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EDITORIAL

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOS DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

DIRETORIA EXECUTIVA|Presidente: Altair Rodrigues de Paula (REJUR/Londrina)|Vice-Presidente: Silvio do Lago Padilha (JURIR/Belo Horizonte)|1º Tesoureiro: JoséCarlos Pinotti Filho (REJUR/Londrina)|2º Tesoureiro: Patrícia Raquel Caires Jost Guadanhim (REJUR/Londrina)|1º Secretário: Marisa Alves Dias Menezes (JURIR/SãoPaulo)|2º Secretário: Henrique Chagas (REJUR/Presidente Prudente)|Diretor Regional Norte: Liana Cunha Mousinho Coelho (JURIR/Belém)|Diretor Regional Nordes-te: Maria dos Prazeres de Oliveira (JURIR/Recife)|Diretor Regional Sudeste: Sonia Lucia dos Santos Lopes (JURIR/Rio de Janeiro)|Diretor Regional Centro-Oeste:Gustavo Adolfo Maia Junior (JURIR/Brasília)|Diretor Regional Sul: Mariano Moreira Júnior (JURIR/Florianópolis)

REPRESENTANTES JURÍDICOS 2006/2007|JURIR/AJ: Paula Giron Margalho; JURIR/BU: Henrique Chagas; JURIR/BE: Renato Lobato de Moraes; JURIR/BH: Simone Solangede Castro Rachid; JURIR/BR: Luciano Caixeta Amâncio; JURIR/CP: Flávia Elisabete de Oliveira Fidalgo Souza Karrer; JURIR/CG: Cleonice José da Silva Herculano; JURIR/CB: Gustavo Eduardo Reis de Siqueira; JURIR/CT: Jayme de Azevedo Lima; JURIR/FL: Marcelo Oscar Silva Santos; JURIR/FO: Adonias Melo de Cordeiro; JURIR/GO: IvanSérgio Vaz Porto; JURIR/JP: Fábio Romero de Souza Rangel; JURIR/ME: Carlos André Canuto de Araújo; JURIR/MN: Alcefredo Pereira de Souza; JURIR/NA: Carlos Robertode Araújo; JURIR/PO: Jaques Bernardi; JURIR/PV: Cláudia Elisa de Medeiros Teixeira; JURIR/RE: Paulo Melo de Almeida Barros; JURIR/RJ: Leonardo Martuscelli Kury;JURIR/SA: Jair Oliveira Figueredo Mendes; JURIR/SL: Samarone José Lima Meireles; JURIR/SP: Marisa Alves Dias Menezes; JURIR/TE: Renato Cavalcante de Farias;JURIR/VT: Rodrigo Sales dos Santos; GEAJU: Elisia Souza Xavier; REJUR/CV: Roseli Aparecida Bettes; REJUR/JF: Josiane Mendes Gomes Dias Pinto; REJUR/JM: CarlosEduardo Leite Saboya; REJUR/LD: Daniela Pazinatto; REJUR/MR: José Irajá de Almeida; REJUR/NH: Clarissa Pires da Costa; REJUR/NT: Daniel Burkle Ward; REJUR/PF:Clovis Frank Kellermann Junior; REJUR/RP: Sandro Endrigo de Azevedo Chiaroti; REJUR/SM: João Carlos Matas Luz; REJUR/SR: Cleusa Maria de Jesus Arado Venâncio;REJUR/UB: Luciola Parreira Vasconcelos; REJUR/VR: Aldir Gomes Selles.

CONSELHO DELIBERATIVO|Membros Efetivos: Darli Bertazzoni Barbosa (Londrina), Renato Luiz Harmi Hino (Curitiba), Isabella Gomes Machado (Brasília), LuisFernando Miguel (Porto Alegre) e Bruno Vicente Becker Vanuzzi (Porto Alegre)|Membros Suplentes: Luciano Paiva Nogueira (Belo Horizonte), Marcelo DutraVictor (Belo Horizonte) e Alfredo Ambrósio Neto (Goiânia).

CONSELHO FISCAL|Membros Efetivos: Paulo Roberto Soares (Brasília), Rogério Rubim de Miranda Magalhães (Belo Horizonte) e Julio Cézar Hofman (Maceió)|MembrosSuplentes: Ivan Sérgio Vaz Porto (Goiânia) e Éber Saraiva de Souza (Cuiabá).

CONSELHO EDITORIAL|Altair Rodrigues de Paula e Roberto Maia|Jornalista responsável: Mário Goulart Duarte (Reg. Prof. 4662) – E-mail: [email protected] Gráfico: Marcelo Torrecillas|Editoração eletrônica: José Roberto Vazquez Elmo|Capa: Eduardo Furasté|Ilustrações: Ronaldo Selistre|Tiragem: 1.200exemplares Impressão: Gráfica Pallotti|Periodicidade: mensal

Endereço em Brasília/DF: SBS, Quadra 2, Lote 1, BL S, Sala 1205|Edifício Empire Center|CEP 70070-904|Fone (61) 3224-3020|E-mail: [email protected]ária: Priscila Christiane da Silva.

Endereço em Londrina/PR: Rua Santa Catarina, 50 / sala 602|CEP 86.010-470|Fone (43) 3323-5899|E-mail: [email protected]|Secretárias: Tatiane StabileDantas Buzinaro e Ivete Augusta Pereira|Auxiliar Administrativa: Thaís Bender.

0800 400 8899 O Boletim da Advocef é distribuído aos advogadosda CAIXA e a entidades associativas.www.advocef.org.br | Discagem Gratuita

2 Abril | 2008

Português, este velho novo (des)conhecido

A edição de abril revisita, com novosolhares e opiniões, um tema cotidiano

que diz muito com a atividade profissionaldos advogados. Trata-se das discussões emtorno da utilização do idioma, uma das prin-cipais ferramentas de trabalho das ciênciashumanas em geral e dos operadores do Di-reito em especial.

Trazendo um interessante mosaicodos projetos em andamento no Congres-so Nacional sobre o uso de expressões epalavras estrangeiras, o Boletim evoca oconhecimento e as manifestações de al-guns integrantes da ADVOCEF. A inten-ção foi suscitar o debate e amplificar al-gumas das tantas visões e facetas possí-veis sobre o tema.

O assunto traz à memória de muitosa imagem e os princípios defendidos hádécadas por um brasileiro muito especial.Ariano Suasssuna, que brindou os parti-cipantes do Congresso da ADVOCEF rea-lizado em Recife com sua presença, conti-nua a ecoar até os dias de hoje suas liçõesde animada defesa da brasilidade.

Eis um resumo possíveldesta edição do Boletim da

ADVOCEF: mesclarhumanidade e técnica, semimportar o idioma utilizado

ou o viés perseguido

Por considerar que o exercício da advo-cacia não se exaure no conhecimento técni-co, hermético e frio das discussões doutriná-rias e jurisprudenciais, o Boletim tem trazidoem reiteradas oportunidades essas nuancesde ampliada conexão com as humanidadesem geral.

Discutir os rumos do vernáculo, as pro-jeções e debates sobre a língua portuguesaconstitui uma das muitas formas de contri-buir para formação de juízo crítico perma-nente em nosso meio técnico.

A edição deste abril agrega ao tema cen-tral outras tantas informações de cunhoabrangente e atual interesse.

Prestigia novos integrantes da admi-nistração da área jurídica, divulgando aosnossos leitores seus principais projetos elinhas de atuação, que por certo influencia-rão o desempenho e os resultados da nos-sa atividade profissional.

Destaca e divulga a atuação de nossosrepresentantes perante órgãos externos, nadefesa de nossas pretensões e anseiosinstitucionais, novos ou históricos.

Esta é a função do veículo da nossaAssociação, conferir visibilidade aos nossosvalores. O dever é cumprido ao informarnossos quadros, agregando opinião e co-nhecimento técnico em espaços como oencarte "Juris Tantum" e a coluna "Vale aPena Saber". E, também, brindando os lei-tores com expressões sensíveis, como a belacrônica deste número.

Este um resumo possível desta edi-ção: mesclar humanidade e técnica, semimportar o idioma utilizado ou o viés per-seguido.

