efeito de dietas e altura da coluna

Upload: thiagomendoncask8

Post on 08-Apr-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    1/64

    i

    UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA-UNESPCENTRO DE AQICULTURA DA UNESP-CAUNESP

    Efeito de Dietas e Altura da Colunadgua na Sobrevivncia de Larvas de

    Betta splendense o Aporte deNitrognio e Fsforo

    Charles Young KimEngenheiro Agrnomo

    Orientadora: Profa. Dra. Ana Eliza Baccarin Leonardo

    Co-orientador: Prof. Dr. Antonio Fernando Monteiro Camargo

    Jaboticabal SP

    2007

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    2/64

    ii

    UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA-UNESP

    CENTRO DE AQICULTURA DA UNESP-CAUNESP

    Efeito de Dietas e Altura da Colunadgua na Sobrevivncia de Larvas de

    Betta splendense o Aporte de

    Nitrognio e Fsforo

    Charles Young KimEngenheiro Agrnomo

    Orientadora: Profa. Dra. Ana Eliza Baccarin Leonardo

    Co-orientador: Prof. Dr. Antonio Fernando Monteiro Camargo

    Jaboticabal SP

    Abril de 2007

    Dissertao de Mestrado apresentada

    ao Centro de Aqicultura da UNESP,

    sediado no Campus de Jaboticabal,

    como parte das exigncias para

    obteno do ttulo de Mestre emAqicultura.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    3/64

    iii

    Kim, Charles Young

    K49eEfeito de dietas e altura da coluna dgua na sobrevivncia de

    larvas de Betta splendense o aporte de nitrognio e fsforo. / CharlesYoung Kim Jaboticabal, 2007

    x, 53 f. : il. ; 28 cm

    Dissertao (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Centro

    de Aqicultura da Unesp, 2007

    Orientador: Ana Eliza Baccarin LeonardoBanca examinadora: Cludio Luiz Bock, Newton Castagnolli

    Bibliografia

    1. Betta splendens. 2. Sobrevivncia. 3. Larvicultura I. Ttulo. II.

    Jaboticabal-Centro de Aqicultura da Unesp.

    CDU 639.3.043

    Ficha catalogrfica elaborada pela Seo Tcnica de Aquisio e Tratamento da Informao

    Servio Tcnico de Biblioteca e Documentao - UNESP, Cmpus de Jaboticabal.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    4/64

    iv

    !

    "#$%&!

    !'%

    $(&

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    5/64

    v

    Agradecimentos:

    - Profa. Dra. Ana Eliza Baccarin Leonardo pela orientao, ensinamentos,

    conselhos, amizade e por tornar possvel a concretizao de grande parte de

    meus sonhos acadmicos contribuindo para meu crescimento cientfico e

    intelectual.

    - Prof. Dr. Antonio F. M. Camargo pelo incentivo que se iniciou desde a

    graduao, co-orientao na ps-graduao, pacincia, pelas ajudas (que no

    foram poucas) e pela amizade.

    - Ao Centro de Aqicultura da UNESP (CAUNESP), pela oportunidade de

    realizao do curso de mestrado.

    - Ao Conselho Nacional de Desenvovlimento Cientfico e Tecnolgico pela

    concesso da bolsa de mestrado.

    - Ao Prof. Dr. Newton Castagnolli, que alm de ser razo pela escolha da rea

    (por mim e muitos outros pesquisadores), e por sempre apoiar todas pesquisas na

    aqicultura.

    ) Ao Prof. Dr. Cludio Luiz Bock pelas sugestes, apoio, amizade e companhia

    durante parte da graduao e toda ps-graduao.

    - Piscicultura Talarico, especialmente ao Marcel e Jnior Talarico por oferecer

    ajuda essencial realizao deste estudo. Alm do apoio, amizade e muitas

    alegrias e conhecimentos.

    - Ao Instituto de Biocincias e Departamento de Ecologia da UNESP Rio Claro,

    por colocar a disposio o laboratrio.

    - Ao Prof. Dr. Luiz Augusto do Amaral pelo auxlio e disponibilizao do

    laboratrio para anlises.

    - Veralice, pelo auxlio, amizade e pacincia por todas as perturbaes que

    causei. Obrigado!

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    6/64

    vi

    - Ao Carlos Fernando (O Tcnico), pela indispensvel ajuda, companhia e

    anlises laboratoriais menos desgastantes e alegres.

    - Aos meus grandes amigos Giovani e Tachibana, que sempre disponibilizaram

    tempo para me ajudar e para comemorar nossa amizade!

    - Ao Rodrigo Tiba (Buda), que surgiu como um amigo: quando mais precisamos.

    E tambm pelo apoio, cujo pagamento fiz em aulas de pescaria!!!

    - Ao Nilton (Paraca), pela ajuda na definio de amizade que poucos sabem!

    - Milena, pelo grande auxlio nas correes e pelos artigos emprestados.

    Agradeo pela ajuda e companhia juntamente com a Elissandra que tambm me

    ajudou a ganhar uns msculos (muito obrigado!).

    - Aos colegas de trabalho que esto em So Paulo: Danielle (perdida), Maria Jos

    Mas (por ser uma pessoa admirvel e companheira) e Elizabeth Romagosa

    (cuja alegria contamina).

    - Aos colegas que se tornaram pesquisadores ou professores e nos

    abandonaram: Eduardo Onaka, Lo Baccarin, Serginho, Fabiana Garcia,

    Roquinho, entre outros (Sucesso para vocs!).

    - Aos agregados do CAUNESP: Ricardo (Shoyu) e lvaro por sempre fazerem

    de minha casa um albergue (hahahaha).

    - Aos amigos da Famlia Camargo de Rio Claro: Leung, Gustavo, Z Francisco

    (Sr. Smithers), Raquelzinha, Luciana, Lo, Renatinha, Soraia e agora tambm o

    Matheus; vocs um muito obrigado!

    - Ao amigo Diego Barcot, que me ajudou na montagem do experimento, mas

    fugiu na hora do vamos ver (brincadeira!).

    - Ao meu amigo Luiz Cndido e familiares, que proporcionaram muita alegria e

    felicidades.

    - Aos amigos Carlos (Beto) e Mrcia, Miro, Marco, verton e Rui.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    7/64

    vii

    - Rita (Xoriza), Felipe Alberto (Padre), Tas (Maia), Maria Clara (Peroba) e

    Maria Augusta (K-xa) pela companhia duradoura e pelas partidas de buraco que

    eu e a Xoriza sempre detonamos (hahaha!).

    - Aos amigos: Laurindo e Michelle, Tiagos (Balboa, Tilo e Strume), Felipe

    (Tumor), Lo, Rodrigo (Tigro), Luis Fernando, Fabiana Pilarski, Dani, Hoshiba,

    Rberson, Gabi, Munir, merson, Bruno, Gustavo (Sum), rico, Carolzinha,

    Camilos, Neidson, Jaqueline, Natlia (Aike), Mrcios (Garniz e Perereca),

    Valdecir, Seu Mauro, Maurcio, Suerli, Mnica, Ftima, Silvinha, Donizete, Dona

    Ana, Daniel, Elisandra e aos demais companheiros que me ajudaram a realizar

    este trabalho.

    Me desculpem pelo trabalho e me perdoem se ainda fiz a mancada de no cit-

    los.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    8/64

    viii

    SUMRIO

    pg.

    Lista de Tabelas............................................................................................. ix

    Lista de Figuras.............................................................................................. x1. Introduo Geral............................................................................................. 1

    2. Caractersticas da Espcie em Estudo.......................................................... 4

    2.1 Origem............................................................................................................ 4

    2.2 Fisiologia e Comportamento.......................................................................... 5

    3. Referncias Bibliogrficas.............................................................................. 8

    CAPITULO 1. Sobrevivncia de larvas de Betta splendens

    alimentadas com diferentes dietas e o aporte de fsforo enitrognio relativo aos alimentos oferecidos ................................

    13

    Resumo.......................................................................................................... 13

    Abstract.......................................................................................................... 14

    1. Introduo...................................................................................................... 15

    2. Objetivo.......................................................................................................... 18

    2.1 Objetivo Geral................................................................................................ 18

    2.2 Objetivos Especficos..................................................................................... 18

    3. Material e Mtodos......................................................................................... 18

    3.1 Instalaes e Condies Experimentais........................................................ 19

    3.2 Alimentos e Manejo Alimentar........................................................................ 19

    3.3 Parmetros Analisados.................................................................................. 21

    3.3.1 Anlise Microbiolgica da gua..................................................................... 21

    3.3.2 Sobrevivncia das Larvas.............................................................................. 21

    3.3.3 Desempenho das Larvas............................................................................... 22

    3.3.4 Variveis Limnolgicas................................................................................... 22

    4. Resultados e Discusses............................................................................... 23

    4.1 Anlise Microbiolgica.................................................................................... 234.2 Sobrevivncia das Larvas.............................................................................. 24

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    9/64

    ix

    pg.

    4.3 Desempenho das Larvas............................................................................... 25

    4.4 Variveis Limnolgicas.................................................................................. 265. Concluso...................................................................................................... 35

    6. Referncias Bibliogrficas.............................................................................. 36

    CAPTULO 2. Altura da coluna dgua na sobrevivncia de

    larvas de Betta splendens.................................................................

    44

    Resumo.......................................................................................................... 44

    Abstract.......................................................................................................... 45

    1. Introduo...................................................................................................... 46

    2. Objetivos........................................................................................................ 47

    3. Material e mtodos......................................................................................... 47

    3.1 Local do Experimento..................................................................................... 47

    3.2 Instalaes e Condies Experimentais........................................................ 48

    3.3 Alimento e Manejos........................................................................................ 48

    3.4 Delineamento Experimental........................................................................... 48

    4. Resultados e discusses................................................................................ 49

    5. Concluses..................................................................................................... 51

    6. Referncias bibliogrficas............................................................................. 52

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    10/64

    x

    LISTA DE TABELAS

    CAPITULO 1. Sobrevivncia de larvas de Betta splendens

    alimentadas com diferentes dietas e o aporte de fsforo e

    nitrognio relativo aos alimentos oferecidos

    Tabela pg.1. Composio centesimal das dietas experimentais para protena bruta

    (PB%) e energia bruta (EB kcal/kg).............................................................

    202. Quantidade programada das diferentes dietas durante o perodo

    experimental.................................................................................................

    20

    3. Mdia e desvio padro de sobrevivncia (nmero de larvas vivas por dia

    de experimento, de 27/03/2006 a 10/04/2006, de acordo com os

    tratamentos..................................................................................................

    40

    4. Mdia e desvio padro de sobrevivncia (nmero de larvas vivas por dia

    de experimento), de 11/04/2006 a 26/04/2006, de acordo com os

    tratamentos..................................................................................................

    40

    5. Mdia e desvio padro de valores de concentrao de oxignio dissolvido

    na gua (mg/L) de acordo com os tratamentos...........................................

    41

    6. Mdia e desvio padro de valores de pH da gua de acordo com os

    tratamentos..................................................................................................

    41

    7. Mdia e desvio padro de valores de condutividade eltrica (S/cm) de

    acordo com os tratamentos..........................................................................

    42

    8. Mdia e desvio padro de valores de concentrao de nitrognio total

    (mg/L) na gua de acordo com os tratamentos...........................................

