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EDITORIAL

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

DIRETORIA EXECUTIVA|Presidente: Altair Rodrigues de Paula (REJUR/Londrina)|Vice-Presidente: Silvio do Lago Padilha (REJUR/Belo Horizonte)|1º Tesoureiro: JoséCarlos Pinotti Filho (REJUR/Londrina)|2º Tesoureiro: Patrícia Raquel Caires Jost Guadanhim (REJUR/Londrina)|1º Secretário: Marisa Alves Dias Menezes (JURIR/SãoPaulo)|2º Secretário: Henrique Chagas (REJUR/Presidente Prudente)|Diretor Regional Norte: Liana Cunha Mousinho Coelho (JURIR/Belém)|Diretor Regional Nordes-te: Maria dos Prazeres de Oliveira (JURIR/Recife)|Diretor Regional Sudeste: Sonia Lucia dos Santos Lopes (JURIR/Rio de Janeiro)|Diretor Regional Centro-Oeste:Gustavo Adolfo Maia Junior (JURIR/Brasília)|Diretor Regional Sul: Mariano Moreira Júnior (JURIR/Florianópolis)

REPRESENTANTES JURÍDICOS 2006/2007|JURIR/AJ: Claudia Teles da Paixão Araújo; JURIR/BU: Henrique Chagas; JURIR/BE: Renato Lobato de Moraes; JURIR/BH:Simone Solange de Castro Rachid; JURIR/BR: Luciano Caixeta Amâncio; JURIR/CP: Flávia Elisabete de Oliveira Fidalgo Souza Karrer; JURIR/CG: Cleonice José da SilvaHerculano; JURIR/CB: Gustavo Eduardo Reis de Siqueira; JURIR/CT: Jayme de Azevedo Lima; JURIR/FL: Marcelo Oscar Silva Santos; JURIR/FO: Adonias Melo de Cordeiro;JURIR/GO: Ivan Sérgio Vaz Porto; JURIR/JP: Fábio Romero de Souza Rangel; JURIR/ME: Carlos André Canuto de Araújo; JURIR/MN: Alcefredo Pereira de Souza; JURIR/NA: Carlos Roberto de Araújo; JURIR/PO: Jaques Bernardi; JURIR/PV: Cláudia Elisa de Medeiros Teixeira; JURIR/RE: Paulo Melo de Almeida Barros; JURIR/RJ: LeonardoFaustino Lima; JURIR/SA: Jair Oliveira Figueredo Mendes; JURIR/SL: Samarone José Lima Meireles; JURIR/SP: Marisa Alves Dias Menezes; JURIR/TE: Renato Cavalcantede Farias; JURIR/VT: Rodrigo Sales dos Santos; DIJUR/GERID: Edson Pereira da Silva; GEAJU: Elisia Souza Xavier; GETEN: Frederico Gazolla Rodrigues Rennó; REJUR/CV:Roseli Aparecida Bettes; REJUR/JF: Josiane Mendes Gomes Dias Pinto; REJUR/LD: Daniela Pazinatto; REJUR/MR: José Irajá de Almeida; REJUR/NH: Aline de Lima Riccardi;REJUR/NT: Daniel Burkle Ward; REJUR/PF: Renato Moreira Dorneles; REJUR/RP: Sandro Endrigo de Azevedo Chiaroti; REJUR/SM: Clarissa Pires da Costa; REJUR/SR:Cleusa Maria de Jesus Arado Venâncio; REJUR/UB: Luciola Parreira Vasconcelos; REJUR/VR: Aldir Gomes Selles.

CONSELHO DELIBERATIVO|Membros Efetivos: Darli Bertazzoni Barbosa (Londrina), Renato Luiz Harmi Hino (Curitiba), Isabella Gomes Machado (Brasília), LuisFernando Miguel (Porto Alegre) e Bruno Vicente Becker Vanuzzi (Porto Alegre)|Membros Suplentes: Luciano Paiva Nogueira (Belo Horizonte), Marcelo DutraVictor (Belo Horizonte) e Alfredo Ambrósio Neto (Goiânia).

CONSELHO FISCAL|Membros Efetivos: Paulo Roberto Soares (Brasília), Rogério Rubim de Miranda Magalhães (Belo Horizonte) e Julio Cézar Hofman (Maceió)|MembrosSuplentes: Ivan Sérgio Vaz Porto (Goiânia) e Éber Saraiva de Souza (Cuiabá).

CONSELHO EDITORIAL|Altair Rodrigues de Paula e Roberto Maia|Jornalista responsável: Mário Goulart Duarte (Reg. Prof. 4662) – E-mail: [email protected] Gráfico: Marcelo Torrecillas|Editoração eletrônica: José Roberto Vazquez Elmo|Capa: Eduardo Furasté|Ilustrações: Ronaldo Selistre|Tiragem: 1.200exemplares Impressão: Gráfica Almeida|Periodicidade: mensal

Endereço em Brasília/DF: SBS, Quadra 2, Lote 1, BL S, Sala 1205|Edifício Empire Center|CEP 70070-100|Fone (61) 3224-3020|E-mail: [email protected]ária: Priscila Christiane da Silva.

Endereço em Londrina/PR: Rua Santa Catarina, 50 / sala 602|CEP 86.010-470|Fone (43) 3323-5899|E-mail: [email protected]|Secretárias: Tatiane StabileDantas Buzinaro e Ivete Augusta Pereira|Auxiliar Administrativa: Thaís Bender.

0800 400 8899 O Boletim da Advocef é distribuído aos advogadosda CAIXA e a entidades associativas.www.advocef.org.br | Discagem Gratuita

2 Abril | 2007

Nós fazemos a história

Ninguém melhor parafalar dos erros, acertos,fatos marcantes eanseios por notíciasdo que os leitores,advogados da CAIXA

Esta edição traz uma marca importantena trajetória de nossa Associação. O ve-

ículo informativo que, desde outubro de2001, acompanha e integra a história daADVOCEF chega ao seu número 50.

Com uma trajetória iniciada despre-tensiosamente, num tempo em que sequereram difundidos ou tão acessíveis os mei-os eletrônicos de informação, o Boletim foicrescendo e marcando os passos e etapasdo desenvolvimento não apenas da enti-dade que o edita, mas de toda a categoriapor ela representada.

Ninguém melhor para falar dessa tra-jetória, dos erros, acertos, fatos marcantese anseios por notícias do que seus leito-res, advogados da CAIXA que recebemregularmente o Boletim em seu local detrabalho.

