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ISLA CAMPUS LISBOA Economia 1º Semestre Prof. Luís Vaz Silva Mariana Quinas

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apontamentos de economia

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Economia

ISLA CAMPUS LISBOAISLA campus lisboa

Economia1 Semestre

Prof. Lus Vaz Silva

Mariana Quinas

O que a Economia?

uma cincia social que estuda e explica o comportamento humano; o estudo de como uma sociedade decide: O que produzir; Para quem produzir; Como produzir.A resposta a estas 3 grandes questes da Economia na maioria dos pases dada por Mercado + EstadoEstes problemas precisam ser reconciliados Economia sobretudo escolhas.

Problema central da Economia: Recursos escassos/ Usos alternativos

Como empregar recursos escassos?Recursos / Inputs / Fatores de Produo: Terra e Recursos Naturais; Trabalho (L); Capital (K);Estes recursos (inputs) so utilizados para produzir bens e servios (output). Bens econmicos envolvem a utilizao de recursos escassos na sua produo.Tambm h bens livres.

Recursos

S o Capital produzido pelo prprio sistema econmico (diz-se endgeno).Os recursos naturais e o trabalho so exgenos.Designamos por capital todos os bens durveis de uma economia que so utilizados para a produo de outros bens. Por exemplo: Fbricas; Estradas; Mquinas; Equipamentos; Edifcios; Meios de transporte;K/L indicador de prosperidade de um pas

Instrumentos

A escassez de recursos: Impe restries; Limita as possibilidades.

Os incentivos so fundamentais para compreender e intervir na economia.As pessoas reagem a estmulos e por isso necessrio alinhar os incentivos com os objetivos. Exemplos: Os contratos por objetivos no futebol profissional; Esquemas de remunerao dos gestores.

Economia positiva e Economia normativa

Economia positiva

Usa explicaes objetivas a evidncia emprica.Exemplo: a aplicao de um imposto sobre um bem tende a aumentar o preo de venda ao pblico do bem.

Economia normativa

Oferece prescries baseadas em juzos de valor.Exemplo: um imposto devia ser cobrado sobre o tabaco para desencorajar o fumo de cigarros.

Um acrscimo no preo do petrleo afeta O que produzir?Movimento para produtos menos intensivos em petrleo.

Como produzir?Usando tcnicas menos intensivas em petrleo.

Para quem produzir?Produtores de petrleo tm comparativamente mais poder de compra, consumidores de petrleo comparativamente menos.

Micro e Macro

A MicroeconomiaLida detalhadamente com decises econmicas individuais referentes a bens e servios particulares.O preo do petrleo ou os ordenados de jogadores de futebol so tpicos microeconmicos.

A MacroeconomiaEstuda o desempenho de uma economia como um todo.Desta forma debrua-se sobre o comportamento dos grandes agregados como o PIB, a taxa de desemprego, ou o nvel de preos.

Os dois ramos micro e macro convergem para formar a cincia econmica moderna.

Microeconomia: o estudo do comportamento dos agentes econmicos individuais (consumidores, empresas, trabalhadores, investidores, etc.) Todos os dias somos confrontados com situaes que esto ligadas a aspetos microeconmicos: Preos da Gasolina Pressing das companhias areas Autoridade da Concorrncia vs PT

Adam Smith considerado o pai da economia moderna e fundador da rea da microeconomia. Descreve o comportamento dos agentes econmicos individuais tal como observvel no mercado.

Mercados

O mercado um processo que permite reconciliar: As decises das famlias sobre o consumo de bens e servios alternativos; As decises das empresas sobre o qu e em que quantidades produzir; As decises dos trabalhadores sobre quanto e para quem trabalhar;

Atravs do ajustamento dos preos.

O mercado de um bem (ou servio) constitudo por todos aqueles que o desejam comprar (consumidores) e todos os que o desejam vender (produtores). Estes dois subconjuntos de agentes econmicos tm interesses divergentes, pois aos consumidores interessa comprar o bem pelo preo mais baixo e os produtores querem vender pelo preo mais alto. Da sua interao no mercado acaba por resultar uma reconciliao.Exemplos de mercados: Automveis novos, automveis usados, habitao (ex. Arrendamento Urbano), laboral.

Sistemas econmicos

Economias de Mercado; Economias Dirigidas; Economias Mistas.

Hoje em dia, quase todas as sociedades humanas tm economias mistas (Portugal includo)A maior parte das decises so tomadas no mercado, mas o Governo desempenha um papel fundamental na superviso do funcionamento do mercado atravs de: Legislao e regulamentao da actividade econmica; Provisionamento de bens pblicos (algo til para o pas).

Modelos

Os economistas desenvolvem modelos de fenmenos sociais. Estes modelos so representaes simplificadas da realidade.A vantagem dos modelos advm da eliminao de todos os detalhes irrelevantes e da ateno focada nos fatores fundamentais para a realidade econmica que tentamos perceber.Esses fatores so chamados variveis. H variveis endgenas e variveis exgenas.Exemplo: Variveis explicativas para o valor de uma casa.

Custo de Oportunidade

A Joana ganha 100000 contos a jogar no Euro milhes O que fazer? Onde investir?Um amigo prope-lhe entrar no capital da sua empresa (com 50%) como sciaAo fim do exerccio apuram um lucro de 10000 contos, sendo 5000 contos a parte da JoanaBom ou mau negcio?Depende!

Se a taxa de juro para depsitos a prazo 6%, a Joana ganhava mais se colocasse o dinheiro no banco a render! um conceito crucial na anlise econmica.

Definio

O custo de oportunidade de algo consiste no valor de tudo o que se prescindiu (sacrificou ou abdicou) para se obter esse algo.Ou a quantidade de outro bem ou servio do qual temos que abdicar para obter mais uma unidade de um bem ou servio.A importncia do custo de oportunidade advm de os recursos serem finitos.

Custo de oportunidade = sacrifcio feito para obter um bem em vez de outro

Fronteiras de Possibilidades de Produo I

Considere uma economia com cinco trabalhadoresCada trabalhador pode produzir 4 computadores ou 3 carros Desenhe a Fronteira de Possibilidades de Produo

ComputadoresCarros5 200 - 04 - 161 - 33 - 122 - 62 - 83 91 - 44 120 - 05 15

A e B sobre a FPP C ponto exterior D ponto interior

As possibilidades de produo mostram as diversas combinaes das quantidades mximas dos dois bens que possvel produzir nessa Economia com os recursos disponveis e com a tecnologia existente.Qualquer um dos pontos sobre a FPP (A e B) possvel. Significa que se est a produzir o mximo face aos recursos e tecnologia existentes. Temos pleno emprego dos recursos e eficincia na utilizao dos recursos.Qualquer ponto exterior FPP (c) impossvel com os recursos e a tecnologia que possumos Um ponto interior (d) possvel. Significa que a Economia se encontra a produzir aqum do mximo devido a desemprego de recursos ou ineficincia produtiva.

O declive de uma FPP sempre negativo: s possvel aumentar a produo de X, reduzindo a de Y, e vice-versa.

Geralmente as FPPs so cncavas em relao origem porque os custos de oportunidade so crescentesO pas associado FPP2 mais desenvolvido (tem maior rendimento disponvel) do que o pas associado FPP1Aumento de recursos e/ ou progresso tcnico leva a FPP a afastar-se da origem, pois aumentam as possibilidades de produo dessa economia.

Exerccio FPP

1. O pas Isla Bonita quando usa todos os recursos disponveis na melhor afetao possvel atinge a seguinte produo de Caf (ton) e de Cacau (ton):

Caf 0 1 2 3 4Cacau 10 9 8 6 0

a) Desenhe, apoiando-se nos dados, a Fronteira de Possibilidades de Produo do pas Isla Bonita.

b) A que se deve o formato encontrado da Fronteira de Possibilidades de Produo?Justifique, com os valores apresentados.

O papel do Estado na Economia

O estado regula e intervm nos mercados, quer a pedido, quer por sua prpria iniciativaExemplos: Pedidos de apoios e auxlios (subsdios) Entidades reguladoras dos mercados

Quando razovel a interveno do estado?A interveno pblica nos mercados varia ao longo do tempo e tambm depende da orientao ideolgica dos governos.Tendncia para reduo da despesa pblica em conjunto com menor interveno no livre funcionamento dos mercados.

O estado tem trs funes econmicas fundamentais:

Eficincia; Equidade; Estabilidade.

EficinciaExistem falhas de mercado que impedem uma eficiente afetao dos recursos disponveis. Um mercado livre e no regulado s por si no consegue atingir o timo social. Isto pode ser devido a: Concorrncia imperfeita. Os mercados de concorrncia perfeita so mais eficientes, mas a maioria dos mercados de concorrncia imperfeita. O estado deve intervir para minimizar os efeitos negativos dessa imperfeio. Ex: aeroportos, distribuio de energia.

