edição 84 fenacon em s e r v i Ço s · pres. gilberto alves ribeiro av. gerônimo de...

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S E R V I Ç O S FENACON em Ano VII Edição 84 Dezembro 2002 Publicação Mensal da Federação Nacional das Empr esas de Serviços Contábeis e das Empr esas de Assessoramento, Perícias, Infor mações e Pesquisas dirigida a empr esários de prestação de serviços - Valor Unitário - R$ 2,50 Contribuição Sindical 2003 Fique atento! Desenvolvimento Pessoal Equipes do bem Leis de incentivos fiscais em favor da criança e do adolescente existem há mais de dez anos, mas ainda são pouco utilizadas. O total de deduções em 2001 não chegou a 1% do potencial estimado de R$ 271 milhões. Responsabilidade social das empresas pode fazer a diferença Entrevista Germano Rigotto, governador eleito do RS, fala sobre as perspectivas de aprovação da reforma tributária em 2003 Esforço que recompensa Esforço que recompensa

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Page 1: Edição 84 FENACON em S E R V I ÇO S · Pres. Gilberto Alves Ribeiro Av. Gerônimo de Albuquerque, s/n ° - sala 201 Retorno do Calhau - Casa do Trabalhador 65051-200 - São Luís

S E R V I Ç O SFENACON em

Ano VIIEdição 84

Dezembro2002

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Contribuição

Sindical 2003

Fique atento!Desenvolvimento PessoalEquipes do bem

Leis de incentivos fiscais em favor da criança e doadolescente existem há mais de dez anos, mas aindasão pouco utilizadas. O total de deduções em 2001 nãochegou a 1% do potencial estimado de R$ 271 milhões.Responsabilidade social das empresas pode fazer adiferença

EntrevistaGermano Rigotto, governador eleitodo RS, fala sobre as perspectivas deaprovação da reforma tributária em 2003

Esforço que recompensaEsforço que recompensa

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Sindicatos das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento,Perícias, Informações e Pesquisas filiados à FENACON

SESCAP - Acre

Pres.: Sergio CastagnaAv. Getúlio Vargas, 130, sala 205 - Centro69900-660 – Rio Branco/ACTel.: (68) [email protected]

SESCON - AlagoasPres.: Anastácio Costa MotaR. Dr.Albino Magalhães, 18557050-080 - Maceió/ALTelefax (82) [email protected]/sescon-al

SESCAP - AmapáPres.: Aluisio Pires de OliveiraRua Cândido Mendes, 374, sala B68900-100 - Macapá - APTelefone: (96) [email protected]

SESCON - AmazonasPres.: Wilson Américo da SilvaR. Monsenhor Coutinho, 485 - sala 3 - Centro69010-110 - Manaus/AMTel.: (92) [email protected]/sescon-am

SESCON - ApucaranaPres.: Alicindo Carlos MorotiRua Osvaldo Cruz, 341 - Centro86800-720 - Apucarana - PRTel. (43) [email protected]

SESCON - BahiaPres.: Fernando César Passos LopoAv. Antonio Carlos Magalhães, 2573 - 12°andar,sl. 1205/1206 - Candeal de Brotas -40289.900 - Salvador/BATelefax. (71) 452.4082/[email protected]

SESCON - BlumenauPres.: Carlos Roberto VictorinoR.15 de novembro, 550 - Sl 100989010-901 - Blumenau/SCTelefax. (47) 326.0236 / [email protected]

SESCON - Caxias do Sul

Pres.: Moacir CarboneraR. Ítalo Victor Bersani, 113495050-520 - Caxias do Sul/RSTel. (54) 228.2425 - Fax: (54) [email protected]

SESCON - Ceará

Pres.: Urubatam Augusto RibeiroAv. Washington Soares, 1.400 - sl. 40160811-341 - Fortaleza/CETel.(85) 273.4341Fax: (85) [email protected]

SESCON - Distrito Federal

Pres.: Elizer Soares de PaulaSHC Sul, Qd. 504, Bloco C,Loja 64, Subsolo70331-535 – Brasília/DFTel.: (61) 226.1269 / [email protected]/sescon-df

SESCON - Espírito Santo

Pres.: Luiz Carlos de AmorimR. Quintino Bocaiuva, 16, s. 90329010-903 – Vitória/ESTel. (27) 3223.4936 / [email protected]

SESCON - Goiás

Pres. Edson Cândido PintoAv. Goiás, 400 - 6º and. - Sl. 67 - Centro74010-010 - Goiânia - GOTelefax: (62) [email protected]/sescon-go

SESCON - Grande Florianópolis

Pres.: Walter Teófilo CruzR. Felipe Schmidt, 303, 9º andar, Centro88010-903 - Florianópolis/SCTelefax: (48) [email protected]

SESCON - Londrina

Pres.: Paulo BentoR. Senador Souza Naves, 289 - sobreloja86010-914 - Londrina / PRTelefax. (43) [email protected]

SESCON - Maranhão

Pres. Gilberto Alves RibeiroAv. Gerônimo de Albuquerque, s/n° - sala 201Retorno do Calhau - Casa do Trabalhador65051-200 - São Luís / MATelefax: (98) 3082.7972 / (98) [email protected]/sescon

SESCON - Mato Grosso do Sul

Pres.: Laércio José JacomélliRua Elvira Pacheco Sampaio, 68179071- 030 - Campo Grande - MSTelefax: (67) 387.6094 / [email protected]/sescon-ms

SESCON - Mato Grosso

Pres.: Elynor Rey ParradoR. São Benedito, 851 - 1o andar78010-800 - Cuiabá/MTTel. (65) 623.1603 / Fax. [email protected]/sescon-mt

SESCON - Minas Gerais

Pres.: João Batista de AlmeidaAv.Afonso Pena, 748 - 24º andar30.130-003 - Belo Horizonte/MGTelefax.: (31) [email protected]

SESCON - Pará

Pres.: Carlos Alberto do Rego CorreaAv. Presidente Vargas, 640 - 5° andarSala 01 - Campina66017-000 - Belém/PATelefax: (91) [email protected]/sescon-pa

SESCON - Paraíba

Pres.Aderaldo Gonçalves do Nascimento Jr.R. Rodrigues de Aquino, 267 - sala 70358013-030 - João Pessoa/PBTelefax (83) [email protected]/sescon-pb

SESCAP - Paraná

Pres.: Valdir PietrobonR.Marechal Deodoro, 500 -11º andar80010-911- Curitiba/PRTelefax (41) [email protected]

SESCON - Pernambuco

Pres.: Almir Dias de SouzaR. José Aderval Chaves, 78 Sls 407/40851111.030 - Recife/PETelefax: (081) 3327.6324 / [email protected]/sescon-pe

SESCON - Piauí

Pres.: Tertulino Ribeiro PassosR. Honório de Paiva, 607 - Piçarra64001-510 - Teresina/PITelefax: (86) [email protected]

SESCON - Ponta Grossa

Pres. Luiz Fernando SaffraiderR. Comendador Miró, 860 - 1º andar84010-160 - Ponta Grossa/PRTel. (42) 222.1096 - Fax: (42) [email protected]

SESCON - Rio de Janeiro

Pres.: José Augusto de CarvalhoAv. Presidente Vargas, 542 - sl.190620071-000 - Rio de Janeiro/RJTel. (21) 2233.8868 - Fax. (21) [email protected]/sescon-rj

Empresário de Serviços, entre em contato com seu sindicato através de e-mail. É mais fácil, rápido e econômico.Critique, reivindique, opine, faça sugestões aos seus dirigentes. Eles querem trabalhar por você, em defesa de sua empresa.

2 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 84

SESCON - Rio Grande do Norte

Pres.: Edson Oliveira da SilvaR. Segundo Wanderley, 855-B, sala 122,Barro Vermelho59030-050 - Natal/RNTel.: (84) [email protected]

SESCON/ Rio Grande do Sul

Pres.: Tadeu Saldanha SteimerR. Augusto Severo, 16890240-480 - Porto Alegre - RSTelefax: (51) [email protected]

SESCON - Roraima

Pres.: Maria de Fátima Bezerra da SilvaAv.Getútio Vargas, 687-W -Centro/Anexo69301.030 - Boa Vista/RRTelefax. (95) [email protected]

SESCON - Santa Catarina

Pres.: Vilson WegenerAv. Juscelino Kubitschek, 410 - bl.B - sl.30689201-906 - Joinville/SCTelefax (47) 433.9849/[email protected]

SESCON - São Paulo

Pres.: Carlos José de Lima CastroAv. Tiradentes, 960 - Ponte Pequena01102-000 - São Paulo - SPTelefax: (11) 3328.4900 / [email protected]

SESCON - Sergipe

Pres.: Wladimir Alves TorresR. Siriri, 496 - sl. 4 - 1º andar49010-450 - Aracaju/SETelefax (79) 214.0722 / [email protected]/sesconse

SESCON - Sul Fluminense

Pres. Fulvio Abrami StagiR. Orozimbo Ribeiro, 14, 2º and., Centro27330-420 - Barra Mansa - RJTelefax (24) [email protected]

SESCON - Tocantins

Pres.: Antônio Luiz Amorim AraújoACNO I - Lote 20 - Cj 3 - Sl 2577013.020 - Palmas/TOTelefax (63) [email protected]

