dor conceito , c lassificação , t axonomia

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DOR CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, TAXONOMIA Elizabeth Teixeira Noguera Servin

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Dor Conceito , C lassificação , T axonomia. Elizabeth Teixeira Noguera Servin. Dor - Conceito. IASP – Associação Internacional para o Estudo da Dor , Comitê de Taxonomia , Protocolo de Kyoto, Pain 2008. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Dor Conceito ,  C lassificação ,  T axonomia

DORCONCEITO,

CLASSIFICAÇÃO, TAXONOMIA

Elizabeth Teixeira Noguera Servin

Page 2: Dor Conceito ,  C lassificação ,  T axonomia

DOR - CONCEITO IASP – Associação Internacional para o

Estudo da Dor, Comitê de Taxonomia, Protocolo de Kyoto, Pain 2008.

“experiência sensitiva e emocional desagradável, decorrente ou descrita em termos de lesões teciduais reais ou potenciais”

Page 3: Dor Conceito ,  C lassificação ,  T axonomia

DOR - CONCEITO componente somático, discriminativo (cada

um sente sua dor, do seu modo, e a descreve em intensidade, localização, duração ).

componente afetivo (o sentimento da dor, baseado em experiências passadas e no estado afetivo do paciente, ansiedade, depressão, medo).

A dor é subjetiva, tudo que o paciente descreve como dor, deve ser aceito como dor.

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N.09/DGCG – MS- DIR GERAL DA SAÚDE- DIVISÃO DE DOENÇAS GENÉTICAS,

CRÔNICAS E GERIÁTRICAS 5º sinal vital, e determina:1. O registo sistemático da intensidade da Dor.

2. A utilização para mensuração da intensidade da Dor: “Escala Visual Analógica” (convertida em escala numérica para efeitos de registo), “Escala Numérica”, “Escala Qualitativa” ou “Escala de Faces”.

3. A inclusão na folha de registo de SSVV de um espaço próprio para registo da intensidade da Dor.

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PROGRAMAS DE ENSINO E DE POLÍTICAS PÚBLICAS www.aliviador.org/ www.dor.org.br/projetossemdor.asp www.

revista.cremepe.org.br/08/ampe1.php www.comvidasemdor.com.br

(25/06/2009 às 21h: Uso de Opióides na Dor Oncológica)

{Dr João Marcos Rizzo do RS e Dr João Batista Garcia do MA}.

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DOR - CLASSIFICAÇÃO Quanto ao Tempo:

1. Aguda: fisiológica, mecanismo de defesa, surge em situações de estresse, dura até a resolução do processo, ativa mecanismos de sensibilização, tendo valor biológico como alerta para ocorrência de lesão, ativando reações de defesa, fuga ou remoção da causa. De 3-6 meses.

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DOR - CLASSIFICAÇÃO Quanto ao Tempo (cont)

2. Crônica: sem valor biológico, corresponde a mecanismo adaptativo que leva a incapacidade e repercussões desfavoráveis: físicas, emocionais, sociais e financeiras. Geralmente após 3-6 meses. Causa já não está presente ou não pode ser removida.

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CLASSIFICAÇÃO (CONT) Qto ao mecanismo fisiopatológico:

1. Nociceptiva Somática/Visceral2. Neuropática3. Central (inclui Psicogênica)

Qto à Origem: 1-orgânica2-psicogênica

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1. DOR NOCICEPTIVA ativação de nociceptores (fibras A-delta e

C) através de estímulos dolorosos, os quais podem ser mecânicos, térmicos ou químicos.

Os nociceptores podem ser sensibilizados por estímulos químicos endógenos (substâncias algogênicas), como a serotonina, a substância P, a bradicinina, as prostaglandinas, e a histamina.

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1. DOR NOCICEPTIVA (CLASSIF)

Dor Somática: rude, exacerbada ao movimento (dor "incidental"), aliviada pelo repouso, bem localizada e variável, conforme a lesão básica. Ex.: dores ósseas, pós-operatórias, dores músculo-esqueléticas.

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Dor Visceral: é provocada por distensão de víscera oca, mal localizada, profunda, opressiva, constritiva. Associa-se a sensações de náuseas, vômitos, e sudorese. Muitas vezes há dores locais referidas, como por exemplo, em ombro ou mandíbula relacionadas ao coração, em escápula referente a vesícula biliar, e em dorso, referente ao pâncreas. Ex.: câncer de pâncreas, obstrução intestinal, metástase intraperitoneal, etc.

