jornal interessante - edição 16 - abril de 2011

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MST: A defesa contínua pela dignidade humana

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Capa: Movimento Social - MST: A defesa contínua pela dignidade humana - Trabalhadores ligados ao movimento afirmam que o trabalho coletivo é à base da consciência social e política (Págs 06 e 07) O Noroeste: Esmagadora de soja deverá ser construída em Arinos - Com produção de 400 toneladas por dia, a empresa poderá ofertar 125 empregos diretos; empresário explica o motivo pelo qual ela não foi instalada em Unaí (Págs 04 e 05); Alto da Colina - Poeira, barulho e trinca nas casas, são realidades dos moradores do bairro paracatuense (Pág 08) Entrevista: Deputado federal Antônio Andrade - Substitutivo que inclui a região do Noroeste no FCO (Pág 09) Agropecuária: Agricultura de Precisão - Tecnologia que utiliza recursos científicos, como fotografia feita por satélites, reduz custo de produção e diminui impactos ao meio ambiente (Pág 11) Esporte: Time da Bicicletaria Alves é campeão municipal de Futsal em Unaí (Pág 15)

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Page 1: Jornal Interessante - Edição 16 - Abril de 2011

MST: A defesa contínua pela dignidade humana

Page 2: Jornal Interessante - Edição 16 - Abril de 2011

Editorial

O título do editorial, desta 16° edição, reme-te à independência. Primeiro exemplo disto, é a luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em busca da conscientização de que é necessário se organizar, para conseguir direitos.

Como eles, que também, não deixou se repre-sentar, e tomou partido na decisão, foi a profes-sora da Universidade de Brasília, a antropóloga, Rosângela Ribeiro Corrêa, que, diz não acreditar em exame epidemiológico, relacionado ao arsê-nio, que seja feito somente no Brasil.

Outro ponto, apresentado pelo INTERESSAN-TE, como exemplo de soberania, pela própria natureza de sua realidade, foi à implantação da esmagadora de soja, no município de Arinos. Trouxemos à informação de quantos empregos se-rão gerados e, de qual foi o verdadeiro motivo, do empreendimento não ter sido instalado em Unaí, conforme era previsto.

A auto-representatividade, também observada, foram as atividades, realizadas por um grupo de pessoas, de Unaí, chamado NóisÉ, que busca a revitalização e a conservação do antigo terminal rodoviário de Unaí. Entramos em contato com o proprietário do imóvel, que esclareceu, qual é o seu ponto de vista, diante do querer do grupo.

Em continuidade ao trabalho do jornal, apre-sentamos os dados da Gerência Regional de Saúde (GRS), que nos forneceu todas às notificações de casos de dengue registrados, até o momento.

A Copasa também nos forneceu dados, de-monstrando que a construção da ETE, na peniten-ciária Agostinho de Oliveira Júnior, em Unaí, teve sua data de conclusão, mais uma vez, adiada, ago-ra, para o mês de junho. A Unimontes também se manifestou sobre a doação do espaço do campus de Unaí.

O esporte do Noroeste foi destaque, com a ma-téria da final do Campeonato Municipal de Unaí, de futsal, e com a força de vontade, do professor de Taekwondo, Henrique Oliveira, que acredita no esporte, não como entretenimento ou lazer, mas sim, como profissão.

Assim, fechamos mais esta edição, que nos custou, muito mais do que suor, nos custou, à compreensão, para entendermos, que a verdadeira representação, é feita por nós (cidadãos) mesmos. Por isto, não deixem que estatizem seus sentimen-tos, porque, como disse o poeta, “pra seu governo, o meu estado, é independente”.

O título foi retirado da letra da música, do grupo Legião Urbana, chamada “Baader-Meinhof Blues”

“Não estatize meus

sentimentos”

Charge

ExpedienteExpedienteDIRETOR GERAL

Danny Diogo T. Santana(38) 3676-3882 / [email protected]

TIRAGEM

10.000 exemplares

G8 COMUNICAÇÃO LTDACNPJ: 09.467.920/0001-73Rua Celina Lisboa Frederico, 64 - Sl. 304 - TELEFAX: (38) 3676-3882B. Centro - CEP 38610-000 - Unaí - Minas Gerais

W W W . P O R T A L I N T E R E S S A N T E . C O M . B R

REDAÇÃO E REPORTAGEM

Marcos Antonio PadilhaArtigos publicidados são de responsabilidade dos autores e, necessariamente, não expressam a opinião do INTERESSANTE.

2 . Opinião . Março/Abril de 2011

por J. Lindomar Coelho Presidente da Subseção OAB/Unaí

>> Artigo

Trabalho escravoHá muitos mitos sobre o trabalho

escravo em nossa comarca. Muito se diz muito se divulga, entretanto qual é a realidade vivenciada?

Trabalho escravo se configura pelo trabalho degradante aliado ao cerce-amento da liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicoló-gico ou mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima.

O trabalho forçado se caracte-riza quando o empregador, usando de ameaça, mantém os empregados em sua propriedade, e lhes vende produ-tos (alimentos e vestuários) por preços elevados.

Sem sombra de dúvida, nossa Região, dada a sua característica de produção de grãos, utiliza parcela significativa de trabalhadores e

sempre tem sido alvo de fiscalização do Ministério do Trabalho. Para se ter uma idéia melhor da atual realidade de Unaí sobre o tema trabalho escravo, o leitor poderá fazer uma pesquisa em site do Governo Federal e notar que nenhum empregador do Município de Unaí figura como empregador que utiliza de trabalho escravo em suas empresas e fazendas.

Para coibir o uso ilegal de mão-de-obra análoga à de escravo, o governo criou em 2004 um cadastro onde estão elencados os empregadores flagra-dos praticando a exploração. Ao ser inserido nesse cadastro, o infrator fica impedido de obter empréstimos em bancos oficiais do governo e também entra para a lista das empresas perten-centes à “cadeia produtiva do trabalho escravo” no Brasil.

O Cadastro, apelidado lista suja se encontra disponibilizado no site www.mte.gov.br.

O Trabalho escravo que se combate na região de Unaí também ocorre em outras cidades de Minas Gerais, do Brasil e do Mundo.

Tal prática precisa ser rigorosa-mente combatida. É preciso erradicar o problema.

Há Lei e Justiça em nossa Comarca e, com certeza, nenhuma das institui-ções se silenciará ou se omitirá perante tão grave assunto.

O combate à prática deve ser feito por toda a sociedade: há legis-lação rigorosa vigente coibindo o trabalho escravo, há também o Poder Judiciário, apto a aplicar a legislação existente, e, ainda, a Administração Pública, responsável pelos órgãos de fiscalização das condições de trabalho.

Por fim, é oportuno destacar que denúncias de trabalho escravo podem ser direcionadas ao Ministério Público do Trabalho, no site www.reporterbra-sil.org.br e www.mte.gov.br

por Caio César Pereira Aluno do 9º Período do Curso de Direito da FACTU

>> Artigo

Suspensão de concursos públicos federaisNo dia 11 de fevereiro de 2011, a

assessoria da Presidência da República divulgou a notícia de que todos os concursos públicos federais, nomea-ções e atos de posse estariam suspen-sos pelos próximos dois anos, a partir daquela data.

Nos últimos anos, os concur-sos públicos se tornaram a preferên-cia dos brasileiros, quando o assunto

é a carreira profissional, em função das melhores condições de trabalho, benefícios e remunerações, muito superiores à renda média nacional.

Diante da situação anunciada, para aqueles que já vinham se preparando para a realização de algum concurso público federal, não resta outra alter-nativa, a não ser lamentar e ver adiado o sonho de ingressar nos quadros da

Administração estatal.Situação diferente enfrenta os

candidatos que já foram aprovados em concurso, mas que tiveram as suas nomeações suspensas pela medida presidencial. A estes é assegurado o recurso às vias judiciais, buscando fazer cumprir os termos do edital, bem como da legislação específica que disciplina a matéria.

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O NoroesteMarço/Abril de 2011 . O Noroeste . 3

N o distrito de Rural Mi-nas a 80 km de Unaí, mães não podem levar

seus filhos à creche. Eliete Si-mão da Silva Ferreira, dona de casa e estudante, mãe de três filhos, convive dentre desta realidade, desde que chegou ao distrito. “Eu mesmo preciso estudar e não tenho com quem deixar meus filhos. Daí, recor-ro à minha mãe, minhas irmãs para me ajudar”, explica. Por este motivo e outros, que tam-bém impedem a dona de casa de exercer uma profissão fora do lar, ela conta que é funda-mental que a creche não fique fechada, como atualmente está.

Construída em 2008 a creche do distrito de Rural Minas, que tem por nome Lá-pis de Cor, é toda adaptada às exigências do seu público, ou seja, as crianças. Por isto, sua estrutura está composta de vasos sanitários, com o tama-nho ideal às crianças menores, os espelhos, as cadeiras e as mesas, o quadro negro das sa-las de aula, tudo é respectivo às crianças de quatro a cinco anos.

Mas infelizmente, confor-me contou a moradora e dona de casa, também estudante,

Moradores de Rural Minas reivindicam funcionamento da creche do distrito

Além da creche, os moradores pedem também, um melhor funcionamento para o posto de saúde; secretarias responsáveis reconhecem o fato e prometem soluções

Lilian Gontijo de Campos, mãe de dois filhos pequenos, hoje, a creche é utilizada por meninos maiores, cuja infra-estrutura não corresponde à suas necessidades. “Esta cre-che daqui foi criada para aten-der as criançinhas. Mas o que acontece hoje, é o contrário, são os meninos mais velhos, que utilizam o espaço”, obser-va a moradora.

De acordo com o presi-dente da associação de bairro de Rural Minas, Wanderley

Aparecido dos Santos é impor-tante que a creche funcione, para que as famílias tenham mais independência. “Porque tem muitas mães aqui, inclu-sive uma, que tem carteira profissional, [ela é pescadora, tem uma filha de 4 anos] e, por não ter onde deixar sua meni-na, ela não exerce a profissão”, destaca o presidente.