Atualizado em 01.11.2002

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expediente

Diretoria da Fenacon 2001/2003

PresidentePedro Coelho Neto

Vice-Presidente - Região SudesteAntônio Marangon

Vice-Presidente - Região NordesteJosé Geraldo Lins de Queirós

Vice-Presidente - Região SulMário Elmir Berti

Vice-Presidente - Região Centro-Oeste/NorteAntônio Gutenberg Moraes de Anchieta

Diretor FinanceiroHorizon Donizett Faria de Almeida

Diretor AdministrativoRoberto Wuthstrack

Diretor InstitucionalHaroldo Santos Filho

Diretor de EventosJosé Rosenvaldo Evangelista Rios

Diretor de Assuntos Legislativos e do TrabalhoSauro Henrique de Almeida

Diretor de Tecnologia e NegóciosNivaldo Cleto

SuplentesJosé Eustáquio da FonsecaLuiz Valdir Slompo de LaraAnastácio Costa MotaMaciel Breno SchifflerOrival da CruzCleodon de Brito SaraivaIzabel Rodrigues LiipkeCarlos Alberto do Rego CorreaLeomir Antonio MinozzoWilliam de Paiva Motta

Conselho Fiscal

EfetivosJodoval Luiz dos SantosJosé Carmelo FariasAntonio José Papior

SuplentesIrany Barroso de Oliveira FilhoAluísio Beserra de MendonçaLuis Carlos Freitas

Representação na CNC

EfetivosPedro Coelho NetoEliel Soares de Paula

SuplentesJosé Augusto de CarvalhoMaria Elzira da Costa

R. Augusta, 1939 - Cjs 42 e 4301413.000 - São Paulo - SPTelefax (11) 3063.0937

Editor Responsável: André Luiz de Andrade

Direção de Arte e Diagramação: Marcelo A. Ventura

Conselho Editorial:Pedro Coelho NetoAntonio MarangonNivaldo CletoMário Elmir BertiGerson Lopes FontelesSérgio Approbato MachadoJosé Antonio de Godoy

Home Page: http://www.fenacon.org.br

Redação ◆ Assinaturas ◆ Anúncios

Revista Fenacon em SERVIÇOSRua Augusta, 1939 - Cj 42 e 43Cep 01413-000 - São Paulo - [email protected] (11) 3063.0937

3082.22183088-5774

A revista Fenacon em SERVIÇOS é uma publicaçãomensal da Federação Nacional das Empresas de ServiçosContábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias,Informações e Pesquisas.

Impressão: Margraf Editora e Indústria Gráfica

Tiragem: 50 mil exemplares

Auditoria de Circulação: Villas Rodil Auditores Independentes

Circulação: nacional - empresas de setores de serviçosligadas ao Sistema Fenacon, instituições de ensino superior,órgãos governamentais, representantes dos podereslegislativos e assinantes em geral.

A Revista Fenacon em Serviços não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nas matérias ou artigos assinados

FENACON

■ espaço do leitor .............................................................................04

■ palavra do presidente ....................................................................05. Contribuição Sindical: uma obrigação que gera direitos

■ política ..........................................................................................06. PT articula Reforma Tributária e usa MP 66 como balão de ensaio. Sucesso nas urnas

■ publicado & registrado ..................................................................09. Reforma Tributária, Novo Código Civil e Refis são destaques na imprensa

■ desenvolvimento pessoal ............................................................... 11. Equipes do bem

■ incentivos fiscais ...........................................................................12. Vale a pena o esforço

■ eventos ..........................................................................................16. Presidente da Fenacon fala sobre liderança a representantes sindicais, em Brasília. Fórum Internacional sobre fraude e corrupção. IN 222

■ tecnologia da informação ..............................................................18. Antecipando o futuro

■ campanha de contribuição sindical ...............................................20. Categorias econômicas representadas pelos sindicatos filiados à Fenacon. Embasamento legal da contribuição sindical. Códigos de área dos sindicatos filiados

FENACON em Ano VII - Edição 84

S E R V I Ç O SDezembro de 2002

índice

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4 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 84

espaço do leitor

Endereço de e-mails para esta seção: [email protected] mensagens somente serão publicadas com a devida identificação do leitor:

Nome, Endereço Completo e Telefone.Por motivos de espaço, a redação se reserva o direito de publicar de modo

resumido o conteúdo das cartas e e-mails dos leitores.

Universo

Mundo acadêmicoParabenizo a Fenacon pela publicação

mensal das suas revistas, visto que seuconteúdo é de muita importância para osprofissionais contábeis e, sobretudo,muito aplicado na área acadêmica.Sempre leio as revistas, procurando con-ciliar meu mundo acadêmico com omundo profissional e o material divulgadoajuda bastante.Iraildo José Lopes de MouraEstudante de C. ContábeisSalvador - [email protected]://www.iraildo.cjb.net

Tributação estadualDesejo informações tributárias sobre os

Estados brasileiros com seus respectivostributos e alíquotas para trabalhoacadêmico. Se possível, por Estados quedão incentivo fiscal.Frederico Machado SantosUniversitário de Adm. de [email protected]

Revista Fenacon IEstamos muito satisfeitos com a

Revista Fenacon em Serviços. Ela abordade modo prático e rápido diversos as-suntos do interesse da classe contábil ede outras áreas adjacentes, o que nos pos-sibilita a atualizaçao sobre os diversosassuntos relacionados a nossa profissão.Rodrigo Silva CoutinhoDelta AssessoriaSão Luís - [email protected]

Revista Fenacon IIAgradeço o envio dessa conceituada

revista. Tenho todas elas guardadas.Quando fui presidente do Sindicato dosContabilistas de Muriaé, sempre levava oexemplar do mês e fazia comentários nasreuniões.Milton Soares FilhoContabilidade Santa ClaraMuriaé[email protected]

Projeto ISOFace a matéria divulgada na Revista

Fenacon em Serviços, edição 82, pág. 16(‘Certificação da qualidade chega ao in-terior do Paraná’), informamos que oEscritório Contábil Sigma, localizado nacidade de Irati, interior do Paraná, tambémparticipa do ‘Projeto ISO’, desde 12 deagosto de 2002, através de assinatura decontrato firmado com a Pro ISODesenvolvimento Tecnológico Ltda.Rogerio TurczynEscritório Contábil [email protected]

Custo padrãoSou estudante, estou precisando de

informações sobre como, quando, porquem e onde se iniciou a utilização doCusto Padrão, bem como algumaaplicação para o comércio. Se puderemme ajudar ficaria grata.Elissé[email protected]

ValorizaçãoParabéns à Fenacon pela excelente

revista. É desta forma que vamos mostrarao nosso País a real importância dacontabilidade e ter conseqüentemente avalorização dos bons profissionais.Edmundo Leão de Matos FilhoBelo Horizonte - [email protected]

StarOfficeSou docente e contabilista. Primeiro,

eu queria parabenizar o diretor daFenacon, Nivaldo Cleto, pela palestra (IEncontro de Contabilistas de Guarulhos -17 a 18 de outubro, Guarulhos-SP) edeixar meu e-mail para envio de tudo quefor interessante para o crescimentoprofissional. Quanto ao site da StarOffice,eu gostaria de mais detalhes. Como baixaro programa?Cristiano Á[email protected]

Nivaldo Cleto: Prezado Cristiano,obrigado pelas considerações. Para vocêfazer download do StarOffice 5.2, grátis,em português, clique em: http://www.swi .com.br /programas / s taroffice.html ou http://www.swi.com.br/download/staroffice/so51a_win_03.exe.Atenção, pois você precisa estar co-nectado através de banda larga, pois oarquivo é enorme (67 Mb). Quanto anotícias, cadastre-se no site da Fenaconque você receberá diariamente infor-mações importantes para o nossocotidiano. Você pode fazer uma assinaturada Revista Fenacon. Na minha colunamensal (T.I.), informamos diversas dicaspara nossos trabalhos.

MotivaçãoParabenizo o arquiteto Paulo Angelim

pelos brilhantes artigos apresentados noano de 2002 e que possa estar sempre comesse entusiasmo e motivação parapersuadir pessoas. Tem-se destacado deforma notória no meio dos grandesmotivadores. Espero que todos vejamestas matérias para o crescimento pessoal.Parabéns Fenacon pelo trabalhodesenvolvido no ano de 2002.Marcelo Antônio CostaCONTEC - Contabilidade Técnica de CeresCeres - [email protected]

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 84 - 5

Pedro Coelho Neto

palavra do presidente

Contribuição Sindical: umaobrigação que gera direitos

Estamos iniciando a divulgação daTabela da Contribuição Sindical de 2003,a ser recolhida até o último dia útil dejaneiro, aplicável às empresas em geral. Orecolhimento dessa contribuição passa,irremediavelmente, pelo crivo dos pro-fissionais da contabilidade, responsáveispelo processamento da documentaçãonecessária ao cumprimento dessa e deoutras obrigações legais dos contribuintes.

Orientar as empresas a cumpriremcorretamente esse dever é o mínimo quese espera dos profissionais conscientes, quetêm a importante missão de aplicar as leis,colaborando de forma inestimável para queas instituições arrecadem o suficiente parapoderem, também, dar cumprimento àssuas prerrogativas constitucionais. Paratanto, é importante sabermos qual a origemdessa obrigação e a que se destinam osrecursos que as empresas recolhem a títulode Contribuição Sindical.

