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Gastronomia Os sabores inconfundíveis da Espanha Cultura Masp: um lugar cheio de história Comportamento Por que perder peso é uma questão tão importante? Uma mulher que lutou para chegar onde está Melissa Cury SEM MEDIDA Revista wr ters i Editora Comunicação Para quem não tem medo da fita métrica Ano 1 - Nº 6 - Dezembro de 2009 Nesta edição o primeiro volume dos Cadernos Gastronômicos Adria.

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Reviasta de variedades dirigida ao público plus size de lingua portuguesa

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Page 1: Ed. 11 - Ano 1 - 12/2009

GastronomiaOs saboresinconfundíveisda Espanha

Cultura

Masp: umlugar cheiode história

ComportamentoPor que perderpeso é uma questãotão importante?

Uma mulher que lutoupara chegar onde está

Melissa Cury

SEMMEDIDARevista

wr tersiEditora ComunicaçãoPara quem não tem medo da fita métrica

Ano 1 - Nº 6 - Dezembro de 2009

Nesta edição o primeiro volume dosCadernos Gastronômicos Adria.

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Se você não sabe o que significa

eis a nossa definição

Plus size

Uma mulher lindae com curvas deverdade.

Mayara Russi é uma das modelosde nosso catálogo, nesta foto posandopara o catálogo da Kauê Modas.

Mayara Russi

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hegamos aos onze meses de vida e em breve você verá em nossa capa, a menção ao nosso segundo ano de vida. E graças a todos os

nossos leitores, acreditamos que passaremos muito tempo por aqui, escrevendo sobre assuntos que, como costumo dizer, não são tão relevantes para a realidade cotidiana mas, que certamente, fazem muito bem à nossa alma.

E neste sentido, nessa 11ª edição de Sem Medida, falamos sobre duas personalidades plus size, uma delas é a modelo Melissa Cury e a outra, o modelo Bruno Russi. Ambos são pessoas que estão de bem com a fita métrica e com a balança e esbanjam uma vontade sem igual de aproveitar a vida. Com certeza, exemplos a serem seguidos.

Além deles, falamos sobre o Museu de Arte de São Paulo. Isso mesmo, o Masp. Um lugar que além de guardar a história da arte mundial, tem sua história própria para contar. No que diz respeito à gastronomia, apresentamos um dos mais tradicionais restaurantes espanhóis de São Paulo, o Don Curro. Ele ficou famoso ao preparar de maneira simplesmente soberba uma das mais conhecidas iguarias da Espanha: a “paella”. E, para acompanhar você nas festas de final de ano, explicamos como surgiram e como são criadas as champagnes e os espumantes.

Neste edição, em um encarte especial, juntamente com a Adria Alimentos Brasileiros, oferecemos aos leitores, o primeiro “Caderno Gastronômico”, voltado para o verão e com várias receitas saborosas e de preparo descomplicado. E, para finalizar o banquete desta edição, apresentamos aos leitores que apreciam charutos, uma nova marca que chegou ao mercado: a Monte Pascual.

Mas não acaba por aí. Falamos sobre assuntos que dizem respeito ao mundo plus size, como por exemplo, a idéia errônea que a maioria das pessoas tem de que quem está acima do peso quer perder alguns quilos e apresentamos um carro onde ninguém que está acima do peso vai se sentir apertado.

Boa leitura e que vocês tenham passado um ótimo Natal. Como ainda é tempo: feliz Ano Novo e que 2010 seja um ano plus em tudo.

Roberto Paes.

C

SEMMEDIDARevista

Para quem não tem medo da fita métrica

“Sem”Preposição

Ausência de condição necessária.

“Medida”Substantivo feminino

O que não pode ou não deve ser ultrapassado; limite, termo.

Antonio Larghi

A revista Sem Medida é uma publicação eletrônica periódica editada pela Writers Editora e Comunicação Ltda., de acesso gratuito através do web site: www.semmedida.com.br. Os artigos publicados aqui não refletem, necessariamente, as posições ideológicas do projeto e da editora e são de inteira responsabilidade de seus autores.

EditoresRoberto Paes e Francisco [email protected]

Jornalista responsávelFrancisco Reis (MTb: 14.887)[email protected]

Produção gráfica e webdesignRoberto [email protected]

PublicidadeOscar [email protected]

Rafael [email protected]

Writers Editora e Comunicação Ltda.Rua Prof. Guilherme B. Sabino, 1347 Cj 112 - Jd. Marajoara - São Paulo - SPCep: 04678-002Tel.: 55 (11) 3729-3534Web site: www.writers.com.brE-mail: [email protected]

Uma época que devemos lembrar o ano inteiro

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Verão 50 Entrevista 64

6 Perfil 32 CulturaÍndice

18 Onde ir

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Entrevista 64 Charutos 76 Carros 82

32 Cultura 42 Peso

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uma mulher que lutou para chegar onde está

Melissa Cury

Texto: da Redação | Imagens: Antonio Larghi

Se os Estados Unidos e a Europa já descobriram a beleza, o charme e a sensualidade dos modelos plus

size, por que no Brasil tem que ser diferente? Será que somos terceiro

mundo até no avaliar as pessoas?

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“A beleza está nos olhos de quem vê”. Esta é a mensagem que Melissa Cury, de 34 anos e que atua na área de Comércio Exte-

rior deixa para aquelas pessoas que não se gostam por não fazerem parte do “padrão ideal” de peso ditado pela sociedade.

Trabalhando na difícil e complicada área de transporte internacional de carga, Melissa especializou-se em logística de importação e não vê lógica nenhuma em diferenciar as pessoas pelo seu peso. “A gordinha da turma, é sempre o alvo de dis-criminação, comentários maldosos, piadas infames e tudo o que acontece com ela é sempre muito mais engraçado”, desabafa. “Sempre era uma das melhores jogadoras, seja no volei, queimada, handball, sempre era uma das primeiras alunas da classe, mas sempre era a última a ser escolhida pra jogar, sempre tomava ‘chá de cadeira’ nos bailinhos e acabava bancando o ‘cupi-do’ por ser gordinha. Cheguei a ficar muito

deprimida por causa disso”.Mas isso não foi novidade para uma

criança que começou a fazer regime quan-do começou a comer papinha. Depois a pressão dos pais pelo emagrecimento fi-cou mais forte, passando por médicos, spas e remédios de emagrecer, com ape-nas 14 anos.

Enquanto não atingia os “padrões nor-mais”, Melissa, loira, linda, olhos verdes, continuava surfando, era do time de vô-lei de praia dos adultos e muito querida, apesar de continuar a ser perseguida pela frase mortal: “ah filha, você é tão linda, pena que é gordinha. Já imaginou se você emagrecesse?”

A reviravolta

Há uns quatro anos Melissa fez uma foto para a revista Nova que ficou sim-plesmente incrível. Tão incrível que ela não acreditava ser ela mesma. Na época, ainda sem a maturidade de hoje, sem se sentir segura o suficiente, deixou passar a oportunidade de seguir carreira como mo-delo. Há pouco tempo começou a ler algu-mas reportagens sobre modelos plus size no exterior e se animou. Tanto assim que descobriu o nome do fotógrafo americano que havia feito um ensaio fotográfico com uma top model plus size e mandou umas fotos para ele nos Estados Unidos. A res-posta não poderia ter sido melhor. Ele deu a maior força para que Melissa procurasse seguir a carreira de modelo plus size.

Animada com a força de alguém que re-almente entende do assunto, Melissa co-meçou a procurar agências em São Paulo, mas decepcionou-se, pois a grande maio-ria ainda está limitada em confecções de pequeno e micro porte. Não que ela ignore este segmento, muito pelo contrário, está disponível para catálogos, propagandas e etc. Maior decepção foi com duas agências que a convidaram para participar de seus castings. “Fiquei muito desconfiada das duas até hoje”, lembra Melissa. “Acho que foram mais gananciosas e tentaram mais vender alguns produtos do que trabalhar meu perfil de fato. Mas, enfim, novatos em qualquer área apanham”.

“Desde quandobeleza tem tamanho? Um diamante é lindo, assim como o Grand Canion ou o Monte Everest.”

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Depois da decepção, a procura por uma agência séria. Foi nessas pesquisas na in-ternet que Melissa encontrou o concurso para o Plus Size Models Guide (PSMG). “Me inscrevi de imediato, pois achei inte-ressante a idéia de fazerem um catálogo exclusivo para o perfil plus size”, lembra Melissa. “Achei que o marketing seria mais objetivo e as chances de trabalho mais con-cretas. Foi uma surpresa muito feliz, pois os pensamentos e objetivos do idealizador são muito parecidos com os meus”.

E assim, Melissa se tornou uma das modelos do PSMG, pronta para brilhar nas passarelas do Brasil e do mundo. “Me can-sei de me esforçar para me superar em tudo (ter as melhores notas, ser a melhor filha, a funcionária mais dedicada etc) sim-plesmente como uma forma de compensar esse meu ‘defeito’, que era ser a mais gor-dinha”.

Melissa descobriu que ela mesma ti-nha preconceito de ser gorda. “Eu mesma valorizava certas qualidades em mim, em detrimento de outras”, conta ela. “Valori-zava meu intelectual, minha simpatia, mi-nha capacidade de fazer amigos, e me via incapaz de aceitar que eu também era linda de outras formas apesar de vestir dois números a mais que o meu e qua-se sempre roupas escuras e sem corte”. A vivência e a experiência acabaram en-sinando-a que a beleza é inteira e não em partes e que ela não tem que pro-var nada para ninguém e que ninguém é melhor do que ela por ser mais magro. Ela aprendeu que nós somos o que somos e se não estamos satisfeitos, infelizes, de-vemos fazer de tudo para mudar e não sim-plesmente aceitar a vida como ela se tornou e acomodar-se. E se o caso for emagrecer, que seja. Seja prático e emagreça. Se for por algum outro motivo, resolva. Mas seja feliz! “Claro que não vou sair por aí desfilando com um biquini minúsculo, e claro que ado-raria perder 10 quilos em 20 dias,” diz com consciência Melissa. “Mas eu simplesmen-te adoro comprar uma roupa com a qual me sinta sexy e bonita. Uma roupa para o meu tamanho, para o meu corpo! Adoro ir ao cabelereiro, me cuidar, me maquiar, sair, tomar um chopp com as amigas, via-

jar muito. Fazer rir e dar muita risada.” E essa consciência trouxe a percepção à Melissa de que o fato de ter quilos a mais, nunca a impediu de correr atrás dos seus sonhos, dos seus amores, de impor suas vontades e o seu jeito de ser, amar e ser amada. “Sempre aceitei correr os riscos de viver uma vida feliz, assim como qual-quer pessoa deve fazer, as gordas ou as magras,” afirma.

Cabeça feita

Com a cabeça no lugar, ciente de seus lindos olhos e rosto que sempre foi mui-to elogiado, sempre acreditou que poderia ser modelo. A seu favor, um corpo grande, mas proporcional e uma grande fotogenia.

“Com tudo a meu favor, por que não?” pergunta Melissa. “Quem sabe não conse-guiria transmitir tudo o que aprendi para outras pessoas? Ser um ponto de referên-cia, além de claro, mostrar que uma mu-

“Os gordos também são ricos, consomem,

compram carros, barcos, jóias, frequentam bons

restaurantes, entendem de vinhos, adoram uma

boa balada, ou tem aquela viagem dos

sonhos.”

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lher jovem, dinâmica, no auge de sua vida, também pode ser linda, ser desejada, se casar, se vestir bem e de forma elegante mesmo sendo gordinha”.

Começando na carreira, Melissa não tem limites em sua ambição, não quer ficar limitada apenas às confecções tamanho grande, pretende desenvolver a carreira em um plano mais amplo. “Os gordos também são ricos, também consomem, também compram carros, barcos, jóias, frequentam bons restaurantes, entendem de vinhos, adoram uma boa balada, ou tem aquela viagem dos sonhos”, analisa. “No entanto, nos comerciais de TV por exemplo, ainda o estereótipo magro é o que comanda. Eu por exemplo, vejo uma propaganda de san-dálias, gosto, adoro, e penso: será que no meu pé ficaria tão bonita? A modelo é tão magrinha, será que o fecho serve no meu tornozelo?”

E é justamente essa laguna que Melis-sa quer preencher. Pretende encaminhar sua carreira para o mundo mais corporati-vo porque enxergou uma fatia de mercado

no Brasil que é formada pela população plus size, estatisticamente comprovado por órgãos oficiais e que ainda não está sen-do explorada. “É nesse filão que eu quero entrar e representar esse público”, explica ela. “Tenho certeza que os empresários que enxergarem isso, serão os pioneiros de uma fatia consumidora bastante atraen-te, rentável e altamente consumidora”.

A idéia de Melissa Cury é atingir o mun-do publicitário no geral, seja ele na televi-são, outdoors, grandes campanhas de mar-keting de produtos populares de alcance nacional, produtos para classes sociais específicos, e por que não o exterior?

Esse é o plano de alguém que já viu muita coisa e muitas pessoas sofrendo por estarem acima do que manda o mer-cado. “Eu reconheço dois tipos de gordo sofredor: aquele que finge que não esta nem aí, deixa isso bem claro a cada cinco minutos, mas por dentro ou quando está sozinho, sofre muito. E aquele que é o eter-no coitado porque não consegue, porque isso, porque aquilo, porque é gordo por causa das tristezas da vida e etc. Detalhe: já passei pelas duas fases”, admite Melis-sa com um grande sorriso de satisfação por ter superado ambas.

E com a experiência de quem passou por muita coisa, Melissa faz questão de dizer que não faz apologia à gordura, ou levanta a bandeira de que ser gordo ou gor-da é muito mais legal e você será muito mais feliz assim. “Cada um é cada um. Hoje, eu penso que estar acima do peso não precisa ser um martírio ou um motivo para infelicidade eterna só porque a mídia aplaude a magreza”, explica ela. “No en-tanto, eu prezo sim a boa saúde e quali-dade de vida. E condeno os gordos que se destroem tanto quanto os viciados em aca-demia que levam uma vida de faquir ou se alimentam de luz. O importante é, em pri-meiro lugar, ter saúde, e depois procurar a sua felicidade. Falando por mim, me sinto mais feliz livre dessa pressão de que não posso ser gorda. E se querem saber, estou de dieta, mas porque eu quero emagrecer um pouco para me sentir melhor”.

E ela espera que a PSMG, ou qualquer outra agência não use a questão que “ser

“Cada um é cada um. Hoje, eu penso que estar acima do peso não precisa ser um martírio ou um motivo para infelicidade eterna só porque a mídia aplaude a magreza.”

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gordinho ou gordinha também é legal” e caminhe para um lado de “minorias” ou de grupo à parte da sociedade. “Não quero com isso ofender ninguém, mas seria a mesma questão das cotas em universida-des para pessoas da raça negra”, compa-ra. “Eu me ofenderia, pois um negro não pode ser tão inteligente ou até mais que um branco qualquer? Porque a facilidade? Eu nunca gostei de ser a ‘café-com-leite’ nas brincadeiras de criança e tampouco na vida real, apenas por ser gorda. Adoro um desafio para testar minha capacidade. Posso escolher ser feliz e gordinha ao mes-mo tempo e não ser tratada como fraca ou com piedade. Não precisamos disso, e sim oportunidades e termos os mesmo di-reitos”.