Saúde Outro problema de Rural Mi-nas é o posto de saúde do

distrito. Segundo os entrevis-tados, o posto não consegue atender a todos que precisam. Segundo a moradora e estu-dante M. C. D., 16, não são todos os dias que posto está aberto ao público. “Já teve vez dele ficar mais de semanas fe-chado. Acho que é porque só tem uma enfermeira”, destaca.

Segundo o presidente da associação, o único médico que freqüentava o distrito, vi-sitava a população de dois em dois meses. “Vinha somente

um médico. Aí ele chegava aqui, tinha 60 pessoas na fila para ser atendida, não tinha como atender todas essas pes-soas. Daí atendia 40 pessoas, e ficavam 20, sem atendimento”, explica Santos. Segundo ele, a prefeitura já está sabendo do fato, e prometeu encaminhar ao distrito, um médico, pelo menos uma vez por mês.

Educação O secretário de educação mu-nicipal, Geraldo Magela, disse

Hoje a creche é utilizada por crianças de idades superiores ao permitido

que a creche não funciona, pelo fato de que, não foi cons-tatado, no período do cadas-tramento escolar, a quantida-de mínima de alunos (de 4 e 5 anos). Ele aconselha que este ano, as mães interessadas façam o cadastramento, que acontece em outubro, o Edu-cacenso, para que haja deman-da, e aí então, a creche poderá funcionar. Para abertura de sa-las para alunos de 4 anos, são exigidos no mínimo 10 matri-culados, já para alunos de 5 anos, o exigido são a partir de 12 alunos.

Posto de SaúdeDe acordo com a coordenado-ra do Programa de Agentes Co-munitários de Saúde (PACs), Adriana Vargas Faria, o posto do distrito funciona todos os dias da semana, somente, em alguns casos, ele fica fechado. “O posto não funciona, somen-te em casos especiais, porque os agentes estão participando de alguma reunião, algum trei-namento, aí, realmente o posto não funciona, mas são raros estes períodos”, afirma. Ela também disse que, pelo menos uma vez por mês, os médicos visitarão os pacientes.

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4 . O Noroeste . Março/Abril de 2011

Com o intuito de produzir 400 toneladas de farelo de soja por dia, a empresa estima gerar 120 empregos diretos e 55 indiretos

O secretário Flávio Pereira mostra a área onde será implantada esmagadora

Esmagadora de soja deverá ser construída em Arinos

ções entre o empresário e o poder executivo), para saber sobre o empreendimento.

De acordo com o secre-tário, a empresa responsável se chama Marins Paolillo Agroindústria Ltda. Segundo ele, é uma empresa familiar, que, já atua no setor empre-sarial, no ramo de saúde, em

São Paulo. “Há tempos eles já estão estudando a região do Noroeste, para investir neste ramo de óleo vegetal”, afirma Pereira.

Adaptações físicas e sociais Todo esmagamento da soja, será feito por meio de um

processo químico. Por isto, pelo fato de que ainda Ari-nos não possui uma zona industrial, algumas interven-ções foram e serão feitas no local onde a esmagadora será instalada. “Vamos levar até a área industrial, infra-estrutu-ra, como rede de esgoto, para que seja feito o tratamento

prévio dos resíduos da in-dústria”, detalha o secretá-rio. O parque industrial da cidade foi criado, segundo o secretário, em razão da vinda do empreendimento para à cidade.

Conforme informou o secretário, a obra estava pre-vista para iniciar no mês de

Uma esmagadora de soja está para ser implantada no mu-nicípio de Arinos.

De acordo com o protocolo de intenções da empresa, sua produção, nos primei-ros anos de funcionamento, será de 400 toneladas de fa-relo de soja por dia, chegan-do em dois anos, à 600 t. ao dia. Seu faturamento está previsto para a ordem de R$ 118 milhões, nos dois pri-meiros anos, mas a partir do terceiro ano, este valor deve subir para R$ 180 milhões. A empresa deve gerar, dire-tamente, 120 empregos, e 55 indiretos.

Segundo o Instituto Bra-sileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), Arinos possui um população de 17 mil ha-bitantes, com uma incidên-cia de pobreza de 48%, o que faz com que seu IDH esteja dentro classificação “média”.

O município, até então, se limitava somente à agri-cultura e à pecuária. Mas, no começo do ano passado, um empresário da cidade de So-rocaba (SP), procurou a pre-feitura local, para apresentar um projeto, que intenciona-va a construção de uma es-magadora de soja, dentro do município.

O INTERESSANTE entre-vistou o secretário municipal Flávio Pereira, da Secretaria de Desenvolvimento Econô-mico, Trabalho e Turismo (responsável pelas negocia-

maio, mas pelo visto, não acontecerá. “No protocolo de intenção, assinado com o governo de Estado, eles co-meçariam os seus trabalhos, no início de maio, só que eles não conseguiram cumprir com o cronograma”, explica Pereira.

Função produtiva A esmagadora produzirá fa-relo de soja e óleo vegetal. Toda esta produção gerará em torno da empresa, segun-do o secretário, diariamente, cerca de 20 caminhões, de carga dupla.

Toda produção de farelo de soja deverá ser vendida na própria região do Noroeste. Para que os produtores, com-pre o farelo de soja sem sair de sua região. O óleo vegetal pode ser exportado ou ven-dido internamente. A Petro-brás de Biodiesel, instalada em Montes Claros, é um forte candidata a comprar o óleo.

Sindicato dos Produtores do município

Segundo o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Arinos, Benedito Pires a indústria está chegan-do em boas horas. “Porque o gado e o leite estão em baixa. Com o cultivo da cultura da soja, podemos ter outro tipo de produção, que seja mais valorizada no mercado”, ex-plica o presidente.

EmpresaPor telefone, o consultor co-

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Março/Abril de 2011 . O Noroeste . 5mercial da empresa, respon-sável pelo empreendimento, Francisco Paolillo Neto, dis-se, que realmente às obras já deveriam ter começado. Porém, segundo ele, houve uma mudança no cronogra-ma. “Não está atrasada, eu chamo de modificação do cronograma, em função de negociações de contrato, de fornecimento dos produtos, como por exemplo, a entrega do óleo, ou seja, para quem vamos vender este óleo, qual será o resultado final do pro-duto, isto tudo, são fatores decisivos para que as coisas funcionem”, explica.

Segundo Neto, há possi-bilidade da Petrobrás, insta-lada em Montes Claros, ad-quirir o óleo, mas, “ainda não tem nada concreto”, afirma o consultor.

De acordo com Neto, a es-magação será feita por meio de um processo químico, que acontece com ajuda do hi-drocarboneto alcano, o hexa-no, muito usado em solven-tes. Com ele, se faz a extração de óleo das sementes de soja, sobrando assim, a matéria prima para se fazer o farelo.

O processo químico pos-sibilita, segundo o consultor, um produto muito protéico. “O farelo de soja, derivado da extração química, é mais protéico e menos gorduroso. Porque a extração química

Curta

A Gerência Regional de Saúde (GRS), sediada em Unaí, for-neceu dados à respeito das últimas notificações de casos de dengue, de toda a região do Noroeste de Minas. Das cidades do Noroeste, até o momento, Unaí é o municí-pio que apresenta o maior número de casos, com um total de 21. Paracatu está em segundo, com 18 notificações. Ari-nos teve 12 casos notificados, Riachinho e Buritis 1 e Urua-na de Minas 2. Foram notificados em Unaí, ano passado 3.283 casos de dengue. E, em Paracatu 3.601. É importante lembrar que notificar é dar conhecimento de alguma coisa. No caso das notificações de casos de dengue, elas só são notificadas pela gerência, quando as vítimas dão entrada em algum centro de atendimento pú-blico de saúde, como postinhos e hospitais. Por isto, todos os casos citados à baixo, podem variar. Leontino Pereira do Amaral, supervisor técnico de ende-mias da GRS, salienta que o grande problema, começa a partir do mês de abril, quando as chuvas começam a es-tiar. “Porque quando está chovendo, a água não fica para-da, ou seja, sempre se renova. Mas quando pára, a possibi-lidade de haver procriação é maior”, lembra o supervisor.

Situação no Estado No último dia (1), a Secretaria de Estado da Saúde de Mi-nas Gerais (SES/MG), divulgou em seu sítio, o número de notificações de casos de dengue, ocorridas até o mês pas-sado, no qual, divulga que 20.577 pessoas estão contami-nadas. De acordo com a secretaria, a situação representa 17%, comparado com o ano passado, quando foram re-gistrados 121.239 casos.

GRS divulga notificações de casos de dengue

Com a esmagadora os produtores rurais terão mercado para a soja produzida na região

retira todo o óleo da soja”, explica. E, ele afirma que “hoje, quase todas as esma-gadoras utilizam o processo químico, pois é um processo extremamente seguro”, des-taca.

UnaíO consultor explicou o mo-tivo, pelo qual, à esmagado-ra de soja não será implan-

tada em Unaí, conforme, anteriormente tinha sido planejado. “De início seria em Unaí, mas pelo fato de Arinos oferecer mais incen-tivos fiscais, por se tratar de um município que pertence à área de atuação da Sude-ne ( Superintendência do Desenvolvimento do Nor-deste), resolvemos mudar. Foi simplesmente por isto”,

e reitera, “simplesmente, não, porque incentivo fiscal, já é uma enorme vantagem, para se trata de empreen-dimento”. Ele acredita que acontecerá uma distribuição do desenvolvimento para toda à região do Noroeste, e não somente em um setor. “Temos que pensar em de-senvolver a região como um todo”, afirma Neto.

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Page 6: Jornal Interessante - Edição 16 - Abril de 2011

Há 20 km do distri-to de Garapuava, em meio às imen-sas plantações

do agronegócio, de soja e milho, está o Projeto de Assentamento (P.A.) El-dorado dos Carajás, ligado ao Movimento dos Traba-lhadores Rurais Sem Terra (MST).