Diretoria Executiva da ADVOCEF

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Abril | 2008 3

Advocacia deProfissionais buscam prerrogativas da advocacia pública

Trocar informações com oscolegas advogados de

empresas públicas tem sido ofoco da Comissão instituídapela ADVOCEF para partici-par do processo de criaçãoda nova Lei Orgânica daAGU (Advocacia-Geral daUnião). A idéia é buscar,em âmbito nacional, uma identi-dade de discurso no "movimento", infor-ma Gryecos Loureiro, da REJUR/Niterói.

Segundo o advogado, que é membroda Comissão formada no XII Congressoda ADVOCEF em 2006 (*), os contatosprosseguem, para demonstrar "a impos-sibilidade de compatibilizar a defesa dointeresse público fora do contexto de ad-vocacia de Estado e, muito menos, den-tro da relação hierárquica trabalhista".

O vice-presidente da ADVOCEF, Silvio doLago Padilha, coordenador do grupo, con-

Grupos em trabalhoHá outras Comissões que tratam de assuntos de interesse dos advogados da CAIXA.

Os trabalhos serão apresentados no XIV Congresso da ADVOCEF, que será realizado emVitória (ES), nos dias 22 a 25 de maio de 2008. Confira:

Idéia correnteOpinião de Gryecos Loureiro:"A incorporação da idéia de efe-

tivo exercício da advocacia de Esta-do, bem como o enfoque na buscade prerrogativas para promover a de-fesa intransigente do interesse públi-co, já é a tônica que ecoa nos corre-dores de praticamente todos os de-partamentos jurídicos de empresaspúblicas. O alcance desta meta trarámaior legitimidade para nosso intui-to de ganho qualitativo para o advo-gado da CAIXA."

firma que o objetivo é a cientificação dosresponsáveis pela elaboração e pelo enca-minhamento do anteprojeto de Lei Com-plementar da Advocacia Pública sobre o tra-balho dos advogados da CAIXA. Estes pro-fissionais, como se sabe, desempenham nobanco as inúmeras atividades delegadaspela Advocacia Geral da União e pela Pro-curadoria Geral da Fazenda Nacional.

Em vista disso, observa Sil-vio, a intenção é conquistar aaplicação de "algumas das prer-rogativas atribuídas aos inte-grantes dessas carreiras da ad-

vocacia pública aos advoga-dos da CAIXA".

Reuniões importantesNo primeiro semestre de

2007, a Comissão participou deduas reuniões importantes, ocorridas logono início dos debates sobre o anteproje-to. Uma delas foi realizada na AGU, comEvandro Costa Gama, então assessor doministro José Antônio Dias Toffoli. A ou-tra reunião aconteceu na sede da OABem Brasília, quando foi indicado o advo-gado da CAIXA José Carlos Izidro Ma-chado para integrar a Comissão de Ad-vocacia Pública da Seccional.

Em fevereiro deste ano, a advogadada CAIXA Cristina Lee foi indicada paraa Comissão constituída pela OAB nacio-nal, em audiência com o presidenteCezar Britto, em Brasília.

(*) Compõem também o grupo osadvogados Agnelo Ribeiro, Bruno

Vanuzzi, Carlos Alberto de Castro eSilva, Carlos Araújo, Fernando Abs da

Cruz, José Izidro Machado, LucianoCaixeta Amâncio, Marcelo Dutra Victor,

Marcelo Nader e Sergio Luis Fuks.

Estado

• Elaboração de regula-mento para as eleiçõesna ADVOCEF. Institu-ída no XIII Congresso.Membros: Cristina Pi-nheiro, George doNascimento Júnior ePaulo Melo Barros.Coordenação: Sônia dos SantosLopes, diretora regional do Su-deste.

• Negociação coletiva através daFENADV.Membros: Alfredo Ambrósio Neto,Luciano Caixeta Amâncio, Luis FernandoMiguel e Natanael Lobão Cruz.Coordenação: Gustavo Maia Júnior, di-retor regional do Centro-Oeste.

• Elaborar proposta à Prefeitura de SãoPaulo, sobre honorários referentes aoParque do Povo. Constituída no XIII Con-gresso.

Membros: Jayme Lima e JoséIzidro.Coordenação: Mariano MoreiraJúnior, diretor regional do Sul.

• Analisar as condições detrabalho nas unidadesjurídicas. Constituída noXIII Congresso.

Membros: Cíntia Custódio, Flá-via Karrer, Flávio Rocha e Ruyde Borborema Neto.Coordenação: Liana MousinhoCoelho, diretora regional doNorte.

• Alteração dos estatutos da ADVOCEFcom a criação de vice-presidências. Ins-tituída no XIII Congresso.Membros: Fernando Abs da Cruz,Luciano Amâncio, Octávio de Couto eSilva e Ricardo Tavares.Coordenação: Maria dos Prazeres de Oli-veira, diretora regional do Nordeste.

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4 Abril | 2008

Anunciada em Atibaia, em 2005,quando foi incluída no plano dire-

tor da área jurídica, a Escola de Advo-cacia CAIXA saiu do papel. De acordocom seu coordenador, Cláudio Gonçal-ves Marques, inaugura-se uma novafase, em que a capacitação dos profis-sionais da área jurídica ocorrerá de for-ma organizada e transparente. Surge aoportunidade de parcerias com institui-ções públicas ou privadas, reafirmandoas antigas e estabelecendo novas, com-partilhando o conhecimento com maioreconomia.

Cláudio, recentemente nomeado ge-rente nacional da GERID, chama a aten-ção para um detalhe: a Escola não éapenas para os advogados. A idéia édisponibilizar conhecimentos a todos osempregados, garantindo maior seguran-ça aos negócios da CAIXA. "A Escolaquer ser instrumento útil para a socie-dade brasileira", afirma.

O advogado Volnir Cardoso Aragão,do JURIR/Porto Alegre, que colaborou no

Início dasaulas

A Escola CAIXA firmou seu pri-meiro convênio, em 14/2, com a Ad-vocacia-Geral da União (AGU), dan-do acesso aos seus profissionais àsações educacionais disponibilizadaspelas duas instituições. Já foramofertadas vagas aos advogados daCAIXA para pós-graduação em Di-reito Público, ministrada pelo Facul-dade de Direito e Centro de Ensinoà distância da UnB. O curso terá car-ga horária de 360 horas e iniciaráem agosto de 2008. A Escola de Ad-vocacia pode ser acessada pelainternet, em página própria no siteda Universidade CAIXA.

ESCOLA daLançada a Escola de Advocacia, que não é só para advogados

de concepção. "As pessoaspassarão, mas a Escola permane-

cerá, enquanto instituição", afirma.Henrique Chagas nota que a inspi-

ração foi buscada em projetos bem su-cedidos, a começar pela UniversidadeCAIXA e as entidades vinculadas à OAB,Magistratura, Ministério Público e AGU.Frisa que, aproveitando essa experiên-cia e firmando parcerias com instituiçõesda administração pública, a Escola sur-ge como o embrião de uma Escola deGoverno. "E os advogados da CAIXA sãobaluartes na produção do conhecimen-to, bem como da sua gestão, e, em es-pecial, os destinatários deste conheci-mento."

Construção dialéticaOutra característica interessante da

Escola, segundo Henrique, é o fato de oconhecimento ser produzido a partir dasnecessidades das unidades, constatadasatravés das Comissões Temáticas ou pe-los empregados da área jurídica. Dessa

projeto, diz que a Escola visa a transfor-mar o mero "operário do Direito" emum operador capaz de contribuir paraas soluções dos problemas da empresa.

Outro colaborador, o advogadoHenrique Chagas, da REJUR/PresidentePrudente, diz que a Escola dá um signi-ficado especial à atividade jurídica daCAIXA. "É mais que uma conquista, é acoroação, a realização de um desejo,de um anseio latente no âmbito dosJURIR."

As pessoas passamO advogado Alaim Stefanello, do

JURIR/Curitiba, que integrou ogrupo de trabalho, lembraque, no início, umdificultador era o fato de aUniversidade CAIXA estarestruturada em um mode-lo pedagógico próprio, enão havia previsão paracriar novas escolas. "Odiretor jurídico, Dr.