Outras atividades

Antes de se tornar uma modelo plus size, Melissa consolidou uma sólida car-reira na área de comércio exterior, onde pretende continuar. Na eventualidade da carreira de modelo realmente surtir efeito de proporções tamanhas, que exijam uma escolha de sua parte, Melissa tomará a decisão certa, na hora certa. Ainda é cedo para pensar nesse assunto.

Enquanto isso é atraída pelo universo das oportunidades inexploradas. O que tem para acontecer e que deverá revolucionar muitos aspectos, como o da beleza exter-na natural. Sem medidas, sem proporções exatas, mas uma beleza que se expõe na-turalmente em um conjunto perfeito. “Des-de quando beleza tem tamanho?” pergun-ta. “Um diamante é lindo, assim como o Grand Canion ou o Monte Everest”.

Mas até lá, ela precisa ir contornando os fatos nem sempre agradáveis. “O que mais tem me aborrecido neste universo é que, por conta da maior popularidade e da mídia, qualquer gordinho ou gordinha acha que já pode virar modelo”, desabafa Melis-sa. “Um especialista com certeza é capaz de avaliar muitos detalhes que atestam o potencial de ser uma modelo ou não. As-sim como não é qualquer menina bonita, magérrima e alta, que pode ser a Gisele Bünchen. Eu sinto que esse negócio de

modelo plus size virou moda e tem saído muito na mídia de forma um tanto bana-lizada. Mas as agências sérias prevalece-rão e o verdadeiro mercado de verdadeiros modelos plus size acabará se mostrando e sobressaindo naturalmente”.

E essa super exposição e grande quan-tidade de pretendentes a modelo acaba aviltando o cachê de todos. “Por que uma modelo magra tem que ganhar mais do que uma gordinha?” indaga Melissa. “Te-mos que brigar por cachês iguais. Mas para isso, nunca podemos nos esquecer de que ‘a beleza está nos olhos de quem vê’. E antes de mais ninguém, precisamos nos ver, nos enxergar, nos conhecer mais de perto, e garanto que quando isso acon-tecer, coisas lindíssimas e incríveis que es-tão aqui bem pertinho, dentro de nós mes-mos, aparecerão e nos trarão a verdadeira felicidade, independente de peso, rótulos e medidas.”

“Sempre aceitei correr os riscos de

viver uma vida feliz, assim como qualquer

pessoa deve fazer, as gordas ou as

magras.”

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tradição espanhola quepassa de pai para filho

Don CurroTexto: da Redação | Imagens: divulgação

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Com a chegada do verão e o aumento da temperatura, nada melhor do que adotar um cardápio mediterrâneo e se deliciar com pratos tipicamente espanhóis, preparados com leves e

saborosos frutos do mar.

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este caso, para quem está per-to de São Paulo, não existe lu-gar melhor para se visitar que o cinquentenário restaurante Don

Curro, considerado um dos melhores res-taurantes de frutos do mar da cidade e que se tornou famoso, entre outros pratos, gra-ças à sua “paella”, elaborada com lagos-tas, mariscos, camarões, frango e especia-rias importadas da Espanha. Notoriedade aliás, que lhe valeu o 1º lugar em comida espanhola pela Gula Dinners, em 2008, uma menção como casa especializada em cozinha espanhola pela Veja São Paulo no mesmo ano e, em 2009, conquistou o tí-tulo de melhor restaurante espanhol pela revista Go Where Jovem Pan Gastronomia.

O Don Curro nasceu em 1958, fundado por Francisco Rios Dominguez e por sua mulher Carmen. Ele, um toureiro de Sevi-lha, o Don Curro, e ela neta de uma das cozinheiras do palácio real de Granada. Atualmente o restaurante é cuidado pelos filhos do casal, Rafael e José Maria, que cuidam da casa com o mesmo esmero de seus pais. Algo que exige dedicação, afi-nal, além dos 150 metros da cozinha, o Don Curro possui ainda uma peixaria pró-pria e um viveiro com capacidade para ar-mazenar até 800 lagostas vivas.

O restaurante, localizado no bairro de Pinheiros, na zona Oeste de São Paulo, é amplo e conta com acomodações confor-táveis. A decoração é nitidamente espa-nhola e tem a capacidade de transportar os frequentadores para a Espanha da ida-de média. Os pratos são bem servidos e, como em todo local onde se pratica a boa gastronomia, é possível começar a comer

N

O Don Curro nasceu em 1958, fundado por Francisco Rios Dominguez e por sua mulher Carmen. Ele, um toureiro e ela, neta de uma das cozinheiras do palácio real de Granada.

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com os olhos graças aos arranjos bem cui-dados dos pratos. E, recentemente, para quem não está disposto a sair de casa, o Don Curro criou um serviço de entrega em domicílio, com os mesmos pratos servidos no restaurante.

Para acompanhar seus pratos, o Don Curro oferece a tradicional “sangria”, uma bebida à base de vinho tinto gelado, açú-car, suco de limão e de laranja decorado com fatias destas duas frutas e fatias de maçã. Mas os apreciadores de bons vi-nhos também poderão se sentir à vontade consultando a carta de vinhos da casa. O Don Curro possui uma adega climatizada, com capacidade para armazenar de manei-ra adequada mais de 6 mil garrafas, dentre elas, as melhores marcas espanholas e a marca Ramon Bilbao, importada pelo res-taurante da região de Rioja, na Espanha.

Tradição à mesa

A “paella” é um prato tão antigo na culi-nária espanhola quanto a quantidade de lendas e mitos que cercam a sua criação. Ao pesquisar em livros ou até mesmo na internet, é possível encontrar centenas de explicações sobre o assunto. No web site do Don Curro (www.doncurro.com.br) é possível encontrar uma delas, escrita com a colaboração de J. A. Dias Lopes, atual-mente diretor de redação da revista Gosto (www.revistagosto.com.br).

O texto explica que, quando os campo-neses da região de Valência, nos séculos XVI e XVII, saiam de madrugada para tra-balhar, eles levavam consigo azeite, arroz, sal e uma panela redonda, ampla, rasa e

A “paella” é umprato tão antigo na culinária

espanhola quantoa quantidade de lendas

e mitos que cercama sua criação.

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com alças, a qual chamavam de “paella”. Pelo caminho, eles capturavam um coelho ou pato selvagem, apanhavam caracóis nativos e colhiam legumes da estação. Ao meio-dia, todos se reuniam em torno do fogo e começavam a preparar o almoço. Na “paella”, utensílio derivado de “patella”, a bandeja usada pelos romanos nos rituais de fecundação da terra. Colocavam o azei-te, as carnes, vagens, favas, sal, caracóis, açafrão, arroz e água. Só mais tarde acres-centaram o tomate, um ingrediente vindo da América, depois da viagem de Cristóvão Colombo, e o frango, uma ave nobre e cara demais para os padrões rurais da época. Segundo o texto, essa é a história oficial da “paella”, prato de origem espanhola mais preparado no mundo.

Atualmente, além da “paella valenciana” existem outras variações do prato, como, segundo o texto, a “paella marinera”, fei-ta com peixes e frutos do mar; a “mista”, elaborada à base de peixe, frutos do mar e carnes. Existe também a “negra”, com tinta de lula (Nero de Sépia). Além disso, apareceram “paellas” apenas com verdura, alcachofra, fígado ou morcela e existe uma variante com massa, a “fideuà”. O nome vem de “fideo”, que em espanhol significa aletria, macarrão. Conta-se que a “fideuà” surgiu acidentalmente quando pescadores usaram massa porque não tinha arroz para juntar aos outros ingredientes.

O texto também explica que o sucesso da “paella” depende de inúmeros fatores. “Usa-se exclusivamente a panela tradicio-nal porque ela possui muita base e pouco fundo. É a única capaz de cozinhar o arroz em extensão e não em altura, como man-

Além da “paella valenciana” existem outras variações como a “paella marinera”, feita com peixes e frutos do mar ou a “mista”, elaborada à base de peixe, frutos do mar e carnes.

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da a receita. Sua superfície ampla garan-te a perfeita evaporação da água. O grão do arroz deve ser médio, com 5,2 a 6 mi-límetros de comprimento. É o que absorve melhor os sabores do cozimento, sejam carnes, peixes, frutos do mar, verduras ou legumes. Na prática, funciona como uma pequena esponja. O ponto de cozimento também é importante. O arroz precisa ficar inteiro, seco e solto. Se passar, rompe o grão e desperdiça o amido. O sabor dimi-nui e a textura se torna pastosa.”

“Como o arroz não pode ser mexido durante o cozimento, há quem diga que a parte mais deliciosa fique no fundo e nas laterais. É o “socarrat”, ou seja, os grãos que pegam na “paella”, adquirindo cor mar-rom e queimadinho crocante. A quantidade de azeite deve ser bem dosada, pois a “pa-ella” não pode ser gordurosa. Finalmente, também se dá muita importância ao volu-me de água. Se excessivo, atrapalha todo o cozimento. Muitos valencianos acreditam que a verdadeira “paella” é feita com água de sua terra natal. Na Espanha, esse zelo regional dá origem a piadas. Mesmo assim, sempre que vão preparar a receita longe da casa, alguns continuam a carregar água valenciana”, explica o texto.

Sinônimo de comemoração

Tanto na Espanha, assim como na maioria dos países onde ela é preparada, a “paella” tornou-se um prato festivo, tal qual o churrasco na cultura gastronômica brasileira. O texto disponível no site do Don Curro dá conta de que seu preparo é feito pelo homem, geralmente o chefe da

Como o arroz nãopode ser mexido durante

o cozimento, há quem diga que a parte mais

deliciosa fique no fundo e nas laterais.

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casa. De preferência, deve-se fazê-lo ao ar livre e no fogo de lenha. “Longe da cozinha e da conotação feminina que ela possui. Ali, sem perigo de arranhar sua virilidade, o homem elabora um prato complicado e barroco, generoso e rico, recebe elogios e ocasionais aplausos. Apenas aos filhos ho-mens transmitem-se os truques herdados dos ancestrais ou que foram descobertos na exibição culinária. Com essa conotação machista, a ‘paella’ se espalhou pela Es-panha e chegou ao Brasil no final do sécu-lo 20”, afirma o texto.

“Ao ser considerada pronta, a ‘paella’ se converte no epicentro da refeição. É um cardápio completo. O ideal é que os pre-sentes se sirvam à vontade. O clima envol-ve gula e sociabilidade. No passado, o ceri-monial era ainda mais comunitário. O autor dividia a ‘paella’ em partes iguais, dese-nhando no arroz triângulos exatos, a partir do centro, conforme a quantidade de co-mensais. Cada um ficava com uma porção e respeitava as que cabiam aos demais. Evidentemente, a pronúncia mais correta é a espanhola, algo próximo de ‘paelha’. Um fundamentalista valenciano afirmou que, chamada de ‘paeja’, a receita perde a au-tenticidade”, explica o texto.

O Restaurante Don Curro fica na Rua Alves Guimarães, 230, no bairro de Pinhei-ros, em São Paulo. Seu horário de funcio-namento é de terça a quinta, do meio-dia à meia-noite, aos sábados, do meio-dia à uma da manhã e no domingo do meio-dia às 17 horas. A entrega em domicílio funcio-na de terça a sábado, das 11 da manhã às 11 da noite. Para conhecer mais sobre o Don Curro visite www.doncurro.com.br.

Ao ser considerada pronta, a ‘paella’ se converte no epicentro da refeição. É um cardápio completo. O ideal é que os presentes se sirvam à vontade.

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um museu que temhistória para contar

MaspTexto: da Redação | Imagens: divulgação e Antonio Larghi

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O Museu de Arte de São Paulo tornou-se ao longo de seus 62 anos, uma das mais

importantes instituições culturais brasileiras e guarda atrás de suas paredes, a maior e

mais representativa coleção de arteocidental do hemisfério sul.

Divulgação

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que poucos sabem é que a pró-pria história deste museu é tão interessante quanto seu acer-vo. Ele começou a ser moldado

na cabeça de Francisco de Assis Chateau-briand Bandeira de Melo, ou melhor, Assis Chateaubriand, ou ainda, “Chatô”, logo após o final da Segunda Guerra Mundial. Na época, Chateaubriand era proprietário dos Diários Associados, um conglomerado de jornais, revistas, rádios e se preparava para ser o pioneiro da televisão na América Latina.

Ele era um homem inquieto e após en-cerrar uma campanha destinada a angariar doações para a formação de uma frota de aviões para o treinamento de pilotos por aeroclubes brasileiros, decidiu adquirir obras de arte com a intenção de formar o primeiro museu de nível internacional do País. O local que ele havia escolhido para isso era o Rio de Janeiro, mas acabou mu-dando de idéia ao perceber que a cidade de São Paulo, graças ao seu surto indus-trial, seria mais receptiva aos seus pedi-dos de doações.

A única peça que faltava para que o em-presário desse início aos seus planos era encontrar alguém com gabarito e experiên-cia suficientes para realizar as aquisições. E, em 1946, no Rio de Janeiro, Chateau-briand conheceu um italiano chamado Pie-tro Maria Bardi, um galerista, colecionador, jornalista e crítico de arte italiano, que es-tava em visita ao Brasil, juntamente com a esposa, a arquiteta Lina Bo Bardi, para apresentar uma exposição de pinturas ita-lianas.

Ao conhecê-lo, Chatô lançou-lhe o de-safio de criar um museu de arte antiga e

moderna no Brasil. Conta-se que na oca-sião, Bardi disse ao empresário que acei-taria criar um museu de arte pois, a seu ver, não deveria haver distinções entre as artes. Convite aceito, Pietro Maria Bardi e sua esposa mudaram-se para o Brasil e trouxeram na mala, seu acervo de arte pessoal.

Um início modesto

Nos três primeiros anos, o museu es-teve aberto em uma sala de mil metros quadrados no segundo andar de um edifí-cio na rua Sete de Abril, no centro de São Paulo. Lina Bo Bardi projetou os espaços eliminando paredes e elementos decorati-vos criando um ambiente limpo e funcio-nal. Além da pinacoteca, o museu contava com uma sala de exposição didática sobre a história da arte, duas salas para exposi-ções temporárias e um auditório com capa-cidade para receber 100 pessoas.

A inauguração aconteceu em 2 de ou-tubro de 1947 e contou com a presença do governador de São Paulo, Adhemar de Barros e do ministro da Educação, Clemen-te Mariani, além de várias personalidades do mundo artístico e político. No dia se-guinte, começaram a chegar os visitantes interessados em ver a coleção, que ape-sar de contar com poucas peças, podia se orgulhar em exibir, por exemplo, o “Busto de atleta”, de Pablo Picasso e o “Auto-re-trato com barba nascente”, de Rembrandt. Além disso, duas exposições temporárias também podiam ser visitadas: uma com a Série Bíblica de Cândido Portinari e outra com obras de Ernesto de Fiori.

Nos anos seguintes, o museu passou

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A inauguração aconteceu em 2 de outubrode 1947 e contou com a presença do governador de São

Paulo, Adhemar de Barros e do ministro da Educação, Clemente Mariani, além de várias personalidades.

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a oferecer cursos sobre história da arte, mostras de artistas nacionais e estrangei-ros, apresentações de teatro, música e ci-nema, transformando o museu num lugar multifacetado, bastante semelhante a um centro cultural, só que décadas antes de este conceito se difundir pelo mundo. Em paralelo às atividades didáticas, o acer-vo do museu passou a crescer graças às doações de empresários incentivados por Chateaubriand.

