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EDIÇÃO 237 - ANO 6 - 22 DE MARÇO DE 2013

Reservas extrativistas da Bahia organizam seminário de políticas públicas

PNUD lança editais para contratar estudos que ajudarão planejamento de UCs

Ministra Izabella Teixeira visita parques no Rio Grande do Sul

Cecat recebe contribuições à Lista de Espécies Exóticas em UCs federais

Cenap promove campanha de captura de lobos-guará

Parna Abrolhos recebe Caravana do Esporte e da Música

Cites aceita 100% das propostas brasileiras

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Termina na próxima semana o prazo para envio de contribuições à Lista de Espécies Exóticas Inva-soras em UCs federais, que está sendo elaborada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e Caatinga, o nosso Cecat. É a primeira aproximação do diagnóstico do estado atual de invasão e servirá de subsídio para estudos futuros e ações emergenciais de controle por parte do Instituto Chico Mendes.

Alexandre Sampaio, analista do Cecat, explica que “neste trabalho são consideradas espécies exóti-cas invasoras aquelas oriundas de fora do Brasil, capazes de se reproduzir e dispersar sem ajuda humana, colonizando ambientes nativos e cau-sando impacto na biota e nos ecossistemas”. A lista foi confeccionada a partir de planos de ma-nejo, dados do Rappam, base de dados do Institu-to Hórus e outras fontes, totalizando 95 unidades de conservação.

“A lista é certamente incompleta, pois há lacuna de conhecimento e não foram incluídas todas as

O Sistema Gerenciador de Documentos - SGDOC migrou este mês para sua terceira versão. Sua prin-cipal mudança foi o tratamento da tabela de as-sunto, com o objetivo de padronizar a informação corporativa e agilizar a recuperação de dados no sistema.

Para auxiliar na busca do assunto no sistema, fo-ram produzidas duas tabelas que apresentam essa padronização, sendo uma por tema e outra por

fontes de informação existentes por serem muito dispersas. A contribuição dos gestores ou outras pessoas com conhecimento sobre a biota das UCs é imprescindível para preencher tais lacunas ou indicar a necessidade de corrigir incongruências”, ressalta Alexandre.

Todos podem contribuir com o estudo por meio do aporte de novas informações até 30 de março. A versão preliminar do trabalho está disponível em www.icmbio.gov.br/intranet/download/index.php?modulo=arquivos/dibio/especies_invasoras/index.php, juntamente com um formulário para envio de contribuições, que deve ser encaminha-do para alexandre.sampaio@icmbio.gov.br.

No mesmo endereço também está disponível para consulta e divulgação a Estratégia Nacional sobre Espécies Exóticas Invasoras, aprovada pela Comissão Nacional da Biodiversidade, o Conabio, com o objetivo de prevenir e mitigar os impactos negativos de espécies exóticas invasoras sobre a população humana, os setores produtivos, o meio ambiente e a biodiversidade.

ordem alfabética, que podem ser solicitadas pelo e-mail sgi.cdoc@icmbio.gov.br.

Caso seja identificada alguma falha no sistema, o usuário deve enviar mensagem relatando o erro à sgi.cdoc@icmbio.gov.br ou entrar em contato pe-los telefones (61) 3341-9567 / 9379 / 9015.

A tabela com novos assuntos está sendo atualizada e sua nova versão estará disponível em 2 de abril pelo e-mail e na Intranet.

Contribua com a lista de espécies exóticas

SGDOC chega à terceira versão

Seguindo o calendário de planejamento e gestão estratégica do ICMBio para este ano, as datas para nego-ciação de metas no Sistema Integrado de Gestão Estratégica - SIGE foram alteradas. Eis o novo cronograma:

Novo cronograma de negociação de metas

O quê? Quando? Quem?

Análise dos indicadores e metas vinculados à unidade e sua negociação (aceite da meta ou realização de contraproposta)

8 a 19/4 Chefes de unidades descentralizadas (UCs, CRs, UAAFs, centros de pesquisa)

Manifestação dos coordenadores regionais sobre as contrapropostas realizadas pelas

unidades de conservação

22 a 26/4 Coordenadores regionais

Avaliação das contrapropostas e validação final de metas

29/4 a 3/5 Coordenadores-gerais

Alimentação de dados da execução das metas

A partir de 8/4 para metas aceitas e 6/5 para metas com contrapropostas

Chefes de unidades descentralizadas (UCs, CRs, UAAFs, centros de pesquisa) e coordenadores de

processos na sede

Sisbio em altaO Sistema de Autorização e Informação em Biodiver-sidade - Sisbio foi implementado em 2007 e desde então, graças a seu formato automatizado, intera-tivo e simplificado, melhorou significativamente o atendimento, a prestação de serviços e a interação entre pesquisadores e gestores. Atualmente, há 29.744 pesquisadores cadastrados no sistema.

Ao longo de 2012, foram concedidos por meio do Sisbio 2.470 documentos envolvendo análise dos pareceristas do ICMBio, cerca de 900, incluindo 2.305 autorizações e 165 licenças permanentes. Entre essas, 45,5% foram concedidas para realiza-ção de pesquisa em UCs federais, abrangendo 91% delas. Foram emitidos ainda 456 comprovantes de registro voluntário para coleta de material botâni-co fúngico ou microbiológico, documento emitido automaticamente para a realização dessa atividade quando não envolve espécie ameaçada e é realizada fora de UC federal, situação em que prescinde de autorização de coleta segundo a legislação vigente.

Mesmo com o aumento da demanda por autoriza-ções e licenças de pesquisa entre 2011 e 2012 houve incremento de 90% para 98% das solicitações con-cedidas dentro do prazo de 45 dias úteis estipulado na instrução normativa que regulamenta essas ati-vidades. Portanto, a meta de 85% das autorizações emitidas antes do término do prazo, estabelecida para nossas unidades para 2012, foi superada.

Em agosto de 2012 foi implementado o módulo Re-latório do Sisbio. Nele, os pesquisadores informam anualmente as atividades executadas em seus pro-jetos. As informações fornecidas nos relatórios de atividades são armazenadas em um banco de dados, facilitando a busca e permitindo melhor utilização no planejamento e manejo de espécies, ecossistemas e unidades de conservação. Até o momento, foram submetidos 6.532 relatórios de atividades, sendo 5.874 deles em 2012. Ainda, quando julgarem ne-cessário, os operadores das UCs e centros nacionais de pesquisa podem solicitar correções e complemen-tações dos relatórios, aprimorando as informações recebidas, para auxílio na gestão da unidade de con-servação e nas ações para conservação de espécies ameaçadas.

Os relatórios ainda permitem conhecer o quantita-tivo dos registros de ocorrência de táxons dentro e fora de UCs – 47.640 e 109.197, respectivamente –, ocorrência por grupo taxonômico e o demonstrativo das publicações originadas nas pesquisas.