    42

    9. Mdia e desvio padro de valores de concentrao de fsforo total (g/L)

    na gua de acordo com os tratamentos.......................................................

    43

    CAPITULO 2. Altura da coluna dgua na sobrevivncia de

    larvas de Betta splendens

    1. Mdia e desvio padro de sobrevivncia (% de sobrevivncia) de acordo

    com os tratamentos......................................................................................

    50

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    11/64

    xi

    LISTA DE FIGURAS

    CAPITULO 1. Sobrevivncia de larvas de Betta splendens

    alimentadas com diferentes dietas e o aporte de fsforo e

    nitrognio relativo aos alimentos oferecidos

    Figura pg.

    1. Sobrevivncia de larvas de Betta splendenssubmetidas diferentes dietas

    alimentares nos aqurios de criao .............................................................

    24

    2. Valores de temperatura (C) mxima e mnima da gua dos aqurios de

    criao de larvas de Betta splendenssubmetidas a diferentes dietas

    alimentares....................................................................................................

    27

    3. Valores de concentrao de oxignio dissolvido (mg/L) na gua dos

    aqurios de criao de larvas de Betta splendenssubmetidas a diferentes

    dietas alimentares..........................................................................................

    28

    4. Valores de pH da gua dos aqurios de criao de larvas de Betta

    splendenssubmetidas a diferentes dietas alimentares..................................

    29

    5. Valores de condutividade eltrica (S/cm) das amostras de gua dos

    aqurios de criao de larvas de Betta splendenssubmetidas a diferentes

    dietas alimentares..........................................................................................

    30

    6. Valores de concentrao de nitrognio total (mg/L) das amostras de gua

    dos aqurios de criao de larvas de Betta splendenssubmetidas a

    diferentes dietas alimentares.........................................................................

    327. Valores de concentrao de fsforo total (g/L) das amostras de gua dos

    aqurios de criao de larvas de Betta splendenssubmetidas a diferentes

    dietas alimentares..........................................................................................

    34

    CAPITULO 2. Altura da coluna dgua na sobrevivncia de

    larvas de Betta splendens

    1. Mdia, desvio-padro e erro padro da sobrevivncia de larvas (%)

    submetidas diferentes colunas dgua........................................................

    49

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    12/64

    1

    1. INTRODUO GERAL

    A aqicultura, segundo FERREIRA (1986), deriva da juno de aq (i) +

    cultura, que significa: arte de criar e multiplicar animais e plantas aquticas. Esta

    arte se iniciou por volta do ano 2.000 a.C. na China com o cultivo de macroalgas

    marinhas e, posteriormente, com o monocultivo de carpas (ARANA, 1999). Os

    propsitos da criao de peixes eram de ornamentar aqurios e pequenas lagoas

    artificiais de funo paisagstica ou para consumo (DAMAZIO, 1992).

    Os peixes representam a metade das espcies de vertebrados, ou seja,

    cerca de 24.000 espcies, das quais 41% se encontram em ambientes de gua

    doce (VAZZOLER, 1996; NAKATANI et al., 2001). O Brasil, pela sua extensa rede

    hidrogrfica, o pas com maior diversidade de espcies de peixes de gua doce

    contando com cerca de trs mil espcies (McALLISTER, HAMILTON & HARVEY,

    1997). Freqentemente, tal riqueza torna-se vtima do extrativismo, o que causa

    preocupao com a preservao da fauna e da flora (LIMA et al., 2001).

    Atualmente, produo de organismos aquticos ornamentais

    considerada uma atividade empresarial agrobusiness que, como qualquer outra

    atividade, deve gerar lucro. Para tanto, deve ser entendida e desenvolvida como

    uma atividade zootcnica especializada. Alm disso, constitui uma alternativa

    rentvel para os pequenos proprietrios sob o regime de agricultura familiar.

    Neste sentido pode-se afirmar que as pesquisas para a reproduo e criao

    comercial so uma alterativa para a diminuio do extrativismo ilegal, propiciado

    pela falta de fiscalizao e conscincia ecolgica (LIMA et al., 2001).

    A importncia da produo de organismos aquticos ornamentais

    demonstrada pelo intenso desenvolvimento de pesquisas e comercializao

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    13/64

    2

    realizadas mundialmente. Nos Estados Unidos, uma em cada trs residncias

    possui aqurio. No Japo, de cada duas residncias, uma tem aqurio. O Brasil

    movimenta aproximadamente US$ 1 bilho/ano com a criao e a extrao de

    peixes ornamentais (LIMA et al., 2001).

    Muitos produtores procuram meios para reduzir os gastos e aumentar a

    produo. Alternativas quanto ao alimento a ser fornecido e a necessidade de

    pesquisa para busca de solues mitigadoras dos impactos causados ao

    ambiente so indispensveis para uma produo sustentvel (ARANA, 1999).

    Juntamente com a intensificao da produo aqcola, aumentam as

    preocupaes com a ecoeficincia, que se resume ao mximo aproveitamento

    dos recursos, diminuindo os impactos gerados. Tais impactos esto diretamente

    relacionados com a alterao dos parmetros limnolgicos que podem ocasionar

    a eutrofizao do corpo dgua, tornando a larvicultura causadora de impacto

    ambiental (SISINNO & MOREIRA, 2005).

    Nas trs ltimas dcadas, a preocupao com a alimentao tem

    estimulado muitos pesquisadores na busca da nutrio adequada produo,

    fato descrito em diversas publicaes (NATIONAL RESEARCH COUNCIL, 1977,

    1983, 1993; HEPHER, 1988; LOVELL, 1989; STEFFENS, 1989; DE SILVA &

    ANDERSON, 1998; HALVER & HARDY, 2002). Entretanto, os estudos aplicados

    reduo de resduos e manuteno da qualidade da gua tm-se intensificado

    recentemente (JOMORI, 2001; PORTELLA et al., 2002; TESSER, 2002).

    A exigncia nutricional dos peixes ornamentais na larvicultura

    significativamente maior em relao s demais fases de criao. No caso do

    Carassius auratus, sua exigncia proteica na fase larval atinge 53%, enquanto

    que a fase juvenil apenas 29% (FIOGB & KESTEMONT, 1995). A necessidade

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    14/64

    3

    do conhecimento da exigncia nutricional pode ser relacionada desnutrio

    (SALES & JANSSENS, 2003) e tambm com a gerao de resduos que podem

    reduzir a qualidade da gua (ARANA, 1999).

    Peixes ornamentais so tradicionalmente alimentados com alimentos vivos,

    que freqentemente podem apresentar deficincia nutricional, alm de poder agir

    como transimssor de doenas (bactria, virs e parasta) caso os alimentos no

    sejam mantidos corretamente (PANNEVIS, 1993; EARLE, 1995). Por esse motivo,

    produtores de peixes ornamentais de Singapura enfatizam a necessidade de

    suplementao nutricional atravs do oferecimento de dietas formuladas

    (FERNANDO, PHANG & CHAN, 1991).

    Segundo LIM et al. (2002), artmias desencapsuladas so comumente

    utilizadas na alimentao de peixes ornamentais devido a praticidade no controle

    higinico. A utilizao de outros alimentos vivos, em sua maioria, necessita de

    meios nutricionalmente enriquecidos para seu desenvolvimento, que podem ser

    facilmente contaminados.

    Valores da digestibilidade dos ingredientes e das dietas ainda no foram

    estabelecidas para espcies ornamentais. A utilizao desses valores no deve

    ser apenas para reduzir os custos de produo, mas tambm pode ser uma

    importante ferramenta para diminuio da poluio do meio (SALES & JANSSES,

    2003).

    Diversos pesquisadores (HENRY-SILVA, 2001; BENASSI, 2003; BIUDES &

    CAMARGO, 2005; KIM & BACCARIN, 2005; PREHL & BACCARIN, 2005), tm

    demonstrado que a aqicultura reduz a qualidade da gua. Todavia, o impacto

    gerado varia em relao s diversas variveis como tipo e intensidade do cultivo,

    manejo adotado, entre outros (KUBITZA, 2000).

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    15/64

    4

    Segundo BLACK et al. (1997), a piscicultura, assim como a aqicultura em

    geral, apresenta grande volume de gua com baixas concentraes de nutrientes

    quando comparados com os efluentes domsticos. Dentre a aqicultura, as

    tcnicas adotadas para a criao de camares pnedeos geram os maiores

    impactos ambientais (CURRIE, 1994; PILLAY, 1994), principalmente pela

    liberao de nitrognio em suas diversas formas (BURFORD & WILLIAMS, 2001).

    Entretanto, os fatores que mais comprometem a qualidade da gua na criao de

    camares so a superproduo de algas e presena de slidos em suspenso

    (WANG, 1990).

    A larvicultura utiliza menores volumes de gua (SALES & JANSSENS,

    2003), facilitando manejos para tratamento desse efluente para posterior

    reutilizao ou recirculao.

    2 CARACTERSTICAS DA ESPCIE EM ESTUDO

    2.1 ORIGEM

    Entre os peixes criados em cativeiro, o Betta splendensfoi o segundo peixe

    a ser domesticado no mundo. O primeiro foi Carassius auratus, conhecido

    tambm como peixe-japons. As caractersticas que motivaram sua criao foram

    a obteno de linhagens mais agressivas e com cores diferenciadas (DAMAZIO,

    1992).

    No se sabe exatamente desde quando foi iniciada a reproduo de Betta

    splendensem cativeiro, assim como o incio das mutaes que resultaram em

    nadadeiras largas e compridas, semelhantes s que portam os betas da

    atualidade (DAMAZIO, 1992). Existem diversas espcies selvagens a partir das

    quais foram realizados cruzamentos e melhoramentos genticos para se obter as

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    16/64

    5

    espcies atuais, como Betta bellica(KOTTELAT et al., 1993), Betta coccina

    (VIERKE, 1978) e Betta brederi, sendo esta ltima, diferenciada por incubar os

    ovos na boca, enquanto que a estratgia das demais construir ninhos

    compostos de bolhas onde os machos assumem o papel de proteo da ninhada

    (WOLFSHEIMER, 2003).

    O Betta splendens originrio do sudeste asitico, mais precisamente do

    Camboja, Vietn, Tailndia e da Malsia. Pode ser encontrado em pequenas

    poas dgua e lagoas de baixa profundidade como alagamentos ocasionados

    nas culturas de arroz (WOLFSHEIMER, 2003), sendo classificado

    morfolgicamente, segundo DAMAZIO (1992), como do reino Animalia; filo

    Chordata; classe Actinopterygii; ordem Perciformes; famlia Osphronemidae;

    gnero Bettaeespcie Betta splendens.

    Devido ao seu crescimento relativamente lento e interferncias no seu

    desenvolvimento fisiolgico na larvicultura, muitos produtores adotam um sistema

    intensivo de produo. A fase larval realizada em laboratrios e/ou tanques de

    baixa profundidade, com adio de fertilizantes qumicos e/ou orgnicos com a

    finalidade de incrementar a produo primria planctnica (SIPABA-TAVARES

    & ROCHA, 2003). O perodo denominado inicial correspondente desde a fase

    larval diferenciao dos sexos, atravs do comportamento e do

    desenvolvimento das nadadeiras (DAMAZIO,1992).