Depois de pouco tempo, para acomodar seu acervo, mais três andares do edifício foram cedidos ao museu. O terceiro foi usado para abrigar a coleção permanente. O quarto e o décimo foram usados para os cursos e no segundo andar, acomoda-vam-se os auditórios, espaços para exposi-ções, a biblioteca e o laboratório. A amplia-ção deu chance ao museu de diversificar a sua atuação. Em 1950, foi criado o Ins-tituto de Arte Contemporânea que permitiu o acesso de muitos a cursos ministrados por grandes nomes da arte nacional e in-ternacional.

Foi nesta época também, que o museu organizou grandes exposições, como, por exemplo, mostras individuais de Le Corbu-sier, Alexander Calder, Paul Klee e Max Bill, entre outros. Isso sem falar no desfile de moda de Christian Dior, para o qual o pintor surrealista Salvador Dalí criou o Costume do ano 2045, mais tarde comprado pelo museu. Mas nem só de sucesso e de gla-mour é feita a história do Masp. Para au-mentar o acervo do museu, Chatô e Bardi se viram obrigados a assumir empréstimos e, consequentemente, dívidas que mais tarde não puderam ser pagas, emprésti-mos para pagar empréstimos anteriores

foram feitos, desta vez, com o acervo do museu como garantia.

A situação foi remediada durante a presidência de Juscelino Kubitschek, que autorizou a Caixa Econômica Federal a conceder um empréstimo ao museu para quitar suas dívidas no exterior, dívida que também não foi paga e acabou sendo so-lucionada algum tempo depois, pelo então ministro Antônio Delfim Netto que sugeriu ao governo, utilizar todo o montante arre-cadado com a Loteria, destinada, por lei, à cultura para quitar a dívida.

Sede nova, vida nova

Quando a década de 50 estava termi-nando, Pietro Maria Bardi chegou à con-clusão de que o museu precisava de mais espaço e de instalações mais adequadas para funcionar da forma como deveria. Para solucionar o problema, Bardi começou a negociar com a Fundação Armando Álvares Penteado e conseguiu que o museu tives-se um espaço no edifício que a fundação, naquela época, estava erguendo no bairro de Higienópolis. As obras do Masp chega-ram a ser expostas na fundação, mas Bar-di decidiu romper o acordo, recomeçando a busca por uma nova sede.

Na região da Paulista, havia um terre-no, antes ocupado pelo belvedere Trianon, tradicional ponto de encontro da elite pau-listana e que mais tarde foi demolido para dar lugar a um pavilhão, onde foi realizada a primeira Bienal Internacional de São Pau-lo. O lugar havia sido doado à prefeitura por Joaquim Eugênio de Lima, o idealiza-dor e construtor da avenida Paulista, com a condição de que a vista para o centro da

Quando a década de 50 estava terminando, PietroMaria Bardi chegou à conclusão de que o museu precisava de mais espaço e de instalações mais adequadas para funcionar da forma como deveria.

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cidade fosse preservada, através do vale da avenida Nove de Julho.

Lina Bo Bardi, sabendo da situação do terreno e das condições impostas por Eu-gênio de Lima, achou o local perfeito para a construção da nova sede. Ela falou com Edmundo Monteiro, que, por sua vez, deci-diu negociar a concessão do terreno com Adhemar de Barros. Ele era candidato à prefeitura de São Paulo e fez um acordo com Edmundo Monteiro para que ele fizes-se sua campanha através dos Diários As-sociados, e se comprometeu, caso fosse eleito, a aprovar a concessão do terreno para a construção da nova sede do mu-seu.

Com a posse do terreno em mãos, Lina Bo Bardi fez a concepção arquitetônica e, para preservar a vista para o centro da cidade, criou um bloco subterrâneo e um elevado, suspenso a oito metros do chão. A construção foi considerada única por sua ousadia: o corpo principal sustentado por quatro pilares laterais que resultaram em um vão livre de 74 metros. A construção ficou a cargo de José Carlos de Figueiredo Ferraz, que aplicou na obra, a sua própria patente de concreto protendido. O edifí-cio levou dez anos para ser concluído. As obras se estenderam ao longo de vários mandatos de prefeitos e foram finalizadas durante a gestão de Faria Lima.

A nova sede foi inaugurada em 8 de no-vembro de 1968, e contou com a presença da rainha Elizabeth II, que fez o discurso de inauguração. Coube à Lina coordenar a ex-posição de abertura, chamada de “A mão do povo brasileiro”. Ela surpreendeu mais uma vez ao expor a coleção permanente usando lâminas de cristal temperado am-

paradas por blocos de concreto. Um recur-so que deixou de ser usado pelo Masp, mas que, no fim dos anos 90, passou a ser vista com bons olhos internacionalmente.

Um legado de inovações

Ao mesmo tempo em que o museu ga-nhou um lugar definitivo para se instalar, nas décadas que se seguiram, proble-mas econômicos voltaram a preocupar os responsáveis pelo museu. Tanto que, na tentativa de preservar seu acervo, Pietro Maria Bardi pediu ao Serviço do Patrimô-nio Histórico e Artístico Nacional o tom-bamento das obras para impedir que elas voltassem a ser dadas como garantia por empréstimos.

Mas mesmo com problemas, o Masp nunca deixou de honrar os sonhos de seu fundador e foi responsável por momentos memoráveis para a cultura artística, como, por exemplo, em 1970, quando o museu organizou e sediou a primeira edição do Congresso Internacional de Histórias em Quadrinhos, do qual participaram artistas como Burne Hogarth e Lee Falk, entre ou-tros. Em 77, para comemorar os 30 anos do museu, Leon Cakoff, crítico, jornalista e diretor do Departamento de Cinema do Masp, organizou a Mostra Internacional de Cinema, que contou com 16 longa-me-tragens e 7 curtas de 17 países, além de inaugurar o voto do público para a esco-lha do melhor filme da mostra. O vencedor daquela edição foi Hector Babenco, com “Lúcio Flávio, o passageiro da agonia”. A mostra, realizada todos os anos, desde en-tão, tornou-se uma das mais importantes e tradicionais do Brasil e desvinculou-se

Ao mesmo tempo em que o museu ganhou um lugar definitivo para se instalar, nas décadas que

se seguiram, problemas econômicos voltaram a preocupar os responsáveis pelo museu.

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do museu em 1984, seguindo vida própria até hoje.

Em 1978, o museu ganhou destaque na imprensa por realizar a restauração da imagem de Nossa Senhora de Aparecida, que foi quebrada em 175 pedaços após um atentado ocorrido na Basílica. A res-tauração ficou sob a responsabilidade de Maria Helena Chartuni, chefe do Departa-mento de Restauro do museu entre 1965 e 1988. Em 78, o museu lançou um dos primeiros cursos de museografia do Brasil, em tempo integral e com bolsas de estudo, para formar pessoas capacitadas a atuar nesta área.

O Museu de Arte de São Paulo possui a maior e mais completa coleção de arte ocidental de todo Hemisfério Sul. Das mais de oito mil obras, destaca-se o segmento referente às pinturas, esculturas, dese-nhos, gravuras e artes decorativas euro-péias, do século XIII aos dias de hoje. As obras francesas são, ao lado das italianas, o principal bloco do acervo, seguidas pela espanhola, portuguesa, flamenga, holan-desa, inglesa e alemã.

O Masp também mantém sob suas pa-redes, uma significativa coleção de arte brasileira. No que diz respeito à arte oci-dental, estão representados os conjuntos referentes às artes norte e latino-ameri-canas. Em menor escala, fazem parte do acervo também objetos representativos da produção artística em diversos períodos e diferentes civilizações não ocidentais.

Olhos para o presente

Além do que o Masp acumula sobre o passado artístico mundial, os olhos deste

museu nunca se distanciaram do presen-te. Prova disso são as mostras e exposi-ções que acontecem de tempos em tem-pos e que fazem com que filas imensas se formem nas calçadas da avenida Paulista. Como parte das festividades do Ano da França no Brasil, o museu organizou uma exposição com trabalhos inéditos do artis-ta francês Auguste Rodin. A mostra reuniu pela primeira vez no Brasil, 193 fotografias e 22 esculturas, algumas delas debutando fora da terra natal do artista, falecido em 1917.

Em novembro, o museu realizou a ver-nissage “De dentro para fora/de fora para dentro”, onde convidou artistas urbanos contemporâneos para mostrarem seus trabalhos. Ao todo, foram apresentadas ao público, uma centena de obras, inclusive, seis murais que serão apagados no encer-ramento da mostra, no dia 5 de fevereiro de 2010. Nomes como o de Carlos Dias, Daniel Melim, Ramon Martins, Stephan Doitschinoff, Titi Freak e Zezão, que estão entre os principais representantes desta geração, mostram obras que interagem en-tre si e com os visitantes a partir de instala-ções especiais, telas e fotografias. A mos-tra conta também, com seis vídeos com a trajetória destes artistas.

Agora que você conhece um pouco da história do Museu de Arte de São Paulo e sabe o que ele pode oferecer a quem o vi-sita, que tal convidar seus amigos, ou até alguém especial para passar um dia no museu. O Masp - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand fica na Avenida Paulista, 1.578, em São Paulo. Para mais informações ligue para (11) 3251-5644 ou visite o site www.masp.art.br.

Em 1978, o museu ganhou destaque na imprensa por realizar a restauração da imagem de Nossa Senhora de Aparecida, que foi quebrada em 175 pedaços após um atentado ocorrido na Basílica.

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por que todos achamque queremos perdê-lo?

PesoTexto: da Redação | Imagens: WikiMedia Commons

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A sociedade moderna valoriza o estar magro e associa a isso,

uma série de qualidades que, supostamente, quem está acima do

peso não as tem. Isso não é verdade e, para que todos saibam, alguns

gordos gostam de seus quilos a mais.

Wikimedia Commons/Bill Branson, National Cancer

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inguém que esteja bem informa-do nega que o estar acima do peso predispõe o ser humano a uma série de problemas físi-

cos e que isso pode até mesmo levá-lo à morte. A Organização Mundial de Saúde (OMC), que adota o Índice de Massa Cor-poral (IMC) para medir o grau de obesida-de do ser humano, afirma que alguém que esteja num índice entre 20 e 25 pontos é normal e, acima disso, define outras três categorias que passam pelo sobrepeso, a obesidade e a obesidade mórbida.

Alguém que esteja dentro da categoria sobrepeso, segundo o IMC, está predis-posto ao surgimento de diabetes, hiperten-são arterial e colesterol. Se o indivíduo já está na categoria obesidade, o mesmo ín-dice declara que ela está predisposta a ter problemas tais como, diabetes, doenças do coração, colesterol alto, hipertensão, e algumas formas de câncer. E, por fim, se a pessoa está dentro da obesidade mórbida, sua predisposição para doenças como as relacionadas acima, se torna ainda mais alta.

Porém, o que poucos discutem, e ne-nhum índice foi criado para medir, é a con-dição psicológica e emocional de quem está acima do peso e que é diuturnamen-te convidado a conviver com conceitos e ações que insistem em lhe mostrar sua anormalidade. Uma dicotomia que atinge pessoas que passam sua existência ten-tando emagrecer e que não conseguem. E que, também, cai sobre os ombros daque-les que conseguem estar dentro do índi-ce preconizado pelo IMC, seja por mérito pessoal, ou às custas de medicamentos ou intervenções cirúrgicas.

Ser ou não ser...

É óbvio que se pudéssemos escolher entre ser gordos ou magros, uma parcela gigantesca daqueles que estão acima do peso não existiria. Entretanto, a questão nem sempre está ao alcance das mãos. Alguns engordam por predisposições físi-cas e outros, quem sabe uma boa parte, acaba ganhando peso por uma compulsão alimentar incontrolável cuja finalidade é saciar algum tipo de frustração. Os que se incomodam com isso tentam dietas, o apoio de grupos voltados para o controle do peso, o uso de medicamentos.

Uma parte consegue perder os quilos em excesso e nunca mais os recupera. En-tretanto, outra parte, que pelo visto é bem maior, não tem tanta sorte e além de vol-tar a engordar, passam a conviver com os problemas gerados pelo que se conhece como o “efeito sanfona”, que nada mais é que perder e ganhar alguns quilos constan-temente. Este processo ao longo do tempo acaba por minar a determinação das pes-soas e, principalmente, graças às estrias e outros efeitos físicos colaterais, destrói a auto-estima de quem, além de estar aci-ma do peso passa a ter que conviver com a idéia de que seu corpo é esteticamente inadequado.

Provavelmente a grande causa daque-les que sucumbem ao “efeito sanfona” não está na determinação de perder peso, mas sim no fato de que ao mesmo tempo em que se perde o peso, não estão sendo tratadas as causas emocionais que cau-savam a compulsão pelos alimentos. Da mesma forma como é impossível curar a insônia se suas causas são a preocupação

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É óbvio que se pudéssemos escolher entre ser gordos ou magros, uma parcela gigantesca

daqueles que estão acima do peso não existiria.

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e o estresse, aliás, um dos fatores causa-dores da maioria das doenças apontadas acima, seja o indivíduo gordo ou magro.

E, finalmente, para aqueles que já per-deram as esperanças nas academias de ginástica, nos grupos de apoio e na própria capacidade de emagrecer, resta a solução cirúrgica para impedir fisicamente aquilo que é impossível conter. Porém, em alguns casos, o que seria a solução definitiva para a obesidade acaba por se transfor-mar em um novo pesadelo e algumas pes-soas percebem, depois de algum tempo, que trocaram uma neurose por outra, tão desgastante quanto a anterior.

Este é o caso, por exemplo, de uma mu-lher de trinta e poucos anos e que conviveu durante toda a sua vida com a vergonha de não poder usar um biquíni graças ao seu excesso de peso. Há poucos anos ela to-mou a decisão de se submeter a uma cirur-gia de redução de estômago e conseguiu perder todo o peso que sempre a incomo-dou. Porém, ao mesmo tempo que ela per-deu peso, ela começou a ganhar flacidez, afinal, sua pele não conseguiu encolher na mesma proporção. Atualmente ela conti-nua sem usar seus tão desejados biquínis e aguarda conseguir juntar o dinheiro ne-cessário para as várias plásticas às quais precisará se submeter para a retirada do excesso de pele.

Feliz consigo mesmo

O caso narrado acima, assim como ou-tros muito semelhantes, não torna as cirur-gias para controle de peso algo ruim, da mesma forma como medicamentos, exercí-cios físicos e outros recursos usados para

que as pessoas voltem ao peso normal. O caso dela é apenas um alerta para o fato de que soluções rápidas e tomadas de forma precipitada podem trazer consequ-ências.

Porém, além dos que querem perder peso, existem por todo o mundo, aqueles que não querem perder seus quilos para se transformarem em “pessoas normais”. Eles, apesar de todas as contra-indica-ções, se sentem bem com as suas curvas e começam a dar forma para um movimen-to que há muito já é conhecido na Europa e nos Estados Unidos, o “Fat Aceptance”, que, entre outras bandeiras, levanta a da auto-valorização. Ou seja, é bom ser dife-rente.