Por essa razão, a matéria de capa evocamemórias, busca críticas e contribuições dediversos leitores, antigos e novos, a exem-plo da participação permanente na com-posição de suas páginas.

Material essencial na concepção de umórgão informativo, as opiniões, a voz, osreclamos e as insatisfações dos que inte-gram a entidade responsável por sua reali-zação precisam encontrar eco em suas pá-

ginas, espelhando e difundindo suas idéi-as e concepções.

Essa a motivação essencial à publica-ção das manifestações trazidas pelos ouvi-dos e que, aparentemente antagônicas, sãona verdade complementares, demonstran-do o quão amplos são os desejos e pontosde vista passíveis de inclusão.

Matérias de interesse estritamentecorporativo e reivindicatório, ou de natu-reza técnica e de formação, ou ainda depuro deleite – como são as crônicas e con-tos publicados eventualmente – externama linha editorial perseguida pelo Boletim.

Um espaço feito para os advogados epelos advogados, em que os destaques sãofruto do interesse e da pertinência com osanseios dos representados por sua Associ-ação.

Esta a tônica do trabalho até aqui de-senvolvido e que, graças à crescente parti-cipação dos leitores, por certo seguirá emsua evolução significativa.

Por tudo isso é que se pode reafirmar,com simultâneo regozijo e compromisso:nós, advogados da CAIXA, somos atores enão meros coadjuvantes de nossa história.

Diretoria Executiva da ADVOCEF

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Abril | 2007 3

Como são preparados os encontros anuais da ADVOCEF

Por trás dos CongressosT rês dias de debates, encontros e

confraternizações em um Congressoanual da ADVOCEF indicam que muitosmeses foram gastos nos preparativos. Emuita gente esteve envolvida: Diretoriasda entidade, Conselhos Fiscal eDeliberativo, representantes nas unida-des jurídicas, delegados eleitos para par-ticiparem do evento.

Uma importante frente de trabalhoestá a cargo da Comissão de Organiza-ção local, sempre com muita vontadede mostrar o que há de melhor na suaterra. Esse roteiro é encaixado na pro-gramação geral, executado geralmenteà noite.

Baseada em Londrina, a equipe de su-porte da ADVOCEF faz a sua parte. Auxi-lia a Comissão, veri-fica custos, confereuma quantidade in-crível de detalhes. Épreciso preparar todoo material que seráutilizado nas vota-ções. E elaborar o ro-teiro, que deve pre-ver o que for possí-vel quanto à apresentação, os discursos,as homenagens, a composição da mesa,a pauta de debates, a ata.

A experiência acumulada com os er-ros e acertos das edições anteriores contabastante. "O evento segue o formato quejá provou funcionar direitinho", diz Patrí-cia Guadanhim, 2ª secretária da ADVOCEF.A grande tarefa, diz ela, é proporcionaraos congressistas um bom ambiente. "Eleslevam procurações dos colegas das uni-dades jurídicas. Têm, portanto, a respon-sabilidade de bem representá-los nas dis-cussões."

O evento, no entanto, não se resumeàs horas de trabalho. Os advogados apro-veitam os períodos vagos para confraterni-zar, rever amigos, fazer novas amizades.Patrícia afirma que isso une os profissio-nais e até facilita o trabalho na CAIXA."Eu, por exemplo, recebo e envio peçasprocessuais a muitos desses amigos que fizem Congressos. Afinal, conhecer os rostosajuda muito."

O segredo é gostarNos últimos anos, ocorre no evento

o lançamento da Revista da ADVOCEF.Mais um item na lista de providências.

"Para que a cerimôniatenha o brilho que seespera, é preciso pen-sar em muitos detalhesprévios", nota Patrícia.Tradução: meses de tra-balho. Todos absoluta-mente recompensados,conforme observaçãode Altair Rodrigues dePaula, presidente daADVOCEF: "Nada deveser poupado para ga-rantir esse espaço ondeos advogados da CEFdebatem e decidem asquestões mais importantes de sua vidaprofissional".

Cumprida a pro-gramação do antes,é preciso cuidar paraque tudo aconteçadireito durante oevento, da chegadados participantes àpartida. Precisa aten-ção o tempo todo,conta Patrícia. "Nor-

malmente, somos os últimos asair. No Congresso de Belém, eu,o Altair, o Gilberto (Gemin da Sil-va, colega da REJUR/Londrina) ea Tatiane (funcionária daADVOCEF), depois que todos fo-ram embora, ficamos fechandocontas, verificando se estavatudo certo." Quem não esteve ládeu suporte de Londrina, comoo tesoureiro José Carlos Pinotti eas funcionárias Ivete e Thais.

Altair: espaçogarantidopara asquestões dosadvogados

XIII Congresso será em MaceióA 13ª edição do Congresso da

ADVOCEF acontecerá em Maceió,Alagoas, nos dias 24 a 26 de maio de2007. A cerimônia de abertura, pa-lestras e demais eventos serão reali-zados no hotel Salinas do Maragogi,situado na praia de mesmo nome.

A Comissão Organizadora garantecondições plenas para o trabalho dosadvogados, que encontrarão no localuma logística eficiente para os deba-tes e a oportunidade de conhecer um

pouco do que Alagoas oferece aos seusvisitantes.

No item confraternização, a Comis-são promete atrações e algumas sur-presas. “Será a oportunidade de de-monstrarmos aos colegas toda a hospi-talidade do povo alagoano”, disseAndré Canuto, um dos organizadores.Com ele trabalham os advogados JulioCezar Hofman, Alynne Rocha eEveraldo Lyra de Almeida, todos doJURIR/Maceió.

Hora de votação no Congresso de Natal

Análise de propostas no Congresso de Belo Horizonte

O negócio é gostar do que se faz,explica Patrícia. "Partindo dessa premis-sa posso dizer que amo trabalhar e prin-cipalmente com esta equipe."

O término do Congresso não signifi-ca o fim da missão. "Quando voltamos,há a ata elaborada para revisar e divul-gar e muitas, muitas novas providênciaspara decidir."

E é preciso não esquecer que todo otrabalho deve ser encaixado nas horasvagas do expediente da CAIXA.

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4 Abril | 2007

Para marcar sua 50ª edição, oBoletim da ADVOCEF foi ouvir o que

pensa dele o público leitor que inspirasuas matérias desde outubro de 2001- os advogados da CAIXA. O que gos-tariam de ler no informativo? Quematérias destacariam, entre as jápublicadas?