1. DOR NOCICEPTIVA (CONT)

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2. DOR NEUROPÁTICA Lesão/ Disfunção do SNC ou periférico

Associada ou não a lesão, pode decorrer de doenças degenerativas, compressão de raiz nervosa. Geralmente descrita como ardente, penetrante, em queimação, peso, agulhada, choque, acompanhada ou não de parestesias (formigamento, adormecimento). Ex: neuralgia do trigêmio, pós-herpética, diabética.

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3. DOR CENTRAL Dor por Desaferentação: neuropática,

decorrente de dano ao sistema somatossensorial. Ex: lesões periféricas (dor fantasma), e as dores precipitadas por lesões centrais (dor talâmica, AVC, secundárias a metástases ou a tumores cerebrais, etc).

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3. DOR CENTRAL (CONT) Dor Psicogênica: nenhum mecanismo

nociceptivo ou neuropático pode ser identificado.

é diagnóstico de exclusão e de ocorrência muito rara. Muitos autores consideram-na virtual, uma vez que mesmo puramente psiquiátricas, são manifestações de alterações orgânicas e identificáveis, mesmo que somente bioquimicamente.

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3. DOR CENTRAL (CONT) Dor neuropática, com lesão no centro

produção e de distribuição de informações: cérebro e medula. Provocar tanta limitação quanto as próprias consequências de um AVC. Qualquer lesão na via espino tálamo cortical (medula, tálamo e córtex) pode provocar a dor neuropática central ou apenas dor central.

Entre 60 e 70% das pessoas que sofrem lesões na medula vão ter essa dor.

Entre 20 e 40% na esclerose múltipla. Cerca de 8% nos derrames (AVC).

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CARACTERÍSTICAS DA DOR1. Início: súbito, insidioso, lento e gradual. Como

começou?2. Duração: Quando começou?3. Periodicidade: Contínua? Diária? Noturna? Semanal?

Mensal?4. Fatores de melhora/piora: frio, calor, repouso, sono.

Piora com movimento, piora com barulho.5. Desencadeantes: movimento, comidas, estresse, falta

de repouso, procedimentos médicos.6. Irradiação: corre para a região inguinal, para a planta do

pé, para a mandíbula.7. Sintomas associados: NV, fotofobia, tontura, escotomas,

sudorese, palidez8. Intensidade: Escalas

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ESCALAS DE DOR Fáceis de aplicar, de entender, dão avaliação

pontual da dor, permitem acompanhar a eficácia terapêutica.

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ESCALAS DE DOR

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ESCALAS DE DOR1=LEVE2=

MODERADA

3=INTENSA4=PIOR

DOR

Choro

Postura

Expressão

Resposta

Não chorando

Chorando

Relaxado

Tenso

Relaxado ou Feliz

Estressado

Responde quando perguntado

Não responde

Escore 0

Escore 1

Escore 0

Escore 0

Escore 0

Escore 1

Escore 1

Escore 1

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LOCALIZANDO A DOR

Bennett, M et al The Journal of Pain, Vol 6, No 3 March , 2005 pp 149-158 The S-LANNS Score for Identifying Pain of Predominantly Neuropathic Origin: Validation for Use in Clinical and Postal Research The Journal

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DIRETRIZES NO TRATAMENTO DA DOR Evitar a demora Tratar a dor de acordo com as necessidades

específicas de cada doente Prescrever drogas de resgate p/ dor incidental Abordar outros problemas: físicos,

psicológicos, espirituais e sociais Regra dos 3 “P”: Pelo relógio: horário regular e não em SOS Pela boca: usar a via oral sempre que possível Pela escada: seguir a escada analgésica da

OMS

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DIRETRIZES: ESCADA ANALGÉSICA DA OMS

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NOCICEPTORESSão estruturas sensoriais sem envoltório

(terminações nervosas livres das fibras A δ e C), sensíveis a um estímulo nocivo (mecânico, térmico, químico) efetivo ou potencialmente lesivo, e que se despolarizam em resposta a esse estímulo.