O movimento, ao contrário do que se pode pensar, não preconiza que as pesso-as devam deixar de lado suas preocupa-ções com a saúde e passem a aumentar seu peso. Ele tenta equacionar uma ques-tão psicológica e emocional que passa pela aceitação de quem está acima do peso por si mesmo e as vantagens que esta aceitação pode acarretar. Este talvez seja o princípio mais propagado entre a humanidade desde que começamos a nos entender como seres pensantes, ou seja, “se não nos amarmos como nós somos, como poderemos esperar que as pessoas nos amem?”.

E pelo visto, a idéia encontrou adeptos. Na Europa e nos Estados Unidos é possível encontrar inúmeros web sites que fazem a apologia do “seja um gordo feliz” e, numa vertente um pouco mais sexualizada, é pos-sível encontrar um número ainda maior de sites adultos que oferecem fotos e vídeos de homens e mulheres que estão acima do

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“se não nos amarmos como nós somos, como poderemos esperar que as pessoas nos amem?” Este talvez seja o princípio mais propagado entre a humanidade.

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peso. Fetiches à parte, afinal eles existem para quem está dentro do peso também, a valorização das curvas femininas e mas-culinas nos faz lembrar o renascentismo, onde era frequente ver retratos pintados de mulheres com seios, barrigas e náde-gas volumosas.

O resultado disso, tanto no hemisfério Norte, como no Sul, é que pela primeira vez em muito tempo, assistimos a uma va-lorização das pessoas “cheinhas”, como se costuma dizer por aí. Tanto por pessoas que apenas as apreciam, como tipo físi-co, os “fat admires”, como pelas próprias pessoas que estão tomando consciência de que fugir à regra não é motivo para se esconder.

O apoio da mídia

Você já deve ter visto aquela cena onde um sujeito olha para cima e, em poucos se-gundos dezenas de pessoas estão olhando na mesma direção, procurando entender o que está acontecendo. No caso do movi-mento de valorização de quem está acima do peso, pelo menos no Brasil, aconteceu o mesmo. E a peça chave de tudo isso, por coincidência, foi uma brasileira que atual-mente mora e trabalha nos Estados Uni-dos: Fluvia Lacerda, que além de estar aci-ma do peso ganha a vida como modelo.

Foi preciso apenas algumas aparições de Fluvia na televisão aberta, em progra-mas de grande audiência, para que todos os gordos e gordas do Brasil “saíssem do armário”. A modelo acabou se transforman-do num arauto do movimento que há mais de 10 anos acontece nos Estados Unidos e Europa e que por aqui começava a enga-

tinhar. O que no início, nas pautas destes programas, parecia apenas um assunto curioso ou engraçado, aos poucos foi se tornando um assunto sério e que ganhou o apoio de milhares de pessoas.

Web sites e blogs que já falavam sobre o assunto, ganharam destaque, outra dúzia deles surgiram e até mesmo publicações periódicas, como esta própria revista, vi-ram um crescimento fenomenal em sua visitação todos os dias. Hoje é comum li-garmos a televisão e encontramos alguém dando uma entrevista sobre esse assunto e até mesmo a idéia de discutí-lo com os amigos já se tornou convencional.

Provavelmente, da mesma forma como assistimos as mulheres queimarem seus sutiãs há poucas décadas e declararem o feminismo, assim como assistimos os negros lutarem por seus direitos sociais e mais recentemente acompanhamos a magnífica escalada do movimento gay, não demorará muito para que ouçamos o anún-cio da realização de uma parada dedicada ao “Orgulho Gordo”.

Depois disso, a próxima vitória a ser con-quistada será frente ao capitalismo, que diante da capacidade de consumo dos plus size correrá apressado para colocar roupas tamanhos grandes em todas as grandes lojas de departamentos, que anunciará em toda a mídia que esta ou aquela compa-nhia aérea dispõe de poltronas mais largas e espaço mais amplo entre os assentos e que os professores de academias, em vez de nos proporem a perda de peso, nos orientem apenas para mantermos nosso peso. Afinal, precisamos mudar esta certe-za que todos têm a nosso respeito de que queremos perder peso.

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Foi preciso apenas algumas aparições de Fluvia Lacerda em programas de grande audiência, para que todos os

gordos e gordas do Brasil “saíssem do armário”.

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borbulhas refrescantese cheias de charme

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O calor do verão pede por bebidas refrescantes e quem está a fim de

algo mais forte que os sucos e já não aguenta mais tomar cerveja pode optar

por uma bebida mais charmosa: os espumantes e os champagnes.

Wikimedia Commons/Andreas Levers

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e você pensa que calor e praia, ou sol escaldante e piscina são as combinações ideais apenas para caipirinha ou cerveja, você

pode estar enganado. Uma pedida mais leve e ao mesmo tempo muito mais char-mosa é degustar um vinho espumante ou, se seu bolso permitir, um champagne fran-cesa.

Apesar de muita gente acreditar que o espumante é uma bebida adequada para situações especiais, como comemorações de casamento ou festas de virada de ano, para quem aprecia a bebida, qualquer ele-vação de temperatura é um convite para saboreá-lo. Na verdade, num país tropical como o nosso, ele deveria ser um campeão de vendas nas prateleiras de supermerca-dos e nas lojas especializadas em bebidas. Isso porque além de sua indiscutível capa-cidade de aplacar o calor, os espumantes e os champagnes são companheiros indis-pensáveis de pratos à base de peixes e outros frutos do mar.

Agora, se você já está se perguntando porque nos referimos a este tipo de vinho como espumante ou como champagne, a resposta é simples: os espumantes produ-zidos na região de Champagne, no norte da França, são os únicos que podem ser chamados de champagne. Já, os criados no resto do mundo devem ser chamados simplesmente de espumantes e em alguns países eles recebem nomes específicos, como Cava, quando feito na Espanha; ou Cremant quando feitos na própria França, mas fora da região de Champagne.

O que difere, a grosso modo, os es-pumantes e as champagnes dos vinhos brancos, roses ou tintos, chamados pelos especialistas de “vinhos tranquilos” é que os primeiros possuem em seu interior gás carbônico, mantido no líquido durante seu processo de fermentação e é isso que faz

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com que eles tenham as borbulhas, comu-mente chamadas de perlage.

Um nascimento mitológico

Contam as lendas e os livros que fa-lam a respeito desse assunto, que o es-pumante nasceu na região de Champagne, descoberto pelo monge beneditino Dom Perignon, que um belo dia, ao averiguar a qualidade dos vinhos brancos que esta-vam guardados em sua abadia, próxima de Epernay, na região de Champagne, foi sur-preendido por uma explosão de espuma e quando bebeu deste vinho gostou tanto do que degustara que pronunciou a célebre frase: “estou bebendo estrelas”.

Do ponto de vista menos folclórico, o que aconteceu com os vinhos do nosso digníssimo monge foi que com as baixas temperaturas que ocorrem na região de Champagne, o extrato das uvas que estava em processo de fermentação alcoólica, o que transforma o “suco de uvas” em vinho, se interrompeu e estes vinhos foram da-dos como prontos e engarrafados. Porém, quando a temperatura da região voltou a subir, as leveduras que estavam presentes no vinho voltaram a iniciar o processo de fermentação. Ou melhor, começaram uma segunda fermentação. Ao se transformar o mosto das uvas em vinho, além do sur-gimento do álcool, surge também o gás carbônico, que se não é contido, se solta no ar. Como as garrafas de Dom Perignon estavam lacradas, o gás não se despren-deu do vinho e acabou por criar o que hoje conhecemos por espumante.

É claro que aquilo que o monge degus-tou não estava nem perto do que conhece-mos hoje como champagne. Muitos avan-ços foram incorporados à sua produção ao longo de todos estes anos, seja no plantio ou na seleção de uvas, seja na criação de

Wikimedia Commons/Phillip Capper

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equipamentos e garrafas mais adequadas, por exemplo, ou nos métodos de estoca-gem e amadurecimento deste vinho.

O cuidado tomado para a produção de champagne começa pela seleção das uvas utilizadas em sua produção. Além de só poderem ser produzidos na região de Champagne, estas uvas devem ser exclu-sivamente as Chardonnay, a Pinot Noir e a Pinot Meunier. Os criados apenas com a uva branca Chardonnay são conhecidos como “blanc de blanc” e aqueles produzi-dos com a uva tinta Pinot Noir são conheci-dos como “blanc de noirs”, mas, além de-las, podemos encontrar champagnes onde se misturam as três ou duas variedades de uvas.

A marca apreciada pelo agente James Bond, a Bollinger, em sua versão R. D. é feita com 70% de Pinot Noir, 25% de Chardonnay e 5% de Pinot Meunier. Já a Bollinger Vieilles Vignes Françaises tem 100% de Pinot Noir e a Charbaut Certifi-cate Blanc de Blancs é feita com 100% de chardonnay. Normalmente os melhores champagnes são feitos de Chardonnay e Pinot Noir, como, por exemplo, a Moët et Chandon Cuvée, Dom Pérignon Brut ou a Veuve Clicquot La Grande Dame. Ao todo, na região, são 25 produtores, dentre eles as já citadas J. Bollinger, a Veuve Clicquot, a Moët & Chandon, a Deutz & Geldermann, a Heidsieck Monopole, a Krug, muito apre-ciada pelos czares da Rússia, G. H. Munn, Taitinger e a Piper Heidsieck.

Além disso, outro cuidado que permite que um vinho produzido na região de Cham-pagne seja chamado assim é seu método de produção, onde ocorrem duas fermenta-ções e a segunda, obrigatoriamente, ocor-re dentro da garrafa que será mais tarde vendida aos consumidores, o que é conhe-cido como método Champenoise.

Mas até que se chegue à segunda fer-

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mentação é preciso, em primeiro lugar, obter o vinho base que será usado. Este vinho, conhecido como vinho de cuves, é uma mistura obtida com vinhos da safra e vinhos preparados em safras anteriores, guardados nas adegas da vinícola. Esta mistura fica a cargo do enólogo e varia de ano para ano, para que se obtenha um champagne “padrão” ao longo dos anos e que identifique cada casa da região. Após selecionarem o vinho base que será usado naquele ano adiciona-se a ele o liqueur de tirage, basicamente o mesmo vinho acres-cido de uma quantidade específica de açú-car que alimentará as leveduras e propor-cionará a segunda fermentação.

Daí em diante, começa a segunda fer-mentação, ou espumatização do vinho base na garrafa até o momento em que to-das as leveduras consomem todo o açúcar e acabam morrendo. Em seguida, as garra-fas são colocadas para descansar durante no mínimo 15 meses. Algumas casas che-gam a guardar suas garrafas por 5 ou 10 anos. Quando se decide que o contato en-tre o vinho e as leveduras chegou ao ponto desejado, começa-se a rotacionar e a incli-nar as garrafas para que a borra formada pelas leveduras se despregue da garrafa e caminhe na direção da rolha metálica pro-visória. Este processo se chama rémuage. Por fim, quando o champagne está pronto para ser despachado ele passa pelo pro-cesso de dégorgement, que consiste na re-tirada da rolha e a expulsão da borra, que está congelada no gargalo da garrafa gra-ças à sua imersão em nitrogênio.

Como na eliminação do cubo de borra, conhecido como batoque, se perde um pouco de líquido, é acrescentado à garra-fa o que se chama de licor de expedição, ou liqueur d’expedition, nada mais do que um pouco de vinho base com uma quanti-dade pré-determinada de açúcar. É neste

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momento que um champagne passa a se chamar Extra-brut, Brut, ou Extra-Sec, Séc, Demi-sec ou Doux. Da mais seca à mais adocicada, respectivamente.

Os espumantes produzidos tanto fora de Champagne, assim como no resto do mundo, podem ser feitos através do mé-todo Champenoise, mas usualmente eles usam o método conhecido como Charmat, onde a segunda fermentação ocorre dentro de tanques metálicos. Além deste método, há também o conhecido como Asti, onde ocorre apenas uma fermentação e o gás carbônico não é liberado. Estes são méto-dos que produzem espumantes de qualida-de inferior se comparados àqueles feitos através da segunda fermentação dentro da própria garrafa.

O que se esperar deles

Quando você estiver degustando um vinho espumante feito pelo método Asti, que geralmente é usado com a uva mos-catel, o que se deve esperar é um vinho leve, com perlage grande, aromas de fruta e sabor adocicado, com baixa acidez. Já ao experimentar um espumante feito pelo método Charmat, você deve aguardar uma perlage mais fina e duradoura, aromas que lembram frutas cítricas e uma acidez mar-cante e fresca. Já, ao degustar uma cham-pagne, aguarde uma perlage bastante fina e duradoura, aromas que lembram fermen-tos, pães, avelãs, entre outros aromas e, no paladar, perceba sabores complexos e uma persistência intensa.

Ao combinar espumantes e champag-nes com pratos, leve em consideração que se trata de uma bebida refrescante, graças à sua acidez e, aconselha-se levar em consideração a qualidade do vinho ao combiná-lo com um prato. Um Asti, por exemplo, é ideal para se tomar com um

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Wikimedia Commons/Emily Walker

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prato que tenha o sabor salgado um pouco preponderante, graças à sua docilidade. Já um espumante feito pelo método Charmat, de Pinot Noir ou de Chardonnay, casa-se muito bem com frutos do mar, saladas à base de folhas ou até mesmo carnes bran-cas. Com um espumante, aposte em pra-tos requintados, como, por exemplo, uma lagosta ou um prato de ostras.

Ao final da refeição, você perceberá que, com um espumante ou com um cham-pagne, você se sentirá refrescado, algo di-ferente do efeito da caipirinha ou dos des-tilados e, principalmente, pouco estufado, uma sensação bastante desagradável que a cerveja costuma causar a quem abusa de seu consumo buscando diminuir o calor do verão. Outro ponto positivo em relação ao espumante e à champagne, é que elas costumam causar uma impressão inegável de classe e sofisticação a quem as toma. E, se você estiver inspirado e for um apre-ciador de charutos, nada como estar em um restaurante a céu aberto, onde você possa degustar sua última taça dando umas boas baforadas num charuto de qua-lidade. Seja ele nacional ou importado.

Existem espumantes e champagnes para todos os gostos e, também para to-dos os bolsos. O Brasil produz espuman-tes de altíssima qualidade e que recebem prêmios nacionais e internacionais, alguns deles outorgados por júris franceses. Por-tanto, se as férias forem longas, opte pe-los espumantes nacionais, que podem ser encontrados produzidos usando-se os três métodos. Qualquer que seja sua escolha, opte por comprar as garrafas em uma casa especializada em bebidas. Evite comprar este tipo de vinho em supermercados co-muns e fuja das garrafas guardadas nas prateleiras comuns, expostas à luz e às temperaturas elevadas. Isso é um veneno para qualquer tipo de vinho.

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o que importa é estarbem consigo mesmo

Bruno RussiTexto: da Redação | Imagens: Roberto Paes

Essa é a grande dica queBruno Russi deixa não apenas

para quem quer ser modelo plus size, mas, principalmente, para

quem quer ser feliz.

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os 23 anos e começando a car-reira como modelo plus size, Bruno Russi afirma que nunca teve problemas por sempre es-

tar acima do peso que convencionaram ser o padrão. “Sempre fui gordinho, mas nunca foi algo difícil de lidar porque para homem, a discriminação é menor”, afirma Bruno com conhecimento de causa e dando uma razão bem simples para isso: “se alguém falar alguma coisa, pode tomar porrada”, diz rindo muito.

