jornalcana 237 (outubro/2013)

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Ribeirão Preto/SP Outubro/2013 Série 2 Nº 237 R$ 20,00 Busca por aumento da produtividade e investimento em tecnologia, como o de Hermes Suzigan, da FH Equipamentos Especiais, de Araras, SP, comprovam que o setor não desiste, jamais! O SETOR FAZ A SUA PARTE Hermes Suzigan, à frente da linha de montagem da plantadora de cana PC 7500 PÁGINAS 26 E 28

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O setor faz a sua parte

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Page 1: JornalCana 237 (Outubro/2013)

Ribeirão Preto/SP Outubro/2013 Série 2 Nº 237 R$ 20,00

Busca por aumento

da produtividade e

investimento em

tecnologia, como o de

Hermes Suzigan, da

FH Equipamentos

Especiais, de Araras,

SP, comprovam

que o setor não

desiste, jamais!

O SETORFAZ A SUAPARTE

Hermes Suzigan, à frente da linha de

montagem da plantadora de cana PC 7500

PÁGINAS 26 E 28

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Outubro/2013ÍNDICE DE ANUNCIANTES6

ACESSÓRIOS INDUSTRIAISFRANPAR 16 21334383 22

ACIONAMENTOSRENK ZANINI 16 35189001 23SEW - EURODRIVE 11 24899078 35

ACOPLAMENTOSANTARES 54 32186800 101R.S. COMERCIAL 16 39455699 27VULKAN 11 48947300 41

AÇOSFRANPAR 16 21334383 22JATINOX 11 21720405 76

AÇOS INOXIDÁVEISMARC-FIL 18 39056156 84

ANTI - INCRUSTANTESALCOLINA 16 39515080 20PRODUQUÍMICA 11 30169619 30

ANTIBIÓTICOS - CONTROLADORES DEINFECÇÕES BACTERIANASALCOLINA 16 39515080 20BETABIO / WALLERSTEIN 11 38482900 70PRODUQUÍMICA 11 30169619 30

ARAMES TUBULARESUNIWELD 11 40358877 104

ÁREAS DE VIVÊNCIAALFATEK 17 35311075 3

AUTOMAÇÃO DE ABASTECIMENTODWYLER 11 26826633 85

AUTOMAÇÃO INDUSTRIALAUTHOMATHIKA 16 35134000 46DIMENSIONAL 19 34467400 99ENDRESS + HAUSER 11 50334333 5METROVAL 19 21279400 42NOVUS 51 33233600 26ZANARDO 18 31171195 28

BOMBASBOMBAS GEREMIA 51 35798400 84GARDNER DENVER NASH 19 37658000 72

BOMBAS HIDRÁULICASLEMASA 19 39358755 80

BRONZE E COBRE - ARTEFATOSFERRUSI 16 39464766 66

CALDEIRARIACSJ METALÚRGICA 19 34374242 18MARC-FIL 18 39056156 84METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100 95

CALDEIRASENGETUBO 19 34343433 57ENGEVAP 16 35138800 102PROBOILER ENGENHARIA 19 34343433 57SERMATEC ZANINI 16 21054422 15

CAMINHÕESSTÉFANI 16 3209 2320 39VOLVO 41 33178111 87

CAMINHÕES - PEÇAS E SERVIÇOSVOLVO 41 33178111 87

CARROCERIAS E REBOQUESRODOBIN 18 36083400 82RODOTREM 18 36231146 86SERGOMEL 16 35132600 55

CATRACASSISPONTO 35 38510400 102

COLETORES DE DADOSMARKANTI 16 39413367 6

COLHEDORAS DE CANASANTAL 16 21016622 2

COMBATE A INCÊNDIO - EQUIPAMENTOS ESERVIÇOSARGUS 19 38266670 31

COMBOIOS E TANQUESIVAPE 11 29549787 64

COMÉRCIO EXTERIORMULTIMODAL 13 32236767 34

CONCESSIONÁRIASSTÉFANI 16 3209 2320 39

CONSULTORIA/ENGENHARIA INDUSTRIALAMI BRASIL 14 91245593 92SUGARSOFT 19 34023399 104

CONTROLE DE FLUÍDOSMETROVAL 19 21279400 42

CORREIAS TRANSPORTADORASR.S. COMERCIAL 16 39455699 27

CORRENTES INDUSTRIAISELLO CORRENTES 16 21056400 16PROLINK 19 34234000 13

DECANTADORESBRUMAZI 16 39468777 67CSJ METALÚRGICA 19 34374242 18METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100 95

DEFENSIVOS AGRÍCOLASAGRÁRIA 16 36902200 60BASF 11 30432125 33, 71DUPONT 11 41668683 47FMC 19 37354489 9STOLLER 19 37071200 77

DESFIBRADORESBRUMAZI 16 39468777 67

DESTILARIASCONGER 19 34391101 80SERMATEC ZANINI 16 21054422 15

EDITORAPROCANA BRASIL 16 35124300 29

ELETROCALHASDISPAN 19 34669300 58

ELETROÍMÃSBRUMAZI 16 39468777 67

ENERGIA ELÉTRICA - ENGENHARIA ESERVIÇOSCPFL SERVIÇOS 19 37562755 6PROBOILER ENGENHARIA 19 34343433 57

ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO CIVILCONGER 19 34391101 80ENGEVAP 16 35138800 102PROBOILER ENGENHARIA 19 34343433 57

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃOANSELL 11 33563100 74DIMENSIONAL 19 34467400 99

EQUIPAMENTOS E MATERIAIS ELÉTRICOSAUTHOMATHIKA 16 35134000 46DIMENSIONAL 19 34467400 99

EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOSPARKER HANNIFIN 12 40093591 11

ESPECIALIDADES QUÍMICASALCOLINA 16 39515080 20PRODUQUÍMICA 11 30169619 30QUÍMICA REAL 31 30572000 78

ESTEIRASBRUMAZI 16 39468777 67

EVAPORADORESBRUMAZI 16 39468777 67CSJ METALÚRGICA 19 34374242 18METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100 95

FEIRAS E EVENTOSFENASUCRO 11 30604942 63PROCANA BRASIL 16 35124300 29SINATUB TECNOLOGIA 16 39111384 10

FERRAMENTASBUSSOLA 16 32219000 19LEMAGI 19 34431400 72

FERRAMENTAS INDUSTRIAISHANNA 19 34514811 78

FERRAMENTAS PNEUMÁTICASHANNA 19 34514811 78LEMAGI 19 34431400 72PARKER HANNIFIN 12 40093591 11

FERTILIZANTESPRODUQUÍMICA 11 30169619 30STOLLER 19 37071200 77

FILTROS INDUSTRIAISMARC-FIL 18 39056156 84

FIOS E CABOSCONSTRUFIOS FIOS E CABOS 11 50538383 69

FUNDIÇÃOFERRUSI 16 39464766 66SIMISA 16 21051200 21

GRÁFICASÃO FRANCISCO GRÁFICA 16 21014151 91

IMPLEMENTOS AGRÍCOLASDMB 16 39461800 12SANTAL 16 21016622 2

INSPEÇÃO TÉCNICAELETROSERVICE 19 34967710 61

INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E CONTROLEMETROVAL 19 21279400 42NOVUS 51 33233600 26

INSUMOS AGRÍCOLASPRODUQUÍMICA 11 30169619 30

ISOLAMENTOS TÉRMICOSREFRATÁRIOS RIBEIRÃO 16 36265540 105

LOGÍSTICA E TRANSPORTESOURO VERDE 41 32397000 65TRANSESPECIALISTA 16 21057870 97

LUBRIFICANTESCOSAN 21 21062500 79

MANCAIS E CASQUEIROSBUSSOLA 16 32219000 19

MANUTENÇÃO INDUSTRIALELETROSERVICE 19 34967710 61METALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100 95

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS AGRÍCOLAS AGRIMEC 55 32227710 38METAGRO - FAMA DO BRASIL16 36260029 25

METAISFERRUSI 16 39464766 66

MOENDASFERRUSI 16 39464766 66

MOENDAS E DIFUSORESBRUMAZI 16 39468777 67RENK ZANINI 16 35189001 23SERMATEC ZANINI 16 21054422 15SIMISA 16 21051200 21

MONTAGENS INDUSTRIAISCONGER 19 34391101 80ENGETUBO 19 34343433 57ENGEVAP 16 35138800 102

NUTRIENTES AGRÍCOLASKIMBERLIT 17 32791500 73PRODUQUÍMICA 11 30169619 30UBYFOL 34 33199500 7

ÔNIBUS - FRETAMENTOGRUPO RAÇA 18 39189999 40

PENEIRAS ROTATIVASBRUMAZI 16 39468777 67

PLAINASAGRIMEC 55 32227710 38

PLANTADORAS DE CANADMB 16 39461800 12SANTAL 16 21016622 2

PLANTAS INDUSTRIAISBRUMAZI 16 39468777 67CSJ METALÚRGICA 19 34374242 18SERMATEC ZANINI 16 21054422 15

PONTES ROLANTESBRUMAZI 16 39468777 67

PRODUTOS QUÍMICOSBETABIO / WALLERSTEIN 11 38482900 70PRODUQUÍMICA 11 30169619 30PROSUGAR 81 32674760 17QUÍMICA REAL 31 30572000 78

REDUTORES INDUSTRIAISRENK ZANINI 16 35189001 23SEW - EURODRIVE 11 24899078 35

REFRATÁRIOSREFRATÁRIOS RIBEIRÃO 16 36265540 105

RELÓGIOS DE PONTOSISPONTO 35 38510400 102

ROLAMENTOSROLIMAC 16 39797009 56

SAÚDE - CONVÊNIOS E SEGUROSSÃO FRANCISCO SAÚDE 16 08007779070 107

SOLDAS INDUSTRIAISAGAPITO 16 39479222 104

COMASO ELETRODOS 16 35135230 14

MAGISTER 16 35137200 45

SUPERFÍCIES - TRATAMENTO E PINTURA IRBI MÁQUINAS 18 36315000 89

SUPRIMENTOS DE SOLDACOMASO ELETRODOS 16 35135230 14

UTP BOHLER 11 56948377 93

TELECOMUNICAÇÃO /RADIOCOMUNICAÇÃODIMENSIONAL 19 34467400 99

TINTAS E REVESTIMENTOSPROSUGAR 81 32674760 17

TORRES DE DESTILAÇÃOMETALÚRGICA RIO GRANDE 16 31738100 95

TRANSBORDOSDMB 16 39461800 12

METAGRO - FAMA DO BRASIL16 36260029 25

SANTAL 16 21016622 2

TRANSPORTADORES INTERNOSMARC-FIL 18 39056156 84

TECHMASTER 11 44111551 43

TRATAMENTO DE ÁGUA / EFLUENTESEDRA SANEAMENTO 19 35769300 37

FLUID BRASIL 11 33787500 24

TRATORESVALTRA 11 47952000 108

TROCADORES DE CALORAGAPITO 16 39479222 104

MARC-FIL 18 39056156 84

TUBOS DE CONCRETOENGETUBO IND. 19 34343433 57

TUBOS E CONEXÕESCOMEGA 16 39699660 75

FRANPAR 16 21334383 22

TURBINASSIEMENS JUNDIAÍ 11 45854676 83

USINAS/DESTILARIASITAMARATI 65 33323500 32

VÁLVULAS INDUSTRIAISDURCON-VICE 11 44477600 81

FOXWALL 11 46128202 62

FRANPAR 16 21334383 22

ZANARDO 18 31171195 28

VEDAÇÕES E ADESIVOSPARKER HANNIFIN 12 40093591 11

VULCANIZAÇÃOR.S. COMERCIAL 16 39455699 27

Í N D I C E D E A N U N C I A N T E S

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Agenda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10

Mercados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 a 18� Usinas saem do zero e vendem 133,6 MW médios

� Biodiesel vive drama similar ao do etanol

Tecnologia Agrícola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 a 28� Pneus radiais reduzem compactação

� Máquinas inovadoras aumentam a produtividade

Produção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30 a 34

Cana Rápidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36

Setor em Destaque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37 a 58� Fenasucro, que já era precoce, celebra a maioridade

� MasterCana reconhece os melhores do Centro-Sul

Saúde & Segurança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59� Argus disponibiliza kit de combate para incêndios de classe A

Política Setorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .60 a 66� Rigor na fiscalização do transporte de cana gera incertezas

� Setor quer extensão da subvenção do Nordeste ao Centro-Sul

Tecnologia Industrial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 a 73� Novas técnicas ajudam a livrar o caldo de impurezas

Mercado Fornecedor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74� Sermatec Zanini apresenta novidades ao mercado

Administração & Legislação . . . . . . . . . . . . . . . .75 a 84� Gerhai discute problemas na administração de empresas

� Controladoria é fundamental para a gestão de custos

Logística & Transportes . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85 a 86� Logum promete concluir etanolduto até 2018

Destaques do setor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88

Negócios & Oportunidades . . . . . . . . . . . . . . . .89 a 106

Outubro/2013 CARTA AO LEITOR 7

NOSSOS PRODUTOS

Anuário da CanaBrazilian Sugar and Ethanol Guide

www.jornalcana.com.brO Portal do setor sucroalcooleiro

JornalCanaA Melhor Notícia do Setor

Prëmio BesiBio Brasil

BIO & SugarInternational Magazine

Mapa Brasil de Unidades Produtoras de

Açúcar e Álcool

Prêmio MasterCanaOs Melhores do Ano no Setor

PRESIDENTEJosias Messias - [email protected]

GERENTE DE OPERAÇÕESFábio Soares Rodrigues - [email protected]

ADMINISTRAÇÃO� Controle e PlanejamentoAsael Cosentino - [email protected]� EventosRose Messias - [email protected][email protected]@procana.com.br� Recursos HumanosAbel Martins - [email protected]

REDAÇÃO� Edição Luiz Montanini - [email protected] � Coordenação e FotosAlessandro Reis [email protected]� Editor de Arte - Diagramação José Murad Badur� Consultor TécnicoFulvio Machado� ReportagemAndréia Moreno - [email protected]é Ricci - [email protected]� Arte Gustavo Santoro� RevisãoRegina Célia Ushicawa

ASSINATURAS [email protected]

MARKETING /PUBLICIDADE� ComercialGilmar Messias 16 [email protected] Milán 16 [email protected] Giaculi 16 [email protected] Michelle Freitas 16 [email protected]

NOSSA MISSÃOProver o setor sucroalcooleiro de

informações sérias e independentes sobre fatos eatividades relacionadas à cultura da cana-de-açúcar

e seus derivados, visando:� Apoiar o desenvolvimento sustentável, humano,

tecnológico e socioeconômico;� Democratizar o conhecimento, promovendo o

intercâmbio e a união entre seus integrantes;� Ser o porta-voz da realidade e centro de

informações do setor; e� Manter uma relação custo/benefício que propicie

parcerias rentáveis aos clientes e aos demaisenvolvidos.

O MA IS L ID O!

Fone 16 3512 4300 Fax 3512 4309Av. Costábile Romano, 1.544 - Ribeirânia

14096-030 - Ribeirão Preto - [email protected]

ISSN 1807-0264

Artigos assinados (inclusive os dasseções Negócios & Oportunidades eVitrine) refletem o ponto de vista dosautores (ou das empresas citadas).JornalCana. Direitos autorais ecomerciais reservados. É proibida areprodução, total ou parcial, distribuiçãoou disponibilização pública, por qualquer meio ou processo, sem autorizaçãoexpressa. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 eparágrafos, do Código Penal) com pena de prisão e multa; conjuntamentecom busca e apreensão e indenização diversas (artigos 122, 123, 124, 126,da Lei 5.988, de 14/12/1973).

Tiragem auditada pelos

10.000 exemplaresPublicação mensal

í n d i c e

www.jornalcana.com.br

c a r t a a o l e i t o rJosias Messias [email protected]

O setor está fazendo sua parte.

O Governo deve fazer a dele! A Carta Pública em Defesa da Cadeia Produtiva Sucroenergética, apresentada por centenas de

produtores canavieiros, representantes da indústria de base, lideranças governamentais do setorsucroenergético e apoiada pelo JornalCana, está repercutindo de maneira progressiva em toda asociedade. O alvo é alcançar milhares de assinaturas e organizar manifestações nas cidadesprodutoras e impactar a capital federal!

O movimento foi incentivado por nós durante o Ethanol Summit e teve início de formaespontânea no último dia 2 de agosto, em Piracicaba, SP, com manifestações dos produtores de cana,açúcar e etanol. No último dia 30 de agosto aconteceu o “Ato Público em Defesa da Cadeia ProdutivaSucroenergética”, em Sertãozinho, SP. Ali, num contingente bem maior, os produtores e autoridadesdos municípios canavieiros mostraram sua indignação diante do atual cenário. Na ocasião, inclusive,foi apresentada a carta que mostra a importância do setor, assim como as ações necessárias para suaretomada. (Leia a carta na íntegra acessando o endereço virtual no final deste texto).

O coro foi engrossado pela Veja, a maior revista de informação do País, edição 2.339 de 18 desetembro, que traz na capa a chamada “Energia – Como o governo acabou com o etanol no Brasil”, enas páginas 94 a 96, a reportagem “Golpe na Energia Verde”.

Esta matéria da Veja e de outros meios de comunicação não apenas reforçam a luta do setorsucroenergético brasileiro pela própria retomada, mas deixam evidente que ele sofre do mesmo malque assola a economia do país: a ingerência negativa do Governo Federal nos setores produtivos,ingerência motivada exclusivamente por objetivos político-partidários.

O setor está fazendo a sua parte, como o JornalCana tem publicado nesta edição (veja nas págs 30a 34) e em anteriores. Mas isto não é suficiente para compensar as perdas provocadas pelo preçoartificialmente baixo do etanol e da gasolina, deliberadamente mantidos praticamente congeladoscomo mecanismo de contenção de uma suposta escalada da inflação.

O setor não pede subvenção, mas a situação chegou a tal extremo de lapidação que nestemomento ela é necessária para resolver os problemas imediatos e conjunturais, possibilitando umasaúde mínima às empresas, para então ganhar musculatura, retomar capacidade de investimento, e,num segundo momento, se reestruturar para um crescimento sustentável.

A Carta aponta que há no horizonte duas demandas, uma emergencial e outra vital. Na demandaemergencial será preciso estender ao etanol e à cana-de-açúcar em todo o país os termos e assubvenções descritas na Medida Provisória 615, relativas ao Nordeste brasileiro (veja matéria napágina 64). Na demanda vital é urgente estender ao etanol tratamento isonômico na formação depreços que se dá à gasolina. E para isto basta restaurar o percentual original da Cide - Contribuiçãode Intervenção no Domínio Econômico.

“Só após o atendimento destas demandas, será possível atacar os problemas estruturais que farãoa sustentabilidade do setor a longo prazo”, preconiza a Carta.

Nós, do JornalCana, assinamos embaixo. Assine também esta petição por meio do endereçowww.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N43843 ou do JornalCana Online www.jornalcana.com.br

Vamos fazer nossa parte em prol do setor!

INCLINEM-SE OS REIS“Todos os reis da terra te louvarão, ó Senhor,

quando ouvirem as palavras da tua boca.”

(Salmos 138:4)

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10 AGENDA Outubro/2013

A C O N T E C E U A C O N T E C E

MASTERCANA REÚNE LÍDERES E PREMIA OS DESTAQUES DO SETOR

Aconteceu na noite de segunda-feira, 26/8, o PrêmioMasterCana Centro/Sul, abrindo a semana da Fenasucro, emSertãozinho, interior de São Paulo. Com mais de 100 usinasreunidas, o evento destacou o trabalho de inúmerosrepresentantes do segmento, que mesmo passando por ummomento conturbado, seguem exercendo com excelência os seustrabalhos. Neste dia aconteceu também o Prêmio MasterCanaSocial, fruto de uma parceria entre a ProCana Brasil e o Gerhai -Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria.

Veja cobertura do Prêmio MasterCana Centro-Sul naspáginas 48 a 53 e do MasterCana Social nas páginas 56 a 58.

MASTERCANA BRASILO MasterCana Brasil, evento de premiação exclusiva

dos 100 Mais influentes do Setor acontecerá no dia 21 deoutubro, em São Paulo. www.mastercana.com.br [email protected]

MASTERCANA NORTE/NORDESTEDia 26 de novembro, Recife, PE, será palco de mais

uma edição do tradicional prêmio MasterCana Norte-Nordeste. www.mastercana.com.br [email protected]

8º CONGRESSO INTERNACIONAL DE BIOENERGIA

De 5 a 7 de novembro, no Centro deExposições Imigrantes, em São Paulo, capital,acontece o 8º Congresso Internacional deBioenergia, um fórum de discussões sobreenergias renováveis do Brasil. Os organizadoresesperam mais de 1.200 congressistas para estaedição.

6TH SUGAR ASIAEm fevereiro de 2014, nos dias 27 e 28,

Mumbai, na Índia, recebe o 6th Sugar Asia,evento que tem como objetivo debater questõesinternacionais voltadas ao segmento. Inovaçõestecnológicas no setor de açúcar, etanol e energiasão alguns dos destaques. Mais informaçõesacesse: nexgengroup.in/Exhibition/sugarasia/.

CURSOS SINATUB 2013OUTUBRO17 e 18 – Curso de ManutençãoPreditiva e Inspeção de Equipamentos– Ribeirão Preto/SP NOVEMBRO7 e 8 – Curso de Tubulação, Turbinas,Bombas e Equipamentos – RibeirãoPreto/SP A DEFINIR• Curso de Tratamento de Caldo,Filtragem e Fermentação• Curso de Automação e ProduçãoIndustrial

Acionistas e executivos representantes de

mais de 100 usinas estiveram presentes

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12 MERCADOS Outubro/2013

Usinas saem do zero e vendem 133,6 MW médiosLeilão A-5, de agosto,teve pequeno avanço pornão incluir eólica, combenefícios diferenciados

RENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

FREE LANCE PARA O JORNALCANA

O resultado do leilão de energia A-5/2013, realizado em 29 de agosto,apresenta um saldo positivo para o setorsucroenergético, principalmente se forcomparado ao desempenho da biomassade cana, nesta modalidade de venda, noano passado. Sete projetos vão agregar 347megawatts (MW) de potência instalada aosistema em 2018, o que exigiráinvestimentos de aproximadamente R$ 1bilhão. No único leilão que a biomassaparticipou em 2012 – o A-5 que ocorreuem dezembro –, o setor comercializou zeromegawatt devido à concorrência direta daeólica.

Houve um pequeno avanço, avaliaZilmar José de Souza, gerente debioeletricidade da União da Indústria deCana-de-Açúcar (Unica). Segundo ele, nosúltimos leilões A-5, a energia eólica nãodeixou espaço para a biomassa, o gásnatural e a Pequena Central Hidrelétrica(PCH) devido a benefícios muito específicosconcedidos para essa fonte que apresenta

condições institucionais diferenciadas. Sema sua participação no certame do final deagosto, a biomassa contou com noveprojetos comercializados, incluindo dois decavaco de madeira. As PCHs tiveram oitoprojetos negociados e o gás natural nãomarcou presença no leilão.

Quem também não “assinou o ponto”na disputa promovida pela Câmara deComercialização de Energia Elétrica(CCEE), apesar de ter sido “convidado”após seis anos de ausência, foi o carvãomineral. “O preço-teto de R$ 140,00 pormegawatt/hora não viabilizava as térmicasa carvão”, constata Zilmar Souza. Aliás, aprovável participação dessa fonte gerouprotestos de diversas instituições, como oGreenpeace Brasil e o WWF-Brasil, quealertaram sobre os prejuízos que poderiamser causados pelo aumento de emissões deCO2 caso fossem contratadas essas usinastermelétricas.

No final do leilão, houve a contrataçãode projetos que somaram 1.265,4 MW empotência instalada. Em relação a energiacomercializada, a principal contratação foiproveniente da fonte hídrica, das usinashidrelétricas Sinop e Salto Apiacás, deMato Grosso, com 316 MW médios, o quecorrespondeu a 46% do total. Em segundolugar, ficou a biomassa cavaco de madeiracom 241,2 MW médios (35%), em terceiroa biomassa da cana com 133,6 MW médios(19%), seguida pelas PCHs com 77,8 MWmédios (11%).Zilmar de Souza: nos últimos leilões A-5 eólica não deu espaço à biomassa

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“Soluço” da biomassa de cana não estimula investimentoPreço insuficiente para oretrofit, volta da eólica efalta de uma condiçãomais perene dãocontinuidade à política“stop and go”

A sinalização positiva, proporcionadapelo leilão de agosto, poderia ser umindicador de perspectivas mais promissoraspara a bioeletricidade gerada a partir dabiomassa da cana. “Depois de todo umdiscurso de que as eólicas participariamapenas do leilão A-3, que vai acontecer em18 de novembro, tudo isto foi desmontadocom a divulgação da participação destafonte novamente no A-5 programado para13 de dezembro”, comenta Zilmar Souza,gerente de bioeletricidade da Unica.

No leilão A-3, a bioeletricidade geradaa partir do bagaço e da palha da cana tempoucas perspectivas, porque eólica, gásnatural, solar e biomassa vão concorrertodas no mesmo cesto. “Devido ao seu graude competitividade, a eólica coloca paraescanteio as demais fontes”, enfatiza. Deacordo com ele, a expectativa é que fossemantido, no mínimo, o mesmo formato parao segundo leilão A-5 que vai ocorrer emdezembro, com os mesmos concorrentes dadisputa de agosto. “Haveria mais

equilíbrio”, observa. O ideal seria arealização de leilão específico por fonte.Cada uma delas tem o seu papel – constata– na matriz energética.

Zilmar Souza informa que o marcoregulatório inclui o carvão mineral no leilãode dezembro. “Não é possível saber se astermelétricas a carvão estarão presentes.Mesmo que haja a participação do carvão,queremos que ocorra o reconhecimento dasexternalidades positivas da biomassa. Cadamegawatt/hora do carvão joga quase umatonelada de CO2 na atmosfera, enquanto abiomassa tem um balanço neutro. Isso temque ser considerado na hora de precificar”,ressalta. O governo federal zerou, noentanto, no final de agosto a alíquota de PIS

e Cofins do carvão mineral para geração deenergia elétrica, reduzindo o custo de umafonte poluente.

A questão do preço é outro ponto depreocupação do setor sucroenergético. Ovalor médio de R$ 133,57/MWh,conseguido no leilão de agosto, viabilizaapenas projetos greenfield que contam coma contribuição do açúcar e do etanol nesseprocesso, que também exigem investimentosem energia para serem produzidos. Os seteprojetos contratados no leilão A-5 estãoligados a novas unidades: quatro no MatoGrosso do Sul (Amandina, Carapó,Eldorado e Santa Helena), duas em SãoPaulo (Guarani Tanabi e Guarani Tanabi 2)e uma em Minas Gerais (Delta).

O preço ainda está longe de incentivaro retrofit, ou seja, a reforma das usinasexistentes. “Temos 250 usinas esperando aconexão junto ao sistema. Este é o grandepotencial do setor. Mas, o preço praticadonão se mostrou atraente para estimular oretrofit”, avalia o gerente da Unica. Épreciso uma política setorial mais perene,de longo prazo – destaca – que atenda asnecessidades da biomassa, energia solar ePCH. “Causa preocupação essa política‘stop and go’. A biomassa da cana teve umsoluço agora, que foi no final de agosto.Mas, não há nenhuma condição um poucomais perene que possa estimular acontinuidade de investimento embioeletricidade”, afirma. (RA)

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Governo não adota novamedida para incentivoda produção e consumo,estacionado no B5

RENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

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A história se repete. “Eu já vi estefilme”, podem dizer milhões de pessoas aoacompanharem a trajetória de umbiocombustível limpo e renovável quesobrevive, de maneira quase heróica, emum universo dominado por umcombustível fóssil, sujo e poluente. Nesteenredo, os autores – com destacadacarreira em Brasília – colocam em cena obiodiesel e o diesel. Em algunsmovimentos e falas, o roteiro é bastantesimilar a outra história integrante destabilogia, que aborda a jornada do etanolque também resiste aos privilégios de outramistura líquida, volátil, constituída porhidrocarbonetos, conhecida comogasolina.