A Contribuição Sindical das empresasestá prevista na Consolidação das Leisdo Trabalho e foi recepcionada pelaConstituição Federal. Tem a finalidadede fomentar a representação sindicalempresarial, organizada na forma deSindicatos, Federações e Confederações.Os recursos arrecadados têm a seguintedestinação: 60% para os sindicatos, 15%para as federações, 5% para a respectivaconfederação e 20% para o Fundo deAmparo ao Trabalhador - FAT.

“As entidades sindicaiscontribuem, não só para o

equilíbrio social no âmbito dasrelações trabalhistas, como

também para o aperfeiçoamentotécnico-profissional dos

empresários e a melhoria dassuas relações com as instituições

democráticas do País”

A aplicação dos recursos se dá dasformas mais variadas. Prevalecem aprestação de serviços às empresasrepresentadas (a cargo dos Sindicatos),e a representação perante as instituiçõespúblicas (pelas federações), mediante orespaldo político (confederação). Outraimportante e intransferível missão é ada negociação com as classes laborais,o que se dá através de convençõescoletivas ou dissídios.

Essa estrutura sindical empresarialtem sua razão de existir para asseguraro equilíbrio de forças com a estruturasindical laboral, cuja contribuição tam-bém é obrigatória, sendo recolhida nomês de abril de cada ano.

Vale ressaltar que, num passadorecente, quando o Estado interferiadiretamente nas organizações sindicais, era

visível a disparidade entresindicatos de empresas esindicatos laborais. Estes úl-timos eram bem mais atuantese representativos, defendendocom força expressiva osdireitos dos seus filiados.

Hoje, a realidade é outra.As entidades sindicais re-presentantes das empresas,sejam elas comerciais, indus-triais ou prestadoras de ser-viços, também descobriramo caminho correto paraexercer o papel que lhes é

assegurado. Disponibilizando os maisvariados serviços para seus associados efiliados, estão contribuindo não só parao equilíbrio social no âmbito das relaçõestrabalhistas, como também, para oaperfeiçoamento técnico-profissionaldos empresários e para a melhoria dassuas relações com as instituiçõesdemocráticas do País.

Falta, ainda, maior conscientizaçãodas empresas quanto à necessidade deprover as entidades sindicais dos meiosfinanceiros necessários e suficientespara que possam exercer de forma plenaas suas prerrogativas. Isto se daria: a)através de contribuições de associados;b) pelo recolhimento da ContribuiçãoSindical Anual, obrigatória, que aindaé a principal fonte de recursos para asobrevivência do sistema sindical.

Cumprida a obrigação de recolher,adquire o contribuinte o direito de exigirdo seu sindicato o cumprimento da parteque lhe cabe. É de fundamental importânciao acompanhamento das ações do seusindicato, bem como, sua participaçãoativa, a fim de que os recursos recolhidossejam empregados com correção ecompetência. Enfim, quem contribui temo direito (e até o dever!) de verificar se oente sindical está, permanentemente, aserviço do segmento que representa.

Conclamamos, por isso, os profis-sionais da contabilidade a prestarem maisessa grande colaboração, orientando asempresas a recolherem corretamente aContribuição Sindical para o sindicato aque estejam vinculadas, assegurando,assim, a continuidade dos serviços da suaentidade de classe patronal.

Finalmente, antecipando os nossosagradecimentos por mais esta ines-timável colaboração, queremos desejarà laboriosa classe contabilista um Natalde muita paz e um Ano Bom de muitotrabalho e merecida prosperidade.

Pedro Coelho Neto épresidente da Fenacon

[email protected]

brasil político

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6 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 84

PT articula Reforma Tributária eusa MP 66 como balão de ensaioAtuando já como governo, o PT costura acordos e apoios, testa forçaslutando pela aprovação da MP 66 e promete reforma tributária já nosprimeiros seis meses de governo

Por Márcio Sampaio de Castro

Mudança. Esta é a palavra de ordemque motivou milhões de brasileiros avotarem em Luiz Inácio Lula da Silva parapresidente, no último dia 27 de outubro.Mas até os mais otimistas sabem que asmudanças são sempre complicadas edifíceis de conduzir, ainda mais quandose trata de reformas como a tributária e afiscal. Com certeza o maior desafio donovo governo desde antes da posse.

Para apimentar ainda mais a situação,o PT contará apenas com maioria simplesno Congresso para aprovar suas reformas,o que deve dificultar qualquer propostaque passe por alterações constitucionais,que demandam dois terços dos votos paraserem implementadas. Prevendo estasdificuldades, o principal articulador dopartido, o deputado José Dirceu, reuniu-se ainda nos primeiros dias de novembrocom o presidente do PMDB, MichelTemer, para acertar um acordo que prevêa presidência da Câmara para os petistase a do Senado para os peemedebistas.

O próprio presidente eleito vem tendo,desde a confirmação de sua vitória, uma sériede encontros, com li-deranças de partidosaliados e de oposição. Asprimeiras reuniões foramcom os governadoreseleitos de Santa Catarina,Luiz Henrique da Sil-veira, e do Rio Grande doSul, Germano Rigotto,ambos do PMDB.

Na reunião comRigotto, Lula garantiu tera Reforma Tributária,como prioridade, em seuprimeiro ano de Governo(veja entrevista na páginaao lado). No dia 1º denovembro, Lula se reuniu com partidosaliados do primeiro turno e os que declararamapoio no segundo. Foram ao todo 12legendas, entre elas, PDT, PTB, PL, PC do

B, PPS e PSDC. Outra importante reuniãofoi com os 7 governadores eleitos do PSDB,no dia 25 de novembro, os quais prometeramcolaborar com o futuro presidente.

Apesar da política de aproximação, oPT encontrou seu primeiro obstáculo, jáno final de novembro. Com a intenção detestar forças junto a aliados e a adversáriose de olho na necessidade de um superávitprimário de 3,75% do PIB para o próximoano, as lideranças petistas haviamcomeçado a lutar pela aprovação da MP66/02. Porém, com alterações em relaçãoao texto original que evitavam perda dereceitas para 2003. Entre as mudanças, aprorrogação da alíquota de 27,5% doIRPF. Até o fechamento desta edição, aMP ainda não havia sido votada, por faltade consenso.

Contra-sensoPerguntado quanto a incoerência de se

aprovar uma minirreforma agora e buscaruma maior nos primeiros seis meses de2003, o deputado federal Ricardo Berzoini,um dos principais negociadores do PT em

relação ao tema, justi-fica a posição do par-tido. “Não há contra-senso aí porque a re-forma não precisa serfeita de uma única vez,pois o que o atual go-verno fez por MP po-deria ter feito por leiordinária”, explica eacrescenta: “agora, isto(a edição da medida) foifeito por pressão daReceita. A MP 66 temaspectos positivos enegativos. Eu mesmocheguei a sugerir que

nós rejeitássemos toda a parte do PIS/PASEP e deixássemos para a reforma, masninguém quer assumir este supostoretrocesso”, completa Berzoini.

Segundo a percepção do deputadopetista, a reforma não vai ser conduzidasomente pelo governo, mas pela sociedadee por todos os partidos, que têm em suasbases elementos interessados na reformatributária. “Se lembrarmos, a Comissãode Reforma Tributária tinha integrantesdo PFL (relator Mussa Demes), do PMDB(Germano Rigotto - presidente), além deuma participação especial do AntônioPalocci (atual coordenador da equipe detransição do PT)”.

Jogo de xadrezA análise de Berzoini não é equivocada

a julgar pelo que afirma o deputadoArnaldo Faria de Sá (PTB). “A posturade nosso partido deverá ser deinicialmente apoiar o novo governo, afinalesta é uma expectativa de toda a nação,mas isto não impede que apresentemospontos de vista divergentes”. Para Fariade Sá, uma mostra importante dasesperadas mudanças será a troca dosecretário da Receita Federal. “Deverá serum indicativo de que algo possa realmentemudar, afinal o atual trabalhou o tempotodo como um arrecadador e não comoum administrador público”, alfineta.

Mesmo com este apoio embalado peloresultado das urnas, as lideranças do fu-turo governo já perceberam neste jogo dexadrez a diferença entre ser oposição esituação e já ensaiam o conhecidodiscurso de não se perder arrecadação,ainda mais quando pretendem aumentaro salário mínimo, manter o superávit einvestir no social com os mesmos recursosde sempre. Para Ricardo Berzoini, caberáao futuro presidente, ser o principalarticulador junto aos mais diversossetores, dentro e fora do Congresso, paraque as tão esperadas mudanças realmenteocorram.

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Ricardo Berzoini: “A reforma nãoprecisa ser feita de uma única vez”

Arnaldo Faria de Sá: “A postura de nossopartido deverá ser de inicialmente apoiar o

novo governo”

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 84 - 7

DP Comp

dos Deputados, já tornará o trabalhobem mais prático, com uma alíquota queatenda a todos os Estados, e que deter-mine o fim da guerra fiscal, em umprazo de transição de até quatro anos. Aquestão da dívida dos Estados e suapossível renegociação será algoperiférico, já que possui um contornopolítico diferenciado em seu bojo. Am-bos fazem parte dessa reflexão política,mas não podem ser utilizados comomercadoria de barganha com o governofederal.

RFS: Após as eleições, o senhor seencontrou com o presidente eleito, LuizInácio Lula da Silva. Com qualpercepção o senhor saiu desteencontro?

