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EDITORIAL

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

DIRETORIA DA ACIL – GESTÃO 2019/2021

Fundada em 5 de junho de 1937

Rua Minas Gerais 297 – 1º andarEd. Palácio do ComércioLondrina (PR) – CEP 86010-905Telefone (43) 3374-3000Fax (43) 3374-3060E-mail [email protected]

Fernando Mauricio de MoraesPresidenteMarcia Regina Vieira Mocelin ManfrinVice-PresidenteFabricio Massi SallaDiretor SecretárioHélio Terzoni2º Diretor Secretário Rodolfo Tramontini ZanluchiDiretor FinanceiroRicardo Beraldi Rodrigues2º Diretor Financeiro

Angelo Pamplona da CostaDiretor ComercialMarcus Vinicius GimenesDiretor IndustrialSheila Alves Dal-Ry IssaDiretora de ServiçosKarina Enisia Turbay Polonio Feldmann de SchnaidDiretora de Comércio InternacionalAdelino Favoretto JuniorDiretor de Produtos

Olavo Batista JuniorDiretor InstitucionalLuigi Carrer FilhoDiretor de AgronegóciosMarco Aurélio KumuraDiretor de Tecnologia e InovaçãoNelson Eitaro TsukaharaDiretor Micro e Pequeno EmpresárioFernanda BoechatDiretora Jovem EmpresárioMarisol ChiesaPresidente do CME ACIL

CONSELHO DELIBERATIVOAry SudanCarlos Alberto Dorotheu MascarenhasCarla Fernanda Sonoda Flávio Montenegro BalanGeorge HiraiwaClaudio Sergio TedeschiJosé Augusto RapchamFabio Yoshimura AjitaValter Luiz OrsiNivaldo BenvenhoOswaldo Pitol

Marcelo Paganucci OntiveroWilson Geraldo Cavina

CONSELHO FISCALAdoniro Prieto MathiasMarcus Vinicius Bossa GrassanoRafael de Giovanni Netto

CONSELHO FISCAL SUPLENTEMario Nei PacagnanMarcelo Masso Quelho FilhoEduardo Yoshimura Ajita

Susan NaimeCoordenaçãoLúcio Flávio MouraEdiçãoLarissa MarigoEstagiária de ComunicaçãoFernando CremonezFotografiaThiago MazzeiProjeto gráfico

Rodrigo GearaSuperintendente Claudia Motta PechinGerente de MercadoBarbara Della LiberaCoordenadora de Marketing

ColaboradoresCelso Felizardo Claudemir Scalone Fernanda Bressan

Francismar Lemes Marco Feltrin Michelle Aligleri Ranulfo Pedreiro Samara Rosenberger

ImpressãoMidiografTiragem8 mil exemplares

O MANDAMENTO DOASSOCIATIVISMO MODERNO

Uma das missões do associativismo no fim desta década é, sem dúvida, não deixar o empresariado se acomodar. Quando nos reunimos na ACIL, sempre pensando nos interesses do empresariado, raramente deixamos de conversar sobre o turbilhão que as inovações digitais estão provocando nas empresas e no mercado.

Talvez em nenhum outro tempo foi registrado algo tão veloz e impactante quanto a revolução digital. Neste sentido, o empresário é cada vez mais pressionado a deixar de lado a acomodação, mesmo diante dos bons resultados.

Entidades associativistas como a ACIL têm o dever de alertar todos os segmentos sobre os riscos de não evoluir e não ficar atento a tantas mudanças. Esta edição é um exemplo de como temos trabalhado pela conscientização em prol do dinamismo e da inquietação.

Nas próximas páginas abordamos a importância de como saber equilibrar o

investimento em tecnologia e no capital humano, complementares em muitos aspectos e concorrentes em outros; apresentamos o conceito do evento Mercado em Foco, agora especializado em varejo e voltado a decifrar tantas transformações; provocamos nossos associados a pensar na certificação GPTW e a olhar atentamente sua cultura organizacional e relatamos cases que ajudam a entender as melhores práticas neste mundo que se recusa a tirar o pé do acelerador.

Usufrua destes conteúdos e de tantos outros. E nunca subestime o valor do conhecimento. Para quem quiser se conectar com este debate amplo, permanente e bastante instigante, poderá sempre contar com a ACIL. Estaremos sempre dispostos a fazer a diferença.

Boa leitura!

Fernando Moraes Presidente da ACIL(gestão 2019-2021)

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ENTREVISTAInvestir para crescer ........................................................... 10

FORÇA DO CAMPOO círculo virtuoso do agronegócio ....................................... 14

BOAS VENDASO bimestre mais estratégico do varejo ................................. 20

RESPONSABILIDADE SOCIALPorta da esperança ............................................................. 30

PERFILOlhar apurado, faro certeiro ................................................ 32

LECUma paixão azul e branca .................................................... 34

BEM-ESTARE a sua saúde emocional, como vai? .................................... 36

COLUNA ACILAssociados e parceiros se reúnempara transmissão de posse da ACIL ................................... 38

COLUNA CMECafé com Ideias reúne mais de 100 empresárias ..................................................... 40

ÍNDICE

Mercado em Foco é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Londrina. Distribuição gratuita. Correspondências, inclusive reclamações e sugestões de reportagens, devem ser enviadas à sede da Associação ou pelo e-mail [email protected]

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Associação Comercial e Industrial de Londrina

REVISTA MERCADO EM FOCO | MAIO E JUNHO DE 2019 WWW.ACIL.COM.BR

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POLÍTICA ECONÔMICAIdeia da Reforma Tributária, luta contra o esquecimento

COMPORTAMENTOComo gerir pessoasna era digital

AMBIENTE CORPORATIVOSua Empresa é um excelente lugar para trabalhar?

MERCADO EM FOCOOlhar, ouvir, sentir: é preciso estar ‘ligado’ para entender os rumos do varejo

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POLÍTICA ECONÔMICA

IDEIA DA REFORMA TRIBUTÁRIA LUTA CONTRA O ESQUECIMENTO

Especialistas esperam que governo federal tenha lastro político para levar à frente as mudanças tributárias; com a redução, simplificação e

desburocratização do sistema

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Victor Hugo de Carvalho, especialista em Contabilidade Gerencial e Societária: “Um empresário consciente, beneficiado, contrataria

mais funcionários. No Brasil inteiro, se 10 mil empresas, que é um número ínfimo, contratassem mais trabalhadores, seriam 10 mil

postos de trabalho abertos”

Por Francismar Lemes

Estimular temperatura alta tem sido a estratégia do governo Bolsonaro para conservar aguerridos os apoiadores que o levaram ao Planalto. A tática, que conta com arsenal de tuitadas e declarações, tem direta repercussão nas reformas e nos ânimos do Congresso. Com esse enredo, a presidência já se movimenta para manter elevadas as expectativas do mercado e iniciou as discussões sobre mudanças na estrutura tributária do país. Quando chegar ao parlamento, porém, entre contraditórios, o consenso final é o que garantirá a vitória.

O próprio presidente, ao falar de reformas, no caso a da Previdência, reconheceu que governo e congressistas precisam estar “juntinhos” no fechamento da questão.

Vale pinçar a frase do cronista esportivo, Armando Nogueira, para quem a “tabelinha é o triângulo amoroso do futebol”. Bolsonaro terá que tabelar direitinho se não quiser botar a bola para escanteio e, consequentemente, ficar sem time unido para jogar.

Fora da área das discussões, o governo precisa aumentar a arrecadação e os contribuintes físicos e jurídicos postulam a redução da carga tributária. Entra em campo como um dos desafios de 2019, mudanças no sistema de tributação.

Diferente do que fez com a reforma da Previdência ao apresentar projeto próprio, engavetando o de Michel Temer, Bolsonaro poderia aproveitar as mudanças tributárias, que já foram aprovadas em comissão especial.

O tributarista, especialista em Contabilidade Gerencial e Societária, Victor Hugo de Carvalho, professor e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Pitágoras, lembra que o déficit público brasileiro, antes do final do ano, já era maior que 70% do Produto Interno Bruto (PIB).

É o chamado risco Brasil, que nas previsões mais pessimistas, se as mudanças na Previdência não acontecerem conforme o esperado, poderá ultrapassar os 90%, antes do final de 2019, o

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que travará investimentos externos no país. Isso coloca a reforma previdenciária ainda mais no protocolo

de urgência sob os riscos de um colapso da dívida pública. Porém, a tributária também é tratada como prioridade pelo governo e empresariado.

No topo dos desafios estão a redução, simplificação e desburocratização das obrigações que, somente nos dois primeiros meses deste ano, ajudaram a encher os cofres públicos com R$ 500 bilhões em impostos, o que daria para comprar 1.039.022.952 de cestas básicas.

O nó do ICMS

Um dos tributos que mais pesa sobre o contribuinte é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e deve ser o pivô da maior queda de braço com os estados, se uma reforma focar a taxa.

“Um dos impostos que tem grande impacto é o ICMS, que é estadual. A dificuldade do governo será convencer estados a aceitarem a mudança nesse imposto. A questão é ter uma carga tributária menor, para que tenha uma venda maior e, com isso, aumente a arrecadação, através do crescimento das vendas. Acredito que a grande barreira para uma mudança está nos estados e nos municípios”, afirma Carvalho.

A proposta de simplificação do sistema tributário, que já passou por comissão especial e que poderia ser encampada pelo governo, extinguiria oito impostos federais, criando uma taxa sobre o valor agregado de competência estadual, chamada Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e um sobre bens e serviços específicos (Imposto Seletivo), de competência federal.

“É preciso não só diminuir o número de impostos, mas também o valor a ser pago. Cada tributo tem a sua forma, a sua guia, sendo preciso gente para fazer isso. Penso que micro e pequenas empresas, que aderiram ao Simples Nacional, hoje têm vantagem grande”, avalia Carvalho.

“A tributação delas é realmente mais vantajosa. Porém, as médias e grandes empresas arcam com a carga tributária alta. Deveria ter uma redução dessa carga, mesmo que gradativa”, opina o professor. “Acredito também numa unificação de taxas, que abrangesse as estaduais. Um empresário consciente, beneficiado, contrataria mais funcionários. No Brasil inteiro, se 10 mil empresas, que é um número ínfimo, contratassem mais trabalhadores, seriam 10 mil postos de trabalho abertos”.

O tributarista avalia que é preciso desatar também o nó da burocracia. Apesar de mudanças importantes nesse sentido, como a criação da nota eletrônica, o e-Social, que pretende dar mais transparência aos processos dentro das empresas ao unificar informações trabalhistas, é um exemplo de que não é tão fácil simplificar.

O professor do curso de Ciências Contábeis na Universidade Norte Paraná (Unopar), Cleberson Julio Pinheiro, especialista em Contabilidade, Perícia e Auditoria, destaca que mudanças tributárias são importantes para o crescimento das empresas.

“A reforma é urgente porque gastamos mais tempo calculando

imposto e atendendo as informações exigidas pelo governo. Os tributaristas poderiam ajudar mais os empresários a desenvolverem os seus negócios, atuando na parte financeira, gerencial, analisando dados”, afirma.

Esse impacto sobre a economia do país se torna mais palpável se pegarmos como exemplo o ICMS.

“É um imposto que tem legislação estadual. Se um produto vendido em Londrina for para a Bahia e o transporte realizado de caminhão, terei que observar a legislação de todos os estados, onde a mercadoria passar para verificar a incidência de ICMS”, exemplifica Pinheiro.

PIS e Cofins

O que o governo Bolsonaro tem em mente para o sistema tributário ainda não está claro e toda proposta entra no rol de decisões sujeitas a recuos. Pode ser que seja apresentada de forma fatiada, começando pela simplificação do Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), que estão entre os tributos com as regras mais complexas.

Por hora, a expectativa do mercado é a aprovação da reforma da Previdência. Espera-se que o capital político de Bolsonaro não desidrate, prejudicando outras mudanças, como a dos impostos.

“Aprovando a reforma previdenciária, acredito que o governo terá dificuldade para mexer com muito mais coisa ainda este ano”, avalia o tributarista Victor Hugo Carvalho.

Para o professor Cleberson Julio Pinheiro, mexer nos tributos revolve outras mudanças.

“É preciso finalizar esse ciclo econômico com uma reforma do sistema tributário, mas a pergunta é qual os impactos que essas mudanças terão para os empresários e o governo? O grande medo de parte dos empresários é que serão simplificadas as formas de cálculo e de atender as obrigações, mas aumente a carga tributária”, interpõe Pinheiro, diante da fome do governo de encher os próprios cofres.

Cleberson Julio Pinheiro, especialista em Contabilidade, Perícia e Auditoria: “A reforma é urgente porque gastamos mais tempo calculando

imposto e atendendo as informações exigidas pelo governo”

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ENTREVISTA

Cesar Paiva, sócio-fundador e gestor da Real Investor, considerada o terceiro melhor fundo de investimentos do País, segundo o Guia Exame de Fundos de Investimentos, desenvolvido pelo GV CEF para a Revista Exame

INVESTIR PARA CRESCERMetas bem traçadas, determinação e planejamento. Estas certamente são características de pessoas

que fazem bons negócios. O diferencial delas para as pessoas que fazem ótimos negócios é que o segundo tipo tem ainda uma boa dose de ousadia, conhecimento dos riscos e respeito. Cesar Paiva,

35 anos, faz parte do segundo grupo e reúne todos estes adjetivos. Ele possui hoje uma empresa de investimentos responsável pela gestão de cerca de R$ 600 milhões. A Real Investor Gestão de

Recursos nasceu há dez anos, a partir de um clube de investimentos com três cotistas iniciais: Cesar, o pai e a mãe dele. Alguns anos depois, este clube se transformou em um fundo que

atualmente reúne mais de 1.100 investidores. A reportagem da Mercado em Foco conversou com Cesar Paiva sobre erros e acertos durante sua trajetória profissional. Inspire-se nesta história.