As estatísticas do Sisbio refletem a conquista de um marco de eficiência e comprometimento do Institu-to na prestação de relevante serviço à comunidade científica brasileira e na geração de conhecimento sobre nossa biodiversidade. Para conhecer mais, acesse www.icmbio.gov.br/sisbio.

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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve no último final de semana nos parques nacionais Aparados da Serra e Serra Geral, no Rio Grande do Sul, para conversar com funcionários e turistas sobre a infraestrutura e os recursos hu-manos das duas unidades de conservação.

Juntos, os dois parques somam uma área de 30 mil hectares de terras protegidas e possuem dois dos cânions mais famosos do Sul do Brasil: Itam-bezinho e Fortaleza, de beleza espetacular e que serviram de cenário para minisséries televisivas.

A falta de infraestrutura adequada já fez com que o Parna Aparados da Serra ficasse fechado à

Ministra visita parques no Rio Grande do Sul

Gestores ambientais do Brasil, Peru, Colômbia e Equador se reuniram na terça e quarta-feiras passadas, na sede do Parque Nacional de Brasí-lia, para discutir “Conservação da biodiversidade e governos locais”. O evento foi coordenado pela União Internacional para Conservação da Natu-reza - IUCN, GIZ e a ONG ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade.

A proposta foi discutir os objetivos gerais e espe-cíficos, bem como os componentes de um pro-jeto que abrigará outros projetos específicos a serem executados nesses países em prazo de exe-cução inicialmente previsto de três a cinco anos. Os investimentos envolvidos serão da ordem de € 3,5 milhões, já inclusos serviços de cooperação técnica, assessoria, capacitação, estudos etc.

O foco da aplicação de recursos será as unida-des de conservação municipais, fortalecendo a governança local para que sua gestão contribua de forma mais efetiva para a conservação da bio-diversidade, além da oferta de outros serviços ecossistêmicos. O eixo de atuação será nas áreas protegidas municipais legalmente reconhecidas, evidenciando e dando visibilidade às iniciativas de conservação da biodiversidade bem-sucedi-das, repercutindo-as tanto em nível local/regio-nal quanto nacional e internacional.

Ao ICMBio caberá apoiar os governos locais em seus processos de estruturação e melhoria da gestão de suas áreas protegidas, promovendo e auxiliando em arranjos interinstitucionais, a exemplo de modelos como corredores ecológi-cos, mosaicos e gestões compartilhadas. O con-ceito de governo local considerado no evento é o de instituição reconhecida em âmbito nacional como responsável pela gestão de áreas protegi-das locais, o que se aplica no Brasil às prefeituras que fazem gestão de UCs municipais.

Após explicação de como seria a rotina de tra-balho nos dois dias do evento, os participantes se reuniram em grupos menores para descrever as atividades gerais do projeto, detalhando ca-racterísticas, alcance, formas e instrumentos de implementação.

Nosso Instituto foi representado por Bernado Issa, diretor-substituto e assessor da Diretoria de Criação e Manejo de Unidades de Conserva-ção; Bernardo Brito, coordenador-geral de Cria-ção, Planejamento e Avaliação de Unidades de Conservação; Miguel von Behr, chefe da Flores-ta Nacional de Lorena; Marcelo Pessanha, chefe do Parque Nacional Restinga de Jurubatiba; e Allan Crema, chefe da Divisão de Mosaicos e Corredores.

ICMBio participa de seminário internacional sobre UCs urbanas

visitação por dois anos. Desde sua reabertura, em 1998, a UC recebe a cada ano um número maior de visitantes. Em 2012 foram cerca de 70 mil deles. Esta foi a primeira de uma série de visitas que a ministra fará às unidades de conservação do Brasil. Izabella Teixeira afirmou que os parques devem ser preparados para receber de maneira mais adequada os turistas brasileiros e estrangei-ros. Ela ressalvou, no entanto, que quer garantir que o aumento da visitação não resulte em de-gradação à natureza de maneira alguma.

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Izabella conversa com visitantes sobre estrutura da unidade

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A delegação brasileira presente na 16ª Confe-rência das Partes (COP) da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora só tem a comemorar. Todas as propostas levadas à Bangkok, na Tailândia, foram aceitas pela convenção.

O Brasil foi proponente da inclusão do tubarão Carcharhinus longimanus no Anexo II, em parceria com Colômbia e EUA; a inclusão de três espécies de tubarão martelo (Sphyrna lewini, S. mokarran and e S. zygaena) no Anexo II, em conjunto com Colômbia, Costa Rica, União Europeia, Equador, Honduras e México; e a inclusão do tubarão Lam-na nasus no Anexo II, junto com Comoros, Croá-cia, União Europeia e Egito.

Outras propostas do Brasil na Cites (sigla em in-glês da conferência) foram a inclusão das duas espécies de arraia manta (Manta spp.) no Anexo II, em conjunto com Colômbia e Equador; a reti-rada das bromélias Tillandsia kautskyi, Tillandsia sprengeliana e Tillandsia sucrei do Anexo II; e a alteração nas orientações relativas ao comércio do pau-rosa (Aniba rosaeodora), que está listado no Anexo II .

“Parabéns ao Brasil e ao mundo por essa con-quista em direção ao uso sustentável do tubarão-martelo, tubarão-galha-branca, tubarão-sardo e manta. Essa é uma vitoria histórica, resultado de décadas de trabalho consistente, e uma demons-tração de amadurecimento e conscientização glo-bal da situação em que se encontra esse grupo tão vulnerável”, frisa Mônica Brick Peres, gerente de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Mi-nistério do Meio Ambiente.

As propostas da delegação brasileira estavam en-tre as 70 apresentadas por 55 países, que procu-ram, entre outros, melhorar a conservação e uso sustentável de madeira, espécies marinhas, in-cluindo o tubarão, e várias outras espécies, como tartarugas de água doce, sapos, plantas ornamen-tais e medicinais. Formada por representantes do MMA, Instituto Chico Mendes, Ibama e Itamaraty, a delegação brasileira se considera vitoriosa em uma reunião como a da Cites, que regula o co-mércio de 39 mil espécies listadas em seus ane-xos, sujeitas ao controle de 178 países membros.

Segundo Mônica, o Brasil demonstrou extrema competência técnica e diplomática, além de in-contestável liderança no tema. “Teremos muito trabalho pela frente, mas por hora estamos aqui comemorando em Bangkok”, afirmou a gerente do MMA.

Os tubarões são alvo de tráfico ilegal em todo o mundo. Além de promover o declínio populacio-nal das espécies, o tráfico é associado a outras ati-vidades ilegais e responsável pelo desvio de divisas relevantes dos países em que ocorrem.

Cites aceita 100%das propostas brasileiras

O Programa das Nações Unidas - PNUD realizou reu-nião em Brasília, na sexta-feira (8), a fim de apresen-tar e discutir o objeto do edital lançado em fevereiro para contratação de empresa especializada em con-sultoria que vai elaborar diagnósticos ambiental e socioeconômico dos planos de manejo das 11 UCs federais do Interflúvio Purus-Madeira, na BR-319.