Externalidades. Uma externalidade uma atividade de produo ou consumo que impe custos (externalidade negativa) ou benefcios (externalidade positiva) a terceiros que esto fora do mercado.Exemplos clssicos: educao, vacinas, natalidade e poluio.O estado deve intervir porque os agentes econmicos que sofrem a externalidade negativa no so indemnizados por quem a causou e porque a externalidade positiva pode no estar suficientemente incentivada.Exemplo de interveno estatal em casos de externalidades negativas (poluio): o estado regulamenta, fixa limites mximos para a carga poluente, aplica multas ou impostos, incentiva a utilizao de medidas de proteo ambiental, etc.

Bens pblicos. So bens que no so produzidos por agentes econmicos privados ou, no caso de serem, em quantidade insuficiente

Bens privados: Sendo consumidos por uma pessoa no podem ser consumidos por outra.ex. ida ao dentista ou um gelado.

Bens pblicos: Mesmo que consumidos por uma pessoa, podem ser consumidos por outras.ex. iluminao pblica. impossvel o consumo de um sujeito reduzir a quantidade disponvel para outros. impossvel excluir qualquer indivduo do seu consumo.Ora, isto implica que os bens pblicos so no rentveis.

EquidadeReduo de desigualdades sociais devido a opes expressas pelos eleitores que consideram essas desigualdades inaceitveis. No h razes de eficincia (econmicas).Maior equidade conseguida com sistemas de impostos e transferncias progressivos e/ou fixao de salrio mnimo.Equidade Horizontal o tratamento idntico de pessoas idnticas.Equidade Vertical o tratamento diferente de pessoas diferentes de forma a reduzir as consequncias das suas diferenas inatas (por ex. defeito fsico).

EstabilidadeReduzir a volatilidade nos grandes agregados (PIB, Taxas de desemprego, inflao, etc.)

Interveno estatalMercados so perfeitos se e s se existir:

Informao Perfeita Competio Perfeita

O estado pode intervir quando estas condies no se verificam.

Formas de interveno Regulao Financiamento Produo Pblica Transferncia de rendimentos

Justificao do consumo pblico em economias de mercado

A existncia de direitos de propriedade pode afetar quem compensa quem por externalidades.Porque no estabelecem privados mercados para lidar com problemas de externalidades?

Custo de estabelecimento No-excluso (Free-Rider problem)

Um free-rider no pode ser excludo do consumo de um bem e como tal no tem incentivo a adquiri-lo (ex: caa ou pesca)Exemplos de bens pblicos: defesa nacional, iluminao pblica, faris. Sem o estado no existiriam.

A actividade do Estado

O estado precisa de receitas para financiar as suas atividades. Nas economias ocidentais a principal fonte de receitas so os impostos.

Tipos de impostos

Financiamento Pblico

Os subsdios so uma forma de financiamento pblico, subsdios educao e ao arrendamento (jovem) so exemplos de financiamento pblico.As transferncias em espcie so uma forma politicamente mais aceitvel de conceder um subsdio.Podem ajudar a resolver falhas de mercado no entanto, a teoria econmica no oferece argumentos fortes a favor de habitao social (transferncia em espcie) e tem mesmo argumentos poderosos contra subsdios gerais habitao.

Dfices Oramentais e Dvida Pblica

A diferena entre receita pblica (impostos) e despesa pblica o dfice oramental. Se a receita for superior despesa existe um excedente oramental. uma varivel fluxo (de nova dvida criada).Quando existe um dfice oramental, o estado tem de recorrer ao mercado para se financiar atravs de emprstimos. Emite obrigaes do tesouro que so ttulos de dvida.A dvida pblica a dvida acumulada pelo estado ao longo dos anos, o valor total das obrigaes na posse de famlias, bancos, empresas, estrangeiros, etc.)No confundir dfice com dvida pblica!

Emisso de Moeda

uma funo de soberania de um estado. Pode ser delegada numa instituio estrangeira ou supranacional (no caso portugus).Os estados controlam a oferta de moeda atravs dos seus bancos centrais, h um consenso emergente que aponta no sentido de o poder poltico conceder maior independncia aos bancos centrais.A gesto da moeda uma das mais importantes tarefas da poltica macroeconmica.

Sistemas econmicos

Economia primitivaOs homens no produziam o seu prprio alimento. A subsistncia era feita atravs da caa, pesca e colheita de alimentos.Com o aparecimento da agricultura, os homens tornaram-se sedentrios. Surgiu a diviso do trabalho, a especializao e as trocas.Os homens agregam-se em unidades polticas com rgulos no topo da pirmide social.A importncia do trabalho escravo.

FeudalismoCoincide com a idade mdia na Europa. Surge gradualmente com o fim do imprio romano e permanece at ao renascimento.A insegurana provoca elevada mortalidade causada por guerras e doenas, a baixa densidade populacional resulta em menos escravos e mais relaes servo-contratuais.Existem trs grupos sociais: clero, nobres e camponeses (servos da gleba).Menos cidades e de menor dimenso. Consequentemente, tambm menos comrcio de longa distncia.A economia era agrria, autossuficiente e tinha escassa circulao monetria.O senhor feudal apropriava-se de todo o excedente. No havia incentivo para aumentar a produtividade, o rendimento per capita extremamente baixo, prximo do nvel de subsistncia.

Transio para o capitalismo

Mercantilismo Crena que a riqueza de uma nao consistia na acumulao de metais preciosos atravs da promoo de exportaes e da restrio de importaes.Fisiocracia Toda a riqueza advm da terra. S a actividade agrcola permite excedentes. A indstria apenas diversifica o produto e o comrcio distribui

CapitalismoCaracteriza-se pela liberdade contratual e propriedade privada dos meios de produo e propriedade intelectual.Acumulao de capital com o fim de financiar a aquisio de bens e servios.A crescente implantao do capitalismo resulta na revoluo industrial.

Economias dirigidas

Distinguem-se do capitalismo pela ausncia de propriedade privada e liberdade contratual, em consequncia tambm no existe mercado nem livre concorrncia.Nas economias dirigidas um poder central decide a distribuio de recursos para a produo e o consumo. As empresas tm que cumprir metas e j no se preocupam com lucros ou falncias.Este mtodo cada vez menos popular devido a: Ausncia de incentivos a ganhos de produtividade e inovaes; Ineficincia; Ausncia de concorrncia limita qualidade; Autoridades tm dificuldade em adivinhar e satisfazer preferncias dos consumidores;

Economias mistas

Combinam elementos do capitalismo e do socialismo e misturam liberdade econmica (incluindo propriedade privada) com planeamento econmico centralizado (e por vezes produo estatal)Nas economias mistas h liberdade para comprar, vender e ter lucros sendo essa liberdade limitada por regulamentos, impostos e taxas.Muitos tipos de economias mistas (Estado-providncia, social democracia, neoliberalismo, etc.)Quase todos os pases do mundo tm economias mistas.O nvel das despesas (e receitas) pblicas um bom indicador do peso do estado na economia.

A Procura

a quantidade de um bem ou servio que um consumidor deseja adquirir para determinado preo.

Determinantes da Procura

Preo do bem ou servio

A procura tem uma relao negativa com o preo do bem ou servio em questo.

Outros preosA procura tem uma relao positiva com o preo de bens substitutos (ex: automveis/ transportes pblicos) e tem uma relao negativa com o preo de bens complementares (ex: automveis / combustveis ou impressoras / tinteiros).

RendimentoO rendimento afeta a capacidade de as pessoas adquirirem bens de forma diferenciada. A procura da maioria dos bens aumenta quando aumenta o rendimento (bens normais e superiores). A procura de outros bens diminui com o aumento do rendimento (bens inferiores).

Preferncias dos consumidores (gostos)Os gostos alteram-se ao longo da vida: comida, vesturio, msica. Tambm h alteraes de gostos coletivos: moda, piercings. A publicidade pode afetar os gostos.

InformaoA informao que o consumidor tem dos produtos afeta a quantidade procurada. frequente no existir informao perfeita (ex: sacos de plstico).

A racionalidade dos agentes econmicos

Quantidade de filmes Consideremos que o consumidor prefere mais a menos.Comparado com o ponto a:O consumidor prefere estar a nordeste, por ex. em cmas prefere a a pontos a sudoeste, tal como b.Alguns bens tm pontos de saciedade.

Quantidade de refeies

Quantidade de filmesa preferido a todos os pontos da regio cinzenta (incluindo b)Mas o consumidor prefere qualquer ponto da regio vermelha a a. Pontos como d e e envolvem mais de um bem e menos de outro em comparao com a.

