goiânia, o mais novo integrante de

nossa família de escolas. Agora são

17 os colégios Maristas que compõe a

Rede Marista de Colégios da Província

Marista do Brasil Centro-Sul, atenden-

do a mais de 24 mil alunos.

Uma Província que, além dos colé-

gios, conta com uma Rede de Soli-

dariedade composta por 23 centros

educacionais e sociais e 4 pró-ações

atendendo exclusivamente crianças

e jovens para dar-lhes oportunidades

de crescimento e desenvolvimento

educativo e social. Uma Universidade

(PUCPR) com mais de 25 mil alunos e

a maior editora de livros didáticos do

Brasil, a FTD Editora.

O Colégio Marista de Goiânia, a

partir de agora, assim como toda

a Rede de Colégios, conta com a

EM PARCERIA COM A GESTÃO LOCAL, A DIRETORIA EXECUTIVA DA REDE DE COLÉGIOS NÃO POUPARÁ ESFORÇOS NO SENTIDO DE APRIMORAR CADA VEZ MAIS A QUALIDADE EDUCACIONAL QUE SEMPRE CARACTERIZOU O COLÉGIO MARISTA DE GOIÂNIA.

22

Page 23: Em Família Goiânia ed 07

assessoria exclusiva da DERC, Dire-

toria Executiva da Rede de Colégios,

que, em parceria com a gestão local,

não poupará esforços no sentido de

aprimorar cada vez mais a qualidade

educacional que sempre caracterizou

o Colégio Marista de Goiânia. Ações

nas áreas educacional, administrativa

e de infra-estrutura estão sendo pla-

nejadas e executadas na medida em

que vamos avançando na melhoria de

nossos serviços educacionais preco-

nizados no Projeto Educativo do Brasil

Marista, projeto este que busca agre-

gar e alinhavar todo o trabalho educa-

tivo realizado pelos Maristas no Brasil.

Assim, fiéis aos princípios her-

dados desde a fundação dos Irmãos

Maristas, nosso intuito é, sempre e

cada vez mais, deixar gravado no

coração e nas mentes das crianças e

jovens que nos são confiados, a mis-

são educativa que herdamos de São

Marcelino Champagnat, tornando-os

bons cristãos e virtuosos cidadãos.

Que Maria, a Boa Mãe, interceda

por nós junto ao Pai, para que este

nosso trabalho de educadores e após-

tolos que somos, faça das crianças e

dos jovens com quem trabalhamos

os cidadãos e as cidadãs do hoje e

do amanhã, construindo assim, uma

civilização que saiba respeitar a si e

aos seus, na busca da transformação

de nossa sociedade, realizando seus

melhores sonhos e desejos de felici-

dade.

Colégio Marista de Goiânia seja

bem vindo!

Ir. Paulinho Vogel é Diretor Executivo da Rede de Colégios

-

Page 24: Em Família Goiânia ed 07

Educa� Educação Infantil

Mais vidaVeja como a Educação Infantil desperta nos alunos uma consciência sustentável

24

Page 25: Em Família Goiânia ed 07

AEducação Infantil, alinhada ao

Projeto Educativo do Brasil Maris-

ta, desenvolve o projeto “Mais Vida”,

que tem o Meio Ambiente como tema

central e, como objetivo principal, for-

marem nossas crianças a consciência

planetária. Investindo no tratamento

interdisciplinar do tema, há a contri-

buição de todas as áreas do conhe-

cimento para o desenvolvimento de

um senso ético comum. Junto com

a ideia de cidadania planetária, é pre-

ciso trabalhar com nossas crianças a

diferença que cada um de nós pode

fazer na construção de uma socieda-

de sustentável e solidária.

A nossa meta é promover situa-

ções e momentos significativos de

estudos, debates e discussões entre

as crianças, professores e familiares e,

principalmente, realizar ações peda-

gógicas de intervenção na realidade.

Iniciamos o projeto com a cole-

ta de dados, quando cada turma faz

uma pesquisa sobre o quantitativo de

brinquedos que utilizam pilhas e/ou

baterias. Depois, pesquisam quais os

objetos na sua casa precisam de pilhas

e/ou baterias. A partir daí, começa

um turbilhão de questionamentos,

que surgem gradativamente em cada

grupo: quanto tempo dura esta pilha?

Onde compramos a pilha? O que acon-

tece se a pilha acabar? O que fazemos

com a pilha velha? Pronto! Chegou o

momento da intervenção pedagógi-

ca. É a partir deste ponto que o pro-

jeto passa a ser desenvolvido e cada

professora trabalha com as especifi-

cidades do seu grupo. O objetivo é

chegar à realização de atividades que

proporcionem às crianças compreen-

derem a importância da coleta de lixo

eletrônico, principalmente pilhas e

baterias.

PAPA PILHASComeça então, a coleta das pilhas

entre as famílias Maristas e a conscien-

tização da aquisição e do consumo.

Cada turma constrói um grande

PAPA PILHAS - mascote que é batizado

pelas crianças com nome engraçado

e divertido e, ao longo do desenvolvi-

mento do projeto, é levado para casa,

de “barriga vazia”. No outro dia, retor-

na repleto de pilhas e baterias coleta-

das em casa, nos vizinhos e familiares.

As pilhas são colocadas em um gran-

de coletor que fica na recepção da Vila

Marista (Educação Infantil) e, aos pou-

cos, serão encaminhadas aos locais

apropriados.

A culminância do Projeto aconte-

ce na Festa Pedagógica, em outubro,

quando são distribuídas mudas de

plantas em troca de pilhas e baterias.

COLETOR DE PILHAS

Eu cola

boro com o

meio

ambiente

Para levar para casa, chácara ou fazen-

da as mudas de árvores, as crianças e

seus pais precisam assinar um Termo

de Compromisso, no qual se com-

prometem a plantar e cuidar daquela

muda até que esteja na idade adulta e

a depositar pilhas e baterias em locais

apropriados. Desta forma, realizamos

ao longo do ano, um trabalho peda-

gógico significativo, envolvente e

interessante.

Aos poucos começamos a ouvir

depoimentos dos pais que nos dizem

encantados que seus filhos chegam

em casa cobrando deles uma postura

de responsabilidade diante de ques-

tões ligas ao cuidado com o meio

ambiente.

Page 26: Em Família Goiânia ed 07

Caleidoscópi�

Procissão do Fogaréu

Dia diferente. Alunos do 9º anoCarnaval. Educação Infantil

Momento cívico

Brasil musical

Dia das mães

26

Page 27: Em Família Goiânia ed 07

Dia diferente. Alunos do 9º ano

Dia das mães

Destaque

O amor aos cavalos mantém Alberto entre os 10 primeiros do ranking nacional

Paixão pelo hipismo

O sonho começou com uma via-

gem de férias, quando visitou a

fazenda do tio, no Pará. A paixão pelos

cavalos nascia ali. Passava o dia todo

montando. Só parava para comer e

dormir. O retorno para casa só aconte-

ceu de forma menos dolorosa porque

o pai prometeu levá-lo para praticar a

montaria também em Goiânia. Assim

começou a história de Alberto Sinim-

bú - estudante do 8º ano no Colégio

Marista Goiânia - no hipismo.

Logo que iniciou a prática do

esporte, o treinador Vitor Hugo afir-

mou: “Esse menino nasceu com uma

estrela na testa”. O que realmente se

confirmou. Alberto já participa de

competições internacionais das cate-

gorias de alta performance. Hoje está

na categoria mirim nacional.

