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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO: IMPORTÂNCIA E MÉTODOS DE AVALIAÇÃO Joice dos Santos Barros ORIENTADOR: Profª. Aleksandra Sliwowska Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO: IMPORTÂNCIA E

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

Joice dos Santos Barros

ORIENTADOR: Profª. Aleksandra Sliwowska

Rio de Janeiro 2016

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UTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau e especialista em Finanças e Gestão Corporativa Por: Joice dos Santos Barros

ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO: IMPORTÂNCIA E

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO

Rio de Janeiro 2016

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AGRADECIMENTOS

Ao meu amor Raphael, meus pais, família e

amigos.

A Deus pela sua presença em tudo.

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DEDICATÓRIA

Dedica-se a minha família e amigos.

E a maior benção que eu poderia receber: meu

bebê que está a caminho.

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RESUMO

Esta pesquisa teve como principal objetivo compreender a

importância da gestão do capital de giro e identificar as métricas e formas que

poderiam avaliar o desempenho dessa gestão. Para isso foi feito um estudo de

caráter bibliográfico abordando os principais conceitos e definições

relacionados ao tema, que foram associados a discussão dos principais

desafios e questões estratégicas voltadas ao capital de giro, assim como a

análise dos principais indicadores e formas de mensurar o desempenho

financeiro de curto prazo. Observou-se que a administração eficiente do capital

de giro é de extrema importância para que o negócio termine seu ciclo

operacional e obtenha sucesso no mercado. Passando por decisões

importantes como a estipulação adequada de capital de giro, que seja capaz de

garantir o equilíbrio entre o risco de não conseguir honrar suas obrigações e

também manter o crescimento e rentabilidade, com o intuito de gerar valor para

a empresa.

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METODOLOGIA

Este trabalho será desenvolvido pelo método de revisão bibliografia, feita

por meio da leitura e pesquisa em diferentes fontes sobre o tema, como livros,

revistas e artigos científicos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Importância e Definições da Administração do Capital de Giro 10

CAPÍTULO II

Desafios e Estratégias na Administração do Capital de Giro 14

CAPÍTULO III

Indicadores e a Gestão do Capital de Giro 24

CONCLUSÃO 29

BIBLIOGRAFIA 31

ÍNDICE 32

ÍNDICE DE FIGURAS 33

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INTRODUÇÃO

Para Gitman (2010), o ativo circulante é comumente chamado de

capital de giro, representando uma porção de investimento que circula de uma

forma para outra, durante a execução dos negócios da empresa. Isso diz

respeito a transição de caixa para estoques, destes para os recebíveis e de

volta para o caixa.

Segundo Detoni e Moreira (2011), o capital de giro, é o capital que

gira dentro da empresa financiando o ciclo operacional, desde a compra até o

recebimento das mercadorias vendidas, e ao completar esse ciclo deverá estar

maior que o valor inicial. A administração do capital de giro é uma questão

extremamente importante, pois está ligada ao montante necessário para que a

empresa possa se manter em funcionamento no curto prazo.

Segundo Gitman (2010), o nível de investimento em ativo circulante

e o nível de financiamento do passivo circulante estão entre os principais

componentes da estrutura financeira de uma empresa. Também aponta que

nas indústrias americanas por exemplo, o ativo circulante corresponde a 40%

do ativo total, e que o passivo circulante chega a 26% do financiamento total.

Dessa forma a administração financeira de curto prazo, responsável pela

gestão do ativo e passivo circulantes representa uma das atividades mais

importantes e que consomem a maior parte do administrador financeiro.

Assaf Neto e Silva (1997) apontam que uma administração

inadequada do capital de giro resulta geralmente em sérios problemas

financeiros, contribuindo para a formação de uma situação de insolvência.

Assim é importante ao profissional de finanças, compreender a

gestão do capital de giro, permeando a administração das contas como caixa,

estoques, contas a receber, contas a pagar, com o objetivo de que as melhores

decisões de curto prazo sejam tomadas a fim de garantir o ciclo operacional e a

liquidez do mesmo.

Diante do exposto acima, este estudo busca abordar os principais

conceitos e ferramentas para a gestão do capital de giro e assim como

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apresentar índices e formas de avaliação sobre o sucesso na administração do

capital de giro.

Durante a capítulo um serão abordadas a importância da gestão do

capital de giro e alguns conceitos que permeiam a essência do tema como por

exemplo, o capital de giro líquido.

