revista 16° ediÇÃo - fevereiro | abril 2013

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CRER EM REVISTA 1 Crer e m r e v i s ta Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo “Eu toco e canto o que o povo gosta de ouvir” ANO 4 # 16 GOIÂNIA | FEVEREIRO - ABRIL 2013 www.crer.org.br

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Page 1: REVISTA 16° EDIÇÃO - FEVEREIRO | ABRIL 2013

CRER EM REVISTA 1

Crere m r e v i s ta

Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo

“Eu toco e canto o que o povo gosta

de ouvir”

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Amado Amado BatistaBatista

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2 CRER EM REVISTA

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CRER EM REVISTA 3

CArtA Ao LeItor

Grandes pautasCaro leitor, esta edição da CRER em Revis-

ta traz grandes personalidades e acontecimentos importantes que temos a alegria em compartilhar com todos. Como capa e entrevistado, o cantor goiano Amado Batista fala, dentre outras coisas, sobre sua trajetória profi ssional e sobre um pro-jeto futuro de ação social em benefício do CRER. Luciano Leão, gerente da Central de Transplan-tes, da Secretaria Estadual de Saúde, cujas novas instalações foram inauguradas em março em nos-sa Instituição, traz em um artigo a importância de implantar e implementar ações que visem o crescimento do número de doações de órgãos e tecidos.

Também a importante conquista alcançada pelo CRER, avaliado como exemplo de gestão efi -caz e de qualidade em recente pesquisa Serpes, é

apresentada em um texto impecável de Fernando Cupertino. A boa avaliação dos usuários reforça o compromisso da AGIR em melhorar sempre mais os serviços ofertados pelo CRER à população, primando pela excelência e transparência. Na se-ção Por dentro do CRER é apresentado o Balanço Patrimonial, permitindo ao leitor acompanhar os resultados gerenciais da AGIR referentes ao exer-cício de 2012.

Além de tantas pautas importantes, mos-trar o avanço no tratamento de reabilitação do pacientes é o que mais nos felicita. Rogério Lucas, no Espaço do Paciente, e Richarlles Ghabriel, em Superação emocionam com suas histórias de vida.

Que as próximas seções tragam, a cada lei-tor, a alegria e a esperança experimentadas em nosso dia a dia!

E X P E D I E N T E Associados FundadoresAlcides Luís de SiqueiraDom Antônio Ribeiro de OliveiraElias Bufaiçal (in memorian)Lúcio Fiúza GouthierMaria Paula CuradoMilca Severino PereiraNabyh SalumPaulo Afonso Ferreira

Associados BeneméritosCyro Miranda Gifford JúniorGláucia Maria Teodoro ReisHelca de Sousa NascimentoJosé Alves FilhoMarley Antônio da RochaMarcos Pereira ÁvilaPaulo César da Veiga JardimRuy Rocha de MacêdoValéria Jaime Peixoto PerilloValtercy de Melo

Embaixadores do CRERLuiz Felipe ScolariValéria Jaime Peixoto Perillo

DiretoriaDom Antônio Ribeiro de OliveiraDiretor-PresidenteJosé Alves FilhoVice-Diretor

Ruy Rocha de MacêdoDiretor-Tesoureiro

ConselheirosAlberto Borges de SouzaCésar HelouEdward Madureira BrasilJosé Evaristo dos SantosJoaquim Caetano de Almeida NettoNabyh SalumSizenando da S. Campos Júnior

Conselho Fiscal - TitularesCyro Miranda Gifford JúniorMarley Antônio da RochaPaulo César Brandão Veiga Jardim

SuplentesMarcos Pereira ÁvilaValtercy de Melo

SuperintendentesSérgio DaherSuperintendente ExecutivoJoão Alírio Teixeira da Silva JúniorSup. Técnico de ReabilitaçãoClaudemiro Euzébio DouradoSup. Administrativo e Financeiro

Divaina Alves BatistaSup. Multiprofissional de ReabilitaçãoFause MusseSup. de Relações Externas

Diretor TécnicoJoão Alírio Teixeira da Silva JúniorCRM/GO 6593

CRER EM REVISTASupervisão geral, edição e textosAnna Luiza RucasGerente de Marketing - SRE

Jornalistas SRE - (edição e textos)Mayra Paiva - JPGO - 01802Thaís Franco

Hugo Miranda - (designer gráfi co)(diagramação e arte de anúncios)

Colaboradores SRE Marianne Carrijo (agente adm)Márcia Nunes (adm - voluntariado)Olívia Lacerda (secretária júnior)Rodrigo Rocha (contato comercial)Cecília Raquel (contato comercial)

Colaborador CENEEduardo Castro (fotografi as)

CRER EM REVISTA é uma publicação dirigida do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo. Tiragem: 5 mil exemplares. Contatos - fones: (62) 3232-3138/ 3106/ 3050 - [email protected] Site: www.crer.org.brEndereço CRER: Av. Vereador José Monteiro, 1655, Setor Negrão de Lima, CEP 74653-230 - Goiânia - Goiás

Sérgio DaherSuperintendenteExecutivo do CRER

AGIREstrutura Administrativa

Impressão: Stylo Gráfi ca

Page 4: REVISTA 16° EDIÇÃO - FEVEREIRO | ABRIL 2013

4 CRER EM REVISTA

ÍndICe

“Leitor assíduo e admirador do traba-lho do CRER, referência e orgulho para

Goiás, e como representante da República Federal da Alemanha em Goiás, deixo

aqui um “canal aberto” para um relacio-namento e futuras parcerias”.

Willian Leyser O’Dwyer, Cônsul Honorário da Alemanha

“Visitei o CRER como acompanhante e adorei. A primeira impressão que fi ca é

muito boa e todos os atendimentos são de muita qualidade. Parabéns a todos os fun-cionários pela maneira que vocês tratam o Ser Humano! Continuem assim, que Deus

proteja cada um de vocês”.

José Lauriano Cardoso

“Quero parabenizar o trabalho das equi-pes do CRER . Que Jesus abençoe

a cada profi ssional”.

Marzalem Pires Ferreira, (paciente)

O CRER proporciona à comunidade o melhor em qualidade de vida a todos que

precisam dos nossos serviços. Parabéns, CRER, por mais esta conquista e outras

que ainda virão!Aline Graciele,

via Facebook

Que lugar maravilhoso esse CRER. Estive aí com minha mãe para ela fazer um

exame e achei acolhedor, os funcionários super educados, profi ssionais excelentes.

Enfi m, um lugar maravilhoso! Me senti tão bem, conheci pessoas tão especiais aí!

O CRER é um lugar onde Deus está sem sombra de dúvidas! Obrigada pelo atendimento que ofereceram

a mim e a minha mãe.

Lorrania Libania, via Facebook.

Canal [email protected] - twitt er.com/CRER_GO -

www.facebook.com/crerhospital

6

EntrevistaAmado Batista“Eu toco e canto o que o povo gosta de ouvir”

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2829

30

22

24Por Dentro

do CRER Balanço Patrimonial

2012

18 Espaço do pacienteDe defensor de um ideal a benefi ciário da obra concretizada

26SuperaçãoTalento sem limite

5TERCEIRO SETOR

PAINEL

PARÁGRAFO ÚNICO

9RESUMO

ARTIGO

É BOM SABER

MEIO AMBIENTE

EMPRESAS MANTENEDORAS

AGENDA

PERFIL DO COLABORADOR

Page 5: REVISTA 16° EDIÇÃO - FEVEREIRO | ABRIL 2013

CRER EM REVISTA 5

terCeIro Setor

O CEVAM

precisa de ajuda

S ão 32 anos de atuação em Goiás, milhares de histórias de dor, sofrimento e violência, mas também muitas conquistas e mui-tas vitórias nestas 3 décadas de vida. O CEVAM construiu ao lon-go do tempo uma reputação sólida e franca, onde a transparência dos recursos voltados a ele sempre fi ze-ram a diferença no relacionamen-to da ONG com seu volutariado.

Sendo fundado pela grande e imortal Consuelo Nasser, o CE-VAM preserva valores e a missão que nossa fundadora instituiu: nossas portas estão sempre abertas para acolher mulheres – adolescen-tes e crianças - vítimas de abandono e violência física, verbal e emocio-nal por parte de seus companhei-ros, pais, avôs e etc. Além de aco-lher estas pessoas, o CEVAM faz um trabalho de reintegração social, onde devolvemos dignidade para elas através da profi ssionalização, de terapias com profi ssionais vo-luntários e incentivo à autoestima, tão necessária para a manutenção da denúncia contra seus agressores.

O CEVAM entende a violên-cia como um processo cíclico, onde o agredido hoje pode virar agressor amanhã. Por causa deste raciocínio, a ONG começou um trabalho vol-

tado para adolescentes e crianças, recebendo-os mesmo que sozinhos e desenvolvendo o resgate ao amor ao próximo e a infância escondida atrás de histórias de dor e sofrimen-to. Começamos com poucas crian-ças e adolescentes e aos poucos vimos os corredores da ONG toma-dos por histórias que não combi-nam com a idade de quem as conta.

Porém, com o aumento da violência doméstica em todo o país – não sendo diferente em Goi-ás – e as portas da ONG estando sempre abertas para receber mu-lheres, adolescentes e crianças ví-timas dos alarmantes números de agressão e violência, os recursos do CEVAM tornaram-se poucos e a ONG passa por um momento delicado em seu funcionamento.

Isso porque hoje no CEVAM estão abrigadas quase 100 pessoas o que aumenta o volume de nos-sas contas sem termos o aumento proporcional de doações e recur-sos. Por isso, divulgações como esta da CRER em Revista são tão importantes pra gente: são elas que levam nossa mensagem e podem fazer a diferença em nossa história.

A ajuda pode vir de diversas maneiras: seja através do trabalho voluntário – desde ajudas profi s-

sionais até o apoio dos serviços diários, a doação de roupas novas ou seminovas em bom estado para nosso brechó – que tem renda re-vertida para a ONG, doação de ali-mentos ou doação fi nanceira. Toda e qualquer ajuda, hoje faz com-pleta diferença em nossa rotina.

Muitas pessoas têm o de-sejo de ajudar, de se voluntariar, mas falta a iniciativa. Ser impor-tante na vida de alguém que você nem conhece é gratifi cante e pode transformar também a sua vida. Por isso, convidamos você para co-nhecer o trabalho do CEVAM e sua história. Seja Amigo do CEVAM.

Assesoria de comunicação CEVAM

CAIXA ECONÔMICA

Ag.: 1551Oper.: 013C.C.: 14964-1

BANCO DO BRASIL

Ag.: 3689-7C.C.: 18786-0CEVAM – (62) 3213-2233

www.cevam.com.br

www.facebook.com/ong.cevam

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6 CRER EM REVISTA6 CRER EM REVISTA

entreVIStA

6 CRER EM REVISTA

n atural de Catalão, interior de Goiás, Amado Batista coleciona em seus 38 anos de sucesso números que impressionam. São mais de 31 discos e 350 músicas gra-vadas; mais de 27 milhões de CDs vendidos; 28 discos de ouro; 28 discos de platina; 2 DVD’s de Ouro; 2 DVD’s de platina e 1 disco de diamante. O cantor, que faz em média 120 shows por ano, conquistou uma legião de fãs em todo o País e exterior com suas mú-sicas românticas.