    2.2 FISIOLOGIA E COMPORTAMENTO

    NAKATANI et al. (2001) relatam o desenvolvimento de estratgias

    fisiolgicas pelos peixes conforme o meio em que se encontram. Sendo assim,

    possvel, a partir das caractersticas do seu habitat, compreender a fisiologia do

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    17/64

    6

    Bettasp. quanto ao seu sistema respiratrio denominado labirinto.

    O labirinto um rgo respiratrio auxiliar, porm essencial, posicionado

    atrs do oprculo de cada lado da cabea. Todo o labirinto recoberto por uma

    membrana muito irrigada de sangue venoso e seu funcionamento simples: o

    peixe-beta capta o ar atmosfrico na superfcie da gua e imediatamente ele

    comprimido no labirinto, passando o oxignio nele contido diretamente para a

    corrente sangnea (DAMAZIO, 1992). A mudana de local e at mesmo grandes

    variaes trmicas podem provocar uma m formao do labirinto

    (WOLFSHEIMER, 2003).

    Portanto, a qualidade da gua deve ser monitorada diariamente

    (RAMNARINE et al., 1987; PHILLIPS et al., 1998), principalmente nos perodos

    larvais e na fase juvenil, pois a formao do labirinto se d do 14 ao 28 dia, ou

    seja, nesse perodo sua respirao semelhante ao de outros peixes nessa fase

    (DAMAZIO, 1992).

    Uma outra dificuldade na produo pode estar relacionada agressividade

    do macho adulto (SNEKSER, McROBERT & CLOTFELTER, 2006). Tal

    comportamento exige separao dos machos no momento em que se iniciam os

    confrontos, pois a convivncia entre machos no mesmo ambiente pode

    apresentar severos danos s nadadeiras afetando seu valor comercial

    (VERBEEK, IWAMOTO& MURAKAMI, 2007).

    Fmeas e machos se desenvolvem juntos at o perodo entre 45 150

    dias, quando ocorre a separao dos machos, ao atingir aproximadamente 4 cm

    de comprimento. Mesmo adultas, as fmeas covivem pacificamente em altas

    densidades (DAMAZIO, 1992; WOLFSHEIMER, 2003). Com base nessas

    afirmaes, o presente trabalho visou avaliar o ndice de sobrevivncia quanto

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    18/64

    7

    aos alimentos oferecidos e o aporte de fsforo e nitrognio oriundos da

    larvicultura de Betta splendens.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    19/64

    8

    3 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ARANA, L. A. V. Aqicultura e desenvolvimento sustentvel: subsdeos para aformulao de polticas de desenvolvimento da aqicultura brasileira.Florianpolis: Ed. da UFSC, 1999. 310p.

    BENASSI, R. F. Capacidade de tratamento de efluentes de carcinicultura pormacrfitas aquticas flutuantes, Pistia stratiotes e Salvinia molestaD.S.MITCHELL. 2003. 49f. Dissertao (Mestrado em Aqicultura) Centro deAqicultura, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2003.

    BIUDES, J. F., CAMARGO, A. F. Dimensionamento de uma wetlandconstrudapara uso no tratamento de efluentes de carcinicultura. In: CONGRESSOBRASILEIRO DE LIMNOLOGIA, 10., 2005, Ilhus,Resumos... Ilhus: Sociedadebrasileira de Limnologia, 2005. 1 CD-ROM.

    BLACK, E.; GOWEN, R.; ROSENTHAL, H.; ROTH, E.; STECHY, D.; TAYLOR, F.J. R. The costs eutrophication from salmon farming: implications for policy-A.Journal of Environmental Management, London, v.50, n.1, p.105-109, 1997.

    BURFORD, M. A.; WILLIAMS, K. C. The fate of nitrogenous waste from shrimpfeeding. Aquaculture, Amsterdam, v.198, n.1, p.79-93, 2001.

    CURRIE, D. Sustainable aquaculture in developing countries. WorldAquaculture, Baton Rouge, v.25, n.4, 20-25p. 1994.

    DAMAZIO, A. Criando o Betta. 2.ed. Rio de Janeiro: Inter-Revistas, 1992. 80p.

    DE SILVA, S. S.; ANDERSON, T. A. Fish nutrition in aquaculture. London:Chapman & Hall, 1998. 319 p. (Aquaculture Series 1).

    EARLE, K. E. The nutritional requirements of ornamental fish. VeterinaryQuarterly, Kluwer, v.17, n.1, 53-55p. 1995.

    FERNANDO, A. A.;PHANG, V. P. G.; CHAN, S. Y. Diets and feeding regimes ofpoecicliid fishes in Singapore. Asian Fisheries Science, Quezon City, v.4, n.1,99-107p., 1991.

    FERREIRA, A. B. H. Novo dicionrio da lngua portuguesa. 2.ed. Rio deJaneiro: Editora Nova Fronteira, 1986, p.151.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    20/64

    9

    FIOGB, E. D.; KESTEMONT, P. An assessmentof the protein and amino acidrequirement in goldfish (Carassius auratus) larvae. Journal of Applied ofIchtyology, Berlin, v.11, n.3/4, 282-289p. 1995.

    HALVER, J. E.; HARDY, R. W. Nutrient flow and retention In: HALVER, J. E.;

    HARDY, R. W. (Eds.). Fish nutrition. 3.ed. San Diego: Elsevier Science, 2002.p.756-769.

    HENRY-SILVA, G. H. Utilizao de macrfitas aquticas flutuantes(Eichhornia crassipes, Pistia stratiotes e Salvinia molesta) no tratamento deefluentes de piscicultura e possibilidades de aproveitamento da biomassavegetal. 2001. 79f. Dissertao (Mestrado em Aqicultura) Centro deAqicultura, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2001.

    HEPHER, B. Nutrition of pond fishes. Cambridge: Cambridge University Press,

    1988. 406p.

    JOMORI, R. K. Desenvolvimento, sobrevivncia e aspectos econmicos daproduo de alevinos de pacu, Piaractus mesopotamicus(Holemberg,1887),diretamente em viveiros ou com diferentes perodos de cultivo inicialde larvas em laboratrio. 2001. 69f. Dissertao (Mestrado em Aqicultura) -Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2001.

    KIM, C. Y.; BACCARIN, A, E. Eficincia do tratamento de efluente aqicola pormacrfitas aquticas flutuantes (Eichhornia crassipes). In: CONGRESSOBRASILEIRO DE LIMNOLOGIA, 10., 2005, Ilhus,Resumos... Ilhus: Sociedadebrasileira de Limnologia, 2005. 1 CD-ROM.

    KOTTELAT, M.; WHITTEN, A. J.; KARTIKASARI, S. N.; WIRJOATMODJO, S.Freshwater fishes of western Indonesia and Sulawesi. Republic of Indonesia:Periplus Editions, Ltd,1993. 221p.

    KUBITZA, F. Tilpia: tecnologia e planejamento na produo comercial. Jundia:F. Kubitza, 2000. 285p.

    LIM, L. C.; CHO, Y. L.; DHERT, P.; WONG, C. C.; NELIS, H.; SORGELOOS, H.Use of decapsulated Artemia cysts in ornamental fish culture. Aquatic research,Oxford, v.33, n.8, p.575-589, 2002.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    21/64

    10

    LIMA, A. O.; BERNARDINO, G.; PROENA, C. E. M. Agronegcio de peixesornamentais no Brasil e no mundo. Panorama da aqicultura, Rio de Janeiro, n.65, p.14-24, 2001.

    LOVELL, R. T. Nutrition and Feeding of Fish. Von Nostrand-Reinhold, New

    York, 1989. 260p.

    McALLISTER, D. E.; HAMILTON, A. L.; HARVEY, B. Global freshwaterbiodiversity: striving for the integrity of freshwater ecossystems. Sea WindBulletin of Ocean Voice International, Ottawa, v.11, n.3, p.1-142, 1997.

    NAKATANI, K.; AGOSTINHO, A. A.; BAUMGARTNER, G.; BIALETZKI A.;SANCHES, P. V.; MAKRAKIS, M. C.; PAVANELLI, C. S. Ovos e larvas depeixes de gua doce: desenvolvimento e manual de identificao. Maring:EDUEM, 2001. 378p.

    NATIONAL RESEARCH COUNCIL, N. R. C. Nutrient Requirements ofWarmwater Fishes. National Academy Press, Washington, DC, USA, 1977.

    NATIONAL RESEARCH COUNCIL, N. R. C. Nutrient Requirements ofWarmwater Fishes and Shellfishes. National Academy Press, Washingtonrevised ed., 1983.

    NATIONAL RESEARCH COUNCIL, N. R. C. Nutrient Requirement of Fish.National Academy Press, Washington, 1993.

    PANNEVIS, M. C. Nutrition of ornamental fish. In: BURGER, I. H. (Ed.). TheWaltham Book of Companion Animal Nutrition. Oxford: Nutrition PergamonPress, 1993. p.85-96.

    PHILLIPS, T. A.; SUMMERFELT, R. C., CLAYTON, R. D. Feeding frequencyeffects on water quality and growth of walleye fingerlings in intensive culture.Progressive Fish Culturist, Bethesda, v.60, n.1, p.1-8, 1998.

    PILLAY, T. V. R. The challenges of sustainable aquaculture. World aquaculture,Baton Rouge, v.27, n.2, p.7-9, 1994.

    PORTELLA, M. C.; TESSER, M. B.; JOMORI, R. K.; CARNEIRO, D. J.Substituio do alimento vivo na larvicultura. In: SIMPSIO BRASILEIRO DEAQICULTURA, 12., 2002, Goinia. Anais... Goinia: ABRAQ, 2002.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    22/64

    11

    PREHL, R. C.; BACCARIN, A. E. Efeito da produo de peixes em tanques-redesobre sedimentao de material em suspenso de nutriente no crrego daArribada (UHE Nova Avanhandava, Baixo Tiet, SP). In: NOGUEIRA,M.G.;HENRY R.;JORCIN,A. (Org.). Ecologia de Reservatrios: ImpactosPotenciais, Aes de Manejo e Sistemas em Cascata. So Carlos: Rima, 2005.p.327-347.

    RAMNARINE, I. W.; PIRIE, J. M.; JOHNSTONE, A. D. F.; SMITH, G. W. Theinfluence of ration size and feeding frequency on ammonia excretion by juvenileAtlantic cod, Gadus morhuaL. Journal of fish biology, London, v.31, n.4, p.545-559, 1987.

    SALES, J.; JANSSENS, G. P. J. Nutrient requirements of ornamental fish.Aquatic Living Resources. Merelbeke. v.16, n.6, p.533-540, 2003.

    SIPABA-TAVARES, L. H.; ROCHA, O. Produo de plncton (Fitoplncton eZooplncton) para alimentao de organismos aquticos. So Carlos: RIMA,2003. 106p.

    SISINNO, C. L. S. ; MOREIRA, J. C. Ecoeficincia: um instrumento para areduo da gerao de resduos e desperdcios em estabelecimentos de sade.Cadernos de Sade Pblica, Rio de Janeiro, v.21, n.6, p.1893-1900, 2005.

    SNEKSER, J. L.; McROBERT, S. P.; CLOTFELTER, E. D. Social partnerpreferences of male and female fighting fish (Betta splendens). Journal ofexperimental psychology. Animal behavior processes, Washington, v.72, n.1,p.38-41, 2006.

    STEFFENS, W. Principles of Fish Nutrition. Chichester: Ellis Horwood 1989.p.184-208.