Protagonizados por centenas deempresários e produtores rurais, essasobras não são fictícias. Contêm alta dose dedramaticidade e mistério. É só ficar atentoao episódio sobre o biodiesel, “em cartaz”em diversos estados brasileiros, para se teruma ideia do que tem acontecido com osinvestidores nessa modalidade renovávelde energia. Um dos personagens dahistória, o diretor superintendente daAssociação dos Produtores de Biodiesel doBrasil (Aprobio), Júlio Minelli, conta que asperspectivas eram positivas antes de seriniciado um verdadeiro “imbróglio”.

Janeiro de 2010: entrava em vigor oB5 – adição obrigatória de 5% de biodieselao óleo diesel. A medida antecipava em trêsanos a meta estabelecida pelo ProgramaNacional de Produção e Uso de Biodiesel(PNPB), que estabelecia o aumento da

mistura de 3% para 5% em 2013. “Naquelemomento o setor já começou a conversarcom o governo para que houvesse umajuste no marco regulatório, de modo quepudesse ser dada uma previsibilidade delongo prazo. A viabilidade técnica doprograma indicava num determinadotempo, que ele poderia admitir até umB20”, relata Júlio Minelli. Acreditava-seque já teria um B6 em 2011, um B7 em2012. “Poderíamos estar até num B8”,observa.

Setembro de 2013: até as vésperas daPrimavera, a história que tinha tudo paraser um exemplo de vida sustentável e desucesso parece que ficou “congelada” peloefeito de sucessivos Invernos. Estava aindarepleta de incertezas, com algumasfrustrações e correndo o risco de virar umgrande drama. “Quando o governoantecipou a meta, houve uma sinalização

para o mercado”, constata o diretor daAprobio. Mais de quarenta e cinco mesesapós o aumento da mistura, o que pareciaser real e palpável tornou-se um pesadelo.Não foi adotada nenhuma nova medidapara o incentivo da produção e consumodesse biocombustível que ficou estacionadono B5.

As consequências dessa situação sãograves. “A capacidade ociosa do setor estáem 65%”, revela Júlio Minelli. Esse índiceinclui as unidades novas que entraram emfuncionamento. “Tem fábrica que iniciou aoperação esse ano. Um investimento desseporte não é decidido de um mês paraoutro, nem de um ano para outro. Isso levatrês ou quatro anos até ser feito o projeto,avaliar a viabilidade, obter licenças. Seolhar hoje na ANP (Agência Nacional doPetróleo, Gás Natural e Biocombustíveis),praticamente não tem nenhuma empresa

pedindo autorização para construir fábricanova”, diz

As dificuldades estão construindo umcenário “catastrófico” em diversos casos.Com o aumento do custo devido àociosidade das unidades e à baixademanda, as margens vão se estreitando.“Algumas empresas acabam vendo qual éo menor prejuízo: se é vender com preçobaixo ou fechar a fábrica”, comenta. Osetor tem atualmente 65 empresasautorizadas a comercializar biodiesel. Nosúltimos leilões, a média tem sido aparticipação de 42 empresas. “Algumasdelas estão inoperantes mesmo,praticamente já fecharam as portas, só nãocancelarem ainda a sua licença. Outrasfazem contas para tentar se manter em pé.Avaliam se é maior o prejuízo deixando afábrica parada ou vendendo o produtoabaixo do custo”, constata.

Biodiesel vive drama similar ao do etanol

Júlio Minelli, da Aprobio: perspectivas positivas viraram imbróglio

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Todos os impedimentoscolocados para o setor,como motivos paraprotelar a decisão, jáforam superados

A indefinição em relação ao futuro dobiodiesel no Brasil já está parecendo umfilme de mistério. Ou seria mesmo desuspense? A grande ironia nisso tudo é queo programa do biodiesel é uma iniciativado governo, no qual os empresáriosacreditaram, conforme lembra JúlioMinelli, da Aprobio. “O programa sedesenvolveu rapidamente entre 2008 e2010, mas parou de evoluir por causa daausência de um novo marco regulatóriopelo qual o país possa continuar, de formacrescente, a substituir um combustívelfóssil por um combustível renovável comsustentabilidade econômica, social eambiental”, afirma Sérgio Beltrão, diretorexecutivo da União Brasileira do Biodiesele Bioquerosene (Ubrabio).

Por quanto tempo a incerteza para osprodutores e a falta de ação por parte dogoverno vão perdurar? “Nenhum setor –ainda mais um setor que estáengatinhando – convive por muito tempocom esse nível de ociosidade”, alertaSérgio Beltrão. É importante considerar –

enfatiza – que o único mercado existente éo da mistura obrigatória. “Como o paísconsome perto de 60 bilhões de litros porano de diesel, o volume de biodiesel paraos 5% gira em torno de 3 bilhões de litrosanuais. Com a capacidade atual próximaa 8 bilhões/ano já poderíamos ter um B10com folga hoje, pois ainda sobrariam 2bilhões de litros de capacidade/ano”,calcula.

Mas, por que não aconteceu, atéagora, o aumento da mistura? “Essa é agrande pergunta que a gente faz aogoverno”, questiona Júlio Minelli, diretorsuperintendente da Aprobio. Segundo ele,

foram colocados para o mercado váriosimpedimentos. Mas, o setor foidemonstrando que eles não existem ouque foram superados. “Tínhamos umproblema de comercialização no leilão.Fizemos algumas proposições e já tivemosquatro ajustes. Houve um grande avançonessa questão”, exemplifica.

Outro tema que sempre fez parte doroteiro desta “história quase sem fim”estava relacionado à qualidade. Mas, istotambém já faz parte do passado. Houve arealização de um trabalho conjunto com aparticipação da ANP, dos produtores,distribuidores, associações ligadas ao

setor de biodiesel, do Sindicato Nacionaldas Empresas Distribuidoras deCombustíveis e de Lubrificantes(Sindicom), entre outros, para a discussãoe elaboração de uma especificaçãovoltada à produção desse biocombustível– detalha Julio Minelli –, que entrou emvigor em maio do ano passado. “Emalguns pontos, ela é até mais restritiva doque as normas europeias. No caso de teorde umidade, na Europa exige-se 500ppm, nós já estamos em 350 ppm e anorma diz que a partir de 1º de janeiro de2014, teremos que entregar o biodieselcom 200 ppm”, afirma. (RA)

Indefinição sobre aumento da mistura torna-se um mistério

Caminhão com uma usina móvel de biodiesel

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Roteiro palaciano nãovaloriza asexternalidades positivasdo biodiesel e do etanol

A semelhança de alguns fatos doenredo do biodiesel com o drama do etanolnão é mera coincidência. Ambos já estãovirando “novelas”, escritas pelos mesmosautores que apresentam, nos dois casos,“vícios de linguagem” e problemas deconteúdo bastante similares. Inflação é umexemplo de uma palavra usada nas duashistórias para retratar um “fenômeno”conhecido na Língua Portuguesa como“fugacidade”. No caso do etanol, aalegação é que o aumento do preço dagasolina – mantido, artificialmente pelo

governo, menor do que o valor real demercado – seria um desencadeador daelevação do índice inflacionário.

A “encenação” se repete para obiodiesel. Mas, da mesma maneira comoocorreu com o etanol, os argumentos dedefesa da economia feitos pelo governo emrelação ao congelamento do aumento damistura de biodiesel ao diesel tambémforam derrubados. A Aprobio contratouinclusive um estudo da Fundação Institutode Pesquisas Econômicas (Fipe) quedemonstrou que a adição de biodiesel aodiesel chegou a ter, em alguns anos, atédeflação, informa Júlio Minelli. “No casode aumento da mistura, a inflação seria

pontual e mínima. O impacto é muitopequeno”, comenta.

A falácia palaciana sobre as medidasadotadas – ou melhor, principalmentesobre as não adotadas – “seria cômica, senão fosse trágica”. Esse aforismo até queretrata bem o jeito do governo conduzir ascoisas em relação aos combustíveis. Segura-se no questionável argumento da inflaçãopara deixar as coisas como estão ou, nomínimo, protelar decisões e esquece aomesmo tempo as externalidades positivasdo etanol e do biodiesel. O impactoinflacionário é insignificante emcomparação aos benefícios gerados, porexemplo, pela elevação do PIB provocado

pelo aumento da produção de biodiesel,afirma Júlio Minelli.

“Estamos importando praticamente20% do diesel consumido no país, pagandoum preço muito mais alto do que écomercializado aqui. A Petrobras estápagando R$ 0,45 a mais pelo litro de dieselimportado em comparação ao valor que aempresa vende para as distribuidoras”, diz.Esse “episódio” compõe também a históriado etanol. A estatal compra a gasolinaimportada por um preço maior do que évendido no país, diminuindo assim acompetitividade do biocombustível decana-de-açúcar e contribuindo para oaumento do prejuízo da Petrobras. (RA)

Aumento da inflação vira argumento no script governamental

MATÉRIAS-PRIMAS DO BIODIESEL

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Evolução da misturaobrigatória eestabelecimento do B20Metropolitano estãoentre as propostasdefendidas para aretomada do crescimento

A jornada dos biocombustíveis emterras brasileiras – por sinal, fartas e comcondições edafoclimáticas favoráveis – temtudo para virar uma trilogia de sucesso, comum desenrolar promissor e positivo em suaterceira parte. Soluções e propostas para istonão faltam. No caso do biodiesel, a Ubrabiodefende a adoção imediata do B7 e damistura de 10% (B10) em 2016, podendoocorrer a antecipação para B8 e B9, deacordo com o diretor executivo da entidade,Sérgio Beltrão.

“Diante da flagrante competitividadedo biodiesel em relação ao dieseldemonstrado pelos preços dos últimosleilões e também pela forte subida cambial,além da evolução da mistura obrigatória,também estamos defendendo outras duasbandeiras”, afirma. Uma delas é oestabelecimento do B20 Metropolitanocomo percentual mínimo obrigatório deadição de biodiesel ao óleo diesel utilizadono transporte coletivo urbano de todascapitais e de municípios que tenhampopulação igual ou superior a 500 milhabitantes.

A outra proposta tem o objetivo defacultar às distribuidoras de combustíveis acomercialização do óleo diesel comacréscimo estabelecido em 5%, além dopercentual mínimo obrigatório de biodiesel.O B5 poderia virar, por exemplo, com o 5%facultativo, o B10. “Nesse caso adistribuidora poderia optar pelo B10 e numpróximo leilão, na mesma região, poderiaretornar ao B5, dependendo daconveniência econômica, especialmente nas

regiões mais distantes das refinarias e maispróximas à produção de matérias-primas.Quando a mistura obrigatória for B7, o B+5seria B12 e assim sucessivamente”, explica.

O diretor superintendente da Aprobio,Júlio Minelli, também consideraperfeitamente possível a adoção imediata doB7. “Se tivermos um B7 a partir de janeirode 2014, é muito possível mais 1% em 2015e chegar a um B15 em 2020, sem nenhumproblema”, projeta. De acordo com ele, antesse falava em um B20 obrigatório. Mas, comoforma de flexibilização, Júlio Minelli avaliaque a mistura pode variar de 15% a 20%.

“Se há uma super safra de soja ou dealgodão, com uma oferta grande deoleaginosa num determinando ano, por quenão ir a 20%? – indaga. Em situações dequebra de produção, pode ocorrer umaredução da mistura, exemplifica. “Com uma

base fixa, a mistura pode variar de modo aatender a disponibilidade de mercado”,ressalta.

“Há uma necessidade premente deprevisibilidade”, destaca. Aliás, esse mesmoapelo também faz parte do cenáriodramático que compõe a trajetória recentedo etanol. Se o governo adotasse medidas decurto, médio e longo prazos para o biodiesel,haveria possibilidade do segmento – afirmaJulio Minelli – investir em projetos, como osvoltados a novos processos e à diversificaçãoda matéria-prima. Atualmente, o óleo desoja – conforme dados da ANP – é aprincipal matéria-prima utilizada naprodução de biodiesel, correspondendo a75% do total. As demais fontes são: sebobovino, 17%; óleo de algodão, 5% e outrasmatérias-primas (palma, canola, fritura,porco, frango), 3%. (RA)

Benefícios sociais e ambientais sãomotivos para aampliação do uso

Diversos benefícios sociais eambientais são proporcionados pelaprodução e consumo de biodiesel no país.O PNPB beneficia anualmente mais de105 mil agricultores familiares nofornecimento de matérias-primas para aprodução desse combustível sustentável,informa Sergio Beltrão, da Ubrabio.Somente em 2012, a aquisição dematéria-prima – observa – dessespequenos agricultores totalizou R$ 2bilhões.

“A adição de biodiesel ao diesel depetróleo resulta numa inequívoca reduçãode gases poluentes”, comenta. SegundoSérgio Beltrão, as emissões de gases doefeito estufa (GEEs), geradas durantetodo o ciclo de vida do biodiesel feito apartir de óleo de soja, mostram que o usodo produto pode diminuir a poluiçãoentre 65% e 72% quando comparado aodiesel de petróleo.

O consumo de 2,7 bilhões de litros debiodiesel em 2012, adicionados ao diesel,é responsável – destaca – pela diminuiçãoda emissão de 5 milhões de toneladas deCO2 no Brasil. “Olhando para o futuropróximo, um aumento de 5% para 7%significa uma redução adicional de 2milhões de toneladas de CO2. Mais ummotivo para a ampliação do uso dobiodiesel no Brasil”, argumenta. (RA)

% DE MISTURA DE

BIODIESEL AO DIESEL

Setor tem necessidade urgente de previsibilidade

Sérgio Beltrão: Ubrabio quer adoção imediata do B7 e mistura de 10% em 2016

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Outubro/2013TECNOLOGIA AGRÍCOLA20

FULVIO PINHEIRO MACHADO,

DE SERTÃOZINHO, SP

CONSULTOR DO JORNALCANA

Com a implantação de usinas degrande capacidade produtiva em novasfronteiras agrícolas e o aumento dacapacidade de produção das unidadesjá existentes, a busca por uma melhorprodutividade também tem sidoincessante.

Para tanto, técnicos e fabricantestêm desenvolvido máquinas eimplementos cada vez maiores e maispotentes a fim de executar os trabalhosem menor espaço de tempo e reduzircustos.

Essas novas máquinas agrícolaspassaram também a demandar novassoluções tecnológicas em suaconcepção. Um exemplo é a troca dospneus do tipo diagonal para o radial,como já aconteceu há tempos emveículos de passeio, caminhões eônibus.

Segundo Leandro Pavarin,engenheiro agrícola e gerente de vendasBrasil da Titan Pneus, a construçãoradial proporciona maior área decontato com o solo, por isso minimiza acompactação e poupa o equipamento,oferecendo economia de combustívelmínima de 7%.

Atenta à necessidade dessemercado, a Titan apresentou na recenteFenasucro 2013 o pneu GoodyearFarm Tyre DT924 na medida710/70R42, de classificação R1W,indicado para tratores acima de 300 hp.

Pavarin completa afirmando queessa solução acompanha odesenvolvimento do campo, já que oDT924 oferece melhor custo/benefícioao produtor. “Esse pneu foidesenvolvido para resistir fortemente acortes e picotamentos, apresenta maiorrendimento por hora trabalhada,menor resistência ao rolamento, maiortração e maior índice de velocidade ecarga”, justifica.

Especializada também naprodução de pneus fora de estrada, afabricante lançará no evento a medida17.5-25 16 lonas em aplicação L-3,modelo Titan ND LCM. Ideal para pás-carregadeiras de pequeno porte.

“Esse pneu apresenta maiorprofundidade de borracha, o quegarante maior resistência a cortes e porconta do desenho da banda de rodagemser não direcional, com barrastransversais espaçadas no centro, o L-3proporciona excelente tração eestabilidade lateral.”, explica Pavarininformando que em breve, a Titantambém ofertará este mesmo modelo namedida 20.5-25, 20 lonas.

PNEUS RADIAIS REDUZEM COMPACTAÇÃO

Leandro Pavarin: maior área de contato com o solo

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Outubro/2013 TECNOLOGIA AGRÍCOLA 21

A colheita mecanizada tem avançadoa passos largos na indústriasucroenergética. Isso se deve ao empenhode técnicos e fabricantes que têmdesenvolvido máquinas apropriadas paraesse tipo de trabalho.

Não é difícil se observar que ascolhedeiras empregadas na cultura decana-de-açúcar estão sujeitas a condiçõesmuito mais severas, em um ambienteparticularmente agressivo, quandocomparadas às colhedeiras de outros tiposde lavoura, como por exemplo as de grãos.

Assim é normal que as máquinassubmetidas a essas condições apresentemum desgaste muito mais pronunciado emsuas partes vitais, como facas e discos decorte, principalmente em solos comcaracterísticas de abrasividade maisacentuadas, como é o caso dos arenosos.

Prolongar o uso das colhedeirasnessas condições, sem que se faça adevida manutenção, pode causar perdasirremediáveis na soqueira pelo corteinadequado, trazendo sempre o risco deser porta de entrada para doenças que porfim afetam a produtividade do canavial,além de prejudicar a vida útil dos próprioscomponentes da colhedeira.

O Grupo Duraface atua no mercadohá quase 20 anos e se especializou emfornecer uma linha completa decomponentes de reposição para asdiversas marcas de colhedeiras de canaexistentes no mercado, informa Bruno

Zangrandi.São facas de corte de base,

despontadoras, picadoras, pás deventilação, discos de corte de base,componentes diversos e peças estruturais,como os rolos divisores.

Esses produtos conquistaram umlugar de destaque no mercado, graças auma política de desenvolvimento voltada

para absorção de tecnologia e ensaios decampo promovida pela empresa.

Complementando sua linha deprodução, o Grupo Duraface dispõe aindade uma estrutura de comercialização,denominada Duraparts, que fornece itenshidráulicos, elétricos, usinados, vedações,transmissão e filtros.

Além de sua matriz em Araras, SP, o

Grupo Duraface está presente também nacidade de Araçatuba, outro importantepolo sucroenergético. No exterior, aempresa atua com uma unidade situadaem Brisbane na Austrália desde 2010.

Na recente Fenasucro 2013, aempresa demonstrou aos visitantes sualinha completa de componentes paracolhedeiras de cana. (FPM)

Eficiência das colhedeiras depende de manutenção adequada

Bruno Zangrandi (à esquerda) e equipe: colhedoras enfrentam condições severas

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Outubro/2013TECNOLOGIA AGRÍCOLA22

Presente na Fenasucro 2013, a DMBMáquinas e Implementos Agrícolas Ltda.,entre outros destaques, apresentou comoinovação o implemento especialmentedesenvolvido em colaboração com a BASFpara o Sistema AgMusa™.

O AgMusa™ é um sistema de produçãode mudas sadias e formação de viveiroscom alta qualidade desenvolvido pela BASFque permite a introdução de um novocultivar de forma mais rápida do que ométodo atualmente adotado.

Na forma convencional demultiplicação e formação de viveiros, oprodutor multiplica uma nova variedadedurante cerca de 6 anos antes do usocomercial. Com o sistema, o processo podeser acelerado para 3 anos. A aceleração doacesso a novas variedades e o plantiosimplificado permitem ao produtorexplorar o potencial produtivo e usufruirpor mais tempo da inovação, maximizandosua rentabilidade.

Outro destaque apresentado pela DMBfoi a Plantadora PCP 6000 que pode serusada inclusive para os espaçamentosespeciais, como o duplo alternado.

No desenvolvimento das plantadorasde cana fabricadas pela DMB houve aparticipação de clientes, produtores eentidades de pesquisa do setor, como oCTC-Centro de Tecnologia Canavieira.

A Plantadora PCP 6000 destina-se arealizar o plantio mecanizado da cana-de-açúcar, fazendo todas as operações doplantio da cultura de uma só vez em 2linhas, com desempenho operacional deaproximadamente 0,8 a 1 ha por hora.

O tracionamento é feito por trator compotência mínima sugerida de 180 HP,através de torre com engate em 3 pontoscom articulação tipo pino-bola para facilitaras manobras e caracteriza-se pela grandesimplicidade de funcionamento.

A plantadora é equipada com cobridoroscilante para os dois sulcos de plantiocomposto por dois rolos acamadores dosrebolos no fundo do sulco, quatro discoscôncavos fixados em braços oscilantes com

regulagem de ângulo de trabalho e doisrolos compactadores de cantoneiras quecomprimem a terra sobre os rebolos,evitando a formação de bolsas de ar.

Opcionalmente, a PCP 6000 pode serequipada com um kit aplicador defungicida composto de um tanque comcapacidade para 600 litros de calda, que éfixado na lateral da caçamba daplantadora, duas bombas elétricas, sendouma para agitação da calda e outra parapulverização e dois suportes com 3 bicos

tipo cone cheio, cada um, fixados dentrodas bicas, que dão um banho de fungicidanos rebolos conforme descem na bica, antesde caírem no sulco de plantio.

A DMB Máquinas e ImplementosAgrícolas Ltda., empresa localizada nacidade de Sertãozinho, Estado de SãoPaulo, desde seu início esteve atenta àsnecessidades do setor canavieiro,desenvolvendo e produzindo implementospara a cultura da cana-de-açúcar, quehoje também estão presentes em todas as

áreas canavieiras do Brasil e também emoutros países produtores de cana daAmérica do Sul, América Central, Caribee África.

São subsoladores, sulcadores,cobridores, cultivadores "quebra-lombo",cultivadores para cana crua e queimada,carretas para distribuição de torta de filtro,adubadeiras de superfície, adubadores paracana crua com aplicação em profundidade,aplicadores de inseticidas em soqueiras,desenleiradores para cana crua. (FPM)

Surgem novas tecnologias voltadas ao plantio

Implemento para mudas da Basf, construído pela DMB

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Outubro/2013TECNOLOGIA AGRÍCOLA24

Com o avanço da colheita da cana-de-açúcar de forma mecanizada emsubstituição à tradicional colheita feitamanualmente surgiram novas perspectivasde aproveitamento de resíduos posterioresao corte, como a palha que constituía asfolhas da cana e que anteriormente eramqueimadas no campo para facilitar oprocedimento de corte manual.

Visando aproveitar esse material,agora disponível, fabricantes de máquinase usinas têm procurado desenvolvermétodos e equipamentos que possibilitemo aproveitamento da palha comocombustível e assim gerar energiaadicional, com consequente aumento dofaturamento da indústria.

A Valtra, empresa do Grupo AGCO,que tem forte presença no segmentocanavieiro através de tratores de 50 a 375cv, colheitadeiras, plantadeiras,implementos e pulverizadores expôs narecente Fenasucro 2013 sua enfardadeiraChallenger LB34B, máquina de altacapacidade, adequada ao trabalho compalha de cana.

Entre os grandes diferenciais daLB34B está a alimentação homogênea dapalha, gerando fardos com densidade maisconsistente, alcançando em alguns casosmais de 400 kg. O sistema degerenciamento de densidade é controladoeletronicamente pelo Console I ou II quemedem a carga nos sensores dos pistões,ajustando automaticamente a pressão

hidráulica nas paredes laterais e no trilhosuperior. Um dos destaques da máquina éo sistema de nó duplo, que ao invés dasdemais máquinas de nós simples, faz doisnós, um que termina o fardo anterior eoutro que inicia o próximo fardo. Aenfardadora conta ainda com um sistemade ventilação para a limpeza domecanismo de nós, que garante menor

desgaste e, por consequência, menosparadas para manutenção doequipamento.

O Grupo AGCO prevê que oinvestimento em mecanização parareaproveitamento da palha crescerá nospróximos anos, pois essa tecnologiapermite aumentar a geração de energiapor meio do uso da biomassa deixada no

campo. Anualmente nos canaviais sobramentre 12 a 15 toneladas de palhiço e palhade cana por hectare e esse material podeser aproveitado por meio do seurecolhimento, enfardamento e posteriorqueima nas caldeiras, gerando energia deuma forma ambientalmente correta, ouseja, energia renovável, preservando omeio ambiente. (FPM)

Mecanização permite aproveitamento da palha

Enfardadeira Challenger LB34B

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Usinas sucroenergéticas de grande porte como asatualmente em operação, acabam por exigir maiorcapacidade de carga no transporte de cana da lavoura atéa indústria. Consequentemente o uso de caminhões maisapropriados e de maior potência para a execução dessatarefa são necessários, possibilitando a redução de custospor tonelada de cana transportada.

A International® é uma marca de caminhões danorte-americana Navistar International Corporation queproduz veículos no País desde 1998 através daInternational Caminhões, localizada em Caxias do Sul-RS, com grande parte da sua produção voltada paraexportação e que desde 2010 são comercializados nomercado nacional.

Atualmente, a empresa produz e comercializa doismodelos no Brasil, o pesado International® 9800i e osemipesado o International® DuraStar. Hoje, sua rede deconcessionárias é composta por 16 pontos que, além decomercializar os produtos, oferecem todo serviço deAssistência Técnica e Reposição de Peças.

Oferecido nas configurações 6x2 e 6x4, o 9800i queesteve em exposição na recente Fenasucro 2013, podetracionar semi-reboques convencionais de três eixos, detrês eixos espaçados e bitrens para até 57 toneladas dePBTC, e mesmo rodotrens ou “bitrenzões”, com PBTC deaté 74 toneladas, sendo adequados ao trabalho detransporte da cana da lavoura à indústria.

O International® 9800i tem um dos melhores índicesde economia de combustível e conta com um motorCummins de 416 cavalos de potência. Com PBTC de até74 toneladas, o 9800i é um dos caminhões mais leves dacategoria, com suspensão traseira a ar de série.

A empresa dispõe de um centro tecnológico,localizado em Jaguariúna-SP, que foi criado paraconstrução de protótipos e realização de testes de veículos.

O projeto do JTC-Jaguariúna Tech Center foi idealizadopela equipe brasileira de engenharia que adequouprocessos utilizados pela matriz da Navistar, nos EstadosUnidos, onde a empresa é referência nesta área.

Construído em uma área de 2,5 mil m², o JTCcontempla áreas para teste de campo, oficina, montagemde protótipos e ferramentaria para desenvolvimento de

peças, além de escritório para a equipe de engenharia. Nolocal, são realizados diversos testes como: homologação deprodutos, testes funcionais e de validação de veículos, testesde campo e aquisição de dados. Desta forma, os caminhõesInternational® são desenvolvidos e testados para atender osrequisitos específicos do mercado brasileiro em diversostipos de aplicações e implementos. (FPM)

Usinas de grande porte exigem pesos pesados no transporte de cana

International® 9800i

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Com a expansão da lavoura canavieirae a crescente mecanização das operaçõesagrícolas, novas máquinas têm sidointroduzidas visando a obtenção de umamaior produtividade. A FH EquipamentosEspeciais Ltda., empresa sediada emAraras-SP, está engajada nesse esforço dedesenvolver máquinas agrícolas quepossibilitem a obtenção de uma elevadaeficiência no trato da lavoura.

Entre os principais produtos daFHEE, destacam-se a PlantadoraAutomática de Cana PC6200 e PC7500,o Aplicador de Inoculantes Sólido eLíquido para Cana, o Preparador Mínimode Solo PMS2L-90 e PMSL-140/150, oRoto-destorroador Nivelador e oCultivador Preparador de Solo FlorestalCPSA.

"Nossos produtos são especialmentedesenvolvidos para as necessidades domercado atual e possuem garantia dequalidade, assistência técnica unificadapara totalidade dos equipamentos,além de serem projetados e fabricadoscom tecnologia de ponta porprofissionais com mais de 30 anos deexperiência em implementos agrícolas.",afirma Hermes Suzigan, diretor Geralda FHEE.

“Entre os principais mercadosatendidos pela FHEE estão as usinasprodutoras de açúcar e etanol, empresas dereflorestamento florestal e indústrias depapel.”, complementa Suzigan.

A FH Equipamentos Especiais Ltdafoi constituída em 2003 para projetar,montar, comercializar, exportar e alugarequipamentos especiais para atender asnecessidades agrícolas da lavouracanavieira e florestais.