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“ACHO QUE A GRANDE GRAÇA DE INVESTIR É JUSTAMENTE FAZER UM ESFORÇO EM ALGUMAS FASES DA VIDA PARA COLHER OS FRUTOS DEPOIS”

Associação Comercial e Industrial de Londrina 11

Tem um agravante no meio do caminho porque este clube foi aberto no meio de uma crise. Era um momento em que quase ninguém queria saber de investimentos em bolsa. A gente decidiu abrir o clube justamente porque era um ano que havia empresas baratas e muitas oportunidades de bons negócios. Vale aquele ditado que diz que em meio às crises existem grandes oportunidades

Cesar Paiva,

sócio-fundador e gestor da Real Investor

““

Por Michelle Aligleri

Mercado em Foco - Como começou a sua história e o que você fez para chegar onde está?

Cesar Paiva - A minha história começa em Londrina. Sou pé-vermelho, meus pais também são daqui. Não sei exatamente onde começou o meu interesse para chegar nesta área de investimentos, mas desde criança eu sempre gostei de guardar dinheiro, desde dinheiro de presente, de lanche da escola, eu sempre tinha uma certa economia. Eu acho que a partir do momento em que você tem um pouco de dinheiro é natural cair no mundo dos investimentos. Comecei desde cedo a investir este dinheiro e estudar sobre isso. Com 14 anos já tinha algum investimento mais simples e aos 17 anos eu fiz o meu primeiro investimento em ações. Desde lá eu nunca mais parei. Encontrei aquilo que eu amo fazer.

MF – Profissionalmente, que caminho você percorreu até agora?

CP - Sou formado em Administração pela PUC/PR, fiz o curso em Londrina, logo depois fiz dois MBA pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), um em Gestão Empresarial e outro em Finanças e Auditoria. Profissionalmente, logo que iniciei a faculdade comecei a trabalhar no meu primeiro emprego. Como gostava da área financeira, fiquei durante dois anos em um banco e lá, me incomodei com o fato dos investimentos dos clientes trazerem mais benefícios aos banqueiros do que aos próprios clientes. Por conta disso, pedi demissão. Em seguida, em 2006, decidi passar um período em São Paulo. Foram cinco meses, tive oportunidade de fazer vários cursos do mercado financeiro e investimento em ações e fiz estágio em uma corretora.

MF – E depois do tempo em São Paulo essa história continuou em Londrina?

CP - Sim, eu voltei para Londrina. Como nasci, tenho família e amigos aqui, vi mais vantagem em voltar para cá do que ficar na loucura de São Paulo. No fim de 2006, abri aqui uma empresa e comecei a trabalhar como agente autônomo de investimentos, mas não fiquei muito satisfeito. O agente autônomo de investimento é como se fosse um corretor, ele ganha comissão sobre os produtos que comercializa e ganha corretagem na parte das ações. Quanto mais eu fazia o cliente comprar e vender mais eu ganhava, então existe um certo desalinhamento. Isso fez com que eu desistisse dessa profissão no fim de 2008. Neste mesmo período, decidi fazer aquilo que mais acreditava: gerenciar investimentos de recursos próprios e de terceiros. No dia 4 de dezembro de 2008 foi criado o Clube de Investimentos em Ações Real Investor e foi onde tudo começou.

MF – Quando você falou para a sua família que abriria o Clube, eles te apoiaram?

CP – Sim, sempre me apoiaram, mas, sinceramente, acho que eles não entendiam exatamente o que eu estava buscando. Quando pedi demissão do banco, no passado, a minha mãe ficou com receio porque considerava um emprego bom. No entanto, meus pais nunca fizeram nenhum tipo de objeção e sempre me deram liberdade para eu fazer o que queria.

MF – E o Clube de Investimentos, em que situação foi criado?

CP – Ele nasceu com três cotistas no dia 4 de dezembro de 2008: eu, meu pai e minha mãe. Tem um agravante no meio do caminho porque este clube foi aberto no meio de uma crise. Era um momento em que quase ninguém queria saber de investimentos em bolsa. A gente decidiu abrir o clube justamente porque era um ano que havia empresas baratas e muitas oportunidades de

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bons negócios. Vale aquele ditado que diz que em meio às crises existem grandes oportunidades. Antes de abrir o clube eu estudei livros de bons investidores e me deparei com vários conselhos do que funciona e do que não funciona. Um deles, que eu destaco, é o livro “O Investidor Inteligente”, do Benjamin Graham. Eu coloquei todo o dinheiro que eu tinha dentro do Clube, logo depois entraram pessoas mais próximas, amigos, clientes... Era uma promessa de que a gente ia fazer o melhor. Alguns anos depois o Clube se tornou Fundo de Investimentos em Ações Real Investor e as pessoas que investem no fundo têm certeza de que a gente está alinhado. Eu, Cesar, gestor do Fundo, tenho quase todo o meu dinheiro investido nele, hoje este é o principal veículo de investimento da Real Investor Gestão de Recursos, não é uma promessa que isso dá certo, mas é uma promessa que a gente faz aquilo que está recomendando.

MF - E atualmente o Fundo tem ganhado destaque?

CP – Tem feito um belo sucesso. Está entre os melhores fundos de ação do país. Completou dez anos de existência e atingiu um retorno acumulado de 970%, enquanto o Ibovespa apresentou resultado de 180% no mesmo período. A cota do fundo está em torno de 10.7, isso significa que se alguém tivesse investido R$ 100 mil quando o Fundo foi aberto, hoje esta pessoa estaria com 1 milhão e 70 mil Reais.

MF – Qual é o perfil dos investidores?

CP – Temos vários tipos de investidores, acho que a grande graça de investir é justamente fazer um esforço em algumas fases da vida para colher os frutos depois. Tem muitas pessoas que estão começando a formar um patrimônio, pensando para daqui 10, 20, 40 anos. Tem também pessoas já muito bem resolvidas que estão procurando um ganho um pouco melhor e aqueles

que já estão pensando nas próximas gerações, porque já acumularam capital suficiente para a vida deles e querem deixar para os herdeiros, ajudar algumas causas específicas... O que fazer com o dinheiro cada um escolhe, o nosso trabalho é fazer a gestão para ter o melhor retorno sem correr riscos desnecessários.

MF – O risco existe, não tem como?

CP - Sim. Às vezes você pode fazer um investimento muito arriscado, com retorno potencial alto, mas que se der errado pode perder tudo. Este não é o tipo de investimento que a gente tem interesse, a gente prefere não fazer. Contamos com uma equipe de 19 pessoas, entre colaboradores e funcionários e o nosso trabalho aqui é estudar cada empresa que vamos investir, nos certificar de que é uma empresa boa, bem gerida, com donos competentes e honestos e que esteja sendo negociada a um preço atrativo. Atualmente, há mais de 400 empresas de capital aberto no Brasil e o diferencial da equipe está em escolher algumas destas empresas que têm boas perspectivas, boa gestão e preços interessantes para compor a carteira do fundo. Sou um cara que ama o que faz, todos os dias eu estou estudando, conversando com a equipe, visitando empresas.

MF - Quando você revê a sua trajetória, que sentimento vem à tona?

CP - Hoje me considero realizado na minha atividade profissional. Olhando para trás, vejo que desde a experiência que eu tive no banco, o estágio na corretora, a decisão de atuar como autônomo e de abrir o Clube de Investimento, tudo isso fez muito sentido para eu chegar até aqui. Eu amo o que eu faço, brinco com todo mundo falando que vou continuar fazendo isso por pelo menos mais 50 anos. Meu objetivo agora é ter um dos melhores fundos de investimentos do Brasil e do mundo.

Está entre os melhores fundos de ação do país. Completou dez anos de existência e atingiu um retorno acumulado de 970%, enquanto o Ibovespa apresentou resultado de 180% no mesmo período

Cesar Paiva,

sócio-fundador e gestor da Real Investor

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FORÇA DO CAMPO

O CÍRCULO VIRTUOSO DO AGRONEGÓCIONão é por acaso que Londrina abriga um dos maiores eventos de agronegócio do País. O segmento segue dando as cartas na cidade mesmo após toda a diversificação econômica ocorrida depois dos anos de ouro da cafeicultura

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Por Celso Felizardo

Ao longo de oito séculos de história, Londrina sofreu muitas transformações. A cidade que se orgulha até hoje do título de “Capital Mundial do Café” conseguiu se firmar entre as principais do interior do País com uma economia sólida e diversificada. Com o êxodo rural, a população é predominantemente urbana. O trabalho no café deu lugar ao cafezinho no trabalho. A atual matriz econômica comprova esta transformação: 81% das riquezas do Município advém do comércio e dos serviços. Contudo, Londrina cresce com um pé na cidade e outro no campo.

O agronegócio, que nunca deixou de ser a vocação local, representa hoje cerca de 15% do Produto Interno Bruto, de R$ 12,8 bilhões do município. Se antes a palavra de ordem era quantidade, hoje quem dá o tom é a qualidade. Centros de pesquisas garantem excelência em produtos como a soja, milho e trigo. Na pecuária, rebanhos com alta tecnologia aplicada na seleção genética dos animais dão continuidade ao pioneirismo de Celso Garcia Cid, que introduziu o gado nelore nos pastos brasileiros.

O diretor de Agronegócio da ACIL, Luigi Carrer Filho, destaca a força do agronegócio na região. “Londrina se tornou o centro de uma região fortemente agrícola. Toda a estrutura de serviços criada se fundamentou sobre o agronegócio. Nas cidades vizinhas, basicamente agrícolas, isso fica muito evidente. Nós somos uma cidade muito privilegiada em termos de agronegócio”, exalta. “Isso não só pelo clima, pelas terras férteis, mas principalmente porque aqui temos centros de pesquisas que poucas cidades do país e do mundo têm”, complementa, referindo-se à unidade da Embrapa Soja e ao Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

A sede da Embrapa Soja possui 471 hectares de área experimental em Londrina. Por meio das pesquisas, criou-se variedades adaptadas às condições tropicais com baixas latitudes, o que possibilitou o cultivo da soja em todo o território brasileiro. Já o Iapar é responsável por programas de pesquisas ligados à uma extensa lista que inclui agroecologia, café, cereais de inverno, feijão, fruticultura, pecuária de leite e corte. “É uma potência incrível, o que garante um retorno econômico e tecnológico para a cidade. O Paraná orgulha-se de ser o maior produtor de alimentos por metro quadrado no mundo. Isso só é possível com produtividade. Quem proporciona isso são as pesquisas e muitas delas saem daqui”.

O agronegócio figura nas primeiras posições dos principais produtos do comércio exterior. Do total de US$ 831,7 milhões da receita de exportação da cidade, US$ 352,8 milhões vêm da soja, US$ 76 milhões do café em grãos, US$ 47 milhões do couro bovino e US$ 31 milhões do milho em grãos. Os principais compradores são China, Itália, EUA, Rússia e Japão. Já as importações, que somam US$ 415 milhões, são impactadas pela aquisição de produtos como inseticidas e herbicidas.

O chefe do núcleo regional da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento (Seab), Antônio Carlos Barreto, também exalta a importância do agronegócio para a região. “Nosso

Luigi Carrer Filho: A ACIL mantém uma diretoria de Agronegócio com o objetivo de estimular os associados a

ampliar a participação no campo

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núcleo atende 19 municípios da região. Em Londrina e Cambé, os mais populosos, a agricultura já não é mais a principal atividade, mas isso é muito relativo, porque temos uma cadeia que gira em torno do que se produz no campo. O agronegócio movimenta a economia”, pondera.

Londrina tem cerca de 3.154 produtores rurais que concentram cerca de 40% dos empregos gerados. A área de lavoura é de 159 mil hectares e a de pastagens de 45 mil hectares. São mais de 2 milhões de animais, sendo as aves a grande maioria, seguidas pelos bovinos (50 mil cabeças), suínos (13 mil), ovinos (7,3 mil) e equinos (2,5 mil). A grandiosidade dos números fica evidente durante os dias de realização da Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, a ExpoLondrina. “É um dos maiores eventos populares do Paraná. Tem uma movimentação de negócios muito grande, além da importância dos eventos técnicos. Se você pensar que Londrina tem cerca de 40 mil alunos de graduação e pós-graduação, e que durante a exposição, passam cerca de 15 mil pessoas por 143 eventos como simpósios, oficinas, palestras, é muita coisa”, ressalta.

Alta tecnologia

Eriko da Silva Santos é veterinário e trabalha com reposição de matrizes de animais para fazendas. Ele destaca números da pecuária paranaense que, em 20 anos, quase triplicou a produtividade mesmo com redução de 40% na área de pastagem. “Hoje, o Estado tem alta tecnologia empregada na pecuária. Produzimos mais carne em menos área. Os produtores de Londrina e região são muito atentos a esses avanços”, considera.

Proprietário da empresa de assessoria pecuária Neopecuária, ele percorre fazendas da região e conta que há um forte processo de especialização. “Antes, o pecuarista fazia todo o processo de uma forma mais simples. Hoje, há vários segmentos. Genética, tecnologia de manejo, confinamento, reposição de matrizes, recria, engorda, venda de bezerros. Cada vez mais os produtores buscam conhecimento para impactar a produtividade. E, nessa parte, estamos muito bem servidos em Londrina, com as universidades, os institutos de pesquisa”, avalia.

Cooperativismo

Carrer Filho lembra a força das cooperativas. “O sistema do cooperativismo é muito forte no Paraná e também na nossa

região. Quando você percorre a zona rural dá para perceber uma transformação muito grande que vem ocorrendo, com vários entrepostos. Mudou a realidade dos distritos”.