    TESSER, M. B. Desenvolvimento do trato digestrio e crescimento de larvasde pacu, Piaractus mesopotamicus(Holmberg, 1887) em sistemas de co-alimentao com nuplios de artemia e dieta microencapsulada. 2002. 59f.Dissertao (Mestrado em Aqicultura) - Universidade Estadual Paulista,Jaboticabal, 2002.

    VAZZOLER, A. E. A. de M. Biologia da reproduo de peixes telesteos: teoriae prtica. Maring, EDUEM, 1996, 169p.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    23/64

    12

    VERBEEK, P.; IWAMOTO T.; MURAKAMI, N. Differences in aggression betweenwild-type and domesticated fighting fish are context dependent. AnimalBehaviour, London, v.73, n.73, p.75-83, 2007.

    VIERKE, J. Labyrinthfische und verwandte Arten. Wuppertal: Engelbert Priem

    Verlag,1978. 232p.

    WANG, J. Managing shrimp pond water to reduce discharge problems.Aquacultural Engineering, Essex, v.9, n.1, p.61-73, 1990.

    WOLFSHEIMER, G. The guide to owning Bettas. Neptune City: T.H.F.Publications, 2003. 63p.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    24/64

    13

    Captulo 1

    Sobrevivncia de larvas de Betta splendensalimentadas com diferentes

    dietas e o aporte de fsforo e nitrognio na gua relativo aos alimentos

    oferecidos

    Resumo

    O estudo visou analisar a influncia dos alimentos na larvicultura de Betta

    splendensquanto a sobrevivncia e a qualidade da gua. Ele foi realizado em

    laboratrio situado na Piscicultura Talarico por um perodo de 30 dias entre os

    meses de maro e abril de 2006. Duas mil larvas foram distribudas em 20

    aqurios (0,4mX0,4mX0,4m), divididos em quatro tratamentos com cinco rplicas

    cada. Os tratamentos foram diferenciados quanto alimentao (nuplios de

    artmia, gema de ovo cozida, rao em p e sem adio de alimento), oferecidos

    quatro vezes ao dia e com reajuste da quantidade de alimento oferecida a cada

    trs dias. Cada tratamento era composto de 100 larvas com idade de trs dias,

    obtidas aps homogeneizao de diversas ninhadas. Foi realizada uma

    amostragem inicial das larvas para posterior comparao do desempenho

    produtivo. Amostras de gua foram coletadas para anlises de nitrognio e

    fsforo total. Durante o experimento ainda foram analisadas as variveis

    temperatura, pH, condutividade eltrica e oxignio dissolvido. A partir dos

    resultados obtidos, foi possvel observar que a sobrevivncia das larvas

    alimentadas com artmias foi maior e o seu aporte de nitrognio e fsforo menor,

    sendo que as demais apresentaram dados de sobrevivncia insatisfatrios e alta

    liberao de nitrognio e fsforo na gua.

    Palavras-chave: peixes ornamentais, efluente, produo, larvicultura.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    25/64

    14

    Chapter 1

    Survival, phosphorus and nitrogen loads in effluent water resulting from

    hatchery of Betta splendensfed with different diets

    Abstract

    The study aimed to analyze the influence of food in Betta splendenss

    hatchery on fry survival rate and quality of the waste water. It was developed in

    Talaricos fish farm laboratory during a period of thirty days between March and

    April, 2006. Three different feed had been chosen (artemia nauplii, cooked egg

    yolk, a flour ration and starving), fed four times per day. Every three days, the

    amount of food offered was readjusted. Two thousand larvae (three days old) have

    been distributed in 20 aquariums (0,4mX0,4mX0,4m), divided in four treatments

    with five replicates each. The larvae were taken after homogenization of diverse

    hatches. An initial sample of larvae was taken for posterior comparison of their

    performance. Water samples had been collected for analyses of total nitrogen and

    phosphorus. During the experiment this following parameters have also been

    analyzed: temperature, pH, electric conductivity and dissolved oxygen. Results

    have shown that larvae fed with artemia nauplii presented the best survival rate

    and lesser release of nitrogen and phosphorus. The other treatments presented

    unsatisfactory survival rate and high release of nitrogen and phosphorus in the

    water.

    Keywords: ornamental fish, effluent, production, hatchery.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    26/64

    15

    1 INTRODUO

    A expanso e o desenvolvimento da aqicultura deixaram de ser apenas

    nmeros e estatsticas. Atualmente, a aqicultura apresenta diversas finalidades,

    e a presena de produtos oriunda dessa atividade encontrado nas mais diversas

    localidades. Tal disseminao possibilitada devido s pesquisas na rea da

    gentica (PORTO-FORESTI & FORESTI, 2004), nutrio (PEZZATO et al., 2004),

    boas prticas de manejo (ARANA, 1999) e monitoramento ambiental (BOYD &

    QUEIROZ, 2004).

    Segundo WOLFSHEIMER (2003), o peixe-de-briga (Betta splendens),

    assim como muitos outros peixes, precisa de um cuidado maior em relao

    alimentao durante a larvicultura, pois essa fase determina a boa formao das

    nadadeiras e labirinto. Alm disso, a sobrevivncia um fator de grande

    importncia para a lucratividade da produo.

    Um aumento na sobrevivncia foi observado na larvicultura de pacus

    alimentados com nuplios de artmia (JOMORI et al., 2003). No entanto, o custo

    da alimentao com esse microcrustceo faz com que produtores procurem

    outras solues (JOMORI, et al. 2005). A razo do uso regular de artmias ou de

    organismos planctnicos, como o rotfero Brachionussp. na alimentao da

    maioria das larviculturas est relacionado ao seu efeito, pois elas causam um

    estmulo visual (CHONG, HASHIM & ALI, 2000).

    Algumas espcies de peixes apresentam facilidade maior na alimentao e

    podem ser introduzidas em tanques preparados com fertilizantes de diversas

    naturezas, qumicas e/ou orgnicas. A fertilizao incrementa a produo de

    fitoplncton, e conseqentemente, de zooplncton. Este ltimo considerado a

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    27/64

    16

    principal fonte de protenas, aminocidos livres e cidos graxos essenciais ao

    desenvolvimento inicial das ps-larvas (PORTELLA et al., 2002; SIPABA-

    TAVARES & ROCHA, 2003).

    Como muitas espcies apresentam pouca reserva de vitelo e trato

    digestivo indiferenciado, algumas larvas podem utilizar enzimas digestivas das

    presas ingeridas (zooplncton). Isso facilitaria seu processo de digesto, e as

    tornariam dependentes das presas enquanto desenvolvem seu prprio sistema

    digestrio (SIPABA-TAVARES & ROCHA, 2003).

    Segundo CARDOSO et al. (2004), a gema de ovo utilizada como

    ingrediente na formulao de dietas para o jundi (Rhamdia quelen), peixe de

    hbito carnvoro. Muitos produtores administram a rao em p ou farelada,

    sendo estas no muito recomendadas para a piscicultura, pois a perda dos

    nutrientes para o meio aqutico grande e rpida, causando no s problemas

    aos peixes, como a degradao da qualidade da gua de cultivo (RIBEIRO,

    GOMIERO & LOGATO, 2002).

    O desenvolvimento de estudos de exigncias nutricionais se inicia a partir

    dos dados de digestibilidade dos animais. Entretanto, a dificuldade em obter

    dados de digestibilidade das larvas e ps-larvas de peixes, devido ao seu

    tamanho, dificulta a obteno de informao, sendo esta por muitas vezes

    estimada por meio do desempenho zootcnico do animal (SALES & JANSSENS,

    2003).

    Na produo, o insumo mais oneroso, ainda o alimento, na maioria das

    vezes, oferecido em forma de dietas formuladas (raes) que devem disponibilizar

    os nutrientes que atendam exigncia de cada animal, variando de acordo com a

    espcie. O fornecimento insuficiente desse alimento pode resultar em desnutrio

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    28/64

    17

    dos indivduos, e o excesso de alimento no incremento da carga de nutrientes e

    reduo do oxignio dissolvido na gua como efeito primrio. Como efeito

    secundrio, temos as mudanas ambientais, reduo da capacidade de

    autodepurao e poluio das fontes de gua alm dos efeitos causados pela

    utilizao de antibiticos, drogas teraputicas e qumicas (MACINTOSH &

    PHILLIPS, 1992). O Betta splendens, a partir da fase juvenil, pode ser facilmente

    alimentado atravs de dietas formuladas (WOLFSHEIMER, 2003).

    Dentre os fatores limnolgicos de grande importncia para o bom

    andamento da produo podemos destacar o nitrognio e fsforo. Segundo

    SCHNEIDER et al. (2005), a reteno de nitrognio de 20-50% e 15-65% de

    fsforo na criao intensivo de peixes, atentando sempre para consorciao entre

    criaes, maximizando a reteno destes nutrientes. No caso do cutivo em

    sistemas fechados, os sistemas de recirculao e o tratamento dos efluentes

    reduzem a emisso de poluentes lanados nos corpos dgua, pois ao devolver a

    gua, esta deve apresentar condies semelhantes qualidade da gua que

    abastece o sistema (ARANA, 1999).

    Assim como a proliferao de algas, o excesso de compostos

    nitrogenados, nas mais diversas formas, pode afetar diretamente os peixes

    (BACCARIN, 2002). Segundo SIPABA-TAVARES (1995) estes compostos ainda

    elevam o pH do sangue, afetam as trocas osmticas reduzindo a concentrao

    interna de ons, elevam o consumo de oxignio nos tecidos, dificultando as trocas

    gasosas que ocorrem nas brnquias dos peixes. Como conseqncia de todas

    essas alteraes, ocorrem alteraes histolgicas nos rins e bao deixando-os

    susceptveis a doenas (ARANA, 1997).

    Com relao ao aumento das concentraes de fsforo na gua, este no

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    29/64

    18

    afeta diretamente a fisiologia dos peixes criados em cativeiro. No entanto, confere

    alteraes limnolgicas no que diz respeito s variveis de pH e oxignio

    dissolvido atravs do beneficiamento do crescimento algal em funo da

    eutrofizao do corpo dgua (ESTEVES, 1998).

    Neste sentido, pode-se afirmar que necessrio o conhecimento da

    alimentao ideal das larvas visando a contribuio para o aumento da

    sobrevivncia, assim como para a reduo dos impactos causados na gua de

    cultivo.

    2 OBJETIVO

    2.1 Objetivo Geral

    Avaliar a sobrevivncia das larvas de Betta splendensalimentadas com

    diferentes dietas e o aporte de fsforo e nitrognio relativos aos alimentos

    oferecidos.

    2.2 Objetivos Especficos

    Comparar os ndices de sobrevivncia das larvas quanto ao

    diferentes alimentos fornecidos;

    Quantificar os aportes de fsforo e nitrognio, em funo dos

    alimentos oferecidos.

    3 MATERIAL E MTODOS

    O experimento foi realizado em laboratrio na Piscicultura Talarico,

    situada na cidade de Tabatinga, regio centro-oeste do estado de So Paulo

    (2143'00"S; 4841'15" W, altitude de 490 metros), entre maro e abril de 2006,

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    30/64

    19

    durante 30 dias, tempo suficiente para completa formao do labirinto nos peixes.