CAIXA

Antonio Carlos, trabalhou muito para su-perar esta dificuldade. Hoje a criaçãoda Escola de Advocacia significa umnovo momento para a própria Universi-dade CAIXA", nota Alaim.

Sabe-se que o projeto constava dosplanos de Antonio Carlos Ferreira antesmesmo de ele assumir a DIJUR, em2003. Em sua gestão, perseguiu esseobjetivo. Mas Cláudio Marques prefereapontar o aspecto coletivo do processo

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Um estudo publicado pela revistaÉpoca mostrou que 73,1% dos

juízes lançariam mão de decisões con-trárias a contratos, a favor da justiçasocial, e 20,2% admitem que suasdecisões são, freqüentemente, políti-cas. A pesquisa foi citada pelos advo-gados Giuliano D’Andrea e JeffersonDouglas Soares, em sua coluna “Valea Pena Saber” desta edição, em quetratam da responsabilidade dos juízes.“O problema, cremos, não seria atu-ar em prol da justiça social, mas simdefinir o que é ‘justiça social’, aindamais quando estão sub judice opatrimônio e políticas públicas”, co-mentam.

Os colunistas ressaltam que não sequer um Judiciário estático, pois as leispodem ser falhas e são dinâmicas.Além disso, os juízes cumprem umimportante papel de “criadores doDireito”. No entanto, observam, “háum limite lógico e jurídico a se obser-var e a aceitar”.

Na coluna, publicada nas páginas12 e 13, os autores relacionam diver-sas sentenças e decisões que afetama CAIXA, todas consideradas“imprevisíveis” e “fora do razoável”.Entre os assuntos, cobertura de FCVS,poupança, FGTS, financiamentohabitacional e até litigância de má fé.

Esses juízes e suasdecisões imprevisíveis

Fora dorazoável

Os colaboradoresVários advogados da

CAIXA, em todo o Brasil,trabalharam para conce-ber e executar o projetoda Escola de AdvocaciaCAIXA, idealizado pelodiretor jurídico AntonioCarlos Ferreira. Eles usa-ram o conhecimento deatividades desempenha-das dentro e fora da CAI-XA.

Alaim Stefanello inte-gra o Conselho Editorialda Revista de Direito daADVOCEF. Tem uma pas-sagem pela docência em graduação naárea jurídica e em 2007 concluiu o cur-

so de mestrado. É tambéminstrutor da CAIXA.

Henrique Chagas já foidiretor de escola de 1º e 2ºgraus e é professor univer-sitário. Foi o mentor na CAI-XA do treinamento "Aspec-tos Jurídicos da Contrataçãoe da Cobrança" ministradoaos gerentes gerais.

Volnir Cardoso Aragãoé professor e autor de tex-tos sobre Direito publicadosem diversos veículos.

Colaboraram também,entre outros: Fabiano

Jantalia, Luiz Dellore, Grey Dias e Ma-ria Antonieta Saltarelli.

maneira, não haverácursos desnecessári-os. "Essa construçãodialética do conheci-mento está previstano projeto. Trata-sede educação continu-ada. Esse é o pontoque considero maisimportante. Aliás, opróprio projeto é fru-to dessa construçãodialética."

O Conselho da Es-cola na Matriz e osConselhos Regionaisnas unidades jurídicas,recentemente anunci-ados, são os instru-mentos que vão ga-rantir um espaço de-mocrático de debate.A partir de agora, dizCláudio, os bons resul-tados vão depender daparticipação e o engajamento de todos.

O que ainda precisa ser aperfeiçoa-do? Alaim Stefanello espera que a Es-cola consiga concretizar a idéia de ummestrado acadêmico para os advogados."Isso ajudaria muito na qualificação dosnossos profissionais, contribuindo paraconsolidação da melhor advocacia pú-blica do país."

Henrique Chagas

Antonio Carlos (à esq.), com o presidente da ADVOCEFAltair Rodrigues de Paula e o então titular da GETEN

Jailton Zanon: anúncio da Escola em Atibaia

Volnir Aragão espera que a Escolapossa logo identificar os advogados daCAIXA com habilidade de transmitr o co-nhecimento.

Cláudio Marques entende que a im-plantação e solidificação são as etapasmais complexas: a formulação de idéi-as, programas, conteúdos, parcerias. "Ohorizonte é o limite", define.

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6 Abril | 2008

Uma lei para enquadrar o português do Brasil

Língua polêmicaÉ de se lamentar que haja a necessida-

de de uma lei para regular o uso determos estrangeiros no Brasil, proclamao advogado André Falcão, do JURIR/Maceió. Mas é a favor. Já o advogadoGiuliano D'Andrea, da REJUR/RibeirãoPreto, considera a idéia interessante, poisprevê a valorização da língua portugue-sa. Mas é contra.

As posições sintetizam a recepçãodada ao projeto de lei nº 1676, do depu-tado Aldo Rebelo (PC do B), que passoupelo Senado e aguarda votação no ple-nário da Câmara. A matéria determinaque toda palavra ou expressão em lín-gua estrangeira destinada ao conheci-mento público terá que vir acompanha-da da tradução para o português. O uso"abusivo ou enganoso" será tratado comolesivo ao patrimônio cultural brasileiro.

O que acontece no Brasil, segundo odeputado, é a substituição de um idiomapor outro. "Entrega a domicílio viroudelivery, liquidação foi trocada por onsale, eliminatória, melhor de três ou se-mifinal transformaram-se em playoffs.Por que uma loja de produtos para ani-mais tem que se chamar pet shop?", de-clarou, numa entrevista à revista Isto É.O deputado entende ser necessário atu-alizar o idioma, lembrando das expres-sões de origem árabe, como açúcar, al-mirante, azeite, alferes. "Mas [nesse]caso houve o aportuguesamento."

O abusivo e o inócuoAndré Falcão contesta a alegação de

que o projeto seja movido por um senti-mento de xenofobia. O que o justifica, diz,é o "verdadeiro abuso" na preferência pe-los similares estrangeiros sem qualquer ex-plicação "que não a de idolatria ao que éde fora, de subserviência, de desapego àssuas raízes e à sua história".

Giuliano D'Andrea considera queparte dos dispositivos do projeto é

inócua. O art. 13 da Constituiçãojá define o português como o

idioma oficial do Brasil eo art. 31 do Códi-go de Defesa do

Consumidor indica seu uso para a apre-sentação de produtos e serviços. O pontocrítico, segundo Giuliano, está na exigên-cia de tradução dos termos estrangeiros ena criação de sanções por descumprimento- nesse aspecto será inconstitucional, porofender o art. 5º, IX, que garante a livreexpressão. Seria o mesmo que se preten-der punir por textos com erros de portu-guês, compara.

Há mais dificuldades, prossegueGiuliano. Muitas das palavras estrangei-ras utilizadas não têm tradução certa ouestão incorporadas ao dia-a-dia. É o caso

A livreexpressão

Opinião de Giuliano D'Andrea:"A própria propagação da língua

nos diversos meios de comunicaçãoserve para a natural incorporação nalinguagem. É assim que se transfor-ma o idioma. Aliás, a língua é resul-tado dessa transformação espontânea.Tentar trazer regras para um fenôme-no natural, além de tarefa que semostrará impossível, é impedir a livreexpressão."

Malcher: não precisamos de lei,mas de educação

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de marketing, milk shake, cheese sala-da, petit gâteau. O aportuguesamentoacaba ocorrendo, como aconteceu comcopirraite, vade-mécum, estartar, esco-re. Outras palavras dificilmente muda-rão, por ter uso universal, como internet,dumping e outras específicas de cadaárea, como pizzicato na música, wi-fi nainformática ou dopping no esporte.

Mas André Falcão conta um caso re-cente para ilustrar sua inconformidadecom os excessos. Numa drogaria, viu pas-ta e escova de dentes em embalagemportátil para viagem. Ao examinar deperto, verificou que eram produtos...portables. E tem o caso da bicicleta."Santo Deus! Pra que chamar apobrezinha de bike? Qual a contribui-ção que teve nosso idioma?"