Um dos artistas mais populares do Brasil, Amado Batista abriu as portas da sua casa, em Goiânia, para receber a equipe da “Crer em Revista” numa tarde de quarta-feira, 13 de março. O cantor falou da sua trajetória bem sucedida, sua relação com os fãs e sobre ações sociais, em parceria com outros artistas goianos, para ajudar o CRER. Confi ra a íntegra da entrevista a seguir.

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Amado Batista

“Eu toco e canto o que o povo gosta de ouvir”

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1. Sua trajetória, ao longo dos 37 anos de carrei-ra, é marcada por desafios, mas principalmente por muita superação. Como foi sair do interior de Goiás e consolidar carreira com projeção na-cional e até internacional?

Foi muito bom. Fácil não foi, mas feliz daquele que pode passar por tudo isso. Eu sinto orgulho de tudo que passei, porque eu vim de uma família humilde, de lavradores - eu também fui lavrador - e conheço tudo isso de perto. Morava na roça e passava anos sem ir à cidade. Quando vim pra cá (Goiânia), era tudo novo pra mim. Foi uma nova escola saber viver na cidade. Realmente era tudo muito estranho pra mim. Era o caipira vindo da roça, mas fui me adaptando, conhecendo pesso-as que passaram a gostar de mim, do meu jeito de ser, do meu modo caipira de falar. As pessoas brincavam, mas gostavam de mim e queriam me ajudar também. O mais difícil foi a adaptação na cidade. Era tudo muito novo para mim, que tinha 14 anos. Eu sem-pre gostei de música, queria ser cantor e não tinha oportunidade de aprender a tocar violão e estudar. Mas eu sempre gostei muito. Então, eu comecei a tentar criar nessa área musical.

2. Quem foram suas referências musicais?

Minhas referências foram os Beatles, Jovem Guar-da, Roberto Carlos, que eu acho que é a melhor escolha musical. 3. Os números que você acumula ao longo da car-reira são muito expressivos. Qual o segredo para o sucesso de venda dos seus discos?

Dizem que segredo não se conta, né? (risos). Para falar a verdade, nem eu sei. Não existe segredo. Um bom bolo tem que ter vários ingredientes bons para que ele fique gostoso. E com a música é a mesma coisa. São necessários vários ingredientes.

Você tem de escolher bem a música e é necessário saber produzi-la. Se você produz bem uma músi-ca, ela cresce ainda mais. Uma música ruim pode ficar boa, desde que você produza e cante bem. Têm vários jeitos de cantar uma música.

4. E qual é o seu jeito de cantar? O meu jeito de cantar a gente chama sempre de “cantar a música redondo”. É sem inventar moda. Vou te dar um exemplo clássico aqui: se você ver o show do Paul McCartney hoje é como se você estivesse ouvindo o disco dos Beatles. O cara não inventa moda. Ele vem em Goiânia cantar ao vivo e vai sair o que você ouve nos discos. Você não terá surpresas desagradáveis, como alguns artistas às vezes fazem. Às vezes eu faço meu show e não mudo nada, porque eu respeito o meu público e a mim. Eu faço como eu sempre imaginei que a música deveria ser, como ela fez sucesso. E acho que as pessoas que vão me ver no show, vão pensando nisso tam-bém. Mas, em outras vezes, faço coisas improvisa-das para as pessoas perceberem que não é dubla-gem também. 5. Você hoje é um artista renomado, reconheci-do e admirado em todo o País e até no exterior. Como é sua relação com sua legião de fãs e, em especial, com os goianos?

Muito boa. Uma relação maravilhosa no País in-teiro e até fora. Em Goiás não é diferente. Eu saí daqui para o Brasil, para o mundo. O mundo in-teiro liga para fazermos show fora. Já fiz show no Paraguai, Argentina, Estados Unidos, Bolívia. Mas tem contato do Canadá, Japão, África, Portugal... todos esses lugares querem levar o Amado Batis-ta. Tem um disco meu chamado “Brasil The Best – O melhor do Brasil, Amado Batista”, que é uma coletânea de músicas minhas lançadas em toda a Europa e nos Estados Unidos.

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6. Você diz que “toca e canta o que o povo gosta de ouvir”. O que você procura traduzir em suas canções?

O que eu gosto de ouvir, em primeiro lugar. Mas eu sou povo, como todo mundo. É claro que a mi-nha sensibilidade vai de encontro a uma quanti-dade grande de gente. Feliz aquele que consegue ter uma maioria de pessoas ao seu lado.Eu gosto de tudo, todas as tendências musicais são maravilhosas. Todos os estilos, segundo minha opinião, têm músicas boas e ruins. Vai do gosto de cada um. Você seleciona aquilo que você gosta. Eu sempre tive a liberdade de produzir e gravar o que eu bem quis, do jeito que eu quis. Felizmente eu acho que tenho um bom gosto para escolher e produzir minhas músicas e hoje estou aqui, com-pletando 38 anos de carreira. Se eu tivesse mau gosto, estaria fora do mercado há muito tempo. Então, alguma coisa tem. 7. Em 2011, você teve a oportunidade de conhe-cer o CRER, durante o período em que seu irmão esteve internado no Hospital. O que você achou da Instituição?

Infelizmente, foi uma oportunidade de conhecer o CRER numa hora ruim. Mas, por outro lado, foi uma hora maravilhosa. No momento em que meu irmão teve o AVC, eu pude ter a colaboração imensa de todos do CRER. Achei o hospital mara-vilhoso. O CRER é mesmo uma referência. Todo mundo fala, e eu também vi o tratamento dos pro-fi ssionais com meu irmão e com todos os outros pacientes. Todas as pessoas que cuidam e traba-lham neste Hospital estão de parabéns. Aproveito para agradecer a todos que tocam o Hospital com tanto carinho e profi ssionalismo. Uma Instituição que não deve nada a ninguém. Pelo contrário, é superior a muitos outros particulares. Parabéns a todo mundo!

8. Existe alguma ação social prevista para 2013 em benefício dos pacientes do CRER?

Com certeza. Podem sempre contar comigo no que vocês quiserem. Eu e o Leonardo vamos fa-zer um show para ajudar a construir a outra parte do CRER. Todos nós, artistas, sempre ajudamos muito as entidades que precisam e contribuímos da forma que podemos. Temos que colaborar para ajudar as pessoas que precisam.

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CRER EM REVISTA 9

Par

ágra

fo Ú

nico

Ser voluntário no CRER é

doar o que se tem de melhor - sua dedicação, atenção e seu

tempo em prol do próximo.

O doar-se traz para cada um a certeza de que é preciso fazer algo e, assim,

ser agente trans-formador do

mundo em que vivemos.

Márcia Nunes de Freitas, administradora, responsá-

vel pelo projeto “Voluntários que Creem“.

A vinda da Central de Transplan-tes para o Centro de Reabilitação e Rea-daptação Dr. Henrique Santillo – CRER, é preciso que se reconheça, recebeu a me-lhor das acolhidas por parte dessa exem-plar instituição goiana de atenção à saúde, voltada exclusivamente aos pacientes de nosso Sistema Único de Saúde. Tal fato, auspicioso sob todos os aspectos, vem de encontro a um sonho acalentado há mais de um ano e certamente marca mais uma etapa na história dos transplantes entre nós, procedimentos estes vistos com enor-me atenção por parte do Ministério da Saú-de, via Sistema Nacional de Transplantes.

O estado de Goiás, no que se refere a estes procedimentos, necessita implantar e implementar efetivas ações visando cres-cer bastante o número de doações de órgãos e tecidos para fazer frente a um enorme contingente de pessoas em fi la aguardan-do por um transplante. Com efeito, são quase mil pessoas, no presente momento, que estão devidamente inscritas e aptas a serem transplantadas, o que signifi ca dar-lhes uma oportunidade de ouro de recu-perarem a qualidade de vida de que tanto necessitam e à qual, sem qualquer sombra de dúvida, têm todo direito. Tal contingente inclui aqueles que precisam tanto de um ór-gão, quanto de um tecido em nosso estado.

Em assim sendo, são diversas as ações que precisamos implantar, com es-pecial envolvimento das categorias profi s-sionais de saúde, médicos e enfermeiros em particular, bem como da população, para divulgar cada vez mais os principais aspectos cristãos, humanos, éticos e de saúde envolvidos no tema. Aliando-se às afi rmações acima, as parcerias se apresen-tam como de fundamental importância na operacionalização dos transplantes, o que reforça o acerto quanto à decisão de que a mudança da central de transplantes, uma vez decidida, fosse direcionada para uma instituição exemplar, voltada para o SUS (que custeia mais de 95% dos transplantes em nosso país), referência nos serviços de saúde prestados à população, conceitua-da e em constante crescimento. O CRER se enquadra perfeitamente em tais critérios, o que pesou na decisão do gestor estadual de saúde, Dr. Antônio Faleiros Filho, ao optar pela parceria recentemente estabelecida.

Por outro lado, a história dos trans-plantes em nosso estado é muito gloriosa, na medida em que mais de onze mil destes procedimentos já foram aqui realizados

desde o ano de 1995, com especial desta-que para os transplantes de córneas e rins, que são as maiores demandas, não apenas regional e nacionalmente, mas em todo o mundo. No momento realizamos, além dos dois citados anteriormente, transplan-tes de pâncreas e medula óssea, e as boas notícias são que já podemos realizar tam-bém o transplante cardíaco (já credenciado junto ao Ministério da Saúde) e até meados deste ano, conforme previsões concretas, deveremos realizar o primeiro transplante de fígado. Daí a necessidade de aumen-tarmos o número de doações, sensibili-zando a população para a importância do tema e, ao mesmo tempo, mostrando que o Sistema Nacional de Transplantes / Mi-nistério da Saúde, ao qual pertencemos, desempenha um trabalho sério, transpa-rente e embasado em normas e portarias legais que são cumpridas rigorosamente.

Outro fator auspicioso que cer-ca nossa vinda para o CRER refere-se ao compromisso entre esta instituição e a Central de Transplantes, com a concor-dância da Secretária de Estado de Saúde , quanto à implantação de um Banco de Te-cidos ósteo-musculares e de pele, aprovei-tando o perfi l dos pacientes que aqui são atendidos, a ausência de tal instituição em nosso estado, bem como a grande deman-da reprimida por tais tecidos nas regiões Centro-Oeste e Norte, desprovidas de um banco de tecidos com estas fi nalidades.

Enfi m, nossas expectativas são as mais alvissareiras e positivas possíveis e car-regamos a certeza de que, graças à enorme boa vontade e não menor empenho apre-sentados por todas as pessoas envolvidas na implantação e implementação das ações que precederam nossa vinda para o CRER, muito teremos a crescer. O que signifi ca, em última análise, dizer que a popu-lação, com certeza, será extremamente benefi ciada, sen-do nosso principal objetivo fazer com que, ao fi nal do ano em curso e de tan-tos outros que a ele se seguirão, tenha-mos um contingen-te cada vez menor de pessoas à espera de um transplante.