No capítulo seguinte serão explorados os desafios e estratégias para

uma boa gestão do capital giro, passando por assuntos como alternativas de

financiamento e gestão das disponibilidades.

Por último serão apresentados alguns indicadores utilizados para

identificar o cenário financeiro de curto prazo e direcionar melhores decisões

na administração do capital de giro.

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CAPÍTULO I

IMPORTÂNCIA E DEFINIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO

DO CAPITAL DE GIRO

Para Assaf Neto e Silva (1997), torna-se importante entender que a

administração do capital de giro trata dos ativos passivos correntes e passivos

correntes como decisões interdependentes. Sendo esses ativos correntes

importantes na estrutura das empresas para viabilizar financeiramente seus

negócios e contribuir para a formação do retorno econômico do investimento

realizado. Assim a definição do montante de capital de giro é uma tarefa que

acaba repercutindo sobre o sucesso dos negócios e influenciando sobre a

rentabilidade e liquidez das empresas.

O capital de giro ou capital circulante é representado pelo ativo circulante, isto é, pelas aplicações correntes, identificadas geralmente pelas disponibilidades, valores a receber e estoques. Num sentido mais amplo, o capital de giro representa os recursos demandados por uma empresa para financiar suas necessidades operacionais identificadas desde a aquisição de matérias-primas (ou mercadorias) até o recebimento pela venda do produto acabado.(ASSAF NETO E SILVA, 1997, p.15)

Gitman (2010), complementa que é de suma importância que a

administração financeira de curto prazo gerencie cada elemento do ativo e

passivo circulante visando atingir o equilíbrio entre rentabilidade e risco que

contribua positivamente para o valor da empresa.

1.1. Capital de Giro Líquido

De acordo com Assaf Neto e Silva (1997), o capital de giro líquido

(CCL) é diretamente obtido pela diferença entre o ativo circulante e o passivo

circulante, sendo representado pelas fórmulas baixo:

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CCL = Ativo circulante – Passivo circulante

ou

CCL = (Patrimônio Líquido + Exigível a Longo Prazo) – (Ativo

Permanente + Realizável a Longo Prazo)

Gitman (2010), também afirma que quando o ativo circulante supera o

passivo circulante, a empresa tem capital de giro líquido positivo. Já quando o

primeiro é inferior ao segundo, o capital de giro líquido é negativo. Tendo em

vista que quando as entradas de caixa são previsíveis, a necessidade de

capital de giro é menor, Porém a maioria das empresas é incapaz de conciliar

com certeza a as entradas e saídas de caixa.

Dessa forma elas costumam manter um ativo circulante mais do que

suficiente para cobrir as saídas de caixa referentes ao passivo circulante. Isso

permite a empresa uma maior capacidade para pagar as contas à medida que

se tornem devidas.

Esse conceito aponta também para a ideia de compensação entre

rentabilidade e risco. Onde rentabilidade pode ser entendida pela relação entre

as receitas e custos gerados pelo uso dos ativos de uma empresa. Já o risco

está associado a probabilidade da empresa se tornar insolvente, ou seja,

incapaz de pagar suas contas a medida que estas vencem.

De modo geral, quanto maior o capital de giro líquido, menor o risco.

Assim quanto maior o capital de giro líquido da empresa, menor a

probabilidade de que a mesma não consiga honrar seus compromissos do

passivo circulante.

Para Assaf Neto e Silva (1997), faz parte do processo decisório da

empresa o conflito envolvendo o dilema risco-retorno. Embora quanto maior a

folga financeira (maior capital de giro líquido), menor o risco de insolvência. É

preciso ter em mente que por outro lado isso incorpora um custo de

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oportunidade mais elevado para a empresa, pressionando os resultados

negativamente.

De maneira inversa, um montante mais reduzido de CCL, ao mesmo tempo que sacrifica a margem de segurança da empresa elevando seu risco de insolvência, contribui positivamente para a formação da rentabilidade do investimento ao restringir o volume de fundos imobilizados em ativos de menor rentabilidade. (ASSAF NETO E SILVA, 1997, p. 23)

A definição do nível de capital de giro líquido passa pelo dilema risco-

retorno, entretanto devem ser analisadas as características de atuação da

empresa, suas expectativas futuras e sua aversão a risco.