Dedicação, disciplina e paixão

pelo que faz, segundo Alberto, são os

princípios que norteiam sua prática. O

cavalo é um animal e não um objeto

(como uma raquete, por exemplo),

precisa de carinho e o cavaleiro tem

de estar sempre em sintonia com ele.

Às vezes o cavalo “apronta” e tem de

ser perdoado, outras vezes é o cava-

leiro que erra e o animal é que salva a

situação.

Excelente estudante, ele conci-

lia, com responsabilidade, o esporte

e a escola. Para isso, diz que presta

bastante atenção às explicações dos

professores, procura tirar as dúvidas

em sala de aula e conta com a família,

que não mede esforços para apoiá-

-lo. Reafirma que se tem dedicação,

o resto é superado. Dormir cedo, por

exemplo, faz parte de sua rotina dis-

ciplinada, pois precisa estar sempre

descansado.

Campeão brasileiro míni-mirim,

sonha em participar das Olimpíadas

e das etapas da Copa do Mundo de

Hipismo e, diz que, quando estiver

mais experiente, pretende morar na

Europa para melhorar seu desempe-

nho nas competições e, quem sabe,

mais velho, ter a sua propriedade e

criar cavalos para competição.

Uma vida plena de sucesso está só

começando.

GRANDES RESULTADOS BRILHANDOConfira as conquistas de Alberto

Categoria Míni-mirim (1,00)Campeão Brasileiro em 2006, Florianópolis(SC);Bicampeão do CSN Coronel Rabelo (Brasília-DF) 2007 e 2008;Vice-campeão da copa JK em Brasília-DF, 2008;Vice-campeão do CSN Agromen (Orlândia-SP), 2008;Convocado para representar o Brasil, em 2008 no Chile.Categoria Pré-mirim (1,10)Quinto lugar no Campeonato Brasileiro em Juiz de Fora-MG, 2009;Campeão do CSN 200 anos Coronel Rabelo em Brasília-DF, 2009;Vice-campeão do CSN Agromen (Orlândia-SP), 2009;Quinto lugar no CSIW Santo Amaro, São Paulo-SP, 2009.Categoria Mirim (1,20)Vice-campeão Brasileiro por equipe em Indaiatuba-SP;Campeão do CSN da 1º Copa Lago Sul em Brasília-DF;Sexto lugar no Concurso Internacional Agromen em 2010, Orlândia-SP;Campeão da seletiva para o Sul-americano etapa deBrasília-DF, em 2010;Convocado para o CSIO Mercosul da Juventude em Passo Fundo-RS,2010;Vice-campeão do míni-GP do CSN em Passo Fundo-RS,2010;Sétimo lugar no Campeonato Brasileiro em Curitiba-PR,2011;Desde de 2008, mantém-se entre os 10 primeiros do ranking nacional, sendo que atualmente está ocupando o 4º lugar do ranking na Categoria Mirim de hipismo, representando o estado de Goiás.

27

Page 28: Em Família Goiânia ed 07

Diz aí

Depende de nósVocê é otimista em relação ao futuro? Acredita que a sua geração é mais consciente com relação ao meio ambiente, por quê?

“ Sim, sou muito otimista em rela-

ção ao futuro. Acredito que o mun-

do irá melhorar, o ser humano irá se

aperfeiçoar e cuidar mais do plane-

ta. Mas não acho que a minha gera-

ção está consciente em relação ao

meio ambiente. Muitos jovens não

se importam com a natureza, com o

planeta e com o próximo. No Colégio

Marista temos muitos incentivos para

cuidarmos do meio ambiente, vários

projetos que ensinam a cuidar do pla-

neta. Penso que com pequenos atos,

apoio de cada um, o mundo poderá

ficar muito melhor”

Gabriela Mastrella de Carvalho, 12, 7º C

“Sim, sou muito otimista em rela-

ção ao futuro. Acredito num futuro

melhor, porque a nossa geração é

bem instruída em relação ao meio

ambiente e de como cuidar dele. Tan-

to o Marista quanto nossas famílias

nos ensinam como devemos nos rela-

cionar uns com os outros de maneira

mais harmoniosa, o que é certo e o

que não é. A sustentabilidade é funda-

mental para que a vida na Terra con-

tinue sendo possível e só o homem

é capaz de pensar e julgar se está

fazendo o que é certo. Só o homem

pode mudar e cuidar melhor do meio

ambiente. Acho que nossa geração

é capaz de mudar a atual realidade e

fazer realmente algo para a vida. Des-

se modo, teremos um futuro bem

melhor.”

Henrique Teixeira Melo, 14, 9º D

28

Page 29: Em Família Goiânia ed 07

A Pastoral do dia a diaCampanha da Fraternidade inspira gestos concretos e mudança de comportamento

“ Fraternidade e a vida no planeta”,

tema proposto pela Igreja Católi-

ca para a Campanha da Fraternidade

(CF) em 2011, tem como objetivo,

despertar a solidariedade em relação

aos problemas que envolvem a socie-

dade brasileira encontrando soluções

concretas para a preservação do meio

ambiente e ecologia.

Diante da proposta da CF, a Igreja,

nossas famílias e nossos educadores,

continuadores da missão de Jesus Cris-

to, têm como função principal inter-

pretar os sinais dos tempos e contribuir

eficazmente para uma relação harmô-

nica do ser humano com o planeta.

A Arquidiocese de Goiânia está

atenta a essas realidades e busca nos

orientar usando dos meios de comu-

nicação e nos encontros de formação

para leigos e religiosos. Ela atua em

parceria com diversas entidades, pro-

pondo ações concretas em prol do

meio-ambiente e das políticas públicas

para pessoas em condição de vulnera-

bilidade social.

De modo geral, a Igreja não está

circunscrita somente na prática sacra-

mental, mas ela se faz presente nos

diversos momentos da vida humana,

assim como o Colégio Marista de Goi-

ânia que assume o compromisso de

conscientização e sentimento de res-

ponsabilidade por cuidar daquilo que

pertence a todos nós, o planeta, por

meio da reflexão e do reconhecimen-

to de que somos todos habitantes de

uma única casa, de uma única morada,

de uma única nação.

Partindo desse compromisso, o

Colégio Marista de Goiânia, na base

de sua filosofia de formação de bons

cristãos e virtuosos cidadãos e em

sintonia com a Campanha da Fraterni-

dade 2011, inseriu em suas atividades

diversos projetos que contribuem com

essa proposta. Entre eles estão o Proje-

to Mais vida - estudos e atividades de

coletas de lixo eletrônico, uma parce-

ria entre a Educação Infantil e Centros

de Educação Municipal de Educação

Infantil; O Ensino Fundamental I traba-

lha com o Projeto Dia de Formação e

Coleta de óleo residual – conscientiza-

ção da coleta e troca por produtos de

limpeza que são destinados às Institui-

ções parceiras; O Ensino Fundamental

II trabalha a conscientização ecológica

por meio dos projetos: Em harmonia

com o Meio Ambiente, Cuidar do pró-

ximo e do Meio Ambiente, Em defesa

da Vida Saudável e do Meio Ambiente.

Além dos projetos, temos diver-

sas ações independentes como a for-

mação dos educadores voltada para a

Campanha da Fraternidade, separação

e organização do lixo e destino correto,

gincana solidária e outros.

Ser melhor 29

Page 30: Em Família Goiânia ed 07

Educa� Ensino Fundamental

Verde pertoProjeto in loco ensina sustentabilidade na prática

“O meio pode ser entendido como

um conjunto de elementos, fenô-

menos, acontecimentos, fatores de

diversas naturezas no qual a vida e a

ação das pessoas têm lugar e adqui-

rem significado.” Nessa perspectiva é

que desenvolvemos o Projeto In Loco

como proposta de estudo do meio

para 6°, 7° e 8°anos do Ensino Fun-

damental II. Assim sendo, aspectos

das Ciências Humanas, das Ciências

da Natureza, das Linguagens e Códi-

gos foram evidenciados reforçando o

caráter interdisciplinar dessa propos-

ta.