Dr. Luciano Leão Bernardino da Costa

Gerente da Central de Transplantes

CRER EM TRANSPLANTES: UM SONHO REALIZADO

resumo

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10 CRER EM REVISTA

resumo

Visita técnicaO CRER recebeu equipe de trabalho do Centro Hospitalar de Reabilita-ção Ana Carolina Moura Xavier, de Curitiba, para uma visita técnica, no dia 30 de novembro. O grupo, composto por Adalberto Coelho Neto (ge-rente administrativo) e Dr. Luiz Antônio M. de Cunha (diretor acadêmi-co), conheceu o fl uxo de atendimento e modelo de gestão da Instituição. A visita foi acompanhada pelos superintendentes e assessores do CRER.

Junior Achievement

O CRER recebeu a visita de 13 alunos do programa “Empresário Sombra Por Um Dia”, do grupo Junior Achie-vement, no dia 21 de novembro. O projeto proporciona aos jovens participantes uma visão realista do merca-do de trabalho e da área em que desejam atuar. Os alunos participaram de palestras com profi ssionais da área Multi-profi ssional, como Terapia Ocupacional e Psicologia, e também assistiram ao vídeo institucional CRER 10 anos. No fi nal das palestras, o grupo fez uma visita a todas as áreas do Hospital. Objetivo do grupo Junior Achievement é despertar o espírito empreendedor nos jovens por meio de seus programas. A entidade estimula o desenvolvi-mento pessoal, proporciona uma visão clara do mundo dos negócios e facilita o acesso ao mercado de trabalho.

Campanha de Prevenção das Defi ciências

O auditório Valéria Perillo, no CRER, foi palco do lançamento da Campanha de Prevenção das Defi ciências pela Se-cretaria Estadual de Saúde, no dia 30 de novembro. O evento contou com a participação de gestores e profi ssionais de saúde dos municípios do Estado, re-presentantes de segmentos das pessoas com defi ciência e população em geral.

OS’s

Dirigentes de Organizações Sociais (OS’s) que administram hospitais pú-blicos do Estado se reuniram com os superintendentes da AGIR – gestora do CRER, no dia 13 de novembro. Na foto, da direita para esquerda, Sérgio Daher, superintendente executivo da AGIR, Lúcio Dias Nascimento, diretor administrativo fi nanceiro do IDTECH/HGG; Ailton Ribeiro, superintendente regional do ISG/HDT; Paulo Bitt en-court, presidente do IGH/ HMI; e José Cláudio Romero, coordenador geral, também do IDTECH.

Modelo de Gestão por OS O superintendente administrativo do CRER, Claudemiro Euzébio Dourado, jun-tamente com os colaboradores Haroldo Pereira Alves e Viviane Tavares Ferreira, do setor de gerência Administrativa e Finanças, participaram no dia 21 de novem-bro do seminário “Metodologia de Apuração de Custos Hospitalares”, promo-vido pela Secretaria Estadual de Saúde. O evento, realizado no Bristol Evidence Hotel, contou com mesas redondas e palestras sobre diversos assuntos, den-tre esses: “Modelo de Gestão por OS”, apresentado pelo Ministério Público de Goiás e “Metodologia de Apuração de Custos”, apresentado pelo supe-rintendente administrativo do CRER.

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Comissão dos Direitos da Pessoa com Defi ciência da OAB – GO Fabiano Dias Martins, advogado do CRER, tomou posse no dia 7 de no-vembro de 2012 como Membro da Comissão dos Direitos da Pessoa com Defi ciência da OAB - GO. A Co-missão, criada em junho, deve de-fender e promover amplamente os direitos da pessoa com defi ciência.

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CRER EM REVISTA 11

resumoShow de Natal O Coral CRER em Canto integrou a programação especial do Show de Na-tal da OVG com apresentação na Praça Cívica, em Goiânia, no dia 7 de de-zembro. Fundado há seis anos, o Coral possui 21 integrantes, todos co-laboradores e voluntários do CRER. Na apresentação, o público conferiu canções natalinas tradicionais cantadas nas vozes dos componentes do grupo.

Show de Talentos 2012 Os colaboradores do CRER mais uma vez fi zeram bonito no Show de Talentos da Instituição. A tercei-ra edição, realizada no dia 14 de de-zembro, levou ao palco vários colabo-radores que apresentaram suas mais diversas habilidades artísticas. O even-to foi coordenado por Eduardo Cas-tro, do Centro de Estudos do CRER.Participaram: Alysson, Bruna, Wéri-ka, Gladson, Fábio, Juceli, Rodrigo, Mário, Darlan, Betuel, Renner, Már-cia e Luiz, Ian e Ana Paula, Bráu-lio, Flávio, Maria Amélia, Coral Crer em Canto, Larissa e Fernanda.

Leilão da SolidariedadeO CRER realizou no dia 10 de dezembro o 2ª Leilão da Solidariedade, no Ta-tersal III do Parque de Exposições de Goiânia. O evento encerrou o calendário de comemorações de 10 anos da Instituição. A primeira-dama, presidente da OVG e Embaixadora do CRER, Valéria Perillo, prestigiou o leilão benefi cente. “É uma iniciativa importante, uma causa nobre em benefício das pessoas com defi ciência. Eu, como Embaixadora do CRER, não poderia deixar de vir aqui.”O leilão é uma realização do CRER em parceria com a Leiloraça e a Socieda-de Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA) e todos os parceiros sensíveis à causa e que colaboram com a Instituição. O valor angariado será reverti-do para a manutenção, ampliação e implantação de novos serviços do CRER.O superintendente Executivo do CRER, Sérgio Daher, falou da gratidão com os envolvidos na realização do evento. “Agradecemos muitos a todos por este gesto tão positivo de solidariedade”. Também participaram da soleni-dade o superintendente de Relações Externas, Fause Musse, superintenden-te Administrativo, Claudemiro Euzébio, o coordenador-geral da OVG, Afrêni Gonçalves, e o presidente da SGPA, Ricardo Yano, entre outras autoridades.Os compradores dos itens leiloados foram: Valéria Perillo, Roberto Balestra, Ri-

cardo Yano, Leiloraça, Bráulio Fer-reira Neto, Waldenir Xavier, Beto Montenegro, Sérgio Cardoso, Ado-nel (Arroz Cristal), Clarismino Pe-reira Jr, Maurício Ludovico, José Marcos Freitas Musse, José Garrote, Alexandre Daher, Abilane, Felipe Vieira Xavier, Luciano Musse, Sil-vestre Alves de Almeida. O valor to-tal arrecadado somou R$ 51.950, 00.

Boa ação natalinaA paciente Meirinha Valle, servidora pública estadual, esteve no CRER na sexta-feira, 14 de dezembro, para entregar cestas básicas para algumas famílias caren-tes. A boa ação acontece há quatro anos e no último ano, além do CRER, também foram benefi ciados o Cevam e a Adfego. Foram entregues quase 100 cestas bási-cas no CRER. “Tudo isso foi possível, graças às doações e a sensibilidade de várias pessoas: servidores públicos dos vários órgãos do Governo Estadual e também de empresas privadas”, explicou Meirinha.Estiveram presentes na entrega das cestas o secretário de Articulação Institucio-nal do Governo do Estado de Goiás, Daniel Goulart, a fi sioterapeuta e vereadora de Goiânia, Cristina Lopes.

Noite FelizDurante o mês de dezembro, o CRER promoveu a campanha Noite Feliz. Centenas de crianças deixa-ram no Voluntariado as cartinhas com pedidos feitos ao Papel Noel. As cartinhas foram divulgadas e es-colhidas por diversas pessoas que se dispuseram a colaborar com o sonho de cada criança. No dia 20 de dezembro, foram entregues os brinquedos de Natal a centenas de crianças do CRER.

Page 12: REVISTA 16° EDIÇÃO - FEVEREIRO | ABRIL 2013

12 CRER EM REVISTA

Comissão de Ética Médica O Corpo Clínico do CRER criou uma Comissão de Ética Médica, durante reunião no dia 31 de janeiro. A constituição da Comissão de Ética Médica faz-se obrigató-ria em todas as instituições de saúde que possuam em seu Corpo Clínico número de médicos igual ou superior a dezesseis.Foi montada uma única chapa com os seguintes médicos: Adriana Oliveira Gui-larde, Ana Cristina Ferreira Garcia, Ester Bueno Cunha Faria, Lauro Alessandro Queiroz Santana, Lauro Desidério Jesuíno Júnior, Manuela Barreira Amorim, Marcela Rassi Nader Teixeira e Ronycley Rocha Rezende.A Comissão de Ética Médica tem a tarefa de zelar pela garantia do exercício ético da medicina no Hospital e de condições adequadas de atendimento aos pacien-tes. A chapa formada por membros do corpo clínico da Instituição tem um man-dato de 30 meses.

DoaçãoO CRER recebeu da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) um veícu-lo zero-quilômetro. A entrega do Hyun-dai, modelo Tucson, cor prata, fl ex, ano 2012/2013, foi feita no dia 23 de janeiro, no próprio Hospital. O carro, no valor de R$ 68.900,00, foi doado pela Hyun-dai/Caoa, atendendo a pedido da presi-dente da Organização das Voluntárias de Goiás, Valéria Perillo. O utilitário de-verá ser vendido e o dinheiro apurado será aplicado na construção de novas instalações da unidade. Para o coorde-nador-geral da OVG, Afrêni Gonçalves, a doação simboliza o espírito de soli-dariedade do empresariado goiano. “O grupo Caoa é um grande parceiro da Organização. É mais um gesto de soli-dariedade tanto do grupo empresarial quanto da presidente da OVG, Valéria Perillo, que não mede esforços para le-var assistência àqueles que necessitam de ajuda.” O superintendente executi-vo do CRER, Sérgio Daher, agradeceu à Organização das Voluntárias de Goi-ás e ao Grupo Caoa e disse que a do-ação mostra a credibilidade do Centro de Reabilitação e Readaptação junto à sociedade. “A parceria de toda a socie-dade é importante para nos ajudar na manutenção do CRER.”

CRER contra a DengueO CRER também aderiu a campanha Contra a Dengue e promoveu atividades educativas, como palestras e ofi cinas informativas na Instituição. No dia 01 de fevereiro, o Chefe da Divisão de Roedores e Vetores do Departamento de Vigi-lância em Saúde Ambiental, Izaias de Araújo Ferreira ministrou palestra sobre entomologia do vetor transmissor da dengue e mais informações relevantes da doença, no auditório do CRER.