1.2. Ciclo Operacional, Financeiro e Econômico

Permeando as finanças de curto prazo estão as atividades operacionais

de curto prazo, que envolvem decisões referentes aos seguintes eventos:

• Compra de matéria-prima

• Pagamento de compras

• Fabricação do produto

• Venda do produto

• Receber o pagamento

Para Ross et al. (1995) essas atividades criam padrões de entradas e

saídas de caixa ao mesmo tempo não sincronizados e incertos. Pois o

pagamento de compras não ocorre no mesmo momento que o recebimento do

dinheiro referente à venda de produtos.

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Assim Ross et al. (1995) define como ciclo operacional o período desde

a chegada da matéria-prima até o recebimento do dinheiro do cliente. Já o ciclo

de caixa inicia quando é feito o pagamento pela matéria-prima e termina

quando se recebe o pagamento pela venda ao cliente.

Segundo Assaf Neto e Silva (1997), uma boa administração do capital

de giro envolve uma alta rotação (giro) ao circulante, isso acaba

proporcionando de forma favorável à empresa, menor necessidade de

imobilização de capital no ativo circulante e consequentemente incentivo ao

aumento da rentabilidade.

Figura 1: Ciclos da Empresa

Fonte: Adaptado de Assaf Neto e Silva (1997, p.21).

Conforme a figura acima Assaf Neto e Silva (1997), defende que o ciclo

operacional é iniciado na aquisição da matéria-prima para a produção (no caso

de uma empresa industrial) e é finalizado no recebimento pela venda do

produto final. Assim este ciclo detém todas as fases operacionais presentes no

processo empresarial de produção-venda-recebimento.

Assaf Neto e Silva (1997) também confirmam a existência do ciclo de

caixa ou ciclo financeiro, que compreende as movimentações de caixa,

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relacionadas ao desembolso inicial referente aos pagamentos de materiais a

fornecedores e ao recebimento da venda do produto. E ainda deve-se ter o

entendimento do ciclo econômico, que considera as ocorrências de natureza

econômica, envolvendo a compra e venda de mercadorias.

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CAPÍTULO II

Desafios e Estratégias na Administração do Capital

de Giro

O entendimento de capital de giro está inserido no contexto de decisões

financeiras de curto prazo, onde cada empresa precisa buscar um nível

satisfatório de capital de giro capaz de garantir a sustentação de sua

atividade operacional.

Para Assaf Neto e Silva (1997), a empresa necessita desenvolver um

equilíbrio financeiro, que exige a vinculação entre a liquidez dos ativos e os

desembolsos demandados pelos passivos. Sendo também necessário

identificar nos ativos as contas de longo prazo (permanentes) e as variáveis

(sazonais).

Gitman (2010), completa que se as vendas de uma empresa forem

constantes, o seu investimento em ativos operacionais também deverá ser

constante e ela terá apenas a necessidade de financiamento permanente.

Porém se as vendas forem cíclicas, o investimento irá variar conforme os

ciclos de vendas e a empresa terá necessidade de financiamento sazonal,

além do financiamento permanente.

Figura 2: Necessidades de recursos

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Fonte: Baseado em Assaf Neto e Silva (1997, p. 25)

2.1 Alternativas de Financiamento

Para Gitman (2010), a empresa pode optar por uma estratégia de

financiamento agressiva, financiando as necessidades sazonais com dívidas de

curto prazo, e as permanentes com obrigações de longo prazo. Por outro lado

se a empresa decidir financiar tanto as necessidade sazonais quanto as

permanentes com obrigações de longo prazo, esta estará adotando uma

estratégia de financiamento conservadora.

Assaf Neto e Silva (1997) apresentam algumas alternativas de

financiamento do capital de giro, sendo a primeira denominada estrutura de

risco mínimo, onde a estrutura financeira envolve a maturidade dos ativos e

passivos, de pouco aplicação prática em que o risco é mínimo por não

apresentar dívidas de curto prazo, que poderiam ser tomadas em situações

imprevistas.

Figura 3: Estrutura de Risco Mínimo

Fonte: Baseado em Assaf Neto e Silva (1997, p.27)

Os autores ainda abordam outras duas alternativas: estrutura alternativa

de menor risco, onde os recursos de longo prazo financiam toda a parcela de

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capital de giro permanente e uma parte do capital de giro sazonal, sendo

apenas parte das necessidades sazonais financiadas por créditos correntes.