O advogado José Irajá deAlmeida, da REJUR/Maringá,disse que as matérias maisimportantes já publicadasestão na edição n° 2, dedez/2001-jan/2002. E lasabordam o acordo em quea CAIXA, finalmente, reconhe-ceu a ADVOCEF como represen-tante dos advogados e inícioua regulamentação do paga-mento de honorários. "Esseacordo foi um marco para a ca-tegoria, embora muita coisa aindaprecise ser melhorada", lembra. (Leiano boxe)

Crítica especialA opinião dos leitores sobre o informativo da ADVOCEF

José Irajá gostaria de ver publicadauma matéria com o título "Advogadoda CAIXA, reconhecido e valorizado".

Explica que nela a categoria externariaseu orgulho de trabalhar numa empre-sa que lhe dá boas condições de traba-lho e remuneração compatível. "Uto-pia?", provoca.

A equipe do JURIR/João Pessoa,conforme o representante FábioRangel, ressaltou a reportagemsobre a rotatividade na CAIXA, daedição de março de 2007. Os ad-vogados querem, agora, umamatéria sobre o volume de suasatribuições, em comparaçãocom outras carreiras da advo-cacia pública. Pleiteiam tam-bém a publicação de artigos naárea do Processo Civil.

É o tipo de matéria prefe-rencial do pessoal do JURIR/Campo Grande, que aponta aque foi publicada no Juris

Tantum de janeiro de 2007, sobre asmudanças no CPC. A representante daunidade, Cleonice José da Silva, dizque seria interessante também encon-trar no Boletim uma condensação dasdecisões favoráveis obtidas pelos ad-vogados. Os textos poderiam chamara atenção "para alguma estratégia ouargumento novo, capaz de mudar oentendimento e fazer alguma viradanas decisões". Ela pensa que o Bole-tim pode se tornar um guia atualiza-do para auxiliar nas demandas.

Edição histórica

"Estamos construindo a história denossa Associação, vinculada à históriade nossas vidas e ao crescimento ge-ral, na prática da democracia." Essafrase marca o editorial do Boletim daADVOCEF nº 2, edição, na minha opi-nião, histórica.

Vivíamos uma época angustiante eincerta. Nossos direitos não estavamsendo respeitados. Os honorários, quedeveriam representar uma conquista,até então estavam sendo vistos pelaAdministração como uma "vantagem"exclusiva dos advogados e deveria sercombatida.

Apesar de todos os obstáculos, "acategoria venceu", como anuncia amatéria de capa daquela edição. Oacordo celebrado entre a CAIXA e a

DEPOIMENTO

José Irajá de Almeida (*)

ADVOCEF, assi-nado em no-vembro de2001, pôs fim àação de cum-primento movi-da pela entidade e definiu váriosparâmetros no tratamento dado aosadvogados pela Empresa e - principal-mente - foi a ADVOCEF oficialmentereconhecida como legítima represen-tante da categoria.

Assim, sem dúvida, a edição nº 2do Boletim é uma das mais importan-tes já publicadas e merece ser guarda-da como um marco na história daADVOCEF.

(*) Advogado da CAIXAem Maringá/PR. Fábio: comparação com outras carreiras

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Abril | 2007 5

Gustavo Siqueira, representante daADVOCEF no JURIR/Cuiabá, acha queas matérias mais importantes são as quetratam da questão salarial, motivo daevasão de profissionais da CAIXA. Eleespera comemorar brevemente com oscolegas matéria com este título: "CAI-XA resolve questão salarial de seus ad-vogados, inclusive a remuneração de-vida pela prestação de serviços àEMGEA".

Boletim da DIJURDiogo Fornelos de Lyra, do JURIR/

Recife, critica a linha editorial do Bole-tim, que "deveria ser mais independen-te, tendo em vista que é da nossa As-sociação". Ele diz que às vezes o Bole-tim parece um veículo da administra-ção da CAIXA e não de uma categoriadiferenciada dentro da empresa. "Res-salto que a intenção não é de incitarmovimentos contra a administração,mas de recolocar nos devidos trilhosnosso veículo informativo."

Jayme Lima, representante da As-sociação em Curitiba, é contundente:"Aqui no Jurídico o apelido do Bole-tim ultimamente é 'Boletim da DIJUR',tamanho o nosso desapontamentocom o rumo tomado pela ADVOCEF,em especial por não termos lutado,feito greve, nos posicionado com vee-mência contra o PCS apresentado, quenos tornou todos 'farinha do mesmosaco'".

Jayme diz que as matérias que tra-tam de temas jurídicos são interessan-tes, "mas as dedicadas à classe talvezprecisem de uma outra visão". Acres-centa: "É preciso que o Conselho Edi-torial tome partido em defesa intransi-gente dos advogados da CEF, em espe-cial contra os desmandos da adminis-tração e a forma como o profissionaldo Direito é tratado nesta e na últimaadministração".

Ele sonha com esta manchete: "CAI-XA resolve as pendengas com os advo-gados, a classe passou a ser respeitadae os salários estão compatíveis com aadvocacia pública do país".

André Justi, do JURIR/Fortaleza, co-menta que o Boletim "deu uma me-lhorada no último ano, após as inces-santes reclamações de que havia umadivulgação maior das vitórias do Jurídi-co da CAIXA do que, propriamente, dasmatérias de interesse da categoria".

A categoria venceu

André sugere a criação de uma co-luna que informe periodicamente "oque tem sido feito para impulsionarestes feitos 'relevantes'". Dá o exem-plo da ação dos honorários da EMGEA,a do Parque do Povo "e outras que sósão comentadas em época de Con-gresso".

Indicativo da insatisfação

Marisa Menezes, 1ª secretária daADVOCEF e representante no JURIR/São Paulo, assinala as duas últimas edi-ções. Na edição de março, distingue areportagem "Fora da CAIXA", que"explicita a realidade que todos conhe-cemos (e a CAIXA também), mas queacaba ficando velada". Ela consideraque o espaço criado para divulgar asmovimentações dos advogados, como

indicativo do nível de insatisfação dacategoria, será de grande valia nas ne-gociações com a Diretoria Jurídica.

Na matéria "O primeiro passo", defevereiro, Marisa lembra que a maiorparte das opiniões revela a decepçãodos empregados diante da posturaadotada pela CAIXA, que incluiu a re-núncia de direitos como requisito paraadesão ao novo PCS. "Apesar daflexibilização do requisito pós-gradua-ção para promoção, não podemos nosesquecer que tal fato não é inédito,pois já havia sido adotado em dezem-bro de 2003... Além disso, devemoslembrar que, havendo ou não haven-do pós-graduação, a expectativa decrescimento profissional na CAIXA épraticamente inexistente."

