ecoestudantil, n.º 15, dez. 2010

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ALUNOS DE ELEVADO MÉRITO ESCOLA SECUNDÁRIA 3EB Dr. Jorge Correia - TA VIR A Número 15, Dez. de 2010 BIBLIOTECA Área de Projecto Psicologia e Filosofia História Eco dos Espaços Português Economia Visita de Estudo Línguas Reportagem Matemática Nesta edição: O,50€ o ano escolar já tem quase três meses de duração mas não queremos deixar de dar o devido destaque aos alunos de elevado mérito que pelo seu exemplar percurso escolar foram distinguidos. A Maria Teresa Couto, melhor aluna dos Cursos Científico Huma- nísticos, e a Telma Martins, melhor aluna dos Cursos Profissionais, receberam o prémio de mérito atribuído pelo Ministério da Educação, numa cerimónia ocorrida a 8 de Setembro frente ao Palácio da Galeria. O Rotary Clube de Tavira, num evento realizado a 4 de Outubro, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, distinguiu também os melhores alunos finalistas em cada um dos agrupamentos escolares do concelho: Maria Teresa Couto (Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Cor- reia) , Carlos Teixeira (Agrupamento Vertical de Escolas D. Manuel I) e Marisa Cristo e Brito (Agrupamento Vertical de Escolas D. Paio Peres Correia) . À Maria Couto, presentemente a estudar medicina em Lisboa, ao Carlos Teixeira, a prosseguir estudos na nossa escola, encontrando-se integrado na turma 10º A2, à Marisa Brito, inscrita no Colégio Interna- cional de Vilamoura, e à Telma Martins os votos da continuação do bom sucesso. Marisa Brito Maria Couto Carlos Teixeira Telma Martins

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Biblioteca Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia - Tavira

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Page 1: EcoEstudantil, N.º 15,  Dez. 2010

ALUNOS DE ELEVADO MÉRITO

ESCOLA SECUN

DÁRIA 3EB

Dr. Jorge Correi

a - TAVIRA

Número 15, Dez. de 2010

BIBLIOTECA

Área de Projecto

Psicologia e Filosofia

História

Eco dos Espaços

Português

Economia

Visita de Estudo

Línguas

Reportagem

Matemática

Nesta edição:

O,50€

o ano escolar já tem quase três meses de duração mas não queremos deixar de dar o devido destaque aos alunos de elevado mérito que pelo seu exemplar percurso escolar foram distinguidos.

A Maria Teresa Couto, melhor aluna dos Cursos Científico Huma-nísticos, e a Telma Martins, melhor aluna dos Cursos Profissionais, receberam o prémio de mérito atribuído pelo Ministério da Educação, numa cerimónia ocorrida a 8 de Setembro frente ao Palácio da Galeria. O Rotary Clube de Tavira, num evento realizado a 4 de Outubro, na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, distinguiu também os melhores alunos finalistas em cada um dos agrupamentos escolares do concelho: Maria Teresa Couto (Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Cor-reia) , Carlos Teixeira (Agrupamento Vertical de Escolas D. Manuel I) e Marisa Cristo e Brito (Agrupamento Vertical de Escolas D. Paio Peres Correia) . À Maria Couto, presentemente a estudar medicina em Lisboa, ao Carlos Teixeira, a prosseguir estudos na nossa escola, encontrando-se integrado na turma 10º A2, à Marisa Brito, inscrita no Colégio Interna-cional de Vilamoura, e à Telma Martins os votos da continuação do bom sucesso.

Marisa Brito Maria Couto Carlos Teixeira Telma Martins

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REPORTAGEM

Página 2

F

oi com muita honra que aceitámos o convite do Rotary Clube de Tavira

para estar presente em mais uma das suas iniciati-vas, neste caso a atribuição dos prémios escolares 2009/2010 aos melhores alunos do concelho e a apresentação pública, em Tavira, do último livro de Moita Flores, Mataram o Sidónio. O evento decorreu no Auditório da Biblioteca Municipal Álvaro de Campos, no dia 4 de Outubro, e a sala ficou lotada. Todos queriam congratular os alunos vencedores e ter a oportunidade de ouvir as sempre pertinentes intervenções de Moita Flo-res. A mim coube partilhar com a assistência a minha leitura do último romance de Moita Flores, um romance histórico bem oportuno para se come-morar o centenário da implantação da república. Eis um excerto da minha apreciação crítica da obra:

MOITA FLORES EM TAVIRA A CONVITE DO ROTARY CLUBE

Mataram o Sidónio! é um romance histórico que cativa qualquer leitor e poderá ser responsá-vel pela conquista de novos leitores de ficção. Sem sombra de dúvida, passará a ser uma das obras de leitura que recomendarei a todos.

O ritmo narrativo progride harmoniosamen-te, as descrições não são em número excessivo nem extensas. Marcam-nos pela sua precisão de pormenor. O narrador adopta uma posição objecti-va e são as personagens que tomam partido, ora a favor de Sidónio Pais, ora contra.

Estas características de imparcialidade na narração de um momento histórico e o visualismo descritivo ecoaram na minha memória as Crónicas de Fernão Lopes, nomeadamente A Crónica de D. João I. Fernão Lopes até há sensivelmente uma década fazia parte da galeria de escritores objecto de estudo na disciplina de Português do ensino secundário. Contudo, este autor agora só é conhe-cido pelos alunos que se inscrevem na disciplina de História. Será, por isso, natural, que os mais novos não façam a correlação que eu fiz.

São exemplos do visualismo descritivo a descrição de Lisboa, no ano de 1918, como “ um mar de doentes” (p. 17), onde a juntar aos sacrifí-cios de racionamento, há que contar com o sofri-mento causado pela nova epidemia, a Gripe Espa-nhola; o funeral de Sidónio Pais; ou a Lisboa “corrompida pela fome” (p. 97).

A professora: Ana Cristina Matias

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REPORTAGEM

E

ntre 2 e 8 do passado mês de Outubro, os alunos das turmas de 12º A1, A2 e A3, envolvidos no intercâmbio com o Lycée Arago, de Perpignan, deslocaram-se a esta

cidade do sul de França, acompanhados pelos professores Ana Alves, António Rosendo e Paula Pereira. Estes alunos foram calorosamente recebidos pelas famílias dos correspondentes franceses e, durante a sua esta-

da, frequentaram algumas aulas, aproveitando para conhecer o estabelecimento de ensino e os métodos pedagógicos. Ain-da tiveram a oportunidade de descobrir o património social e cultural da cidade e da região. À visita efectuada, seguir-se-ão actividades de apre-sentação dos dados recolhidos e prepara-se já a próxima vin-da dos correspondentes franceses, que terá lugar em Março ou Abril de 2011.

Os professores: Ana Alves, António Rosendo e Paula Pereira

INTERCÂMBIO COM FRANÇA

Página 3

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reportagem

A 15 de Outubro de 1890 tinha nascido Álvaro de Campos. Querendo realizar uma evocação e uma homenagem, os alunos do 12º A1, e alguns do 12º E,