Mais de doze empresas estiveram reunidas, presen-cialmente e via sistema de conferência, e puderam ouvir explanação da equipe de coordenação dos pla-nos de manejo do Interflúvio e fazer perguntas para esclarecer pontos dos termos de referência.

Os diagnósticos ambiental e socioeconômico têm o objetivo de colher e analisar informações sobre as 11 unidades e sua região, auxiliando e subsidiando na elaboração dos planos de manejo. Só depois deles prontos é que será iniciada a elaboração dos planos.

A região do Interflúvio Purus-Madeira abrange cer-ca de 270 mil km², sendo aproximadamente 5,4% da Amazônia Legal, formando um grande mosaico funcional. Sua história começa em 2005, quando o Governo Federal anuncia a pavimentação da BR-319. No ano seguinte é criada a Área de Limitação Provisória (ALAP) da BR-319, com base no artigo 22 do SNUC, apontando as áreas prioritárias para a criação de novas unidades de conservação. Em 2008 foi criado o GT BR-319, pela Portaria 295, do MMA, subsidiando a assinatura de termo de cooperação entre ICMBio e DNIT. Esse último destinou R$ 500 mil para elaboração do plano de manejo de cada uma das 11 UCs, que totalizam R$ 5.500 milhões, além de outros recursos para criação de conselhos gestores e proteção da área. De agosto de 2009 até a presente data foram realizadas oficinas de levanta-mento de informações, criação de conselhos, ativi-

dades de proteção e ajustes nos termos de referência para consecução dos planos de manejo integrado do Interflúvio.

A demora se deve, entre outros motivos, à inova-ção em relação à metodologia adotada na execução dos planos de manejo. Por existirem diferentes ca-tegorias entre as 11 UCs – Rebio, Esec, Parna, Resex e Flona –, foi elaborado o Desenho do Processo de Planejamento (DPP) para elaboração de planos de manejo integrados na região, marco conceitual e te-órico para sua elaboração e que foi aprovado pela Portaria ICMBio nº 4, de 9 de janeiro de 2012. O DPP prevê a elaboração de planos de manejo indi-vidualizados, mas com alto grau de integração das ações e zoneamento, e baseia-se no planejamento na escala de paisagem, utilizando as Unidades de Paisagem Natural para caracterização das áreas, no planejamento participativo e adaptativo. Prevê, ain-da, a capacitação continuada das equipes das UCs durante a elaboração dos planos, preparando-os para cada etapa. Outros estudos que compõem os planos já foram realizados e aprovados pela equipe de coordenação dos planos de manejo do Interflúvio Purus-Madeira.

PNUD lança editais para contratar estudos que ajudarão planejamento de UCs

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Evento ocorreu entre os dias 3 e 14 de março

Os editais podem ser acessados na íntegra em www.undp.org.br/licitacoes/ListarAvisos.aspx. As unida-des contempladas são Reserva Biológica Abufari; Estação Ecológica Cuniã; parques nacionais Mapin-guari e Nascentes do Lago Jari; reservas extrativistas Lago do Capanã-Grande, Ituxi, Médio Purus e Lago do Cuniã; e as florestas nacionais Humaitá, Balata-Tufari e Iquiri, todas UCs localizadas no Amazonas e norte de Rondônia.

Os editais são fruto de um acordo de cooperação firmado com o Departamento Nacional de Infraes-trutura e Transportes - DNIT para implementação de UCs na região da rodovia, com repasse de recurso para a elaboração dos planos de manejo, além de outras ações estruturantes e de proteção das uni-dades.

O PNUD, como parceiro do ICMBio nesse trabalho, está operacionalizando o gasto dos recursos. São parceiros ainda a ONG WWF Brasil e a Comunida-de de Ensino e Aprendizagem em Planejamento de Unidades de Conservação.

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A equipe do Centro Nacional de Pesquisa e Con-servação de Mamíferos Carnívoros, o nosso Cenap, realizou, no fim de fevereiro, mais uma expedição de captura de lobos-guará na região da Serra da Canastra, sudoeste de Minas Gerais. A campanha faz parte do projeto que há oito anos vem geran-do informações inéditas sobre a espécie e que já são aplicadas em ações de conservação alinhadas ao Plano de Ação Nacional para a Conservação do Lobo-guará. Esse projeto é desenvolvido em parce-ria com o Instituto Pró-Carnívoros, a Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade de São Paulo (ESALQ e FMVZ) e PUC-RS.

Durante a expedição, foram instaladas armadilhas no Parque Nacional da Serra da Canastra e princi-palmente nas áreas externas à UC. O grande sucesso do evento se deu pela captura de dois animais em cinco dias de trabalho, ambos a aproximadamente 15 quilômetros do limite leste do Parna. A captura foi extremamente importante para a pesquisa e con-servação da espécie na região.

O primeiro lobo na armadilha, um macho, na verda-de foi uma recaptura. Este animal havia sido captu-rado e aparelhado com rádio-colar dotado de GPS em março de 2011. A bateria já havia se esgotado há quase um ano. Miro, como foi batizado à épo-ca, de idade estimada entre 7 e 8 anos, era um dos alvos da campanha a fim de ter seu colar removido, como de praxe. Aproveitou-se para realizar seu mo-

nitoramento clínico, que indicou boa saúde, ape-sar do grande desgaste dos dentes. Não se obser-vou nenhuma sequela no pescoço do animal após dois anos de uso da coleira. O peso permaneceu o mesmo de dois anos atrás, 30 kg. O segundo lobo, uma fêmea, era outro alvo. Desde 2011 a equipe buscava capturar a parceira de Miro para completar análises da área onde se encontram. A fêmea, batizada de Luna, é uma das menores lobas adultas já capturadas no projeto – foi o 59º lobo capturado desde 2004 –, pesou 25 kg e teve idade estimada similar à do macho.

O sucesso do trabalho foi ainda mais completo por ser essa fêmea o primeiro lobo a ser monitorado na América do Sul, via satélite. Ela recebeu colei-ra especial, que envia registros de hora em hora, sem a necessidade de ser acompanhada de perto. Devido ao alto consumo de energia, essa coleira se desprenderá sozinha, também uma novidade neste novo equipamento, em dez meses. Ambos os animais tiveram sangue coletado para estudos epidemiológicos e genéticos.

As informações fornecidas pelas 11 coleiras de GPS já instaladas desde 2007 e agora esta, com trans-missão via satélite, mostram o quanto a transfor-mação da paisagem do Cerrado em áreas de plan-tio e pastagem afeta a vida dessa espécie. Dados como esses são essenciais na avaliação do estado da espécie. Ainda, possibilitam análises específicas sobre a aproximação dos lobos às propriedades ru-rais, cujas visitas quase sempre se transformam em contato com cães e principalmente em conflitos com os criadores de galinhas. Assim, visando a me-lhoria da relação entre os proprietários rurais e os lobos, as informações das coleiras geram subsídios para a implantação de medidas preventivas especí-ficas para os territórios de determinados animais.