Para Marisa, o plano de carreira nãooferece qualquer estímulo para o apri-moramento profissional de advogadose empregados em geral. Explica: "Nãohá qualquer distinção salarial, funcio-nal, hierárquica ou de atribuições quecontemple os tantos especialistas, osmestres e os doutores que compõemo quadro de pessoal".

A advogada encaminhou váriaspautas ao jornal, entre elas uma so-bre as atribuições delegadas à CAIXApelo governo e outra sobre os errosprocessuais das varas e secretarias ju-diciais. Propõe ainda duas investiga-ções: "Há uso político da CAIXA?" e"Todos têm as mesmas oportunidadesna empresa?"

Marisa: matéria mostrarealidade velada

“O acordo entrea CAIXA e aADVOCEF, afinalassinado em no-vembro de 2001,representou, em úl-tima análise, uma vi-tória do diálogo. Pondo fimà ação de cumprimento movi-da pela Entidade, f icaramestabelecidas as premissas a par-tir das quais serão tratadas de ago-ra em diante as relações entre em-pregado e empregador. Oficialmen-te, a ADVOCEF é reconhecida comoa representante legítima dos advoga-dos da CAIXA, como administradorado fundo comum de honorários, con-

forme o Regulamento. A decisão aca-ta o reconhecimento judicial do TRTde Brasília, incluído nos autos da açãode cumprimento.

Por outro lado, acabou em definiti-vo a pretendida isenção indis-

criminada para pagamento de ho-norários advocatícios. Pelo con-

trário, os pagamentos es-tão garantidos e já têm

indicados os seus pa-tamares mínimos deincidência. A decisãovale também para asações de execuçãofiscal promovidas pe-

los advogados da CAIXA.“(Boletim nº 2, dez/2001-jan/2002)

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6 Abril | 2007

Software livre A CAIXA economizou R$ 60 milhões por ter

optado pelo software livre desde 2003. Seuprograma que une apostas lotéricas e serviços

bancários virou atração internacional, especialmentedevido à segurança contra fraudes. "Chile, Panamá,República Dominicana, Israel e Índia já vieram nos

visitar para conhecer o sistema", declarou a vice-presidente de tecnologia, Clarice Coppetti, à Agência

Brasil. A CAIXA montou stand no FórumInternacional Software Livre, realizado em Porto

Alegre, entre 12 e 14 de abril.

A CAIXA estuda iniciar emdezembro de 2007 a migraçãodos terminais de auto-atendimento da plataformaWindows NT para sistemasoperacionais de código aberto.Segundo o site Computerworld,o projeto deve começar pelassalas de auto-atendimento,economizando só aí 16 millicenças Microsoft.

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Processo quase prontoDesde 31 de março, todas as varas de JuizadosEspeciais Federais da 4ª Região utilizam oprocesso eletrônico. Exceção para as ações emtramitação nos JEFs Criminais Adjuntos, em quehá dificuldades técnicas. Neste caso, um projetopiloto deve adequar o sistema até 30 de maio.

Confronto judicialDados de pesquisa apresentada pelapresidente do STF, Ellen Gracie:1) 70% do tempo gasto natramitação de um processocorrespondem à repetição dejuntadas, carimbos, certidões emovimentações físicas dos autos;2) o andamento do processoeletrônico é cinco vezes mais rápidodo que o do processo de papel.

Registro de imóveisEmpresários da construção civil

pediram ao presidente Lula a adoçãode um registro eletrônico de imóveisno país, para diminuir a burocracia e

agilizar as transações no setor.Funcionaria como no registro deautomóveis. Segundo o Comitê

Tecnológico da Habitação, hoje averificação dos imóveis com certidões

leva 120 dias, enquanto um carro éliberado em 24 horas.

Leitores on e off1

Internet X agênciasPercentuais de uso da

internet nas transaçõesbancárias do Brasil: em

2006, 18%; em 2005,16,6%; em 2000, 3,7%.

Em contrapartida aesse avanço, houve a

retração das transações nas agências, que caíramde 20,4% em 2000 para 10,6% em 2005. Osnúmeros foram divulgados pela Febraban.

Para ser virtualA advogada Iliane Pagliarini acredita que para

acompanhar o processo virtual a CAIXA terá que equiparseus Jurídicos com mais computadores, scaners, umarede com velocidade compatível. Além disso, segundoela, deve haver "uma conscientização de que todo oprocesso pode ser efetivamente trabalhado de forma

virtual: recebimento das citações/intimações, solicitaçõesde subsídios às áreas e, principalmente, que as áreas

demandadas a prestar subsídios o façam pelo processoeletrônico, o que não vem ocorrendo no momento".

Leitores onlinelêem 77% do con-

teúdo queescolhem paraler, enquanto

usuários dejornais

impressos lêemem média 62%.A descoberta,em pesquisa

feita peloPoynter

Institute, escolade jornalismo da Flórida (EUA),

derruba o mito de que osleitores de internet têm menos

tempo de atenção.

Outros dados dapesquisa do PoynterInstitute: as pessoasprestam mais atençãoa itens escritos emforma de pergunta eresposta ou no formatode listas; preferemfotos noticiosas em vez

de imagensposadas; prestammais atenção aformatosalternativos de

matérias do que emreportagens publicadasde maneira tradicional.(Fonte: Coletiva.net)

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Clarice Coppetti

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Abril | 2007 7

Participantes do encontro em Brasília (de baixo para cima, da esq. para a dir.): Estanislau Luciano deOliveira (de terno) e Carla Beatriz Hamú Silva, da GETEN; Rogerio Alves Dias, do JURIR/SL; Eduardo

Araujo Vianna, do JURIR/RJ; Iliane Rosa Pagliarini, do JURIR/MN (de preto); Maria Angélica Silva deSouza Maia, da GETEN; Mauro Sanábio Silva Pereira, do JURIR/BH (de camiseta); Gerson Schwab, do

JURIR/CT (de camisa vermelha); Euller Sarmento Barroso de Azevedo, do JURIR/ME (de camisaamarela); Eladir Montenegro de O. Couto, do JURIR/VT; Myerson Leandro da Costa, do JURIR/NA (de

camisa branca) e Gustavo Anderson Ferreira de Barros, do JURIR/RE (de camisa azul).