O assentamento foi criado em 2002 e, como todos os assentamentos do MST, tudo, começou com a criação do acampamen-to, somente depois, as fa-mílias foram assentadas.

De acordo com os mi-litantes do movimento, é no acampamento, que se vê quem é da terra ou quem não é. É como se o acampamento fosse uma “pré-escola”, onde o trabalhador recebe capa-

citação para trabalhar com a terra. É no acampamento também que se faz o tra-balho de base, conscien-tizando a todos de seus direitos e deveres, em uma luta, que não é só social, mas também, política.

Somente em 2005, de-pois de quase três anos, (morando em casas feitas de lona de plástico, expos-tos constantemente ao frio e ao calor), as famílias con-seguiram à desapropriação da terra, por intermédio do Incra. O P.A. Eldorado dos Carajás possui uma área é de 1 714 hectares, que está dividida em reserva ambiental, reserva coleti-va (espaço que pertence a todos do assentamento) e, a reserva particular, de 10 hectares, por família, que

corresponde a 360 hec-tares.

Do lado esquerdo plantações de soja e milho, do lado direito o cerrado intacto pertencente ao Eldorado dos Carajás

P.A. Eldorado dos Carajás ligado ao MST é referência em UnaíO assentamento é modelo em organização e produção coletiva; em prol de uma agricultura sustentável, assentados do MST lutam também contra a exploração do homem do campo

Nos lotes, como pude-mos observar – pois a equi-pe de reportagem do INTE-RESSANTE passou uma tarde no assentamento – as famílias plantam e culti-vam seu próprio alimento. Ainda não possuem ener-gia e nem água encanada, mas mesmo assim, con-seguem se manter organi-zados e, o que é mais im-portante, é que não só são organizados, são também, solidários.

A realidade de uma luta Um caso particular é de Vilmar Alves, mais conhe-cido como Parazinho, da direção estadual do MST, um dos assentados, nos recebeu em sua casa, para conversar sobre a luta do homem do campo. Ele foi alcoólatra durante anos,

hoje, recuperado, sabe do valor que é está em sua própria terra, em sua pró-pria casa.

Parazinho explica que a luta no assentando não pára. Segundo ele, conse-guir à terra, é o primeiro passo, mas outros ainda, são necessários para que a luta seja verdadeiramente válida. “Nós do MST não nos contentamos somen-te com a terra. Queremos também ter qualidade de vida dentro desta terra. Por isto, a luta é sempre con-tinua”, afirma. Deve ser por isto, que Parazinho, ressalta que “a propaganda é grande, mas os recursos que chegam são poucos”.

Mas Parazinho vê com bons olhos sua atual si-tuação. Segundo ele, as dificuldades encontradas dentro dos assentamentos,

Bandeira hasteada do MST demonstra que não é somente pela posse da terra, é também por dignidade humana

6 . O Noroeste . Março/Abril de 2011

Page 7: Jornal Interessante - Edição 16 - Abril de 2011

Curtas

Noticiamos na edição de n° 14, respectiva ao mês de feverei-ro, a doação do espaço – onde funciona o campus da Uni-montes, em Unaí – feita pela Secretaria de Estado de Edu-cação (SEE) à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes). Na ocasião, por meio de um e-mail, a assessoria de comuni-cação da SEE, informou que o espaço do campus da Unimon-tes, em Unaí, realmente tinha sido doado à Sectes. Com a doação, segundo o reitor do campus da Unimontes de Unaí, Dirlenvalder Loyolla, as intervenções, para reformar o espaço, poderiam começar a acontecer. O espaço onde funciona o campus, em Unaí, passa por di-versas precariedades com relação a sua infra-estrutura. Os alunos já foram às ruas em protesto, ano passado, mas até o momento nada foi feito.

Como fica?Entramos em contato com a Unimontes, em Montes Claros, para saber como está a situação da doação do espaço. E ti-vemos conhecimento, através da assessoria da universidade, que entrou em contato com a vice-reitora Maria Ivete Soares de Almeida, que, a doação do campus não foi “oficialmente comunicada ao Unimontes”. Portanto, caso ela tenha acon-tecido, a Unimontes, ainda não foi acionada para tomar qualquer decisão diante do fato. De acordo com a assessoria, assim que esta doação for co-municada a universidade, imediatamente, as intervenções iniciarão.

Espaço da Unimontes em Unaí aguarda decisão de Secretarias

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) in-formou, por meio, de nota, de sua assessoria de imprensa, que a conclusão da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que está sendo feita na penitenciária Agostinho Oliveira Ju-nior, em Unaí, foi adiada para a primeira quinzena de junho. Na última apuração feita pelo INTERESSANTE, na edição 13, a Copasa previa o término, para o mês de abril, mas pelo vis-to, este prazo não será cumprido. O maior problema em conseqüência da demora da cons-trução da ETE é o Ribeirão do Gato, localizado próximo à penitenciária. O ribeirão recebe, atualmente, todo esgoto da penitenciária. Seu estado, segundo moradores ribeirinhos, é de putrefação. Segundo a Copasa foram investidos R$ 320 mil, para que “100% do esgoto coletado seja tratado”, afirma a nota. A empresa também afirma que será feito toda a arborização da área, onde será implantada a ETE e, mais R$ 115 mil serão destinados à captação, tratamento e distribuição de água na penitenciária.

Data de finalização da ETE na penitenciária em Unaí é adiada

não se comparam com as enfrentadas quando ele era empregado em terras dos outros. Conforme ele disse, “sempre tem aquele que desiste, porque entra na luta, achando que vai ficar rico, que a vida vai melhorar rápido, que vai construir outro sonho fora, então, quem pensa assim, está descartado por si só”, diz. Ele afirma também, que possuir um pedaço de terra para plantar, da dig-nidade ao homem, para decidir nas decisões de sua vida, de sua história.

Alimentando a busca por justiça socialEm outubro de 2009, o relator especial para o Direito à Alimentação da Organização das Nações Unidas (ONU), Olivier de Schutter, esteve no Brasil e visitou o assentamento. Na visita o relator pode ver a produção de diver-sos tipos de alimentos (como batata doce, feijão, frutas, mandioca, hortali-ças, etc) também criação de animais (porcos, cabri-tos, algumas vacas leiteira, etc).

Atualmente o assen-tamento não produz para exportação, e nem tem este objetivo. O MST pre-za pela vida no campo de maneira sustentável e não mercadológica. “En-tão nós estamos aqui de-senvolvendo um trabalho que não é fácil, porque, nós pregamos à produção agroecológica. Trabalha-mos sem o uso do vene-no, somos contra o uso de agrotóxico. Por isto, não é fácil, porque, ao lado, te-mos o pessoal com gran-des equipamentos, maqui-nário, e, nós, na enxada, para ver se conseguimos produzir alguma coisa na vida”, comenta Parazinho, cujo reafirma que, ainda falta muita coisa para ser feita, por parte dos gover-nantes, e, principalmente, por parte do Instituto Na-cional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Parazinho em meio a sua plantação de feijão; o objetivo é plantar o necessário para matar a fome, sem desperdiço

“Às vezes, uma pessoa tem feijão, mas não tem arroz, troca com alguém

que tem, é muito comum entre nós, a partilha e a troca”

Sérgio Santos, da Frente de Massa do MST e morador do assentamento

Acontece no próximo dia 19, no auditório da Crediunaí, às 15h, em Unaí, a audiência pública para discutir sobre a cons-trução da Pequena Central Hidroelétrica (PCH) da Mata Ve-lha. Com o objetivo de debater a respeito do empreendimento e seus impactos sociais e ambientais, a audiência, objetiva ser o meio, de a população ser ouvida. Por isto, a presença de to-dos, seja de Unaí ou região, é de fundamental importância para as negociações.A região da Mata Velha é conhecida pela sua diversidade biológica e cultural. Sítios arqueológicos já foram encontra-dos no local. Para saber mais sobre a luta das pessoas, que sofrem devido à construção de barragens, o famoso “barra-mento”, conheça o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Se preferir visite sua página na internet: www.mabna-cional.org.br. A luta é de todos nós.

Audiência Pública discute PCH da Mata Velha em Unaí

Discriminados, por lutar por Direitos

A grande mídia em al-guns momentos apresenta o MST (um movimento social reconhecido interna-cionalmente) à “baderna”, ou à quebra pau. Mas o que pôde ser visto no assenta-mento Eldorado dos Cara-jás, que nasceu da luta dos militantes do MST, é o con-trário. Para os militantes do MST, organização não é só um conceito teórico, é tam-bém, uma prática.

Sérgio Santos, da Frente de Massa do MST, também morador do assentamento, disse, que a organização é o começo de tudo. “Se nós quisermos lutar pelos nos-so ideais, temos que estar juntos, e, conscientes, de que é necessário nos orga-nizarmos, para não aban-

donarmos nossas bandei-ras”, esclarece Santos.

Exemplos da conduta organizacional do assenta-mento são às assembléias que acontecem todo mês, para discutir assuntos in-terno, e às reuniões se-manais, que servem para acompanhar o trabalho do dia-a-dia de cada família assentada.

“Antonio Conselheiro e Zumbi; instinto cole-tivo”Todas as casas do assenta-mento foram construídas em mutirões, com a presen-ça de todos os assentados. Agora, mais sete casas se-rão construídas, todas, em processo coletivo. Um mer-cado (de produtos alimen-tícios e higiene doméstica e pessoal) funciona, para atender os assentados, com preços mais acessíveis, ou com melhor forma de paga-mento. Uma horta comuni-tária, e o trabalho conjun-to na reserva coletiva, são exemplos de que a colabo-ração de todos é necessária para o desenvolvimento do próprio assentamento. Se-gundo os assentados, a prá-tica da trocar mercadorias também é muito comum.

“Às vezes, uma pessoa tem feijão, mas não tem arroz, troca com alguém que tem, é muito comum entre nós, a partilha e a troca”, lembra o militante Sérgio.