Em fevereiro, teve início a segunda fase de avalia-ção de impacto econômico do lobo-guará na co-munidade. A primeira foi realizada em 2007. Para preservar a população local desse carnívoro pela

Cenap promove campanha de captura de lobos-guará

No período de 8 a 12 de abril vai acontecer em Caravelas e Nova Viçosa, municípios baianos que integram a Reserva Extrativista Cassurubá, o I Se-minário de Políticas Públicas para as Reservas Extra-tivistas da Bahia. O objetivo do evento é apresentar as políticas públicas de competência das respectivas instituições, indicando os procedimentos de aces-so, público beneficiário e pré-requisitos. Durante o seminário deverá ser construído um plano de ação para implementação das políticas aos beneficiários dessas unidades de conservação.

Uma comitiva das reservas extrativistas Baía do Iguape, Canavieiras, Corumbau e Cassurubá, com-posta por gestores, lideranças comunitárias, poder público municipal e conselheiros, esteve em Salva-dor para sensibilizar secretarias estaduais e órgãos federais para participação no evento.

Com apoio da Frente Parlamentar de Assistência Social da Bahia, foram realizadas reuniões em di-versas instituições estaduais e federais que surpre-enderam a comitiva pelo interesse despertado e a

confirmação de participação de todas elas. Estarão presentes Assessoria do Governador da Bahia, Em-presa Baiana de Desenvolvimento Agrícola, Bahia Pesca, Conab, Incra, Superintendência de Agri-cultura Familiar e secretarias de Desenvolvimento Social de Combate à Pobreza, do Planejamento, do Meio Ambiente, do Turismo, de Promoção da Igualdade Racial e de Desenvolvimento Urbano.

A comitiva também recebeu sinal positivo de par-ticipação do deputado estadual Yulo Oiticica e do deputado federal Afonso Florence no evento. Se-gundo o gestor da Resex Canavieiras, Marcelo Sil-veira, “nas reuniões ocorridas em Salvador pude-mos ter uma ideia da diversidade e quantidade de políticas públicas que podem ser implementadas nas reservas extrativistas, mas para isso precisamos melhorar nossa articulação e diálogo junto às enti-dades competentes e fazer essas informações che-garem de forma mais qualificada ao público alvo, sendo o seminário um importante passo nesta di-reção”.

Além de auxiliar na articulação junto às demais secretarias, a Secretaria de Planejamento se co-locou à disposição para auxiliar na organização e execução do evento. “Acreditamos que juntando esforços conseguiremos fazer com que as políticas cheguem às reservas extrativistas da Bahia de for-ma sistematizada. A Resex Cassurubá será anfitriã deste primeiro seminário”, destaca Joaquim Neto, chefe da Resex Cassurubá. Fica agora a expectati-va de se conseguir realizar um evento produtivo e que oriente a implementação de políticas públicas nessas unidades.

Reservas extrativistas da Bahia organizam seminário de políticas públicas

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Comitiva das Resex da Bahia em visita à Bahia Pesca

melhoria na relação conflituosa, foi firmada par-ceria com a empresa Tetra-Pak para construção de novas unidades de galinheiros na região. Os gali-nheiros têm sido estruturados com placas e telhas recicladas, produzidas a partir de caixinhas Tetra-Pak.

A expedição, que contou com apoio da equipe do Parna Serra da Canastra, foi coordenada por Rogé-

rio Cunha de Paula, analista do Cenap, e teve como responsável veterinário Paulo R. Amaral, também analista do centro, e como colaborador o biólogo Jean Pierre Santos, do Instituto Pró-Carnívoros. O trabalho foi documentado pelo fotógrafo Adriano Gambarini e pela equipe da TV Record. O proje-to executa diversas ações do PAN Lobo-guará, e a campanha foi viabilizada com recursos do GEF-Cerrado.

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Campanha de captura é realizada desde 2004

Em comemoração ao aniversário da Reserva Biológica das Perobas (PR), ocorrido na última quarta-feira, a unidade lançou no mesmo dia o concurso para escolha de seu mascote. O obje-tivo é promover a participação da comunidade por meio de desenhos de estudantes de escolas

Rebio Perobas lança concurso de mascote

O Instituto Chico Mendes vem buscando uma for-ma diferente de administrar, com a participação de moradores, representantes de prefeituras, en-tidades de ensino e pesquisa e empreendedores, a Área de Proteção Ambiental Morro da Pedreira

e o Parque Nacional da Serra do Cipó, criados há mais de 20 anos.

Cerca de 600 moradores das principais localida-des dos municípios de Santana do Riacho, Ja-

Gestão participativa na Serra do Cipó

públicas dos municípios de Cianorte, Tuneiras do Oeste e Cruzeiro do Oeste.

O concurso, com inscrições abertas entre 22 de abril e 7 de junho, é restrito aos estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. O partici-pante poderá utilizar qualquer técnica artística para representar uma das espécies candidatas: gavião-pato, urubu-rei, surucuá, pica-pau-rei, coruja-do-mato, anta, jaguarundi, onça-parda, gato-maracajá, bugio-ruivo, queixada, veado-mateiro, morcego-ruivo e tamanduá-mirim.

O vencedor do concurso será conhecido no dia 8 de agosto e receberá como prêmios certificado de participação, visita à reserva biológica e um dia no Parque Nacional do Iguaçu, com traslado de ida e volta, acompanhado por servidor da Re-bio e um responsável. Os participantes do con-curso deverão ceder e autorizar todos os direitos do desenho à UC para utilização na divulgação do concurso. O desenho ganhador poderá sofrer adaptações para que seja utilizado em materiais gráficos.

A região da Serra do Cipó tem diversidade bio-lógica muito grande e uma singularidade que a torna conhecida mundialmente – muitas espé-cies de plantas e bichos só existem ali. Os pare-dões de metacalcário, conhecidos como Morro da Pedreira, são destino dos amantes da prática da escalada, brasileiros e estrangeiros, que se ar-riscam por suas vias com todos os níveis de difi-culdade. Fatos como esses justificaram a criação do Parque Nacional da Serrra do Cipó, em 1984, e da APA Morro da Pedreira, em 1990, tornando protegida uma área de 135 mil hectares, o “jar-dim do Brasil”, nas palavras do paisagista Burle Marx nos idos de 1950.

