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DIREITO COMERCIAL CONTRATOS COMERCIAIS CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO PROF. ENGRÁCIA ANTUNES DOS CONTRATOS COMERCIAIS EM ESPECIAL CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO COMERCIAL: aqueles contratos, típicos ou atípicos, que disciplinam as relações jurídicas entre o produtor e o distribuidor ‘’lato sensu’’ com vista à comercialização dos bens e serviços do primeiro. Os sistemas económicos contemporâneos são caracterizados por uma progressiva autonomização da função de distribuição comercial. Em eras económicas mais recuadas, o produtor assegurava sozinho a comercialização dos seus próprios produtos e serviços. Com o advento da produção industrial em série e do consumo em massa, o produtor foi confiando progressivamente a sujeitos especializados a tarefa de fazer chegar os seus bens às mãos do consumidor final. Modalidades da Distribuição Comercial Directa: é o produtor que se encarrega da colocação dos seus próprios produtos ou erviços no mercado (usualmente recorrendo para tal a divisões orgânicas ou a pessoal ependente: filiais; sucursais; gerentes de comércio; auxiliares de comércio) Indirecta: o produtor concentra-se exclusivamente na função produtiva e renúncia à arefa de comercialização, confiando esta a empresários ou intermediários autónomos specializados (transportadoras, armazenistas, comissários, mediadores, agentes, oncessionários, franquiados, etc.)

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DIREITO COMERCIAL – CONTRATOS COMERCIAIS

CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO PROF. ENGRÁCIA ANTUNES

DOS CONTRATOS COMERCIAIS EM ESPECIAL

CONTRATOS DE DISTRIBUIÇÃO COMERCIAL: aqueles contratos, típicos ou atípicos, que disciplinam as relações jurídicas entre o produtor e o distribuidor ‘’lato sensu’’ com vista à comercialização dos bens e serviços do primeiro.

Os sistemas económicos contemporâneos são caracterizados por uma progressiva autonomização da função de distribuição comercial.

Em eras económicas mais recuadas, o produtor assegurava sozinho a comercialização dos seus próprios produtos e serviços.

Com o advento da produção industrial em série e do consumo em massa, o produtor foi confiando progressivamente a sujeitos especializados a tarefa de fazer chegar os seus bens às mãos do consumidor final.

Modalidades da Distribuição Comercial

Directa: é o produtor que se encarrega da colocação dos seus próprios produtos ou erviços no mercado (usualmente recorrendo para tal a divisões orgânicas ou a pessoal ependente: filiais; sucursais; gerentes de comércio; auxiliares de comércio)

Indirecta: o produtor concentra-se exclusivamente na função produtiva e renúncia à arefa de comercialização, confiando esta a empresários ou intermediários autónomos specializados (transportadoras, armazenistas, comissários, mediadores, agentes, oncessionários, franquiados, etc.)

Simples : caracteriza-se pela ausência de coordenação entre a produção e a distribuição, o produtor concede uma grande autonomia aos seus distribuidores no exercício da respectiva actividade empresarial distributiva

Integrada: existe a coordenação entre a produção e a distribuição, o istribuidor surge aos olhos do público como um empresário integrado no âmbito da estratégia e rede de distribuição concebida pelo produtor, como tal sujeitando-se, em maior ou menor grau, às orientações e fiscalização genéricas deste último (exemplo: caso comum dos agentes, concessionários, franquiados, ou distribuidores selectivos)

Regulação Jurídica dos Contratos de Distribuição Comercial:

Por um lado, dada a atipicidade legal de grande parte destes contratos, afigura-se que o seu regime jurídico relevará, em primeira linha, da autonomia privada das próprias partes contratantes, constituindo os direitos e obrigações contratualmente acordados verdadeiras ‘’lex inter partes’’

Por outro lado, considerando a relevância matricial da figura do contrato de agencia neste sector particular da contratação mercantil, destaca-se o DL nº 178/86, de 3 de Julho diploma legal de vocação integrativa da disciplina dos contratos de distribuição comercial, permitindo uma aplicação analógica aos casos omissos de solução concreta prevista numa ou várias das suas normas, quando justificável à luz da respectiva ‘’ratio legis’’

Além do que já foi referido, haverá que ter em conta outras fontes legais pertinentes à sua disciplina sejam:

De caracter geral : “maxime’’ as normas comuns sobre os negócios jurídicos (art. 217º e ss CC.) e os contratos de adesão (LCCG)

De caracter sectorial

Regras de defesa da concorrência (art. 4º e ss da LGC de 2003, Regulamento CE/2790/1999, de 22 de Dezembro);

Regras de propriedade industrial (art. 31º e 32º do CPI);

Regras de direito comercial internacional (art. 41º e 42º do CC, Convenção de Roma de 1980);

Outras regras juscomerciais avulsas (art. 2º DL nº383/89, de 6 de Novembro, sobre o conceito de produtor)

DIREITO COMERCIAL

CONTRATOS COMERCIAIS

FDUCP

Maria Luísa Lobo

2012/2013 Página 3

NOÇÃO

CONTRATO DE AGÊNCIA: contrato pelo qual uma das partes – o agente – se obriga a promover por conta de outrem – o principal – a celebração de contratos, de modo autónomo, estável e remunerado.

Regime Legal do Contrato de Agência

DL 178/86, de 3 de Julho

Directiva 86/653/CE, de 18 de Dezembro (plano comunitário): procedeu à harmonização relativa dos direitos europeus na matéria sendo transposta entre nós pelo DL nº 118/93, de 13 de Abril

▲ Constituindo a agência uma figura paradigmática ou matriz da distribuição comercial, a doutrina e a jurisprudência portuguesas, admitem a extensão analógica do seu regime aos demais contratos de distribuição legalmente atípicos

Continua a goza la em razao da prorrogaçao do contrato (ate 41.)