Satisfação

Os superintendentes Sérgio Daher (executivo) e Fause Musse (relações externas) participaram, no dia 29 de janeiro, de reunião de trabalho com o governador Mar-coni Perillo, secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros e representantes das Organizações Sociais que administram os hospitais da rede pública estadual, no Palácio das Esmeraldas.Na ocasião, foi apresentada pesquisa do Instituto Serpes, encomendada pelo go-verno estadual, que apontou 90% de média na avaliação geral de satisfação nos hospitais do Estado. O CRER foi o hospital melhor avaliado, segundo a pesquisa, com 95,97% de média em todos os itens. O governador Marconi Perillo conside-rou os “resultados altamente satisfatórios”. Para Sérgio Daher, superintendente exe-cutivo da AGIR, OS responsável pela ad-ministração do CRER, a pesquisa confi r-ma que os primeiros 10 anos do Hospital serviram de laboratório e modelo para outras instituições. “Esse é um momento muito importante para o CRER. Acredi-to muito nesse modelo de gestão e tenho certeza que estamos caminhando para o objetivo de conquistar a certifi cação de excelência da Organização Nacional de Acreditação (ONA)”, concluiu. “

resumoParceriaO CRER e o Ministério da Saúde fi r-maram parceria para oferecer curso de formatação para aperfeiçoamento dos trabalhadores das ofi cinas de órtese e prótese – públicas, privadas e fi lantró-picas – que atuam vinculadas ao SUS. A proposta ofi cial foi publicada no dia 10 de janeiro, no Diário Ofi cial da União. A Ofi cina Ortopédica do CRER, que iniciou suas atividades em 2003, produz mensalmente uma média de 550 produtos, dentre próteses, órteses e meios auxiliares de locomoção e reali-za mais de 500 atendimentos por mês.

Sérgio Daher e Fause Musse em reunião com o gover-nador, no Palácio das Esmeraldas.

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Geraldo Pereira (CAOA) e Afrêni Gonçalves (OVG) entregam chave a Sérgio Daher (AGIR)

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Comitê de Coordenação da Fiscalização das Parcerias O superintendente executivo e assessor de planejamento da AGIR, Sér-gio Daher e Aderrone Vieira, participaram de reunião promovida pelo Comitê de Coordenação da Fiscalização das Parcerias (CCFP), no dia 15 de fevereiro, na Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).O encontro reuniu representantes das Organizações Sociais (OS) que atuam na gestão de hospitais estaduais goianos e fomentou o compartilhamento de in-formações relativas à operacionalização dos contratos de gestão fi rmados entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e as Organizações Sociais (OS). Também

estiveram presentes o presidente do Conselho de Excelência das Organi-zações Sociais, Nion Albernaz, e a su-perintendente de Gerenciamento das Unidades Assistenciais de Saúde da SES, Maria Cecília Martins Brito.Os representantes das OS fi zeram suas apresentações com foco nos se-guintes pontos: atendimento ao pú-blico e pesquisa de satisfação do usu-ário; transparência, êxitos obtidos e difi culdades encontradas. Ficou acertada a realização de uma nova reunião, com data a ser marcada.

Troca de experiência Equipe do Instituto de Desenvolvi-mento Tecnológico e Humano (Idte-ch), OS que gere o Hospital Alberto Rassi – HGG, esteve no CRER para conhecer o processo de compras e almoxarifado do hospital. A visita aconteceu na primeira semana de fe-vereiro. Estiveram no CRER o coor-denador de implantação do sistema eletrônico do HGG, Cleumar de Cas-tro, Cláudio Araújo, da gerência de material e patrimônio, Robson Alves, da gerência de contratos e licitações, Leandro Pedroso e Marcus Vinícius, ambos da gerência de compras. O grupo do Idtech também visitou todas as áreas do Hospital. Cleumar de Castro se mostrou impressionado com a rotina de serviços oferecidos, especialmente no que compete ao atendimento prestado.

Visita institucionalO diretor de Controle e Avaliação da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, Cláudio Tavares, se reuniu na tarde de 19 de fevereiro com superintendentes e asses-sores da AGIR, no CRER. A visita institucional estreitou a importante parceria entre a AGIR, OS que administra o CRER, e a Secretaria Municipal de Saúde.

Educação ContinuadaTeve início em fevereiro o programa de Educação Continuada voltado aos pro-fi ssionais de Enfermagem do CRER. Realizado anualmente, o objetivo do curso é manter o colaborador atualiza-do, zelar pela padronização dos proce-dimentos e, assim, garantir a qualidade de assistência ao paciente. Os encontros acontecem uma vez por semana, quin-zenalmente, e abrangem toda a equipe de Enfermagem do Hospital, composta por cerca de 240 colaboradores, entre técnicos e enfermeiros. O cronograma do programa de Educação Continua-da está previsto até novembro, sendo que neste primeiro semestre o foco será os protocolos operacionais voltados à equipe de Enfermagem da Instituição. A programação inclui palestras sobre o Sistema de Gestão da Qualidade e suas ferramentas; reeducação vesical e intestinal; prevenção e tratamento de feridas; além de apresentação pessoal e atendimento público.

Hotelaria

Uma equipe do Hospital do Cora-ção Anis Rassi, de Goiânia, esteve no CRER no dia 20 de fevereiro para conhecer o departamento de hotelaria e programa de gerencia-mento de resíduos sólidos da ins-tituição. O grupo foi acompanhado pela colaboradora Ilma Martins, su-pervisora de higienização e gover-nança do CRER.

resumo

Crédito da foto: Alessandro G

uilherme

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resumoCentral de Transplantes no CRERDesde o dia 22 de fevereiro, a Central de Transplantes do Estado de Goiás passou a funcionar no CRER. Entre reformas e aquisição de mobiliário para as novas instalações da Central, o CRER/Agir investiu R$ 120 mil. Segun-do Luciano Leão, gerente da Central, a proximidade com o aeroporto Santa Genoveva representa um expressivo ganho para a unidade, uma vez que todo o processo de transplante exige acesso rápido na busca e envio de órgãos e tecidos.“Acredito que juntos poderemos ampliar ainda mais o nosso complexo hospitalar e criar o Banco de Multiteci-dos da região Centro-oeste. Queremos, juntos com a Central de Transplantes, lançar esta ideia”, afi rmou Sérgio Daher, superintendente executivo do CRER. Uma carta de intenções para criação do Banco foi enviada para a coordenação do Sistema Nacional de Transplan-tes. “O projeto também já foi enviado a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para avaliação. Participaram da solenidade o governador Marconi Perillo, acompanhado da primeira-dama Valéria Perillo, sena-dor Cyro Miranda, dos secretários Antônio Faleiros, da Saúde, Wilmar Rocha, da Casa Civil e João Balestra, das Cidades, e do deputado federal Roberto Balestra, além de superintendentes e colaboradores da AGIR, empresá-rios e profi ssionais de saúde.No dia 1 de março, o superintendente Administrativo e Financeiro do CRER, Claudemiro Euzébio Dourado, reuniu com a equipe da Central de Transplantes do Estado de Goiás para desejar as boas-vindas ao grupo, ge-renciado pelo médico Luciano Leão.

Programa de Aperfeiçoamento Profi ssional

Mais de 170 inscritos participaram do processo sele-tivo para o Programa de Aperfeiçoamento Profi ssio-nal do CRER, no dia 26 de fevereiro no auditório da instituição. A prova foi objetiva e teve duração de três horas, aplicada pela Comissão de Ensino e Pesquisa do CRER. Foram oferecidas vagas em Enfermagem, Fisio-terapia, Fonoaudiologia, Imagem e Diagnóstico, Psico-logia, Serviço Social, Terapia Ocupacional e Educação Física.

Aula InauguralOs residentes aprovados no processo seletivo do programa de Residência Médica em Medicina Física e Reabilitação (Fisiatria) e Radiologia e Diagnóstico por Imagem participaram da aula inaugural no dia 1 de março, no auditório da instituição. A residência médica do CRER tem duração prevista de três anos e oferece aperfeiçoamento progressivo do padrão pro-fi ssional, científi co e de assistência ao paciente. As atividades são realizadas nas instalações do próprio CRER, proporcionando a vivência da rotina de um hospital.

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ArtIGo

R e c e n t e pesquisa Serpes, que tornou pú-blica a avaliação dos cidadãos que utilizam os serviços ofereci-dos pelos hospi-tais estaduais de Goiás adminis-trados por Orga-

nizações Sociais, é uma prova cabal e isenta do acerto em mudar a forma de gerenciamento dessas unidades.

Acima de rançosas manifesta-ções de cunho estritamente ideológico, fala mais alto a voz do verdadeiro pa-trão do serviço público: Sua Excelência, o cidadão. Sim, o cidadão comum, que a qualquer hora procura e espera ser bem atendido e ter o seu problema resolvido por serviços do sistema público de saú-de, pouco importando saber se estes es-tão sob administração pública direta ou não. O que importa, realmente, é que as regras estabelecidas pelo poder público sejam respeitadas e que haja efi ciência, efi cácia e economicidade, e, ainda, que os serviços prestados sejam reconheci-dos por seus méritos e boa qualidade por parte daqueles que os utilizam.

Ao contratar instituições da so-ciedade civil sem fi ns de lucro, os go-vernos estaduais possibilitam às Secre-tarias de Saúde o pleno exercício de sua função maior: a de desenvolver uma política de saúde que leve em conta as dimensões da promoção da saúde, da prevenção de doenças e de sua recupe-ração. Deixam, assim, de ter um papel hegemônico de prestadoras de serviços hospitalares, como sempre foi, para dedicarem-se em toda a sua plenitude a essa missão primordial e indelegável, o que, aliás, está previsto pelos marcos normativos do Sistema Único de Saúde.

A AGIR, instituição mantenedo-ra do CRER, foi a primeira a participar

dessa nova modalidade de administrar, quando o Governo de Goiás optou por uma forma ágil, idônea, com partici-pação da sociedade civil organizada, para administrar uma instituição que nascia com o compromisso de oferecer um atendimento de alto nível à popu-lação que, até então, enfrentava gran-des difi culdades no acesso a serviços especializados de reabilitação e rea-daptação. Transcorridos mais de dez anos de trabalho incessante e com ple-no reconhecimento por parte de toda a sociedade, o CRER é um exemplo bem-sucedido dessa opção por uma forma gerencial moderna, ágil e transparente.

Os bons resultados apontados pela pesquisa devem ser comemora-dos e compartilhados com todos aque-les que os tornaram possíveis: direção, profi ssionais de saúde, funcionários administrativos e de serviços auxilia-res e de apoio. Os pontos criticados devem ser levados a sério, procuran-do-se as causas e corrigindo-se pron-tamente as falhas e imperfeições, até porque somos nós todos, cidadãos, os que custeamos os serviços públi-cos com a exagerada carga tributá-ria que nos é imposta em nosso País.

Os mais destacados estudiosos da avaliação de desempenho em saúde destacam a enorme importância e a in-dispensável participação dos cidadãos no processo de avaliação e de aperfei-çoamento dos sistemas e serviços de saúde. Em praticamente todos os paí-ses que dispõem de sistemas de saúde de acesso universal, o uso rotineiro de consultas aos cidadãos é prática usual e recorrente. Com elas aprendemos onde temos falhado; onde estão lacunas im-portantes a serem preenchidas; onde há situações de iniquidade que precisam de pronta correção; em suma, onde te-mos acertado e em que estamos errando.