Barreto também comenta os bons resultados das cooperativas. “É um sistema que deu muito certo no nosso estado. Os produtores se sentem mais protegidos e, além das próprias cooperativas agrícolas, temos as cooperativas de crédito que fazem esse direcionamento para o campo. Os produtores se sentem seguros em investir. Tudo funciona como uma engrenagem”, compara.

Nesta área destacam-se as parcerias da Emater (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) e a Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná) na organização de grupos associativistas de agricultura familiar.

Desafios

Entre os principais desafios e gargalos do agronegócio da região, Barreto e Carrer Filho apontam os problemas de armazenamento e a malha viária. “A infraestrutura é um problema nacional. Apesar de sermos competitivos, o produtor tem muita dificuldade em escoar a safra. É preciso mais investimentos neste setor”, aponta Barreto. “No Paraná, além de termos poucas estradas duplicadas, o valor do pedágio sufoca o produtor. O agronegócio sempre foi marginalizado, vamos esperar que uma nova fase se inicie e o setor ganhe o protagonismo que merece”, expõe Carrer Filho.

Diretoria especializada

Atenta à importância do setor para a cidade, a ACIL mantém uma diretoria de Agronegócio, ocupada por Carrer Filho, que também é diretor de Atividades Agroindustriais na Sociedade Rural do Paraná. Um dos trabalhos internos desenvolvidos é estimular os associados a ampliar a participação no campo. “Muitos de nossos associados têm na agropecuária sua atividade secundária. São pessoas que têm suas empresas, mas que mantêm uma pequena pastagem com gado, ou uma terrinha plantada. Então, a gente quer com isso, buscar dentro desses associados quais são as perspectivas dele em relação ao agro, quais são as necessidades, de que forma a ACIL pode interagir com esse associado através dessa cadeira de agronegócio”, incentiva.

Eriko da Silva Santos, veterinário: “Cada vez mais os produtores buscam conhecimento

para impactar a produtividade. E, nessa parte, estamos muito bem servidos em

Londrina, com as universidades, os institutos de pesquisa”

Antônio Carlos Barreto, da Seab: “Se você pensar que Londrina tem cerca de 40 mil alunos de graduação e pós-graduação, e

que durante a exposição [ExpoLondrina], passam cerca de 15 mil pessoas por

143 eventos como simpósios, oficinas, palestras, é muita coisa”

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UNOPAR LANÇA44 CURSOS A DISTÂNCIA

Alinhada à transformação digital da sociedade, as unidades Boulevard, Catuaí e Piza, da Unopar de Londrina estão oferecendo a partir deste ano 44 cursos na modalidade a distância. Pioneira e líder em educação digital no Brasil, a instituição possui atualmente mais de 800 polos espalhados pelo país que já oferecem graduação a distância, mas os três campi de Londrina eram os únicos exclusivamente presenciais.

A mudança vem de encontro com as necessidades de profissionais que precisam buscar capacitação, mas possuem pouco tempo para aprendizagem presencial. De acordo com os últimos dados divulgados pelo Censo da Educação Superior, o número de alunos no ensino a distância já representa cerca de 20% do total de universitários no Brasil. “Os nossos cursos são modernos, voltados para o mercado de trabalho e bem estruturados, permitindo o acesso ao conhecimento de pessoas que precisam de maior flexibilidade de horário para estudar”, explica o professor e reitor da Unopar, Hélio Rodolfo Navarro.

Fundada há mais de 45 anos, a Unopar possui processo de aprendizagem inovador que é mediado por recursos tecnológicos, com aulas via satélite, atividades realizadas com o uso da internet, e ainda ações práticas presenciais em dias específicos. Os cursos a distância têm o mesmo valor pedagógico dos cursos presenciais e, portanto, não há qualquer diferença entre os diplomas, sendo todos reconhecidos igualmente pelo MEC.

Pioneira e líder em educação digital no Brasil, instituição já possuía dois polos na cidade cuja modalidade era exclusivamente a distância.

Unopar Londrina Campus Bouvelard, Catuaí e PizaInformações (43) 3371-7805

Polos Londrina Niteroi e Londrina Norte ShoppingInformações (43) 3321-2010 | 3324-1617

Plataforma de empregabilidadeCom a proposta de contribuir com o mercado de trabalho, facilitando a rotina de diversos profissionais da área de recursos humanos, e ao mesmo tempo, aproximando alunos e ex-alunos de oportunidades de emprego, a Unopar disponibiliza aos seus estudantes o Canal Conecta, uma plataforma exclusiva e gratuita de empregabilidade, que faz o cruzamento das competências buscadas por empresas com o perfil de centenas de candidatos com currículos ativos, identificando aqueles que mais adequam à uma vaga.

Info

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Publ

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maio e junho de 2019 | www.acil.com.br18

INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Por Lúcio Flávio Moura

Digamos que o varejo dos nossos dias seja uma corrida de veleiros em alto mar. Em 2019, esta regata está sendo assolada por ventos fortes, ondas assustadoras e baixa visibilidade. A tempestade pode fazer a embarcação perder o rumo, danificar a vela, afundar. Mas o fenômeno também pode ser a energia extraordinária que os velejadores mais preparados usam para acelerar na direção certa.

A tal tempestade que vem testando o comércio no mundo todo é a revolução digital, um período de transformações que, na visão de muitos especialistas, são as mais profundas em milênios.

O debate sobre como lidar com esta nova forma de enxergar o ato de comprar e vender está amadurecendo os mais conscientes e preocupando os mais desatentos. E é por isso que o assunto se tornou um dos mais fascinantes do mundo empresarial neste fim de década.

A ACIL está empenhada em envolver os empreendedores de todos os portes nesta reflexão e evitar que muitas “embarcações” desapareçam pelo caminho. No dia 21 de maio, será realizado o Evento Mercado em Foco – Especial Varejo, no Centro de Eventos do Aurora Shopping, com um programa de palestras pensado para estimular o dinamismo dos varejistas (confira todos os detalhes no mercadoemfoco.acil.com.br).

“O que nós queremos é que o evento seja capaz de transmitir conhecimento de forma clara e objetiva. Que a partir da experiência das palestras, os varejistas possam tomar as melhores decisões para o seu negócio”, explica o presidente da ACIL, Fernando Moraes.

Estudioso do impacto da revolução digital na economia, o diretor de Tecnologia e Inovação da ACIL, Marco Kumura, acredita que uma das missões do associativismo no século 21 seja exatamente lutar contra a acomodação do empresário. “Em um cenário de mudanças tão bruscas, é claro que quem começar a entender este processo mais rapidamente e tomar as decisões necessárias antes dos concorrentes, tem muito mais chances de sobreviver a médio prazo”.

O superintendente da associação, Rodrigo Geara, reforça o perfil pragmático do evento e lembra que o propósito é oferecer uma “visão

OLHAR, OUVIR, SENTIR: É PRECISO ESTAR ‘LIGADO’ PARA ENTENDER OS RUMOS DO COMÉRCIOO evento Mercado em Foco – Especial Varejo, que será realizado no dia 21 de maio, no Centro de Eventos do Aurora Shopping, tem a missão de iluminar o debate sobre os desafios do comércio em meio ao turbilhão da era digital

atualizada das melhores ferramentas” para alavancar os resultados do varejo na região. “A intenção é colocar o empresário diante de situações aplicáveis no dia a dia, no curto prazo, independente do tamanho da empresa”, afirma.

Pós-NRF

Para que o conteúdo esteja em sintonia com o que há de mais inovador e atual, uma das atrações será a palestra do especialista em negócios de varejo, Leandro Krug Batista, que explora no evento, pelo segundo ano consecutivo, o tema “Pós-NRF”, um painel de tendências extraído dos debates da megaexposição anual em Nova York, realizada pela National Retail Federation, principal entidade empresarial dos Estados Unidos.

Para ele, ligar as antenas e saber entender os sinais captados pode se converter em lucro, o que é um excelente motivo para deixar a acomodação de lado. “A atualização é fundamental porque só desta maneira o empreendedor não é pego de surpresa por alguma inovação que pode ir contra a tendência de venda dele. Mais ainda: ele pode se aproveitar de alguma inovação que está surgindo para melhorar sua performance”.

Leonardo Sanches, CEO da LeanWork Tecnologia, outra atração do evento da ACIL, trabalha com desenvolvimento de soluções para o e-commerce e revela que ainda percebe muitos empresários passivos neste cenário, uma postura que pode significar estagnação, na melhor das hipóteses, ou mesmo a extinção do negócio a longo prazo.

“Ainda existem muitas marcas varejistas, até mesmo algumas muito conhecidas e tradicionais, que não investem no comércio eletrônico ou por desconhecimento, ou por ter passado por uma tentativa frustrada ou por se deixar influenciar por uma experiência negativa da concorrência”, avalia. “Por outro lado, quem já está atuando, vai amadurecendo sua operação e começa a abrir o leque. Começa, por exemplo, a investigar o sistema de busca e navegação do cliente e a traçar estratégias para fidelizá-lo ou para conquistar outros clientes similares, ampliando a conversão”, compara.

“O varejo está caminhando para o formato on-off”, garante Krug. Mas atuar nas duas frentes requer alguns cuidados, avisa Sanches.

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“Para se ter sucesso no e-commerce, é preciso entender que é uma operação totalmente diferente, com outras características, com outros desafios. A operação tem que ser apartada, com time especializado de marketing, porque o comportamento do consumidor é diferente”, recomenda.

Atuar no ambiente digital, aparentemente atrativo pelo baixo custo, também depende de investimentos. “O empresário não pode achar que vender pela internet ou por um aplicativo é apenas uma forma de economizar com funcionários ou o aluguel do prédio”, alerta. “Costumo brincar que se instalar em uma avenida principal do Google pode ser mais caro do que em um endereço nobre de alguma grande capital”, pondera.

Fenícios

Kumura destaca que desde os fenícios, civilização admirada na Antiguidade por seus dotes mercantis, a essência do comércio é a mesma, apesar de toda evolução humana: os consumidores precisam ser atendidos e o bom negócio é aquele que oferece o que eles precisam ou desejam. “O que mudou foi a forma e a dinâmica. Agora é preciso entender o consumidor profundamente e há muita tecnologia envolvida neste esforço: inteligência artificial, métodos preditivos (antecipar situações com base em testes), análise científica do padrão de consumo, big data, omnichannel”, enumera. “E, sobretudo, requer produtos e serviços personalizados, um portfólio diversificado, que se adapta ao gosto do cliente”.

O diretor de Tecnologia da ACIL lembra que a era da massificação no atendimento está com os dias contados, que o varejo está voltando às origens e faz uma interessante comparação. “De alguma maneira o varejo contemporâneo caminha para aplicar a estratégia do português da padaria, lá da época dos nossos bisavós. Ele chamava o cliente pelo nome, pendurava o pagamento, marcava a compra numa caderneta para mostrar organização e para expressar sua boa vontade em fidelizar o cliente. Era atencioso e prestativo no relacionamento”, descreve. “Com a tecnologia de hoje, é possível conhecer muito bem o consumidor, oferecer um produto adaptado às suas vontades ou necessidades. São princípios muito semelhantes, em um formato muito diferente”, conclui.

Um caso de ‘escalada’ no comércio físico

Na programação do evento empresarial promovido pela ACIL, não poderiam faltar cases de sucesso e empreendedores de destaque falando sobre sua própria experiência no mercado. Fábio Kei, fundador da Leo Cosméticos, a maior rede do gênero no Sul do Brasil, é um deles. Em 16 anos, aproveitando o que aprendeu em uma extensa e vitoriosa trajetória de trabalho duro no Japão, ele virou o jogo: de apenas uma unidade adquirida com enorme sacrifício, a empresa soma agora 13 lojas em cinco cidades paranaenses, atingindo 600 mil clientes. No Mercado em Foco, o público vai conhecer todos os detalhes desta história que começou no outro lado do mundo, com muita observação sobre práticas eficientes e sobre busca por excelência.

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BOAS VENDAS

Por Samara Rosenberger

A segunda data comemorativa mais esperada do comércio varejista está chegando. O Dia das Mães aquece as vendas e concede o embalo ao Dia dos Namorados, celebrado exatamente um mês depois, pelo menos neste ano. A tendência é de crescimento nas vendas. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), em 2018, o faturamento total no varejo nacional, no período em que antecedeu ao Dia das

O consultor Murilo Gomes aconselha fazer um check list de

planejamento e obter os melhores resultados na alta temporada

O BIMESTRE MAIS ESTRATÉGICO DO VAREJOMaio e Junho são meses importantes para os lojistas, que apostam todas as fichas no Dia das Mães e Dia dos Namorados

Mães, foi aproximadamente R$ 2,2 bilhões superior ao apurado no ano anterior.

Apesar da crise, o brasileiro tem a tradição de reservar uma fatia do orçamento para presentear as mães. No ano passado, o gasto médio com os presentes ficou em R$ 112, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Ibope.

Empresários antenados e preocupados com os resultados da temporada se planejam para as datas. Por isso, é importante criar um plano de ação para atrair o público-alvo, de acordo com o seu ramo de atuação. É o conselho do gerente regional de vendas do grupo Serilon e facilitador da ACIL, Murilo Gomes. Ele elencou cinco estratégias principais que o empresário deve seguir.

Defina o público-alvo

Se ainda não tiver feito isso, estude e saiba quem é o consumidor dos seus produtos e serviços. “No Dia das Mães e no Dia dos Namorados, quem faz a compra é o filho, neto ou o parceiro e a parceira”, comenta o consultor de vendas. Definir o público-alvo é o passo inicial para orientar o posicionamento e atuação da marca no mercado, além de direcionar as estratégias de marketing.