Atuando na direção geral da FHEE,Hermes Suzigan, tem um histórico depioneirismo e realizações na áreaagrícola do setor sucroenergético, pois foio executivo fundador da Civemasa S/Aque iniciou suas atividades em 1957através de um grupo de proprietários deusina em Araras-SP, com a finalidade de

atender localmente a manutenção técnicade seus veículos, que na época eramimportados.

Em 1967, com a fusão da Epema e aCivemasa, teve início uma nova atividade,então voltada ao desenvolvimento e produção

de implementos agrícolas para preparação dosolo e cultivo de cana-de-açúcar.

Quando em 1998 a Civemasa foiseparada da usina por decisão da diretoriaprincipal do Grupo, Suzigan passou a serdiretor Geral da Civemasa Implementos

Agrícolas Ltda. Atualmente, na FHEE ,Suzigan

participa ativamente da criação edesenvolvimento de novos equipamentos,transformando em prática sua experiênciaacumulada.

Máquinas inovadoras aumentam a produtividade

Plantadora de Cana PC-7500 projetada e fabricada pela FHEE

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A Plantadora de Cana PC-7500projetada e fabricada pela FHEE apresentauma série de características vantajosas quedemonstram sua versatilidade no plantio dacana. Concebida para ter um dos menorescomprimentos do mercado, ela exige menosespaço para manobras, evitando assim aocorrência de “cabeceira de sulco”. Alémdisso seu peso total é de 8100kg o que setraduz por uma menor compactação do solo.

A PC-7500 faz o plantio em duaslinhas, permitindo que sejam usadosespaçamentos reguláveis de 900, 1400 ou1500mm entre sulcos, com bitola ajustáveldos pneus para 2400, 2600 e 2800mm.

Para sulcação, a máquina é equipadacom duas hastes revestidas com placa depolietileno para melhor conformação dosulco, que pode ter profundidade de até350mm. Como segurança, as hastes sãodotadas de um mecanismo de desarme pormeio de pino fusível.

Sua capacidade de carga é de 7500kg,podendo a cana ser abastecida na lateral ouna traseira do equipamento. Na partesuperior da máquina estão localizadas asduas caixas para fertilizantes, comcapacidade de 500kg cada e ainda um

tanque para fungicida, com capacidade de500 litros.

O trator a ser usado com a PC-7500deve ter uma potência miníma de 180 cv a1800rpm. A velocidade de trabalho é de 4 a6 km/h resultando em um consumo decombustível de 22 litros/hora.

PREPARADOR DE SOLO 4 EM 1 DA FHEEPara otimizar o preparo do solo

necessário ao plantio da cana, a FHEEdesenvolveu o implemento PreparoMínimo de Solo. Dotado de uma tecnologiainovadora, esse equipamento é para aerradicação das soqueiras, realizando emapenas uma operação o equivalente aquatro operações convencionais: agradagem intermediária, a subsolagem, agradagem pesada e a gradagem leve.

Por suas características, esteimplemento FHEE, substitui as quatrooperações convencionais acima citadas,proporcionando uma significativa redução

de investimentos e custos operacionais.O Preparo Mínimo de Solo é

fornecido em duas opções: PMS-2L 0,90mx 1,50m e PMS-2L 140/150 para plantioem duas linhas de 0,90m x 1,50m ou emduas linhas de 1,40 a 1,50m,respectivamente.

Para erradicação das soqueiras oequipamento é provido de 2 discos decorte flutuantes de 28”, 2 hastessubsoladoras para profundidade de até900mm, com desarme automático, 01/02rotores com disponibilidade de até 48facas, com acionamento de 2 motores

hidráulicos no eixo do roto, e, conjuntoencanteirador.

Para aplicação do fungicida o PMS-2L é provido de um reservatório comcapacidade de até 1000 litros, localizadona parte superior do equipamento.

Em operação o PMS-2L é acoplado aum trator com potência mínima de 180 cvo que pode variar em função daprofundidade desejada para a subsolagem.

Opcionalmente o implemento poderáser fornecido com uma caixa paradistribuição de corretivo, com capacidadede 500 ou 1000 kg.

Equipamento combate pragas de solo com eficiência

Para controle de pragas de solo aFHEE fabrica o Aplicador de InoculantesSólido e Líquido para Cana. Esseequipamento foi desenvolvido paracombate a nematóide, migdolos e outraspragas que atacam a lavoura de cana, fazuma aplicação de defensivos a umaprofundidade de 15cm, com precisão nadosagem e mantendo uniformidade deprofundidade.

Essa uniformidade é conseguidaatravés de um mecanismo de oscilaçãohorizontal no chassi e vertical no disco,fazendo com que o equipamento estejasempre na profundidade correta e com auniformidade exigida.

Construtivamente, o Aplicador deInoculantes Sólido e Líquido para Cana édotado de um chassi construído em caixaquadrada de 100mm, medindo de3600mm de comprimento x 500mm delargura.

Para dosagem de defensivos oequipamento é dotado de quatro kitsaplicadores com discos de 24 polegadas.

Para aplicação de líquidos oequipamento é dotado de um tanqueconstruído em polietileno com capacidade

de 800 e 1000 litros e uma bomba depistão com 20 bar de pressão e vazãomáxima de 18 litros com acionamento pormotor hidráulico.

A aplicação de sólidos é efetuadaatravés de quatro caixas de armazenagem,dotadas de dosadores de alta precisão,acionados por motor hidráulico ou sistemaelétrico.

Plantadora versátil,

diz Hermes Suzigan

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ALESSANDRO REIS E ANDRÉ RICCI,

DA REDAÇÃO

Nos últimos meses o setor reivindicapolíticas públicas favoráveis ao mercadode etanol, e demais subprodutos da cana.Após medidas inépcias apresentadas pelogoverno, o setor em uníssono conclama avolta da Cide, sobre a gasolina. Mas nãohá sinais de que a medida regressará.Destarte, se o mercado de etanol naufragaem um mar de instabilidade, oagronegócio canavieiro precisa ancorarnaquele que pode ser seu único portoseguro, os investimentos. Para não dar amão à palmatória, o setor faz sua lição decasa. Investe na renovação dos canaviais,na manutenção da indústria, naprodutividade agrícola. Nos gargaloslogísticos, construindo dutovias, terminaisrodoferroviários. Investe também em suaimagem pública, há muito, estigmatizadapor erros do passado, mas que não cabemmais ao futuro do setor.

Prova disto é a campanha publicitária“Etanol, o combustível completão”,veiculada pela Unica — União da Indústriade Cana-de-Açúcar, lançada com foco noEstado de São Paulo em novembro de2012 e mantida ao longo de 2013. A bem-sucedida empreitada chegou a mais trêsestados brasileiros — Paraná, Goiás eMinas Gerais — onde o etanol tem preçosvantajosos na comparação com a gasolina.

A campanha destaca os impactospositivos do biocombustível de cana doponto de vista econômico, social eambiental.

“É necessário destacar os benefíciosgerados economicamente, no meioambiente e também na saúde dapopulação com o uso do biocombustível abase de cana. A campanha temcontribuído para essa mudança deconceito”, afirma Miguel Rubens Tranin,presidente da Alcopar — Associação dos

Produtores de Bioenergia do Estado doParaná.

“A campanha é importante não sópara estimular ainda mais o consumo, maspara deixar na memória as diversasqualidades do nosso produto, que é verde,renovável, eficiente e completão”, comentaAndré Rocha, presidente executivo dosSifaeg/Sifaçúcar — Sindicatos da Indústriade Fabricação de Etanol e de Açúcar doEstado de Goiás.

Para o secretário executivo da Siamig— Associação das IndústriasSucroenergéticas de Minas Gerais, Mario

Campos, a intenção da campanha émostrar que o consumidor faz a diferençaem relação ao meio ambiente ao colocar oetanol no veículo. “Estudos indicam que oetanol reduz em até 90% as emissões degás carbônico, comparado com a gasolina,e gera grandes benefícios sociais. Por issoele é um combustível completo”, explicaCampos.

“Após a campanha, o consumo deetanol se estabilizou no final de 2012enquanto o de gasolina caiu, e a demandapelo biocombustível vem subindogradativamente ao longo de 2013. É um

resultado importante porque esta deveráser uma safra de cana recorde no Brasil, amaior de todos os tempos, o que significaque a produção de etanol também serásuperior a do ano passado,” explica odiretor de Comunicação Corporativa daUnica, Adhemar Altieri.

A campanha publicitária permaneceno ar até o final do ano, priorizando asmesmas mensagens adotadas desde oinício, com foco nos impactos positivos daprodução e do consumo de etanol em largaescala para o meio ambiente e odesenvolvimento econômico e social.

O SETOR FAZ A LIÇÃO DE CASA

Hellen Rocche, garota propaganda da campanha “Combustível Completão”

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Investir em renovação de canavial,na frota de caminhões e tratores, além deuma completa manutenção na indústria,são algumas das despesas fixas das usinasa cada início de safra. No ciclo 2012/13,alguns destes pontos foram deixados delado, já que a situação financeira dosegmento não era favorável. A atitudetornou o cenário ainda mais complicado,já que a queda de produtividade foiimpactante.

Uma safra se passou e a lição foiaprendida. Ao menos é o que aponta odiretor técnico da Unica – União daIndústria de Cana-de-Açúcar, Antonio dePádua Rodrigues. “É evidente que o setortem feito sua parte para voltar a crescer.Os canaviais foram renovados, buscamosinovações tecnológicas, estamosinvestindo em logística, enfim, são váriosos pontos. Mas todos são insuficientespara que haja o retorno do crescimento”,avaliou.

Apesar dos números mostrarem quea safra 2013/14 tem sido melhor do que apassada, o nível de endividamentotambém aumentou. Levando emconsideração que ao menos 40 usinasfecharam as portas no últimos anos, ainformação se torna mais preocupante.“Ainda que a cartilha seja seguida, ospreços praticados no mercado não pagamo investimento, quem paga é o banco, ouseja, gera endividamento”, explica.

Manoel Carlos de Azevedo Ortolan,

presidente da Orplana – Organização dePlantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil, é mais um representantecanavieiro que tem trabalhado paraprovar que o setor sucroenergético precisade ajuda.

Com números referentes aos últimosanos de produção, Ortolan mostra que osprejuízos seguem se acumulando, fruto,principalmente, da ineficiência políticabrasileira. “Um setor que passa por váriosanos ruins tem sim do que reclamar. Nãopodemos continuar produzindo e, porconta de problemas climáticos e medidasdo governo, arcar com estes prejuízos. Pormais que a gente fale, o governo não nosouve”, colocou.

Ao falar sobre as ações das usinas nabusca por melhorias, Pádua lembra dasmelhorias alcançadas. “Prova de quereinvestimos é que as despesas nosúltimos dois anos representam mais de15% do nosso faturamento. Isso trouxemelhor adequação à mecanização,melhorias industriais e aumento deprodutividade”, finalizou.

Já Ortolan acredita que umprograma renovável, genuinamentenacional, como é o caso do etanol, nãopode ser desprezado. “Temos potencialenorme para a produção de etanol, frutoda frota flex que também é produzidaaqui. Mas, infelizmente, essa frota temsido abastecida com gasolina”, finaliza.(André Ricci)

“Temos feito nossa parte, mas com endividamento”

Antonio de Pádua Rodrigues: , da Unica: preços do mercado não trazem retorno

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Durante palestra realizada no dia 27de agosto, em Sertãozinho, SP, EduardoLeão, diretor executivo da Unica — Uniãoda Industria de Cana-de-açúcar, garantiuque o etanol 2G é uma aposta bastantesegura. "Já existe uma unidade que iniciarásua produção no próximo ano, e váriasoutras iniciativas que têm previsão parainiciarem em 2015", afirmou.

"Os grupos mais importantes do setorestão com parcerias com empresasprodutoras de tecnologias para o etanol desegunda geração. Este seguramente será osalto tecnológico que o setor espera.

O diretor executivo da Unica,comentou que especialistas afirmam que épossível aumentar 50% da produção deetanol de uma planta através da tecnologia2G. "Isto é um salto expressivo que agregaum custo de produção médio por tonelada,ou por litro. Isto representa um saltotecnológico, mas também econômico parao setor", explicou.

Leão acredita que o envolvimento dosgrandes grupos confirma que o setor estádisposto a investir nesta tecnologia, quegera ganhos de eficiência. (AlessandroReis)

Etanol 2G é aposta segura

Usinas buscaminvestimentos que tragammelhores resultados emsuas operações. A UAG -Usina Açucareira Guaíra,por exemplo, é uma daspioneiras em utilizar osistema de limpeza a secopor ventilação na mesaalimentadora. O trabalho érealizado desde 2002 pelaunidade, que retira asimpurezas minerais e também separa apalha da cana-de-açúcar.

Idealizado pelo sócio-diretor OtávioJunqueira Motta Luiz, o sistema foiaprimorado pelos próprios funcionários dausina, que durante a safra 2012 elaboraramum projeto inovador, onde a palha passou aser enviada e picada em um terno demoenda 30’ x 54’, instalado isoladamente eacionado por motor elétrico + inversor +redutor planetário.

A unidade optou por montar o ternoseparadamente, instalado na traseira damoega dosadora de bagaço das caldeiras debaixa pressão, evitando, desta forma, gastosdesnecessários em aquisição detransportadores.

Os investimentos nessa área fizeramcom que a UAG fosse premiada noMasterCana Centro/Sul, na categoria

“Inovação Tecnológica Agroindustrial”.Já a DCOIL - Destilaria Centro Oeste

Iguatemi, que também foi premiada noevento, busca estabelecer processospadronizados e contar com uma equipe decolaboradores capacitados.

A gestão da DCOIL é baseada nosfundamentos da qualidade total nosprocessos, sendo todos eles mapeados,indicadores de gestão estabelecidos e tarefaspadronizadas, incluindo ferramentas como:gerenciamento da rotina, prática de “gestãoà vista”, Kaizen, Kanban, 6 Sigma, Black eGreen Belts, dentre outras, além derealização de benchmarking com outrasusinas. Entre os diferenciais, a destilariatreina todos os colaboradores e conta comprofissionais capacitados nas NR's - NormasRegulamentadoras em suas respectivasfunções. (André Ricci)

Usinas investem em busca de melhor rendimento

Eduardo Leão: parcerias entre grupos importantes comprovam viabilidade

Usina Guaíra, modelo em tecnologia agrícola

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O custo de logística no açúcarrepresenta hoje aproximadamente 15%sobre o custo total de produção de umaunidade. A afirmação é de Helder Gosling,diretor Comercial e de Logística do GrupoSão Martinho, que possui três usinas econta com capacidade de moagem de 19milhões de toneladas de cana. . Em maiode 2012 o grupo inaugurou o TerminalRodoferroviário, localizado em Pradópolis,SP, O antigo terminal ganhou nova cara,novo armazém, algumas adaptações e écapaz de escoar 10% do volume totalexportado de açúcar via Porto de Santos. Oobjetivo é reduzir custos e tornar osprodutos da cana-de-açúcar cada vez maiscompetitivos. Confira a entrevista:

JornalCana: Qual a importância emtermos financeiros em contar com umterminal rodoferroviário?

Helder Gosling: Num momento desupersafra de commodities (grãos e açúcar)em que sentimos as dificuldades deescoamento pelo modal rodoviário emacessar o Porto de Santos, o querepresentou um aumento emdeterminados períodos de quase 80%sobre o frete do ano passado, diria quetivemos vantagens não só na redução docusto absoluto, mas indireto, no sentido determos maior flexibilidade em armazenare cadenciar o fluxo de descida da carga eevitar ser obrigados a acompanhar a"explosão" de fretes.

É possível fazer um paralelo entreos custos de produção com e sem oterminal?

O custo de logística no açúcarrepresenta aproximadamente 15% sobreo custo total, ou seja, é muitorepresentativo. Em operação de escala,qualquer centavo de redução impactadiretamente nossa competitividade. Éimportante lembrar que temos de serextremamente eficientes na logísticainterna para vencermos o gap logístico

geográfico de nossos principais mercados. Quanto de açúcar foi escoado pelo

terminal na última safra? Qual a

previsão para esta? No ano passado, aproximadamente

1,2 milhão de toneladas. Este ano

estimamos 1,5 milhão de toneladasO Grupo São Martinho pensa em

novas expansões nessa área? Sim. Temos a logística no DNA de

nosso grupo.De uma maneira geral, como avalia

a situação logística do setor no país? Na área agrícola somos extremamente

eficientes. O que é muito representativo,pois no caso do grupo São Martinho, seescoamos 2,5 milhões de toneladas deproduto final na mesma base,movimentamos 20 milhões de toneladas decana-de-açúcar. No caso da logística deoutbound, o próprio setor investiumaciçamente em terminais e emarmazenagem interna com foco emintermodalidade, mas a demanda é porescoamento planejado. Somos forçados aconviver com "tradeoffs" de commoditiespara atender nossa safra, principalmenteno modal ferroviário. Há a necessidade deque o órgão gestor de transportes presteatenção a isto e crie instrumentos para nãominar todo o investimento que o setorefetuou por falta de um canal eficiente detransporte.

Com a crescente demanda que seapresenta, é imprescindível que o paístenha infraestrutura adequada. Na áreade transportes, quais são as prioridades?

É necessário planejamento. Secontinuarmos a conviver em um ambienteem que cada setor procura sua soluçãoisoladamente, viveremos em "apagõeslogísticos" frequentes. Muitas vezescostumamos esquecer alguns fatos edeixamos de cobrar. Em fevereiro de 2013,o Governo Federal anunciou que foramdestinados R$ 242 bilhões para o setor deinfraestrutura e no ano passado criou-se aEPL - Empresa de Planejamento Logístico.Seria a combinação ideal, capital eplanejamento. Falta agora sabermos quaisresultados foram atingidos e qual oplanejamento de aplicação destes recursosque não são pequenos. (André Ricci)

“Soluções isoladas resultam em apagões logísticos”ENTREVISTA - Helder Gosling, diretor Comercial e de Logística do Grupo São Martinho

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Outubro/2013CANA RÁPIDAS36

Cerca de 420 alunos, com faixa etáriaa partir de seis anos, da Escola ConceiçãoLyra, unidade educacional mantida pelaUsina Caeté, em São Miguel dos Campos,AL, participaram em 30 de agosto dasolenidade de lançamento do PAF -Programa Atleta do Futuro, uma iniciativado Sesi, que utiliza o esporte parapromover a educação e a inclusão social decrianças e adolescentes.

Um cronograma, que teve início nomês de julho, capacitou todos os professoressobre a metodologia adotada no programa.

Logo em seguida, foi realizada umasensibilização com os pais dos alunos, quecontemplou uma apresentação da propostapela equipe do SESI.

De acordo com a diretora da escola,Betânia Leite, a usina viabilizou umprofissional da área de saúde para atenderaos alunos e emitir o atestado médico. “Eraimprescindível comprovar a condição físicadas nossas crianças, para que os mesmospudessem exercer a prática das atividadesfísicas propostas”, afirmou. Todos osalunos que participam do PAF foram

submetidos a avaliações físicas, tais como:peso, altura, envergadura, abdominal(resistência) e flexibilidade.

Betânia assinalou que o ProgramaAtleta do Futuro oferece aos alunos oestímulo à prática de atividade físicapermanente, através de jogos recreativos eatividades lúdicas, priorizando os valoresacima mencionados. “Tem sido gratificanteconstatarmos a empolgação e oenvolvimento dos alunos durante arealização das atividades propostas”,finalizou.

Francisco Vital Alves de Souza, diretorcomercial da Usina Coruripe, completou noúltimo dia 23 de agosto a marca de 30 anosde trabalho na empresa. O colaboradorcomeçou como escriturário aos 20 anos deidade no setor pessoal. Após algum tempo,foi encarregado de organizar a parte deorçamento e custos, onde teve a chance deconhecer como funcionavam todos ossetores da empresa e, principalmente, aspessoas que construíam a Coruripe à época.

“Foi um tempo de muitaaprendizagem. Assumi o departamento devendas e tive a sorte de ter dois grandes“professores”, o Dr. Júnior e também Dr.Vitor, homens à frente do tempo.Pesquisei muito o mercado, fiz várioscursos específicos na área de vendas, viajei

bastante para conhecer de perto nossosclientes e, com isso, fui aprimorando aparte de relacionamento. Quando assumie gerência geral, fizemos uma

remodelação da empresa, comimplantação de orçamento anual e análisemensal. Tudo para desenvolver o mercadode competição, algo que não era comum

no açúcar naquela época”.Questionado sobre as perspectivas

para os próximos 30 anos, o representantecita o fator “responsabilidade” como chave.“Para mim, a mudança é uma evolução,uma oportunidade. Assumir a diretoriacomercial só aumenta essaresponsabilidade, sei o peso que tem ocargo, porém ajudar a dirigir uma empresado porte da Coruripe, com 8 milcolaboradores, para que ela dê cada vezmais certo e cresça ainda mais é um grandedesafio e uma enorme satisfação. Queremosdar continuidade ao que foi feito comextrema competência pelos acionistas,quando estavam na direção da empresa.Vamos nos planejar para termos um futuroainda mais promissor”, finalizou.

Diretor comercial completa 30 anos de Usina Coruripe

Francisco Vital Alves de Souza, rodeado por colegas e amigos

Caeté mantém projeto social e incentiva a prática esportiva

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Maior exposição emmáquinas, serviços etecnologias para o setorsucroenergético chega asua 21ª edição

FULVIO PINHEIRO MACHADO,

DE SERTÃOZINHO, SP

CONSULTOR DO JORNALCANA

A Fenasucro, a maior exposição a nívelmundial em máquinas, serviços etecnologias para o setor sucroenergéticocelebrou a maioridade ao realizar sua 21ªedição.

O evento ocorreu nos dias 27 a 30 deagosto, ocupando uma área de 70.000m2

no Centro de Eventos Zanini, localizadoem Sertãozinho-SP e apresentou nestaedição uma série de inovações em seuformato, como um novo layout setorizadoonde os 550 expositores puderam exporseus lançamentos em máquinas e serviçostanto na área agrícola, como na industrial.

Para a área agrícola, setor que temmostrado seu dinamismo pela adoção denovas tecnologias para o cultivo e colheitada cana-de-açúcar, alguns dos destaquesforam a DMB, tradicional empresa deimplementos agrícolas que apresentou seu

novo implemento para plantio das mudasde viveiro AgMusa™ da BASF e aplantadora PCP6000.

No aproveitamento da palha comocombustível adicional ao bagaço parageração de energia, a Valtra apresentousua enfardadeira Challenger LB34B,prevendo que o uso da palha como fontede energia renovável crescerá nospróximos anos.

Na área de caminhões pesados aInternational, uma marca da Navistar,esteve presente com seu caminhão modelo9800i, dotado de motor de 416 CV e

capacidade de transporte de até 74toneladas.

Para a colheita de cana, a FCNTecnologia trouxe seu lançamento, oacessório CentraCana, que possibilita ocorte de cana em terrenos com topografiaacentuada que não permitem o uso decolhedoras convencionais.

A Titan, detentora da marca GoodYearpara pneus agrícolas apresentou na feiraseus recentes lançamentos de pneus radiaispara tratores de alta potência, que já foramadotados como itens de série pelasprincipais marcas do mercado.

Na área industrial, a TGM fez olançamento de sua nova geração deplanetários denominada de G3 Full queincorpora uma série de aperfeiçoamentos,como a lubrificação individual por estágios.

Focada na geração de energia,atividade que tem se desenvolvidoaceleradamente no setor sucroenergético, aSiemens apresentou seus conversores depotência Sinamics para acionamento demoendas e preparo de cana, seustransformadores a seco da linha Geafol queapresentam características superiores desegurança em relação aos convencionais e alinha de controle e automatização PCS-7,baseada nos PLCs S7 Siemens.

A Authomathika apresentou seus novossensores para chute Donelly e deslocamentode rolo que foram desenvolvidos usandotecnologias de ponta, aumentando aconfiabilidade desses importantes acessórios

para controle da moenda.Na área de destilação, a Citrotec,

empresa que tem apresentado uma série desoluções inovadoras para o setorsucroenergético, como os concentradores devinhaça e o condensador evaporativo,anunciou a produção de aparelhos dedestilação para etanol hidratado comtecnologia licenciada pela Maguin, empresafrancesa especializada em destilarias. Essesaparelhos de destilação terão aconcentração de vinhaça incorporada.

A Dedini apresentou sua nova camisapara rolos de moenda, denominada DCADque permitem uma maior drenagem decaldo.

Na desidratação do etanol, a JWapresentou sua linha de sistemas dedestilação e peneiras moleculares que têmsido empregadas pelas usinas brasileiras eno exterior.

A Renk Zanini, empresa reconhecidapela sua grande participação no mercado deacionamentos para moendas, difusores eturborredutores, apresentou na Fenasucro,sua linha completa de redutores Torqmax,2.0, Pentamax 2.0 e Fleximax 2.0. Em suaparticipação no evento, a Renk Zaniniinovou ao demonstrar didaticamente atécnicos e visitantes quais os requisitos quedevem ser observados quando da escolha deum redutor para acionamentos.

Veja alguns dos principais expositoresdesta Fenasucro a partir da próxima páginaaté a 43.