Espero que a realização de pes-quisas de opinião possa tornar-se siste-

mática, pelo menos uma vez por ano, encarando-as como estratégia indis-pensável ao aprimoramento da gestão e fi scalizando-se, posteriormente, a ado-ção das medidas corretivas em decor-rência dos elementos que nelas forem apontados. Somente assim a palavra será dada plenamente ao cidadão que usa os serviços públicos de saúde e os fi nancia através de seus impostos. E o CRER é uma referência extremamente importante e positiva na construção de um cenário que todos desejamos: o do acesso universal e gratuito a tratamen-tos de saúde efi cazes e de qualidade, previsto pela legislação brasileira e de-fi nidos pelo Sistema Único de Saúde.

Fernando P. Cupertino de Barros é médico, mestre e doutorando

em Saúde Coletiva, professor da Faculdade de Medicina da UFG, secretário estadual de Saúde de

Goiás (1999-2006), presidente do Conselho Nacional de

Secretários de Saúde (2000-2003)

CRER: avaliado como exemplo de gestão efi caz e de qualidade

Transcorridos mais de dez anos de trabalho incessante e com pleno

reconhecimento por parte de toda a socieda-de, o CRER é um exem-plo bem-sucedido dessa

opção por uma forma gerencial moderna, ágil

e transparente.

Por Fernando P. Cupertino

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eMPreSAS MAntenedorAS

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“Os bons sonhos revertem para todos e se voltam positivamente, de todas as formas, para quem acredita neles”.

eSPAÇo do PACIente

r ogério Lucas, 52, nas-cido em Goiânia em 1960, iniciou no jornalismo impresso na extinta Fo-lha de Goiaz, em 1979. Já passou por praticamente todas as editorias de jornal, especializando-se por último na cobertura analítica de política re-gional. Também atuou em rádio, teve passagens pelo jornalismo televisivo e hoje atua na parte de assessoria de imprensa, comunicação e marketing.

“Nos últimos 30 anos partici-pei acompanhando como jornalista muitos eventos que hoje fazem parte da história de Goiás e do Brasil. Um que me lembro sempre com carinho

e emoção renovada foi o lançamento em Goiás da campanha nacional que fi caria conhecida como Diretas Já, que foi vital para a redemocratização do País”, relembra emocionado da sua participação num dos fatos mais mar-cantes da história recente do Brasil.

Em 1998, como assessor de im-prensa, frente a uma pequena equipe, Rogério Lucas participou da campa-nha política que elegeu a governador de Goiás o então deputado federal Marconi Perillo. “Foi uma experiência memorável para todos nós da equipe e um trabalho profi ssional de rara feli-cidade, onde tudo deu certo”, destaca.

Reviravolta - Em 23 de julho de 2012, ao fi nal de um dia de ativida-des, Rogério Lucas começou a sentir um mal-estar e a sensação de “corpo fraquejando”. No dia seguinte, após uma queda logo pela manhã, não teve mais forças para se levantar. Inicial-mente, a equipe médica que atendeu o jornalista suspeitou que ele havia so-frido um Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Fui internado em observação no mesmo dia. A paralisia e a perda de percepção sensorial nos membros inferiores, se alastrando lentamente para os superiores, sem sinais de lesão cerebral, deixaram médicos intriga-

De defensor de um ideal a benefi ciário da obra concretizada

Rogério Lucas e a fi sioterapeuta Sandra Jayme, na academia Agir + Saúde do CRER

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dos”, recorda. Após três dias de inter-nação, foi diagnosticada Guillain-Barré, uma síndrome neurológica com cará-ter autoimune, que acomete os nervos impedindo-os de transmitir os sinais que vêm do sistema nervoso central com efi ciência, levando, além de outras perdas, à inabilidade de grupos mus-culares responderem aos comandos cerebrais. Para Rogério Lucas, encami-nhado à UTI, a recuperação necessita-ria de apenas alguns dias, mas depois de uma melhora relativa após o início do tratamento, o quadro foi se agra-vando. “A cada recrudescimento minha expectativa de uma melhora rápida foi virando apreensão. Na terceira vez que fui para a UTI já sabia que minha vida estava mudada para sempre. Aí a pre-ocupação maior já era saber se sairia vivo, e depois, o que teria de sequelas.”

Após a fase de estabilização do quadro clínico, Rogério Lucas foi inter-nado no CRER, iniciando seu processo de reabilitação. “Saí da UTI no dia 13 de setembro, já respirando sem aparelhos, mas com paralisia quase total. Movi-mentava a cabeça, mas não tinha prati-camente nenhuma percepção sensorial no resto do corpo e os estímulos moto-res eram mínimos. Tinha praticamente só os movimentos do braço esquerdo e força insufi ciente até para levantar um lençol que me cobria. Dependia de aju-

da para tudo, desde a higiene corporal, a alimentação e até me virar na cama. Foi assim que dei entrada no CRER em 13 de setembro de 2012, deitado em uma maca”, descreve seu quadro.

À época de sua internação, Rogé-rio Lucas diz que não queria falar nem ouvir previsões, pensando ser o pra-zo de um ano a média positiva para a maioria dos doentes recobrar a autono-mia, dar passos seguros, caminhar sem a necessidade de maior apoio e sem ajuda de órteses. “Com muita felicida-de, graças a Deus, em primeiro lugar, ao pessoal do CRER e a um grande es-forço próprio, minha recuperação tem sido muito rápida, acima de qualquer previsão a mais otimista”, comemora.

“Hoje já ando quase sem apoio – uso uma bengala mais por segurança do que por necessidade. Tenho auto-nomia como antes da doença, e a últi-ma conquista é voltar a dirigir. Voltei a trabalhar ainda em dezembro, com a produção intelectual, primeiro em casa, agora já retomando atividades regulares junto com os colegas, na minha sala na Segplan (Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento).”

Vida nova – “Em novembro, comemorei meu aniversário como o primeiro ano de uma nova vida. Hoje, graças a uma rotina de atividades regu-

lares na academia da AGIR, e exercícios diários que também faço em casa, estou fi sicamente melhor do que nunca. Da vida sedentária que tinha antes para a atual, de exercícios assistidos por fi sio-terapeutas, atividades com terapeutas ocupacionais, professores de educação física, psicólogos, fonoaudiólogos e o corpo médico do CRER, meu estado fí-sico nunca foi tão bom. E em vistas das experiências ruins que experimentei, ou até por elas, me sinto igualmente fortalecido mental e psicologicamente, com a autoestima melhor que nunca”

Para o futuro, ou já para o pre-sente, Rogério tem vários projetos, vi-ver uma vida com melhor qualidade, escrever um livro sobre sua experiência com Guillain-Barré e o CRER, e montar uma empresa para criar funcionalida-des, com aplicações e instruções de uso que facilitam a vida de todas as pessoas, principalmente as que têm limitações de desempenho, pelo uso de tecnologias que já existam ou possam ser criadas.

Rogério Lucas em comemoração especial pelo seu aniversário, como “primeiro ano de uma nova vida”

No aniversário de 10 anos do CRER, comemorado no dia 25 de setembro de 2012, durante seu dis-curso Sérgio Daher, Superintendente Executivo, ao ver Rogério Lucas na plateia como paciente, mencionou o fato dele ter sido o primeiro jornalista a quem concedeu entrevista sobre o Centro de Reabilitação, ainda em fase de concepção. Referindo-se à ocasião, o jor-nalista também destaca com emoção o dia em que recebeu, em seu quar-to no CRER, a visita do Governador Marconi Perillo, acompanhado por Sérgio Daher. “Dez anos depois de vê-lo ser inaugurado, estar aqui, sendo atendido com esta qualidade excepcional de serviços, no hospital em que acreditava quando ainda era apenas um sonho, e ainda estar me-recendo a atenção especial de quem o pensou inicialmente, e de quem materializou o projeto, me tocou de-mais. Não tenho esta grandeza, mas uma parte do meu esforço de recu-peração serviu, senão para eles, para provar a mim mesmo que os bons so-nhos revertem para todos e se voltam positivamente, de todas as formas, para quem acredita neles”.

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É BoM SABer

Implante Coclear

I magine a emoção de permi-tir a uma pessoa ouvir, pela primei-ra vez em sua vida, os sons que per-meiam o seu dia a dia? Ou mesmo, resgatar a audição de quem há tem-pos perdeu essa capacidade ao lon-go da vida? Para a equipe de profi s-sionais do Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), essa conquista tem se tor-nado uma doce e desafi ante rea-lidade. Após cinco anos de muito empenho para conseguir adequar a unidade às exigências do Minis-tério da Saúde, o CRER conseguiu há oito meses ser credenciado para a realização de Implante Coclear.

O procedimento, que com-bina uma cirurgia de alta comple-xidade a uma série de sessões de fonoaudiologia para habilitar o paciente a fazer uma perfeita in-terpretação dos sons, já benefi ciou 17 portadores acometidos com a perda auditiva profunda bila-teral, ou seja, nos dois ouvidos.

O pequeno João Augusto Melo Godinho, de dois anos, na-tural de Pirenópolis (a 120 quilô-metros da capital goiana) passou recentemente por essa experiência. Ao ser detectada logo no seu nas-cimento a perda profunda de au-dição nos dois ouvidos, seus pais Ivan Araújo Godinho, 39, e Maria

Cristina de Melo Godinho, 37, trava-ram uma luta para defi nir a melhor forma de garantir a qualidade de vida do fi lho caçula. “É sempre um grande choque receber um diagnóstico como esse, que é cons-truído após três diferentes testes, enquanto a crian-ça possui apenas meses de vida. Você sempre nutre a esperança de que essa perda possa ser reverti-da com o tempo, ou no resulta-do do próximo exame. Mas isso não aconteceu com nosso peque-no João Augusto”, relata a mãe.

O casal foi orientado a bus-car ajuda no CRER e, após uma consulta na rede pública de saú-de, conseguiu o encaminhamento para o centro de referência. Lá, o primeiro procedimento foi a ado-ção de um aparelho externo de audição para identifi car se haveria alguma melhora. No entanto, ava-liações e exames detalhados identi-fi caram o implante coclear como a opção mais indicada para o desen-volvimento da audição da criança.

“Foi uma decisão difícil de

ser tomada. Mas a equipe do CRER foi muito atenciosa em nos explicar sobre as vantagens do procedimen-to e os benefícios da cirurgia”, re-corda. Hoje, passado pouco mais de um mês da cirurgia, João Augusto já identifi ca o seu próprio nome e evolui diariamente na tentativa de interagir por meio da fala com os que estão ao seu redor. Ao ativar o aparelho implantado, mãe e fi lho reagiram da mesma forma às pri-meiras palavras ditas pela equipe médica: com lágrimas nos olhos.

A triagem

Conforme explica o respon-sável técnico pelo procedimento, o otorrinolaringologista Sérgio de Castro Martins, o implante coclear,

O CRER inicia procedimento que permite a pacientes com perda profunda de audição passar a ouvir. O implante coclear é feito completamente via SUS e custaria mais de

R$100 mil, se realizado na rede privada. Dezessete pessoas já foram benefi ciadas.

Por Maria Antonieta ToledoSite Goiás Agora

Equipe Multidisciplinar do CRER

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oferecido integralmente pelo Siste-ma Único de Saúde no CRER, cus-tará na rede privada em torno de R$120 mil, apenas a cirurgia, sem levar em conta o valor dos exames e o acompanhamento fonoaudioló-gico feito posteriormente. “Temos orgulho de oferecer um tratamen-to integral 100% gratuito, inclu-sive com a realização de exames de última geração”, alega Sérgio.

