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ELABORAR
PLANO
PLURIANUAL
2020 -
2023
Conceitos, atividades e procedimentos a serem observados pelos integrantes do
Sistema Estadual de Planejamento e Gestão Estratégica - Sepege, para elaborar
o Plano Plurianual do período 2020 – 2023.
MANUAL DE PROCESSO Versão 1.0 2019
ELABORAR PLANO PLURIANUAL
MANUAL DE PROCESSO Versão 1.0 2019
Secretaria do Planejamento _ Superintendência de Planejamento Estratégico
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Este é um documento técnico de responsabilidade da Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia – Seplan concebido para aplicação no âmbito do Sistema Estadual de Planejamento e Gestão Estratégica – Sepege como guia para execução de processos organizacionais e fonte de informação para desenvolvimento de competências técnicas e operacionais.
Poderá ser livremente utilizado como fonte de consulta para outros fins e seu conteúdo ser reproduzido com citação da fonte. Os créditos se referem a esta versão.
CRÉDITOS INSTITUCIONAIS
Governo do Estado da Bahia Rui Costa Secretaria do Planejamento Walter de Freitas Pinheiro Gabinete do Secretário Isabella Paim Andrade
CRÉDITOS DE CONTEÚDO
Superintendência de Planejamento Estratégico
Ranieri Muricy Barreto
Diretoria de Planejamento Econômico Mirtes Cavalcante de Aquino
Diretoria de Planejamento Social Natã Silva Vieira
ROTEIRO, SISTEMATIZAÇÃO, REVISÃO E EDIÇÃO Assessoria de Planejamento e Gestão
Dilma Santana de Jesus
APROVAÇÃO
Comitê de Planejamento
Bahia. Secretaria do Planejamento. Sistema Estadual de Planejamento e Gestão Estratégica – Manual do
Processo Elaborar Plano Plurianual – PPA 2020 _2023 Versão 1.0_2019
Salvador (BA). Seplan/SPE, 2019
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Sumário
BOAS-VINDAS À ELABORAÇÃO DO PPA 2020-2023 .......................................................................................................... 2
CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................................................................................................ 3
ESCOPO DO PROCESSO ....................................................................................................................................................... 5
1. O CICLO DE PLANEJAMENTO, O PPA E O SEPEGE ....................................................................................................... 8
2. O MODELO DO PPA 2020 – 2023 ..................................................................................................................................... 15
2.1. Entendendo o Programa Temático 20
2.2. Entendendo o Indicador de Programa 23
2.3. Entendendo o Compromisso de Programa 28
2.4. Entendendo a Meta do Compromisso 30
2.5. Entendendo a Iniciativa do Compromisso 34
3. O PROCESSO ELABORAR PLANO PLURIANUAL - PPA 2020 _ 2023 ......................................................................... 38
3.1. Planejamento e Organização 43
3.2. Escuta Social 44
3.3. Matriz Programática 45
3.4. Cadastramentos Preliminares 48
3.5. Detalhamento Setorial 49
3.6. Consolidação da Proposta 50
3.7. Projeto de Lei 51
3.8. Efetivação da Lei 52
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BOAS-VINDAS À ELABORAÇÃO DO PPA 2020-2023
Organizar e disponibilizar informações precisas e claras é essencial para garantir o alinhamento de
conceitos, métodos, técnicas, processos e procedimentos para os atores da rede do Sistema
Estadual de Planejamento e Gestão Estratégica – Sepege do Estado da Bahia.
Está sendo iniciado um novo ciclo no planejamento de médio prazo na Administração Estadual e
este documento é destinado a você, como integrante da rede Sepege, para informá-lo e orientá-lo
na elaboração do Plano Plurianual 2020 - 2023 através dos seguintes tópicos:
CONCEITOS BÁSICOS, com os principais termos utilizados neste manual;
ESCOPO DO PROCESSO, com informações acerca do processo organizacional tratado neste
manual, delimitando-o e situando-o no contexto dos demais processos do planejamento estadual;
O CICLO DO PLANEJAMENTO, O PPA E O SEPEGE, uma visão institucional panorâmica do Sistema
Estadual de Planejamento e Gestão Estratégica, onde está sumarizada a gestão por processos e a
lógica sistêmica do planejamento governamental adotadas pelo Estado, essencial para situar o
conteúdo deste manual e a interação com outros processos e áreas;
O MODELO DO PPA 2020 - 2023, uma abordagem geral da relevância do PPA como instrumento
de planejamento de médio prazo e o modelo conceitual adotado para o quadriênio 2020 - 2023;
O PROCESSO ELABORAR PLANO PLURIANUAL - PPA 2020 _ 2023, com os fluxos e descritivos das
etapas do processo, apresentando o passo-a-passo das atividades com os respectivos
responsáveis.
Uma nova versão deste manual que incluirá o tópico COMO EXECUTAR OS
PROCEDIMENTOS NO FIPLAN será publicada logo após a conclusão das
funcionalidades que automatizam o processo Elaborar Plano Plurianual - PPA
para 2020 – 2023.
A sua contribuição é muito importante para manter atualizado e útil este manual. Ajude a aprimorá-lo enviando suas observações e sugestões para [email protected].
Em caso de dúvida relacionada aos conteúdos técnicos processuais entre em contato com o Órgão Setorial do Sepege (Assessoria de Planejamento e Gestão - APG ou equivalente).
Caso você integre um Órgão Setorial ou o Órgão Central, consulte a Superintendência de Planejamento Estratégico pelo SEPEGE INTERATIVO (http://www.sepege.ba.gov.br/contato/).
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CONCEITOS BÁSICOS
Eis os conceitos que você precisa conhecer para entender este documento, organizados numa
sequência para facilitar a compreensão dos termos anteriores e/ou subsequentes, conforme o
caso. Ao longo do texto poderão existir outros conceitos quando necessários. Para mais
informações consulte o Glossário do Sepege em www.sepege.ba.gov.br.
Sistema de Planejamento e Gestão Estratégica (Sepege): Conjunto articulado de normas, Órgãos
e espaços de governança, funções, processos, conceitos, metodologias, tecnologias e
instrumentos aplicados, numa formação que privilegia uma atuação em rede, tendo por finalidade
prover a governança para o planejamento e a gestão estratégica de políticas públicas no âmbito
estadual.
Ação de Governo ou Ação Governamental: Expressão genérica que caracteriza qualquer
intervenção inclusa em planos e orçamentos do Estado, programada e realizada diretamente ou em
parceira com outras esferas de Governo, outros poderes, com a iniciativa privada ou organizações
não governamentais.
Ação Orçamentária: Ação Governamental cuja execução depende de recursos orçamentários do
Estado. A Ação Orçamentária, no orçamento e nos balanços, é classificada como projeto, atividade
ou operação especial.
Produto: Para fins da programação, é o bem ou serviço que resulta da Ação Governamental.
Planejamento Estratégico do Estado: Tipo de planejamento de longo prazo, de responsabilidade
do Poder Executivo, que tem como foco o desenvolvimento socioeconômico do Estado da Bahia e,
a partir de estudos diagnósticos e de cenários futuros, traça objetivos de longo prazo e estratégias
para alcançá-los.
Planejamento Estratégico Organizacional: Tipo de planejamento que tem foco nas organizações
estaduais para que possam atuar adequadamente no alcance dos objetivos de longo e médio
prazos.
Plano Plurianual - PPA: É o instrumento de planejamento de médio prazo que orienta o
planejamento anual. De acordo com a Constituição de 1988, a Lei do PPA estabelece de forma
regionalizada as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Estadual (todos os Poderes
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de Estado e Órgãos autônomos) para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as
relativas aos Programas de duração continuada. O Projeto de Lei, de iniciativa do Poder Executivo,
deve ser enviado à Assembleia Legislativa até 31 de agosto do ano de início do mandato do
Governador. O PPA vigora por quatro anos, abrangendo até o primeiro ano do mandato seguinte.
Programa Temático: É o formato de organização da Ação Governamental em torno de um tema,
formulado para, no horizonte temporal de quatro anos, fazer o Estado avançar no sentido da
consecução de objetivos de longo prazo.
Indicador de Programa: Componente do PPA, é o elemento de verificação definido para captar as
mudanças empreendidas pelo conjunto de Compromissos do Programa Temático.
Compromisso: Componente do PPA associado ao Programa Temático que descreve um objetivo
setorial a ser cumprido pelo Órgão responsável por meio da entrega de bens ou serviços.
Matriz Programática: Forma de organização do PPA através da qual se relacionam a estrutura
estratégica (do Plano Estratégico do Estado) com os Programas temáticos.
Iniciativa: Componente do PPA associado ao Compromisso que expressa as Ações de Governo que
viabilizam o alcance das Metas.
Meta: Componente do PPA associado ao Compromisso. É a especificação e quantificação do
resultado esperado das Iniciativas empreendidas. Expressa a medida do alcance do Compromisso,
devendo ser territorializada e, quando pertinente, associada à proposta da Escuta Social.
Público: Conjunto de pessoas, famílias, comunidades, instituições, setores e outros segmentos da
sociedade cujos integrantes possuem em comum algum atributo, necessidade ou potencialidade
que se pretende atingir diretamente com os resultados da intervenção governamental.