A outra estrutura apresentada é a alternativa de maior risco, onde existe

a maior participação dos passivos de curto prazo, que cobrem todas as

necessidades sazonais de fundos, além de parte das necessidades

permanentes. Sendo importante destacar que ao assumir maiores riscos a

empresa deve ser recompensada pela presença de dinheiro mais barato.

Ross et al. (1995), ainda aponta duas políticas financeiras de curto

prazo, sendo uma flexível e a outra restritiva:

Características da Política Flexível

• Manutenção de saldos elevados de caixa e títulos negociáveis;

• Investimentos elevados em estoque;

• Cocessão de crédito em condições liberais;

Características da Política Restritiva

• Manutenção de saldos reduzidos de caixa e nenhum investimento

em títulos negociáveis;

• Pequenos investimentos em estoques;

• A não realização de venda a prazo e por tanto nenhum

investimento em contas a receber;

Ross et al (1995), ainda afirmam que a determinação de ótimo nível de

investimento em ativos de curto prazo requer a identificação dos diferentes

custos de políticas alternativas de financiamento de curto prazo. Que em uma

estratégia flexível sempre pressupõem um excedente de caixa no curto prazo,

e um investimento substancial em caixa e aplicações temporárias.

Já a estratégia restritiva, recorre ao financiamento de longo prazo

somente para atender as necessidades seculares dos ativos, utilizando assim o

passivo de curto prazo para cobrir as variações sazonais.

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Gitman (2010), ainda ressalta que a organização pode minimizar a

utilização de ativos operacionais, diminuindo a necessidade de financiamento,

para isso a empresa pode adotar as seguintes estratégias:

a) Girar o estoque o mais rapidamente possível;

b) Cobrar as contas a receber com maior rapidez possível, sem perder vendas

por conta de técnicas de cobrança muito agressivas;

c) Gerir os prazos de correspondência, processamento e compensação para

reduzi-los ao cobrar dos clientes e prolongá-los ao pagar fornecedores;

d) Efetuar o pagamento das contas a fornecedores com a maior lentidão

possível, sem prejudicar o rating de crédito da empresa.

2.2. Fontes de Financiamento

Ross et al. (1995), descreve três opções de financiamento: empréstimos

bancários sem garantias, empréstimos com garantias e outras fontes. Essas

fontes são necessárias quando a empresa não é capaz de suportar as saídas

de caixa com suas fontes internas.

Os empréstimos sem garantias costumam ser a maneira mais comum de

financiar um déficit temporário, através de linhas de crédito que algumas vezes

permite a empresa tomar emprestado até um limite previamente definido, sem

ter que passar pela burocracia usual.

Gitman (2010), diz que os empréstimos de curto prazo são

representados por duas principais fontes: bancos e emissão de notas

promissórias comerciais (commercial papers). Defendendo também que os

bancos representam uma importante fonte de empréstimos de curto prazo,

tendo como principal modalidade, o empréstimo autoliquidável de curto prazo.

Esses empréstimos têm o objetivo de ajudar as empresas a superar picos

sazonais de necessidade de financiamento, decorrente do alto valor em

estoques e contas a receber. Porém quando esses ativos são convertidos em

caixa, geram-se recursos para liquidar os empréstimos adquiridos.

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Ross et al. (1995), também aponta que os bancos e instituições

financeiras podem exigir alguma garantia em troca de seu dinheiro, geralmente

essas garantias são representadas pelo contas a receber e estoques.

A garantia do contas a receber pode ser vinculada, onde o credor não

tem apenas um direito sobre o contas a receber, como pode recorrer ao

devedor. Caso a garantia seja transferida, há a venda do contas a receber, e o

comprador passa a ser o responsável desses recebíveis e sua respectiva

cobrança, assumindo também o risco de inadimplência.

O financiamento com a garantia de estoques de acordo com Ross et al.

(1995), pode ser feito das seguintes maneiras:

• Vínculo geral: da ao credor direito sobre todos os estoques do

devedor.

• Recibo de Depósito: o devedor conserva o estoque em nome do

credor e as receitas das vendas dos estoques são remetidas ao

credor.

• Financiamento de estoque armazenado: uma empresa de

armazenamento supervisiona o estoque em nome do credor.