Assim, temos o intuito de integrar

e relacionar áreas do conhecimento,

ampliar a visão de mundo e o senso

crítico do educando, proporcionar

momentos de socialização, integra-

ção e trocas de experiências e conhe-

cimentos entre educandos e educa-

dores, desenvolver a organização, a

autonomia e as relações de amizade

por meio de atividades carregadas de

significado à luz de princípios Maristas

de justiça, solidariedade e sustentabi-

lidade.

VIVENCIANDO A SUSTENTABILIDADE “IN LOCO” – 6º ANO

Escolhemos a cidade de Pirenópo-

lis para nossa viagem de estudo por se

tratar de uma das mais antigas povoa-

ções de nosso estado, com ricas mani-

festações folclóricas e arquitetura

colonial, além de cercada por grandes

belezas naturais, dentro do Cerrado.

Sua fauna e flora se encaixam perfei-

tamente em todas as atribuições con-

cebidas aos princípios de conservação

do Cerrado. A preservação da biodi-

versidade é a base da sustentabilidade

dos recursos ambientais, dos recursos

naturais, florestais e pesqueiros, da

biotecnologia e do ecoturismo.

Na região de Pirenópolis, belos

rios e várias cachoeiras atraem turistas

de diversas regiões. Porém, quaisquer

alterações do meio ambiente causa-

das por atividades humanas podem

30

Page 31: Em Família Goiânia ed 07

afetar a saúde, a segurança

e o bem-estar da população.

Caso não haja uma preocu-

pação em relação ao uso dos

recursos naturais do municí-

pio, a degradação provocará

o desaparecimento de várias

espécies de fauna e flora

colocando no caminho da

extinção o ecoturismo local.

Nossas aulas de campo

aconteceram em lugares

variados. Verdadeiros espa-

ços de aprendizagem em que

os educandos puderam com-

provar o esforço de todos

os envolvidos para a preser-

vação da natureza e da his-

tória locais. A começar pela

Fazenda Babilônia de valor

histórico inestimável para o

povo goiano. Após o farto

café colonial, composto por

produtos extraídos da pró-

pria fazenda, conhecemos a

história do casarão e do espa-

ço natural à volta dele. Vimos

de perto uma propriedade autossus-

tentável.

No Santuário da Vida Silvestre

Vagafogo, uma Reserva Particular do

Patrimônio Nacional, fizemos uma tri-

lha interpretativa que revela árvores

centenárias da mata ciliar do cerrado

que margeia o Rio Vagafogo. No local

são preservadas várias espécies da

flora e da fauna. Sem contar a produ-

ção sustentável de alimentos; benefi-

cia e vende vários produtos como fru-

tas secas cristalizadas, castanhas, mel,

geleias entre outros. Testemunhamos

uma grande lição de amor à natureza,

respeito à vida e à diversidade.

Outro espaço de aprendizagem

bem diferente é o Instituto de Perma-

cultura e Ecovilas do Cerrado – IPEC.

É uma organização que visa a educar

para a sustentabilidade no Brasil. O

Ecocentro é referência no que diz

respeito em soluções práticas para

os problemas atuais das populações

brasileiras, incluindo estratégias de

habitação ecológica, saneamento

responsável, energia renovável, segu-

rança alimentar, cuidado com a água.

Foi possível ver de perto tudo isso e

constatar a viabilidade de uma cultura

sustentável por meio das experiências

vivenciadas nos grupos de trabalho.

Pirenópolis respira cultura. Há

um grande esforço do povo em prol

da preservação da história e cultura

locais. No centro histórico de Pirenó-

polis conhecemos a história da cidade

por meio dos museus, igrejas, teatro

e cinema totalmente preservados,

das praças, da arquitetura das casas e

da observação da paisagem. A limpe-

za da cidade, das águas dos rios e dos

córregos, que cortam a parte baixa da

cidade, atesta o cuidado com o lugar.

Por fim, fomos ver de perto uma

das pedreiras localizada na Serra dos

Page 32: Em Família Goiânia ed 07

Educa� Ensino Fundamental

Pireneus, de onde se extrai a famosa

Pedra de Pirenópolis usada em acaba-

mento de construções. Essa atividade

de extração mineral, além do turismo-

-ecoturismo, gera bastante emprego

e se configura como uma das for-

mas de arrecadação e sustentação da

cidade alimentando sua economia.

Por outro lado, também se configura

como uma atividade de risco, capaz

de gerar impactos ambientais sérios.

Foram dois dias de intenso aprendiza-

do, convivência, interação, constru-

ção de saberes para toda a equipe de

educandos(as) e educadores(as).

FÉ, CULTURA, VIDA E SUSTENTABILI-DADE “IN LOCO”

O projeto In Loco São Paulo tem

o objetivo de integrar várias áreas do

conhecimento, ampliando a visão de

mundo e do senso crítico do estudan-

te do 8º ano, além de socializar, inte-

grar e partilhar experiências entre os

estudantes, educadores e o ambiente.

Hoje, a cidade de São Paulo é mun-

dialmente conhecida pelo rico proces-

so histórico, pela atuante participação

política, por sua extensão e enorme

população, farta e variada produção

cultural, forte economia e industria-

lização, sua gente formada ao longo

da história pela chegada de diversos

povos estrangeiros e de várias regiões

do Brasil, que acabaram se mesclando

com as já antigas gerações paulistas

e indígenas, além de, infelizmente,

alguns sérios problemas de ordem

urbana e ambiental, tais quais as

enchentes e o incontrolável trânsito,

a poluição.

É essa significativa cidade que, em

nossas aulas preparatórias e na via-

gem cultural, podemos explorar com

olhares bem mais profundos. Nosso

objetivo vai muito mais além. Não se

trata de um simples passeio em uma

das cidades mais curiosas do mundo.

É nossa intenção mostrar o interes-

sante processo de desenvolvimento

dessa megalópole, a preservação da

história e a diversidade cultural como

eixos das relações econômicas e da

sustentabilidade.

Nossa viagem pedagógica ofere-

ce um roteiro diverso, abrangente e

rico em informação, cultura e conhe-

cimento. São quatro dias de imersão

total num dos cenários mundiais mais

interessantes e diversificados. Todas

as visitas são acompanhadas de muito

estudo e vivência. Começamos pelo

Prédio Banespa, Praça da Sé, Praça da

República, Marco zero, passando pelo

Mosteiro São Bento, Viaduto do Chá,

Teatro Municipal, Largo São Francisco,

Monumento às Bandeiras, Mercado

Municipal, Terraço Itália, Estação Ciên-

cia, Estação da Luz, Museu da Língua

Portuguesa, Teatro Abril, Parque Hopi

Hari, cantinas Italianas, Casa do Grito,

passando pelo Rio Ipiranga, Museu

Paulista, MASP e Mega Livraria Cultu-

ra – Cafeteria.

Retornamos à Goiânia com a certe-

za de que a transformação para a sus-

tentabilidade no coração dos nossos

jovens está alinhada ao pensamento

do fundador “educar é promover o

desenvolvimento integral da pessoa,

cultivando todas as suas dimensões”.

32

Page 33: Em Família Goiânia ed 07
Page 34: Em Família Goiânia ed 07

Gente noss�

Sempre MaristasEx-alunos maristas e a saudade do Colégio e das lições que levaram para a vida toda...

