dragutã redenção 15

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Não há nada mais inebriante do que um encontro com uma pessoa que muito desejamos encontrar. É algo magnífico, simplesmente impossível de ser traduzido em palavras”. E enquanto os meus olhos brilharem quando eu falo de você ou estiver com você, é sinal de que eu a amo - disse ele.

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Dragutã Redenção

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São Paulo 2016

J a í z a S â m m a r a

Dragutã Redenção

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Copyright © 2016 by Editora Baraúna SE Ltda

Capa Felippe Scagion

Diagramação Felippe Scagion

Revisão Mariana M. Benicá

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ ________________________________________________________________A479d

Alves, Jaiza Sâmmara de Araújo Dragutã: redenção / Jaiza Sâmmara de Araújo Alves. - 1. ed. - São Paulo: Baraúna, 2016.

ISBN 978-85-437-0581-1

1. Romance brasileiro. I. Título.

16-33584 CDD: 869.3 CDU: 821.134.3(81)-3

________________________________________________________________06/06/2016 06/06/2016

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTAEDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua da Quitanda, 139 – 3º andarCEP 01012-010 – Centro – São Paulo - SPTel.: 11 3167.4261www.EditoraBarauna.com.br

Todos os direitos reservados.Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem a expressa autorização da Editora e do autor. Caso deseje utilizar esta obra para outros fins, entre em contato com a Editora.

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NOTAS DA AUTORA

Quando comecei a escrever Dragută Transformação, em 2010, jamais imaginei que a história se tornaria tão grande e densa, por não assim dizer, profunda. Comecei a escrever se-quer sem saber bem do que se tratava, mas aos poucos, as per-sonalidades dos personagens foram tomando forma e eu mes-ma desenvolvi uma espécie de múltipla personalidade, tendo em vista que todos os personagens eram bastante diferentes entre si e também de mim, apesar de que todos eles também possuem traços da minha personalidade...

Em paralelo a história dos protagonistas, Stoyna e Ale-xandru, surgiram universos paralelos que, da mesma forma, também me absorveram. A leveza e bom humor de Lawrence, a seriedade de Izabelle, a alegria de Jaqueline e as formalidades de Paulo, simplesmente me encantaram.

Em Dragută Submissão, foram agregadas a magia de Pe-nélope e a estranheza de Sethos, sem contar a ojeriza que eu mesma senti ao descrever Trandafira e Simon.

Assim, nesta terceira parte da série, muitos mistérios se-rão desvendados e novas personagens serão apresentadas.

Mas, e como ficará Stoyna dentro desse turbilhão de emoções?

É com esta proposta que convido você, leitor, a viajar por este último momento da série Dragută a fim de desco-brir o que o destino revela para estes personagens que são tão adorados, ou até mesmo odiados, por seus leitores...

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, a Deus, pela grande criatividade que me foi concedida por Ele, a fim de que eu conseguisse trilhar o caminho da literatura, levando às pessoas as minhas ideias tão mirabolantes e, quiçá, estranhas...

Aos meus pais, Jarbas e Luiza, pela educação e carinho que me deram, por me incentivarem a estudar e agregar novos conhecimentos, e pelo apoio durante a escrita de Dragută;

Aos meus amigos e familiares que sempre torceram por mim e pela realização dos meus sonhos, dentre eles, Dragută;

À Editora Baraúna por ter me ajudado a concretizar o sonho de publicar Dragută, tornando-me escritora;

Aos meus queridos leitores, que sempre me buscam a fim de saber mais sobre Dragută e seus personagens. Agradeço também pela paciência que tiveram em esperar que esta última parte da série fosse, finalmente, terminada e publicada!

Às minhas bandas de músicas favoritas, sem as quais a série Dragută sequer teria sido, ao menos, cogitada.

O meu mais sincero agradecimento!

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“Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez” (William Shakespeare).

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Capítulo XXXMiragem

Alguns dias depois de tornar-me noiva de Alexandru, ele resolveu que deveríamos sair pelo mundo, visitando algumas de suas propriedades.

— Podemos passar por Veneza? – perguntei. — Adoraria rever Lawrence e Izabelle, isto é, se é que eles vão estar por lá! – disse animadamente.

— Não sei...Notei que Alexandru ficou bastante sério quando toquei

nos nomes dos meus amigos.— Acho que não há nenhum problema, se eles nos virem

juntos...— Talvez eles não gostem de nos ver juntos...— Sei que ficarão surpresos, mas nós estamos juntos, nos

apaixonamos! Eles somente têm que aceitar a situação!— Mas eu não tinha planos de passar por Veneza. Pega-

ríamos uma rota diferenciada porque tenho pressa.— Por favor, Alexandru?! Adoraria rever os meus amigos

para que soubessem que estou bem e...viva – olhei para ele com um ar de tristeza.

Ele permaneceu pensativo por um tempo, como se esti-vesse calculando algo.