“Aqui a gente vive em família. É claro que tem gente que vive sua vida, de forma diferente, mas se tratando dos assuntos do assentamento, todos se de-

monstram dispostos a aju-dar”, explica a moradora do assentamento, Gaspari-na Maria, de 62 anos.

ConsciênciaO grande diferencial de um assentamento do MST, segundo os mora-dores, é a consciência política e social que se ad-quire. Como o movimento é um movimento social, e não, político, todo conhe-cimento sobre a luta de classe, existente entre os pobres e os ricos, é fato na vida dos assentados liga-dos ao MST.

“Somos cientes de nos-sa luta. Sabemos de nosso valor, e sabemos que se não lutarmos contra, ao que eu chamo de “cape-talismo”, não conseguire-mos à tão sonhada justiça

social”, destaca a morado-ra do assentamento, Luci-mar Nascimento, que no boné leva a foto do socia-lista Che Guevara.

Porque, como disse Parazinho, a luta pela ter-ra é “compromisso”, e não “negócio”. Tanto que o MST tem um ditado, que: ”quem não é da terra, a terra mesmo expulsa”.

Somos cientes de nossa luta. Sabemos de nosso valor, e sabemos que se não lutarmos contra, ao que eu chamo de

“capetalismo”, não conseguiremos à tão sonhada justiça social

Destaca a moradora do assentamento, Lucimar Nascimento, que no boné leva a foto do socialista Che Guevara.

Março/Abril de 2011 . O Noroeste . 7

Page 8: Jornal Interessante - Edição 16 - Abril de 2011

8 . O Noroeste . Março/Abril de 2011

Todos os dias às 16h, os moradores do bairro Alto da Colina, em Paracatu,

presenciam uma cena, que já se tornou bastante corriqueira, que são às explosões, feita pela empresa canadense Kinross, em sua prática de extração do ouro. De acordo com os mora-dores, as explosões causam ra-chaduras e trincas nas paredes das casas. Os moradores en-trevistados também reclamam do barulho, provocado pelos maquinários da mineradora, e de uma poeira, de cor branca, que para alguns moradores, é a causadora de algumas doen-ças.

O bairro Alto da Colina possui 298 casas. De acordo com o presidente da associa-ção de bairro, Manoel Martins Gonçalves, todas casas, “tem algum tipo de rachadura”. O presidente falou que uma empresa já esteve no bairro

vistoriando as casas. Mas, ele afirma,

De acordo com presidente, o bairro não sabe mais o que fazer. “Estamos pedindo so-corro”, afirma ele, que várias vezes, já recorreu ao poder pú-blico. “Eu já procurei a prefei-tura, já procurei a Câmara de Vereadores, mas nada, até ago-ra, foi feito”, destaca Martins.

ContextoSegundo a dona de casa,

Sebastiana Pereira da Silva, que há 29 anos reside no bair-ro, todas às rachaduras e trin-cas, que apareceram em sua casa, aconteceram depois que mineradora começou suas ex-plosões. “A primeira casa que eu morei aqui, antes da empre-sa chegar, era feita de areia e adobe, e, nunca, sofrem com nenhuma rachadura. Agora, para fazermos uma casa, nós usamos cimento, areia, usa-

Na audiência pública, realizada no último dia 17, ocorrida na Câmara

Municipal de Vereadores de Paracatu, cujo tema foi à extra-ção de minério, que acontece no município, a antropóloga e professora da Universidade de Brasília (UNB), Rosângela Ri-beiro Corrêa, falou com exclu-sividade ao INTERESSANTE.

A professora que foi aplau-dida, durante sua fala na audi-ência, afirma que “desconhe-ce” o estudo epidemiológico, que será feito pela Prefeitura de Paracatu. E, também disse que “as pessoas (população) estão querendo soluções práti-cas” e não teorias ideológicas.

Segundo Corrêa, audiên-

Bairro Alto da Colina pede “socorro”Moradores do bairro acusam a mineradora canadense Kinross de ser a causadora dos problemas; “nós estamos pedindo socorro”, diz moradores

Antropóloga da UnB não acredita em estudos sobre o arsênio feitos somente no Brasil

A casa de Marcone, quem nem foi concluída, já apresenta rachaduras

mos tudo que um pobre usa para fazer uma casa decente, mas, infelizmente, elas estão indo tudo, por água abaixo”, analisa Silva.

De acordo com a morado-ra, ela teve que reforma sua casa, com dinheiro próprio, para que ela não desabesse. Na casa da moradora, além das paredes, o chão também está rachado.

O aposentado e morador do bairro, Rui Teixeira Araú-

jo, que há dez anos reside no local, conta que sua casa foi construída dentro dos padrões modernos, da engenharia ci-vil, e, mesmo assim, apresenta rachaduras e trincas.

A situação do morador Marcone Pereira da Cruz, não é diferente. Ele, que nem bem terminou a construção de sua casa, e já percebe trincas, nas paredes da futura residência. Ele está indignado com a situ-ação, pois, como ele colocou,

ele “é trabalhador e quer ape-nas viver, no seu canto, sem medo de sofre um acidente, dentro de minha própria casa” acentua.

De acordo com o presiden-te da associação, além do Alto da Colina, mais dois bairros, o Amoreiras II e o Bela Vista II, também sofrem com os mes-mos problemas.

Poeira e doençaAs explosões acontecem,

Eu já procurei a prefeitura, já procurei a Câmara de Vereadores,

mas nada, até agora, foi feitoManoel Martins Gonçalves,

presidente da associação de bairro

no período da tarde, mas du-rante a madrugada, os morado-res do Alto da Colina, afirmam que o barulho do maquinário, é insuportável. “É a noite toda. A gente quase não consegue dormir”, conta moradora Ma-ria Ilda.

Os moradores também fa-laram da poeira, de cor branca, que assenta sobre os móveis das casas e, contamina o ar. A moradora Sebastiana Pereira, contou que sua filha, ficou do-ente, por causa da poeira. “Ela pegou um alergia, daí eu a le-vei no médico, e ele falou que ela estava com uma espécie de sarna”, lembra. Segundo ela, foi devido à “poeira branca” que sua filha adoeceu.

Prefeitura O secretário de obras, Luis

Carlos Adjunto, disse que a

população do bairro do Alto da Colina, não entrou com o pedido de fiscalização, duran-te a sua gestão na Secretaria de Obras, e, por isto, a secretaria não tem conhecimento do fato. “Agora, caso a população faça o pedido na secretaria, ime-diatamente a secretaria fará a vistoria das casas”, afirmou o secretário.

Nós procuramos a Secre-taria Municipal de Meio Am-biente, para explicar sobre a possível poluição sonora e atmosférica, mas até o fecha-mento da edição, não obtive-mos respostas.

Mineradora KinrossPor meio de nota, a mine-

radora canadense Kinross, es-clareceu que “representantes do bairro Alto da Colina par-ticipam do processo e acompa-

nham os resultados dos níveis de vibração, ruído e poeira. O grupo discute e propõe, men-salmente, melhorias em rela-ção a aspectos ambientais e sociais”, afirma a empresa.

A mineradora também afirmou que “os resultados do monitoramento apontam valo-res três vezes inferior ao limi-te da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que é de 15 mm/s”.

Com relação a poeira, a mineradora diz “possuir um amplo sistema de monito-ramento”, e que, este, conta com uma série de medidas como “a aspersão de água por caminhões-pipa, em vias de acesso e a aplicação em ta-ludes e praças do RT9 – um polímero (instrumento) utili-zado para aglomerar as partí-culas finas”.

A empresa não tem uma responsabilidade social, porque se a tivesse, a comunidade aceitaria

sua presença, e isto, não existeRosângela Ribeiro Corrêa, antropóloga e professora da

Universidade de Brasília (UnB), fala com exclusividade ao INTERESSANTE

cias públicas sempre são posi-tivas, pelo fato de dar oportu-nidade às pessoas, a falarem, e se posicionarem. Justamente, por isto, ela destaca, que den-tro do contexto de Paracatu, onde, a empresa mineradora, canadense, Kinross, aparece, como uma empresa, irrespon-sável.

“A empresa não tem uma responsabilidade social, por-que se a tivesse, a comunidade aceitaria sua presença, e isto, não existe. Existe é o contrário, ou seja, uma angústia muito grande da população”, frisa a professora.

O exame epidemiológico que será feito pela prefeitu-

ra, para comprovar a possível contaminação da população, por arsênio, não é muito bem vista pela antropóloga.

Segundo ela, estudos são “estudos científicos” e, por este motivo, existem algumas etapas e exigências, que devem ser seguidas, porque, senão, o estudo acaba ficando limitado.

Na opinião da antropóloga, o estudo não terá um resulta-do confiável, pelo fato, de não ser um estudo multidiscipli-nar (envolver diversas áreas do conhecimento), nem inte-rinstitucional (envolver várias instituições universitárias) e nem internacional. Segundo ela, um estudo sobre o arsênio,

que ser preze, deve seguir es-tes passos, senão, corre o sério risco de não ser eficiente. Por isto, ela ressalta, ”nós não te-mos no Brasil, profissionais, que estejam fazendo pesquisas em todas às áreas em que pre-cisa ser abraçado o estudo epi-demiológico”.

Conforme enfatizou a pro-fessora, o estudo do arsênio de-verá ter colaboração de outros países. “Sem esta colaboração internacional, eu [particular-mente] considero que o estudo vai ficar limitado, correndo o risco de não proporcionar um diagnostico local e, conse-qüentemente, as soluções vão depender destes diagnósticos” elucida.

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Jornal INTERESSANTE – Deputado fale a respei-to de seu substitutivo ao projeto de lei 491/07, do Deputado Estadual Aelton Freitas (PR/MG).

Antonio Andrade – Este substitutivo vai

contemplar os 20 muni-cípios do Noroeste mi-neiro, incluindo-os ao FCO – Fundo Constitu-cional de Financiamento do Centro-Oeste. Crian-do assim, um incentivo à instalação de indústria na região, por meio dos incentivos fiscais, e tam-bém juros baixos, juros subsidiados, com juros até negativos. E também apoiar as indústrias ins-taladas na região, não só as indústrias, mas a pecuária, a agricultura, e possibilitando finan-ciamento de infra-estru-tura.