com a professora de Português prepararam um espectáculo poéti-co, dizendo para um público convidado poemas deste poeta que nunca existiu. No dia 15 de Outubro, encontrámo-nos no auditó-rio da Escola, perante uma sala cheia. Apresentámos o poeta e convidámos o público a fazer connosco uma viagem por estados de alma que experimentou, querendo mostrar o Campos nas suas três facetas poéticas. Começámos com a do poeta decadente. A nosso pedido, o público disse Opiário, e o Francisco, Sou vil, sou reles, como toda a gente. Continuámos, agora mos-trando um Campos acordado para a sensação pelo seu mestre Caeiro. O Alexan-dre e a Patrícia caracterizaram com muita expressividade o “engenheiro”, ávido de “sentir tudo de todas as maneira”, à maneira de Marinetti e de Whitman, dizendo a Ode Triunfal. Depois foram a Luana e o Nuno a maravilhar, mostrando com a Ode Marítima o Campos a chegar ao fim da estrada, os ecos nos sons metá-licos das máquinas, mas tudo já mortiço, a decair progressivamente. Não era só Portugal que estava mal, também ele estava mal, por isso a Tânia disse Sim, está tudo certo. Finalmente. mostrámos o Campos intimista, desiludido, desencantado, saudosista, frágil, que fica muito aquém da realização dos seus objectivos e passa a adiar tudo, como mostraram, muito bem, a Marisa com Adiamento, o Vítor e o Filipe com O que há em mim é sobretudo cansaço, o Hélio com Eu, eu mesmo, o Pedro com Acaso. Depois, amar passou a ser ridículo. A Denise mostrou com Todas as cartas de amor são ridículas que Campos não é capaz de amar porque se tornou um homem amargurado, solitário, privado de afecto, que regressa à infância, irreme-diavelmente perdida, à casa antiga, de festa inocente e feliz. O João disse Notas sobre Tavira, a Joana e a Catarina, Aniversário. O João mostrou que Campos atingiu o momento de recusa completa: da estética, da moral, da metafísica, das ciências, das artes, da civilização moderna, e disse, de forma magnífica, Lisbon revisited (1923). Depois de a Madeline ter atirado uma bomba ao destino, de todos terem caí-do no sono eterno, na tranquilidade máxima, que é a morte, e que o poeta deseja para acabar com tudo, para não pensar e não sofrer, a Sofia emprestou a sua voz maravilhosa ao poema Apontamento. Este espectáculo finalizou quando a professora Antonieta disse Depus a másca-ra e vi-me ao espelho, os alunos tiraram a máscara e o público aplaudiu efusivamente.

Para terminar esta evocação, houve lugar ao visionamento de dois pequenos filmes produzidos por alunos do 12º E, criados a partir de poemas de Cam-pos.

120 anos do nascimento de Álvaro de Campos120 anos do nascimento de Álvaro de Campos120 anos do nascimento de Álvaro de Campos120 anos do nascimento de Álvaro de Campos

Página 4

No II Encontro Internacional sobre Álvaro de Campos, que se realizou em Tavira, marcá-mos presença, tendo o Alexandre, a Patrícia e o João dito alguns poemas do poeta e a Sofia cantado Apontamento. Uma surpresa agradável para os assistentes que não estavam à espera deste pequeno mimo.

A professora, Maria Antonieta Couto

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ÁREA DE PROJECTO

N o âmbito de Área de Projecto, optámos por

desenvolver um projecto sobre cinema. Com este trabalho, pretendemos não só aprofundar os nossos conhecimentos, mas também adquirir métodos rigorosos de pesquisa, que nos proporcionarão a aquisição de competências muito úteis na vida universitária e profissional. Abordaremos, no trabalho, a influência que o cinema teve na sociedade americana do século XX, em aspectos como a moda, a economia, a política, a religião, entre outros, explorando a 7ª arte como mobilizadora de massas. Esperamos, no fim do ano lectivo, poder dar a conhe-cer à comunidade o resultado de uma pesquisa que preten-demos que seja o mais possível próxima da científica.

David Chagas, Inês Nunes e Rita Rosário, 12ºC

Página 5

CINEMA

A Lista M da Associação de

Estudantes tomou posse no dia 29 de Novembro, pelo quarto ano consecuti-vo, voltando os estudantes, com o acto eleitoral, a demonstrar a confiança no trabalho realizado nos últimos anos. Têm sido várias as marcas que a AE deixou nos últimos anos, algumas muito para além da escola, sendo a associação da nossa escola reconheci-da por muitas entidades do Algarve e outras escolas graças ao seu trabalho, dedicação e empenho. A grande aposta que a AE irá fazer este ano é a aquisição de cacifos para os alunos, algo reivindicado há já vários anos e que, devido a falta de ver-bas, a escola não tem conseguido pro-videnciar. Esperamos com isto deixar mais uma marca na nossa estimada escola, à semelhança do que foi feito há dois anos atrás com a Rádio-Escola, um investimento exclusivo da AE, com o apoio dos alunos. Aproveitamos também para infor-mar todos os alunos que a Associação se encontra à sua disposição para tudo o que estiver ao nosso alcanço, quer seja a realização de eventos, a organi-zação de actividades, quer outra forma de apoio ou divulgação.

A Associação de Estudantes

ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES

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CÓDIGOS DE BARRA

área de projecto

O s códigos de barras são uma represen-

tação gráfica de dados numéricos ou alfanuméri-cos. A leitura dos dados é realizada por um tipo de scanner - o leitor de código de barras -, que emite um raio vermelho que percorre todas as barras. Onde a barra for escura, a luz é absorvida; onde a barra for clara, a luz é reflectida novamente para o leitor. Os dados capturados nessa leitura óptica são compreendidos pelo computador, que por sua vez os converte em letras ou números legíveis.

O primeiro sistema para codificação auto-mática de produtos foi patenteado por Bernard Sil-ver e Norman Woodland, que usaram um padrão de tinta que brilhava debaixo de luz ultravioleta. Esse sistema era caro demais e a tinta não era muito estável. O sistema usado hoje foi descoberto pela IBM (International Business Machines).

O uso do código de barras levou cerca de duas décadas para ser universalizado. Na Europa, até 1981, poucos dos 21 países da União Europeia utilizavam efectivamente o código.

A entrada dos códigos de barras no merca-do foi tão importante que a primeira compra feita com códigos de barra ficou registada para toda a história. Às 8:01 da manhã de 7 de Outubro de 1974, um cliente do supermercado Marsh's em Troy, no estado de Ohio, fez a primeira compra de um produto com código de barras. Era um pacote com 10 pastilhas elásticas. Isso deu início a uma nova era nas vendas, acelerando as caixas e dan-do às companhias um método mais eficiente para o controlo do stock. O pacote de pastilhas ganhou o seu lugar na história e está actualmente em exi-bição no Smithsonian Institute's National Museum of American History. Aquela compra histórica foi o ponto de partida para quase 30 anos de pesquisa e desenvolvimento.

Para a leitura dos códigos, foram criados vários alfabetos, mas o mais conhecido é o EAN-13. Este código contém 13 números que simboli-zam o país de origem, o fabricante e a própria identificação do produto. Por exemplo, no número 5608357417892, os três primeiros dígitos (560) representam o país de origem, neste caso Portu-gal. Os próximos 6 dígitos indicam a empresa pro-

dutora do produto, e os últimos quatro dígitos são a identificação do próprio produto.

Estes códigos estão a ficar cada vez mais complexos, podendo conter cada vez mais infor-mação. Os próprios códigos de barra já não se podem denominar de códigos de barra. No Japão, já estão a substituir os velhinhos códigos por QR Code. Uma imagem que contém sensivelmente a mesma informação que os mesmos códigos mas que podem ser lidos de uma maneira mais fácil. Por exemplo, já existem telemóveis que têm um programa que reconhece estas imagens e, ao analisar o produto, identificam a origem e compa-ram os preços online.

Artigo elaborado por:

12º A1 Se queres descobrir quem escreveu este artigo, usa um telemóvel Andróid e a aplicação Neorea-der. Página 6

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PSICOLOGIA

A clonagem humana é uma das mais controversas novidades científicas do nosso tempo. Embora a clona-

gem reprodutiva ou terapêutica em animais e plan-tas traga benefícios inegáveis ao ser humano, a clonagem humana suscita discussões, temendo-se o renascer dos sonhos de raças perfeitas ou sonhando-se com um futuro sem dor.

Em primeiro lugar, deparamo-nos com sedutores argumentos sobre os benefícios da clo-nagem: a devolução do sonho de ter filhos a casais, causando a sua reconciliação com a vida, após o sofrimento da infertilidade; a possibilidade de evitar doenças genéticas, reduzir ataques car-díacos e, ainda mesmo, curar tetraplégicos, fazen-do renovar, renascer ou reconstituir a parte da espinal medula danificada; o desaparecimento de problemas de cirurgia estética ou plástica, uma vez que com a clonagem terapêutica é possível a utili-zação de células-tronco do próprio paciente, sendo ultrapasso o risco de rejeição do transplante…

Mas, serão tudo rosas? Não, os argumentos contra a clonagem

pesam e bem, com uma só palavra: sofrimento. Vista ainda como incipiente, a clonagem apresenta uma média de 95% de tentativas infrutíferas, bem como falhas que provocam a morte dos clones pouco após o nascimento.