Analise seu portfólio

Quais são os produtos que estão disponíveis no seu estoque? Eles atendem ao público-alvo que procura por presentes para as mães ou namorados? São questões que devem ser feitas na segunda etapa de planejamento. “Sabendo disso, o empresário pode pensar em montar kits de presentes. O famoso ‘compre esse e leve aquele’ costuma ser bastante efetivo. É importante ressaltar também que o lojista deve pensar no que o seu cliente quer comprar, não apenas nos produtos que ele quer vender”, completa Gomes.

Crie opções para todos os bolsos

“Minha sugestão é dar um passo além e criar kits variados de acordo com o bolso do consumidor”, orienta o palestrante. A flexibilidade de preços possibilita alcançar o maior número de clientes. A regra é não deixar o cliente sem opção de comprar com você.

Campanha para engajar

A semana ideal para iniciar as ações é logo após a Páscoa. “No dia seguinte,

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 21

a comunicação relacionada ao Dia das Mães já precisaria estar pronta. O lojista pode começar o engajamento do cliente potencial com cerca de 15 dias de antecedência. As ferramentas recomendadas são teaser, chamadas, redes sociais como Instagram e Facebook, panfletos - dependendo do ramo, se for o caso”.

A campanha deve ser feita tanto na loja física quanto na internet. O e-commerce faturou R$ 2,11 bilhões no Dia das Mães de 2018, alta nominal de 12% em comparação ao mesmo período do ano anterior, conforme estimativas da Ebit. “Tanto na loja física como na internet, o empresário precisa ir além do panfleto e do post e pensar em uma estratégia certeira para comunicar suas ações aos clientes”, aponta o consultor.

Prepare seu time de vendas

Treine seus funcionários para um atendimento de qualidade e personalizado. “Prepare-se para o grande dia, que será o sábado anterior ao Dia das Mães. Cerca de três dias antes, reúna o time e faça um mini treinamento. É importante ressaltar quais são os produtos, as condições de pagamento, as técnicas básicas de venda e os diferenciais que a loja oferece”, aconselha. Uma boa experiência dentro da loja é decisiva para o ato da compra.

Para o Dia dos Namorados, as dicas são as mesmas, porém com destaque para a estratégia online, tendo em vista que o público-alvo desta data é mais engajado nas mídias sociais.

Na data que celebra o amor, o público é voltado para a faixa etária de 15 a 30 anos e com o diferencial que movimenta restaurantes, cinemas, floriculturas e perfumarias. “Um exemplo de campanha que pode ser feita em um restaurante, por exemplo, é lançar jantares com cardápios diferentes e preços variáveis, atendendo a clientes de todos os bolsos. Pense na campanha como uma estratégia completa de marketing e vendas, não apenas com promoções vazias e sem profundidade”, sugere Murilo Gomes.

O atendimento personalizado é imprescindível. Segundo uma pesquisa realizada em 2016 pela Shopper Experience e CIP, o consumidor brasileiro valoriza mais a qualidade do atendimento (40%) do que a do produto (27%). A agilidade do atendimento (12%) e os preços atrativos (11%) vieram logo em seguida.

“O atendimento de qualidade condiz em criar um bom relacionamento com o cliente, conhecer o produto que está oferecendo e identificar as aspirações e interesses dele. No atendimento personalizado, o vendedor define a persona e já utiliza a linguagem adequada para ela”, explica a consultora da empresa Executiva Consultoria, Célia Palermo.

Nas vendas pela internet, o atendimento deve ser ágil e objetivo a fim de atender às expectativas do cliente. “A partir do momento em que se coloca um produto no e-commerce ou nas mídias sociais,

O poder da vitrine

Uma vitrine bem montada é de encher os olhos e capaz de convencer o cliente. É um componente essencial na venda e dá resultados. “Hoje, somos bombardeados por estímulos visuais. No celular, vemos vídeos e fotos o tempo todo e para chamar a atenção do consumidor é algo desafiador”, comenta a arquiteta e store design, Tatiana Medina Antunes.

O modo de consumir também está mudando. Com as Mídias Sociais, o consumidor pode fazer a compra online ou solicitar a sacola para provar em casa, com a comodidade do serviço delivery. “O cliente não tem mais tempo para passear nas lojas. A forma de se destacar é apostar numa vitrine estratégica que passa informação”, afirma.

Três semanas antes da data comemorativa é o tempo correto para dar início ao preparo de uma vitrine. “Após a colocação do adesivo ou banner e de toda a temática relacionada à celebração em questão, o lojista fará apenas a rotação dos produtos”, aponta Tatiana. “Tanto o Dia das Mães como o Dia dos Namorados são datas emocionais, por isso, o apelo visual de uma vitrine conta muito”, completa.

Os empresários londrinenses têm se atentado a esse fator porque percebem que dá

resultados. “Geralmente, existe uma pessoa treinada dentro da loja para fazer isso. Em datas especiais, profissionais especializados são contratados para elaborar uma vitrine especial. Hoje, há muita informação e referências que podem ser buscadas na internet”, indica. O custo para montar uma boa vitrine não é alto se o empresário for criativo. “Tente improvisar com materiais que já possui dentro da loja. Sabemos das dificuldades dos lojistas em anos de crise, por isso, a vitrine deve estar dentro do planejamento financeiro. Com certeza, vale o investimento”.

tem que haver uma pessoa responsável para responder os itens selecionados. Vejo empresas que postam um produto e não respondem aos clientes. Jamais faça isso ou terá um cliente insatisfeito”, finaliza.

Tatiana Medina, arquiteta e store design: “Hoje, somos bombardeados

por estímulos visuais”

Célia Palermo, consultora: “O atendimento de qualidade condiz em criar um bom

relacionamento com o cliente, conhecer o produto que está oferecendo e identificar

as aspirações e interesses dele”

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DIVERSOS

ATENDIMENTO E VENDAS

QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO

NICÉIA C. HENRICHSEN

08 e 09 de Maio19H às 23h

• Excelência e qualidade no atendimento• Conhecendo o perfil do cliente – Lidando com clientes difíceis• Como surpreender o cliente com atendimento diferenciado• Competências do profissional de atendimento

Não associados: R$ 197,00Associados e estudantes: R$ 108,00

HABILIDADES DE NEGOCIAÇÃOSILVANA OLIVEIRA

22 e 23 de Maio19h às 22h30

• Etapas do processo de negociação• A comunicação e sua influência na negociação• Relação de parceria• Garantindo futuras negociações

Não associados: R$ 197,00Associados e estudantes: R$ 108,00

PALESTRA:VENDA CONSULTIVA

PARA MELHORES RESULTADOSDENISE FILLA

28 de Maio19h às 21h

• A evolução do papel do vendedor • Venda Consultiva para melhores resultados • Técnica Spin Selling - etapas e aplicação • Como manter a motivação diante da crise

Não associados: R$ 95,00Associados e estudantes: R$ 56,00

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO: EU + VENDEDORMURILO GOMES

10, 11, 12 e 13 de Junho19h às 23h

Módulo 1Planejamento: Eu + Produtivo • Planejamento de vendas • Agenda de trabalho eficiente• Administração do tempo para vendedores• As lições do planejamento comercial• Não perca tempo e melhore seus resultados

 Módulo 2Prospecção: Eu com + Clientes• Estratégias de prospecção• Prospecção com criatividade• Sistemas de prospecção• Prospectando com sucesso• Onde estão os clientes que você precisa para bater suas metas Módulo 3Atendimento: Abordagem + eficiente• Atendimento de alta performance• Processo de abordagem • Técnicas e cases práticos• Como aumentar vendas com atendimento eficiente• Repertório comercial para abordagem  Módulo 4Negociação e Pós Venda: Eu + persuasivo e com + resultados em pós-venda• Como negociar mais e melhor?• Técnicas atuais de negociação• A arte de persuadir clientes• Mundo real: simulação prática de negociação em vendas• Negociar para vender • A arte de fidelizar e manter clientes• Passo a passo da fidelização 

Não associados: R$ 300,00Associados e estudantes: R$ 250,00

WORKSHOP:COMUNICAÇÃO E RELACIONAMENTO PARA

VAREJO: FAÇA A DIFERENÇA!GYSELE ROGO E FAFITA PERPETUO

27 de Junho19h às 23h

• Comunicação verbal e não verbal• Escuta ativa• Auto avaliação de habilidades para atendimento ao cliente• Análise de facilitadores da comunicação • Comunicação no trabalho• Fortalecimento de equipe• Relacionamento interpessoal• Comunica AÇÃO• Comunicação x valor

Não associados: R$ 118,00Associados e estudantes: R$ 71,00

TELEMARKETING COM FOCO NO RELACIONAMENTOCARMEN BENEDETTI

29, 30 e 31 de Maio19h às 23h

• O que é Telemarketing• Vantagens e Aplicações• Ativo e o Receptivo• Como fazer um script• O perigo da “automatização”• Desenvolver uma escuta ativa para entender o cliente• Passando emoção através da voz e da forma de falar• Confiança da comercialização “cara a cara”• Fazendo um telemarketing diferente

Não associados: R$ 222,00Associados e estudantes: R$ 130,00

WORKSHOP:DESPERTAR E PREPARAR PARA

A SUCESSÃO NA EMPRESA FAMILIARNÚCLEO DE PROFISSIONAIS DE COACHING DE LONDRINA

30 de Maio19h às 23h

• Características e dimensões das empresas familiares• Vantagens e desvantagens nas empresas familiares• A importância da comunicação e administração de conflitos• A construção da confiança no processo de sucessão

Não associados: R$ 118,00Associados e estudantes: R$ 71,00

INTENSIVO EM EXCEL CORPORATIVO: COMO UTILIZAR O EXCEL NO CONTEXTO EMPRESARIAL

SILVIO CARVALHO

04, 05, 06 e 07 de Junho 19h às 23h

• Revisão de toda parte básica do Excel entre funções e lógica• Adicionar comentários a célula • Auditoria de células• Auto filtro Básico, Avançado, Dinâmico, Cores • Formatos numéricos no Excel • Sinais para condição• 4 Funções• Mais de 40 fórmulas• Sinais de operações• Hiperlink• Validação de dados• Gráficos * Treinamento 100% prático. Necessário notebook

Não associados: R$ 415,00Associados e estudantes: R$ 360,00

WORKSHOP:CRIANDO VALOR AO SEU PRODUTO NAS MÍDIAS

SOCIAIS ATRAVÉS DA FOTOGRAFIA POR CELULARNÚCLEO DE PROFISSIONAIS DE FOTOGRAFIA ACIL

18 de Junho19h às 22h

• Composição fotográfica• Iluminação• Ângulo e enquadramento

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WEB

MARKETING

FINANÇAS

GESTÃO DE RH

• Relacionamento Interpessoal – Gestos e Posturas• Apresentação Pessoal: Você é seu cartão de visita• Comportamento Social• Postura no trabalho• Ética

Não associados: R$ 95,00Associados e estudantes: R$ 56,00

WORKSHOP: GESTÃO DE MARKETING

RENAN LAFFRANCHI

17 de Junho19h às 23h

• Marketing 4.0: Integração dos canais de marketing e exlosão do mundo digital como diferenciação competitiva

• Marketing de relacionamento: Como planejar meios de alcançar uma comunicação efetiva com o público e a excelência no atendimento

Não associados: R$ 118,00Associados e estudantes: R$ 71,00

ANALISTA DE E-COMMERCE E MARKETING DIGITAL

SHEILA DAL RY

07 e 08 de JunhoDia 07 de Junho: 19h às 23h

Dia 08 de Junho: 08h30 às 17h30

• Perfil do analista de loja virtual• Panorama e tendências do varejo no Brasil• Processo de montagem de uma loja virtual• Meios de pagamento• Plataformas• Gestão de fraudes• Introdução e estratégias de Google Marketing• Direcionamento a links patrocinados• Métricas e monitoramento• E-mail marketing• Cases de sucesso

Não associados: R$ 222,00Associados e estudantes: R$ 130,00

• Relação entre líder mentor e sua equipe na busca de resultados • Vantagens do processo de mentoria no desenvolvimento de

sucessores

Não associados: R$ 118,00Associados e estudantes: R$ 71,00

GESTÃO ESTRATÉGICADE FLUXO DE CAIXA

RONALDO CORDEIRO

18 de Maio08h30 às 17h30

• Aspectos introdutórios• A importância da monitoria do caixa• Relatório de caixa X demonstrativo de fluxo de caixa: Diferenças

fundamentais• Demonstrativo de fluxo de caixa• Dos procedimentos preliminares de confecção• Da classificação de todas as entradas e saídas de recursos• Do agrupamento das movimentações• Confecção da demonstração de fluxo de caixa• Leitura e análise da demonstração de fluxo de caixa• Por que a empresa gerou ou consumiu caixa?• Quais são as políticas financeiras favoráveis e prejudiciais à

empresa?• Como mostrar aos gestores os problemas com o caixa da

empresa?• Montando pontos de análise e relatório resumo

Não associados: R$ 295,00Associados e estudantes: R$ 230,00

GESTÃO ESTRATÉGICA DE FINANÇASCHARLES VEZOZZO

11, 12 e 13 de Junho19h às 23h

• Controles financeiros básicos X gerenciais• Demonstrativo de Resultados Gerencial• Pontos de Equilíbrio• Análise de Sensibilidade do lucro• Cálculo da Necessidade de Capital de Giro• Outros indicadores financeiros

Não associados: R$ 222,00Associados e estudantes: R$ 130,00

PALESTRA: MARKETING PESSOAL E

COMPORTAMENTO ORGANIZACIONALGYSELE ROGO

30 de Maio19h às 21h

• Marketing Pessoal – Você é sua marca!• Marketing Pessoal e Empregabilidade• Criando uma Rede de relacionamento (Networking)• Comunicação efetiva

• Dicas de tratamento pelo celular• Truques

Não associados: R$ 100,00Associados e estudantes: R$ 80,00

FEEDBACK ASSERTIVO: COMO CORRIGIR ERROS, POTENCIALIZAR RESULTADOS

E ENGAJAR SUA EQUIPEANDREINE BUSNELLO

25 e 26 de Junho19h às 23h

• O que é Feedback e a sua importância tanto no âmbito profissional quanto no pessoal

• Os tipos de Feedback• Quando dar Feedback e para quem• Os elementos que compõem um Feedback Assertivo• Dicas valiosas sobre postura e comunicação não verbal para

maximizar o efeito de seu Feedback

Não associados: R$295,00 Associados e estudantes: R$ 230,00

DESENVOLVIMENTO DE EQUIPESREGINA MATOS

13, 14 e 15 de Maio19h às 23h

• Diferenças individuais• Entendimento integral do ser humano• Visão de mundo• Papéis no grupo• Diferença entre grupo e equipe• Fatores que influenciam um grupo se tornar uma equipe• Papéis dos membros de uma equipe• Conflitos no grupo• Processo de mudança• Competências técnicas e comportamentais• Roda da vida• Análise SWOT pessoal• Orientações para a construção de uma equipe• Motivação• Cultura x Resultados• Dimensões da competência• Plano de ação

Não associados: R$ 222,00Associados e estudantes: R$ 130,00

WORKSHOP:O LÍDER MENTOR: COMO ACELERAR

O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE EQUIPE PARA NOVOS RESULTADOS

NÚCLEO DE PROFISSIONAIS DE COACHING DE LONDRINA

18 de Junho19h às 23h

• Mentoria: Conceitos e fundamentos• Como o mentoring pode ajudar a empresa?• O papel do líder como mentor

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maio e junho de 2019 | www.acil.com.br24

COMPORTAMENTO

Por Marco Feltrin

A cena é clássica: basta acionar um botão que a casa fica arrumada, as roupas passadas, o café da manhã prontinho na mesa. A empregada-robô Rosie, do seriado Os Jetsons, sucesso da TV nos anos 80, passou de sonho de consumo para uma realidade muito próxima com o avanço da tecnologia.