‘O presidente eleito já demonstrou a intenção de realizar umareforma tributária ampla, sem pequenos remendos fiscais’

Os Estados terão um papel fundamental para o governo Lula na implementaçãoda reforma tributária. O governador eleito do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto,deverá se destacar como uma das vozes mais importante nas negociações políticasjunto ao Congresso Nacional.

Rigotto tem em seu currículo três mandatos na Câmara Federal, figurando inclu-sive como líder do governo FHC, em 1995, com quem viria a romper após presidir ostrabalhos da Comissão Especial de Reforma Tributária. Movimentações do Paláciodo Planalto impediram que o projeto fosse a plenário.

Eleito em segundo turno, com mais de 3,1 milhões de votos (52,67%), Rigottosuperou o candidato Tarso Genro (47,33%), em um tradicional reduto petista. Emmeio aos diversos compromissos que precedem sua posse, o novo governador gaúchoconcedeu entrevista exclusiva à Revista Fenacon em Serviços.

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RFS: Qual deverá ser o papel dosgovernadores na implementação dareforma tributária?

Germano Rigotto: Os governadores terãoo papel de articuladores entre as bancadasfederais de seus Estados e o governo fe-deral. Como governadores, precisaremoster a consciência de que precisamos dealterações pontuais, de forma a sim-plificarmos a questão tributária do País egarantirmos uma ampliação da basecontributiva nacional. Da mesma forma,precisamos ser interlocutores junto aopresidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva,que já demonstrou sua intenção de realizaruma reforma tributária ampla, sempequenos remendos fiscais. Vamos apoiaro futuro presidente nesta decisão.

“A questão da dívida dos

Estados e sua possível

renegociação será algo

periférico, já que possui um

contorno político diferenciado”

RFS: Mas o ICMS não deverá ser fontede impasse para este apoio dosgovernadores? E as dívidas dosEstados?

Germano Rigotto: No caso do ICMS,o projeto de Reforma Tributária quepresidi na Comissão Especial da Câmara

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8 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 84

eleições 2002política

Copan

Germano Rigotto: No meu encontrocom o presidente eleito, ele colocou queo projeto que presidi, juntamente como amigo Antônio Palocci Filho, será abase da reforma que estará buscando,já nos primeiros seis meses do governo.Tenho plena certeza de que o que estálá no Congresso, sem dúvida, é maisdo que o embrião da futura reforma aser consolidada no Brasil e que,infelizmente, não foi tocada para afrente pelo atual governo, o quedenunciei por todo o País.

RFS: No seu Estado, o senhor seelegeu com uma proposta deoposição ao PT. Qual deverá ser apostura de seu partido nos próximosquatro anos?

Germano Rigotto: Já expressei minhaopinião de que o PMDB deve apoiar ogoverno Lula na sua decisão de realizarreformas estruturais, colocar emandamento programas sociais quereduzam o impacto da fome e damiséria no País. Tudo isso, no entanto,sem qualquer participação em cargosdo futuro governo, o que deixaria opartido em uma posição desconfortávelde, mais uma vez, ter uma postura que,no mínimo, beira ao fisiologismo. Mas,o clamor popular é de que hajamudanças na administração federal econseqüentes reflexos positivos nosEstados brasileiros.

o coeficiente partidário, o deputado teveque ceder sua vaga para outroscandidatos com um número de votos in-ferior aos dele.

Restou a Pedro Eugênio a condiçãode primeiro suplente do partido emPernambuco. Caso algum dos petistaseleitos à sua frente renuncie, ele poderáreassumir uma vaga na Câmara. Por ora,segundo sua assessoria, o deputadoplaneja retomar sua condição de profes-sor de economia na Universidade Federalde Pernambuco.

Além do deputado federal,Germano Rigotto, eleito go-vernador do Rio Grande do Sul,outros nomes com histórico deaproximação com a Fenacon eapoio às suas demandas em favorda simplificação e modernizaçãodo sistema tributário brasileiro(ver matéria na edição 81), con-seguiram vitórias nas últimaseleições. Foi o caso do deputadofederal, Arnaldo Faria de Sá, quese reelegeu, com 86.483 votos.Seu partido, o PTB, terá, napróxima legislatura, uma bancadade 26 deputados.

Max Rosenmann confirmou ser umadas maiores lideranças do Paraná,obtendo a reeleição, como o segundodeputado mais votado do Estado, com140.218 votos. Seu partido, o PMDB,compõe a terceira maior bancada daCâmara, com 74 deputados, atrás do PTe PFL.

O deputado federal Pedro Eugênio(PT/PE) recebeu, nas eleições de 6 deoutubro, 43% de votos a mais do que naeleição anterior. Ficou entre os 25candidatos mais votados do Estado.Porém, em virtude das coligações PT/PL/PC do B e da lei eleitoral, que prevê

Sucesso nas urnas

Pedro Eugênio: suplência, apesar daexpressiva votação

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desenvolvimento pessoal

Eu sei que o tema que vou abordar épolêmico e, no mínimo, estranho. É difícilencontrarmos artigos que defendam a idéiade unir amor e vida corporativa. Pois saibaque fica muito mais fácil quando olhamospara a vida corporativa pela perspectivahumana e não pela perspectiva merca-dológica, econômica ou administrativa.Fazendo assim, constataremos que não existeferramenta administrativa mais poderosapara a boa e correta prática da liderança depessoas do que o exercício do amor. Seexistisse amor genuíno, verdadeiro eincondicional, boa parte dos problemascorporativos envolvendo gente seriameliminados. Vou explicar melhor.

Em primeiro lugar, é necessário queentendamos um pouco de que tipo de amorestou falando. Refiro-me ao amor que tempor prazer o servir, que busca o bem e ocrescimento do próximo, porque aqueleque o pratica entende que, fazendo isso,

está buscando o próprio crescimento. Nãopense que isso é fácil de ser achado dentroda lógica do mundo em que vivemos. Amaioria das pessoas olha para o ambientecorporativo como uma oportunidade para,prioritariamente, crescer profissional-mente, esquecendo que antes disso devebuscar o crescimento como pessoa, comoser humano.

Equipes do bem“O poder, os cargos e os sinaisexteriores de riqueza cumpremo papel de mostrar aos outrosque alguém está ‘evoluindo’.Enquanto isso, virtudes comosolidariedade, discernimento,compreensão e respeito vão

sendo relegadas a segundo outerceiro plano”

Paulo Angelim

A ditadura do sucesso impõe aos maissuperficiais e desavisados a necessidade debuscar um tipo de crescimento que fiqueperceptível aos outros, caso contrário, nãoserão qualificados de ‘bem sucedidos’.Nesta ótica, o poder, os cargos e os sinaisexteriores de riqueza cumprem o papel de

mostrar aos outros quealguém está ‘evoluindo’.Enquanto isso, o cres-cimento interior, a evo-lução e amadurecimentodas virtudes mais nobresdo homem, como a bon-dade, solidariedade, sa-bedoria, discernimento,mansidão, compreensão,respeito ... e amor, comoa síntese de tudo isso e amais sublime de todas asvirtudes, vão sendo rele-gadas a segundo ou ter-ceiro plano. É o velhoproblema do ‘ser para ter’X o ‘ter para ser’. Defendoo primeiro, é claro.

Se compreendermosque a única evolução

consistente e permanente é a interior,conseguiremos uma grande revolução nasrelações interpessoais dentro das cor-porações. Se compreendermos que oserviço ao próximo, movido pelo amorsincero, nos permite dar largas passadasem nosso crescimento como gente, comoseres humanos, priorizaremos o desen-volvimento desta virtude.

Quando amamos alguém verdadei-ramente, nós nos comprometemos com o seucrescimento. Passamos a espelhar estaverdade em nossas atitudes cotidianas dentroda empresa e a cooperar uns com os outrosem torno de objetivos comuns. Ao invés dedisputarmos egos e posições, sabemos que,agindo movidos pelo amor, sempre estare-mos beneficiando a nós mesmos.

John Maxwell deu uma belíssimainstrução aos líderes quando afirmou, emum de seus livros: “Amar as pessoas é maisimportante que liderá-las. Elas não seimportam com o quanto você sabe até quesaibam o quanto você se importa com elas”.

E vou lhe dar uma razão muito lógica eestou certo que é de seu interesse pensarmelhor nesta questão. Todos nós buscamosardentemente a realização pessoal. Poissaiba que ela chega quando nos sentimosúteis a alguém ou a um grupo. Ora, para sesentir útil e ser percebido como tal, vocênecessariamente precisará servir essaspessoas. E, se você amá-las, as serviránaturalmente, sem que isso seja percebidocomo um esforço nem como um sacrifício.

Ficou claro? A seqüência é simples: amar= servir ao próximo = sentir-se útil =REALIZAÇÃO PESSOAL. Você sabedisso! Você já deve ter sentido o prazer depoder ajudar alguém; e deve ter sentido quedinheiro nenhum pagaria a gratidão daquelapessoa pelo que você lhe fez incon-dicionalmente. Ora, qual a dificuldade delevarmos este princípio para dentro dasempresas e revolucionarmos o ambientecorporativo, transformando-o em um lugarmais produtivo e prazeroso para se viver?

E lembre-se da recomendação de Jesus:ame ao próximo, da mesma forma que vocêse ama. Ou seja, só ama quem se ama.Então, AME-SE e assim ame seuscolaboradores, chefes e colegas. Tenhocerteza que você e eles irão sentir adiferença. A sua carreira profissionalagradece.