A importância e singularidade da região, que abrange toda a Serra do Cipó, foi reconhecida pela Unesco, em 2005, com a criação de Reserva da Biosfera, o mais importante ato declaratório internacional que distingue a região, reconhe-

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Mobilização nas comunidades para construção do Plano de Manejo da APA Morro da Pedreira

boticatubas, Taquaraçu de Minas, Nova União, Itabira, Itambé do Mato Dentro e Morro do Pilar compareceram às mais de 30 reuniões de comu-nidades durante 2012 para auxiliar na elaboração do Plano de Manejo da APA. Eles indicaram doze representantes das regiões, que se somaram a sete representantes dos executivos municipais e dez membros do Conselho Consultivo da UC para

um esforço de elaboração do planejamento da APA Morro da Pedreira.

Quem habita a região há gerações, mora ou vi-sita essa porção da Serra do Espinhaço participa das decisões da gestão do território e define as políticas que podem fortalecer o desenvolvimento de sociedades sustentáveis, socialmente justas e ambientalmente equilibradas. Essa participação busca cumprir um dos objetivos estratégicos es-tabelecidos pelo ICMBio, que é o de consolidar a gestão participativa em todos os níveis.

Os conselhos consultivos foram eleitos e contam com a representação de 34 entidades que atuam na região, como associações de moradores e em-presariais, Universidade Federal de Minas Gerais, PUC, ONGs ambientalistas e prefeituras munici-pais. Com reuniões a cada três meses, os conse-lheiros vêm discutindo a implementação das UCs, o uso público, a visitação, as ações para conser-vação da biodiversidade da região e o desenvolvi-mento de atividades sustentáveis.

cendo a Serra do Espinhaço como “berçário das águas”.

As duas unidades de conservação se complemen-tam. A APA, com seus 100 mil hectares, envolve o parque em toda a sua extensão e é formada por propriedades privadas. Tem como principais objetivos disciplinar o processo de ocupação do solo, assegurar a sustentabilidade do uso dos re-cursos naturais e proteger a diversidade biológi-ca. Funciona como uma grande faixa de prote-ção ao Parna Serra do Cipó, onde as terras são de domínio da União. O parque vive uma situação fundiária privilegiada, em que não há conflitos de ocupação e invasão de suas terras. A quase totalidade das propriedades no seu interior foi adquirida antes da sua criação. Hoje, apenas uma pequena área tem moradores tradicionais, que mantêm seus usos e costumes e estão em processo de negociação sobre indenização.

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Na manhã do último domingo dois homens foram fla-grados caçando dentro do Parque Nacional da Serra do Itajaí, na localidade de Lageado Alto, município de Guabiruba (SC).

Foram apreendidos um rifle calibre 38, uma espingar-da calibre 28, munição, facões e um tatu. Além do crime ambiental, chamou atenção a presença de um menino de apenas dez anos de idade que caçava em companhia do pai. Todos permaneceram na mata du-rante toda a noite de sábado para domingo.

Os acusados responderão por uso ilegal de arma de fogo, pelo crime de caça e também por ter adentrado ao parque com instrumentos não permitidos. As penas

podem chegar a mais de cinco anos de reclusão e os infratores ainda terão que pagar multa de R$ 2 mil.

O menor foi entregue à mãe, enquanto os dois ho-mens foram conduzidos à Delegacia de Polícia Federal de Itajaí, onde foi lavrado auto de prisão em flagrante. Posteriormente, os infratores foram encaminhados ao Presídio Regional de Blumenau, onde permanecerão à disposição da Justiça. Cópia do processo será enca-minhado ao Conselho Tutelar municipal para que esse avalie a conduta dos pais da criança.

A operação de fiscalização foi realizada por analistas do Parna com apoio de policiais militares do 10º Bata-lhão da PM de Blumenau.

Caçada no Parna Serra do Itajaí termina no presídio

A Ilha Queimada Grande, no litoral sul de São Paulo, foi palco, no dia 9 de março, do evento Clean up Dive. A iniciativa é parte do projeto Pe-trechos de Pesca Perdidos no Mar, desenvolvido pelo Instituto de Pesca de Santos. O objetivo foi realizar mergulho de limpeza no mar, com locali-zação e retirada de petrechos de pesca abando-nados, perdidos ou descartados que são gerados pelas atividades pesqueiras industriais, artesanais e esportivas.

Os problemas causados pelos petrechos abando-nados incluem riscos de acidente para embarca-ções, poluição das praias, incrustação de espécies exóticas e, o principal deles, a pesca negativa e fantasma. Nessa modalidade, petrechos como fragmentos de redes, cabos, anzóis, chumbadas e armadilhas continuam a operar, capturando animais que acabam morrendo, em um processo contínuo de impactos ambientais e econômicos.

Realizado pela segunda vez em Itanhaém e orga-nizado pelo ICMBio e parceiros, o Clean up Dive contou com a participação de cerca de 30 pessoas em seis embarcações. Apesar do novo nome, o evento ocorreu com o mesmo espírito de volun-tariado e preservação do meio ambiente do Dive Clean realizado em 2012.

Devido às condições de maré no dia do evento, a concentração foi marcada para as 5h da manhã na Marina Maitá, tendo a saída para o mar ocorri-da antes do nascer do sol. Isso não desanimou os participantes que aguardavam ansiosos e que fo-ram recompensados com um belo dia, água azul,

de alta visibilidade após o amanhecer.

Os mergulhadores profissionais recolheram por volta de 45 kg de resíduos como cordas, espi-nhéis, pedaços de rede, cabos, iscas artificiais e outros. Simultaneamente à retirada de detritos, foram realizadas duas oficinas, uma de mergulho livre e outra de observação de aves e mamíferos marinhos, já que o evento também tem como ob-jetivo a sensibilização e divulgação do problema à sociedade.

Além da coleta dos petrechos, o evento também tem como objetivo a sensibilização e divulgação do problema para a sociedade. Por isso, antes do evento é realizada uma divulgação do problema dos petrechos de pesca abandonados, perdidos ou descartados pela Internet. Depois é realizada uma palestra, da qual participaram 106 pessoas neste ano. E simultaneamente à retirada de detri-tos pelos mergulhadores, foram realizadas duas oficinas: a de mergulho livre e de observação de aves e mamíferos marinhos. Na pré-inscrição do evento foram cadastradas 218 pessoas que gos-tariam de participar das saídas, mostrando que o interesse da população por esse tipo de evento é muito grande.

Devido ao grande número de pessoas inscritas para participar, o evento foi dividido em duas ex-pedições, sendo que a segunda parte ocorrerá na Ilha Queimada Pequena assim que as condições climáticas e de mar sejam propícias.