— Tudo bem, Stoyna! – ele disse revirando os olhos. — Passaremos por Veneza!

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Nos dias que seguiram, procuramos arrumar algumas coisas que iríamos levar.

— Não leve muita roupa, Stoyna! Quando chegarmos ao nosso destino final, providenciarei tudo que for necessário para nós.

Lembrei de Izabelle e suas cinco malas, quando estáva-mos de partida para Veneza! Tanto tempo havia passado, de forma que eu sequer sabia em que ano estávamos. Eu lembrava que havia saído de Veneza em 1795. Resolvi abordar Alexan-dru sobre o assunto.

— Em que ano estamos?— Ah, você se preocupa com isso? Somos eternos! Pouco

importam os anos!— Eu apenas gostaria de saber quanto tempo faz que

cheguei aqui...— Bom, se isso a faz feliz, estamos em 1807.— Quer dizer que estou aqui há doze anos? Pensei que

fosse bem menos!— Para nós, o tempo parece não passar...Alexandru saiu e fiquei pensativa. Doze anos haviam se

passado. Heitor agora deveria ter 22 anos e Jamila por volta de 19 anos. Eu não estava acreditando que havia perdido uma boa parte da vida deles.

Algum tempo depois, Alexandru voltou, retirando-me novamente dos meus pensamentos.

— Já está tudo pronto, Stoyna! Amanhã cedo viajaremos!— E qual o nosso destino?Ele aproximou-se de mim e puxou-me para perto dele.— Se fosse há alguns anos, eu lhe daria uma resposta rude!— Do tipo, para um lugar de onde você jamais sairá? –

sorri para ele.— Isso mesmo, minha bela! Mas, posso sim contar qual

o nosso destino. Iremos à Transilvânia!

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— Transilvânia? Por quê?— Faz muito tempo que fui até lá! Preciso saber como

estão as minhas propriedades e também saber se ainda há a ameaça turca!

— Mas você me deixará passar em Veneza, não é?— Consultando o mapa, observei que Veneza está no ca-

minho. Creio que possamos parar lá para você ver seu querido amigo Lawrence e a esposa dele! – disse-me com ironia.

— Obrigada! – agradeci, dando-lhe um leve beijo em seus lábios, sem comentar o seu tom de ironia.

No dia seguinte, partimos ao amanhecer. Alexandru dis-se-me que deveríamos fazer uma parte do trajeto a pé, quando entrássemos no território francês, pelo fato de que a França vivia em estado de tensão com outros países, em virtude das investidas dominadoras do seu imperador, Napoleão Bonapar-te. Assim, para que não fôssemos notados, faríamos o percurso do território francês a pé.

Consegui ter alguma noção de onde estávamos quando chegamos em Madrid. Durante todo esse tempo, eu estava en-cerrada na parte central do território espanhol, de forma que, dificilmente seria encontrada pelos meus amigos.

Conforme fora combinado, ao chegarmos na fronteira com o território francês, abandonamos nossa carruagem e pas-samos a correr. Alexandru esperou que anoitecesse para fazer-mos a viagem, pois ele dizia que a insegurança tomava conta da França e, assim, qualquer estranho que se aproximasse po-deria ser visto como um inimigo do Estado. Então, preferimos permanecer completamente ocultos.

Dias depois, saímos do território francês e chegamos a Tu-rim. Paramos um pouco para nos alimentarmos e depois, con-tinuamos a viagem. Passamos por Milão, até que, finalmente,

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chegamos a Veneza. Nesse momento, uma onda de felicidade tomou conta de mim. Relembrei-me dos inúmeros momentos felizes que havia passado lá junto a Lawrence e Paulo.

— Foi bem ali que a avistei, Valentina! – disse-me Ale-xandru desdenhando de mim. — Você estava linda com aque-le vestido vermelho! Na hora em que a avistei, soube logo que se tratava da pessoa que eu buscava há tanto tempo!

— Percebi que alguém me encarava, mas jamais imaginei que fosse você! Mas como fiquei com medo, corri para casa.

— E eu a segui!— E hoje estamos aqui juntos, eu e você!— A vida é mesmo incrível!— Com certeza!— Acho que a casa de Lawrence é aquela ali, não é? —

ele perguntou-me.Avistei o sobrado branco e uma onda de apreensão me

invadiu. O que Lawrence diria ao me vir com Alexandru?— Lembre-se de que não podemos nos demorar!— Apenas quero reencontrá-los e talvez nem estejam

por aqui.Por intuição, preferi calar-me e não dizer que tínhamos

uma residência em Palermo.A gôndola parou em frente à casa de Lawrence. Aproxi-

mei-me e bati na porta. Algum tempo depois, ela fora aberta.— Não acredito no que vejo! — disse Izabelle.Rapidamente Lawrence aproximou-se dela.— Stoyna? É você mesma? – ele perguntou-me.Ele saiu da casa e estendeu-me a mão para que eu saís-

se da gôndola, porém, neste momento, Alexandru puxou-me, afastando-me do meu amigo.

