edição 237 - agosto 2014

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DOME ILUMINADO - Conheça a tecnologia derivada da projeção mapeada que foi novidade durante as festas no Parque da Bola, no Rio de Janeiro | EQUIPAMENTOS: SCM820 - Equipamento da Shure que permite mixagem automática | CALCOLUMN - Nova série de line arrays da Meyer Sound para ambientes altamente reverberantes | AEA N22 - O primeiro microfone de fita da série Nuvo relembra os RCA | COPA DO MUNDO: Sistema VTX, Digico e Venue presentes nas cerimônias de abertura e encerramento do mundial de futebol | STAGES PIANOS - Novos conceitos com a série da Kurzweil | GIGPLACE: Conheça o dia a dia na profissão de operador de áudio | ABLETON: Entenda o Effects Rack | PRO TOOLS: Combine efeitos e ganhe novas texturas | LOGIC PRO: Use projetos anteriores em novas criações

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SumárioSumárioAno. 21 - agosto/ 2014 - Nº 237

16 Vitrine

Conheça a nova série de pedaisBoss, série Waza Craft, os novoscubos para contrabaixo daOneal e o mais novo subwooferda Ciare.

22 Rápidas e Rasteiras

São Paulo tem novos índices daSubstituição Tributária (ST) eEquipo tem novo departamentode iluminação.

28 Gustavo Victorino

Confira as notícias maisquentes dos bastidores domercado.

30 Play Rec

Desatado é o novo trabalho deNano Vianna e Ready to Die

traz Iggy Pop de volta aocenário musical.

32 GigplaceA profissão de Operador deÁudio é o destaque dessemês em entrevista comAdriana Viana.

38 Microfones AEAPrimeiro microfone de fita da sérieNUVO, ele é ideal para uso close-upe aplicações de som ao vivo.

40 Coluna de arrayA Meyer Sound apresenta sua maisnova solução para ambiente reverbe-rantes. A Calcolumn incorpora flexi-bilidade e precisão.

42 Mixagem automática

Os modelos SCM 820, da Shure,vieram para proporcionar mixagemautomática mais precisa nas aplica-ções para broadcasting e gravaçãode áudio.

96 Vida de ArtistaDando continuidade à série sobrea história dos discos de sua carrei-ra, Luiz Carlos Sá chega ao Ante-

nas, que, na opinião do músico, nun-ca deveria ter tido outro nome.

NESTA EDIÇÃO

VTX na CopaOs eventos de abertura e encerramento do Mundial de Futebol,

realizados na Arena Corinthians e no Maracanã, ficaram sob res-ponsabilidade da Gabisom, que usou o sistema VTX.

Utilizada no Rio deJaneiro, durante as festas

que aconteceram no Parqueda Bola, no Joquei Clube,a tecnologia DOMO, uma

derivação da projeçãomapeada, fez sua estreia

em terras cariocas. Osresponsáveis pela produção

do evento apostaram nanovidade, trazida da

Europa, para encantarquem esteve no local

durante as transmissõesdos jogos do Mundial em

busca de diversão.

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CADERNO TECNOLOGIA

82 Vitrine

Novos equipamentos nomercado, como o Spot Beam,da Projet Gobos, e o RobinLEDBeam 100, da Robe.

CADERNO ILUMINAÇÃO88 Iluminação cênica

Adaptação e versatilidade. Dessa vez,uma aplicação prática, mostradadurante a mega apresentação dabanda Uriah Heep no Brasil.

54 Tecnologia

Embora presente no merca-do desde o início da décadade 80, só agora a Kurzweilveio redefinir o conceito deStage Piano.

58 Logic Pro

Assim como no Logic Pro 9,é possível aproveitar parte deprojetos finalizados em novosprojetos do Logic Pro X.

Expediente

DiretorNelson [email protected] administrativaStella [email protected]@backstage.com.brCoordenadora de redaçãoDanielli [email protected]ãoHeloisa BrumTraduçãoFernando CastroColunistasCezar Galhart, Cristiano Moura, GustavoVictorino, Jorge Pescara, Lika Meinberg,Luciano Freitas, Luiz Carlos Sá, MarcelloDalla, Ricardo Mendes e Vera MedinaEdição de Arte / DiagramaçãoLeandro J. Nazá[email protected] Gráfico / CapaLeandro J. NazárioFoto: Divulgação

Publicidade / AnúnciosPABX: (21) [email protected]

Webdesigner / MultimídiaLeonardo C. [email protected] AlvesPABX: (21) [email protected] de CirculaçãoErnani [email protected] de CirculaçãoAdilson SantiagoCrí[email protected]

Backstage é uma publicação da editoraH.Sheldon Serviços de Marketing Ltda.

Rua Iriquitiá, 392 - Taquara - JacarepaguáRio de Janeiro -RJ - CEP: 22730-150Tel./fax:(21) 3627-7945 / 2440-4549CNPJ. 29.418.852/0001-85

Distribuição exclusiva para todo o Brasil pelaDINAP - Distr. Nacional de Publicações LTDARua Dr. Kenkiti Shimomoto, 1678 - MezaninoJardim Belmonte - Osasco - SPCep. 06045-390 - Tel.: (11) 3789-1628CNPJ. 03.555.225/0001-00

Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Épermitida a reprodução desde que seja citada a fonte e que nos seja enviadacópia do material. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dosanúncios veiculados.

Microfonando baixo elétricoHá diversas formas de obter resultados durante a microfonação do

contrabaixo. No entanto, duas questões podem causar um descon-forto inicial em uma produção: timbre médio e falta de definição.

62 Cubase

Em sequência ao artigo da ediçãopassada, aprenda a monitorarexplorando mais as possibilidades doControl Room.

66 Pro Tools

Que tal combinar efeitos e contruirnovas texturas ou extrapolar aaplicação de roteamento? Confiraalgumas possibilidades.

70 Ableton Live

No tutotial dessa edição, aprendacomo dar fundamentos à criação doRacks de Efeito, item já incluído nopacote original.

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CARTA AO LEITOR | www.backstage.com.br

ão foi dessa vez que conquistamos mais um título no Mundialde Futebol, mas com certeza demos uma prova de que estamos

preparados, sim, para acolher e sediar grandes eventos. O nívelprofissional alcançado entre nossos técnicos no setor de áudio secomprovou diante da sonorização competente das apresentaçõesmusicais, tanto na abertura e encerramento do Mundial, quantonas demais festas relacionadas à Copa que aconteceram pelo país.

Nos eventos realizados nos estádios Arena Corinthians eMaracanã, no primeiro e último dia da competição, por exemplo,a empresa contratada para sonorizar os dois locais teve que se ade-quar a uma série de exigências impostas pela Fifa. Local desonorização inadequado e exigências na forma da colocação dosequipamentos foram apenas algumas das situações que tiveramque ser contornadas com soluções pra lá de criativas.

No entanto, se por um lado evoluímos tecnicamente, por outro,ainda temos que admitir que na planilha de custos de todo o even-to, talvez o som tenha sido o mais, digamos, “em conta”. É notórioque a divisão do bolo ainda não se faz justa e proporcional e, com-parativamente, é difícil mensurar, por exemplo, se o valor cobra-do pela irrigação do gramado foi tão justo quanto o som que trans-mitiu as vozes dos artistas que se apresentaram.

Transportar equipamentos, descolar mão de obra técnica e arcarcom os riscos da montagem e desmontagem são apenas alguns dosquesitos incluídos na logística, e que nem sempre aparecem explí-citos para o público em geral. Geralmente é um trabalho que so-mente é notado quando algo não funciona como deveria ter fun-cionado. Temos certeza de que nem o presidente da Fifa, nem oespectador lembrou do som, muito menos quem se divertia emuma das fan fest. Mas só não lembrou porque funcionou.

Atribuir um valor a algo intangível é difícil, geralmente menossacrificado quando a empresa detém uma marca com certo valoragregado. No nosso mercado, ter uma imagem em alta é quase umapremissa como vantagem competitiva e possibilidade de gerar lu-cro. No entanto, ainda fica a pergunta: quanto vale o som?

Com certeza, muito mais do que está sendo pago.

Boa Leitura.Danielli Marinho

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Ah, a Copa!

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APHEXhttp://www.aphex.com/products/in2/

www.visomequipamentos.com.br

Essa é uma interface de áudio USB para estúdios casei-ros. O IN2 possui dois canais de pré de microfone¨Classe A¨, compressor ótico de dois canais, entradaDI, MIDI I/O, conversor de 24 bit/192 kHz, amplifica-dor de fone de ouvido que inspira a performance porter um som alto e claro. O microfone foi desenhado paraser uma interface de áudio USB que provê soluções in-tegradas. Os pré-amps do microfone Classe A proporci-onam ganhos limpos para qualquer tipo de microfone eos compressores óticos mantêm seus alcances de ganhos dinâmi-cos sob controle. Entre as características do equipamento se desta-cam 2 pré-amps Aphex Classe A, alta qualidade 24 bit/192kHz A/De D/A, entradas para microfones XLR, Botões dedicados para 48V, 75Hz HPF, e botão on/off por canal, MIDI I/O.

3 EM 1www.mcaudiolab.com

A MCAudioLab expandiu sua coleção introduzindo três módulos noformato 500-Series que cobrem um canal completo de gravação: MP1 éo Mic Preamp, OC1 é o Compressor e o SE1 é o Equalizador. Todos ostrês módulos são equipados com um op-amp 816 interno, o Amplifica-dor Operacional da MCAudioLab. Baixo nível de ruído e umafrequência de banda estendida também são características do equipa-mento. O MP1 é um microfone e um instrumento pré-amp. Ele exibeum transformador input balanceado com duas texturas diferentes desons selecionáveis, um Instrument input ¼ no painel e um medidor depico com 4 LEDs para medição de nível de saída. Já o OC1 é um compres-sor ótico com uma inovadora aproximação para o compressor do sistemade compressão. O SE1 é um equalizador passivo de duas bandas, ondecada banda tem dois controles separados para a frequência e para o corte.

WAZA CRAFT SERIESbossinfo.roland.com.br

A Boss apresenta a nova série Waza Craft,uma linha especial de pedais compactos queoferecem aos músicos a experiência maisinovadora Boss. A estreia da série inclui osmodelos SD-1W Super overdrive, o BD-2WBlues Driver e o DM-2W Delay. Todos os trêsmodelos de pedais proporcionam um somclássico Boss. O SD-1W é um dos favoritos,com seus componentes analógicos totalmen-te discretos e modos de som padrão comutáveis e personalizados. Já o BD-2W é baseado em um dos overdriversmais populares: o BD-2. O DM-2W renasceu com mais versatilidade para estilos musicais nos padrões de hoje.Usando circuitos analógicos e um delay BBD autêntico, o DM-2W ainda possui entre suas características umatomada para controle de delay e outras duas saídas separadas.

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MIC CONDENSADOR USB EL-100Uwww.lyco.com.br

O Microfone Condensador Profissional USB, LYCO EL-100U, conta com circuitos precisos e globo de grande di-mensão, e com revestimento especial para reduzir o ruído.O sistema com cabo duplo permite maior versatilidade equalidade de áudio, comparado aos sistemas que utili-zam um único cabo para alimentação USB e saída desom. Indicado para uso em computador, radiodifusão,estúdio, e coral de palco. Acompanha Shock-Mout, es-puma anti-puff, adaptador de som externo, adaptadorP2/P10, Cabo XLR / USB-P2, maleta metálica paratransporte e estojo para o microfone.

CIARE – 12.00 SWwww.amercobrasil.com.br

O Subwoofer de 12” da mundialmente reconheci-da marca Italiana CIARE tem se destacado, e mui-to, na comparação aos seus principais concorren-tes. Este transdutor de Ferrite é constituído poruma dupla bobina de 100 mm (4”); com potênciade 1000 watts RMS (AES); sensibilidade de 91 dB(@1w, 1m) e frequência de resposta de 20 - 200 Hz.Perfeito para a utilização em projetos de compactascaixas para sub graves, que poderão ser utilizadasdesde home-theaters à pistas de danças e louges bar.

FONE HP 1000www.equipo.com.br

Esse fone de ouvido HP-1000 da Waldman possui

todos os ingredientes para uma audição agradável. Suas hastesajustáveis, aliadas ao formato oval e espumas macias, permitemescutar músicas por horas em pleno conforto. Possui excelentequalidade sonora. Com cápsulas de 40 mm de alta resolução, écapaz de proporcionar um som potente e consistente, com gra-ves profundos e agudos suaves. Use o HP-1000 para dar asas àcriatividade. Fique livre para criar podcasts com qualidade. Pos-sui resposta de frequência de 20 Hz - 20kHz, comprimento docabo de 2 metros, conector 3,5 mm (P2) estéreo e adaptador 6,3mm (P10) estéreo.

CUBOS PARA CONTRABAIXOwww.oneal.com.br

A Oneal apresenta sua nova linha de amplifica-dores para contrabaixo, a linha OCB, que está dis-ponível em dois modelos: OCB 400 e OCB 600.Os equipamentos contam com recursos como Sis-tema de Ventilação Inteligente (ICS), saída paracaixa passiva (Spot), saída para fone de ouvido e aexclusiva tecla Boost para reforço nos graves eagudos. O modelo OCB 600 possui alto-falante de15 polegadas com 200WRMS, já o OCB 400 contacom alto-falante de 12 polegadas com 120WRMS.

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BLUES CUBESwww.roland.com

A série Blues Cube, da Roland, oferece uma experiência so-nora inigualável aos guitarristas, com as últimas inovaçõesda marca. Testada e aprovada pelos guitarristas tops, os mo-delos Blues Cube Artist e Blues Cube Stage são dois comboamplificadores de 1x12 cada. O Blues Cube Artist possuipotência de 80 watts enquanto o Blues Cube Stage entrega60 watts. Projetados para as performances dos guitarristas,ambos possuem gabinetes com abertura traseira, construídoscom madeira Plywood, que proporciona um tom acústico vi-brante para melhorar a presença no palco. Cada amp tam-bém é constituído por um falante de 12” customizado. Osequipamentos também têm conexão USB, o que torna fácil acaptura diretamente para gravação no PC.

AMPLIFICADOR TD 8Kwww.taigar.com.br

A Taigar System está inovando mais umavez apresentando o novo amplificador TD8K com 8000 WRMS em 2 ohms, classe D,com apenas 2 unidade de rack. Distorçãoharmônica de -10dB, resposta de fre-quência - 20 Hz a 20kHz, alimentação de180V a 260V, sensibilidade de entrada - 775mVRMS, impedância de entrada -10kohms balanceada, conectores de entrada 2 XLRF e 2 XLRM, conectores desaída speakon NL4, duto de alumínio com ventilação, automute, saída em curto,radiofrequência, soft start, alimentação de consumo 40A max, e dimensões emmm de A105 x L483 x P470. O equipamento ainda vem com gabinete em padrãorack, pesando apenas 10kg.

FONE J56BTwww.harman.com.br

A JBL lança a linha de fones JBL J, que inclui o J56BT. Os drivers de altaperformance de 40mm oferecem ótima potência de som ao J56BT e bate-ria com autonomia de 12 horas, recarregável via USB, o que garante aqualidade JBL por muito mais tempo. Conta ainda com kit de comunica-ção embutido com microfone equipado com cancelamento de eco, con-troles de fácil utilização, podendo ser usado com ou sem cabo. O equipa-mento possui ainda entre suas especificações técnicas frequência de 20Hz a 20 KHz e SPL máximo de 115dB a 30mW. Vem nas cores preto e azul.

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DEVAwww.gobos.com.br

O equipamento é um dispositivo multifuncional paten-teado que permite mensagens de áudio e captura devídeo. Ele é equipado com vários sensores (microfone,sensor de presença, foto célula, medidores de tempera-tura, umidade e pressão) e acessórios (como luzes deLED). Seu eficiente gerenciamento de energia permiteuso contínuo, já que sua bateria é recarregada automati-camente. Um moderno painel solar pode rapidamenterecarregar a bateria, mesmo em condições de pouca luz.O gabinete do DEVA foi especialmente projetado paraproteger o circuito interno da exposição aos elementosatmosféricos (temperatura, radiação, umidade e poeira),tornando-o ideal para aplicações ao ar livre.

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NOVOS ÍNDICES DA STEM SÃO PAULODesde o dia 1º de junho, o Estado de

São Paulo convive com os novos índi-

ces de Substituição Tributária (ST).

Os novos índices são resultado de

uma recente pesquisa realizada pela

Fipe (Fundação Instituto de Pesqui-

sas Econômicas) a pedido da Abe-

música (Associação Brasileira da Mú-

sica). De acordo com o comunicado

oficial da Abemúsica, apesar de te-

rem sido enviados formulários para

cerca de cem lojistas, apenas oito

participaram. No decreto do Diário

Oficial também são encontradas no-

vas datas para realização da pesqui-

sa, que é base para definir os núme-

ros que regem a Substituição Tributá-

ria. Entre as próximas datas previs-

tas, até o dia 30 abril de 2015, será

necessário oficializar a contratação

de uma nova pesquisa.

ROBE A BORDO DO MEIN SCHIFF 3Uma série de equipamentos Robe foi instalada no mais novo navio operado pela

companhia alemã TUI Cruises. Os equipamentos foram instalados no teatro principal

e espaços do clube a bordo do navio em ambos, o projeto de iluminação foi criado

por Chris Moylan, da Optikalusion, de Berlin, que já projetou shows de turnês e uma

série de eventos ao vivo e especiais, assim como vídeo e automação para apresenta-

ções da TUI Cruises. Dessa vez, Moylan colaborou com o chefe da técnica da TUI

Cruises, Torsten Hirche, em ambos os espaços do navio, a fim de construir um rig

dinâmico de iluminação que pudesse atender a diversas demandas.

No teatro, com capacidade para 1.000 lugares, o rig ficou com 47 Robe ROBIN

DLF Washes, que foram colocados acima do palco e usados como equipamentos

principais para efeito wash, tanto na frente como no fundo. Esses equipamentos

atuam juntos com os 16 ROBIN LEDWash 800, que são utilizados para luz lateral,

ou para o deck do palco onde a luz necessária seja apenas para uma pequena

área de luz agradável. Já no club Abtanzbar foram colocados 36 ROBIN

LEDBeams em uma configuração matriz acima da pista de dança.

EQUIPO TEM NOVO DEPARTAMENTO...