Quantidade de refeies

A oferta

a quantidade de um bem ou servio que uma empresa est disposta a vender para um determinado preo.

Determinantes da oferta

Tecnologia

A tecnologia sintetiza todo o processo produtivo. Importncia da I&D. Exemplos: Nanotecnologia e Microchips

Custos dos fatores de produoPreos das matrias-primas, variaes salariais e das taxas de juros afetam como e o qu produzir. Exemplos: produzir eletricidade a partir de petrleo ou nuclear.

Regulamentao das atividades econmicas

Interveno estatal tende a baixar a oferta. Impostos reduzem o preo e a quantidade de equilbrio. Outras regulamentaes (ambientais, segurana, etc.) aumentam os custos de produo e deslocam a curva da oferta.

Expectativas

Expectativas sobre a procura, alteraes tecnolgicas, variaes de preos de bens ou de fatores de produo tendem a alterar a oferta.Exemplo: a expectativa de lanamento de um novo modelo obriga a ajustamentos do lado da oferta para conseguir escoar o modelo velho.

A curva de procura individual

PreoA curva da procura mostra a relao entre preos e quantidades procuradas, ceteris paribus A curva da procura pode ser afetada por: Preos de bens relacionados; DRendimento do consumidor; Preferncias do consumidor.

Quantidade

Um movimento ao longo da curva de procura de A para B representa a reao dos consumidores a uma variao no preo, podem seguir-se alteraes na oferta.

Um movimento ao longo da curva de procura de A para B representa a reao dos consumidores a uma variao no preo.Pode-se seguir a alteraes na oferta.

A

PreoP0P1

Quantidade Preo

Quantidade DBQ0 Q1

Um movimento da curva da procura de D0 para D1 leva a um acrscimo na quantidade procurada para cada preo.Por exemplo para P0 a quantidade procurada sobe de Q0 para Q2 para P1 a quantidade procurada sobe de Q1 para Q3.

A curva da oferta

SQuantidade PreoA curva da oferta mostra a relao entre preos e quantidades oferecidas, ceteris paribus A posio da curva da oferta afetada por: Tecnologia; Regulamentao do estado; Custos dos fatores de produo.

Equilbrio de mercado

O mercado est equilibrado no ponto E0.

PreoO preo de equilbrio P0 e a quantidade de equilbrio Q0.O mercado est equilibrado quando a quantidade procurada igual quantidade oferecida.

Quantidade

Efeito da variao na procura

Preo

Se o preo de um bem substituto baixar, haver menos procura para cada nvel de preos A curva da procura desloca-se de D0 para D1.Com o preo antigo haveria excesso de oferta

Quantidade O mercado desloca-se para novo equilbrio em E1.

Como obter a curva da procura global

A curva da procura global a soma horizontal das curvas da procura individuais.

Quantidade Se a um preo de mercado de 5 o consumidor 1 quiser adquirir 11 unidades e o consumidor 2 quiser adquirir 13 unidades, ento a procura de mercado para este preo so 24 unidades.

Alterao na oferta

Suponhamos que so introduzidas novas regulamentaes que aumentam os custos de produo.A curva da ofertaPreo desloca-se para S1.Com os preos em P0 haveria excesso de procura, por isso, o mercado move-se para novo equilbrio em E2.

Quantidade

Mercados em desequilbrio

Preo

Com um preo abaixo de P0 h excesso de procura: os consumidores desejam comprar mais do que os produtores querem produzir. Com um preo acima de P0 h excesso de oferta: os produtores oferecem mais do que os consumidores querem comprar.

Quantidade

Ajustamentos automticos em mercados em desequilbrio

Excesso de ofertaP > PE => Quantidade Procurada < Quantidade Oferecida => P at P=PE

Excesso de procuraP < PE => Quantidade Procurada > Quantidade Oferecida => P at P=PE

Um mercado em desequilbrio

Suponhamos que uma colheita desastrosa desloca a curva de oferta para S.

PreoO governo pode tentar proteger os pobres impondo um preo mximo P1.P1 inferior a P0, o preo de equilbrio.O resultado excesso de procura.

Quantidade Racionamento pode ser necessrio para lidar com o excesso de procura.

Excedente do consumidor

Preo

o valor que os consumidores retiram de um bem mas que no tm que pagar.

Quantidade

Excedente do produtor

Preo o valor que os produtores recebem em excesso do montante necessrio para os induzir a produzir o bem.

Quantidade

A Teoria do consumidor

importante compreender o comportamento das pessoas.Como que as pessoas procedem s escolhas?Existem quatro elementos chave para as decises dos consumidores: Rendimento do consumidor; Preos dos bens; Preferncias do consumidor; Princpio que os consumidores querem maximizar a utilidade.

O conceito de utilidade

Objetivo: satisfao pessoalRestries: limitaes nos meios que permitem atingir a satisfao pessoal.

Teoria da utilidadeTodos consumimos bens porque eles nos proporcionam um determinado bem-estar, do-nos uma determinada satisfao, tm uma determinada utilidade para ns. A partir do rendimento limitado de que dispomos escolhemos adquirir os bens que tm uma maior utilidade. O objetivo de qualquer consumidor maximizar a utilidade total.A restrio oramental

Consideremos um estudante com um oramento de 50 por semana.Sabendo que uma ida ao cinema custa 5 e uma jantarada com os amigos custa 10, estime as quantidades obtidas nos pontos B e E. A reta de rendimento separa o que podemos adquirir do que no podemos.

A restrio oramental: Px X + Py Y MPx: preo do bem X Py: preo do bem Y M: rendimentoNo ponto B: MPy No ponto E: MPx Na reta oramental:Px X + Py Y = M

A variao do rendimento provoca um deslocamento paralelo da restrio oramental.Consideremos um aumento de rendimento para M1 Com M1>MNo ponto A: M1PyNo ponto D: M1PxNo ponto B: M/Py No ponto E: M/Px

Variao do preo de X (Px)Consideremos um aumento de preo do bem X.O ponto inicial de consumo era o ponto E. O aumento desloca o extremo da reta oramental para D.As variaes de preo provocam uma rotao da restrio oramental em torno da abcissa na origem.

ExerccioEstime a restrio oramental quando Px = 2, Py = 5 e M = 30Obtenha a nova restrio oramental quando M sobe para 40O que acontece se o preo de X duplicar aps o ltimo aumento?

A teoria da utilidade

Os consumidores consomem bens e servios porque do uma determinada satisfao, tm uma certa utilidade.Os consumidores escolhem os bens e servios que tm mais utilidade atendendo restrio oramental que tm que observar.O objetivo de qualquer consumidor maximizar a utilidade (sujeito restrio oramental) importante saber distinguir utilidade total de utilidade marginal (utilidade total utilidade marginal).Utilidade total e utilidade marginal

Consideremos o consumo de copos de gua no deserto. A utilidade total a satisfao que a quantidade total de gua consumida proporciona ao consumidor. Pelo contrrio, a utilidade marginal de um copo de gua o acrscimo de utilidade total que cada copo adicional proporciona ao consumidor.

QuantidadeUtilidade TotalUtilidade Marginal

00----

11818

23012

34010

4455

A utilidade marginal dos bens tende a ser decrescente: medida que aumenta a quantidade consumida, o acrscimo de satisfao por cada unidade adicional do bem vai sendo cada vez menor. a Lei da Utilidade Marginal Decrescente As primeiras unidades consumidas tendem a proporcionar uma maior satisfao aos consumidores. Se isto acontece, o preo que os consumidores esto dispostos a pagar pelo bem vai diminuindo medida que o consumo aumenta, o que se traduz numa curva da procura decrescente.

A maximizao da utilidade total

medida que vai aumentando a quantidade consumida do bem 1, a sua utilidade marginal vai diminuindo, pois verifica-se a Lei da Utilidade Marginal Decrescente. Com o bem 2 observa-se exatamente o contrrio: medida que diminui a quantidade consumida do bem 2, a sua utilidade marginal vai aumentando.Concluso: o consumidor tem tendncia para ajustar o seu consumo at que se verifique uma igualdade.

UMg1 = UMg2P1 P2

Esta a condio para que ele maximize a sua utilidade total, isto , a satisfao que esse consumo lhe proporciona.

Exerccio Sabendo que um caf custa 0.5, e que a utilidade marginal est representada em , indique a quantidade de cafs que este consumidor vai quererQual o excedente deste consumidor?

QuantidadeUtilidade MarginalUtilidade total

00---

133

214

30.54.5

40.34.8

Curvas de indiferena

Conjunto de cabazes que proporcionam um dado nvel de satisfao ao consumidor.

Curvas de indiferena tm declive negativo.Aproximam-se dos eixos nos extremos.