O Clean up Dive 2013 foi organizado pelas ARIE Ilhas da Queimada Pequena e Queimada Grande, Esec Tupiniquins, Instituto de Pesca de Santos, Fundação Florestal de São Paulo - Núcleo Curucu-tu do Parque Estadual Serra do Mar e Parque Es-tadual Marinho Laje de Santos. O evento contou com apoio de instituições como Instituto Ernesto Zwarg, Instituto de Biociências, Projeto Trilha Su-baquática, COFIT, Ecosteiros, Vivamar, Prefeitura Municipal de Itanhaém, Associação Comercial de Itanhaém, ProMangue, Corpo de Bombeiros de Itanhaém e Guarujá, Polícia Militar Ambiental de Itanhaém, Ecosurfi, AMA Ecoturismo, Instituto Dacnis, Nutecmar, Marina Maitá, Náutico Clube e de todos os voluntários que deram sua contribui-ção para o sucesso da iniciativa.

Clean up Dive 2013

Ações de Proteção em 2012

O Parque Nacional da Serra do Itajaí, criado em 2004 para proteger quase 60 mil hectares de Mata Atlântica, ocupa território de nove municípios catarinenses no médio vale do rio Itajaí. O Parna e seu entorno sofrem intensa pressão de caçadores e ladrões de palmito, demandando grande esforço em ações de proteção.

Durante o ano de 2012, os gestores do Parna apuraram que 28 profissionais de sete instituições participaram das operações de fiscalização empreendidas na UC, as quais resultaram na lavratura de 31 autos de infração; no embar-go de quase 80 mil m²; na demolição de seis acampamentos/ranchos; apreensão de 11 veículos, dez espingardas e centenas de cartuchos; além da prisão de 11 pessoas envolvidas diretamente nos ilícitos.

Analista registra a ação Material apreendido

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Mergulhador retira petrechos de pesca

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A Caravana do Esporte e da Música movimentou a região sul da Bahia com sua visita ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos na semana passada. A ação, promovida pelo Canal ESPN Brasil, pelo Unicef e pela Prefeitura Municipal de Caravelas, foi realizada por intermédio do Instituto Esporte e Educação, da atleta Ana Moser, e do Instituto Sol da Liberdade, da canto-ra baiana Daniela Mercury.

Entre os dias 11 e 14 de março, ocorreram filmagens de um documentário com uma hora de duração, com abordagem socioeconômica da realidade da in-fância e da educação pública, além de questões his-tóricas, culturais, geográficas e ambientais da região, que está previsto para exibição pelo ESPN Brasil já no próximo dia 30.

A equipe da caravana esteve no Arquipélago dos Abrolhos, onde foi acolhida pela monitora ambiental Bernadete Barbosa e por equipe da Marinha do Brasil, e recebeu informações sobre o parque, fez caminha-da monitorada pela ilha Siriba e acompanhou ativi-dades esportivas desenvolvidas na ilha Santa Bárbara.

O Centro de Visitantes do Parna, localizado na cidade de Caravelas, também contemplado com atividades

proporcionadas pela caravana, recebeu cerca de 100 professores e lideranças comunitárias para participa-rem de cursos de arte-educação e música. Bárbara Figueiredo, monitora ambiental do Centro de Visi-tantes, avaliou que “projetos como este fazem toda a diferença no nosso cotidiano. A caravana trouxe música, dança e esporte, envolvendo crianças e pro-fessores das cidades de Caravelas, Alcobaça e Teixei-ra de Freitas, o que valoriza a cultura local e mostra que é possível trabalhar com educação por meio da arte. Para nosso trabalho com educação ambiental e proteção do parque, o evento contribuiu muito, pois aprendemos novas técnicas, além de poder interagir com diferentes pessoas e divulgar o trabalho que fa-zemos aqui”.

A cantora Margareth Menezes também esteve na ci-dade para uma conversa com os professores sobre os projetos sociais que apoia e desenvolve e fez show no dia 13, na tenda do Cirque Erê, onde aconteceram também outras apresentações artísticas.

A Caravana do Esporte e da Música existe desde 2005 e já atendeu diretamente mais de 187 mil crianças e adolescentes e 18 mil professores da rede pública de ensino de 73 municípios, de 17 estados brasileiros. Caravelas foi a cidade de número 74 e a primeira a receber a caravana em 2013. Esse projeto está ins-crito na Lei de Incentivo ao Esporte, do Ministério do Esporte, e conta com apoio de importantes patroci-nadores como Vale, Itaú, Vivo, Instituto Pepsico, Re-decard e Camargo & Correa.

Abrolhos recebe Caravana do Esporte e da Música

A equipe de fiscalização do Parque Nacional do Cabo Orange, no Amapá, partiu da cidade de Oia-poque, neste último mês, a bordo da embarcação “Peixe-boi” para mais uma operação, a Arraia 3. A unidade possui a maior área marinha sob proteção integral do Brasil. São 200 mil hectares de mar que sofrem forte pressão de embarcações de pesca pa-raenses, assim como locais, dos municípios de Oia-poque e de Calçoene, que atuam constantemente na região.

Durante a operação, já na área marinha do parque foram abordadas várias embarcações em atividade de pesca. Além de estarem pescando em local proi-bido, algumas não possuíam nenhuma documen-tação a bordo e outras nem mesmo a Licença de Pesca, emitida pelo Ministério da Pesca e Aquicul-tura - MPA. Foram, então, apreendidos petrechos e pescado nas embarcações. No retorno, os fiscais encontraram a “Salmo III”, embarcação de Bragan-ça (PA), com a rede na água. Ao avistarem nossos colegas, os tripulantes cortaram a rede e tentaram fugir, mas foram alcançados. Tiveram que recolher a rede e acompanhar os fiscais à cidade de Oiapo-que para procedimentos. Por rádio o encarregado comunicou ao proprietário, em Bragança, da apre-ensão de sua embarcação, cuja liberação exigiria seu comparecimento ou de seu representante à Oiapoque.

No dia seguinte o representante do proprietário compareceu ao escritório da unidade, assinou os autos de infração e o Termo de Depósito da em-

barcação, sendo autuado em R$ 92 mil por pescar em local proibido e não possuir Licença de Pesca. Ao todo foram emitidos oito autos de infração, que somaram R$ 133 mil, apreendidos dois botes de apoio, 1.650 kg de pescado e uma voadeira com motor de popa, de indígenas que caçavam fora de sua área em zona de influência do Parque Nacional do Cabo Orange.

“Desde a aquisição da embarcação “Peixe-boi”, em 2006, via Programa Áreas Protegidas da Amazô-nia - Arpa, a equipe do Parna tenta manter uma frequência de pelo menos uma ronda mensal em sua área marinha. Durante todos esses anos, têm sido realizadas autuações, apreensões de redes e pescado, entre outras ações, embora essas inicia-tivas não tenham bastado para coibir a pesca no interior do parque. Hoje considera-se que somente com a apreensão e a guarda das embarcações em atividade ilegal se pode diminuir a pressão sobre a biodiversidade marinha no Parna”, explica o analis-ta e fiscal da UC, Ricardo Motta Pires.