O s três irmãos Caroline (34), Valé-

ria (37) e Márcio (40) Silva Viana

Araújo chegaram de longe para rever

o Colégio Marista Goiânia, onde estu-

daram de 1982 a 1989. A visita dos

ex-alunos emocionou todos na sala

dos professores, quando declararam

o amor, a saudade e o carinho pelo

Colégio, homenageando, em especial,

o professor mais antigo do grupo, José

Maria, o querido Zezão, da Matemática.

Caroline contou que o Zezão, pro-

fessor titular da sua 6ª série, marcou

em especial por ser um educador que

motivava os estudantes para além de

estudar Matemática. Depois de ter sido

sua aluna, tendo nele um “professor

apaixonado”, não teve mais dificul-

dades e deslanchou nas outras disci-

plinas. Ela agradeceu a ele, diante de

todos os professores, pela facilidade

com que lidou com as ciências exatas

dali em diante.

Valéria diz: “após 22 anos, esse

retorno foi para agradecer por tudo o

que foi ensinado, os ensinamentos do

Marista são vividos no dia a dia, hoje

passamos para nossas filhas e filhos.

Hoje está sendo um dia muito especial

pra gente”.

Márcio registra que é complicado

dizer o que mais marcou, mas certa-

mente a convivência com o prof. Bit-

tencourt, na seleção de vôlei e com os

demais professores, foi parte impor-

tante da sua vida. “O Márcio vivia no

colégio, nossa mãe tinha que brigar

pra ele ir para casa”, contaram as irmãs,

emocionadas.

Atualmente, os três irmãos vivem

longe de Goiânia. As duas, em Belém

(PA) e Márcio em Florianópolis (SC). Mas

combinaram esse encontro para visitar

o Colégio da infância e adolescência

dos três. Fizeram questão de visitar,

juntos, a antiga escola. E na hora do

recreio, emocionaram todos os pre-

sentes na sala dos professores. Fotos e

depoimentos, muita emoção e sauda-

de. Ofereceram aos nossos professo-

res o maior presente que um educador

pode receber: a demonstração de gra-

tidão de adultos que reconhecem as

lições que aprenderam além dos livros:

aprenderam valores que fazem toda a

diferença em suas vidas!

34

Page 35: Em Família Goiânia ed 07
Page 36: Em Família Goiânia ed 07

Defesa

Educadores concordam que o ato de

brincar é uma das principais formas

de expressão e atividade essencial das

crianças. Assim, garantir espaço e

tempo para que elas brinquem com os

amigos, familiares ou sozinhas, é con-

dição básica e fundamental para o seu

desenvolvimento.

Dentro da visão Marista de edu-

car e formar cidadãos, as brincadeiras

estimulam a criatividade nas crianças

e contribuem para o desenvolvimen-

to integral. O tempo legítimo do brin-

car está diretamente ligado à Infância,

momento da vida no qual a fantasia, o

faz de conta e o “era uma vez” ganham

força. A Declaração Universal dos Direi-

tos da Criança (aprovada na Assembleia

Geral das Nações Unidas, em 1959), no

artigo 7º, junto ao direito à Educação,

enfatiza o direito ao brincar: Toda crian-

ça terá direito a brincar e a se divertir,

cabendo à sociedade e às autoridades

públicas garantir a ela o exercício ple-

no desse direito. Educadores, famílias e

autoridades públicas devem se atentar

e reconhecer nessa evidência social a

responsabilidade de garantir espaços e

condições para que as crianças exerçam

as linguagens da criatividade e da alegria

vivenciadas pela prática do brincar.

O brincar faz parte da essência da

infância e o ato de brincar se faz presen-

te desde o seu nascimento. Esse direi-

to, uma das marcas inconfundíveis da

criança cidadã, é sempre garantido nos

espaços Maristas. Em nossa proposta

socioeducativa, diariamente, os educa-

dores organizam brinquedos e mate-

riais não estruturados, como tecidos,

potes, garrafas e caixas vazias, para as

crianças inventarem suas brincadeiras.

A Rede Marista de Solidariedade,

mantém 27 Unidades Sociais em ativi-

dade nos estados do Paraná, Santa Cata-

rina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e no

Distrito Federal.

E é para fortalecer o direito ao brin-

car, que a Rede Marista de Solidariedade

promove a Campanha pelo Direito ao

Brincar, que tem por objetivo fomen-

tar uma série de atividades envolven-

do crianças, educadores e familiares

na garantia desse direito. Desenvolvida

com o apoio do Fundo das Nações Uni-

das para a Infância (Unicef), a campanha

Campanha do Marista tem o apoio do Unicef e prevê dez iniciativas para contribuir com o direito ao brincar

36

Page 37: Em Família Goiânia ed 07

prevê a divulgação de dez iniciativas que devem

ser consideradas por todos que se almejam con-

tribuir para a efetivação deste direito.

Crianças que brincam e vivem plenamente

sua infância certamente terão uma vida mais

saudável e feliz.

Brincar é a essência de ser criança. Incentive a criança a brincar, em diferentes espaços, em todos os momentos. Brinque junto! Você vai aprender muito com ela. Brincar em um espaço adequado e seguro é um direito. As crianças têm direito a ter uma escola, um bairro e uma cidade apropriados para brincar, como está garantido no artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas. Brincar permite que a criança expresse as fantasias, desejos, imaginação e criatividade. Incentive a brincadeira espontânea, com materiais diversificados e alternativos, pois eles permitem a invenção de novas formas de brincar. Brinquedos comprados prontos podem limitar as possibilidades da criação e incentivar ao consumismo infantil. Brincar oportuniza à criança vivenciar a ludicidade, descobrir a si mesma, desenvolver suas potencialidades e habilidades, aprender a relacionar-se e construir identidade. Participe do brincar. Aproxime-se da cultura lúdica da criança. Interaja com ela na brincadeira. Isso a fará sentir-se segura, respeitada e amada. Brincar é muito importante para as crianças com deficiência.Incentive a criação de espaços acessíveis e materiais adequados para a interação, criação e expressão das crianças com deficiência com outras crianças. A riqueza dessa experiência contribui para o desenvolvimento de atitudes de valorização, acolhida e respeito às diferenças. Brincar não é perder tempo! Respeite quando uma criança estiver brincando. Ela precisa de concentração e dedicação para construir a experiência do brincar. Se precisar interromper essa atividade, justifique sua atitude e combine o momento para a dar continuidade à brincadeira. Brincar é uma forma de aprender princípios da solidariedade e de colaboração. Promova a convivência da criança com outras crianças e adultos, em atividades lúdicas que favoreçam o contato com a diversidade e a partilha. É uma forma de aprender com as diferenças e exercitar a solidariedade desde cedo.

Brincar possibilita a transmissão de tradições e da cultura para as novas gerações. Proporcione para as crianças os encontros geracionais para vivências brincantes entre adultos e crianças: é uma possibilidade de integrar-se ao meio físico e cultural. Incentive brincadeiras entre meninos e meninas: essa atitude ensina a respeitar as diferenças. Brincar ensina a cuidar do meio ambiente, a descobrir como as coisas são feitas e a valorizar o que é simples. Incentive a criação e o conserto de brinquedos. Materiais alternativos podem ser utilizados para fabricar brinquedos. A criança não precisa necessariamente de brinquedos sofisticados, mas de brinquedos desafiadores e interativos. Brincar de corpo inteiro é substituir a televisão, o computador e o videogame. Equilibre o tempo da criança, cuide para que o tempo da infância não seja tomado pelo consumismo e pela dedicação excessiva aos produtos eletrônicos. Incentive o brincar e a interação entre amigos.