    3.1 Instalaes e Condies Experimentais

    Para avaliar o desenvolvimento das larvas de Betta splendensforam

    utilizadas 2.000 larvas obtidas da homogeneizao de diversas ninhadas, com

    idade de trs dias (0,143 0,06mg e 2,97 0,31mm), as quais foram distribudas

    em 20 aqurios com dimenses de 0,4m x 0,4m x 0,4m, adaptados com aerao

    por meio de pedras porosas, mantendo a altura da coluna dgua em 5cm,

    totalizando um volume til de 8 litros mantendo uma densidade de 12,5 larvas. L-1.

    Inicialmente, os aqurios foram abastecidos com gua proveniente de um

    poo semi-artesiano com auxlio de bomba submersa. Foi utilizado um aqurio

    com volume til de 150 litros com constante aerao para armazenamento da

    gua de abastecimento dos aqurios aps as sifonagens.

    3.2 Alimentos e Manejo Alimentar

    Foram avaliados trs alimentos, artmia recm-eclodida (T1), gema de ovo

    cozida (T2) e rao comercial extrusada em p (T3)escolhidos em funo do uso

    habitual do piscicultor na alimentao de larvas e juvenis de espcies produzidas

    na propriedade, alm de um quarto tratamento sem alimentao (T0).

    Amostras dos alimentos utilizados foram submetidos anlise qumico-

    bromatolgica (Tabela 1) no Laboratrio de Anlises de Nutrio Animal (LANA),

    da Faculdade de Cincias Agrrias e Veterinrias UNESP, Campus de

    Jaboticabal, pelo mtodo descrito por ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL

    CHEMISTS (1990).

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    31/64

    20

    Tabela 1 Composio centesimal das dietas experimentais para protena bruta(PB) e energia bruta (EB).

    Composio

    Alimentos PB (%) EB (kcal/kg)

    Artmia 52,15 5022,2

    Gema de Ovo 29,73 7598,1

    Rao 37,32 4167,7

    A alimentao foi realizada quatro vezes ao dia, conforme indicado por

    JOMORI (2001), sendo iniciada s 8:30h com intervalos de trs horas entre elas.

    O perodo experimental foi dividido em dez etapas, com durao de trs dias.

    Cada etapa recebeu uma quantidade de alimento programada (Tabela 2), mesmo

    havendo mortalidade parcial, com excesso do T0. A quantidade de alimento foi

    divida em quatro pores, respectivas s quatro refeies dirias.

    Tabela 2 Quantidade programada das diferentes dietas durante o perodo

    experimental.

    Tratamento

    T1 T2 T3 T0

    Perodoexperimental

    Artmia(nupilos.dia-1)

    Rao comercialextrusada em p

    (g.dia-1)

    Gema de ovocozido (g.dia-1) s/ Alimento

    1 ao 3 dia 10.000 0,05 0,25 0

    4 ao 6 dia 20.000 0,1 0,5 0

    7 ao 9 dia 30.000 0,15 0,75 0

    10 ao 12 dia 40.000 0,2 1,0 0

    13 ao 15 dia 50.000 0,25 1,25 0

    16 ao 18 dia 60.000 0,3 1,5 0

    19 ao 21 dia 70.000 0,35 1,75 0

    22 ao 24 dia 80.000 0,4 2,0 0

    25 ao 27 dia 90.000 0,45 2,25 0

    28 ao 30 dia 100.000 0,5 2,5 0

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    32/64

    21

    As pores de alimento oferecidas s larvas tiveram suas medidas

    programadas, havendo aumento da quantidade de alimento relativo etapa

    respectiva, sendo esta cessada apenas quando a mortalidade fosse total.

    A quantidade artmia oferecida foi estimada com o auxlio de pipetas, a

    rao extrusada em p com o auxlio de uma balana e a gema de ovo cozida foi

    diluda na gua dos aqurios, sendo que o peso adotado para gema de ovo foi o

    peso mido, equivalente ao dobro do peso da matria seca.

    Ao final de cada etapa foi realizado o processo de sifonagem dos aqurios,

    cujo volume retirado foi de 30% do volume total de cada aqurio, equivalente a

    2,4 litros.

    3.3 Parmetros Analisados

    3.3.1 Anlise Microbiolgica da gua

    Amostras da gua de abastecimento dos aqurios foram submetidas

    anlise microbiolgica de coliformes totais, coliformes fecais e contagem padro

    de microrganismos (35C/48 horas), as quais foram realizadas pelo Departamento

    de Veterinria Preventiva, situada na UNESP - Campus de Jaboticabal-SP, para

    avaliao de possveis interferncias patolgicas na sobrevivncia das larvas.

    3.3.2 Sobrevivncia das Larvas

    A remoo das larvas mortas foi efetuada diariamente na primeira refeio

    (8:30h), e foi avaliada diariamente por meio do nmero de larvas vivas em relao

    ao tratamento, analisando assim, a viabilidade do uso de tais alimentos (artmia

    recm-eclodida, gema de ovo cozida e rao) por meio da comparao com o

    tempo de sobrevivncia das larvas sem qualquer tipo de alimentao (T0). Para

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    33/64

    22

    verificar a diferena entre os resultados de sobrevivncia entre os diferentes

    tratamentos, foi realizada Anlise de Varincia (ANOVA) seguido pelo teste de

    Tukey (p

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    34/64

    23

    Ao trmino do perodo experimental, as anlises foram realizadas no

    Laboratrio de Ecologia Aqutica do Instituto de Biocincias da UNESP, Campus

    de Rio Claro.

    Alm das variveis de fsforo e nitrognio foram avaliadas a temperatura

    (termmetro de mxima e mnima), oxignio dissolvido (Oxmetro YSI 55), pH

    (Potencimetro HI 8314 HANNA) e condutividade eltrica (Condutivmetro

    Cientfica modelo mCA150p) da gua dos aqurios experimentais.

    Para verificao das diferenas entre os resultados, foi realizado a anlise

    de varincia com nmero diferente de repeties (ANOVA) seguido pelo teste de

    Tukey ao nvel significncia de 5%.

    4 RESULTADOS E DISCUSSES

    4.1 Anlise Microbiolgica

    Como o sistema utilizado para o desenvolvimento do estudo foi o sistema

    fechado, e o produtor j havia obtido mortalidade por bacterioses, foi realizada

    anlise microbiolgica da gua. Este cuidado foi tomado para quantificar

    microrganismos e evitar possveis interferncias patolgicas da gua de

    abastecimento.

    A contagem de coliformes totais foi de 5,1 microrganismos.100mL-1 por

    amostra, com ausncia de coliformes fecais. A contagem padro de

    microrganismos (35C/48 horas) foi de 1,2 x 102 UFC.mL-1. Tais caractersticas

    so comuns em guas subterrneas, comprovando a no contaminao por

    organismos patolgicos.

    No caso de ambientes abertos, esta populao microbiolgica se

    encaixaria dentro das exigncias respectivas atividade aqcola apresentadas

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    35/64

    24

    pelo CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (2005), onde h exigncia

    que a contagem de coliformes seja inferior 200 coliformes por 100mL para

    guas destinadas aqicultura (Classe 2).

    4.2 Sobrevivncia das Larvas

    A mortalidade total do tratamento sem alimentao (T0) ocorreu no sexto

    dia de experimento (Figura 1), o que leva a supor que o tempo mximo de vida

    apenas com a absoro dos nutrientes do saco vitelnico de nove dias aps a

    ecloso dos ovos. Os peixes alimentados com a gema de ovo cozida (T2)

    apresentaram tempo de vida mais prolongado e maior sobrevivncia que o

    tratamento sem alimentao (T0) at o oitavo dia de experimento, indicando que a

    alimetao com gema de ovo cozida proporciona maior sobrevivncia at o

    dcimo primeiro dia aps a ecloso. Entretanto, aps esse perodo, seu ndice de

    sobrevivncia deixou de apresentar diferena significativa quando comparado ao

    tratamento sem alimentao.

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    27/03/06 30/03/06 02/04/06 05/04/06 08/04/06 11/04/06 14/04/06 17/04/06 20/04/06 23/04/06 26/04/06

    Data

    Nmerodelarvasvivas

    S/alimentao

    Ovo

    Rao

    Artmia

    Figura 1 Sobrevivncia de larvas de Betta splendenssubmetidas diferentes dietasalimentares nos aqurios de criao

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    36/64

    25

    No T2 foi possvel observar aglomerados de sobras de alimento de onde

    muitas larvas mortas foram removidas, sugerindo que a utilizao da gema na

    alimentao de larvas inadequada. Isto corrobora com o fato de que este

    alimento comumente utilizado na formulao de dietas, porm pouco utilizada

    como nica fonte de alimento (CARDOSO et al., 2004).

    O tratamento com rao (T3) no diferiu significativamente pelo teste de

    Tukey (p

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    37/64

    26

    possvel afirmar que as larvas alimentadas com artmia tiveram seu

    desenvolvimento superior em crescimento ao comparar com os demais

    tratamentos.

    Comparando-se a biometria inicial e final realizada nos diferentes

    tratamentos, foi possvel observar a diferena de desempenho zootcnico entre

    os mesmos. Tendo as larvas alimentadas com artmia (T1), ganho de peso at

    sete vezes maior e crescimento dobrado (43 mg e 13,44 mm) em relao ao T3 (6

    mg e 6 mm). Assim como observado por JOMORI (2001) e CHONG, HASHIM &

    ALI (2000) quanto ao crescimento das larvas alimentadas com nuplios de

    artmia em relao alimentao com plncton.

    4.4 Variveis limnolgicas

    As temperaturas aferidas nos tratamentos oscilaram entre 23,1 a 25,2C

    (Figura 2), inferiores s recomendaes de HALPERIN, DUNHAM & YE (1992) e

    WOLFSHEIMER (2003),os quais determinamcomo zona tima para produo de

    larvasentre 25 e 28C. Pode-se afirmar que as temperaturas mantidas no perodo

    experimental podem ter interferido na atividade metablica e reduo da

    alimentao pelas larvas (WOLFSHEIMER, 2003). No entanto, esta influncia foi

    semelhante entre os tratamentos, pois se situavam em ambiente laboratorial.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    38/64

    27

    19

    20

    21

    22

    23

    24

    25

    26

    27

    28

    29

    26/03/06

    28/03/06

    30/03/06

    01/04/06

    03/04/06

    05/04/06

    07/04/06

    09/04/06

    11/04/06

    13/04/06

    15/04/06

    17/04/06

    19/04/06

    21/04/06

    23/04/06

    25/04/06

    Data

    Temperatura(

    C)

    Temp. Mx.

    Temp. Mn.

    Figura 2 Valores de temperatura (C) mxima e mnima da gua dos aqurios de criao de

    larvas de Betta splendenssubmetidas a diferentes dietas alimentares.

    A concentrao de oxignio dissolvido na gua apresentou aumento ao

    longo do experimento (Tabela 5). Este aumento na concentrao de oxignio

    dissolvido pode ter sido influenciado pela queda na temperatura da mesma, pois a

    saturao inversamente proporcional temperatura (ESTEVES, 1998). Assim

    como a queda na temperatura pode ter interferido na concentrao de oxignio

    dissolvido na gua, o desenvolvimento do sistema respiratrio auxiliar do peixe-

    beta, denominado labirinto, pode ter reduzido o consumo do oxignio da gua,

    devido captao do ar atmosfrico (DAMAZIO, 1992).