...de iluminaçãoA Equipo reformula sua equipeprofissional do departamento deiluminação com a contrataçãodos profissionais Sidney Ferrari eCida Franco. Sidney Ferrari assu-me o cargo de Supervisor do de-partamento. Com vasta experiên-cia, somando mais de 30 anos, elepassou por grandes empresas emultinacionais, desempenhandodiferentes funções e atendendo osprincipais lojistas e locadores deiluminação no Brasil.Cida Franco, com quase dez anosde experiência no setor, prestan-do serviços para importantes em-presas de iluminação, vem paraintegrar a equipe de vendas da

Equipo, que será supervisionadapor Sidney Ferrari. Dentre asprincipais marcas de iluminaçãodistribuídas pela Equipo, desta-cam-se Chauvet e Waldman.

Sidney Ferrari

HARMAN ADQUIRE AYURBUDS, MARCA DEHEADPHONESESPORTIVOSA Harman anunciou a aquisição da

Yurbuds, empresa líder de mercado

nos Estados Unidos na fabricação

de fones de ouvido esportivos. Os

produtos são ergonomicamente e

funcionalmente projetados especifi-

camente para atletas. Os termos da

transação não foram divulgados.

DANIEL RIBEIRO SE TORNAESPECIALISTA DA LANEYA Laney, fabricante de amplificadores

e caixas acústicas para guitarras e

baixos, apresentou oficialmente Da-

niel Ribeiro como especialista da mar-

ca no país. A partir de agora, Daniel

Ribeiro passa a integrar o seleto time

de artistas da marca britânica, que

reúne nomes de peso como Rob

Holliday (Prodigy), Tony Iommi (Black

Sabbath) e Sharlee D’Angelo (Arch

Enemy), e os brasileiros Kiko Loureiro,

Filipe Paiva e Claudio Passamani, en-

tre outros. Daniel Ribeiro é guitarrista,

compositor e produtor musical.

Bruno Valverde integra......o time SabianO baterista paulistano Bruno Val-verde, de 23 anos, acaba de se tornarendorser da Sabian, marca de pratose acessórios para percussão. A par-tir de agora, Valverde passa a contarcom toda a qualidade empregadanos instrumentos Sabian para rea-lizar workshops, shows e apresenta-ções Brasil afora. Apesar de jovem,

Bruno, que é o novo baterista dabanda de metal progressivo Angra,reúne uma série de trabalhos im-portantes que turbinam seu currí-culo profissional. Foi ganhador doFestival Odery/Modern Drummerem São Paulo e foi convidado paraparticipar, ao lado de Felipe An-dreoli, de uma turnê nos EUA como projeto solo do Kiko Loureiro.

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BANCO DO NORDESTE SELECIONA...

...projetos culturaisO Banco do Nordeste do Brasil(BNB) abriu inscrições para pro-jetos culturais 2014/2015, comdotação orçamentária de R$ 4,5milhões, oriundos de incentivosprevistos na Lei nº 8313 (Lei Fe-deral de Incentivo à Cultura, de-nominada Lei Rouanet). As ins-crições são gratuitas e poderão serrealizadas até 31 de agosto de2014 exclusivamente pela inter-

net no endereço www.bnb.gov.br/edital/programasccbnb.A análise e seleção dos projetosacontecerão de 1º de setembro a04 de outubro de 2014. A divul-gação acontecerá até o dia 05 deoutubro, no portal do Banco doNordeste (www.bnb.gov.br/cul-tura). Os projetos serão selecio-nados para realização no perío-do de novembro/2014 a dezem-bro de 2016.

ganha sistema d&bTeatro Nacional da Nicarágua

PROJETO ALMA DEBATERA FIRMA PARCERIAO projeto Alma de Batera e a Sabian

firmaram uma parceira para promo-

ver a inclusão social de pessoas com

deficiência através do contato com a

bateria. O trabalho é realizado por

meio de exercícios básicos de bate-

ria, atividades pedagógicas e dinâ-

micas corporais que visam estimular

o desenvolvimento do aluno e incenti-

var seus potenciais e habilidades. A

ideia é que, com o apoio da marca

Sabian, o projeto possa crescer.

Por meio dessa parceira, os alunos

do Alma de Batera também terão a

oportunidade de conhecer e tocar

em pratos que ídolos como Dani do

NX Zero, Vera Figueiredo, Cuca

Teixeira, Albino Infantozzih, Neil

Peart e Chad Smith utilizam para fa-

zer seus shows. Para celebrar este

início, a Sabian cedeu um prato assi-

nado por Mike Portnoy, em sua últi-

ma visita ao Brasil, para que este fos-

se convertido em doação. A verba

arrecadada será revertida para

benfeitorias do projeto.

Sobrevivente do terremoto de1972, que assolou Managua, capi-tal da Nicaragua, o Teatro Nacio-nal foi totalmente reequipadocom sistemas d&b audiotechnik.O local, que foi originalmenteconstruído para apresentação deconcertos, ganhou caixas T-Se-ries, com o uso do modelo T10, eum par de subs 27A, xA-Series.Um detalhe é que o 27A é natu-

ralmente um cardioide, removen-do qualquer tipo de potência inde-sejada. Para a medida do espaço, osengenheiros usaram o softwareArrayCalc. No palco também fo-ram usados os modelos T10, com-plementados por dois V-Subs V-Series, um por cada lado.Mais informações também nos sites:www.internationalsound.com.nie www.dbaudio.com

ATUALIZAÇÃO DA SSLA Solid State Logic tornou disponível

a atualização gratuita de seu soft-

ware Offline Setup. O SSL OffLine

Setup Application, ou SOLSA, como

é mais conhecido, permite a criação

e edição em um laptop ou PC. Ago-

ra, praticamente tudo que for feito

no console SSL pode ser manipula-

do e configurado offline, quando o

acesso ao console não for possível.

O SOLSA inclui o mesmo Help

System encontrado nos softwares

dos consoles Live, oferecendo ainda

guia embutido com tutoriais e se-

ções de referências.

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SGM ILUMINA PALÁCIO DAS ARTES EM BUDAPESTE

O Palácio das Artes, em Budapeste,é um dos locais mais prestigiadospara concertos na Europa Leste eCentral. Arquitetado por GáborZoboki, em 2005, o espaço recebeuum projeto de iluminação da ZajSystem House, que usou equipa-mentos da SGM, como o P-5. Fo-ram 90 equipamentos P-5, usadospara a iluminação da fachada. Des-ses, 48 foram customizados em pra-

ta, e colocados em colunas entre 5 e8 metros de altura. Os demais foramcolocados no terraço, teto e jardim,inclusive três elementos tiveramque ser pendurados no átrio por al-pinistas a uma altura de 18 metrosdo chão. Com a nova iluminação, aideia é valorizar a arquitetura doPalácio com uma coloração profun-da e saturada, além de reduzido oconsumo de energia.

YAMAHA LANÇA SÉRIE DE CLAVINOVASUnir toda a expressividade do piano acústico com a praticidade do instrumento elétrico

é o grande trunfo da nova série de clavinovas Yamaha. Isso é possível graças à

tecnologia de geração sonora Real Grand Expression, que integra perfeitamente o som,

o toque e os pedais. Além disso, o novo mecanismo GH3X com superfície em marfim

sintético, reproduz o funcionamento do mecanismo real do Piano Acústico (escapamen-

to). Os quatro modelos da série (CLP-525, CLP-535, CLP-545 e CLP-565GP) contam

ainda com 256 notas de polifonia, que permitem a execução de qualquer peça musical,

sem a preocupação de cortes sonoros.

FÁBRICA DE GAITEIROS

No mês de junho foi inaugurada naBarra do Ribeiro, município que ficaa 56 km de Porto Alegre, a Fábrica deGaiteiros, espaço idealizado para afabricação de acordeons de oito bai-xos, realização de cursos, palestras,demonstrações e ensaios. O local,uma histórica edificação comercialdatada de 1932, abriga o projeto ide-alizado pelo músico Renato Bor-ghetti e tem como objetivo a valori-zação e a conservação desse tradicio-nal instrumento da cultura brasilei-ra. Os equipamentos de som do local

são todos das marcas do grupo Har-man e nos ambientes, como o teatroe o minipalco, será possível encon-

trar as caixas de som da marca JBL,microfones e fones AKG, mixersSoundcraft e processadores dbx.

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DIREITOSDepois de dar uma surra histórica na se-leção brasileira, os alemães vão precisarse entender com a produtora PaulaLavigne pelo uso de uma música deCaetano Veloso em um vídeo promo-cional de sua seleção. A obra foi tema defundo de imagens que mostravam ainteração da seleção germânica em solobrasileiro. Só esqueceram de pedir a au-torização do artista para o seu uso.

DIA DA CAÇAO Ecad está processando todos os go-vernos locais onde aconteceram as fanfests da Copa do Mundo. O poder públi-co tão pródigo em cobrar tributos nãopagou os direitos autorais dos artistas. Éa máxima de que “pimenta nos olhosdos outros é refresco”...

EXEMPLOO sucesso do Festival Rio das Ostras Jazz& Blues parece ter despertado em todo opaís o sentimento de que a boa músicavende e tem muito público. Dezenas defestivais de todos os tamanhos e focadosna música de qualidade começaram aproliferar pelo país gerando uma verda-deira corrente de investimentos emprojetos voltados a um público musical-mente mais exigente e com todo o tipode “bolso”. Não temo dizer que há 11anos o encontro de Rio das Ostras come-çou isso exatamente por sua ousadia aoprovar que música boa não se faz com a

bunda ou com amigos na mídia. Isso atépode gerar dinheiro, nunca boa música.

ENCONTROO grupo RENAER formado pelas em-presas Staner, Eros, Sonotec e Musimaxreúne nesse mês centenas de lojistas,compradores, executivos do mercado,além de alguns visitantes internacio-nais para um mega evento na serra gaú-cha. O Áudio & Música Brasil acontece-rá no luxuoso Hotel Laje de Pedra, emCanela/RS. O encontro vai avaliar omercado e conhecer as novidades dequatro das maiores empresas brasileirasdo segmento de áudio e instrumentosmusicais do país.

FEUDOO glorioso Congresso brasileiro pror-rogou até 2073 os benefícios concedi-dos à Zona Franca de Manaus. A banca-da amazonense usou o período pré-elei-toral e manteve um feudo que há muitoprecisa de uma revisão. Quem conheceou já tentou montar algo lá sabe que aregião tá longe de merecer o “coita-dismo” que a criou. Virou feudo políticoblindado e longe da Receita, Polícia e daJustiça Federal. Essa mesma bancada foia única do país contra a PEC da Músicaque todos os artistas brasileiros aplaudi-ram e os consumidores adoraram.

OSTENTAÇÃOQuando eu penso que já vi de tudo, meaparece uma coisa chamada funk osten-tação. E para piorar ainda mais lançaramagora um tal de forró ostentação. Masmúsica mesmo não ostentam nada...

BICÃOO ator Johnny Depp anda empunhandosua guitarra e subindo ao palco commuita gente famosa nos EUA. Aprovei-tando sua popularidade, o moço temparticipado de vários shows de amigos.A última vítima foi o Aerosmith. Faltaagora ele aprender a tocar.

Uma retomadalenta e gradual da

economia brasileiradeve passar ao

largo do processoeleitoral que

historicamenteprovoca distorções

na avaliação doque realmente

acontece nomercado. Em ano

de eleições estátudo bem para uns

e o mundo táacabando para

outros. E não é umacoisa e nem outra.

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GUSTAVO VICTORINO | [email protected]

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FANATISMOO fundamentalismo religioso an-da fazendo estrago também nasagendas de alguns artistas. ErykahBadu foi proibida de cantar naMalásia por causa de uma tatua-gem. Lady Gaga cancelou o showem Jakarta, na Indonésia porquerecebeu ameaças de ativistas islâ-micos que a juraram de morte seaparecesse por lá, e a atual sensaçãodo oriente, a cantora curda HellyLuv anda com escolta porque tam-bém é ameaçada pelos mesmosbabacas. E tudo isso porque elascantam a alegria e o amor.

HOMENAGEADASA cantora Ana Carolina é maisum nome confirmado nas home-nagens da Festa Nacional da Músi-ca 2014. Além dela, Nelson Car-doso, diretor da Backstage, tambémreceberá o troféu pelos mais de 20anos de trabalhos prestados à mú-sica de nosso país com a mais im-portante publicação brasileira dosegmento de áudio, equipamentose instrumentos profissionais. Esem modéstia, please...

FALTANDO TECLATecladistas andam reclamandoque somente teclados de 5 oitavassão fabricados como modelos deentrada, ou seja, com preços supor-táveis pela maioria dos mortais.Mesmo teclados limitados, quandoapresentados com 76 ou 88 teclas,têm seus preços elevados à estratos-fera. Não deve ser o custo do plásti-co e muito menos do “motor” doinstrumento, já os chips por padrãosuportam escalas de até 8 oitavas.

FERRUGEMA inclusão de alumínio e aço ino-xidável entre as matérias primaspara manufatura de hardwares de

instrumentos de corda não é novi-dade, mas a sua aplicação em largaescala sempre encontrou resistên-cia por conta do custo consideradopor alguns como alto. Isso podemudar em breve. Um fabricantechinês (tinha que ser, né ?!?) andaoferecendo peças fabricadas comesses materiais anti ferruginosos apreços convidativos e praticamen-te sem diferença em relação aoscromados e dourados vagabundosque são utilizados hoje. Mas acre-dite, a ferrugem para alguns é aindaum charme que deve permanecernos instrumentos. Vá entender...

SUCESSOQuem você acha que está lideran-do as paradas americanas nesseano? Beyoncé, Coldplay, Katy Perry,Lady Gaga, Rihanna ou Lorde?Nada disso... O disco mais vendi-do nos Estados Unidos no primei-ro semestre com 2,6 milhões decópias vendidas foi a trilha sono-ra do filme Frozen, a animação ar-rasa quarteirão da Disney. O hitLet It Go cantado pela princesagelada chegou a vender quatro ve-zes mais que a segunda colocada, acantora Beyoncé. A música foicomposta pelos irmãos KristenAnderson Lopez e Robert Lopez eganhou o Oscar de melhor cançãooriginal nesse ano. Em inglês a in-terpretação é da cantora e dubla-dora americana Idina Menzel. Emportuguês a voz é da nossa genialTaryn Szpilman.

QUEDAÉ impressão minha ou alguns ca-chês outrora badalados estão cain-do vertiginosamente? Com exce-ção do poder público que notada-mente é esbanjador e corrupto, osempresários e contratantes brasi-leiros andam com as barbas de mo-

lho e contando até dez nos centa-vos investidos em espetáculos.Até os outrora inabaláveis serta-nejos andam revendo suas pedidaspara não ficarem em casa.

OUSADIAQuem diria que um dia exportarí-amos mega eventos para os grin-gos. Depois do Rock In Rio Lisboaem maio passado, vem aí o RockIn Rio USA. O festival nas terrasdo Tio Sam deixou de ser projetoe já é uma realidade. O eventoacontece no ano que vem em LasVegas e custará 75 milhões de dó-lares. O lançamento será nessesegundo semestre em Nova Ior-que com a presença de RobertoMedina e o mega investidor Ro-nald Burkle, que contam aindacom a parceria da MGM Studiosand Resorts.

AVISEIO que se temia já está acontecen-do. Equipamentos marca “qual-quer coisa” começam a ir para olixo por falta de peças de reposi-ção e manutenção. Produto bara-to de fornecedor desconhecidoou omisso é um convite a essetipo de prejuízo. E nem sempre oCódigo de Defesa do Consumi-dor ou a Justiça conseguem resol-ver a encrenca.

COPA DO MUNDOPassada a euforia e a festa, os exa-geros ufanistas são inevitáveis emuitas vezes beiram ao ridículo.Os elogios dos gringos ao Brasilprecisam ser filtrados pela alegria,musicalidade e hospitalidade donosso povo. Mas perguntem se al-gum deles quer encarar a nossa bu-rocracia, corrupção, insegurança eapodrecimento dos serviços públi-cos e morar aqui...

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A Banda Dona Zaíra, for-mada por Matheus (con-trabaixo), Diego (trian-gulo), Beibi (zabumba evocal), Rafinha (cavaco)e André (sanfona) inau-

gura uma nova

fase com o lança-mento do 3º disco#AntenaseRaízes.Com produção mu-sical assinada porDuani, o novo álbum mostra a es-sência desse quinteto que tem “cabeças nas antenas” e“pés nas raízes” e sua leitura do forró na era da músicadigital. As 12 faixas do novo disco são um convite avivenciar o forró fora dos salões de dança, com umaperspectiva diferente. Música eletrônica, iê-iê-iê,carimbó, cúmbia, rock´n´roll, jazz, MPB, tropicalismo,hip hop, catira, maracatu e coco-de-roda integram no-vas temáticas e arranjos inusitados. O novo álbum vempara escancarar a mistura que sempre norteou o traba-lho do grupo que tem suas bases no forró.

#ANTENASERAÍZES NA EUROPADona Zaíra

O trabalho de Nano vemao encontro daqueles queapreciam a boa músicabrasileira. Explorando asonoridade principal-mente do violão e voz, ocantor vai dando vida evibração a cada músicado disco. Casamata, queabre o CD, vem com a fe-

liz missão de apresentar e abrir caminho para as de-mais composições: Livro, Insone, Sinopse de um Caso,Comum Dia Dois, Mediterrâneo, Rosa, Emaranhado, An-tes Late do que Tarde e Sujos. Produzido por RodolfoSimor, e co-produzido pelo próprio Nano Vianna, otrabalho foi gravado, mixado e masterizado no FAM-Torre, tendo Raphael Herdy como engenheiro de som.

DESATADONano Vianna

Depois de um intervalode mais de 30 anos, umdos maiores grupos depunk rock do mundovoltou em 2007, o Iggy& The Stooges. Reafir-mando o seu regresso, abanda lança esse segun-do álbum de estúdio,quinto dos seus 40 anos

de carreira. Ready to Die tem lançamento pela Deck efoi produzido pelo guitarrista James Williamson, queassina as 10 faixas e a bônus track do álbum com IggyPop. Ready to Die traz músicas como Gun, Job, BeatThat Guy e a polêmica DD’s.