Peças e teses

A atuação da CAIXA em juízo em todoo país foi passada a limpo na primeira

reunião conjunta da Comissão Temática Na-cional de Feitos Diversos e dos Juizados Es-peciais Federais, realizada em Brasília, nosdias 19 a 23 de março de 2007. Com apresença de advogados de várias regiõesdo Brasil, o encontro serviu para a elabora-ção de peças processuais e revisão de es-tratégias e teses de defesa. Ao final, as boassugestões e práticas trocadas entre as uni-dades vão aperfeiçoar o trabalho dos profis-sionais e complementar os manuaisnormativos da CAIXA.

É uma iniciativa de integração adequa-da e enriquecedora, define a advogadaCarla Beatriz Hamú Silva, da GETEN. "Oencontro foi fundamental para identificar osproblemas que cada Jurídico enfrenta, bemcomo para divulgar novas diretrizes, quepossam vir a contribuir para melhorar a pos-tura da CAIXA frente ao Judiciário." Elagostou de ver o empenho dos colegas emdesenvolver uma advocacia mais ativa.

Entre os principais assuntos discutidos, se-gundo a advogada Iliane Pagliarini, do JURIR/Manaus, constavam poupança, créditoeducativo, danos morais, juros progressivos,levantamento de PIS. Foram destacadas asações em que os clientes contestam os sa-ques por cartão magnético, despesas efetuadascom cartão de crédito e a demora no atendi-mento. Na pauta, também, as dificuldadesna obtenção de subsídios para defesa daCAIXA junto às agências, que nem sempresão abrangentes ou ágeis o suficiente.

Eduardo Vianna, do JURIR/Rio de Janei-ro, destaca o debate sobre a política de acor-dos. "Em primeiro lugar, constatou-se queem alguns Jurídicos os advogados possuemautorização genérica para realizar acordos,enquanto que em outros a autorização émais burocrática, fazendo com que a Co-missão sugerisse a adoção da autorizaçãogenérica, nos moldes do que já vem ocor-rendo nos Jurídicos de Natal e Rio de Janei-ro, por exemplo."

Atuação constanteOutro aspecto importante, segundo

Eduardo, foi a constatação de que há anecessidade de treinamento em técnicas denegociação para melhorar o resultado emaudiências de conciliação.

Uma das boas práticas destacadas noencontro veio do JURIR/Manaus, que

A CAIXA em juízoAdvogados revisam a atuação em Feitos Diversos e JEFs

implementou um arquivo digital em que osdossiês - e todo o processo - são virtuais,eliminando a impressão de documentos."Isso é importante para os Jurídicos que nãopossuem uma rede com alta velocidade,pois inviabilizaria o trabalho do advogadoter que acessar os dados do processo nosite do Tribunal Regional Federal respecti-vo", relata Iliane Pagliarini. "Assim, o advo-gado acessa o dossiê virtual e pode dar con-tinuidade aos trabalhos, inteirando-se do queaconteceu até então no processo."

O ponto mais positivo, na opinião daadvogada Maria Angélica Maia, da GETEN,foi a possibilidade de aprofundar os temas,em especial os mais nevrálgicos, ehomogeneizar as teses da CAIXA, fortalecen-do a instituição perante o Judiciário. "Comotrabalho na Coordenadoria de Feitos Diver-sos, pude ter uma visão global da atuação daCAIXA em juízo", diz Angélica. Ela ressalta aabertura de novos canais de comunicaçãoentre os advogados de todo o Brasil, privilegi-ando os aspectos profissional e humano.

Iliane Pagliarini observa que a atuaçãoda CTN não se dá apenas nos encontros.Os membros estão em contato constante,aprimorando os trabalhos, repassando juris-prudências favoráveis, apontando as dificul-dades que poderão ser pautas de novosdebates.

Confira algumas peças e teses processuais produzidase revisadas no encontro, todas disponíveis no SIDAP:

Contestações:- Caixa Seguros - Ilegitimidade da CEF- Cheque Especial sem movimentação - Danos morais- Contrato de consignação - Ausência de repasse- Danos morais por espera em fila- Furto de objeto de cliente em agência- Poupança - Índices expurgados- Saque com cartão e senha do titular- SFH - Oficio de quitação - Multiplicidade - Danos

morais- Condomínio -Arrematação-Adjudicação - Aquisição

origináriaRecurso Inominado:- Danos morais por espera em fila

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8 Abril | 2007REGISTRO

Memória corporativaBreve história contada por quem estava lá

“Um problema a menos”, anunciava o primeiro editorial do Boletim da ADVOCEF, lançado no bimestre outubro/novembro de 2001. O texto referia-se à dificuldade que era “a ausência de um instrumento de comunicação efetivo, paraatuar como elo” entre os advogados da CAIXA.

O Boletim surgia para preencher a falta do primeiro veículo, o Jornal da ADVOCEF, que, criado em 1993, circulou, comalgumas interrupções, até julho de 1998.

Em suas 50 edições, o Boletim da ADVOCEF ouviu muitos associados – e também profissionais de fora da empresa –,a respeito de todos os assuntos ligados à sua atividade.

Muitos dos problemas mencionados naquela primeira edição já foram superados pela categoria. Com os profissionais,o Boletim da ADVOCEF vem contribuindo para, na medida do possível, divulgar cada vez mais problemas a menos.

A seguir, uma amostra desse registro.

"Quando uma instituição, públicaou privada, busca respaldo técnico-jurí-dico à contratação de suas operações,como premissa de regularidade e de le-galidade formal de seus atos, certamenteestá praticando a melhor administração.

Quando esta mesma instituição dáas costas ao seu órgão técnico, deixan-do de respaldar o seu procurador judi-cial na defesa dos interesses em litígio,está pondo em risco estes mesmos prin-cípios de administração.

O advogado, ainda que o quisesse,não possui prerrogativas de mágico oude senhor da verdade e dos fatos. Semo apoio, a intervenção, a notícia, a aten-ção dos protagonistas dos fatos, estáfadado a ser apenas mais um partici-pante de uma infeliz história deinsucesso empresarial."

Do editorial "O advogado, amágica e a prova". Boletim 05,

jun-jul/2002.

"O congresso representa um mo-mento quase mágico, coberto porexpectativas e resultado de um con-

junto multifacetado de vontades eansiedades.

Ele só existe e acontece porquenós, advogados e Associação, existi-mos e o queremos. (...)

E as pessoas, sem trocar e sem an-siar por melhores dias, perderiam arazão de existir.

Um congresso é feito por todos,para todos e com todos. (...)

E participantes não são apenas osque fisicamente estejam presentes,mas todos os que, de alguma forma,canalizam à concretização do eventoum pouco de si."

Do editorial "Para que servem oscongressos", Boletim especial,

set/2002.