Paulo Angelim é arquiteto,pós-graduado em marketing,

palestrante especializadonas áreas de marketing,

vendas e motivaçã[email protected]

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publicado & registrado

Tron

A Fenacon marcou presença emimportantes veículos de comunicação, emnovembro, posicionando-se sobre os prin-cipais temas em pauta. No dia 12, o JornalDiário de São Paulo publicou artigo dopresidente da Fenacon, Pedro Coelho Neto,no caderno ‘Opinião’.

Pedro Coelho analisou a necessidade deo próximo governo priorizar as discussõessobre a Reforma Tributária, como fatorimprescindível para a sobrevivência edesenvolvimento do setor produtivobrasileiro, principalmente no âmbito das mi-cro e pequenas empresas.

No dia 13, o diretor de Tecnologia eNegócios, Nivaldo Cleto, abordou algumasdas principais mudanças trazidas pelo NovoCódigo Civil, em entrevista ao Jornal GazetaMercantil, de Brasília - Caderno Centro-Oeste. O NCC passa a vigorar a partir de 11de janeiro de 2003.

Reforma Tributária, Novo Código Civile Refis são destaques na imprensa

As sociedades estrangeiras, comentou odiretor, passam a ter que publicar seus ba-lanços. Cleto alertou para o prazo de 12 dejaneiro de 2004 para que as empresasregistrem nas juntas comerciais as adap-tações da nova lei nos contratos sociais.

No caso das sociedades por ações,Nivaldo Cleto citou alterações, como aampliação de 8 para 15 dias no prazo deconvocação de assembléia dos acionistas epara o maior poder de fiscalização dado àCVM. “Estas medidas ampliam a proteçãoaos acionistas e ao mercado de capitaisbrasileiro”, ressaltou Cleto, na matéria.

RefisEm entrevista à Rádio Imprensa, de São

Paulo, no dia 1° de novembro, o diretor deAssuntos Legislativos e do Trabalho daFederação, Sauro Henrique de Almeida,

falou ao apresentador Luís Tenório deLima, no programa de temática sindical‘Bom Dia Companheiro’.

Sauro Almeida comentou sobre ainstituição do Refis, vista, à época, como alentopara as empresas em dificuldades fiscais etributárias, com a Receita Federal e INSS.Porém, criticou as dificuldades impostas pelogoverno ao longo do tempo, que já foramresponsáveis por excluir 70% das empresasoptantes pelo sistema de refinanciamento.

Novo Código Civil ganha destaque no jornalGazeta Mercantil

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12 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 84

incentivos fiscais

Bairro Pedreira. Extrema periferia da cidade deSão Paulo. Casas de alvenaria com tijolo aparentese amontoam em vielas, ruas e avenidas, onde malpassam dois veículos ao mesmo tempo. Nestas ruas,a simplicidade de alguns se confunde com a extremapobreza de outros. Um quadro igual ao de tantasoutras periferias das grandes cidades brasileiras, aexceção de um detalhe: no coração do bairro, umcomplexo de 23.000 m2 abrigauma escola modelo, com ins-talações equiparáveis aos bonscolégios particulares de classemédia.

Ali, as crianças e adolescentesdo bairro podem sonhar com umfuturo melhor, ocupando umespaço digno, idealizado, montadoe patrocinado por um grupo deprofissionais liberais e professoresuniversitários, que já há mais devinte anos percebiam a neces-sidade da solidariedade e da res-ponsabilidade social como formade resgate da cidadania de milhõesde brasileiros.

O Centro Educacional Pe-dreira, projeto ini-ciado em 1980, é umnúcleo de excelênciana região, que formajovens de 13 a 18 anosem especialidades como eletrônica,computação e administração. Os pais davizinhança chegam a fazer fila parainscrever seus filhos no ‘vestibulinho’,que serve como processo seletivo paraas quatrocentas vagas que a entidadedisponibiliza para a comunidade. Aúnica coisa que os dirigentes do Centrocobram dos alunos é uma taxa simbólicade R$ 20.

“A educação é o único modo éticode uma pessoa conseguir ascensão so-cial e econômica. Nosso aluno custa umsalário mínimo por mês, enquanto uminterno da Febem (Fundação Estadualpara o Bem Estar do Menor - entidade

Vale a pena o esforçoPor desconhecimento ou falta de interesse, os fundos de apoio à criança e ao adolescente deixam de receber porano mais de R$ 260 milhões. Valores que poderiam estar contribuindo para amenizar os efeitos da pobreza elevar dignidade a muitos jovens brasileiros

Por Márcio Sampaio de Castro

pública que cuida de menores infratores) custa cercade R$ 2 mil. É muito mais fácil prevenir do quecorrigir”, analisa o diretor da instituição, ÁlvaroBento.

Poucas doaçõesMas o Centro Educacional sofre de um problema

crônico. Apesar de contar com a colaboraçãofornecida pelo grupo de in-teressados, a escola necessita deum apoio financeiro mais ex-pressivo para levar adiante seusprojetos, uma ajuda que poderiavir de setores da sociedade comoo empresariado.

De acordo com dados daReceita Federal, em 2001, asempresas brasileiras poderiam terdoado em torno de R$ 271 milhõespara obras sociais. Mas, ao fecharo exercício daquele ano, os valoresapurados não chegaram a R$ 3milhões. Cerca de 1%. Por que?Simplesmente porque muitosempresários e profissionais da áreacontábil ignoram a existência deleis de incentivos fiscais como osprevistos no ECA-Estatuto daCriança e do Adolescente (Lei8069/90), que se encontra em vigor

há mais de dez anos.O Estatuto prevê que uma empresa pode abater

até 1% dos valores destinados ao Imposto de Renda,redirecionando-os aos Funcads - Fundos Municipais,Estaduais e Federal da Criança e do Adolescente.

Estes fundos foram instituídos pelo Estatuto e sãouma forma da sociedade civil participar e colaborarcom o poder público para diminuir o abismo que separagrande parte da população de condições mínimas devida, com creches para famílias de baixa renda,programas de alimentação ou escolas profis-sionalizantes, como o Centro Educacional Pedreira.Ocorre que muitas cidades brasileiras, por falta depressão da sociedade, sequer chegaram a montar umFuncad, o que acaba se tornando mais um gargalo nocaminho dos recursos até as populações carentes.

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Pedro Fabri: “É preferível que osrecursos fiquem na minha cidade,onde eu possa acompanhar o seuemprego, do que ir para Brasília”

Antonio Carlos de Almeida:“cidades onde estes conselhos

funcionam bem são aquelas ondehá empresários participando etrocando experiências com os

administradores públicos elíderes comunitários”

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Cartonagem Fernandez

AgindoAtentos a esta incômoda realidade e acom-

panhando o surpreendente mas positivo movimentode incremento da responsabilidade social nas em-presas e na população mais favorecida em geral, oCRC - Conselho Regional de Contabilidade - paulista,a Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de SãoPaulo - e outras entidades de peso montaram acampanha ‘Uma Ação que Vale Um Milhão’, quetambém conta com o apoio da Fenacon.

Lançada no último mês de outubro, a campanhatem por objetivo esclarecer e informar aos asso-ciados destas entidades as possibilidades que alegislação oferece para o redirecionamento devalores que normalmente vão para o governo fede-ral e acabam se confundindo com o bolo tributário.“É preferível que os recursos fiquem na minhacidade, onde eu possa acompanhar o seu emprego,do que ir para Brasília. A gente fica sem saber se odinheiro volta, como volta e quando volta”, observao presidente do CRC-SP, Pedro Ernesto Fabri.

Conselhos MunicipaisA sistemática prevista para estas doações é

relativamente simples. O valor da contribuiçãodeve ser depositado em uma conta-corrente emfavor do Funcad municipal. Os Funcads sãodirigidos por autoridades e Conselhos Municipaisdesignados pelas prefeituras, mas qualquer pessoa,física ou jurídica, pode fazer parte do corpo deadministração dos recursos, indicando asentidades, previamente cadastradas e aprovadas,que poderão receber valores a elas destinados.Além disso, cabe ao Ministério Públicoacompanhar a adequada destinação do dinheiroarrecadado.

“Cidades onde estes Conselhos funcionam bemsão aquelas onde invariavelmente há empresáriosparticipando e trocando experiências com osadministradores públicos e líderes comunitários”,afirma Antonio Carlos de Almeida, gerente deRecursos Humanos da Aché Laboratórios, umagrande indústria de produtos farmacêuticoslocalizada na cidade de Guarulhos e que vem

fazendo uso das deduções doIR em favor da criança e doadolescente.

Almeida lembra que, em1998, a Aché chegou adepositar R$ 100 mil na contado Funcad do município.Mas o dinheiro ficou um anoparado na conta aberta pelaprefeitura porque ninguémsabia muito bem o que fazercom ele. “Após diversaspressões, que chegaram até apossibilidade de cassação doprefeito, conseguimos daruma destinação útil para adoação”, diz. Atualmente,Guarulhos é um dos muni-cípios brasileiros onde asdotações do Funcad sãoacompanhadas de perto portodos os interessados. Mas omunicípio paulista é uma ex-ceção que confirma a regra.Ainda há muito o que se ca-minhar.

DignidadeUma caminhada que talvez

vá ao encontro das aspiraçõesdos idealizadores do CentroEducacional Pedreira que,diga-se de passagem, nãorecebe recursos do Funcad e é uma prova de quequando se quer é possível fazer algo pelas populaçõesdesassistidas.