Mesa Programática: Espaço para articulação da integração de Ações Governamentais e pactuação
dos Programas e Compromissos, bem como recursos a serem aplicados por Órgão responsável.
Escuta Social: Processo de consulta à sociedade realizada pelo Poder Executivo, diretamente ou
através de órgãos colegiados, visando qualificar a gestão pública através da participação social.
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ESCOPO DO PROCESSO
Cada processo organizacional possui características que o particulariza em relação aos demais.
Compreender essas características é importante para que você identifique para que o processo é
realizado e que papel você desempenha para que o objetivo seja alcançado.
Quadro 1 – Característica do Processo Elaboração do PPA
IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS
Denominação Elaborar Plano Plurianual - PPA
Base Legal
Constituição Federal (Art. 165) e Constituição Estadual (Título V, Capítulo
III).
LEI nº 2.321 de 11/04/1966 que dispõe sobre a organização da
administração estadual instituindo o sistema de planejamento e Lei
Delegada nº 32 03/03/1983 que reorganiza a Secretaria do Planejamento e
dispõe sobre o Sistema Estadual de Planejamento.
Lei nº 13.214 de 29/12/2014: Dispõe sobre os princípios, diretrizes e
objetivos da Política de Desenvolvimento Territorial do Estado da Bahia,
institui o Conselho Estadual de Desenvolvimento Territorial - Cedeter e os
Colegiados Territoriais de Desenvolvimento Sustentável - Codeter.
Decreto n° 16.489 de 23/12/2015: Aprova o Regimento da Secretaria do
Planejamento.
Decreto nº 19.000 de 02/04/2019 que dispõe sobre a elaboração do Plano
Plurianual 2020 - 2023 no Estado da Bahia.
Portaria Seplan nº 13 de 03/04/2019 que dispõe sobre a instituição do
Grupo de Coordenação - GC e do Grupo de Trabalho - GT para a
coordenação e realização do processo de elaboração do PPA 2020-2023.
Objetivo do
processo
Elaborar o Plano Plurianual 2020 – 2023 cumprindo as determinações
legais aplicáveis, com observância das escutas sociais, dos planos
estratégicos e das prioridades estabelecidas pelas autoridades
competentes.
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IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS
Periodicidade O ciclo de realização do processo é quadrienal.
Quando o
processo se inicia
O cronograma de execução do processo se inicia no último ano de
execução do PPA vigente, o que coincide com o primeiro ano do mandato
do Governador.
Quando o
processo se
conclui
Com a aprovação e publicação da respectiva lei do PPA e lançamento dos
ajustes dela decorrentes no Fiplan.
Quais as entregas Plano Plurianual aprovado e cadastrado no Fiplan para execução e gestão.
Para quem é
entregue
Na Administração Pública Estadual: todos os integrantes de Poderes,
Órgãos e Entidades.
Na sociedade: cidadãos em geral.
Quem coordena Superintendência de Planejamento Estratégico – SPE da Seplan.
Quem está
envolvido
Todos os níveis do Sepege; Casa Civil; Secretaria de Relações Institucionais
– Serin; Secretaria da Administração – Saeb; Secretaria da Fazenda – Sefaz;
Representantes da sociedade nos colegiados territoriais; Dirigentes
Máximos de Poderes, Órgãos e Entidades da Administração Estadual.
Outros processos
associados
Processos dos
quais recebe
insumos
Estudos, Pesquisas, Indicadores e Geoinformação; Gestão da Política
Territorial; Estimativa da Receita Orçamentária; Avaliação de Programas do
PPA; Planejamento Estratégico do Estado; Planejamento Estratégico
Organizacional, este último de responsabilidade da Saeb.
Outros processos
associados
Processos para os
quais fornece
insumos
Gerir Recursos Captados; Elaborar Diretrizes Orçamentárias - LDO; Elaborar
Orçamento Anual - LOA; Realizar Avaliação Inicial do PPA; Monitorar
Programa de Governo; Avaliar Desempenho de Programas do PPA;
Modificar Orçamento; Revisar PPA.
Suporte Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado –
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IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS
tecnológico à
execução
Fiplan: //fiplan.ba.gov.br.
Portal do Sepege: www.sepege.ba.gov.br.
Facilidades: Correio Eletrônico e Business Itelligence – BI.
Elaboração: Seplan / APG - SPE
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1. O CICLO DE PLANEJAMENTO, O PPA E O SEPEGE
A Bahia é um estado complexo onde convivem diversidades que precisam ser favoravelmente
potencializadas (econômica, ambiental, social, tecnológica, cultural) e desigualdades que exigem
serem mitigadas. Essa complexidade implica em heterogeneidade de demandas, sempre
crescentes, que impõe à administração pública respaldo em diagnósticos cada vez mais precisos e
compartilhados, diálogo e participação social, soluções sustentadas e sustentáveis, uso eficiente
dos recursos e resultados que impliquem em melhoria de qualidade de vida cotidiana dos
cidadãos. Em suma: a ação do Estado deve ser, necessariamente, uma ação planejada.
O planejamento na Administração Pública é uma exigência constitucional, mas está além de uma
formalidade legal: é a estruturação de esforços no sentido da construção de uma realidade futura
melhor do que a presente. A Ação Governamental planejada maximiza a aplicação de recursos,
direcionando-os para aquilo que é mais relevante em determinados cenários.
O ciclo do planejamento governamental estrutura-se em três horizontes temporais: longo prazo
(dimensão estratégica), médio prazo (dimensão tática) e curto prazo (dimensão operacional).
Quanto maior o prazo, seu instrumento é de caráter mais indicativo, seletivo, qualitativo e
agregado, e de forma inversa, quanto menor o prazo, o documento é de caráter mais normativo,
especializado e discriminado.
Para o longo prazo são elaborados Planos Estratégicos, peças importantes para articular a visão de
futuro que é estimulado a partir das ações de médio prazo formalizadas em Planos Plurianuais e
de curto prazo estabelecidas anualmente nas Diretrizes Orçamentárias e no Orçamento Anual.
Há, ainda, os planos setoriais e territoriais, assim como os planos estratégicos organizacionais, de
longo ou médio prazos, que tratam de políticas públicas de determinadas funções ou setores de
Governo, muitos aprovados por lei e que convergem para os instrumentos de planejamento
citados.
Esses instrumentos, por sua vez, são produtos do Sistema Estadual de Planejamento e Gestão
Estratégica – Sepege, coordenado pela Seplan e que visa prover a governança para políticas
públicas no Estado da Bahia. Assim, Elaborar Plano Plurianual - PPA é parte do conjunto de
processos organizacionais integrados que compõe o Sepege.
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Pelo seu caráter constitucional, o PPA é central no ciclo do planejamento, traduzindo em
Programas de governo os investimentos necessários ao alcance da visão estratégica e orientando
as ações a serem executadas anualmente. Como elemento integrador dos instrumentos de
planejamento é essencial uma gestão estratégica capaz de avaliar o alcance dos objetivos e
retroalimentar os processos envolvidos, sempre na perspectiva de atendimento à sociedade.
Figura 1 – Ciclo de Planejamento Plurianual
Elaboração: SPE/Seplan
A Elaboração do PPA é um processo de caráter sistêmico, envolvendo os Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, assim como os Órgãos autônomos - Ministério Público do Estado da Bahia
e Defensoria Pública do Estado da Bahia e a estes equiparados – o Tribunal de Contas dos
Municípios e o Tribunal de Contas do Estado da Bahia.
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O Plano Plurianual está organizado em seções, num total de sete (7): 1) Legislativo – Assembleia
Legislativa da Bahia - ALBA; 2) Legislativo – Tribunal de Contas do Estado - TCE; 3) Legislativo –
Tribunal de Contas dos Municípios - TCM; 4) Judiciário; 5) Executivo; 6) Ministério Público; 7)
Defensoria Pública.
Cada uma dessas instituições acima enumeradas e mais os Órgãos do Poder Executivo
diretamente subordinados ao Governador possuem uma unidade administrativa que atua no
campo do planejamento, tem como competência coordenar a elaboração do PPA nas respectivas
instâncias e é tecnicamente vinculado à Seplan, Órgão Central do Sepege, como se verá no
próximo tópico.
Entretanto, nem todas as definições do Órgão Central são igualmente aplicáveis a todos os
Poderes de Estado e Órgãos Autônomos. Por exemplo, os conteúdos do Planejamento Estratégico
do Estado só são aplicáveis ao Poder Executivo. As demais instituições possuem plena autonomia
para traçar seus próprios referenciais estratégicos, mas precisam se adaptar ao modelo conceitual
de estruturação e ao processo Elaborar Plano Plurianual - PPA.
O Sistema Estadual de Planejamento e Gestão Estratégica - Sepege
É muito importante ter em mente que todas as atividades do planejamento governamental devem
estar interligadas e referenciadas no Sistema de Planejamento e Gestão Estratégica, a evolução do
Sistema Estadual de Planejamento – SEP instituído pela Lei nº 2.321, de 11/4/1966 e restruturado
pela Lei Delegada nº 32, de 3/3/1983. O Sistema foi atualizado ao longo do tempo e, a partir de
2007, passou a incorporar de forma cada vez mais sistemática a gestão estratégica e a participação
social, integrando todos os processos organizacionais relacionados ao planejamento
governamental.
