ecoestudantil, n.16, abril 2011

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CENTENÁRIO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER ESCOLA SECUNDÁRIA 3EB Dr. Jorge Correia - TAVIR A Número 16, Abril de 2011 BIBLIOTECA Biologia/ Geologia CNO História Português Economia Línguas Área de Projecto Filosofia Projectos Visitas de Estudo Nesta edição: O,50€ P or iniciativa de um grupo de Formandos da UFCD da discipli- na de Português para Estrangeiros e com a dinâmica da for- madora, da referida disciplina, Lúcia Faleiro, decidiu-se organizar na Biblioteca deste estabelecimento de ensino uma exposição relativa à “Mulher”, seguida de um convívio, no Auditó- rio desta escola, entre os diversos intervenientes. Aderiram a esta iniciativa as formadoras Liliana Matias e Luísa Coru- che, acompanhadas pelos seus formandos: UFCD – Oficina de Portu- guês e pela turma EFA – Continuação. Assim, no decurso dos dias 14 a 18 de Março, realizou-se a exposi- ção, no átrio da Biblioteca, sujeita ao tema “Mulher: marcaram a dife- rença e conquistaram um lugar no universo colectivo”. No dia 16 de Março, pelas 20:30 horas, teve lugar, no Auditório, uma tertúlia em que foram ditos Poemas de autores portugueses e estran- geiros, intercalados com cânticos, alusivos à temática em causa. O interesse desta iniciativa revelou-se bastante proveitoso, na medida em que houve um encontro de diversas culturas e troca de experiências pedagógicas. A Formadora: Lúcia Faleiro

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Jornal Escolar Biblioteca Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia - Tavira

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Page 1: ECOESTUDANTIL, N.16, Abril 2011

CENTENÁRIO DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

ESCOLA SECUNDÁRIA 3

EB

Dr. Jorge Correi

a - TAVIRA

Número 16, Abril de 2011

BIBLIOTECA

Biologia/ Geologia

CNO

História

Português

Economia

Línguas

Área de Projecto

Filosofia

Projectos

Visitas de Estudo

Nesta edição:

O,50€

P or iniciativa de um grupo de Formandos da UFCD da discipli-na de Português para Estrangeiros e com a dinâmica da for-madora, da referida disciplina, Lúcia Faleiro, decidiu-se organizar na Biblioteca deste estabelecimento de ensino

uma exposição relativa à “Mulher”, seguida de um convívio, no Auditó-rio desta escola, entre os diversos intervenientes. Aderiram a esta iniciativa as formadoras Liliana Matias e Luísa Coru-che, acompanhadas pelos seus formandos: UFCD – Oficina de Portu-guês e pela turma EFA – Continuação. Assim, no decurso dos dias 14 a 18 de Março, realizou-se a exposi-ção, no átrio da Biblioteca, sujeita ao tema “Mulher: marcaram a dife-rença e conquistaram um lugar no universo colectivo”. No dia 16 de Março, pelas 20:30 horas, teve lugar, no Auditório, uma tertúlia em que foram ditos Poemas de autores portugueses e estran-geiros, intercalados com cânticos, alusivos à temática em causa. O interesse desta iniciativa revelou-se bastante proveitoso, na medida em que houve um encontro de diversas culturas e troca de experiências pedagógicas. A Formadora: Lúcia Faleiro

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PROJECTOS

INTERCÂMBIO 12º A1/alunos italianos (Salemi, de 8 a 19 de Dezembro de 2010)

Foi com muito entusias-mo e ávidos de chegar a Sale-mi, onde éramos esperados pelos nossos colegas italianos, que partimos, mas com alguns receosos, pois era a primeira vez que viajavam de avião.

A união faz a força!

Salemi Nos dias que se seguiram desdobrámo-nos em actividades variadas de conhecimento: do outro, da Escola, da cidade de Salemi, da região da Sicília.

Catedral de Palermo Taormina

Escola F. D’Aguirre

Vulcão Etna

Realizámos actividades de conhecimento das duas línguas, Português e Italiano, da cultura italiana, sempre em grande colaboração

Vimos muito, trabalhámos em conjunto e divertimo-nos bastante.

O pior foi o momento da partida…

O intercâmbio, levado a cabo no âmbito do Projec-to Comenius “All roads lead… home”, traduziu-se em doze dias de intensa actividade, nas vertentes culturais, patrimoniais, gastronómicas e lúdicas, numa partilha de experiências que nos encantou e marcará para a vida. Os nossos parceiros foram verdadeiros embaixado-res da sua cidade, professores e pais também, por isso deixamos, neste espaço, o nosso obrigada pelo carinho e simpatia demonstrados.

A professora: Maria Antonieta Couto

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PROJECTOS

BRIGADA ANIMAL EM ACÇÃO

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A o longo do presente ano lectivo, o grupo de tra-balho «Brigada Animal» tem dado continuidade

ao périplo, iniciado anteriormente, pelas escolas do 1º Ciclo para, junto das crianças mais jovens e subscrevendo as direc-tivas europeias sobre esta matéria, promover o respeito pelo bem-estar animal.

Assim, até ao momento, foram efectuadas cinco sessões de sensibilização, com recurso a dramatização, nas seguintes escolas: EB1 Tavira (1/2), EB1 Santo Estêvão (3/2), EB1 Por-ta Nova (22/2) e Vila Nova de Cacela (24/2 e 17/3). Participaram directamente os seguintes elementos, parte integrante do Grupo de Teatro da Escola Secundária de Tavi-ra: Jessica Agostinho, Inês Guilherme, Telmo Pereira, Patrícia Estêvão, Bruno Paulino, Mónica Martins, Ana Pereira e San-dro Colaço, que também coordena os trabalhos. De sublinhar a exce-lente receptividade de que temos sido alvo, quer por parte de crianças – de um charme e candura infinitos! – , quer por parte das estruturas organizati-vas de cada uma das escolas por onde temos passado. A todos, um bem-haja!... Duas das alunas que nos acompanharam, e que integram o projecto pela primeira vez, este ano lectivo, expressaram a sua opinião sobre o

mesmo: «A Brigada Animal é uma experiência nova e bastante enriquecedora, pois ouvir as crianças a falar dos seus animais de estimação com o carinho especial de quem realmente se preocupa é algo inexcedível. As palavras inocentes que somente elas sabem ter e o brilho no olhar ao relatar as suas vivências são deveras cativantes, evidenciando uma grande motivação para a descoberta de maneiras divertidas de darem uma boa vida ao seu animal de estimação, nunca o maltratando nem deixando que terceiros, incluindo a própria família, o maltratem. Esta é uma maneira simples, dinâmica, com projecção teatral, de lhes lembrar (e alertar os mais desprevenidos) que os animais têm tantos direitos como nós, sentem como nós,

devendo, por isso, ser tratados com respeito, simpatia e dignidade. A Brigada Animal é um con-junto de emoções, proporcionando-nos momentos de alegria e felicida-de; desperta em nós a curiosidade, a liberdade de imaginação e o apre-ço com que trabalhamos junto das crianças, visando dar um contributo para a sua formação dentro de prin-cípios bem consolidados, nomeada-mente no que concerne ao respeito pelos animais e seu bem-estar.» Mónica Martins e Inês Guilherme, [11º C2], Oficina de Teatro: Causa Animal A professora: Teresa Afonso

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projectos

E ntre 10 e 16 do mês de Março, os alunos das turmas de 12º A1, A2 e A3 envolvidos no inter-câmbio com o Lycée Arago de Perpignan rece-

beram os seus correspondentes acompanhados pelas professoras Eufémia Correia e Nathalie FLamenbaum .

Alunos e famílias receberam calorosamente os jovens franceses em consequência dos laços já criados na primeira fase do projecto e do excelente acolhimento de que foi alvo a comitiva portuguesa nessa ocasião.

Durante a estadia proporcionou-se a descoberta da cidade e da região algarvia com visitas guiadas aos princi-pais centros de interesse social e cultural.

O mais importante, porém, foi a oportunidade de promover o conceito de cidadania pela aceitação dos outros povos e culturas, consolidar relações humanas a nível de camaradagem, desenvolver actividades de curiosidade intelectual e estimular atitudes e comportamentos de responsabilidade, autonomia e participação. Propiciou ainda a divulgação da língua e cultura por-tuguesas e, com a apresentação do relatório à comunidade, fomentou-se um olhar crítico nos discentes e Encarregados de Edu-cação.

Os professores: Ana Alves, António Rosendo e Paula Pereira

INTERCÂMBIO TAVIRA/ PERPIGNAN

Ciclo de Palestras de MatemáticaCiclo de Palestras de MatemáticaCiclo de Palestras de MatemáticaCiclo de Palestras de Matemática O Grupo de Matemática da nossa escola está a levar a cabo um conjunto de palestras preparadas por alunos da nossa Escola e, este ano, a serem apresentadas na nossa escola e a alunos do 3º Ciclo das Escolas D. Manuel I e D. Paio Peres Correia. Cada palestra tem uma duração prevista de 60 minutos

PALESTRA 1: TRIÂNGULO DE PASCAL Oradores: Joana Pereira, Patrícia Viegas, João Inês e Pedro Fialho

PALESTRA 2: EVOLUÇÃO DO NÚMERO: DA ANTIGUIDADE À ACTUALIDADE Oradores: Francisco Sousa e Filipe Custódio

PALESTRA 3: FRACTAIS E GEOMETRIA FRACTAL Oradores: Alexandre Matias, Alexandre Pires e João Gonçalves

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Biologia/ geologia

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ÁGUA , OURO AZUL : aquíferos à lupa

urgente. É de toda a importância apercebermo-nos que

a água é um bem precioso e que a sustentabilida-de da sua utilização não deverá ter um carácter económico, mas sim uma perspectiva humana, social e ambiental. Na verdade, quando se faz um furo numa propriedade “nossa” e dela extraímos água, não é a nossa água, mas sim a água de todos nós.

Depois desta actividade, ficámos conscientes de como somos sortudos, pelo simples facto de abrirmos a torneira e haver água boa para beber. O professor deu uma designação curiosa à água... Chamou-lhe OURO AZUL, pois tê-la em abundân-cia e em boas condições é a maior riqueza que um homem pode ter.