10 iniciativas para o Brincar

1

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7

8

9

10

• Centros Sociais Maristas Itaquera, Irmão Justino e

Robru, em São Paulo;

• Centro Social Marista Lar Feliz, em Santos;

• Centro Social Marista Santa Mônica, em Ponta

Grossa;

• Centro Educacional Marista Curitiba;

• Centro Social Marista Champagnat, em Cascavel;

• Centro Social Marista Irmão Rivat, em

Samambaia/Distrito Federal;

• Pró-Ação (Programa de Ação Comunitária e

Ambiental) Irmã Eunice Benato, também em

Curitiba;

• 1200 crianças atendidas nas unidades sociais.

Unidades Sociais que trabalham com Educação Infantil:

Page 38: Em Família Goiânia ed 07

Como fazer

Dinheiro não dá em árvoreComo educar nossos filhos para um consumo consciente?Por Vivian de Albuquerque

38

Page 39: Em Família Goiânia ed 07

Éde Angola, na África, que Cássia

D’Aquino nos atende. O que ela

faz por lá? Colabora na criação de um

programa financeiro, coordenado

pelo Banco Central Africano, como

consultora do Governo Americano.

Autora de artigos e livros sobre o

tema, educadora, e uma das primei-

ras pessoas a usar o termo Educação

Financeira em Português, ela fala com

propriedade sobre o assunto.

“Trabalho há 17 anos com esco-

las”, comenta. “E a preocupação com

o consumismo faz muito sentido. É

parte da educação financeira não ape-

nas gastar menos do que se ganha,

mas aprender a fazer escolhas, pon-

derar. A escola tem papel importante

nisso tudo, não como fonte de infor-

mações financeiras, mas como prepa-

radora das crianças para o desenvolvi-

mento do espírito crítico com relação

ao consumo, para que na vida adulta

possam lidar melhor com isso.”

A FORÇA DO EXEMPLOCássia explica que o passatempo

dos filhos é observar pai e mãe. Obser-

var inclusive como eles compram e

pagam as coisas gostosas, coloridas

e divertidas que ganham. Por isso

não é de se surpreender quando eles

pedem uma coisa e dizem aos pais

frases como: “pai, paga com o che-

que”, “pai, você não tem dinheiro ago-

ra? Então paga com o cartão.” Mas afi-

nal, quando devemos falar com eles

sobre esse assunto tão importante?

“Quem decide o momento é a

criança”, garante Cássia. “Mas é bom

saber que é um momento que vai

levar pelo menos vinte anos. Com

dois anos, dois anos e oito meses, as

crianças já falam sobre isso natural-

mente. Já demonstram que entende-

ram o que é o dinheiro e para o que

ele serve: comprar as coisas colori-

das, gostosas e divertidas, das quais

elas tanto gostam. Por isso é preci-

so pensar numa forma didática de

falar com elas. Ter clareza de que os

pequenos são absurdamente ‘con-

cretos’. Um caminho interessante é

mostrar cédulas e moedas, fazendo

com que eles usem lupas para achar

os elementos de segurança. Falar

que dinheiro é algo que não se deve

molhar, rasgar ou estragar. Tudo isso

é uma maneira de construir o edifício

de 20 anos, mas na realidade delas.”

NA ESCOLAA escola ajuda; em casa também

se ensina, mas e quando há discor-

dâncias entre pais e mães na relação

com o dinheiro? Um permite e outro

não. Um compra sempre presentes e

outro “regula”... É preciso saber que as

crianças são muito hábeis para desco-

brir como explorar um ou outro para

conseguir o que querem. E grande

parte das famílias vive o problema.

Para Cássia, escola e pais têm de

estar muito atentos sobre o que que-

rem com a educação financeira de

suas crianças. Simular um supermer-

cado em sala de aula não é educação

financeira. “A escola pode ajudar mui-

to se trabalhar com elas, por exemplo,

a crítica da publicidade. Se despertar

o espírito crítico dos alunos, pen-

sando em formas criativas de resol-

ver problemas e também desejos.

Eu quero muita coisa: um triplex em

Paris, por exemplo. As crianças tam-

bém querem. O fato de verem coisas

CÁSSIA D´AQUINO: “É

PARTE DA EDUCAÇÃO

FINANCEIRA APRENDER

A FAZER ESCOLHAS,

PONDERAR”.

Page 40: Em Família Goiânia ed 07

Como fazer

na televisão e pedirem não faz delas

consumistas. É preciso saber inter-

pretar isso da forma correta”, destaca.

COMO LIDARSegundo Cássia, uma criança com

menos de nove anos que consome

demais, provavelmente enfrenta difi-

culdades emocionais. Quer chamar a

atenção e faz isso através do consu-

mo exagerado. Após os nove, começa

a entrar nos chamados grupos sociais

e, uma vez neles, quer os chamados

“pontos de contato” – uma mochila de

marca, um tênis, um celular.

“Atendo pais que me dizem que

a filha de quatro anos só usa roupas

de determinada marca e que quando

não usa fica muito irritada. O que cos-

tumo fazer é perguntar como ela vai

ao shopping para comprá-las? De car-

ro? Dirigindo? Antes dos nove anos,

a criança normalmente mimetiza o

comportamento dos próprios pais.

Por isso outra frase comum é aquela

‘essa menina é consumista como a

mãe’. Quando a criança pede, os pais

atendem e confirmam o destino que

eles mesmos previram. A única for-

ma de prepará-las para o consumo

consciente é com o desenvolvimento

do espírito crítico e, principalmente,

observando o nosso próprio com-

portamento de consumo, enquanto

pais”, conclui.

Mais informações no site

www.educacaofinanceira.com.br.

Ensine seu filho a distinguir as coisas que compramos porque “queremos” daquelas que “precisamos”.

Desde cedo, faça seu filho entender a importância de não desperdiçar e cuidar do dinheiro.

Ensine a criança a controlar o consumo por impulso, mostrando como elaborar uma lista de compras e obedecê-la no supermercado.

Explique aos filhos qual é o seu trabalho. Isso ajudará a criança a estabelecer relação entre ganho de dinheiro e os limites de seu uso.

Mostre as diferenças entre coisas “caras” e “baratas” em diferentes ambientes (padaria, farmácia, papelaria, etc.).

Assuma as próprias deficiências com relação ao dinheiro. Use o bom senso e não dê lições de moral.

Estimule a criança a participar do orçamento doméstico, incentivando-a a dar sugestões sobre modos de reduzir despesas.

Dê mesada à criança. Isso irá ajudá-la a tomar decisões e fazer escolhas, mesmo que em pequena escala.

Não sinta-se desanimado se a criança gastar todo o dinheiro da mesada. Cometer erros é normal e vai ensiná-la a evitar erros maiores no futuro.

Reforce a ideia de que a responsabilidade social e a ética devem estar sempre presentes no ganho e no uso do dinheiro.

Extraído do livro Educação Financeira - 20 dicas

para ajudar você a educar o seu filho, da educado-

ra Cássia D’Aquino.

123

4

5

67

8

9

10

10 Dicas para crescer na economia

40

Page 41: Em Família Goiânia ed 07

Um interessante movimento inci-

diu sobre a Europa, no mês de

agosto. Aproximadamente 2 milhões

de pessoas do mundo inteiro deixa-

ram o conforto de seus lares e os seus

afazeres pessoais e profissionais,

para migrarem até a Espanha, perma-

necendo por lá durante 2 semanas. A

cidade espanhola de Madri foi palco

da tão aguardada Jornada Mundial da

Juventude (JMJ), evento organizado

pela Igreja Católica, a cada dois ou

três anos, e que é considerada uma

grande festa da fé, composta por

diferentes culturas, porém todas em

consonância com Aquele que é cami-

nho, verdade e vida: Jesus Cristo.