"Freqüentemente o advogado daCAIXA defende a empresa em açõespatrocinadas pelos melhores escritóri-os de advocacia do país e não deixanada a desejar. E estamos falando deações que comumente superam a casados milhões de reais."

Jailton Zanon, da GETEN.Boletim 12, jun-jul/2003.

"Como advo-gado, fiz da CAI-XA a minha op-ção profissionalde vida, quando,na época apro-priada, poderia,também, tentarfazê-la pela ma-

gistratura ou pelo Ministério Público.É que, naqueles velhos tempos, peçopermissão para dizer, o advogado daCAIXA percebia remuneração equiva-lente com as referidas categorias pro-fissionais, não necessitando percorrero interior do Estado para eventualpromoção. E, com o salário da CAI-XA, na época, pude educar e ter afelicidade de formar em cursos supe-riores os meus seis filhos."

Amauri Farias Ramos (JURIR/Florianópolis), ao ser homenagea-

do pelo presidente JorgeMattoso. Boletim 15,

dez 2003/jan 2004.

"O número deprocessos que tra-mitam na JustiçaFederal envol-vendo a CEF é re-corde e porconta dissoos advoga-dos, em ge-ral, são bonsprocessualistas."

Luiz Francisco Fernandes deSouza, procurador do MPF.

Boletim 25, mar/2005.

"É uma área [a jurídica] que tem apre-sentado resultados muito positivos."

Jorge Mattoso, presidente daCaixa, em entrevista à TV Justiça,

no programa "Justiça para todos".Boletim 25, mar/2005.

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Abril | 2007 9

"De tudo o que vivenciei no julga-mento do processo, considero que éde suma importância para o sucesso deuma demanda o trabalho em equipe,as audiências com os magistrados e as-sessores, a apresentação de memoriaise ainda a sustentação oral."Mario Machado, da GETEN, sobre avitória da CAIXA no RE 418.918/RJ.

Boletim 25, abr/2005.

"Não se pode pretender 'praticar,e ser reconhecida como a melhor ad-vocacia pública do Brasil', recebendoos piores salários dentre as carreiras ju-rídicas existentes e com uma cargadesumana de trabalho."

Mariano Moreira Junior, doJURIR/Florianópolis.

Boletim 35, jan/2006.

"Tivemos aumentos consideráveis nodecorrer dos últimos anos, mas não osque interessam à categoria. Nossa cargahorária passou de 6h para 8h e o núme-ro dos feitos judiciais ultrapassou há muitoa barreira de um milhão de processos."

Angelo Ricardo Alves da Rocha,do JURIR/Vitória.

Boletim 36, fev/2006.

"Usamos atarja preta, sim!Porque nãoa g ü e n t a m o smais ser tratadoscomo carta forado baralho e,quando a coisaaperta, corrematrás dos advo-gados dizendoque a instituiçãoestá em perigo."

Jayme de Azevedo Lima,do JURIR/Curitiba.

Boletim 39, mai/2006.

"Afinal, só aparecemos quando algonão deu certo."

Maria Luísa Claudino Rodrigues,do JURIR/Porto Alegre, observan-

do que nem sempre os advoga-dos são considerados prioritários.

Boletim 40, jun/2006.

"Acredito que trabalhar no serviço pú-blico, tal como ser padre, pastor ou pro-fessor, é um dom e uma opção de vida.

No entanto, tenhoencontrado dificul-dades para chegarao fim do mês, ain-da que recebamosno dia 20. Tenhoproblemas de crédi-to, insônia, e oro to-dos os dias para que a direção da CAIXAvolte seus olhos para nossa classe e en-xergue o quanto valemos.""Um advogado da CAIXA", anôni-

mo. Boletim 40, jun/2006.

"O caráter es-tratégico das atri-buições dos advo-gados é sempreinvocado quandose trata de justifi-car as jornadasestafantes, comsobrecarga de ta-

refas e responsabilidades, e parapressioná-los a se abster de seus direi-tos (como o de ingresso em juízo). Masesse mesmo caráter estratégico é sole-nemente ignorado no momento deconferir aos advogados a justa retribui-ção por seu desempenho."

Altair Rodrigues de Paula,presidente da ADVOCEF.

Boletim 40, jun/2006.

"Gostaria muito de ver como qualqueroutro advogado, público ou privado, da-ria conta de 80, 100 prazos por dia, comochegam a fazer nossos advogados."

Fabiano Jantalia, ex-GETEN,atualmente no Banco Central.

Boletim 41, jul/2006.

"O exercício da advocacia na CAIXAé bastante amplo e gratificante, especi-almente para aqueles verdadeiramentevocacionados para o Direito. Entretan-to, como tudo na vida, possui suas vicis-situdes."

Antonio Carlos Ferreira,diretor jurídico.

Boletim 42, ago/2006.

"A nossa categoria ainda tem algu-ma dificuldade em estabelecer um focoe traçar planos de ação objetivos e efi-cazes. Disso resulta a nossa paralisia."

Aline de Lima Riccardi, da REJUR/Novo Hamburgo.

Boletim 43, set/2006.

"A única alter-nativa compatívelcom o Direito é orespeito à jornadade trabalho dequatro horas, sal-vo ajuste em quea vontade livredos advogadosempregados seja respeitada e com acompensação devida."

José Cláudio Monteiro de BritoFilho, procurador-chefe da Procu-radoria Regional do Trabalho da

8ª Região. Boletim 43, set/2006.

"A idéia que tenho, por exemplo,é que o conceito do corpo jurídico daCAIXA, como sendo um dos melhoresda advocacia pública do país, parecemais difundido externamente (porexemplo, entre o Judiciário, Ministé-rio Público e demais carreiras) do queno seio da própria empresa."

Antonio Kehdi Neto, da REJUR/Ribeirão Preto. Boletim 43, set/2006.

"Em vários con-gressos temos percebi-do essa crise existenci-al que nos aflige. So-mos advogados deempresa pública? So-mos advogados públi-

cos? Somos advogados de banco? So-mos os três ou nenhum dos três?"Regynaldo Pereira Silva, do JURIR/

Brasília. Boletim 43, set/2006.

"A decepção que senti quando aCAIXA ofereceu o novo plano para ascarreiras técnicas foi decisiva para a mi-nha saída da empresa."

Simone Klitzke, ex JURIR/PortoAlegre, atual procuradora da

Fazenda Nacional em Porto Velho.Boletim 49, mar/2007.