Fenasucro, que já era precoce, celebra a maioridade

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Outubro/2013SETOR EM DESTAQUE38

FENASUCRO É PONTO DE ENCONTRO E DE NEGÓCIOS

Michel, Jean e Gabriel, da Barriquand

Antonio Carlos e equipe da Aratrop

Estande da Agricorte

Estande da BRN

Estande da Areva

Ana Paula, Marcus, Rosemeire, M. Helena e Daniela, da Alcolina

Estande da Bussola

Estande da Authomathika

Orlando, Bete, Suzana e José Cristiano, da Antares Acoplamentos

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Outubro/2013SETOR EM DESTAQUE40

FENASUCRO É PONTO DE ENCONTRO E DE NEGÓCIOS

Estande da Civemasa

Estande da Caldema

Douglas Zanin, Lidiane Matos e Alexandre

Malaspina, da Comefer e Comega

Estande da Carrara

Estande da Coopercitrus

Tom Ortega, Bernardo e Guilherme, da Citrotec

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Outubro/2013 SETOR EM DESTAQUE 41

FENASUCRO É PONTO DE ENCONTRO E DE NEGÓCIOS

Estande da Duraface

Eduardo, Maria Ercilia e Antonio Carlos, da CPFL Serviços

Alexandre, Francisco e Camilo, da Durcon Válvulas

Flávio, Ferrari e Caio, da Dispan

Estande da Dwyler

Estande da DMB

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Outubro/2013SETOR EM DESTAQUE42

FENASUCRO É PONTO DE ENCONTRO E DE NEGÓCIOS

Estande da Ferrusi

Carlos, da Equilíbrio

Estande da Edra

Roberto, Fernanda e Carlos, da Foxwall

Estande da Equipalcool

Antonio Beserra, Andreia e Marcela, da Engevap

Luis Carlos e Marcos Broglio e Douglas Fazanaro, da General Chains

Estande da FCN

Eduardo, da Ensival Moret

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Outubro/2013SETOR EM DESTAQUE44

FENASUCRO É PONTO DE ENCONTRO E DE NEGÓCIOS

Estande da Pivot Carlos, da Produquímica Alberto, Davi e equipe da Prolink

João Luiz, Edilson e Sérgio Malaquias, da MRG Estande da Parker Estande da Parkits

Estande da Marc-Fil Estande da Massey Ferguson e Santal Estande da Mecat

Murilo e Fabiano, da JW, com Leila, do JornalCana Cláudio Bomba e equipe da Krominox Estande Lemasa

Estande da Germek Estande da ITM Estande da ITR

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Outubro/2013 SETOR EM DESTAQUE 45

FENASUCRO É PONTO DE ENCONTRO E DE NEGÓCIOS

Estande da Rontan

Marcelo Maia e Fernando Medeiros, da Prosugar

Estande da Sage Oil Vac

Jadyr e equipe da Prozyn

Filipe e Ricardo, da Schaeffler

Estande Renk Zanini

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Outubro/2013SETOR EM DESTAQUE46

FENASUCRO É PONTO DE ENCONTRO E DE NEGÓCIOS

Jonathan, Silvana, Jefferson, Willian e Tabatha, da Uniweld

Estande da Teston

Wagner e esposa, da Sergomel

Estande da Vibrosert

Estande da Totvs

Estande da Simisa

Carlos João e Claudinei, da Raízen e João Cláudio, da Zanardo

Estande da Ubyfol

Paul, Karen e Paulo Rufino, da Stork Veco

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Outubro/2013SETOR EM DESTAQUE48

MASTERCANA RECONHECE OS MELHORES DO CENTRO-SUL

PERSONALIDADE DO ANO: Deputado Arnaldo Jardim LÍDER DO ANO: Elizabeth Farina, Diretora Presidente da Unica EMPRESÁRIO DO ANO: José Ribeiro de Mendonça, diretorpresidente da Vale do Verdão

EXECUTIVO DO ANO: Fábio Venturelli, diretor presidente da UsinaSão Martinho

DESTAQUE INSTITUCIONAL: Feplana - Federacão dos Plantadoresde Cana do Brasil, representada por Paulo Sérgio de Marco Leal,presidente

DESTAQUE INSTITUCIONAL: Copercana - Cooperativa dosPlantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, representadapor Antonio Eduardo Tonielo, diretor presidente

PROFISSIONAL DO ANO - COMERCIAL E LOGÍSTICA: Paulo JoséMendes Passos, diretor comercial da Guarani

PROFISSIONAL DO ANO - ENGENHARIA E PROJETOS: GuilhermeBarreto do Livramento Prado, assessor corporativo de tecnologia doGrupo São Martinho

MASTERCANA DESEMPENHO – ESTRATÉGIA & GESTÃO: UsinaBarralcool, representada por João Nicolau Petroni, diretor presidente

PROFISSIONAL DO ANO: COMUNICAÇÃO E MARKETING - DaisyCristina Gontijo Thiago, comunicação social e marketing da UsinasItamarati

PROFISSIONAL DO ANO - ÁREA INDUSTRIAL: Luiz AntonioMagazoni, diretor industrial do Grupo Noble, Unidade Catanduva

MASTERCANA DESEMPENHO - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO:Usina Guaíra, representada por Renato Moraes Martins

PROFISSIONAL DO ANO - ÁREA AGRÍCOLA: José Newton Vieira,gerente geral da Caeté, Unidade Paulicéia

PROFISSIONAL DO ANO - ELÉTRICA, AUTOMAÇÃO EBIOELETRICIDADE: Rogério Carlos Perdoná, da OdebrechtAgroindustrial

GESTÃO & QUALIDADE E EM TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO DEÁLCOOL: Dcoil - Destilaria Centro Oeste Iguatemi, representada porFlávio Galdino Ferreira, gerente geral

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MASTERCANA RECONHECE OS MELHORES DO CENTRO-SUL

MASTERCANA DESEMPENHO 2013 - TECNOLOGIA AGRÍCOLA:Usina Guaíra, representada por Eduardo Junqueira da Motta Luiz

MASTERCANA DESEMPENHO 2013 - CCT E MOTOMECANIZAÇÃO:Pedra Agroindustrial, representada por Walter Christian Eichel,coordenador de produção, colheita e transporte de cana

MASTERCANA DESEMPENHO - TECNOLOGIA INDUSTRIAL: UsinaCaeté S/A-Unidade Paulicéia, representada por Luiz Magno de Brito,diretor

ADMINISTRATIVO – SERVIÇOS: São Francisco Gráfica, representadapor Valdenize Uzuelle Cardoso, diretora

INDUSTRIAL - PRODUTOS E INSUMOS: Sherwin Williams Sumaré,representada por Cláudio Gabriel da Silva, gerente regional devendas

INDUSTRIAL - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Industrial - Máquinase Equipamentos, representada por José Luis Maria, diretor

MASTERCANA DESEMPENHO - TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO DEAÇÚCAR: Adecoagro Vale do Ivinhema, representada por LuizFernando Pereira Alves, gerente industrial corporativo

MASTERCANA DESEMPENHO - EFICIÊNCIA INDUSTRIAL:Pitangueiras Açúcar e Álcool, representada por Gilmar Galon,gerente industrial

MASTERCANA DESEMPENHO - BIOELETRICIDADE: Grupo Cocal,representado por Hernandes Rosa Junior

MASTERCANA DESEMPENHO - INOVAÇÃO TECNOLÓGICAAgroindustrial: Usina Guaira, representada por Otávio JunqueiraMotta Luiz

MASTERCANA DESEMPENHO - CONSERVAÇÃO E REÚSO DAÁGUA: Usina Rio Pardo, representada por Carlos Alberto Caserta,gerente industrial

MASTERCANA DESEMPENHO - Diversificação de produtos: Alcoeste DestilariaFernandópolis, Donato Henrique Derrico, gerente de novos negócios,representada por Gilberto Ranulfo da Silva, supervisor da fábrica de levedura

COMERCIALIZAÇÃO & FINANÇAS / ELÉTRICA & AUTOMAÇÃO:CPFL Energia, representada por Paulo Sérgio Javorski, diretor decomercialização de Energia da CPFL Brasil e Dennis dos SantosSouza, gerente de vendas da CPFL Serviços

ELÉTRICA & AUTOMAÇÃO: Authomathika, representada AntônioJosé de Gusmão, diretor

ADMINISTRATIVA – SERVIÇOS: MBF Agribusiness, representadapor Marcos Antonio Françóia, diretor presidente

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Outubro/2013SETOR EM DESTAQUE50

MASTERCANA RECONHECE OS MELHORES DO CENTRO-SUL

ELÉTRICA & AUTOMAÇÃO: Sanardi, representada por BeriloBezerra, diretor comercial

INDUSTRIAL - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Brumazi,representada por Marcos Fávero, diretor presidente

INDUSTRIAL - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Citrotec,representada por Bernardo Câmara Neto, diretor

AGRÍCOLA/CCT - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS/LOGÍSTICA &TRANSPORTES - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Sergomel,representada por Oswaldo Ilceu Gomes, diretor presidente

INDUSTRIAL PRODUTOS E INSUMOS: Franpar, representada porFrancisco de Assis Parisi Junior, diretor

AGRÍCOLA/CCT - PRODUTOS E INSUMOS: Ubyfol, representada porIsrael de Andrade Lyra Neto, gerente regional

AGRÍCOLA/CCT - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Vermeer Brasil,representada por Steve Heap, vice presidente Latin America e Emea

ADMINISTRATIVA – SERVIÇOS: Dias de Souza, representada porMário Luiz Oliveira da Costa, sócio

AGRÍCOLA/CCT - PRODUTOS E INSUMOS: Vtrack, representada porPaulo Alfeu Brigagão Nasser, diretor

INDUSTRIAL - MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Irbi Máquinas,representada por Paulo Sérgio Biagi, diretor geral

INDUSTRIAL - PRODUTOS E INSUMOS: Ello Correntes,representada por Luiz Carlos Zambon, diretor financeiro

INDUSTRIAL – SERVIÇOS: Reunion Engenharia, representada porTércio Marques Dalla Vecchia, CEO

ADMINISTRATIVA – SERVIÇOS: AGRHO, representada por RenatoFazzolari, diretor

FORNECEDOR MAIS INDICADO - INDUSTRIAL SERVIÇOS: SinatubTecnologia, representada por Luiz Cláudio, diretor técnico

Cores dos troféus desta edição lembram prata e ouro,representando a nobreza da cana e seus derivados

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FLAS H E S D O MASTE R CANA C E NTR O-S U L

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Outubro/2013SETOR EM DESTAQUE52

FLAS H E S D O MASTE R CANA C E NTR O-S U L

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Outubro/2013 SETOR EM DESTAQUE 53

FLAS H E S D O MASTE R CANA C E NTR O-S U L

HPB Simisa

Maurício Jorge Moisés, diretor comercial da HPB Simisa

TGM

Leonardo Matos, gerente de serviços da TGM

EQUILÍBRIO

Luís Mendes Junior, diretor comercial da Equilíbrio

PATROCÍNIO MASTER

PATROCÍNIO STANDARD

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Outubro/2013SETOR EM DESTAQUE56

Ações de responsabilidadesocioambiental e práticas de gestão das usinas são reconhecidas em noite de gala

ANDRÉ RICCI, DE SERTÃOZINHO, SP

Foi realizado em 26 de agosto de 2013 mais umaedição do Prêmio MasterCana Social, dentro daprogramação do Prêmio MasterCana Centro-Sul, emSertãozinho, SP. A cerimônia reuniu personalidades dosetor, que viram diversos trabalhos sociais seremreconhecidos.

O evento é uma iniciativa resultada da parceria entre oGerhai — Grupo de Estudos em Recursos Humanos naAgroindústria e a ProCana Brasil. Homenageia empresas eresponsáveis por iniciativas voltadas à responsabilidadesocioambiental e às práticas de gestão de pessoas dasusinas, entidades e empresas fornecedoras do setor quecontribuem para a promoção do bem estar social e dodesenvolvimento sustentável.

MasterCana Social premia o setor e suas benfeitorias

Categoria Educação e Cultura: Viralcool Açúcar e ÁlcoolCase vencedor: Festival de Teatro TPC

A Viralcool, que conta comduas unidades produtoras, foi aempresa premiada na categoria“Educação e Cultura” com oprojeto “Festival de TeatroTPC”. A iniciativa visa levarcultura e entretenimento apopulação das cidades dePitangueiras, Viradouro e TerraRoxa, todas no interior de SãoPaulo, através de peçaspopulares com textosadaptados à nossa cultura econtexto, onde as pessoaspossam se identificar com suascenas cotidianas, facilitando ainteração do público com oespetáculo despertando assim ogosto pela arte.

Sustentabilidade e Meio Ambiente: Noble BioenergiaCase vencedor: Uso Racional da Água

Com o case “Uso Racional daÁgua”, a Noble Bioenergia foi apremiada na categoriaSustentabilidade e Meio Ambiente.O projeto da empresa visa àredução do consumo preservando aqualidade da água. Para isso, aempresa investe em pesquisa,tecnologias, equipamentos,treinamentos e capacitação. NaUnidade Meridiano, por exemplo,foi construída uma estação detratamento de efluente industrialcom capacidade de 100 m³/h, comredução de até 30% dos índicesestabelecidos pelo órgão ambiental,um volume muito significativo de0,56 m³ (metro cúbico) de água portonelada de cana processada.

CASES VENCEDORES DO MASTERCANA SOCIAL 2013

Antônio Eduardo Tonielo Filho, diretor da Viralcool Sérgio Luz, diretor de Recursos Humanos

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Outubro/2013 SETOR EM DESTAQUE 57

Valorização da Diversidade: Usina Santa Isabel Açúcar e Álcool Case vencedor: Natação Adaptada

A preocupação com o acesso a práticaesportiva e ao lazer das pessoas comdeficiência do município de NovoHorizonte (SP), motivou a criação doprojeto Santa Isabel Paralímpico, da usinaSanta Isabel. O trabalho teve início em2005 na modalidade natação, quando foidesenvolvido o projeto “NataçãoAdaptada”. Já em 2012, foram atendidas38 pessoas, entre crianças, jovens e adultos,de ambos os sexos, com deficiência física,intelectual e visual dentro das duasmodalidades oferecidas.

Saúde Ocupacional: NobleBioenergiaCase vencedor: Prevenção ao Câncer de Mama

A campanha “A Importância daPrevenção ao Câncer de Mama noTrabalho da Mulher”, promovida pelaNoble Bioenergia, foi a vencedora nacategoria Saúde Ocupacional. A ação temcomo objetivo socializar, informar, orientare conscientizar todos os funcionários,prestadores de serviços e seus familiares,sobre a importância da prevenção edetecção precoce do câncer de mama. Otrabalho é feito através de palestras,orientações, cartilhas, camisetas, brindes edivulgação nos meios utilizados pela áreade Comunicação da Noble Bioenergia.

Desenvolvimento Humano: RaízenEnergiaCase vencedor: Qualificação profissional sobre rodas

O projeto “Qualificação profissionalsobre rodas” foi o case da Raízen premiadono MC Social em 2013. A ação teve inícioem agosto de 2012, quando foi inauguradoum projeto voltado para o relacionamentocom a sociedade, comunicação equalificação profissional: o Núcleo Móvel deFormação. Com a sua estrutura sobre umacarreta, a unidade móvel possui sala deaula com capacidade para atender até 24alunos e bancadas para aulas práticas eteóricas, além de equipamentos de últimageração. O objetivo é identificar asnecessidades das regiões onde estãoinstaladas as unidades de produção daempresa e promover ações para atender asdemandas. Devido a mobilidade, pode serutilizada para a qualificação profissional etambém para ações pontuais.

Qualidade de Vida: Usina SãoDomingos Case vencedor: Projeto Bem Viver

O “Projeto Bem Viver”, promovidopela Usina São Domingos, tem comoobjetivo fomentar a qualidade de vida deseus colaboradores, familiares e dacomunidade. Através de palestras, peçasteatrais, folders e dinâmicas, são geradosdebates sobre temas da atualidade,provocando o olhar crítico das pessoassobre suas atitudes. A ideia é resgatar naspessoas o valor da vida, da família, dotrabalho e de como as atitudes própriasinfluenciam em uma melhor qualidadede vida.

Paulo Dalssim Filho, da Usina Santa Isabel

Sérgio Luz, diretor de Recursos Humanos

Lúcia Teles, gerente de

Responsabilidade Social

Alzira Madalosso, Assistente

Social da Usina São Domingos

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Outubro/2013SETOR EM DESTAQUE58

Comunidade: Usinas ItamaratiCase vencedor: Projeto Voluntariado

Na categoria Comunidade, oprojeto da Usinas Itamaratidenominado “Projeto Voluntariado”foi o vencedor. E empresa realizavários eventos ao longo do ano,voltados para os empregados,familiares e comunidade. Contudo,um problema encontrado era a faltade colaboradores para ajudar naorganização dos mesmos. Foi entãoque surgiu o projeto, que trabalhaem prol do bem estar dos colegas ecomunidade, doando parte do seutempo livre sem percepção dehonorários. Hoje compõe o grupomais de 600 empregados voluntários.

Comunicação e Relacionamento: Noble BioenergiaCase vencedor: Rádio Bioenergia

Manter os colaboradores informadosdas ações que envolvem o dia a dia de umausina é uma tarefa ainda emdesenvolvimento. Neste sentido, a NobleBionenergia desenvolveu o “RádioBioenergia – Comunicação de Massa emAmbiente Interno”, criado com o objetivo delevar informações até o trabalhador rural deuma maneira clara, simples e com umalinguagem acessível, às principaisinformações relevantes ao seu dia a dia detrabalho. Atualmente o programa também étransmitido nas oficinas automotivas dasquatro unidades, atingindo assim, tambémparte da população que trabalha nasunidades industriais.

Destaque Empresa Fornecedora: ApetitCase vencedor: Cultivar e Mamãe Apetit

Pelo terceiro ano consecutivo, a empresa Apetit, queatua no segmento de refeições coletivas e se especializou naprestação de serviços de restaurantes corporativos, atuandoem diversos segmentos, conquista o MasterCana Social. Destavez, a empresa foi premiada pelos programas “Cultivar eMamãe Apetit”. O primeiro tem como objetivo desenvolver osnovos colaboradores durante o primeiro período deexperiência, preparando e orientando-os para exercer suasfunções e desenvolver-se dentro da empresa. Já o “MamãeApetit” incentiva e apoia as colaboradoras gestantes da Apetitpara a realização do pré-natal, o aleitamento materno eregistro de nascimento, através de ações de disseminação deinformações e orientações e outras ações de incentivo.

Destaque Entidade: BiocanaCase vencedor: Jovem Agricultor do Futuro

A Biocana - Associação de Produtores de Açúcar,Etanol e Energia – foi contemplada como “DestaqueEntidade”. Um dos projetos sociais desenvolvidos pelainstituição é o Jovem Agricultor do Futuro: “FormandoCidadãos e Profissionais”. Trata-se de uma iniciativa dogoverno federal que tem como objetivo proporcionar aojovem a educação profissional, básica e genéricacapacitando-o ao mercado de trabalho rural. Desde aimplantação do programa, em 2008, mais de 250 jovens jáforam atendidos. A maior parte é formada por filhos decolaboradores de quatro usinas da região noroeste doestado de São Paulo.

Empresa do ano em Responsabilidade Sócio-Empresarial: Viralcool Açúcar e ÁlcoolMaior número de cases inscritos: 9

Na categoria “Empresa do ano em ResponsabilidadeSócio-Empresarial” concorreram as empresas inscritas emno mínimo cinco categorias anteriores, mesmo que o casenão tenha sido o vencedor na categoria inscrita. A Viralcool,premiada nesta categoria, inscreveu nove cases na edição2013 do MasterCana Social.

u

vu

Cinthia Xavier Martins de Lima,

gerente de Recursos Humanos Sérgio Luz, diretor de Recursos Humanos

Marisol Chiesa, gestora do

departamento de Recursos Humanos

Leila Alencar Monteiro de Souza,

diretora-presidente da Biocana

Renata Toniello, diretora

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Outubro/2013 SAÚDE & SEGURANÇA 59

Incêndios de classe A são incêndiosem corpos de fácil combustão, quequeimam em superfície e emprofundidade, deixando resíduos, brasas ecinzas (madeira, tecido, papel, fibras,borracha, plásticos, entre outros).

Este tipo de incêndio é extintoprincipalmente pelo método deresfriamento e umidificação.

Incêndios em canaviais são incêndiosde classe A, que costumam ocorrer nosseguintes cenários: incêndio em palha decana (palhada), na área agrícola, incêndioem cana em pé, também na área agrícola eincêndio em bagaço de cana(empilhamento), na área industrial.

Nos incêndios típicos dos cenários 1 e2, o procedimento mais adotado pelosbrigadistas para conter um incêndio ouqueimada é a formação de aceiros.Denomina-se aceiro o procedimento dedesbastar um terreno em volta de umadeterminada área plantada, de modo aimpedir (graças à descontinuidade davegetação) que o fogo se espalhe e sealastre.

Os aceiros são eficientes para impedire controlar a propagação do fogo e por isto,deseja-se que eles contenham o fogo pelomaior tempo possível, de modo que asbrigadas ganhem tempo para controlar eextinguir o incêndio. A Argus desenvolveuum sistema específico para combate aincêndios de classe A, com ênfase paraoperações em canaviais. Este kit é

composto por esguichos para utilização emcanhões nos caminhões-pipa, esguichosmanuais, sistema de proporcionamento eLGE de classe A.

O LGE de classe A comercializadopela Argus é um concentrado de espumasintético, especialmente desenvolvido parautilização em incêndios florestais e

incêndios da classe A. Este tipo de LGEtem a capacidade de reduzir a tensãosuperficial da água, conferindo um poderde umectação muito maior ao agenteextintor, resultando numa rápidapenetração e aumentando o poder decontrole do incêndio. O LGE classe AArgus pode ser proporcionado com

dosagens entre 0,1% a 1%, utilizando águado mar, salobra ou água doce. O LGEclasse A Argus atende as especificações danorma NFPA 298 e é aprovado pelo USDAForest Service QPL. O produto ébiodegradável e, quando utilizado edescartado corretamente, não afeta o meioambiente.

Nos canaviais os aceiros são feitoscom auxílio de um caminhão-pipa (ououtro tipo de veículo). É muito fáciladaptar os equipamentos necessários parageração de espuma no veículo, pois o KitArgus requer poucas modificações para seradaptado, podendo ser acoplado numasaída storz já existente no veículo. Paramontar um canhão no caminhão-pipabasta trocar os esguichos ou deixá-los pré-montados. O fato da espuma só se formarna saída do equipamento preserva asdemais utilidades do veículo para outrasfunções.

Idealmente, o aceiro deverá ser feitocom um esguicho de média expansão,como ação preventiva, para evitar apropagação do fogo para os talhõesvizinhos. Em paralelo, deve-se usar umesguicho não aerado, de baixa expansãopara o combate, pois desta forma a espumanão aerada ficará mais pesada e fluirá maisrapidamente para o solo. Esta técnica éideal para incêndios em profundidade.

Argus19 3826-6670www.argus-engenharia.com.br

Devido à redução da tensão superficialda água, possui características deumectação e maior capacidade depenetração em materiais sólidos.

Longo tempo de drenagem mantém asuperfície do material combustível úmidapor maior tempo, reduzindo o risco deignição/reignição.

O colchão de espuma formadoproporciona uma barreira, que isola omaterial combustível do ar.

As maiores vantagens deste sistemasão: o aumento do tempo de resistência aofogo dos aceiros, graças ao poder desupressão do LGE de classe A, o aumentodo poder de supressão da água doscaminhões-pipa, com equipamentos defácil montagem para utilização emcombate direto, indireto, formação deaceiros frios e operações de rescaldo.

Essas duas vantagens sãoextremamente importantes se vocêconsiderar as condições quase semprepresentes nos canaviais: baixa umidade,vento e alta temperatura, que propiciamum ambiente de alto risco, bastando umafonte de calor para formar-se um grandeincêndio.

Além disso, as grandes plantaçõesestão quase sempre em regiões afastadas,distantes de fontes abundantes de água e

em terrenos abertos de fácil propagação defogo pelo vento.

Nestas circunstâncias, aumentar otempo de resistência dos aceiros e ampliara capacidade de extinção pode significar osucesso ou o fracasso no combate econtrole de um incêndio.

Mecanismo de extinção

do LGE de classe A

Adaptação ao caminhão-pipa

Argus disponibiliza kit de combate para incêndios de classe A

Bombona de LGE – Líquido

gerador de espuma classe A

Caminhão-pipa auxilia aceiros em canaviais

Kit Argus para combate a incêndios de classe A

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Outubro/2013POLÍTICA SETORIAL60

Uso de veículos comPBTC acima de 74toneladas pode exigirinvestimentossignificativos

RENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

FREE LANCE PARA O JORNALCANA

Imagine trocar toda a frota utilizadano transporte de cana em um curto prazo,mesmo que os veículos e equipamentos nãotenham idade avançada. Essapossibilidade deveria ser algo impensável eestar totalmente descartada em decorrênciadas dificuldades financeiras da grandemaioria das unidades sucroenergéticasinstaladas no país. Além disso, não é umamedida recomendada para fazer parte deuma gestão eficiente de custos.

A realidade enfrentada por usinas edestilarias em rodovias e estradas internas,principalmente em Goiás e no TriânguloMineiro, não está afastando, no entanto, anecessidade da realização de investimentossignificativos nessa área. É que a DelegaciaRegional do Trabalho (DRT) tem colocadoem prática ações fiscalizatórias – baseadasnas resoluções do Contran nº 210, 211 e258 –, exigindo que o veículo nãoultrapasse o Peso Bruto Total Combinado

(PBTC) de 74 toneladas.Tem usina inclusive que já assinou

Termo de Ajuste de Conduta (TAC),assumindo compromisso de renovação dafrota, como forma de evitar a interdição da

unidade e, consequentemente, aparalisação das atividades. Segundo LuizNitsch, diretor da Sigma Consultoria eAssessoria Automotiva, de Bauru, SP, aDRT tem autuado unidades

sucroenergéticas, alegando que otransporte de carga está fora dos padrõesestabelecidos e coloca em risco a vida dotrabalhador, ou seja, do motorista decaminhão.

Na opinião dele, esse argumento nãotem o menor fundamento. Os caminhões,disponibilizados pelos fabricantes, têmfreio, potência, suspensão – afirma – paratransportar volumes que ultrapassam oPBTC de 74 toneladas. Tanto é que essesveículos não costumam quebrar, não têmproblemas com pneu furado – enfatiza.

“Existem caminhões no mercado queapresentam Capacidade Máxima deTração (CMT) para 110, 120, 140 e até150 toneladas. Os freios, as quintas rodas,os eixos e todos os dispositivos dessesequipamentos suportam bem mais de 100toneladas”, ressalta o engenheiro mecânicoLuís Antonio Ferreira Bellini, coordenadordo Grupo de Motomecanização do SetorSucroenergético (Gmec).

O diretor da Sigma, Luiz Nitsch,observa que o PBTC legal é menor do queo PBTC técnico. Ele afirma que orodotrem, de grande porte, não temcausado, por exemplo, danos, para pontese obras de arte. “Nunca fiquei sabendo quehouve algum acidente na nossa regiãoprovocado por excesso de peso. Nuncativemos nenhum problema”, observa Derlide Sousa Prudente, gestor de Colheita,Transbordagem e Transporte (CTT) daUsina Goiasa, de Goiatuba, GO.

Rigor na fiscalização do transporte de cana gera incertezas

Luiz Nitsch, em palestra: autuações em veículos novos é preocupante

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Empresários do setoradquiriram rodotrensgrandes, aprovados peloContran, quando nãohavia restrição para ouso desses equipamentos

O maior rigor na fiscalização dachamada “lei da balança” – que é, naverdade, o apelido dado ao conjunto deresoluções que regulam o transporte decarga – tem gerado transtornos einquietações no setor sucroenergético.“Esqueceram de uma coisa: muitosempresários compraram, de boa fé,equipamentos grandes para transportarcana. Não havia a menor restrição”,comenta Luiz Nitsch. Eles investiram emrodotrens, cujas caixas de carga de 11,8metros e 12,5 m de comprimento, por 4,2 mde altura e 2,4 m de largura, acomodam –detalha – quando cheias, mais de 90 m decana picada. Os equipamentos chegam aapresentar um Peso Bruto Total Combinado(PBTC) superior a 100 toneladas.

O que as usinas que adquiriram essesmodelos, de grande porte, vão fazer agoracom os equipamentos? – indaga o consultor.Se nada for feito para mudar essa situação,o setor – alerta – terá um prejuízo“gigantesco”. Luiz Nitsch observa que o

Conselho Nacional de Trânsito (Contran)aprovou esses equipamentos. Se isto nãotivesse acontecido, os fabricantes deimplementos rodoviários não poderiamcomercializá-los. “Todos sabiam muito bemo volume e o peso que caberiam ali dentro,pois a caixa de carga tem dimensõesdefinidas”, afirma. De acordo com ele, não écomplicado fazer o cálculo do PBTC,levando-se em consideração a densidade dacana picada.

Para atender as exigências da lei dabalança, que passou a ser aplicada de uma

hora para outra, as usinas precisariamreduzir as caixas de carga para diminuir ovolume de cana transportada. “É surreal.Até o ano passado, a gente pegava orodotrem pequeno e ‘espichava’ para torná-lo grande, para caber mais carga. Agora,vamos ter que fazer o inverso. Precisaremospegar o rodotrem grande e transformá-lo empequeno”, diz.

Essa nova situação vai gerar algunsinconvenientes. Haverá necessidade deaumentar o número de caminhões paratransportar a mesma quantidade de cana.

Será preciso também ampliar o quadro demotoristas, mecânicos, folguistas. “O cavalomecânico que o veículo utiliza hoje é de 500cv. O equipamento vai ficar com um cavalomecânico superdimensionado para puxaruma carga pequena. Um de 360 cv puxatranquilamente 74 toneladas”, informa.Segundo ele, a unidade sucroenergética queadquiriu equipamento de grande porte, vaiter parte do investimento não aproveitado.“É a mesmo caso de uma usina que nãoaproveita totalmente a sua plantaindustrial”, compara. (RA)

Lei da balança tem dois pesos e duas medidas

Um problemão: empresários compraram, de boa fé, equipamentos grandes para transportar cana e não havia restrição

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Se o setor não se mobilizar,fiscalização poderá chegar em SãoPaulo e outros estados

A grande maioria das usinas ainda não se atentou para aameaça que ronda o setor, porque o problema está, até agora,mais localizado (Goiás e Triângulo Mineiro), afirma LuísBellini, que é também diretor da Belmec Consultoria eAssessoria Agrícola, de Assis, SP. “A sensação que eu tenho éque todo mundo está esperando para ver o que acontecerápara tomar uma atitude”, comenta. Na opinião dele, o setorprecisa se mobilizar e se organizar tecnicamente para mudar aresolução. De acordo com Bellini, o Gmec já começou adiscutir essa questão.