O Sepege é um modelo organizacional adotado pelo Estado da Bahia lastreado numa concepção
sistêmica que propicia a interação de processos organizacionais que envolvem diferentes atores
da Administração e da Sociedade, num ciclo dinâmico e contínuo de gestão. Seus pilares
institucionais estão assim definidos:
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Figura 2 - Pilares Institucionais do Sepege
Elaboração: APG Seplan
A formação atual privilegia uma atuação em rede (Figura 3) e realça os processos organizacionais
como componentes fundamentais de garantia de eficiência e de eficácia das políticas públicas. No
processo Elaborar Plano Plurianual - PPA todos os participantes dessa rede são acionados.
Figura 3 - Arranjo Institucional do SEPEGE
Elaboração: APG/Seplan
Na perspectiva de atuação em rede acima ilustrada, o Sepege articula todos os Órgãos e Entidades
da Administração Pública envolvendo todos os Poderes quando se trata de instrumentos
Organização
Órgãos: Central, Setoriais e Seccionais
Espaços Governança Territorial
Atuação em Rede
Pessoas
Perfis: conhecimentos e
habilidades
Quadros Definidos
Capacitação Continuada
Processos
Subsistemas, Etapas e Atividades do
Ciclo do Planejamento
Gestão de Melhorias Contínuas
Tecnologias
Fiplan
Portal e BI
Gestão: Processos, Projetos, etc.
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constitucionais, bem como representantes da sociedade civil através dos Órgãos de Governança
Territorial.
Veja o papel de cada um dos níveis institucionais a seguir.
Quadro 2 – Níveis Institucionais, Órgãos e Entidades no Sepege
NÍVEL PAPÉIS DE ÓRGÃOS E ENTIDADES NO SISTEMA
Órgão Central
Exercido pela estrutura finalística da Secretaria do Planejamento, fixa diretrizes,
estabelece normas, metodologias e processos, bem como exerce a coordenação
técnica das atividades realizadas diretamente ou através dos demais níveis. As
áreas de competência envolvem:
- Superintendência de Planejamento Estratégico – SPE, com os processos de
planejamento de longo e médio prazos;
- Diretoria de Planejamento Territorial – DPT, com a gestão da política territorial;
- Superintendência de Monitoramento e Avaliação – SMA, abarcando os
processos de acompanhamento, monitoramento e avaliação;
- Superintendência de Orçamento Público – SPO, com os processos de
planejamento de curto prazo e a gestão orçamentária;
- Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI, na produção
de informações para o planejamento e a avaliação das políticas públicas.
Superintendência de Cooperação Técnica e Financeira para o Desenvolvimento –
SPF, órgão da estrutura da Secretaria da Fazenda, que se responsabiliza pelo
processo de gestão de recursos captados.
Órgãos Setoriais
- Representados pelas Assessorias de Planejamento e Gestão - APG ou
equivalentes.
- Exercem a coordenação e executam atividades do Ciclo de Planejamento e
Gestão Estratégica no âmbito dos Órgãos da Administração Direta subordinados
aos Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
- Articulam e orientam tecnicamente os Órgãos Seccionais na Administração
Indireta e às Unidades Setoriais de Planejamento – USP, ou seja, qualquer
unidade que tenha sob sua responsabilidade uma Ação Governamental.
Para fins do Sepege há tratamento específico de Órgão Setorial, associado aos
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NÍVEL PAPÉIS DE ÓRGÃOS E ENTIDADES NO SISTEMA
respectivos Poderes de Estado, para o Ministério Público, a Defensoria Pública, o
Tribunal de Contas do Estado e o Tribunal de Contas dos Municípios.
Órgãos Seccionais
Unidades integrantes das Entidades da Administração Indireta, exercem a
coordenação técnica e executam atividades do Ciclo de Planejamento e Gestão
Estratégica no âmbito de autarquias, fundações, empresas e suas subsidiárias.
Para as finalidades do Sepege se equivalem a Órgãos Seccionais, sem atribuição de
coordenação técnica, os Órgãos em Regime Especial e unidades administrativas
gestoras de Fundos Públicos com atividades de planejamento.
Órgãos de
Governança
Territorial
Conselho Estadual de Desenvolvimento Territorial – Cedeter, diretamente ou por
meio do seu Comitê de Acompanhamento do Plano Plurianual – Cappa, e os
Colegiados Territoriais de Desenvolvimento Sustentável – Codeter. Os colegiados
qualificam o planejamento público organizando e provendo interlocução com a
sociedade e o retorno do atendimento a demandas dos Territórios de Identidade.
Elaboração: APG/Seplan
No diagrama da Figura 4 adiante alguns desses atores estão situados na visão processual do
Sepege e você pode identificar Elaborar Plano Plurianual - PPA nesse contexto geral.
É importante registrar que o mapa retrata os processos sob a ótica da responsabilização final pela
liderança técnica. Assim, embora concentre suas correlações no âmbito do Órgão Central, grande
parte da execução das atividades é de responsabilidade dos Órgãos Setoriais e Seccionais, como
você verá a seguir na representação do processo Elaborar Plano Plurianual - PPA.
Importa notar, ainda, que os processos organizacionais atinentes à SMA, SPF, à DPT e ao
Planejamento Estratégico de responsabilidade da SPE são específicos do Poder Executivo.
O processo Elaborar Plano Plurianual - PPA é central para os desdobramentos nas leis de Diretrizes
Orçamentárias e Orçamento Anual, como destacado na figura. Assim, a consistência dos dados e
informações, a coerência interna e suas relações com a visão estratégica são fundamentais para
proporcionar a integração desses instrumentos, garantindo a execução das políticas públicas.
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Figura 4 - Mapa Geral de Processos do Sepege
Elaboração: APG/Seplan
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2. O MODELO DO PPA 2020 – 2023
O PPA é um documento técnico e político, traduzindo-se como o principal instrumento da gestão
estratégica do Estado no médio prazo, legitimado e utilizado por todas as esferas de Governo.
Desde a sua instituição como exigência constitucional, vem gradativamente assumindo um caráter
mais amplo do que uma peça legal-burocrática, com modelos que buscam melhor qualificar as
ações da politica pública.
É papel do Plano declarar as escolhas do Estado para atender a sociedade, indicando os meios
para a implementação das políticas públicas e orientando taticamente a Ação Governamental para
a consecução dos objetivos pretendidos. O Plano Plurianual, situado na dimensão tática, fortalece
os elos do planejamento governamental conectando os níveis estratégico e operacional, conforme
demonstrado na Figura 5, exigindo um modelo conceitual adequado a partir de diretrizes
norteadoras claras.
Para o PPA 2020 – 2023 são diretrizes norteadoras:
fortalecimento da gestão e da governança das politicas públicas no âmbito de todos os
Poderes e Órgãos autônomos;
fortalecimento da dimensão estratégica, determinando o alinhamento com o Planejamento
Estratégico de longo prazo do Estado e promovendo a integração com os Planos Estratégicos
Organizacionais setoriais;
consolidação da dimensão territorial, mantendo a regionalização baseada nos Territórios de
Identidade – objeto de política pública específica formalizada em lei;
participação social nas etapas de formulação, execução e monitoramento;
sustentação da articulação setorial, buscando explicitar e integrar as contribuições de
diferentes Órgãos e Entidades para os Compromissos, Indicadores, Metas e Iniciativas de
diferentes Programas.
Para o PPA 2020 – 2023, em relação ao plano anterior, há alguns diferenciais relacionados a
aspectos metodológicos e de escopo propriamente dito, decorrentes das melhorias introduzidas a
partir de análises debatidas no Sepege e ressaltadas ao longo do texto.
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Figura 5 – As Dimensões do Planejamento Estadual
Elaboração: Seplan/APG
A dimensão estratégica, demonstrada na Figura acima, precede e orienta a elaboração dos
Programas Temáticos que, uma vez consolidados e associados aos seus componentes, formarão o
PPA 2020-2023.
É a partir dessa dimensão que se organiza a Matriz Programática, através da qual se relacionam a
visão estratégica e os Programas Temáticos. A concepção da Matriz Programática é uma etapa
importante no processo Elaborar Plano Plurianual - PPA posto que conforma a sua formação. O
Programa Temático está conectado à dimensão estratégica através de Macro-objetivos.
Vale mais uma vez destacar que os Poderes Legislativo e Judiciário e os Órgãos autônomos são
independentes para formularem os conteúdos de sua programação com base em perspectivas
estratégicas próprias visando à elaboração do PPA.
No Poder Executivo, a dimensão estratégica de Governo tem como base o Plano de
Desenvolvimento Integrado - PDI Bahia, elaborado sob coordenação da Seplan/SPE.
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Contemplando Diretrizes para o horizonte de 2035, está estruturado em Eixos, cada um deles
detalhado em macro-objetivos e respectivos Indicadores.