U2 tem mais utilidade do que U1, e U1 tem mais utilidade do que U0Curvas de indiferena nunca se cruzam.

Taxa Marginal de Substituio (TMS)

Quantidade a aumentar de um bem quando diminui em uma unidade a quantidade do outro bem, de modo a manter o mesmo nvel de satisfao.

Exerccio Imaginemos uma ilha isolada com dois agricultores. Um deles produz queijos e outro vinho. Eles trocam razo de dois queijos para um garrafo de vinho. Diz-se que a TMS igual a 2. Os agricultores mantm o mesmo nvel de satisfao trocando 2 queijos por um garrafoO que aconteceria TMS se na colheita seguinte houvesse menos vinho?Mostre graficamente com recurso a curvas de indiferena.

Resoluo

medida que o consumidor obtm mais unidades do bem X, a taxa qual est disposto a trocar o bem X pelo bem Y diminui.A TMS decrescente.

A TMS e as curvas de indiferena

A TMS determina a inclinao das curvas de indiferena.As curvas de indiferena so convexas. Convexidade:Quanto maior a quantidade de X detida pelo consumidor, menor a TMS de substituio de X por Y.A TMS ento decrescente ao longo da curva de indiferena.A TMS uma medida do valor de uma unidade de um bem para o agente. Quanto mais se tem do bem, menos se valorizam unidades adicionaisComo interpretaria uma TMS constante? Como representaria graficamente uma TMS constante?A deciso tima do consumidor

O ponto que maximiza a utilidade do consumidor resulta do encontro entre a reta de restrio oramental e a melhor curva de indiferena ao nosso alcance.O ponto C o nvel mais elevado de satisfao que este consumidor pode atingir.No ponto C a TMS iguala o preo relativo dos dois bens (ou servios). O ponto C onde a restrio oramental tangente a uma curva de indiferena. Os pontos B e E tambm so possveis mas oferecem menos utilidade porque se situam sobre uma curva de indiferena inferior.

Ajustamento a uma variao do rendimento

Uma variao do rendimento desloca a reta de restrio oramental sem alterar a inclinao da reta. A nova restrio ser paralela anterior.Em geral, quando o rendimento varia alteram-se os consumos de ambos os bensEventuais alteraes no padro de consumo vo depender da natureza (classificao) dos bens.

Bens normais

Quando ambos os bens so normais, um acrscimo no rendimento induz um novo ponto timo C.A quantidade procurada de ambos os bens aumentou.

Um bem inferior e um bem normal

Imaginemos que jantares um bem inferior (por ex. Cantina Universitria). Ento um acrscimo no rendimento leva o consumidor para C.Houve um aumento de procura por filmes e menos procura por jantares na cantina.

Ajustamento a uma variao do preo

O que acontece quando um dos bens aumenta de preo?O aumento no preo das refeies deslocou a restrio oramental de RO0 para RO1.O aumento no preo das refeies reduziu o poder de compra.

O aumento no preo das refeies causa um deslocamento de C para E.O efeito final foi uma reduo na procura de refeies na cantina.Replicar este exerccio para diferentes nveis de preo permitiria encontrar mais pontos como C e E. Ligando estes pontos obteramos a curva de procura por refeies na cantina.

Elasticidades

Como que a quantidade procurada responde a variaes em certas variveis?

Como vai a procura responder a variaes no preo do bem, de outros bens ou do rendimento?

Estes efeitos so normalmente medidos recorrendo s elasticidades: a variao percentual numa varivel em resposta a uma variao de 1% em outra varivel.

As elasticidades mais comuns para uma funo procura so: elasticidade preo-direta, elasticidade preo cruzada e elasticidade rendimento.Elasticidades preo da procura

Mede a sensibilidade dos consumidores variao do preo. um quociente entre variaes relativas.

=

Exemplo:P= 1 => Quantidade procurada = 50P=2 => Quantidade procurada = 40

=

45 a quantidade mdia 1,5 o preo mdio

Quanto mais elevado for o valor da elasticidade maior o ajustamento das quantidades procuradas variao do preo assim classifica-se a procura em:Elstica quando > 1Inelstica (ou rgida) quando < 1Procura com elasticidade unitria quando = 1

No exemplo anterior a procura era rgida porque (= ) < 1A procura deste bem rgida face ao preo, pois a reao da quantidade procurada variao do preo foi pequena.

Elasticidade e receita

Qual o efeito que mudar os preos tem sobre a receita da empresa? Depende da elasticidade.

A receita o valor total pago pelos consumidores, isto o produto do Preo pela Quantidade (P x Q), ento

Procura elstica subida do preo provoca uma reduo da receita (perdemos mais em clientes do que ganhamos com a subida do preo).

Procura rgida subida do preo provoca uma subida da receita total (perdemos poucos clientes com a subida do preo).

Procura com elasticidade unitria subida do preo no altera a receita (a quantidade perdida compensa exatamente a subida do preo).Aplicao das elasticidades

Pricing dos nossos produtos; Impacto de alteraes nos preos dos concorrentes; Impacto de alteraes nos rendimentos dos nossos clientes (por ex. recesses e perodos de boom); Impacto de campanhas publicitrias.Teoria da produo

A maioria dos processos de produo necessita de pessoas (L) e um qualquer tipo de instrumentos (K).O processo produtivo (tecnologia) descrito pela funo de produo: a relao tcnica que associa as quantidades de fatores utilizadas com a quantidade mxima de produto que se pode obter.Em notao matemtica: F ( K , L )No longo prazo todos os fatores de produo so variveis.No entanto, a curto prazo alguns fatores de produo podem ser fixos (sobretudo o capital). Ex. Instalaes/Edifcios.

Se as leis laborais forem muito rgidas, ento L tambm pode ser pouco flexvel no curto prazo.Por isso frequente s nos ser possvel variar um dos fatores de produo no curto prazo e em resposta a variaes na procura. perfeitamente possvel aumentar a quantidade utilizada de um fator de produo (fator que consideramos varivel), mantendo constante a quantidade utilizada dos restantes (fatores que consideramos fixos).Nesse caso o output vai aumentando, mas a partir de certa altura os acrscimos na produo por unidade adicional do fator varivel comeam a ser cada vez menores. a famosa Lei dos Rendimentos Decrescentes, que resulta da combinao de um fator varivel com outros fixos.(Ou Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes)

Exemplo:Uma explorao agrcola de vinha (vinicultura), em que tanto a quantidade de terra como de capital so fixas, variando apenas o nmero de trabalhadores (L). Designa-se de Produto Marginal do Trabalho o acrscimo da produo de vinha originado por cada trabalhador adicional que foi colocado na explorao agrcola.A produtividade mdia a quantidade produzida por unidade de fator (Ex: por trabalhador ou por hectare).

Produtividade MdiaPmL = Output/Input (n trabalhadores)

Produtividade MarginalPMgL = output/input (variao n trabalhadores)

Neste exemplo verifica-se que a partir do 4 trabalhador o Produto Marginal do Trabalho comea a diminuir, ou seja, comea a verificar-se a Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes.O acrscimo de uva apanhada pelo 4 trabalhador (20) foi menor do que a apanhada pelo 3 (30), que por sua vez tinha sido maior do que a do segundo (20).Existe uma relao entre produto mdio e produto marginal. O declnio do Produto Marginal de um input provoca a reduo do seu Produto Mdio.

Economias de escala

J foi visto anteriormente o que acontece quando aumentamos apenas um dos fatores de produo.

Mas o que acontece quando aumentamos todos os inputs na mesma proporo?Qual seria efeito sobre a quantidade obtida de output? Ou seja, como so os rendimentos escala?

F (K, L) = F(K,L)

Se o output crescer na mesma proporo dos inputs, dizemos que os rendimentos so constantes escala.Rendimentos constantes escala: N=1

Se o output crescer numa proporo mais elevada, os rendimentos so crescentes escala.Rendimentos crescentes escala: N >1Pelo contrrio, se o output crescer menos do que proporcionalmente aos inputs dizemos que os rendimentos so decrescentes escala.Rendimentos decrescentes escala: N maior eficincia de gesto.

Exerccio aDe um monopolista temos a seguinte informao:

Q = 1000 10PRMg = 100 0,05QCT = 100 + 5Q + 0,1QCMg = 5 + 0,2Q

Calcule a quantidade oferecida e o preo praticado pelo monopolista. Calcule o lucro obtido pelo monopolista.

Exerccio bDe um monopolista temos a seguinte informao:

Q = 2000 20PRMg = 200 0,1QCT = 200 + 10Q + 0,2QCMg = 10 + 0,4Q

Calcule a quantidade oferecida e o preo praticado pelo monopolista. Calcule o lucro obtido pelo monopolista.O que a Macroeconomia?

o estudo da estrutura e performance da economia nacional, como um todo e das polticas econmicas encetadas pelos governos como forma de afectar e orientar essa performance.Temas da Macroeconomia

O que determina um crescimento a longo-prazo de um pas? Porque que algumas naes crescem rapidamente e outras permanecem estagnadas?