"[Faltou] uma mudança de posturada empresa para ver uma categoria dife-renciada, desvinculando dos parâmetrosdos bancários e levando em considera-ção o segmento do mercado com o qualdevemos ser comparados, que é a advo-cacia pública."Cleonice José da Silva Herculano,do JURIR/Campo Grande, sobre a

negociação salarial. Boletim 48,fev/2007.

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10 Abril | 2007

Alegação de defesaNo Brasil há 181 mil leis, masninguém sabe ao certo quantasdelas já foram revogadas. Diantedisso, segundo a revista Isto É, aspessoas se tornam incapazes deresistir a um princípio básico doDireito: ninguém pode alegar emsua defesa o desconhecimento dalei. "No Brasil, acontece o oposto.Ninguém pode dizer que conhececompletamente as leis", comenta odeputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que preside um grupo que vaieliminar as leis em excesso.

CorreçãoA advogada Virginia Barbosa Leal,que se aposentou em janeiro de

2007, trabalhava no JURIR/Recife enão no JURIR/Porto Alegre, como

constou na edição passada (matéria"Fora da CAIXA").

Mensagem à presidenteA ADVOCEF

enviou cumpri-mentos a

Maria FernandaRamos Coelho,

por suapermanência na

presidênciada CAIXA. "Desejamos sucesso na

condução dos destinos desta empresa,com a certeza de que nada supera o

conhecimento e a experiência de quemvive a realidade brasileira sob o olhar de

um trabalhador da CAIXA", diz amensagem, assinada pelo presidente

Altair Rodrigues de Paula.

Sem exameO exame da OAB “é uma excrescência e precisa ser abolidado ordenamento jurídico do país", discursou o senadorGilvam Borges (PMDB-AP), na tribuna. Ele é autor de umprojeto que estabelece o fim da prova, pois entende que elanão avalia a aptidão do bacharel para a profissão, apenastesta sua capacidade de memorização. Para ele, uma pessoatorna-se um bom advogado acumulando conhecimento, nafaculdade e no trabalho. (Fonte: Espaço Vital.)

Escritor no STFNovo romancista na praça:Eros Grau, ministro do STF.Seu livro de estréia,"Triângulo no ponto",editado pela Nova Fronteira,já está nas livrarias.

Bate-papo na OABO advogado da CAIXA HenriqueChagas compõe a Comissão para

Eventos Culturais da OAB/São Paulo- 29ª Subseção, de PresidentePrudente. Em 22 de março,

Henrique promoveu o primeiro“Bate-papo filosófico-cultural”,

dos muitos que planeja nainstituição. “Conto com o apoio

dos amigos que sempre meapoiaram nos meus verdejantes

trigais”, disse, referindo-se ao seusite Verdes Trigos.

Conciliação ao vivoO público presente no Seminário

sobre Técnicas de Conciliação, em22 e 23 de março, no TRF da 4ª

Região, em Porto Alegre, pôdeacompanhar diversas audiências

realizadas entre mutuários do SFHe a CAIXA, através de seus

advogados. Durante duas horas emeia, os juízes federais Carla

Hendges, Daniela Pertile e JurandiPinheiro atuaram como

conciliadores entre as partes,apresentando um exemplo concreto

do tema debatido no evento.

"Nunca vi advogado dedicado, estudioso, quetenha naufragado, desde que saiba se comunicar.

Não adianta lamentar as crises. Nós, advogados, éque administramos as crises, compomos a lide paraeliminar a crise: seja familiar, social, da segurança.

Se não houvesse crise e todos cumprissemestritamente as leis, se o relacionamento entre as

pessoas fosse obedecido, não precisaríamos deJustiça, nem de advogado."

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O advogado, por Approbato "Nós advogados, como os padres e os pastores, nãodefendemos o pecado, defendemos o pecador. Quer dizer,nós não somos partícipes do pecado, mas nós queremos queaquele que pecou tenha uma sentença justa. Para ter umasentença justa, você tem que descer a todos os pormenoresdo pecado cometido, para saber o grau desse pecado, asrazões do pecado, as eventuais atenuantes que possamdizer por que é que pecou. É essa a imagem que a sociedadedeve ter do advogado."

Rubens Approbato Machado, ex-presidente do Conselho Federal da OAB, atual presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportivae diretor da Escola Superior de Advocacia em São Paulo, em entrevista à Consultor Jurídico.

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Abril | 2007 11

A caminhonete era do estilo Marta Ro-cha, que fez sucesso no Brasil, nos anos

50. Seu indefectível chapéu panamá bran-co era o primeiro destaque para quem delonge olhava e já reconhecia o delegadoem patrulha, pelas ruas da pequena aldeia.

Usava calça tipo bombacha, bota co-mando, camisa parcialmente aberta no peitopara fazer frente ao calor diário e a armana cintura. Era grande, cabelos escuros es-condidos no chapéu, olhos escuros. Pareciaum buldogue com as dobras das bochechaspreenchendo os cantos da boca e, sobretu-do quando nervoso, era... gago.

Fazendeiro, muitos filhos e filhas bo-nitas, um coração enorme e uma ma-neira peculiar de fazer justiça. Cer-ta vez, o governador do Estado,Moysés Lupion, veio até a pe-quena Ribeirão, acompanhadode seu séquito, inclusive o che-fe da Casa Militar. Neste diaocupou a praça principal parafazer um discurso e toda aaldeia estava presente. Mas,ao dizer inverdades, fez comque a professora e líder do PTBlocal se enchesse de brios. Aduas quadras abaixo da praçafuncionava a sede do PTB, comalto falante e demais equipamen-tos, cuidados pelo Baca, o gerentedo Comitê.

Com bronca dos pessedistas, a pro-fessora pediu ao Baca que ligasse os mi-crofones e desandou a falar, chamando aatenção da população que de imediatoabandonou o governador e veio rua abai-xo para ouvir a mestra e sua indignaçãoeloqüente. O governador, ao se sentirdesprestigiado, mandou o chefe da CasaMilitar descer até o pequeno Comitê e pren-der "aquela mulher". Mas, ao dar voz deprisão, um vozeirão gago interrompeu ooficial. A arma brilhou na mão do delega-do e ele tartamudeou:

- Fa-fa-fala pro-pro-fe-fe-ssora... que,que, que e-e-e-uuu eu ga-ga garan... ga-ranto!

- Obrigada, delegado!E ela seguiu adiante com o povo aplau-

dindo e dando tapinhas nas costas do dele-gado, enquanto o oficial voltava rapidinhopro coreto da praça.