Carlos Teixeira e Ricardo Rolim, 10º A2

A s três turmas de Ciências e Tecnologias do 10o Ano da nossa Escola tiveram a oportunidade de examinar de perto,

com um especialista, o funcionamento de aquífe-ros, reservatórios naturais de água doce subterrâ-nea, e as consequências das atitudes humanas nos mesmos.

Um emaranhado de experiências, conversas, interrogações e respostas dominaram a actividade que decorreu na sala 26, do bloco 3D, da Escola Secundária Dr. Jorge Correia, no passado dia 30 de Novembro. O professor Duarte Duarte da Uni-versidade do Algarve, ao longo da manhã, falou connosco acerca da preservação e da importância dos aquíferos, realizando nós com o seu apoio diversas experiências interessantes sobre o tema.

Com recurso a um pequeno modelo, realizámos a simulação de um pesticida introduzido numa cul-tura, que em conjunto com a água se infiltra no solo. Essa água, que iria compor o lençol freático da zona, ficou poluída devido ao pesticida. Quando alguém captasse essa água, que seria potável, ficaria com água contaminada. A experiência aca-bou por se tornar numa mini-demonstração daquilo que um ser humano faz no dia-a-dia, de forma inconsciente. Foi ainda possível observar porque ocorrem secas e a influência dos aquíferos no cur-so de um rio.

Com esta iniciativa, cada um de nós pôde pôr em prática os seus conhecimentos e espírito cien-tífico com as actividades que fomos realizando. Ao longo das diferentes experiências, reforçou-se a ideia de quão prejudicial são as nossas atitudes e a necessidade de uma tomada de consciência

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A talaia é uma zona da cidade de Tavira que tem tradição pelas suas fontes e pelas característi-cas medicinais das suas águas. A fonte de Santo António ou a fonte da

Atalaia tem registos conhecidos da sua existência pelo menos desde o século XVI nas descrições feitas pelos cronistas Frei João de São José e Henrique Sarrão. Contudo, o aproveitamento das águas para fins termais e a construção do edifício que actualmente funciona como sede do Clube Vela apenas veio a acontecer no século XIX, 1862-1863, por uma comissão de Tavirenses, presidida pelo Vis-conde de Tavira, com dinheiro obtido numa subscrição públi-ca e em bazares que para o efeito se realizaram nas festas da Cidade naqueles dois anos. As termas funcionariam da seguinte maneira:

• A actual sala de refeições do Clube de Vela era a sala de espera de quem queria desfrutar das águas.

• As oito portas escondiam no seu interior as banheiras onde as pessoas se banhavam, sendo apenas duas des-sas banheiras com a água aquecida de maneira primitiva, apenas no início.

• A bomba, ainda hoje em evidência dentro do edifício, bom-beava água para o piso superior, onde era aquecida por uma caldeira com aquecimento primitivo. Era assim que a água chegava quente às banheiras.

• Da captação derivava para o exterior uma bica de água para utilização pública, a bica ainda lá está, mas seca.

“Era hábito os tavirenses irem à fonte lavarem os braços, lavarem a cara. Aliás, era um dos passeios de Verão. Tavira é uma cidade quente, só senti a temperatura das noites de Tavira em Marraquexe, com aquele ar morno que uma pessoa gosta de sentir.” (Informante Adelaide Ramos)

“Esse meu cunhado, quando veio para cá curar-se da doença de pele, era ainda criança. Acho que o tratamento durou três anos, em tratamentos de um mês, porque era um caso de pele, mas normalmente duravam 15 dias. Parece-me que isso dependia do estado em que uma pessoa vinha. Recordo-me que uma tia desse meu cunhado, que era solteira e o acom-panhava quando vinha para cá, contar que o tratamento era de um mês .“ (informante Adelaide Ramos)

Depois, em 1988, por efeito de um ajardinamento, foi bai-xado o terreno junto da nascente, pondo esta a correr para o esgoto da cidade, já que desde meados dos anos 1960 a água não era utilizada com funções terapêuticas. Todo este espaço correspondia ao antigo Campo da Feira.

"Na Atalaia fazia-se a feira de gado, até havia uns versos sobre a Atalaia: “Eu dou de beber ao gado/ e a gente de

toda a laia/ eu sou o poço da Atalaia”. Talvez a descoberta das propriedades da água esteja

relacionada com os efeitos que elas faziam sobre os animais, depois relacionavam com a aplicação de curas de doenças. Havia também um poço, aliás havia vários, na Horta de El-Rei. Também foi uma obra muito mal feita. Destruíram os poços, deveriam tapá-los com um vidro acrílico, mas deixa-ram-nos lá. Só ficou o poço da Lenda da Moura. Esse puse-ram uma vedação à volta, mas está lá, é a lenda do poço de Vaz Varela, em que uma moura encantada apareceu à noite. Aqui, na Fonte da Praça, a lenda é de três mouras que fica-ram ali encantadas. Na Fonte da Atalaia não me recordo de nenhuma lenda." (Informante Adelaide Ramos).

Natureza da água: Natureza Hipossalina Bicarbonatada cál-cica, nitratada, mesotermal (25,4º).

(Almeida, 66/I,75)

ANTIGAS TERMAS DE TA VIRA—ATALAIA

Biologia/ geologia

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Antigo edifício das Termas e actual edifício do Clube Vela de Tavira.

Esta é a antiga sala de espera, actual sala de refeições. As 8 banheiras existentes estavam colocadas 4 de um lado e outras 4 do outro. A bomba bombeava a água para o piso superior onde era aquecida por uma caldeira primitiva.

Placa à entrada do edifício

Inscrição numa das paredes exteriores

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Centro de Novas OPORTUNIDADES

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Antiga bomba que retirava a água do reservatório.

Inscrição colocada no exterior do edifício, pela população como agradecimento ao Visconde de Tavira, que ajudou bastante na construção do edifí-cio. Diz: “Uma comissão presidida pelo Ex. mo Vis-conde de Tavira satisfez com os seus esforços os públicos desejos na edificação desta obra. Julho de 1863"

Bibliografia:

ANICA, Arnaldo Casimiro, Tavira e o seu termo, Câmara Municipal de Tavira, 1993.

VASCONCELOS, Damião Augusto de Brito, Notícias Históricas de Tavira 1242/1840, Câmara Municipal de Tavira, 1999.

Termas da Atalaia (Tavira) In Águas. Instituto de Ciências Sociais. Universidade de Lisboa.

[Consult. 2011-03-11]. Disponível na www: < url: http://www.aguas.ics.ul.pt/faro_atalaia.html>

Beatriz Silva, 10º A2,

no âmbito da disciplina de Biologia/Geologia

Dentro do Programa Centro de Novas Oportunidades (CNO), na Escola Secundária Dr. Jorge Correia, em Tavira, foram entregues os diplomas a cerca de trinta alunos adultos, que completaram o nono e décimo segundo anos. A cerimónia decorreu no auditório da Escola, onde reinou a ale-gria dos que em tempo próprio não conseguiram a habilitação agora obtida. A Professora Teresa Correia liderou a equipa que analisou o processo em que me inseri, por isso lhe perguntei qual a sua opi-nião sobre os processos analisados: - A minha opinião é que é um processo muito válido, ao contrário de algumas pessoas que não estão por dentro do assunto e que nem se conseguem aperceber e nem sequer sabem dar valor às suas próprias aprendizagens mais activas, junto das outras pessoas. Nós temos aqui experiências muito ricas, díspares, de vivências às vezes tão coloridas que depois de reflectidas e analisadas acabam por realmente dar a certificação, tanto ao nível do nono como do décimo segundo anos.

Nos processos apresentados, pelos formandos, aparec em casos chocantes e também alegres? Sim. Mas nós é que temos de saber aproveitar sempre o lado positi-vo ao ver todas as aprendizagens de toda e qualquer pessoa, e é isso que é válido, porque é isto que levamos desta vida.

A Professora Fernanda Cruz , Coordenadora do CNO, disse-nos que é necessário muito empenho, muita dedicação e muito trabalho porque se trata de um processo de validação de competências. Vai fazer com que as pessoas recuem muito no tempo, na sua história de vida para poder relembrar e depois reflectir, para que cada um se possa valorizar a si próprio, aquilo que fez e a importância que teve no seu desenvolvimento como pessoa, como profissional, como cidadão em geral.

Para complementar a experiência de vida é necessário justificar os factos descritos e recorrer também à pesquisa na NET ou em bibliotecas. As pessoas vão acompanhar o seu saber com o saber científico, e é dessa reflexão que são valorizados. A sua própria vida e expe-riência acabam por ser reconhecidas pela equipa e validadas. Aqueles que não tiveram oportunidade, em devido tempo, podem fazê-lo agora, roubando algum tempo à família ou mesmo aos ami-gos. Não sei se será tirar tempo. Porque, neste aspecto, é bom parti-lhar com a família, pois isto é um valor acrescentado e até será o momento para o diálogo, partilhar as suas experiências, a sua parti-cipação na sociedade actual ou aquilo que os jovens ou familiares que também andam em várias modalidades de estudo, que estão vivos e inseridos na sociedade, podem partilhar e confrontar sabe-res.

O Director da Escola, Professor José Baia, comentou-nos que “normalmente os jovens não aproveitam as oportunidades – vejo aqui nesta sala alguns que foram meus alunos e que não apro-veitaram – fazem-no agora. Penso que estão todos de parabéns e que é uma iniciativa muito boa. Há quem pense que isto é uma

NA ESCOLA SECUNDÁRIA Dr. JORGE CORREIA - CNO, ENTREGOU DIPLOMAS

Por: Geraldo de Jesus* [email protected]

(Continua na página 11)

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Juventude, Cinema, Escola

B illy Elliot é um filme realista

britânico que retrata a vida de um rapaz de onze anos proveniente de uma aldeia mineira, do norte de Ingla-terra. Numa tentativa de fazer face às más condições em que viviam, os mineiros organizaram-se numa greve que, ao durar vários meses, gera uma grande miséria e um clima de violência geral.