Qual a causa das flutuaes econmicas? Porque que temos flutuaes de curto prazo, que oscilam entre perodos de prosperidade e de estagnao?

O que causa o Desemprego? Porque temos nveis de Desemprego to elevados? Porque que mesmo em alturas de prosperidade, uma parte significativa da fora de trabalho se encontra desempregada?

A Macroeconomia procura dar resposta a estas questes, com grande importncia prtica para polticos, empresas, gestores, imprensa e pblico em geral.

Importncia da Macroeconomia para a GestoFerramentas de anlise em Macroeconomia

Analisar interaces entre 4 grandes Mercados

De Bens e Servios Cambial Monetrio e Financeiro De Trabalho Anlise em diferentes perodos de tempo Curto Prazo Vs Longo Prazo

Anlise com base em funes macroeconmicas

Investimento Exportaes Consumo Privado Taxa de Juro

Variveis Stock Vs Variveis Fluxo

StockVariveis que so medidas num determinado momento (t0, t1, t2, etc.), ou seja, so uma grandeza que existe em determinado momento (inventrio).Exemplos: Stock de Capital Stock de Riqueza Stock de Mo-de-ObraEstas variveis retratam a situao em determinado momento. So uma fotografia. As variveis Stock so frequentemente alimentadas por variveis fluxo.

FluxoVariveis que so medidas entre dois momentos de tempo (t1-t0, t2-t1, etc.), ou seja, a grandeza so analisadas entre dois momentos. Exemplos: InvestimentoPoupana Consumo Exportaes Desemprego PIB (Rendimento)No confundir Dfice Oramental com Dvida Pblica! (Qual a relao entre estas duas variveis?)

Variveis Nominais vs Variveis Reais

NominaisGrandezas medidas numa determinada moeda nacional (Euros, USD, R$, etc.) e a preos correntes (por ex. Preos dos bens produzidos em 2007, a preos de 2007).Exemplos: PIB Consumo Privado InvestimentoConsiderem um pas imaginrio com uma taxa de inflao de 3%. Os sindicatos queixam-se de perda de poder de compra por parte dos trabalhadores. O patronato contrape que todos os trabalhadores foram aumentados em 2%. Quem tem razo?

ReaisGrandezas medidas numa determinada moeda nacional (Euros, USD, R$, etc.) e a preos constantes (por ex. Preo de bens produzidos em 2007, a preos de 2000).Exemplos: PIB Consumo Privado Investimento Transformao de variveis: PIB

Debate Neoclssico e Keynesianos

KeynesianosA Economia tambm encarada numa perspectiva de longo prazo, mas enfatiza-se a estabilidade dos ciclos econmicos (desemprego, especulao, inflao).Por vezes Preos/Salrios so fixos.Existe necessidade do Governo estabilizar a Economia. Interessa mais o Produto Efectivo.Os Preos e os Salrios nem sempre se ajustam rapidamente com a Oferta e a Procura.Economia com turbulncia.

ContribuioApesar de a Economia caminhar para o seu Potencial, necessita de estabilizao dentro do ciclo econmico, em funo do cenrio.

NeoclssicosA Economia mais encarada numa perspectiva de longo prazo em que Preos/Salrios so flexveis.As pessoas usam toda a informao disponvel.No existe necessidade de o Governo estabilizar a Economia. Interessa mais o Produto Potencial.Autores neoclssicos acreditam que os Preos e os Salrios se ajustam rapidamente de forma a equilibrar Oferta e Procura.Economia calma a caminhar no sentido do seu potencial.

ContribuioA Economia est repleta de processadores inteligentes de informao que reagem, e por vezes antecipam polticas.

Evoluo

Clssicos at dcada de 1920Keynesianos a partir de 1930sMonetarismo Moderno (Milton Friedman et al.) a partir da 2 Guerra Mundial.Aproximao entre as duas correntes nas ltimas dcadas.Monetaristas acreditam que s M pode expandir a procura.Keynesianos acreditam na eficcia de M, G, -T, XPorqu?

Curto vs Longo Prazo em Macroeconomia

Criar condies para que a taxa de crescimento do PIB seja a maior possvel (Poltica Econmica).PIB Potencial (Longo Prazo) Resulta da situao em que todos os recursos (ou factores produtivos) esto a ser plenamente utilizados. PIB Efectivo (Curto Prazo) Nvel de Produto que se obtm na realidade, em cada ano.

Abordagem Monetarista

Abordagem Keynesiana

Contabilidade Nacional

Porqu medir a actividade econmica?Porque sim!(Se as outras cincias medem ento a Economia tambm tem que medir)Medir no seno expressar em nmeros aquilo que estamos a falar.Quanto mais conseguirmos medir, e de forma adequada, mais e melhor conhecimento temos sobre determinada situao.Ao medir temos o conhecimento, podemos analisar a evoluo/situao e tomar as medidas que se julguem mais pertinentes.O PIB (Produto Interno Bruto)

Em Macroeconomia a medida mais importante o PIB, que consiste no valor monetrio total dos bens e servios produzidos num determinado territrio/pas durante um perodo de tempo. o rendimento que o pas obteve em determinado ano. Comparao com trimestres anteriores mostra se a Economia est em expanso ou contraco.O nvel de desenvolvimento econmico e bem-estar social de um pas medido pelo PIB per capita (mas cuidado com metodologias e preos diferentes!).

E em termos algbricos?

Y = C + I + G + X M

As trs pticas de medio do PIB

ptica da DespesaPIB = transaces em Bens e Servios finais= C + I + G + X M

ptica do RendimentoPIB = rendimento dos factores produtivos= W + + T = (WI + I) + (WX + X) + T

ptica da ProduoPIB = valores acrescentados= VABs das Empresas= Vendas Totais Compras de Produtos intermdios (de todas as empresas)

Porqu deduzir as compras de bens intermdios?Imaginemos uma padaria que produz diariamente 1.000 de po incorporando nessa produo 500 de inputs, produzidos noutros setores. Para calcular o valor da produo realizada considera-se os 1.000 de po (bem final) e no (1.000 + 500) euros.Porqu? Porque os inputs no so bens finais e como tal o seu valor est incorporado no valor do po. Considerando ento todos os setores da economia, o clculo do PIB implica no a soma do valor de todos os bens e servios produzidos, mas sim a soma do valor de todos os bens e servios finais.PNB (Produto Nacional Bruto) Como vimos o PIB consiste no valor da produo obtida em cada ano, dentro de determinado territrio/pas. O PNB consiste no valor da produo obtida em cada ano, a partir dos factores produtivos de um pas, independentemente da sua localizao. O PNB o valor da produo alcanada somente com factores produtivos nacionais, excluindo a contribuio dos factores externos na produo.

Clculo do PNB

PNB = PIB + Balana de Rendimentos

Normalmente a diferena entre PIB e PNB marginal (+/- 1%)

Na Irlanda esta diferena muito grande. Porqu?

Poupana, Investimento e Balana Corrente

H 2 tipos de Despesa:

Despesa improdutiva, representada pelo consumo privado e pblico Despesa produtiva, representada pelo Investimento.

Considera-se poupana, aquilo que no gasto em consumo improdutivo.

Clculo da Poupana

S = I + BTC => BTC = S I

onde BTC o saldo externo (Balana de Transaces Correntes).

-> Corolrio: O Rendimento ou consumido, ou poupado!A Balana de Pagamentos EnquadramentoAs trocas comerciais (o Comrcio Internacional), tal como as internas, realizam-se atravs de moeda. Alm dessas trocas comerciais, existem tambm servios prestados, emprstimos e juros recebidos ou pagos, despesas de turismo, entre outras operaes com o exterior (resto do Mundo).

ConceitoImporta ter ento uma medida global dos fluxos de bens, servios e capitais existentes entre um pas e o resto do Mundo. Um registo sistemtico desses fluxos com o exterior Essa medida dada pela Balana de Pagamentos.

A Balana de Pagamentos (BP), consiste num documento onde se evidenciam/contabilizam as entradas e sadas de divisas (moeda estrangeira), de uma economia, resultantes das operaes com o exterior (resto do Mundo).

Assim ficamos a saber se aumentam ou diminuem as divisas de um pas.

Componentes da BP Balana de Transaces Correntes (BTC)Balana de Capitais (BK)Balana Financeira (BF) O valor do saldo da Balana de Pagamentos ser: BP = BTC + BK + BF

A Balana de Transaces Correntes

H trs grandes tipos de operaes na BTC:

Transaces de Bens e Servios

Dizem respeito s Exportaes (X) e s Importaes (M). Exportaes geram sada de bens e servios e entrada de divisas e Importaes o contrrio.