Quando era criança, nunca se sentiu em segundo plano. Sempre foi muito conhecido na escola e jogava futebol e handball, mas não escapou dos apelidos. “Sempre rolou brincadeiras e apelidos”, lembra com bom humor. “Mas nunca esquentei com isso. Mesmo quando me apelidaram de ‘Teta’. Levei na esportiva e até hoje, meus amigos daquela época me chamam assim”.

Quanto às mulheres, sem querer ser ar-rogante, Bruno confessa que não teve pro-blemas além dos normais. “Sempre tive namorada”, diz. “Mas é claro que já teve garota que não quis namorar comigo por causa do meu peso. Mas isso são circuns-tâncias da vida e que não me atrapalham em nada”. Atualmente está sem namora-

da, mas não é algo que lhe roube noites de sono.

Na batalha

Bruno terminou o ensino médio, come-çou hotelaria, mas desistiu. Não se adap-tou com a metodologia de ensino e com as perspectivas nada animadoras que o ramo oferece. Preferiu fazer um curso de pizzaio-lo que lhe deu uma boa noção para aju-dar a família a tocar um resturante. “Hoje trabalho no restaurante da família, toman-do conta do período noturno”, explica ele. “Cuido desde a parte operacional até a parte administrativa e tenho dado conta do serviço direitinho, sem problemas”.

Mas no futuro, quer fazer uma faculdade de administração de empresas, ou então, realizar seu sonho que é o de fazer uma faculdade de gastronomia.

Enquanto isso não acontece, ele vai tentando fazer o melhor como modelo plus size. “Minha irmã era modelo de uma con-fecção e eu ia levá-la nos testes de roupa, para fotos e um dia a dona da loja me viu e perguntou se eu tirava fotos”, conta Bruno. “Minha irmã disse que não, mas iria con-versar comigo. Quando ela me perguntou

A

“Sempre fui gordinho, mas nunca foi algo difícil de lidar porque para homem, a discriminação é menor. se

alguém falar alguma coisa, pode tomar porrada.”

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se eu estava a fins de fazer fotos, achei interessante e fui. Fiz o teste de fotogenia e comecei a fazer fotos para catálogos”.

No começo, Bruno não tinha muita no-ção de como era tirar fotos, mas foi tentan-do, fazendo e pegando o jeito. “Nas primei-ras, apesar da inexperiência, foi tranquilo”, lembra Bruno. “O problema foi quando eu tive que fazer fotos na praia, com a moça-da olhando, o pessoal parava na praia para olhar. E não tinha jeito. Eu tinha que tirar o short, colocar o short, trocar a camiseta e enquanto o fotógrafo fazia o trabalho dele, o pessoal ficava olhando, mas foi legal. Gostei e vou continuar a fotografar”.

Para Bruno, na passarela é mais com-plicado antes de entrar, depois é tranqui-lo. “Na primeira vez deu um suador, mas depois passou”, lembra sorrindo. “Eu tinha todo um roteiro para cumprir. Andar até um local, depois parar, olhar para um ponto certo e por aí vai. Mas no final deu tudo certinho”.

E agora, as brincadeiras dos amigos têm um outro alvo. “Os amigos mais próximos começaram a tirar barato, falando que era para a “G Magazine”, brincando com mi-nhas fotos na praia. Mas tudo bem”, releva o modelo plus size. “Já me pararam duas

vezes em um shopping, em um desfile que eu fiz”, conta orgulhoso. “Depois do des-file, tinha duas garotas esperando minha irmã, que elas gostavam muito e quando me viram, falaram: você é o Bruno, já é famoso. Mas eu não sou famoso, apenas estou começando a carreira, com algumas fotos. E pronto”.

Mudança de foco

Bruno Russi acha que o mercado para modelos plus size é pequeno porque os anunciantes não têm o foco certo para vender seus produtos. Segundo ele, isso é ruim para ele tanto como consumidor, quanto como modelo.

“Eu acho que não adianta o pessoal mostrar roupas lindas, mas em corpos de pessoas magras”, compara ele. “Às vezes você vai comprar um roupa e não tem seu número, ou então, tenho que comprar cami-sas com mangas longas para poder fechar o colarinho. No transporte coletivo também não tem condições para quem está uma pouco acima dos ‘padrões’. Outro proble-ma, é alguns restaurantes que usam cadei-ras de plástico e se bobear elas abrem as pernas e a gente acaba caindo”.

“Nas primeiras vezes que fotografei, apesar da inexperiência, foi tranquilo. O problema foi quando eu tive que fazer fotos na praia, com a moçada olhando...”

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Bruno diz que não come muito, porém, come muita tranqueira, muita besteira en-tre as refeições e não esconde sua paixão por pizza. “Sou apaixonado por pizza”, diz ele com cara de quem está aprontando. “Como dois pedaços por dia e as minhas favoritas são muzzarela e margherita”.

Com relação ao seu futuro Bruno tem os pés no chão. Ciente de que carreira de modelo é curta, pensa no futuro com muita atenção. “A curto prazo pretendo continuar minha carreira de modelo e trabalhando no restaurante da família”, planeja ele. “No futuro, quero que o restaurante fique ainda melhor e pretendo abrir um barzinho com música ao vivo para happy hour. No cardá-pio, apenas aperitivos. Nada sofisticado. A pizzaria dá muito trabalho, tem que ter muito cuidado com os produtos, armazena-gem, qualidade de tudo e controle. Quero ter alguma coisa que me dê menos traba-lho e uma boa remuneração”.

O lado família de Bruno fica explícito quando revela que quer casar (em um fu-turo não muito próximo), ter um filho, pois adora criança, montar sua própria família e ser feliz. “Meu sonho é ter um filho, adoro criança, tenho um sobrinho de dois anos, adoro ele, gosto mais dele do que da mi-

nha irmã”, diz exagerando com um sorriso maroto.

Para “os gordinhos tristonhos”, Bruno tem uma sugestão. “Você não pode ligar para o que os outros falam”, ensina ele. “Faça entrar por um ouvido e sair por ou-tro. Curta a sua vida, aproveite aquilo que você gosta, vá para baladas, para os res-taurantes. Eu saio, me divirto com meus amigos, tomo minha cervejinha e tudo bem. Curto a minha vida, independente do que o pessoal fala ou dos quilos que eu tenho. Mais importante que o peso na bar-riga, é o peso na consciência. E a minha é leve como uma pluma”.

Mas não é por isso que Bruno se des-cuida da saúde. Ele joga bola duas vezes por semana, joga handball e procura ser feliz. “Detesto academia, dispara ele. “Não consigo fazer aqueles exercícios que eles querem. E aí o pessoal acaba reparando em você. As pessoas acham que quem vai na academia quer emagrecer e não apenas manter a saúde em ordem, o bom condi-cionamento físico. Se tivessem exercícios destinados para essa finalidade, tenho cer-teza de que todas as acedemias do Brasil teriam um público maior. Pois, assim como eu, muita quer apenas manter a forma.

“Meu sonho é ter um filho, adoro criança, tenho um sobrinho de dois anos, adoro ele, gosto mais

dele do que da minha irmã.”

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Monte Pascual: um mistode paixão e competência

CharutosTexto: da Redação | Imagens: divulgação

A maioria dos produtos queatingiram um status de grande sofisticação, chegaram a issograças à união perfeita entre apaixão e a capacidade de quem os idealizou e os produz, como os charutos criados da Tabacos Mata Fina.

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produção brasileira de charutos, centralizada no recôncavo baia-no e tendo como principal ponto de referência a cidade de Cruz

das Almas, a cada dia ganha maior des-taque entre os apreciadores do tabaco de alta qualidade. Boa parte deste reconhe-cimento se deve à marcas consagradas, como, por exemplo, Alonso Menendez, Da-matta e Angelina. Porém, de tempos em tempos, algumas novidades surgem nas tabacarias, surpreendendo críticos e apre-ciadores.

Este é o caso dos charutos Monte Pas-cual, uma marca produzida pela Tabacos Mata Fina, uma empresa criada em 2007 e que tem como sócios e fundadores, pes-soas que compartilham o amor pela degus-tação de um bom charuto e uma grande ca-pacidade técnica, conseguida por diversos anos de trabalho na indústria de tabaco.

Um destes apaixonados é o engenhei-ro e empreendedor Lorenzo Orsi, que além de formado em engenharia é pós-graduado em administração de empresas e ostenta um MBA pela Ohio University. Lorenzo con-ta que o seu interesse pela produção de charutos nasceu há cerca de cinco anos, quando sua família resolveu investir no se-tor de produtos sofisticados. Inicialmente eles adquiriram uma vinícola na Itália e, em seguida, decidiram investir em charu-tos “premium”.

No Brasil, Lorenzo conheceu Sérgio Luis Peleia, um apreciador e grande conhecedor de charutos e, também, Rosivaldo Pereira Oliveira, um nome que há décadas está as-sociado a esta indústria. O resultado desta parceria, passados dois anos, é a marca Monte Pascual, que oferece aos aprecia-dores, produtos criados pela mistura de folhas das melhores variedades de tabaco produzidas em solo baiano.

Cuidados artesanais

A qualidade dos charutos Monte Pas-cual porém, não se limita apenas ao uso de matéria-prima de ótima qualidade. An-tes de serem enroladas manualmente, as folhas são minuciosamente selecionadas e preparadas. Depois são separadas de

seus talos para serem levadas às mesas de montagem.

Na mesa, o montador prepara o miolo seguindo a orientação do “mestre charutei-ro” para o blend e a bitola. Em seguida, ele acrescenta a folha que formará a sustenta-ção, chamada de capote, e passa o charu-to para a prensagem. Depois de moldado pela prensa, o charuto passa pelo teste de fluxo e, se aprovado, é devolvido ao mon-tador que aplica a capa e dá acabamento ao charuto.

Em seguida, o charuto passa por uma câmara de desumidificação e de lá é co-locado em uma sala de maturação. Este local é revestido de cedro e possui tempe-ratura e umidade controladas. Depois de passar um ano descansando, o charuto é levado para a seleção final onde ele é clas-sificado pela tonalidade e sentido da capa. Em seguida, recebe a anilha de identifica-ção do produtor e é acondicionado em sua embalagem.

O “mestre charuteiro” da Tabacos Mata

A

O blend selecionado pelo mestre charuteiro

pode ser a escolha entre os tipos de

tabaco disponíveis e, também, a mistura das

diferentes folhas de um único tipo de fumo.

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Fina é Rosivaldo Pereira Oliveira. Ele ex-plica que os charutos Monte Pascual são produzidos a partir da mistura de duas variedades de tabaco, o Mata Norte e o Mata Fina. O blend do miolo é formado por ambas, mas sempre com uma quantidade maior de Mata Fina devido à sua suavida-de e potencial aromático. O Mata Norte, que entra em pequenas proporções, é usa-do para dar potência ao charuto. O capote e a capa utilizam apenas a variedade Mata Fina.

Rosivaldo não esconde o orgulho que tem de seus charutos e afirma que eles são o resultado de um trabalho sério e dedicado por parte de todos os que estão na empresa. “Não tenho dúvidas sobre a qualidade dos charutos que criamos. Usa-mos os melhores tabacos produzidos na Bahia, cuidamos para que a construção deles seja impecável, temos a paciência necessária para que eles sejam matura-dos adequadamente e cuidamos para que eles cheguem ao consumidor com uma

apresentação impecável. Nossas embala-gens são impressas na Holanda”, explica o mestre charuteiro.

Para todos os gostos

O apreciador de charutos que optar por acender um Monte Pascual, vai encontrar à sua disposição as bitolas Corona, Robusto, Belicoso, Doublé Corona, Petit Robusto e o Minutos, todos em caixas com 25 ou 10 unidades, exceto os Petit, que são comer-cializados apenas em embalagens com 25 charutos. Além disso, a empresa também oferece uma opção chamada “Seleção do Príncipe”, formada por três Coronas, três Robustos e três Belicosos. O valor de cada charuto depende de sua bitola e os Monte Pascual podem ser encontrados desde R$ 12,00 a unidade (Minutos) até R$ 30,00 a unidade (Double Corona). Uma ótima rela-ção custo/qualidade.

Como todas as empresas produtoras de charutos, a Tabacos Mata Fina não re-vende seus produtos diretamente ao con-sumidor final. Seus charutos podem ser encontrados nas tabacarias de todo o Bra-sil e adquiridos em caixas fechadas ou em unidades.

A Sem Medida conheceu a marca Mon-te Pascual à convite da Premium Cigars (www.premiumcigars.com.br). Durante a degustação, acendemos um robusto capa escura. O charuto, como afirmam seus pro-dutores, apresenta uma ótima construção, seus aromas lembram ervas e um toque terroso, bastante agradável. Depois de aceso, o fluxo de ar é constante e não exi-ge esforço de quem os aprecia, as cinzas são claras e espessas. A queima é central e constante. Seus sabores são suaves e equilibrados, acompanhados de um toque picante.

Se você é um apreciador de charutos, não deixe de experimentar um Monte Pas-cual. Todo o cuidado e esmero mostrado por esta nova empresa certamente lhe proporcionarão boas baforadas e momen-tos agradáveis. E, para conhecer melhor a Tabacos Mata Fina, visite o web site da empresa através do endereço www.taba-cosmatafina.com.br.

Quando alguém se refere à potência de um charuto, ele está querendo dizer o quanto este fumo é suave ou não para quem o está degustando.

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nossa segunda e muitoconfortável casa

CarrosTexto: da Redação | Imagens: divulgação

Depois da casa própria, o segundo maior sonho de consumo é um automóvel. E por que não sonhar com uma mansão sobre roda? Afinal, conforto é fundamental.

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claro que todos os carros da in-dústria automobilística brasileira atendem às normas de seguran-ça exigidas por lei. Assim tam-

bém, em sua maioria, acomodam pessoas de dimensões acima do que se convencio-nou ser o padrão, os denominados plus size.

Uma pessoa de 1,80 m e 150 quilos dirige com facilidade um Citroën C3. Po-rém, se essa mesma pessoa entrar em um Grand C4 Picasso, sentir-se-á muito mais à vontade. Assim, se você está sonhando com um carro novo, sonhe grande, sonhe com um francês, grande, bonito e que lhe dará muito prazer pelas estradas.

O Grand C4 Picasso vem de uma família de sucesso. O Xsara Picasso vendeu mais de 70.000 veículos desde seu lançamento. Com estilo original, amplo espaço interno, tecnologia avançada e grande oferta de itens de série, o modelo conquistou o con-sumidor brasileiro. E os números compro-vam isso: no primeiro semestre de 2007, o modelo foi o mais vendido de seu segmen-to, com 40% de participação. E agora o modelo incorpora uma série de evoluções de estilo e acabamento para reforçar ainda mais sua posição de líder.

O interior

Mas para quem é plus size, o interior do carro é o que mais interessa. O novo Xsara Picasso, graças às suas dimensões (4,27 m de comprimento, 1,63 m de altura e 1,75 m de largura) e à distância entreei-xos de 2,76 m, oferece cinco lugares muito confortáveis e um amplo porta-malas de 550 litros o que se traduz em bem-estar a seus ocupantes, com uma ótima habita-bilidade e uma arquitetura que privilegia a luminosidade.