J.I. – Qual foi o propósi-to que o senhor encontrou para a criação do substitu-tivo?

A.A. – É porque, isto, irá nos equiparar aos municípios que são

atendidos pela Supe-rintendência do Desen-volvimento do Nordeste (Sudene). Que hoje, está toda beneficiada. Para a região onde a Sudene atua, várias empresas já se instalaram, devido a

uma série de incentivos fiscais. Em Goiás, nós te-mos uma empresa, que veio para o Estado, gra-ças ao incentivo do FCO. Caso não houvesse este

incentivo, ela ficaria em São Paulo, onde ela teria um comércio maior. Mas não, ela veio, foi pelo fato de que em Goiás, o incentivo fiscal é mais atrativo. Como também aconteceu em Montes

Claros, onde diversas indústrias, se instalaram na cidade devido, aos incentivos e vantagens que a Sudene propor-ciona. Como incentivo à área, à incentivo fiscal, e empréstimos, que são

mais facilitados, e subsi-diados.

J.I. – Quais são as pos-sibilidades do projeto 491/07 ser aprovado?

A.A. – O projeto já foi aprovado na Câmara, agora se encontra no Se-nado. E, no Senado, nós vamos tentar buscar que o relator, seja um sena-dor, que se identifique com nossa região. Um

senador, que conheça, com profundidade, as ca-racterísticas geográficas, sociais e econômicas, da nossa região. Para que verifique o Noroeste de Minas, tem dificuldades econômicas, tem uma dependência social, de saúde, educacional de Brasília. Então, ele teria que estar já na região do FCO. O Noroeste Minei-ro encaixa perfeitamente nos padrões do FCO.

J.I. – Qual à situação do Estado de Minas Gerais diante das taxas de juros cobradas do cidadão co-mum? Como este substitu-tivo pode interferir nesta realidade?

A.A. – Algumas cida-

des do Noroeste Mineiro dividem-se com o Esta-do de Goiás. E, Goiás, tem uma carga tributá-ria, muito menor do que à de Minas. A energia elétrica que é consumi-da em Goiás tem o ICMS (Imposto sobre Circu-lação de Mercadorias e Prestação de Servi-ços) muito mais barato, comparado com Minas Gerais. Tanto é que, os produtores, que estão na divisa (de Minas Gerais com Goiás), eles jogam o ponto de luz, vindo de Goiás, porque lá, o ICMS é mais barato. Os ICMS’s dos produtos agrícolas, na sua maioria, são mais baratos, do que aque-les cobrados em Minas Gerais. Então, é preciso buscar uma equipara-ção, uma redução desta carga tributária em Mi-nas, para as indústrias poderem se instalar na região e no Estado.

J.I. – Caso o substituti-vo seja aprovado ele inter-ferirá na realidade de qual maneira?

A.A. – Na prática, nós

vamos ter juros subsidia-dos, juros, que vão ficar na faixa de 2% ou 3%, ao ano, um recurso, muito mais abundante, do que se tem hoje. Para se ter uma idéia, o FCO, existe, vezes, que faltam proje-tos, por parte dos muni-cípios. Exemplo disto foi o que aconteceu quando fui relator do Ministério da Integração. Na oca-sião, ao fechar o FCO, [que por ser um fundo constitucional, tem um percentual exclusivo ao fundo], sobraram R$ 130 milhões, para ser divido à apenas três Estados basicamente. Se Minas Gerais estivesse no FCO, teríamos mais um Es-tado a se beneficiar dos recursos. Então, falta de-manda para estes recur-sos. Por isto, teríamos recursos mais abundan-tes, para as indústrias, o comércio, a agricultu-ra, para as prefeituras, e com juros subsidiados. Isto também criará atra-tivos, para as indústrias, já instaladas, possam crescer e para que outras instalem na região.

Março/Abril de 2011 . Entrevistas Especiais . 9Divulgação

Entrevistas Especiais

Antônio Andrade“O Noroeste de Minas, têm dificuldades econômicas, têm uma dependência social, de saúde, educacional de Brasília. Então, a região já teria que estar já na região do FCO”, justifica o deputado sobre a importância do seu substitutivo.

Em entrevista, cedida ao INTERESSANTE, na Câmara dos Deputados, em Brasília, o Deputado Federal Antonio Andrade (PMDB/MG), falou, ex-clusivamente, do substitutivo, de sua autoria, que está para ser votado no Senado, de n° 182/10. O substitutivo inclui toda à região do Noroeste Mi-neiro ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). O FCO foi criado em 1989 e, oferta, recurso aos beneficiados, como taxas de juros mais baixa, juros subsidiados e incentivos fiscais.

Nesta entrevista, o Deputado Federal falou dos pontos positivos, do subs-titutivo, e, afirmou que o projeto tem de ser aprovado, pelo fato de que “o Noroeste Mineiro, devido suas questões econômicas, sociais e culturais, en-caixa perfeitamente nos padrões exigido pelo FCO”. Ele também falou das taxas de juros cobradas em Minas Gerais. Segundo ele, esta particularidade, é o entrave, principal, cujo significado é impedir o desenvolvimento do Estado.

Deputado Federal PMDB/MG

Este substitutivo vai contemplar os 20 municípios do Noroeste

mineiro, incluindo-os ao FCO – Fundo Constitucional de

Financiamento do Centro-Oeste

O projeto já foi aprovado na Câma-ra, agora se encontra no Senado. E,

no Senado, nós vamos tentar buscar que o relator, seja um senador, que

se identifique com nossa região.

sobraram R$ 130 milhões, para ser divido à apenas três Estados. Se Minas Gerais estivesse no FCO, teríamos mais um Estado a se

beneficiar dos recursos

Page 10: Jornal Interessante - Edição 16 - Abril de 2011

Í N D I C E

1. VEÍCULOS 2. SERVIÇOS 3. EMPREGO

01 vaga para mecânico de máquinas, exige-se que ele tenha experiência em manu-tenção de máquinas e cami-nhões em geral.

01 vaga para empregada doméstica, atuar em Brasília, exige-se fazer todo o serviço doméstico (de uma casa de seis pessoas, sendo que duas são idosas, mas tem enfermei-ra para cuidar).

01 vaga para Vendedor Lo-jista, sexo masculino, idade acima de 25 anos, possuir 6 meses de experiência e o 2° grau completo.

01 vaga para Vendedor Ex-terno, possuir veículo próprio, carteira de habilitação catego-ria B, ter disponibilidade para viagens e trabalhar na região do Noroeste de Minas.

02 para Serralheiro, exige-se experiência comprovada na fabricação de portas, portões, e demais estruturas metálicas.

VAGAS DE EMPREGO SINE UNAÍ

Rua Eduardo R. Barobosa, 180 - Prédio da FACTU.

Telefone: (38) 3677-2086

01 vaga para Auxiliar de ven-das, sexo feminino, exige-se 6 meses de experiência e pos-sua 1° completo. É necessário

possuir noções de costura.

01 vaga para churrasqueiro, sexto masculino, exigi-se 6 meses de experiência.

01 vaga para garçom, M/F, exige-se 6 meses de experiên-cia, e 1° grau completo.

02 vagas para doméstica, atuar em DF, exige-se 6 me-ses de experiência.

01 vaga para doméstica, atu-ar em Unai, exige-se 6 meses de experiência.

01 vaga para vendedor, sexo feminino, exige-se 6 meses de experiência, e 1 ° grau com-pleto.

01 vaga para recepcionis-ta, sexo feminino, exige-se 6 meses de experiência, e pos-suir 2° grau completo. Levar currículo.

01 vaga para Serviços Ge-rais, sexo feminino, exige-se 6 meses de experiência, e pos-sua o 1º grau completo. E ter a disponibilidade de trabalhar fora do perímetro urbano.

01 vaga para técnico em Se-gurança do trabalho, sexo masculino, exige-se 6 meses de experiência, e possua 2° grau completo. E necessário ter o curso técnico.

1 VEÍCULOS 3 EMPREGO

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3672-1180 / 3672-1407 - Ramais: 105 / 126

05 vagas para dentista, exi-ge-se curso superior.

01 vaga para garçonete, exige-se disponibilidade para trabalhar a noite, fazer atendi-mento aos clientes, montagem de mesas e fazer anotações.

01 vaga para secretaria bi-língüe, exige-se domínio da língua inglesa, possuir curso superior, carteira de habilita-ção categoria B, conhecimento de informática.

01 vaga para doméstica, exige-se que tenha disponibili-dade para dormir no emprego. Trabalhar no Centro de Para-catu, sendo que o horário de expediente é de sábado as 12h, até segunda-feira às 8h.

01 vaga para Secretário Administrativo, exige-se co-nhecimento de rotinas admi-nistrativas em geral, e possuir carteira de habilitação catego-ria B.

04 vagas para vendedor, exi-ge-se carteira de habilitação categoria A ou B, e tenha o 2° grau completo.

02 vagas para ajudante de vaqueiro, exige-se que auxilie no tratamento de gado de cor-te e na ordenha mecânica.

01 vaga para ordenhador, exige-se que ele saiba orde-nhar e inseminar.