    Todavia, no decorrer do experimento, a gema de ovo cozida contribuiu para

    uma queda acentuada da concentrao de oxignio, indicando a presena de

    slidos solveis na gua em alta concentrao, provenientes das sobras de

    alimento, resultando assim na queda de oxignio dissolvido na gua (WANG,

    1990). Rao em p e nuplios de artmia no diferiram significativamente quanto

    concentrao de oxignio dissolvido. Contudo, as concentraes no atingiram

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    39/64

    28

    valores crticos para a sobrevivncia desta espcie devido a baixa variao da

    concentrao.

    Na fase adulta, o peixe-beta apresenta alta tolerncia condies de

    hipxia at anxia a partir do desenvolvimento do labirinto (WOLFSHEIMER,

    2003). No entanto, pouco se sabe sobre a demanda de oxignio desta espcie na

    fase larval.

    5,9

    6,1

    6,3

    6,5

    6,7

    6,9

    7,1

    27/03/06

    30/03/06

    02/04/06

    05/04/06

    08/04/06

    11/04/06

    14/04/06

    17/04/06

    20/04/06

    23/04/06

    26/04/06

    Data

    Concentraodeoxigniodisso

    lvido(mg/L)

    S/alimento

    Ovo

    Rao

    Artmia

    Figura 3 Valores de concentrao de oxignio dissolvido (mg/L) na gua dos aqurios decriao de larvas de Betta splendenssubmetidas a diferentes dietas alimentares.

    No caso desse estudo, a gua utilizada para abastecer todo o experimento

    apresentava pH de 6,7, caracterizada como cido-neutra (VIDAL & KIANG, 2002).

    Os valores de pH obtidos se encontravam inicialmente abaixo da faixa de conforto

    (6,8 7,4) determinada por WOLFSHEIMER (2003).

    Conforme descrito por ESTEVES (1998), excretas e fezes de peixes

    influenciam na acidificao do meio. Tal ocorrncia pode ser observada no

    presente estudo nos primeiros dias de tratamento, quando as larvas excretaram

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    40/64

    29

    restos de metablitos absorvidos do saco vitelnico, tambm observado por

    JOMORI (2001). No decorrer do perodo experimental, com aumento na taxa de

    alimentao, foi possvel visualizar sobras de alimentos, neste caso os alimentos

    no consumidos provavelmente favoreceram o aumento de pH (Figura 4).

    Considerando que o meio estava com valores de pH abaixo da zona de conforto

    do animal, o tratamento com rao em p apresentou uma diferena significativa

    positiva, adequando o ambiente (Tabela 6). No tratamento que recebeu gema de

    ovo cozida, as sobras de alimento influenciaram na alcalinizao do meio,

    ajustando-o para faixa de conforto do peixe.

    No tratamento com artmia a sobrevivncia foi maior mesmo com os

    valores de pH abaixo da faixa de conforto na maior parte do perodo experimental,

    esse fato corresponde a alta ingesto do alimento, proporcionando gerao de

    fezes e excretas que influenciam na acidificao do meio (ESTEVES, 1998).

    5

    5,5

    6

    6,5

    7

    7,5

    8

    27/03/06

    30/03/06

    02/04/06

    05/04/06

    08/04/06

    11/04/06

    14/04/06

    17/04/06

    20/04/06

    23/04/06

    26/04/06

    Data

    pH

    S/alimento

    Ovo

    Rao

    Artmia

    Figura 4 Valores de pH da gua dos aqurios de criao de larvas de Betta splendenssubmetidas a diferentes dietas alimentares.

    Com relao condutividade eltrica, a gema de ovo cozida pouco

    interferiu, pois seus valores no apresentaram diferena significativa com o T0,

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    41/64

    30

    assim como o tratamento com rao em p nos primeiros dias (Tabela 7). Pouco

    se sabe sobre influncias diretas nas larvas causadas pela condutividade eltrica.

    Tendo em vista que condutividade eltrica est relacionada com a presena de

    ons dissolvidos na gua, pode-se afirmar que esta uma medida indireta da

    concentrao de poluentes, e influenciada pelas fezes e excretas provenientes

    doa criao (FIGUEIREDO et al., 2005).

    Segundo LIMA (2005), em ambientes dulccolas, nveis superiores a 100

    S.cm-1 indicam ambientes impactados. Para tanto, foram observados os nveis

    desta varivel em todos os tratamentos, tendo apenas para o T0 e T2 (gema de

    ovo cozida) a manuteno de ndices abaixo do considerado para ambiente

    impactado, ou seja, do incio ao final do perodo experimental de cada tratamento

    os valores de condutividade mantiveram-se abaixo de 100S.cm -1 (Figura 5).

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    27/03/06

    30/03/06

    02/04/06

    05/04/06

    08/04/06

    11/04/06

    14/04/06

    17/04/06

    20/04/06

    23/04/06

    26/04/06

    Data

    Condutividadeeltricadag

    ua(S/cm)

    S/alimento

    Ovo

    Rao

    Artmia

    Figura 5 Valores de condutividade eltrica (S/cm) das amostras de gua dos aqurios decriao de larvas de Betta splendenssubmetidas a diferentes dietas alimentares.

    Pouco se sabe sobre a influncia deste parmetro no desenvolvimento do

    beta, entretanto, o tratamento com artmia, juntamente com o tratamento rao,

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    42/64

    31

    apresentaram valores significativamente maiores que os demais tratamentos,

    sendo que o T1 apresentou os maiores valores de sobrevivncia durante o

    experimento.

    Como a artmia provm de gua salina, e o sal altera os valores da

    condutividade eltrica, pode-se supor que o sal contido na soluo (30 ppm) para

    ecloso dos cistos no foi totalmente removido, afetando diretamente a

    condutividade eltrica do tratamento, ocasionando assim o aumento desta

    conforme o aumento da quantidade de nuplios de artmia na alimentao das

    larvas. O mesmo pde ser observado para o tratamento com rao, devido

    grande quantidade de sobras e posterior degradao que influenciou no aumento

    da concentrao de slidos na gua de criao.

    Alm da determinao das condies ambientais de um corpo dgua a

    anlise da condutividade eltrica de suma importncia para a aferio das

    condies de estresse dos animais mantidos em viveiro, devido ao fato de que em

    qualquer condio de estresse h perda de sais pelas brnquias dos peixes,

    aumentando os valores de condutividade eltrica (FIGUEIREDO et al., 2005).

    Contudo, no foi possvel a utilizao desse parmetro para tal avaliao.

    O tratamento com rao apresentou os maiores valores de nitrognio total

    na gua dos aqurios a partir da quinta amostragem. Isto demonstra que as

    sobras deste alimento podem levar a queda da qualidade da gua quando

    utilizada em grandes escalas sem um controle rgido e manejo correto (Tabela 8).

    Freqentemente, pisciculturas encontram problemas diretos atribudos

    altas concentraes de compostos nitrogenados como a intoxicao por N-

    amoniacal e o nitrito pelos peixes. Tal afirmao est relacionada com a

    temperatura e o pH da gua de criao, fatores que indicam a necessidade de

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    43/64

    32

    uma melhor prtica de manejo (BOYD & QUEIROZ, 2004).

    As larvas alimentadas com rao apresentaram maior mortalidade at o

    dcimo dia de experimento, quando os valores de pH (5,8) e temperatura (23

    28C) favorecem a hidratao da amnia formando o on amnio (NH4+

    ), pouco

    txico a maioria dos peixes. Entretanto, altas concentraes de ons amnio em

    ambientes abertos podem influenciar na dinmica do oxignio dissolvido e

    produo primria desordenada (ESTEVES, 1998).

    Com exceo dos tratamentos com gema de ovo cozido e sem

    alimentao, o aumento gradual da oferta de alimentos prosseguiu at o final do

    experimento, mesmo havendo mortalidade parcial. O tratamento com artmia

    apresentou aumento gradativo nos nveis de nitrognio total, mas, assim como o

    tratamento rao, sua concentrao pode se elevar at um patamar txico aos

    peixes criados em cativeiro (Figura 6).

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    9

    27/03/06

    30/03/06

    02/04/06

    05/04/06

    08/04/06

    11/04/06

    14/04/06

    17/04/06

    20/04/06

    23/04/06

    26/04/06

    Data

    Concentraodenitrogniototalna

    gua(mg/L) S/alimentao

    Ovo

    Rao

    Artmia

    Figura 6 Valores de concentrao de nitrognio total das amostras de gua dos aqurios de

    criao de larvas de Betta splendenssubmetidas a diferentes dietas alimentares.

    A concentrao de nitrognio total pode ser atribuda s sobras de

    alimento, excretas e fezes (ESTEVES, 1998; ARANA, 1999). Esse nutriente pode

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    44/64

    33

    ser encontrado nas mais diversas formas (NH4+, NH3, NO3- e NO2-). Para a

    aqicultura, a amnia (NH3) e o nitrito (NO2-) so as formas mais txicas para os

    peixes.

    O efeito txico causado pelo nitrito na maioria dos peixes de gua doce

    conhecido como a doena do sangue marrom que, devido a altas concentraes

    do cido nitroso, oxida o on ferroso da hemoglobina, formando assim a

    metahemoglobina, incapaz de transportar o oxignio, matando o peixe por asfixia

    (HARCKE & DANIELS, 1999).

    O nitrognio amoniacal, na forma de amnia altamente txico mesmo em

    baixas concentraes. Sua concentrao aumenta conforme a alcalinizao da

    gua de criao. A exposio a concentraes sub letais de amnia podem

    comprometer o crescimento, converso alimentar, tolerncia no manuseio e

    sade dos peixes ( KUBITZA, 2000).

    Assim como o nitrognio, a concentrao de fsforo total na gua foi maior

    no tratamento rao. Porm, a gema de ovo tambm apresentou grande aporte

    do fsforo na gua (Figura 7). Este fato pode ser explicado fato de a gema de ovo

    ser um alimento altamente energtico (ATP), que, segundo ESTEVES (1998),

    representa uma grande fonte de fsforo. comum a suplementao de dietas

    com fsforo biclcico (GONALVES, 2003), que pode aumentar o aporte desse

    nutriente.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    45/64

    34

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    1600

    1800

    27/03/06

    30/03/06

    02/04/06

    05/04/06

    08/04/06

    11/04/06

    14/04/06

    17/04/06

    20/04/06

    23/04/06

    26/04/06

    Data

    Concentraodefs

    forototalnagua

    (g/L)

    S/alimento

    Ovo

    Rao

    Artmia

    Figura 7 Valores de concentrao de fsforo total das amostras de gua dos aqurios decriao de larvas de Betta splendenssubmetidas a diferentes dietas alimentares.

    O tratamento com rao, a partir do quinto dia de amostragem, apresentou

    concentrao significativamente maior de fsforo total que os demais tratamentos,

    o que leva a crer que a forma administrada deste alimento no foi adequada

    (Tabela 9).

    Sabendo-se que o fsforo no promove efeitos diretos no peixe e sim no

    estado trfico do ecossistema aqutico, esta varivel considerada como uma

    influncia indireta no desenvolvimento e sobrevivncia dos peixes no ambiente

    aberto (ARANA, 1999). Para tanto, podemos considerar a alimentao artificial

    como causadora da eutrofizao, a qual pode ocasionar uma reao em cadeia,

    cuja principal caracterstica impacto no ecossistema pela produo primria

    desordenada (ESTEVES, 1998).