Apesar das dificuldades económi-cas com que se deparava, o pai de Billy consegue arranjar dinheiro para que o seu filho possa frequentar os treinos de boxe, uma actividade que todos os rapazes eram incentivados a praticar. Billy procura integrar-se na sociedade violenta em que vivia, tentando corresponder às expectati-vas do seu pai. No entanto, um dia ao chegar ao treino de boxe, Billy depara-se com algo que iria mudar a sua vida para sempre: a dança. Ao observar uma lição de ballet, o rapaz sente-se totalmente fascinado e acaba por se juntar à lição. Incentivado pela professora que notara desde sempre o seu inacreditável talento, Billy começa a frequentar as lições de ballet. Ele esconde esta situação à sua família, pois o ballet é, erradamente, considerado uma modalida-de unicamente feminina, não devendo ser pratica-da por homens. É ao conversar com o treinador de boxe que o seu pai descobre que Billy deixara de comparecer aos treinos. Intrigado com a situação, decide apa-recer no ginásio. Qual não é o seu espanto quando se depara com o seu filho a dançar ballet. Reage de forma violenta, proibindo o jovem de continuar a frequentar as lições. Ao aperceber-se do sucedido, a professora de

dança disponibiliza o seu tempo e ofe-rece-se para dar aulas particulares a

Billy, sem o consentimento do seu pai. Mais tarde, decide levá-lo a uma audição, numa prestigiada escola de ballet londrina. Ao demonstrar a sua paixão pela dança e a sua determinação, Billy “conquista” o apoio da família, que se dispõe a pagar a audição, dando ao rapaz uma oportunidade para perseguir o seu sonho. Apesar da frustrante audição, Billy consegue ingressar na escola, acabando por se tornar um bailarino profissional que, contra tudo e contra todos, tornou o seu sonho realidade. Esta comovente e marcante história demonstra-nos como é importante lutarmos pelos nossos objectivos, nunca desistindo dos nossos sonhos. Sonhar é uma parte inevitável da vida humana, que nos leva a desafiar os nossos limites, supe-rando-nos a nós próprios. Não é um motivo de vergonha fazer tudo ao nosso alcance para perseguir os nossos objecti-vos e não os conseguir realizar, pois, pelo menos, poderemos dizer com orgulho: “-Eu tentei.” Devemos, portanto, lutar por aquilo em que acreditamos, sem nunca desistir, pois assim nun-ca será necessário dizer com arrependimento: “-Se eu tivesse tentado…”

Sofia Basílio - 10ºE

(Artigo realizado no âmbito da disciplina de Filosofia)

Billy Elliot

Comentários a um filme visionado no âmbito do Programa Juventude, Cinema, Escola

Página 8

Page 9: ECOESTUDANTIL, N.16, Abril 2011

PROGRAMA Regional DE Educação Ambiental PELA Arte

Página 9

B illy Elliot conta a história de um rapaz

de onze anos que sonha em tornar-se um bailari-no profissional, porque encontrou na dança a sua forma de expressão e uma espécie de “saída de emergência” para colorir a sua realidade. Em crescendo, assistimos ao desenrolar de um drama emocionante que nos leva a assistir com expecta-tiva a um desfecho surpreendente. Numa sociedade rústica do Norte da Inglaterra, em 1984, encontramos o jovem Billy (Jamie Bell, um rapaz órfão de mãe, filho de Jackie e irmão de Tony, ambos mineiros). Entre os obstáculos e pro-blemas do dia-a-dia, normais para um adolescen-te como Billy, aparece o dilema mais importante da sua vida e que torna esta história muito pecu-liar: continuar a sua vida tal como sempre foi, a praticar boxe – mesmo que não lhe agrade e para tal não tenha vocação –, ou lutar pelo ballet, entendido como uma actividade exclusivamente para raparigas, – a sua grande paixão, o seu maior sonho, e no qual demonstra talento –, e enfrentar todos os preconceitos e as barreiras para o conseguir. Enfrentar e lutar são os termos correctos quan-do se trata de descrever os esforços que Billy terá que fazer para convencer não só a sua família, mas também uma sociedade que não vê “com bons olhos” o facto de um rapaz praticar ballet. Para levar a sua intenção avante, Billy conta com o apoio e a protecção da professora Wilkinson, que o ajuda a progredir tecnicamente e “alimenta” o seu sonho. Os obstáculos à intenção de Billy são mais que muitos – desde a situação de orfandade, passan-do pela greve dos mineiros, pelas dificuldades económicas da família, até chegar aos preconcei-tos –, mas esta longa-metragem torna evidente que a força do sonho, a vontade de vencer e per-severança do protagonista são mais fortes. No final do filme, assistimos à transformação de um Billy amedrontado pelas incertezas da vida que o espera para um Billy seguro da vida que seguiu. Um filme emocionante, simultaneamente comovente e divertido, cru e sensível, realista e mágico. Numa palavra, belíssimo!

Ingrid Mayline, 10º C1 (Artigo realizado no âmbito da disciplina de História)

“Billy Elliot”: A vida é feita de escolhas

S e fosse detentora de um Nuteixo… que

faria com ele? Só de pensar que poderia ter tal objecto, tão poderoso, nas minhas mãos, possivelmente teria receio de o utilizar, pois, caso me enganasse nas palavras mágicas, poderiam acontecer grandes desastres ou até catástrofes, como chuvas abundantes, durante vários anos, referidas num dos contos do livro Contos do Mago.

Tirando todas estas coisas negativas da minha cabeça, tenho certeza que lhe daria utilidade, não só em meu bene-fício mas também para todos os habitantes do planeta Ter-ra.

O que, principalmente, iria alterar era a mentalidade de todas as pessoas, porque até isto acontecer iriam sempre existir guerras, poluição, fome, etc., pois, sem a alteração de mentalidades, nunca haveria paz. E, por consequência, o Homem passaria a ser uma espécie completamente extin-ta, que nunca soube cuidar do Mundo que lhe foi atribuído. Creio que este desejo iria agradar a todos nós.

Tudo o que faria seria pela “lei do menor esforço”. Mas, tal como o título diz: “que farias com um Nuteixo”, eu limitei-me, apenas, a responder. Eu sei que temos de nos esforçar para atingir os nossos objectivos, mas sonhar não custa….

Ana Carolina Pires, 10º A3

“ És detentor do Nuteixo, que farias com ele?”

Aí está uma pergunta difícil de responder. Poderia fazer mil e uma coisa com o Nuteixo nas minhas mãos, mas não iria optar por fazer coisas só a pensar em mim. Eu gosto de obter as coisas boas da vida por mérito próprio, com o meu esforço e dedicação. Por isso, eu optava por coisas para o bem de todos e do planeta.

Com o Nuteixo não deixaria que inúmeras espécies se extinguissem, transformaria os gases poluentes das fábri-cas e dos meios de transporte em vapor de água, por fim fecharia o buraco da Camada de Ozono.

Assim, ao ajudar o planeta, estaria a ajudar todos, e apenas com um pouco de magia.

Lídia Costa, 10ºA3

És detentor do Nuteixo, que farias com ele?

(Artigos redigidos no âmbito da disciplina de Português)

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ECONOMIA

“Tempos modernos”, de Charlie Chaplin

N o filme

“Tempos Modernos”, Charlie Chaplin desempenha o papel de um trabalhador fabril.

A fábrica onde trabalha tem como único objectivo o aumento da produção, explorando a mão-de-obra. Assim, os empregados são levados a trabalhar sem interrupção, mesmo durante a hora de almoço. Este trabalho que era em série e sem pausas leva a perso-nagem principal do filme a um esgotamento, acabando por destruir a fábrica. Como consequência deste acto, é levado para um hospital psiquiátrico.

Ao ter alta do hospital, sucede-se um episódio cari-cato. Os polícias confundem-no com o líder de uma manifestação por melhores salários e condições de trabalho mais seguras e, assim, é preso. Dentro da cadeia, é muito bem tratado por todos, depois de ter

ajudado na detenção de uns fugitivos. Então, quando finalmente é libertado, tenta fazer tudo para voltar. Aju-da uma rapariga que roubou pão, pois estava cheia de fome e que ficara, recentemente, órfã, e entrega-se no lugar dela.

Depois de várias peripécias, acabam por fugir à polícia e ficam juntos. Com o passar do tempo, aperce-bem-se que precisam de alimentar-se e arranjar uma casa. Então, Charlie Chaplin tenta arranjar um empre-go.

Consegue um emprego como guarda-nocturno, mas, no dia seguinte, o patrão encontra-o a dormir e, então, ele regressa à esquadra.

Ao sair, a rapariga está a espera dele e mostra-lhe a sua casa, em condições degradantes, mas é o melhor que podem arranjar. Ela conta-lhe que

arranjou um emprego como bailarina e promete tentar ajudá-lo a conseguir ser o empregado do mês.

Quando estava a correr tudo bem, aparece a polícia atrás dela, acabando por fazê-los fugir por uma estra-da, sem rumo.

Este filme retratada os problemas vividos pela clas-se operária no início do século XX. Os operários fabris trabalhavam em condições quase desumanas, durante longas horas, em pé, realizando funções repetidas. E sem se sentirem recompensados quer material,

quer psicologicamente, por esse trabalho. Senti que, para além da vida profissional ser péssi-

ma, em que nem tinham direito a manifestarem-se, também a vida pessoal era complicada, pois não tinham dinheiro suficiente para terem uma vida digna.

Neste filme é visível uma crítica de forma hilariante à sociedade industrial, com a produção em massa e com o facto de tentarem pôr os homens ao serviço das máquinas e não o contrário.

A temática deste filme é, passados tantos anos, ainda actual e de uma forma lúdica coloca-nos a pen-sar sobre os problemas que afectam a sociedade industrial.

Beatriz Ávila, 10ºB

Página 10

Apesar de este filme ter sido feito há muito tempo atrás, hoje, todos nós de alguma maneira estamos perante os mes-mos problemas. Aconselho que seja visto, porque, apesar de ser um filme mudo, consegue emocionar o espectador e envolvê-lo de uma maneira individual na

história que aqui decorre. Yana Ilieva, 10ºB

Page 11: ECOESTUDANTIL, N.16, Abril 2011

HISTÓRIA

Página 11

N o dia dez de Fevereiro, a turma 11º C1 foi convida-do para assistir a uma conferência na Biblioteca

Municipal Álvaro de Campos. A mesma fez parte do II Ciclo de Conferências, ‘‘O Algarve e as Guerras Liberais”, pro-movido pelo Regimento de Infantaria Nº 1, no âmbito das comemorações dos 215 anos do Quartel da Atalaia. O orador foi Alexandre Sousa Pinto, Tenente General, que abordou o tema: “A participação do Sul nas guerras libe-rais”.