Além dessas modalidades ainda existiriam outras fontes que envolvem a

emissão de commercial paper e aceites bancários.

Gitman (2010) também descreve o empréstimo com garantia, onde a

garantia assume a forma de um ativo, como contas a receber ou estoques. O

credor receber determinados direitos sobre o bem por meio de um contrato de

garantia.

Porém embora exista a ideia de que a garantia reduza os riscos dos

credores, na verdade a garantia apenas reduz as perdas. O credor então exige

a garantia visando assegurar a recuperação de parte do empréstimo, caso

ocorra a inadimplência. Pode-se citar como exemplo o desconto de contas a

receber, factoring, empréstimos com alienação de estoques e empréstimos

garantidos por recibo de depósito.

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2.3. Gestão das Disponibilidades

Segundo Detoni e Moreira (2011), a gestão do capital de giro é

representada pela administração das contas dos ativos circulantes, tais como:

contas a receber, políticas e condições de crédito adotadas, políticas de

cobrança e a administração financeira dos estoques.

Gitman (2010) aponta que o administrador financeiro pode gerenciar

estoques, contas a receber, e entradas de caixa para minimizar o investimento

da empresa no ciclo operacional, reduzindo o valor necessário para sustentar a

atividade operacional.

Para Assaf Neto e Silva (1997), a administração do caixa é fundamental

para as empresas, constituindo-se um sinalizador dos rumos financeiros do

negócio. Para que as empresas mantenham-se em operação, estas devem

liquidar seus compromissos, tendo como condição básica a apresentação de

um saldo de caixa suficiente para cobrir seus vencimentos. Dessa forma, a

insuficiência de caixa pode determinar cortes de créditos, suspensão de

entregas de mercadorias, e ser a causa da descontinuidade das atividades

operacionais da empresa.

Assaf Neto e Silva (1997), defendem então três fatores para que a

empresa mantenha um valor mínimo de caixa: O Primeiro motivo é a

transação, que diz respeito ao princípio de que a empresa precisa ter recursos

para honrar seus compromissos, se existisse uma sincronia perfeita entre

recebimentos e pagamentos a demanda de caixa para transação seria

desnecessária.

O segundo motivo refere-se à precaução, devido a demandas futuras

que nem sempre são previsíveis, nesse caso o fator risco demanda que a

empresa mantenha um nível de caixa para essas eventualidades.

O terceiro motivo refere-se a especulação, deixando um valor em caixa

disponível para futuras oportunidades de negócios.

O segundo grupo que permeia a administração das disponibilidades é a

gestão do contas a receber, que segundo Gitman (2010), é de extrema

importância para a empresa, e seu objetivo consiste em dispor de contas com

maior rapidez possível, sem perder vendas com a adoção de técnicas de

cobrança muito agressivas. Essa meta pode envolve três pontas da gestão do

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contas a receber: a seleção dos padrões de crédito, os termos de crédito e o

monitoramento do mesmo.

Gitman (2010) aponta que a seleção e padrões de crédito, pode ser

desenvolvida por uma técnica popular chamada de cinco Cs do crédito:

1. Caráter: o histórico de cumprimento de obrigações pelo solicitante;

2. Capacidade: a capacidade do solicitante de honrar o crédito pedido;

3. Capital: relação entre a dívida do solicitante e seu patrimônio líquido;

4. Colateral: os valores de ativos que o solicitante dispõe para como

garantia pelo crédito;

5. Condições as condições econômicas e outras condições especiais

vinculadas a transação;

Os termos de crédito são as condições de venda a clientes aos quais a

empresa tenha concedido crédito. Incluindo o caso do desconto financeiro, uma

forma de acelerar o recebimento, fornecendo um incentivo para que o cliente

quite seus compromissos mais rapidamente. Dentro dos termos de créditos

também podem ocorrer variações no período de crédito.

Estender o período de crédito de uma empresa de líquido 30

para líquido 45 dias deve aumentar as vendas, com efeito

positivo sobre o lucro. Mas tanto o investimento em contas a

receber, quanto as perdas com créditos incobráveis também

aumentariam, afetando negativamente o lucro. (GITMAN,

2004, p.563)

O último fator defendido por Gitman (2010), e que a empresa deve

observar em seu contas a receber é o monitoramento de crédito que refere-se

a uma constante revisão para determinar se os clientes estão pagando de

acordo com as condições estipuladas, essa etapa requer análise do prazo

médio de recebimento e a idade do contas a receber, assim como aplicação

de técnicas de cobrança.