Para se falar em JMJ, é preciso

retornar à história de alguém que

esteve muito à frente de seu tem-

po: o Papa João Paulo II. Já na década

de 80, e percebendo a importância

da relação entre juventude e Igre-

ja, ousou elaborar um encontro que

reunisse os jovens de todo o mundo,

com a intenção de professarem a fé

católica. Diversos países já tiveram a

oportunidade de acolhê-la. Embora

sua programação varie conforme as

especificidades locais e as demandas

de cada época, um fator é comum a

elas: a presença do Papa, líder da Igre-

ja Católica e sinal de união entre seus

fiéis.

Motivados pela maravilhosa expe-

riência vivenciada por seus 40 peregri-

nos na Jornada de 2008, na Austrália,

os Maristas do Brasil organizaram-se

para estarem presentes ainda em

maior número na edição de Madri.

Ao todo, 81 pessoas compuseram a

delegação Marista do Brasil, sendo 68

membros da Província Marista do Bra-

sil Centro-Sul, 6 da Província Marista

do Brasil Centro-Norte, 6 da Província

Marista do Rio Grande do Sul e 1 repre-

sentante da União Marista do Brasil

(UMBRASIL).

Para que ela fosse aproveitada da

melhor maneira possível, um grande

processo preparatório foi realizado,

com atividades locais, regionais, pro-

vinciais e nacionais.

VIGÍLIAA vigília merece um destaque à

parte: do inicial calor escaldante da

tarde até a tempestade inesperada

surgida no meio da noite, ela foi uma

prova de resistência para toda e qual-

quer pessoa. No momento em que o

Papa iria discursar à juventude, uma

torrencial chuva fez com que todos

fossem pegos de surpresa. Ao invés

de se retirar para um local seco, o

Pontífice resolveu permanecer no pal-

co, alegando depois que “se os jovens

poderiam ficar ali, ele também pode-

ria”. Durante a missa de envio, Bento

XVI convocou a todos a colocarem

Cristo no centro da vida, dizendo que

o seguimento a Cristo só é possível

com a inserção nas comunidades, a

participação na Eucaristia, o sacra-

mento do perdão e o cultivo da oração

da Palavra de Deus.

Brasil!Coroando o encerramento da Jor-

nada Mundial, o Papa anunciou que a

próxima edição acontecerá na cidade

do Rio de Janeiro, em 2013. Uma gran-

de festa tomou conta dos corações

brasileiros, que, enquanto agitavam

fervorosamente suas bandeiras, já

conseguiam imaginar aquela grande

massa juvenil celebrando em terras

brasileiras.

Ao retornarem ao Brasil, além

das roupas sujas e dos souvenires

espanhóis, sentimentos de alegria,

responsabilidade em levar a missão

adiante e certa nostalgia quase cau-

saram excesso de peso na bagagem

dos peregrinos. Quase! Felizmente,

o avião conseguiu comportar os 81

corações Maristas repletos de sonhos,

carregados de esperança, edificados

em Cristo e mais firmes do que nunca

na fé.

Setor Provincial de Pastoral

Firmes na féA saga da Jornada Mundial da Juventude

Page 42: Em Família Goiânia ed 07

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TURMA DO INFINITO, Editora Cosac NaifyO livro conta a história de

quatro crianças que se

conhecem na escola e

percebem que juntas podem

fazer a diferença no mundo

ao seu redor.

D epois de tornar conhecido inter-

nacionalmente seu trabalho so-

cial com crianças na Fundação Gol de

Letra, o ex-jogador Raí se aventura

pelo mundo da literatura. O livro

“Turma do Infinito” marca sua estreia

como autor de literatura infanto-

juvenil.

Nesta entrevista exclusiva para a

Revista Em Família, o craque con-

ta um pouco sobre o livro e como o

Marista fez a diferença na sua vida.

Como surgiu a ideia de escrever o

livro?

A inspiração nasceu após ler uma

redação escrita por minha neta, Nai-

ra, de 12 anos. O livro trata de espi-

ritualidade, de solidariedade. É uma

coisa antiga que eu tenho comigo.

A criança nasce pensando que é o

centro das atenções e depois ela des-

cobre que não é bem assim. Precisa

aprender a compartilhar e a ter inte-

resses comuns. O ser humano tem

tendência a ser individualista. Então,

esse livro tem a proposta de pensar

em um mundo melhor juntos.

De onde vieram esses valores trata-

dos no livro?

Valores fortes, tanto em casa como

na escola, marcaram minha infância

saudável de interior. Posso dizer que

o colégio Marista é o segundo fator

Turma do InfinitoEx-aluno Marista, Raí lança livro sobre valores Por Sandra Santos

mais importante da minha formação.

Estudei lá desde a Educação Infantil

até o Ensino Médio. Só saí quando fui

para a Faculdade. O Marista sempre

incentivou questões lúdicas, música,

arte e esportes. Isso também ajudou

muito na minha carreira. Eu passava

quase todo o dia no colégio; partici-

pava da banda, do time de basquete

e de futebol. Posso dizer que o meu

primeiro time de futebol foi o do

Marista.

Um dos momentos mais marcantes

no Colégio?

Eu devia ter entre 9 e 10 anos, foi

quando perguntei a um irmão o que

era pecado. Ele me respondeu: “peca-

do é aquilo que você sabe que está

errado mas você insiste em fazer”. Foi

uma resposta diferente daquela que

eu esperava. Não foi uma resposta

religiosa, foi para a vida. Só depois de

algum tempo é que fui entender real-

mente o que ele quis dizer. Isso me

marcou muito.

Relembrando seu tempo de criança,

que mensagem você deixa aos alu-

nos maristas?

Que sejam curiosos em relação às

questões da vida, dos valores. Que

encarem sempre o aprendizado den-

tro de casa, na escola, como cresci-

mento pessoal.

42

Page 43: Em Família Goiânia ed 07

Turma do InfinitoADOLESCENTES: QUEM AMA, EDUCA!Içami TibaEditora IntegrareNão está nada fácil para os pais e educadores lidarem com

os adolescentes de hoje, muito mais informatizados, globa-

lizados e independentes que os do passado, mesmo recen-

te. Adolescentes precoces (tweens) e tardios (caronas) são

produtos dessa galopante evolução tecnológica e social. A

educação dos filhos é um projeto de vida com a finalidade de

prepará-los para a ética e a felicidade, a autonomia compor-

tamental e a independência financeira.

QUEM INDICA: Mário José Pykocz, Diretor Educacional do

Colégio Marista Paranaense

QUAL É A TUA OBRA? Mário Sergio Cortella

Editora VozesDepois do sucesso de "Não Nascemos Prontos" e "Não

espere pelo epitáfio", Mário Sergio Cortella publica um texto

envolvente sobre as inquietações do mundo corporativo.

Neste livro o autor desmistifica conceitos e pré-conceitos, e

define o líder espiritualizado, como aquele que reconhece

a própria obra e é capaz de edificá-la, buscando incessante-

mente o significado das coisas.

QUEM INDICA: Tânia Serafim Búrigo ,

Diretora Educacional do Colégio Marista de Cascavel

Prateleira

A CARTA DA TERRA A Carta da Terra é um documento que traz um conjunto de princípios e valores que nor-

tearão a construção de uma sociedade global mais justa, sustentável e pacífica. Trans-

formado em vídeo, ganha acesso ao público maior em várias versões.