II Ciclo de Conferências : O Algarve e as Guerras Liberais

N o dia 10 de Fevereiro , a

turma 12º C de Línguas e Humanida-des, da Escola Secundária Dr. Jorge Correia, dirigiu – se à Biblioteca Munici-pal para assistir a uma palestra subordi-nada ao tema “o Algarve e as Guerras Liberais”.

A palestra foi proferida pelo Profes-sor Doutor Rosa Mendes, da Universi-dade do Algarve, que recorreu a depoi-mentos verídicos do Tenente-Coronel Le Charlier e do Barão de Suarce, dois militares franceses, ao serviço dos libe-rais no período da Guerra Civil (1833-1834). Estes depoimentos constam no livro de António Ventura intitulado: Guerras Liberais - A Campanha do Algarve (1833-1834) .

Foi, assim, que no âmbito das comemorações dos 215 anos do quartel Atalaia tivemos a oportunidade de adquirir novos conhecimentos e relacio-ná-los com as aprendizagens já feitas na disciplina de História.

Inês Nunes, 12ºC

Com uma excelente leitura e clara dicção, o orador manteve o auditório sempre interessado. Após um resumo dos acontecimentos a nível nacional, motivados pela morte de D. João VI, por envenenamento, Alexandre Pinto focou as lutas entre Liberais e Miguelis-tas que ocorreram na província do Algarve.

Deu destaque às acções de guerri-lha ocorridas entre 1834 -38. Lembrou o caso do Remexido, José Joaquim de Sousa Reis, natural de Estombar, e que foi chefe interino do Algarve, por nomeação de D. Miguel. Este miguelista comandou uma forte oposição aos libe-rais até 1838, apesar da derrota dos Absolutistas desde 1834.

Como estudantes do curso de Humanidades, e inscritos na disciplina de História, apreciámos o modo como dados sobre as guerras liberais foram apresentados de uma forma tão acessí-vel. Considerámos também de grande interesse saber o papel fundamental que o Algarve desempenhou no período das Lutas Liberais.

José Correia, 11º C1 (redacção colectiva )

brincadeira, não o considero. Vocês que aqui estiveram alguns meses podem atestar que se tem de traba-lhar, mostrar as suas competências. Quando se é jovem, não se pensa nestas coisas. Temos aqui menos jovens e jovens. Esta Escola ao ter o CNO contribuiu muito para que neste concelho as pessoas mos-trassem aquilo que valem. Foi o que aconteceu e que certamente vai continuar a acontecer, porque mui-tas centenas de pessoas continua-rão a mostrar que adquiriram com-petências ao longo da sua vida pro-fissional. Não as conseguiram mos-trar na altura quando foram jovens estudantes, mas nunca é tarde, e isto é a prova”.

* * * * * * * *

Como nota de reportagem, a Escola esteve em festa, não só pela entrega dos diplomas, mas também porque o Rancho Folclórico da Luz de Tavira veio actuar. E como em época natalícia se canta “ao Deus Menino”, um grupo da Charola da Casa do Povo de Santa Catarina da Fonte do Bispo veio participar na festa.

Quero deixar os meus agradeci-mentos aos senhores professores que acompanharam o meu proces-so, pela forma como me ajudaram nas dúvidas que foram surgindo, e deixo um conselho aos colegas mais jovens: Tenho filhos e netos já com habi-litação universitária. Mas também tenho quem não tenha aproveita-do… Não deixem que o tempo pas-se ao vosso lado, sem dele tirar

proveito. Não troquem a vossa for-mação escolar por umas noitadas, umas “bjekas”, porque mais tarde terão tempo para isso. Eu, aos 71 anos de idade, completei o 12º. Ano e recordo que as anteriores habilitações literárias (Curso Geral de Administração e Comércio) só as obtive estudando à noite, nesta Escola. Falta de oportu-nidade ao longo da minha vida pro-fissional? Não! Já tinha uma profis-são, para que queria mais estudos? Só me apercebi disso quando para subir na carreira tive necessidade de estudar em horário pós-laboral.

*Geraldo de Jesus

*Aluno. Colaborador da Imprensa Regional

(Continuação na página 7)

Page 12: ECOESTUDANTIL, N.16, Abril 2011

eco dos espaços

Esta sessão proporcionou-nos um momento de lazer, descontracção e reflexão sobre o tema apresen-tado: O Amor. Uma das observações de Afonso Dias foi: “O fundamental é sermos felizes”, com a qual devemos estar todos de acordo.

Carolina Freire e Mariana, 10ºA2 R

Página 12

Uma dose de Poesia e Afectos

Sessão com Afonso Dias,

28 de Fevereiro de 2011

Numa abordagem diferente, no Auditório, Afonso

Dias conduziu cada aluno a reflectir sobre a essência do

amor e dos afectos que, por sinal, têm um papel impor-

tantíssimo em qualquer relação interpessoal (amorosa ou

não). Esta iniciativa que surgiu no âmbito do Programa da

Educação para a Saúde e do Projecto de Educação Sexual

seguiu um rumo melodioso, rítmico e ritmado, despertan-

do o “bichinho”da poesia que, em muitos jovens, estava

adormecido.

Carlos Teixeira, 10º A2

Gostei da leitura expressiva feita pelo Afonso Dias, apesar de poder ter sido mais interactivo.

Ricardo, 10º A2

Na minha opinião, a sessão foi interes-sante, pois permitiu-nos uma nova abordagem ao tema que já tantas vezes foi tratado no âmbito de Educação Sexual. Os poemas apre-sentados pelo cantor foram, a maior parte, escritos por homens que descreveram o seu amor pelas mulheres e o quão belas elas são, comparando-as com flores, com o Sol, com a Lua…uma perspectiva masculina acerca do

Com uma grande simplicidade e de forma lúdi-ca mostrou aos jovens uma maneira de viver o amor, os afectos e as relações interpessoais. Os poetas recitados foram: António Gedeão, Carlos Drummond de Andrade, Natália Correia, Eugénio de Andrade, Vinícius de Morais, Alberto Caeiro, Henrique Barreto Nunes, Fernando Pes-soa, Luís Vaz de Camões, entre outros.

Henrique Carmo, 10º B Normalmente, nestas sessões, os poemas são desinteressantes, mas acho que nesta a escolha dos poemas foi correcta, de modo a interessar os jovens, ao máximo.

Ricardo Ova , 10º A1 Gostei da interacção que o cantor teve com o

público, pois ele não se limitou a cantar e a recitar

poemas, também pediu para o público cantar jun-

tamente com ele.

Soraia Louro, 10ºB

Page 13: ECOESTUDANTIL, N.16, Abril 2011

eco dos espaços

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Ana Cristina Matias é a coordenadora da biblioteca da nossa escola, Escola Secundária Dr. Jorge Correia. Além das funções inerentes ao cargo de bibliotecária, está encarregue do Biblioblo-gue, o blogue da Biblioteca , e a edição do Jornal “Eco Estudan-til”.

Há quanto tempo exerce funções de bibliotecária? De bibliotecária, há 5 anos.

Sempre foi o seu desejo trabalhar numa biblioteca? Inicialmente não tinha pensado nisso, mas como gosto de livros e de actividades culturais, de divulgar a cultura e a informação, quando me foi feito o convite para ser coordenadora da biblioteca, aceitei.

Qual o critério utilizado para a aquisição de livro s? A aquisição de novos livros é feita através daquilo que os grupos disciplinares e departamentos solicitam, e depois em função de projectos de leitura, nomeadamen-te o PNL, projecto nacional de leitura. Embora haja ver-bas para que nós possamos, eventualmente, comprar livros mais recentes, e estes são os que os alunos desejam requisitar, nós não os temos.

Quais são os livros mais requisitados? Podemos dizer que são os da classe 8, Línguas e Lite-ratura, os mais requisitados.

Quais são os planos para este ano lectivo? Estamos a desenvolver um projecto no âmbito de “Nós e os outros”, o tema deste ano do nosso projecto edu-cativo de escola. A partir desse tema central, nós resol-vemos focar os países lusófonos. Todos os meses, estamos a retratar um ou dois desses países. Acabei de montar a exposição referente a Cabo Verde e São Tome e Príncipe. Vamos também ter uma semana da leitura, esta é a nível nacional e esperamos que todos os alunos possam colaborar.

Os alunos costumam colaborar nas exposições? Sim.

De que maneira? Trazendo objectos, fazendo pesquisa sobre os temas das exposições. Uma ou outra exposição que temos é feita exclusivamente pelos alunos, como aquela onde estão expostos livros de Biologia e Geologia. No Natal, a decoração foi feita pelos alunos de Artes. Procuramos dar sempre espaço e divulgação aos trabalhos dos alu-

nos, no Biblioblogue. Podem lá consultar os artigos escritos por nós e por alunos.

Quando iniciou o projecto do blogue da biblioteca? Desde de 2008 que temos o Biblioblogue.

Com que regularidade é actualizado? O blogue é pelo menos uma vez por semana actualiza-do, havendo alturas em que é todos os dias, depende das actividades que há na escola, das notícias e dos artigos que os alunos, a associação de estudantes ou alguns professores nos enviam. Os alunos costumam visitar muito o blogue? Eu acho que vistam pouco o Biblioblogue.

A que acha que se deve isso? Eu acho que é pelo mau hábito português de não apre-ciarmos o que é nosso, o que está perto de nós. O nos-so blogue trata da vida da Escola, muitas vezes penso que preferem blogues que falam da vida social e não tanto do que acontece na Escola.

Sente que há cada vez mais alunos a frequentar a Biblioteca? Sim, a Biblioteca é muito frequentada. Porém, já não é para livros. Os tempos são outros. A grande maioria dos alunos que frequenta a Biblioteca é para o uso dos computadores, da Internet. À excepção da leitura recreativa, que é feita com os livros, a outra informação acabam por preferir ir buscá-la aos vários locais na Internet.