Uma equipe multidisciplinar composta por otorrinos, fonoau-diólogos, psicólogos e assistentes sociais é responsável por avaliar o quadro clínico do paciente, sua acei-tação diante da deficiência auditiva e as condições financeiras necessá-rias para a manutenção do aparelho implantado. “Infelizmente, ainda não temos uma portaria governa-mental que determine o custeio da manutenção do aparelho, o qual acaba ficando a cargo da família. Estamos falando de um aparelho que consome baterias no valor de R$500 a R$700, a cada dois anos. É muito importante que a família te-nha condições de custear a sua ma-nutenção”, explica o coordenador.

O procedimento

A cirurgia para a implanta-ção do aparelho dura de quatro a cinco horas. Uma equipe com-posta por cinco médicos e dois fo-noaudiólogos se dedica à implan-tação e ao teste do aparelho, que nada mais é do que um feixe ul-trafino com eletrodos adaptado à parte do ouvido interno, a cóclea.

Passado um mês do proce-dimento, tempo concedido para a cicatrização, é adaptada a sua parte externa, semelhante a um aparelho auditivo convencional, e que se in-terliga ao implante por um sistema similar ao de imã. “Somente depois da conexão com a parte externa é que fazemos a ativação do apare-lho e o paciente passa a identifi-car os sons por meio de impulsos elétricos transmitidos para a par-te interna do ouvido”, esclarece.

(Re)aprender a escutar Conforme explica a fonoaudi-

óloga Thaís Nasser Sampaio, após a ativação do aparelho inicia-se um processo de descoberta, per-cepção, localização, identificação e compreensão dos sons. “Quan-do o procedimento é feito em al-guém que nunca escutou na vida, ele vai ter dificuldade em identi-ficar os sons que passou a escutar pois, até então, não fazem senti-do algum para ele”, explica Thaís.

Além disso, quando o im-plante é realizado em pacientes que perderam a audição há muito tem-po, a mesma dificuldade é encon-trada, pois, com o tempo, o cérebro perde as habilidades auditivas de interpretação do som. “É um reco-meço nos dois sentidos”, analisa.

Os profissionais indicam que a cirurgia seja feita o mais rá-pido possível nos dois casos. Seja em um bebê que já nasceu sem a audição ou em uma pessoa que perdeu a audição há pouco tem-

po. “Melhores resultados são ga-rantidos”, alega a fonoaudióloga.

As terapias fonoaudiológi-cas, obrigatórias após a cirurgia, acontecem duas vezes na semana e têm enfoque no desenvolvimen-to das habilidades auditivas e na comunicação do paciente. Durante as sessões de fonoterapia, a família e a escola também são orientadas a dar continuidade ao tratamen-to que é realizado na instituição.

Para Maria Cristina, mãe do pequeno João Augusto, a evolução do filho é comemorada nas peque-nas conquistas. “Hoje ele já faz o som do cachorro latindo, já tenta reproduzir os sons da nossa fala. É surpreendente a forma como ele tem reagido ao implante. Estamos feli-zes por ter feito essa escolha e espe-ramos contribuir com a elucidação de outros pais que, assim como nós, se deparam com essa dificuldade e não sabem ao certo o melhor cami-nho a seguir. Hoje, temos a plena convicção de que fizemos a melhor escolha para nosso filho”, declara.

Paciente João Augusto com a mãe: “ Estamos felizes por termos feito essa esolha“

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Q

ue a água é um recurso essencial para a vida na terra e que ela está sendo utilizada de forma irresponsá-vel por boa parcela da população mundial, isso todo mun-do já sabe. Mas mudar esse cenário pode começar dentro de nossas casas. Nesse guia você encontrará dicas de como reduzir seu consumo de água a partir de medidas simples que podem ser adotadas hoje, em qualquer residência.

De acordo com a Organização Mundial de Saú-de (OMS), cada pessoa precisa de 40 litros de água dia-riamente para atender as suas necessidades de consumo e higiene. No entanto, nos grandes centros urbanos do país e em cidades com mais de 120 mil habitantes, o con-sumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros por dia.

Aqui no Brasil, o uso doméstico é responsável por 18% do consumo de água do país. Em uma casa com qua-tro moradores fi xos, o consumo de água do chuveiro, vaso sanitário e cozinha podem chegar a mais de 70% do gasto total. Mas esses não são os únicos vilões do desperdício. Co-nheça algumas formas de racionalizar o uso da água e ajude a garantir o acesso das futuras gerações a esse recurso vital.

Banheiro Se tivéssemos que eleger um cômodo para reduzir

o consumo de água, ele certamente seria o banheiro. Ape-nas a água utilizada pelo chuveiro e vaso sanitário corres-ponde a 47% do consumo total da família. Por isso, é im-portante prestar bastante atenção a essa parte da casa.

Banho curto. Um banho de ducha de 15 minu-tos, com o registro meio aberto, consome 135 litros de água. Se fechar o registro ao se ensaboar e reduzir o tem-po para cinco minutos, o consumo cai para até 30 litros.

Menos água para escovar os dentes. Se uma pes-soa escova os dentes em cinco minutos com a torneira não muito aberta, ela gasta 12 litros de água. No entanto, se ela molhar a escova e fechar a torneira enquanto es-cova os dentes e ainda enxaguar a boca com um copo de água, ela consegue economizar mais de 11,5 litros.

Descarga econômica. Se ainda estiver construindo sua casa, prefi ra as descargas com sistema de sucção a vá-cuo, capazes de economizar até 80% de água. Alguns mo-delos tradicionais mais modernos também são vantajosos,

já que consomem apenas seis litros de água por acionamen-to (cerca de metade do consumo das bacias sanitárias anti-gas). Você ainda pode colocar uma garrafa PET cheia e fe-chada na caixa d’água para reduzir ainda mais o consumo.

Evite banheiras. Uma banheira consome cer-ca de 80 litros de água por banho. Por isso, evi-te instalar esses equipamentos no seu banheiro ou deixe para usá-las apenas em ocasiões especiais.

Chuveiros inteligentes. Instale um chuveiro com dispositivo econômico para reduzir a quantidade de água liberada durante o banho. Outra opção é instalar uma tor-neira única para misturar a água - isto ajudará você a en-contrar a temperatura ideal mais rapidamente e evitará o desperdício. Você ainda pode instalar arejadores nos chuvei-ros e pias. Esse pequeno instrumento introduz bolhas de ar no jato d’água, reduzindo o consumo de água em até 50%.

Cozinha A cozinha é responsável por grande parte da

água consumida em uma casa. Seja no preparo dos ali-mentos ou na limpeza das louças, muitos litros po-dem ser poupados com medidas simples. Confi ra:

Utilize o lava-louças cheio. O uso de uma máquina la-va-louças pode ajudar a reduzir o gasto com água e detergente, mas isso só será vantagem se o equipamento estiver na sua ca-

MeIo AMBIente

Guia da construção verde: Economia de água

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CRER EM REVISTA 23CRER EM REVISTA 23

pacidade máxima. Por isso, nada de ligá-la apenas para lavar alguns pratos e talheres – espere encher e lave tudo de uma vez.

Deixe de molho. Se não for possível comprar uma la-va-louças, uma alternativa para economizar água é deixar as panelas e pratos de molho antes de lavar. Isso ajuda a soltar os restos de alimento e reduz o tempo de lavagem. Para economi-zar água, tampe o ralo da pia e encha-a de água. Coloque toda a louça na água, lave-a e só abra a torneira na hora de enxaguar.

Feche a torneira. Se você não tiver como deixar os pratos de molho, ao menos deixe a torneira fechada enquan-to lava a louça e abre-a apenas para molhar e enxaguar. Re-tirar o excesso dos alimentos antes de lavar também ajudar a reduzir o consumo de água. Lavar a louça com a tornei-ra meio aberta durante 15 minutos consome 117 litros de água. Com economia o consumo pode chegar a 20 litros.

Lavanderia, jardim e quintal Essa região da casa também é responsável por boa

parte do consumo da casa, especialmente quando se trata de lavar roupa, regar as plantas ou limpar a calçada. Mas algu-mas medidas simples podem te ajudar a reduzir esses gastos.

Acumule antes de lavar. Só ligue a máquina de lavar quando ela estiver com a sua capacidade máxima. A lavadora de roupas com capacidade de cinco quilos gasta 135 litros de água a cada lavagem, por isso deixe para usá-la de uma vez só.

Regue as plantas pela manhã. Nesse horário a ter-ra ainda está fria e as plantas absorvem mais a água. Ao molhar a terra quente, parte da água irá evaporar e você terá que usar mais água para conseguir o mesmo efeito.

Instale um gotejador. Esse sistema de irrigação molha as plantas de forma lenta, contínua e controlada e garante uma boa economia de água. Você pode mon-tar um desses em seu jardim fazendo pequenos furos em uma mangueira e colocando-a próxima ao caule das plantas, de modo a umedecer continuamente as raízes.

Vassoura e balde. Na hora de lavar o carro ou a calçada, nada de mangueira. Prefi ra varrer o chão e usar um balde com água para limpar o carro. Dados

do Instituto Akatu mostram que uma mangueira liga-da por 15 minutos gasta 279 litros de água. Isto signifi -ca que se você usá-la uma vez por semana, mais de 14 mil litros de água vão para o bueiro da rua em um ano.

Cubra a piscina. Ao fazer isso, você evita que li-tros de água evaporem todos os meses. Uma piscina mé-dia exposta ao sol e ao vento tem uma taxa de evapora-ção de até 3.800 litros mensalmente. Com uma cobertura (encerado, material plástico), a perda é reduzida em 90%.

Aproveitamento de água Aproveite o que vem do céu. A água da chuva é desti-

lada, cai sem cobrar impostos e ainda permite que você dei-xe a água potável para outros fi ns. Um sistema de aprovei-tamento pode ser mais complexo e captar a água em calhas, passá-la por um fi ltro e armazenar na cisterna para ser bom-beada e distribuída para a casa, ou mais simples, como uma caixa d’água ou balde deixados a céu aberto durante a chuva.

Fim dos vazamentos. O primeiro passo para apro-veitar melhor a água da sua casa é eliminando todos os vazamentos. Um buraco de 2mm (um pouco maior do que a cabeça de um alfi nete) em um cano desperdiça até 3.200 litros de água em um dia. Para controlar os vazamentos, vale a pena fi car de olho no relógio de água (hidrômetro), nos canos alimentados diretamente pela água da rua e pela caixa d’água e nos reservatórios subterrâneos dos edifícios.

Reaproveite a água. A água utilizada durante o banho pode servir para a descarga, a da máquina de lavar pode ser útil para limpar a calçada e a que foi usada para lavar as verduras pode irrigar o jardim. Se for possível, instale um sistema de reaproveitamento de água em sua casa, mas se não for, um balde comum pode fazer o serviço muito bem.