Será legítima esta “ceifa” de vidas para a realização de tantas experiências?

Os clones que vivem não gozam de gran-de saúde nem têm longa esperança de vida. Será justo condenar os clones a este sofrimento, apres-sando a velhice e a morte, em prol da engenharia genética? E devolver aos pais a angústia da perda após a ilusão de um filho?

A clonagem conduzirá ainda à massifica-ção e uniformização de características, outrora individuais, contribuindo assim para uma redução da diversidade e individualidade, que pode levar ainda a problemas psicológicos e emocionais rela-cionados com crises de identidade (as crianças não conseguem ver afirmada a sua individualida-de, sendo encaradas como mera imitação de vidas passadas), agravados com atitudes precon-ceituosas daqueles que encaram a clonagem como algo aberrante e contra-natura. Para cúmu-lo, podem ainda surgir mercados ilegais de doa-ções, especulações várias, valendo a satisfação de todo o tipo de ideais.

E em que ficamos? Benefícios? Brilhantes. Riscos? Perigosos.

Haverá uma escolha completamente jus-ta?

Não me parece. Resta saber se estamos dispostos a aceitar os riscos ou fazer tudo para contorná-los. A mim, não me é possível defender claramente uma posição.

7. Out. 2010, Rita Rosário, 12º C

BENEFÍCIOS E RISCOS DA CLONAGEM HUMANA

Perfeito, demasiado perfeito!

Página 7

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FILOSOFIA

“A ESPINHA DORSAL DA NOITE” , de Carl Sagan

Comentário

O visionamento deste revolucionário docu-mentário levou-me a explorar e a ques-tionar sobre assuntos que durante muito

tempo tinham permanecido adormecidos nos recônditos do meu subconsciente. Ao ver o docu-mentário, assisti ao progressivo despertar das indagações que me preenchiam os dias de infân-cia. Na minha opinião, são as crianças os seres que mais perguntas fazem e mais respostas lhes são negadas. Ao crescermos, tornamo-nos em seres egocêntricos que facilmente são persuadi-dos a acreditar em dogmas.

Penso que a ideia fulcral deste episódio está relacionada com a seguinte pergunta, qual a ori-gem do Universo e da Terra e, consequentemen-te, os caminhos por onde grandes homens enve-redaram para responder a esta questão. É de realçar que para encontrar uma solução à questão proposta há que reconhecer que a Arte da Filoso-fia, a Astronomia e o próprio Ser Humano estão intimamente ligados entre si, tal qual uma teia e só nesses meandros se poderá construir a res-posta.

Assistimos no documentário a uma confron-tação em relação ao que éramos antes do conhe-cimento se embrenhar nas nossas vidas modifi-cando o que somos para todo o sempre. Antes de surgirem as ideias revolucionárias, o Homem vivia num constante caos mental e não possuía uma organização correcta do raciocínio, submetendo-se por isso à vontade dos Deuses. A complexa estrutura da Natureza era ignorada e incompreen-dida. Fenómenos que hoje para nós são óbvios, antes eram dados como atrozes heresias.

Mas como me foi dado a compreender pelo episódio, há uma altura em que se rompe com o desconhecimento da realidade. Foi na Antiga Gré-cia que um conjunto de homens sábios começou a dar os primeiros passos para o uso correcto da razão, pondo em causa a existência dos Deuses. Estes homens (Tales, Demócrito, Pitágoras, entre outros) espantaram-se com o mundo à sua volta, formularam problemas filosóficos, fizeram uso da argumentação para no final provarem as suas pre-visões com teorias que explicassem e que des-sem resposta aos seus problemas.

Há no documentário uma certa crono-logia onde nos apercebemos da evo-

lução da sabedoria do Ser Humano. O conhecimento é revi-sível, logo há um aperfeiçoamento dos métodos usados ao longo das gerações destes cientistas pio-neiros.

Através das respostas dadas por estes cientistas con-seguimos determinar, com aproximada exactidão, qual a nossa constituição, o que constitui o Uni-verso e que o invisível não pode ser ignorado. Mas permanece uma pertinente pergunta: Qual o nosso destino? E, para esta última questão, apoiar-nos-emos nas subjectivas teorias filosófi-cas para, pela via argumentativa, podermos satis-fazer a nossa saciedade pela resposta. Ou ainda, prolongar a dura espera por uma resposta conci-sa.

Devo confessar que o título deste episódio de Carl Sagan me suscitou algumas dúvidas. Sei que “A Espinha Dorsal da Noite” era o que uma tribo do Botswana chamava à Via Láctea, mas interrogo-me sobre o sentido desta expressão. Será que pode ser interpretada como o pilar que deu origem a tudo o que somos agora?

Gostei bastante deste documentário. Achei bastante interessante pois trata de relacionar a Ciência com a Filosofia, que, na minha opinião, são áreas que se ajudam mutuamente. Ainda que tratem assuntos através de métodos diferentes, por vezes a Filosofia e a Ciência encontram-se para dar resposta ao que nos interroga.

Para concluir esta reflexão crítica ao docu-mentário visionado, gostava de realçar uma per-gunta que é feita com alguma incidência: “O que são estrelas?”. Ao que o narrador nos diz que são pequenos sóis muito distantes. O que nos faz ir ainda mais longe: “Haverá mais planetas do que os conhecidos?”; “E será que esses planetas têm vida?”. E mais questões podiam ser formuladas apenas para descobrirmos que “somos explorado-res por Natureza”.

Andreia Viegas, 10ºA1 Página 8

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FILOSOFIA

Página 9

O filme conta a história de dois jovens que por magia entraram numa série de

televisão chamada Pleasantville. A série televisiva torna-se num mundo diferente, para lá do ecrã. Pleasantville é uma série televisiva a preto e branco, dos anos 50, logo Pleasantville é uma cidade sem cor e tudo roda em volta dos seus roti-neiros hábitos, de tal modo que os habitantes de Pleasantville nunca os puseram em causa. Ao transportar o rapaz e a sua irmã (irmãos dos anos 90) para a série televisiva, estes levaram consigo, também, hábitos diferentes. O futuro do mundo da série tornou-se dependente dos novos Bud e Marie Sue Parker, os protagonistas da séria Pleasantville. Marie Sue, mais irreverente, vai mudando os hábitos da cida-de em que tudo é perfeito: os pais são amorosos, é tudo muito tradicionalista, os bombeiros só sal-vam gatos em cima de árvores, as pessoas não sabem o que é o sexo e nem o que é a chuva e, como tal, desconhecem o prazer que eles podem proporcionar. Ora, à medida que os hábitos se tornam diferentes, a cidade de Pleasantville foi ganhando cor, apesar da resistência de alguns dos seus habitantes. Os que acreditaram e experimentaram coisas novas tornaram-se coloridos e muito mais felizes, pois passaram a fazer coisas de que gos-tavam e passaram também a ter outras activida-des de lazer que não sabiam que existiam.