Para Ross et al. (1995), os componentes de uma política de crédito são

os termos de venda, onde a empresa decide condições em que pretende

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trabalhar, como o prazo de pagamento, desconto por pagamento a vista e tipo

de instrumento de crédito. Também fazem parte da política de crédito, a

análise, que procura distinguir quais clientes são capazes de pagar seus

compromissos e por último a política de cobrança, que cobrará seus recebíveis

quando estes vencerem.

Assaf Neto e Silva (1997), complementam que a empresa ao definir sua

política de crédito deve levar em consideração o fluxo de caixa proveniente

dessa política e o investimento necessário para colocá-la em prática. Uma

política de crédito que aumente o volume de vendas pode provocar uma

recuperação mais rápida de investimento, aumentando sua liquidez e

reduzindo seu risco. Porém o aumento do volume de vendas pode em alguns

casos demandar um investimento adicional de capital. Deve-se ter em mente

também as despesas com cobranças e a probabilidade de perdas com as

despesas de devedores duvidosos.

Um outro grupo de contas dentro da administração do capital de giro são

os estoques, que segundo Gitman (2004), devem ter como objetivo o maior

giro de estoques, no menor tempo possível, entretanto sem perder vendas por

falta de mercadorias.

Para Gitman (2010), existem diversos de vistas quanto aos níveis

eficientes de estoque entre os gestores das diferentes áreas, como finanças,

marketing, produção e compras. Entretanto, na visão financeira o mais

importante é manter níveis de estoque cada vez mais baixos, visando garantir

que o dinheiro da empresa não esteja mal aplicado e que haja a estocagem

em recursos excessivos. O autor ainda aponta diferentes técnicas para a

gestão de estoques, dentre elas: o sistema ABC; o modelo do Lote Econômico

de Compra; o sistema just-in-time (JIT).

Assaf Neto e Silva (1997), afirmam que o investimento em estoques é

um dos fatores mais importantes para a adequada gestão financeira de uma

empresa. Isso pode ser consequência tanto da participação deste ativo no total

de investimento, quanto da importância de gerir o ciclo operacional. Porém

deve-se analisar as vantagens de se possuir estoques, comparando seus

benefícios e custos. É importante decidir quanto ter de estoque e quando

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solicitar uma reposição de produtos. Essa decisão de quando e quanto comprar

é uma das mais importantes a serem tomadas na gestão de estoques.

Dessa forma a administração do capital de giro passa pela avaliação do

momento atual do negócio, das faltas e sobras de recursos financeiros, e dos

reflexos gerados pelas decisões tomadas na empresa em relação a compras,

vendas e administração do caixa. (Silva, 2009)

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CAPÍTULO III

Indicadores e a gestão do capital de giro

Para Gitman (2010), o uso dos indicadores envolvem métodos de

cálculo e interpretação de índices financeiros visando a análise e

monitoramento do desempenho da empresa. Assim os indicadores extraídos

das demonstrações financeiras de uma empresa são interessantes para os

gestores, acionistas e credores do negócio.

Acionistas costumam ter maior interesse sobre os índices de risco e

retorno da empresa. Já os credores, acabam optando principalmente pela

liquidez de curto prazo e a capacidade de honrar seus pagamentos de juros e

amortização. A administração financeira também faz uso dessas informações

para avaliar o desempenho empresarial de um período para o outro.

3.1. Necessidade de investimento em capital de giro (NIG)

Para Assaf Neto e Silva (1997), pode-se obter a efetiva necessidade de

investimento em capital de giro (NIG) através do total do ativo circulante

operacional (contas a receber, estoques e despesas operacionais incorridas),

menos o valor do passivo circulante operacional (fornecedores, salários,

encargos).

NIG = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional

Quando a atividade operacional da empresa cria um fluxo de saídas de

caixa mais rápido que o de entrada, percebe-se uma necessidade permanente

de investimento em giro, que é apurada pela diferença entre os ativos e

passivos cíclicos. Por outro lado a NIG pode também ser negativa, isso

demonstra um excesso de funcionamento, onde os passivos de funcionamento

estão financiando outros elementos do ativo além dos ativos circulantes

operacionais (Assaf Neto e Silva, 1997).