A largura na altura dos cotovelos (1,49 m na frente, 1,50 m atrás) coloca o novo Xsara Picasso entre os veículos mais espa-çosos. Ele dispõe de três assentos trasei-ros de largura idêntica (44,5 cm), que po-dem ser fechados, removidos e facilmente transportados. O espaço interno pode ser configurado de forma muito fácil, de acor-do com as necessidades de cada usuário.

Para quem dirige, o conforto é maior. Além de se sentar em uma posição mais elevada que na maioria dos automóveis, ele conta com descansa-braço de série nos assentos dianteiros, regulagem lom-bar, volante e assento do banco do moto-rista reguláveis em altura. A parte central do painel facilita o acesso à alavanca de troca de marchas e aos comandos do rá-dio e da climatização. A alavanca de troca de marchas situada no painel e o assoalho plano têm um papel importante na modu-laridade e no espaço interno, abrindo um verdadeiro corredor de circulação dentro do veículo.

Mecânica confiável

O conjunto de suspensão alia firmeza ao conforto de um carro familiar. É forma-do na dianteira por um sistema McPherson apoiado por molas helicoidais, amortece-dores hidráulicos e barra estabilizadora. Na traseira, por um eixo com braços lon-gitudinais, independente, com barras de torção transversal, amortecedores hidráu-licos e barra estabilizadora.

Para empurrar esse modelo, há duas opções de motorização: 1.6i 16V Flex e 2.0i 16V. O motor 1.6i 16V Flex, com 1.597 cm³, oferece 110 cv quando utilizado com gasolina e disponibiliza 113 cv com álcool, sempre a 5.600 rpm. O torque máximo é alcançado a 4.000 rpm sendo 14,5 kgfm com gasolina e 15,8 kgfm com álcool.

O motor EW-10J4 de 2,0 litros e 16 vál-vulas gera 138 cv de potência a 6.000 rpm e 20,0 kgfm de torque a 4.100 rpm. Com torque elevado, disponível em baixa rota-ção, 90% de seu torque máximo surge a partir de 2.500 rpm, o motorista se benefi-cia de uma grande flexibilidade de direção, sem sobressaltos. O câmbio pode ser ma-

É

A direçãotem assistência

hidráulica e o painel digital oferece

excelente visão.

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nual ou automático sequencial. Para proporcionar nível máximo de con-

forto, as versões GLX (Manual ou Automa-tique) trazem de série direção com assis-tência hidráulica, ar-condicionado dianteiro com filtro antipólen, quatro air bags, painel digital, computador de bordo, vidros elé-tricos, mesas tipo avião para os bancos traseiros, chave com dispositivo aintifurto transponder, pneus 185/65 R15, limpado-res de pára-brisa cuja cadência de funcio-namento varia de acordo com a velocida-de, travamento automático das portas e porta-malas a partir de 10 km/h, retrovi-sores com comando elétrico e brake light, entre outros.

Já as versões Exclusive (Manual e Auto-matique) trazem a mais que a GLX: ar-con-dicionado automático digital, freios com ABS + EBD + AFU, rádio CD Player com sis-tema de comando na coluna de direção, faróis de neblina, rodas em liga leve, entre outros.

Família grande

Após o sucesso do Xsara Picasso, a Ci-troen lançou o Grand C4 Picasso e o C4 Pi-casso, oferecendo ao consumidor a gama de monovolumes média mais completa do mercado brasileiro

O C4 Picasso apresenta um perfil mais jovem e dinâmico, um modelo compacto e de estilo sedutor ao passo que o Grand C4 Picasso, com sua excelente habitabilidade e amplos volumes, oferece um perfil mais distinto, sendo o único com capacidade para transportar até sete pessoas.

O C4 Picasso destaca-se pelas vanta-gens de um monovolume (habitabilidade, amplo porta-malas, posição de dirigir ele-vada) e um desenho inédito trazido pelo conceito Space Vision que proporcionam

visibilidade periférica e luminosidade ex-cepcionais.

A visibilidade e a luminosidade são ex-cepcionais graças, notadamente, ao pára-brisa panorâmico de grande ângulo. O ân-gulo de visibilidade vertical (do ponto baixo ao ponto alto do pára-brisa) é de 70°, ao invés dos 35° de um monovolume tradicio-nal. Este pára-brisa panorâmico é acompa-nhado de persianas pára-sol deslizantes, inspiradas em componentes aeronáuticos e nos TGVs (trens de grande velocidade) existentes em vários países.

A habitabilidade e o volume do porta-malas são generosos e uma referência no segmento, com inúmeros porta-objetos e ampla capacidade de carga: de 490 a 1.775 litros. Ele pode ser equipado com um novo Modubox, que facilita a divisão em compartimentos do porta-malas ou o transporte de objetos fora do veículo. O carrinho removível é constituído de um chassi rígido (carga máxima: 22 kg) e de uma bolsa flexível em tela removível de 40 litros.

O espaço é totalmente livre na frente e atrás, graças a um posto de direção ino-vador e ao piso plano. A modularidade é rápida e fácil graças às funcionalidades engenhosas dos bancos. Por meio deste sistema, em poucos segundos, o interior do habitáculo se adapta rapidamente às necessidades dos consumidores.

O bem-estar a bordo pode ser obser-vado pelo sistema de climatização quadri-zone, na presença de persianas pára-sol laterais e nos vidros laterais temperados acústicos e verdes. Um cuidado especial foi também dado à qualidade percebida dentro do espaço interno, graças à utili-zação de materiais de grande qualidade, sempre agradáveis ao toque. Com 4,47 m de comprimento, 1,83 m de largura e 1,68 m de altura, o C4 Picasso, fabricado em Vigo, na Espanha, insere-se naturalmente na gama dos monovolumes compactos da Citroën entre o Xsara Picasso e o Grand C4 Picasso.

A direção e o prazer ao dirigir são fa-cilitados graças aos sistemas de ajuda à direção. O volante com comandos centrais fixos, o regulador e limitador de velocida-

Os bancos traseiros individuais além de oferecer conforto, podem ser retirados com facilidade.

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de, o criativo seletor e as palhetas da caixa de velocidades, o freio de estacionamento elétrico ou o sistema de ajuda a partida com o veículo em inclinação.

No quesito segurança, o C4 Picasso passa com louvor. O modelo traz de série também sistema de freios com ABS + AFU + REF, controle de estabilidade ESP + ASR, sete air bags (dois frontais, dois laterais, dois tipo cortina e um para os joelhos do motorista), fixação Isofix para cadeiras de crianças, brake-light etc.

O conjunto mecânico honra a tradição da marca Citroën. O motor 2.0i 16V, que gera 143 cv DIN a 6.000 rpm e torque de 200 Nm a 4.000 rpm, sempre associado à caixa automática auto-active sequencial, assegura ultrapassagens seguras e gran-de prazer ao dirigir.

Space vision

Graças à sua ampla superfície de vidro, com um pára-brisa panorâmico de grande ângulo e com 2 m², suas amplas janelas laterais dianteiras e janelas laterais trasei-ras, o Grand C4 Picasso, tem um campo de visão periférico excepcional para todos os passageiros.

Esta visibilidade contribui para o prazer de dirigir e constitui uma preciosa vanta-gem em termos de segurança, reduzindo em muito os pontos cegos, dobrando o ân-gulo de visibilidade para a frente e ofere-cendo a melhor visão lateral e traseira do segmento. O C4 Picasso oferece, assim, a melhor visibilidade lateral do segmento na fileira 2. Isso será notadamente aprecia-do pelas crianças, cuja primeira atividade dentro de um automóvel costuma ser a ob-servação do exterior.

O posto de direção, associado à caixa de câmbio automática, libera totalmente o espaço no centro do painel, que agrupa o conjunto dos comandos. O tradicional con-sole central foi eliminado: os comandos da caixa de câmbio encontram-se atrás do vo-lante, com um seletor para a escolha dos modos e das alavancas para a seleção das marchas. Estes comandos solidários da coluna de direção seguem as regulagens do volante em altura e profundidade. Estas

evoluções permitem, além disso, a disponi-bilização de um grande porta-objetos cen-tral refrigerado.

O novo freio de estacionamento elétri-co automático, cujo comando é implantado no painel, permite também a supressão da alavanca do freio de mão entre os bancos dianteiros.

Um veículo compacto por suas dimen-sões – 4,47 m de comprimento, 1,83 m de largura e 1,68 m de altura, dispõe, graças à sua arquitetura, de uma habitabilidade de referência em sua categoria.

Na segunda fileira de bancos, o C4 Pi-casso retoma alguns recursos marcantes dos monovolumes compactos Citroën: três assentos independentes de tamanho idên-tico (45 cm de largura) e assoalho plano para acolher, nas mesmas condições de conforto, os três passageiros traseiros. Esses três assentos (como o banco do passageiro dianteiro) são equipados de fi-xações Isofix. Eles dispõem, cada um, de regulagem longitudinal de 13 cm e de posi-ção conforto com regulagem do encosto e do assento. O espaço na altura dos joelhos é o maior na sua categoria (entre 70 e 95 cm, de acordo com a posição do assento dianteiro) e o espaço lateral para a cabeça dos passageiros é otimizado.

Em termos de largura nos cotovelos, o C4 Picasso é, junto com o Xsara Picasso, o melhor colocado entre os monovolumes de 5 lugares e o mais homogêneo nas duas fileiras (1,51 m na frente e 1,50 m atrás).

Os bancos dianteiros deslizam 21 cm e o passageiro dispõe, tal como o motorista, de um dispositivo de regulagem de altura (curso de 50 mm). Ela permite ao motoris-ta passar de uma posição de direção do tipo sedã (altura de 32,5 cm) para posi-ções de direção altas (até 37,5 cm).

O público feminino irá adorar o Gran Picasso

por ter, entre outras coisas, inúmeros

porta-objetos.

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Porta-malas volumoso

Na configuração mais habitual, na parte traseira dos bancos traseiros recuados ao máximo, o volume embaixo da tampa do porta-malas é uma referência na categoria com 490 litros (normas VDA). Com todos os bancos escamoteados, o volume máxi-mo atinge 1.775 litros VDA.

O C4 Picasso dispõe também da maior largura entre passagens de rodas da cate-goria (1,17 m), o que facilita o transporte de certos objetos largos e retangulares. O comprimento de carregamento pode che-gar a 1,87 m se o banco passageiro dian-teiro for avançado ao máximo.

A altura debaixo da cobertura do porta-malas (57 cm) permite transportar, escon-didos dos olhares, objetos volumosos.

Uma rede para guardar objetos pode ser usada em múltiplas configurações, graças a oito ganchos utilizados dentro do porta-malas (de forma plana com o solo ou debaixo da tábua traseira, etc). Por outro lado, uma rede de retenção das cargas al-tas (acessório) permite maximizar o volu-me de carregamento na parte de trás dos bancos da fileira 1, sem prejudicar a segu-rança dos passageiros.

Este porta-malas é de uma praticidade muito grande no seu uso graças, notada-mente, ao novo Modubox.

Bem equipado

Para mais conforto e segurança, o freio de estacionamento é elétrico e automático (de série). Ele é automaticamente aciona-do quando ocorre o desligamento do mo-tor. Um calculador, ligado ao ESP, gere a dosagem do esforço a ser aplicado, em função do declive, para imobilizar o veículo.

O controle do sistema permite, se neces-sário, reajustar o esforço de frenagem no decorrer do tempo (carregamento do veícu-lo em declive ou forte variação de tempera-tura por exemplo). Este freio de estaciona-mento é automaticamente solto logo que o torque necessário para andar é atingido pelas rodas motrizes.

Para facilitar as partidas e manobras em declive, o C4 Picasso é equipado, em complemento do freio de estacionamento automático, de uma função de ajuda à par-tida em declive. O ESP mantém automa-ticamente o veículo parado durante uma curta duração (até 2 segundos depois de soltar o pedal de freio), a fim de dar tempo ao motorista para passar, tranquilamente, do pedal de freio ao pedal do acelerador, sem ter o risco de ver seu veículo avançar ou recuar com o declive. Esta ajuda à par-tida ativa-se logo com 3% de declive (para cima em marcha, para a frente, ou para baixo em marcha à ré).

O regulador de velocidade permite man-ter o veículo numa velocidade programada, sem que o motorista tenha que tocar no pedal do acelerador. Com o limitador de ve-locidade, o motorista define uma velocida-de máxima a não ser ultrapassada. Caso ele queira ultrapassá-la, basta ele apertar o pedal de maneira em ultrapassar o sen-sor de fim de curso, situado debaixo do pe-dal do acelerador.

Motorização O motor 2.0i 16V (EW10A) disponibiliza

potência máxima de 143 cv DIN a 6.000 rpm e torque de 200 Nm a 4.000 rpm. Conta com um sistema de distribuição de regulagens variáveis (VVT) que permi-te preenchimento otimizado das câmaras de combustão, qualquer que seja o regime do motor. Logo aos 2.000 rpm, desenvolve um torque de 17,3 kgfm, o que representa quase 85% do torque máximo disponível. Além disso, utiliza acelerador eletrônico, o que garante maior suavidade e precisão de funcionamento.

O C4 Picasso se beneficia de alavancas de troca de marcha no volante e de seletor de modo na coluna de direção. A ergono-

O Grand C4 Picasso pode transportar até 7 pessoas com total conforto e segurança graças à eletrônica.

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mia é favorecida, já que todos os coman-dos encontram-se ao alcance da mão, qual-quer seja a posição usada pelo motorista para dirigir. O seletor de caixa de câmbio permite optar para os modos marcha para frente, ponto morto ou marcha à ré.

O conjunto de suspensões dianteiras do veículo é do tipo pseudo-McPherson com braços inferiores triangulares, molas heli-coidais, amortecedores hidráulicos e uma barra estabilizadora. Este conjunto, deri-vado do C4, teve reforço de alguns com-ponentes, de maneira a suportar o peso sobre o eixo dianteiro, maior no caso de um monovolume.

O conjunto traseiro é inteiramente novo. Sua arquitetura, baseada numa travessa deformável, molas helicoidais, amortecedo-res hidráulicos a uma barra estabilizadora, destaca-se pela implantação inclinada dos amortecedores, de maneira em não afetar o volume do porta-malas. Seu dimensiona-mento e sua grande rigidez oferecem pres-tações de alto nível na estrada.

O C4 Picasso dispõe também, de sé-rie, de direção com assistência variável controlada por um grupo eletrobomba. O nível de assistência é ligado à velocidade e ao ângulo do volante, de maneira a obter uma prestação adaptada às condições de utilização. A direção é mais firme em alta velocidade para mais segurança e mais leve em baixa velocidade para facilitar as manobras.

Para ver tudo

O Citroën Grand C4 Picasso é um veí-culo inovador em estilo, visibilidade, lumi-nosidade, espaço interno, modularidade e tecnologias úteis. Importado da França e disponível apenas na configuração de sete lugares, o Grand C4 Picasso completou a linha de monovolumes da Citroën no Bra-sil.

Unindo grandes superfícies de vidro e um amplo espaço interno modulável, o Grand C4 Picasso pode transportar con-fortavelmente até sete pessoas e tudo foi pensado para tornar a vida a bordo particu-larmente simples, agradável e segura.