Lei que não vai pegarO advogado Éder López, do JURIR/

Rio de Janeiro, outro opositor do proje-to, considera que se vive no Brasil "umaprática legiferante exagerada", que aca-ba dificultando o conhecimento das leise estimulando o desrespeito. Seu pare-cer sobre o projeto: "Será mais uma da-quelas leis que 'não pegam'".

O uso de estrangeirismos é comumna Europa, nota Éder. Os ingleses falamnormalmente em "coup d´état" e os pró-prios franceses utilizam correntementea palavra "putsch", do alemão. Acres-centa que em muitas obras francesassobre a Inquisição se encontra a expres-são "auto da fé", em português, e nãofalta em nenhum cardápio na Alema-nha a palavra "caipirinha".

Para Éder, o problema maior está nacarência de educação, que faz parecer

A estratégia da CAIXAA partir de 1999, quando o projeto foi apresen-

tado, a CAIXA fez constar nos normativosque é vedada a criação de nomes deprodutos, serviços e de domínios emlíngua estrangeira. A estratégia da em-presa é manter-se afinada com a histó-ria centenária de atuação nas camadaspopulares, como principal agente das políti-cas do governo.

Termos que precisam ser mantidos em inglês, porque foram absorvidos pelomercado, na CAIXA são diferenciados com aspas ou fonte itálica.

A especialista Ana Maria Barbosa e o gerente de Padrões e Planejamento,Raimundo Coelho Silva, da GECOM, dizem que é necessário, às vezes, cunhartermos novos para garantir a precisão do significado. "Mas esses termos são encon-trados apenas em produtos e serviços destinados a públicos específicos, que compre-endem e reconhecem os termos de mercado."

No meio forenseAs expressões lati-

nas aparentementeestão fora do projeto.Seja como for, suasubstituição é consi-derada fácil e aconse-lhável. Pode-se ado-tar, por exemplo,como sugere GiulianoD'Andrea, "pelo ex-posto" ao invés de "expositis", "com a devi-da vênia", ao invés de"data venia', "coisa"ao invés de "res",morto ao invés de "decujos".

Algumas palavras oporiam dificuldadespara tradução, constata o advogado. É o casode "habeas corpus", oriundo de "habeascorpus ad subjiciendum". O mesmo vale para"sursis", facilmente substituído pelo seu sig-nificado "suspensão condicional da pena",mas não simplesmente "suspensão" ou "re-missão" ou "prazo".

O bom senso manda evitar osestrangeirimos, exceto os já bem assimila-dos, diz Giuliano. Sempre haverá um termoaportuguesado como, por exemplo, para"outdoor" (painel), "buffet" (bufê), "chas-sis" (chassi), "freezer" (congelador). Damesma forma, acha que deveriam ser subs-tituídos termos como "writ", por mandadode segurança, e "parquet", por promotor.

Para o advogado André Falcão, quemganha é o leigo, com um juridiquês maiscompreensível.

que tudo o que é de fora é melhor."Quem abusa, enchendo a boca paradizer 'estartar' ou 'lincar' (acho es-sas aí as piores), mais do que comu-nicar, quer causar uma impressão deerudição que não possui."

O advogado Wilson Malcher, doJURIR/Brasília, é outro que, fora o ob-jetivo nobre, não vislumbra no projetocondições de melhorar a aprendiza-gem da língua. Concorda que o usoexagerado do inglês constitui fator deexclusão. Mas acha que simplesmen-te proibir é desviar a atenção de umproblema maior, o baixo nível de es-colaridade. O processo de globalizaçãofaz suas vítimas, concorda Malcher,mas ressalta que a língua portuguesa"brasileira" é resultado da contribui-ção de várias outras línguas.

Smile na BarraOpinião de Wilson Malcher:

"Sabemos que a língua é um "corpovivo", em constante evolução, e que a uti-lização de alguns termos da informáticanem mesmo contam com tradução para oportuguês, e, com o aparecimento de no-vas tecnologias, na velocidade própria daárea, talvez nem mesmo tenhamos tempode encontrar uma palavra correlata. O quedevemos condenar são os excessos. De fato,chegar à Barra da Tijuca e encontrar pelafrente uma placa contendo 'Smile, you'rein Barra' é grotesco!"

Giuliano: substituiros estrangeiros

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8 Abril | 2008

Intercâmbio de TI1. 2.Representantes de 18 instituições públicas assinaram o Acordo de

Cooperação Técnica para o Intercâmbio de Dados e Soluções de Tecnologiada Informação. O objetivo é formar um canal de troca de conhecimentos,na área de TI, para o controle da gestão pública. A iniciativa é do Tribunal

de Contas da União, Controladoria-Geral da União e representantes docontrole externo e interno do Poder Executivo. Em reuniões mensais, a

comunidade compartilha informações da área.

As entidades participantes formam a Comunidade de Gestores de TIaplicada ao Controle da Gestão Pública. São elas: Tribunal de Contas daUnião, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Conselho Nacional deJustiça, Conselho da Justiça Federal, Conselho Superior da Justiça doTrabalho, Conselho Nacional do Ministério Público, Controladoria-Geralda União, Ministério da Justiça, Banco Central, Receita Federal,Advocacia Geral da União, Polícia Federal e tribunais superiores.

E-mail na demissãoO e-mailpode ser

usado paraprovar má

conduta deempregado,

pois nãofere o artigo

5º daConstituição Federal, que garante o

direito à privacidade e sigilo decorrespondências. Foi o que decidiu a 1ªTurma do Tribunal Regional do Trabalho

da 10ª Região (DF), ao negar recursoajuizado por uma empregada que tentava

reverter a justa causa em sua demissão.Processo nº 00708-2007-014-10-00-3.

Sites úteisIndicações de acessos para os maisdiversos temas são encontradas nosendereços http://www.poplink.com.bre http://www.fa4itos.com./. A dica éde advogados da CAIXA.

2. Estão sendo acessados tambémpelo “jus” os sites www.tjsc.jus.br,

www.tj.rs.jus.br, www.tst.jus.br,www.stf.jus.br e www.cnj.jus.br.

Domínio “jus”1. O domínio “jus” já pode ser utilizado

para acessar o site do STJ.Paralelamente, continua em uso o

antigo domínio "gov", até que o últimocertificado digital emitido expire. A

determinação é do Conselho Nacionalda Justiça, dando tempo para que a

novidade seja assimilada.

Digital e digitalizadaA assinatura digital é admitida na Justiça do Trabalho quando baseadaem certificado digital emitido pelo ICP-Brasil, com uso de cartão e senha.Já a assinatura digitalizada, obtida por meio de escaneamento, não temvalidade jurídica. Ainda não foi regulamentada, pois não se conseguiueliminar os riscos de que possa ser utilizada por outra pessoa que não opróprio autor da assinatura. O entendimento é da 2ª Turma do TST aoanalisar o recurso de revista nº 1051/2002-003-05-40.5.

Diário de BrasíliaO Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios

(TJDFT) lançou em 3/3 o seu Diário da JustiçaEletrônico, que substitui em definitivo a versão em

papel. É gratuito e permite acesso a todos os atosadministrativos e judiciais publicados pelo Tribunal,

no endereço www.tjdft.jus.br/.

RSS no TRF-4Já é possível acessar as notícias do TRF-4 na internet por meio da tecnologiaRSS. Esse serviço avisa o usuário a cada novo conteúdo publicado no site de

sua preferência. Para assinar, é necessário instalar no computador umagregador de conteúdo ou se cadastrar em algum portal, como o Google e o

Yahoo. Mais informações podem ser pedidas pelo e-mail [email protected].

Digital e totalO peticionamento

eletrônico já vale paratodos os tipos de

processos do STJ. Desde1º/2, é possível transmitirpeças e documentos da

própria casa ou escritório,bastando possuir

certificação digital e seridentificado no portal do

Tribunal. Segundo opresidente Barros

Monteiro, é a preparaçãopara a informatização

total que vem aí.