Segundo “Boletim Estatístico da Aquicultura e Pes-ca de 2010 e Estatística Pesqueira 2007-MPA”, a maior incidência de pesca com rede de emalhe no Brasil se localiza no litoral norte do Amapá, onde se encontra o Parque Nacional do Cabo Orange. Consequentemente, a pesca ilegal demanda inten-sa fiscalização por parte da equipe gestora, além de projetos de educação ambiental e gestão de confli-tos, em constante interlocução com os pescadores da região de Oiapoque e Calçoene.

Fiscais apreendem pescado ilegal e multam infratores no Parna Cabo Orange

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Embarcação “Peixe-boi”, adquirida com recurso do Arpa Abordada embarcação em atividade de pesca

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Entre os dias 7 e 9 deste mês aconteceu no Amapá o curso “Acordo de Pesca Comunitário”, ministrado pelo analista do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas - Ipaam, Gelson da Silva Batista, que possui ampla experiência em manejo pesqueiro e na construção de acordos de pesca comunitários.

O curso foi desenvolvido em dois momentos, sendo o primeiro realizado em Macapá, com o objetivo de capacitar as lideranças dos pescadores e agen-tes públicos federais e estaduais que trabalham di-reta ou indiretamente com o setor pesqueiro no estado. O segundo momento foi uma reunião no município de Porto Grande com os pescadores da Colônia Z-16 e moradores da Floresta Nacional do Amapá e seu entorno, para exercitar as discussões com horizonte em um possível acordo de pesca para o alto e médio rio Araguari.

O interesse surgiu da demanda de moradores da região e pescadores da Z-16, que atua no alto e médio rio Araguari, região que compreende a Flo-resta Nacional do Amapá e a Floresta Estadual do Amapá. As atividades do curso foram realizadas como previsto e a reunião com a comunidade con-tou com a presença de 60 representantes de ór-gãos públicos e da comunidade.

Durante o evento foi apresentada demanda da co-munidade em relação à pesca e ficou acordada a formação de um Grupo de Trabalho entre os agen-tes governamentais para discussão e proposição de ações para uma gestão integrada e mais efetiva em relação aos anseios da comunidade local.

O curso foi realizado em colaboração com Univer-sidade Estadual do Amapá, Conservação Interna-cional do Brasil, Instituto Walmart, Agência de Pes-ca do Estado do Amapá e a Equipe de Conservação da Amazônia.

Acordo de pesca à vista

Quinze dias foram pouco diante de toda a com-plexidade de detalhes que o processo de pla-nejamento de um plano de manejo apresenta. Essa é a opinião de quem participou, no período de 4 a 15 deste mês, da Oficina de Estruturação do Planejamento, penúltima etapa do processo de elaboração do Plano de Manejo da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, realizada em Rio da Conceição (TO).

No evento foram definidos os objetivos espe-cíficos de manejo, objetivos gerenciais, missão, visão de futuro, primeira versão do zoneamento interno e primeira definição de áreas de inter-venção da UC. Foram trabalhadas informações coletadas nas consultas às populações, incluin-do os pesquisadores e funcionários, realizadas em 2012, bem como dados coletados nos le-vantamentos de campo. Segundo a analista

Lourdes Maria Ferreira, da nossa Coordenação de Elaboração e Revisão de Plano de Manejo - Co-man e coordenadora do Plano de Manejo da UC, a expectativa é de que o plano seja finalizado até setembro.

Posteriormente, foram definidos os próximos pas-sos para a última reunião prevista para se realizar em Brasília, no mês que vem, com o envolvimen-to de toda equipe. “Apesar do trabalho duro, foi gratificante trabalhar com pessoas tão experientes e competentes, com total entendimento da me-todologia, empenhadas e comprometidas com os resultados e a unidade”, declara Lourdes Maria.

“A aplicação da metodologia proposta no Roteiro Metodológico 2002 conciliada com a experiência das coordenadoras do plano e o conhecimen-to dos participantes garantiram elevado nível de qualidade dos produtos da oficina”, diz a chefe-substituta da Esec, Carolina Barradas, feliz com o resultado da oficina.

Participaram dos trabalhos, além de Lourdes e Ca-rolina, Lara Côrtes, da Coordenação de Análise e Prognóstico de Risco à Biodiversidade - Coapro, ponto-focal do Plano de Manejo da unidade; San-dro de Cristo, geógrafo e professor da Universi-dade Federal do Tocantins; Margarene Beserra, coordenadora do plano pela empresa Ecomek, contratada para a elaboração; e os analistas da Esec Serra Geral do Tocantins, Áquilas Mascare-nhas, chefe da UC, e Máximo Menezes.

Serra Geral do Tocantins estrutura plano de manejo

Curso foi uma demanda de moradores e pescadores do alto e médio rio Araguari

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O Instituto Chico Mendes publicou no Diário Oficial da União de sexta-feira (15) a Portaria nº 171, que cria o Conselho Consultivo da Reserva Biológica do Guaporé, localizada no estado de Rondônia. A portaria está disponível em www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=15/03/2013&jornal=1&pagina=67&totalArquivos=200. Ontem, foi modificada a composição do Conselho Deliberati-vo da Reserva Extrativista Marinha do Arraial do Cabo e criado o Conselho Consultivo da Floresta Nacional Má-rio Xavier, ambas unidades do estado do Rio de Janeiro.

Artigo sobre pesquisa, uma dis-sertação de mestrado na área de entomologia realizada na Floresta Nacional de Passa Quatro, em Mi-nas Gerais, foi publicado na revista científica internacional Psyche: A Journal of Entomology. Os auto-res são Paula A. A. Gomes e Fábio

Portaria publicada na última sex-ta-feira pelo Ministério do Meio Ambiente cria o Núcleo de Arti-culação e Monitoramento da Pau-ta Extrativista. Entre suas funções está articular e implementar polí-ticas públicas e priorizar ações e instrumentos que reconheçam o valor social, ambiental e econô-mico das atividades extrativistas, integrando-as na estratégia de de-senvolvimento do país, como tema prioritário na agenda nacional. Além de representantes do MMA, participam do núcleo Instituto Chi-co Mendes, ANA, Ibama e Serviço Florestal Brasileiro.