Figura 6 – Eixos do PDI Bahia 3035
Elaboração: Seplan/SPE
Além do PDI Bahia 2035, contribuem para a formulação do PPA:
o Programa de Gestão do Poder ou Órgão autônomo. No Executivo é o Plano de Governo
Participativo – PGP 2019-2022, registrado pelo Governador eleito no Tribunal Regional
Eleitoral – TRE caracterizado por uma ampla participação social no processo de concepção. Aí
estão destacados os eixos centrais de estruturação das políticas públicas estaduais para os
próximos anos: “Desenvolvimento Social”, “Desenvolvimento Econômico” e “Estado;
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o Plano Estratégico Organizacional – PEO que formula os objetivos estratégicos setoriais, suas
metas e projetos que poderão ser Compromissos, Metas e Iniciativas no PPA;
os Planos Setoriais, os planos territoriais ou regionais no âmbito estadual, assim como planos
nacionais com repercussões na Bahia;
a Avaliação do PPA 2016-2019, uma análise centrada no alcance das metas que, no Poder
Executivo é realizada sob a coordenação da Seplan conforme princípios, diretrizes e outros
elementos norteadores estabelecidos pelo Decreto Nº 16.664 de 30 de março de 20161.
Figura 7 – Instrumentos de Planejamento e o PPA 2020-2023
Elaboração: Seplan/SPE
É relevante registrar um novo requisito para o PPA 2020-2023: o alinhamento entre o Plano
Estratégico do Estado – PDI – e o Planejamento Estratégico Organizacional setorial – PEO,
essencial para elevar a qualidade do processo de elaboração das politicas públicas do Estado.
No âmbito do Executivo, a formulação do PEO é feita com orientação metodológica da Secretaria
da Administração – Saeb, na perspectiva do diagrama a seguir.
1 Para conhecer os processos de acompanhamento, monitoramento e avaliação consulte www.sepege.ba.gov.br.
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Figura 8 - Alinhamento PDI, PGP, PEO e PPA no Modelo Conceitual
Elaboração: Saeb/SGI/DSG
Como parte do modelo conceitual do PPA está definida a participação social e estabelecidos os
Territórios de Identidade2 como bases geográficas do planejamento.
Por meio da Escuta Social a sociedade participa da construção do PPA 2020-2023 do Poder
Executivo, cujas propostas são sistematizadas e disponibilizadas para serem associadas às Metas
dos Compromissos. Os Órgãos Setoriais deverão elaborar as Metas correlacionando, de forma
regionalizada, com o resultado das Escutas Sociais.
O acompanhamento das inclusões de propostas da sociedade no PPA dar-se-á pelos Órgãos
colegiados instituídos como espaços de governança territorial, conforme Quadro 2 do tópico 1
deste manual.
Por fim, a dimensão operacional, também representada na Figura 5, estabelece a conexão do PPA
com a Lei Orçamentária Anual - LOA por meio das Iniciativas. Esse processo está descrito em
manual específico do Sepege disponível em www.sepege.ba.gov.br.
2 Ver sobre Territórios de Identidade na Bahia em www.seplan.ba.gov.br.
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2.1. Entendendo o Programa Temático
O PPA 2020-2023, aperfeiçoado no seu modelo conceitual e metodológico e dispondo dos
mecanismos de Escuta Social, territorialização e transversalização da Ação de Governo, é
constituído de Programas Temáticos formulados a partir da base estratégica, que organizam as
políticas públicas a serem desenvolvidas no quadriênio.
Cada Programa compreende uma temática contextualizada e associada à dimensão estratégica.
Como já visto, há uma relação direta com Macro-objetivos que, no caso do Poder Executivo, são
constitutivos do Plano de Desenvolvimento Integrado - PDI.
Características do Programa Temático
É estratégico e transversal;
A dimensão estratégica decorre do Plano Estratégico;
Vinculados aos Macro-objetivos definidos no Plano Estratégico;
Desenvolvido por meio de Compromissos;
Poderá se iniciar, ser finalizar ou ter continuidade em um PPA;
Os resultados serão aferidos por meio de Indicadores.
Atributos do Programa Temático
Figura 7 – Componentes do PPA e Atributos do Programa
Elaboração: Seplan/SPE
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Para todos os Poderes e Órgãos autônomos é de competência da Seplan definir a denominação e
o escopo do Programa, composto por Ementa e Contextualização, como assim detalhado:
Nome: identifica facilmente o foco no campo das políticas públicas. Descrição curta e com alto
potencial de comunicação e forte correlação com um ou mais macro-objetivos;
Contextualização: traz diagnóstico, justificativas e perspectivas estratégicas com a sua
realização. É uma descrição síntese, consistente e coerente de desafios, tendências e
oportunidades;
Ementa: é uma descrição síntese, consistente e coerente, centrada em resultados e em
consonância com a contextualização do Programa.
Assim, o Programa Temático, individualizado por Nome, é o instrumento de organização da Ação
Governamental com vistas ao alcance dos resultados expressos na sua Ementa, consoante os
desafios, tendências e oportunidades descritos na Contextualização.
Quadro 3 – Atributos do Programa Temático
ATRIBUTOS DESCRIÇÃO E EXEMPLOS
Código do Programa Temático
Sistema de convenção adotado para organização e representação do Programa.
Caberá à Seplan atribuir a codificação dos Programas.
Todos os códigos de Programas serão ordenados, em números ordinários, na ordem
de grandeza das centenas, a partir de 300.
Exemplo: 300 – Programa Saúde Bahia3
Ementa do Programa Temático
Expressa o conjunto de objetivos que se deseja alcançar com as ações desenvolvidas
no âmbito do Programa.
As ementas devem iniciar com VERBO NO INFINITIVO e seguem descrevendo os
resultados que se espera alcançar com as ações desenvolvidas no âmbito dos
programas.
Exemplo: Promover a equidade em saúde por meio da implementação da rede de
3 Denominação fictícia. Demais referências podem partir de situações reais, mas têm efeito apenas exemplificativo.
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ATRIBUTOS DESCRIÇÃO E EXEMPLOS
atenção à saúde, mediante a descentralização e qualificação das ações e serviços,
reconhecendo as especificidades locorregionais, visando assegurar a redução das
desigualdades de acesso e as iniquidades intra e inter-regionais, com ênfase nas
demandas das populações vulneráveis.
Contextualização do Programa
Temático
Expressa a fundamentação da existência do Programa a partir da descrição de
problemas a serem superados, cenários, limitações e oportunidades.
O texto será composto de descrição do problema, podendo conter indicadores e
gráficos que auxiliam na definição de seu contexto, seguidos das possibilidades de
superação e objetivos a serem atingidos. Foca nos desafios, tendências e
oportunidades dos temas correlacionados.
Exemplo:
A partir do início da década de noventa constituiu-se uma rede pública sob os
princípios constitucionais de universalização, integralidade da atenção,
descentralização e participação social. Essa rede, organizada sob critérios de
regionalização e hierarquização dos níveis de atenção, é responsável por assegurar
igualdade no direito de acesso de todos os cidadãos às ações e serviços de saúde, em
todos os níveis de complexidade e em todo o território nacional.
Frente ao desafio de ampliar os serviços de saúde sem uma base sólida para o
financiamento da prestação de serviços, uma das principais respostas em termos de
políticas públicas para o tema foi o fortalecimento da atenção primária. De fato, tal
caminho é o menos intensivo em custos ao mesmo tempo em que muitos estudos
mostram que áreas com melhor atenção primária têm melhores resultados em
saúde, incluindo as taxas de mortalidade geral, as de mortalidade por doença
cardíaca e as de mortalidade infantil, além de melhor detecção precoce de cânceres
tais como o cólon-retal, de mama, uterino/ cervical e melanoma.
Mesmo reconhecendo a importância fundamental da atenção primária para a
estruturação de um sistema de saúde universal e integral viável, o fato é que esse
sistema não pode prescindir da atenção especializada de média e alta complexidade.
A atenção especializada, por sua vez, geralmente exige mais recursos do que a
atenção básica porque enfatiza a aplicação de recursos muitas vezes intensivos em
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ATRIBUTOS DESCRIÇÃO E EXEMPLOS
tecnologia. Nesse sentido, coloca-se um duplo desafio para o sistema de saúde
pública do Estado: por um lado, a continuidade do esforço até agora bem sucedido
de estruturação e expansão da atenção básica e, por outro, a continuidade da
estruturação da rede de atenção especializada, muito mais onerosa.
A tarefa que se coloca para a saúde pública na Bahia é seguir estruturando uma rede
de atendimento hierarquizada capaz de otimizar os recursos disponíveis.
Alguns indicadores permitem que se faça uma breve análise da situação de saúde no
Estado. Entre eles, a taxa de mortalidade infantil permite analisar as condições de
vida e de saúde de uma população. Pode, também, contribuir para uma avaliação da
disponibilidade e acesso aos serviços e recursos relacionados à saúde, como a
atenção ao pré-natal e ao parto, a vacinação contra doenças infecciosas infantis, a
disponibilidade de saneamento básico, entre outros. Consiste no número de óbitos de
menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em
determinado espaço geográfico, no ano considerado.
A Bahia vem experimentando um declínio acelerado nas taxas de mortalidade
infantil, passando de 31,9‰ para 20,66‰, entre 1997 e 2006, o que corresponde a
uma queda de 35% neste período. Entre os fatores que contribuíram para essa
evolução, pode-se citar a melhoria do nível educacional, a ampliação da vacinação
contra doenças infecciosas infantis e o acesso ao saneamento básico, e o incentivo
ao aleitamento materno.
