elementos de arquitetura e urbanismo · quando imaginamos uma visão de cima da casa, ... e qual é...

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ELEMENTOS DE ARQUITETURA E URBANISMO REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC Unidade Vitória da Conquista – BA Colegiado de Engenharia Civil Prof. Philipe do Prado Santos

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ELEMENTOS DE ARQUITETURA E

URBANISMO

REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE

ARQUITETURA

Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC

Unidade Vitória da Conquista – BA

Colegiado de Engenharia Civil

Prof. Philipe do Prado Santos

Devem conter todas as informações necessárias para

que possam ser completamente entendidos e executados e é

composto por informações gráficas, representadas pelos desenhos técnicos através de plantas, cortes, elevações,

perspectivas e por informações escritas, memorial descritivo e

especificações técnicas de materiais e sistemas

construtivos.

PR

OJE

TO

S

AR

QU

ITE

NIC

OS

Os desenhos básicos que compõem um projeto de arquitetura, a partir de projeções ortogonais, são:

I Planta de localização;

I Planta de situação;

I Planta de cobertura;

I Plantas baixas;

I Cortes;

I Fachadas;

PR

OJE

TO

S

AR

QU

ITE

NIC

OS

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E

URBANISMO

PLANTAS BAIXAS

Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC

Unidade Vitória da Conquista – BA

Colegiado de Engenharia Civil

Prof. Philipe do Prado Santos

Representação gráfica do que acontece nos planos horizontais, de uma vista ortográfica seccional, obtida quando imaginamos uma visão de cima da casa, de altura média de 1,20 a 1,50m em relação ao piso do pavimento em questão) e considerando o sentido de visualização do observador de cima para baixo, acrescido de informações técnicas.

PLA

NTA

S B

AIX

AS

PLA

NTA

S B

AIX

AS

PLA

NTA

S B

AIX

AS

PLA

NTA

S B

AIX

AS

Em planta, os componentes mais comuns e normalmente frequentes são os seguintes:

a) Desenho dos elementos construtivos: paredes e elementos estruturais; aberturas (portas, janelas, portões); pisos e seus componentes (degraus, rampas, escadas); equipamentos de construção (aparelhos sanitários, roupeiros, lareiras); aparelhos elétricos de porte (fogões, geladeiras, máquinas de lavar) e elementos de importância não visíveis.

b) Representação das informações: nome das dependências; áreas úteis dos ambientes; níveis; posições dos planos de corte verticais; cotas das aberturas; cotas gerais; outras informações.

PLA

NTA

S B

AIX

AS

Normalmente desenha-se a parede de 15cm, ela pode variar conforme a intenção e necessidade arquitetônica.

PA

RE

DE

S

São desenhados representando-se sempre as folhas da esquadria, especificando o movimento destas folhas e o espaço ocupado.

PO

RTA

S E

PO

RTÕ

ES

São representadas através de uma convenção genérica, sem dar margem a

uma maior interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento

da esquadria.

JAN

ELA

S

Em nível de representação gráfica em Planta, os pisos são apenas distintos em

dois tipos: comuns ou impermeáveis.

PIS

OS

Dependendo de suas alturas, podem ser seccionados ou não pelo plano que

define a planta baixa.

EQ

UIP

AM

EN

TO

S

DE

CO

NS

TR

ÃO

Dependendo de suas alturas, podem ser seccionados ou não pelo plano que

define a planta baixa.

EQ

UIP

AM

EN

TO

S

DE

CO

NS

TR

ÃO

PE

ÇA

S

SA

NIT

ÁR

IAS

PE

ÇA

S

SA

NIT

ÁR

IAS

VE

IS

VE

IS

No desenho da Planta Baixa deve-se indicar elementos julgados de importância pelo projetista, mas

situados acima do plano de corte, ou abaixo, mas escondidos por

algum outro elemento arquitetônico. Neste caso, deve-se sempre representar o contorno do elemento considerado, através do

emprego de linhas tracejadas curtas, de espessura fina,

conforme exemplificações a seguir.

EQ

UIP

AM

EN

TO

S

DE

CO

NS

TR

ÃO

São igualmente indispensáveis a indicação das áreas úteis de todas as peças, de acordo com o seguinte:

Colocação do nome do ambiente;

Indicação sempre na unidade “m²”;

Precisão de duas casas após a vírgula.

Preferencialmente ao centro do ambiente.