3 EMPREGO 3 EMPREGO

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COMARCA DE BURITIS - ESTADO DE MINAS GERAIS-EDITAL DE PRAÇA-PROCESSO Nº 0093.07.013193-8 - A Dr ª. Lisandre Borges Fortes da Costa Figueira, MM ª. Juíza de Direito desta Comarca de Buritis, Estado de Minas Gerais, no uso de suas atribuições, na forma da Lei, etc...FAZ SA-BER que no dia 28 de abril de 2011, às 16:00 horas, no átrio do Fórum Local, o Sr. Oficial de Justiça Avaliador que estiver servindo de porteiro do auditório, levará a público pregão de venda e arrematação, a quem mais der e maior lanço oferecer acima da avaliação de R$ 700.000,00(setecentos mil reais), re-alizada aos 09/07/2007, os bens a seguir relacionados: “Duas glebas de terras, localizadas na região de Serra Bonita, lo-cal denominado Fazenda “Mangues”, sendo 88,84,07 há ( oitenta e oito hectares oitenta e quatro ares e sete centiares) e 90,84,07 há (noventa hectares oitenta e quatro ares e sete centiares) referente às Matriculas 802/803, perfazendo um total de 179,68,14 (cento e setenta e nove hectares sessenta e oito ares e quatorze centiares), Matriculas diferentes, porém áreas em comum, cujas divisas e confrontações estão devida-mente registradas no C.R.I. desta cidade, sentido Buritis/Ser-ra Bonita, aproximadamente 36 (trinta e seis) quilômetros da sede desta comarca, precisamente ao lado da Fazenda Nina, anda 26 (vinte e seis) quilômetros, deixa a estrada principal, entra a direita, anda mais 10 (dez), quilômetros e chega na fazenda, possui uma pequena parte cercada com arame liso e farpado, totalizando aproximadamente 500 (quinhentos) metros de cerca, possui topografia relativamente plana, com aproximadamente 164 há (cento e sessenta e quatro hectares) destinadas à lavoura e 15 há (quinze hectares) entre cerrado e mata ciliar, possui ainda com recurso hídrico: Córrego Luiz Pais, não possui sede, não possui energia elétrica, sendo que a fazenda se encontra em lugar privilegiado, próximo da ci-dade e de fácil acesso.”. O referido imóvel, depois de analisa-do sua localização, o mercado imobiliário da região e consulta aos Corretores de Imóveis desta cidade, fica avaliado em R$ 700.000,00 (setecentos mil reais). Os bens foram penhorados do executado DR PPRODUTOS AGRÍCOLAS LTDA., CLÁCIO RIBEIRO JÚNIOR e ALESSANDRA FERREI-RA THOMAZ, nos autos nº 093.07.013193-8, Execução de Títulos Extrajudiciais, movida por FÊNIX AGRO-PECUS INDUSTRIAL LTDA.. Não havendo licitante na primeira pra-ça, ditos bens serão levados à segunda e definitiva praça, no dia 13 de maio de 2011, no mesmo horário e local, ficando desde já o executado INTIMADO das designações acima, caso não seja encontrado para intimação pessoal. E para que a notícia chegue ao conhecimento de todos e ninguém possa alegar ig-norância, mandou expedir o presente edital que será publicado na forma da Lei e afixado nos lugares de costume deste Juízo. Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Buritis, Estado de Minas Gerais, aos ________ de _________________ de 2011. Eu,__________, José Mário Pimentel Campos, Oficial Judiciá-rio, digitei subscrevo.(a.) Dr. ª Lisandre Borges Fortes da Costa Figueira, ______________MMª Juíza de Direito.

E D I T A L

O empreendedor UNIÃO COMBUSTÍ-VEL LTDA, por determinação do Conse-lho Estadual de Política Ambiental – COPAM, torna público que solicitou através do requerimento de licença n° 03372/2001, a Licença de Operação em Caráter Corretivo – LOC para o empreen-dimento União Combustível Ltda. Insta-lado na Avenida Governador Valadares n° 1.117 no município de Unaí – MG.

REQUERIMENTO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO EM CARÁTER

CORRETIVO – LOC

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Agropecuária Curta

Acontece entre os dias 17 e 21 de maio, a feira agropecuária Agrobrasília 2011. O evento busca incentivar e inovar a pro-dução agrícola e pecuária da região do Centro-Oeste do país. Com várias edições consagradas, a Agrobrasília espera receber milhares de pessoas em seus cinco dias de festas. No evento o produtor rural pode ter acesso a diversos produtos e tecnologia voltadas exclusivamente para o homem do campo. De acordo com Leomar Cenci, presidente da Cooperativa Agro-pecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), a feira é estratégica, devido, “à boa localização, a 60 km do aeroporto internacional, o que facilita muito, além de uma rede hoteleira vasta, sem contar o que a região tem para oferecer, como tecno-logias das mais avançadas do país”, afirma, em uma entrevista divulgado no site da Agrobrasília.Ele garante aos visitantes um algumas diferenças para esta edição da feira. “Teremos uma área nova de pecuária, aumen-tamos a área de competição, com grandes atrativos. No mais, poderão contar com o que já vem acontecendo nos anos an-teriores, como a importante e sustentável área da agricultura familiar que, dentro do evento, tem uma parte da exposição direcionada ao pequeno produtor rural”, diz.

Agrobrasília acontece entre os dias 17 e 21 de maio

Março/Abril de 2011 . Agropecuária . 11

O Brasil, já começou a investir na prática de AP, mas ainda, o co-

nhecimento sobre o assunto, está nas mãos dos grandes e médios agricultores, deixan-do, o pequeno, sem saber a respeito do tema.

A AP é um método agríco-la, que conjuga teoria (ciên-cia) com prática (dia-a-dia). Por meio de amostragem de solo, são feitas análises, e com a ajuda de fotografias feitas por satélites, constrói-se os mapas, que servirão para di-recionar o produtor em seus trabalhos junto às lavouras.

Com os mapas, o agricul-tor vai até o campo começar seu plantio. Será no processo produtivo, (com base nesses mapas), que o agricultor vai saber como se comportar, diante de atividades, como a aplicação de insumos, cor-retamente, para não causar superdosagens e nem uma subdosagens. Daí, o conceito “precisão”, ou seja, preciso, exato, ideal.

Conhecimento técnico Na opinião do engenheiro agrônomo, que trabalha com esta tecnologia, Domingos Adjuto e Campos, a prática de AP, oferta ao produtor diversos benefícios. “O equi-líbrio na fertlidade do solo, utilizando os insumos no local certo e na quantidade certa. Redução dos custos de produção; diminuição da poluição ambiental, evitando aplicações desnecessárias no solo”, detalha Campos.

O engenheiro agrônomo afirma que, as vantagens da AP já são acessíveis aos pe-quenos produtores. Segundo ele, todo custo dependerá do

Agricultura de Precisão: o bolso e o meio ambiente agradecemAnálises de solo e mapeamento de áreas ajudam a melhorar produção agrícola; com a prática da Agricultura de Precisão, o produtor rural pode produzir com baixo custo e diminuir o impacto ao meio ambiente

Ciclo da Agricultura de Precisão

“grid”, ou seja, de quantas amostras serão coletadas por hectare, que pode ser de 2 a 5 hectares. “Esse detalhe terá que ser discutido diretamen-te com o próprio produtor ou com seu técnico na proprie-dade levando em considera-ção o histórico da área a ser trabalhada”, afirma. Mas, ele completa que “a aplicação da tecnologia (de AP) é simples e viável, apropriada tanto ao pequeno, médio e grande produtor”.

Produtor O produtor rural, Carlos Justin Iora, em sua fazenda Trombas, localizada em Ca-beceira Grande (MG), utiliza, há cerca de nove anos, a tec-nologia de AP. Ele que pro-duz milho e soja, comenta que os resultados, realmente, são surpreendentes. “ Esta-

Estamos muito satisfeitos com os resultados, pois,

observamos à eficiência e à racionalização do uso de

corretivos e fertilizantesCarlos Justin Iora,

produtor rural

mos muito satisfeitos com os resultados, pois, observamos à eficiência e à racionaliza-ção do uso de corretivos e fertilizantes, trazendo como conseqüência, à redução de custos de produção e aumen-to da produtividade, das di-ferentes culturas, e nas áreas plantadas, além, da redução do impacto ambiental”, ex-plica o produtor.

De acordo com Iora, an-tes de usar a AP, suas lavou-ras de soja e milho, sofriam

com as manchas, as plantas tinham um desenvolvimen-to menor e a produção era pequena. “Objetivando a di-minuição da variabilidade de fertilidade, as lavouras fi-caram com desenvolvimento uniforme, elevando assim as produtividades em cada ta-lhão, por não existirem mais estas áreas manchadas”, ana-lisa o produtor. Ele garante que sem a tecnologia de AP, todos estes fatores não pode-riam acontecer.

Foi realizado, na última quinta-feira (7), em Brasília, audiências e atividades públicas, para protestar contra o projeto do depu-tado federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP), que, segundo ambienta-listas, movimentos sociais e sindicais, altera o Código Florestal Brasileiro, em prol de um desmatamento, ainda maior, do que, atualmente é praticado. Em marcha os manifestantes foram até o Congresso Nacional, onde apresentaram à ministra do Meio Ambiente, Isabela Tei-xeira, um documento sobre o Código que esmiúça os pontos mais críticos do projeto. Em entrevista ao jornal Brasil de Fato, a ministra avisou que “A manifestação de hoje é extremamente positiva, porque expressa a posição da agricultura que produz 60% do feijão deste país e outras culturas importantes para a alimentação, para a cesta básica”.Como resultado das manifestações, a ministra afirma que “o que foi dito aqui, é que a agricultura familiar entende que pode aumentar a produção agrícola sem perdas de florestas e biomas e sem degradação ambiental”, frisa Teixeira. Os manifestantes são contrários a diversos pontos estabelecidos pelo novo Código Florestal, como à anistia de desmatamento ilegal, à diminuição da proteção de topos de morros, beiras de rios, e toda áreas que sejam de APP. Eles também são contra a legislação sobre a Reserva Legal de ficar a cargo dos governos municipais e estaduais. Como propõem que haja um tratamen-to diferenciado para a agricultura familiar, justamente porque ela tem relação de integração com o meio ambiente. E são favo-ráveis a obrigação da recuperação de todo passivo ambiental.

Manifestantes protestam contra proposta do novo Código Florestal Brasileiro

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por Alda Alves Barbosa Poeta e escritora

>> Espaço CulturalCultura e Sociedade

Desde o ano passado, um grupo de pesso-as, em Unaí, levanta a

bandeira da conscientização, pela preservação do patri-mônio cultural (material ou imaterial) da cidade e de toda região do Noroeste.