READY TO DIEIggy & The Stooges no Brasil

Cantor, violonista, arran-jador e compositor, Dhen-ni Santos lança esse novotrabalho, um tributo adupla Luhli e Lucina.Nas 20 canções que sele-cionou, Dhenni regravaclássicos lançados peladupla e por artistas comoNey Matogrosso, Nana

Caymmi, Joyce, Zélia Duncan, entre outros. O variadorepertório abre possibilidades de uso de diversos ins-trumentos musicais como os acústicos, eletro-eletrô-nico, naipes de cordas e metais, que vão ao encontro ese encaixam perfeitamente nas vozes de Dhenni e deLuhli e Lucina. Em Pedra de Rio, o cantor imprime suamarca, o mesmo acontecendo em Coração Aprisiona-do, Bugre e Chance de Aladim. Além dessas, tambémforam selecionadas para o álbum Cometa, que Lucinafez com Zélia Duncan, e Escultura, escrita por Luhliem 2011, além de Viola de Prata, Flor Lilás e Ao Menos,que fecha o CD e que foi a última parceria antes defim da dupla, em 1998.

PEDRA DE RIODhenni Santos

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profissão é Operadora de Áudio.A entrevistada é a Adriana Viana.

Gigplace - Vamos primeiro conhecer umpouco nossa entrevistada. Quem é aAdriana, o que você fazia antes de traba-lhar com áudio e qual a sua formação?Adriana Viana - Eu trabalhava em es-critório e fazia Faculdade de DesignGráfico, uma pessoa QUASE normal ...Fui chamada para trabalhar como re-cepcionista em uma empresa de som, equando fiquei sabendo que precisavamtambém de almoxarife; candidatei-meimediatamente à vaga. Não tinha ex-

AVamos inicialmente alargar um pouco doconceito de backstage, já que nesta série de

entrevistas algumas vezes sairemos dosbastidores dos shows e iremos trilhar os

bastidores de todas as produções que tiveremprofissionais trabalhando e que muitos de nós

mesmos, do ramo, sequer sonhamos que existamesses profissionais ou mesmo funções do áudio ou

iluminação que nunca imaginamos, mas que,direta ou indiretamente, estão ligados ao dia a

dia do entretenimento.

[email protected]

Fotos: Arquivo pessoal / Divulgação

Profissões do

backstage’backstage‘

A D R I A N A V I A N A

O P E R A D O R D E Á U D I O

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Hoje trabalho como técnica de

monitor na banda O Teatro Mágico e faço

alguns trabalhos para as bandas Baleia

Mutante, Yassir Chediak ...

periência, mas tinha interesse no ramoe queria conhecer os equipamentos.

Sua formação é a chamada velha es-cola, ou seja, você começou em em-presa, como almoxarife e foi apren-dendo as outras funções... isso dá aoprofissional um reconhecimento daimportância do pessoal das locadoraspara os técnicos da banda. Fale umpouco sobre esses estágios de funcioná-rio de locadora até técnico de banda?Infelizmente nessa locadora em queeu trabalhava não tinha oportunida-de de ficar no galpão para mexer nosequipamentos, mesmo demonstran-do tanto interesse. Foi fora da empre-sa em alguns freelas que aprendi amontar palco e realizar trabalhos co-mo roadie. Depois de algum tempo,finalmente comecei a trabalhar comotécnica de som. Em seguida comecei afazer freelas para empresas de som emeventos corporativos, baladas, bares efinalmente com empresas de somgrandes. Com o básico que aprendinos livros e apostilas sobre fundamen-tos de áudio, mais as dicas e conselhosdos grandes profissionais com quemtrabalhei, fui ganhando alguma expe-riência. Mas a estrada é a maior escolaque existe. Foi em uma das casas deshows onde trabalhava que fui chama-da por uma das bandas para ser a técni-

ca deles: a banda Almirante Nelson,que foi a primeira com a qual eu come-cei a trabalhar e viajar. Hoje trabalhocomo técnica de monitor na banda OTeatro Mágico e faço alguns trabalhos

para as bandas Baleia Mutante, YassirChediak e Almirante Nelson.

Quando começamos no áudio, sem-pre temos pessoas que abrem portas,sejam elas do conhecimento ou deoportunidades de trabalho. Quemforam essas pessoas em sua carreira?O técnico Ledjanio “Lamparina” foi oprimeiro a me ajudar. Com ele aprendia cabear, microfonar, montar todo opalco, mexer nos equipamentos e, fi-nalmente, depois de um tempo come-cei a trabalhar como técnica com ele.Tenho por ele respeito, gratidão e ad-miração profissional! Outros técnicostambém foram muito importantespara mim no início como o FernandoLopes, o Wellington Ferreira e o DavidCarnielli. Além da ajuda e apoio doBart (meu marido) e de empresas comoHAAS Eventos e Tukasom, que mederam boas oportunidades no começoda minha carreira.

É inevitável tocar no assunto pre-conceito, afinal o machismo aindaexiste. Como era ou ainda é o cho-que de chegar uma menina para ope-rar o show?É uma conquista a cada dia, pois aindaexiste muito machismo no áudio bra-sileiro. A maioria reage muito bem,porém alguns ainda ficam desconfia-

dos e desconfortáveis com esta situa-ção. O número de mulheres aumen-tou muito de alguns anos para cá eestamos conquistando nosso espaço erespeito no ramo, mas ainda encon-

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tro profissionais que dizem que sou aprimeira mulher que já viram trabalharcom som. Acostumem-se que estamoschegando para somar.

Você é profissional e mãe de uma lindamenina. Como conciliar a vida deshows com o dia a dia de mãe?É difícil conciliar a vida de mãe com otrabalho na estrada, mas amo minha fa-mília e também o meu trabalho, por issopreciso administrar meu tempo paradar conta de tudo.Agora minha filha está mais acostuma-da, ela entende que viagens e horáriosmalucos fazem parte do meu trabalho;procuro compensar minha ausêncianos dias de folga. Passei por uma fasetumultuada enquanto trabalhava noCentro Cultural São Paulo e viajavacom as bandas, mas agora que sou freelatenho mais tempo em casa.

Como surgiu o convite para vocêatuar nos monitores da banda O Tea-tro Mágico?Em uma viagem de trabalho com a ban-da do Yassir Chediak encontrei a galerado Teatro Mágico e então o técnicoClaudinei Monteiro perguntou sobremeu interesse em entrar na banda comotécnica de monitor. Imediatamente dis-se que toparia e uma semana depois ele

entrou em contato para me convidarpara entrar na equipe da banda. É umahonra trabalhar com o Claudinei, te-nho muito a aprender com ele e estoumuito feliz em desenvolver esse traba-lho há quase um ano.

Você tem atuado no mercado comofree lancer. Qual a sua visão do merca-do atual, como ele vem evoluindo des-de que você começou?O número de locadoras cresceu muito,afinal de contas hoje em dia ficou maisfácil ter acesso a equipamentos impor-tados. O áudio avançou junto com atecnologia, gosto da praticidade de boasmesas digitais e de ferramentas que faci-litem o trabalho na estrada como soft-wares e plug-ins.

O profissional de áudio atualmentepassou do modelo free lancer para oformato empreendedor. Como vocêlida com as questões: nota fiscal, im-postos? Por outro lado, o seu contra-tante já entende que para emitir notafiscal, a sua composição de custo decachê muda?A maioria dos trabalhos que realizoainda é sem nota fiscal. No meu pontode vista acho que o meu contratantedeve adicionar a porcentagem do im-posto no cachê para abater o valor da”

O número delocadoras cresceu

muito, afinal decontas hoje em diaficou mais fácil ter

acesso aequipamentosimportados. O

áudio avançoujunto com a

tecnologia, gosto dapraticidade de boasmesas digitais e de

ferramentas quefacilitem o trabalho

na estrada comosoftwares e plug-

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nota, mas infelizmente em muitoscasos isso não ocorre.

Ainda falando de mercado, ge-ralmente as negociações de cachêseguem a lei da oferta e da pro-cura. Qual a sua opinião sobreeste assunto já que não temos umórgão regulador nem tabelas aseguir? Para você, qual seria amelhor maneira de regulamentaresse processo?Os cachês devem respeitar a expe-riência e competência de cada téc-nico, porém respeitando um valormínimo decente. Encontramos naestrada cachês absurdamente bai-xos que demonstram a desvalori-zação de nosso trabalho. Em mi-nha opinião, técnico de banda temque ganhar o mesmo cachê dosmúsicos e técnicos de empresa de-vem ser mais valorizados, poismontam, testam, alinham e muitasvezes operam o show.

Pensando no futuro, que tipo deinvestimento você tem feito pen-sando na sua aposentadoria?Ainda não fiz nenhum investi-mento para a aposentadoria, porenquanto estou trabalhando parapagar as contas e comprar o neces-sário para minha casa e família.

Você faz parte do grupo Female

Pro Audio Brasil, um grupo degarotas que batalham em diversasfunções do áudio e que se junta-ram para estudar e defender abandeira feminina no mercado.Conte-nos um pouco como funci-ona o grupo.Há dois anos a Luana Morenocriou o Female Pro Audio Brasil, umgrupo no Facebook somente paranós mulheres trocarmos informa-ções, experiências e situações inu-sitadas que enfrentamos no dia adia. No início éramos poucas e en-tão eu, Roberta Siviero, Lilla, Flo-rencia e Luana resolvemos formar

um grupo de estudos onde nos en-contramos algumas vezes por mêspara estudar mais sobre acústica,teoria musical, eletrônica e elétri-ca e muitos outros assuntos impor-tantes no áudio. Neste ano conti-

nuamos aprendendo muito umascom as outras, especialmente coma Florencia Saravia e a Maria Rosa– que são professoras de áudio e te-oria musical. Agora também esta-mos organizando nossa primeiraoficina de áudio. Hoje o grupo tem131 membros entre técnicas desom que trabalham com ao vivo,estúdios, sonoplastia, microfonis-tas; algumas fazem trilha e pósprodução dentre outras coisas. Te-mos muitas feras no grupo!

O mercado de tecnologia comoum todo tem crescido em grandessaltos e o áudio segue este mesmopadrão. Precisamos entender derede de computadores, wirelessetc. O que você tem feito para seatualizar e quais áreas você achamais fascinantes?Para me atualizar frequento todosos workshops e treinamentos pos-síveis. Hoje em dia a internet é oprincipal meio de acesso para estu-dar e pesquisar. Utilizo algumasdessas novas ferramentas como ossoftwares de controle das mesas di-gitais pelo iPad. Acho fascinante aevolução em equipamentos digi-tais como consoles, potências ecaixas de som.

Muitas meninas hoje em diatêm se interessado pelas profis-sões no áudio, seja no backstageou nos estúdios. Qual o conse-lho ou dica que você daria paraas iniciantes?

Vamos pôr a mão na massa e correratrás. Temos que estudar, nos es-forçar e praticar muito para de-monstrar que estamos no ramopara agregar e não para separar ho-mens e mulheres. Para as interes-sadas em ingressar no ramo ou atépara as que já trabalham, entremna página do Facebook Mulheres doÁudio e as convidaremos para ogrupo fechado.

Para finalizar, quais os seus planospara o futuro, o que a Adriana pla-neja estar fazendo daqui a 10 anos?Daqui a 10 anos quero estar firme eforte no ramo, realizando bons tra-balhos e quem sabe até lá ter umestúdio de gravação e mixagem.Estou correndo atrás para ter umfuturo melhor!

Os cachês devem respeitar a

experiência e competência de cada

técnico, porém respeitando um valor

mínimo decente.

Este espaço é de responsabili-dade da Comunidade Gig-place. Envie críticas ou suges-tões para [email protected] ou [email protected]. E visite o site:http://gigplace.com.br.

Para saber mais

www.facebook.com/adriana.viana.1466

www.facebook.com/MulheresDoAudio

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AEA, MICROFONESAEA, MICROFONES

O AEA N22 foi desenhado pensan-do no músico compositor. Artistas

que trabalham para aprimorar suasperformances musicais e que precisam

de um microfone que traduza suas assi-naturas sonoras em uma gravação.

O N22 entrega exatamente essespontos-chave, proporcionando um

ótimo som de fita sem que seja pre-ciso equalização na maioria das

aplicações. Uma das característi-cas mais importantes é que o N22

foi projetado, colocado para testee ajustado apenas depois que mú-

sicos experientes disseram que omicrofone soava ótimo. Fazen-

do a ponte entre o vintage e omoderno, fita e condensador,

estúdio e ao vivo, o N22 é acompanhia perfeita para mú-

sicos e engenheiros de som.

O que es tá por baixodo capelo?

Com as mesmas caracte-rísticas tecnológicas do

Big Ribbon, que deu aatual reputação à AEA,

o N22 oferece um somincrível nas aplicações

bem próximas aos ins-

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[email protected]

Fotos: Divulgação

trumentos, como violões

acústicos e guitarras, piano,vocais e bateria. Com um

transistor JFET e um trans-formador alemão customi-

zado, o N22 alcança uma óti-ma performance com uma

gama de preamps, incluindointerfaces USB ou Firewire

nos setups dos home studios.A fita de puro alumínio alta-

mente protegida permiteque o N22 seja usado tanto

em som ao vivo quanto emgravações de vocal sem que

seja preciso adicionar um pop-filter.Os dois lados do N22 (frente e traseira)

soam exatamente a mesma coisa, mas te-nha em mente que o lado de trás tem pola-

ridade oposta comparado com o da frente.A polaridade positiva pode ser alcançada

posicionando o lado com o logo NUVOem direção à fonte sonora. Um clip de mi-

crofone fornecido junto com o equipa-mento pode proporcionar isolamento da

vibração na maior parte das situações.

CONTROLE DE VAZAMENTO

Um desafio constante nos estúdios de

gravação é como minimizar os vaza-mentos de instrumentos posicionados

O AEA N22 é o primeiro microfone de fita da série NUVO, para uso close-up(captação com proximidade) e aplicações de som ao vivo altamente protegidas.

Oferecendo um som incrível em aplicações como guitarras acústicas e elétricas, piano,saxofone, vocais e bateria, o equipamento possui eletrônica JFET, alimentação

phantom e um transformador alemão customizado.

DE FITA ENRAIZADOS NA TRADIÇÃO DOS RCA

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próximos uns aos outros e os seusvários microfones. Os cancela-

mentos dos microfones de fita

Especificações técnicas

Padrão direcional: bidirecional

Alcance de frequência: 20 Hz a 20 kHz

SPL Máximo: 141 dB SPL

Impedância: 92 ohms

Impedância nominal: 1.0 kohm

Alimentação: P48, 7mA.

bidirecionais rejeitam bem os sonsindesejados, o que também pode

ser benéfico em situações de refor-ço sonoro quando o feedback é

sempre uma ameaça.Pelo fato de o N22 ter um padrão

bidirecional, ele tem cancelamen-tos a 90° / 270° do eixo principal.

Projetado em três dimensões, essescancelamentos produzem um pla-

no de rejeição nas laterais dos mi-crofones que podem ser usados

Para saber online

www.ribbonmics.com/aea/N22

Com um transistor JFET e um

transformador alemão customizado, o N22

alcança uma ótima performance com uma

gama de preamps

efetivamente para reduzir o vaza-mento. Embora não elimine a ne-

cessidade de gobos, reduz bem onúmero deles. Tenha em mente

que certo grau de vazamento não énecessariamente ruim. Para alguns

estilos e gêneros, um pouco de va-zamento pode ser até benéfico

quando a ideia é criar sons de gra-vação naturais e coesivos.

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em sacrificar a potência e usando

presets pré-programados, o beamvertical desse sistema pode ser an-

gulado acima ou abaixo de 30° e podeser configurado com largura angular de

5 a 60 graus. Feixes múltiplos ou dividi-dos também podem ser usa-

dos para “caber” na aplica-ção. O estreito espaçamen-

to de condutores controla-dos de forma independente,

combinados com proces-samento de sinal, permite

formar um feixe preciso.O sistema CAL pode ser en-

contrado em três modelos, oCAL 96, CAL 64 e o CAL

32, cada um oferecendo umadiferente potência máxima

level-up a um pico SPL má-ximo de 106 em 90 metros,

no caso do CAL 96, em umafaixa de frequência de ope-

ração de 100 Hz a 16 kHz.Fornecendo uma cobertura

horizontal de 120 graus e aflexibilidade de direção do

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[email protected]

Fotos: Divulgação

CALCOLUMNCALCOLUMNARRAY LOUDSPEAKER

F L E X I B I L I D A D E E P R E C I S Ã O

O Meyer Sound CAL é uma série de line array emcoluna que oferece um controle de cobertura vertical sem

precedentes e som sem distorção para alcançarinteligibilidade em ambientes altamente reverberantes.

feixe digital para a cober-tura vertical, um único, dis-

creto alto-falante CALpode fornecer reprodução

vocal clara sobre uma gran-de área, minimizando os

reflexos indesejáveis.O equipamento consegue

isso por meio de um ampli-ficador de potência classe

D separado para todos osdrivers e tweeters, con-

trolados por algoritmosextremamente sofistica-

dos. Controlando cada elemento, seproduz individualmente maior flexibi-

lidade e precisão do que outros sistemasque controlam módulos beamsteering

compostos por vários drivers.Além disso, o CAL 64 e o CAL 96 ofe-

recem uma divisão de feixe, com vigassuperior e inferior, ajustáveis individu-

almente, tanto para cobertura de ângulovertical, quanto fora do eixo.

As opções de montagem flexíveis tam-bém permitem que os usuários configu-

rem os alto-falantes CAL em paredes

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ou colunas, e as cores personalizadas doequipamento garantem que eles se

adequem a qualquer cor de fundo. Aproteção de tempo é padrão e permite

que o equipamento possa ser instaladoao ar livre, tornando mais fácil integrar

as colunas CAL em qualquer ambiente.

SOFTWARE

A amplitude e a fase de resposta de cada

driver são projetadas para produzirinterações com os outros drivers, que

resultam no padrão de cobertura verti-cal desejado. Um grande número de cál-

culos matemáticos sofisticados tornafácil configurar os alto-falantes CAL

da Meyer Sound com o software de con-

Para saber online

www.meyersound.com

Especificações técnicas

Frequência de operação de alcance: 100 Hz – 16 kHz

Frequência de resposta: 105 Hz – 15 kHz ±4 dB

Pico SPL: CAL 96 a 90m, 106 dB peak

CAL 64 a 60 m, 106 dB peak | CAL 32 a 30 m, 106 dB peak

Cobertura vertical de 5° a 30° | 60° de irradiação, ±30° *

* Pico de SPL vai variar de acordo com a largura do feixe de irradiação

trole Compass, que se comunicacom cada unidade via ethernet. O

Compass também inclui RMS paramonitoramento em tempo real de

cada alto-falante na rede.Com o Compass também é possí-

vel ter um controle compreensíveldo CAL em cima de uma interface

gráfica e ainda ter fácil acesso atodas as características do siste-

ma CAL, até mesmo o controlede multiplas unidades. Com esse

software também é possível defi-nir a entrada ativa e substituir a

entrada; Configurar a propagaçãovertical, feixe, direção do feixe e

divisão do feixe; Editar, armaze-nar, recuperar e organizar presets,

entre outras funções.O software roda tanto em ambi-

ente Windows como em platafor-ma MAC e em ambos possui a

mesma interface. O monitora-mento RMS permite verificar o

status do sistema e os dados dedesempenho para cada alto-fa-

lante, incluindo tensão, amplifica-dor, atividade, potência, status do

driver e temperatura limite.