Ainda há espaço para a redução da taxa, aproximando-se dos padrões estabelecidos
pela OMS, salientando-se o tratamento às diferenças regionais presentes no Estado.
Elaboração: Seplan/APG-SPE
2.2. Entendendo o Indicador de Programa
Os Indicadores permitem identificar e aferir aspectos relacionados ao Programa Temático,
captando as consequências dos Compromissos cumpridos e auxiliando o monitoramento da
evolução de uma determinada realidade.
É de competência da SEI propor os Indicadores de Programa, que serão validados pela Seplan.
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Características do Indicador de Programa
São sensibilizados pelos Compromissos e Metas do Programa.
São capazes de expressar o resultado do conjunto do Programa Temático.
Têm valor de referência e indicação da sua polaridade para a avaliação quanto à evolução do
resultado pretendido no Programa.
Poderá haver múltiplas fontes de informações para a apuração uma vez que este pode ser
sensibilizado por vários Compromissos sob a responsabilidade de diferentes Órgãos.
Atributos dos Indicadores de Programa
Os indicadores possuem dois conjuntos de atributos: básicos, que são incluídos na Lei do PPA e
complementares, que não integram a Lei, mas são exigidos como dados de gestão.
Figura 9 – Atributos Básicos do Indicador de Programa
Elaboração: Seplan/SPE
Quadro 4 – Atributos Básicos do Indicador de Programa
ATRIBUTO DESCRIÇÃO E EXEMPLO
Nome do Indicador
Uma identificação sintética e que tenha capacidade de informar o resultado
(efeito) esperado para o Programa.
Exemplo: Taxa de incidência de coqueluche em menores de 5 anos de idade
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ATRIBUTO DESCRIÇÃO E EXEMPLO
Polaridade
Indicação da tendência de evolução desejada para o Indicador (positiva ou
negativa).
Se positiva, quanto maior o valor apurado, melhor o desempenho.
Se negativa, quanto menor o valor apurado, melhor o desempenho.
Exemplo: Negativa
Unidade de Medida
Padrão preestabelecido coerente com o objeto e ordem de grandeza a ser
medido. Há uma tabela de referência para escolha da unidade mais adequada.
Deve sempre haver uma unidade de medida.
Poderão existir unidades específicas que expressem razão envolvendo grandezas
diferentes, como Exame/Mulher (refletindo a razão de exames realizados em
mulheres).
Exemplos:
- Por cem mil
- Unidade
Ano de Referência
Ano em que foi apurado o Valor de Referência.
Deverá ser o ano de elaboração do PPA ou o mais próximo.
Exemplos:
- 2017
- 2018
Valor de Referência
Valor do Indicador apurado no ano de referência.
Se não houver valor de referência essa informação deverá ser declarada.
Exemplos:
- 5,7
- Não há valor inicial. As ações ou aferições serão iniciadas em 2020.
Periodicidade de
Apuração
Deve ser anual ou bianual.
Exemplo: Anual
Fórmula de Cálculo
Descreve a fórmula aplicada para a apuração.
Deve estar coerente com o descrito no Nome e Unidade de Medida do Indicador.
Exemplo:
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ATRIBUTO DESCRIÇÃO E EXEMPLO
- (Número de casos novos confirmados de coqueluche em menores de 5 anos de
idade/População menor de 5 anos de idade)*100.000
Fonte de Informação
Origem dos dados e informações utilizadas na Fórmula de Cálculo.
Se primárias, será descrito como foi levantado o dado; se secundárias, serão
indicadas as a(s) fonte (s).
Exemplos:
- DATASUS/SI-PNI
- SDR/ATER
Elaboração: Seplan/SPE
Quadro 5 – Atributos Complementares do Indicador de Programa
Atributo Descrição e Exemplo
Unidade
Responsável
Identificação da Unidade do Órgão responsável pelo registro da informação no
Fiplan.
Exemplo: Seplan / SPE
Descrição
Complementar
Informações adicionais necessárias ao entendimento do Indicador
Exemplo:
A ocorrência de casos indica a persistência de fatores favoráveis à transmissão do
bacilo Bordetella pertussis, em especial a existência de segmentos populacionais
com cobertura vacinal insuficiente.
Usos: Analisar variações populacionais, geográficas e temporais na distribuição dos
casos confirmados, como parte do conjunto de ações de vigilância epidemiológica
da doença; contribuir na avaliação dos níveis de saúde da população, prestando-se
para comparações nacionais e internacionais; subsidiar processos de
planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas para o
controle das doenças evitáveis por imunização. A ocorrência de casos indica a
persistência de fatores favoráveis à transmissão do bacilo, em especial a existência
de segmentos populacionais com cobertura vacinal insuficiente.
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Atributo Descrição e Exemplo
Valor Apurado
Registro da série histórica, considerando mais de uma data de corte por exercício.
Exemplo:
2017: 4,09
2018: 5,74
Notas Explicativas
Informações do processo de apuração.
Exemplo:
Valor apurado considerando código A37 da CID-10para o numerador e a Projeção
Populacional 2010/2060 do IBGE, em 1º de julho de cada ano para o denominador.
Associações
programáticas
Identificação dos Compromissos e Metas, do próprio Programa ou de outros, que
sensibilizam de forma significativa o Indicador.
Exemplo:
Compromisso do Programa 200: Saúde Mais Perto de Você
1. Fortalecer as ações de vigilância à saúde para promoção e proteção da saúde,
prevenção de doenças/agravos e controle de riscos
Limitações do
Indicador
Limites para apuração ou interpretação.
Exemplo:
Depende das condições técnico-operacionais do sistema de vigilância
epidemiológica, em cada área geográfica, para detectar, notificar, investigar e
confirmar casos de coqueluche.
Requer atenção especial no diagnóstico, pois pode ocorrer sobrenotificação de
casos. Clinicamente, a coqueluche pode ser confundida com patologias causadas
por outros agentes que produzem a síndrome coqueluchóide.
Exige cuidado quando a incidência da doença é muito baixa , pois a probabilidade
de suspeita diagnóstica de coqueluche tende a reduzir-se, podendo resultar em
subnotificação de casos
Possibilidade de
desagregação
Possibilidade de desagregação geográfica/territorial (sim ou não).
Exemplo:
Sim, Núcleos Regionais de Saúde – NRS, município, território de identidade.
Elaboração: Seplan/SPE
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2.3. Entendendo o Compromisso de Programa
O Compromisso corresponde a um objetivo finalístico estabelecido para o alcance de resultado em
um Programa Temático. Os Compromissos poderão ser do tipo “Expansão/Aprimoramento” ou
de “Gestão/Custeio”.
O Compromisso deve estar fortemente ancorado à dimensão estratégica (vide tópico 2). Assim,
deve ser formulado com base nas estratégias de Governo, de cada Poder ou Órgão autônomo.
É competência da Seplan conceber os Compromissos do Poder Executivo e prestar orientação
técnica aos demais Poderes e Órgãos Autônomos.
Características do Compromisso
Deve ser tipificado como “Expansão/Aprimoramento” ou de “Gestão/Custeio”.
Deve ser consistente, não fragmentado ou redundante, independente do seu caráter
transetorial e transversal.
Contém objetivo claro.
Qualquer que seja o tipo é obrigatória a definição das Iniciativas (vide tópico 2.5).
Para os Compromissos do tipo “Gestão/Custeio” será facultada a definição de Metas (vide
tópico 2.4). Para os de “Expansão/Aprimoramento” as Metas são obrigatórias.
Deve ter apenas um Órgão responsável, ao qual competirá realizar a articulação para
programação e gestão.
Pode contar com um ou mais Órgãos ou Entidades participantes.
O objetivo do Compromisso deve, sempre que possível, expressar diretamente o escopo desejado,
e não indiretamente, evitando a utilização de expressões como “implantar/implementar de
política, projeto, plano, programa, etc.” ou “realizar ações de ...”, etc.
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Atributos dos Compromissos
Figura 10 – Esquema Lógico de Atributos do Compromisso
Elaboração: Seplan/SPE
Quadro 6 – Atributos do Compromisso
ATRIBUTO DESCRIÇÃO E EXEMPLO
Objetivo
O objetivo deve contribuir diretamente para os resultados descritos na
Ementa do Programa e ter capacidade de sensibilizar um ou mais dos seus
Indicadores.
Descrição síntese, consistente, coerente e iniciado por um verbo no infinitivo.
Seu conteúdo deve ser compatível com o Tipo do Compromisso.
Exemplos:
- Promover a inclusão produtiva de famílias inscritas no CAD Único.
- Prestar assistência médica do servidor público
Órgão Responsável Deve ser um organismo da Administração Centralizada diretamente
subordinado ao Chefe do Poder de Estado ou um Órgão autônomo.
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ATRIBUTO DESCRIÇÃO E EXEMPLO
Exemplos:
- SDR
- Saeb
Tipo de Compromisso
Poderá ser de “Expansão/Aprimoramento” ou de “Gestão/Custeio”,
independentemente de estar relacionado a áreas finalística ou meio, incluindo
sistêmica.