O grupo que se chama Nóisé é formado por morado-res de Unaí, e pretende preser-var, e se necessário, resgatar, a cultura local. Segundo um dos integrantes do grupo, o poeta e artesão Auro Sérgio de Oliveira, o nome Nóisé, veio da necessidade de preservar a cultura regional, que com o passar dos anos, se não preser-vada, tende a desaparecer.

Segundo o poeta, o ob-jetivo principal, no momen-to, do grupo, é conseguir o tombamento – por meio dos órgãos responsáveis – para o antigo prédio, onde funcionava a rodoviária da cidade.“Percebemos que o local era passível de tomba-mento, que podia ser utilizado como um espaço cultural para a cidade, daí, nós levantamos a bandeira mesmo”, conta Oli-veira.

Para o poeta, Unaí é um município carente com rela-ção à falta de espaços, preser-vados, referenciando o patri-mônio histórico do município. “Se caso a rodoviária velha venha ser tombada, quere-mos que lá, torne um símbolo desta luta de conscientização e preservação, do patrimônio histórico, em Unaí”, garantiu o poeta.

Contexto Hoje, a antiga rodoviária

é utilizada por alguns comer-ciantes, que resolveram se instalar no local. É o caso Ma-rina Mendes dos Santos, que há 12 anos, trabalha em seu

“Rodoviária velha, um patrimônio novo”O grupo coletivo Nóisé, de Unaí, luta por esta afirmativa; para o proprietário do espaço, este pensamento é uma “utopia”

restaurante, onde um dia foi um dos locais mais movimen-tados de toda a cidade. Hoje como a comerciante disse, “seria ótimo se houvesse uma reforma aqui, para nós. Eu mesma, não mantenho meu comércio aberto, até mais tar-de, porque não tem seguran-ça. Muita gente acha que aqui é um lugar abandonado”, co-menta.

A dona de outro restauran-te, na antiga rodoviária, Zélia Pereira da Silva, diz que, o estado em que, atualmente se encontra a antiga rodoviária, é um estado de depredação e esquecimento. “Eles deveriam zelar mais pelo o local. Aqui representa muita para cida-de. Ainda hoje, no começo de mês, aqui fica mais cheio, do que na nova rodoviária”, con-ta a comerciante.

Lado bMas, toda luta e vontade, tanto do grupo Nóisé, quanto dos comerciantes, são con-trários à opinião do maior proprietário do local. Digo maior, porque Mécio Vicen-te de Paula (que hoje reside em Belo Horizonte) é apenas dono de 80% do espaço, os outros 20%, estão sob proces-so judicial.

Conforme o proprietário relatou ao INTERESSAN-TE, por telefone, o espaço, segundo ele, não tem valor nenhum, nem histórico, nem cultural. E “Arquiteto-nicamente, ele não significa nada”, afirma Paula.

Para o proprietário, a es-trutura onde funcionou a antiga rodoviária é insignifi-cante. “Quer tombar aquilo é uma utopia”, diz.

Porém, ele coloca que, o espaço, localizado na Ave-nida Governador Valadares, onde está localizado a antiga rodoviária é de se preservar. “Deverá, futuramente, ser mais bem aproveitado. Ali é um espaço que vale mais de R$ 1 milhão; é artéria princi-pal de Unaí. Por isto, penso em construir ali [quando a decisão judicial estiver resol-vida], algo, como um edifício, um shopping, alguma coisa que venha colaborar mais com o município”, explica.

Evento Para levantar o debate e cons-cientizar a população, o gru-po coletivo Nóisé, realizará no dia 21 de abril, um evento cultural com várias atrações. O evento é gratuito e começa-rá a partir das 18h.

Espaço onde funcionou a antiga rodoviária de Unaí; hoje, alguns comércios existem no local

“Não só de pão vive o homem”, mas qual o verdadeiro sig-nificado desta afirmativa? Reconheço que podemos analisá-la no contexto religioso, filosófico... Mas quero neste espaço trazer esta afirmação para a [nossa] realidade unaiense.

Além do pão temos o quê? Trabalho! Mas é justamente pelo árduo trabalho que temos condições de comprarmos o “pão nosso de cada dia”. Trabalho... Pão... Cotidianos... Ausência de opções, de diversificações, de mudanças de movimento. Falta a cultura da cultura. Não há espaço neste chão, ainda, para este desenvolvimento cultural. Estamos tentando, mas o caminho é longo e as demoras vão criando o desinteresse, e a falta de moti-vação nesta área se instala.

Conseqüentemente, os jovens vão à procura do imponderá-vel, da autodestruição pela escassez de cultura que trabalhe com o todo do “ser humano”. A chamada “Terceira Idade” se salva dos rotineiros amanheceres da vida, sem o tempero da juventude, nos bailes onde a endorfina aumenta a cada rodopio do corpo.

Quando a vida vai se repetindo, quando os dias só se diferen-ciam através do ontem no hoje, a criatividade precisa ser exerci-tada, evidenciada através de soluções familiares: os jogos de bu-raco, a cervejinha, o churrasquinho, o bate-papo com os amigos.

O calendário das festas unaienses ainda consegue manter viva algumas tradições como a Festa de Santo Antônio do Bo-queirão, a Festa da Moagem (numa tentativa de preservar a cul-tura local). A Exposição Agropecuária capenga tentando resistir ao descaso que a falta de investimento e criatividade ocasiona na segunda festa mais antiga da nossa terra, do nosso chão.

O povo cria, o povo inventa, esta é a singularidade unaien-se: a capacidade de superar as faltas, as ausências. Mas apesar da capacidade de superação, da capacidade de inventar, falta o equilíbrio essencial ao crescimento do seu povo: a fantasia de um filme numa sala de cinema aconchegante, a cultura de uma peça teatral, um local para se ouvir uma boa música, recitais... Falta... Vivemos de faltas! Falta uma cultura paralela aos nossos costumes, aos nossos hábitos, uma cultura consistente da bele-za que toca a sensibilidade, a imaginação. E o mais relevante, nós unaienses iremos vivenciar o significado do que somos, pois sentimos uma imensa necessidade de criar fantasias, criar uma harmonia interna, por fim a visão de uma única ciência, a ciên-cia do belo.

Aguardamos ansiosos a concretização da “Casa da Cultura”, criação da beleza que bem estruturada e bem direcionada po-deremos simultaneamente, diante da sensibilidade da criação, sermos levados para “fora” e para “além” de nós mesmos.

Sim, “não só de pão vive o homem”, necessitamos do alimen-to cultural para a nossa alma seja saciada do saber, da beleza da construção literária, das artes plásticas... É o homem transfor-mando seu “jeito de ser” em beleza, em suavidade do olhar, em leveza de criar. Tudo isto transforma em nós, seres humanos, uma alteração no relacionamento eu/mundo.

A harmonia, a claridade do pensar... Tudo fica culturalmente iluminado

Percebemos que o local era passível de tombamento, que podia ser utilizado como um espaço cultural para a cidade, daí, nós

levantamos a bandeira mesmoAuro Oliveira é poeta e um dos militantes do grupo Nóisé

Não só de pão...

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Policial CurtasQuadrilha que roubava carga de cigarros foi capturada

Na manhã da última sexta-feira (8), a Po-licia Civil de Unaí,

com apoio da Polícia Civil do Estado de Goiás, cum-priram sete mandatos de busca e apreensão, em três cidades, Novo Gama (GO), Valparaíso (GO) e Recanto das Emas (DF). Na ocasião foram apreendidos todos os elementos envolvidos.

A busca foi para apren-der integrantes de uma possível quadrilha que fur-tava caminhões de cigarro da empresa Souza Cruz S.A.. Os assaltos, segun-do a polícia, eram sempre com a utilização de arma de fogo.

Segundo a empresa Souza Cruz entre os anos de 2007 e 2010, foram mais de 400 roubos, somente na região do Noroeste de Mi-nas e de Goiás. A empresa destacou onde constante-mente os crimes aconte-ciam: Pirapora, Unaí, João

De acordo com a empresa Souza Cruz, no período entre 2007 a 2010 foram registrados mais de 400 roubos; somente na região do Noroeste de Minas e de Goiás

Pinheiro, Lagoa Grande e Lagamar. Além, de São João da Aliança, Campos Belos, Formosa e Tomazó-polis, que ficam no Estado de Goiás.

Participaram da ope-ração 13 Policiais Civis de Minas Gerais, sendo 3 (três) Delegados e 10 (dez) Agentes e aproximada-mente 20 (vinte) Policiais

Civis do Estado de Goiás. A investigação em Unaí/MG está sendo presidida pelo Dr. Douglas Antônio Ra-mos Magela, Delegado de Polícia Civil.

A quadrilha era especializada em furtar cargas de cigarros

No último dia (4), duran-te a madrugada, por volta das 3h, os policiais milita-res compareceram até a Faz. Nova Esperança, na região de Paracatu, para registrar as ocorrências das vítimas, que relataram que foram

assaltadas por dois indiví-duos.

Segundo as vítimas, os assaltantes fizeram com que elas deitassem no chão, e com armas de fogo em pu-nho, amarram-nas com fios de tomadas. As vítimas re-

lataram que os assaltantes aparentavam ser menores de idade. Eles levaram a quan-tia de R$ 6 mil, mais apare-lhos eletrônicos e telefones celulares.

Eles fugiram do local no carro das vitimas, um Cor-

sa Prata, placa DEA – 0891, João Pinheiro. As vitimas também informaram que durante o assalto, um dos assaltantes, falava constan-temente ao telefone celular, o que indica ter mais pesso-as envolvidas.

Assaltantes levam R$ 6 mil de vítima que morava em fazenda

Trabalhador é assaltado enquanto trabalhaNa última sexta-feira (8), no bairro Novo Horizonte, em Pa-racatu, por volta das 18h, um trabalhador foi assaltado en-quanto descarregava um caminhão, que trazia material de construção para uma igreja do bairro. O trabalhador disse que foi abordado por um individuo, que estava de posse de um revólver e, por isto, ele não resistiu ao assalto. Foi roubado do trabalhador a quantia de R$ 826. A PM informou em sua nota de imprensa, que “diante ao fato, militares seguem em rastreamento para identificar e prender o autor”.