Exemplo:

SALA DE ESTAR

A=12,40 m²

ÁR

EA

S D

OS

AM

BIE

NTE

S

Os níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada Referência de Nível pré-fixada pelo projetista e igual a 0 (zero). A colocação os níveis deve atender ao seguinte:

Colocados dos dois lados de uma diferença de nível;

Evitar repetição de níveis próximos em planta;

Escrita horizontal;

Colocação do sinal + ou - antes da cota de nível;

Indicação sempre em metros;

Simbologia convencional:

NÍV

EIS

DA

S

DE

PE

ND

ÊN

CIA

S

PORTAS: Todas as portas e portões devem ser cotados, identificando-se sua largura e altura, de acordo com o seguinte:

Sempre na ordem “l x h” (largura por altura);

Algarismos padronizados;

Posicionamento dentro da soleira;

CO

TAS

NA

S

AB

ER

TU

RA

S

0.80x2.10

JANELAS: todas as janelas devem ser cotadas em Planta Baixa, identificando-se sua largura, altura e peitoril, de acordo com o seguinte:

a) Sempre na ordem “l x h / p” (largura por altura sobre peitoril);

b) Algarismos padronizados;

c) Posicionamento interno ou externo à construção (apenas uma opção em um projeto).

CO

TAS

NA

S

AB

ER

TU

RA

S

1.20x1.10 h=1.00

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E

URBANISMO

CORTES

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Colegiado de Engenharia Civil

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As seções ou cortes são obtidas por planos verticais que interceptam as

paredes, janelas, portas e lajes com a finalidade de permitir

esclarecimentos que venham facilitar a execução da obra.

Devemos passar um dos cortes preferencialmente por um dos

compartimentos de área molhada e pela escada (quando houver).

CO

RTE

S

CO

RTE

S

CO

RTE

S Corte transversal

Corte longitudinal

CO

RTE

S

CO

RTE

S

C

OR

TE

S

Para a representação do corte é necessário observar os seguintes itens:

I Representação das paredes em que o plano vertical está cortando com traço grosso;

I Representação das paredes em que o plano vertical não corta, com traço fino;

I Representação de portas e janelas conforme a simbologia adotada, com as devidas medidas (altura).

I Indicação somente das cotas verticais, indicando alturas de peitoris, janelas, portas, pé direito, forro.

I Representação da cobertura (esquemática)

I Representação e indicação do forro. Se for laje a espessura recomenda é de 10 cm.

CO

RTE

S

Para a representação do corte é necessário observar os seguintes itens:

I Representação esquemática da fundação;

I Indicação de desníveis se houver (verificar simbologia);

I Indicar os compartimentos que o plano vertical está cortando (geralmente indica-se um pouco acima do piso);

I Indicar o beiral, platibandas, marquises, rufos e calhas se houver necessidade;

I Indicar o tipo de telha e a inclinação correspondente;

CO

RTE

S

CO

RTE

S

+0,30 -0,15

Os níveis são identificados em todos os ambientes, sempre que se visualize a diferença de nível, evitando a repetição desnecessária e não fazendo a especificação no caso de uma sucessão de desníveis iguais (escada).

A simbologia para indicação de níveis nos cortes é diferenciada da simbologia para indicação em planta, porém, os níveis constantes em planta baixa devem ser os mesmos indicados nos cortes.

A simbologia utilizada para indicação dos níveis em cortes é:

CO

RTE

S

CO

RTE

S

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E

URBANISMO

FACHADA

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Fachada ou elevação é considerada uma vista frontal da obra. FACHADA

Para a representação da fachada é necessário observar:

I Na fachada não deve constar cotas como no corte, somente em alguns casos excepcionais;

I USUAL: FACHADA FRONTAL, FACHADA LATERAL E FACHADA POSTERIOR;

I Indicar através de setas o tipo de material a ser empregado no revestimento, pintura etc.

I Desenhar as paredes mais próximas ao observador com traço grosso contínuo;

I Desenhar as paredes ou partes mais distantes ao observador com traço médio e fino;

FA

CH

AD

A O

U

ELE

VA

CA

O

FA

CH

AD

A O

U

ELE

VA

CA

O

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E

URBANISMO

COBERTURA

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A planta de cobertura é uma vista superior da obra necessitando assim a representação de todos os detalhes relativos à coberta, como:

I Tipo de telha;

I Inclinação correspondente ao tipo de telha,

I Se existir, indicar beiral, platibanda, rufos, marquises.

I Determinar as cotas parciais e totais da edificação.

CO

BE

RTU

RA

CO

BE

RTU

RA

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E

URBANISMO

PLANTA DE SITUAÇÃO

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Para locar uma obra é necessário representar o local exato onde ela ocupará no lote. Para isso necessita-se da obtenção de dados na prefeitura como:

I Os recuos frontal, lateral e fundos;

I Distância (cota) à esquina mais próxima (zona urbana)

I Representa-se a projeção da obra sem contar com os beirais;

I É necessária a representação da calçada;

SIT

UA

ÇÃ

O

I Principais acessos e nome da rua que passa na frente da obra;

I Indicação do norte magnético;

I Locação do destino final das águas pluviais, esgoto sanitário e árvores (se houver);

I Localização da entrada de energia elétrica e água.