Essa classificação é importante para definir o objetivo da política e a
obrigatoriedade de Metas.
Identifica se o objetivo do Compromisso expressa uma política de ampliação /
aperfeiçoamento ou de gerenciamento / manutenção da Ação
Governamental.
Exemplos:
- Expansão / Aprimoramento
- Gestão / Custeio
Elaboração: Seplan/SPE
2.4. Entendendo a Meta do Compromisso
Visando estabelecer a medida de alcance do resultado pretendido, para cada Compromisso são
definidas uma ou mais Metas quadrienais, em valor global e também detalhadas por Território de
Identidade.
Características da Meta
A Meta é a medida do alcance do Compromisso.
Deve expressar o resultado do esforço empreendido pelo Estado. Isto significa que não deve
ser estabelecida Meta quantificando aspectos que dependam da demanda ou adesão da
sociedade ou de outros eventuais atores externos à Administração Pública.
Deve ser consistente e aderente ao objetivo expresso no Compromisso, evitando
fragmentação ou redundância, independente dos seus responsáveis.
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Não há limites para o estabelecimento de Metas; deve haver Metas o suficiente que
demonstrem a eficácia do Compromisso. Desta forma, as Metas dos Compromissos são seus
indicadores de eficácia.
A definição de Metas só é opcional se o Compromisso for do tipo “Gestão/Custeio Finalístico”.
A Meta deve referir-se, preferencialmente, ao efeito de Iniciativas ou ao Público, podendo,
excepcionalmente, referir-se ao Produto (bem ou serviço) de Iniciativas.
A identificação do Público é obrigatória.
Quando a descrição Meta não se referir diretamente ao Público, o quantitativo esperado para
este público deve ser informado sempre que possível.
A Meta é, em regra, quadrienal, podendo, excepcionalmente, ser anual e esta informação
precisa ser expressa, compondo uma Unidade de Medida, por exemplo, “Unidade/Ano”.
Nos Compromissos de gestão/custeio, quando couber, deve ser definida Meta qualitativa da
prestação do serviço público.
Alguns elementos são fundamentais para boa formulação das Metas, como visto a seguir:
A Descrição da Meta deve iniciar com verbo no infinitivo, expressando o resultado almejado e
o meio da implementação. A regionalização e o público, quando presentes, deverão ser
descritos ao final do texto.
A Descrição deve, sempre que possível, expressar diretamente o escopo desejado evitando a
utilização de expressões como “implantar/implementar política, projeto, plano, programa,
etc.” ou “realizar ações de ...”, etc.;
A Meta deve ser exequível e monitorável no período de vigência do Plano. Nesse sentido:
- Se o Valor de Alcance for um (01), deve-se utilizar a Unidade de Medida “%”, cuja métrica
permitirá mensurar a evolução durante o quadriênio;
- Se a Meta referenciar uma Ampliação (ou equivalente), a unidade de medida deverá ser
“%” e a linha de base deverá constar na Fórmula de Cálculo;
Evitar Metas formuladas com o termo “apoiar”, buscando um descritivo que expresse o
resultado pretendido e não a forma ou meio de implementação.
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Atributos das Metas do Compromisso
Figura 12 – Atributos de Meta
Elaboração: Seplan/SPE
Atenção: como dito no início deste tópico, a Meta é expressa em valores para alcance quadrienal
e também são regionalizadas. Os valores globais, nesse caso, devem, obrigatoriamente, ser
distribuídos por Território de Identidade.
Quadro 7 – Atributos da Meta
ATRIBUTO DESCRIÇÃO E EXEMPLO
Descrição
Descrição sintética que comunica a informação objeto, consistente, coerente,
iniciada com verbo no infinitivo.
Deve contemplar um único verbo.
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ATRIBUTO DESCRIÇÃO E EXEMPLO
Capacidade de informar um produto (bem ou serviço) ou efeito do Compromisso.
Capacidade de ser medido/apurado.
Exemplo: Abastecer domicílios rurais com água de qualidade.
Valor de Alcance
no PPA
Coerente com o objeto a ser medido e ordem de grandeza.
Em regra, o valor deverá ser um número inteiro.
Para “%”, o valor será com duas (2) casas decimais.
Exemplo: 80 (%)
Coerente com o objeto a ser medido e ordem de grandeza.
Unidade de
Medida
Padrão preestabelecido conforme normas técnicas.
Coerente com o objeto a ser medido e ordem de grandeza.
Deve ser em “%” sempre que a descrição da Meta expressar uma variação.
Não será admitido valor adimensional.
Exemplo: Percentual
Regionalização
Devem ser quantificadas e regionalizadas por Territórios de Identidade
Exemplo:
- Sertão Produtivo 60%
- Portal do Sertão 90%
- Piemonte da Diamantina 75%
Ano de Referência
Ano em que foi apurado o Valor de Referência.
Deve referir-se ao ano de elaboração do PPA, senão, o mais próximo.
Exemplo: 2015
Valor de
Referência
Valor apurado no Ano de Referência.
É obrigatório quando a Meta expressar uma variação.
Exemplo: 49,4%
Fórmula de
Cálculo
Descreve a fórmula aplicada para a apuração da Meta.
Deve estar coerente com a Descrição e Unidade de Medida da Meta.
Exemplo: (domicílios rurais com água de qualidade/total de domicílios rurais)*100
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ATRIBUTO DESCRIÇÃO E EXEMPLO
Fonte de
Informação
Origem dos dados e informações utilizadas na Fórmula de Cálculo.
Se primárias, descrever como foi levantado o dado; se secundárias, indicar a(s)
fonte (s).
Exemplo: CENSO/Embasa
USP Responsável
Identificação da Unidade Setorial de Planejamento (USP) do órgão ou entidade
responsável pelo cumprimento da Meta.
Exemplo:
Diretoria de Meio a Ambiente e Recursos Hídricos /Cerb
Público
Descrição do conjunto de pessoas, famílias, comunidades, instituições, setores e
outros segmentos da sociedade cujos integrantes possuem em comum algum
atributo, necessidade ou potencialidade que se pretende atingir diretamente com
os resultados da intervenção governamental.
Coerente com o Objetivo do Compromisso e Descritivo da Meta.
Exemplo:
Moradores dos domicílios rurais
Quantitativo do
Público
Tem caráter complementar e expressa a estimativa do Público.
Exemplo:
3,9 moradores dos domicílios rurais
Fonte: SPE/Seplan
2.5. Entendendo a Iniciativa do Compromisso
Uma vez estabelecido o Compromisso é explicitado o conjunto de Iniciativas que demonstre as
intervenções que serão desenvolvidas e que contribuirão diretamente para o alcance das Metas.
Isso significa que Iniciativas e Metas devem ser concebidas de maneira associada entre si e em
articulação entre o Órgão Responsável e os Órgãos e Entidades participantes do Compromisso.
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Características da Iniciativa
As Iniciativas devem ter um caráter mais tático do que operacional, possibilitando a
flexibilidade da atuação governamental a ser empreendida.
É um importante componente de integração do PPA com os Orçamentos Anuais do
quadriênio, determinando, de forma compatível com as Metas, os aspectos qualitativos da
programação orçamentária.
Uma Iniciativa pode estar associada a uma ou mais Ações Orçamentárias, de custo específico
(valor programado em projeto ou atividade finalística) ou inespecífico (as despesas para a
consecução de bens e serviços correrão por conta das ações de custeio e pessoal), de
Unidades Orçamentárias diversas, revelando o seu caráter transversal.
Uma mesma Iniciativa pode contribuir para uma ou mais Metas do mesmo Compromisso ou de
outros Compromissos, inclusive de outros Programas. Quando isso ocorrer:
a contribuição da Iniciativa para alcance de Metas de outros Compromissos deverá ser
demonstrada de forma destacada das Metas que são do próprio Compromisso;
deve haver um esforço nas Mesas Programáticas para identificar se o mesmo bem ou serviço
tem especificidades que justifiquem a programação de Iniciativas que tenha como
consequência futura Ações Orçamentárias específicas;
se as Iniciativas forem de um mesmo Programa, quando possível deverá ser demonstrado o
rateio do quantitativo de Produtos.
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Atributos da Iniciativa do Compromisso
Figura 13 – Esquema de Formulação da Iniciativa
Elaboração: Seplan/SPE
Quadro 7 – Atributos da Iniciativa
DESCRIÇÃO
- Síntese da Iniciativa, redigida de forma consistente, coerente e iniciada com
verbo no infinitivo.
- Exemplo: Fornecer equipamentos e materiais de saúde para qualificação da
atenção básica.
USP RESPONSÁVEL
- Unidade Setorial de Planejamento que ficará com o encargo da programação
e gestão.
- Exemplo: Sesab/Coordenação Executiva de Infraestrutura da Rede Física
Elaboração: Seplan/SPE
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Há dois níveis de compatibilização das proposições de Metas e Iniciativas para os Compromissos
definidos:
sob a liderança dos Órgãos Setoriais para os seus respectivos Órgãos e Entidades; e
sob a coordenação do Órgão Central para os Órgãos e Entidades de um mesmo Poder
participantes de um mesmo Compromisso.
Esse procedimento é realizado quando o desenho de Inciativas e Metas está finalizado.