QUEM INDICA: Ana Lúcia Souto, Assessora Educacional da DERC – Diretoria Executiva da

Rede de Colégios da PMBCS

Page 44: Em Família Goiânia ed 07

Solidariedade

“Minha trajetória no Centro Social

Marista Ecológica foi muito boa. No

primeiro dia de aula a primeira impres-

são que tive foi: Que escola bonita!

Mas, a partir daí, eu percebi que não

era só uma escola bonita, e sim uma

escola que se preocupava ao máximo

com seus alunos. Como era essa pre-

ocupação? Quando a gente precisava

de ajuda em algumas matérias, sem-

pre tinha alguém pra nos auxiliar, tirar

nossas dúvidas, e a equipe pedagó-

gica é maravilhosa! (...). Mas a gente

não aprendeu só história, geografia

etc. Aprendemos também a filosofia

marista, os valores, competências,

que, com certeza nos preparou para

enfrentar a sociedade. Com nossas

habilidades adquiridas, com nossos

valores, vamos exercer na sociedade

uma solidariedade, uma amizade, que

com certeza vamos levar para o resto

da vida.”

Você faz parte desta históriaConheça o trabalho da Rede Marista de Solidariedade na promoção e defesa dos direitos de crianças e jovens

MS

PR

SP

GO

DF

SC

44

Estados de atuação da Rede Marista de Solidariedade

PR: 7 Centros Educacionais e Sociais, 4 ProAção e 1 Centro de Defesa;

DF: 1 Centro Social;

MS: 1 Centro Social;

SC: 7 Centros Sociais.

SP: 7 Centros Sociais;

Page 45: Em Família Goiânia ed 07

Quem conta essa experiência é

Matheus Henrique Alves, ex-aluno

do Centro Social Marista Ecológica,

em Almirante Tamandaré, região

metropolitana de Curitiba, Paraná.

Hoje, Matheus já terminou o Ensi-

no Fundamental, mas continua

ligado ao Marista. Por meio de um

projeto em parceria com a organi-

zação internacional King Baudouin

Foundation, ele recebe uma bolsa

de estudos para dar continuidade à

sua trajetória de estudante.

Histórias parecidas acontecem

em diversos espaços onde atua

a Rede Marista de Solidariedade,

seja nas capitais como Curitiba, São

Paulo, Florianópolis, Brasília, ou em

cidades das regiões metropolitanas

e do interior dos estados de São

Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato

Grosso do Sul e no Distrito Federal.

O comprometimento do Maris-

ta com as crianças e jovens está

expresso no depoimento de

Matheus. A proposta social e edu-

cativa prioriza a qualidade do

aprendizado e as relações huma-

nas. Para que isso aconteça no dia a

dia, a Rede Marista de Solidariedade

investe na formação dos profissio-

nais e na produção e socialização

do conhecimento, com vistas a

favorecer processos de participa-

ção infantil e juvenil, o envolvimen-

to da família e a cidadania, para a

geração de oportunidades e vivên-

cia da solidariedade.

A PROMOÇÃO DOS DIREITOSA Rede Marista de Solidariedade

atua na promoção dos direitos das

crianças e jovens, oportunizando

acesso à educação de qualidade,

seja na educação infantil, no ensino

fundamental, na qualificação pro-

fissional, no apoio socioeducativo

(oficinas de arte educação desen-

volvidos no contraturno escolar),

ou por meio de projetos da Biblio-

teca Interativa e ações voltadas

para as famílias.

São 23 Centros Educacionais

e Sociais Maristas e 4 Programas

de Ação Comunitária e Ambiental

(ProAção), oportunizando o atendi-

Orientação Sociofamiliar e Socioeconomia

Solidária

Qualificação Profissional

Ensino Fundamental

Educação Infantil

Biblioteca Interativa

Apoio Socioeducativo

Vida Feliz

Atendimento indireto216 mil adolescentes,

jovens e famílias

Atendimento direto10,5 mil adolescentes,

jovens e famílias.

Page 46: Em Família Goiânia ed 07

mento direto às crianças e jovens.

Em outras frentes de atuação

Marista, como na universidade e

nos colégios, a promoção se efetiva

por meio das bolsas de estudo.

A DEFESA DOS DIREITOSA Rede Marista de Solidarieda-

de atua na defesa dos direitos das

crianças e jovens, ou seja, busca

dar visibilidade às situações de

violação desses direitos. Exemplo

disso é o Centro Marista de Defesa

da Infância, que desenvolve pro-

jetos com foco no controle social,

produzindo informações sobre as

realidades das crianças e jovens do

Paraná, divulgando-as e realizando

capacitações dos agentes que tra-

balham com esse público.

Além disso, a rede desenvolve

projetos de advocacy. A partir de

suas práticas, avalia e sistematiza

seus conhecimentos, participa e

fortalece redes das áreas da edu-

cação, assistência social e direi-

tos, desenvolve campanhas e bus-

ca incidir nas políticas públicas.

Para isso, participa de conselhos

e fóruns municipais, estaduais e

nacionais, com o objetivo de con-

tribuir para mudanças que propi-

ciem a crianças e jovens o exercício

de seus direitos.

PRESENÇA SOLIDÁRIA MUNDIALA Rede Marista de Solidariedade

compartilha das diretrizes da Fun-

dação Marista para a Solidariedade

Internacional (FMSI), que possui o

status de organização consultiva

das Nações Unidas (ONU). Por meio

do FMSI, a Rede Marista de Solida-

riedade contribui com subsídios

aos temas pautados pela ONU.

REDE MARISTA DE COLÉGIOS E PAR-CEIROS

Em quase todas as cidades

onde há um Colégio Marista, existe

também um Centro Educacional e

Social. Parte da receita gerada pelos

colégios por meio das mensalida-

des é aplicada na Rede Marista de

Solidariedade. Além disso, a rede

de colégios e rede de solidarieda-

de realizam ações em parceria no

campo educacional e campanhas

que contribuem para a promoção

e defesa dos direitos de todas as

crianças e jovens.

Além dos recursos provenientes

das mensalidades para potenciali-

zar e inovar projetos, a rede conta

com parcerias com empresas, orga-

nizações da sociedade civil, Poder

Público e pessoas físicas.

VOCÊ TAMBÉM É RESPONSÁVEL POR ISSO

As transformações promovidas

por educadores, crianças e jovens

que integram a Rede Marista de

Solidariedade geram protagonis-

mo, oportunidade e solidariedade.

Você, pai e mãe de aluno ou alu-

na dos colégios Maristas, também

fomenta e favorece essas transfor-

mações.

Acesse www.solmarista.org.br

e conheça os projetos maristas de

solidariedade.

Solidariedade46

Page 47: Em Família Goiânia ed 07

Essência

Ir. Franki destaca que, Irmãos, colaboradores e leigos, somos todos corresponsáveis pela obra iniciada por Champagnat

Herdeiros de um sonho

O País responde por 32% da pre-

sença Marista no mundo, atuando

nas áreas de educação, saúde, soli-

dariedade e comunicação. Leigos,

colaboradores e Irmãos, são mais

de 24 mil pessoas, que atuam como

herdeiros de um sonho, o sonho

de Champagnat, atendendo a mais

de 200 mil crianças, adolescentes e

jovens. “Viver isso é estar em total

conexão com o sonho”, explica Ir.

Franki Kleberson Kucher, Diretor do

Setor de Comunicação e Imagem

Institucional da Província Marista do

Brasil Centro-Sul, em um bate-papo

com a Revista Em Família. Confira a

seguir alguns trechos dessa conver-

sa.