Localizado no coração de uma região carente, ocentro educacional, ou simplesmente a ‘Pedreira’,se converteu em uma referência positiva para osmoradores, que vêem nele uma possibilidade defuturo e de vida digna para seus filhos.

“Nós estamos conseguindo mostrar para aspessoas que a dignidade não depende de classe so-cial; é um direito do ser humano”, afirma o diretor

Instalações do Centro Educacional Pedreira,escola profissionalizante modelo para

adolescentes, gratuita, situada em um dosbairros com os piores indicadores sociais da

cidade de São Paulo. O centro possui 400 alunose presta 2.100 consultas médicas e

odontológicas/ano. O ‘vestibulinho’ chega areceber 1.850 candidatos

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Alterdata

incentivos fiscais

O ECA - Estatuto da Criança e doAdolescente (Lei 8069/90), posteriormenteregulamentado pelo Decreto 794/93,estabelece 1% sobre o lucro como limitemáximo de dedução do Imposto de Rendadevido nas apurações mensal, trimestral ouanual das pessoas jurídicas e 6% das pessoasfísicas para contribuições aos FundosMunicipais da Criança e do Adolescente.

Os valores das contribuições devem serdeduzidos diretamente do imposto devido,não podendo ser lançados como despesaoperacional, no caso das pessoas jurídicas.A doação deverá ser lançada como despesaem conta de resultado, devendo ser

Como contribuir para os fundos municipais da criança e do adolescenteadicionado ao lucro líquido na parte “A” doLivro de Apuração do Lucro Real.

Como de praxe, após a escrituração, osdocumentos referentes a doação deverão serarquivados para efeito de fiscalização. Nocaso de escrituração para pessoas físicas, adedução deverá aparecer na Declaração deAjuste Anual.

Para ambas as situações, a doação deveráser feita em forma de depósito em conta-corrente dos Fundos Municipais. Mesmocom a automática emissão do recibobancário, os Conselhos Municipais,administradores dos fundos, deverãoprovidenciar comprovantes de doação, onde

Álvaro Bento. “A idéia é a de um trabalho paulatino,social. É como se cada garoto fosse uma velinha ehoje, após todo esse tempo de trabalho, nós já temos4.500 velinhas iluminando a região”, completa. Semdúvida um trabalho de fôlego para quem não recebedoações governamentais.

A propósito, o período para doações ao Funcad seencerra no próximo dia 31 de dezembro. Provavelmenteeste ano trará números tão pífios como os do anopassado, mas, quem sabe 2003 não represente o iníciode um período de maior conscientização e colaboraçãoda sociedade? O futuro do Brasil agradece.

constem o CNPJ ou CPF, endereço doemitente, nome completo, data e valor dacontribuição.

Além disso, os Conselhos deverãomanter controle das doações recebidas eemitir para a Secretaria da Receita Federalrelação anual onde constem os dados dosdoadores e os respectivos valoresoferecidos. Na ausência dos ConselhosMunicipais, os doadores poderão procuraros Conselhos Estaduais ou o Federal, quetambém foram instituídos por ocasião dasanção do Estatuto da Criança e doAdolescente.

Fonte: CRC-SP

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Federal Malotes

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HC Donin

eventos

A convite do CFC, o presidente daFenacon, Pedro Coelho Neto, esteve emBrasília, no dia 23 de outubro, para proferirpalestra sobre o ‘Papel do líder classista’,como parte do I Fórum Nacional de EntidadesSindicais da Área Contábil. O evento compõeprojeto de integração que o CFC pretendepromover entre todas as entidades derepresentação da contabilidade, com oobjetivo de unir e fortalecer a classe contábil.

“Queremos deixar de discutir as questõesdo sistema somente entre os conselhos federale regionais e começar a atuar em conjunto comtodo o sistema, incluindo a Fenacon e seus 34sindicatos filiados e todas as entidadescontábeis do País”, afirmou o presidente doCFC, Alcedino Gomes Barbosa.

Falar sobre líder para dezenas delideranças não parece tarefa fácil.Entretanto, Pedro Coelho conquistou aatenção de todos, logo no início da palestra,ao afirmar que não estava ali para ensinar

Presidente da Fenacon fala sobreliderança a representantessindicais, em Brasília

líderes a serem líderes, mas sim paraconvidá-los a uma reflexão sobre overdadeiro papel do líder classista.

Segundo Pedro Coelho, a função básica emais importante do líder é saber decifrar asnecessidades dos liderados e motivá-los atransformá-las em realidade. Mas, paradesempenhar tal função, é necessário ir maisadiante. “O líder sindical precisa abdicar emfavor dos representados, abrir mão de seu tempoe se envolver profundamente com as questõesde interesse dos liderados. Este é o papel dolíder. Se não há o cumprimento deste papel,então, não existe liderança legítima”, destacou.

Grande almaAlém do envolvimento pessoal e es-

pontâneo, é fundamental que o líderapresente, ainda, determinadas carac-terísticas que o tornem qualificado paracumprir, de fato, o seu papel. Repre-sentatividade efetiva, legitimidade do cargo,

Acima, auditório doCFC lotado para o IFórum Nacional deEntidades Sindicaisda Área Contábil.Ao lado, PedroCoelho durante aapresentação sobreo ‘Papel do líder classista’

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identidade com a classe, capacidade paranegociação e articulação, sintonia com ouniverso político-econômico, probidade esenso de responsabilidade, foram alguns dosrequisitos citados.

Pedro Coelho finalizou a palestra lembrandoa trajetória de Mahatma Gandhi, consideradopelo presidente um dos maiores exemplos deliderança de toda a história da humanidade. Ma-hatma - que significa grande alma - Gandhiliderou mais de 250 milhões de hindus para aindependência política da Índia.

A convite do diretor de Tecnologia eNegócios da Fenacon, Nivaldo Cleto,ministraram palestra, no dia 7 de novembro, nasede do Sescon/SP, na capital paulista, PedroLuiz Cézar Gonçalves Bezerra, coordenador-geral de Tecnologia e Segurança da Informaçãoda Receita Federal e José Henrique Santos Por-tugal, diretor de Serviços do Serpro.

Os representantes da Receita e do Serprofalaram sobre a Instrução Normativa 222,da Receita Federal, de 11 de outubro deste

IN 222 no Sescon/SPano, que instituiu o Serviço Interativo deAtendimento Virtual - Receita 222, com oobjetivo de proporcionar atendimento aoscontribuintes por meio da Internet. O eventopromovido pelo Sescon/SP teve a presençade 330 pessoas.

* As apresentações, com esclarecimentossobre o mecanismo da certificação digital edo novo serviço disponibilizado pela ReceitaFederal também podem ser obtidos, atravésdo site do Sescon/SP (www.sescon.org.br)

Fraude e corrupçãoAs fraudes ocorridas em grandes em-

presas americanas tornaram-se um dosprincipais temas debatidos no mundocorporativo. Para discutir seus reflexos paraa sociedade e os mercados, o CFCpromoveu, nos dias 23 e 24 de outubro, oFórum Internacional sobre Fraude eCorrupção, em sua sede, em Brasília. Opresidente da Fenacon, Pedro Coelho Neto,juntamente com os diretores Sauro Henriquede Almeida, Antônio Marangon, JoséRosenvaldo Rios, Nivaldo Cleto, HorizonDonizett Almeida e Antônio GutenbergAnchieta, acompanharam os debates.

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tecnologia da informação

Mais uma vez, tive a oportunidade devisitar a maior exposição de tecnologiado mundo, a COMDEX Fall 2002, nacidade de Las Vegas, Estado de Nevada -EUA. No ano passado cancelei minhaviagem por causa do terror de 11 desetembro e, neste ano, à primeira vista,notei um público bem menor que em 2000e menos expositores, cerca de 30% amenos que em 2001.

Na entrada do Pavilhão Central do LasVegas Convention Center, a primeiranovidade foi o acesso à web por sistemaswireless (sem fio), enquanto que em 2000achei muito interessante o batalhão de PCsdestinados aos congressistas para consultade emails, patrocinados pela Novell.

Desta vez, disponibilizaram ilhas deWireless Connecting Point Locations.Além de diversos laptops disponíveis, oscongressistas podiam levar os seus PDAsou notebooks e configurá-los na hora comuma placa interna ou externa de acessosem fio, obtendo, assim, conexão emtempo integral à web.

Mas, o que me chamou mais a atençãoforam os tablets PCs. Guardem bem estenome, pois estamos na era dos tablets. Trata-se de um laptop mais leve, que se transformaem prancheta, com tela de cristal líquido(LCD). Com uma caneta de plástico, do tipodas PDAS (Palms), podemos escrever,desenhar, ler emails, gravar e escutar sons,editar planilhas eletrônicas, enfim, fazer tudoque já é possível com o PC normal, só quenuma prancheta.

Antecipando o futuroEmpresas apresentam as tecnologias que estarão mudando nosso cotidiano nos próximosanos, durante a COMDEX Fall, maior evento de informática do mundo, ocorrido de 18 a 22 denovembro, em Las Vegas-EUA

Por Nivaldo Cleto

Notas virtuaisNuma reunião com clientes ou de

diretoria, aquelas anotações que fazemosnuma folha já podem ser transformadasem texto para o Word e repassadasimediatamente aos interessados. Umatarefa a menos para nossas assistentes.