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Abril | 2008 9

A meta do novo titular daGerência Nacional de

Administração e Controle daRede (GERID), Cláudio Gonçal-ves Marques, é estabelecer amaior proximidade possível coma rede de filiais jurídicas e im-plantar, em cada uma delas,uma administração com contro-le. Afinal, seuplano de açãopara a área,focado nas ne-cessidades dosclientes inter-nos e externos,prevê amplaparticipaçãodos Jurídicos.

No planointerno, expli-ca Cláudio,equipes vin-culadas porgerência ope-racional têmatribuições de-finidas, comrelatórios gerenciais de con-trole periódicos. Com basenisso, são traçadas as metas,que têm seus resultados ava-liados continuamente.

As células de controle terãoacompanhamento sistêmicomais efetivo e não somente àdistância, diz o gerente. "Temosa intenção de realizar uma novareunião com colegas que inte-gram as células. A verificação

Na função de consultorajurídica da CAIXA, que

assumiu em novembro de2004, a advogada MaryCarla Ribeiro fazia o traba-lho de ponte entre a áreaconsultiva e a contenciosa -um olhar nas demandas ju-diciais e outro na prevenção.Essa visãoampliada daempresa e deseus objeti-vos, "capazde enxergaralém da pri-meira percep-ção", torna-se útil hoje,quando Marybusca novasconqu i s ta scomo titularda GerênciaNacional doContencioso(GETEN), as-sumida emnovembro de 2007.

Outro fator favorável parao novo cargo é a intimidadeadquirida com os colegas ad-vogados. Mary é advogadada CAIXA desde 1989 e jáparticipou de gestões daADVOCEF. "Na GETEN a pre-tensão é que a nossa equipeesteja bem próxima aos Jurí-dicos Regionais, indicando di-retrizes e auxiliando pronta-

Novo titular da GERID quer maiorparticipação e controle

Rede segura

da conformidade de atuaçãoserá acompanhada."

Prazo para o SIJURWEBA GERID conduz o desen-

volvimento e a implantação donovo Sistema de Controle deProcessos Judiciais (SIJURWEB),sendo responsável pelas ques-tões que envolvem o provi-

sionamento de-corrente dos ris-cos jurídicos.Após algumasreuniões com aárea de TI, aGERID está tra-çando um cro-nograma parao lançamentodo SIJURWEB.Cada uma dasáreas envolvidas(GERID/GESTI/REDEA/FÁBRI-CA) terá prazopara cumpri-mento de suasa t r i b u i ç õ e s .

"Com essas medidas temos aexpectativa de que a implan-tação possa ocorrer ainda esteano", anuncia.

Outro projeto da área já ini-ciado, determinado pelo dire-tor jurídico Antonio Carlos, é ummapeamento das necessidadesda rede em infra-estrutura,equipamentos e obras jurídicaspara composição de um acer-vo mínimo.

Ponte ampliadaNova titular da GETEN buscaproximidade com os Jurídicos

mente na identificação de te-ses para a defesa da CAIXA",explica.

A força das CTNUma das conseqüências

é que as Comissões Temá-ticas Nacionais (CTN), cria-das em dezembro de 2003,serão ainda mais forta-

l e c i d a s .Exemplo dis-so é a reu-nião realiza-da recente-mente comos gerentesde JurídicoR e g i o n a lSede de TRFe a CTN deTribunais Su-p e r i o r e s ,onde se dis-cutiu a me-lhor forma deinteração daGETEN comas unidades.

Segundo a gerente naci-onal, a próxima ação será arealização de reuniões entreo Jurídico sede de TRF e osJurídicos vinculados, semprecom a participação daGETEN. "Claro que necessi-taremos de tantas outras ati-tudes para estarmos próxi-mos aos Jurídicos Regionais.Esse apenas foi o primeiropasso", conclui a gerente.

Cláudio: o SIJURWEB vem aí

Missão da GERIDAlgumas atribuições da área:- Padronizar a atuação administrativa da rede de filiais- Monitorar o risco operacional da atuação das equipes- Controlar a arrecadação e o repasse de honorários

advocatícios à ADVOCEF- Desenvolver metodologia para gestão de informações- Fornecer informações aos órgãos de controle e unidades

externas

Mary: além da primeira percepção

Missão da GETENAlgumas atribuições da área:- Estabelecer padrões técnicos para atuação do Jurídico

no Contenciso- Monitorar risco jurídico- Representar judicialmente a CAIXA perante os

tribunais superiores e a Turma Nacional de Uniformi-zação dos Juizados Especiais Federais

- Autorizar a não interposição de recursos

Abril | 2008 9

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10 Abril | 2008

1. 2.HonoráriosO Conselho Federal da OABencaminhou pedido de modificação doparágrafo 2° do artigo 5° da Resolução n°559/2007, do Conselho da JustiçaFederal, que não considera a naturezaalimentícia dos honorários advocatícioscontratuais. Segundo a OAB, odisposiitivo infringe os artigos 22 e 23da lei 8.906/94, bem como disposiçõesdos artigos 1°, 5°, 100 e 133 daConstituição Federal. O voto, doconselheiro federal por Minas Gerais,Aristóteles Atheniense, foi aprovado porunanimidade.

Honorários 2Honorários advocatícios têm natureza

alimentar e são impenhoráveis como ossalários, conforme o artigo 649, inciso IV,

do Código de Processo Civil. A decisão,com apenas um voto contrário, é da Corte

Especial do STJ ao negar provimento emembargos de divergência propostos pelo

Estado do Paraná, em 20/2.

Advocacia privadaA Confederação dos Servidores Públicos do Brasilajuizou no STF a ADI 4036 para questionardispositivos da LC 73/93 e da MP 2229-43, queproíbem os profissionais da AGU e os procuradoresfederais de exercerem advocacia fora das atribuiçõesinstitucionais. Segundo a Confederação, os artigosimpugnados violam o artigo 5º, inciso XIII daConstituição Federal. A entidade alega que, se aConstituição quisesse limitar o direito dessesprofissionais de exercerem a advocacia privada, “tê-lo-ia feito expressamente como fez para osmagistrados, defensores públicos e membros doMinistério Público”.

Revista da JustiçaLançada a revista Via Legal, para tornar

a Justiça Federal “mais conhecida erespeitada”. No lançamento, em 27/3, o

presidente do Conselho daJustiça Federal e do STJ,

Raphael de Barros MonteiroFilho, salientou que a

comunicação é indispensável."A divulgação dos atos

institucionais não é mera opçãopolítica, mas obrigação", disse,

ao se referir à influência dassentenças no funcionamento daeconomia, nas decisões políticas

e na sociedade em geral.

Segundo ocoordenador-geral daJustiça Federal, Gilson

Dipp, "hájudicializaçãoda política epolitização doJudiciário. Nãoestamos maisisolados eprecisamos doapoio e doconhecimentodas assessoriasde imprensa".

No evento, um vídeo tentou responder por que a Justiça Federal ainda temimagem negativa. Respostas de jornalistas mostram “que a linguagem

excessivamente técnica, a recusa em dar declarações e muitas vezes explicar osmotivos pelos quais não é possível comentar o assunto – atitudes comuns a muitos

juízes –, geram desconhecimento, desinformação e, por vezes,erro por parte da imprensa.”

3.

Segredos no arquivoOs 17 cadernos em queMárcio Thomaz Bastos

anotou tudo o que viu nosquatro anos de Ministério

da Justiça do governo Lulaserão guardados no Arquivo

Nacional. Só poderão serlidos depois de 50 anos. A

informação é de LauroJardim, da Veja.

Fabi

o Po

zzeb

om-A

Br

Classe sem fériasO projeto de lei 2571/07, do deputado Walter Brito

Neto (PRB-PB), permite aos advogados suspenderemseus processos por 15 dias durante o ano. A regravalerá no caso de o advogado conduzir sozinho o

processo. Segundo o deputado, desde que a EmendaConstitucional 45/04 extinguiu as férias coletivas noJudiciário, "os advogados constituem uma classe de

trabalhadores que não têm direito a fériasdurante toda a sua militância".