“PLEASANTVILLE "

Ao aproximar-se do fim, há muitas cenas que se podem comparar com o texto de Platão, a "Alegoria da Caverna" que estudámos nas aulas de Filosofia, pois os habitantes já coloridos, que aceitaram costumes diferentes e actividades dife-rentes, passaram a comportar-se de outra manei-ra, a serem outros, como o prisioneiro que se libertou da Caverna, enquanto os habitantes, a preto e branco, tiveram dificuldades em aceitar a diferença. Contudo, com os argumentos utilizados por Bud, o resto dos habitantes a preto e branco foram-se tornando também coloridos. Toda a cida-de de Pleasantville se tornou colorida e os seus habitantes mais felizes com o facto de conhece-rem e acreditarem em novas coisas e costumes - é uma explosão de cor! No fim, quando Bud e Marie Sue podiam regressar, Marie Sue preferiu não o fazer, pois aquela cidade tinha feito dela uma melhor pessoa. Ela também lá aprendeu o prazer de ler e, desse modo, deixou de ser tão fútil quanto o era inicial-mente. Para Bud, aquela cidade tinha sido uma grande experiência, pois ele gostava muito da série. Mas, depois de tornar Pleasantville numa cidade mais feliz, ele decidiu regressar, porque a sua vida real era para lá do ecrã e era onde ele se sentia mais feliz, com a sua família e vida verda-deira. Rafael Correia, 10º E

Comentário a um filme visionado no âmbito do Programa Juventude, Cinema e Escola

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HISTÓRIA

A turma do 12ºC de Línguas e Humani-dades, este ano, decidiu, também ela,

contribuir para as Comemorações do Centenário da República, acontecimento que tem vindo a marcar a vida dos cidadãos de todo o país em 2010, com uma pesquisa sobre a cidade de Tavi-ra nesse período, no âmbito da disciplina de His-tória A. Encontrámos, então, uma notícia no Jornal O Arauto, de Portimão, que data de 1914, no Arqui-vo Distrital de Faro. Neste artigo, Tavira é-nos apresentada de uma perspectiva deveras crítica, uma vez que nos é descrita como uma cidade altiva e que tinha sido , em “tempos idos”, uma cidade com grande poder comercial e marítimo. No entanto, descreve-nos uma cidade, no ano de 1914, em grande ruína, cuja única prova da anterior opulência é a ponte de construção roma-na e uns “castelos” agora denegridos e “quase por completo desmantelados”. A toda esta decadência se juntava a “falta de iniciativa da parte de alguns elementos de valor” que habitavam a cidade, o que fazia com que esta se apresentasse num “sono pesado da miséria”. Embora a Tavira de 1914 se mostre uma cidade com construções antigas e “adversa ao evoluir ascensional da estética e da intelectualidade dos povos”, isto nada tinha a ver com a falta de rique-

za natural, tanto em termos de mar como de terra pois, nesse aspecto, Tavira sobressaía em rela-ção a outras cidades do Algarve. Apesar da sua ruína, Tavira produzia matéria-prima para indústrias que se desenvolviam na região, às quais ia levar vida e movimento mer-cantil. Sendo uma das poucas cidades higiénicas da altura e tendo falta de vida e agitação, todos eram convidados a visitar esta cidade, na qual se encontrava “o verdadeiro tipo da pequena cidade aristocrática”.

Joana Venâncio, 12ºC

DESCRIÇÃO DE TAVIRA EM 1914

A REPÚBLICA EM TAVIRA: o olhar das escolas

N este ano da comemoração do centenário da república, muitas foram as actividades que foram desenvolvidas pelas autarquia e pelas

escolas do concelho nesse âmbito. Para dar a conhecer à comunidade tavirense alguns dos trabalhos realizados na nossa escola, bem como nos outros dois agrupamentos escolares do conce-lho, D. Manuel I e D. Paio Peres Correia, decorreu uma exposição conjunta na casa André Pilarte, entre 27 de Outubro e 27 de Novembro. Essa iniciativa foi fruto da colaboração entre escolas e o Museu Municipal de Tavira /Palácio da Galeria e espelha como este tema foi abordado pelas mais variadas disciplinas, desde a

História, à Matemática, passando pelo Português e pela Expressão Visual, entre outras. Página 10

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HISTÓRIA

de Tavira / Palácio da Galeria e, por gentil oferta da CMT, já está disponível para consulta presen-cial na nossa Biblioteca ou para requisição domici-liária. Pedro Bandarra focou os factos sociais e políticos ocorridos em Tavira, destacando a rápida e pacífica aceitação do regime republicano por par-te do povo e a nomeação do Dr. António Pires Padinha para Administrador do Concelho de Tavi-ra. Óscar Pinto, o segundo orador, deu conta como dois irmãos naturais de Tavira, António e Tomás Cabreira, defenderam bandeiras ideológicas distin-tas: o primeiro, a monarquia, o segundo, a repúbli-ca. Marco Lopes, por sua vez, centrou-se em Antó-nio Padinha, o médico generoso e o republicano dedicado que, entre outras iniciativas, concretiza a introdução da iluminação eléctrica em Tavira. Por último, Rita Manteigas falou sobre a nova toponí-mia da cidade e os novos edifícios. A professora: Ana Cristina Matias Página 11

O Museu Municipal de Tavira, neste ano

da comemoração dos 100 anos da primeira repú-blica, promoveu a investigação sobre as alterações ocorridas na cidade e no concelho durante esse período. A par de exposição a decorrer no Palácio da Galeria e do catálogo que a acompanha, levaram-se a cabo várias conferências, duas das quais na nossa escola no dia 12 de Outubro. Uma, pelas 10:00h, dirigida aos alunos dos cursos científicos e humanísticos e outra, pelas 21:00h, destinada aos alunos do CNO. De uma forma cativante, e perante uma pla-teia de alunos que soube ouvir e debater, os qua-tro conferencistas convidados fizeram uma síntese dos artigos que escreveram para o catálogo: A 1ª República em Tavira: transformações e continuida-des. O mesmo foi publicado pelo Museu Municipal

CONFERÊNCIA: A República em Tavira

Os oradores: Marco Lopes ( Historiador, Museu Municipal de Tavira) , Pedro Bandarra (Técnico Supe-rior de Património Cultural, CEPHA/UALG), Óscar Pinto (Arquivista , Arquivo Municipal de Tavira) e Rita Manteigas (Historiadora de Arte, Museu Municipal de Tavira)

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eco dos espaços

A biblioteca é um espaço pedagógico transversal a todos os cursos e currículos e, por isso, a direcção da escola e os professores afectos à biblioteca nela investem para melhor servir os

seus utilizadores e potenciar o sucesso educativo. No mês de Outubro, mês das bibliotecas escolares, centrámo-nos na formação de novos utilizadores e no estímulo à leitura recreativa e à leitura para informação e estudo. Os dois relatórios que nas páginas seguintes publicamos são disso testemunho. Os nossos placards e expositores são espaços de contínua renovação que vão acompanhando o evo-luir das actividades escolares. Entre elas, destacamos a exposição «Recantos de Tavira», constituída por agua-relas concebidas pelos alunos do 12º E; a primeira ini-ciativa do projecto « Nós e os outros: o mundo lusófo-no», dedicada a Guiné-Bissau, e que já noticiámos e documentámos fotograficamente para o Biblioblogue, e , por fim, ilustrações de poemas de Fernando Pessoa e seus heterónimos pelo 12º TAPSI. No âmbito das Comemorações do Centenário da República colaborámos com o grupo de História e o grupo de trabalho concelhio dessas comemorações, coordenado pelo Museu Municipal de Tavira, organizan-do conferências sobre o tema e uma exposição na Casa André Pilarte, também noticiadas neste número do jor-nal. Os 120 anos do nascimento de Álvaro de Cam-pos foi aqui na escola comemorado por alunos do 12º ano, sob dinamização da professora Antonieta Couto, e nós, bem como muitos outros professores de Português marcámos presença no I Encontro Internacional de Álvaro de Campos, organizado pelo Casa Álvaro de Campos, em Tavira. Na semana de 15 a 19 de Novembro demos particular destaque a Filosofia, cujo dia internacional foi comemorado a 18, e, para além da publicação de trabalhos dos alunos no Biblioblogue, coadjuvámos a professora Maria Alberta Fitas em sessões de trabalho na biblioteca. A cooperação com professores de outras áreas disci-plinares também já foi retomada este ano escolar e os seus frutos serão oportunamente divulgados. Queremos, no entan-to, desde já anunciar que as professoras Luísa Coruche e Ana Neto irão dinamizar no nosso espaço, no dia 16 de Dezembro, pelas 21:00h, uma actividade, «Um presente literário» no âmbito do Projecto Ler + ( CNO).