Balana Comercial inclui os servios para alm de bens.

A balana de servios muito importante para Portugal devido ao peso do turismo na economia portuguesa. Inclui ainda transportes (internacionais), outros servios (ex.: postais), operaes governamentais (ex.: embaixadas).

Transferncias Unilaterais do Exterior de natureza corrente (TRX)

Dizem respeito entrada e sada de divisas, sem a respectiva contrapartida de Bens e Servios. Ex.: remessas de emigrantes (p/famlias).

Rendimentos de Factores Produtivos (RFX)

Dizem respeito entrada e sada de rendimentos obtidos com investimentos internacionais.

BTC = (X M) + TRX + RFX

Numa situao de dfice, o pas pode recorrer a emprstimos ao exterior para fazer face s suas responsabilidades externas. Isto resulta em agentes econmicos estrangeiros a investir na nossa economia e legitimamente a esperar obter rendimentos.

A economia do pas ter que remunerar as origens de capital taxa de juro internacional (determinada nos mercados internacionais ix) mais o prmio de risco do pas. Bom ou Mau ter Dfices na BTC?

O agravamento da BTC, pode ser causado por:

Descida da Poupana Privada .. SG

Agravamento do Saldo Oramental.. SG

Aumento do Investimento. I

O Dfice da BTC, ser mau se for causado por:

Um aumento do Consumo Privado. SP

Um aumento dos Gastos do Estado SG

O Dfice da BTC pode ser bom se for causado por:

Um aumento do Investimento.. I Pode ser bom? Investimento no sempre bom?Nem sempre!Para ser bom para o pas, esse investimento deve ser produtivo, rentvel e (idealmente) canalizado para setores de bens transacionveis.H muitos exemplos em Portugal de investimentos no reprodutivos, ruinosos e canalizados para servir a procura interna.Balana de Capitais (BK) Tambm inclui Transferncias Unilaterais do Exterior

A diferena para as transferncias unilaterais da BTC que agora so de natureza no corrente

Exemplos:Transferncias de Planos de Investimentos: PEDIP, FEDER, etc.

Esta balana tambm inclui a aquisio ou cedncia de activos no produzidos e no financeiros

Exemplos:Patentes, Marcas, Copyright, Franchising, etc.Balana Financeira (BF)Regista as Operaes de entrada e sada de Divisas relacionadas com o pagamento/liquidao de activos produzidos ou financeiros

IDx Investimento que se destina a fins produtivos (construo/constituio de fbrica/empresa no pas, ou aquisio de uma j existente)

Consiste na entrada e/ou sada de Divisas relacionadas com o investimento na actividade produtiva

designado por Investimento Directo do Exterior

IFx Investimento direccionado para os mercados financeiros (aces, obrigaes, fundos, derivados, opes, etc.)

No existe interesse directo na actividade produtiva, mas sim em obter uma remunerao de activos financeiros superior (mais valias).

designado por Investimento em carteira ou portfolio

RO (Reservas Oficiais)

Permitem intervenes do Banco Central, relativamente s operaes com o exteriorPodem ter como objectivo influenciar o valor da taxa de cmbio (dirty float)

Financiar os dfices/Aplicar os excedentes da BP, tendo assim a funo de equilibrar esta Balana

BF = IDx + IFx + ROReservas Oficiais

Reservas Oficiais (RO) Exemplo de Aplicao

Se BTC + BK + BF (no incluindo RO) < 0 => Divisas sadas > Divisas Entradas => Procura de Divisas > Oferta de Divisas => Mercado em Desequilbrio

Equilbrio I => Subida da Taxa de Cmbio => Depreciao da moeda nacional face s DivisasPortugal j no pode fazer isto. Porqu?

Equilbrio II => O Banco Central vende parte das reservas que tem sobre o exterior (ouro e divisas) ( RLx), na quantidade do dfice, para manter o cmbio

Se no tiver reservas em quantidade suficiente, pode recorre a emprstimos externos, nos mercados financeiros internacionais (Cex)RO = - RLx + CEx

Dfice na BP => Procura de Divisas => Banco Central vende divisas para financiar o dfice

Excedentes na BP => Oferta Divisas => Banco Central compra divisas para absorver o superavit

Corolrio: Um excedente externo aumenta permanentemente o stock de moeda em circulao

Como que isto funciona?

Criao permanente de moeda

Um exportador em posse de divisas que as pretenda trocar por notas vai se deslocar a um banco comercial onde pode obter as notas correspondentes a essas divisas. Desta forma aumenta a circulao monetria, pois h mais notas em posse do sector no bancrio. Este banco depois dirige-se ao banco central onde em troca das divisas obtm um depsito junto deste, ou notas.

Assim, ele reconstitui as suas reservas ao nvel anterior troca realizada com o seu cliente. O resultado final foi um acrscimo definitivo da quantidade de moeda em circulao.

Tambm h criao temporria de moeda!

Crdito Bancrio: Quando uma empresa se endivida junto de um banco comercial, este ltimo ou lhe entrega notas ou reconhece atravs da criao de um depsito, que tem uma dvida para com esta empresa. Trata-se de uma operao de crdito, pelo que temos um tempo a ditar a sua vigncia. Findo o perodo a empresa ter de reembolsar o banco com notas, ou depsito sobre um outro banco, e assim anular a dvida que admitia ter para com este. Nesta altura temos uma destruio de moeda, que resulta numa reduo da quantidade de moeda em circulao.Formas de resoluo do dfice externo A Balana de Pagamentos deve encontrar-se equilibrada, pelo que numa situao de dfice podemos:

Recorrer ao Financiamento Externo Diminuir as Reservas de Divisas do pas

No caso de Superavit, tambm o mesmo ser compensado, por:

Cedncia de Financiamento Externo (Emprstimos ao Exterior) Aumento das Reservas de Divisas do pasRegimes cambiais

Desde 1973 (Colapso de Bretton Woods) temos na Europa um regime de cmbios flutuantes.O oposto de cmbios flutuantes so os cmbios fixos. Por vezes pases adoptam moedas estrangeiras para circulao (exemplo: dolarizao).

Pelo meio existem vrios regimes hbridos, tais como regimes fixos com desvalorizaes programadas (crawling-peg), ou cmbios flutuantes mas no livres (autoridades monetrias tentam evitar oscilaes extremas dirty float).

Existe um debate vivo sobre os mritos e demritos de cada regime cambial.Cmbios flutuantes: Vantagens

Pases retm poltica monetria independenteAs autoridades monetrias nacionais podem usar a poltica monetria (taxas de juro, taxas de cmbio) para atingir objectivos de poltica econmica.

Economias com poltica monetria autnoma no ficam merc de polticas monetrias de pases associados

Taxas de cmbio podem funcionar como estabilizadores automticos

Desta forma podem eliminar os desequilbrios que anteriormente levavam a mudanas de paridade e ataques especulativos sobre taxas fixas.Cmbios flutuantes: Desvantagens

Possvel ComplacnciaUm Banco Central menos eficaz a combater a inflao pode compensar a sua falta de disciplina com depreciaes.

Especulao destabilizadora e perturbaes no mercado monetrioO perigo potencial aumenta em proporo inversa ao tamanho do pas. Imaginem uma sbita febre de investimento estrangeiro em So Tom. O que aconteceria moeda em questo?Taxa Tobin?

Inibem comrcio e investimentos internacionaisTaxas flutuantes particularmente instveis podem prejudicar o comrcio e investimentos internacionais porque tornam os preos internacionais relativos mais imprevisveis.Este ltimo argumento foi fundamental para a criao da moeda nica como complemento ao mercado nico europeu.Mercados cambiais a prazo so proteco contra grandes oscilaes? Sim, mas tm custos!

Polticas econmicas descoordenadasRegimes de cmbios flutuantes permitem desvalorizaes competitivas e possivelmente guerras cambiais.Desvalorizaes GBP, ESP, PTE nos anos 90.Por outro lado, desvalorizaes sistemticas s funcionam a curto prazo e so m poltica de longo prazo.

Iluso de independnciaArgumento: taxas de cmbio flutuantes aumentam a incerteza econmica sem dar de facto maior liberdade poltica macroeconmica. O escudo era realmente independente do DEM?A Economia Keynesiana

Funes Keynesianas => Y = C + I + G + X M

Consumo (Privado)

Consiste na Despesa dos Agregados Familiares em bens e servios: alimentos, vesturio, automveis, cuidados mdicos etc. importante ter uma teoria/funo que explique o que faz variar o consumo da famlias Teorias Explicativas do Consumo.