Mestrado da GVUma “aula inaugural”, proferida pelo professor da USP José Eduardo Faria,marcou em 12/3 a abertura do Programa de Mestrado da Direito GV, abertopara inscrições até 14/4, pelo site www.fgv.br/vestibulares. A dissertação

associou a discussão acadêmica existente sobre a Economia e o Direito, umarelação que sempre foi intrincada, disse o professor. “O Direito, por

definição, atua em uma área fragmentada, delimitada pela soberania,enquanto os agentes econômicos agem em um ambiente transnacional,

integrado.” Segundo Faria, a estruturação do Mestrado pela GV criou umlocus de compreensão dessa dinâmica.

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Abril | 2008 11

Novo romance1. 2.

Advogados do BrasilEstudo do Conselho Federal da OAB mostra que o Brasil ocupaa terceira colocação na lista de países com o maior número de

advogados do mundo, perdendo apenas para os EstadosUnidos e a Índia. No país, há 571.360 graduados em Direito.

O valor do processoEm 2007, os habeas-corpus permaneceram, em média, 159

dias em análise no STJ, ao custo médio de R$ 871,95. Umrecurso especial teve valor médio de R$ 798,00, compermanência de 160 dias. Os agravos de instrumento

representaram 51,32% dos processos avaliados. Eles ficaram,em média, 124 dias no STJ ao custo de R$ 651,05. Os

cálculos são possíveis graças ao Sistema Prisma, primeiraferramenta de medição de custos do Poder Judiciário.

Tabelas ProcessuaisOs temas mais comuns dos processos, as fases em queocorrem congestionamentos, por que são rápidos oulentos, os recursos utilizados, todos esses dadoscomparados entre tribunais estarão disponíveis nasTabelas Processuais Unificadas. Criadas pela Resolução46 do CNJ, elas serão testadas provavelmente em maiode 2008. A implantação completa está prevista parasetembro de 2008.

“Os Limites da Lei” (Record, R$ 29, 240páginas) é o novo romance do advogadoescritor Scott Turow, autor do best-seller

“Acima de Qualquer Suspeita”. O americanoexplica o sucesso do gênero "thriller

jurídico" por educar, de certa forma, "umapopulação que é profundamente curiosa e

desconfiada de uma instituição que tem umpapel tão importante em suas vidas".

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Turow disseque, além de sua experiência como advogado, ainspiração vem do "estímulo diário da vida, dosconflitos e guerras do coração e da mente". Eledeseja que o resultado seja mais do queentretenimento. "Espero jogar uma luz tanto sobrea nobreza da missão das leis, de tornar maisrazoável a pequena porção da vida que os homenspodem controlar, e sua inevitável falibilidade."

Falta de decoro“Na minha infância,

quando alguém maisrespeitável da família

falava em falta dedecoro, eu sabia o queera. Mas hoje, quando

falam em "quebrar odecoro parlamentar", não

sei o que querem dizer. Falta de decoro de que se falava,naquele então, era, no máximo, um velho da família sair do

banheiro de braguilha aberta, com o pinguelo ao ar livre."Deus do céu, vovô não tem mais decoro."

Agora, quando rivais, ou juristas, ou a imprensa,falam de um malversador, ladrão, patife, aquilo que

no todo se sintetiza com o substantivo canalha, ele estáapenas faltando com o decoro? Putsgrila!”

Millôr Fernandes, na Veja de 19/3/2008.

Congresso de Vitória1. Quem tem propostas para discutir no XIV

Congresso da ADVOCEF deve enviá-las até 30/4/2008. Alterações no Regulamento de Honorários eno Estatuto da ADVOCEF, ou outras proposições de

interesse dos advogados da CAIXA, devem serencaminhadas através de formulário próprio.

Posteriormente, essas propostas serão divulgadaspara discussão pela categoria, garantindo arepresentatividade e facilitando os debates.

2. Na pauta do Congresso de Vitória consta odebate dos temas relevantes que estão sob a

responsabilidade de diversas comissões. O presidenteda ADVOCEF, Altair Rodrigues de Paula, já solicitou

os relatórios, para divulgação antecipada àcategoria. Os trabalhos devem chegar à Associação

até 15/4/2008.

CompartilharComentário do advogado Luiz Fernando Schmidt,do JURIR/Goiânia, sobre a criação da Escola deAdvocacia CAIXA em parceria com a AGU:– Já partilhávamos o serviço com a AGU, FGTS eFCVS. Quando vamos partilhar os salários?

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12 Abril | 2008

Não é de hoje que algumas decisõesjudiciais têm causado preocupação esurpresa pela forma com que serevestem, muitas vezes fora do contextosocial e legal, demonstrando certodescompasso e isolamento do Judiciáriofrente à realidade posta sob julgamento.Mauro Cappelletti atentou para isso emsua obra "Juízes Irresponsáveis?" (PortoAlegre: SAfe, 1989) demonstrando que,pelo Judiciário, passam todas asmisérias, opiniões políticas, aberraçõese todos os interesses, e que "seria dedesejar fosse o juiz capaz de reviver emsi, para os compreender, cada um dessessentimentos" (p. 93). Na mesma obracita trecho do clássico "Eles os Juízes,Vistos por um Advogado", no qualPiero Calamandrei, seu autor, afirmaraque os "magistrados se reduzem aconstituir entre si uma espécie de ermoisolado", quando o que se esperaria,completa, é uma "largueza de idéias (...)a cultura que permite entender osfermentos sociais que fervem sob as leis"(p. 92). Faltaria em parcela dos juízes,pois, a empatia.O que temos visto, em alguns casos, éo desligamento de alguns juízes de umsistema, ou poder (o Judiciário), quefoi criado para atender aos anseios dasociedade (o juiz, em última análise, éum servidor, trabalhando para asociedade). O problema, mundial, nãoé novo (a obra do italiano Calamandrei,por exemplo, data de 1935), mas emdeterminadas épocas de clamor,especialmente na atual, quando secritica veementemente o Legislativo (ouseja, quem "faz as leis"), percebemoscom mais clareza alguns exageros doJudiciário. Tudo isso, não raro, adespeito da máxima (nem sempreverdadeira) de que, entre nós, a lei éfruto da vontade do povo, externadapor seus representantes.

ReReReReRespspspspsponsabilidade donsabilidade donsabilidade donsabilidade donsabilidade dos juízos juízos juízos juízos juízeeeeesssss (1) (1) (1) (1) (1) A questão tem sido constantemente objetode alerta. Fábio Ulhoa Coelho, por exemplo,sinaliza que certo grau de imprevisibilidade dasdecisões judiciais é suportável, muito emboraseu exagero, por outro lado, possa causarinsegurança jurídica capaz de desequilibrar aeconomia de um país (in A Justiçadesequilibrando a economia. Jornal ValorEconômico, 10/11/2006).

Essa imprevisibilidade é resultado, ou dedecisões contra legem, ou que desconsideramcontratos celebrados entre as partes ou, ainda,de decisões que afrontam próprias decisões domesmo juízo em um mesmo processo. A RevistaÉpoca, há algum tempo, demonstrou a não-neutralidade do Judiciário na reportagem"Sentenças Políticas" (ed. 272, 01/08/2003).