Fonte: Portal EcoD

Link: htt p://www.ecodesenvolvimento.org/dicas-e-guias/guias/2012/

janeiro/guia-da-construcao-verde-economia-de-agua?tag=arquitetura-e-

construcao#ixzz2OgSXvSny

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24 CRER EM REVISTA

Por dentro do Crer

Balanço Patrimonial 2012

BALAnÇoS PAtrIMonIAISEm 31 de Dezembro de 2012 e 2011

(em reais)

ASSoCIAÇÃo GoIAnA de InteGrALIZAÇÃo e reABILItAÇÃo - AGIrCentro de reABILItAÇÃo e reAdAPtAÇÃo dr.º HenrIQUe SAntILLo

CNPJ/MF 05.029.600/0001-04

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CRER EM REVISTA 25

Veja o Balanço Patrimonial 2012 completo no site do CRER.

ASSoCIAÇÃo GoIAnA de InteGrALIZAÇÃo e reABILItAÇÃo - AGIrCentro de reABILItAÇÃo e reAdAPtAÇÃo dr.º HenrIQUe SAntILLo

CNPJ/MF 05.029.600/0001-04

ASSoCIAÇÃo GoIAnA de InteGrALIZAÇÃo e reABILItAÇÃo - AGIrCentro de reABILItAÇÃo e reAdAPtAÇÃo dr.º HenrIQUe SAntILLo

CNPJ/MF 05.029.600/0001-04

deMonStrAÇÃo doS FLUXoS de CAIXA - MÉtodo IndIretoEm 31 de Dezembro de 2012 e 2011

(em reais)

deMonStrAÇÃo dAS MUtAÇÕeS do PAtrIMÔnIo LÍQUIdoEm 31 de Dezembro de 2012 e 2011

(em reais)

deMonStrAÇÃo do reSULtAdo do PerÍodo

Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011(em reais)

ASSoCIAÇÃo GoIAnA de InteGrALIZAÇÃo e reABILItAÇÃo - AGIrCentro de reABILItAÇÃo e reAdAPtAÇÃo dr.º HenrIQUe SAntILLo

CNPJ/MF 05.029.600/0001-04

Link: http://crer.org.br/AppCMS/uparquivos/balanco2012.pdf

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26 CRER EM REVISTA26 CRER EM REVISTA

SUPerAÇÃo

r icharlles Ghabriel Alves da Silva é uma criança de 10 anos. Mas ao contrário da maioria da garotada, que dedica grande parte do tempo a ativida-des recreativas, Richarlles se concentra em fazer o que mais gosta: tocar violi-no. Não bastasse esse fato ser uma ex-ceção à regra, o garoto surpreende ain-da mais: toca o instrumento com os pés.

Richarlles é portador de mal-formações congênitas com ausência total do membro superior esquerdo e membro superior direito, com 2/3 do braço. “Descobrimos na hora do par-to. Nas ultrassonografi as que fi z du-rante a gestação, os médicos diziam que estava tudo normal. Chegaram a me dizer, certa vez, que ele (Richarl-les) estava chupando o dedo”, narra a mãe, Kellen Keide Alves Rosa, 31.

Segundo ela, “o caso é raro:

uma em cada mil crianças”. Além da agenesia dos membros superiores, Richarlles tem nove centímetros da perna esquerda mais curta, decorren-te de malformação no quadril. A fa-mília, mesmo diante da surpresa no nascimento, aceitou desde o início.

“Nosso receio era que ele de-pendesse de nós para absolutamente tudo. E, claro, que faríamos tudo que fosse necessário para ele. Mas aconte-ceu o contrário. O Richarlles é super independente”, diz Kellen. Ela conta que mesmo quando o fi lho era bebê e a chupeta caía no chão, Richarl-les dava, sozinho, um jeito de pegar.

A paixão do garoto pelo violino começou quando ele acompanhava a avó materna à igreja e via o grupo mu-sical tocar o instrumento. Logo, aos 4 anos de idade, Richarlles ganhou o

primeiro violino. “Assim que recebeu o presente, se virou e aprendeu a tocar sozinho, do jeito dele. Quando vimos, ele estava tocando o violino com os pezinhos”, explica a mãe, sem escon-der o orgulho que sente pela conquis-ta do fi lho, que hoje é aluno da Esco-la de Artes Veiga Valle, em Goiânia.

“Ele é apaixonado por esse vio-lino. Quando está em casa, passa o tempo todo tocando”, diz Kellen, en-quanto observa Richarlles que joga (pasmem!) pebolim com as irmãs, Kayllane (7) e Karollayne (5). “Nós, pais, nos sentimos superados. Anti-gamente a sociedade rejeitava. Hoje é mais fácil, principalmente porque ele não tem vergonha de nada”, destaca.

Apesar de ser “na dele”, Richarl-les é uma criança feliz e cheia de amigos. Na escola, segundo a mãe, os colegui-

Talento sem limite

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CRER EM REVISTA 27CRER EM REVISTA 27

nhas brigam para decidirem quem vai levar a mochila dele. Além disso, cola-boram com outras tarefas, como acom-panhá-lo ao banheiro, por exemplo. “Os amiguinhos cuidam muito dele e têm muita paciência”, agradece Kellen.

Apesar de ser de pouca conversa – Richarlles soltou poucas palavras, mas muitos sorrisos, durante conversa com a reportagem da “Crer em Revista”, a criança gosta de se apresentar ao públi-co. Claro, com seu inseparável violino. Demonstração inequívoca disso foi a apresentação que Richarlles fez duran-te visita do governador do Estado, Mar-coni Perillo, e da primeira-dama Valé-ria Perillo, no CRER, no dia 8 de março.

Além do casal, estavam presen-tes centenas de pessoas, dentre colabo-radores do CRER, pacientes e demais autoridades. Richarlles foi anunciado solenemente e tocou o violino durante cerca de 5 minutos. Desnecessário dizer que a emoção foi geral. “É um exemplo para todos nós. Tem muita gente que tem os dois braços funcionando nor-

malmente e reclama o tempo inteiro da vida. E ele está aqui, alegre, feliz e bo-nito, tocando o violino, nos alegrando e dando essa lição que precisa ser apren-dida com o talento, com o carisma e principalmente com a força de vonta-de dele. Parabéns, Richarlles!”, ressal-tou o governador ao cumprimentá-lo.

Sem limitações

“Não existem limitações. Ele faz tudo”. A afi rmação é da mãe, mas logo percebe-se que é a realidade. Além de jogar pebolim (totó), Richarlles tam-bém joga videogame, anda de bicicle-ta (sem adaptações). Na escola, onde cursa o 5º ano, ele garante que é um bom aluno. “Nunca reprovei. Nem preciso estudar quando tenho provas e só tenho boas notas”, reforça Richarl-les, que escreve também com os pés.

Paciente do CRER há dois anos, Richarlles só faz, atualmente, terapia ocupacional. “Gosto muito do Le-andro (terapeuta ocupacional), sou

amigo dele”, conta. Leandro sugeriu uma adaptação para que o paciente pudesse comer, escrever e escovar os dentes sem usar os pés. Mas, Richarl-les preferiu continuar utilizando os pés, principalmente para escrever. “Minha letra fi cou muita feia”, con-cluiu. O paciente, que não se adaptou com a utilização de outras próteses, aguarda um modelo mioelétrico.

Valéria Perillo compartilha com Richarlles o primeiro pedaço do bolo. “ Estava uma delícia. Eu queria mais”, diz o paciente

Richarlles treina tocar violino ao lado do terapeuta ocupacional Leandro Coelho e a mãe Kellen

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28 CRER EM REVISTA

agenda ParceriasNov / Jan

III Congresso Brasileiro de Fisioterapia Aquática

Data: 01 a 05 de maio de 2013Local: Centro de Convenções de Curitiba - PRInformações: www.fi sioterapia.com/eventos

Hospitalar - Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia

Data: 22 a 25 de maio de 2013Local: Expo Center Norte – São Paulo – SPInformações: (11) 3897-6199 / [email protected]

V Congresso Hospitalar de Emergência e Terapia Intensiva Data: 22 de maio de 2013Local: Expo Center Norte - Auditório 15 – São Paulo - SPInformações: http://www.sobrati.com.br/congres-so-2013.htm

XVIII CONGRESSO SULBRASILEIRO DE ORTO-PEDIA E TRAUMATOLOGIA

Data: 20 a 22 de junho de 2013Local: Centro de Eventos do Hotel Serrano – Grama-do - RSInformações: www.sulbra2013.com.br / [email protected]

ACADEMIA OURO FITNESSAGELART PLACASASMEGOAUDILEXBAIANO FOLHAGENS E VERDURASBRAKKO COM. E IMPORTAÇÃOCEVELCLUBE JAÓCONSTRUTORA YESCRISPIM+VEIGACRISTAL ALIMENTOSEMBRAPAFIT COMÉRCIO E LOCAÇÃOFRALDAS KISSESFUJIOKAGOIÁS DÁ SORTE - ASSOCIAÇÃO UNI-VERSIDADE ATIVAGOLFINHOS PLAYGROUNDGRUPO CAOAGRUPO ODILON SANTOSHP TRANSPORTEJORLANJORNAL DIÁRIO DA MANHÃJOULE ENGENHARIALATICÍNIOS BELA VISTALEILORAÇALEITES PIRACANJUBALIG TEC SERV. TÉCNICOS EM TELECOMMAREL REPRESENTAÇÕESMETRAFORTEMIX MED DISTRIBUIDORA DE MEDICA-MENTOS

MSO MATERIAL HOSPITALARMV SISTEMASNOVARTIS BIOCIÊNCIAS S/ANOVO MUNDOOVG – ORGANIZAÇÃO DAS VO-LUNTÁRIAS DE GOIÁSOVJ – ORGANIZAÇÃO DAS VO-LUNTÁRIAS DO JUDICIÁRIOPOLIOR PRODUTOS ORTOPÉDI-COSPOUSADA DO IPÊPRÓ-HUMANOSPRÓ-VIDA CENTRAL DE DÍZIMORAÇA LOGÍSTICARÁPIDO ARAGUAIAREFRESCANTEREFRESCOS BANDEIRANTESRENAUTO NISSANSGPASÍNTESE COMÉRCIO HOSPITALARSOLUTISTA. CRUZ IND. COM. MÓVEIS MADEIRASUPER FRANGOSUPERFRANGOTEND TUDOTG GÁSTV SERRA DOURADAVELOXVIAÇÃO PARAÚNAVIAÇÃO PARAÚNA

Maio >>>

Junho >>>

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CRER EM REVISTA 29

PerFIL do CoLABorAdor

“Eu vivo música 24 horas por dia!”

S ou militar músico. Sub-Tenente do Corpo de Bombeiros, fl autista e regente auxiliar da banda. Maestro regente do Coral CRER em Canto e de outros quatro corais”. Dessa forma concisa, Sérgio Luiz Lopes, 43, ao se apresentar, manifesta a relevância que a música tem em sua vida. A partir da percepção de seus pais, quanto aos seus interesses musicais, ingressou no conservatório de música aos oito anos de idade e a partir de então não pa-rou mais. Houve um período em que tentou seguir outras carreiras. Cursou Administração de Empresas, traba-lhou na Caixa Econômica Federal do Rio de Janeiro, mas segundo ele só se sentia feliz quando chegava o fi nal do mês e com ele o pagamento pelo sa-lário. “Com a música não, fi co feliz o tempo todo”, declara entusiasmado.