Um dos projectos em que participamos, «Competências interculturais transversais aos currículos

escolares», já concluiu uma das suas activi-dades agendadas para este ano. Entre 16 e 22 de Outubro, a nossa

escola foi anfitriã de mais um encontro de professores e alunos de sete países europeus: Bulgária, Grécia, Itália, Portugal, Polónia, Roménia e Turquia. Durante a sua esta-da em Lisboa e Tavira, os nossos parceiros foram acompa-nhados ora pela coordenadora de projectos, professora Fátima Pires, ora por outros professores da nossa escola intervenientes no projecto. Os alunos estrangeiros ficaram

alojados em casa de alunos nossos e durante cerca de uma semana com eles conviveram e partilharam experiências. Em Lisboa, visitaram monumentos históricos emble-máticos e uma casa de fados, enquanto em Tavira assisti-ram a aulas, visitaram a nossa biblioteca, participaram em reuniões de trabalho e conheceram a nossa cidade na sua vertente histórica e turística. Um dos dias foi dedicado a uma visita a Lagos e a Sagres. O encontro terminou com um jantar convívio nas Pedras d’el-Rei onde os professores ficaram alojados. Nes-sa noite compareceram também o nosso director, professor José Baía, e o presidente da Câmara Municipal, Dr. Jorge Botelho. Aí houve oportunidade de agradecer a disponibili-dade da Câmara para apoiar estas iniciativas de estreita-mento de laços entre povos europeus. Cada um dos ele-mentos dos países visitantes foi, então, presenteado com uma aguarela de um recanto de Tavira pintada por alunos do 12º ano, Curso de Artes. Outras informações sobre o projecto encontram-se na wikipage: www.circum.pbworks.com

A professora: Ana Cristina Matias

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Comenius Multilateral

11º C1 e os parceiros europeus

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eco dos espaços

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mos bem sucedidos na nossa área de estudos. Esta conversa e visita decorreu no dia em que se iniciou o Mês Interna-cional das Bibliotecas Escolares. No espaço de lazer/leitura infor-mal, contactámos com algo um pouco diferente do habitual, ou seja, um con-junto de periódicos como: revistas acer-ca de temas variados e jornais. Nesta secção pretendia-se demonstrar outras “ofertas” existentes no campo da leitura, informação e obtenção de conhecimen-to. Seguidamente, a turma foi dividida em dois grupos. Um deles, ficou na zona multimédia com a professora coor-

denadora para saber como funcionam os computadores e a sua requisição, assim como o que nos pode oferecer a zona de televisão, vídeo e música. Neste local, cada estudante pôde conhecer e familiari-zar-se com o blog da Biblioteca Escolar,

como também com um catálogo online que per-mite obter a lista de livros existentes na nossa Biblioteca, acerca de um determinado tema ou autor. Já a outra parte da turma esteve, com a professora de Português, professora Fátima Pal-ma, no espaço de leitura, onde puderam ver livros que lhes interessassem para lerem (com vista a cumprir o seu contrato de leitura ou não) e como requisitá-los. Em tom de conclusão, finalizamos agrade-cendo toda a disponibilidade da professora Ana Cristina Matias para nos fazer esta visita guiada. Ela incentivou-nos a visitar aquele local, pois todos sabemos que a leitura engrandece a alma. Relatório realizado por: Carlos Teixeira , David Valente, Marco Martins e Rúben Viegas,10º A2

E ste relatório refere-se à visita feita à biblioteca da Escola Secundária 3EB

Dr. Jorge Correia – Tavira, no dia 1 de Outubro de 2010, pela turma 10º A2, no âmbito da disciplina de Português. Os objectivos da visita de estudo foram conhecer o espaço da Biblioteca Escolar e a respectiva organização e funcionamento, assim como, fomentar o gosto pela leitura e uma maior periodicidade de visitas àquele espaço. Connosco esteve a professora Ana Cristina Matias, professo-ra coordenadora da Biblioteca Escolar. Primeiramente, fez uma breve introdução acerca das partes constituintes de um livro (lombada, capa, contracapa, etc.) e sugeriu-nos alguns títulos que considera importantes para ser-

Mantenha-se a par dos eventos escolares: http://www.estbiblioblogue.blogspot.com/

FORMAÇÃO DE UTILIZADORES DA NOSSA BIBLIOTECA

10º A2

10º A2

10º C1

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PORTUGUÊS

BIBLIOTECA: memórias

A

dquirido o privilégio de conhecer as letras, tive oportunidade de poder ver o mundo de

outra forma, de sonhar e imaginar através dos livros. Assim que comecei a saber formar frases, tive o pra-zer de entrar naquela carrinha vermelha que, todas as quin-tas-feiras, nos ia visitar à escola primária lá da aldeia, nomeada de Avelãs da Ribeira que se situa no conselho da Guarda. Lembro-me que o dia mais divertido da semana era precisamente a quinta-feira, quando tínhamos a liberdade de entrar naquela biblioteca sobre rodas que, todas as semanas, nos levava livros engraçados, com imensas letras e até com imagens coloridas que nos encantavam. Encantavam-me tanto que eu era uma das meninas que mais tempo passava dentro daquela carrinha sem ter a certeza de que livro iria levar para casa naquele dia. Se pudesse levar vários, tenho a certeza que levaria, mas como apenas nos permitiam levar um de cada vez, o que escolhesse teria de ser perfeito para me divertir a lê-lo até que chegasse novamente a quinta-feira. Ao chegar a casa, o livro era precisamente o primeiro tema de conversa com a minha mãe. Aprender a ler foi a melhor prenda que recebi. Lem-bro-me que os meus dias eram passados a ler, lia as notícias de rodapé da televisão, lia tudo o que fosse palavra e adora-va sempre que a professora me deixava ler um texto nas aulas. Assim, quando essa biblioteca sobre rodas me deu a oportunidade de ler um livro pela primeira vez fiquei super contente e perdia-me a ler. Nos dias de hoje, a Biblioteca ainda é um dos meus lugares privilegiados, onde tenho ao meu dispor uma varieda-de de relíquias que ainda me fazem sonhar e imaginar mun-dos perfeitos.

Daniela Domingues, 10º A2

O s alunos do 10º ano da turma C1 do curso

de Línguas e Humanidades foram visitar a Biblioteca Escolar no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa, acompanha-dos pela respectiva professora. Por volta das 8:20 da manhã do dia 4 de Outubro de 2010, dirigimo-nos para a Biblioteca Escolar com a professo-ra Fátima Palma. Enquanto nos sentávamos, a professora e coordenadora da Biblioteca, Ana Cristina Matias, fez a sua apresentação, mostrando-se bastante simpática, receptiva e disponível para qualquer questão.

Explicou-nos a organização da Biblioteca, o comporta-mento correcto a ter naquele espaço, as suas normas de funcionamento e também o facto de existirem três áreas. A de lazer (onde podemos encontrar revistas e jornais), a de livros e a de multimédia (onde se encontram os computado-res). Mostrou-nos também livros que se aplicavam à nossa área (Línguas e Humanidades), as novidades e destacou ainda que nos encontrávamos no mês das bibliotecas.

Em seguida, foi-nos pedido que nos dividíssemos em dois grupos. Um grupo, acompanhado pela professora Fáti-ma Palma, dirigiu-se à zona dos livros, e, por sugestão desta, começou por procurar alguns livros presentes na lista de sugestões de títulos para o contrato de leitura.

O outro grupo, acompanhado pela professora Ana Matias, simultaneamente, encontrava-se na zona de informá-tica aprendendo o funcionamento do site da escola, do blo-gue da biblioteca e da biblioteca online. Mesmo não nos sen-do mostrado, pudemos ver que a biblioteca dispõe de vários DVD e CD à disposição da comunidade escolar. Quando ambos os grupos terminaram de explorar as suas respectivas áreas, fizeram uma troca, dirigindo-se então à área oposta a que se encontravam.