Em sua 2ª Reunião Ordinária, rea-lizada no último dia 14, no Núcleo Social Nassau, comunidade de Te-jucupapo, em Goiana (PE), o Con-selho Deliberativo da Reserva Ex-trativista Acaú-Goiana determinou a criação de uma Câmara Técnica para analisar o Estudo de Impacto Ambiental referente à construção de um novo polo automotivo a ser erguido na cidade pernambucana, na área abrangida por aquela uni-dade de conservação. Composta por conselheiros e especialistas, a Câmara Técnica deverá propor, em reunião extraordinária do conse-

Um grupo de estudantes do Ins-tituto Federal de Educação, Ciên-cia e Tecnologia da Paraíba - IFPB visitou na semana passada a Flo-resta Nacional da Restinga de Ca-bedelo para uma aula prática na unidade de conservação. Prevista na disciplina Ciências do Ambien-te, a visita reuniu alunos do curso de Engenharia Elétrica, que foram acompanhados pelo professor Alexandre D’Andrea em recepção organizada por Orione Álvares, analista da Flona. Na ocasião, foi ministrada palestra sobre a situ-ação das UCs no âmbito das en-genharias, abordando ações de conservação e preservação dos recursos naturais no contexto da matriz energética brasileira. Em se-guida, o grupo caminhou por áre-as preservadas de remanescentes de Floresta de Restinga, Campo de Restinga e Manguezal, onde Orio-ne e Alexandre discutiram com os alunos a relevância dos aspectos bióticos e abióticos do ambiente, com ênfase na ciclagem de nu-trientes e carbono no ecossistema. A aula prática foi possível graças

Imagem registrada na Reserva Bioló-gica das Perobas (PR), que comple-tou oito anos de criação na última quarta-feira, por Rodolfo Miyamoto, do Foto Clube de Cianorte.

Amanhã, a Reserva Biológica de Contagem, no Distrito Federal, promove evento para divulgar o projeto “Controle de Gramíneas Exóticas Invasoras”, que terá conti-nuidade este ano. A partir das 9h, os participantes poderão visitar as áreas de plantio, tendo como ponto de encontro o Condomínio Vivendas Bela Vista, na região co-nhecida como Grande Colorado. O projeto vem sendo desenvolvido desde o ano passado em uma área no interior da Rebio. Durante o evento, que também busca moti-var a população para participar vo-luntariamente do projeto, haverá apresentação dos resultados obti-dos até agora e entrega de certi-ficados aos voluntários. Outras in-formações podem ser obtidas pelo telefone (61) 3462-1031.

O Programa de Voluntariado do Parque Nacional da Tijuca alcançou uma marca histórica: dez anos de atividade, no último dia 23 de feve-reiro. Para comemorar a data, o final de semana foi dedicado aos voluntá-rios que aproveitaram para fazer fes-ta e também trabalhar. Sábado foi o dia para reunir amigos e parceiros, celebrar os dez anos de atividades e relembrar o trabalho realizado. O evento, que reuniu cerca de 40 vo-luntários, contou com palestras de André Amador, que iniciou o pro-grama de voluntariado, e do atual coordenador, Lúcio Palma, que deu dicas sobre manutenção de trilha, e

Desde o último dia 12, data em que completou 23 anos de cria-ção, a Reserva Extrativista Chico Mendes passou a adotar oficial-mente a gestão compartilhada en-tre o Governo Federal, por meio do ICMBio, e o Governo do Estado do Acre. Nesse dia, o governador em exercício, César Messias, assinou decreto permitindo que secretarias estaduais como a de Serviços Flo-

Saiu no DOU

Artigo sobre entomologia na Flona Passa Quatro

Extrativismo

Criada Câmara Técnica na Resex Acaú-Goiana

Estudantes têm aula prática na Flona Cabedelo

Foto da capa

Rebio Contagem promove evento neste sábado

Tijuca comemora dez anos do Programa de Voluntariado

Aos 23 anos, Resex ganha força

contou com a colaboração do vo-luntário Lívio Bruno. A programação do domingo (24) começou com pa-lestra de Alexandre Justino, respon-sável pela biblioteca, que contou a história do parque. Ao final da apre-sentação, os cerca de 50 voluntários presentes estavam preparados para começar o 95º mutirão realizado ao longo dos dez anos e encarar o de-safio de sinalizar, podar e fechar ata-lhos de parte da trilha Parque Lage–Corcovado, tarefa que se prolongou até o final do dia.

restais, Saúde e Produção possam atuar no interior da UC em parce-ria com o nosso Instituto na exe-cução de programas de apoio aos moradores. A assinatura ocorreu durante a 10ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo da Resex. No mesmo dia, o site da Agência de Notícias do Acre, órgão oficial do governo estadual, divulgou ampla matéria sobre o aniversá-rio. Nela, o repórter Samuel Bryan mostra as ações realizadas na UC, o dia a dia dos moradores e os desafios dos gestores para estru-turar cada vez mais a unidade. A matéria está em www.agen-cia.ac.gov.br/index.php/noticias/especiais/23665-reserva-chico-mendes-completa-23-anos.html e www.agencia.ac.gov.br/index.php/noticias/meio-ambiente/23664-cesar-messias-assina-decreto-que-institui-gestao-compartilhada-na-resex-chico-mendes.html.

Prezoto, do Programa de Pós-gra-duação em Ecologia da Universida-de Federal de Juiz de Fora (MG), e Fernando A. Frieiro-Costa, do La-boratório de Zoologia do Centro Universitário de Lavras (MG). O Ca-pítulo I da dissertação pode ser vis-to em www.hindawi.com/journals/psyche/2012/290102/.

lho, no dia 19 de abril, uma série de medidas mitigatórias e com-pensatórias à Agência Estadual do Meio Ambiente - CPRH referentes ao impacto ambiental previsto pela fábrica automobilística à UC. “O Conselho Deliberativo da Resex Acaú-Goiana está preocupado e atento aos empreendimentos que vêm sendo desenvolvidos nesta re-gião devido aos impactos ambien-tais que devem trazer à unidade”, afirma a chefe da UC, Marisol Pes-sanha.

ao termo de reciprocidade assina-do no final de 2012 entre ICMBio e IFPB, contemplando parcerias nas áreas de ensino, pesquisa aplicada e extensão.

Voluntários em frente às cavalariças, no Parque Lage, prontos para iniciar mutirão

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Revista eletrônica semanal

Editores

Ana Carolina Lobo da Silveira (jornalista) Ivanna Costa BritoLísias de Moura

Fotógrafo da DCOM

Leonardo Milano

Projeto Gráfico / Diagramação

Lainy Aparecida da Silva

Revisão

Thaís Alves de Lima

Supervisão Geral

Cláudia Camurça

Colaboraram nesta edição

Áquilas Mascarenhas – Esec Serra Geral do Tocantins; Ascom MMA; Camila Garcia Gomes – Esec Tupiniquins; Ed-gard de Souza Andrade Júnior – Flona Passa Quatro; Elmano Augusto – DCOM; Equipe Parna Tijuca; Érico Emed Kauano – Flona Amapá; Fernando Pinto – DCOM; Joaquim Rocha dos Santos Neto – Resex Cassurubá; Mário Sér-gio Celski de Oliveira – Parna Serra do Itajaí; Mônia Laura Faria Fernandes – Rebio Bom Jesus; Paulo Amaral – Ce-nap; Ricardo Jerozolimski – Parna Marinho dos Abrolhos; Rogério Cunha de Paula – Cenap; Rose Gasparini-Morato – Cenap; Sandra Tavares – DCOM; Tainah Guimarães – COINF; Tatiana Rosa – COINF; Thaís Alves – DCOM.; Victor Souza – Núcleo Comunicação Nordeste.