“Das 400 usinas existentes no país, 15 estão sofrendo na‘pele’ o problema. Se o setor não se mexer, a fiscalização vaichegar em São Paulo e outros estados”, alerta Derli Prudente,gestor de CTT da Usina Goiasa. Essa situação pode seralterada somente a partir da mobilização das entidadesrepresentativas das unidades e grupos sucroenergéticos,enfatiza Luiz Nitsch. “É preciso fazer uma pressão uníssona,sincronizada e homogênea”, afirma.

A questão de segurança, alegada pela fiscalização daDRT, não se sustenta, ressalta Luís Bellini. Além dascomposições apresentarem condições técnicas para carregarmais de 100 toneladas, há um outro fator – destaca – que deveser levado em consideração. Quem está se preocupando com odobro da quantidade de caminhões que vai circular nasestradas? – questiona. Ele lembra que o setor tem dificuldadede contratar mão de obra especializada nessa área. “Corremoso risco de dobrar a quantidade de motoristas, colocando nomercado profissionais sem experiência ou com poucaexperiência. Se a questão é segurança, vamos entrar numaseara muito mais complicada”, avalia.

Enquanto não surge uma solução definitiva para esseimpasse, a flexibilização da “lei da balança” pode ser umaalternativa para amenizar o problema. Segundo Luiz Nitsch, arestrição ao uso de rodotrem, de grande porte, poderia ocorrerpara equipamentos adquiridos daqui para a frente. Mas, quemjá tem, poderia continuar usando pelo menos por umdeterminado prazo, durante cinco, seis ou sete anos –exemplifica – para que ocorra o aproveitamento doinvestimento já realizado. “As usinas já não estão boas daspernas. Estão com dificuldades financeiras sérias”, diz ele, que

rechaça com veemência a mudança de atitude de uma horapara outra.

O retorno da frota formada por equipamentos de pequenoporte, com o biminhão e o treminhão pequeno, vai elevar ocusto do transporte de maneira significativa – adverte –,porque a tonelada vai ficar mais cara. “O custo hoje é entre25% e 33% da cana entregue na esteira da usina. Se alterar afrota, esse custo vai para 38% a 40%”, compara. (RA)

Somente pressão uníssona e

homogênea muda a situação

Aumento do número de eixos é alternativa paraequacionar problema

Para quem possui equipamento de grandeporte, uma opção pode ser a realização de umamudança que custa em torno de R$ 90 milconforme projeto elaborado por Luiz Nitsch. “Emvez de 9 eixos, é possível colocar 12. A distribuiçãopor eixo fica até abaixo do que a lei da balançapreconiza. Mas, o Peso Bruto Total Combinado(PBTC) não. Será aproximadamente de 100toneladas, infringindo a resolução. Por isso, épreciso dar uma flexibilizada. Senão, as usinas vãoter que jogar fora tudo o que têm hoje?” – questiona.

Derli Prudente, da Usina Goiasa, defende anecessidade da Câmara Temática de AssuntosVeiculares do Contran aprovar o equipamento commudanças de eixos, como alternativa paraequacionar os problemas em relação à “lei dabalança”. Essa unidade sucroenergética deGoiatuba está testando há três anos um rodotrem-protótipo, a partir da modificação de eixo de acordocom a proposta de Luiz Nitsch. “Operacionalmentenão há restrição nenhuma. Na situação em que seencontra hoje, está irregular igual aos outros. Oequipamento precisa ser homologado”, comenta.

Em decorrência da aplicação da “lei dabalança”, a Goiasa está respondendo processo,porque a carga transportada pela usina estariatambém, segundo a autuação da DRT,apresentando problemas de segurança. “A lei dabalança está sendo aplicada até em estrada interna.Mesmo no caso do transporte de cana nas estradasde usinas, é preciso obedecer também o limite de 74toneladas Tem uma lei muito antiga, que fala desselimite, para conservação de pavimentos e de obrasde arte, pontes”, comenta Derli Prudente, gestor deCTT da Goiasa.

Segundo ele, a usina está contestando o usodessa lei de conservação do pavimento parasegurança, porque o equipamento permitetrabalhar com um peso maior. “Por que o veículotem que andar dentro de uma estrada da usina com74 toneladas se o equipamento permite transportarcom segurança 100 toneladas? Nesse caso, ocaminhão nem trafega em obra pública. Estãofiscalizando tudo, usando até o tíquete da balançada usina como comprovante”, diz. (RA)

Luís Bellini: setor precisa se organizar e mudar a resolução

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Setor quer extensão da subvenção do Nordeste ao Centro-SulAto Público reúne maisde 600 participantes, quepedem mudanças para a retomadacanavieira acontecer

ANDRÉ RICCI, DE SERTÃOZINHO, SP

Centenas de produtores canavieiros,assim como lideranças governamentais edo próprio setor, estiveram presentespara o“Ato Público em Defesa daCadeia Produtiva Sucroenergética”. Amanifestação aconteceu em 30 deagosto, em Sertãozinho, interior de SãoPaulo.

Os problemas que seguematrapalhando a expansão do segmento eameaçam, inclusive, sua sobrevivência,fizeram com que entidades de classeelaborassem uma carta apontando aimportância do setor, assim como asações necessárias para sua retomada.Nesta, consta que o segmento emprega,diretamente, 2,5 milhões detrabalhadores, reúne cerca de 400usinas, 80 mil fornecedores de cana e 4mil indústrias de base, distribuídos emmais de 600 municípios brasileiros. “Osetor canavieiro necessita urgentementede um subsídio para a sobrevivência dosprodutores e de políticas públicas quevenham a tornar o setor viável, uma vezque 80% dos produtores de cana-de-açúcar são médios e pequenos”, afirmouArnaldo Bortoletto, presidente daCoplacana - Cooperativa dosPlantadores de Cana do Estado de SãoPaulo.

Como ação emergencial, a cartaindica que seja estendido ao etanol e acana-de-açúcar em todo o país os termose as subvenções descritas na medidaprovisória 615, relativas ao Nordestebrasileiro.

Já em caráter vital, o documento

pede que seja levado ao etanol otratamento isonômico na formação depreços que se dá à gasolina, ou mesmodesatrelar seus preços, oferecendoisonomia de mercado aos fornecedoresdos dois combustíveis. “Visivelmente oatual governo não se importa em usar aprodução sucroenergética para combatera inflação. É preciso que a PresidenteDilma e seu governo entendam que osetor não pode ser tratado de qualquermaneira”, aponta Josias Messias,presidente da ProCana Brasil.

O documento será levado ao Paláciodo Planalto, em Brasília, DF, tendocomo objetivo informar, mais uma vez, apresidente Dilma Rousseff sobre a atualsituação do segmento. “Será que umsetor que gera tantos empregos, emtantas áreas, não interessa ao país? Nãoqueremos achar culpados, mas sim,resolver o problema. Se ele é fruto deoutros mandatos, não interessa. Quemprecisa resolver é quem está nocomando agora”, afirmou AdézioMarques, ex-presidente do Ceise Br –Centro Nacional das Indústrias do SetorSucroenergético e Biocombustíveis.

Ainda durante o manifesto, foiproposta a criação da chamada “FrenteParlamentar em Defesa do SetorSucroenergético”, nos âmbitos daAssembleia Legislativa do Estado de SãoPaulo e do Congresso Nacional. Ainiciativa tem como autores osdeputados estaduais Welson Gasparini eRoberto Morais, e também os deputadosfederais Arnaldo Jardim, Mendes Thamee Duarte Nogueira.

Durante o evento, diversosrepresentantes do setor sugeriram que osegmento una forças e vá para Brasíliadefender seus diretos. O JornalCana,juntamente com todos estesparticipantes, apoia a iniciativa e pedesua participação. Participe, assinando aPetição Pública através do linkwww.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N43843.

Lideranças expressivas do setor estão à frente do movimento

Ato Público em Sertãozinho pede apoio maior para a retomada do setor

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Política de preçosconduzida pela Petrobrasé mortal para setor,afirma Aécio Neves

ALESSANDRO REIS, DA REDAÇÃO

Em visita a Ribeirão Preto, na noite de23 de agosto, o presidente nacional doPSDB, e possível candidato a Presidênciada República, Senador Aécio Neves, disseque a atual política de preços conduzidapela Petrobras tem sido mortal para o setorsucroenergético.

O JornalCana publica esta entrevistacomo a primeiro de uma série que fará compossíveis candidatos a Presidência daRepública, trazendo o que pensam arespeito do setor sucroenergético brasileiro.

De acordo com Aécio Neves, o setorpassa por uma crise enorme e sofre tambémum descaso gigante do Governo Federal.“Tivemos ao longo dos últimos 12 meses ofechamento de pelo menos 30 usinas, eoutras poderão ser fechadas até o finaldeste ano. Isto, porque não háplanejamento por parte do Governo, queprefere investir no combustível fóssil, muitomais poluente, sobre o qual nós nãodetemos o controle, e abandonou um dosprojetos de maior êxito construído nasúltimas décadas", afirmou Aécio.

O senador disse durante a entrevistacoletiva, que há muita disposição do PSDBem dialogar com o setor e formular políticaspara o futuro. "É o que estou buscandofazer. Devo me encontrar aqui em RibeirãoPreto com alguns representantes do setorpara ouvi-los", comentou.

Aécio, que veio ao município dar inícioa uma série de encontros regionais que farápelo país, também opinou sobre a volta daCide - Contribuição de Intervenção noDomínio Econômico, na gasolina. "A Cidefoi aprovada quando eu era líder do

governo na gestão presidencial doFernando Henrique Cardoso, e é um doscaminhos para realavancar o setorsucroenergético, mas não é o único. Precisahaver planejamento, garantia de preços,estímulos ao produtor e não riscospermanentes, como vem acontecendo hoje,e uma gestão mais eficiente e mais realistana Petrobras, que não existe, desde que oPT a aparelhou de forma nociva aosinteresses do país e especialmente aos dosegmento sucroenergético", criticou.

Quanto a matriz energética do país,Aécio disse que estando no governo o PSDBquer priorizar uma matriz renovável, e queos investimentos serão focados nisto.

Biagi descarta volta da Cide mas crê emaumento da gasolina

O emblemático empresário do setorMaurílio Biagi Filho - presente no encontrodos correligionários tucanos - garantiu queum aumento da gasolina nos próximosmeses será inevitável. "A Petrobras estáperdendo competitividade, por isto, seráinevitável um aumento da gasolina. Masdescarto a volta da Cide, já que o aumentodo combustível seria ainda maior com a

volta do tributo. Mas é um absurdo o fato dese ter retirado a Cide de um produto como agasolina. Isto nunca poderia ter acontecido",indignou-se.

Para Maurílio Biagi, o setor deveria serprioridade no governo, como prometeu apresidente Dilma, meses atrás, em reuniãodo Conselho de DesenvolvimentoEconômico e Social da Presidência daRepública. "A promessa não foi cumprida. Enão há nenhum projeto que demostre queisto irá acontecer", enfatizou. Perguntado seuma mudança partidária no governo federalem 2014 pode ser positiva ao setor, oempresário respondeu: "Toda alternância depoder é importante".

“O SETOR SOFRE UM DESCASO GIGANTE”

Aécio Neves e correligionários em Ribeirão Preto, SP

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Peneiras rotativas têm semostrado eficientes naremoção de impurezasque acompanham o caldo

FULVIO PINHEIRO MACHADO,

DE SÃO CARLOS, SP

CONSULTOR DO JORNALCANA

A obtenção de um caldo limpo, livrede impurezas, é fundamental para aobtenção de um açúcar de alta qualidade.O mesmo acontece em relação a produçãodo etanol, já que impurezas podeminterferir também no processofermentativo.

A mecanização da colheita de canatem trazido grandes benefíciosambientais, pela eliminação da queima dapalha da cana, possibilitando seu uso paraa geração de um excedente de energiacomercializável. Outro aspecto positivodessa técnica foi a eliminação da lavagemde cana, reduzindo a demanda de águapela indústria, fato que representa umganho na conservação das fontes desselíquido.

No entanto, a colheita mecanizada, emque pese suas vantagens, tem produzidoum aumento de impurezas vegetais eminerais trazidas à indústria

adicionalmente à cana-de-açúcar, o quetem implicado no uso de novas técnicas eequipamentos na recepção de cana.

Com o aumento do índice de preparode cana (open-cells) pelos modernossistemas de preparo de cana com

desfibradores foi vantajoso, pelo maioríndice de extração obtido no conjunto demoendas, no entanto, também aumentou apreocupação com o bagacilho no caldoextraído.

As peneiras rotativas têm se mostrado

altamente eficientes na remoção deimpurezas que acompanham o caldo, alémde possuírem uma grande superfíciefiltrante, permitem uma limpeza e assepsiaadequadas.

A Equilíbrio, empresa de Sertãozinho-SP, ao longo dos anos tem desenvolvidosua linha de peneiras especialmenteprojetadas para a filtragem do caldo misto,inclusive fabricando as telas de ranhuraslongitudinais em aço inoxidável, queconferem maior robustez e imunidade àcorrosão.

Um aperfeiçoamento desse sistemaintroduzido pela Equilíbrio foi o uso deuma segunda peneira, a PRP-PeneiraRotativa à Pressão, com tela de malha maisfina, operando à pressão. Deste modo, ataxa de retenção de sólidos aumentouadicionalmente em 60%, em minerais ematéria orgânica, representada pelobagacilho.

Segundo Luís Mendes Júnior, diretorComercial da Equilíbrio, “São muitos osganhos proporcionados por um segundopeneiramento utilizando a PRP. Com aretenção dos bagacilhos e minerais queprejudicavam o restante do processo épossível identificar menor manutenção nostrocadores de calor, nas bandejas dacoluna de destilação e também nascentrífugas de vinho. Analisando afermentação, identificamos ainda, menosimpurezas no mosto, melhorando aeficiência da fermentação”.

Novas técnicas ajudam a livrar o caldo de impurezas

Luís Mendes Júnior exalta peneira rotativa: limpeza e assepsia adequadas

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As usinas sucroenergéticas e osfabricantes de equipamentos têm seesforçado no sentido de procurar novassoluções visando não só o aumento daeficiência energética, mas também aredução do uso de recursos naturaiscomo a água. Essas novas tecnologiasnão só proporcionam a redução decustos, mas também têm reflexospositivos na questão do meio ambiente.

Uma dessas novas soluções é o usode condensadores evaporativos emsubstituição aos clássicos sistemas deobtenção de vácuo, tais como osmultijatos e os condensadoresbarométricos, nos conjuntos deevaporação e nos cozedores.

A Citrotec, empresa sediada emAraraquara, detém uma largaexperiência no projeto de sistemas deevaporação para a indústria de cítricos etambém no desenvolvimento deconjuntos de evaporação para vinhaça,disponibiliza condensadoresevaporativos para o uso emevaporadores de múltiplo-efeito ecozedores usados na indústriasucroenergética. Esse equipamento podeser instalado também em turbinas decondensação, como as que são usadaspara a produção de energia elétrica namodalidade de cogeração.

O Condensador Evaporativo é umequipamento autônomo, de altaeficiência, que dispensa o uso de fontesexternas de água, eliminandoconsequentemente a captação e obombeamento de água que seriamnecessários aos sistemas convencionais.Torres de resfriamento, sprays,aspersores, sistemas de bombeamento eseus acessórios tornam-se desnecessárioscom o uso do condensador evaporativo.

“Esse sistema pode ser instaladopara um ou mais cozedores de açúcar,como, por exemplo, foi o caso da UsinaSanta Isabel, localizada em NovoHorizonte-SP, que instalou uma unidadede Condensador Evaporativo paraatender a produção de vácuo necessáriaa dois cozedores com capacidade de500hl cada.”, exemplifica EduardoCorrêa da Silva, do DepartamentoComercial da Citrotec.

“A Citrotec também projeta efabrica sistemas de evaporação emmúltiplo-efeito construídos com atecnologia de névoa turbulentadescendente para evaporação de caldoem usinas sucroenergéticas. A tecnologiaempregada é a mesma utilizada nossistemas de concentração de vinhaçaEcovin e Ecovin JL produzidos pelaempresa.”, complementa Silva. (FPM)

Condensadores evaporativos reduzemo consumo de energia e água

Condensador evaporativo instalado na Usina Santa Isabel

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Novas tecnologias introduzidas naprodução do açúcar têm possibilitado aconstrução de fábricas mais compactas ecom um alto grau de automatização. Essasnovas técnicas vieram simplificarconsideravelmente as fases de cozimento ecristalização quando comparadas com asfábricas convencionais, que necessitam dapresença de operadores junto aoscozedores para manobrar as múltiplasválvulas de descarga, limpeza, corte, entreoutras, de acordo no andamento doprocesso produtivo.

A introdução dos cozedores contínuos,tanto para massas de baixa como de altapureza, têm possibilitado uma redefiniçãodos conceitos há muito utilizados naconstrução de fábricas de açúcar,resultando em fábricas com operaçãosimplificada pelo maior nível deautomatização empregado em relação àsconvencionais.

Uma vantagem que se destaca ao usaro cozimento contínuo, para qualquer tipode massa, está implícito em suadesignação, ou seja, é um processocontínuo, sem interrupções, o que por si sótraz uma série de vantagens em relação aoscozedores do tipo bateladatradicionalmente empregados desde oadvento das “usinas” que substituíram osengenhos. Nas usinas brasileiras, oscozedores contínuos com feixes tubulareshorizontais são os mais empregados.

Outra característica do cozimentocontínuo é evitar picos de consumo devapor, que afetam os níveis de sangria daevaporação, alterando o consumo de vaporde escape e que fazem variar o brix doxarope que está sendo produzido.

Além disso, o tacho ou cozedor embateladas é vaporizado de três a oito vezespor dia gerando água doce que significadiluição no processo, além do aquecimentoe desaquecimento sistemático doequipamento, o que também significaconsumo de vapor.

Em comparação, o cozedor contínuopode operar sem parar, em média, até oito

semanas para massa C, quatro semanaspara massa B e duas semanas para massaA, dependendo da pureza das massascozidas processadas.

Como são totalmente automatizados,não necessitam de operador. Alguns tachosem bateladas são parcialmenteautomatizados, e poucos totalmente, comtodas as válvulas operando de formaautomática. Portanto, uma comparaçãocorreta entre as duas modalidades decozimento, deve levar em conta um tachoem bateladas totalmente automatizado.

As máquinas centrífugas para aprodução de açúcar são outrosequipamentos que têm evoluídoconsideravelmente nos últimos tempos,

tanto em capacidade como nas facilidadesde operação, chegando às modernasmáquinas que hoje representam o estadoda arte.

A introdução de sistemas de lógica econtrole baseados em microprocessadortrouxeram maior simplicidade tantoelétrica como operacional em relação aosantigos painéis com temporizadores econtatores. O uso de conversores defrequência no acionamento dos motorespermitiram um melhor controle e eficiênciana aceleração e desaceleração, reduzindo otempo necessário para cada ciclo.

Na produção de açúcar, depois detodos os cuidados havidos durante seuprocessamento nos diversos setores da

indústria, é chegada a hora de se fazer asecagem, que é a última fase do processoprodutivo na indústria.

Embora, a princípio isto pareçasimples, é nesta fase que se deve garantir aqualidade daquilo que foi produzido.

Um teor de umidade inadequadopode fazer com que o açúcar se torneamarelecido. Secadores mal projetados ouoperando fora de suas especificaçõespodem tornar os cristais opacos, resultandoem um produto de qualidade inferior.

Portanto é fundamental que a indústriaseja equipada com um secador que evitedegradar o produto, e que tenha capacidadesuficiente para manusear adequadamente aprodução da indústria. (FPM)

Novas fábricas de açúcar comprovam maior eficiência

Fábrica de açúcar da Usina Angélica, dotada de cozedor contínuo

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Houve um tempo em que o pagamento de cana aofornecedor era feito exclusivamente por pesagem diretada matéria-prima através da balança na entrada dausina. Como se pode deduzir, a simples pesagem nãolevava em conta o teor de sacarose e de açúcarredutores que em última instância são efetivamente asmatérias-primas que vão ser transformadas em açúcar eetanol.

Após muitos estudos e discussões entre usinas efornecedores de cana, acabaram sendo padronizadosmétodos e equipamentos pelo Consecana que é umaassociação formada por representantes das indústriasde açúcar e álcool e dos plantadores de cana-de-açúcar,que têm como principal responsabilidade zelar pelorelacionamento entre ambas as partes.

Para isso, o Conselho criou um sistema depagamento da cana-de-açúcar pelo teor de sacarose,com critérios técnicos para avaliar a qualidade da cana-de-açúcar entregue pelos plantadores às indústrias epara determinar o preço a ser pago ao produtor rural.

Pelo sistema, o valor da cana-de-açúcar se baseiano chamado Açúcar Total Recuperável (ATR), quecorresponde à quantidade de açúcar disponível namatéria-prima subtraída das perdas no processoindustrial, e nos preços do açúcar e etanol vendidospelas usinas nos mercados interno e externo.

O Consecana normatizou equipamentos, métodos,análises e fórmulas padronizadas para se determinar opreço a ser pago pela matéria-prima.

A IRBI Máquinas e Equipamentos Ltda., sediadaem Araçatuba-SP, produz uma linha completa deequipamentos para amostragem e preparo da matéria-prima de acordo com as normas do Consecana, além deesteiras transportadoras.

Para a amostragem da cana em caminhões, a IRBI

desenvolveu e fabrica uma sonda do tipo oblíquo, a FB-06, que apresenta vantagens em relação as lateraisconvencionais, sendo capaz de retirar a mostra em 1minuto e 30 segundos.

Outros itens de produção da IRBI são oDesintegrador DM-540 para desfibrar a cana, dotado de

motor de 15 CV e o Homogeneizador HM-250 quefinaliza o preparo da amostra. Para o laboratório depagamento de cana, a IRBI ainda produz o DigestorCD-7000, construído em aço inoxidável com facas demodelo sul-africano e o Agitador AG-4000 dotado de 2copos e temporizador eletrônico integrado. (FPM)

Homogeneizador facilita no preparo da amostra para pagamento da cana

Homogeneizador HM-250

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Novos projetos utilizando biomassacomo fonte de energia têm se destacadonos últimos tempos, possibilitandoganhos em relação a preservação domeio ambiente e trazendo perspectivaspositivas também no campo econômico.

A Areva Renewables, subsidiária damultinacional francesa no Brasil, temmarcado presença de forma pioneira emvários projetos que utilizam fontesalternativas para produzir energia, comoo bagaço da cana-de-açúcar, resíduos demadeira, casca de arroz, gás de alto-forno, dentre outros. Hoje sua operaçãoabrange todo o território nacional etambém os países da América Latina.Para atender a essa demanda, acompanhia possui no Brasil uma sede noRecife e filiais em São Paulo, São José doRio Preto, Maceió e no Panamá naAmérica Central.

Seu mais recente contrato defornecimento foi realizado com aGranBio, produtora de biocombustíveis ebioquímicos, para implantação de umasubestação em sua planta industriallocalizada em Alagoas.

O projeto, intitulado Bioflex 1, seráconstruído no município de São Migueldos Campos, distante a 60 quilômetrosde Maceió-AL. Essa planta vai aproveitaro bagaço e a palha da cana-de-açúcar

para fabricação de etanol celulósico, quetambém é denominado de 2G, ou etanolde segunda geração.

Essa é uma instalação pioneiranesse segmento na América do Sul. Essaplanta da GranBio terá capacidade paraproduzir 82 milhões de litros de etanolpor ano.

A Areva Renewables foi contratadapara fazer o fornecimento namodalidade turn-key e construirá umasubestação com potência instalada30MW, em tensão de 69/13,8 kV, alémda baia de conexão da concessionária e alinha de transmissão de 2 km em 69kV.

“O conhecimento acumulado emsistemas e soluções para projetos deenergias renováveis ao longo dos quase38 anos de atuação no setor, reitera aconfiança do cliente em nossosserviços.”, destaca André Salgado,presidente da Areva Renewables Brasil.

Outro projeto pioneiro realizadopela Areva foi a Unidade Termoelétricada Usina Seresta (UTE), a primeira naRegião Nordeste a utilizar a palharesultante da colheita da cana-de-açúcar na geração de energia localizado no município de TeotônioVilela em Alagoas. A UTE da UsinaSeresta tem uma capacidade instaladade 53MW. (FPM)

Subestação de energia é aliada noprojeto de obtenção do etanol 2G

André Salgado: projetos utilizam fontes alternativas para produzir energia

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Sermatec Zanini apresentou novidades ao mercadoNovas parcerias, além daformalização do novopresidente, são osdestaques da empresa

DA REDAÇÃO

A Sermatec Zanini apresentou, em 28de agosto, novidades ao mercadosucroenergético. A empresa aproveitou arealização da Fenasucro, em Sertãozinho,SP, para falar sobre suas novas parcerias,além de oficializar seu novo presidente,Dario Costa Gaeta, antigo CEO da ParaísoBioenergia.

Além da assinatura de contrato emsetembro do ano passado com a antigaparceira Foster Wheeler, empresa dosEstados Unidos considerada referênciaentre as fabricantes de caldeiras de média ealta pressão da América Latina, a Sermatecdivulgou nova parceria com a tambémnorte-americana MTR – MembraneTechnology Research.

Localizada na Califórnia, a empresa éespecializada na produção de membranaspara equipamentos de separação eprocesso. Quando instalada na destilariada usina, o produto aumenta em pelomenos 10% a produção de etanol anidro.“Ela parece ser simples, mas instalando

essa membrana em linha com a destilariada usina ela traz resultados significativosno processo. Para a unidade que opera emsua capacidade máxima, a tecnologia é o‘pulo do gato’, já que com poucoinvestimento, você aumenta em 10% suacapacidade”, disse Gaeta.

Por serem permeáveis à água, asmembranas desidratam o etanol numprocesso contínuo e eficiente que aindaacarreta numa redução do consumo deenergia em até 50% quando comparadoaos modelos tradicionais de desidratação,destilação extrativa ou peneira molecularde secagem.

E são de novidades que o segmentoprecisa. De acordo com o representante, omomento é de pensar em soluções queretomem os níveis de produtividadealcançados num passado recente.“Fabricamos açúcar e álcool há 500 anosda mesma maneira. Precisamos parar dereclamar e trazer soluções. A SermatecZanini trará novidades que ajudem o setora melhorar os resultados”, afirmou DarioGaeta.

Sobre o futuro, Gaeta se mostrouotimista e empolgado com o desafio. “Aquitemos foco em novas tecnologias e vamostrazer aquilo que o setor precisa e carece.Queremos tornar a empresa umareferência, para que quando o clienteprecise de uma solução que revolucionesua usina, nós estejamos prontos paraapresentá-la”, finalizou. Dario Costa Gaeta é o novo presidente da Sermatec Zanini

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Atividade desempenhapapel importante naredução de gastos emaximização daeficiência e daprodutividade

RENATO ANSELMI, DE CAMPINAS, SP

FREE LANCE PARA O JORNALCANA

O preço e o custo são duas grandesvariáveis que impactam diretamente nosresultados e na condução dos negócios nosetor sucroenergético, observa AntonioRigolo, responsável pela Controladoria daOdebrecht Agroindustrial. Como o preçodo etanol e do açúcar não está sobdomínio das unidades e gruposprodutores, resta contar com uma gestãomais efetiva dos custos e processosinternos – constata – visando a reduçãodos gastos e a maximização da eficiência eprodutividade. “Nesse sentido, acontroladoria desempenha papelfundamental e tem despertado cada vezmais interesse do setor pelos profissionaisdessa área”, enfatiza.

A controladoria gera informaçõesprecisas, com excelência e rapidez,fornecendo subsídios para a tomada de

decisões, de maneira mais fundamentada,por parte da administração da empresa,afirma. Segundo ele, essa área apoia as

iniciativas de negócios da organização,promovendo e garantindo a integridadedos resultados econômico-financeiros, as

definições de padrões de controle eintegração de processos, a gestão dos riscosfinanceiros e operacionais, além dauniformidade e aplicação das melhorespráticas contábeis.