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sses recursos são graças à tecnologiaIntellimix, que, além de promover

uma mixagem automática, proporcionaredução de ruído de fundo por meio degating dinâmico de canal e atenuação.São cinco modos diferentes de Intel-

E

[email protected]

Fotos: Divulgação

MIXAGEMMIXAGEMAUTOMÁTICAPara o mundo

digital, o céu é olimite. Projetadopara aplicações

de fala, incluindoreforço sonoro,broadcasting e

gravação deáudio, os modelos

SCM820, daShure,

proporcionammixagem

automática commais precisão e

menoscomplicações.

limix que oferecem presets confiáveis deestilos de automixagem (Classic, Smo-oth, Extreme, Custom ou Manual) pararápida adequação da mixagem para umaaplicação em particular. O Classic, porexemplo, é ideal para ambientes mais rui-

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dosos, como reforço para o som aovivo, enquanto o Smooth é indicadopara ambientes menos ruidosos, co-mo broadcasting e gravações, tendoem vista que esse modo faz um balan-ço dinâmico no sistema de ganho en-tre os canais aberto e fechado.Já o Extreme é uma forma mais agressi-va do modo Classic, pois é configuradopara alcançar o máximo de ganho an-tes do feedback, por meio da atenua-ção completa dos canais fechados. OCustom permite customizar o Intelli-Mix para ser salvo para o computadore pode ser rapidamente carregado emum dispositivo. Se não quiser nenhumdesses, existe ainda a possibilidade deativar o modo Manual, desativando oIntelliMix, e o SCM820 opera comoum mixer padrão.Outra tecnologia embarcada no equi-pamento é a conectividade I/O au-mentada. As saídas A e B possuemnível de mic ou level selecionáveispara broadcast, sistema de reforço desom ou equipamento de gravação. Assaídas pró-canal permitem que oSCM820 seja usado como proces-sador, por exemplo.

CONTROLE FLEXÍVELO controle individual por canal paraajuste rápido de ganho, limiter, EQ esolo/mute LEDs de medição mostramem tempo real ajustes e níveis de saí-das, suporte de gerenciamento, mo-nitoração e configuração de todos osprincipais ajustes. O software de con-trole do SCM820 prevê um gerencia-mento conveniente, monitoramentoe suporte de configuração para todosos tipos de sistemas. Sua característicainclui a interface de um browser gráfi-co e é acessível por controle remoto.

DFR(Digital Feedback Reduction)

Atrelada à característica expansivadisponível no software de controledo SCM820, o usuário também tem àdisposição o DFR (Digital FeedbackReduction), que adiciona dois canaisde filtros EQ adaptáveis, que procu-ram e atenuam frequências de feed-back, notadamente melhorando oganho antes do feedback em sistemasde som ao vivo. Além de 16 filtros porcanal, opera na faixa de banda de 25Hz a 20 KHz.

CONECTIVIDADEOs modelos disponíveis com Dantetêm conectividade multi-canal atra-vés de Ethernet e também possuem li-cença para Dante Virtual Soundcardpara modelos equipados com Dante, afim de permitir capacidade de grava-ção e reprodução entre computadorese aparelhos equipados com Dante.Entre as opções disponíveis estão oSCM820 - Mixer Automático Digitalde 8 canais com Tecnologia Intel-limix e conectores Block; o SCM820-BR-DB25, mixer Automático Digitalde 8 canais com Tecnologia Intel-limix e conectores DB25; o SCM820-DAN, mixer Automático Digital de 8canais com Tecnologia Intellimix,conectores Block e Áudio DigitalDante; e o SCM820BR-DAN-DB25,mixer Automático Digital de 8 canaiscom Tecnologia Intellimix, conectoresDB25 e Áudio Digital Dante.

Para saber online

www.shure.com

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TECNOLOGIA

espaço foi criado para que os tor-cedores pudessem acompanhar as

transmissões dos jogos, prestigiassemshows, atividades culturais, esportivas,gastronômicas, além de aproveitar umVillage com festas noturnas e passeiosna roda gigante. Numa área de cerca de

O

Luiz de Urjaiss

[email protected]

Fotos: Divulgação TECNOLOGIA É USADA PELA PRIMEIRA

20 mil metros quadrados, aberta do dia12 de junho a 13 de julho, foi mais pre-cisamente no espaço Village que o pú-blico pôde conferir de perto a técnicade projeção mapeada em 360 graus numdomo completo, tecnologia inédita naCidade Maravilhosa.

Durante o mês daCopa do Mundo

de 2014, a cidadedo Rio de

Janeiro, palco dafinal entre

Alemanha eArgentina no

Maracanã,recebeu o Parqueda Bola, festival

que acolheu maisde 180 milpessoas no

Jockey ClubBrasileiro, na

Gávea.

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DOMO DOMO VEZ NO RJ

Importada da Europa, a tecnologia seiniciou em 2011, a partir de um movi-mento de artistas visuais que explo-ravam a superfície de domos paraprojeções mapeadas – até então usa-das somente em planetários comecrãs sobre astros celestes. Estes pio-

neiros criavam vídeos e animaçõespara festas e eventos em geral comimagens e efeitos visuais que valoriza-vam o aspecto geométrico do domo,para gerar uma experiência intensa ede imersão ao telespectador.De acordo com o produtor de eventosdo Parque da Bola, Luiz AugustoInchausti, a ideia de trazer a novidadeao Rio foi a solução cenográfica e deiluminação encontrada para diferen-ciar o festival dos demais. “O domofoi importado de Londres com a in-tenção de criar a identidade do Par-que. A projeção mapeada fulldome 360

graus é uma novidade nas festas doverão europeu. Buscamos uma ilumi-nação bem simples para dar destaqueà projeção”, explica Inchausti, ao de-talhar os itens do sistema de ilumina-ção: 8 Atomic 3000, 8 moving VL770Spot e console Avolites Tiger TouchII. Para o evento, foram criados gra-fismos exclusivos sob a temática decada festa, com efeitos sincronizadosàs trilhas sonoras.Segundo Jodele Larcher, diretor daprojeção em 360º, realizar esta em-preitada foi desafiador e um marcopara o trabalho de Vjing e Video-mapping, já realizado pelo diretor hámais de 10 anos. “Pudemos experi-mentar o que funciona em termos deconteúdo visual. Por ter acontecidopela primeira vez no Rio, todos ti-nham grande expectativa sobre o re-sultado. Inicialmente seriam 35 diasde festa, mas como o domo só foimontado depois, por imprevistos deprodução, tivemos 16 dias seguidoscom o equipamento. A locação deprojetores de grande potência aindatem custo elevado por serem equipa-mentos de alta tecnologia. Por isso,optamos por usar quatro projetores de15 mil ANSI Lumens. Tivemos umfeedback bastante positivo tanto depúblico quanto de patrocinadores eprodutores”, avalia Jodele.Com diâmetro de 25 metros e capaci-dade interior para cerca de 800 pesso-as, o domo só funcionanava à noite,

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por conta da luminosidade externa, queinterferia diretamente no resultado daprojeção. As festas ocorriam por voltadas 22h às 04h e, para evitar sobrecargas

dos equipamentos de iluminação, haviauma equipe para lâmpadas sobressalen-tes, em caso de pane.

PROJEÇÃOPara o trabalho de projeção, Jodeleelucida o passo a passo e destaca ossoftwares Modul8 e o recém-lançado

Blendy Dome VJ para as projeções e,como playout, o novo Macbook de retinacom uma placa matrox Triplehead2go.“Primeiro é feito o blue print do domo,baseado na planta, que é a máscara deprojeção. Após isso, passamos 15 dias de-senvolvendo conteúdo gráfico e visualem 2D, utilizando o after effects e umplug-in específico para fulldome. Depoisdisso, veio a etapa de montagem. Pri-meiro o domo precisa ser inflado e fixa-do conforme manual próprio. Após acolocação dos projetores e cabeamento,fizemos o setup e mapeamento em 10horas, divididas em duas noites – tempomenor do que geralmente levam asmontagens de grandes projetos de vi-deomapping”, destaca.“Nossa equipe foi composta pelos desig-ners Guigga Tomaz, Robson Victor eEmerson Queiroz que criaram conteú-do, além do VJ Chelmi, que revezavacom Guigga Tomaz e comigo na opera-ção”. Ainda de acordo com Jodele, exis-tem algumas peculiaridades de se reali-

No domo, a projeção envolve o

público por todos os lados, por isso o

arquivo das imagens tem que ser muito

grande (4096x4096 pixels).

Projeto de construção do Domo

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zar uma projeção mapeada em domo,se comparado ao trabalho realizadoem palco. “No domo, a projeção en-volve o público por todos os lados,por isso o arquivo das imagens tem

que ser muito grande (4096x4096pixels) e o formato em esférico gerauma distorção natural nas artes, oque impede a projeção de fotos ouvídeo com rosto de pessoas. É uma

evolução do videomapping”, explicaLarcher, considerado um dos gran-des pioneiros do formato videoclipeno Brasil, com mais de 30 anos decarreira na indústria audiovisual.Para obter sincronismo de cores,som e luz, Jodele afirma que, apesarde distintas, as equipes estavamtodas posicionadas próximas umasdas outras, fator facilitador paraum bom trabalho em conjunto. “Otrabalho de VJ era ‘live’, ou seja, es-távamos atentos ao som que o DJtocava e à temática da festa paraselecionar os arquivos de projeção,imprimir e alternar cor e velocida-de na hora. Nosso entendimentocom os técnicos de iluminação foio de trabalhar a luz apontada parabaixo e nunca direcionada para oteto ou para as paredes do domo,para esta luminosidade não ‘bri-gar’ com a dos projetores. E funcio-nou muito bem”, comemora.

Domo - Copa 2014 - Planta baixa

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COPA DO COPA DO SISTEMA VTX FOI O ESCOLHIDO PARA AS CERIMÔNIAS DE ABERTURA

m dos desafios era trabalhar com aslimitações do local. Arena Corin-

thians, ou Itaquerão, e Maracanã - doisestádios com características arquitetô-nicas bem diferentes -, não podiam ga-nhar o mesmo tratamento, embora emambos tenha sido usado o sistema VTX,da JBL. “No Itaquerão, a gente tem umaestrutura mais quadrada e no Maracanã,mais oval. No entanto, o PA é basica-mente o mesmo, os mesmos modelos decaixas, de subgraves, mas a disposiçãodas caixas e a quantidade foi diferente de

[email protected]

Fotos: Ernani Matos / Divulgação

UAntes de o árbitro apitar o início do primeiro jogo e o final daúltima partida da Copa do Mundo 2014, centenas de espectadoresque estiveram na Arena Corinthians e no Maracanã assistiram àscerimônias de abertura e encerramento do Mundial de futebol. Osdois eventos musicais, que duraram pouco mais de vinte minutos,cada um, tiveram que seguir o tal “padrão Fifa” também imposto

à sonorização dos dois eventos, que ficou a cargo da Gabisom.

Da esquerda para a direita: GianBortolotti, Marina Stoll, KikaFernandes, Valter da Silva, Bruno

Pinho, Fernando Fortes, RenatoMuñoz (em pé), Vermelho, MarcosPossato, Paulinho Seminati,

Maurício KF e Fabio Mascote O SOM DA

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MUNDOMUNDO E ENCERRAMENTO DO MUNDIAL DE FUTEBOL

um estádio para o outro. No Mara-canã tivemos mais caixas do queno Itaquerão”, observou FernandoFortes, responsável por todo oprojeto de sonorização, incluindoo gerenciamento e coordenação defrequências dos sistemas sem fio -tanto da cerimônia de aberturaquanto na de encerramento.Um dos desafios da Arena Corin-thians indicados por Fernando eraa área livre a ser trabalhada. O vãolivre entre o campo e a arquibanca- Mascote da Copa 2014, ao fundo as caixas VTX

2014

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da, por exemplo, é muito mais estreitodo que no Maracanã. Somadas a isso,há as necessidades técnicas de outrosprofissionais que precisam usar gruas,câmeras etc., restando uma área míni-ma para o posicionamento do PA.“No Maracanã, o vão livre já é maior,então tivemos mais liberdade e me-lhor condição de colocar o PA”, res-salta Fortes.Outra dificuldade em São Paulo foi comrelação ao próprio posicionamento dascaixas, porque existiam áreas que nãopodiam ser sonorizadas, como a área deentrevistas. “É claro que a prioridadedeles é a transmissão para TV, masestamos aqui e temos que fazer o melhortrabalho possível”, ressalta Fernando.“Tivemos que ter certo jogo de cinturapara nos adequarmos a eles, definironde podíamos pôr as caixas. Então essafoi uma das dificuldades que tivemosque enfrentar e tentar resolver da me-lhor forma. É lógico que poderia ser umtrabalho mais ideal, mas não podíamospendurar caixas, não podíamos fazerclusters pendurados no teto, então to-

das as caixas tiveram que ficar no grama-do, na região que foi delimitada para queelas fossem colocadas. Nos dois estádiostivemos que trabalhar com essa limita-ção”, completa. O problema de limitaçãonos dois estádios foi resolvido com o sis-tema VTX, da JBL, tanto no PA quantonos subs, mais amplificação Crown eprocessamento Lake. Para Fernando,esse foi o sistema que melhor se adequouàs exigências na sonorização. As primei-ras fileiras da arquibancada no Maracanã,por exemplo, onde o torcedor estava qua-se sentado na grama, não podia ter umacoluna imensa de caixas. “Esse torcedorestava muito no chão; então tivemosessa dificuldade, que era não atrapalhar avisão de quem estava sentado nas primei-ras fileiras”, comentou. “Acabada a ceri-mônia de encerramento, tivemos quedesligar todo o PA e recuá-lo para deixara área livre, porque repórteres e câmerasestariam ali e não podíamos atrapalhar avisão de ninguém”, falou.Além de ter mais liberdade para trabalhar,no Maracanã o número de caixas e conso-les pôde ser maior. Enquanto em São Pau-

Tivemos que tercerto jogo de

cintura para nosadequarmos a eles,

definir ondepodíamos pôr as

caixas. Então essafoi uma das

dificuldades quetivemos que

enfrentar e tentarresolver da melhor

forma

Digico usada no evento de encerramento do Maracanã (RJ)

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lo foram 46 caixas VTX V25 mais23 SUBS VTX S28, no Maracanã foipossível configurar o sistema com44 caixas mais 22 subs. O número de

Lista de equipamentos

LISTA MARACANÃ44 x Caixas de Som JBL VTX V2522 x Caixas de Som JBL TVX S2822 x Amplificadores Crown I-TECH HD4x350002 x Processadores Dolby Lake LP4D1204 x Monitores L’Acoustic 115XT HiQ01 x Console DiGiCo SD5 (PA)01 x Console DiGiCo SD7 (Broadcast)01 x Console DiGiCo SD10 (Monitor)02 x DiGiCo SD-Racks 56 in x 48 outsConexão entre DiGiCo via Optocore02 x Interfaces DiGiCo UBMADI / Playback 24 canaisSoftware QLAB para Playback / Trilha / Painel de Led01 x Microfone Shure Axient AXT200 com cápsula Beta58 (Wyclef)01 x Micrfones Shure Axient AXT100 com cápsula DPA4088 (VoxCarlinhos Brown)01 x Micrfones Shure Axient AXT100 com cápsula Shure Beta98(Percussão Carlinhos Brown)03 x Microfones Sennheiser SKM5200II com receptores SennheiserEM3732II (Ivete, Alexandre Pires, Shakira)02 x Microfones Shure UHF-R UR2 com cápsula Beta58 Uso Geral08 x Sistemas de In-ear Shure PSM100001 x Professional Wireless GX-8 Series Combiner02 x Antenas Professional Wireless PWS Helical LHCP01 x Antena Professional Wireless LPDA

LISTA ITAQUERÃO46 x Caixas de Som JBL VTX V2523 x Caixas de Som JBL TVX S2824 x Amplificadores Crown I-TECH HD4x350002 x Processadores Dolby Lake LP4D1202 x Console DiGiCo SD7 (Funcionando em total redundância)Conexão entre DiGiCo via Optocore02 x Interfaces DiGiCo UBMADI / Playback 24 canaisSoftware QLAB para Playback / Trilha / Painel de Led02 x Microfones Digitais Sony DWR-R02D (J-Lo)01 x Microfone Shure Axient AXT200 com cápsula Beta58 (Claudia Leite)03 x Microfones Sennheiser SKM5200II com receptores SennheiserEM3732II (PitBull)02 x Microfones Shure UHF-R UR2 com cápsula Beta58 Uso Geral06 x Sistemas de In-ear Shure PSM100001 x Professional Wireless GX-8 Series Combiner02 x Antenas Professional Wireless PWS Helical LHCP01 x Antena Professional Wireless LPDA

consoles também mais que dobrou.No Itaquerão, foram duas DiGiCoSD7 funcionando em redundânciacompleta, contra três consoles Di-

GiCo usados no estádio carioca:uma SD5, uma SD7 e uma SD10.Como consoles principais, foram 3DiGiCo, uma SD5 para o PA, umaSD7, que fez o broadcasting, e umaSD10 que fez o monitor. Para co-mandar, Valtinho (da Gabisom),no PA; Renato Muñoz, fazendo obroadcasting; e Paulo Seminati,fazendo o monitor. Tanto Valtinhoquanto Renato fizeram o monitore PA de todos os artistas - CarlosSantana, Alexandre Pires, IveteSangalo, Carlinhos Brown, Sha-kira e Wyclef.

ACÚSTICAPor ser oval, a acústica do Ma-racanã acaba por ser bem diferen-te do Itaquerão. “Pior, vamos di-zer assim, porque o oval aumentaa reverberação. Então a posiçãodo PA é para tentar minimizarisso um pouco mais. Lá no Ita-querão, tem um teto um poucomais rígido, então tivemos quefugir um pouco do teto, por causada reflexão. Em SP, tentamoscontrolar de um jeito, e no RJ, deoutro, mas são características di-ferentes, sim. E os estádios têmum som próprio, que é usado du-rante o jogo para fazer anúncios,

Rack de equipamentos no backstage do RJ

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como troca de jogadores, execução dohino nacional. Então nosso sistemade som foi exclusivo para a cerimô-nia”, observa Fernando.