Teoria do Rendimento Permanente

O Consumo das famlias tem um nvel permanente. Em Jovens endividam-se; em adultos pagam essas dvidas e poupam para a reforma e na velhice consomem o que pouparam em anos anteriores.

Teoria do Rendimento Permanente

Teoria do Ciclo de VidaO Consumo varia em funo do ciclo de vida (jovem, adulto, reformado)

Teoria do Rendimento DisponvelBaseia-se no pressuposto que uma das principais foras que determinam o consumo das famlias o seu rendimento disponvel.A correlao entre rendimento disponvel e nveis de consumo foi sendo demonstrada empiricamente (prevalece sobre qualquer outro factor de comportamento, psicolgico, etc.)Associada teoria geral de John M. Keynes (1936) sobre o funcionamento das economias no curto prazo.Argumenta que a ateno dos agentes econmicos em geral, e das famlias em particular centra-se mais no curto prazo.D-nos uma perspectiva de anlise dinmica (vrias variveis) do comportamento das famlias.

Modelizao da funo do Consumo (Privado)

C = C + cYD bi

C -> Consumo das Famlias em termos reais

C -> Consumo Exgeno (autnomo) Consumo que no depende de nada. As pessoas tm sempre que consumir algo

c -> Resposta do consumo relativamente ao Rendimento disponvel. o efeito do rendimento sobre o consumo:0 < c < 1

YD -> Rendimento Disponvel das Famlias

b -> Resposta do Consumo relativamente evoluo da taxa de juro. o efeito das taxas de juro sobre o consumo: b > 0

i -> Taxa de Juro de Mercado

Relao entre o Rendimento Disponvel e Consumo

Se aumentar o Rendimento Disponvel das Famlias (YD)

=> As famlias tero mais dinheiro => Maior ser o Consumo (C)

Se diminuir o Rendimento Disponvel das Famlias (YD)

=> As famlias tero menos dinheiro => Menor ser o Consumo

O rendimento disponvel depende, entre outros, do nvel de aumentos salariais, da taxa de desemprego e da carga fiscal.

Corresponde recta oramental do consumidor.

Relao entre a Taxa de Juro e o Consumo

Se a Taxa de Juro (i) aumentar => Menor ser o pedido de Crdito => Menor ser o Consumo (C)

Se a Taxa de Juro (i) diminuir => Maior ser o pedido de Crdito => Maior ser o Consumo (C)Modelo Bsico do Multiplicador

Teorizado por Richard Kahn (1931) contemporneo de Keynes. O Multiplicador um dos conceitos mais caractersticos da Economia Keynesiana.

Relao entre Investimento e Procura Agregada

Verificamos que o Investimento leva a um aumento da Procura e uma variao positiva da Procura leva por sua vez a um aumento do Investimento => Existe um efeito potenciador.

Multiplicador Efeito ampliado do Investimento sobre a Procura (Produto), ou seja, coeficiente que indica o aumento acumulado da Procura que se consegue com um aumento unitrio do Investimento.

Expanso do Consumo, Rendimento e Produo.

Consideremos um investimento de 1.000 que os Agentes Econmicos obtiveram como rendimento pelo seu trabalho. Se tiverem uma propenso marginal para consumir de 2/3 (66,67%), vo gastar 666,67, que sero rendimento para os produtores desses bens de consumo.Os Produtores desses bens de consumo recebem os 666,67, e se tiverem a mesma propenso para consumir vo consumir 444,44 (666,67 x 2/3), constituindo este montante rendimento para os produtores desses outros bens de consumo. Estes ltimos produtores obtm rendimento de 444,44, e vo por sua vez consumir 296,30, montante que vai pagar os bens de consumo de outros produtores

Questo:

Afinal quanto que o investimento de 1.000 vai gerar de Consumo/Produto?

O Multiplicador dado pela seguinte expresso:

c => Propenso marginal para consumir

Corresponde ento ao inverso da Propenso Marginal para a Poupana

Propenso Marginal para a Poupana = (1-c)

Logo a frmula simples do Multiplicador ser:

Alterao do Produto = 1/PMP x Alterao no Invest = 1 / (1 c) x Alterao no Investimento

PMC e PMP => Maior ser o Multiplicador

PMC e PMP => Menor ser o Multiplicador Multiplicadores h muitos

Multiplicador > 1: O efeito acumulado na economia superior ao dinheiro gasto.

Multiplicador < 1: O efeito na economia inferior aos recursos despendidos.

Multiplicador aumento dos custos de produo e inevitavelmente aumento dos preos. Outros trabalhadores exigem aumentos salariais para repor o poder de compra perdido com esse aumento dos preos. Pode-se criar uma espiral ascendente Aumento de salrios no resulta em inflao se for acompanhado por um aumento da produtividade Inflao Moderada

Verifica-se quando os preos aumentam lenta e moderadamente. A inflao anual tem uma taxa com apenas um dgito. Exemplo: UE e EUA Os Preos no se afastam significativamente, o que indicia uma estabilidade de Preos. As pessoas no tentam livrar-se do seu dinheiro e confiam no seu poder aquisitivo. Como existe estabilidade e confiana na Economia (estabilidade macroeconmica), os Agentes Econmicos tm condies para efetuar Investimento. Estabilidade => menos risco => menor taxa de juro => mais investimento. Inflao Galopante

Verifica-se quando os preos comeam a aumentar ao nvel dos dois ou trs dgitos. frequente quando os bancos emissores no so independentes do poder poltico e como tal sujeitos a presses deste. Era frequente em economias de frica e Amrica Latina.

Indicia problemas econmicos com alguma gravidade: Os Contratos passam a ser indexados a ndices internacionais e/ou divisas reconhecidas (USD/). O dinheiro perde rapidamente valor e as pessoas apenas ficam com o mnimo indispensvel. Preferem deter bens que conservam valor. ainda feito algum Investimento, mas unicamente devido ao potencial evidenciado pela economia e a eventuais ganhos superiores. Ex. Brasil e Israel (no passado) Hiperinflao So situaes raras. Acontecem normalmente em perodos de guerra e/ou revoluo, ou imediatamente a seguir. Constitui uma situao fatal para as Economias. Os preos aumentam ao nvel de 5 ou mais dgitos. Preos muitssimo instveis e inexistncia de confiana na economia pelos Agentes Econmicos => Fortssimas Limitaes para o Investimento. As pessoas procuram desesperadamente livrar-se da moeda nacional, pois quanto mais tempo a tiverem, mais valor ela perde. Retorno troca direta e seus inconvenientes. Por vezes usa-se moeda estrangeira. Exemplos: A Alemanha de Weimar (anos 20) e o Zimbabwe actual. Deflao

Descida generalizada dos preos Portugal em 2009! Estagflao (dos anos 70)

Inflao comea a subir em meados da dcada de 60 e mantm-se elevada at final da dcada de 70. Processo de desinflao na dcada de 80. No ps-guerra: Cheap money com o objetivo de atingir pleno emprego. Principais Bancos Centrais substituram a taxa de juro pela massa monetria como principal varivel de controlo na dcada de 70. Tambm controlo do crdito bancrio para controlar inflao! Crescente tenso entre poder poltico e autoridades monetrias. Decisores polticos culpam autoridades monetrias por dificuldades econmicas e expandem oramentos. Autoridades monetrias respondem que sem oramentos inflacionistas no precisariam de apertar poltica monetria. Problemas com Money targeting: qual o agregado a seguir(?) e velocidade de circulao da moeda instvel devido a inovaes financeiras. Duas escolas de pensamento entre bancos centrais: Corresponsabilidade pela gesto econmica o que implica vrios objetivos (ex. Anglo-Saxnicos). Todas as energias centradas num s objetivo: estabilidade de preos (ex. Bundesbank e o seu sucessor o BCE).

Relao Inflao/Moeda A inflao implica uma reduo do valor da moeda e o excesso de moeda em circulao uma das causas da inflao.

Relao Inflao/Cmbios A inflao uma desvalorizao interna da moeda em relao aos bens que com ela podem ser adquiridos. A desvalorizao cambial uma alterao do valor da moeda nacional face s moedas estrangeiras. Estes fenmenos esto relacionados, porque uma inflao interna superior dos principais parceiros comerciais obriga desvalorizao da moeda nacional para recuperar competitividade (o que aconteceria sem desvalorizao?). Causas da Inflao

Pela Procura: Excesso de moeda em circulao

A quantidade de moeda em circulao no se adequa ao volume de Bens e Servios disposio dos consumidores => O de moeda em circulao sem a correspondente produo de Bens e Servios => Excesso de Procura face Oferta => Preos

Taxas de juro demasiado baixas (=>inflao de ativos; EUA, RU, Irlanda e Espanha na ltima dcada).