Qual a maior dificuldade que sente ao realizar o jo r-nal da Escola? A maior dificuldade é arranjar artigos diversificados e que cheguem com a devida antecedência. Eu abro a edição em Março, para sair no final do período, e o que acontece é que, normalmente, até ao fim do mês ante-rior ainda não tenho nada. Às vezes, quando já fechei a edição, é que as pessoas querem enviar artigos. Por isso, digo, sempre que tiverem artigos, enviem logo. Se houver mais artigos para publicar, em vez de ser uma edição trimestral será bimestral.

Por fim, há aspectos na Biblioteca que gostava de ver alterados? Sim, gostaria que houvesse um espaço com outra fun-cionalidade, por exemplo, com gabinetes, onde os alu-nos pudessem fazer trabalhos de grupo, trocar ideias, porque, neste momento, temos de chamá-los a atenção devido ao barulho. Nós compreendemos quando há vários grupos, mas incomoda quem está a ler ou a estudar, e assim ninguém se consegue concentrar. Mas, para isso, era necessário uma nova escola. As mais recentes bibliotecas das universidades já são con-cebidas com esses espaços, com salas envidraçadas à prova de som.

(Entrevista realizada no âmbito da disciplina de Portu-guês no dia 13 de Janeiro de 2011)

Beatriz Ávila e Mónica Jesus, 10ºB

Uma Vida entre Livros

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PORTUGUÊS

CRÓNICA

D urante uma aula de Português, fui incumbida de escrever uma crónica

que estivesse relacionada com a actualidade, com a sociedade e com algo que nos tivesse impressio-nado e marcado. Decidi escrever sobre uma frase que me marcou bastante:

"Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades."

Falo sobre este tema porque sempre tive um carinho especial por crianças e até mesmo adultos que tenham deficiência, uma vez que são raras as pessoas da nossa sociedade que as valorizam. O meu carinho por pessoas com problemas de defi-ciência cresceu por ter lidado bastante tempo com um rapaz que tem este problema e que sempre desvalorizavam, desprezavam e não lhe davam importância, ao ponto de ser gozado e muitas vezes mal tratado tanto física como psicologica-mente.

Este assunto revolta-me. Revolta-me por lhe terem “roubado” a oportunidade de ser feliz e igual perante uma turma, revolta-me por não lhe terem dado a oportunidade de mostrar as suas habilida-des que tanto valor têm e que nós poderíamos aprender e crescer vendo um amigo sorrir. Mas fizeram totalmente o contrário, impossibilitaram-no de se sentir igual perante os amigos, perante a família e sobretudo perante a sua própria auto-estima.

Para mim, a nossa sociedade é pouco sensível e tem um coração pequeno de mais para um mun-do tão grande. Até que ponto alguém tem o direito de impossibilitar outra pessoa de mostrar as suas competências e habilidades? Revolta-me o facto de estas pessoas não terem a oportunidade de ter um emprego, de não serem gozadas. E assim, aos poucos, a nossa sociedade vai perdendo o essen-cial, vai fechando o coração, e em vez de sermos uma sociedade de seres humanos fortes, sensí-veis e corajosos vamo-nos transformando numa sociedade de “pedra”, onde os valores incutidos por outras gerações se vão perdendo e cada pes-soa se vai refugiando no seu próprio mundo sem pensar nos outros.

À procura de um lugar

Página 14

Penso que, no mundo actual, deveríamos dei-xar de nos preocupar tanto com as rotinas diárias, com os pequenos acontecimentos do nosso dia-a- -dia e passarmos a preocupar-nos mais com as pessoas que vivem presas a um mundo que nunca idealizaram e onde são mal tratadas e despreza-das – elas não têm culpa de serem assim, não pediram para nascerem com esta doença. Por isto, valorizo todas as pessoas que têm a coragem de amar, de respeitar e lutar, dia após dia, para verem um sorriso nestas crianças e adultos.

Um dia, espero também eu ter a oportunidade de trabalhar e lutar para lhes poder dar um futuro e um dia tão bom como os que eu sempre tive. Por-que quero provar que vocês têm habilidades que eu e muitas pessoas da nossa sociedade não temos.

“Quando perdemos o direito de ser iguais, perdemos a oportunidade

de sermos livres”. Raquel Martins, 10º C2

Este tema da aceitação dos “meninos e adultos diferentes e desafortunados” merece o inte-resse de todos nós. Requisitem na Biblioteca o livro À procura de um lugar, que a autora, Fátima Marinho, tão gentilmente ofereceu à nos-sa biblioteca. Esta obra está acompanhada de um CD Áudio Livro, outro modo de ter acesso aos tesouros da literatura.

Page 15: ECOESTUDANTIL, N.16, Abril 2011

PORTUGUÊS

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A s superstições existiram desde sem-pre nas nossas vidas e na Humanida-

de. Com o incrível crescimento e desenvolvimento da Ciências, cada vez menos se acredita nelas, criando assim um estado por vezes de desrespeito, outras de avanço e benefício.

As superstições alimentaram ao longo dos séculos mitos, lendas e medos, muitas delas incutidas pela Igreja.

Hoje, todos pensamos que as superstições eram más para o Desenvolvimento, mas algumas defendiam a tão discutida Sustentabilidade.

Antigamente, havia a época do defeso em que não se armavam os covos para apanhar chocos, dizia-se que estavam envenenados ou, simplesmente, que tinham mudado de cor. A mudança de cor simboliza a época de reprodução ( a hoje chamada época do defe-so). Assim, as pessoas não os pescavam, e através desta inibição dava-lhes a oportunidade de ter um maior número de chocos no ano seguinte

. Havia ainda pescadores que deitavam ao mar

ramos de Daroeira [ou aroeira] que diziam que aben-çoava a postura quer de polvos, quer de chocos. Era, no entanto, o suporte que os progenitores escolhiam para os embriões devido ao ramo manter-se a uma profundidade que assegurava boas temperaturas e a sua mobilidade permitia uma boa oxigenação e ainda uma boa defesa, pois os embriões e as folhas da plan-ta são muito parecidos.

Entre muitas outras superstições, contam-se o nun-ca abater uma Oliveira, mas sim preservá-la e tratá-la, pois era a árvore de Deus. Era um crime abater essas árvores perante os olhos d’Ele. Ou ainda, o nunca reti-rar da natureza mais do que era preciso para gastar, pois os Deuses ficariam irritados connosco.

E tantas outras que nos deram e fizeram o respeito na nossa Sociedade, essencialmente pela Natureza. Porém, agora são desmentidas pela Ciência e, conse-quentemente, não há qualquer pudor em desrespeitar épocas de reprodução, árvores, animais, agricultura e Sociedade. Tudo isto deu lugar a esta sede de dinhei-ro e luxo que se condenava com superstições. Agora não há rédeas, não há freio, apenas um Mundo de consumo desvairado sem respeito por nada nem por ninguém.

Demos mais valor aos pequenos acontecimentos, aos pequenos objectos e veremos que a Felicidade do Pobre Humilde é a mais sã, resistente e durável que pode haver.

RdS , 11º ano

N ão há órgão do quarto poder que não

apresente notícia ou índice de corrupção no nosso país. Esta podridão que nos consome espiritual, económica e socialmente. Onde estás, ó sal da Terra…? António Vieira que com o seu famoso Sermão de Santo António aos Peixes criticou vícios e peca-dos da Sociedade do seu tempo, hoje em dia não perdeu a sua actualidade e em todos os pontos. Quando digo todos os pontos é também na explo-ração dos Índios no Brasil onde agora se destrói a sua casa e substitui-se por agricultura intensiva de soja, palma, milho e cana de açúcar. Intensiva para que a terra quando deixar de produzir fique mais estéril do que a areia de um deserto. Vieira crítica também o sistema de Justiça da época que representa a maldade e os vícios. Olha-mos para os nossos dias e não vemos qualquer alteração: o Bastonário da Ordem dos Advogados menciona no seu livro As Faces da Justiça que a Justiça Portuguesa pouco evoluiu desde os tem-pos em que os Miguelistas e os Liberais lutaram por Portugal. Podemos verificar a veracidade desta afirmação se juntarmos as palavras de Vieira, con-cluíremos, então, que pouco ou nada se avançou. Os vícios criticados pelo Imperador da Língua Portuguesa ainda continuam infelizmente bem usuais e um pouco mais praticados do que no anti-gamente, pois havia o receio do castigo de Deus. Agora, não se acreditando em Deus, rouba-se sem qualquer pudor para que a vida terrena seja o mais luxuosa possível. É pena que não exista um predador para estas pessoas corruptas e que fos-se ave, para que tentassem adquirir dois pares de sentinelas. Talvez, assim, não houvesse corrup-ção. Não percamos as Esperanças neste pequeno mas maravilhoso país que nos surpreende todos os dias com a força de vontade dos Portugueses, mas não dos seus administradores. As vozes do descontentamento ouviam-se pelo país, mas com pouca semeadura, agora ouvem-se por toda a Ter-ra Lusa numa ameaça de queda da carne corrup-ta. A alma e instinto Lusitano adormecidos em nós despertaram, e o sangue nas veias começa a fer-ver. Não percamos as Esperanças! RdS, 11º ano

Superstições? O padre António Vieira teria muito que criticar aos peixes de hoje

Page 16: ECOESTUDANTIL, N.16, Abril 2011

PORTUGUÊS

P alavra e

Utopia e A Missão são filmes de realizadores diferentes, mas que em ambos é retratada a defesa dos índios na América do Sul pelos Jesuítas. Em Palavra e Utopia, António Vieira explica perante a Inquisição Portuguesa a sua posição relativamente à exploração dos índios no Brasil. É nesta situação que Vieira revê o seu passado: a juventude, a ligação aos índios e os seus sucessos no púlpito. O filme apresenta várias cenas em que a câmara se centra no movimento do mar enquanto se ouve a voz de Vieira questionando a escravidão praticada pelos colonos. O que mais me chamou a atenção foi quando Vieira pregava numa igreja e os índios observavam tudo do lado de fora da porta. Podemos, assim, perceber como os índios eram tratados pelos colonos.