MICROFONESPara os microfones, foram usados doissistemas de microfones sem fio, quetrabalharam na faixa de 470 MHz até806 MHz. “Para alguns artistas o sis-tema Axient, da Shure, e para outros,o transmissor 5200 com receptorEM3732II da Seinnheiser. In ear,estamos usando o PS1000 da Shure;Wycleaf e Santana pediram monitorde chão mas usaram o in-ear também”,enumera Fortes, acrescentando quetambém foi feita uma coordenação deRF e cálculo de frequência, cumprindosolicitação da Anatel, junto com a so-

licitação de uso temporário de fre-quências. De todo o projeto, a coorde-nação de RF era o ponto mais crítico,pois dentro do estádio, estavam libera-das cerca de 270 frequências para usodas redes de televisão e sistemas dopróprio estádio. Encontrar uma “bre-cha” livre de intermodulação e interfe-rência foi o desafio.Além do sistema de microfones paraos artistas, a Gabisom ficou responsá-vel por mandar o sinal para o sistemade ponto de todos os bailarinos e detodos que iam entrar no campo. “Éum rádio, é quase como se fosse umin-ear, só que não chega a ser um in-ear, é um radinho mesmo, que está re-cebendo uma frequência na faixa de70 MHz, e uma potência elevada de 6watts para transmitir informaçõespara todos os bailarinos e todos queestejam envolvidos. Eles conseguemouvir as trilhas sonoras e as deixas dostage manager, que vai o tempo todoinformando os tempos de entrada daspessoas”, explica Fernando.“Acho que sempre temos que usar anossa experiência, nosso jogo de cin-tura para tentar fazer o melhor. Eu fi-quei contente com o resultado doItaquerão. Lógico que tiveram algumasregiões que podem não ter sido ideais,mas tínhamos uma série de restrições enão tínhamos o que fazer. Aqui noMaracanã ficamos em uma situaçãobem mais confortável, porque o espaçoé muito maior”, completa.Digico usada no Maracanã

Técnicos durante a montagem dos equipamentos do evento de encerramento do Maracanã

De todo o projeto, acoordenação de RF

era o ponto maiscrítico, pois dentro

do estádio, estavamliberadas cerca de

270 frequênciaspara uso

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F O R T EREDEFININDO O CONCEITO DE STAGE PIANO

ara apagar esse estigma, o fabri-cante cuidou de logo colocar no

mercado os seus primeiros stage pianos(o SP76 e o SP88) por preços bem maisconvidativos, ambos sucessos de vendae presença certa nos palcos até hoje.Mesmo com seu nome consolidado e

um bom fluxo de vendas no mercadonacional, a Kurzweil passou na última

década por um período um tanto quan-to ofuscado no quesito desenvolvimen-

to de novos produtos. Porém, no ano

P passado com o lançamento do Kurzweil

ArtisTM, a empresa mostrou que enfimentrou pra valer no mercado de stage pi-

anos profissionais, fatia até então me-lhor explorada por outros fabricantes.

Luciano Freitas é técnico

de áudio da Pro Studio

americana com forma-

ção em ‘full mastering’

F O R T E

KURZWEIL

Embora presente nomercado desde o

início da década de1980, a marca

Kurzweil passoumesmo a se

popularizar nomercado nacionalcom o lançamento

da workstationK2500 (em 1996) eda sua sucessora, a

K2600 (em 1999),ambas

consideradasplataformas

musicaisinovadoras para a

sua época,acessíveis a umapequena elite de

profissionais quepodiam investir em

um instrumentomusical

diferenciado...

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55

O que poucos talvez esperassem neste momento é que,após essa década de poucos lançamentos inovadores, a

Kurzweil voltasse a ser a referência do mercado lançan-do o ForteTM, o seu stage piano profissional que passa a

ocupar a posição mais alta desta sua linha de produtos.

KURZWEIL FORTE

Na tentativa de fazer frente ao grande número de soft

synths lançados a cada ano no mercado, com bibliote-cas sonoras que cada vez mais se distanciam em tama-nho e definição daquelas encontradas na memória

ROM dos teclados, o ForteTM traz em seu gerador sono-ro impressionantes 16Gb de amostras (capacidade se-

quer vista nas mais poderosas wokstations da atualida-

de) gerenciados e carregados instantaneamente pelatecnologia Flash-PlayTM. Com novos timbres de pia-

nos acústicos (Steinway & Sons D e Yamaha C7), pia-nos elétricos (Rhodes MK I e MK II, Wurlitzer A200),

clavinetes (Honner D6) e cravos meticulosamentesampleados (8 camadas por tecla e decaimento natu-

ral, sem a edição de loops), o equipamento chega aalocar 3Gb de amostras em um único timbre.

Além desses timbres principais, o ForteTM traz em suabiblioteca uma expressiva coleção herdada da work-

station PC3 e da sua principal placa de expansão(KORE 64), com diversos timbres de sintetizadores

lendários (entre eles o Oberheim SEM, ARP Chroma,Yamaha TX802 e Casio CZ1, todos recriados pela sín-

tese proprietária VAST), guitarras acústicas e elétri-cas, cordas e metais, sem se esquecer do consagrado si-

mulador de órgãos eletrônicos KB 3 ToneRealTM, querecria virtualmente os tradicionais instrumentos das

empresas Hammond, Farfisa e Vox. Para facilitar oacesso aos timbres mais usados, o usuário do ForteTM

conta com a função “Favorite”, pela qual é possívelregistar e chamar os dez timbres mais usados apertan-

do apenas um botão.Ativando o seu modo de operação “Multi”, o ForteTM

permite ao usuário trabalhar simultaneamente com 4regiões (zonas) distintas, cada qual utilizando um dife-

rente timbre (Program), em uma determinada exten-são do teclado, alocado dinamicamente nas suas 128

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Para saber online

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notas de po-

lifonia. Essas con-figurações podem ser ar-

mazenadas nas 256 alocaçõesdisponíveis na sua memória interna

(user memory), as quais se encontram or-ganizadas em 16 diferentes categorias.

Item crucial em qualquer stage piano, aKurzweil optou por utilizar no ForteTM

um conjunto de teclas produzido pelaFatar, uma das principais e mais reno-

madas empresas atuantes nesse seg-mento de mercado. O mecanismo esco-

lhido foi o modelo TP/40L (teclas com75 gramas), que permitiu um bom equi-

líbrio entre a qualidade (realismo) dasimulação e o peso final do equipamen-

to (possui 22.5 kg), de modo a nãoprejudicá-lo no quesito portabilidade.

Na sua seção de efeitos, o Forte contacom um poderoso processador com 32

unidades independentes, totalizandomais de 1.000 diferentes encadeamen-

tos, que permitem incorporar aos tim-bres efeitos de reverb, chorus, flanger,

phaser, além de simulações de distorção ede alto-falantes rotativos, entre outros

derivados da consagrada tecnologiaKDFX. Para a edição minuciosa de cada

parâmetro dessa seção, o usuário contacom um aplicativo (software) compatível

com computadores (Mac e PC) e tablets,lembrando que, no painel do equipa-

mento, o usuário ainda encontrará umequalizador de 3 bandas (com a banda de

frequências médias semiparamétrica) eum compressor de botão único, que

permitem modificar instantaneamen-te a sua sonoridade. Já na sua seção de

controle, o

usuário encontra-rá 23 controladores físi-

cos programáveis, entre elesnove potenciômetros deslizantes,

cinco entradas para pedais (sendo duasdelas para pedais com controle contí-

nuo) e as onipresentes rodas de pitch bend

e modulation. Para navegar por todos os

parâmetros desses controladores, o Forteconta com visor de cristal líquido colori-

do de 480 x 272 pixels (4,3”) com ajustedo contraste em seu painel frontal.

Por fim, na seção de conectores de áudiodo equipamento o usuário terá à dispo-

sição quatro saídas balanceadas (comconversores DA operando em 24 bits e

função “mono” com detecção automá-tica) localizadas no painel traseiro e

uma saída de fones de ouvido localizadano painel frontal, contando também

com uma entrada do tipo P2 na qual épossível conectar um MP3 player ou ou-

tro equipamento similar para a repro-dução de playbacks. Para se comunicar

com outros equipamentos musicais oude informática, o ForteTM conta com co-

nexões MIDI (in/ou/thru) e com duasconexões USB (conectores tipo A e B),

sendo que estas permitem, além da tro-ca de informações entre o equipamento

e um computador ou tablet, o arma-zenamento de arquivos com a sua confi-

guração interna (cópia de segurança)em unidades flash de armazenamento

(pen-drives e discos rígidos externos).A importadora oficial da marca Kurz-

weil no Brasil é a Equipo. Mais informa-ções sobre este e demais produtos do fa-

bricante podem ser conseguidas em:http://www.equipo.com.br/Kurzweil.

Na sua seção deefeitos, o Forteconta com um

poderosoprocessador com

32 unidadesindependentes,

totalizando maisde 1.000

diferentesencadeamentos

O equipamento estará disponível noBrasil a partir de setembro

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ssim como o Logic Pro 9, é possívelaproveitar parte de projetos finali-

zados em novos projetos no Logic Pro X.Muitas vezes existe um instrumentocom uma combinação de efeitos perfei-ta para outra música ou uma cadeia deefeitos que pode ser reutilizada. Mãos àobra, então.

Crie um novo projeto (File > New) e emseguida clique no botão Browsers (Figura 1).Clique em All Files (Figura 2). Nestatela você encontrará três botões nomeio com os seguintes símbolos: ummonitor, uma casinha e uma pasta. Omonitor abre os locais de armazena-

mento do seu computa-dor, e se chama Compu-ter. O segundo, a casinha,abre a pasta relacionada aseu usuário, chama-se Ho-me. E o terceiro abre umapasta de projetos do Logic

A (tudo que você armazena em User>Mu-sic>Logic) e chama-se Project.Escolha o local onde se encontra o pro-jeto cujas partes serão reaproveitadasneste novo projeto. No meu caso o pro-jeto que quero reaproveitar está em umHD externo. Perceba na Figura 3 quequando o projeto possui mais de uma al-

ternativa, um menu pop-up aparecepara que você possa escolher qual ver-são quer acessar. Abra uma das versões everifique que toda a estrutura do projetoaparece considerando suas escolhas(Global, Audio, Inst, Aux, I/O e MIDI).Uma lista com todas as configurações etrilhas do projeto fica disponível, sendopossível escolher seu conteúdo (Con-tent), configuração de plug-ins, manda-das, automação, conteúdo MIDI.Escolha as partes que lhe interessam daestrutura e clique em Add (no final dajanela do lado direito). Pronto, toda a

XLOGIC PRO

Vera Medina é produtora, cantora,

compositora e professora de canto e

produção de áudio

APROVEITANDO PARTESD E P R O J E T O S A N T E R I O R E S

Nesta matéria,abordarei funçõesque possibilitam ouso otimizado deconfigurações de

projetos anteriores,criação de

Templates e o quepode ser feito para

compartilharprojetos ou

arquivos.

Figura 01

Figura 02

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configuração é carregada nestenovo projeto. Na Figura 4 vocêpode ver que até o conteúdo écarregado, quando escolhido. Oconteúdo de um projeto pode serutilizado em projetos novos e emprojetos em andamento, utili-zando o mesmo procedimento.Em projetos em andamento, sem-pre tome certo cuidado com rela-ção a efeitos, auxiliares e manda-das. Anote sempre tudo para nãobagunçar seu projeto inicial euma dica importante é sempremanter cada trilha com uma iden-tificação precisa. Nem sempre épossível, mas é uma boa práticapara se fazer uso desse recursode “reaproveitamento”.

É importante ressaltar que na es-colha All Files, os tipos de arquivoque podem ser acessados e impor-tados são os seguintes:• Arquivos de projetos do Logic ProX (incluindo versões anteriores);• Projetos criados no Garage Band;• Arquivos de audio;• Filmes no formato do Quick Time.

TEMPLATESNO LOGIC PRO XEsse é um assunto bem simples,porém, muito útil se você produzsempre um mesmo estilo ou sequer utilizar uma mesma configu-ração de efeitos ou de instrumen-tos. Um template é um conjuntode padrões pré-definidos que po-dem ser carregados para iniciar umnovo projeto.Para criar um template basta criaras trilhas e todas as configuraçõesdesejáveis ou mesmo utilizar a es-trutura de um projeto existente.Abra o menu File > Save as Tem-plate (Figura 5). Feche o projeto(File > Close). Agora para abrir otemplate e iniciar um novo proje-to, volte ao menu File > New fromTemplate ou digite Command+N.Uma tela semelhante à Figura 6 se abri-rá para que você escolha o template de-sejado clicando em Choose. Todos ostemplates criados ficam armazenadosna pasta Meu HD>Users>(Nome dousuário)>Library>Application Sup-port>Logic>Project Templates.Esta pasta Library geralmenteestá oculta e pode ser acessadaatravés do Finder>Go>Library(aperte a tecla Alt e a pasta Libra-ry aparecerá na lista).

COMPARTILHANDOSUAS MÚSICASO menu File > Share apresenta al-gumas opções de compartilha-mento de seus projetos, converti-dos em arquivos:• iTunes

Abra um projeto finalizado e sequiser enviar a música diretamen-

te para seu iTunes, vá para o menuFile > Share > Song to iTunes (Fi-gura 7). Será criado um arquivoconsolidado (bounce) diretamen-te em sua biblioteca iTunes e utili-zando o iTunes Match, a músicapoderá ser acessada em qualquerum dos seus dispositivos Apple(iPod, iPad etc.).O iTunes Match é um serviço pagoda Apple que cruza os dados dos seusdispositivos com os arquivos dispo-níveis à venda no iTunes, formandouma biblioteca para ser ouvida emtodos os seus dispositivos utilizandoo iCloud. Mesmo que o arquivo deáudio no seu computador tenha bai-xa qualidade, o iTunes Match irá re-produzi-lo em 256 Kbps, com qua-lidade AAC e sem DRM (DigitalRights Management).• Sound Cloud

Para compartilhar sua músicano Sound Cloud, abra seu proje-to e escolha File > Share >SoundCloud (Figura 8). Entrecom seus dados de login e apare-cerá uma tela para configuraçãodo arquivo a ser publicado. Casoqueira entrar com outra conta

Figura 03

Figura 04

Figura 05

Figura 06

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do SoundCloud, acesse Change. Para com-partilhar o projeto, selecione Bounce as theSource. Se quiser apenas compartilhar umarquivo de áudio, selecione File as theSource, clique em Browse e procure o ar-quivo a ser compartilhado. Em todos os ca-sos, digite as informações sobre o projeto,tais como Título, Artista, Compositor. Nomenu pop-up defina a qualidade do arqui-vo a ser compartilhado. Escolha a visibili-dade do arquivo (público ou privado) e de-fina as permissões para download e strea-ming do arquivo. Clique em Share. Pronto,sua música agora está no SoundCloud.• Media Browser

Os projetos do Logic podem ser com-partilhados no Media Browser de for-ma a ficarem acessíveis a outras apli-cações da Apple, tais como iMovie e

Final Cut Pro. Para isso, vá ao menuFile>Share>To Media Browser. Nocampo File Name, você pode reno-mear o arquivo. Escolha as configu-rações de qualidade através do menupop-up Quality e clique em Share.Para visualizar o arquivo, vá no Me-dia Browser de cada aplicação. Nocaso do Logic Pro X, abra Browsers eescolha Media Browser, Audio ouMovies (Figura 9).• Ringtones to iTunes

Outra opção é criar um ringtone e de-pois usá-lo em seu telefone, direto dabiblioteca do iTunes. Para isso, esco-lha uma parte de um projeto de até40 segundos ou uma parte de umamúsica. Vai abrir uma tela para ajus-te do áudio, clique em adjust e depois

vá ao menu File > Share> Ringtones do iTunes.Pronto, esse áudio apare-cerá direto na bibliotecaTones de seu iTunes (Fi-gura 10). Estas são as di-cas deste mês. Crie muitosringtones e compartilhecom amigos. Utilize suaconta do Sound Cloudpara colocar arquivos emfase de teste de forma pri-vada, acessando-os dequalquer lugar.

Figura 07 Figura 09

O iTunes Matché um serviço

pago da Appleque cruza os

dados dos seusdispositivos com

os arquivosdisponíveis à

venda no iTunes,formando umabiblioteca para

ser ouvida emtodos os seusdispositivos

utilizando oiCloud

Figura 08 Figura 10

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s conexões físicas atribuídas ao Con-trol Room são as próprias saídas da

interface ou placa de som, independen-te do formado que trabalhe: analógico,ADAT, AES, MADI, Dante. Não im-porta. A grande vantagem é podermosrotear esta monitoração em diversosformatos utilizando a configuração dis-ponível. O fato de dispensar equipa-mento externo para cuidar da monito-ração diminui os custos e o caminho a

CUBASECUBASE7.57.5

A ser percorrido pelo áudio através de co-nexões e cabos. Talvez muitos de vocêsutilizem equipamentos dedicados demonitoração ou até mesmo mixersanalógicos e digitais em seus estúdiospara cumprir esta função.O Control Room substitui estes equi-pamentos utilizando as saídas físicas dainterface ou placa de som. A imple-mentação integrada ao Cubase aindapermite o controle de monitoração dos

Olá, Amigos.Vamos

seguir comnosso artigo daedição passada

no assunto“Monitoração”e explorar mais

possibilidadesdo Control

Room doCubase.