ReReReReRespspspspsponsabilidade donsabilidade donsabilidade donsabilidade donsabilidade dos juízos juízos juízos juízos juízeeeees (2)s (2)s (2)s (2)s (2)

Não se quer um Judiciário estático e unicamenteadstrito às leis, até porque leis, além de poderemser falhas, são dinâmicas - estão em constantemutação -, diz o jargão, isto é, devem seinterpretadas segundo a realidade social em queestão (ou continuam) inseridas. E os juízes, nãohá dúvida, têm importante função de "criadoresdo direito", até porque devem aplicar a leiatendendo aos fins sociais e ao bem comum (art.5º, da LICC). O próprio Mauro Cappelletti em outraobra, "Juízes Legisladores?" (Porto Alegre: SAfe,1993), atenta para isso ao escrever que "overdadeiro perigo a prevenir não está, portanto,em que juízes sejam criadores do direito e comotais se apresentem, mas que seja pervertida acaracterística formal essencial, isto é, o 'modo'do processo jurisdicional" (p.133).Enfim, a respeito das decisões judiciais"imprevisíveis" e "pervertidas do modo doprocesso jurisdicional", há um limite lógico ejurídico a se observar e a aceitar. Entendemosque exageros devem ser combatidos, inclusivecom correições e representações aos órgãos deregulação e fiscalização como o CNJ, por exemplo.Trazemos exemplos (reais e recentes), no nossoâmbito de atuação, de decisões "imprevisíveis"e que, a nosso ver, estão fora do "razoável", noque diz respeito à atribuição do Judiciário de

ReReReReRespspspspsponsabilidade donsabilidade donsabilidade donsabilidade donsabilidade dos juízos juízos juízos juízos juízeeeees (s (s (s (s (33333)))))

"criador de direito": • sentença que determina acobertura de FCVS pela CAIXA/União quando nãohouve contribuição para o Fundo por inexistênciade sua cobrança pelo agente financeiro (COHAB);• nova sentença que, por ato de ofício do juiz,anula sentença anterior recém publicada, sob ajustificativa de erro material por não se terconsiderado na decisão anterior prova juntadaaos autos; • decisão, em sede de execução, quedetermina seja efetuado cálculo de correção depoupança de forma capitalizada quando asentença, transitada em julgado, definiraatualização unicamente por provimento do TRF ejustificando tal decisão em erro material;• sentença que determina substituição da TR porINPC, ainda que este último não tenha sidoprevisto em contrato e que isso signifique opagamento, pelo mutuário, de valor exage-radamente maior; • sentença que determinasubstituição de sistema de amortizaçãocontratado em financiamento habitacional; •decisões que "homologam" apenas parte deproposta de acordo oferecida; • condenação emlitigância de má-fé pela utilização de contestação"padrão"; • liminar em Mandado de Segurançadeterminando liberação imediata de valores doFGTS em desobediência ao art. 29-B da Lei 8.036/90; entre outras.

Trouxe a notícia de que, em entrevista com 570juízes, 73,1% afirmaram que lançariam mão dedecisões contrárias a contratos, em prol dajustiça social, e 20,2% deles teriam dito quesuas decisões são, freqüentemente, políticas.

O problema, cremos, não seria atuar emprol da justiça social, mas sim definir o que é"justiça social", ainda mais quando estão subjudice o patrimônio e políticas públicas.

A mesma reportagem da Revista Épocatrouxe a conclusão de que a insegurança jurídicaimpede o aumento da produção em 13,7%, bemcomo de 9,4% dos empregos e 10,4% dosinvestimentos na economia. O resultado,houvesse segurança jurídica, seria uma taxa decrescimento de PIB de 25%.

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Abril | 2008 13

Ato de estagiário e início da contagem do prazorecursal• Considerando o entendimento do STJ de que os atos praticados por

estagiário de direito só são válidos quando realizados em conjunto comadvogado regularmente constituído e não demonstrado, de formainequívoca, que o advogado havia se certificado em cartório do teor dasentença, há de se considerar como termo inicial do prazo parainterposição do recurso de apelação a data da publicação da decisão,nos termos do que dispõe o art. 236 do CPC. (REsp 510.468/SP, Rel.Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA, julgado em05.12.2006, DJ 07.02.2007 p. 275)

ElaboraçãoO Novo Processo de Execução - O Cumprimento daSentença e a ExecuçãoAutor: Luiz FuxEditora Forense, 2008. 1ª ed. 400 páginas.O autor traz a análise de todo o processo de execução, documprimento da sentença à execução de título extrajudicial,bem como das execuções especiais. Faz isso de forma objetiva,embora com riquezas de informações, seja no campo dasdivergências doutrinárias, seja com a apresentação da orientaçãojurisprudencial, em especial do STJ, em cada capítulo.

Jefferson Douglas Soares – JURIR/[email protected]

Sugestões dos colegassão bem-vindas.

Giuliano D'Andrea – REJUR/[email protected]

CAIXA x Execução de FGTS - mesmos privilégios daFazenda Pública• “A Caixa Econômica Federal, ante a legitimação que lhe é atribuída

para a execução das Contribuições devidas ao FGTS, atua como longamanus da Fazenda Pública, devendo assim ter os mesmos privilégiosdesta quando do registro da penhora, ficando dispensada de custas ououtras despesas, somente sendo obrigada ao seu recolhimento acasoreste vencida (RMS 20.715/PI, Rel. Ministro FRANCISCO FALCÃO,PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12.12.2007, DJ 03.03.2008 p. 1)."

Dispensa de autenticação de peças em agravo deinstrumento• Face à alteração legislativa, não há mais dúvida sobre a possibilidade

de o instrumento de agravo ser instruído com cópias simples das peçasprocessuais, desde que declaradas autênticas pelo próprio advogado,na forma do artigo 365, IV, do Código de Processo Civil. (TRF3 - PROC.:2007.03.00.095873-0 / AG 316041 - DJ 18/03/2008)

Penhor - Roubo de jóias - Limite da responPenhor - Roubo de jóias - Limite da responPenhor - Roubo de jóias - Limite da responPenhor - Roubo de jóias - Limite da responPenhor - Roubo de jóias - Limite da responsabisabisabisabisabi-----lidade da CAIXA ao vlidade da CAIXA ao vlidade da CAIXA ao vlidade da CAIXA ao vlidade da CAIXA ao valalalalalor fixador fixador fixador fixador fixado no mútuoo no mútuoo no mútuoo no mútuoo no mútuo

Consoante recente acórdão ficou consignado que não se pode imputar aosbancos providenciar cautelas e ofendículos que escapam das possibilidadesnormais. Se a ação dos ladrões é que foi extraordinária pelo conjunto debom planejamento da empreitada criminosa, uso de armamento pesado ealtamente intimidativo na surtida empreendida, não se pode atribuir aoestabelecimento bancário qualquer das modalidades de culpa quecaracterizaria ausência de previsão do que era ordinariamente previsível.Assim, uma vez que as avaliações efetuadas pela Caixa Econômica Federalforam aceitas pelas partes; e para fins contratuais os devedores pignoratíciosrenunciaram ao direito de terem a jóia pelo suposto valor integral na medidaem que aderiram ao contrato de mútuo, não há que se falar ou adjetivar deobscura, dúbia ou incompreensível a cláusula contida na cautela do penhorque dispôs sobre o limite da responsabilidade da Caixa Econômica Federalem caso de perda ou deterioração. Veja-se a ementa do julgado: "CIVIL EPROCESSUAL CIVIL - SENTENÇA QUE JULGOU PROCEDENTE AÇÃO VISANDOAUMENTAR INDENIZAÇÃO DO DEVEDOR PIGNORATÍCIO POR FORÇA DOROUBO DE JÓIAS EMPENHADAS - Pretendida indenização além do valorobjeto da cláusula respectiva colocada no contrato de penhor, usando-se ovalor 'real' das jóias - afastamento da alegação de nulidade da sentençacondicional - carência da ação por falta de interesse de agir e ilegitimidadepassiva ad causam inocorrente - Ausência de culpa da Caixa EconômicaFederal pelo extravio dos objetos decorrente de audaciosa e bem planejadaação dos roubadores - ocorrência de força maior excludente deresponsabilidade civil - obrigação de indenizar em âmbito excedente ao queconstou da cautela de penhor não caracterizado - inaplicabilidade do códigode defesa do consumidor no caso, além do que não há prova de vício doconsentimento na formação do contrato de penhor. preliminar afastada eapelação provida sucumbência da parte assistida - suspensão do pagamentopelo prazo do artigo 12 da Lei nº. 1.060/50. Recurso adesivo prejudicado."(TRF 3 PROC.: 2002.61.05.006796-3 / AC 1006704 - DJ 15/01/2008).

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A caminhonete, Chevrolet ano 51, im-pecável, rodava livre na pequena des-

cida frente ao cine Brasil e, do outro lado,na praça, o "footing", que mais pareciaum desfile de ternos, chapéus, sapatos lus-trosos e o cheiro dos perfumes amadeiradosde homens no anel externo em calçamen-to irregular e próximo à rua. Bem comouma ciranda de cores, formada pelos ves-tidos rodados, bastante estampados, per-fumes com base em florais e alguns cítri-cos suaves, meias soquetes e cabelos pre-sos de forma segura à base de laquê quedesfilavam pelo anel interno, um séqüitoformado pelas moças casadoiras da minhapequena Ribeirão dos Sonhos.