— Por favor, Alexandru, ele é meu irmão!

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Mesmo contrariado, Alexandru deixou que eu fosse ao encontro de Lawrence. Dei-lhe a mão e Lawrence puxou-me para perto dele, dando-me um longo abraço.

Notei que Alexandru não estava tão contente com o meu reencontro com os meus amigos.

— Stoyna, darei uma volta e depois venho buscá-la! Mas não demorarei – ele disse-me.

Balancei a cabeça em sinal positivo e, em seguida, entra-mos na casa.

— Irmã, como você está? Já se passaram mais de dez anos!— Para ser mais precisa, já se passaram exatamente doze

anos, Lawrence! – eu disse-lhe.— Mas, conte-nos tudo que houve durante este tempo!

– falou Izabelle carinhosamente.Lawrence segurou a minha mão direita e viu que havia

uma aliança no dedo anelar.— Você está noiva de Alexandru? — ele perguntou-me

pausadamente.— Sim.— Mas como? Não entendo.— Eu e Alexandru nos apaixonamos – respondi laco-

nicamente.— Mas, como isso aconteceu? – Lawrence interpelou-me

mais uma vez.— Quando saí daqui, pensei que Alexandru me mataria,

pois ele jamais imaginou que eu estivesse viva. No entanto, passamos a conviver e vi que estava apaixonada por ele. Me-lhor, acho que sempre fui apaixonada por ele. Um dia, ele se declarou para mim e me disse que me matou porque o senti-mento que ele tinha por mim estava matando-o.

— Que lindo, Stoyna! – disse Izabelle.Lawrence olhou para mim e deu um sorriso irônico,

como se não acreditasse em nada do que eu estava falando.

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— Eu sabia que você iria me repreender, irmão.— Não a estou repreendendo. Apenas é inacreditável

Alexandru estar apaixonado e logo por você!— E por que não poderia? – perguntei indignada. —

Você também acha que não sou boa o suficiente para ele?— Falei de ele estar apaixonado logo por você porque ele a

matou de uma forma muito cruel! Você não se lembra, Stoyna?— Eu preferi esquecer.— Como você conseguiu esquecer todas maldades de

Alexandru? Por pouco ele não transformou Viviana!— Mas eu sou apaixonada por ele...— Entendo que você até pode estar apaixonada por ele,

mas saiba que essa paixão repentina que ele sente por você um dia passará e ele a tratará muito mal novamente.

— Nós vamos nos casar em breve.— Tem certeza disso? Você quer mesmo desposar aquele

monstro?— Eu sei que ele fez muitas coisas ruins no passado, mas

agora é diferente.— Entenda uma coisa, minha irmã – Lawrence segu-

rou em meus ombros, fazendo com que eu o encarasse. — As pessoas não mudam assim rapidamente. Alexandru foi mau durante toda a sua existência. Ele jamais mudará. Pode até mesmo ter dado uma pausa em suas maldades, ou mostrar-se bom na sua presença, mas ele jamais será um ser do bem.

— Mas, Lawrence, você está equivocado...— Eu, equivocado? Conheço Alexandru há vários séculos

e convivi com ele por tempo suficiente para saber o quão mau ele é. Inclusive, quando ele a levou daqui, deu ordens aos vampi-ros que o acompanhavam para que matassem a mim e a Izabelle.

— Como? Mas ele prometeu que não faria nada com vocês, se eu fosse com ele!

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— Ah, foi apenas um blefe, minha cara! A nossa sorte foi o poder que Izabelle possui. Caso contrário, não estaríamos aqui para recepcioná-la.

Lawrence chamou Izabelle para próximo de si e esta con-firmou toda a história contada pelo marido.

— Estou zonza.— Imagino que sim. Alexandru criou uma imagem dele

para você, e não deve ser fácil acreditar que tudo pode não passar de uma mentira. Portanto, cuidado com a miragem que ele representa.

— Mas como vocês conseguiram se desvencilhar dos vampiros?

— Acho que você se lembra que, além de Alexandru, estavam mais quatro vampiros?

— Sim.— Bom, aqui na sala havia umas espadas encrustadas nas

paredes, você lembra? Izabelle conseguiu movê-las com a força do pensamento e, facilmente, conseguiu acabar com dois. Eu entrei em luta corporal com um deles e por conhecer as artes de luta, também o destruí. O último acabou fugindo.

Após esta conversa com Lawrence e Izabelle, permaneci imersa em meus pensamentos.

— Heitor ficou um belo rapaz! – disse-me Izabelle, tiran-do-me da minha reflexão.

— Nem acredito que não pude acompanhar o cresci-mento deles.

— Ele agora é o responsável pelos nossos negócios – fa-lou Lawrence.

— E Penélope e Sethos? Senti muito a falta deles também.— Espero que estejam bem. Da última vez que os vimos,

estavam indo à procura de Jamila.— À procura de Jamila? Como assim?