MONITORAÇÃO E CONTROL ROOMMIXAGEM,MIXAGEM,

PARTE 2

Marcello Dalla é

engenheiro, produtor

musical e instrutor

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fones para gravação com mixes in-dependentes em até 4 vias. Issoquer dizer que você pode custo-mizar a monitoração de gravaçãocom 4 sub-mixes diferentes e si-multâneos. Falaremos disso tam-

bém mais adiante. A figura 1 mos-tra o painel do Control Room nu-ma situação de mixagem em 5.1. Osetup do estúdio Ateliê do SomRio de Janeiro já foi descrito no ar-tigo da edição anterior, então jáconsidero vocês conhecedores daminha configuração surround comas Yamaha HS7. No painel princi-pal vemos o canto superior esquer-do em vermelho sinalizando que omonitor esquerdo está em solo. Damesma maneira podemos ter osolo de todos os demais monitores

independentes ou em conjunto.Quem mixa 5.1 sabe o quanto é ne-cessário este controle seletivo so-bre os monitores. A todo o momen-to precisamos checar o que estásendo endereçado a cada monitordo sistema surround. Por exemplo,numa mixagem de um show ao vivoem 5.1 para DVD temos que fre-quentemente timbrar a voz solo nocanal central e equilibrar com o res-tante da banda no espectro sur-round. Ouvir separadamente o queestá sendo endereçado ao canalcentral e aos demais canais é umatarefa frequente durante a mi-xagem. No caso de ambientar oshow em coerência com o som daplateia captado em determinadoambiente (casa de show, teatro, es-tádio etc), precisamos ouvir os ca-nais surround separadamente para“timbrar” nosso ambiente e torná-lo envolvente quando reproduzidonas caixas do sistema 5.1.

O tempo todo temos solo de gruposou canais isolados. A figura 2 mos-tra em detalhe os botões inferioresdo painel do Control Room paracontrole seletivo destas situações.Em destaque, o botão que direcionatodos os canais de mixagem em solopara o monitor central do 5.1. Estafunção é fundamental para edição etimbragem de instrumentos duran-te o processo de mixagem.Ainda na figura 2 podemos obser-var, abaixo do painel seletivo demonitoração, as configurações de

saída em downmix automático fei-to pelo software do Control Room.Desta forma podemos saber comovai soar nossa mixagem em es-téreo, caso o DVD seja reproduzidoneste formato. Podemos sabercomo vai soar nossa mix em mono,caso este DVD seja reproduzidonum sistema direto para uma TVmono. Basta clicar em cada um dosbotões mesmo sem ter de fato rea-lizado a mix para formatos diferen-tes do 5.1. A cada etapa do proces-so de mixagem podemos fazer odownmix para que tenhamos omelhor resultado possível em cadaum deles. Vocês têm ideia de quan-to custa um hardware dedicadopara fazer este tipo de controle to-tal de monitoração com downmixautomático integrado? Compran-do barato, no mínimo umas 3 vezeso valor do Cubase 7.5 Full. Enten-deram porque eu explico tanto oControl Room?

Figura 1. Solando canais surround

Quem mixa 5.1 sabe o quanto é

necessário este controle seletivo sobre os

monitores. A todo o momento precisamos

checar o que está sendo endereçado...

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Figura 3. Aba instalação do Control Room. Plug-ins só para a monitoração

Vamos a mais um recurso importante. Vamos dizer quea sua sala de mixagem ou seu home studio tenha carac-terísticas acústicas que precisem ser compensadas com

Figura 2 . Botões de seleção de monitoração

equalização. As medições e cálculos paraidentificar ênfases e atenuações de fre-quências dentro de uma sala devem ser re-alizados com base nos princípios de acústi-ca. Não é o tema deste artigo detalhar estesprocessos. Vamos dizer que você necessitede uma equalização somente nos moni-tores para compensar alguma característi-ca específica da sala de mixagem. Você nãovai aplicar esta equalização no seu busstereo final do mixer, porque senão o re-sultado não será coerente em outros siste-mas de reprodução. Você não pode mudaro som da mixagem em função do compor-tamento acústico da sua sala ou estúdio,porque este resultado soará diferente emoutro sistema de reprodução.Entenderam? Sabem por que eu per-

gunto? Porque na realidade isso é o quemais acontece. A ausência de uma pers-pectiva mínima de equilíbrio acústicode ambiente (principalmente nos homestudios) induz a uma mixagem que com-pense o resultado do que se ouve alte-rando os parâmetros de equalização daprópria mixagem, seja nos canais separa-dos, ou no bus stereo. E é aí que mora a

maior armadilha de suas vidas: sua mixagem só soabem no seu estúdio. Já presenciaram este fato?Quantas vezes? Ouve no estúdio, está lindo, tudo cer-

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Para saber online

[email protected]

www.ateliedosom.com.brFacebook: ateliedosom | Twitter:@ateliedosom

to, o Grammy é seu! ... Ouve na casada namorada, falta grave... ouve nocarro, falta brilho... ouve na rádio,nem se compara a um CD comercial...o desejo é de vender o equipamentotodo e comprar uma rede de carri-nhos de pipoca e não se preocuparnunca mais com isso. Mas não adian-ta, o destino é implacável, você amamúsica e áudio e por isso está lendoeste artigo com minhas observaçõesácidas até aqui. Então esqueça os car-rinhos de pipoca e vamos em frente.O Control Room permite que você

aplique a equalização somente nascaixas para correção da resposta defrequências do estúdio e mantenha acoerência com o que é o arquivo finalda mixagem. A figura 3 mostra a abainferior do Control Room Mixer se-lecionada em “instalação”. À esquer-da superior da figura temos os slots deinserts dos plug-ins que vão atuar so-mente na monitoração. Simulei aquiuma correção de equalização numasala teórica com cancelamento degraves, ênfase de médios e atenuaçãode agudos. O GEQ 30 entra “com-pensando” estas características. De-pois inseri um analisador para ilus-trar uma medição de espectro de saí-da e de panorama estéreo da monito-ração e, por fim, um Loudness Meterpara uma leitura acurada em sistemascalibrados. Mas tudo isso só na moni-toração, só nos slots de inserts doControl Room, para tornar a moni-toração da nossa mixagem coerenteem frequências com o resultado do

Você não pode mudar o som da mixagem

em função do comportamento acústico da sua

sala ou estúdio, porque este resultado soará

diferente em outro sistema

arquivo estéreo gerado, compen-sando as características acústicasdo estúdio.Para realizar mais esta função emum sistema tradicional de moni-toração, teríamos que trafegarnosso sinal de áudio por mais al-guns estágios e no caminho passarno caixa eletrônico e sacar o equi-valente a mais duas vezes o valordo Cubase 7.5 Full para adquirirmais hardwares no objetivo de tero mesmo recurso. Somaram com aconta anterior? Entenderam por-

que eu encho a paciência de vocêscom o Control Room? Nenhumaoutra workstation tem esse recur-so integrado.Na próxima edição seguimos nossasaga com mais informações impor-tantes sobre monitoração. Com-prem a pipoca do pipoqueiro com-petente mais próximo e dediquem-se a seu áudio. Tem muita coisa boapela frente. Até lá.Forte abraço a todos.

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NO PRO TOOLS

ale também pensar na sua relaçãocom a arte em si. Por exemplo, in-

serir um Chorus ou um Phaser numaguitarra ou Rhodes e ajustar os contro-les e/ou carregar um preset hoje em dianão é suficiente para encantar seu cli-ente, nem é algo que alguém pode consi-derar como sua “assinatura” como pro-dutor/engenheiro de som.Vamos ver neste artigo algumas possibi-lidades em combinar efeitos para a cria-ção de novas texturas ou de extrapolar aaplicação de roteamento dentro do ProTools. São alguns exemplos com ideias econceitos que podem servir como ponto

V

Cristiano Moura é produtor, en-

genheiro de som e ministra cur-

sos na ProClass-RJ

CONSTRUINDO EFEITOS

EXERCITANDO OS CONHECIMENTOS DE FORMA CRIATIVA

NO PRO TOOLS

O Pro Tools jávem com uma

quantidade deplug-ins bem

razoável, mas ébem verdade que

alguns efeitos,como afinadores

e compressoresmultibanda, não

são incluídos.

de partida para a criação de infinitos efei-tos, onde o único limitador é sua criati-vidade e vontade de experimentar.

Construindo um compressor multibanda?Como dito acima, o Pro Tools não vemcom um compressor multibanda e, paradriblar estas limitações, é muito impor-tante o conhecimento técnico aliado aotalento artístico. Sabendo como é ofuncionamento essencial de um efeito,podemos recriá-lo.

E o que é um compressor Multibanda?

Em poucas palavras, na maioria das ve-

Fig. 1 - fluxo de sinal simplicado de um Compressor Multibanda

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zes são quatro compressores funcionando em paralelo,onde cada um é responsável por comprimir certa faixade frequência. (fig. 1).Agora vamos pensar: qual o processador capaz de divi-dir faixas de frequência como na figura 1?Sim, o equalizador; é este cara. Podemos fazer uso dosfiltros passivos para isso.Fica faltando então apenas pensarmos como criarisso no Pro Tools. Primeiro vamos endereçar o si-nal do track de áudio para os quatro auxiliares e,para isso, basta atribuir a saída do track para umbus, e usar este mesmo bus como entrada dos qua-tro tracks auxiliares.

Segundo, vamos inserir os equalizadores nos auxiliarese configurar os cortes (fig. 2). Eles não precisam (nemdevem) ter valores idênticos aos da figura 2. Você pode

configurar livremente de acordo com a necessidade.?Por último, vamos inserir um compressor logo apóscada um dos equalizadores e pronto. O resultado com-pleto pode ser visto na figura 3.

Neste momento, talvez você esteja se perguntando:mas para quê todo este trabalho, se já existem centenasde compressores multibanda prontos?Primeiramente, lembre-se do título do artigo; ofoco é fugir do óbvio e expandir sua visão sobre aspossibilidades. Também é essencial pensar na suavida fora do seu home studio onde é sua zona deconforto. Trabalhando em estúdios e empresas deterceiros, não dá para simplesmente puxar seu HDexterno da mochila e instalar o que você bem quer.Muitas vezes você vai ter que saber lidar com o setupde plug-ins disponíveis.

fig. 2 - exemplo de cortes

fig. 3 - Setup Finalizado

Também é essencial

pensar na sua vida fora do

seu home studio onde é sua

zona de conforto.

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Por último, e mais impor-tante: o que você acabou defazer é bem mais poderoso eflexível do que um com-pressor multibanda con-vencional. Agora que vocêaprendeu a dividir as ban-das de frequência, você po-de endereçar só a faixa defrequências mais altas (agu-dos) para um reverb, porexemplo. Esta é uma táticamuito comum para criar am-biência num material man-tendo os graves definidos.?Você também pode extra-polar e se livrar do limite dequatro faixas de frequências.Usando este método, vocêpoderia criar 10 compresso-res em paralelo se quisesse.?E com os faders à sua disposi-ção, você tem um controlerápido e prático do nível dasfaixas de frequências. Se qui-ser aumentar os graves do seusinal, com este método vo-cê vai direto no fader ao in-vés de precisar abrir a in-terface do plug-in de com-pressão multibanda.?

Delay como“molho especial”?

Está ficando cada vez maiscomum encontrar proces-

sadores de delay que acres-centam Chorus, Phaser,Distorção etc., o que é mui-to interessante. Ajuda asair da mesmice e a trazeruma característica particu-lar ao som e, sem dúvida, po-demos usar o mesmo con-ceito com os plug-ins do ProTools e um pouquinho deendereçamento do Mixer.?Pode parecer a princípioque é só uma questão deinserir um efeito após odelay. Por exemplo: parater um pouco de distor-ção no delay bastaria in-serir um distorcedor apóso delay (fig. 4), mas não ébem assim.?A arquitetura destes plug-ins é mais interessante. Adistorção (ou outro efeitoqualquer) se acumula con-forme as repetições vãoacontecendo.?Ou seja, a primeira repeti-ção passa pela distorção e éenviada de volta para odelay (feedback), que atra-sa o sinal mais uma vez eaplica a distorção nova-mente. Na terceira, acon-tece o mesmo processo evai assim por diante. Oresultado é que, conformefig. 4 - Configuração estática

Fig. 5 - Feedback zerado no Delay

Por último, e maisimportante: o que

você acabou defazer é bem mais

poderoso e flexíveldo que um

compressormultibanda

convencional.Agora que você

aprendeu a dividiras bandas de

frequência, vocêpode endereçar só afaixa de frequências

mais altas

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Para saber online

[email protected]

http://cristianomoura.com

as repetições vão acontecendo, o si-nal vai perdendo força (soando maisbaixo) e também ficando cada vezmais distorcido.?No exemplo da figura 4 o resultadoseria diferente. Todas as repetiçõesseriam distorcidas da mesma forma.?Ok, então é hora de recriarmos onosso… e nem pense em desanimar,pois é bem mais fácil do que vocêpode imaginar.?Vamos criar um delay de formaconvencional (via Aux Input eBusses) e inserir uma distorçãoapós o delay (exatamente como nafigura 4).? A dificuldade fica por

conta do feedback (repetições). Elenão pode ser aplicado dentro doplug-in. Então configure o feed-back do delay para 0% (fig. 5) e va-mos dar um jeito de fazer o feed-back acontecer “externamente”.?Você já parou para pensar o que é oparâmetro “feedback” do delay? Elecontrola a quantidade de som atrasa-do enviada novamente para dentrodo delay.?Para fazer isso externamente, bastaenviar (via send) o sinal do delay +distorção novamente para o Input doAuxiliar Track (fig. 6). Quanto maissinal enviado, mais repetições.?

Importante: há de se ter cuidadocom o nível do sinal. Você está reali-mentando manualmente, por issovocê deve evitar exceder 0 dB senãoa cada “loop” de sinal, haverá umacréscimo no nível que pode danifi-car equipamentos.?

Mais importante ainda: não sedeve fazer isso sem um delay inseri-do no track.?

E é isso. Vamos ficando por aqui, mastente pensar em novas combinações:Delay + Phaser, Reverb + EQ, Com-pressor + Delay… Todas estas combi-nações são válidas e depende de vocêsencontrarem ambiente, estilo de mú-sica e instrumentos que podem se be-neficiar das sonoridades criadas.?Abraços.

Fig. 6 - Configuração dinâmica

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bra o Ableton Live (Session View)e no canto superior esquerdo clique

no botão do Browser (triângulo cinza-escuro indicado pela seta vermelha)para acessar Audio Effects (Browser/Categories/Audio effects - realçado emamarelo). Se a aba do diretório de efeitos(pequeno triângulo) estiver aberta,mostrando presets de fábrica, não sepreocupe, clique no triângulo para fe-char o diretório...Agora encontre Audio Rack Effects(deve ser um dos primeiros da lista) earraste (apertando o botão esquerdo domouse), como indica a seta em amarelo,para cima de um Audio Track.Repare que o Detail View (parte de baixoda janela) mostra um Template de Audio

A

Lika Meinberg é produtor, orquestrador, arranjador, compositor,

sound designer, pianista/tecladista. Estudou direção de

Orquestra, música para cinema e sound design na Berklee

College of Music em Boston.

Effects Rack vazio, pronto para receberalgum efeito. Basta arrastar algum efeito(Drop Audio Effects Here), utilizando omesmo processo anterior.

Bem, vamos tentar descrever a funciona-lidade desses pequenos ícones primeiro.Esse primeiro ícone (# 1 em azul) é oON/OFF do Rack, e o nome já explicatudo, serve para ligar e desligar o Rack.Logo abaixo (#2 em verde) ao clicar-mos nesse ícone, o mesmo se expandeem um set de 8 botões controladores(Macros) que servem para mapearmosos parâmetros dos efeitos.O próximo ícone (#3 em verde), ao serselecionado, abre esse campo (em rosa)onde os efeito estarão alinhados na ho-

ABLETON LIVEABLETON LIVEAUDIO EFFECT RACK

PARTE 1

O propósito dessetutorial é dar

fundamentos àcriação dos nossospróprios Racks deEfeitos, ou Effects

Rack. O Ableton Live,em seu pacote originalde fábrica, já vem com

muitos presets deefeitos prontos, assim

como alguns “Racks”também, todos muito

bem estruturados comqualidade

profissional. Portanto,ao compreendermos os

fundamentos,poderemos utilizar oumodificar esses presets

para criar EffectsRack para as nossas

necessidadesespecíficas. E lógico,também criar nossos

próprios presets.Então, mãos a obra!

Fig. 1-Adding rack fx

Fig. 2 - Rack On-Off

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rizontal em Chain, para processos deautomação específicos (falaremos so-bre Chain na segunda parte dessetutorial - manteremos desabilitado efechado por hora).

O último ícone dessa série (#4 emamarelo) serve para minimizar ou ex-pandir o Audio Effects Rack, no casode termos que usar mais de um rackpor canal dificultando a visualizaçãoe o manuseio.

MONTAGEM DO RACK

Encontre o efeito Frequency Schifterno diretório (mesma lista de AudioEffects) e arraste para o Rack... Positivo,aí está o nosso primeiro efeito do AudioEffects Rack personalizado. Vamos emfrente e adicionemos outro efeito,quem sabe um Ping Pong Delay. Procu-

re no diretório e arraste. Mas atenção,você deve arrastar exatamente paracima da última linha cinza-escuro à di-reita do Rack, como mostra a próximaimagem, indicado pela seta em verde.

Repare que, ao tocar a linha divisó-ria indicada pela seta, ela fica sele-cionada em azul. Então solte o bo-tão esquerdo do mouse e o novoplug-in de efeito se instalará ali,dali para > direita.Mais uma vez... para o propósito dessetutorial, o novo plug-in deve seralocado nesse exato local!

O resultado do nosso Rack até en-

tão deverá ser algo como na ima-gem abaixo.

Temos um Audio Rack com dois efei-tos: Frequency Shifter e Ping PongDelay; e um set de 8 botões para se-rem programados.

Fig. 3 - Macro Bottons

Fig. 4 - Chain - expand Bottons

Fig. 5 - arraste Shifter

Fig. 6 - Ping Pong

Fig. 7 - Simples rack

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Para saber online

Facebook - Lika Meinberg

www.myspace.com/lmeinberg

Para ouvir o resultado até agora, vocêpode arrastar algum Audio Clip ou Looppara algum dos Clip Slots do AudioTrack em que estamos trabalhando.

Dando sequência, vamos começarprogramando algum botão “Macro”,para entender o princípio, e apro-fundar esses mapeamentos na segunda

parte do tutorial.Clique com o botão direito do mouseno ícone ON/OFF do plug-in Fre-quency Shifter, como mostra a setavermelha. Vai abrir um submenu. Se-lecione Map to Macro 1.Pronto, o botão Macro 1 está ma-peado. Ao movê-lo, o plug-in alterna-rá entre ON e OFF.O primeiro botão Macro agora estácomo Device On (realçado à esquerdaem cor laranja) e o ícone ON/OFF

(indicado pela seta em amarelo) temesse detalhe em verde, uma pequenaseta para baixo, indicando que essedispositivo está “mapeado”.

Agora você pode renomeá-lo (seleci-one CRTL+R), como foi feito, FShifON/OFF e mude de cor para facilitara identificação.No próximo seguimento desse tuto-rial, nos aprofundaremos nesses ma-peamentos com outros parâmetros, etambém aplicaremos Chain para al-ternarmos entre muitos Racks e Efei-tos com seu controlador MIDI.Boa sorte a todos.