Os bancos de pedra espalhados pelapraça traziam inscrições do comércio e dasfazendas locais, eram descansos onde ospais sentavam à espera da sessão do ci-nema ou a vigiar seus rebentos.

- Ela está nos olhando?- Tá, tio, ela tá olhando, sim.- E agora, veja bem, agora ela tá

olhando?- Tá, tio, ela tá olhando.E assim era, volta após volta de cami-

nhonete, no entorno da praça, o jovemagricultor, tímido, namorando à moda dosanos pós-guerra, onde nós seus sobrinhoséramos os arautos dos olhares trocados,já que após o veículo passar, éramos obri-gados a ficar olhando pela janela traseirase a professora acompanhava o movimen-to do pretendente que não fazia"footing", mas gastava combustível ro-dando com o carro como pás de moinhosde vento. (Girando em torno da praça.)

Ficávamos em pé no banco da cami-nhonete, tínhamos cerca de 7 anos deidade, estávamos na 1a. Série do 1º grau,e o objeto do amor tímido de Fiíco (nossotio) era nossa professora!

E o amor frutificou, com coragem apediu em namoro, depois o noivado, efoi um belo casamento. Ele desenhou acasa no muro vizinho onde morava suamãe e ao longo da vida um portãoacessava uma casa à outra. Construiu acasa exatamente como havia imaginado,com duas águas invertidas, um janelãocom colunas, janela do quarto de casal,garagem e um jardim na frente.

Quase meioJayme de Azevedo Lima (*)

CRÔNICA

séculoVieram os três filhos, os meninos ape-

gados à terra e à lida do gado, a meninapreparada para o casamento. Vierammomentos bons, vieram dias difíceis, so-breveio a tragédia do filho caçula que,ao saber da morte da avó, tomou a es-trada com sua esposa, e ele encontroutambém seu fim, no caminho que conhe-cia tão bem. Fiíco e Maria Helena sobre-viveram ao que ninguém merece que éver o filho indo antes dos pais. Vieramnetos, e ele continuava de um lado com

a vida que conhecia labutando na agri-cultura, ela ensinando, anos a fio semesmorecer. Viveram tempos difíceis coma sogra ao lado, mas Maria Helena pas-sou incólume. É de se destacar que Fíicotem até hoje um talento que é de fazertudo na cozinha, de um lauto café damanhã com bolo de milho, de cenoura,cuca de banana, bolo de chocolate, atéum jantar supimpa para seu pares doLyons Clube local.

Durante toda a vida, apegaram-se aum hábito único, diário, necessário e co-

nhecido por toda a aldeia. Ao cair da tar-de, ambos ficavam juntinhos, sentadosem duas cadeiras de ferro, com almofa-das que suportavam as intempéries, nojardim em frente á casa. Houve um tem-po que se sentavam ao lado de um enor-me pé de café, depois uma árvore quedava mais sombra. E de forma invariá-vel, ali permaneciam sentados, cumpri-mentavam os passantes quer viessem aser os mais favorecidos pela sorte em seuscarros, caminhonetes ou caminhões, ou

os mais humildes que ao cumprimentarainda no séc. XXI, tiravam seu chapéuem sinal de respeito aos meus tios.

Conversas rápidas com os passantes,chegavam os filhos, genros, netos, sobrinhos.E na casa havia uma azáfama sem fim. Enessas horas, no meio desse movimentotodo, era ele o Tio Fíico, que corria para acozinha e fazia a alegria de todos nós.

Dia após dia, ano após ano, juntos nascadeiras de ferro, vendo o tempo passar,as mãos dadas. A conversa girava sobre vi-agens que faziam juntos, sobre o dia que

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tiveram e nunca, nunca faltava "o diabo dorespeito", que hoje entre gente moderna jánão existe mais. Podia-se confiar nela ple-namente, não levava adiante o diz-que-diz,que, como se sabe, acontece nos casamen-tos de hoje, um tempo de insegurança, dedesamor e de interesses frustrados.

Sempre souberam seus limites, era oamor de Fiíco e Maria Helena. Tal comoTristão e Isolda, Romeu e Julieta, haviaalgo mais que os unia em vida, era aamizade e o instinto de preservação docasamento. A velha paixão era agora umporto seguro de um amor infenso a mu-danças, transcendeu ao tempo, aliviavasuas almas e existia todo dia ao pôr-do-sol, as cadeiras onde, sentadinhos, con-versavam e faziam revigorar o que há umtempo foi fogo e paixão, agora era ternu-ra e respeito.

Foram 49 anos unidos como unha ecarne, pão e manteiga, arroz com feijãoe amor com respeito, mas eis que lépida,traiçoeira, de um átimo ela chegou, emum dia comum, Fiíco fez o café, disse aMaria Helena:

- Vou até a igreja e já volto.E saiu, sem fechar a porta, porque não

era hábito nem necessário.Ao voltar, pôs a mesa e a chamou sem

ouvir resposta!- Marilena! - Assim ele a chamava. -

Venha... O café está na mesa!Nada de resposta!E não haveria resposta, Marilena fora

chamada para a grande viagem, ao en-contro marcado com seus antepassadose com seu descendente, levando consi-go para toda a eternidade o amor deFíico. Ela se foi linda e bela, rodeada deflores brancas, símbolo da pureza e doamor verdadeiro, ingênuo e belo, daque-les dois seres que se amaram durante 49anos.

As cadeiras de ferro continuam nomesmo lugar, apenas uma ocupada aocair da tarde. A outra também tem al-guém, basta olhar com sensibilidadeaguçada e ela estará lá, preservando oamor de Fíico e Marilena, povoando ossonhos de quem ficou.

Simpática, linda e bela, a Lady per-sonificada. A mãe, a avó, a tia, a espo-sa, a mulher, a amante de uma vida in-teira. Essa é a pequena história do gran-de amor de Fiíco e Marilena. Na peque-na Ribeirão dos Sonhos.

(*) Advogado da CAIXAem Curitiba/PR

A presidente da Seccional do Distri-to Federal da OAB, Estefânia Vi-

veiros, elogiou a iniciativa dos advo-gados da CAIXA em Brasília para arenovação da carteira da Ordem nopróprio banco. "Acredito que tal ini-ciativa deva se estender para outrosórgãos públicos", declarou a presiden-te, em carta dirigida a José CarlosIzidro, representante da ADVOCEF emBrasília.

Izidro, por sua vez, ressaltou a pre-sença da Seccional no evento ocorri-do em 26 de março. "A OAB não éum órgão distante e caminha juntocom a classe", afirmou o advogado.

Estefânia disse que é interesse daOAB promover parcerias que facilitam

Parceriaprofissional

Advogados de Brasília renovam a carteira

da OAB na CAIXA

a vida dos profissionais e das instituições."Foi uma honra poder estar presente,hoje, nesta primeira ação e cumprimen-tar cada um dos advogados da CAIXA,bem como acompanhar o trabalho noposto avançado da OAB/DF", registrouem sua mensagem.

A nova carteira da OAB conta comchip que possibilitará o peticionamentoeletrônico. Mais resistente, tem prazode validade indeterminado. A anteriorexigia renovação em três anos. O ge-rente do JURIR/Brasília, Alberto Braga,também apoiou a iniciativa, ressaltan-do a economia de tempo para o advo-gado.

A medida foi destacada em matériapublicada no site da OAB-DF.

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Izidro (primeiro à direita), com os colegas de Brasília e a presidente da OAB-DF,Estefânia Viveiros (quarta a partir da esquerda, no andar de cima)

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Ano VII | Nº 062Abril | 2008

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pública

Lançada aEscola deAdvocacia

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Esses juízese suas

decisõesimprevisíveis

ParceriaADVOCEF e

OAB emBrasília

Os novosrumos da

GERID e daGETEN

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