CONECTADOS COM O SONHO É como se fosse a experiência

do primeiro amor de nossas vidas, o

tempo passa, mas você não a esque-

T ransformar a realidade a partir do que há de melhor nos corações e men-

tes das pessoas comprometidas com os valores humano-cristãos. Foi

com esta missão em vista que os Maristas deram início a uma história que

agora se aproxima dos 200 anos. Em 1817, Marcelino Champagnat fundava

o Instituto Marista. Um visionário para a época, ele já tinha a certeza de que

seria um árduo, mas gratificante trabalho. Os resultados de tanta dedicação

ao longo de toda a sua vida hoje estão distribuídos pelo mundo e, como não

poderia deixar de ser, em várias regiões do Brasil.

ce. Seria como um ponto de partida,

que te apaixona, move e dá sentido

a tudo o que você faz. Quando você

se perde ou, por vezes, perverte o

sonho, você precisa voltar e focar

novamente os seus esforços para a

perpetuidade. Champagnat sonhou

infâncias e juventudes cidadãs, pro-

-tagonistas e felizes; não podemos

traí-lo – temos de dar continuidade

a obra por ele iniciada.

PORTA-VOZES DA MENSAGEM MARISTA

Nossos esforços caminham no

sentido de encantar pessoas para

compartir dos mesmos propósi-

tos. Esse princípio da transparência

requer cuidados apurados para que

sejamos fidedignos à causa Maris-

-ta sonhada por São Marcelino. Por

meio da comunicação, traduzimos

e ressignificamos para nossos diver-

sos públicos de relacionamento o

que nos identifica enquanto conti-

nuadores desse legado. Em todas as

nossas frentes apostólicas, somos

portadores e porta-vozes da mensa-

gem Marista.

SOMOS CORRESPONSÁVEIS NA MISSÃO

No meu entendimento, o sonho

de Champagnat é um projeto de

Humanidade. São corações ao alto,

em total sintonia com a dádiva divi-

na; e corações nas mãos, em dispo-

sição de oferta do melhor que pode-

mos dar. Ser herdeiro é sentir-se

parte e corresponsável pela constru-

ção desta obra de Deus, cuja neces-

sidade ainda é premente em nossas

realidades. Temos muito o que fazer

para que o sonho continue lindo,

encantador e transformador. Cora-

ções nas mãos, então.

47

Page 48: Em Família Goiânia ed 07

Inspiração

W illian Seide Arake,

o Seidi, como é

conhecido e gosta de ser

chamado pelos amigos e

professores do Colégio

Marista de Cascavel, é aluno

Marista desde 2006. Hoje,

com 10 anos, está no 5º ano

do ensino fundamental.

“Quando eu cheguei no

Marista ninguém me conhecia,

mas eu não fiquei com medo

não. Hoje todo mundo aqui no

colégio me conhece”, explica.

Com nove meses de idade,

Seidi teve o diagnóstico do

neurologista de paralisia cere-

bral. O médico relatou à família

que ele poderia apresentar

uma deficiência mental, não

falar e não andar. A partir desse

diagnóstico foi iniciado um

longo e contínuo tratamento

multidisciplinar que dura até

hoje.

Para alegria de todos, Seidi

se desenvolveu e continua

em pleno desenvolvimento,

superando a cada dia as dificul-

dades que aparecem. Embora

possua dificuldade para se

locomover, é uma criança

como qualquer outra, adora

brincar, correr e se divertir. “Eu

não consigo jogar futebol com

meus amigos, então às vezes

eles jogam basquete comigo,

porque eu aprendi esse jogo. Na

sala, durante as atividades, eu

sempre me atraso para copiar

e fazer as atividades, mas os

meus amigos e as minhas pro-

fessoras me ajudam e eu consi-

go terminar”, conta.

O Colégio Marista de Casca-

vel realiza um evento esportivo

todos os anos, a OLIMAR, onde

as crianças competem em dife-

rentes atividades, e Seidi é um

dos orgulhosos participantes:

“Eu me sinto muito feliz na

OLIMAR porque tem várias

competições e todos os pais

e as mães vêm torcer para os

filhos. Eu também gosto mui-

to de ganhar a medalha de

participação. Eu não sou mui-

to bom em alguns esportes,

mas eu gosto de participar

mesmo assim, porque todo

mundo torce por mim."

No último mês de julho,

Seidi foi ao estado de Minas

Gerais para realizar um novo

exame em virtude de sua

dificuldade visual e foi diag-

nosticado que ele possui a

SINDROME DE IRLEN, que é

caracterizada por sintomas de

pressão nos olhos, dores de

cabeça e distorção da imagem

durante a leitura. A família

dele já providenciou um ócu-

los que foi enviado aos Esta-

dos Unidos para receber um

tratamento especial nas len-

tes e permitir que ele possa

superar mais essa dificuldade.

Além disso, ele precisa ir pelo

menos uma vez ao ano até

Curitiba para fazer aplicação

de botox nas pernas para que

consiga movimentá-las.

A escola é muito impor-

tante para qualquer criança,

mas é ainda mais importante

para a criança com deficiên-

cia. É na escola que a criança

aprende a confiar em si mes-

ma, percebendo que é capaz

de realizar a maioria das ati-

vidades, mesmo levando um

pouco mais de tempo.

SUPERSEIDIPara ele, superação é

uma tarefa diária Por Kely Cristine de Souza

Kely Cristine de Souza é assistente de marketing do Marista de Cascavel

48

Page 49: Em Família Goiânia ed 07
Page 50: Em Família Goiânia ed 07

Diversão

Brincando juntos

Em tempos de tantas mudanças virtuais, fica

cada vez mais difícil acompanhar nossos filhos.

Muitas vezes lembramos que, na “nossa época”, as

famílias passavam mais tempo juntas porque ain-

da podiam participar dos jogos e brincadeiras das

crianças. Hoje, ao tentar levá-las a uma das nos-

sas brincadeiras, passamos por “antiquados”. Até

mesmo ouvimos que é “chato” ou que “não tem

graça”.

Eles gostam de transformar, mudar, criar e recriar

mundos fictícios, avatares, entre outros. Pensando

nisso e nas dificuldades com os jogos preferidos

dos nossos filhos, acabamos buscando na memória

experiências ou brincadeiras que conhecemos e que

possam despertar o interesse deles.

Neste novo espaço da Revista Em Família, apre-

sentaremos algumas atividades que podemos fazer

junto com nossos filhos. Serão experiências ou jogos

que fazíamos quando tínhamos a idade deles, pro-

porcionando um momento de integração familiar e

com muita diversão, é claro.

A receita é básica e todos os materiais podem ser

comprados em mercados ou farmácias.

Esperamos que tenham gostado da nossa dica.

Até a próxima!

Ensinamos uma experiência que você pode compartilhar em família. Garantia de diversão!

CRIANDO CRISTAISEstamos vivenciando nos colégios o Ano

Internacional da Química. Com isso, tiramos

do “baú” uma interessante experiência de

transformação. Afinal, vamos ver quem

consegue transformar pedras comuns em

cristais? Vamos à receita para que vocês

vivam juntos esta experiência:

10g de sulfato duplo de alumínio e

potássio (alume);

Um copo de vidro;

Um palito de sorvete (limpo);

Água morna;

Linha;

Pedrinhas pequenas e irregulares.

Método: lave as pedras cuidadosamente

em água corrente. Coloque no copo água

morna suficiente para cobrir as pedras

(mais ou menos 1/3 do copo). Junte o

alume e mexa com o palito até o produto

parar de se dissolver facilmente. Podem

sobrar alguns grãos no fundo. Coloque as

pedras no copo ou amarre como na figura.

Você pode acrescentar corante e criar

cristais coloridos.

50

Page 51: Em Família Goiânia ed 07

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Page 52: Em Família Goiânia ed 07

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