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Suzana (2014) diz que aumento da NCG nem sempre é totalmente

prejudicial, pois isso pode estar associado a uma implantação de ações que

buscam um crescimento nas vendas, que por seu lado tem como consequência

um aumento das contas operacionais. O aumento da NCG só vai se tornar

prejudicial à empresa quando não for acompanhado de financiamentos de

origem adequada.

Assaf Neto e Silva (1997), também aponta que a NIG pode ser

influenciada pelo ciclo financeiro da empresa, tendo seu valor aumentado

quando os por exemplo os prazos de cobranças forem alongados. Por outro

lado alterações operacionais também modificam o volume de recursos

necessários para o capital de giro, por exemplo, alterações nos prazos de

estocagem. Além das influências do ciclo operacional e financeiro o valor da

NIG também pode ser afetado pelo volume de vendas do negócio. Dessa forma

quanto maior for o crescimento das vendas, maior será a necessidade de

recursos aplicados em ativos circulantes operacionais.

3.2. Indicadores de Liquidez

Gitman (2010), identifica a liquidez como sendo uma forma de medir a

capacidade da empresa de saldar suas obrigações de curto prazo à medida

que se tornam devidas. Sendo a liquidez baixa ou em declínio um precursor de

dificuldades financeiras. Esse índice pode então, antecipar problemas de fluxo

de caixa e insolvência eminente. As duas medidas de liquidez básicas são a

liquidez corrente e a liquidez seca.

Assaf Neto e Silva (1997), abordam o índice de liquidez corrente, como a

medida para identificar a capacidade da empresa pagar suas obrigações de

curto prazo, onde para cada R$ 1,00 de dívida, quanto a empresa mantém em

seu ativo corrente. Seu cálculo é expresso como:

Ativo circulante

Índice de liquidez corrente =

Passivo Circulante

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O índice de liquidez seca é semelhante ao de liquidez corrente, porém

retiram-se os estoques do cálculo, que costuma ser o menos líquido dos ativos

circulante. Assim o valor da liquidez seca é obtido pela seguinte fórmula:

Ativo circulante - Estoques

Índice de liquidez seca =

Passivo Circulante

Gitman (2010), também diz que o índice da liquidez seca só fornece uma

medida melhor do que o da liquidez corrente quando os estoques da empresa

não puderem ser facilmente convertidos em caixa. Porém quando o estoque for

líquido, o índice de liquidez corrente torna-se uma medida mais adequada.

Assaf Neto e Silva (1997), expõe ainda a medida de liquidez imediata,

tendo como finalidade identificar a capacidade da empresa saldar seus

compromissos correntes utilizando unicamente o seu saldo de disponível,

revelando o percentual de dívidas que a empresa conseguiria liquidar

imediatamente.

Disponível

Índice de liquidez imediata =

Passivo Circulante

3.3. Indicadores de atividade

Gitman (2010), aponta este grupo de indicadores como os que medem a

velocidade com que as contas se convertem em caixa. Sendo importante ir

além das medidas de liquidez, e necessária avaliação da atividade de contas

específicas do circulante, como por exemplo, contas a receber, estoques e

contas a pagar. Sendo os principais demonstrados abaixo:

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Giro de Estoque: que mede a atividade, ou liquidez, do estoque de uma

empresa. Seu resultado deve ser comparado com outras empresas do mesmo

setor, e seu cálculo é obtido da seguinte forma:

Custo de Mercadorias Vendidas

Giro de Estoque =

Estoque

Prazo médio de recebimento (PMR): também chamada como a idade

média do contas a receber, utilizado para avaliar as políticas de crédito e

cobrança, e seu valor é significativo de acordo com as políticas de crédito da

empresa.

Contas a receber de clientes

PMR =

Valor diário médio de vendas

Prazo médio de pagamento (PMP): é calculado da mesma forma que o

prazo médio de recebimento, e a dificuldade está em identificar os valores de

compras e seu valor é significativo quando comparado as condições de crédito

oferecidas a empresa.

Fornecedores

PMP =

Valor diário médio de compras

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Giro do ativo total: que mede a eficiência com que a empresa utiliza seus

ativos para gerar vendas. De modo geral quanto maior o giro total do ativo,

maior a eficiência da empresa em utilizar seus ativos.