“A inexistência de uma controladoriaeficiente dentro da organizaçãocompromete sensivelmente a gestãoempresarial, uma vez que as informações,de um modo geral, estarão espalhadas nasdiversas áreas e, mais do que isso, semuma ‘tradução’ financeira, direcionadaaos resultados do negócio”, alerta.

A partir da aplicação de um conceitomais moderno, a controladoria pode ter aresponsabilidade de apontar, desenvolvere contribuir para a implementação dosprocessos internos, desde a produção até opós-venda de produtos e serviçosoferecidos pelas empresas, explica ValdirLecca, controller administrativo daOcupantes - Corporate Real Estate, de SãoPaulo, SP. “Isso é possível já que elapossui conhecimentos e detém todas asinformações necessárias para este fim”,afirma.

“Na prática, a controladoria pode serdefinida como uma ferramenta que reúneas competências necessárias paraimplementar procedimentos de controle erotinas de funcionamento, além dedetectar e diagnosticar desvios, aplicandoas correções indispensáveis para a boasaúde de toda e qualquer organização”,destaca.

Controladoria é fundamental para a gestão de custos

Valdir Lecca, da Ocupantes: acompanhamento da produção ao pós-venda

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As informações geradas esistematizadas pela controladoria sãoestratégicas para o processo de gestão dasempresas. A análise das informações eresultados, feita pela controladoria,possibilita a identificação dos principaisitens que exigem atenção especial, sejameles econômicos, financeiros ouoperacionais, segundo Antonio Rigolo, daOdebrecht Agroindustrial. “Além disso, acontroladoria tem a expertise de apontareventuais falhas nos processos internos quepodem propiciar, caso sejam corrigidas,condições mais favoráveis para que asmetas estabelecidas sejam alcançadas”,afirma.

A controladoria é uma áreaconcentradora e coordenadora dasinformações sobre gestão econômica,porém não substitui a responsabilidade dosgestores pelos resultados obtidos naempresa, observa Antonio José de Paula,gerente de controladoria e controle agrícolada Usina Rio Pardo, de Cerqueira César,

SP. Segundo ele, a controladoria devepossibilitar a visualização do PDCA((Planejar-Executar-Verificar-Ajustar; doinglês: Plan - Do - Check - Act) em suaplenitude no processo. A equipe de gestoresprecisa ter um amadurecimento – ressalta –capaz de analisar os números para fazer asdevidas correções.

“A controladoria deve ter a expertisede criar, gerar cenários e visões, seja deresultado financeiro, produção, qualidade,eficiência e/ou rendimentos com subsídiosembasados para tomada de decisão”,comenta. Outras ações estão relacionadas –observa – ao planejamento, execução,controle e sugestão de medidas paraeliminar do processo as atividades que nãoagregam valor, que apresentam riscosainda não visíveis à gestão.

A controladoria tem condição deidentificar custos que estão sendoagregados às atividades que o gestor daoperação não consegue visualizar, diz ogerente da Rio Pardo. “Quando está sendo

feito um preparo do solo, um plantio ou atémesmo a colheita, o foco está voltado, emmuitas ocasiões, ao rendimentooperacional da máquina, considerandomuito esse custo operacional. O gestoresquece que para executar a operação,existem muitos valores indiretos queacabam até deixando a operação inviável”,avalia.

Na operação da colheita, o gestordeixa de computar, em alguns casos, ocusto do trabalho do coordenador, que estárodando os locais com um veículo –detalha. Esquece também do caminhão-oficina, comboio, prancha, que estãopercorrendo a propriedade. Antonio Joséde Paula enfatiza que devem serconsiderados todos os valores que integramo processo de produção. Além disso, épreciso fazer a análise de viabilidade paratodas as atividades. A partir daidentificação dos custos reais é possívelinclusive adotar medidas adequadas parareduzi-los. (RA)

Trabalho incluiconceitos deconvivência equalidade de vida

A boa prática de controladoria não sededica apenas aos conceitosadministrativos e financeiros, mastambém se preocupa com o atendimentoa todas as áreas de influência da empresa,inclusive as que estão relacionadas aoaspecto das necessidades humanas dosseus colaboradores, afirma Valdir Lecca.“Vale lembrar que os grandes avanços emconceitos de convivência e qualidade devida, observados nas empresas maismodernas da atualidade, assim como aotimização e a eficiência da cadeiaprodutiva são fruto de estudos e análisesdo que produz a controladoria em suaamplitude”, diz. (RA)

Atividade fornece subsídios para a correção de falhas

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Crise exige redução decustos e aprimoramentode processos

Em períodos de crise, as atividadesdesenvolvidas pela controladoria tornam-seainda mais relevantes. Aumenta anecessidade de se controlar determinadoscustos e despesas de uma maneira maisprecisa e minuciosa, identificando o querealmente está onerando e impactando osresultados econômico-financeiros daorganização, segundo Antonio Rigolo,responsável pela Controladoria daOdebrecht Agroindustrial. Nestas situaçõesdiversos processos devem ser maximizadose aprimorados – diz – para que sejapossível capturar sinergias e evitar perdas.

“A crise trás consigo o descontrolecausado pela falta de tudo o que é mais básicoem uma sociedade. Existem na história dahumanidade muitos exemplos de carência equeda de grandes potências, porque alguémse esqueceu de controlar e organizar de formainteligente a sua própria força”, relata ocontroller Valdir Lecca. Ele observa quealgumas empresas nascem em meio aprocessos de crise e depois se esquecem de sepreparar para quando outra crise chegar.“Por terem vivido tempos difíceis, acreditamque não há risco grande demais. Emmomentos diferentes, as dificuldades sãooutras: a concorrência muda e as experiênciaspassadas não servem para confrontar o quevem pela frente”, afirma. (RA)

As unidades sucroenergéticas têmdemonstrado grande interesse naimplementação de controladoria, ressaltaAntonio José de Paula, da Usina RioPardo. Empresas que não contam com essaatividade, estão investindo na formação –detalha – de um setor de controle agrícola,industrial ou administrativo bem atuante,porém cada um limitado a sua área. “Asempresas modernas, com uma visão maisampla e que se preocupam com umprocesso de gestão bem desenvolvido,necessitam de uma estruturaorganizacional bem delineada para a suasobrevivência, e com este interesse,implementam a controladoria com afinalidade de garantir que as informaçõessejam adequadas ao processo decisório daorganização”, comenta.

Apesar do peso e importância destaatividade, o mercado ainda é carente deprofissionais, revela. De acordo com ele,há um forte movimento dentro daspróprias usinas na capacitação epreparação das equipes. “O controllerpossui geralmente formação acadêmica emContabilidade, Administração, Economiaou Direito e acaba atuando como um eloentre as atividades administrativas e osetor produtivo operacional das empresas,focando sua atenção não só na análisefinanceira do negócio, mas também naelaboração e execução de rotinas eprocedimentos capazes de manter asatividades da empresa”, descreve.

“Temos encontrado cada vez maisdificuldade para contratar profissionaiscom a qualificação exigida para a área decontroladoria, muito em função danecessidade de conhecimentos maisgeneralistas e não apenas específicos”,revela Antonio Rigolo, responsável pelaControladoria da OdebrechtAgroindustrial. O profissional que atuanessa área – detalha – precisa conhecercontabilidade, custos, orçamento,planejamento e conceitos fiscais, além de

entender perfeitamente como funciona onegócio da organização.

“O controller, como não poderia serdiferente, segue a mesma linha dequalificação de todos os demaisintegrantes da área de controladoria, ouseja, necessita ter um perfil maisgeneralista, possibilitando a leitura donegócio como um todo e do impacto dasdiversas variáveis nesse todo e,consequentemente, nos resultados daorganização”, afirma.

Antonio José de Paula, da Usina Rio Pardo: mercado é carente de profissionais

Empresas modernas se preocupam com gestão eficaz

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Para sobreviver aosdesafios do mercado,empresas não podemabrir mão de umsistema de controle de qualidade

A implantação de umainfraestrutura adequada é tambémfundamental para viabilizar ofuncionamento da área de controladoriade uma maneira eficiente. A Tecnologiada Informação (TI) é considerada umadas principais parceiras dacontroladoria. “Uma TI ativa, com suaspolíticas bem definidas é capaz demanter o ERP sempre atualizado, umaintegração confiável e automatizada, osrecursos sempre em disponibilidade eprincipalmente gerar uma governançasegura e com respaldo a auditorias”,afirma Antonio José de Paula, da UsinaRio Pardo.

De acordo com Valdir Lecca,nenhuma empresa que pretendesobreviver aos desafios do mercado,independente de qual seja a sua área deatuação, pode abrir mão de um bomsistema de controle. “Os chamados

ERP´s são excelentes e cada dia maisutilizados por grandes corporaçõesmultinacionais que conseguem fazerintegrações online a partir de bases efiliais distantes geograficamente”,destaca. Ele observa que empresas demenor porte podem buscar, no entanto,soluções mais acessíveis, disponibilizadaspelo mercado e a partir de uma boagestão de dados, alcançarem tambémresultados bastante positivos.

“A controladoria deve trabalharcom informações acuradas, rastreáveis,comparativas e que sejam geradas, acimade tudo, com rapidez. Neste sentido, éimprescindível a existência de umsistema de captura de informações quepossibilite atingir esses objetivos”,enfatiza Antonio Rigolo, da OdebrechtAgroindustrial.

Para a construção de suasinformações econômicas – detalha –, éimprescindível que a empresa utilizeindicadores de gestão, comparativos combenchmarking de mercado, bem comocom o histórico da própria organização eorçamento vigente para o período emcurso. “Adicionalmente, sistemas degestão e informação sãoimportantíssimos para garantir aconfiabilidade e agilidade na geração dosdados”, diz. (RA)

Infraestrutura deve contar comrecursos da Tecnologia da Informação

Os empresários costumavam olharpara setores de contabilidade eadministração como sendo apenas custonecessário, comenta Valdir Lecca. Mas,ao longo do tempo foi se percebendo queesta área, além de fazer parte de toda aestrutura da empresa, também podecontribuir para os setores de vendas enegócios a partir de suas expertises e

conhecimentos históricos adquiridospela experiência e visão econômica.“Com uma visão aberta para aimportância dos controles e da boagestão, as empresas devem, sem sombrade dúvida, empreender esforços nosentido de valorizar e dar boas condiçõesde atuação para áreas de controladoria”,argumenta. (RA)

Expertises da área podemcontribuir para vendas e negócios

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O papel desempenhado pelacontroladoria junto aos gestores da UsinaRio Pardo é de suma importância,evidenciando de forma segura e ágilinformações e indicadores de performancee custos, afirma Antonio José de Paula.“Trabalha fortemente alinhada a TI e emconstante monitoramento e validação daaderência entre processos e sistemas”,destaca. Essa unidade produtora deCerqueira César possui em seu parquetoda a plataforma Totvs, ou seja, em suabase operacional de produção industrial eagrícola conta com PIMS e na áreaadministrativa com o ERP EMS, informa ogerente de controladoria.

“A empresa recentemente realizou umprojeto de revitalização dos sistemasoperantes, onde foram realizadosmapeamento de processos críticos,capacitação de usuários, revisão decadastros e parâmetros, integrações, etc”,diz. Após este projeto, a controladoriaimplementou rotinas de trabalhos naempresa para fechamentos diários emensal e em seguida implantou o móduloCustag para apuração do custo agrícola,que antes era realizado em Excel.

“O orçamento e acompanhamento dorealizado das áreas industrial eadministrativa são feitos de forma manualvia Excel, mas o plano da empresa, a curtoprazo, é que todo o processo de orçamentoe execução orçamentária agroindustrialseja desenvolvido via sistema”, esclarece.

Na Odebrecht Agroindustrial, acontroladoria desempenha papel ativo,municiando a administração comindicadores de gestão –operacionais,comerciais e financeiros –,acompanhamento dos resultados, semprecom comparativos em relação a períodosanteriores, orçamento e principais players,informa Antonio Rigolo. Além disso, atua

continuamente na melhoria dos processos econtroles internos, com foco na mitigaçãodos riscos envolvidos.

A área de controladoria, na OdebrechtAgroindustrial, envolve: contabilidade,gestão de riscos e processos, além deplanejamento e controladoria, que éresponsável pelas informações gerenciais,orçamento, análises de margens por

produto, resultados por usina/poloIndustrial, indicadores financeiros,operacionais e comerciais, entre outrosprocedimentos.

“Utilizamos, como recurso principal,nosso sistema ERP, além de dados demercado que possibilitem comparabilidadecom as informações da OdebrechtAgroindustrial, como relatórios da Uniãoda Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica),publicações das empresas de capitalaberto, etc”, informa Antonio Rigolo.Adicionalmente, a empresa usa planilhasque possibilitam a geração de tendência deresultados para a safra em curso.

ATIVIDADE NÃO PODE SER DE “PRATELEIRA”

A controladoria, no mundo moderno,deve ser considerada um suporteindispensável na tomada de decisões, poisantes era um recurso para competitividade,mas hoje é premissa de sobrevivência daempresa moderna, ou seja, não pode ser de“prateleira”, de acordo com Antonio Joséde Paula, da Usina Rio Pardo. Anecessidade de manter a empresa semprecompetitiva exige a solução de umaequação que une – afirma – produtividadee eficiência, atreladas a uma altalucratividade e custos menores. “Diantedeste cenário e de um mercado oscilante,as decisões precisam ser o máximoassertivas”, ressalta. (RA)

Usina Rio Pardo trabalha informações de forma ágil e segura

Na Odebrecht Agroindustrial, controladoria atua na melhoria dos

processos e controles internos, com foco na mitigação dos riscos envolvidos

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Outras qualidades podem seradquiridas, como oconhecimento, técnicas detrabalho, especializações,afirma Valdir Lecca

O Brasil tem uma história de formação degrandes gestores, afirma o controller ValdirLecca. Alguns episódios contribuíram para isto.Ele cita como exemplo o período dehiperinflação, principalmente março de 1990quando o índice chegou a 82% ao mês, quandomuitas pessoas aprenderam, a partir dessasituação, a importância de controlar eadministrar bem os seus negócios. “Oscomerciantes remarcavam os preçosdiariamente o governo e a economia estavamdesorientados”, recorda. Aliado a esse tipo deaprendizagem, o aumento da oferta de cursosde capacitação e treinamentos vemcontribuindo para a formação da qualidade dos

gestores brasileiros.“Todo profissional deve ter algumas

qualidades que são inerentes do mundocorporativo. As competências especificas decada setor vão sendo identificadas e melhoradasà medida que o profissional se dedica a elas.Algumas qualidades podem ser adquiridas,como o conhecimento, técnicas de trabalho,especializações, etc”, afirma. De acordo comValdir Lecca, o controller precisa deexperiência, conhecimento, discernimento paralidar com situações que surgem diariamente nodesenvolvimento de suas funções.

“As competências necessárias paradesenvolvimento desta atividade precisam estarcolocadas sobre uma competência que deveexistir em qualquer pessoa, mas não pode faltarao controller e se chama integridade. Esta será aúnica competência - ‘se é que podemos colocarcomo uma’ - que pode garantir que odirecionamento e as tomadas de decisões sejamisentas de interesse pessoal e totalmenteimparciais, visando sempre o bem comum e daempresa como um todo”, enfatiza. (RA)

Integridade é a “competência”que não pode faltar

Informações geradas pela controladoria

Diversas informações estratégicas das áreas agrícola e industrial sãogeradas e sistematizadas pela controladoria. Segundo Antonio José dePaula, da Usina Rio Pardo, entre as informações disponibilizadas pelacontroladoria para os gestores da empresa, incluem-se:

� Apresentação e análise de indicadores de desempenho: produção,produtividade agrícola, rendimentos agrícola e industrial, eficiênciasagrícola e industrial, qualidade da produção, etc.� Geração e análise de resultado: geração de caixa – operacional,movimentação financeira líquida, resultados econômicos e projeção defluxo de caixa.� Cenários de perspectivas comerciais: variação cambial ecommodities, produção de etanol, açúcar, energia e seus respectivosfaturamentos.� Apuração e análise de custos agrícolas, industrial e administrativo.� Análise de custos por processo, unidade de negócio e custo deprodução.� Projeções de safras futuras - com planejamento de manejo varietal,sistematização e análise da capacidade de processamento da planta.� Auditoria interna e de forma aleatória.� Monitoramento da evolução de safra, do plantio e da realização detratos culturais

“Nos tempos de vacas gordas – ‘a expressão nos fazlembrar José, o maior controller que o mundo conheceu’ –, asabedoria de administrar os recursos excedentes passa porum planejamento de curto, médio e longo prazos que só épossível desenvolver a partir do conhecimento e informaçõesgeradas pela controladoria e seus departamentos internos”,diz Valdir Lecca. Segundo ele, uma infinidade de relatórios eprojeções, quando bem analisados, são capazes de evitargrandes problemas ao longo da vida de uma empresa.

A história de José do Egito – que está no livro de Gênesis– é um dos relatos bíblicos de fé, fidelidade e superação maismarcantes, já foi tema de filmes e inspirou palestrantesmotivacionais que falam sobre carreira profissional, comentaValdir Lecca. “José foi um israelita que chegou ao Egito comoescravo, teve capacidade de sobreviver em situação deconflito e adversidades e ainda conseguiu ver o futuro,discernindo o sonho de um rei e transformando-se nogerente, tesoureiro e administrador daquela nação”, conta.

A controladoria antevê o que vai acontecer no futuro,utilizando recursos como orçamento e fluxo de caixaprojetados, bem elaborados, além de analisar o histórico daempresa e do mercado, observa. “Desta forma, é possívelvisualizar a vida da empresa em tempos ainda distantes,evitando assim grandes surpresas”, afirma. (RA)

José do Egito foi o maior controller que omundo já conheceu

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PATRÍCIA BARCI, DE SERTÃOZINHO, SP

FREE LANCE PARA O JORNALCANA

Especialistas do Gerhai — Grupo deEstudos em Recursos Humanos naAgroindústria, se reuniram na Fenasucro2013, realizada em Sertãozinho, SP, paradiscutirem a respeito das perspectivas parao setor sucroenergético e a participação deRecursos Humanos neste cenário.Também abordaram temas relativos aoplanejamento administrativo dentro dasempresas e seus problemas.

Eduardo Silva do Gerhai falou sobreas gerações X e Y e seu impacto dentro dasempresas. "Pessoas das gerações X e Y nãotêm diferença entre si. Acredito que sejaapenas uma questão de juventude oumaturidade. As expectativas de quandovocê é jovem são diferentes de quando já setem certa maturidade," ponderou.

Já Erotides Gil Bosshard, da Abengoadeixou claro que se não houver mudançana legislação trabalhista brasileira, poucopoderá ser mudado dentro das empresas eo RH não poderá fazer as mudanças queprecisam quando necessárias.

Marcos Antônio Françóia e Jair CezarPires, ambos da MBF Agribusiness,

falaram sobre o peso que a máadministração e avaliações dos custos damão de obra mal feitas, tem no preço doproduto final.

Afirmaram ainda que gastos extrasnão planejados são resultados daociosidade dos funcionários e excessivaestrutura burocrática das empresas."Osresponsáveis pela administração dasempresas devem mostrar claramente opeso dos custos e rever os salários dos

funcionários. O custo das despesas devemser claros e consequentemente parte dosplanos da unidade produtora para que elatenha resultados reais e duradouros",observou um deles, Jair Cezar Pires.

Os palestrantes ressaltaram o fato deque se o planejamento administrativo nãofor bem estruturado acabará tambémcomprometendo o desenvolvimento daempresa. "Usinas, muitas vezes, não têmrelatórios, não têm controle e domínio

sobre seus números. Como pode um donode empresa não ter controle sobre o que segasta dentro dela? "questionou MarcosAntônio Françóia.

Françóia observou que a falta deprofissionais qualificados eleva o custo deprodução. “O planejamento ajuda aentender a real necessidade de mão deobra com uma estimativa de custos clara,para resultar num real faturamento daempresa", completou.

Gerhai discute problemas naadministração de empresas

Marcos Antônio Françóia fala no encontro dos associados do Gerhai

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ALESSANDRO REIS, DE SERTÃOZINHO, SP

A concessionária de logística Logumgarante que concluirá o trecho completo doetanolduto até 2018, informa André LuísMartins, gerente de inteligência Comercialda empresa. O etanolduto ligará 45 cidadespassando pelos estados de Goiás, MatoGrosso do Sul, Minas e São Paulo atéchegar aos portos de São Sebastião e doRio de Janeiro.

Martins proferiu palestra noSeminário de Transportes e Logística,parte da programação da Fenasucro, nodia 28 de agosto. Ele acredita que a partirde 2017, cerca de 40 novos greenfieldsserão construídos até 2020. “Este deve sero cenário mais provável em relação a novasunidades. Mas para que este cenário seconcretize o principal fator será o preço dagasolina”, explicou.

O gerente de inteligência comercial daLogum, acredita que haverá um aumentosignificativo nos preços da gasolina – porconta da recente alta do dólar – naspróximas semanas.

“Se regras claras na precificação dagasolina não forem estabelecidas, o Brasilimportará mais de 50% da gasolina queconsome. Além disso, os investimentos emrefino de gasolina feitos pela Petrobras nãoterão remuneração adequada com a

gasolina tão barata”, alertou.André Luis Martins destacou que a

Logum também possibilitará estocagem deetanol em cada um dos terminais doetanolduto. “Ainda não é possívelmensurar a quantidade dearmazenamento, mas será possível estocaro biocombustível agregando maioreficiência logística”, concluiu.

Logum promete concluir

etanolduto até 2018

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A câmara de vereadores do municípiode Uberaba, MG, aprovou no último mês deagosto um projeto de lei que concede àempresa Logum Logística S.A, o direito deimplantar trecho do etanolduto nomunicípio, numa área de 189.725,07 m²,situada na avenida Rio Grande, no DistritoIndustrial III.

De acordo com informações divulgadaspelo subsecretário de DesenvolvimentoEconômico, Edson Alves, para conseguir oparecer, foi necessário alterar o local deinstalação. Outro aspecto abordado é quedevido às mudanças da área implantada daempresa, consequentemente ocorreu atrasono registro e licença ambiental, liberada

somente em maio deste ano. Segundoprojeto, o centro coletor de etanol terácapacidade para movimentar 2,2 milhões dem³ de etanol por ano. Já a dutovia teráaproximadamente 116 km, apenas nomunicípio, sendo 6 km de duto do CentroColetor em direção a Ribeirão Preto, SP,com licença de instalação já emitida e 110km do Centro Coletor em direção aItumbiara, GO.

A estimativa é que sejam gerados 400empregos diretos na construção do centrocoletor e 1.300 na construção dos dutos. Emcontrapartida, o município irá concederisenção de ISSQN durante as obras e doIPTU, durante dez anos.

Terminal da Logum em Ribeirão Preto, SP

Legislativo de Uberaba aprova construção de duto

André Luis Martins: empresa concluirá

trecho completo do etanolduto até 2018

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Outubro/2013LOGÍSTICA & TRANSPORTES86

Com 502 km de extensão,poliduto escoará 4bilhões de metros cúbicos de etanol

CARLOS ALBERTO PACHECO, DE SÃO PAULO

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O instrumento das audiênciaspúblicas será decisivo para que umempreendimento que trará ganhoambiental e econômico no Paraná sai adefinitivamente do papel: trata-se de um‘poliduto’ para transportar etanol.Segundo dados da Central Paranaense deLogística, a obra irá gerar 3.700 empregosdiretos e 2 mil indiretos nos 23 municípiosque compõem o traçado – do municípiode Sarandi, no norte do Estado atéParanaguá. Empresários e segmentos dasociedade civil querem uma definiçãoquanto ao poliduto, pois sua implantaçãoestá sendo discutida desde 2007. Naépoca, tiveram início estudos de impacto

ambiental e viabilidade econômica. Oduto é uma parceria do governo estadualcom a Associação de Produtores deBioenergia do Estado do Paraná(Alcolpar) e Companhia Paranaense deEnergia (Copel).

Só no mês de março aconteceram três

audiências públicas – São José dosPinhais, Paranaguá e Ponta Grossa.Várias manifestações questionaram ocronograma das obras e como e qual é apolítica de investimento a ser adotada napreservação ambiental e medidascompensatórias e de caráter mitigador. O

traçado do poliduto compreende 23municípios paranaenses e não atingegrandes centros urbanos, unidades deconservação ambiental, áreas de proteçãoambiental (APAs) e de reserva legal. Oduto terá 502 quilômetros de extensão edeverá escoar cerca de 4 bilhões de metroscúbicos de etanol por ano.

O presidente do Instituto Ambientaldo Paraná (IAP), Luiz Tarcísio MossatoPinto, defendeu nas audiências públicas aobtenção da licença ambiental prévia doempreendimento. “Nós, do IAP, e osresponsáveis pelo empreendimento temosde avaliar se a comunidade aprova asmudanças necessárias no meio social eambiental”, salientou Mossato. Naaudiência de Sarandi, realizada emfevereiro último, aconteceram muitosquestionamentos sobre o tipo de álcool aser transportado, as obras em relação aosdesvios – sem comprometer APPs e áreasde topos de morros – e que medidaspoderiam ser implantadas em casos deacidentes ambientais. Cento e cincopessoas, entre líderes comunitários eestudantes de engenharia ambiental,participaram do encontro.

Em abril último, a Alcopar constituiuduas empresas que serão responsáveispela construção e pela gestão do poliduto.Os investidores garantiram aosempresários locais o repasse de R$ 100milhões para o início do projeto, ou seja,10% do valor total. A entidade acreditaque os dutos de escoamento do etanolentrem em funcionamento até 2014. Nasaudiências públicas ficou claro que sem aparticipação dos aportes financeiros dopoder público, a obra vira peça de ficção.Até porque será necessária uma série dedesapropriações em áreas onde correrá otraçado.

Exatamente por isso, o governadorOrlando Pessuti assinou um decreto que

transforma as margens das rodovias quecompõem o trajeto do poliduto, ligandoMaringá e Paranaguá em áreas deinteresse público. O presidente daAlcopar, Miguel Tranin, aprovou ainiciativa, pois, com isso, haverá maisagilidade nas desapropriações e no avanço

dos trabalhos técnicos. “A canalização de4 bilhões de litros de álcool resultará naretirada anual de 13 mil caminhões dasestradas, reduzindo o custo do transporteem até 16 vezes”, afirmou Tranin, ementrevista ao portal da AssociaçãoComercial e Empresarial de Maringá –Acim.

Segundo análise de um doscolaboradores do poliduto, José Carlos,uma das vantagens do empreendimentoreside na diminuição de caminhõestanques que cortam as rodovias do Estadotodos os anos. Seriam 130 mil caminhõescarregados de etanol a menos nas estradasentre Maringá e Paranaguá. Há um ganhoambiental expressivo, pois tais veículos –

de acordo com os seus cálculos – deixarãode lançar 60 mil toneladas de gáscarbônico na atmosfera.

De acordo com informações dostécnicos envolvidos na obra, as estruturasestão posicionadas em locais estratégicos.Entre Sarandi e Marialva, municípiosvizinhos a Maringá, a CPA Trading S/A,construiu um terminal de 168 mil metrosquadrados com capacidade paraarmazenar 100 milhões de litros de álcoolem 17 tanques e 200 mil toneladas deaçúcar em dois armazéns. A unidade foilevantada às margens da ferrovia que ligaMaringá ao porto. O desafio, agora, é como relógio, até porque os prazos precisamser rigorosamente cumpridos. (CAP)

Investimento do poder público é fundamental

Projeto visa melhorar o transporte de etanol no Paraná

Audiência pública debate a implantação de Poliduto do Paraná, em Sarandi

JOANA SERRA/IAP

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Outubro/2013DESTAQUES DO SETOR88

Por Fábio Rodrigues – [email protected]

Destaque-seSugestões de divulgação de lançamento de produtos,informativos, anúncios de contratações e promoções deexecutivos e demais notas corporativas ou empresariaisdevem ser enviadas a Fábio Rodrigues, email:[email protected]

Novidade para limpeza de solda em aço

Entre as novidades apresentadas aolongo da Fenasucro pela Armo do Brasil, estáa máquina para limpeza de solda CleanTech,com tecnologia italiana.