No final desta visita à Biblioteca Escolar, os alunos ficaram a conhecer melhor o espaço, aprenderam a explorá-lo e a utilizá-lo correctamente. Foi uma visita enriquecedora a vários os níveis e com vários benefícios para quem teve a oportunidade de a fazer, mostrando-nos que a biblioteca é um espaço agradável que podemos frequentar sempre que quisermos, desde que, tenhamos sempre um comportamento correcto e respeito pelo espaço e pelas pessoas que lá se encontram. João Carmo, Pedro Morais, Raquel Silva e Rosalinda Ova, 10º C1

VISITA À BE

10º C1

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PORTUGUÊS

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A s memórias são uma forma de guar-

dar connosco para sempre aquilo de que mais gostamos, aquilo que somos e aquilo que nunca queremos perder… Uma das memórias mais gra-tas que guardo da minha infância é sobre uma biblioteca. Entre os meus 4 e 6 anos, desde o final de Abril até ao final do mês de Maio, mês em que a minha avó materna fazia anos, eu passava o mês inteiro com ela, numa aldeia no concelho de Bragança. Como a minha avó sabia que eu gostava muito de ler, um dia disse-me: “Carlos, hoje vai passar na praça uma carrinha cheia de livros que tu podes requisitar… É a Biblioteca Itinerante!”. Eu, na altura, não fazia a mínima ideia do que era, mas quando me dirigi para o centro da aldeia, estavam muitos jovens e até adultos à espera da tal carrinha. Achei ainda mais engraçado porque enquanto esperavam que “a biblioteca” chegasse, as crianças brincavam e os adultos conversavam alegremente. Só pelo convívio já valia a pena terem inventado este método de incentivo à leitura. À chegada do veículo, toda a gente se apro-ximava na ânsia de encontrar o melhor livro para ler… Quando as portas da tal biblioteca móvel se abriam, algo de mágico, para mim, acontecia. Havia um cheiro característico que durante esses dois anos em que eu a visitei esteve sempre pre-sente. Ainda hoje o sinto e ainda hoje me fascina, e encontro-o sempre que folheio um livro antigo ou uma página de jornal. É-me impossível descre-ver…Durante a primeira visita, tudo começou assim. Era-me fornecido um cartão e podia esco-

lher o (s) livro (s) (máximo de 4). O mecanismo era simples e semelhante ao de uma biblioteca nor-mal: cada pessoa possuía um cartão (com o res-pectivo nome e um número que nos era atribuído), e lá era registado o título requisitado e a data de devolução, podendo atingir, no máximo, um mês. E assim foi ao longo de dois anos, nessa tal aldeia transmontana… Por vezes, ponho-me na pele desses jovens que utilizavam a biblioteca iti-nerante. Eu vivia numa cidade e quando quisesse podia requisitar livros por ter uma biblioteca sem-pre ao meu alcance. Já eles apenas podiam requi-sitar mensalmente, o que de certeza seria pouco agradável uma vez que, ou para um trabalho esco-lar ou para outra situação em particular, sempre que precisassem de um livro tinham de aguardar a chegada da Biblioteca Móvel. Para mim, foi uma experiência gratificante pois era uma situação pon-tual e era uma novidade, por nunca me ter dirigido a uma biblioteca com estas características. Na minha maneira de ver, e por conversas que mantenho com várias pessoas, percebo que pouca gente dá o verdadeiro valor às bibliotecas. Talvez porque não passam por esta dificuldade, como as pessoas que vivem fora de uma cidade, que não têm um livro ao seu alcance sempre que necessitam. Pessoalmente, gosto muito de bibliotecas. Sempre que vou para uma biblioteca ler, parece que saio dali e que me torno uma personagem do livro que estou a ler. Tudo o que a humanidade tem sido, feito, pensado ou lucrado, encontra-se como que magicamente preservado nas páginas dos livros. Carlos Teixeira, 10ºA2

MEMÓRIA ITINERANTE

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ECONOMIA

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N o dia 20 de Outubro de 2010, às

11:45h da manhã, a turma do 10ºB dirigiu-se ao Centro Comercial “Gran Plaza”, em Tavira, para assistir ao filme “Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme”, realizado por Oliver Stone. A iniciativa partiu da professora de Economia, Carmen Castro, e toda a turma achou boa ideia. O enredo deste filme desenvolve-se à volta de um jovem, Jake, um corretor da Bolsa de Valo-res norte-americana. Após o suicídio do seu mentor, Low, Jake procura vingança, pedindo ajuda ao seu sogro, Gekko, um especulador, acabado de sair da pri-são, por fraude, lavagem de dinheiro e extorsão, em troca de o ajudar a reconquistar a sua filha, Winnie. Bretton, um empresário responsável pela falência da empresa de Low e do seu suicídio, depois de observar Jake, propõe-lhe que vá traba-lhar para ele. Jake aceita, de maneira a que possa descobrir os seus negócios obscuros. Gekko, depois de se aperceber da ambição de Jake, vai conquistando a confiança dele para

WALL STREET : O dinheiro nunca dorme

Comentário reaver o dinheiro depositado numa conta no nome da Winnie. Jake confiando cegamente em Gekko, aceita dar-lhe o valor da conta para este fazer uma lava-gem de dinheiro. Gekko, depois de obter o seu objectivo, abre uma empresa em Londres e Jake vai atrás dele para o chamar à razão. Pedindo ajuda a Winnie, Jake escreve uma notícia em que denuncia Bretton pelos seus negó-cios ilegais e onde explica que ele na bolsa está dos dois lados, e tem o objectivo de deitar abaixo a sua empresa. No fim do filme Gekko deposita o dinheiro que tirou a Winnie, na fundação em que ela traba-lha.

Na minha opinião este filme é interessante, fala da crise na Bolsa de Valores, de uma maneira perceptível, tirando algumas palavras relacionadas com a Economia. Este filme gira em torno das especulações financeiras, mas também das rela-ções humanas, porque, por muito poder que tenhamos, o valor da família deverá falar mais alto. Houve uma frase que me marcou neste fil-me, quando Jake pergunta a Bretton qual é o pre-ço dele para parar, ou seja, quando alcançar o dinheiro suficiente para começar a viver, ao que ele responde “Mais”. Para muitos destes empresá-rios não existe um fim a atingir. São demasiado ambiciosos, não ligam a meios para atingir fins, esquecendo-se, talvez, do mais importante, viver. Eu também pude notar que, por maior que seja a crise, existe sempre alguém a ganhar dinheiro com ela. Posso concluir que a ganância não tem fim, mas os valores humanos devem estar acima de qualquer coisa.

Beatriz Ávila, 10ºB

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O ADOLESCENTE MILIONÁRIO e a importância da leitura

ECONOMIA

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N a aula de Economia, temos lido todas as sextas-feiras, um capítulo

do livro O Adolescente Milionário, um Guia Finan-ceiro para Todos os Jovens Ambiciosos, de Jona-than Selft, edição em português, publicado em 09/2009. Este livro dá-nos dicas de formas sim-ples de gerir o dinheiro.

Ler é uma boa actividade, pois estimula a nossa criatividade e os nossos pensamentos, alar-gando os nossos conhecimentos.

Sempre que lemos este livro, aprendemos cada vez mais acerca do dinheiro, pois, afinal de contas, lidar com ele é divertido, visto que não é necessário sermos ricos para termos dinheiro sufi-ciente.

Este livro ensina-nos a lidar com os proble-mas financeiros dos nossos dias, pois temos ten-dência a sermos muito consumistas e assim aprendemos a não esbanjar o dinheiro e a não apressar as nossas decisões nem esperar resulta-dos instantâneos.

Através desta leitura, é possível perceber-mos que as melhores coisas, que temos na vida, não têm preço, como a saúde, o amor e a amiza-de.

O livro transmite-nos que a felicidade não tem essencialmente a ver com o dinheiro que temos, mas com os meios que possuímos.