Fibras Aδ : mielinizadas, dor-temperatura-tatovelocidade 5 - 25 m/s (1-4mm)

Fibras C: não-mielinizadas, dor-temperatura-tatovelocidade 0,1-2,0 m/s (0,5-1,5 mm)

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NOCICEPTORES Fibras Adelta - Transmitem a dor

rapidamente (20-30 m/s) com localização mais precisa.

Responsável pela primeira dor - Aguda.

Fibras C - Transmitem a dor mais lentamente (0,5-2 m/s) com localização mais difusa.

Responsável pela segunda dor - Surda, desagradável.

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NOCICEPÇÃO A LESÃO: induz ativação das cascatas de

inflamação, coagulação, sistema complemento, cininas, resposta humoral e imunológica.

Eventos vasculares: vasodilatação, redução veloc fluxo (estase), ↑permeabilidade (edema), marginação leucocitária, radicais livres de O2→ruptura mitocôndrias, liberação enzimas líticas e fatores de transcrição (vão codificar neuropeptídeos), peroxidação, lise de membranas e dano em DNA.

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TAXONOMIA DA DOR Do Grego Tassein = “para classificar” Nomos = lei, ciência

Dor: IASP, reconhecimento da nocicepção.

Nocicepção: carreamento de estímulos nóxicos da periferia para os centros superiores.

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DOR X NOCICEPÇÃO Uma pode existir sem a outra:

Anestesia do nervo mandibular para cirurgia dentária: há nocicepção, mas não há dor.

Dor talâmica: há dor, mas não há nocicepção.

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NOCICEPÇÃO: 4 PARTES1. Transdução

2. Transmissão

3. Modulação

4. Cognição

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1. TRANSDUÇÃO Nociceptores reconhem os estímulos

químicos, mecânicos e térmicos, e os transformam em potencial de ação.

2. Transmissão Fibras aferentes primárias levam o

estímulo até o corno posterior da medula (lâminas I,II,IV), terminam na subst. cinzenta. Projeções dos neurônios se organizam em Tratos, cruzam linha média, ascendem para cérebro.

Page 31: Dor Conceito ,  C lassificação ,  T axonomia

3. MODULAÇÃO substâncias neuroquímicas como as

taquicininas (substancia P), os opióides endógenos (endorfina e encefalina) e os sistemas adrenérgico e serotoninérgico. amplificam, atenuam ou inibem a nocicepção.

4. Cognição integração afetivo-emocional, funções

discriminativas (local, intensidade, duração) e reações aversivas à dor. É a interpretação e a resposta comportamental.

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SENSIBILIZAÇÃO 1. Redução do Limiar: o corpo fica mais

sensível a estímulos. 2. Aumento da resposta a estímulo

supralimiar.

PERIFÉRICA: quando ocorre na periferia

CENTRAL: no SNC

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LIMIAR DE DOR “Corresponde a mínima intensidade de

um estímulo que é percebida como dolorosa”.

Tolerância à Dor “Corresponde a intensidade máxima de

um estímulo que evoca dor e que um sujeito está propenso a tolerar em uma determinada situação”.

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ALODINIA OU ALODÍNIA dor que surge como resultado deestimulação

não-nociva aplicada à pele normal.�

Dor durante estímulo não-doloroso. É transgressão da sensibilidade.

Tátil ou mecânica - (roupas ou vento tocando a pele), pesquisada com toque suave dos dedos, algodão ou swab, escova. Dinâmica – ao deslizar sobre a pele. Térmica – toque da superfície metálica do martelo, tubos de ensaio com água quente ou gelada. Cinestésica – movimentação passiva de segmento corporal.

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HIPERALGESIA Dor exacerbada após estímulo

nociceptivo.

O estímulo é doloroso, mas a dor é desproporcional.

Ex: dor exagerada após pequena agulhada.

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HIPERPATIA

Reação álgica intensa e exagerada após estímulos repetitivos. Agulhamento sequencial em mesmo ponto da pele, onde normalmente há maior limiar para percepção de um estímulo isolado e menor sensibilidade dolorosa (hipoalgesia).

Fenômeno de somação.

Page 37: Dor Conceito ,  C lassificação ,  T axonomia

PARESTESIA sensação anormal, geralmente não

desagradável, espontânea ou provocada, como formigamento, �adormecimento.

Disestesia Sensação anormal, espontânea,

desconfortável, dolorosa.

Page 38: Dor Conceito ,  C lassificação ,  T axonomia

Obrigada!