Em meio a tanta praticidade advinda de aparelhos cada vez mais desenvolvidos, também surge a dúvida: teremos nossa força de trabalho humana engolida pelos bytes e processadores?

Calma! De acordo com especialistas da área de recursos humanos, não há motivo para desespero. Mas é preciso se adaptar às mudanças do mercado de trabalho. “Os novos tempos estão estimulando as pessoas a buscarem novas competências. O avanço da tecnologia é algo que não tem volta. Algumas profissões estão sumindo, outras vão surgir. É preciso que as pessoas estejam adaptadas para fazer parte da sociedade do conhecimento em que estamos”, analisa a psicóloga organizacional e consultora de gestão de pessoas, Gysele Rogo.

Em um tempo onde se valoriza o último lançamento, o gadget mais avançado, é preciso lembrar que o fator humano ainda é peça fundamental para o sucesso das empresas. “As pessoas são fundamentais para os negócios. A dinâmica de uma organização acontece a partir delas. Por isso falamos cada vez mais de busca por informação, transformada em conhecimento. As habilidades

A psicóloga e consultora Gysele Rogo: “As habilidades e competências aliadas à inteligência

emocional e a capacidade de interagir e compartilhar fazem a diferença nas instituições”

COMO GERIR PESSOASNA ERA DIGITAL

Ao mesmo tempo em que a tecnologia abre espaço para o

desenvolvimento, cuidado com o capital humano é essencial para

o futuro das empresas

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REVISTA MERCADO EM FOCO | MAIO E JUNHO DE 2019 WWW.ACIL.COM.BR

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estar voltada cada cada vez mais a investir em desenvolvimento, treinamento e capacitação do colaborador como um todo, tanto tecnicamente quanto na área comportamental. A conjunção de tecnologia de ponta com pessoas capazes de operar isso é o que coloca uma empresa à frente das outras. Aprendizado contínuo é a grande distinção de uma cultura organizacional. Mostra que a empresa está antenada”.

Adilseia Batista, da Unifil: “Nada substitui o poder do diálogo e do contato entre as pessoas”

e competências aliadas à inteligência emocional e a capacidade de interagir e compartilhar fazem a diferença nas instituições”, aponta Gysele.

Para a gerente de recursos humanos e professora da Unifil, Adilseia Batista, nenhuma empresa, por mais avançada que seja na área tecnológica, sobrevive sem os diferenciais do fator humano. “Possuímos características que nos permitem ir além de uma simples junção de regras e fatores para chegar a uma resposta ou solução. Temos a capacidade de pensar além, de agir de forma intuitiva. Somos seres sociais de interação, que precisam de contatos, trocas. Nada substitui o poder do diálogo e do contato entre as pessoas”, compara.

Diante disso, o desafio das empresas passa a ser o de aliar as novas tecnologias que surgem a cada instante à capacitação de seus colaboradores.

Uma frase atribuída a Henry Ford, o americano que revolucionou a indústria automobilística na década de 1920, diz que só há uma coisa pior do que formar colaboradores e eles partirem: é não formá-los e eles permanecerem.

Investimento

Por isso, na visão de Gysele Rogo, preparar os funcionários não pode ser encarado pelas empresas como gasto, mas sim como investimento. “Se a empresa quiser ser competitiva, deve

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Para a consultora em gestão de pessoas, ter colaboradores defasados dentro da empresa em tempos de transformação tão rápida como a que vivemos se compara a ter uma Ferrari e não saber dirigir. “E o inverso também acontece. Podemos ter pessoas com potencial enorme, aptas a aprender e talentosas. Mas se estas pessoas não são estimuladas, desafiadas, a empresa não cresce. Tanto de um lado quanto do outro, demonstra um problema grave da empresa, uma dissonância entre o que se quer e o que está buscando”, completa.

Aprender faz parte da evolução do ser humano desde o início da vida. Bebês são estimulados a falar, andar. No início da vida escolar, as crianças aprendem a ler, escrever. “Aí você chega na faculdade, acha que aprendeu tudo e quando vai colocar na prática descobre que não aprendeu praticamente nada. Essa é uma das grandes lições da vida. O desenvolvimento dos indivíduos é fundamental e eterno. É ele quem provoca inovação, desenvolvimento de culturas, novas formas de fazer as coisas e se relacionar”, afirma Adilseia Batista.

Conflito de gerações

O rápido avanço da tecnologia provocou uma divisão dentro das corporações. De um lado, profissionais experientes tendo que mudar a forma de fazer tarefas que estavam habituados e passando a contar com a ajuda de aparelhos que facilitam a comunicação e otimizam processos.

Do outro, jovens que já nasceram embarcados no mundo digital, cheios de energia e velocidade, os chamados “millenials”. Mas nem tudo são flores. Junto com todo este ímpeto vem a falta de paciência e a dificuldade em compreender certas regras e procedimentos. “É preciso que ele tenha a capacidade de interagir, socializar, uma ideia do todo. Quando você faz parte de um grupo, o trabalho em equipe é fundamental. Se eles não estão integrados, certamente vamos ter um problema”, alerta Gysele.

Surge então um desafio para os gestores: tirar o melhor dos jovens colaboradores. Para Adilseia Batista, o acompanhamento próximo é a melhor solução. “Exige um gasto de energia maior por parte da liderança. Tem que facilitar a adaptação dele, a reflexão da postura, o quanto o comportamento dele impacta nos resultados. E no final encontrar um espaço onde ele vai ter um desenvolvimento e uma maior realização pessoal”.

Tudo isso sem esquecer da experiência que os funcionários mais velhos têm para colaborar com o bom andamento da corporação. “Essa convergência de referências é fundamental. É preciso potencializar isso dentro da empresa, criar um clima organizacional propício pra isso. Assim como o jovem tem uma facilidade imensa nesse aspecto tecnológico, o outro tem todo um repertório, uma construção de conhecimento consolidada com a maturidade profissional. É enriquecedora essa capacidade de compartilhar conhecimento”, enaltece Gysele Rogo.

No alvo

Se o desafio de valorizar o capital humano em meio ao desenvolvimento tecnológico já é difícil para qualquer empresa, imagine em uma empresa de...tecnologia! A GolSat existe há dez anos e atua no ramo de telemetria e gestão de frotas com um time de 130 colaboradores diretos. A média de idade é de 27 anos.

Mergulhada em um ambiente inovador, a empresa tem o foco voltado para as pessoas desde a sua fundação. “Elas são a base de todo o negócio. Pessoas competentes, felizes, trabalhando com propósito. Isso define muito mais sobre o futuro de uma empresa do que uma oscilação de mercado ou qualquer outra questão externa”, aponta o diretor de recursos humanos da GolSat, Carlos Tudisco.

Na hora de contratar novos funcionários, a capacidade técnica obviamente acaba sendo levada em conta, mas há outros fatores do comportamento humano que são considerados essenciais. “Quanto mais conhecimento prático, melhor. Mas buscamos pessoas com senso de pertencimento, responsabilidade com o trabalho, que demonstrem facilidade de relacionamento, empatia”, afirma Tudisco, reforçando que o crescimento da empresa de 30% ao ano está diretamente ligado ao perfil do time de colaboradores. “Tem a ver com a forma que elas reagem ao ambiente que a gente cria. Não contratamos máquinas, mas sim pessoas, que têm seus problemas comuns, com família, relacionamentos. Levamos tudo isso de forma bem humanizada aqui dentro. É um ambiente aberto, sem divisão entre as salas, todo mundo junto. Um lugar onde todos se sentem bem”, conta Tudisco.

Carlos Tudisco, da GolSat: Pessoas competentes, felizes, trabalhando com propósito. Isso define muito mais sobre o

futuro de uma empresa do que uma oscilação de mercado ou qualquer outra questão externa

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AMBIENTE CORPORATIVO

Por Susan Naime

Em tempos de transformação do mercado, ter colaboradores qualificados e satisfeitos com o ambiente de trabalho faz toda a diferença para as empresas que desejam manter seus negócios aquecidos e em evidência.

Atenta à importância desse quadro para a evolução das organizações, ACIL e Great Place to Work (GPTW) firmaram parceria pelo segundo ano consecutivo para aplicar pesquisa de clima organizacional às empresas associadas à entidade londrinense. O evento para apresentar as informações ocorreu no mês de março e reuniu mais de 80 empresários. “O segredo do sucesso é sempre colocar as pessoas no centro de tudo. Colaborador feliz rende mais e atende bem os clientes. É possível construir uma sociedade melhor transformando as organizações em melhores lugares para trabalhar”, ressalta Hilgo Gonçalves, embaixador do GPTW no Brasil.

Fernando Moraes, presidente da ACIL: “Atrás de cada área, de cada mesa, existe

um ser humano. E só ele será capaz de definir o futuro da organização, através

de sentimentos de crença e valor como a humildade, paixão, propósito e vocação”

SUA EMPRESA É UM EXCELENTE LUGAR PARA TRABALHAR?Parceria entre ACIL e GPTW certifica organizações que prezam pelo bem-estar dos colaboradores

“A valorização das pessoas precisa estar no DNA da empresa. Atrás de cada área, de cada mesa, existe um ser humano. E só ele será capaz de definir o futuro da organização, através de sentimentos de crença e valor como a humildade, paixão, propósito e vocação”, diz o presidente da ACIL, Fernando Moraes.

Através da parceria, as empresas associadas à ACIL que participarem e atingirem, de acordo com o GPTW, uma nota igual ou superior a 70 na pesquisa que deverá ser realizada com os funcionários, serão classificadas como um excelente lugar para trabalhar e receberão um selo de certificação que poderá ser utilizado no período de um ano em todo seu plano de comunicação.

As empresas com maiores notas participarão do Ranking ACIL GPTW e serão certificadas no Encontro Empresarial Lidere, em outubro deste ano, no Villa Planalto.

Já as empresas que tiverem acima de 30* colaboradores, além da certificação,

também estarão elegíveis a outros rankings que são divulgados pelo GPTW. *Neste caso, além da pesquisa com os colaboradores, será necessário também a realização do processo completo do

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Selo ACIL GPTW poderá ser utilizado no período de um ano em todo plano de comunicação da empresa

certificada

Claudia Malschitzky, diretora-executiva do GPTW: “Inovar não é ter um parque

tecnológico dentro da empresa. Inovar é as pessoas serem capazes de usar isso

para trazer o melhor à empresa”

Hilgo Gonçalves, embaixador do GPTW no Brasil: “Colaborador feliz rende mais e

atende bem os clientes”

CA (Culture Audit) referente às práticas de valor realizadas e comprovadas pela empresa.

A classificação é dividida por número de colaboradores, sendo quatro categorias: 5 a 29; 30 a 99; 100 a 999; e acima de 1.000.

As empresas interessadas em participar do Ranking podem entrar em contato com a gerente administrativo financeira da ACIL, Elisângela Andrade, pelo telefone (43) 3374-3000 e e-mail [email protected], ou com Wellington Virgovino, do GPTW, pelos telefones (41) 3027-6333, (41) 99632-7720 e e-mail [email protected]

As inscrições para o Ranking ACIL e demais Rankings devem ser feitas diretamente no site www.gptw.com.br . Para o ranking ACIL as inscrições vão até 30/08/2019. É importante observar que o prazo para inscrição de outros rankings é diferente do prazo ACIL.

Pessoas como protagonistas

Claudia Malschitzky, diretora-executiva do GPTW, ressalta que assim como os modelos de negócios passam por mudanças, a forma de se relacionar internamente também precisa ser reformulada. “Inovar não é ter um parque tecnológico dentro da empresa. Inovar é as pessoas serem capazes de usar isso para trazer o melhor à empresa. Pessoas são nossos maiores atrativos, e esta tarefa começa pelo departamento de Recursos Humanos”.