A Missão r e l a t a a colonização na América do Sul e a d i s c r i m i n a ç ã o s o f r i d a p e l o s índios. Os Jesuítas voltaram-se contra

os colonos e contra a Igreja, procurando proteger os índios e as suas terras. A cena que mais me cativou foi quando o padre Gabriel utiliza a música como forma de comunicação com os índios. Apesar de o mais velho não ter gostado, os outros aceitaram-no e o problema da comunicação foi ultrapassado. Ainda que concebidos por realizadores diferentes, um, o prestigiado português Manoel de Oliveira, o outro Roland Joffé, estes filmes cumprem a sua função de entretenimento e, em paralelo, fornecem-nos informações históricas e

culturais relevantes. Tatiana Machado, 11º C1

Crítica de cinema

Frei Luís de Sousa e Quem És Tu? são dois filmes de realizadores e épocas diferentes (António Lopes Ribeiro em 1950 e João Botelho em 2001, respectivamente) mas que abordam o drama trágico de Almeida Garrett: Frei Luís de Sousa. Ambos retratam a vida de D. Maria de Noronha, filha de D. Madalena de Vilhena casa-da em segundas núpcias com Manuel de Sou-sa Coutinho. Esta vive constantemente atemori-zada pela sombra do seu primeiro marido (D. João de Portugal) que foi para a batalha de Álcacer-Quibir de onde nunca regressou, mas cuja memória Telmo Pais, seu amo e actual amo de Maria, não deixa morrer. O clímax des-ta obra acontece quando um velho romeiro visi-ta D. Madalena trazendo novas do marido que ela julgava morto. Telmo reconhece neste romeiro o seu primeiro amo, D. João de Portu-gal. Conhecido este facto, Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena decidem professar. D. Maria, que tinha tuberculose, não aguenta a vergonha de ser filha ilegítima, tenta impedir os pais de ingressarem na vida religiosa mas não consegue e morre nos seus braços.

Em ambos os filmes, o início é semelhante: um campo de batalha repleto de corpos e um mensageiro procurando e chamando por D. João de Portugal.

Em Frei Luís de Sousa, as cenas não decor-rem como na obra, já que inicialmente vemos D. Maria a passear com Telmo pelo jardim,

Palavra e Utopia de Manoel de Oliveira e A Missão de Roland Joffé

Em defesa dos índios

Página 16

Um olhar atento sobre

Frei Luís de Sousa

Page 17: ECOESTUDANTIL, N.16, Abril 2011

falando sobre D. Sebastião e as profecias cria-das relativamente ao seu regresso. Podemos perceber rapidamente a personalidade da rapa-riga: uma jovem alegre e cativante, perspicaz e curiosa, crente no Sebastianismo mas também uma pessoa muito pálida, frágil e preocupada.

A personagem que mais me cativou foi

Manuel de Sousa Coutinho por demonstrar ser um homem sereno e paciente, com equilíbrio, não se deixando facilmente arrebatar pelas emoções. É também bastante patriota e corajo-so, capaz de abdicar do que é seu e daquilo de que mais gosta. Por isso mesmo, uma das cenas de que mais gostei, e da qual Manuel de Sousa Coutinho é protagonista, foi quando incendiou a sua própria casa, para impedir o alojamento dos governadores. Manuel de Sousa Coutinho demonstra tais características ao dizer: “Há-de saber-se no mundo que ainda há um português em Portugal.”

Em Quem És Tu?, o filme não começa logo

com a procura por D. João mas sim com um sonho de D. Maria, que é acordada por D. Sebastião que lhe conta a sua história.

Fazendo uma comparação entre a Maria de Frei Luís de Sousa e a Maria de Quem És Tu?, gostei mais da interpretação desta no segundo filme, pois nota-se a fragilidade de Maria logo

A primeira etapa do VII Bibliopaper das Letras, organizado pela professora Antonieta Couta, já se realizou e um grupo de sete alunos encontra-se apurado para a final que decorre no dia 4 de Abril, pelas 10:00h, no Auditório da Escola.

Aguardamos com expectativa o desempenho dos alunos em três provas distintas: elaboração de um texto, em 5 minu-tos, a partir de sete palavras escolhidas pelo público assisten-te; apresentação de um livro lido (a levar pelo concorrente); leitura expressiva de um poema próprio ou alheio.

Se a prova eliminatória exigiu muita pesquisa e inspiração criativa, a final não será menos exigente. Mas a Tatiana Machado (11º C1), a Ingrid Santos (10º C1), a Raquel Silva ( 10º C1), a Rosalinda Ova (10º C1), a Mónica Guerreiro (11º A4), o Alexandre Correia (12º A1) e a Rita Silva ( 11º A3) são jovens ousados que não receiam novos desafios.

PORTUGUÊS

Página 17

no início e o crescente enfraquecimento da sua saúde. No entanto, na cena final em que Maria interrompe a cerimónia da tomada de hábito dos pais, preferi a interpretação da Maria de Frei Luís de Sousa. Apercebemo-nos do sofrimento e sen-sação de injustiça que sente, quando questiona “Que Deus é esse que está nesse altar e quer roubar o pai e a mãe a sua filha?” (revolta divina), a vergonha de que é alvo, a morte trágica e sofri-da, quer pela sua parte, quer pela parte dos pais.

Prefiro a versão de 2001 quer em termos de cenários e de personagens, quer em relação à forma como as falas são mostradas. João Botelho dá um toque personalizado ao seu filme onde o discurso das personagens é mais natural. Tam-bém os cenários são mais envolventes, dando-nos a sensação de estarmos junto dos actores. Apesar de ser a cores, o que torna o filme mais cativante, não deixa de mostrar o aspecto clássico e o ambiente romântico.

Júlia Azevedo, 11º C1

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ECONOMIA

Mentes empreendedoras

N o dia 11 de Março fomos à biblioteca da escola, com a professora de Economia, para nos inteirarmos dos livros existentes na nossa área.

Nós achamos interessantes os seguintes livros: A estratégia do Petróleo, Prestar serviços de qualidade, A batalha começa na escola e O essencial sobre a constituição Portuguesa. Destes, pela actualidade do tema, escolhemos - A Estratégia do Petróleo, de Henrique Ruiz Garcia, para manusearmos mais atentamente. A escolha deste livro é baseada no facto de o petróleo ser a mais importante energia primária no mundo. Todas as actividades económicas a nível mundial são baseadas no petróleo como fonte de energia, representando cerca de 40% das necessidades energé-ticas mundiais. A importância do petróleo está também no impacto ambiental, que é elevado em todas as suas fases do ciclo produtivo, desde a extracção, manipulação e produção de derivados ao trans-porte e comercialização. Uma vez que vivemos em tempos difíceis onde a crise predomi-na e o petróleo é escasso, este tem uma grande importância em toda a economia mundial, visto que esta enfrenta actualmente um enorme, crescente e, cada vez mais, preocupante desafio: a escala-da do preço do petróleo. Nas últimas semanas, temos assistido à subida incontrolável do preço dos combustíveis, nomeadamente dos que mais pessoas abrangem, isto é, o gasóleo e a gasolina. A subi-da do preço dos combustíveis como reflexo da subida, também ela incontrolável, do preço do petróleo é uma questão que nos deve preocupar a todos. A importância do petróleo como matéria-prima de um conjunto alargado de produtos é algo que deve fazer questio-nar a enorme dependência de uma só fonte energética e o continuar no desenvolvimento das energias renováveis. Todas estas razões fazem com que cada vez mais os jovens como nós, o Zé e o Tiago, nos preocupemos e interessemos por este gravíssimo problema à escala mundial que muito provavelmen-te se irá arrastar por várias gerações. Para o enfrentar temos que tomar medidas e utilizarmos uma estratégia como está descrito neste livro. Depois contamos o resto.

José Pedro Mártires e Tiago Teixeira, 10º B

Algumas considerações sobre o mercado do petróleo

A turma do 10º B realizou, no âmbito da disciplina de Economia A, uma feira de Natal. Ainda no espírito do projecto “Mentes empreendedoras” (noticiado no EcoEstudantil, Dez.

2010, p. 18) cuja ideia base é mostrar aos jovens que o empenho vale a pena, a professora Carmen Castro incentivou-nos bastante para a realização da feira. Esta iniciativa tinha como objectivo a angariação de fundos para a realização de uma visita de estudo ao Parlamento Europeu. Esta feira foi minuciosamente preparada pelos alunos e pela professora, que se dedicaram e empenharam com muito esforço para que tivesse o maior sucesso possível. A nossa feira foi realizada no dia 17 de Dezembro e teve activi-dades diversas como jogos, venda de bolos e castanhas, tendo em vista a maior satisfação de toda a comunidade escolar. Começámos o dia, talvez o mais frio de Dezembro, com a reu-nião entre os alunos do 10ºB e a professora de Economia para ultimar os preparativos para a feira. Alguns usavam um barrete na cabeça como símbolo do Natal e a alegria predominava, o que era essencial nesta ocasião. Estávamos muito ansiosos, pois todos queríamos obter o máximo de benefícios com esta feira. A nossa turma possuía duas tendas, gentilmente cedidas pela Câmara Muni-cipal de Tavira, uma com a venda de produtos alimentares, como os bolos, e outra com a venda de jogos e com a venda de rifas. Mesmo ao lado, tínhamos dois assadores para assar as castanhas e o tradi-cional jogo das latas.

A feira iniciou-se e “os clientes” eram tantos que o número de bolos, especialmente os de chocolate, revelou-se escasso para a enorme procura. As castanhas foram um sucesso, estavam deliciosas e difíceis de se lhe resistir, atendendo ao frio que se fazia sentir. Nós não podíamos ficar à espera que apenas os alunos, alguns professores e funcionários se dirigissem às nossas bancas para comprar. Nós, como alunos de Economia, nunca esquecendo as estratégias de marketing, percorremos, com tabuleiros, praticamen-te a escola inteira, expondo as nossas iguarias e tendo em vista o maior número de vendas, o que foi bastante cansativo. Mas o esfor-ço valeu muito a pena, pois nós fomos bastante elogiados e senti-mos o nosso trabalho valorizado. Este dia foi muito especial para todos, pois realizámos aquilo que tínhamos pensado e planeado, há já algum tempo, sem qual-quer problema ou ocorrência significativa para principiantes no ramo dos negócios.