∞
Nos tópicos seguintes será realizada a apresentação detalhada do processo Elaborar Plano
Plurianual - PPA 2020_2023, que envolve um conjunto de atividades articuladas, desenvolvidas
com a participação de todos os órgãos e entidades da Administração Pública Direta e Indireta, de
todos os Poderes do Estado, sob a coordenação da Superintendência de Planejamento Estratégico
– SPE da Seplan.
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3. O PROCESSO ELABORAR PLANO PLURIANUAL - PPA 2020 _ 2023
Para correta compreensão dos diagramas que se seguirão no detalhamento do processo,
memorize os padrões de notação que estarão sendo usados indicados na Figura 14.
Figura 14 – Padrões de Notação dos Fluxogramas do Processo
Elaboração: APG/Seplan
A elaboração do PPA esta dividida em duas grandes fases: Formulação e Sistematização. A
primeira diz respeito ao conjunto de atividades que gera as condições objetivas e os conteúdos
para elaboração do Plano. A segunda consiste no cadastramento de todas as informações que
detalham o PPA no sistema Fiplan, bem como a consolidação das propostas setoriais, geração e
encaminhamento do Projeto de Lei e efetivação da Lei aprovada e eventuais emendas.
A fase de Formulação se utiliza de resultados de outros processos organizacionais específicos,
quais sejam: Estimativa de Receita Orçamentária, Avaliação de Programas, Planejamento
Estratégico do Estado e Planejamento Estratégico Organizacional. Exceto a Estimativa da Receita,
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os demais se apresentam com plena independência de gestão por cada Poder e Órgão autônomo.
Após o Planejamento e Organização de todo o processo, esses insumos, juntamente com o
Programa do Governador eleito e as Propostas da Escuta Social Territorial, são aplicados no
desenvolvimento da Matriz Programática.
Essa lógica processual está demonstrada no diagrama a seguir.
Figura 15 – Fluxo Geral do Processo
Elaboração: APG/Seplan
Veja agora como cada um dos processos específicos contribuem para a fase I – Formulação.
Estimativa da Receita Orçamentária
A estimativa da receita é realizada visando determinar, para o quadriênio de vigência do PPA,
o volume de recursos a ser aplicado nos orçamentos, servindo de base para fixar o teto
disponível para financiamento do Plano Plurianual. Consiste em um processo realizado pela
equipe da Superintendência de Orçamento Público – SPO da Seplan.
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A receita tributária é estimada a partir de modelos econométricos com parâmetros
macroeconômicos e da série histórica da arrecadação. Para as receitas diretamente
arrecadadas pelos Órgãos e Entidades, inclusive de outros Poderes e Órgãos autônomos, o
valor estimado é informado pelos respectivos responsáveis e posteriormente analisado e
aprovado pela SPO.
No caso das receitas oriundas de operações de crédito e convênios, a estimativa é realizada a
partir das informações dos instrumentos de captação de recursos sob a gestão da
Superintendência de Cooperação Técnica e Financeira para o Desenvolvimento – SPF da Sefaz.
Estimada a receita do quadriênio e projetada a despesa de caráter obrigatório (pessoal,
custeio e dívida), obtém-se o valor disponível a ser aplicado para o financiamento das
Iniciativas dos Compromissos dos Programas do PPA.
Avaliação de Programas
Avaliar o desempenho dos Programas do PPA em curso é muito importante para subsidiar um
novo planejamento e essa é uma etapa a cargo de cada Poder e Órgão autônomo para
qualificar o respectivo processo.
Os processos4 de Avaliação Inicial e Avaliação de Desempenho de Programas do PPA,
realizados pela Superintendência de Monitoramento e Avaliação – SMA da Seplan, aferem
formatos e desempenho alcançados pelos Programas do Poder Executivo inclusos nos Planos
Plurianuais, gerando informações qualificadas que subsidiam a tomada de decisão pelas
instâncias operacional, tática e estratégica e servem de insumos para a elaboração do PPA
2020-2023.
Planejamento Estratégico do Estado
Como visto no tópico 2, uma diretriz importante é o fortalecimento da dimensão estratégica
do planejamento do Estado. Cada Poder e Órgão autônomo, por processos próprios, em regra
levando em conta sua inserção no panorama nacional e internacional, possuem objetivos de
longo prazo para os quais o PPA deve, necessariamente, concorrer.
4 Disponíveis em www.sepege.ba.gov.br.
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A Seplan é responsável pelo Plano Estratégico do Estado – o Plano de Desenvolvimento
Integrado _PDI Bahia 2035 – compreendendo um período que comportará quatro PPA´s. O
PDI norteará a elaboração das políticas públicas, articulando estratégias de longo, médio e
curto prazos, pois aponta potenciais vetores de desenvolvimento e converge com outros
planos do Estado, em especial os planos setoriais, territoriais e organizacionais. A integração
dos planos existentes no Estado é fundamental para a qualidade do planejamento.
Planejamento Estratégico Organizacional
Assim como o planejamento estratégico do Estado, o planejamento estratégico organizacional
é uma etapa importante para cada Poder e Órgão autônomo.
Com a parceria entre a Seplan e a Saeb, por meio da Superintendência da Gestão e Inovação -
SGI, o planejamento estratégico organizacional realizado nas Secretarias e equivalentes,
simultaneamente subsidia e incorpora formulações relacionadas ao escopo dos
Compromissos de Programas, trazendo maior convergência entre o PPA e esses planos
setoriais.
A fase de Formulação do PPA ainda envolve, compondo o próprio processo organizacional:
Planejamento e Organização, etapa introdutória que se propõe a atualizar os conteúdos
conceituais e metodológicos, elaborar cronogramas, programar e executar atividades de
organização das condições básicas para a realização das demais fases do processo;
Escuta Social, específica do Poder Executivo, prevê realizar as articulações necessárias para a
ida dos técnicos da Seplan aos Territórios de Identidade a fim de realizarem consultas à
sociedade através dos colegiados formalmente constituídos;
Matriz Programática, etapa central de todo o processo, onde é definido o escopo do Plano
para o quadriênio, considerando a estrutura dos Programas e seus atributos como nome,
contextualização e ementa, a partir do que se desenvolvem as formulações dos Indicadores e
Compromissos e a pactuação nas Mesas Programáticas quanto às Metas e Iniciativas
propostas pelos órgãos participantes.
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Por sua vez, a fase de Sistematização do processo Elaborar Plano Plurianual - PPA 2020_2023 se
desenvolve na sequência de macro atividades, conforme Figura 15, que estão sob inteira
responsabilidade técnica da Seplan como órgão Central do Sepege. Essa fase é composta de:
Cadastramentos preliminares, para preparação de todas as informações e controles prévios
ao detalhamento das Metas e Iniciativas dos Órgãos Setoriais;
Detalhamento Setorial, para que os Órgãos Setoriais efetuam os lançamentos autorizados da
sua programação;
Consolidação das Propostas, momento em que são realizadas análises de coerência global
das programações setoriais inseridas no Plano, podendo ocorrer ajustes e alinhamentos;
Projeto de Lei, para elaboração do documento legal a ser encaminhado à Assembleia
Legislativa da Bahia para apreciação;
Efetivação da Lei, para incorporação das emendas aprovadas, gerando o texto final para
publicação da Lei em Diário Oficial.
A seguir você verá o detalhamento de cada uma das etapas das duas fases anteriormente
apresentadas, com suas atividades e respectivos responsáveis.
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3.1. Planejamento e Organização
Esta etapa prevê a preparação e organização do corpo técnico que auxiliará no processo Elaborar
Plano Plurianual - PPA 2020_2023, assim como a composição dos documentos legais e materiais
utilizados. Todo aprendizado dos processos anteriores serve de base para o desempenho dessa
importante atividade, detalhada na Figura abaixo.
Figura 16 – Diagrama da Etapa Planejamento e Organização
Elaboração: APG/Seplan
Os principais produtos intermediários desta etapa são: Modelo Conceitual do PPA revisado; Fluxo
do Processo revisado; Formalizações relacionadas a equipe, metodologia e prazos; Regionalização
definida; e Cronograma. Este Manual também é um produto resultante desta fase.
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3.2. Escuta Social
A Escuta Social é realizada pela Seplan através da Diretoria de Planejamento Territorial – DPT em
parceria com as Secretarias de Estado, tendo em vista que as unidades geográficas de
planejamento são os 27 Territórios de Identidade da Bahia.
A coleta das demandas sociais para o PPA se dá através da pratica de participação social adotada
no âmbito da política de desenvolvimento territorial, mediante reuniões ampliadas dos
Colegiados Territoriais. Nesse sentido, a Escuta Social consiste numa oitiva para a qual se reúnem
as representações dos segmentos institucionais, produtivos, sociais e econômicos, públicos e
privados, em cada Território de Identidade.
A sociedade, representada pelos Colegiados de Desenvolvimento Territorial – Codeter, expressa
suas necessidades, traduzidas como propostas a serem avaliadas, com prioridade, pelos Órgãos e
Entidades do Poder Executivo e inseridas na programação plurianual.