Segundo ela, outro ponto forte a ser trabalhado com os colaboradores é a cultura da confiança. “É preciso trabalhar o protagonismo dentro das empresas, ou

seja, colocar o colaborador como parte da solução. Afinal de contas, as pessoas não estão lá para apenas executar uma tarefa, mas sim para proporcionar um resultado final. É inquestionável: a cultura da confiança traz os melhores resultados para a empresa”, afirma Claudia Malschitzky, que ainda completa: “Não adianta pensar fora da caixa e guardar as ideias dentro dela, mas para tirar da caixa é necessário confiança”.

ACIL GPTW

O GPTW é um instituto que realiza pesquisa, consultoria, capacitação e certificação de empresas em 61 países, e também publica a lista das melhores empresas para trabalhar no estado do Paraná, Brasil e América Latina.

Em 2017, a ACIL foi eleita a quarta melhor empresa para trabalhar no Paraná. O título se refere ao segmento de empresas na faixa de 30 a 99 colaboradores. No ano passado, a entidade deu um salto de três posições, levando o primeiro lugar entre as pequenas empresas no ranking Melhores Empresas Para Trabalhar em 2018. “Nossa conquista é reflexo dos princípios da união que norteiam o associativismo e permeiam as relações entre os colaboradores. Buscar esse prêmio melhora a organização e o clima no ambiente de trabalho”, explica o presidente da ACIL, Fernando Moraes.

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RESPONSABILIDADESOCIAL

Por Ranulfo Pedreiro

Presas e sem trabalho. Esta é a realidade de pelo menos 14.402 pessoas que vivem no Paraná, segundo dados do Departamento Penitenciário (Depen) da Secretaria de Segurança Pública, referentes ao mês de junho de 2018. A ociosidade se prolifera pelas penitenciárias e cadeias do Estado, geralmente lotadas. Dos 20.819 detentos contabilizados na época, apenas 6.417, ou 30,82%, exerciam alguma atividade profissional.

Para reverter o quadro, o Depen está desenvolvendo, em todo o Paraná, as Unidades de Progressão (UP). Elas devem oferecer canteiros de trabalho a 100% de seus detentos, inclusive em locais externos à unidade prisional. Ou seja, muitos vão poder trabalhar fora, mesmo cumprindo pena em regime fechado. Trata-se de uma medida com vários objetivos, entre eles a reinserção social, a diminuição da pena, a prevenção do crime reincidente e, principalmente, oferecer uma perspectiva

PORTA DA ESPERANÇAACIL quer conscientizar empresários sobre a importância das vagas de empregos para detentos em parceria para a criação de uma Unidade de Progressão em Londrina

de futuro, muitas vezes rara para quem está atrás das grades.

Alguns passos já foram dados para que Londrina desenvolva pelo menos uma Unidade de Progressão na Penitenciária Estadual de Londrina II (PEL II). Entre eles, uma parceria com a ACIL para divulgar os benefícios da iniciativa junto ao empresariado. Um dos blocos da PEL II será preparado para receber a UP. Hoje, a unidade conta com 1.250 detentos. Aqueles que forem selecionados para a UP vão ter a oportunidade de trabalhar fora da penitenciária.

Via de mão dupla

Os benefícios são amplos. Trabalhando, o detento consegue ajudar no sustento da família, reduzir a própria pena, interagir com a sociedade, poupar dinheiro, qualificar-se como mão de obra e entrar para o mercado de trabalho. A esperança traz tranquilidade ao ambiente carcerário. E os presos que trabalham têm menos

chance de voltar para a cadeia. Mesmo considerando as exceções - os marginais convictos -, as vantagens contemplam quem está dentro e fora do sistema carcerário.

Por sua vez, os empresários contribuem para a ressocialização, ajudando a diminuir os índices de criminalidade e, de quebra, ainda conseguem uma boa desoneração na folha de pagamento.

“É uma parceria para buscar a inclusão dos detentos no mercado de trabalho. A gente está dando oportunidade ao fazer uma conexão com o empresário. Já que a mão de obra é algo às vezes complexo de se formar em nosso contexto, é uma aproximação que faz bastante sentido. As conversas vêm sendo bastante positivas”, comenta Rodrigo Geara, superintendente da ACIL.

A parceria ainda está em fase de estruturação. De um lado, os detentos estão sendo selecionados. Do outro, a ACIL está trabalhando com o empresariado para conscientizar sobre

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FORÇA DE TRABALHO ESTÁ À ESPERA DE OPORTUNIDADES

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a importância do projeto e conseguir adesões.

“Os presos selecionados apresentam bom comportamento e estão próximos de adquirir o direito de liberdade, próximos de serem novamente trazidos para a sociedade. Queremos dar oportunidade de trabalho, com profissionalização por meios de cursos, escola formal e até o ensino superior. Nós procuramos a ACIL porque a gente sabe a importância que ela tem em toda a nossa região”, ressalta Reginaldo Peixoto, diretor do Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon).

O empresário que abrir vagas de trabalho para detentos vai contar com isenção de férias, 13º e FGTS, uma vez que o preso não está sujeito à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Já o detento tem redução de um dia de pena para cada três dias trabalhados. A remuneração é paga ao Estado. Parte da verba vai para a família do detento, parte vai para uma poupança a ser utilizada após a liberdade.

O direito ao trabalho é garantido pela Lei de Execução Penal (LEP) nº 7210 de 1984, conforme o artigo 126: “O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena”.

“Para nós, trata-se de cumprir o que prevê a LEP. Esse preso, quando sair em

liberdade, poderá continuar trabalhando na empresa, só vai mudar o vínculo empregatício. E será monitorado por tornozeleira, o empresário terá essa garantia. Se o preso der um passo fora da área de monitoramento, nós vamos saber”, comenta Emerson das Chagas, diretor da PEL II.

Os benefícios estão descritos na página do Depen na internet: “Evita os efeitos do ócio, desenvolve o senso de responsabilidade, ajuda a conservar o equilíbrio orgânico e psíquico, melhora a autoestima atuando como recurso indispensável no processo de reintegração social e na remição da pena”.

Para Reginaldo Peixoto, a iniciativa também ajuda a combater a violência. “O preso ganha a reinserção na sociedade e no mercado de trabalho. Vai sair mais rápido, vai sustentar sua família, vai ter uma educação para não voltar e vai aprender uma profissão. Além dos incentivos fiscais que os empresários podem ter, a ACIL está ajudando a diminuir os índices de criminalidade”.

Novas oportunidades

Entre os empresários interessados está Marcus Gimenes, diretor da MGL Mecânica de Precisão e diretor industrial da ACIL. “A perspectiva é que a gente

consiga contratar algumas pessoas que estão no regime fechado, que a gente ajude no processo de inclusão, de recuperação de detentos, dando um trabalho digno. Para a empresa, é um trabalhador que custa um pouco menos. Será uma experiência para ver se o projeto é viável. Em tese, os benefícios são para todos os lados, vamos ver na prática”, explica.

Trabalhando há nove anos com detentos, o empresário Elvis Brantegani, diretor comercial da Superbag Londrina, não abre mão da parceria. Mas alerta: lidar com detentos exige respeito, autoridade, seriedade e disciplina. “Muitos estão a fim de se ressocializar. O departamento de Recursos Humanos deve filtrar isso e perceber se o detento está qualificado e apto para a função”, ressalva.

Brantegani conta hoje com mão de obra de 35 detentos do regime semiaberto. “O programa hoje é fundamental para a minha empresa. Tem mais prós do que contras”, avalia.

A princípio, em curto prazo, a Unidade de Progressão de Londrina contaria com 320 presos, todos eles trabalhando. “Já temos aval tanto do Ministério Público quanto do Poder Judiciário”, revela Reginaldo Peixoto, lembrando que os detentos da cidade já ajudaram a reformar o Autódromo, pintar faixas de rua, reformar o Moringão e até construir conjuntos habitacionais. Essa força de trabalho está à espera de oportunidades.

Reginaldo Peixoto, do Creslon: “O preso ganha a reinserção na sociedade e no

mercado de trabalho. Vai sair mais rápido, vai sustentar sua família, vai ter uma

educação para não voltar e vai aprender uma profissão”

Trabalhando há nove anos com detentos, Elvis Brantegani conta hoje com mão de

obra de 35 detentos do regime semiaberto

Emerson das Chagas, da PEL II: “Esse preso, quando sair em liberdade, poderá

continuar trabalhando na empresa, só vai mudar o vínculo empregatício. E será

monitorado por tornozeleira, o empresário terá essa garantia”

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PERFIL

Por Fernanda Bressan

Tudo o que se planta com dedicação gera frutos. Do sítio do interior de Minas Gerais nasceu um menino inovador e observador. Eduardo Frezarin ainda era garoto quando teve as primeiras experiências com vendas. Hoje, está à frente de um grande grupo empresarial e lançou uma startup premiada para a área de eventos.

“Sou mineiro, de família pobre que vivia plantando café, uma agricultura familiar mesmo, de subsistência. Isso despertou em mim um desejo de fazer algo diferente. Quando tinha 13 anos comecei a vender roupas, minha tia trazia do Brás e eu vendia de porta em porta”, conta. Eram os primeiros passos da inquietude de quem queria buscar novos horizontes.

Pouco tempo depois, ele já estava estudando no colegial técnico. “Odiava todas as matérias, menos uma, a de empreendedorismo. A disciplina falava tudo o que fazia sentido para mim e isso me contagiou”, explica. “Com 17 anos, fui para

OLHAR APURADO, FARO CERTEIROA inspiradora história do empresário Eduardo Frezarin, nascido na zona rural,

encantado por empreendedorismo e tecnologia, observador hábil das necessidades do mercado. Em plena colheita, ele enumera os truques que o levaram ao sucesso

São Paulo trabalhar em uma empresa de telecom, mas o sonho de fazer algo diferente continuava. Assistia o programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios toda semana, sonhava em vender suco na praia, ter uma pousada em Santa Catarina, até que em 2002 precisei vir a Londrina porque uma londrinense pescou meu coração”, recorda.

Sem conhecer nada na cidade, Eduardo começou a dar aulas na Adetec, experiência que o fez conhecer muitas pessoas. No ano seguinte, nascia a Frezarin Eventos, primeiro CNPJ oficial dele. “De lá pra cá, tem sido, ano após ano, aprender com os erros, superação. Em 2006, cheguei a um ponto que não tinha dinheiro para pagar a conta de energia elétrica de casa. Parei, recapitulei a minha vida, resgatei os valores e desde então eu não tive mais nenhum momento sem faturamento”, relata.

Era o início da jornada que daria origem ao Grupo Frezarin e, mais recentemente, à Yazo, startup que desenvolveu um aplicativo inovador a partir da visão atenta do empresário para as necessidades do segmento de eventos.

Eduardo Frazarin: o que move o grupo é a vontade de entender o que as pessoas querem

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“UMA STARTUP NASCE COM UMA PROPOSTA PARA RESOLVER UM PROBLEMA”

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Ousado e sem controle

O lado empreendedor de Eduardo cresceu em 2011 quando ele participou do Empretec, programa do Sebrae. “Descobri que tinha uma parte de todos os 10 pilares do empreendedorismo, mas eu era muito ousado e sem controle”, recorda.

Ao entrar depois para o MEG – Modelo de Excelência em Gestão, ele deu mais uma reviravolta. “O MEG me fez olhar para a empresa em 360°, para as pessoas, os processos, o financeiro, a inovação, o resultado, era como se antes eu olhasse para a empresa com a visão turva de uma água de rio e, depois, esta visão fosse cristalina como uma água de piscina”, compara.

O caminho continuou em 2015 quando Eduardo foi a São Paulo participar de um evento da Cisco Systems, empresa de tecnologia, e lá se deparou com o que ela chama de “uma grande empresa de tecnologia lidando com um evento de forma arcaica, subindo em um banquinho com microfone na mão para dar uma informação importante”. Desta fragilidade, ele viu uma oportunidade de negócio. “Sou da área de tecnologia e da área de eventos e vi ali que a área de eventos precisava de uma solução para se organizar, melhorar a comunicação, ter um contato eficiente com o público e gerar engajamento. Saí daquele evento com isso em mente e procurei o Sebrae”, conta.

O programa Sebraetec Diferenciação foi o caminho que ele encontrou para dar os primeiros passos no que se transformaria na Yazo. “O programa tinha recursos para 10 empresas apenas, então tinha que passar por um processo de seleção. Escrevi toda a ideia de desenvolver uma ferramenta para a área de eventos para melhorar comunicação e criar engajamento e o projeto foi selecionado”.

O grande diferencial foi que Frezarin viu de fato um problema na área, a dificuldade de manter a atenção dos participantes em um evento. “Uma das maiores dores do organizador é a dificuldade de engajar o público: ele faz um evento lindo, gasta pra trazer bons palestrantes, cria uma estrutura excepcional de audiovisual, contrata o melhor buffet... Só que a pessoa senta, assiste 15 minutos de palestra, abre o celular e vai responder o whatsApp e e-mail. Pensei: poxa, temos que trazer o evento para a palma da mão da pessoa. Se ela olha para o celular várias horas por dia, é inevitável que ela vai ficar olhando para a tela do celular durante o evento”, explica o empreendedor.

A ideia era transformar os participantes em protagonistas do evento. “Pelo aplicativo o público pode fazer publicação de conteúdo, responder enquetes, enviar pergunta pra palestrante, jogamos o resultado disso nas telas e o participante está no evento não mais como um mero espectador, ele passa a estar no evento como um contribuinte do conteúdo, alguém que tem uma importância maior ali e isso acaba atraindo mais a atenção dele”, garante.

O início do desenvolvimento do aplicativo se deu no Instituto Senai de Tecnologia, depois Eduardo contratou uma equipe para dar sequência aos trabalhos. “Contratei alunos do próprio Senai e hoje temos cinco pessoas na equipe desenvolvendo o aplicativo”, diz.