Fig. 8 - Loop

Fig. 9 - Map macro

Fig. 10 - Detale do Plugin

Fig. 11 - Rename-color change Rack

Dando sequência,vamos começar

programandoalgum botão

“Macro”, paraentender o

princípio, eaprofundar essesmapeamentos nasegunda parte do

tutorial

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PROD

UÇÃO

MUS

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CONCEITOS

m bom procedimento a ser adota-do é deixar o elemento principal

tocando e ir levantando os outros ele-mentos aos poucos. Um bom truque éalternar os elementos secundários como principal, e depois os secundários en-tre si, mixando, por exemplo, só bateria

U

EQUILIBRANDOUMA MIXAGEM

Ricardo Mendes é produtor,

professor e autor de ‘Guitarra:

harmonia, técnica e improvisação’

PARTE 2

(CONTINUAÇÃO DA MATÉRIA DE CAPA ED. 236)

CONCEITOS

e voz, de maneira que já soe bem, comose a música fosse somente bateria e voz.Depois, somente os violões e a voz, osteclados e a voz, e assim por diante.Em um segundo momento, você podetambém alternar entre os elementos se-cundários. Pode levantar somente vio-

Uma veztrabalhados os itens

centrais de umamúsica, podemos ir

para os outroselementos.

Realmente não háuma ordem de

prioridades nestecaso, a não ser que

haja um segundoelemento mais

importante do queos outros, mas issojá seria a questão

de se analisar casoa caso.

Figura 1

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75

lões e teclados e equilibra-los entre si. Ou bateria epercussão. É uma boa idéia levantar elementos pareci-dos entre si, pelo fato de que eles competem pela“atenção” na mixagem, facilitando-a assim para en-contrar uma solução para tornar os dois mais claros.Quando temos dois elementos parecidos ou então atu-ando em uma mesma faixa de frequência, o recurso maiscomum para torná-los mais claros na mixagem é colocarum em oposição ao outro no panorâmico. Se houverdois violões, é extremamente comum colocar um para adireita e outro para a esquerda. A mesma coisa para gui-tarras. Ou então em um arranjo com voz, piano, bateria,baixo, piano e guitarra e órgão, um bom caminho serialevantar a voz e piano primeiro, depois bateria e baixo, epor último a guitarra e o órgão. Abrir a guitarra em opo-sição ao órgão no panorâmico ajudaria a liberar o centropara a voz, o que facilitaria a sua percepção sem que fossenecessário aumentar muito o volume. Desta maneira osinstrumentos não ficarão demasiadamente baixos, dan-do um maior corpo à música mixada.Outra situação muito comum é existir uma percussãoaguda como um shaker, ovinho, xequerê, caxixi, cho-calho ou similar executando uma função rítmica pare-

cida como o hi-hat da bateria e também uma bateriatocando na mesma faixa. Normalmente as peças dabateria são distribuídas no panorâmico de maneiracorrespondente à sua disposição física no set de bate-ria. Olhando de frente para o baterista, o hi-hat estariaà direita de quem vê. Nesse caso o hi-hat será posicio-nado no panorâmico totalmente para a direita. Se oshaker também estiver posicionado para a direita, eleirá se confundir com o hi-hat. Se ele estiver no centro,ainda haverá uma confusão, pois metade do sinal deletambém estará no canal direito. No entanto, se oshaker for colocado do lado oposto ao hi-hat, não ha-verá a competição entre os dois, pois estarão tocandocada um em um canal sem competir por espaço no es-pectro de frequência. (Figura 1)

O mesmo raciocínio se aplica a uma cama de teclado eum órgão, por exemplo. Ou então a uma situação típi-ca no estilo do samba: imagine um set de percussãoonde temos um pandeiro, um ganzá, um tan-tan, doistamborins e um surdo. Como equilibrar este set depercussão? O pandeiro é um instrumento que reúnemédio-graves e agudos. Os médio-graves estão napele, sendo o centro da pele a parte mais grave e a bor-

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76 da da pele a parte mais média. As plati-nelas ficam responsáveis pela parte agu-da. Já o tan-tan não tem a região aguda,enquanto o ganzá não tem região grave.Então podemos passar a considerar asoma do ganzá com o tan-tan como uminstrumento só. E esse “instrumento”irá em contraposição ao pandeiro no pa-norâmico. Ou seja, podemos virar o pan-deiro para um lado do panorâmico e oganzá e o tan-tan para o outro lado. Equanto aos dois tamborins? Não poderiaser mais fácil. Como são praticamenteidênticos, coloca-se um para cada lado.O surdo vai no centro. Desta maneira,com o pandeiro para a esquerda, o ganzá eo tan-tan para a direita, um tamborimpara cada lado e o surdo no centro, tere-mos um set de percussão bem distribuídono panorâmico. Somente depois destadistribuição feita é que devemos ajustaros volumes. Fazendo desta maneira, apossibilidade de errar no equilíbrio ébem menor. (Figura 2)

Uma vez tendo determinado a sua dis-tribuição de todos os instrumentos nopanorâmico da música, é que se chega omomento de equilibrar os volumes.Dificilmente conseguirá se chegar aum bom equilíbrio de volumes sem ter

Para saber mais

[email protected]

feito a distribuição no panorâmico an-tes. Outro truque interessante parachecar o equilíbrio: escute em volumebaixo. É muito mais fácil errar no equi-líbrio quando estamos escutando amixagem em volumes altos. Outra dicaclássica: saia da sala de mixagem e fi-que escutando a mixagem lá do corre-dor ou do lado de fora da sala. Ajuda asaber como irá soar a nossa mixagemem condições adversas.Mais uma dica: de vez em quando, mute

algum elemento na mixagem para per-ceber o quanto ele está fazendo falta ounão. Se você tirar um elemento damixagem, e quase não sentir a diferençaquando ele sai, isso pode ser um sinal deque este elemento estava baixo demais.Uma das coisas mais comuns de se errarno equilíbrio de uma mixagem, em es-pecial mixagens com guitarras pesadas,é o volume do baixo. Essa técnica, deretirar o baixo da mixagem para compa-rar como fica a mixagem com e sem ele,costuma funcionar em 99% dos casos.Se você tirar o baixo e não fizer diferen-ça, pode aumentá-lo um pouco...

Figura 2

Outro truqueinteressante para

checar o equilíbrio:escute em volume

baixo. É muitomais fácil errar noequilíbrio quando

estamos escutandoa mixagem emvolumes altos.

Outra dicaclássica: saia da

sala de mixagem efique escutando a

mixagem lá docorredor ou do lado

de fora da sala

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uas questões iniciais podem acabarpor permear a gravação do baixo elé-

trico com microfones nas caixas acústi-cas: falta de definição e um timbre mé-

dio, com esta região de frequências pro-nunciadas de tal modo que, dependendo

do estilo e sonoridades pretendidas, po-dem se tornar um fator a ser corrigido.

Embora com soluções práticas, estes pe-quenos empecilhos causam certo des-

conforto inicial em uma produção.Comecemos por avaliar a sala de grava-

ção e o local onde posicionaremos o

D amp, com as caixas e os mics. O som dobaixo elétrico, a princípio, pode sofrer

de alguma falta de definição e embolarcom facilidade, portanto procure ambi-

entes com pouca reflexão sonora, semparedes paralelas e chão ou superfícies

de madeira. Um bom local é um ambi-ente com timbre ‘morto’ sem reverbs

naturais. Normalmente uma sala comtimbre ‘quente’, porém sem reflexões,

são os melhores locais, mas nada comoexperimentar locais e posicionamentos

diferentes das caixas acústicas.

MICROFONAÇÃODE BAIXO ELÉTRICO

Jorge Pescara é baixista, artista da

Jazz Station e autor do ‘Dicionário

brasileiro de contrabaixo elétrico’

Nesta edição,vamos falar sobre

dicas demicrofonação de

baixo elétricodurante umagravação em

estúdio. Há váriasformas

diferenciadas de seobter os resultados

pretendidos,quaisquer que

sejam eles, parauma ótima

sonoridade dosgraves do baixo,

agregada aosharmônicos mais

altos,proporcionando

assim, um timbrecheio e definido.

Então, vamosa isto...

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O próximo ponto é definir seusaremos um pequeno combo

(amplificador com proporçõesreduzidas embutido dentro/aci-

ma da caixa acústica), ou um sis-tema completo com amplificador

(que pode ser o cabeçote já pron-to, ou um power amp, com pre-

amp dedicado, em separado. Nes-te ultimo caso necessitamos de

uma ou duas caixas acústicas se-paradas. As combinações de

caixas devem obedecer aos requi-sitos de estilo e sonoridade do

projeto. Caixas de graves normal-mente são: 1x18” 1x15” ou mes-

mo 2x15” e, em alguns poucos ca-sos, 4x15”. Já as caixas de médios e

agudos (que podem ou não possuirdrivers ou horns para altos har-

mônicos) são: 2x8”, 4x8”, 2x10”,4x10” ou 8x10”. Esta última, pelo

resultado da somatória em cu-bagem, pode ser usada como caixa

de graves, perfeitamente!

VAMOS AOS MICS

Por conta do contrabaixo elétri-

co produzir frequências graves,microfones dinâmicos ou mode-

los condenser que possuem dia-fragmas de grandes proporções

trabalham muito bem. Por outrolado, pode-se experimentar con-

densers com diafragma pequeno,pois em algumas poucas ocasiões

e exceções eles acabam por fun-cionar bem.

Capturar toda a capacidade tonaldo instrumento na hora da grava-

ção é imprescindível para um pro-jeto dar resultados positivos.

Como o uso de dois ou mais micspode afetar a fase do sinal, cau-

sando cancelamento de frequên-cias – o que gera um novo pro-

blema a ser observado, comeceposicionando um microfone só

na primeira caixa, para começara testar o timbre. A primeira e

mais importante posição para ummic quando se grava contrabaixo é

localizá-lo bem em frente à caixa,entre 5 e 30 centímetros de dis-

tância, angulando o diafragma domic em relação ao falante da cai-

xa. Há um compromisso de fre-quências aqui, sendo que, quando

se posiciona o mic apontado para

o centro do falante, mais agudosserão captados e, ao contrário,

quanto mais afastado do centrodo falante, apontando o mic em di-

reção às bordas dele, mais graves se-rão captados. Alguns técnicos pre-

ferem usar uma caixa de 4x10” eposicionar um mic em frente a um

dos falantes, outros preferem apon-tar para o centro físico dos 4... Mais

um bom teste a se realizar. Lembre-se que, em uma caixa com dois ou

mais falantes (4, 6, 8 etc.) um podesoar completamente diferente do

outro, por vários fatores de desgas-te no uso etc., então é melhor sem-

pre experimentar posicionar eapontar o mic para cada um deles a

fim de se certificar de cada timbre.

Em seguida, podemos inserir o micna caixa de graves, observando as

dicas anteriores, levando em contaque: mic apontado para o centro do

cone do falante é igual a mais agu-dos. Ao contrário, apontado para as

bordas do falante, significa maisgraves. Somente agora podemos in-

serir outra opção, qual seja, quantomais afastado da caixa acústica (cla-

ro, dentro dos planos delimitadosanteriormente), mais ‘ar’ e sonori-

Capturar toda a capacidade tonal

do instrumento na hora da gravação é

imprescindível para um projeto dar

resultados positivos

Posição para um mic na gravação do contrabaixo, entre 5 e 30 cm de distância

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dade ‘viva da sala’ se capta. Há umapequeníssima corrente que adota um

mic no canto alto do outro lado da sala,apontado ligeiramente para a caixa, a

fim de se obter o ‘som ao vivo da sala’.Mas nesse tipo de configuração au-

mentam nossas preocupações com fasede sinal, sobrecarga, realimentação de

sinal (erroneamente chamada de ‘mi-crofonia de graves’) etc. Quando se

usam dois ou mais mics, é preciso in-verter a fase do sinal, no canal da mesa,

para não perder ou mesmo matar o somfinal do baixo. O que o tornaria magro,

sem punch e sem vida.Atente para o fato de que, ao usar caixas

microfonadas em um amplificador val-vulado, ou mesmo de transistor, e que

possua compressor, durante a gravaçãode baixo, diminui-se um pouco a ne-

Mudanças tonais ou timbrísticas podem ser obtidas alterando os tipos de mics ou a relação distância-posicionamento

Experiência: dois mics diferentes em uma mesma caixa apontados para falantes distintos

Há umapequeníssima

corrente que adotaum mic no canto

alto do outro ladoda sala, apontadoligeiramente para

a caixa, a fim de seobter o ‘som ao

vivo da sala’. Masnesse tipo de

configuraçãoaumentam nossaspreocupações com

fase de sinal,sobrecarga,

realimentação desinal

(erroneamentechamada de

‘microfonia degraves’) etc

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Para saber online

[email protected]

http://jorgepescara.com.br

cessidade de usar compressão finalpronunciada, até mesmo por conta

dos próprios falantes produziremum sinal com compressão natural.

Porém, vai dizer isso ao Tony Levincom sua assinatura sonora de usar

muito compressor com o baixomusic man e os funk fingers nos

dedos (ou mesmo com stick bass)!Mudanças tonais e timbrísticas

podem ser obtidas alterando ostipos de mics, ou mesmo a rela-

ção distância/posicionamentodos mesmos, mas tudo isto ainda

no estado de eq. flat na mesa,pois estamos tratando a captação

‘real’ do instrumento da formacomo ela sai das caixas. Então

muita calma nos dedos loucospara mexer nos faders nestes

momentos iniciais.Se quiser experimentar muito,

tente usar dois mics diferentes em

uma mesma caixa, apontando-ospara falantes distintos, ou mesmo

para regiões contrárias de um mes-mo falante. Somente atente para a

fase do sinal e outros quesitos. Parauma sonoridade modernosa, po-

demos optar por um mic car-dióide dual (híbrido), pois o ele-

mento dinâmico capta as regiõesmédias enquanto o elemento

condensador explora os toposdas frequências e low end em uma

única tacada!Já para um som mais vintage, po-

demos usar um condensador mul-ti padrão presetado para car-

dióide. Se houver muito punch dofalante na captação do mic, veri-

fique se há esta opção e troquepara a figura de 8 na fase desse

mic, para proporcionar um low

end mais cheio. Para gravação de

rock e um som mais agressivo,

pode-se usar um microfone hiper-cardióide. A partir daqui, podemos

inserir os eqs e ver a necessidade, ounão, de compressor.

Há outras opções de como gravar obaixo, como usar um DI Box, ou

mesmo a híbrida misturando asduas opções (mics e DIs), mas isso é

outra história!Paz profunda .:.

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XLED 1061www.pr-lighting.com

A fim de atender às demandas de aplicações de maior escala, aPR Lighting tomou como base o modelo bem-sucedido XLED1037 e, em vez de derivar a sua produção a partir de 37 podero-sos LEDs 10W RGBW (com uma vida útil da lâmpada de 50mil horas), os desenvolvedores adicionaram mais 24 fontes aonovo XLED 1061 (PR-8121). O resultado é uma poderosa mis-tura de cores brilhantes 4 em 1 com destaque para os efeitos deanimação, efeitos de arco-íris e um strobe pulsante. O XLED1061 também oferece de 0% - 100% com zoom ajustável linear(13 ° - 52 °), velocidade de pan ajustável (540 °) e inclinação(270 °) com a posição autocorreção e correção linear de tempe-ratura de cor de 2700K a 10000K.

ROBIN LEDBEAM 100www.robe.cz

Este aparelho compacto, pequeno e super rápido da Robe éuma ótima escolha para muitos designers que desejam criar di-ferentes efeitos de iluminação. Um controle motorizado alta-mente otimizado produz movimento de pan e tilt veloz, trêszonas de LEDs (12 x multi-chip RGBW de 15 W) que permi-tem chase de cores, e o ângulo de facho de 7° pode ser amplifi-cado com efeito de estrobo rápido. Tem controle simplificadocom cores, chases de cor e efeitos pré-programados em um dis-co de cor virtual e vários efeitos de estrobo e pulso que permi-tem programação rápida e fácil.

SPOT BEAMwww.projetgobos.com.br

O Spot Beam é um refletor para globo espelhado, com feixe dealta luminosidade, proporcionando grande efeito de raios,contendo 2 lentes intercambiáveis para regulagem de aber-tura de 6º e 9º de ângulo e 4 gelatinas, podendo assim propor-cionar a mudança da cor do feixe, e LED de 3 W branco de altapotência. Leve, com peso de 0,5 kg, e compacto, o equipa-mento é de fácil locomoção. A alimentação é bivolt automá-tico 100/240V / 50-60 Hz.

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LOW FOG MACHINEwww.star.ind.br

A Star Lighting Division apresenta a Low FogMachine, uma máquina de fumaça inovadora. Suafumaça não se dissipa pelo ambiente, ficando con-centrada na região baixa, próxima a altura dos pés.A Low Fog Machine possui como diferencial seu su-primento, pois trabalha somente com água (H2O)potável, sem precisar incluir mais nenhum tipo desuprimento. Opera em dois modos: DMX com 1 ca-nal ou Disparo manual, via painel de controle, am-bos com controle de intensidade.

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Marte Cabaret tem a proposta deser uma festa intergaláctica, cheia

de humor, erotismo e diversão, em umlugar secreto que contém vários perso-nagens e suas idiossincrasias. O espetá-culo é a primeira colaboração do LDFelipe Ramos com os produtores do

A

[email protected]

Fotos: Divulgação

MARTE CABARETUMA VIAGEM INTERGALÁTICA

show, que foi dirigido por Yllana e tevedesign de cenografia elaborado porRicardo Sánchez Cuerda. Já os equipa-mentos de iluminação e vídeo foramfornecidos pela ASL Light Solutions.A temática geral do show - inspirada emalguns dos principais cabarés de Paris,

Produzido pela empresa Hoy No Me Puedo Levantar, que é responsável pelo musicalem cartaz além de outros shows na principal artéria teatral da Gran Vía de Madri,

apelidada de ‘el Broadway Madrileño’, A Marte Cabaret é um espetáculo musical quepode ser visto no Teatro Gran Vía Rialto e foi iluminado pelo Lighting Designer,

ganhador de importantes prêmios, Felipe Ramos.