O equipamento facilita as operações delimpeza em cordões de solda em açoinoxidável com soldas TIG ou MIG. “Amáquina elimina completamente e comrapidez todos os efeitos de coloração eoxidação que normalmente são produzidosna peça durante o processo de soldagem”,explica Antonio Marcos Oliveira, consultortécnico da Armo.

TRADIÇÃO UBYFOL - Confraternização com colaboradores e amigos da Ubyfol, que é tradicionalmente realizada na semana da Fenasucro

KROMINOX BOMBOU - O sempre animado Cláudio Bomba comandou a festa no estande da Krominox durante a Fenasucro 2013

Massey Ferguson comercializará colhedoras Santal

Durante a Fenasucro, a Massey Fergusonanunciou aos visitantes o início das vendas dacolhedora Santal S5010. Para o gerente de vendasEduardo Nunes, este é o momento ideal para mostraro crescimento das soluções e tecnologias da marcavoltadas à produção sucroenergética. “Não énovidade para quem produz cana-de-açúcar, ouqualquer outra cultura para aumentar a produçãosem expandir a área plantada. É necessário investirem ferramentas e serviços que resultem emrendimento da produção”, lembra o executivo. “Éisso o que quisemos mostrar durante a feira, que aMassey Ferguson possui soluções completas queatendem às necessidades de manejo em todas asetapas do cultivo”.

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Transbordo de alta capacidade reduz consumo de combustível e horas paradasA acelerada mecanização da colheita

nas lavouras canavieiras em adição aocrescente aumento da capacidade demoagem das usinas tem sido um desafiopara prestadores de serviço e fabricantesno sentido de prover o mercado de soluçõesque possibilitem maior eficiência nasoperações de colheita, como reduzir oscustos na logística envolvida.

Ao contrário de outras culturas ondeas colhedoras também armazenam o quefoi colhido, na lavoura canavieira devido aovolume de matéria-prima manuseado énecessário o uso de um veículo auxiliarpara receber a cana e transportá-la até oslimites da lavoura para que depois sejaremetida por caminhões até a indústria.

A Teston, empresa sediada emCianorte-PR, iniciou suas atividadesprestando serviços de manejo de solo,plantio e colheita para a lavouracanavieira. No decorrer de suas atividades,a empresa sentiu a necessidade de contarcom recursos que permitissem aumentar orendimento de seu trabalho em termos detransporte de cana. Foi com esse objetivoque a Teston passou a desenvolver efabricar carrocerias canavieirasdiferenciadas dos produtos existentes nomercado.

Um de seus destaques é um veículo detransbordo com capacidade de 22toneladas de carga, denominado Gigante22.000 BF/BR, que é o maior modelodisponível no mercado para esta

finalidade, que esteve em exposição narecente Fenasucro&Agrocana, evento quese realizou em Sertãozinho-SP.

Esse veículo tem uma capacidadevolumétrica de 50m3, chegando a mais de60m3 considerando o volume acima dacaixa, e um comprimento total de 10,26m.Sua suspensão é patenteada, construídaem quatro eixos tandem dianteiros e apoioshorizontais que permitem movimentosgiratórios e verticais.

O sistema de freio é duplo,empregando ar comprimido e lonascônicas no sistema “S-Came”, sem o uso detubos, possuindo duas linhas dealimentação e serviço de emergência paragarantir a segurança de operação.

O sistema de cabeçalho épatenteado, permitindo que a bitola sejaalterada de maneira fácil e rápida epossui engate do tipo “boneca” quefacilita a operação de engate e desengate

do equipamento no campoAlém de sua capacidade, esse veículo

da Teston permite o transbordo estávelem locais com declive, reduz o tempo deparada da colhedora por falta detransbordo e o tempo de descarga em até40%.

Teston44 3018.9020www.teston.com.br

Transbordo Gigante BF/BR da Teston exposto na Fenasucro 2013

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RS Correias e Acoplamentos reúne clientes em festa animadaEm 28 de agosto, a RS Correias e

Acoplamentos, uma das principaisdistribuidoras do Estado de São Paulo,realizou a 6ª edição do “Encontro deParceiros”, onde o objetivo é estreitar laçoscom os principais clientes, compartilharexperiências e refletir sobre os desafios dosetor.

Idealizado pelo proprietário RobervalSacilotto, o evento contou com aparticipação dos principais executivos dossegmentos sucroenergético, fabricantes deequipamentos, mineração, entre outros.“Batemos o recorde de público este ano. Émotivo de grande satisfação ver a alegriadas pessoas em nos prestigiar. Parabenizoa nossa equipe, que tornou tudo issopossível, e aos nossos parceiros por estarempresentes”, disse Sacilotto.

Mesmo ciente das dificuldadesenfrentadas atualmente pelo setorcanavieiro, a RS Correias e Acoplamentosacredita na reação do mercado, e por isso,continua investindo em seu crescimento.Prova disso é a construção de sua novasede. “Acredito que em meio a tantasdúvidas e inseguranças no setor, o‘Encontro de Parceiros’ foi a oportunidadeperfeita para que possamos escrever umroteiro diferente, com muita alegria eotimismo”, explicou Alfredo Lontro,gerente de marketing e vendas.

Já para Roberval Sacilotto a noite teveum tom ainda mais especial. Tudo isso em

função dos novos produtos e tecnologiasque estão sendo trazidos ao Brasil comexclusividade por sua empresa ainda nesteano. “Temos várias novidades. Muitainovação e tecnologia, que sempre forammarcas registradas da RS. Esta é a melhormaneira de devolver a nossos clientes todo

o carinho e dedicação que sempre nos foiconfiado”, finalizou.

A empresa possui amplo estoque egrande diversidade para melhor atenderseus clientes. Com uma equipe de vendasdiferenciada, a RS foca seu trabalho emum bom atendimento, oferecendo, por

exemplo, equipe própria para prestação deserviços de vulcanização de correiastransportadoras 24 horas por dia.

R.S Comercial 16 3945.5699www.rscomercial.ind.br

Tracan reúne representantes do setor para debater evolução agrícolaPATRICIA BARCI, DE RIBEIRÃO PRETO

Em 6 e 7 de setembro, a cidade deRibeirão Preto, SP, sediou o Tracan CanaMeeting, evento que reuniu clientes daTracan para uma série de palestras queabordaram desde a operação e renovaçãode colhedoras de cana até o preparo dosolo e plantio mecanizado. O objetivo doencontro foi promover a troca deexperiências entre os participantes, além deapresentar resultados na área demecanização e demanda do campo dosetor sucroenergético.

José Alcides Hernandes Ferreira, daCerradinho Bio, foi um dos palestrantes doevento. Ele lembra que a complexidade dosegmento faz com que todos aprendamdurante os debates. "Participo para tentarcontribuir, mas também para aprender.Estes eventos permitem que troquemossugestões e práticas do dia a dia, o quepode trazer melhorias em performance eprodutividade. Só assim o setor se sustenta,com nosso apoio mútuo, principalmenteagora neste momento de crise que vivemosna área sucroenergética", observou.

Luiz Carlos Corrêa Carvalho,presidente da Abag — Associação Brasileirade Agronegócio, também participou doevento e fez uma análise sobre o atualmomento e o futuro do setor canavieiro noBrasil.

"Precisamos de união se quisermos

fortalecer nosso setor", disse Artur Monassi,diretor do Grupo Tracan Máquinas eSistemas para Agricultura. Ele aindaressaltou a importância de dividir aexperiência do uso das tecnologias naprática com outros colegas do setorsucroenergético, aumentando assim apossibilidade de redução de custo paraempreendimentos futuros, para amaximização de equipamentos e melhoriana rentabilidade.

"As empresas precisam estar abertaspara ouvir seus clientes, no nosso casoacompanhamos desde o preparo do solo,depois a colheita. Com isso detectamosqualquer problemas de manejo que elevenha a ter, o que leva ao desenvolvimentoe aprimoramento de novas tecnologias"afirmou.

Monassi, acredita que eventos desteporte, após a Fenasucro, são uma dasmaneiras de aproveitar o momento, tão

propício para a troca de experiências,buscar melhorias e trazer redução decustos para os profissionais do setor. "Queos clientes possam multiplicar estaexperiência com outros colegas para quepossamos ter sucesso em todas as edições",completou.

Tracan16 3456.5400www.tracan.com.br

José Alcides Hernandes Ferreira, da

Cerradinho Bio Cana Meeting reuniu clientes da Tracan para uma série de palestras

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Robô para chapisco com trêsmovimentos é a novidade da Uniweld

A Uniweld,empresa que produztoda linha de eletrodosrevestidos marca Essenpara os mais diversossegmentos industriais,além de fluxos especiaispara solda eequipamentos desegurança, estevepresente na Fenasucro2013. Com mais de 20anos de existência, aempresa recebeuclientes do mundo todo,mostrando seu trabalho para visitantes dosEstados Unidos, México, Colômbia,Guatemala, entre outros.

A novidade este ano é o robô paraaplicação de chapisco, único no mercadocom duas tochas e três movimentos, sendoo lateral, de avanço e de fechamento dastochas no friso. Desenvolvido no Brasil pelaprópria empresa, o robô levou mais de umano e meio para sair do papel. “O usuárioganha em produtividade, já que atecnologia permite que seja exercido umcontrole completo e uma aplicação maisprecisa”, lembra Jefferson Santos, diretorda Uniweld.

O representante fala ainda que em ummomento onde o setor sucroenergéticoprecisa otimizar seus rendimentos, todatecnologia industrial é bem-vinda. “Sabemosque uma moenda mal chapiscada traz umprejuízo enorme para a usina. Quandoanalisamos este universo, toda perdasignifica milhões em termos financeiros.Então, trabalhamos para que a tecnologiaseja melhorada e é com esse intuito quemantemos os investimentos”, finaliza.

Uniweld11 4035.8877www.uniweld.com.br

Unimil lança componentesespeciais para colhedoras

Atuando nomercado de peças dereposição ecomponentes paracolhedoras de cana-de-açúcar desde 1999, aUnimil participou naFenasucro 2013 comdois lançamentos.

O primeiro é umMancal para ExtratorPrimário que alivia asvibrações no motor.Esse Mancal é umdesenvolvimentoexclusivo da Unimilpara ser empregadonas colhedoras 3510,3520 e 3522 (2 linhas) da John Deere.

Ainda para as mesmas colhedoras, aempresa desenvolveu o Elevador comBarra de Desgaste Unimil, com patenterequerida, que proporciona maiorresistência ao desgaste por usar barras emaço SAE 5160 em vez de assoalho, emelhora a limpeza da cana transportada.

Outra característica desse Elevador épossuir chapa de fundo removível, o quefacilita a manutenção.

Além dessas novidades, a Unimilexpôs sua linha de filtros de ar, hidráulicose de sucção aplicáveis a colhedoras.

A Unimil, empresa certificada pelaISO 9001 2008, está instalada emPiracicaba, SP e possui mais quatrounidades de atendimento localizadas emAraçatuba-SP, Ribeirão Preto, SP, RioVerde, GO e Dourados-MS, onde mantémum completo estoque para atendimentoaos seus clientes que atualmente totalizamum parque de 4600 colhedoras em todo oterritório nacional e no exterior.

IBP - Unimil 19 2105.0800www.unimil.com.br

Produtividade pela reorganizaçãoA indústria sucroenergética vive um

momento de grandes dificuldades enovas pistas para reduzir os custosdevem ser exploradas.

Quando se fala em produtividade,logo pensamos em projetos deautomação e novas tecnologias queexigem capitais importantes, e de 12 a18 meses no mínimo para seremimplantados.

Uma pista pouco explorada até hojeé a produtividade feita pelareorganização dos postos de trabalho.Usinas têm conduzido projetos usandoferramentas de organização industrial jáconfirmadas em outros ramos deatividade, e que produzem ganhos de até20% em alguns meses apenas.

Além da rapidez da implantaçãoestes projetos são realizados seminvestimentos.

A análise detalhada dos modos defuncionamento de cada setor da empresadeve ser conduzida, com um olhar novo,pragmático e focando principalmentenas tarefas que agregam nenhum oupouco valor, a serem eliminadas.

A principal dificuldade é adiminuição da zona de conforto dosencarregados de campo, mas em todos osprojetos que observamos, não somentenão houve marcha à ré, mas também demaneira geral as condições de trabalhoforam melhoradas e combinadas comoutras ações globalmente a

disponibilidade até aumentou.Por outro lado, com os preços de

venda atuais pouco atrativos, osaumentos de custos em decorrência dosdissídios salariais e em muitos casos oserviço de uma dívida, o empresáriorealmente fica com maiores dificuldadespara reduzir seus custos de mão de obrarapidamente. O papel da Amil Brasil ede sua equipe especializada é ajudar aessas empresas.

AMI Brasil14 9124.5593www.amibrasil.com

Jonathan, Silvana, Jefferson, William e Tabatha, da Uniweld

Mancal fabricado pela Unimil

Jacques Lafosse: experiência internacional

em organização industrial

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Como aumentar a produtividadeno plantio e na colheita da cana

O plantio de cana mecanizado já éuma realidade no segmentosucroenergético. A Sermag, localizada emSerrana, SP, projeta e fabrica plantadorasde cana multifuncionais que atendemdiferentes nichos de mercado, operandocom baixo custo, inclusive de manutençãoe que preservassem adequadamente gemase toletes.

O equipamento é dotado de umaesteira alimentadora e outra dosadora, queoperando proporcionalmente à velocidadede plantio, possibilita a aplicação detoletes, com integral preservação dasgemas.

As esteiras são movidas por umconjunto de motores hidráulicos e redutor.O depósito de cana, de alta capacidade,permite “tiros” mais longos e com menoríndice de paradas para abastecimento. Aplantadora também é provida de depósitosde fertilizantes e defensivos de altacapacidade.

O chassi da SE10000 é do tipo“pescoço de ganso”, que aliado à barraporta ferramentas tipo “ripper”, permiteque ela trabalhe perfeitamente nivelada aosolo, evitando assim, submeter um pesodesnecessário sobre a barra de tração dotrator.

A barra porta ferramentas é dotada de

hastes subsoladoras ou discos de corte,bicos sulcadores, aplicadores de adubo edefensivos, fazendo a distribuição detoletes no sulco, cobertura e compactação.

A Distribuidora de Toletes SermagSSE 6000, aplica toletes em sulco aberto eadubado, tracionada por um trator de 160cv. Durante a deposição dos toletes nosulco a máquina pode aplicar o defensivo.Como a movimentação do equipamentomais o trator ocorre dentro do sulcoaberto, existe um conjunto deescarificadores colocados atrás dos pneusda distribuidora SSE 6000 que eliminama pequena compactação promovida poresta passagem, ficando o sulco preparadopara o recebimento dos toletes. O sulcofica aberto. Após a aferição do plantio, sefor o caso, entra um trator de pequenapotência (por volta de 75 cv), efetuando acobrição, podendo ou não aplicar odefensivo dependendo da característica daoperação.

O SE2000 JCG é um equipamentopara otimizar o uso da colhedora de cana,reduzindo em 50% seu custo operacional edesgaste.

Sermag16 3987.9999www.sermag.com.br

ITM Latin America detém know-how em material rodante paracolhedoras e máquinas de esteira

Comefer estreita relacionamentocom clientes e reforça estoque

Douglas Zanin, Lidiane Matos e Alexandre Malaspina

Na grande maioria das lavourascanavieiras brasileiras a colheita mecanizadase faz por máquinas dotadas de esteiras. Essematerial rodante por estar em contato diretocom o solo está sujeito ao desgaste,principalmente em solos com característicasmais abrasivas. Portanto é necessário que namanutenção das colhedeiras se faça umainspeção cuidadosa em todos oscomponentes do material rodante para evitarparadas indesejadas das máquinas.

A ITM Latin America, uma empresa doGrupo Titan, atua mundialmente e detémum grande conhecimento e experiência nodesenvolvimento e fabricação de materialrodante para máquinas agrícolas, como ascolhedeiras, atuando também nos segmentosde construção, mineração e florestal.

Em seus projetos a ITM aplica métodosde prototipagem rápida, recurso que a tornaapta a fornecer soluções adequadas a ummercado que se torna cada vez mais exigente,além de desenvolver constantementemateriais e componentes que visamaumentar a durabilidade de seus produtos.

A ITM dispõe de uma área de testes comequipamentos de simulação equivalentes aoperação de uma máquina permitindo aavaliação do produto em condições reais de

funcionamento o que abrevia o tempo dedesenvolvimento de produtos.

Esses recursos da ITM permitem aempresa projetar sob demanda materiaisrodantes completos para fabricantes demáquinas em regime OEM.

Atestando sua competência, a ITM éfornecedora de componentes OEM para aslinhas de produção de empresasconceituadas como a John Deere, que fabricaas colhedeiras 3520 e 3522, CaseConstruction, JCB, Deere Hitachi, Hyundai,entre outras.

Italtractor/ ITM 11 4417.1240www.group-itm.com

Empresa referência no mercado deprodutos siderúrgicos, a Comefer marcoupresença em mais uma edição daFenasucro. Durante os quatro dias deevento, a empresa recebeu clientes einteressados em conhecer o trabalhodesenvolvido pela empresa. “O evento foimuito proveitoso. Fizemos novos contatos,além de encontrar clientes antigos. Váriosdos contatos que fizemos foram receptivose nossa expectativa é boa em relação anovos negócios”, explica Douglas Zanin,representante da empresa.

A Comefer oferece uma fama desoluções em tubos de aço carbono, inox,galvanizados, chapas, conexões elaminados. A demanda tem feito com que a

empresa busque investimentos que tragamcomodidade aos clientes. “Estamosampliando o quadro de funcionários daárea comercial, incrementando o estoque,enfim, buscando atender cada vez mais emelhor os clientes”, disse Zanin.

Sobre o cenário conturbado do setorsucroenergético, ele usa a experiência paracontornar o momento. “A situação énormal. Digo isso porque é natural passarpor momentos bons e ruins. O importante éadministrar bem para tirar proveito deambos”, finalizou.

Comefer16 3969.9800www.comefer.com.br

Copabo apresenta nova parceriaao mercado sucroenergético

Em 2013,em parceria coma Schaeffler, aCopaboIndústria eComérciorecebeu clientese interessadosem conhecer seutrabalhodurante aFenasucro, emSertãozinho, SP.A empresa,fundada em1968,consolidou-secomo líder nadistribuição de correias transportadoras,mangueiras e correias em “V” já na década de 80.

Ampliando seu leque de atuação, aCopabo segue investindo, sendo que apenasneste ano, foi aplicado um investimentosignificativo na área de rolamentos. “Somosdistribuidores Ina Fag há um ano e meio.Divulgar essa informação ao setorsucroenergético foi nosso objetivo naFenasucro. Além de reforçar nossaliderança como fornecedores Goodyear,sendo os maiores da América Latina, e

também reiterar que somos fornecedores deacoplamentos da marca PTI”, explica LuizBarbosa, gerente de vendas da divisão derolamentos da empresa, em entrevista aolado de Flávio Souza Jr.

A empresa se prepara para atendercom excelência toda sua clientela na épocade reforma industrial, item fundamentalpara o bom andamento da safra canavieira.

Copabo Indústria e Comércio11 3741.6650www.copabo.com.br

Cesar De Sordi, presidente da ITM Latin

America e sua equipe durante a Fenasucro 2013

Flávio Souza Jr e Luiz Barbosa, da Copabo

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Outubro/2013 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES 95

Sergomel produz carrocerias robustas para as tarefas canavieirasTransportar a cana colhida na

lavoura de cana até a indústria é umatarefa de responsabilidade. As carroceriaspara cana picada ou inteira devem serrobustas para não sofrerem danos ouquebras por meses a fio enfrentando umambiente agressivo. Elas, além decumprirem todas as exigências legais parao transporte rodoviário, devem atenderrequisitos físicos de carga e descargatanto no campo como na indústria.

A Sergomel, instalada emSertãozinho, SP, no centro da maiorregião canavieira do país produz umalinha completa de carrocerias para otransporte de cana, sendo cadastrada naAnfir – Associação Nacional dosFabricantes de Implementos Rodoviários,e credenciada junto ao CTC - Centro deTecnologia Canavieira desde 2000,quando iniciou a produção decarrocerias.

Sua linha de produção abrangecarroceria, reboque e semirreboquecanavieiros, além de basculante,basculante semirreboque, base reta,prancha, prancha carrega tudo etransplantadora de cana.

Todas as carrocerias Sergomel são deconstrução reforçada, empregando vigas,travessas e tubos em aço carbono.

Apresenta sistema de freios tubeless,com diâmetro de 16,5” x 8” e sistema “S”came com duas linhas de alimentação,sendo uma de serviço e outra de

emergência e spring-brake nos doisúltimos eixos, conforme resolução 777/93do Contran.

A instalação elétrica é feita emconformidade com as normas CNT, comlanternas laterais e traseiras, faixas

refletivas fluorescentes vermelha ebranca, e placa traseira indicativa deveículo longol.

A pintura das carrocerias segue opadrão Sergomel e é constituída delavagem com decapante e fosfatizante e

acabamento em tinta poliuretano na corpadrão escolhida pelo cliente.

Sergomel 16 3513.2600www.sergomel.com.br

Carroceria para cana picada ou inteira

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Outubro/2013NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES96

BRN conquista prêmios e se destaca no mercado

Dois prêmiosconquistadosrecentementedestacaram a BRNno mercado deexportação eimportação demáquinasagrícolas. Em abrilde 2013, aempresa foicontemplada peloPrêmio Top deQualidade Brasil2013, concedidopela Abrahm -Academia Brasileira de Honrarias ao Mérito.Selecionada entre as 100 melhores empresasdo ano, a BRN foi escolhida na categoria“Referência em Exportação e Importação deMáquinas e Peças Agrícolas”.

Além de receber o certificado TopQualidade Brasil, a empresa também foipremiada com a Medalha doEmpreendedorismo em solenidade queaconteceu no Auditório Petrônio Portela, emBrasília, no Distrito Federal.

Já no mês de agosto, a BRN esteve, pelosegundo ano consecutivo, entre as 250empresas que mais crescem no Brasil, deacordo com a pesquisa “As Pequenas e

Médias (PMEs) que mais crescem noBrasil”, realizada anualmente pela RevistaExame PME e a Consultoria Deloitte. Apesquisa identifica as organizações queobtiveram maior expansão de seus negóciosnos últimos três anos completos, que no casoforam de 2010 a 2012. “Essesreconhecimentos comprovam o sucesso daBRN em oferecer produtos de qualidade eatendimento especializado”, disse aempresa em nota.

BRN19 3543.2255www.brnbrasil.com.br

ITR South America atua comimportação, exportação edistribuição de material rodante

A Renk Zanini esteve presente naFenasucro 2013 levando sua linhacompleta de redutores para acionamentode moendas e difusores e aindaturborredutores para geração de energia.Para atestar a qualidade de seus produtos,a Renk Zanini inovou ao trazer o tema“Quem tem performance mostra” para seuestande, onde através de painéis e trêsbancadas uma equipe de engenheiros daempresa demonstrou a técnicos e visitantesos pontos críticos que devem serobservados ao se escolher redutores paraaplicações de acionamento, considerandovibrações, tratamento térmico ecaracterísticas de rolamentos.

A respeito da linha de redutores daRenk-Zanini, Jamile Golfetto, gerente deMarketing, explica “A Renk Zanini fabricatodos os tipos de acionamentos paramoendas, tanto Paralelos comoPlanetários. Para o acionamento Central, oredutor de eixos paralelos com divisão detorque Torqmax® possui mais de 22 safrasem operação, com mais de 270 unidadesvendidas, o equivalente a 1.350 redutoresplanetários, e todos em plena operação,com reconhecido histórico de desempenho,sem parada ao longo destes anos.”.

Para acionamento Central, comredutor planetário, a Renk Zanini ofereceos Pentamax 2.0 e o Fleximax 2.0 paraacionamentos rolo a rolo. Esses redutorespossuem o primeiro estágio de reduçãocom eixos paralelos e todos os porta-

planetas dos planetários são suportadospor rolamentos conferindo maior robustezao produto frente as oscilações de carga.Houve ainda uma otimização estrutural doconjunto através de análises por elementosfinitos, resultando em maior robustez nospontos de maior exigência e esforços.Também há janelas de inspeção em pontosestratégicos que facilitam a inspeção derotina.

Jorge Zampollo, gerente de aplicação,

destaca ainda os redutores para Difusor:“Com eixos coaxiais, estágios planetários,fixado no eixo do Difusor, acionado pormotor elétrico, com giro da carcaçaimpedido através do braço de torquefixado à fundação de concreto. Suasprincipais características são construçãocompacta, baixo peso, alta confiabilidadede operação, alto rendimento e baixoíndice de manutenções, comprovadasatravés de acompanhamento das diversas

unidades em operação desde 1985”.No segmento de energia, desde 1978,

a Renk Zanini já forneceu 952turborredutores no Brasil. A quantidade deenergia gerada com os equipamentosinstalados é suficiente para iluminar oNordeste, Sudeste e Sul do Brasil durante 1mês e a Alemanha durante 2 meses,considerando o consumo médio de 40 MWpara cada 600 mil habitantes.” exemplificaGolfetto.

Renk Zanini divulga linha de redutores de alta performance para acionamentos

A ITR South Americaatua desde 1997, nareposição de peças aplicáveisem equipamentos pesadospara construção, mineração eagrícola. Em 2011 iniciouuma joint venture com ogrupo italiano Usco S.p.A(www.usco.it), fabricante damarca ITR, tornando-se umdos vários centros dedistribuição operando emtodo o mundo.

A empresa atua com importação,exportação e distribuição de materialrodante para todas as marcas deequipamentos. Peças de reposição em geralpara Caterpillar® e Komatsu®. Material dedesgaste e FPS para todas as aplicações.Esteiras de borracha para mini-escavadeiras.Rompedores Hidráulicos.

Suas vendas são direcionadas para osprincipais revendedores em todo o territórionacional, bem como, exportando para aAmérica do Sul e Europa.

A empresa é um distribuidoresautorizados, das melhores e maiores marcas,nacionais e internacionais. Mantendo em

estoque permanente, mais de 25.000 ítensde reposição Cat® e Komatsu®.Despachando para todo o território nacionalcom rapidez, precisão e agilidade.

Podemos atender, em até 72 horas, apedidos de emergência, utilizando nossosistema de entregas rápidas dos EUA.

Além disto, possui avançado sistema deconsultas on-line, além de equipe técnicaqualificada para seu atendimentopersonalizado.

ITR South America11 3340-7555www.itrsouthamerica.com.br

Estande da ITR South America na Fenasucro 2013

Jorge Zampollo ensina alunos do Senai sobre rolamentos para redutores

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Nova tecnologia em clarificaçãode caldo e xarope

Soluções da Vermeer garantemaproveitamento da palhada da cana

A Centerquímica, empresa com 27anos no mercado Sucroalcooleiro, atravésde seu departamento de pesquisa,desenvolveu o Sistema Colucen paramelhoria na clarificação de caldo exarope.

Os benefícios do sistema são: melhorana cor do açúcar, aumento na eficiênciada fábrica, com aumento da recirculaçãodo mel no cozimento, aumento daeficiência dos cristalizadores, esgota osméis finais diminuindo as purezas destes.

O Sistema Colucen, consiste naaplicação simultânea de dois produtos quereagem em sinergia com o xarope. Ele écomposto por dois produtos, o Colucen120 L e o Colucen 579.

Eles atuam na redução da corcausada pelos polifenóis, ferro e aantocianina presentes no caldo e xarope.