Vendas

Giro do ativo total =

Ativo Total

Para Fusco (1996), ainda é importante ressaltar que um dado nível de

vendas, dependendo do grau de agressividade da política de capital de giro da

empresa, será necessário um volume maior ou menor de dinheiro no circulante

para financiar suas operações.

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CONCLUSÃO

A gestão do capital de giro é de extrema importância para a saúde

financeira da empresa, tendo como seus principais pilares as decisões que

envolvem o ciclo financeiro e econômico do negócio.

Através do estudo realizado foi possível compreender que o capital

de giro está associado aos recursos necessários para que a empresa complete

sua atividade operacional. Tendo em sua gestão alguns desafios, como a

busca pelo equilíbrio entre risco e retorno com relação à gestão de recebíveis,

contas a pagar e estoques.

Nesse aspecto, é importante a manutenção do nível de liquidez

necessária, e o desenvolvimento de estratégias para a gestão das

disponibilidades, que visam garantir um giro operacional eficiente. Lembrando

que não é necessário manter níveis de liquidez altos demais, para que a

empresa não deixe recursos aplicados em ativos com pouca capacidade de

gerar valor para a mesma, comprometendo assim a rentabilidade do negócio.

O capital de giro é fortemente influenciado pelas incertezas e riscos

da atividade operacional, por isso a importância de uma alternativa de

investimento em giro que permita uma reserva para que, caso ocorram crises

ou imprevistos a empresa tenha condições de honrar suas obrigações,

minimizando o risco de insolvência. Também fazem parte dos desafios

enfrentados pelos profissionais de finanças a gestão da necessidade de

financiamento e a análise das melhores fontes para financiar os recursos

necessários ao crescimento do negócio.

E finalmente para que a gestão do capital de giro ocorra de forma

satisfatória e impulsione sucesso ao negócio, os profissionais podem fazer uso

das métricas e indicadores apresentados ao longo desse estudo, como os

cálculos da liquidez e de nível de atividade.

A obtenção e análise desses valores podem funcionar como

direcionadores para melhores decisões financeiras de curto prazo e

ferramentas para a avaliação de como está sendo o desempenho da gestão do

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capital de giro na empresa, mensurando seu desempenho frente a outras

companhias do setor, ou comparando a evolução da mesma em diferentes

períodos.

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BIBLIOGRAFIA

ASSAF NETO, Alexandre. SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do

Capital de Giro. 2ª. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

DETONI, Dimas José. MOREIRA, Vânia Cristina Claudiano. A Importância da

Administração do Capital de Giro para a Sobrevivência de uma Empresa. VIII

SEGET, Rio de Janeiro, 2011.

FUSCO, José Paulo Alves. Necessidade do Capital de Giro e Nível de Vendas.

Revista de Administração de Empresas. v, 36, n.2, p. 53-66, 1996.

GITMAN, Lawrence J. Administração Financeira. 12ª. Ed. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2010.

ROSS, Stephen A. WESTERFIELD, Randolph W. et al. Administração

Financeira: Corporate Finance. São Paulo: Atlas, 1995.

SILVA, Daniele Gomes. A importância e a Necessidade do Capital de Giro nas

Empresas. Rio de Janeiro: AVM, 2009. 34p.

SUZANA, Yuri. Diagnóstico para Identificar as Principais Causas e Consequências na Ocorrência do Efeito Tesoura em Empresas Listadas na Bovespa. Paraná: UTFP, 2014. 52p.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Importância e Definições da Administração do Capital de Giro 10

1.1. Capital de Giro Líquido 10

1.2. Ciclo Operacional, financeiro e econômico 12

CAPÍTULO II

Desafios e Estratégias na Administração do Capital de Giro 14

2.1. Alternativas de Financiamento 15

2.2. Fontes de Financiamento 17

2.3. Gestão das Disponibilidades 18

CAPÍTULO III

Indicadores e a Gestão do Capital de Giro 24

3.1. Necessidade de Investimento em Capital de Giro 24

3.2. Indicadores de Liquidez 25

3.3. Indicadores de Atividade 26

CONCLUSÃO 29 BIBLIOGRAFIA 31 ÍNDICE 32 ÍNDICE DE FIGURAS 33

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 – Ciclos da Empresa 13

Figura 2 – Necessidade de Recursos 14

Figura 3 – Estrutura de Risco Mínimo 15