O roteiro básico do trabalho da oficina de Escuta Territorial envolve:
abertura da reunião pelos Coordenadores do Colegiado Territorial e da Seplan.
apresentação conceitual do PPA, focalizando a Escuta Territorial.
análise, em plenária, de um documento sistematizado pela Seplan, a partir de proposições
territoriais coletivas oriundas do Plano de Governo Participativo - PPG, Plano Territorial de
Desenvolvimento Sustentável - PTDS e Plano de Desenvolvimento Integrado do Estado - PDI.
leitura de cada proposição contida no documento, seguida das discussões na plenária, que
poderá fazer alterações complementando, excluindo, editando, e incluindo novas propostas;
validação da nova relação de propostas, com a definição de um quantitativo de 30 a serem
priorizadas para o encaminhamento às Secretarias de Estado e mesas programáticas do PPA.
uma cópia dessa relação é impressa para o Colegiado fazer o acompanhamento.
O processo ocorre conforme o fluxo apresentado a seguir.
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Figura 17 – Diagrama da Fase Escuta Social
Elaboração: APG/Seplan
As propostas são organizadas por Território de Identidade e constarão do PPA associadas às Metas
territorializadas dos Compromissos. Para isso é essencial a priorização e uma análise criteriosa da
viabilidade dessas propostas territoriais, bem como a elaboração de justificativas quando a
proposição não puder ser absorvida na programação.
3.3. Matriz Programática
A etapa da Matriz Programática contempla diversas atividades que visam a definição dos
Programas e seus componentes e atributos, de forma consistente e integrada com outros
instrumentos de planejamento, como anteriormente explanado, a saber: Plano Estratégico do
Estado, Planos Estratégicos Organizacionais, Programa de Governo eleito e Relatório de Avaliação
de Programas do período anterior. Parte-se de uma proposição inicial do Órgão Central, até o nível
do Compromisso, que posteriormente é apresentada, discutida e ajustada em conjunto com os
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Órgãos Setoriais, em reuniões previamente planejadas e organizadas por Programa, denominadas
Mesas Programáticas. As figuras a seguir detalham as atividades dessa etapa.
Figura 18 A – Diagrama da Etapa Matriz Programática (parte A)
Elaboração: APG/Seplan
A proposta inicial organizada pela Seplan contempla o escopo dos Programas, com nome, ementa
e contextualização e, a partir dos objetivos estratégicos levantados no âmbito dos Planos
Estratégicos Organizacionais (PEO) dos Órgãos Setoriais, são sugeridos os Compromissos que serão
apresentados e validados nas Mesas Programáticas com os respectivos órgãos participantes. A
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partir da fixação do escopo de Programas e Compromissos os Órgãos Setoriais elaboram Metas e
Iniciativas para dar conta da temática posta para o período de quatro anos.
Com o objetivo de alinhar o conhecimento conceitual e metodológico para as Mesas
Programáticas, são realizadas, para o corpo gerencial e técnico envolvido no processo,
capacitações complementares àquelas ofertadas no Plano Mestre de Capacitação do Sepege.
Figura 18 B – Diagrama da Etapa Matriz Programática (parte B)
Elaboração: APG/Seplan
As Mesas conformam um espaço fundamental de trabalho conjunto para refinamentos,
negociações e busca de convergências onde se define grande parte dos conteúdos que compõem
os Programas e seus componentes no PPA 2020-2023.
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3.4. Cadastramentos Preliminares
Esta etapa é preparatória para todas as operações realizadas no Fiplan. Envolve, inicialmente, a
inclusão pela APG da Seplan de parâmetros, das tabelas básicas gerais e das Propostas da Escuta
Social. Na sequência, a SPE, na condição de coordenador geral do processo, realiza o
cadastramento dos Programas, Indicadores e Teto Plurianual5 e Compromissos, permitindo e
condicionando o detalhamento das Metas e Iniciativas pelos Órgãos setoriais.
Como se verifica no fluxo detalhado na figura a seguir, a SPE cadastra os Compromissos apenas
dos Órgãos do Poder Executivo, para os demais exerce a orientação e validação quanto à
aderência ao Modelo Conceitual do PPA.
Figura 19 – Diagrama da Etapa Cadastramentos Preliminares
Elaboração: APG/Seplan
5 O teto plurianual corresponde ao montante de recursos previsto para o financiamento do Plano Plurianual (vide no
tópico 3 – Estimativa da Receita Orçamentária).
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3.5. Detalhamento Setorial
Consiste na etapa em que os Órgãos Setoriais cadastram no sistema Fiplan as Metas e Iniciativas
pactuadas por Compromisso de Programa, conforme critérios e prazos definidos pela Seplan,
consoante as formulações decorrentes das etapas Matriz Programática e Cadastramentos
Preliminares.
Figura 20 – Diagrama da Etapa Detalhamento Setorial
Elaboração: APG/Seplan
Importa relembrar:
O cadastramento de Metas e Iniciativas realizado pelos Órgãos Setoriais deve estar de acordo
com as orientações contidas nos tópicos 2.4 e 2.5 deste Manual.
Embora o Compromisso seja de responsabilidade de um Órgão, ele poderá ter uma ou mais
Metas e Iniciativas de outros Órgãos, o que caracteriza a transversalidade das políticas
públicas materializadas no Plano.
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O Teto Plurianual, estabelecido por Programa, Compromisso e Órgão, é disponibilizado para que
os Órgãos e Entidades definam as suas Metas considerando a capacidade de financiamento. Nesse
aspecto, observar que apenas para os Compromissos do tipo Expansão/Aprimoramento, onde a
definição de Meta é obrigatória, será necessária a distribuição dos recursos informados no Teto
por cada Iniciativa. Para os Compromissos de Gestão/Custeio, em que o estabelecimento de Meta
é facultativo, o montante de recursos informado no Teto será utilizado apena para compor o valor
de referência do Programa.
A SPE é responsável pela consistência programática e aderência das Metas e Iniciativas ao Modelo
Conceitual do PPA, considerando, inclusive, a regionalização das Metas e a associação para o
atendimento das propostas da Escuta Social territorial. Assim, concluído o cadastramento pelo
Órgão Setorial responsável, o conjunto de Metas e Iniciativas é analisado pela SPE. Estando em
conformidade com os requisitos técnicos estabelecidos, o conjunto de Metas e Iniciativas é
aprovado, caso contrário é devolvido com um parecer orientando os ajustes necessários.
Excepcionalmente, em face de sua condição de coordenador geral do processo, a SPE poderá,
diretamente, efetuar as alterações necessárias.
3.6. Consolidação da Proposta
Concluídos os cadastramentos por todos os Órgãos Setoriais, com prazo final definido em
Cronograma, o sistema Fiplan ficará disponível apenas para que o Órgão Central execute a
consolidação do PPA 2020-2023, o que corresponde à etapa em que a Seplan analisa a
programação de forma integral, avaliando eventuais lacunas ou sombreamentos, conforme o caso,
resolvendo questões que se apresentam para a sua finalização.
Nesta etapa, deve ser verificada a situação das propostas da Escuta Social e complementada a
justificativa daquelas que restaram sem associação para o atendimento pelo Órgão setorial.
Também, deve ser realizada, em parceria com a SEI, a finalização da definição dos Indicadores dos
Programas, cuja revisão se faz necessária a partir da conclusão do conjunto dos seus
Compromissos e Metas.
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Figura 21 – Diagrama da Etapa Consolidação da Proposta
Elaboração: APG/Seplan
3.7. Projeto de Lei
Etapa em que são elaborados os diversos conteúdos que integram o Projeto de Lei, tais como
textos introdutórios e tabelas e/ou gráficos anexos, e as minutas do projeto de Lei e da respectiva
mensagem de encaminhamento. Nesse momento também são realizadas articulações junto à
Casa Civil para a finalização das minutas, com a tomada da assinatura do Governador e o
agendamento da cerimônia de entrega do Projeto de Lei na Assembleia Legislativa.
Uma vez encaminhado o Projeto de Lei, o Órgão Central aguarda a sua tramitação e apreciação na
Assembleia Legislativa, ao tempo que presta o suporte e os esclarecimentos que se façam
necessários.
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Figura 22 – Diagrama da Etapa Projeto de Lei
Elaboração: APG/Seplan
3.8. Efetivação da Lei
A Efetivação da Lei comporta as atividades finais do processo, realizadas após a aprovação e
sanção da Lei do PPA.
O primeiro passo desta etapa é a atualização no sistema de todas as informações cadastrais dos
componentes dos Programas PPA e de outros conteúdos impactados por eventuais emendas ao
projeto de lei. Na sequência é realizada a alteração da fase do processo para “Lei”, informando-se
o número da Lei do PPA e a data de publicação, a partir do que todas as informações que
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conformam o Plano estão protegidas no sistema, podendo ser alteradas apenas via o processo de
Revisão do PPA6.
Na sequência, são reelaborados ou gerados os relatórios, gráficos ou tabelas, sendo todos os
elementos verificados pela equipe técnica da SPE, para as providências de publicação no Diário
Oficial, publicização no site da Seplan e impressão gráfica para distribuição aos Órgãos e Entidades
de todos os Poderes de Estado.
Figura 23 – Diagrama da Etapa Efetivação da Lei
6 Disponível em www.sepege.ba.gov.br.