O programa já está sendo utilizadonos Estados de Goiás, Mato Grosso e naRegião Nordeste. Na região do Paraná oprograma já foi utilizado por umaunidade e obteve ótimos resultados. Oprograma é utilizado principalmente ondetem a variedade de cana RB-92579 comótimo rendimento agrícola. Essavariedade de cana, tem o inconveniente deapresentar altos teores de antocianina quedá uma coloração avermelhada

problemáticas para produção do açúcar,principalmente açúcar branco e refinado.

Não há restrição de uso, inclusive asmatérias-primas são de grau alimentício,isentas de metais pesados, portantorecomendado para indústrias alimentícias.

Centerquímica 18 3631.1313www.centerquimica.com

As tecnologias dafabricante enleiram,enfardam e trituram abiomassa paracogeração de energia

A Vermeer Brasil disponibilizasoluções completas para o manejo dapalhada, folhas e pontas, e da muda dacana-de-açúcar para cogeração de energianas usinas. São tecnologias para enleirar,enfardar e triturar a palhada para que elaseja queimada nas caldeiras, viabilizando oaproveitamento desta biomassa naprodução de energia limpa, semcomprometer os recursos não renováveis eo meio ambiente.

O portfólio da fabricante conta com oenleirador Twin Rake R2800, aenfardadora cilíndrica 604SM com câmaravariável, e os trituradores horizontais,HG6000E e HG6000TX, e o trituradorvertical TG5000 com a opção de umapeneira rotativa.

A Agrícola Três Lagoas atesta aeficiência destas soluções, empregando oTwin Rake R2800 e a enfardadora 604SMda Vermeer Brasil. “Antes, eu utilizava dois

enleiradores, cada um com um trator.Hoje, o Twin Rake R2800 opera com umtrator no recolhimento da palhada e damuda da cana, mobilizando menosmáquinas nesse processo e comrendimento maior. Já a enfardadora temcomo principal benefício a facilidade paraenfardar palhada de cana, que tem maisumidade que outras biomassas”, concluiGeraldi.

Vermeer Brasil19 3517.9400www.vermeer.com.br

Primeira planta de etanol 2Gconta com acionamento Danfoss

Com o objetivo de fornecer tecnologiade ponta para a primeira planta industrialde álcool 2G do Brasil, a Danfoss, uma daslíderes mundiais em desenvolvimento,fabricação e soluções para acionamentos demotores elétricos, e a Sanardi, empresa deengenharia especializada na integração desistemas de energia, fornecem a soluçãoelétrica completa de acionamento para maisde 500 motores de BT e MT desta planta.

Os pontos que possibilitaram estaconquista tiveram como destaquesfundamentais: oferecer soluçõesdiferenciadas que atendessem asespecificações técnicas do projeto e, aomesmo tempo, oferecessem a possibilidadede diminuir os custos de implementaçãosem queda da qualidade; aumentar atecnologia embarcada no projeto.

Aumentar a disponibilidade do sistemacom tendência zero de falhas, sendo este umponto fundamental para a planta, pois amesma irá funcionar em tempo integralnum ritmo diferente sem entressafras.

Diminuir o tempo de solução das falhase desarmes caso estas ocorram; com oconceito de proteção inovador e aeliminação dos contatores paraacionamento de motores com partida direta,além de facilitar o rearme do sistema,diminuir os itens de estoque, poisdiminuindo os pontos de falha o rearme é

muito mais rápido. Com a utilização da tecnologia e

conceito da Danfoss, foi possível umaredução sensível nos custos de implantaçãoda parte elétrica da planta, diminuição deitens de estoque para reposição, além dereduzir em mais de 15% o tamanho físicodos CCMs de baixa tensão.

Danfoss do Brasil 11 2135.5400www.danfoss.com.br

Implemento é ideal para colheita emterrenos com topografia acentuada

A FCN Tecnologia Ltda, empresasediada em Piracicaba-SP, acaba de lançarna Fenasucro 2013, mais um implementoinovador para a colheita de canamecanizada. Trata-se da CentraCana que éadequada à pequenos produtores rurais e aotrabalho de colheita em canaviais situadosem terrenos com declive acentuado queimpedem o uso de colhedoras convencionais.

A CentraCana é montada em tratorPCR e opera usando dispositivospantográficos, copiadores que se ajustam àsirregularidades do solo. O corte tem opçãode uma ou duas linhas simultaneamente,onde as linhas de cana cortadas sãoreunidas ao centro do trator “R”, de modoque posteriormente seja coletada por umacarregadeira convencional. Além do novoacessório, a FCN já fabrica o Policana 2L eo Cort-I-Cana.

O Policana 2L, lançado na Fenasucro2011, é um dispositivo acoplável nas lateraisdas colhedoras de cana, independentementede marca ou modelo, de esteiras ou pneus,que duplica a densidade de colheita nosespaçamentos utilizados de 1,4 e 1,5 metros,com aplicação estendida aos alternados0,90m x 1,60m.

Esse dispositivo opera da seguinteforma: à medida que, na primeira entradano canavial, a colhedora se desloca colhendoa rua de cana à sua frente, a Policana 2L

corta a rua ao lado, encostando-a naseguinte, de forma contínua e organizada,criando a chamada "rua gorda".

A colhedora poderá então, durante seutrânsito de colheita de retorno, recolher eprocessar essas duas linhas acumuladas.Simultaneamente, utilizando a outra lateraldo dispositivo, será realizada uma operaçãosemelhante, cortando e encostando apróxima linha na seguinte. Esseprocedimento ocorre sucessivamente, e atéque se esgote a última rua de cana dessaquadra, e assim, toda a cana foi colhida deduas em duas linhas por vez.

Policana 19 3035.0921www.fcntecnologia.com.br

Enfardadora 604SM da Vermeer Brasil

Cor do açúcar, antes e depois

Solução elétrica completa de acionamento

para mais de 500 motores de BT e MT

CentraCana, implemento lançado pela FCN

Tecnologia na Fenasucro 2013

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Outubro/2013NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES100

Reunion Engenharia confraternizacom clientes durante Fenasucro

A ReunionEngenharia participouentre os dias 27 a 30 deagosto de 2013 damaior feira do setorsucroenergético domundo, a Fenasucro. Aempresa apresentou aseus clientes e aopúblico visitante seusprojetos de engenhariaimplantados e emimplantação e ressaltouos 20 anos da marca comseus cases de sucesso expressos em umgrande painel afixado no estande.

Com uma equipe de engenheiros eprojetistas, o grupo recebeu no novo layoutdo estande mais de 80 pessoas por dia, entreamigos, fabricantes de equipamentos,clientes, parceiros e visitantes, sendo amaioria com perfil técnico e com poder dedecisão de negócios.

Por duas décadas se dedicando aosprojetos de usinas de açúcar, etanol e energia,a empresa se orgulha por ter contribuído como desenvolvimento do setor sucroenergético ede outros segmentos. Juntos somam mais de500 trabalhos em quase todos os Estados doBrasil e também em países como Alemanha,Austrália, Áustria, Bolívia, Cuba, Estados

Unidos, Filipinas, Ilha da Madeira, Índia,Peru e Venezuela.

“A Fenasucro continua sendo ummomento de confraternização com nossosclientes e possibilita fazermos novos contatosde interesse em nossos projetos”, comentou oengenheiro e diretor, Jorge Luiz Scaff, queesteve todos os dias no evento explicando aabrangência dos serviços prestados, osdiferenciais de gerenciamento de projetos eobras, os avanços na tecnologia de projetos,os serviços de assessoria e desenvolvimentode tecnologia.

Reunion Engenharia11 4156.6688www.reunion.eng.br

Uni-Systems disponibilizaengenharia e integração paraunidades produtoras

A Uni-Systems é considerada umas dasprincipais referências em empresas deengenharia e integração. Com muitos anosde experiência no setor sucroenergético, aempresa destaca-se no mercado pela suacredibilidade e capacidade de desenvolvertecnologias inovadoras e soluções eficientesalinhadas com as solicitações indicadaspelos seus clientes.

Com profissionais focados nacompreensão dos requisitos e definiçõesestratégicas do projeto, os experts da Uni-Systems identificam as melhores soluçõespara cada situação buscando produtividadee utilização eficaz do capital dos

investidores.A empresa conquistou um patamar de

excelência que permite disponibilizar a seusclientes produtos e/ou serviços de qualidadeinsuperável a preços competitivos e garantiade entrega nos prazos.

A Uni-Systems ainda disponibiliza aseus clientes uma linha de financiamentopara exportação de curto e longo prazos queproporciona as taxas mais competitivaspraticadas no mercado.

Uni-Systems16 3513.9800www.uni-systems.us

Techmaster é especialista emmovimentação de materiais

A movimentação de materiais é, semdúvida, um dos principais assuntos detodos os engenheiros, administradores eoutros profissionais conhecedores dasdiferentes necessidades de suas empresas eenvolvidos na seleção de equipamentos queas atendam. É nesse contexto que sesobressaem os transportadores contínuosde correia ou de outros tipos, devido àscaracterísticas que exibem: economia, poisapresentam baixos custos operacionais vis-a-vis outros métodos de transporte, mesmoque o investimento inicial seja superior,com menores perdas quantitativas ouqualitativas. Segurança operacional, poisnão exigem a presença constante depessoal na sua operação, propiciados porprojetos apropriados, componentesmecânicos e dispositivos elétricos,hidráulicos ou pneumáticos associados adispositivos de segurança, que podem sereletronicamente controlados, superando asexigências para um bom desempenho.Possibilidade de associar numerosasfunções em processos produtivos durante amovimentação contínua dos materiais.

Confiabilidade, pois contando comcorreias mais robustas e duráveis, quandobem manejados, esses equipamentosprovêm os desejáveis fluxos de materiaisentre os postos de produção: Versatilidadede aplicação, atendendo a uma vasta gama

de produtos, a granel ou embalados, nosmais diferentes lay-outs e capacidadespraticamente ilimitadas;

Adequação às normas ambientais etrabalhistas, sobressaindo-se alta eficiênciaenergética dos equipamentos energizadoseletricamente, com ausência de emissão deCO2.

A Techmaster Equipamentos,contando com a experiência acumulada deseus técnicos e colaboradores, tem sempreessas diretrizes em mente para melhoratender seus clientes, buscando auxiliar emsua lide diária frente aos desafios impostospela globalização dos mercados.

Techmaster11 4411-1551 www.techmaster.ind.br

Rolimac Rolamentos focará suaatuação no mercado agrícola

Na Fenasucro2013 um dosdestaques foi aRolimac Rolamentos.Estiveram presentes ossócios da empresaCarlos Salvato, LucasSalvato e GustavoSalvato e o gerentecomercial RafaelTorazan que falaramsobre qual aperspectiva daRolimac quanto aomercado no Estado de São Paulo.

“A Rolimac vem para se consolidarcomo referência em rolamentos no mercadode SP, assim como já figura em MG.Contamos com uma equipe capacitada queatua diretamente nas necessidades denossos clientes”, disse Carlos Salvato.

De acordo com Rafael Torazan, aabrangência e foco comercial da Rolimacpara o mercado paulista é concentrar o foconas usinas, já que a empresa está sediadaem Ribeirão Preto. “Buscamos atuartambém em todo mercado prestador deserviço ao segmento. Isso devido adiversidade de estoque e investimentos emcapital humano que temos feito. Nosúltimos 5 meses aumentamos em 250%

nossa equipe comercial e em 100% nossaequipe de estoque e logística, mantendo aqualidade que a Rolimac se compromete alevar a todos, independente do tamanho oudo mercado de nossos clientes”, garanteTorazan.

Segundo Gustavo Salvato, para ospróximos anos, o mercado alvo da Rolimacserá o mercado agrícola. “Investimos muitoem estoque, a fim de termos a prontaentrega produtos de qualidade, com preçosjustos e competitivos para as empresas dosegmento”, afirma Salvato.

Rolimac16 3979.7009www.rolimac.com.br

Estande da Rolimac na Fenasucro 2013 Equipe reunida no estande da Reunion durante a Fenasucro 2013

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Outubro/2013 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES 101

Atenta às mudanças e necessidades domercado, a Vibrosert EquipamentosIndustriais não só presta serviços e forneceequipamentos, como também atua comparcerias para o desenvolvimento desoluções que agreguem competitividade aosnegócios de seus clientes.

Prova disso, é a Centrífuga BateladaVSX 1800, projetada e fabricada com oacompanhamento de José Carlos deAndrade, diretor presidente do GrupoAndrade e um dos gestores maisrespeitados do setor e também deFrancisco José B. Alexandre, dodepartamento de projetos industriais domesmo grupo.

A máquina foi instalada naCompanhia Energética Vale do São Simão,usina do Grupo Andrade, em MinasGerais. De acordo com Andrade, foi umdesafio, já que se tratava de um projetonovo. “Ficamos seguros com a instalaçãodo lançamento, já que conhecemos otrabalho que a Vibrosert desenvolve emanálises de vibração, balanceamentos emanutenção de centrífugas, além de termosacompanhado de perto todo odesenvolvimento do equipamento”, conta ogestor, apontando algumas característicascomo robustez e acionamentos quediferenciam a centrífuga no mercado.

Segundo os diretores da Vibrosert, osdez anos de atuação em manutenção efabricação de componentes paracentrífugas de açúcar de diversos modelos e

fabricantes, a experiência em análises devibração e manutenção em conjunto comuma engenharia de ponta aliada aoconhecimento de seus técnicos com mais devinte anos no mercado, foram fatoresdecisivos para que as centrífugas modelosVSX fossem desenvolvidas com baixocusto, facilidade na manutenção e com

dispositivos de segurança, garantindo altaeficiência, e, consequentemente, agregandoprodutividade para seus clientes. “Amanutenção nestes equipamentos durantesanos nos atribuiu know-how para quelevássemos as soluções adequadas paracada necessidade”, acrescenta AntônioCarlos Cuiabano, diretor da Vibrosert.

O teste de desempenho da máquinana Companhia Energética Vale do SãoSimão superou as expectativas, já que aprojeção era de que a máquina produzirianove mil sacos de açúcar em vinte e quatrohoras, porém, com algumas configuraçõesde acionamentos, inclusive a raspa comsistema de ar comprimido, a produção foide aproximadamente 11 mil sacos deaçúcar no mesmo intervalo de tempo.

A raspa com sistema de arcomprimido, componente desenvolvidopela Vibrosert, tem como vantagem apossibilidade de ser instalado emcentrífugas de outros modelos efabricantes. Além disso, tem perfeitaangulação para escoamento de açúcar esistema de ar para limpeza da tela,resultando no melhor aproveitamento doproduto retido.

Na Usina Pitangueiras Açúcar e Ácoolfoi instalada a raspa com sistema de arcomprimido em uma máquina modelo1.250 de outro fabricante. Para GilmarGalon, gerente industrial da usina, ocomponente proporcionou uma eficiênciasignificativa no processo. “Antes nossamáquina retinha, em média, de 10 a 15kgde açúcar, hoje, com o componente daVibrosert, ficam retidos cerca de 4 a 6kg”,explica Gilmar.

Vibrosert16 3942.7200www.vibrosert.com.br

Lançamento da Centrífuga VSX 1800 da Vibrosert traz economia e eficiência

Gilmar Galon, gerente industrial da Usina Pitangueiras

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Outubro/2013NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES102

Authomathika Services dispõeserviços de revisão na entressafra

Investir em treinamentos e

cursos no segmento de

NR-13 dá retorno garantido

A Authomathika Services dispõeserviços de revisão na entressafra. Para omesmo, basta fazer um orçamentoantecipado, solicitando a visita de um dosagentes qualificados. A empresa temótimas condições a oferecer.

A companhia revisa diversos modelosde equipamentos, como: posicionadores,transmissores, válvulas, sensores, podemser profissionalmente revisados ousubstituídos, além de calibrados, pelaAuthomathika Services. Uma assistênciatécnica autorizada pela Yokogawa, Metso eE+H.

A empresa também é homologadapara revisões da Smar, Emerson, Foxboroe outros.

Quanto a sua atuação com driveselétricos, a empresa permite que seusclientes enviem seus drives elétricos, adespeito da marca, seja Weg, ABB,Schneider e outros. A AuthomathikaServices possui equipe e estrutura pararevisar equipamentos.

No caso da metrologia, a empresapossui know-how para calibrar: vazão,pressão, temperatura e mássico. Nosserviços de campo, a empresa, podedesmontar em campo, e efetuar revisão,metrologia e posterior montagem.

Authomathika Services16 3511.1400www.authomathika.com.br

Sem dúvida nenhuma, nos últimosanos, o índice de incidentes e acidentes detrabalho relacionados com a NR-13(caldeiras e vasos de pressão) diminuiusignificativamente. Grande parcela quecontribuiu para esse decréscimo foram osinvestimentos em cursos e reciclagensdirecionados pelas usinas do setorsucroenergético aos seus colaboradores.

Seja para operadores de caldeiras, deunidades de processos (vasos de pressão),sejam reciclagens periódicas paraaprimoramento profissional eatualizações constantes, vislumbrandosempre as novas tecnologias que surgemno setor.

O benefício dessa prática se traduzem indicadores positivos, seja sob oaspecto humano, familiar, de segurançano trabalho diário, seja sob o aspecto deeficiência e produtividade para oprodutor e empregador.

As fiscalizações do Ministério doTrabalho nesse sentido são cada vez maisfrequentes e, felizmente, quanto maisinstruídos estiverem os operadores dessesequipamentos, mais seguros estarão ehaverá menos autuações, embargos,

interdições e dissabores para osprodutores e empreendedores.

Safety RM - Segurança e gerenciamento de riscos16 [email protected]

Marcos Perticarari,

engenheiro da Safety RM

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Outubro/2013 NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES 103

Instalação elétrica é a peça chave para uma empresaAs instalações elétricas são peças

chave para funcionamento de todas aspartes de uma empresa. Sem energiaelétrica é impossível qualquer organizaçãose manter nos dias de hoje. Por esse motivoé preciso atenção na escolha do melhorprojeto. E a Projelpi possui toda a estruturapara a instalação de rede elétrica.

Instalar painéis de baixa ou médiatensão? A escolha deve levar emconsideração a utilização elétrica, fato a seranalisado por um profissional qualificado,que escolherá o painel adequado para cadanecessidade. Painéis de baixa tensãopossuem características para até 1.000volts, já os de média, até 36 mil volts.

Os diversos tipos de painéis só setornam funcionais quando projetados einstalados de forma correta. O projeto é oprimeiro passo para a determinação dotipo de painel, que segue para a produção.Nesta fase é importante ressaltar que asmatérias-primas para a produção fazemtoda a diferença na sua execução; ter peçascertificadas, além de fornecedoreshomologados e especialistas em cadaproduto favorece a montagem de umpainel de qualidade. A Certificação dospainéis também é fundamental paragarantir a segurança operacional, visto suapadronização e qualidade.

Com o painel pronto, os próximospassos são o gerenciamento e montagem.Na planta do cliente, os painéis sãoinstalados, sempre acompanhados por

engenheiros e profissionais especializados.Após a montagem, inicia-se o processo detestes, que são o comissionamento e star-up. O controle de automação encerra ociclo de montagem, um processo quegarante o acompanhamento dofuncionamento dos equipamentos, maisuma maneira de garantir a segurança

operacional da rede elétrica.São vários passos para a construção de

uma rede elétrica eficiente e segura, quedevem ser realizados por profissionaiscapacitados, visto tratar-se de uma peçachave para qualquer empresa. A ProjelpiSoluções em Energia se coloca há 14 anosno mercado para atender com qualidade

diversos setores da indústria, oferecendopainéis certificados ISO 9001, além dapersonalização dos equipamentos paracada necessidade.

Projelpi Soluções em Energia17 3519.3130 www.projelpi.com.br

Projelpi possui toda a estrutura para a instalação de rede elétrica

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Outubro/2013NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES104

Garantia judicial é

opção mais barataEm constante crescimento no Brasil, o

seguro garantia judicial vem sendoutilizado por empresas como umaalternativa às formas tradicionais degarantia exigidas para assegurar valoresdevidos em processos judiciais. A soluçãogarante o pagamento, por parte dotomador, de valor correspondente aodepósito em juízo em ações judiciais nasáreas dos direitos fiscal/tributário, cível outrabalhista.

O seguro pode substituir a fiançabancária, tipo de empréstimo maisoneroso, que se constitui numa operaçãoativa de crédito e, por isso, toma limiteoperacional do banco e limite de crédito daempresa.

Em média, a garantia judicial custamais barato que a fiança bancária,segundo o diretor executivo da ADCorretora de Seguros, Álvaro Dabus.“Além de não comprometer o limitebancário do tomador, a ferramenta evita asurpresa da ‘Penhora On-line’, que ocorrequando as contas da empresa sãobloqueadas por ordem judicial”, explica.

Cada vez mais aceita no Judiciário, amodalidade é tratada ainda com critério nomercado brasileiro. “Somente tomadoresde grande porte têm acesso. É necessáriotambém que se comprove a capacidade

operacional da empresa e que estaapresente uma tese juridicamentesustentável, a fim de que a operação sejaaceita pelas seguradoras”, destaca Dabus.

AD Corretora de Seguros14 3235.5000www.ad.com.br

Parkits fornecendo produtos com qualidade e confiabilidade

A ParkitsVedações Hidráulicase Pneumáticas iniciousuas atividades em2002 na cidade dePiracicaba–SP,importante poloestadualSucroalcooleiro enacional deBiocombustíveis e seconsolidounacionalmente nestesetor, alcançando em2010 a distinçãocertificada pelaParker Hannifincomo: “Distribuidor Classe Premier” parakits e componentes de vedação.

Em 2007 a Parkits instalou uma filialna cidade de Ribeirão Preto, SP,ampliando sua penetração junto aomercado sucroalcooleiro e fortalecendo-senos demais segmentos.

A Parkits através de sua parceria coma Parker Hannifin que é líder mundial nafabricação de componentes destinados aomercado de controle do movimento,repassa a seus clientes os produtoscertificados ISO/TS 16949:2002 quepropicia e garantia dos requisitos

específicos dos clientes em todos osprocessos internos, fornecendo produtoscom qualidade e confiabilidade.

A política Parkits não está baseada emofertar somente um produto de altaqualidade mas também dispor ao clienteum tratamento informal e acessível de umaequipe de engenheiros e técnicos altamentequalificados e credenciados para criar epropor sempre a melhor opção.

Parkits19 3421.8485www.parkits.com.br

Álvaro Dabus: garantia judicial mais em

conta que a fiança bancária

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Volume de negócios gerados na Fenasucro deve superar os R$ 2,2 bilhões O sucesso da 21ª Fenasucro dá novo ânimo a cadeia

produtiva do setor sucroenergético nacional. De acordocom a Reed Multiplus, mais de 33 mil visitantes de 20estados brasileiros e 30 países estiveram no Centro deEventos Zanini, em Sertãozinho, SP, para conferir asofertas de máquinas, equipamentos e produtos com asmais avançadas tecnologias, que melhoram a eficiênciaenergética nas usinas. A expectativa é que o volume denegócios iniciados na Feira superem os R$ 2,2 bilhões nospróximos meses.

O bom desempenho é um reflexo da credibilidadedepositada pelas 550 expositoras nacionais einternacionais na Feira, que serviu mais uma vez, parauma reflexão da importância do setor sucroenergético parao País. A edição deste ano contou com oito eventosparalelos, contabilizando mais de 60 palestrantes queabordaram temas variados, contemplando assim toda aagroindústria da cana-de-açúcar. Além de reunirautoridades, líderes de classe, técnicos e os produtores decana-de-açúcar, a Feira também atraiu um ato público emfavor do setor sucroenergético.

Outro destaque da Fenasucro 2013 foram as Rodadasde Negócios Internacional, organizadas pela Apla/Apex,que promoveram encontros comerciais entre 53 empresasbrasileiras e 21 compradores estrangeiros, vindos daArgentina, Bolívia, Colômbia, Guatemala, Quênia, Peru,entre outros países. As rodadas totalizaram 463 reuniões,que resultaram em US$ 260 milhões de negóciosprospectados até o momento. A expectativa é que osnegócios sejam ampliados nos próximos 12 meses.

A maior oferta de crédito com taxas de jurocompetitivas também deve contribuir para que osprodutores ampliem a capacidade instalada das usinascom a renovação de máquinas e equipamentos. Durante aFeira, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal

apresentaram aos expositores e visitantes suas linhas definanciamento.

Outra boa notícia anunciada pelo presidente do CeiseBr — Centro Nacional das Indústrias do SetorSucroenergético e Biocombustíveis, Antonio EduardoTonielo Filho, foi o projeto pioneiro de uma usina modelopara os alunos da unidade do Senai de Sertãozinho.“Foram investidos mais de R$ 40 milhões para capacitar osfuturos profissionais da indústria que queiram atuar no

mercado sucroalcooleiro”, afirma o executivo.Promovida pela Reed Multiplus e com realização do

Ceise Br, a edição de 2014 da Fenasucro está confirmadapara o período de 26 a 29 de agosto, no Centro de EventosZanini.

Reed Exhibitions Multiplus Feiras e Eventos16 2132.8936www.reedamultiplus.com.br

Vista aérea da Fenasucro 2013

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Outubro/2013NEGÓCIOS & OPORTUNIDADES106

É fundamental ressaltara importância damanutenção industrial,principalmente na longa esaudável vida útil dosrolamentos.

Com a BombaHidráulica, Tubos deExtensão, BuchasHidráulicas e PorcasHidráulicas BGL é possívelmontar e desmontarconjuntos de grande porteem poucos minutos,possibilitando uma operaçãoleve, segura e redução notempo de máquinas paradas.

A maior vantagem vaipara a manutenção quando énecessária remoção doconjunto rolamento/buchade fixação hidráulica do eixo.

Com uma bomba hidráulica,mangueira e engate é possível desmontarum conjunto de grande porte em poucosminutos, enquanto que no métodomecânico tradicional pode se levar até odia todo, dependendo do caso.

A BGL desenvolveu dois tipos deBomba Hidráulica Manual que englobatoda a gama de montagem e desmontagemde rolamentos e buchas. Código: BH100 ouBH160 (pressão de trabalho Mpa 100 eMpa 160).

Com entrega rápida, preçosadequados e um atendimento diferenciadoa BGL já tem disponível essas soluçõeshidráulicas para oferecer a você!

Conheça mais sobre as vantagens deredução de tempo de manutenção usandoBomba Hidráulica BGL e os acessórioshidráulicos BGL.

Acesse www.bgl.com.br/treinamento.htmescolhendo o roteiro 11 que demonstra ométodo de desmontagem de Buchas deFixação Hidráulica sob rolamentos auto-compensadores de rolos usando injeção deóleo.

Curta a fanpage da BGL nofacebook/bglbuchas e tenha maisinformações.

BGL – Bertoloto & Grotta Ltda19 3451.8210 www.bgl.com.br

O uso combinado doseletrodos revestidos CR800(WC3BNi) e CR600TiCW (ligatitânio, carbono e tungstênio) daComaso em martelos resulta emuma superliga de altíssimaresistência à abrasão e aodesgaste, resultando em aumentona vida útil dos martelos, é o querevela o engenheiro LuizFrederico Viegas Caspari, diretorde P&D da Comaso Eletrodos.

“Em determinados casosresiste ao desgaste acima de 1milhão de toneladas de canaprocessadas, muito acima do queé encontrado na maioria dasusinas”, explica.

O elevado desgaste provocaredução da eficiência na extraçãoda sacarose e leva à realização deparadas para a substituição das

facas e dos martelos, ocasionandouma significativa perda deprodução e elevados custos.

Este revestimento duro éaplicado nas faces da ferramentaque entram em contato diretocom a cana e podem serutilizados em martelos novos ouna recuperação de peças usadas,salienta Caspari.

“Estes produtos podemtambém ser usados isoladamente,porém a Comaso recomenda ouso combinado para obtenção demelhores resultados. Váriosclientes têm provado resultadossurpreendentes com o uso destasuperliga”, conclui.

Comaso Eletrodos16 3513.5230www.comaso.com.br

Boas práticas de manutençãoreduzem tempo parado de máquinas

Como aumentar

a durabilidade

dos seus martelos

Eletrodos revestidos da Comaso em martelos

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