Em abril de 2018, a Yazo foi oficialmente lançada. “De outubro de 2015 até abril de 2018 foi um tempo de pesquisa, de desenvolvimento, de validar isto com o mercado para ver se estava no caminho certo. Uma startup nasce com uma proposta para resolver um problema, antes de validar uma solução a gente tinha que validar o problema, saber se ele realmente existia”, pondera. E, de fato, a falta de engajamento e interação nos eventos era uma pedra no sapato.

Triunfo no hackathon

A validação do app teve momentos especiais. “Em 2017 foi o auge deste momento de validação. Participamos de um hackathon em um fórum de eventos em São Paulo. O hackathon é uma competição de tecnologia, uma maratona. No começo se expõe alguns problemas e a gente prepara uma solução para eles. Quando vi os problemas apresentados, eram exatamente os problemas que a gente vinha pesquisando pela Yazo, fazia muito sentido eu pegar os membros da minha equipe e levar para este evento. E fomos”, conta.

Por lá eles disputaram com outras seis equipes. “Neste hackathon validamos o projeto com no mínimo dez organizadores de grandes eventos, com professores universitários de turismo e eventos”, relembra. “A partir daí, o produto que a gente vinha desenvolvendo teve um upgrade absurdo. Ouvimos quem realmente sente as dores e organiza grandes eventos. Melhoramos funcionalidades, fizemos adequações para atender melhor às necessidades das pessoas e, para nossa surpresa, a gente ganhou este hackathon”.

Outros prêmios vieram, como o Jacaré de Prata no Prêmio Caio e, com a maturação do projeto, a Yazo se tornou uma spin-off do Grupo Frezarin, uma nova empresa com CNPJ e vida própria.

Hoje, eventos de todo o país – e até de fora do Brasil - podem usufruir dos benefícios do app, que é personalizado para cada evento, cada necessidade. “Temos uma plataforma do aplicativo que copiamos e, a partir dela, personalizamos para cada evento com a logo, as funções que são necessárias para aquele evento e publicamos isso nas lojas de aplicativos. A empresa nos paga um licenciamento para usar o aplicativo por um período determinado. Não vendemos o app”, explica.

Como o menino do interior se interessou tanto por inovação e tecnologia e criou uma startup? A resposta do hoje, empreendedor de 37 anos, remete a raízes bem mais profundas. “Uma coisa que eu sempre tive foi um interesse de entender as pessoas”, esclarece.

“Sempre gostei de tecnologia, mas antes de gostar de tecnologia observo a forma como as pessoas se comportam. Nesses 15 anos trabalhando com eventos é muito comum me ver lá no fundo de pé prestando atenção nas pessoas, observando o que chama mais a atenção. Prestar atenção nas pessoas pra mim é a chave da inovação”, ensina. “A tecnologia por si só não resolve nada. Ela não tem poder nenhum. É uma mera ferramenta. Uber, Netflix, IFood, eles não têm grandes ferramentas tecnológicas, não criaram nada que já não existisse, o segredo não está na tecnologia, mas em entender o que as pessoas querem e usar a tecnologia para atender isso”, conclui.

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LEC

UMA PAIXÃOAZUL E BRANCANo ano em que completa 63 anos de fundação, Tubarão quer fisgar apoio da torcida e empresariado para conquistar o sonhado acesso à Série A do Brasileirão

Claudio Canuto: “Se o LEC subir e se manter na Série A, será a maior conquista do esporte de Londrina”

Por Claudemir Scalone

Sessenta e três anos atrás, um grupo apaixonado por futebol provou ser possível fundar um clube profissional em Londrina. Em 5 de abril de 1956 nascia o Londrina Futebol Clube, mais tarde rebatizado de Londrina Esporte Clube. E essa paixão vem fisgando uma legião de fãs desde então. Como a esteticista Fátima Almeida Rubio, 50, o aposentado Wilson Barbosa Silva, 58, e três gerações da família Agostini: o aposentado Orlando Marcos, 78, o filho e professor de Geografia Reginaldo Cavalcante, 40, e o neto e estudante Cauã Fonseca, 10.

Mas os dirigentes do LEC e da SM Sports – gestora do departamento de futebol do clube desde 2011 - querem conquistar o apoio maciço do torcedor e dos empresários com o “Sócio Tubarão”, programa que oferece livre acesso aos jogos e desconto em uma rede de lojas parceiras. Com esse reforço financeiro no caixa, eles sonham em recolocar o mais tradicional clube do interior do Paraná na Série A do Campeonato Brasileiro. A última vez que o Londrina participou da primeira divisão nacional foi 1982.

Mas o que a cidade tem a ver com isso? O diretor-executivo do Londrina Convention & Visitor Bureau (LCVB), Arnaldo Falanca, vê muitos ganhos para toda a cidade no possível acesso do LEC e todo o giro financeiro que o “negócio futebol” pode proporcionar. “Cresce a autoestima do londrinense e estimula os negócios na cidade. Há também ganho em satisfação, visibilidade para o clube, para a cidade e para o comércio, postos de combustíveis, shoppings, bares, restaurantes e hotéis”, cita Falanca. “Seria maravilhoso não só para o time, mas principalmente para movimentar o comércio do município como um todo”, concorda Sandro Henrique dos Santos, assessor de eventos da Fundação de Esportes de Londrina.

Ambos admitem ser difícil mensurar a movimentação financeira de um hipotético jogo entre o LEC e um grande clube do futebol no Estádio do Café em 2020. O diretor do LCVB sugere que, se o sonho virar realidade, seja feita uma pesquisa para chegar a esse cálculo. Falanca cita a pesquisa do Ministério do Turismo que aponta que cada turista que pernoitar em hotéis da cidade gasta em torno de R$ 350 por dia. “Londrina é uma cidade bonita, que sabe receber bem e seria uma oportunidade para mostrá-la aos torcedores de outros estados.”

Santos, por sua vez, estima que 60% dos 27 mil torcedores presentes no jogo do Palmeiras (2018) e dos 22 mil na partida do Corinthians (2019), no Estádio do Café, vieram de outras cidades do Paraná e de outros estados. “É um volume grande de torcedores que vão consumir

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Amor pelo Londrina já passou por três gerações: Cauã Fonseca, 10, Orlando Marcos, 78, e Reginaldo Cavalcante, 40

produtos, alimentos e bebidas”, observa. “Se o LEC subir e se manter na Série A, será

a maior conquista do esporte de Londrina”, afirma o presidente do time, Claudio Canuto, 50, que cumpre o seu segundo mandato à frente do clube (2011-2013 e 2017-2019). O acesso ajudaria ainda a engordar as cotas de TV do clube que saltariam dos R$ 5,6 milhões na Série B deste ano para R$ 50 milhões na Série A em 2020.

Segundo Marcelo Risso, diretor de Marketing da SM Sports, o clube e a gestora esperam incrementar a venda do sócio-torcedor com a antecipação do anúncio do retorno do atacante Dagoberto, 36 anos, para a Série B. Na Série B de 2018, Dagol defendeu o LEC e foi o artilheiro da competição com 17 gols jogando apenas 19 das 38 rodadas devido a uma contusão.

Fã de carteirinha

A esteticista Fátima Almeida Rubio, 50, começou a se interessar pelo LEC em 1995, quando o clube contratou o ator e dublê de técnico Nuno Leal Maia. “Não era fanática por futebol naquela época. Havia muito preconceito em relação à mulher nos estádios.” A presença mais constante nas arquibancadas se deu a partir de 2011 com a parceria do Londrina com a SM. Motivada pelo filho pequeno que gostava do LEC, Fátima Rubio passou a ir ao estádio. Desde então, se faz presente em jogos dentro e fora de Londrina e até recepciona os jogadores no aeroporto.

Ela é literalmente uma fã de carteirinha do Tubarão, tendo aderido a todos os programas de sócio torcedor lançados pelo clube. E se o LEC jogar na cidade não tente convidá-la para algum evento. “O pessoal já sabe: quando tem jogo do Londrina não

convide a Fátima”, adverte ela, lembrando que já deixou de ir no aniversário do neto e até em casamentos.

Torcida em família

O amor pelo LEC virou tradição entre os Agostini. Seo Orlando, o patriarca, já frequentava o VGD na década de 1970. Com a inauguração do estádio do Café em 1976, e a inesquecível campanha no Brasileirão de 1977/78, não perdia um jogo do Tubarão. Desde cedo levou o filho Reginaldo ao estádio. “Vou ao Café desde que me conheço por gente”, atesta Reginaldo. “Fui criando um vínculo afetivo com o clube. Temos de valorizar o clube que é de Londrina. Sempre procuro influenciar aqueles que torcem para clubes de fora que vale a pena torcer para o LEC”, reforça Reginaldo, que seguiu os passos do pai. “O Cauã vai ao estádio desde bebê.”

Reginaldo também aderiu a todos os programas de sócio-torcedor pelo clube. Este ano comprou o sócio mirim para o filho, que há três anos frequenta o estádio com mais assiduidade, motivado pelo título da Primeira Liga conquistado pelo LEC em 2017, em jogos memoráveis contra Cruzeiro e Atlético Mineiro, ambos decididos nos pênaltis. E a atuação do goleiro César, que defendeu cinco pênaltis (três contra a Raposa e dois contra o Galo), aumentou o amor do pequeno Cauã pelo futebol e pelo Tubarão. “Virei goleiro por causa do César”, conta o garoto que treina hoje no Colégio Londrinense e, em 2020, entrará para a base do LEC.

Os Agostini estão otimistas quanto à participação do LEC na Série B. “Espero uma boa campanha e a classificação para a Série A”, diz o caçula. “Este ano é para subir. Não há times grandes, o Londrina está mais

calejado e o Malucelli vai investir mais”, aposta Reginaldo. “Acho que o LEC sobe. O time deve ter aprendido que tem que caprichar mais no primeiro turno”, alerta seo Orlando. Ah, e como a Fátima, eles já abandonaram uma festa no meio para ver o Tubarão jogar.

Luxa: presença marcante

Wilson Silva é presença marcante nos jogos do LEC. Apelidado de Luxemburgo, em referência ao técnico Vanderley Luxemburgo, vai paramentado aos jogos com camisa do LEC, gravata e blazer. A reportagem da Mercado em Foco o encontrou casualmente numa sexta-feira, no VGD, onde ele foi assistir a um jogo do time de base do clube – partida adiada por causa da chuva. Ele está sempre abaixo das cadeiras cativas do Café e “orienta” os jogadores aos berros, numa espécie de segundo treinador do time profissional. “Sempre me inspirei no Luxemburgo pela estratégia que fez no Palmeiras”, diz Luxa, que desde os 13 anos ia ao VGD. Luxa, que já deixou de ir ao aniversário de um neto por causa do LEC, também confia no acesso à Série A, mas adverte. “Tem que fazer mais algumas contratações.”

Fátima Almeida Rubio, esteticista: “quando tem jogo do Londrina não convide a Fátima”

Wilson Barbosa Silva, aposentado: presença marcante em todos os jogos do LEC

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BEM-ESTAR

Da Redação

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério do Trabalho, transtornos mentais e emocionais são a segunda maior causa de afastamentos e abstenções do serviço. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que uma em cada quatro pessoas sofrerá com um transtorno da mente ao longo da vida.

Pollyanna Vicência dos Santos, psicóloga clínica, afirma que a saúde mental e emocional são determinadas por uma série de fatores ambientais, biológicos, socioeconômicos e outros. Ter esse bem-estar psicológico e emocional, segundo ela, promove ao indivíduo habilidades para lidar com tensões normais do dia a dia, capacidade para ter relações interpessoais, ser produtivo, ter autoestima, disposição física e mental para cuidar de si e garante que as decisões tomadas sejam mais sensatas.

A psicóloga conta que tanto em sua clínica quanto nas palestras que ministra sobre o tema, são constantes as reclamações sobre o ambiente de trabalho. “Já ouvi relatos de diversas situações que são prejudiciais a saúde mental e emocional do trabalhador. Muitos são cobrados excessivamente, não há clareza na definição das funções, falta segurança, má gestão, os chefes e coordenadores são pouco compreensivos, a comunicação é ineficaz, há uma sobrecarga de trabalho, os ambientes são insalubres, existe assédio moral, psicológico e até mesmo sexual. Essas são algumas das causas que fazem o indivíduo perder o equilíbrio mental e emocional, e em casos extremos levando-o a adoecer fisicamente”, explica.

Apesar da grande quantidade de pessoas afetadas por esses desequilíbrios, muitas empresas, e até os próprios colaboradores, ainda tratam a saúde mental e emocional como um tabu, associando o assunto a termos como “frescura” ou “loucura”, enxergando aqueles que se afastam do trabalho por esse motivo com preconceito. Esse olhar crítico, que discrimina o próximo, é herança de uma cultura antiga onde ir ao psicólogo é “coisa de louco”. Para Santos, devido a esse julgamento, muitas pessoas não procuram o atendimento necessário para fazer o tratamento correto. “Além desse pensamento ser errado, ele se transforma em uma grande barreira contra a aceitação desses problemas na sociedade”, relata.

E A SUA SAÚDEEMOCIONAL,COMO VAI?A cobrança excessiva, os prazos apertados e uma comunicação ineficaz são alguns fatores que levam a um ambiente de trabalho insalubre. Para evitar esse quadro, torna-se essencial falar sobre os cuidados com a saúde mental e emocional, desmitificar os conceitos sobre o tema e quebrar o tabu dentro das empresas

Há algum tempo atrás, enquanto palestrava em uma grande empresa de Londrina, Pollyanna Santos percebeu que ainda é necessário uma ampla divulgação sobre o tema para “quebrar” esses antigos conceitos. “Um funcionário me questionou com espanto e até mesmo com certo deboche sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e emocional, então expliquei de forma clara os motivos. No fim, ele também desconhecia os direitos do trabalhador sobre os atestados médicos e tratamentos essenciais nesses casos”.