CONTO

O assobiadorJayme de Azevedo Lima (*)

- De-de-democra-cra-cia éééé iisssto!- dizia ele.

Assim era a política na pequena Ribei-rão. Acredito que o governador nuncamais voltou para aquelas paragens. Mas,voltando ao delegado. Salvadozão, eraesse o seu nome, que impunha respeitona molecada, prendia os bêbados, cuida-va da cidade, que durante muito tempo,como comarca, nunca precisou de dele-gado de carreira. O Salvadozão bastava.

Certa vez, em sua patrulha noturna,passou pela zona, para dar uma olhada,bebericar uma cerveja. Afinal ninguém ésempre de ferro e as putas faziam parteda população, prestavam serviços neces-sários à cidade, e ele procurava dar pro-teção a todas. Eram casas na beira do Ri-beirão em um pequeno vale que atraves-sava a cidade, com luzes amarelas, ouvermelhas, certamente para esconder asfaces das mulheres da vida doloridas pelotempo, amarfanhadas pelo uso. Serviapara destacar o batom, esconder as cica-trizes que, junto com as dores dos tem-pos, ocupavam espaços nos corpos. E láestava o velho Salvadozão, chegando paraa sua olhadinha, quando, naquele ambi-

ente escurecido pela fumaça de cigarrose fogões à lenha, uma voz se fez ouvir.

- Ô cidadão, nesta casa não tem rá-dio, dá pro vivente assobiar para que eupossa dançar com esta dama que está aomeu lado?

- Ma-ma-mas!- Não tem mais nem menos!E apontou o revolver cano 45 para o

corpanzil do delegado.Era um viajante, boiadeiro, um

passante que não sabia de quem se trata-va.

A mulher, assustada, não dizia umapalavra.

Assim, o delegado, gago, comdificuldade começou a assobiar a

única música que sabia, e o fezpor um largo tempo. Não po-

dia parar que o canhão eraapontado em sua direção. Eleassobiou tanto que suas bo-chechas incharam, seus lá-bios secaram, até que opassante encharcado de ca-chaça parou de dançar, vi-rou-se para a porta e saiucambaleante em direção aoscafezais da Monte Claro, amaior fazenda da região.

O delegado tomou água, en-xaguou a boca, para poder salivar,

e, sem uma palavra, deixou o local.Eram cerca de duas horas de uma ma-

nhã de terça-feira.O silêncio da noite, um cachorro velho

latindo ao longe, o som dos passos noscorredores dos cafezais da Monte Claro...Dois pipocos, o som seco do 38 ecoou e seperdeu entre os ventos que ajudavam aumidade a florir o cafezal. O velho delega-do voltou, sentou em sua caminhonete deporta aberta, recarregou o tambor com doiscartuchos, levantou o chapéu, limpou o suorque invadia seu rosto, baixou a cabeçacomo se pedisse perdão a Deus, fechou aporta e foi dormir o sono dos justos. Dovivente, certamente agora "mortente",nunca mais se ouviu falar.

Parte é lenda e parte é verdade, nofinal são apenas estórias de meu Ribeirãodos sonhos, memórias de minha infância.

(*) Advogado da CAIXAem Curitiba/PR.

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12 Abril | 2007

Ano VI | Nº 050 Abril | 2007

CRÔNICA

Como fazerbodas de ouro Leopoldo Viana Batista Júnior (*)

Engraçado falar sobre a rede e acama. Excluindo algumas semelhan-

ças, como servirem para o descanso doguerreiro e a perpetuação da espécie,o que teriam em comum a cama e arede?

É bem verdade que a cama, comonós a conhecemos, fora trazida pelosprimeiros europeus que aquiaportaram e servia, basicamente,além do óbvio destino aosrangidos e sacolejos, à de-monstração de certopoder social entreeles. E quanto maist o r n e a d a s ,envern izadas ,desenhadas epesadas, maiora importânciados seus usuá-rios. Ah! Aindahoje isso con-tinua muitoparecido.

Já a rededemonstra ca-racterística pa-chorrenta, pregui-çosa, paciente, quemsabe por causa da suaforma elíptica, ou seja, elaé um dos símbolos da pregui-ça ou mesmo do eterno descan-sar. Quem não liga imediatamente omestre Dorival Caymmi ao seu objetopreferido depois do violão?

Por outra banda, tanto a camaquanto a rede nasceram de simples ob-servações à natureza, pois sim. Quantose tantos viventes prepararam seusaconchegos, seus verdadeiros refúgios,para estarem em grande parte dos seustempos ociosos?

Da mesma forma, a criação da redepelos nossos ancestrais nativos derivacertamente da observação por eles aos

nossos mais nobres parentes, os animaisirracionais, quando tecem suas ferra-mentas para o resguardo ou mesmopara a sesta, desde a complexa teia defios de seda por uma aranha à simplici-dade das folhas de fruteirasentrelaçadas por um dos muitostrepadores arborícolas brasileiros.

Mas, quase ia me desviando real-mente do motivo destes rabiscos. Qualserá a ligação, entre fazer bodas deouro no casamento, com a cama e arede?

É que meus avós, há muitos anos,fizeram bodas de ouro. Comemoraram50 anos de casamento e dele uma ex-tensa prole. E mesmo que não se in-vestigasse o porquê daqueles longosanos sem desfazimento do matrimô-

nio, o motivo se encontrava escanca-rado à frente de todos: os velhinhosdormiam separados, no mesmo quar-to: ela, na cama, toda dona; ele,enviesado, em aparentemente saborosae bem encurvada rede de algodão co-lorida de punhos fortes que permitiamo balançar nas noites mais calorentas.

Assim, ficava bem evidente que osegredo daquele relacionamento

de prole larga - que perdu-rou até suas respectivas

mortes - foi, na verda-de, uma herança an-

cestral indígenabem evidente, a

rede: à noite,nada de em-purrões invo-luntários, dis-putas por len-çóis, sopaposdesav i sados ,roncos no ou-vido, pesade-los mal conta-dos, quem

sabe enfezadosgases ou mesmo

algumas babu-gens, predicados

negativos que decer-to somente colaborariam

para expulsar até os mais vi-gorosos amores.Pois bem, concluo, empiricamente,

que dois elementos com desenhos tãodiferentes, a cama e a rede, se usa-dos corretamente, ajudam de formasignificante à tolerância e persistên-cia da vida em comum, conseqüen-temente, se não pioram, aumentamdecerto o nível de bem-querer doscompanheiros, especialmente por es-tas plagas amatutadas.

(*) Advogado da CAIXAem João Pessoa/PB.