    No caso deste estudo, a larvicultura foi aplicada em aqurios sem

    renovao regular de gua, no havendo interfncia quanto produo primria

    que poderia ocorrer em ambiente aberto, o que pode facilitar a aplicao de

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    46/64

    35

    tratamentos para reutilizao ou descarte com caractersticas semelhante gua

    que o abasteceu (ARANA, 1999).

    A nfase aplicada no estudo quanto concentrao do nitrognio e do

    fsforo so proporcionais ao destaque de agentes poluidores da aqicultura

    intensiva, tambm caracterizada por HAKANSON et al. (1998) e LEMARIE et al.

    (1998). Segundo FOLKE & KAUTSKY (1992) em ambientes naturais, de 100%

    de fsforo contidos em uma rao, 23% so retidos pelos peixes, 11% dissolvem

    na gua e 66% sedimentam, enfatizando a importncia de boas prticas de

    manejo. Contudo, SCHNEIDER et al. (2005) atentam para consorciao entre

    criaes para maximizao da reteno destes nutrientes.

    Para utilizao da rao em p e a gema de ovo cozida na alimentao de

    larvas e juvenis de Betta splendens, faz-se necessrio maiores estudos visando

    reduo de seus efeitos impactantes e a maximizao do consumo das mesmas.

    5 CONCLUSO

    Com base nos resultados obtidos no presente estudo, podemos afirmar

    que a artmia foi o melhor alimento utilizado para a sobrevivncia das

    larvas de Betta splendense apresentou os menores aportes de nitrognio

    total e fsforo total.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    47/64

    36

    6 - REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official methods of

    Analysis of the Association of Official Analytical Chemists. 15 ed. Arlington,

    1990. 1260p.

    ARANA, L. A. V. Princpios qumicos da qualidade da gua em aqicultura.Florianpolis: UFSC, 1997. 166p.

    ARANA, L. A. V. Aqicultura e desenvolvimento sustentvel: subsdeos para aformulao de polticas de desenvolvimento da aqicultura brasileira.Florianpolis: Ed. da UFSC, 1999. 310p.

    BACCARIN, A. E. Impacto ambiental e parmetros zootcnicos da produo

    de tilpia do Nilo (Oreochromis niloticus) sob diferentes manejosalimentares. 2002. 56f. Tese (Doutorado em Aqicultura) Centro deAqicultura, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2002.

    BOYD, C. E.; QUEIROZ, J. F. Manejo das condies do sedimento do fundo e daqualidade da pagua e dos efluentes de viveiros. In: CYRINO, J. E. P.; URBINATI,E. C.; FRACALOSSI, D. M.; CASTAGNOLLI, N. (Org.). Tpicos especias empiscicultura de gua doce tropical intensiva. So Paulo: TecArt, 2004. p. 25-44.

    CARDOSO, A. P.; RANDNS NETO, J.; MEDEIROS, T. S.; KNPKER, A.;LAZZARI, R. Criao de larvas de jundi (Rhamdia quelen) alimentadas comraes granuladas contendo fgados ou hidrolisados. Acta Scientiarum, AnimalSciences, Maring, v. 26, n. 4, p. 457-462, 2004.

    CHONG, A. S. C., HASHIM, R., ALI, A. B. Dietary protein requirements for discus(Symphysodonspp.). Aquaculture Nutrition, Oxford, v.6, n.4, 275278p, 2000.

    CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Resoluo CONAMA. n 357, de18/03/2005. Dispe sobre a classificao das guas. Disponvel em: . Acessoem12/04/2005.

    DHERT, P.; LIM, L. C.; CANDREVA, P., VAN DUFFEL, H.; SORGELOOS, P.Possible applications of modern fish larviculture technology to ornamental fishproduction. Aquarium Sciences and Conservation, Springer Netherlands, v.1, n.2, p.1-136. 2004.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    48/64

    37

    ESTEVES, F. A. Fundamentos de limmnologia. Rio de Janeiro:

    Intercincia/Finep, 1998. 604p.

    FIGUEIREDO, M. C. B.; ARAJO, L. F. P.; GOMES, R. B.; ROSA, M. F.;PAULINO, W. D.; MORAIS, L. F. S. Impactos Ambientais do Lanamento deEfluentes de Carcinicultura em guas Interiores. Engenharia SanitriaAmbiental, Rio de Janeiro, v.10, n.2, p.167-174, 2005.

    FOLKE, C.; KAUTSKY, N. Aquaculture with its environment; prospects ofsustainability. Journal of waterway, port, coastal and ocean engineering, NewYork, v.17, n.52, p.5-24, 1992.

    GOLTERMAN, H. L.; CLYMO, R. S.; OHNSTAD, M. A. M. Methods for physicaland chemical analysis of freshwater. London: Blackwell Sci.Pub., 1978. 213p.

    GONALVES, G. S. Digestibilidade aparente de alimentos vegetaissuplementados com fitase pela tilpia do Nilo Oreochromis niloticus. 2003.80f. Dissertao (Mestrado em Zootecnia) Faculdade de Medicina Veterinria eZootecnia, Botucatu, 2003.

    HAKANSON, L.; CARLSSON, L.; JOHANSSON, T. A new approach to calculatethe phosphorus load to lakes from fish farm emissions. AquaculturalEngineering. Essex, v.17, n.3, p.149-166, 1998.

    HALPERIN, J. R. P.; DUNHAM, D. W.; YE, S. Social isolation increases socialdisplay after priming in Betta splendens but decreases aggressive readiness.Behavioural Processes, Toronto, v.28, n.1/2, p.13-22. 1992.

    HARCKE, J. E.; DANIELS, H. V. Acute Toxicity of Ammonia and Nitrite toReciprocal Cross Hybrid Striped Bass Morone chrysops x M. saxatilis Eggs andLarvae. Journal of the World Aquaculture Society, v.30, n.4, 1999.

    JOMORI, R. K. Desenvolvimento, sobrevivncia e aspectos econmicos da

    produo de alevinos de pacu, Piaractus mesopotamicus(Holemberg,1887),diretamente em viveiros ou com diferentes perodos de cultivo inicialde larvas em laboratrio. 2001. 69f. Dissertao (Mestrado em Aqicultura) -Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2001.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    49/64

    38

    JOMORI, R. K.; CARNEIRO, D. J.; MARTINS, M. I. E. G.; PORTELLA, M. C.Growth and survival of pacu Piaractus mesopotamicus(Holmberg, 1887) juvenilesreared in ponds or at different initial larviculture periods indoors. Aquaculture,Amsterdam, v. 243, p. 277-287, 2003.

    JOMORI, R. K.; CARNEIRO, D. J.; MALHEIROS, E. B.; PORTELLA, M. C.Economic evaluation of Piaractus mesopotamicusjuvenile production in differentrearing systems. Aquaculture, Amsterdam, v.243, n. 1-4, p.175-183, 2005.

    KUBITZA, F. Tilpia: tecnologia e planejamento na produo comercial. Jundia:F. Kubitza, 2000. 285p.

    LEMARIE, G.; MARTIN, J. L. M.; DUTTO, G.; GARIDOU, C. Nitrogenous andphosphorous waste production in a flow-through land-based farm of Europeanseabass (Dicentrachus labrax). Aquatic Living Resources. Montrouge, v.11, n.4,

    p.247-254, 1998.

    LIMA, M. A. S. guas acumuladas em audes e barragens na regio de SantaMaria e flutuaes em seus atributos fsico qumicos. 2005. 83f. Dissertao(Mestre em Cincia do Solo) Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria,2005.

    MACINTOSH, D.; PHILLIPS, M. Environmental issues in shrimp farming. In:GLOBAL CONFERENCE ON THE SHRIMP INDUSTRY, 3., 1992, Kuala Lumper.Proceedings INFOFISH International, p.118-145, 1992.

    PEZZATO, L. E.; BARROS, M. M.; FRACALOSSI, D. M.; CYRINO, J. E. P.Nutrio de peixes. In:CYRINO, J. E. P.; URBINATI, E. C.; FRACALOSSI, D. M.;CASTAGNOLLI, N. (Org.). Tpicos especias em piscicultura de gua docetropical intensiva. So Paulo: TecArt, 2004. p.75-170.

    PORTELLA, M. C.; TESSER, M. B.; JOMORI, R. K.; CARNEIRO, D. J.Substituio do alimento vivo na larvicultura. In: SIMPSIO BRASILEIRO DEAQICULTURA, 12., 2002, Goinia. Anais... Goinia: ABRAQ, 2002.

    PORTO-FORESTI, F.; FOSRESTI, F. Gentica e biotecnologia em piscicultura:usos na produo, manejo e conservao dos estoques de peixes. CYRINO, J. E.P.; URBINATI, E. C.; FRACALOSSI, D. M.; CASTAGNOLLI, N. (Org.). Tpicosespecias em piscicultura de gua doce tropical intensiva. So Paulo: TecArt,2004. p.195-216.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    50/64

    39

    RIBEIRO, P. A. P.; GOMIERO, J. S. G.; LOGATO, P. V. R. Manejo alimentar depeixes. Lavras: Editora UFLA, 17p. 2002 (Boletim tcnico).

    SALES, J.; JANSSENS, G. P. J. Nutrient requirements of ornamental fish.AquaticLiving Resources. Merelbeke. v.16, n.6, p.533-540, 2003.

    SCHNEIDER, O.; SERETI, V.; EDING, E. H.; VERRETH, J. A. J. Analysis ofnutrient flows in integrated intensive aquaculture systems. AquaculturalEngineering. Essex, v.32, n.3/4, p.379-401, 2005.

    SIPABA-TAVARES, L. H. Limnologia aplicada aqicultura. Jaboticabal:FUNEP, 1995. 70p.

    SIPABA-TAVARES, L. H.; ROCHA, O. Produo de plncton (Fitoplncton e

    Zooplncton) para alimentao de organismos aquticos. So Carlos: RIMA,2003. 106p.

    TESSER, M. B.; PORTELLA, M. C. Diet ingestion rate and pacu larvae behavior inresponse to chemical and visual stimuli. Revista Brasileira de Zootecnia. Viosa,v.35, n.5, p.1887-1892, 2006.

    VIDAL, A. C.; KIANG, C. H. Caracterizao Hidroqumica dos Aqiferos da Baciade Taubat. Revista Brasileira de Geocincias, So Paulo, v.32, n.2, p.267-276.2002.

    WANG, J. Managing shrimp pond water to reduce discharge problems.Aquacultural Engineering. Essex, v.9, n.1, p.61-73, 1990.

    WOLFSHEIMER, G. The guide to owning Bettas. Neptune City: T.H.F.Publications, 2003. 63p.

    .

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    51/64

    Tabela 3 Mdia e desvio padro do nmero de larvas vivas de Betta splendensdurante o perodo experim

    de acordo com os tratamentos.27/mar 28/mar 29/mar 30/mar 31/mar 1/abr 2/abr 3/abr 4/abr 5/abr 6/abr 7/abr

    Controle 1000 1000 970,7b

    58,88,1c

    7,216,1c

    *0c

    *0c

    *0c

    *0c

    *0b

    *0b

    *0b

    Ovo 1000 1000 93,24,0b

    80,24,0b

    55,623,0b

    42,613,6b

    32,611,6b

    19,69,4b

    4,6,7c

    *0b

    *0b

    *0b

    Rao 1000 1000 96,81,9b

    77,44,6b

    69,613,2b

    52,213,7b

    41,413,5b

    29,411,2b

    20,88,4b

    4,87,5b

    3,45,6b

    2,64,3b

    Artmia 1000 1000 99,20,8a

    98,01,4a

    95,61,1a

    89,22,9a

    85,45,3a

    81,68,0a

    78,410,2a

    76,411,2a

    75,211,9a

    74,412,1a

    -a, b, c

    Letras diferentes significam diferenas entre os tratamentos por meio do teste de Tukey (p

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    52/64

    Tabela 5 Mdia e desvio padro de valores de concentrao de oxignio dissolvido na gua (mg/L) dosplendensde acordo com os tratamentos.