Trabalhador sai para o serviço e não é mais vistoDesde à tarde do último sábado (9), está desaparecido o tra-balhador de servente de construção civil, José André Ferreira de Morais, de 36 anos, que depois de ter saído de casa, na terça-feira dia (5), por volta das 8h, não mais voltou.Ele teria dito à família que iria trabalhar, mas isto não se con-firma, porque ele não foi visto no serviço e nem atende ao te-lefone celular, para quais os familiares estão tentando ligar. De acordo com nota divulgada pelo 45º Batalhão da Polícia Militar, o solicitante (irmão de José), afirmou que ele passa por alguns problemas pessoais, no momento. Por isto, ele salien-tou que quem tiver informações do paradeiro de José André Ferreira, entrar em contato pelo telefone 190.

Polícia Ambiental desmonta acampamento de pesca predatóriaNo último dia 26, a policia de Meio Ambiente da 16ª PM, en-quanto fazia patrulhamento aquático na Usina de Queima-dos, a 65 Km de Unaí, apreendeu mil metros de rede e mais 6 kg de pescados.A apreensão foi feita, em um local, utilizado como acam-pamento de pescadores. Segundo a PM, já existiam várias denúncias que indicava que o local era um ponto de pes-ca predatória. A rede e o pescado estavam sobre a posse de dois pescadores amadores, que terão que pagar a multa R$ 21.718, por se enquadra na Lei de Crime Ambiental.

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No último aniversário da cidade satélite Ceilândia, no Distri-

to Federal, mês passado, quatro atletas da academia Búfalo Fight – entre eles, o professor Murilo Soares – competiram, com apenas um mês de treino, no 27º Internão (campeonato de lutas marciais), organizado pelo profissional Cláudio Careca.

Desta competição saí-ram duas medalhas, uma de ouro, conquistada pela atle-ta Cristiane Camargo, (que disputou com um homem), e por Vitor Hugo, de sete anos, que ganhou medalha de bronze.

Para o professor de Ta-ekwondo Olímpico, de Box Tailandês e de Vale Tudo, Henrique César de Olivei-ra, o motivo pelo qual, faz ele afirmar que Unaí e toda região do Noroeste, são ambientes, propícios, para o desenvolvimento técni-co, das lutas marciais, foi a conquista de duas me-dalhas em apenas um mês de treino, tempo em que a academia está na cidade. “O povo de Unaí, os jovens, principalmente, também as academias, estão bem es-truturadas. A cidade possui bons profissionais, cultiva boas técnicas, é um lugar bastante promissor para o esporte”, diz Oliveira, que também falou, do intercâm-bio, que ocorrerá no futuro,

Atletas de Unaí levam medalhas em campeonato de luta marciais em DFDois atletas da academia Búfalo Fight foram consagrados em Ceilândia mês passado; com apenas um mês de treino, professor, diz que atletas “têm futuro”

Esporte

O professor Henrique e seu aluno Gabriel, de 9 anos, que é deficiente auditivo; mãe do atleta apóia os treinos do filho

Vitor Hugo de apenas 7 anos, se consagrou com uma medalha de bronze em um campeonato realizado em Brasília

entre alunos de outros pa-íses, para aquisição de no-vos conhecimentos.

“O atleta é um trabalhador”O professor Henrique Oli-veira sabe muito bem como é o dia-a-dia de um atleta de lutas marciais. Ele que

é tricampeão brasileiro de Taekwondo, diz, que pou-co importa à modalidade, mais uma coisa é certa, “disciplina e organização” são princípios que devem ser seguidos, por qualquer atleta.

Por isto, um atleta, se-gundo Oliveira, tem que

abnegar de algumas coisas, caso queira chegar a ser um atleta profissional. “O atle-ta deve ser encarado, visto, como profissional. Porque ele passa seis, oito horas, numa academia, então, ele está trabalhando. Ele no futuro, vai colher frutos da-quilo”, afirma.

Mas o professor explica, que justamente, por que exi-ge dedicação, muitos atletas deixam de treinar e chegam até, a abandonar o esporte. De acordo com ele, à falta de patrocínio, colabora para que a desmotivação aconte-ça. “Às vezes, o atleta não tem dinheiro para uma ins-

crição, de um campeonato, não tem dinheiro para uma alimentação adequada, e aí, acabam desanimando”, afirma o professor.

Trabalho Social O trabalho da academia acontece sobre todas as ida-des, inclusive, praticantes de idade acima de 50 anos, portadores de necessidades especiais, como é o caso do atleta Gabriel Silva Franco, de 9 anos. “Ele é deficiente auditivo, tem dificuldade para se comunicar. Com os treinos, ele conseguirá dis-ciplina, e, se direcionará no contexto social, no re-lacionamento familiar”, ex-plica Oliveira. A academia também possui bolsa para alunos que comprove baixa renda financeira.

A mãe de Gabriel, Marly Aparecida da Silva, compa-ra alguns resultados, con-quistados devido às aulas na academia. “Ele passou a comer melhor, ter mais apetite, melhorou à coor-denação motor, e também, é bom, porque, ele intera-ge com outras pessoas, nos momentos de treino”, con-ta.

Para os interessados em conhecer a academia, deve comparecer na rua José Luis Adjuto, nº 757, região central de Unaí. Ela fun-ciona 24hs. Telefone para contato é: 3676 – 7951 falar com Henrique ou Murilo.

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No último dia 8, o time da bicicleta-ria Alves, levou o

primeiro lugar, no Cam-peonato Municipal de Futsal, em Unaí. O time, que disputou à final, com a farmácia Pharma Flora, conquistou o campeona-to, depois, de ter desem-patado, o jogo, com um gol de pênalti, cobrado no finalzinho da partida, ficando 4 a 3, para a bici-cletaria Alves, que obteve à premiação de R$ 1 mil. O vice-campeão levou R$ 500.

Os 46 jogos que cons-tituíram o campeonato aconteceram no ginásio municipal Michaelson Mendes Polastrini, no bairro Divinéia. O cam-peonato que começou, no mês de março, finalizou suas atividades, segundo o diretor de esporte muni-cipal, Elvis Presley Melo Rosa, com resultados po-sitivos e satisfatórios. “Ti-vemos à oportunidade de junto com o campeonato, reformar o ginásio do Di-vinéia, e, com isto, con-seguimos valorizar o es-porte para a comunidade local”, diz.

Segundo o diretor, eventos como o campe-onato de futsal, servem para fortalecer o esporte, no município. “Estamos, este ano, com uma visão,

Bicicletaria Alves é campeã no Campeonato Municipal de Futsal em UnaíDevido a um gol de pênalti no final da partida, o time consagrou-se campeão e levou R$ 1 mil como premiação; o vice-campeão foi a farmácia Pharma Flora

Curtas

Carateca Adriely, de Unaí, vai integrar Seleção Brasileira de CaratêA carateca unaiense Adriely Cristina, conquistou, no mês passado, uma vaga, na equipe brasileira de Caratê. Ela que foi disputar na capital Fortaleza (CE), sagrou-se campeã, na categoria Junior de 18 a 20 anos, com peso até 60 kg. A partir de agora a atleta irá treinar com os professores da Seleção Brasileira de Caratê, em São Paulo. Para este mês, dois treinos, já estão marcados. Atualmente a atleta em academias, em Unaí e Brasília.Adriely Cristina está disputando uma vaga para o campeo-nato Sul-Americano, que acontece em Assunção, Paraguai.

Unaí sediará pela primeira vez a fase microrregional do JEMGEntre os dias 10 e 14 de maio, Unaí, sediará a fase micror-regional dos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG), pela primeira vez. Serão diversas modalidades esportivas, que disputarão a fase. Unaí, mesmo, vai se apresentar com atletas em diversas modalidades como xadrez, atletismo, atletismo PCD, basquete, futsal, handebol, judô, natação, peteca, tênis de mesa e vôlei. Os jogos serão divididos em dois módulos, sendo que o primeiro abrangerá alunos de 12 a 14 anos e, o segundo, de 15 a 17 anos. Os jogos acontecerão em diversos locais, mas, principal-mente, no ginásio do Divinéia e no Itapuã. O colégio do Carmo, entre, outros colégios, também sediará o evento. Os alunos das cidades vizinhas que virão disputar os jogos, serão nas próprias escolas do município. O Jemg é um evento organizado pela Secretaria Municipal de Esportes e Juventude com a de Educação. Participarão dos jogos, às escolas públicas estaduais e municipais, e al-gumas escolas particulares.

Unaí e os jogos Para o secretário municipal de esporte, Floriano Antonio, o fato de Unaí receber, os jogos, pela primeira vez, faz com que o município, se atente para as demandas da popula-ção. “O importante é ver a juventude voltada para o espor-te. Pudemos observar, na fase municipal do JEMG, o gran-de número de pessoas para presenciar os jogos”, comenta o secretário.Entre os dias que acontecerão o JEMG, grande número de estudantes, de toda região do Noroeste, estarão em Unaí, competindo. O secretário vê, para esta ocasião, uma mo-vimentação, também para o comércio local. “O comércio em si, é fortalecido, tanto farmácias, supermercados, res-taurantes, bares, hotéis”, lembra Antonio.

para alavancar, o espor-te, de Unaí. Vamos correr atrás de incentivos, patro-

cínios, porque, a maioria dos dirigentes de clubes, são de classe mais baixa

e precisam de ajuda para continuar firmes em suas lutas”, afirma Rosa.

Vamos correr atrás de incentivos, patrocínios, porque, a maioria dos dirigentes de clubes,

são de classe mais baixa e precisam de ajuda para continuar firmes em suas lutas

Elvis Presley Melo Rosa, diretor de esporte municipal

Equipe da Bicicletaria Alves minutos antes de disputar a final e sagrar-se campeã

Março/Abril de 2011 . Esporte . 15

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