Outros exemplos: o professor numa salade aula ou um palestrante descrevendo umafórmula no tablet e imediatamenteaparecendo tudo em um ‘telão’. Oumédicos nos hospitais tendo debaixo dobraço todos os prontuários dos pacientes,que serão atendidos com atualização emtempo real. É ou não é uma revolução?

Mas, como acontece com todanovidade tecnológica, só os preços é queainda não são atrativos nem para o públicoamericano. Na loja da COMP USA, naSahhara Ave, um Tablet Toshiba estácustando cerca de US$2,5 mil, com 40 GBde HD, memória RAM de 512 MB, placaEthernet 10/100 Wireless - Mobile eprocessador Intel Pentium III de 1,33 GHz.

Acesso remotoNo segundo dia da COMDEX, peguei

meu laptop, mais a placa PCMCIA deacesso a redes sem fio, e fui comprovarse os Wireless Connecting Point Locationsestavam realmente funcionando. Logo naentrada, havia algumas ilhas cominstruções de configuração da placa, coma presença de colaboradores da SymbolTechnologies, empresa que patrocinou a

área de conexão com a Internet com e semfio. Mexe daqui, mexe dali e pronto.Vibrei!!! Lá estava eu conectado com meulaptop na rede Wireless da Symbol.

Aproveitei para responder alguns emailse conversar, via MSN Messenger, com odiretor Administrativo da Fenacon, RobertoWuthstrack, num chat, colocando algunsassuntos em dia para a reunião de diretoriada entidade que aconteceu em Manaus, dia26 de novembro, à época do IV EnescapCentro-Oeste/Norte (ver matéria na próximaedição). O curioso é que vários congressistastrouxeram seus laptops e PDAs para acessara web e todos colaboravam entre si para aconfiguração dos equipamentos.

De graçaNeste segundo dia, fiz ainda uma vídeo

conferência com meus filhos em São Paulo,através do NetMeeting, com câmera emicrofone. Falando nisso, quando você tiverum amigo ou parente no exterior e quiser secomunicar sem o pagamento de pulsostelefônicos, basta que ambos façam umainscrição no Hotmail, no sitewww.msn.com.br, usando um microfone euma câmera - caso também queiram imagem.

Feito isto, atualizando o browser parautilizar o NetMeeting, nós conseguimosfalar em tempo real com qualquer pessoano planeta, através da web, sem pagarligação internacional. Não se parece comuma ligação telefônica normal, mas só o fatode você poder falar quanto tempo quiser jávale a pena os bugs de comunicação.

Cenofisco

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 84 - 19

Cada vez mais presente nas empresasbrasileiras, os sistemas de videoconferênciae teleconferência também estiveram emdestaque na feira. A Sony lançou umaparelho para videoconferência (SonyVideoconferencing) e a Fujitsu apresentouo aplicativo iSeeWeb (www.iseeweb.com).

CelularesOutra sensação, foram os telefones

celulares de terceira geração. A Nokia e aSamsung foram os fabricantes queocuparam mais espaço na feira,apresentando uma série de novidades. Osnovos aparelhos já vêm com câmerasembutidas, sendo possível mandar emailcom imagem e voz. Outros modelosagregaram os utilitários das PDAs (agen-das de mão tipo Palm e Pocked PC).

Já os estandes da HP e da Ricohmostraram o que há de mais moderno emtermos de impressoras multifuncionais. Aqualidade de impressão laser coloridamelhorou sensivelmente, concomitan-temente com a redução de preços para ovarejo. As máquinas para as pequenasempresas já vêm com impressora, escaner,central de fax e copiadora, tudo integradonum só equipamento.

Em matéria de handhelds, a Palm estálançando o Palm Tungsten - PDACorporativo (visitem o site www.palm.com),que promete deixar os PDAs mais popularesdos planeta compatíveis com os da HP, Sonye Toshiba. Também já surgem diversassoluções para restaurantes, com sistemasintegrados PDAs, em redes sem fio,conectados diretamente entre os garçons eas cozinhas para atender o freguês em temporecorde.

Preços salgadosMais uma vez comprovei de perto que

a crise, o medo do terrorismo e da guerraiminente atingiram em cheio o povo norte-americano. Grandes fabricantes nãoestavam expondo na feira e durante a noiteandei pelos magníficos hotéis cassinos, quesão verdadeiros parques temáticos, ondehaviam pouquíssimas pessoas nas lojas enos jogos, comparando com a multidão queestava presente na feira de 2000.

Minha grande tristeza foi comprovar oquanto nossa moeda está desvalorizada emrelação ao Dollar. Na hora de pagar um Big

Mac, o número um do Mc Donald’s,mundialmente conhecido, desembolsei abagatela equivalente a R$ 15 (preço noBrasil R$ 6) e o copo de Coca-Cola aquantia de R$ 7.

Na próxima edição da RFS falareisobre outras novidades expostas na feira,como os novos Smarts Displays, que são

pranchetas móveis de cristal líquido,acopladas a uma CPU, através do sistemawireless.

Nivaldo Cleto é empresáriocontábil e diretor de Tecnologia e

Negócios da [email protected]

Multifuncionais:modelo de impressoraHP Laserjet 4200/4300. Na COMDEX,foram apresentadasnovas máquinasvoltadas para osegmento daspequenas empresas,com impressora,

escaner, central de fax ecopiadora, tudo integrado num sóequipamento

WirelessConnecting Point:à esq., congressistas puderamconfigurar seus PDAs ou notebookspara conexão, sem fio, em tempointegral, à web. À dir., pessoasacessando à web de seus PCs portáteis

Nas fotos acima,demonstraçõesde uma dassensações daCOMDEX Fall2002 - osTablets PCs: o

equipamento, que começaa chegar ao mercado, é uma espécie delaptop, só que mais leve. Seu principaldiferencial é a possibilidade de escrever,desenhar, editar planilhas eletrônicas etc,com uma caneta de plástico, como sefosse uma espécie de ‘caderno deanotações’

Na feira, a Iomegacomprova ser a melhor empresa fabricante dehard disks móveis para backups. A empresajá fabrica HDs externos de 80 GB, mas compreços ainda salgados. Na foto acima, à esq.,o HD 30 Gb Portátil (preço sugerido no localUS$250). À dir., o HD Externo 80 Gb (preçosugerido US$ 250)

MemoryCard USB,até 128Mb, paralaptops, emforma dechaveiro

Modelo I 330 daSamsung - agenda eaplicativos PDAintegrados ao celular

Sem sair dolugar: Cada vezmais presentesnas empresas brasileiras, os sistemas devideoconferência e teleconferênciatambém estiveram em destaque na feira. ASony (foto à esq.) foi uma das empresasque lançaram aparelho para video-conferência (Sony Videoconferencing). AFujitsu (foto à dir.) apresentou o aplicativoiSeeWeb (www.iseeweb.com)

Celulares que atéfalam: Modelo V 205da Samsung, comcâmera integrada -GMS

Fotos: arquivo pessoal Nivaldo Cleto

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20 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 84

Os Sindicatos, devidamente congregados pela Fenacon, representam os segmentos econômicosabaixo discriminados, integrantes do Ordenamento Sindical do Grupo Terceiro, da ConfederaçãoNacional do Comércio na forma de CLT e do Parágrafo IV do artigo oitavo da Constituição Federal(exceto se houver sindicato de representação específica). Assim, as empresas que devemrecolher Contribuição Sindical e Confederativa aos Sindicatos Filiados são:

Categorias econômicas representadaspelos sindicatos filiados à Fenacon

I - Empresas e escritórios de serviçoscontábeis e fiscais

(organizados ou não sob forma de pessoa jurídica)01. Empresas de Contabilidade02. Escritórios Fisco-Contábeis Autônomos03. Empresas de Auditoria04. Escritórios de Auditoria Autônomos05. Empresas de Assessoria e Consultoria Contábil06. Escritórios de Assessoria e Consultoria Contábil

Autônomos07. Empresas de Assessoramento Contábil08. Empresas de Perícias Contábeis09. Empresas de Informações Contábeis10. Empresas de Pesquisas Contábeis

II - Empresas e escritórios deassessoria e assistência

11. Assessoria de importação e exportação e aduaneira12. Assessoria de marketing e merchandising13. Assessoria e assistência gerencial, econômica,

financeira e fiscal14. Assessoria e planejamento fiscal e contábil15. Assessoria na área de crédito16. Assessoria e assistência técnica rural17. Assessoria da previdência privada18. Assistência automobilística19. Assistência e orientação a cooperativas

habitacionais e agropecuárias20. Assistência e projetos de cozinhas21. Assistência e projetos agropecuários22. Assistência e projetos de urbanização23. Assistência e projetos de viabilidade técnica-

econômica24. Assistência e projetos de topografia,

aerolevantamento e aerofotografia25. Assistência e projetos de reflorestamento26. Assistência e projetos de prospecção geofísica27. Assistência e projetos na área de

telecomunicações28. Assistência e projetos urbanísticos e estudos

ambientais29. Assistência técnica de aparelhos e equipamentos30. Assistência empresarial e gerencial

III - Empresas e escritórios de períciase avaliações

31. Avaliações de empresas

32. Avaliações patrimoniais33. Engenharia de avaliações34. Avaliações e regularização de avarias marítimas35. Perícias judiciais, trabalhistas e contábeis36. Controle patrimonial