I Cotas de nível (meio fio, calçada, obra).

I Indicação da localização do lixo (se houver);

SIT

UA

ÇÃ

O

I Tratamentos externos - muros, jardins, piscinas.

I Indicação dos reservatórios.

I Representar todas as cotas necessárias.

I Indicação de todos os lotes lindeiros e atividades.

I Rampa de veículos da calçada.

I Pode-se fazer a planta de cobertura dentro da planta de situação.

SIT

UA

ÇÃ

O

SIT

UA

ÇÃ

O

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E

URBANISMO

PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

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É a representação do lote dentro da quadra e do bairro.

I É necessário indicar e numerar todos os lotes da quadra, ressaltando-se o lote em questão, assim como o seu numero e o numero da quadra.

I Colocar os nomes de todas as ruas que circundam a quadra,

I Indicar também o norte magnético.

Obs. É cotado somente o lote em questão.

LO

CA

LIZ

ÃO

LO

CA

LIZ

ÃO

ELEMENTOS DE ARQUITETURA E

URBANISMO

QUADRO DE ÁREAS

Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC

Unidade Vitória da Conquista – BA

Colegiado de Engenharia Civil

Prof. Philipe do Prado Santos

QU

AD

RO

DE

ÁR

EA

S

É o percentual utilizado pela edificação em relação a área

total do lote, considerando apenas sua projeção

horizontal. Desconsiderando assim, a altura da edificação e

o número de pavimentos.

CO

EF

ICIE

NTE

DE

OC

UP

ÃO

(C

O)

Área Ocupada: É a superfície do lote ocupada pela projeção da edificação em plano horizontal, não sendo computados para o cálculo dessa área, elementos componentes das fachadas, tais como: brises, jardineiras, marquises, pérgolas e beirais.

CO

EF

ICIE

NTE

DE

OC

UP

ÃO

(C

O)

E qual é a fórmula para se calcular a taxa de ocupação?

Co = Área Ocupada _

Área do Terreno

CO

EF

ICIE

NTE

DE

OC

UP

ÃO

(C

O)

É um número, definido pelo plano diretor de cada município, que multiplicado pela

área do lote, estabelece a quantidade máxima de metros quadrados possíveis

de serem construídos neste lote, somando-se a área útil de todos os

pavimentos.

Suponhamos que temos um lote medindo 15 x 30m, que nos dá uma área total de 450,00m² com CA=2,5. Neste lote poderemos construir o máximo de 1.125,00m² de área útil. Podemos

observar duas possibilidades para a execução de uma edificação neste lote:

CO

EF

ICIE

NTE

DE

AP

RO

VE

ITA

ME

NTO

(C

A)

Área Útil: É a soma das áreas de piso do de uma edificação.

Frequentemente diversos municípios não costumam contabilizar no coeficiente de aproveitamento, os seguintes itens:

sacadas até o limite de uma determinada área ou balanço;

garagens em edifícios que incentivam os pavimentos garagem;

beirais;

áreas abertas como piscinas.

CO

EF

ICIE

NTE

DE

AP

RO

VE

ITA

ME

NTO

(C

A)

Para o cálculo do coeficiente de aproveitamento, a fórmula é a seguinte:

Ca = Área Útil Total _

Área do Terreno

É a relação percentual entre uma área permeável (exigida pelo poder

público para dar vazão ou escoamento das águas no terreno) e a área do terreno. Por exemplo,

se num terreno de 250,00m² a taxa de permeabilidade exigida for de

20%, deve ser deixada uma área de 50,00m² para tal função:

comumente é a área de jardins e não deve ser coberta nem

pavimentada.

CO

EF

ICIE

NTE

DE

PE

RM

EA

BIL

IDA

DE

(C

P)

Cp = Área Permeável _

Área do Terreno

EX

ER

CÍC

IO

I Escolher um terreno sem edificação onde será desenvolvido o projeto e fazer uma visita técnica a este.

I Elaborar o relatório técnico da visita (nas normas da ABNT), informando questões como: medidas e localização precisa, topografia, indicação do norte, existência de vegetação, fluxo de veículos, presença de água, esgoto e energia, direção do vento,

I Fazer também um estudo superficial da vizinhança imediata, informando questões relevantes ao projeto.

EX

ER

CÍC

IO

I Buscar um jogo de plantar junto a uma construtora, arquiteto ou engenheiro para referências externas, contendo:

I Planta de localização;

I Planta de situação;

I Planta de cobertura;

I Plantas baixas;

I Cortes;

I Fachadas;

Trazer plotado nos formatos e em escala.

EX

ER

CÍC

IOI Traçar o perfil do cliente, informando as características dos componentes da família a habitar a residência.

I Traçar também o programa de necessidades, informando os ambientes necessários para a residência.