Efeito Balassa-Samuelson A forma mais benigna de inflao porque resulta do enriquecimento do pas.

Expectativas dos agentes econmicos

Pelos Custos: Aumento da Massa salarial O dos salrios pode Procura e onera os custos de produo (=> Preos de Venda).

Aumento de Commodities Depende da utilidade de uma Matria-prima. Petrleo => Afeta os custos de produo e distribuio da maior parte dos bens => Preos

Inflao Importada Pode estar relacionado com o ponto anterior. prpria de relaes comerciais internacionais, que por vezes originam ou incrementam o processo inflacionrio. (ex. Preo Alimentos/Petrleo) Evidncia Emprica

Evidncia Emprica

Consequncias da Inflao

Depreciao do valor da moeda O consumidor com o mesmo dinheiro compra cada vez menos bens => perde poder de compra.

Procura de ouros e/ou divisas estrangeiras(que no se desvalorizem) devido quebra da confiana na moeda nacional.

Mais desigualdadeDeteriorao das condies de vida dos cidados que aufiram rendimentos fixos => Reforma, Juros de Capital Depositado perdem valor, Subsdios de Desemprego, etc.Custos da Inflao Equilibrada e Prevista

Ningum se surpreende com a alterao dos preos. menos problemtica pois o mercado est habituado e vai ajustar-se perfeitamente (Preos de Venda, Custos de Produo, Rendimentos, etc)Permite a atualizao dos preos relativos na economia, mantendo ao mesmo tempo a estabilidade macroeconmica e evita a deflao.Custos da Inflao Desequilibrada/no Prevista

Gesto da Liquidez

As pessoas tm que dedicar tempo gesto do seu dinheiro, evitando sempre que possvel taxas fixas para a remunerao do seu dinheiro.

Impostos

A inflao tem o efeito de aumentar os salrios nominais, passando as pessoas para escales mais elevados => Mais Tributao sem Legislao.

Isto acontece sempre que a atualizao dos escales no acompanha a inflao.

A inflao destri a informao

Em perodos de inflao rpida, os consumidores no tm a certeza onde comprar mais barato (mesmo fazendo um estudo), pois os preos variam constantemente.

Pode alterar a distribuio do Rendimento e da Riqueza

Uns podem empobrecer e outros enriquecer. Ex.: Pessoas que tm compromissos de Longo Prazo (Emp. Habitao), com a inflao vm que o valor real desses compromissos diferente do que foi acordado. Se os preos duplicam, o valor real da obrigao passa para metade.

Distores na Economia, na Estabilidade e no Investimento

A inflao provoca aumentos no reais na Economia, mas que servem para acompanhar a Inflao. Ex. Empresrio que quer manter a sua margem, salrio nominal que aumenta.A Inflao pode minar a confiana na Economia, conduzir a investimentos errados, redistribuies de rendimento aleatrias e desmobilizadoras.

Reduo da Inflao

A Reduo da inflao pode ter custos reais, que podem passar pela reduo da produo e/ou do emprego e/ou dos salrios.Relao inversa entre os nveis de desemprego e de inflao foi verificada em muitos estudos empricos, tendo sido pioneiro o estudo publicado em 1958 pelo economista neozelands A. W. Phillips.Curva de Phillips

Frequentemente observada at ao fim da dcada de 1960. Choques petrolferos e estagflao da dcada de 1970 alteraram essa relao.

mais relevante para anlises de curto prazo do que de longo prazo.Estagflao fez muitos economistas considerarem que a curva de Phillips se tinha deslocado para cima.Neoclssicos (incluindo Milton Friedman) explicaram nova relao com ancoragem das expectativas de inflao a um nvel mais alto.Os Bancos Centrais tinham que convencer o pblico que fariam tudo o que for necessrio para fazer baixar novamente a inflao.Desemprego Introduo

Procura Agregada de Bens e ServiosAt agora abordamos sobretudo a Procura Agregada, o seu clculo e efeitos na economia, chegando-se at inflao.

Oferta Agregada de Bens e ServiosInteressa agora verificar o comportamento da Oferta Agregada, comeando pelo estudo do (des)empregoPara o efeito, as empresas vo produzir bens e servios e para o fazer precisam de Capital, Tecnologia (que so dados pela empresa) e Trabalho ( uma varivel para a empresa).

Esta produo constitui a oferta agregada.

Populao Ativa

Emprego/Empregados: Pessoas que executam um trabalho pago, ou que estejam ausentes deste por motivos justificados: doena, greves, frias.

Desemprego/Desempregados: Quem no est presentemente empregado, mas procura ativamente um emprego, ou espera regressar brevemente ao mercado de trabalho.

Os empregados e os desempregados constituem a populao ativa.

Populao Inactiva

Aqueles que no tm um posto de trabalho, nem procuram trabalho.Inclui idosos, crianas, estudantes, donas de casa (desesperadas ou no).

Taxa de= N de DesempregadosDesemprego Total da Populao Ativa

Explicaes tradicionais para o aumento do Desemprego

Diminuio da Produtividade do TrabalhoSe isto acontecer, o trabalho gera cada vez menos valor, sendo assim desvalorizado, o que resulta em diminuio de postos de trabalho e/ou dos salrios.

Aumento dos Salrios Mnimos Existem pessoas que pelo facto de no conseguirem emprego (especialmente em pases com desemprego elevado), no se importaro (por questes de concorrncia) de oferecer o seu trabalho por valores inferiores ao salrio mnimo, mas como isso no possvel legalmente, essas pessoas continuam desempregadas.

Aumento da margem de lucroSe as empresas quiserem/necessitarem de aumentar as suas margens de lucro, podero faz-lo por via do preo de venda (o que pode implicar problemas ao nvel da concorrncia), ou por via dos custos (reduo de postos de trabalho e/ou salrios).

Sindicatos (Modelos Inside-Outside)S quem tem emprego participa nas negociaes salariais e tenta proteger a sua prpria posio.Os sindicatos podem fazer subir os salrios ao restringir a oferta de trabalho.Hysterese (Hysteresis)

O que explica que uma quebra temporria na procura agregada leve a uma taxa de desemprego persistentemente mais elevada, mesmo quando a procura agregada volta a subir?

Situao comum em muitos pases Europeus nas dcadas de 80/90.

Quatro hipteses:

Modelos inside-outsideS quem tem emprego participa nas negociaes salariais e tenta proteger a sua prpria posio.

Trabalhadores desencorajadosConhecedores da situao no mercado de trabalho, alguns trabalhadores deixam de procurar trabalho.

Desencontros no mercado laboralEmpresas e trabalhadores habituam-se ao fim de algum tempo a baixa frequncia de buscas.

Stock de capitalBaixos nveis de investimento durante recesses levam a nveis de capital permanentemente mais baixos.

Outra perspetiva sobre o desemprego:

Desemprego de procura deficienteTambm conhecido por desemprego Keynesiano. meramente temporrio e ocorre sempre que o PIB est abaixo do PIB potencial. suposto desaparecer quando os salrios e os preos se ajustarem ao novo ponto de equilbrio.

Desemprego clssico A teoria clssica prev que o desemprego resulta de salrios mantidos deliberadamente acima do ponto de equilbrio.

Cenrio Base Uma quebra na procura desloca a curva de procura para a esquerda > novo ponto de equilbrio com menos trabalho (L1) e salrios mais baixos (W1)

Sindicatos

So organizaes de trabalhadores que tm como objetivo afetar as condies de trabalho e remuneratrias.

Os sindicatos podem fazer subir os salrios ao restringir a oferta de trabalho.Como?Sem sindicato a curva de oferta de trabalho horizontal para o nvel salarial WAo restringirem a oferta de trabalho at N fazem subir os salrios para WSe a procura por trabalho rgida, ento o efeito maior (exemplo D)Desemprego Keynesiano

O ponto inicial E. Imaginemos que uma quebra na procura leva a procura agregada para LD. A economia move o ponto de equilbrio para A. O nvel de desemprego AF EF desemprego voluntrio. AE desemprego involuntrio. Aps ajustamento de preos: Novo ponto de equilbrio G

Desemprego Clssico

Suponhamos que o salrio que equilibra o mercado laboral W*. E que os sindicatos conseguem negociar um salrio W.

O novo ponto de equilbrio A e o desemprego AC

Onde BC voluntrio, AB involuntrio

Redues de impostos e Desemprego

O salrio efetivamente pago pelas empresas W.

O salrio lquido dos trabalhadores W.

AB o imposto sobre trabalho. O ponto de equilbrio N.

BC a taxa de desemprego.

Sem imposto equilbrio D Desemprego desce para DE N-N* so empregos criados

Corresponde a uma reduo da TSU.

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