    27/mar 30/mar 2/abr 5/abr 8/abr 11/abr 14/abr 17/abr 20/ab

    Controle 6,450,00 6,500,05a

    6,680,08a

    - - - - - -

    Ovo 6,450,00 6,470,05a

    6,280,08b

    6,410,23b

    6,000,00b

    - - - -

    Rao 6,450,00 6,310,07b

    6,610,14a

    6,590,16a

    6,300,16a

    6,250,08b

    6,170,04b

    6,350,03b

    6,300

    Artmia 6,450,00 6,520,04a

    6,660,07a

    6,600,13a

    6,520,11a

    6,630,05a

    6,620,02a

    6,820,05a

    6,910-

    a, b Letras diferentes significam diferenas entre os tratamentos por meio do teste de Tukey (p

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    53/64

    Tabela 7 Mdia e desvio padro de valores de condutividade eltrica da gua (S/cm) dos aqurios de cria

    com os tratamentos.

    27/mar 30/mar 2/abr 5/abr 8/abr 11/abr 14/abr 17/a

    Controle 19,90,00 44,742,35 46,965,00a

    - - - - -

    Ovo 19,90,00 41,4810,26 41,487,66 52,1813,99 42,10,00a

    - - -

    Rao 19,90,00 45,260,84 55,722,44 57,441,84 67,951,91ab

    80,50,71 94,556,29 1

    Artmia 19,90,00 58,588,16b

    79,315,54b

    79,8611,76b

    82,727,42b

    102,1213,38 97,326,72 89,067

    -a, b

    Letras diferentes significam diferenas entre os tratamentos por meio do teste de Tukey (p

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    54/64

    Tabela 9 Mdia e desvio padro de valores de concentrao de fsforo total na gua (g.L -1) d

    splendensde acordo com os tratamentos.

    27/abr 30/mar 2/abr 5/abr 8/abr 11/abr 14/abr 17/abr

    Controle 31,960,00 53,39,8 80,723,6 - - - - -

    Ovo 31,960,00 157,016,4c

    600,359,1c

    791,562,3c

    805,70,0b

    - - -

    Rao 31,960,00 153,235,7c

    581,454,2c

    716,2428,0b

    963,231,5c

    1222,52,12b

    141311,3b

    1519,52,1

    Artmia 31,960,00 92,84,9b

    167,052,1b

    176,926,5a

    198,9632,8 239,337,9a

    323,852,4 457,714,2

    -a, b, c

    Letras diferentes significam diferenas entre os tratamentos por meio do teste de Tukey (p

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    55/64

    44

    Captulo 2

    Efeito da altura da coluna dgua na sobrevivncia de larvas de

    Betta splendens

    Resumo

    O estudo avaliou a sobrevivncia das larvas em relao diferentes alturas

    de coluna dgua e o comportamento dessas no perodo prximo s refeies. Foi

    realizado em laboratrio de piscicultura, por um perodo de 10 dias no ms de

    janeiro de 2007. Foram utilizados 12 recipientes plsticos com volume de 300 mL.

    As alturas empregadas no experimento foram de 5 cm, 8 cm e 10 cm, sendo trs

    tratamentos com quatro rplicas cada. Com a finalidade de reduzir a influncia da

    varivel densidade, cada tratamento teve sua densidade de estocagem estipulada

    pela proporo peixes/mL, sendo estocados com 10, 15 e 20 peixes

    respectivamente aos tratamentos. Os recipientes foram povoados com larvas de

    beta eclodidas a trs dias. Nuplios de artmia foram oferecidos ad libitumquatro

    vezes ao dia em intervalos de trs horas, sendo iniciada s 8:30h. O tratamento

    com 8 cm de coluna no diferenciou de ambos tratamentos. J o tratamento com

    5 cm de altura de coluna dgua apresentou sobrevivncia significativamente

    maior que o tratamento com 10 cm.

    Palavras-chave: Beta, estocagem, sobrevivncia e comportamento.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    56/64

    45

    Chapter 2

    Effect of the height of the water column in the survival of Betta splendenss

    larvae

    Abstract

    The aim of this research was evaluate the survival of the larvae in relation

    to the different heights of water column and the behavior of larvae next to feeding

    time. The study was carried through in laboratory, for a period of 10 days in

    January of 2007. Were used 12 plastic containers with 300 mL. The heights tested

    were 5 cm, 8 cm and 10 cm. With the purpose to reduce the influence of the

    changeable density, each treatment had its density of stockage calculated for the

    ratio larvae/mL, being storaged with 10, 15 and 20 larvae respectively. The

    containers had been town with beta larvae come out the three days ago. The

    feeding with artemia nauplii was effected four times per day in intervals of three

    hours ad libitum, being initiated at 8:30AM. The treatment with 8 cm of column did

    not differentiate of both treatments. But, the treatment with 5 cm of height of water

    column presented significantly bigger survival that the treatment with 10 cm.

    Keywords: Betta, stockage, survival and behavior.

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    57/64

    46

    1 INTRODUO

    Assim como diversas espcies, o Betta splendens caracterizado pelo

    cuidado paternal (SUZUKI, AGOSTINHO, WINEMILLER, 2000). Ao final do ritual

    de acasalamento a fmea deve ser retirada. Aps a postura dos ovos, o macho se

    torna altamente agressivo, podendo at matar sua companheira (DAMAZIO,

    1992; WOLFSHEIMER, 2003).

    Nos dois primeiros dias de vida, as larvas de peixes-beta no apresentam

    um bom controle de natao, seja vertical ou horizontalmente, podendo ocorrer o

    desprendimento ao ninho provocando seu afundamento e provvel mortalidade.

    Essa outra responsabilidade do macho, que se encarrega de auxiliar na fixao

    das larvas ao ninho de bolhas (WOLFSHEIMER, 2003).

    A movimentao das larvas de beta se inicia a partir do terceiro dia de vida,

    quando as larvas comeam a nadar em busca de alimento. Este peixe no se

    movimenta por longas distncias procura de alimento, dificultando assim sua

    alimentao em cativeiro. (DAMAZIO, 1992; WOLFSHEIMER, 2003).

    Uma sada adotada por produtores do sudeste asitico para reduo dos

    custos na alimentao foi o oferecimento de organismos planctnicos como a

    Daphniaspp. (KRUGER et al., 2001) e a Moina(LIM et al., 2001). Tais alimentos

    so produzidos em ambientes aquticos enriquecidos com nutrientes. Entretanto,

    LIM et al. (2001) atenta para os cuidados higinicos e sugere a troca desses

    alimentos pelo nuplio de artmia, que apresenta controle hignico facilitado.

    A interferncia da altura da coluna dgua pouco conhecida na

    larvicultura dessa espcie, principalmente quanto a sobrevivncia das larvas de

    Betta splendens, porm sabe-se que a alterao desta est diretamente

    relacionada com a densidade de produo (PIET, 1998).

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    58/64

    47

    A densidade de estocagem responsvel pelos padres comportamentais

    dos animais, conforme descrito por GONALVES (1993) em estudo com tilpias

    do Nilo. Enquanto TERESA (2007) relata confrontos e/ou competio por

    alimentos quando em altas densidades de estocagem, PERET (2004) cita a

    escassez de alimento como principal causa de competio.

    A altura da coluna dgua est diretamente relacionada com o limite de

    produo. Ao aumentar esse nvel possvel elevar a produo de peixes em

    uma mesma rea, por aumento de volume. Sendo assim, o estudo foi realizado

    para avaliar a influncia da altura da coluna dgua no desenvolvimento inicial das

    larvas de Betta splendens.

    2 OBJETIVOS

    Avaliar a sobrevivncia das larvas em relao s colunas ddua

    estabelecidas;

    Avaliar o comportamento no perodo prximo alimentao.

    3 MATERIAL E MTODOS

    3.1 Local do experimento

    Durante dez dias, o experimento foi realizado no Biotrio do Laboratrio

    de Patologia de Organismos Aquticos (LAPOA), situado no Centro de

    Aqicultura da UNESP campus de Jaboticabal (CAUNESP) no ms de janeiro de

    2007.

    3.2 Instalaes e Condies Experimentais

    Foram utilizados 12 recipientes de plstico com volume de 300 mL, sendo

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    59/64

    48

    quatro para cada tratamento, perfazendo trs tratamentos. Para reduzir a

    influncia da varivel densidade, foi determinada uma densidade equivalente a

    uma larva para cada para cada 14 mL de gua.

    Foram distribudas 135 larvas em trs tratamentos respeitando a

    densidade determinada. Os tratamentos eram distintos quanto as alturas das

    colunas dgua com 5 cm (T1), 8 cm (T2) e 10 cm (T3) contendo 10, 15 e 20 larvas

    em cada recipiente, respectivamente.

    3.3 Alimentao e Manejo

    As larvas foram alimentadas quatro vezes ao dia ad libitumcom artmia

    recm eclodidas (JOMORI, 2001; KIM, 2006). O comportamento das larvas foi

    monitorado diariamente no perodo prximo s refeies quanto a sua

    movimentao procura do alimento. No caso de mortalidade as larvas foram

    removidas com auxlio de pipeta descartvel. Ao trmino do experimento foi

    realizada contagem das larvas sobreviventes.

    3.4 Delineamento Experimental

    O experimento foi inteiramente casualizado, com trs tratamentos e quatro

    rplicas cada (n total=12). Foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis (p

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    60/64

    49

    estimula a competio devido abundncia de alimento no meio. O mesmo foi

    observado por CAVERO et al. (2003) em estudo de criao em alta densidade de

    estocagem de pirarucus (Arapaima gigas), o que leva a crer que o aumento do

    alimento oferecido confere melhoria no aproveitamento do mesmo e reduo da

    competio.

    Houveram diferenas significativas no ndice de sobrevivncia entre os

    tratamentos submetidos s colunas dgua de 5 cm e 10 cm por meio do teste de

    Kruskal-Wallis ao nvel de significncia de 13% (Figura 1). Porm, ao comparar os

    trs tratamentos simultaneamente o nvel de significncia foi de 38% (Tabela 1).

    Figura 1 Mdia, desvio-padro e erro padro da sobrevivncia de larvas(%)submetidas diferentes colunas dgua

  • 8/7/2019 Efeito de Dietas e Altura da Coluna

    61/64

    50

    Tabela 1 Mdia e desvio padro de sobrevivncia (% de sobrevivncia) de acordo

    com os tratamentos.

    Tratamento Sobrevivncia (%)

    T1 (5 cm) 80 8,16

    T2 (8 cm) 73 14,40

    T3 (10 cm) 72 2,89 Devido maior sobrevivncia no T1, sugere-se que esta altura de coluna

    dgua seja admitida para prod