Nesta sociedade tão dependente das pos-ses financeiras, ao lermos este livro notamos que o dinheiro só funciona quando acreditamos nele. O Adolescente Milionário é útil tanto para o nosso dia-a-dia como para a nossa vida futu-ra, pois já que dependemos do dinheiro, necessitamos de saber geri-lo.

Beatriz Ávila e

Nicolau Cavaquinho, 10ºB

A leitura é indispensável para a aprendi-zagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer o nosso vocabulário, obter conhecimento e

melhorar a interpretação. Muitos jovens dizem que não têm paciência para ler um livro. Isto acontece por falta de hábitos de leitura, pois se fosse um hábito do dia-a-dia os jovens saberiam apreciar uma boa obra literária. Na nossa opinião, o que leva os jovens a não ter hábitos de leitura é o facto de preferirem passar o dia em frente do computador ou da televi-são a ler um livro. Devido ao avanço da tecnologia, preferem jogos de computador e ficar à espera que saia o filme, em vez de lerem o livro do mesmo. Alguns pais também são um pouco respon-sáveis pelo desinteresse dos jovens pois não os incentivam, em pequenos, a ler, para que uma coi-sa «aborrecida» se transforme num prazer. Como achamos que isto tem de mudar, que os jovens têm de ficar mais cultos e, para isso, precisam de ler mais, resolvemos dedicar dez minutos do final da aula de Economia, à sexta-feira, à leitura de um livro. O livro escolhido foi: O Adolescente Milioná-rio, de Jonathan Self.

Este livro é sobre os jovens ambiciosos. Tem muita informação e conselhos bastante úteis. O Adolescente Milionário é um livro indispensável para aprender todos os segredos sobre o dinheiro. No final do livro, cada aluno apresentará os pontos que considerou mais importantes. Com esta inicia-tiva, começamos a ganhar mais gosto pela leitura, e isso fez com que lêssemos mais. Também na disciplina de Português, os professores decidiram que cada aluno deveria ler, no mínimo, um livro por período e apresentar uma ficha de leitura do mesmo.

Em conclusão, ler é bastante refrescante e exercita a nossa mente.

Marisa Tubal e Rita Semedo, 10ºB

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ECONOMIA

o projecto “Mentes Empreendedoras”,

que visa estimular o empreendorismo entre os jovens portugueses, foi apresentado no dia 13 de Outubro na nossa escola pelo economista Afonso Mendonça com a colaboração da professora Car-men Castro, nossa professora de Economia e Directora de Turma.

A sessão teve início com a apresentação recíproca dos participantes. O Afonso falou da sua experiência e apresenta-se como alguém a quem um projecto semelhante ao “Mentes Empreende-doras” permitiu conhecer outras formas de viver e interagir socialmente que marcaram o posterior percurso da sua vida.

Falou do nascimento do projecto “Mentes Empreendedoras” e das muitas dificuldades que tiveram de ser ultrapassadas para que o projecto pudesse ser posto em marcha.

A ideia base deste projecto é demonstrar aos jovens que o empenho vale a pena. Isto é, se não nos limitarmos a olhar para o mundo como reco-lectores, repetidores ou seguidores de ideias já feitas, podemos introduzir mudanças, quer melho-rando o que já existe, quer criando ou inventando outras formas de fazer e de agir. A motivação para agir necessita, por vezes, de uma ajuda externa, a sessão a que assistimos é disso exemplo, mas é necessário que cada um de nós acredite que atra-vés do seu contributo pode melhorar o País e construir um futuro melhor.

O grande objectivo do projecto é “promover a participação social dos jovens através do estímulo de uma consciência de competência e capacidade de desenvolver as suas próprias iniciativas, quer seja uma ideia de negócio, uma iniciativa social ou outra.” Através da participação dos jovens no pro-

jecto pretende-se que o estímulo e confiança que o projecto deposita nas suas capa-cidades os inspirem; criar a cons-

MENTES EMPREENDEDORAS

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ciência de que a vontade e o empenho são mais determinantes do que o dinheiro para realizar as ideias de âmbito pessoal, social ou de negócio e de que existem recursos disponíveis que desco-nhecemos; fazer com que compreendam a impor-tância de se envolverem em projectos que promo-vam o seu desenvolvimento pessoal e social. De início, este projecto abrangia apenas alu-nos dos 11º e 12º anos, nós fomos uma excepção à regra, mas somos turma única na área de Eco-nomia e daí o “privilégio”.

O Afonso propôs que nos dividíssemos em grupos de dois ou três e fizéssemos o nosso pró-prio projecto (com ideias inovadoras), responden-do às seguintes perguntas: Como? Grupo Alvo? Problema? Parcerias?

Os grupos apresentaram aos presentes as ideias que surgiram ,após demorada reflexão:

• Autoclismos Silenciosos, que eliminam odo-res e bactérias;

• Retrete Aquecida; • Loja de Motas Sofisticada; • Tradutor de Línguas parecido a uma calcula-

dora; • Manuais Escolares, Reutilizáveis.

Esta experiência fez com que pensássemos

com mais pormenor e olhássemos para as coisas de uma forma menos simplista. Os objectos não existem por existir, existem para desempenhar uma função.

Em jeito de até à vista, o Afonso deu-nos umas dicas em relação à forma de concretizar os nossos projectos e convidou-nos a continuar a reflectir sobre o que foi dito na sessão. No fim, fomos presenteados com brindes das marcas patrocinadoras do projecto 7UP, TAGUS, SUMOL E COMPAL

Um grupo de alunos do 10º B

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LÍNGUAS

BALLERINA

T here are many jobs I admire, but I

have chosen to speak about professional dancers. As you all know, a professional dancer performs choreographies. Nowadays, many people think that being a professional dancer is dancing classic or ballet, but not only. There are many types of dance in the world. Personally, the ones I love more are classic and contemporaneous. Usually, balle-rinas become specialized in one type of dance, but there are those who dance more than one. A ballerina can be a soloist, that means being alone on stage . One of the differences is that a soloist dancer is considered to be on a higher level. Many people think that in this job, there is no hard work but, on the contrary, a profes-sional dancer spends most of his/her time performing and doing specific exercises to keep his/her body healthy and in form.

In this job the body is very important be-cause classic and contemporaneous dance requires hard work. Keeping our bodies healthy is one of the necessary skills. Talent and imagination is also needed in this job, as well as creativity and the ability to learn sequences and choreographies very quickly. This career has a negative aspect be-cause it is a short career. But, later, you can choose to work as a choreographer. Nowadays, in Portugal, there aren’t many job opportunities, but abroad, such as in Lon-don, Paris and New York, we can get these op-portunities easily, especially in a dance com-pany. Those who really love dancing can show their talent to the “world” during their careers, they can teach others who also love this art, and have the opportunity to travel around the world, knowing other cultures and dances.

Rute Sofia Santos, 11ºA4

THE IMPORTANCE OF ENGLISH

T oday we are living in a "Global Village". As the Internet explosively grows, more people are becoming aware of this "Global Village" on a personal level. People correspond with others from around the globe on a regular

basis, products are bought and sold with increasing ease from all over the word and "real time" coverage of major news events is taken for granted. English plays a central role in this "globalization" and it has become the language of choice for communication between the various peoples of the Earth, but many English speakers do not speak English as their first language, they often use Eng-lish to communicate with other people who also speak English as a foreign language.

Nowadays, English is used at work, to talk to people of other nationalities, in business issues, etc... English is everywhere, and because of this all people should know the language very well. People who don’t know English are like people who don’t know how to use the internet. In the future, English is probably going to be spoken worldwide as a second language that can easily facilitate interaction between people.

Ângelo Leal , 12ºC Página 19

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VISITA DE ESTUDO

A horas partimos de Tavira, de comboio,

na companhia dos professores Paula Barata e Vir-gílio Lança, com o objectivo de chegar a Almancil, e assim conhecermos as instalações do supermer-cado Apolónia. Lá já nos esperavam com um pequeno-almoço de boas vindas.