IV - Empresas e escritórios deconsultoria

37. Consultoria empresarial38. Consultoria na área de informática39. Consultoria técnica e imobiliária40. Consultoria financeira, econômica e fiscal

V - Sociedade de advogados

VI - Empresas e escritórios deadministração

41. Administração de crédito42. Administração de convênios43. Administração de vale-transporte44. Administração de vale-refeições (através de

tíquete)45. Administração empresarial46. Administração de cartão de crédito47. Administração de transporte e serviços portuários48. Administração de clubes49. Administração de recursos públicos50. Administração de estradas e rodovias com

cobrança de pedágio

VII - Empresas e escritórios deorganização e coordenação

51. Organização de eventos52. Exposições e feiras53. Organização e promoção de venda de cartões de

instituições e clubes54. Organização e promoção de vendas de contratos

de assistência técnica55. Promoção de vendas e mala-direta56. Organização e promoção de congressos e eventos

VIII - Empresas e escritórios de serviços57. Serviços de cópias e fotocópias58. Serviços de documentação e microfilmagem59. Serviços de urbanismo, ajardinamento e

ornamentos60. Serviços de consertos em geral61. Serviços de cobrança extrajudicial

62. Recursos humanos, seleção, recrutamento,treinamento e desenvolvimento

63. Agências de serviços terceirizados pela EBCT64. Aerofotografia65. Aerolevantamento

IX - Associações, clubes, entidadescooperativas

66. Clubes de proteção ao crédito67. Clubes de diretores lojistas68. Associações comerciais, industriais e de serviços69. Associações de criadores rurais e de ruralistas70. Câmaras de indústria, comércio e serviços71. Sociedades civis e militares72. Clubes de serviços73. Centrais de abastecimento74. Centrais de produtores rurais75. Companhias de desenvolvimento76. Bolsa de valores e mercadorias77. Cooperativas de serviços e trabalho profissional

(exceto serviços médicos e odontológicos)78. Cooperativas habitacionais79. Partidos políticos80. Serviços de apoio a empresas

X - Agências de informações epesquisas

81. Agências de Informações e pesquisas82. Agências de colocação de fretes (centrais de

fretes)83. Agências de colocação de mão-de-obra

(inclusive temporária)84. Agências de marcas e patentes85. Agências de recursos humanos

XI - Holdings societárias e fundosmútuos

86. Participações societárias87. Administração patrimonial (exceto bens imóveis)88. Administração de ações e quotas89. Administração de bens e negócios90. Administração de fundos mútuos e de

previdência privada

* De acordo com o ordenamento do SistemaConfederativo de Representação Sindical daConfederação Nacional do Comércio - CNC,grupo terceiro

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Revista Fenacon em Serviços - Edição 84 - 21

Embasamento legal da contribuição sindicalMISSÃO INSTITUCIONAL DOS SINDICATOSAos sindicatos, conforme previsto na Constituição Federal (artigo 8º), cabe a defesa dos interesses individuais e coletivos da categoria representada,inclusive em questões judiciais e administrativas, sendo obrigatória sua participação nas negociações coletivas de trabalho.

CUSTEIO DAS ATIVIDADES SINDICAIS - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL (Art. 578 CLT)Assim, para custear suas atividades, entre outras fontes, está prevista a Contribuição Sindical (antigo imposto sindical), disciplinada pelo artigo578 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho.

DATA-LIMITE PARA O RECOLHIMENTONo exercício de 2003, o recolhimento da contribuição sindical patronal, devida aos sindicatos pelos empregadores sediados em suas respectivasbases territoriais de representação, deverá ser efetuado até o dia 31 de janeiro de 2003, ou no dia útil imediatamente anterior se feriado regional.

FORMA DE RECOLHIMENTOTal recolhimento deverá ser realizado através de Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical – GRCS, junto à Caixa Econômica Federal.

CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃOO cálculo da contribuição sindical dos empregadores deve observar a tabela abaixo, editada pela Confederação Nacional do Comércio emconformidade com o artigo 21 da Lei 8.178, de 1º de março de 1991, artigo 2º da Lei 8.383, de 30 de dezembro de 1991 e Resolução CNC-SICOMÉRCIO n.º 011/97:

VALOR BASE: R$ 130,98Linha Classe de Capital Social (em R$) Aliquota(%) Parcela a adicionar (R$)

01 de 0,01 a 9.823,50 Contr. Mínima 78,59

02 de 9.823,51 a 19.647,00 0,8% -

03 de 19.647,01 a 196.470,00 0,2% 117,88

04 de 196.470,01 a 19.647.000,00 0,1% 314,35

05 de 19.647.000,01 a 104.784.000,00 0,02% 16.031,95

06 de 104.784.000,01 em diante Contr. Máxima 36.988,75

Mastermaq

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22 - Revista Fenacon em Serviços - Edição 84

Códigos de área dos sindicatos filiadosREGIÃO SUDESTE

Sindicato Fundação Registro SindicalES 22.01.93 002.365.04904-9MG 20.12.90 002.365.04937-5RJ 16.02.87 002.365.86767-1SP 12.01.49 002.365.86257-2

SUL FLUM. 18.12.92 002.365.05022-5

REGIÃO SULSindicato Fundação Registro Sindical

APUCARANA 05.09.00 002.365.00000-7BLUMENAU 05.09.97 003.365.89502-0

CAXIAS DO SUL 11.08.93 002.365.87490-2Gde. Flor. 20.12.88 002.365.88511-4

LONDRINA 28.07.91 002.365.90169-1PONTA GROSSA 02.09.94 002.365.00000-7

PARANÁ 09.09.88 002.365.88248-4SC 15.09.84 002.365.02808-4

REGIÃO CENTRO OESTE / NORTESindicato Fundação Registro Sindical

DF 12.01.87 002.365.04303-2

AM 13.06.01 002.365.00000-7AP 23.05.01 002.365.00000-7GO 01.12.92 002.365.05474-3MS 16.06.87 002.365.87924-6MT 03.04.91 002.365.86025-1PA 26.11.94 002.365.90145-4RO 08.12.93 002.365.00000-7RR 30.04.93 002.365.04959-6TO 27.09.96 002.365.00000-7AC 19.11.01 002.365.00000-7

REGIÃO NORDESTESindicato Fundação Registro Sindical

AL 12.03.97 002.365.89638-8BA 07.12.94 002.365.00000-7CE 12.12.88 002.365.88157-7MA 13.08.97 002.365.90023-7PB 22.06.94 002.365.90755-0PE 08.02.93 002.365.88145-3PI 21.06.99 002.365.00000-7

RN 16.06.96 002.365.00000-7SE 24.09.91 002.365.04999-5

NOTAS:1 - As firmas ou empresas e as entidades ou instituições cujo capital social seja igual ou inferior a R$ 9.823,50, estão obrigadas ao recolhimento

da Contribuição Sindical mínima de R$ 78,59, de acordo com o disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pela Lei n.º 7.047 de 01 dedezembro de 1982);

2 - As firmas ou empresas com capital social superior a R$ 104.784.000,01, recolherão a Contribuição Sindical máxima de R$ 36.988,75, naforma do disposto no § 3º do art. 580 da CLT (alterado pela Lei n.º 7.047 de 01 de dezembro de 1982);

3 - Base de cálculo conforme art. 21 da Lei n.º 8.178, de 01 de março de 1991 e atualizado pela mesma variação da UFIR, de acordo com o art.2º da Lei n.º 8.383, de 30 de dezembro de 1991, observada a Resolução CNC/SICOMÉRCIO N.º 015/2002;

CUIDADOS NO PREENCHIMENTOÉ indispensável o preenchimento correto da GRCS, especialmente do campo 07 – CÓDIGO DA ENTIDADE SINDICAL, motivo pelo qualdivulgamos os códigos sindicais que devem ser utilizados para cada sindicato.

MORA / PENALIDADESDurante o primeiro mês de atraso no recolhimento da contribuição sindical patronal incidirá multa correspondente a 10% (dez por cento) de seuvalor e, a partir do segundo mês de atraso, será acrescida sucessivamente de 2% (dois por cento) ao mês ou fração.Em caso de mora, são ainda devidos juros, à razão de 1% (um por cento) ao mês ou fração, e correção monetária calculada de acordo com oscoeficientes aplicáveis a débitos para com a Fazenda Nacional (artigo 600 da CLT). Além dos acréscimos decorrentes da mora, sujeita-se oinadimplente à imputação de multa pela Delegacia Regional do Trabalho, da ordem de 7,5657 até 7.565,6932 UFIR, segundo dispõe o artigo 598da CLT e Portaria n.º 148, de 25 de janeiro de 1996, do Ministro de Estado do Trabalho.

CÓDIGOS DA ENTIDADE SINDICALCada Sindicato Filiado tem seu código sindical. As guias entregues pelo seu Sindicato já vêm previamente preenchidas com o respectivo código.Caso sua empresa contábil não tenha recebido as guias, você poderá fazê-lo respeitando os seguintes códigos de área, conforme quadro na páginaseguinte.

CATEGORIAS REPRESENTADAS PELOS SINDICATOS FILIADOSA relação apresentada na página 20 resume basicamente a representatividade dos Sindicatos.

OBSERVAÇÕES FINAISDemais informações e esclarecimentos podem ser obtidos diretamente no Sindicato (relação na página 2) com base territorial abrangente dalocalidade em que sediado o contribuinte, cuja orientação prevalece no cumprimento da contribuição sindical mencionada.

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Exactus

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