A visibilidade e a luminosidade são ex-

cepcionais graças, notadamente, ao iné-dito pára-brisa panorâmico Space Vision. O ângulo de visibilidade vertical (do ponto baixo ao ponto alto do pára-brisa) passa para 70° em vez dos 35° de um monovolu-me tradicional. Este pára-brisa panorâmico é acompanhado de persianas pára-sol des-lizantes, inspiradas em componentes aero-náuticos e nos TGV (trem de grande veloci-dade). Além disso, o teto solar panorâmico (único opcional disponível) assegura uma visibilidade externa surpreendente;

Quer seja ela natural ou artificial, a luz faz parte integrante do Grand C4 Picasso. Numerosas fontes luminosas inéditas par-ticipam de um ambiente suave e aconche-gante. Assim, cordões de luz debaixo da faixa central do painel, dentro dos painéis de portas e no teto difundem uma luz su-ave e indireta, regulável com um comando situado na parte inferior do painel. Isso vale também para o visor com duas cores do painel de bordo, que abriga as princi-pais informações de direção e conforto do veículo, as lâmpadas de leitura atrás dos bancos dianteiros, os porta-objetos dentro dos painéis de portas dianteiros que se ilu-minam automaticamente assim que aproxi-mamos a mão, ou mesmo a criativa lanter-na portátil recarregável do porta-malas.

Com suas três fileiras de bancos, o Grand C4 Picasso pode receber conforta-velmente até sete passageiros. Em termos de largura nos cotovelos é o veículo o me-lhor colocado de sua categoria e o mais homogêneo nas três fileiras (1,51 m na frente, 1,49 m na fileira 2, 1,35 m na fi-leira 3).

O espaço entre os bancos dianteiros, o mais largo do segmento, favorece a con-vivência entre os passageiros dianteiros e traseiros e oferece uma melhor visibilida-de para o passageiro do assento central

O Xsara Picasso ficou ainda mais versátil

com as inovações que recebeu ganhando

mais eficiência.

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na fileira 2, o qual pode assim aproveitar plenamente da visão através do pára-brisa panorâmico.

Os bancos dianteiros deslizam 21 cm e o passageiro dianteiro dispõe, tal como o motorista, de um dispositivo de levanta-mento de assento (curso de 50 mm).

A regulagem da altura do assento per-mite ao motorista passar de uma posição de direção do tipo sedã (altura de 32,5 cm) para posições de direção altas (até 37,5 cm).

O Grand C4 Picasso retoma uma das particularidades e maiores vantagens do Xsara Picasso: três bancos de mesma lar-gura (45 cm) na fileira 2. Assim o passagei-ro central não se encontra prensado num assento estreito entre os dois passagei-ros instalados nos bancos laterais. A ou-tra vantagem é poder instalar um assento para uma criança no lugar do meio. Estes três bancos da fileira 2 dispõem cada um de um regulagem longitudinal de 13 cm e de uma posição conforto com regulagem do encosto e do assento.

Outra vantagem retomada do Xsara Pi-casso, o assoalho plano do carro na fileira 2 que facilita os movimentos e o confor-to dos três passageiros, notadamente do passageiro do assento central.

A habitabilidade e os volumes do porta-malas são particularmente generosos e uma referência no segmento, com inúme-ros porta-objetos e ampla capacidade de carga: de 576 a 1.951 litros;

O espaço é totalmente livre na frente e atrás, graças a um posto de direção inova-dor e ao piso plano;

A modularidade é rápida e fácil graças às funcionalidades engenhosas dos ban-cos. Por meio deste revolucionário siste-ma, em poucos segundos, o interior do habitáculo se adapta rapidamente às ne-

cessidades dos consumidores: 2, 3, 4, 5, 6 ou 7 lugares;

O bem-estar a bordo é compartilhado por todos os passageiros, quer seja em ter-mos de espaço, de conforto térmico, acús-tico ou olfativo. Isso pode ser observado pelo sistema de climatização quadri-zone, na presença de persianas pára-sol laterais nas fileiras 2 e 3, ou nos vidros laterais temperados acústicos e verdes;

Potência

O conjunto mecânico honra a tradição da marca Citroën. O motor 2.0i 16V, que gera 143 cv DIN a 6.000 rpm e um tor-que de 20,4 kgfm a 4.000 rpm, sempre associado à caixa automática auto-active seqüencial, assegura ultrapassagens se-guras e grande prazer ao dirigir.

O conjunto de suspensões dianteiras do veículo é do tipo pseudo-McPherson com braços inferiores triangulares, molas heli-coidais, amortecedores hidráulicos e uma barra estabilizadora. Este conjunto, deri-vado do C4, teve reforço de alguns com-ponentes, de maneira a suportar o peso sobre o eixo dianteiro.

O conjunto traseiro é inteiramente novo. Sua arquitetura, baseada numa travessa deformável, molas helicoidais, amortecedo-res hidráulicos a uma barra estabilizadora, destaca-se pela implantação inclinada dos amortecedores, de maneira em não afetar o volume do porta-malas. Seu dimensiona-mento e sua grande rigidez oferecem pres-tações de alto nível na estrada.

O modelo dispõe também de uma dire-ção com assistência variável controlada por um grupo eletrobomba novo e mais potente do que no C4, em razão do maior peso sobre o eixo traseiro. O nível de as-sistência é ligado à velocidade e ao ângulo do volante, de maneira em obter uma pres-tação adaptada às condições de utilização. A direção é mais firme em alta velocidade para mais segurança e mais leve em baixa velocidade para facilitar as manobras.

Agora que você já conhece três mode-los que lhe cairão muito bem, é só passar na concessionária Citroën mais próxima e ver qual deles é o seu tamanho.

A alavanca de câmbio no painel e o piso plano garantem maior espaço e mobilidade aos ocupantes.

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Texto: Luciane Russo | Imagens: Wikimedia Commons Hilton Costa

a melhor época do calendário de todas as culturas

Fim de ano

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M ais um fim de ano se aproxima e devo confessar que esta é uma das datas que mais amo, tirando a Páscoa, claro. É um

momento mágico, onde confraternizamos e colocamos pra fora o que há de melhor em nós. Ficamos mais alegres, compreen-sivos, pacientes, emotivos, solidários, ami-gos, com uma infinita compaixão por tudo e por todos. Claro que deveríamos ser as-sim todos os meses do ano, mas, afinal, somos humanos e a caminho da evolução ainda. Mas já é um bom começo.

Quem não se emociona com o sorriso do filho, neto, sobrinho ou de qualquer criança quando vê os enfeites, a árvore gigante, os presentes e o Papai Noel? Bate uma nos-talgia, uma vontade de voltar no tempo, àquela época boa onde só esperávamos os presentes, com nossa roupa nova, cor-rendo pela casa e fazendo algazarra. Mas como nada é perfeito, o tempo passa e as coisas mudam. Com a maturidade, vem as responsabilidades e tudo o mais, a falta de tempo e tal. Mas faz parte da vida.

Nesta época do ano, planejamos encon-trar aqueles amigos que, por um motivo ou por outro, não conseguimos encontrar du-rante o ano e aí a agenda começa a lotar antes de começar o último mês do ano. São os amigos do antigo trabalho, amigos da academia, da escola do primeiro grau, da faculdade, da Pós, da dança... enfim, são tantos que parece que não daremos conta e quando vemos, temos dois com-promissos no mesmo dia. Haja fôlego. Sem esquecer dos presentes, da roupa nova do Natal e do Reveillon, da ceia, das coisas para a viagem, corre-se de um lado para o outro e reza-se para que passe logo este período.

Mas apesar destes pormenores, somos tomados por um amor que não nos permi-timos no resto do ano. Somos mais susce-tíveis aos pedidos daqueles que amamos ou nem conhecemos. Reavaliamos nosso ano, pesando isso e aquilo na balança, o que realizamos e as promessas que mais um ano não conseguimos cumprir. Mas não devemos desanimar frente a isso. Deve-mos sim, pensar em quantas coisas boas aconteceram e quantas mais acontecerão

Wikimedia Commons/Sigismund von Dobschütz

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Luciane Russo, 33 anos, é formadaem Letras e pós-graduada emMarketing e, além disso, adoraobservar o comportamentohumano. Ela aguarda ansiosasuas dúvidas e sugestões.

no próximo ano e que podemos fazer acon-tecer. Estamos vivos e cheios de vontade, encaremos as situações – boas ou não – como experiências que serão guardadas e usadas quando necessário.

Deixemos as tristezas de lado e vamos festejar a vida, com nossa família e nossos amigos, vamos mimar aqueles que que-remos e esquecer as mágoas e ofensas. Perdoar é a melhor solução, comece o ano com o coração leve, feliz, com a sensação de dever cumprido e olhando para mais um ano de desafios pela frente.

Diz o ditado “Ano-Novo, Vida Nova”. E será, se assim nós quisermos. Viremos a página e guardemos só o que foi de bom, olhando pra frente, com a cabeça erguida. Afinal de contas, a esperança deve ser nossa companheira inseparável, não só no final do ano, mas todos os dias de nossa vida e o otimismo também.

Tem quem gosta de incensar a casa, colocar flores, limpar tudo e deixar o sol entrar. Faça isso. Renove o interior de sua casa e de sua vida. Limpe tudo e deixe só o perfume suave de tudo arrumado e pron-to para visitas, que são as coisas boas que virão em 2010. Coloque embaixo da árvore ou na meia, uma lista de seus de-sejos para o próximo ano (o que quer para você e para os outros). Diga em voz alta quando escrever. Dizem que quando verba-lizamos nossos desejos, colocamos o uni-

verso em movimento e ele irá conspirar a nosso favor trazendo tudo que queremos. Mas pense bem naquilo que você quer. Irá se surpreender quando o receber.

Então, vamos desejar que 2010 nos tra-ga muita Paz, Saúde, Sucesso, Amor, Ami-zade, Compaixão, Paixão, Alegrias e tudo de melhor que possamos desejar nesta vida. Eu, e toda a equipe da Sem Medida, desejamos tudo isso e muito mais pra vo-cês. Que 2010 seja um ano iluminado e nos faça a todos muito felizes.

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Chef Carlos Ribeiro

Rua Haddock Lobo 955 - Jardins - S.Paulo - Tel.: (11) 3063-5374 / 3063-5377 - http://blognacozinha.zip.net

nacozinhacentro de gastronomia

Restaurante de cozinha variada com inspiração brasileira

Salada de folhase flores

Bolinho de arrozcom queijo

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MoquecaParaense

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Lombo de peixe compurê de inhame

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Localizado na

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Faça seuevento conosco.Espaço ideal

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CadernosGastronômicos

Encarte especial da revista Sem Medida

Verão

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Índice6 Salada de gravata ao molho

pesto de atum

Salada nutritiva

Salada oriental

Caixinha de brinquedos aomolho falsê nutritivo

Espaguete ao azeite comsalmão e abobrinha

Furado ao molhode shitake

Espaguete ao molhode camarão

Gravata com mini kibese hortelã

Lasanha com molho dedamasco, presunto e amêndoas

Activita à margherita

Nhoque ao molho de carnecom champignon

Parafuso com flores de brócolise carne seca

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1614

182022

2624

28

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Cadernos Gastronômicos Adria/Sem Medida

Esse encarte faz parte de uma coleção de quatro fascículos criados pela Writer Editora e Comunicação Ltda., por meio de uma parceria com a Adria Alimentos do Brasil, empresa de massas e biscoitos. A intenção desse projeto é oferecer gratuitamente aos leitores da revista Sem Medida um livreto com 12 receitas temáticas para cada estação do ano. A publicação acontece a cada três meses e traz pratos especiais desenvolvidos pela cozinha experimental Adria, usando os produtos da marca e ingredientes saudáveis e de qualidade. A Adria harmonizou pratos exclusivos com as características de cada estação - Inverno, Verão, Outono e Primavera - para você viver momentos inesquecíveis em sua cozinha. Convide a família e os amigos e compartilhe as delícias que preparamos! Programação de publicação Caderno Verão - Edição de Dezembro de 2009Caderno Outono - Edição de Março de 2010Caderno Inverno - Edição de Junho de 2010Caderno Primavera - Edição de Setembro de 2010

© 2009 - Writers Editora e Comunicação Ltda.Todos os direitos reservados.

É permitida a veiculação, impressão e reprodução deste encarte apenas em sua totalidade e desde que sejam mantidas todas as características editoriais e gráficas do projeto, da forma como foi concebido por seus autores, com suas devidas logomarcas.

Projeto editorial e gráficoWriters Editora e Comunicação Ltda.

ReceitasEquipe da cozinha experimental da Adria Alimentos do Brasil

Fotos (incluir crédito do fotógrafo)

Produção gráficaWriters Editora e Comunicação Ltda.

Circulação (encartado)revista Sem Medida

SEMMEDIDARevista

Para quem não tem medo da fita métrica

Writers Editora e Comunicação Ltda.R. Prof. Guilherme B. Sabino, 1347 - Cj. 112Jd. Marajoara - São Paulo - SP - 04678-002Tels.: 55 (11) 2638-4825/[email protected]

Adria Alimentos do Brasilwww.adria.com.br

Sem Medidawww.semmedida.com.br

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CadernosGastronômicosEncarte especial da revista Sem Medida

VerãoCaderno de

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Salada de gravataao molho pesto de atum

Rendimento

6Porções

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Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 7

Salada:1 embalagem de Gravata com Ovos Adria (500g)2 latas de atum, em pedaços3 tomates maduros, em cubos200g de mussarela, em cubos150g de azeitonas pretas sem caroço, picadas150g de castanha do pará, trituradasal

Pesto de Atum:6 colheres (sopa) de azeite (acrescente também o azeite das latas de atum)1 dente de alho pequeno½ maço de salsinha½ xícara (chá) de queijo parmesão50g de castanha do pará sal

Salada de gravataao molho pesto de atum

6

Ingredientes

Modo de preparoComece preparando o pesto de atum. Bata no liquidificador todos os ingredientes,

acerte o sal e reserve. Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe o Gravata com Ovos

Adria. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que água volte a ferver. Deixe cozinhar por 10 a 12 minutos ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida.

Escorra a massa e esfrie em água corrente. Coloque numa travessa grande, acrescente o pesto de atum e envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Junte o atum, o tomate, o queijo mussarela, as azeitonas pretas e misture tudo delicadamente. Polvilhe a castanha do pará e sirva a seguir .

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8 |Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida

Salada Nutritiva

Rendimento

6Porções

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Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 9

Salada:1 embalagem de Pena com Ovos Adria (500g)200g de queijo cottage, em cubos300g de peito de peru, em cubos15 tomates cereja, cortados ao meio100g de nozes, picadas100g de castanha do pará, picadassal e folhinhas de manjericão a gosto

Molho de Pêra:6 colheres (sopa) de azeite extra virgem1 colher de (sopa) de suco de limão2 pêras médias, picadas1 iogurte natural desnatado sal e raspas de limão a gosto

Salada NutritivaIngredientes

Modo de preparoComece preparando o molho de pêra. Bata no liquidificador, o azeite extra virgem, o

suco de limão, as peras e o iogurte natural. Acerte o sal, polvilhe as raspas de limão, mexa delicadamente e reserve.

Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe o Pena Adria. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida.

Escorra a massa e esfrie em água corrente. Coloque num refratário grande, acrescente o molho de pêra e envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Junte o queijo cottage, o peito de peru, os tomates cereja, as nozes, a castanha do para e misture delicadamente. Decore com as folinhas de manjericão e sirva a seguir.