Além de determinar quais situações causam esses problemas mentais e emocionais no indivíduo, é importante estar atento aos sintomas que podem se manifestar. “Taquicardia, tensão muscular, boca seca, dores no estômago, mãos frias e suadas, sensação de cansaço, dificuldade de memorização, alteração do sono e humor, falta de ânimo, angústia, desespero, irritação e agressividade são apenas alguns exemplos de fatores relacionados ao estresse patológico”, afirma Santos.

O estresse patológico é caracterizado pela permanência. O trabalhador passa por uma situação estressante (grande demanda ou conflito) e o estresse aparece. Sem conseguir lidar com o fato, o estresse permanece e se acumula, até atingir os níveis da exaustão total. “É importante cuidar da saúde mental e emocional para não deixar os trabalhadores atingirem esse nível de exaustão, conhecido com Síndrome de Burnout, que em casos extremos leva a depressão”, alerta Santos.

Para a Pollyanna Vicência dos Santos, empresas e colaboradores não devem interpretar saúde mental e emocional como tabu

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Para melhorar o estresse o trabalhador pode aderir a hábitos saudáveis. “Ninguém está livre de situações de estresse, porém é fundamental procurar maneiras de aliviar a tensão e ansiedade. Dormir e se alimentar bem, ter momentos de lazer são forma de lidar com os problemas de trabalho e preservar a saúde mental e emocional”, pontua.

Segundo a psicóloga, é fundamental que a empresa saiba de sua importância no cuidado com a saúde mental e emocional. “As iniciativas para diminuição do estresse podem e devem ser promovidas pela empresa”, recomenda a profissional, que separou algumas dicas para tornar o ambiente corporativo mais agradável (ver quadro).

Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout é resultado de um estresse prolongado que não foi gerenciado E se refere a exaustão total do trabalhador. “É um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, consequência do acúmulo de situações desgastantes que leva o indivíduo a perder o interesse em trabalhar”, afirma Pollyanna Santos.

O funcionário que sofre com essa Síndrome apresenta um esgotamento físico e mental, sensação de impotência e falta de expectativas, além de ter suas qualidades profissionais afetadas, perda de sua autoconfiança, perseverança e dedicação.

Em uma situação onde o trabalho se acumula, as responsabilidades e demandas aumentam e os prazos são curtos, sintomas físicos e psicológicos podem ser facilmente notados. “Dores, cansaço, desânimo, apatia, falta de interesse, irritabilidade, alteração do sono

e apetite e tristeza excessiva são alguns indícios da Síndrome de Burnout”, alerta.

Chegando a níveis extremos, esses sintomas levam a um colapso físico e emocional, sendo necessária atenção médica urgente devido ao risco de suicídio.

Tanto para a ansiedade e estresse do dia a dia, quanto para a Síndrome de Burnout, o diagnóstico só pode ser realizado por um profissional de saúde mental e emocional, seja um psicólogo ou psiquiatra. As formas mais comuns de tratamento são a psicoterapia. “É uma conversa, o profissional se baseia nos sintomas apresentados, na história pessoal e na contextualização no momento em que o indivíduo vive. Dessa forma, ele sabe identificar o estresse do cotidiano, também tratando-o, de um estresse acumulativo que resulta nessa Síndrome”, explica Santos.

Como melhorar a saúde e bem-estar na empresa

• Adote medidas de treinamentos de lideranças• Promova ações que fortaleçam os vínculos interpessoais• Ginástica laboral para melhorar a saúde e bem-estar• Momentos de descontração• Faça o funcionário sentir-se valorizado• Garanta a liberdade de expressão• Mude políticas e práticas prejudiciais• Crie um debate de conscientização sobre a saúde mental e

emocional• Seja um líder que incentiva e apoia

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COLUNAACIL

Associados e parceiros se reúnempara transmissão de posse da ACIL

O mês de março foi mais que especial para a nova diretoria da ACIL. A festa de transmissão de cargo, no Villa Planalto, movimentou o setor produtivo de Londrina e reuniu associados da entidade, autoridades, parceiros e imprensa. Fernando Moraes comanda a equipe formada por 16 diretores e 19 conselheiros na gestão 2019-2021.

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 39

Tedeschi passa a liderar Conselho Deliberativo

Uma reunião na noite de 3 de abril, realizada no Palácio do Comércio, oficializou a troca de comando no Conselho Deliberativo da ACIL. Por aclamação dos conselheiros empossados em março para o biênio 2019/2021, o ex-presidente George Hiraiwa cedeu a cadeira a outro ex-presidente da entidade, Claudio Tedeschi. O presidente Fernando Moraes cumprimentou ambos pela dedicação de voluntários à causa associativista e apresentou o plano de trabalho da Diretoria Executiva para mandato de dois anos. Composto por 13 membros, o Conselho Deliberativo é o órgão interno que funciona como guardião do estatuto que rege a entidade.

ACIL recebe visita do presidente da Fomento Paraná

O diretor presidente da Fomento Paraná, Heraldo Alves das Neves, visitou o Palácio do comércio no mês de abril. Acompanhado de assessores, Neves foi recebido pelo presidente da ACIL, Fernando Moraes, pela presidente do Conselho da Mulher Empresária, Marisol Chiesa, pelo ex-presidente Flávio Balan e pelo superintendente da Casa, Rodrigo Geara. A ACIL mantém parceria e conta com um ponto de atendimento da instituição financeira do governo estadual nas suas dependências.

Com o governador, em defesa de Londrina

O governador transferiu sua administração por dois dias para Londrina, durante a última Expo. Entre tantos compromissos na sua disputada agenda, Carlos Massa Ratinho Júnior esteve por algumas horas no Palácio do Comércio e foi recepcionado pelo presidente Fernando Moraes, diretores, ex-presidentes e líderes parceiros. No encontro, ele recebeu uma lista de prioridades para o quadriênio 2019/2022, entre as quais recursos para a revitalização do quadrilátero central e a redução da burocracia na rotina das empresas. A intenção da ACIL é permanecer vigilante em relação às propostas e, como uma das vozes mais atuantes da sociedade civil da região, manter um diálogo permanente com o Palácio Iguaçu.

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COLUNA CME

Café com Ideias reúne mais de 100 empresárias

O Café com Ideias, projeto assinado pelo Conselho da Mulher Empresária, começou sua história e em grande estilo. No mês de abril, a força do empreendedorismo feminino se materializou no auditório da ACIL, com a presença de mais de 100 mulheres. A ideia é ampliar o conhecimento das participantes através de networking e palestra. A estreante foi a executiva e consultora Carla Fuganti, que explorou o tema “Regras para o Sucesso Financeiro de uma Empresa”. A presidente do CME, Marisol Chiesa, e a empresária Kimiko Yoshii também foram responsáveis por transmitir energia e inspiração às participantes.

Expo recebe 3ª Rodada de Negócios Mulheres em Ação

Mais de 150 empresárias participaram no mês de abril, na ExpoLondrina, da 3ª Rodada de Negócios Mulheres em Ação. O evento, exclusivo para mulheres, teve como palco a Casa do Criador e foi promovido pelo Conselho da Mulher Empresária da ACIL, Sociedade Rural do Paraná e Sebrae. As participantes puderam apresentar suas empresas, prospectar novas parcerias e fechar bons negócios. “Quando é que uma empresa tem a oportunidade de falar sobre seu negócio para 160 empresas em um único dia? E conhecer 160 modelos diferentes de gestão em um único dia? Isso já diferencia a empresa no mercado de trabalho”, ressalta Marisol Chiesa, presidente do CME. As entidades parceiras já fazem planos para a Rodada de 2020.

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Associação Comercial e Industrial de Londrina 41

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CESTAS BÁSICASFielRua Marselha – 251 – Casa

TINTASVivacorRua Mossoró – 431 Limão RosaRua Araguaia – 264 – Sala 2

ARTIGOS ESPORTIVOSLufit Loja VirtualRua Prefeito Faria Lima – 1390 – Sala 3

EQUIPAMENTOS PARA LABORATÓRIO Brax TecnologiaRua Amaro Romeu Ramalho – 56

ARTIGOS DE ARMARINHOParaná AviamentosAv. Tiradentes – 200

UTILIDADES DOMÉSTICASPLVX Comércio de Utilidades DomésticasAv. Higienópolis – 1235 – Sala 1

COM. DE VEÍCULOSMetronorteAv. Juscelino Kubitschek – 2700

COM. VAREJISTA DE VESTUÁRIODiulliAv. Theodoro Victorelli – 150 – Loja L 49 – Shopping BoulevardGata de SaltoAv. Santo Magrini – 715

PRODUTOS SANEANTES DE USO DOMICILIARLimp Plus Londrina Produtos de Limpeza e ConcentradosRua Fábio Luciano Magalhães – 214

EMPILHADEIRASEuromaq Rental EmpilhadeirasAv. Prefeito Milton Ribeiro Menezes – 740

ARTIGOS DE COLCHOARIALeandro Ferreira dos Santos ColchoariaRua Pioneira Maria Campos Lomes – 320 – Maringá – PR

EMBALAGENSC M Matrizes e EmbalagensRua do Rouxinol – 455

MÓVEISA&J Representações ComerciaisAv. Mario José Romagnolli – 607Casa Nova Av. Ayrton Senna da Silva – 850 – Loja 3Petrhus Móveis Planejados e DecoraçãoAv. Maringá – 1995 – Salas 1 e 2

BIJOUTERIAS E SEMI JOIASAna Luz BijouxAv. Higienópolis – 1850 – Loja 9

CONFECÇÕESSilvia DoreAv. Harry Prochet – 1150

IMOBILIÁRIAS E CORRETORASCentury 21 ImóveisAv. Higienópolis – 961 – Sala 2Imobiliária TatyAv. Serra da Graciosa – 158 – Sala 2G V Empreendimentos Imobiliários Rua Procópio Ferreira – 1241InternegóciosAv. Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha – 3805 – Maringá – PR

ESCOLA DE IDIOMASWe RockRua Jonathas Serrano – 727

TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTOPresence ConsultoriaRua Principal – Casa – Linha KM 10 – Santo Antônio do Sudoeste – PR

Venio Cursos e TreinamentosRua Paranaguá – 539 – APTO 704Silvano Beroli Performance Empresarial de Alto Impacto Rua Caetano Munhoz da Rocha – 21

COMUNICAÇÃO VISUAL AltaimagemRua Santa Ruth – 127

ATIVIDADES DE COBRANÇA E INFORMAÇÕES CADASTRAISKrescent CobrançasRua Michigan – 222

ARQUITETURA E URBANISMOElisangela Theodoro Vieira da SilvaAv. Inglaterra – 385 – Sala 30

MARCAS E PATENTESUmbrella Marcas e PatentesAv. Ayrton Senna da Silva – 300 – Sala 210

EVENTOS E FESTASMity EventosRua José de Alencar – 156Nove Bleu EventosRua das Bromelias – 320Labee EventosRua Governador Valadares – 690

AGENCIAMENTO DE SERVIÇOS E NEGÓCIOS EM GERALSSG Serviço a Saúde GlobalRua Senador Souza Naves – 576 – Edifício Prédio das Clínicas – 1° andar – CJ 2B

CONSTRUÇÃO CIVIL VectraRua Doutor Elias Cesar – 55 – Sala 1406

ESTÉTICA E IMAGEM PESSOALFla Ribeiro MakeupRua Caracas – 1200 – APTO 2203Aymi Estética Massoterapia, Manicure e DepilRua Ibiporã – 203 – Sala 1

COBRANÇAP P MartinsRua Ruy Virmond Carnascialli – 129

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COMÉRCIO

SERVIÇOS

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EDUCAÇÃO E ENSINOLuminárea – Laboratório de Consciência e Desenvolvimento HumanoRua Julio Cesar Ribeiro – 213

SERVIÇOS DE ESCRITÓRIOEmag Gerência e Qualificação ProfissionalAv. Rio de Janeiro – 1643 – APTO 801

INSTALAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAISVDTechRua Samuel Faustino Romeiro Campoy – 158 – Sala 2

CABELEIREIROSP A Fernandes BarbieriAv. Francisco Gabriel Arruda – 1459 – Sala 3

CONSULTORIAGilmar Marafigo LimaRua da Assembleia – 449 – Cambé – PRUniwareRua Otaviano Felix – 70

SERVIÇOS ADVOCATÍCIOSRegiane De Lara Leitao Ermel – Sociedade Individual De Advocacia Rua Weyner Junior Maciel Alves – 320

PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA DE VÍDEOS E PROGRAMAS DE TVPlava VídeoAv. Paraná – 98 – 1° andar

RECREAÇÃO E LAZERValdeno Brito Cart Indoor Rodovia Celso Garcia Cid – 5600 – Loja Clest – 2° andar

AGROPECUÁRIAAgropecuária Lucia dos Reis Barbero Turquino LTDAEstrada Porto Aniz Abudi – Zona Rural – Lupionópolis – PR

TAPEÇARIADu SoleilRua Paranaguá – 1672 – Loja 1

REPARAÇÃO E MANUTENÇÃO DE COMPUTADORESMX ComputadoresAv. Presidente Eurico Gaspar Dutra – 951 – Sala 1

ARTIGOS DE JOALHERIASperantto Semi JoiasRua Bento Munhoz da Rocha Neto – 469 – Cond. Res. Castelo Branco – Bloco 14B – APTO 24 – Cambé – PR

MÓVEISGama SuperfíciesAv. Roberto Koch – 1545

FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DIVERSOSPet LonRua Mario de Barros – 222

FABRICAÇÃO DE ESCOVAS, PINCÉIS E VASSOURASRabbit Indústria e Comércio de Produtos de Higiene PessoalAv. Dez de Dezembro – 6770 – Barracão 1 a 6 / 9 a 12

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