Sua primeira experiência como regente de coral foi quando tinha aproximadamente 13 anos de idade e um dos momentos de maior honra e prazer foi reger um coro no qual par-

ticipavam seu pai, Sebastião Lopes, e sua mãe, Guaracy Bastos Lopes, in-centivadores de toda a vida. Além de atuação como maestro regente, Sérgio Luiz também participa da equipe de louvor da Igreja Assembleia de Deus e do grupo Angel´s Musical, especia-lizado em casamentos, mas garante que o seu maior prazer é fazer as pes-soas cantarem e serem aplaudidas.

Com formação em Música pela Escola Villa Lobos e Escola Nacional de Música, ambas da cidade do Rio de Janeiro, fez curso de regência na Escola Técnica Federal e masterclass de regência pela Universidade Federal de Goiás, além de outros. “Na música, assim como em qualquer profi ssão, você tem que estar sempre se atuali-zando”, atesta Sérgio Luiz. Carioca, mudou-se, ainda solteiro, para Goiâ-nia em 1990, após ser aprovado como músico no concurso do Corpo de Bombeiros. Hoje, com a esposa, tam-bém carioca, Sandra Rossas, e as duas fi lhas, Jéssica, acadêmica de Nutrição

da UFG, e Jennyfer, aluna do 2º ano do 2º grau, no Colégio Militar, garante não se imaginar em outra cidade. “Não vivo fora daqui!”, afi rma taxativo.

Coral do CRER – Há três anos conduzindo o Coral Crer em Canto, o maestro afi rma perceber no grupo uma peculiaridade se comparado a outros coros. “Aqui no CRER eu noto a huma-nidade em si, eu sinto nos participantes o desejo de estarem bem para atender melhor as pessoas.” Neste ano, o coral que é composto por colaboradores e voluntários da instituição passará a en-cenar as músicas e terá mais um novo horário para os seus ensaios, possibi-litando a participação de um número maior de interessados e ampliando ainda mais a beleza das apresentações. Para o regente, o CRER é uma insti-tuição que o emociona sempre. “Eu me orgulho muito em fazer parte do CRER, da minha forma, colaborando para que ela continue crescendo e sen-do reconhecida”, afi rma convicto.

Sérgio Luiz Lopes, regente do Coral CRER em Canto. Vida dedicada a levar emoção, através da música

Sérgio Luiz com sua esposa, Sandra, e suas fi lhas, Jéssica e Jennyfer. “Minhas fi lhas são bem afi nadas, cantam na igreja, mas não querem a música como profi ssão”, afi rma o maestro regente.

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30 CRER EM REVISTA30 CRER EM REVISTA

Renan UrzedaRodrigo PiresRomilda da SilvaSabrina Bento MachadoSantina LuzSeatt le Sant ‘AnnaSelma da SilvaSheila Gualberto DanielTatiane Freitas LemesThainá da SilvaThais Martins IsacThaís PereiraThaísa Regina dos SantosTuany Francielly SantosTwanny Tamara PiresValney Luiz da RochaVivian Patrícia de AssunçãoWanderly CamposZeneider de Freitas

Mês de DezembroAdriana Lino TeixeiraAlmira de Souza ResendeAna Flávia dos SantosAntônio Humberto DiasAparecida CardosoCharliton RodriguesCláudia ChavesCleudimar Maria de SousaCleudison dos SantosCristiane Francisco dos SantosCristiane Lopes dos SantosCristiane TeixeiraCristina de OliveiraDaniel Romeiro de SouzaDanielle de Souza PortoDanillo Florindo de FariaDanúbia Messias MarquesDuílio Tadeu de SouzaDulcime BarrosEliane RodriguesElisângela de Sousa LimaElisângela de SouzaEliza NambaElma Regina do CarmoEnesley Domingos MarianoFernanda DamascenoFernando de MoraisFernando Dourado BarbosaGislaine Vieira DiasHamilton da CostaIsmael CorreaJackeline BorgesJackeline Brito da SilvaJonatan Leocárdio VieiraKarina LeãoKariny dos ReisKarla Lizziane RodriguesKátia da Silva SantosLayana Melo MundimLeonardo WatanabeLeonides de Oliveira FilhoLucimeire da CostaLuiz Alberto FrancoLuiz Carlos GomesMaeli Roberta NunesMagaly Franco MartinsMaraiza da Silva OliveiraMarcilene Rosa DiasMarco Túlio PedatellaMarcos Paulo CarvalhoMaria Helena da SilvaMariana Antunes de CastroMarise Garcia LimaMarly Silva CalossoMaurício Romão BatistaMônica SantanaMônica Vidal MacielNeusa dos SantosNilton Rosa de Lima

Osmarilda FirminoPabline da CostaPatrícia Conceição OliveiraPatrícia Luciana GonçalvesPaulo Henrique LourençoRaphael Romeiro de SouzaRaquel Fernandes NunesReginaldo de SouzaRenata MachadoRommel BarrosSalune Aparecida de SousaSorreylla Paulla VasconcelosStênio RezendeTatiane Cândida TeixeiraThaís LeãoThiago Santana CâmaraValéria Lemes da SilvaVera Lúcia MontalvãoVilma PereiraWagna Jesus RochaWanessa BarcelosWanessa Pereira Alves

Mês de JaneiroAntônio Paulo GuimarãesEduardo SilvaElismar da SilvaElycesar QueirozEliane dos SantosHeide Maria LopesIvanir da CruzGilvia Oliveira MeiraPaulo Fernando CorreaRenato Urani StefaniSueli Toshie InoueElizângela Flávia de SousaJosé AndradeNilda Gonçalves DiasClaudiney da Purifi caçãoFlávia Ferreira BarrosMaria Ivanete da SilvaMires NajarRodrigo CamposVirgínia Célia OliveiraApparício Ferreira NetoElisabete de SantanaNaira Cristina GuimarãesPaulo Tito da SilvaSarah Dias de AlbuquerqueWilmar Rodrigues SoaresMarcilene Ramos LimaDayane Milhomem BorgesMeg Bastos ArantesNeuza Soares RochaAntonio Carlos de MoraisEurípedes Justino PereiraLoise Dantas RibeiroCaio César SilvaEliane Cipriano GomesFábio Evangelista da SilvaMorgânia Silva CamposCélia Maria PintoNeusicler MarinhoCláudia Caixeta RezendeEunice de Assis TelesFernando César CordeiroMayara Melo RussoVagner Fortes SouzaValdinéa Mendes PeresDivânio Vaz dos SantosJéssica Lorraine DuarteKaren Adriane BritoScarlett Duailibe BatistaCrisna Murte LeonelGabriela de Souza LimaKarlos Thiago dos SantosLorena Silva PeixotoCarlos Alberto GomesFlávio Wanderson DamascenoMurillo Cabral do Prado

A Crer em Revista dedica esta seção para prestigiar aqueles que contribuem com o CRER na prestação de serviços de qualidade a toda a sociedade. Neste espaço registramos o nome dos colaboradores e voluntários que aniversariam no trimestre anterior à publicação da revista. Esta é uma homenagem singela prestada àqueles que, diariamente, se dedicam no desempenho de suas atividades e colaboram para o sucesso de toda a Instituição.

ANIVERSARIANTESMês de NovembroAdriana GuilardeAlenice de AlmeidaAlyne Aparecida FreitasAna Cláudia de FreitasAna Paula dos SantosAndressa Keyty dos SantosAndrezza AlvesAntônia dos Santos SilvaBeatriz Sabá FerreiraBetânia das NevesBett ina Marta MagniCarlos André BrandãoCarmelia dos SantosCarmem Lúcia LeitãoCecilia Raquel MartinsCharles CarvalhoCláudia França MeloCleidinaldo RibeiroCristiane dos SantosDagoberto MirandaDanillo Cezario NogueiraDarlan SantanaDiego da SilvaDiony de AraújoEdilania Beda SalesEdna Licorina FariaElcione VieiraEliane de OliveiraElisa Carolina AndradeElisandra CostaElisângela de GodoiEllen Christina CamargoElza Alves BarbozaEmmanuella Fernanda BelémEster de Marra Gontij oEunice da SilvaEverton Túlio BuenoFábio MassonFabrícia Nayara LimeiraFayga Samara CâmaraFlávia Cristina BarbosaGezimiel Alves BrilhanteHellen Fabyene da SilvaHérica CunhaHermerson Fernando da SilvaHugo Miranda de OliveiraIale Batista da SilvaIsabel da SilvaIsley José Paulo de SouzaIvan de SouzaJean Marcel de FigueiredoJoana Índia de AraújoJoão Alírio Teixeira Jolive Alves do SocorroKarla Dolores MáximoKelvy dos SantosLeandro da SilvaLeonice CarneiroLeonice de Jesus RibeiroLidiane BarbozaLucinéia de Fátima CarneiroLuiz César Barros JúniorMara Lúcia Rassi CarneiroMarcela Rassi TeixeiraMarcos Paulo LimaMaria Francineide de SousaMaria Laura MachadoMarianna FerreiraMarina de SousaMarinalva OliveiraMarly dos SantosMeirivania AraújoNahiany Franciely GomesNasaré de Fátima MacielNatália Graziani SilvaNoêmia MarcianoOrlon de OliveiraPaula de Castro RoldãoPaula Francielle TakedaPaulo Victor Mendes

PAIneL

Haroldo Pereira AlvesJardel Teixeira CostaVânia Silva MouraAndrea Pereira da SilvaHércio Tavares SantosLarissa Neves FariaNazaré de Jesus SerranoValéria Aparecida da SilvaIlma Martins ParanaguáNatália de Oliveira CustódioRonaldo GuimarãesStefano Teixeira QueirozAldo Moreira de JesusAline Alves dos SantosAristela Fernanda MagalhãesMara Dalila NunesPaula Fernandes SilvaRejane Tavares SantosValtene CândidoAdriane GomideAna Janaína DamascenoAlexandre Ariza de CastroCleonice Pereira NunesDaniella de Pádua BromElmival de Sousa RosaEmmanuelle AndradeRaquete da Silva LopesJunimar Luiz SevilhaLeonardo da SilvaMarcílio da CostaCarmem dos SantosMaria Luiza TeixeiraArlan Firmino SantosBreynner Souza SantosCamilla Luiza CostaPatrícia Furtado RibeiroRenner Cássio BessaSandra Rosa MarquesAdriano Rosa de OliveiraCecília Rosa de ÁvilaClédma Ludovico de Almeida

Voluntários aniversariantes

Mês de NovembroLuciene NevesMaria ErianMaria Helena Braz

Mês de DezembroDiego de AlcântaraHadassa AlvesLidiane RosaLuzia RibeiroMarina Rosa

Mês de JaneiroMaria Gorett iMaria RodriguesRose MeireLindomar RodriguesTatiane GonçalvesTeresina Barcelos

Parabéns aos colaboradores e voluntários que aniversariam nos meses de novembro, dezembro e janeiro! Muita saúde, paz e felicidade!

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