De seguida, tivemos uma visita guiada pelo supermercado, onde nos foi dado a conhecer os diversos produtos de origem alemã e outros que fazem parte das tradições e de alguns hábitos ali-mentares dos países de expressão alemã.

VISITA: SUPERMERCADO APOLÓNIA e AEROPORTO

8:49

Muito curiosos, e admirados com alguns pro-dutos que não conhecíamos, seguimos a senhora que nos guiou e nos foi esclarecendo acerca dos produtos demonstrados, não esquecendo a diver-sidade de pão e charcutaria que existe na Alema-nha. No final da visita, também nos ofereceram uma revista, “Brezel”, e jornais. De regresso, tivemos que enfrentar a chuva até à estação para podermos voltar a Faro.

Todos tivemos um tempo de descanso para almoçar. Para nossa satisfação, o sol regressou e chegámos ao aeroporto de Faro para conhecer-mos a área de recepção aos turistas, antes e durante o check-in. A funcionária elucidou-nos acerca das TIC e das técnicas de recepção mais comuns na área visitada. De registar que a companhia ANA aproveitou a nossa visita para documentar com fotografias um artigo a publicar numa revista interna. Despedimo-nos da nossa guia que nos ofe-receu porta-chaves e canetas da companhia. Satisfeitos, voltámos a Tavira.

Alunos do 12º TTUR Comunicar em Alemão e TIAT

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MATEMÁTICA

A plica os teus conhecimentos de Mate-

mática e resolve os problemas que seleccioná-mos.

Tens a solução? Entrega-a no balcão de atendimento da Biblioteca, com todos os cálculos efectuados. Assina e data o teu trabalho. Haverá um sorteio entre as respostas correctas e o vencedor receberá um prémio surpresa.

DESAFIOS MATEMÁTICOS

Desafio 1:

Donde se deve partir e onde se completa a volta a este jardim: • Passando unicamente uma vez por cada álea; • Sem atravessar o caminho percorrido

Desafio 1:

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Desafio 2: Se eu fizer um corte a direito numa pizza, obtenho dois pedaços de pizza. Se fizer dois cortes, obtenho quatro pedaços. Qual é o máximo de pedaços que posso obter com dez cortes?

Fontes: BERLOQUIM, P., 100 Jogos Geométricos, Gradiva, Lisboa, 1991 VELOSO, E. ; VIANA, J. P., Desafios, Edições Afrontamento, Porto, 1991

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MATEMÁTICA

O s Professores de Matemática da

Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia – Tavira reconhecendo a importância decisiva de uma boa formação em Matemática e as dificuldades com que se debatem para trazer os seus jovens alunos ao contacto com o poder e beleza dos números organizaram um “Ciclo de Palestras”. Trata-se de um conjunto de três palestras que serão dinamizadas, de 6 a 8 de Abril na EB2,3 D. Paio Peres Correia e na EB 2,3 D. Manuel I, por alunos do 12º ano desta escola, sobre trabalhos realizados pelos mesmos enquan-to alunos do 11º ano.

E que palestras?

CICLO DE PALESTRAS

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PALESTRA 1: TRIÂNGULO DE PASCAL “O triângulo de Pascal (em alguns países, nomeadamente em Itália, é conhecido como Triân-gulo de Tartaglia) é um triângulo numérico infinito. O triângulo foi descoberto pelo matemático chinês Yang Hui, e 500 anos depois várias de suas pro-priedades foram estudadas pelo francês Blaise Pascal.”

Retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tri%C3%A2ngulo_de_Tartaglia

Oradores: Joana Pereira, Patrícia Viegas, João Inês e Pedro Fialho

DDDD IIII AAAA da MMMM AAAA TTTT EEEE MMMM ÁÁÁÁ TTTT IIII CCCC AAAA

2222 dededede JJJJ UUUU NNNN HHHH OOOO 2222 0000 1111 0000

Primeira apresentação do trabalho em Junho de 2010 Auditório Escola Sec. Dr. Jorge Correia — Tavira

Page 23: EcoEstudantil, N.º 15,  Dez. 2010

Painéis do Dia da Matemática, 2 de Junho de 2010

MATEMÁTICA

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PALESTRA 2: EVOLUÇÃO DO NÚMERO: DA ANTIGUIDADE À ACTUALIDADE “Entre os sistemas de numeração da antigui-dade destacam-se: o egípcio, o romano, o babiló-nio, o maia e o indo-arábico. Em todos os sistemas de numeração da anti-guidade havia os princípios de agrupamento e de troca, mas poucos possuíam o princípio do valor posicional ou um símbolo para representar o zero. Actualmente o Sistema de Numeração mais utilizado é o decimal (base 10), sistema assente na utilização de dez dígitos. Alguns historiadores supõem que o sistema decimal foi adoptado pelo homem primitivo por compatibilidade com o núme-ro de dedos das mãos. A base de um sistema é a quantidade de algarismos disponível na representação. “

Retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/istemas_de_numera%C3%A7%C3%A3o

Oradores: Francisco Sousa e Filipe Custódio

CICLO DE PALESTRAS

PALESTRA 3: FRACTAIS E GEOMETRIA FRACTAL “Um fractal (anteriormente conhe-cido como curva monstro) é um objecto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhante ao objecto original. Diz-se que os fractais têm infinitos detalhes, são geralmente auto-similares e inde-pendentes da escala. Em muitos casos um fractal pode ser gerado por um padrão repetido, tipica-mente um processo recorrente ou iterativo.” Retirado de : http://pt.wikipedia.org/wiki/Fractal

Oradores: Alexandre Matias, Alexandre Pires e João Gonçalves

Os professores: Isabel Lopes, José Mesquita e Nuno Rodrigues

Primeira apresentação do trabalho em Junho de 2010

Auditório Escola Sec. Dr. Jorge Correia — Tavira

Primeira apresentação do trabalho em Junho de 2010 Auditório Escola Sec. Dr. Jorge Correia — Tavira

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Ficha Técnica

Coordenação e edição: Ana Cristina Matias

Redacção: Alunos e Professores da ESJAC, Tavira Revisão: Fátima Palma e Vitalina Cavaco

Reprografia: Luís Canau e César Romeira

ESCOLA SECUNDÁR

IA 3EB

DR. JORGE CORREI

A - TAVIRA

BIBLIOTECA

e-mail: [email protected]

http://www.estbiblioblogue.blogspot.com/

SER CRIATIVO COMPENSA

N o dia 25 de Novembro, a turma do 10ºA2, juntamen-te com a professora e directora de turma, Maria Alberta Fitas, deslocou-se a Lisboa, ao Pavilhão do Conhecimento.

Esta deslocação por si só poderia ser muito interessante, mas se a isto juntarmos o facto de tal ter acontecido porque o aluno, da referida turma, Carlos Teixeira, venceu a grande final europeia do concurso de vídeos TIME for NANO, então o nosso orgulho e alegria foram imensos. Assim, o Carlos, que concorreu com finlandeses, italianos, espanhóis, ingleses entre outros, viu o seu empenho e criatividade reconhecidos, ganhando um bom prémio. Por sua vez, a escola, representada na pessoa do seu Director, José Baía, também recebeu um kit de nanotecnologia, e todos nós ganhamos, concluin-do que afinal pode haver reconhecimento do valor e mestria. É claro que o Carlos já está a trabalhar e a enfrentar novos desafios. Prepara-se para nos sur-preender ainda mais, e nós vamos já marcando os nossos lugares nas plateias do aplauso. Mas, não haverá mais alguém a querer disputar o lugar ao Carlos?

Assista ao vídeo vencedor da autoria de Carlos Teixeira, acedendo a: http://www.timefornano.eu/ Assista também a dois vídeos «Ciência em Imagens», elaborados durante a Semana da Ciência e da Tecnologia, que decorreu entre 22 e 28 de Novembro, onde se encontra uma entrevista ao Carlos Teixeira, o seu trabalho vencedor, e um workshop em que os seus colegas de turma participaram: http://www.cvtv.pt/home Seleccione depois os vídeos Semana da Ciência e Tecno-logia 2010—V e VI.