Na nossa opinião, a feira foi bastante gratificante, pois superou as nossas expectati-vas. Conseguimos algum dinheiro e ao mesmo

tempo adquirimos alguns conhecimentos da nossa área de estudo: a econo-mia. Acho que revelá-mos um grande espírito de equipa e de entreaju-da, o que para nós é fundamental numa tur-ma e na sociedade também. Ficámos bastante alegres e satisfeitos connosco próprios, pois todos fizemos o nosso melhor. Perdurou nas nossas memórias a sensação de que esta experiencia será para repetir. Para todos aqueles que contribuíram para que esta feira fosse bastante positiva, um grande obrigado. José Pedro Mártires, 10ºB

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dispara. El amante se despierta con el dolor, se levanta, bate con la ca-beza en la cama y se muere. Rocío, que estaba en el piso de abajo, se asusta con el disparo y sube corriendo las escaleras. Al lle-gar ve que su amante está muerto en el suelo. Al verla en la puerta temblando To-ni di:

“Tranqui Ro, si no fuera por la merluza, nos quedaríamos sin joyas.”

Ana Rita Gonçalves, 12.º A2

LÍNGUAS

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Carta a los Reyes Magos

Tavira, jueves, 9 de diciembre, 2010Tavira, jueves, 9 de diciembre, 2010Tavira, jueves, 9 de diciembre, 2010Tavira, jueves, 9 de diciembre, 2010

Queridos Reyes Magos:Queridos Reyes Magos:Queridos Reyes Magos:Queridos Reyes Magos:

Me llamo Elisabete y tengo 15 años, me he Me llamo Elisabete y tengo 15 años, me he Me llamo Elisabete y tengo 15 años, me he Me llamo Elisabete y tengo 15 años, me he

comportado razonablemente, no he hecho nada comportado razonablemente, no he hecho nada comportado razonablemente, no he hecho nada comportado razonablemente, no he hecho nada

muy malo, pero también no he sido un ángel.muy malo, pero también no he sido un ángel.muy malo, pero también no he sido un ángel.muy malo, pero también no he sido un ángel.

Os pido que penséis también en las personas Os pido que penséis también en las personas Os pido que penséis también en las personas Os pido que penséis también en las personas

con menos posibilidades, y que lleven a mis amigos con menos posibilidades, y que lleven a mis amigos con menos posibilidades, y que lleven a mis amigos con menos posibilidades, y que lleven a mis amigos

y familia todo lo que quieran, mismo que no se y familia todo lo que quieran, mismo que no se y familia todo lo que quieran, mismo que no se y familia todo lo que quieran, mismo que no se

hayan comportado muy bien, porque yo sé que nin-hayan comportado muy bien, porque yo sé que nin-hayan comportado muy bien, porque yo sé que nin-hayan comportado muy bien, porque yo sé que nin-

guno de ellos es malo y sé que para el próximo año guno de ellos es malo y sé que para el próximo año guno de ellos es malo y sé que para el próximo año guno de ellos es malo y sé que para el próximo año

se van a comportar mejor.se van a comportar mejor.se van a comportar mejor.se van a comportar mejor.

Ahora es altura de pedir yo para mí. Sé Ahora es altura de pedir yo para mí. Sé Ahora es altura de pedir yo para mí. Sé Ahora es altura de pedir yo para mí. Sé

que no va a ser fácil, pero os pido que me lleven a que no va a ser fácil, pero os pido que me lleven a que no va a ser fácil, pero os pido que me lleven a que no va a ser fácil, pero os pido que me lleven a

las estrellas y a la luna, me gustaría mucho cono-las estrellas y a la luna, me gustaría mucho cono-las estrellas y a la luna, me gustaría mucho cono-las estrellas y a la luna, me gustaría mucho cono-

cerlas a todas, en especial, las estrellas de rabo.cerlas a todas, en especial, las estrellas de rabo.cerlas a todas, en especial, las estrellas de rabo.cerlas a todas, en especial, las estrellas de rabo.

¡Están a ver! No os pido muchas cosas, pero ¡Están a ver! No os pido muchas cosas, pero ¡Están a ver! No os pido muchas cosas, pero ¡Están a ver! No os pido muchas cosas, pero

sé que es complicado cumplir con mi deseo de re-sé que es complicado cumplir con mi deseo de re-sé que es complicado cumplir con mi deseo de re-sé que es complicado cumplir con mi deseo de re-

galo, pero es mi sueño. Siempre he deseado conocer galo, pero es mi sueño. Siempre he deseado conocer galo, pero es mi sueño. Siempre he deseado conocer galo, pero es mi sueño. Siempre he deseado conocer

el cielo nocturno personalmente y sé que vosotros el cielo nocturno personalmente y sé que vosotros el cielo nocturno personalmente y sé que vosotros el cielo nocturno personalmente y sé que vosotros

son los únicos que pueden enseñármelo.son los únicos que pueden enseñármelo.son los únicos que pueden enseñármelo.son los únicos que pueden enseñármelo.

Mismo que no traigan lo que pedí, os agra-Mismo que no traigan lo que pedí, os agra-Mismo que no traigan lo que pedí, os agra-Mismo que no traigan lo que pedí, os agra-

dezco, sólo porque han perdido tiempo a leer mi dezco, sólo porque han perdido tiempo a leer mi dezco, sólo porque han perdido tiempo a leer mi dezco, sólo porque han perdido tiempo a leer mi

carta, muchas gracias y hasta el próximo año, sí, carta, muchas gracias y hasta el próximo año, sí, carta, muchas gracias y hasta el próximo año, sí, carta, muchas gracias y hasta el próximo año, sí,

porque a la hora a que llegáis ya estoy durmiendo.porque a la hora a que llegáis ya estoy durmiendo.porque a la hora a que llegáis ya estoy durmiendo.porque a la hora a que llegáis ya estoy durmiendo.

Adiós, gracias y besos.Adiós, gracias y besos.Adiós, gracias y besos.Adiós, gracias y besos.

Elisabete Ramos, 10ºA3Elisabete Ramos, 10ºA3Elisabete Ramos, 10ºA3Elisabete Ramos, 10ºA3

Tu pelo al viento Tu mano en la mía Mi corazón siente Mi piel palpita La rosa que te he dejado Ha muerto poco después ¿Será que no le diste agua O fue sol que le faltó? La colina es fría Tu mano también Mis ojos te rodean Mi mente quizás En aquel banco de jardín Te veía sentar Tenía que irme Quizá, a otro lugar

P olicía de profesión

Toni, después de un día de tra-bajo, llega a casa con sus com-pañeros para asistir a un partido de fútbol en la tele. Ya en el salón llama a su mujer para que les trajera vino y unas tapas. Rocío, su mujer, no esperaba a Toni y estaba en el piso de arriba, en el dormitorio, con su amante. Los dos estaban dur-miendo, el amante incluso ron-caba. El ruido que hacían en el piso de abajo los despierta. Asustada, Rocío, esconde a su amante debajo de la cama, se viste y baja las escaleras. Saluda a todos los “maderos” que estaban en su salón y va a por las tapas y por el vino. Las

pone en la mesa y, como los chicos estaban distraídos con el partido, va a por una merluza que había preparado para comer, y se la lleva a su amante que tenía mucha hambre. Él come el pescado y , como estaba agotado, se tumba debajo de la cama y se duerme. Rocío, mujer dedicada a su marido, vuelve a sus tareas mientras Toni y los chicos veían el partido. El partido termina y los “picoletos” se despiden de Rocío y de Toni. Como estaba muy cansado Toni se va a acostar. Al llegar a la habitación ve que hay un plato en la mesilla de noche con una espina. Aquello le parece raro, y al mirar a su alrededor ve unas piernas debajo de su cama y piensa que es un ladrón que le

Solo el viento sabe Mi mirada olvidada Vagabundo desconectado Hace mucho tiempo dejado Intentar no olvidar El fondo del mar Es como dejar Mi mente divagar Te ruego perdón Por tener que partir Tu recuerdo la razón Sin tener que oír De espaldas para el mar Dices que te quieres quedar Pero sólo la luna Te podrá ayudar.

Beatriz, 10ºA3

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FILOSOFIA

LAPSO DE TEMPO, de Luís Ramos

Qual a principal preocupação que teve ao montar a disposição das fotografias? Criar uma dinâmica de leitura atraente para o espectador, que o fizesse chegar com prazer ao fim da exposição e descobrir os dois vídeos cujo som já vinha a ouvir desde o início.

O que procurou transmitir com esta exposição? Que é possível obter duas fotografias completamente diferentes, apesar de tiradas exactamente no mesmo sítio, com o mesmo enquadramento e a mesma luz.

Como descreveria, de forma muito breve, esta exposição a uma pessoa que ainda não tivesse estado em contacto com ela? Esta exposição apresenta 30 dípticos, cada um com duas fotogra-fias de um mesmo local em dois momentos distantes, incluindo ain-da as informações da localização geográfica e do momento preciso em que cada uma foi realizada. Oferece, ainda, ao visitante dois vídeos apresentados em simultâneo, realizados utilizando a técnica "tilt shift" que permite em cada um deles retratar a vida de um dia de praia (no Verão e no Inverno) em pouco mais de quatro minutos.

6- No balanço final da exposição, o que lhe agradou mais des-cobrir acerca do litoral português? E o que mais o incomodou? Não foi bem descobrir, mas mais confirmar a ideia de que gosto muito mais do litoral na época baixa. O que mais me incomodou foi a confusão de gente na época alta.

À descoberta do mundo rural algarvio

Para a maioria dos alunos ver a exposição Cidade e Mundos Rurais passou pela experiência de descobrir a essência da vida campestre do Algarve. Ao longo desta exposição foi-nos possível desvendar os segredos do interior da serra algarvia que já começam a tomar o aspecto de lendas para nós que tão pouco sabemos acer-ca do mundo rural. Com esta exposição, foi-nos dado a conhecer costumes e características do quotidiano mais prosaico das pessoas de gera-ções anteriores. O campo que tanto relevo possuía antigamente, agora perdeu parte dessa importância para as cidades. Tradições antigas como o presépio algarvio que a maioria de nós não conhecia espantaram-nos pela sua existência, pois hoje em dia apenas associamos o presépio à simples imagem da Virgem Maria rodeando o menino Jesus deitado na manjedoura e uma for-ma muito consumista. A visita a esta exposição mostrou-nos um Algarve rural e pouco industrializado que vivia e ainda vive da actividade agrícola. Verificá-mos que em tempos passados a cidade e o campo se ajudavam mutuamente, como podemos constatar pelas hortas urbanas de Tavira e pelos mercados de produtos agrícolas que ainda subsis-tem.