Variação: Querendo substitua a pêra por melão.6

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Salada oriental

Rendimento

6Porções

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Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 11

Salada:1 embalagem de Parafuso Activita Adria Soja + Cálcio (500g) 1 cenoura média, ralada1 peça de queijo tofu, em cubos200g de queijo minas frescal, em cubos5 azeitonas verdes sem caroço, picadas½ maço de rúcula, picado4 ramos de cebolinha, picados2 colheres (sopa) de gergelimsal a gosto

Molho de Soja com Mel:5 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem6 colheres (sopa) de suco de limão6 colheres (sopa) de mostarda3 colheres (sopa) de mel3 colheres (sopa) de molho de soja light sal e raspas de limão a gosto

6

Ingredientes

Modo de preparoComece preparando o molho de soja com mel. Junte todos ingredientes, misture

vigorosamente até que o molho fique homogêneo, acerte o sal, polvilhe as raspas de limão e reserve.

Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe o Parafuso Activita Adria Soja + Cálcio. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar por 7 a 9 minutos ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida.

Escorra a massa e esfrie em água corrente. Coloque numa travessa grande, acrescente o molho de soja com mel e envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Acrescente a cenoura, o queijo tofu, o queijo minas frescal, as azeitonas, a rúcula e a cebolinha, misture delicadamente, polvilhe o gergelim e sirva a seguir.

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Caixinha de brinquedosao molho falsê nutritivo

Rendimento

6Porções

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Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 13

1 pacote de Macarrão Caixinha de Brinquedos com Ovos (500g)1 cebola média picada2 dentes de alho picados½ pimentão vermelho sem sementes picado2 cenouras médias em pedaços grandes (sem casca)1 beterraba média (sem casca)2 colheres (sopa) de azeite de oliva2 colheres (sopa) de vinagre de vinho tinto1 litro de água½ xícara ( chá) de manjericão fresco1 colher ( sopa) de orégano1 colher (sopa) de molho inglêsSal a gosto

Ingredientes

Cozinhe o macarrão conforme indicação na embalagem, até ficar “al dente”.Em uma panela de pressão, frite a cebola no azeite, junte o pimentão, o alho e mexa

bem. Acrescente a cenoura, a beterraba e o manjericão em 1 litro de água e cozinhe sob pressão, por uns 10 minutos. Após o cozimento, deixe em tempo de espera, descansando por alguns minutos. Abra cuidadosamente a panela, retirando a pressão. Bata tudo em um liquidificador, ou usando um mixer, até o molho ficar bem cremoso e homogêneo. Volte para a panela em fogo baixo, acrescente mais água se necessário, o vinagre, o molho inglês e o orégano. Acerte o sal à gosto. Cozinhe até ficar com uma consistência cremosa.

Modo de preparo

6Variações: Este molho fica muito

parecido com o molho de tomate e pode ser usado como base para outros molhos, acrescentando outros ingredientes, como carne moída, lingüiça calabresa, legumes

cozidos, etc.

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14 |Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida

Espaguete ao azeite com salmão e abobrinha

Rendimento

6Porções

Page 121: Ed. 11 - Ano 1 - 12/2009

Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 15

1 embalagem de Espaguete Adria Activita 3 Cereais (500g)5 colheres (sopa) de azeite extra virgem2 cebolas médias, picadas2 abobrinhas médias, em cubinhos5 tomates maduros, sem sementes e sem pele, picados500g de filé de salmão2 dentes de alho, picadossal e alecrim a gosto

Toque do Chef:A combinação de ingredientes desta receita é bastante nutritiva e indicada para idosos.

Ingredientes

Modo de preparoComece preparando o salmão. Numa assadeira média, acomode os filés de salmão

e tempere com alho, sal e alecrim. Cubra com papel-alumínio e leve para assar em forno médio (180º) pré-aquecido por 25 minutos. Retire do forno, corte os filés de salmão em lascas e reserve.

Numa panela média, aqueça o azeite e refogue a cebola. Junte as abobrinhas, os tomates e deixe refogar por mais 10 minutos ou até que a abobrinha fica macia, se necessário acrescente ½ xícara (chá) de água. Acerte o sal e reserve.

Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe a massa. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com o tempo indicado na embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida.

Escorra a massa, acomode num refratário grande, acrescente o refogado de abobrinha com tomate e envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Espalhe por cima as lascas de salmão e sirva a seguir.

Variação: O salmão pode ser substituído por atum ou sardinha,

no caso destes ingredientes, basta acrescentá-los no refogado de

abobrinha com tomate e substituir o alecrim por salsinha.6

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16 |Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida

Furado ao molhode Shitake

Rendimento

6Porções

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Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 17

1 embalagem de Furado com Ovos Adria (500g)8 colheres (sopa) de azeite1 cebola, picada 2 dentes de alho, picados400g de cogumelos shitake, cortados em tiras8 tomates maduros, sem pele, sem sementes, picadossal folinhas de manjericão queijo parmesão, ralado

Ingredientes

Modo de preparoPrepare o molho de shitake. Numa panela média, aqueça o azeite, refogue a cebola

e o alho, acrescente os tomates, o shitake e deixe cozinhar por 5 minutos. Acerte o sal e reserve.

Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe o Furado com Ovos Adria. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que água volte a ferver. Deixe cozinhar por 6 a 8 minutos ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida.

Escorra a massa, acrescente o molho de shitake e envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Acrescente folinhas de manjericão, polvilhe queijo parmesão e sirva a seguir.

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18 |Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida

Espaguete ao molhode camarão Rendimento

6Porções

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Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 19

1 embalagem de Espaguete com Ovos Adria (500g)100g de manteiga ervas de provence a gosto1 kg de camarão 6 dentes de alho, picados4 colheres (sopa) de azeite1 cálice de conhaquesalsa crespa a gostosal, pimenta-do-reino a gosto

Ingredientes

Modo de preparoComece temperando o camarão. Numa tigela média, tempere o camarão com sal,

pimenta-do-reino e reserve.Prepare o molho de camarão. Numa frigideira grande, aqueça a margarina, junte as

ervas de provence e deixe refogar por 2 minutos. Acrescente os camarões temperados, frite rapidamente até que fiquem dourados dos dois lados. Junte o alho, o azeite, a salsinha e deixe cozinhar por 5 minutos. Acerte o sal, adicione o conhaque, flambe, retire os camarões e reserve.

Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe o Espaguete com Ovos Adria. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que água volte a ferver. Deixe cozinhar por 6 a 8 minutos ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida.

Escorra a massa, acrescente o molho que ficou na frigideira, envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Acomode os camarões e sirva a seguir.

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20 |Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida

Gravata commini kibes e hortelã Rendimento

6Porções

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Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 21

1 embalagem de Gravata com Ovos Adria (500g)queijo parmesão a gostosal

Molho de Tomate4 colheres (sopa) de azeite1 cebola, picada2 dentes de alho, picados10 tomates maduros, sem pele, sem sementes, picados1 xícara (chá) de polpa de tomatesal, pimenta-do-reino e orégano a gosto

Mini Kibes com Hortelã200g de trigo para kibe1 cebola média, picada400g de carne moída (de preferência patinho)sal, pimenta síria e folhinhas de hortelã a gosto

Toque do Chef: Os mini kibes também podem ser fritos.

Ingredientes

Modo de preparoComece colocando o trigo para kibe em uma tigela, cubra com água e deixe hidratar

por 1 hora.Prepare o molho de tomate. Numa panela média, aqueça o azeite, refogue a cebola

e o alho, acrescente os tomates, a polpa de tomate, 1 xícara (chá) de água e deixe cozinhar até desmanchar o tomate. Acerte o sal, tempere com o orégano, a pimenta-do-reino e reserve. Prepare os mini kibes. Escorra bem o trigo para kibe já hidratado, acrescente a cebola e a carne moída. Acerte o sal, tempere com a pimenta síria, a hortelã e misture bem até formar uma massa homogênea. Modele os mini kibes, unte uma assadeira com bastante margarina, acomode-os e leve ao forno médio (180ºC) para assar e reserve.

Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe o Gravata com Ovos Adria. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que água volte a ferver. Deixe cozinhar por 10 a 12 minutos ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida. Escorra a massa, acrescente o molho de tomate e envolva bem com a ajuda de dois garfos grandes. Acrescente folinhas de hortelã, queijo parmesão, espalhe por cima os mini kibes e sirva a seguir.

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22 |Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida

Lasanha com molhode damasco, presuntoe amêndoas

Rendimento

15Porções

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Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 23

Molho Branco5 colheres (sopa) de manteiga ou margarina5 colheres (sopa) de farinha de trigo2 litros de leitesal, pimenta-do-reino e noz moscada a gosto

Purê de Damasco200g de damasco, picados1 colher (sopa) de manteiga ou margarina

Molho de Tomate5 colheres (sopa) de azeite1 cebola, picada3 dentes de alho, picados12 tomates maduros, sem pele, sem sementes, picados750ml de polpa de tomatesal e orégano a gosto

Para a Montagem1 embalagem de Lasanha Adria Direto ao Forno (500g)200g de presunto defumado, em fatias200g de mussarela, em fatias150g de amêndoas torradas, em lascas]queijo parmesão, ralado

Comece preparando o molho branco. Numa panela média, aqueça a manteiga ou margarina e doure a farinha de trigo. Junte o leite aos poucos, mexendo sempre para não empelotar. Acerte o sal, tempere com a pimenta-do-reino e a noz moscada, retire do fogo e reserve.

Prepare o purê de damasco. Numa panela pequena, aqueça a margarina, acrescente o damasco, 1 xícara (chá) de água e deixe cozinhar por 10 minutos ou até ficar em ponto de purê. Junte o purê de damasco com o molho branco, mexa até envolver bem e reserve.

Prepare o molho de tomate. Numa panela média, aqueça o azeite, refogue a cebola e o alho, acrescente os tomates, a polpa de tomate, 1 xícara (chá) de água e deixe cozinhar até desmanchar o tomate. Acerte o sal, tempere com o orégano e reserve.

Monte a Lasanha Adria Direto ao Forno num refratário grande e fundo. Divida o molho de damasco e o molho de tomate em 3 partes, as tiras de lasanha em 4, as fatias de presunto e mussarela em 2. Alterne as camadas de molho e massa da seguinte forma: molho de damasco, fatias de mussarela, tiras de lasanha, molho de tomate, fatias de presunto, tiras de lasanha, molho de damasco, fatias de mussarela, tiras de lasanha, molho de tomate, fatias de presunto, tiras de lasanha, molho de damasco, molho de tomate e finalmente queijo parmesão. Cubra com papel-alumínio e leve ao forno médio (200ºC) por 50 minutos. Para dourar a superfície, retire o papel-alumínio 10 minutos antes de finalizar o tempo. Retire do forno, salpique as amêndoas e sirva a seguir.

Ingredientes

Modo de preparo

Toque do Chef:Para diminuir o

tempo de preparo do seu purê, triture

bem o damasco para facilitar o

cozimento.

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24 |Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida

Activita à margherita

Rendimento

8Porções

Page 131: Ed. 11 - Ano 1 - 12/2009

Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 25

1 embalagem de Pena Activita Soja + Cálcio (500g)3 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem 20 tomates cereja1 xícara (chá) manjericão fresco picado300g de mussarela de búfala1 colher (sopa) de manteiga ou margarina sem sal100g queijo parmesão ralado grossoSal a gosto

Ingredientes

Modo de preparoCozinhe o macarrão conforme as instruções da embalagem. Corte os tomatinhos ao meio e leve para fritar no azeite, vire-os delicadamente para

não desmanchar. Tempere com um pouco de sal. Acrescente a mussarela (cortada em pedaços), a manteiga e o manjericão, cozinhe rapidamente até a mussarela começar a derreter. Reserve. Coloque o macarrão escorrido e ainda quente em uma travessa, derrame o molho Marguerita quente por cima e misture tudo delicadamente.

Polvilhe com bastante queijo ralado e sirva.

Variações: Se preferir, substitua os tomates cereja por 4 tomates grandes em pedaços. Utilize mussarela normal no lugar da mussarela de búfala.8

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26 |Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida

Nhoque ao molho decarne com champignon Rendimento

6Porções

Page 133: Ed. 11 - Ano 1 - 12/2009

Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 27

1 embalagem de Nhoque com Ovos Adria (500g)1 colher (sopa) de manteiga ou margarina2 colheres (sopa) de óleo1 cebola pequena, picada300g de carne, em tiras (contra-filet, alcatra ou filé mignon)200g de champignons, inteiros ou cortados ao meio2 folhas de louro1 colher (sopa) de farinha de trigosal e pimenta-do-reino a gostoqueijo parmesão, raladoramos de tomilho fresco

Nhoque ao molho decarne com champignon

Ingredientes

Modo de preparoComece preparando o molho de carne. Numa frigideira média, derreta a manteiga

ou margarina, acrescente o óleo, a cebola e as tiras de carne e deixe fritar. Junte os champignons, as folhas de louro e deixe refogar. Retire 100ml do caldo que se formou na frigideira e dissolva a farinha de trigo, mexendo sempre para não empelotar. Retorne o caldo para frigideira, acerte o sal, tempere com a pimenta-do-reino e reserve.

Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe o Nhoque com Ovos Adria. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que a água volte a ferver. Deixe cozinhar de acordo com as orientações da embalagem ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida.

Escorra a massa, acrescente o molho de carne e envolva tudo com a ajuda de dois garfos grandes. Polvilhe o queijo parmesão, decore com as folhas de tomilho e sirva a seguir.

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28 |Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida

Parafuso com flores debrócolis e carne seca

Rendimento

6Porções

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Cadernos Gastronômicos - Verão - Adria/Sem Medida| 29

1 embalagem de Parafuso com Ovos Adria (500g)sal

Molho com Flores de Brócolis e Carne Seca500g de carne seca2 colheres de (sopa) de manteiga ou margarina1 cebola média, picada4 colheres (sopa) de azeite4 dentes de alho, picados1 maço grande de brócolis, limpo e sem os talos200g de champignons, em fatias500ml de creme de leite frescosal, salsinha e pimenta dedo de moça a gostoqueijo parmesão, ralado

Ingredientes

Modo de preparoComece colocando a carne seca de molho por 1 noite para tirar o sal, troque a água

de vez em quando. Cozinhe em panela de pressão com água suficiente para cobri-la por 1 hora. Retire a carne seca da panela e desfie. Numa frigideira média, aqueça a manteiga ou margarina e refogue a cebola. Junte a carne seca desfiada, a pimenta dedo de moça e deixe refogar por mais 3 minutos, reserve.

Cozinhe o brócolis, escorra e reserve. Numa frigideira média, aqueça o azeite, refogue o alho, junte o brócolis e o champignon, acerte o sal e deixe refogar por mais 2 minutos. Retire do fogo, salpique a salsinha e reserve.

Numa panela pequena, coloque o creme de leite e deixe ferver em fogo baixo, retire do fogo e reserve.

Numa panela grande ferva 5 litros de água com sal e cozinhe o Parafuso com Ovos Adria. Para isso, coloque a massa e mexa de vez em quando, até que água volte a ferver. Deixe cozinhar por 7 a 9 minutos ou até que fique “al dente”, ou seja, macia, porém resistente à mordida.

Escorra a massa, acrescente o creme de leite, o refogado de brócolis com champignon, a carne seca desfiada e envolva tudo delicadamente com a ajuda de dois garfos grandes. Polvilhe queijo parmesão e sirva a seguir

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