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mas com uma grande mudança notempo e espaço nos quais se desenvol-ve a peça teatral - deu liberdade totalpara um projeto de iluminação imagi-nativo, utilizando 12 Robe Pointecomo centro da montagem de luzes.Os maiores desafios para iluminar umshow como A Marte Cabaret foram man-ter um ambiente festivo e colorido, ten-do no palco muita tecnologia visívelpara enfatizar o aspecto de ciência e fic-ção e distribuir as grandes peças de ceno-grafia, ocupando todo o espaço de atua-ção, ao invés de ficarem concentradasem uma só área, e que fossem iluminadasapropriadamente o tempo inteiro.

Trabalhando conjuntamente com oDesigner de Cenografia Sánchez Cuer-da, Ramos também fez o design dos ele-mentos de vídeo que incluíram proje-ção e painéis de LED. A maior peça cê-nica está baseada em um corpo ro-bótico feminino gigante, e essa e ou-tras partes da cenografia foram os pon-tos de partida para criar a iluminação.Por trás do robô foram montados váriospainéis de LED e os Pointe foram po-sicionados nas paredes laterais do teatro,em diferentes alturas, para dar dinâmicae potente iluminação lateral e de fundo.Essa configuração permite uma amplavariedade de opções para criar diferentescenas e estados de iluminação, dandomais sentido visual ao espetáculo e àação que se desenvolve sobre o palco.Combinar esses requisitos ao longode duas horas de show resultou numatarefa difícil, cuidadosa, e com umameticulosa programação realizadapor Javier Lapuerta (Rubito), quetambém foi o Chefe de Iluminaçãodurante o período de montagem.

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uantos lighting designers têm apossibilidade de conhecer e visitar

com antecedência alguns dos espaçosque serão utilizados para os eventos –espetáculos, shows, apresentações – epara os quais deverão eles desenvolveros projetos de iluminação cênica? Nemsempre os espaços possuem a estruturaque aparece na figura 1...Mesmo com croquis, plantas, projetos,fotografias, vídeos, ou quaisquer outrosdocumentos e instrumentos, nada co-mo a contemplação de necessidades inloco, com o mapeamento visual e mesmointerativo com a estrutura e os recursosdisponíveis no espaço. Na maioria dasvezes, esse “espaço”, quando associadoaos ambientes fechados, configura-seem um conjunto, no plural, pois para

Q mais de um evento, haverá duas ou maisrealidades diferentes, na oferta de locaisnos quais os shows serão realizados eproduzidos. Assim, a visita, muitas ve-zes um requisito essencial, deveria tam-bém contemplar um roteiro de viagensprévias, o que poderia se tornar in-viável, em vários aspectos, tais comocustos e principalmente tempo.Mas se o processo criativo se consolidatambém pela obtenção de informaçõese detalhes técnicos relacionados àinfraestrutura e aos instrumentos deiluminação, equipamentos, efeitos edispositivos disponíveis nos espaços deeventos, são esses também alguns dosmais fundamentais elementos que per-mitirão uma análise e avaliação préviadas necessidades – e possibilidades. To-

Cezar Galhart é técnico em eletrônica, produtor de even-

tos, baixista e professor dos Cursos de Eventos, Design

de Interiores e Design Gráfico do Unicuritiba. Pesquisa-

dor em Iluminação Cênica, atualmente cursa Pós-Gra-

duação em Iluminação e Design de Interiores no IPOG.

CÊNICACÊNICAILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

ADAPTAÇÃO E VERSATILIDADEPARTE 2

EM QUALQUER CENA

Na conversaanterior, adaptação

e versatilidadeeram alguns dos

temas queacompanharam as

análises paraalgumas – entre

tantas –competências que

fazem parte do“repertório” dos

lighting designers,na busca dos

melhoresresultados, na

obtenção das maisviáveis soluções.

Esta conversa seráilustrada com a

abordagem dealguns elementos

percebidos em umadas apresentações

do Uriah Heep,banda inglesa dehard rock que se

apresentou emCuritiba no fim de

maio deste ano.

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De qualquer maneira, todos os espaços

possuem uma infraestrutura elétrica, com

dimensionamento de carga elétrica e dispositivos

de fornecimento e proteção (essencial)

das essas informações deverão ser ma-peadas como as especificações técnicas– preferencialmente, todas, que deve-riam fazer parte de um manual técnicoe descritivo, que deveria ser entregueaos profissionais contratantes e àque-les responsáveis pela produção de umevento. No mínimo, um check-listcom os recursos disponíveis – e aqui,

completo, com o dimensionamentode quantidades, tipologias, marcas edimensões, para todos os recursos –deveria ser o mais elementar docu-mento que um projetista de ilumina-ção deveria ter em mãos para o desen-volvimento de um projeto.Muitas vezes, essas informações sãorepassadas de maneira incompleta. Oumesmo, o nível de detalhamento re-querido – e mesmo atualizações e in-

ventário – pode mostrar verificaçõespreocupantes. Em outras palavras: oque aparece descrito e entregue de ma-neira documental nem sempre se con-solida com a “oferta” de recursos iden-tificados na prática. Isso vem de en-contro com a pergunta inicial: quantosprofissionais têm a “oportunidade” deconhecer os espaços antes de iniciar os

estudos que resultarão em um projetode iluminação cênica?De qualquer maneira, todos os espa-ços possuem uma infraestrutura elé-trica, com dimensionamento de cargaelétrica e dispositivos de fornecimen-to e proteção (essencial), e na maioriadesses locais, uma estrutura mínimade iluminação – mesmo que não seja,essencialmente, cênica. Com essesrecursos e elementos essenciais, al-

Figura 1: Show da banda australiana The Church no Norwood Concert Hall (Adelaide, Austrália)

Fonte

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guns estudos iniciais permitem umaprimeira concepção. Mensuração, pa-dronização e mesmo cases anteriorespodem e devem ser considerados. Mas,na maioria das vezes, a adaptação –abordada na conversa anterior – se con-figura em uma “estratégia operacional”.Tudo isso poderia ser e parecer maisfácil, mas não é. Mesmo para a adapta-

bilidade, as propriedades da ilumina-ção não se alteram e, desta forma, to-dos os estudos deverão considerar al-guns dos principais princípios a seremconsiderados, e como sempre deve serdestacado, integrados no processo cri-ativo.Com esses pressupostos é que serãoanalisados alguns aspectos do show do

Figura 2: Show da banda inglesa Uriah Heep no San Javier Jazz Festival (12/07/2013)

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Figura 3: Representação gráfica bidimensional similar ao palco do show do Uriah Heep em Curitiba- construção em Google SketchUp 8

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Mesmo para aadaptabilidade, as

propriedades dailuminação não se

alteram e, destaforma, todos os

estudos deverãoconsiderar alguns

dos principaisprincípios que

deverão serconsiderados, e

como sempre deveser destacado,integrados no

processo criativo

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Uriah Heep em Curitiba. A partir daestrutura – e natural infraestrutura –existente, pode- se perceber quemuitas das escolhas do lightingdesigner inglês Ian “Scampi” Bintliffprezaram pela simplificação – emtermos práticos e operacionais. Naprática, pela mais fácil oferta de ins-trumentos encontrados no mercadode locação de equipamentos e recur-sos para a iluminação cênica; opera-cionalmente, pela mais ampla diver-sidade de opções e possiblidades.Nesse contexto, a figura 3 mostra umcroqui com a estrutura elementar daárea de palco e a estrutura disponível noespaço – muito diferente da configura-ção percebida na figura 2. Na parte commoldura tracejada, destacam-se os con-juntos de refletores PAR 64 com foco 5e filtros difusores, fixados com barras(varas) na laje de teto. Simetricamente

posicionados, oferecem uma ilumina-ção frontal (frontlight) em dois con-juntos: com afastamento do palco, doisgrupos de quatro refletores e no meio,um par de dois refletores agrupados.Também, fixados em uma estruturaQ30 semicircular (fixo no espaço), duasluminárias com lâmpadas HQI direcio-nadas ao público (iluminação geral).Com essa estrutura inicial, e em de-corrência da área e elementos estru-turais disponíveis, Bintliff configu-rou uma estrutura complementaràquela presente no espaço, com con-traluzes – basicamente – também si-metricamente dispostas, para a emol-duração dos músicos e para a criaçãode texturas que preenchessem o palcoe criassem sensações e percepções in-tensas e muito interessantes.Para um baixo pé-direito, o posicio-namento dos refletores considerou

Figura 4: Maquete eletrônica com construção similar ao Palco do show do Uriah Heep em Curitiba -iluminação simulada pela construção em Google SketchUp 8 e renderização com o Kerkythea 2011

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Figura 5: Maquete eletrônica com construção similar ao Palco do show do Uriah Heep em Curitiba -iluminação simulada pela construção em Google SketchUp 8 e renderização com o Kerkythea 2011

Fonte

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ângulos mais abertos; em contrapartida,mini moving heads foram fixados na pa-rede de fundo (em trilhos), de forma ailuminar as áreas mais escuras no piso dopalco e inserir, eventualmente, elemen-tos dinâmicos, com gobos e variações deintensidade luminosa.Para os refletores, dois conjuntos deseis PAR 64 com foco 5, simetricamen-te posicionados, e angulados, em rela-ção ao palco e voltados aos músicos (eao público). Nesta configuração, o usode refletores proporcionou uma ilumi-nação pontual suave e intensa, propor-cionada principalmente pelo uso defiltros coloridos, de maneira a diversi-ficar as cenas e, principalmente, trans-mitir sensações e impressões à evolu-ção do show.As composições de cores foram obtidaspela utilização de basicamente três fil-tros identificados na figura 3: para osvermelhos, filtros Rosco 106 PrimaryRed (Roscolux 26); para os azuis, filtrosRosco 132 Med Blue (Roscolux 77); epara os verdes, filtros Rosco 116 MedBlue Green (Roscolux 95). Nesse “pa-drão” RGB, as combinações e resultadostransmitiram profundidade e amplitude,valorizando principalmente sensaçõesde tranquilidade em contraposição àenergia que a banda empreendia.Estrobos fixados no mesmo trilho ondeforam instalados os mini moving headsenfatizavam refrões e chamadas, econo-micamente. Nesta mesma condição, queo conjunto de quatro refletores PAR 64,

situados em contraluz e paralelo ao pal-co, no fundo, era acionado. Dois refle-tores nas cores vermelhas e outro par derefletores na cor azul, com os mesmosfiltros citados acima, compunham umailuminação complementar.Variações de violeta, obtidas pelas com-binações de azul e vermelho, basica-mente, proporcionavam matizes menossaturadas e muito interessantes, princi-palmente na canção Sunrise, induzindouma percepção compatível ao título etema da canção, pelas sensações que osfenômenos de luminiscência atmosféri-ca difusos proporcionam.Com tudo isso, adaptações inicialmentee aparentemente muito simples podemproduzir resultados muito interessantes,a partir de escolhas corretas. Estas, nemsempre estão vinculadas às preferênciasou interesses que os lighting designerstêm, e que na maioria das vezes requeremmais investimentos e uma consideráveldiversidade de recursos.Surge assim a versatilidade: diversificaçãode conhecimentos, capacidades e técnicaspara a busca das melhores soluções, dire-cionadas aos melhores resultados. E essamistura de habilidades e competênciasrequer, muitas vezes, perspicácia e simpli-cidade. Então, não seria a simplicidade a“chave” de tudo? É o que as próximas con-versas também abordarão...Abraços e até a próxima!

Figura 6: Maquete eletrônica com construção similar ao palco do show do Uriah Heep em Curitiba - iluminaçãosimulada pela construção em Google SketchUp 8 e renderização com o Kerkythea 2011

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Para saber mais

[email protected]

Variações devioleta, obtidas

pelas combinaçõesde azul e vermelho,

basicamente,proporcionavam

matizes menossaturadas e muito

interessantes,principalmente na

canção Sunrise,induzindo uma

percepçãocompatível ao

título e tema dacanção

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Page 94: Edição 237 - Agosto 2014

OFERTAS IMPERDÍVEIS - BONS NEGÓCIOS

::::::::::::::::::::::: PREÇOS VÁLIDOS ATÉ 10/09/14 OU ENQUANTO DURAR O ESTOQUE ::::::::::::::::::::::::::::::::

Page 95: Edição 237 - Agosto 2014

BONS NEGÓCIOS - OFERTAS IMPERDÍVEIS

::::::::::::::::::::: PARA ANUNCIAR: [email protected] - PABX.: (21) 3627-7945 :::::::::::::::::

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ue, aliás, não se chamava assim. Chamava-se sim-plesmente Sá & Guarabyra. Mas para mim ele sem-

pre se chamou Antenas. Do nome que eu queria, sobrouapenas a ilustração de uma parabólica no encarte. Achoruim esse negócio de disco ter o nome do artista por tí-tulo. Mas enfim, perdi a parada e saiu o Sá & Guara-

byra, dois anos depois do Vamos por Aí, que fora embala-do pelo sucesso das músicas da trilha do Pantanal. Agravadora Eldorado, com Antônio Carlos Duncan nadireção artística, deu todo apoio aos nossos sonhos demudança: mudamos de banda, de rumo e de músicas.Pra começar, fomos nos concentrar numa pousada fa-miliar que Guarabyra descobrira em suas andançasmineiras. O Pouso de Minas Gerais ficava a mais oumenos quinze quilômetros de Barbacena, tocado peloseu Agostinho e sua simpaticíssima família. Jamais meesquecerei daquele salpicão de frango! Alugamos trêsapartamentos, um para mim, outro pro Guarabyra e oterceiro pra trabalhar. Como não tínhamos nada pron-to, as músicas saíram ali mesmo, ao longo de quase doismeses de um “brainstorm” apenas interrompido parapasseios ciclísticos por perto e uma meia dúzia de noita-das “de alívio” em Barbacena, porque ninguém é de fer-

Q ro, né não? Tomamos bons vinhos, comemos a excelentecomida mineira do Cozinha de Minas, do Antonio (quehoje pilota o Mandalun, em Tiradentes) e fizemos deze-nas de novos amigos. Astral melhor não poderia haver.Antenas tem um dos melhores sons de disco que já ouvi.Todos os instrumentos aparecem, o som das vozes e dosviolões é exemplar e a mixagem do Hamilton “Micca”Griecco uma verdadeira lição de áudio. Honra tambémao som do Mosh, que já então era o state of the art dosestúdios brasucas. Rolaram uns tecladeados de época, éverdade, mas estávamos em 1993 e era assim que as coisasaconteciam. Para completar, nossos amigos estavam to-dos presentes: matamos as saudades de Zé Rodrix – quearranjou Duas Vezes Dez e Maria Terra e Zé Homem, alémde participar do apoio vocal de várias outras faixas – eRogério Duprat, que saiu da aposentadoria por ele dita“irreversível” para orquestrar lindamente a Piracema.Além deles tivemos também de volta os arranjos dePaulinho Calazans e Ruriá Duprat, fora a inauguração deuma parceria pessoal e musical com o talentosíssimoRoberto Lazzarini, que acabou caindo na estrada com agente por um bom tempo, como arranjador e tecladista.Não satisfeitos, quisemos também ter de novo na capa as

Os discos da minha vida...

Como os leitores habituais da coluna já sabem, venho contando em sequência a históriados discos da minha carreira. Depois de Passado, Presente, Futuro e do Terra - ambos do

trio Sá, Rodrix & Guarabyra - e dos nove primeiros da dupla, chego ao décimo de Sá &Guarabyra, o... Antenas

“ANTENAS”“ANTENAS”

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fotos de Miguel Rio Branco, então já internacionalmente con-sagrado, que trabalhara conosco no Terra (Sá, Rodrix & Gua-rabyra) e no Nunca, o primeiro da dupla. Miguel fez dois pe-quenos “portraits” nossos que usamos como uma espécie de 3x 4 na contracapa e cedeu duas fotos suas que tinham tudo a verconosco: uma, da rua do “Vietnã” - zona dos prostíbulos deBom Jesus da Lapa, cidade onde Guarabyra cresceu, serviu decapa. E a outra, na contracapa, mostra a turbina de um aviãoElectra II - Ícone máximo da ponte aérea Rio – São Paulo - emmeio à névoa. Parte integrante e indispensável de nossas vi-das, o Electra figura ali também como um símbolo das nossaseternas idas e vindas entre as duas cidades.Então! Super banda, grandes arranjadores, paz para a criação,o melhor estúdio, fantástica equipe técnica, design de pri-meira... o que poderia dar errado? Tudo.O Sá & Guarabyra, ou Antenas – como quero eu – pas-sou em brancas nuvens pela fonografia nacional. Possocontar nos dedos as vezes que ouvi suas faixas no rádio. Aocontrário do seu predecessor da mesma gravadora,o Vamos por Aí, que voltou ao mercado em diversas épo-cas, ele jamais foi relançado. Se você não for um especialis-ta em Sá & Guarabyra, vai pensar que esta crônica é umaficção e eu estou viajando, achando que gravei um discoque na realidade nunca existiu...Reouvindo o CD ao mesmo tempo em que escrevo, achoque o Antenas talvez seja o nosso disco mais injustiçado.Mas de repente surge diante de mim o que poderíamos cha-mar de “síndrome da perfeição”. Ele é muito certinho, mui-to exato, bem construído demais pra ser a cara do que a du-pla vinha sendo até então. Talvez o nosso público da épocanão estivesse preparado para nos ver como aparecemos nes-se CD. Talvez tenham sentido falta da nossa “bagunça arru-mada”, daquele dom de improviso que sempre acompanha-ra nossa carreira até ali, daquele fator surpresa que sempreconseguíramos inserir em nosso trabalho. Ou talvez aindatenha influenciado nisso tudo o fato de que a Eldorado es-tava numa fase de “vai não vai”, investindo na qualidade,mas distanciada da realidade do mercado. Mesmo que a gra-vadora dispusesse de espaço nas rádios do grupo Estado deSão Paulo, do qual fazia parte, ela não tinha poder suficien-te para forçar uma barra e pôr pra tocar todos os seus produ-tos. Circunscrita ao estado paulista, o simples fato de teruma rádio e um jornal poderosos não bastaria para fazeracontecer um disco como esse nosso a nível nacional.Nada disso me distancia do prazer de reouvir o Antenas.Ele tem seus bons e maus momentos, mas acho que os bonssuperam os maus por uma boa margem. Se ele estivesse dis-ponível no mercado eu diria para você ouvi-lo com cuida-do, por várias vezes seguidas, até que você nos pudesse en-xergar andando de bicicleta naquela estrada remota do in-terior mineiro, entre Barbacena e algum outro lugar ondeconseguíssemos chegar antes do anoitecer.

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