Andreia Viegas e Miguel Figueira, 10ºA1

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DUAS EXPOSIÇÕES NO PALÁCIO DA GALERIA

CIDADES E MUNDOS RURAIS

N o passado dia 24 de Fevereiro, a turma do 10ºA1, no

âmbito da disciplina de Filosofia e a respectiva professora Maria Alberta Fitas, foi visitar o Palácio da Galeria, na cidade de Tavira. O ponto de encontro foi em frente da Escola Secundária Dr. Jorge Correia, seguindo a pé para o nosso destino, observando a vista magnífica da bela cidade de Tavira. A nossa visita tinha como objec-tivo contribuir para o nosso enriquecimento cultural e estético.

Saudades de um tempo ido

A exposição intitulada Lapso de Tempo, de Luís Ramos, mostra

-nos uma visualização peculiar do litoral português onde o Inverno contrasta com o Verão. As fotografias encontram-se dispostas aos pares representando o mesmo lugar em diferentes alturas do ano, tendo como tema principal a atracção turística. Existe uma relação de antítese entre cada uma das fotos, verificando-se uma mudança abrupta entre o cenário invernoso e o cenário típico do Verão. A época de veraneio portuguesa é retratada fielmente e à medida que avançámos pela exposição cresceu a saudade pelos tempos de calor descontraídos.

As estâncias balneares no Inverno apresentam uma composição lúgubre e difusa, enquanto no Verão a paisagem é alegre e lumino-sa. As enchentes humanas no Verão exprimem a actividade turística da qual Portugal está em grande parte dependente.

A visualização de um vídeo no final da exposição que nos mos-trava a praia de Altura, no Verão e no Inverno, revelou-se funda-mental para culminar a compreensão da exposição.

Breve entrevista com o fotojornalista, Luís Ramos:

Como lhe surgiu a ideia desta exposição? A ideia desta exposição surgiu a partir de duas fotos que fiz numa estação de Metro de Praga. Na exposição, assistimos a um confronto entre a paisagem no Inverno e a paisagem no Verão. O que procurou mostrar com esse confronto? A exposição pretende abordar dois conceitos fundamentais na foto-grafia: o tempo e o espaço. Neste caso, a diferença de ocupação de um mesmo espaço em dois momentos distantes.

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ÁREA de PROJECTO

Evoluções Tecnológicas – Sistemas Integrados: do transístor às nanotecnologias

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N o dia 11 de Março de 2011, foi realizada uma palestra dinami-zada pelo Prof. Dr. Jorge Semião* e subordinada ao tema

“Evoluções Tecnológicas – Sistemas Integrados: do transístor às nano tec-nologias”. Esta palestra foi proposta e planeada pelo grupo de Área de Pro-jecto da turma 12ºA1 cujo tema é: “Evoluções Tecnológicas”. Como tal, o que foi abordado na palestra integra, em parte, o nosso tema. Foram convi-dadas três turmas para assistirem, sendo duas delas do 12º ano e uma do 11º ano de escolaridade. Foram abordados, nesta palestra, diversos assuntos relacionados com o tema acima mencionado. Ao longo da palestra foi-nos apresentado a História, desde de 1940 até aos dias de hoje, da evolução dos transístores e processadores. Verificá-mos que, sobretudo, nos processadores, a cada década que passava, um outro processador cada vez mais pequeno e poderoso era inventado. Foi em 1940 que Russel descobriu acidentalmente a junção P-N. Mais tarde, em 1945, William Shockley deu um grande passo para a invenção do transístor, que veio revolucionar a tecnologia da época e abrir portas para novas invenções. Em 1965, Gordon Moore, co-fundador da Intel, previu que a complexida-de dos transístores iria duplicar a cada 18 e 24 meses. Denominou esta previsão como a Lei de Moore, a qual é bastante conhecida, pois ainda hoje se verifica. Ficámos também a saber que, apesar das tecnologias estarem cada vez a ficarem mais pequenas, a sua evolução irá chegar a um ponto de estagnação devido ao tamanho dos transístor estar a aproxi-mar-se do tamanho das moléculas. No final da palestra, o professor convidado passou um vídeo onde foi explicado o fabrico de um transístor. Além disso, mostrou-nos, também, amostras de transístores para termos uma ideia do aspecto real de um tran-sístor.

Com esta palestra, pudemos enriquecer o nosso trabalho com informa-ção que possivelmente de outra forma não conseguiríamos obter. Além disso, a palestra possibilitou a divulgação da informação de uma forma mais entusiasmante e didáctica.

Relatório escrito: João Gonçalves, 12ºA1

Reportagem fotográfica: Hélio Valente, 12º A1

(* Docente no Instituto Superior de Engenharia, Universidade do Algarve)

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VISITA DE ESTUDO

D ias 25 e 26 de Janeiro. Realizou-se, nestes dias, a visita de estudo a Lisboa da turma

de Técnico de Apoio Psicossocial, com o objectivo de visitar os estúdios da SIC e a exposição que estava a decorrer no Pavilhão do Conhecimento: “Sexo… e então”. Saímos da escola às 8:20 em direcção a Lisboa. Na via-gem, fizemos uma pequena pausa para o pequeno-almoço. Chegámos à estação de serviço da ponte Vasco da Gama para almoçar, era 12:00. Fizemos um pequeno convívio entre a turma durante essa hora de almoço. Depois, seguimos para Carnaxide, porque tínhamos a visita aos estúdios da SIC marcada para as 14h.

Chegámos a Carnaxide. A visita ia começar. Estávamos nervosos, não sabíamos o que poderíamos encontrar. Fomos recebidos por uma senhora que iria ser nossa guia. Informou-nos logo que o Primeiro Jornal ainda estava no ar, por esta razão não pudemos fazer muito barulho. Aproveitámos, assim, para tirar umas fotos. Após uns 15min, a guia voltou ,e

finalmente a visita iria começar.

NOS ESTÚDIOS DA SIC

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Fomos logo abordados pelo jornalista Bento Henriques que tinha acabado de apresentar o Primeiro Jornal, e foi esse mesmo espaço que fomos visitar em primeiro lugar:

Entrámos e achámos o espaço demasiado pequeno, não parecia nada o espaço que víamos em casa na televisão. A guia disse-nos que as câmaras aumentam 7x mais o espaço. Falámos na posição das luzes, na posição das câmaras, dos microfones, do guião que o jornalista lê durante o Jornal e, no fim, abordamos algumas questões.

De seguida, fomos visitar duas salas muito importantes, Primeiro, a sala onde são controlados todos os programas que estão a passar, e onde é também controlado o som. A segunda sala era maior. A guia informou-nos que, naquela sala, quando passa algum programa em directo, há sempre uma pessoa a controlar esse mesmo programa. Também nos disse que aquela sala era a que funcionava 24 horas sobre 24 horas. Um pouco mais à frente, mostrou-nos a sala onde se faz a voz off. Já quase a terminar a nossa visita, fomos à sala onde tudo é controlado, sites, facebook, publicidade, novelas, programas, entre outras coisas.

Por fim, fomos visitar a sala de maquilhagem. Havia todo o tipo de maquilhagem e espelhos pela sala toda. A visita aos estúdios tinha chegado ao fim, entregaram-nos uns diplomas à saída como comprovativo de que tínhamos lá estado.

Marisa Santos, 12º ano

Curso Profissional de Técnico de Apoio Psicossocial

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VISITA DE ESTUDO

Visita de Estudo do 12º E a Mafra e a Lisboa (10 e 11 de Março de 2011)

Oito horas. Boa hora para começar a viagem até Mafra. Muito frescos e entusiasmados era como nos achávamos. Depois de um almoço volante, estávamos preparados para começar esta epopeia. Lemos, então, algumas passagens de Memorial do Convento, que estão relacionadas com a sua construção. E entrámos. E vimos: os quartos; a sala da caça; as celas dos frades franciscanos; a biblioteca; a basílica…

A cama do rei parece uma banhei-ra…

Meu Deus, o que

se vê nas paredes

são cabeças de

animais embalsa-

madas!?

Saímos apressados de Mafra. Íamos assistir, em Lisboa, à sessão de poesia dita e musicada, “As palavras dos poetas”, dedicada a Vinícius de Moraes. Depois do jantar, no El Corte Inglês, fomos

assistir à peça hilariante “E não se pode matá-los?” no teatro da Comuna.

Meu Deus, a pro-

fessora Antonieta

não nos dá des-

canso. Pensam que esta paragem

foi para descan-

sar? Enganam-se!

No segundo dia, depois de um bom pequeno-almoço, deambulámos pela baixa lisboeta e fizemos os percur-sos de Pessoa (casa onde nasceu, cafés frequentados…) e de “Baltasar” (Terreiro do Paço, onde chegou vindo da guerra, e Rossio, onde conheceu Blimunda).

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Ficha Técnica

Coordenação e edição: Ana Cristina Matias

Redacção: Alunos e Professores da ESJAC, Tavira Revisão: Fátima Palma e Vitalina Cavaco

Reprografia: Luís Canau e César Romeira

ESCOLA SECUNDÁRIA 3EB

DR. JORGE CORREIA - TAVIRA

BIBLIOTECA

e-mail: [email protected]

http://www.estbiblioblogue.blogspot.com/

PROJECTO COMENIUS MULTILATERAL

E ntre os dias 21 e 26 de Fevereiro, um grupo de três professoras e três alunos da Escola visitou Levadia, Grécia, no âmbito do Projecto Comenius Multilateral, “As competências multiculturais

através dos currículos escolares”. Levadia é uma localidade a cerca de 100 quilómetros de Atenas, numa região escolhida pelos gregos da antiguidade para concentrar diversos santuários, sendo o mais conhe-cido o Santuário de Apolo. A experiência grega foi muito enriquecedora para os participantes. Os alunos ficaram alojados em casa de colegas e puderam participar na vida quotidiana de uma família grega, que tudo fez para lhes agradar. Todos viemos satisfeitos e com vontade de regressar. A próxima reunião será Tychy, perto de Cracóvia, Polónia, entre 31 e 6 de Junho, e o Director da nossa escola dá-nos o prazer da sua companhia.

A professora: Fátima Pires