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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
DOENÇAS OCUPACIONAIS NAS ORGANIZAÇÕES
Por: Cleusa Alves da Silva
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
AVM FACULDADE INTEGRADA
DOENÇAS OCUPACIONAIS NAS ORGANIZAÇÕES
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão em Recursos
Humanos.
Por: Cleusa Alves da Silva
Rio de Janeiro
2013
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente ao Senhor Jesus, Rei na minha vida, o que
se faz presente a todo o momento, a todo instante.
Agradeço a todos os Funcionários e corpo docente da AVM
Faculdade Integrada, que sempre estiveram dispostos a nos atender com
paciência e educação.
Agradeço aos amigos do coração, pelo companheirismo, da turma
K250, em especial a: Danielle Rocha, David Ferreira, Omar Rumie, Regina
Dutra, Suelen Vital e Thaís Rodrigues.
‘’ Nós viveremos universos em fora,
Trazendo dentro d’alma a vida acesa.
No ritmo da luz da natureza.
Que é a eterna vibração da eterna autora.
A dor, somente a dor nos aprimora,
Nos caminhos da prova e da aspereza,
Elevando a nossa alma na grandeza.
Da grande claridade redentora.
Somos os lutadores peregrinos,
Sonhando pela estrada dos destinos,
Um castelo de paz, ventura e glórias.
Sabemos do passado envolto em ruínas
Que a luz do amor e as rudes disciplinas,
São as chaves das últimas vitórias’’.
Raul de Leoni.
DEDICATÓRIA
Dedica-se ao meu esposo Alcemar
Fernandes e ao meu filho Gabriel que
sempre me apoiaram, a minha mãe
Eloyna (falecida), ao meu pai Inácio e aos
meus irmãos, que são pessoas especiais
em minha vida.
RESUMO
Este trabalho tem com objeto de estudo, a relação saúde do
trabalhador e as doenças ocupacionais dentro das organizações. E tem como
objetivo descrever a importância da saúde do colaborador no ambiente de
trabalho.
O ambiente de trabalho pode converter-se em elemento agressor do
indivíduo, qualquer que seja a origem do desiquilíbrio existe a possibilidade de
dano para a saúde do colaborador o qual deve ser protegido pela adoção de
medidas adequadas (BRASIL, 1996).
Este estudo torna-se relevante para a área de saúde do trabalhador
no campo de atuação da saúde ocupacional, visando contribuir com melhorias
no ambiente de trabalho, no que diz respeito preservação da saúde do
profissional.
Palavras chave: saúde do trabalhador, trabalho, prevenção,
doenças ocupacionais.
METODOLOGIA
O presente estudo deu-se através de pesquisa bibliográfica, de
abordagem qualitativa e descritiva.
A pesquisa bibliográfica , segundo Cervo (1996), procura explicar um
problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Pode ser
realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou
experimental. Em ambos os casos, busca conhecer e analisar as contribuições
culturais ou cientificas do passado existente sobre um determinado assunto,
tema ou problema.
O surgimento da pesquisa qualitativa deu-se quando os
antropólogos, que estudavam indivíduos, tribos e pequenos agravos,
perceberam que os dados não podiam ser quantificados, mas sim interpretados
(LAKATOS e MARCONI, 2007).
As pesquisas qualitativas há um mínimo de estruturação prévia. Não
se admitem regras precisas, como problemas, hipóteses e variáveis
antecipadas, e as teorias aplicáveis deverão ser empregadas no decorrer da
investigação.
Para este trabalho foi usado a pesquisa descritiva, juntamente com a
exploratória, feita pesquisa na internet, leituras de alguns livros, artigos e um
questionário realizados com médicos estudante do curso de Pós graduação,
Instituto IPEMED, Copacabana, Rio de Janeiro.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 01
CAPÍTULO I - Conceito da palavra trabalho 03
1.1 – O significado do trabalho 05 1.2 - Considerações sobre acidente de trabalho 07 1.3 – Prevenções contra acidentes de trabalho 08 1.4 - Equipamentos de Proteção Individual 12 1.5 – PPRA, PCMSO e ASO 15 CAPÍTULO II - Doenças Ocupacionais 21
CAPÍTULO III – Pesquisa de campo (Questionário) 30
CONCLUSÃO 33
ANEXO 01 – Dicas de saúde 34 ANEXO 02 – Wikipédia 37 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
INDICE 39
1
INTRODUÇÃO
Meu empenho para este estudo, deu-se através da preocupação
com as condições de risco para a saúde do trabalhador nos ambientes de
trabalho, onde tenho por objetivo alertar as empresas fazendo com que tenha
uma maior preocupação com as saúde e o bem estar de todos os funcionários,
incluindo o local de trabalho o os riscos que os mesmos oferecem.
Alem dos riscos de acidentes no local de trabalho, existem também
os vários tipos de doenças ocupacionais que podem ser provocadas através
das condições de natureza ambiental e através das tarefas no dia a dia do
trabalhador, que afetam a saúde do mesmo.
Assim, este trabalho tem como objetivo de estudo, alguns, dos
principais tipos de doenças ocupacionais que afetam a saúde do trabalhador,
onde, muitas destas doenças, o próprio trabalhador não consegue identificar
como doença proveniente do seu próprio trabalho, por falta de orientação e
atenção por parte do seu líder, e por falta de bom acompanhamento médico
que deveria ser oferecido pelo sistema de saúde e atual governo.
Frente a este estudo, formulei como objetivo: Descrever a
importância da saúde do trabalhador no ambiente de trabalho.
Segundo Brasil (1996), não é possível indicar todos os fatores de
risco, contudo relacionam-se os mais comuns: muitas horas de trabalho;
postura inadequada; monotonia; meio físico inadequado; instalações sanitárias
insuficientes; falta de salas de descanso e assentos; saúde e higiene mental
insatisfatória; fadiga; movimentos e esforços repetitivos; níveis de stress
elevado levando, muitas das vezes ao descontrole do colaborador.
O ambiente de trabalho pode converter-se em elemento agressor
do individuo. Qualquer que seja a origem do desequilíbrio existe a possibilidade
de dano para a saúde do trabalhador o qual deve ser protegido pela adoção de
medidas adequadas ( BRASIL, 1996 ).
2
Assim, o estudo do ambiente de trabalho deve compreender os
seguintes aspectos: os diferentes tipos (características); os fatores que o
condicionam; as alterações desses fatores e suas causas; a técnica para
exploração dessas alterações; as medidas que devem ser adotadas para evitar
a agressão do ambiente sobre o individuo (BRASIL, 1996).
A atuação em saúde do trabalhador está baseada na premissa de
que os trabalhadores apresentam um viver, adoecer e morrer compartilhando
com o conjunto da população, em um dado tempo, lugar e inserção social, mas
que é, também, específico, resultante de sua inserção em um processo de
trabalho particular. E esta especificidade deve ser contemplada pelos serviços
de saúde. (OLIVEIRA, 1999, p.92)
Este estudo visa contribuir com melhorias no ambiente de trabalho,
no que diz respeito à preservação da saúde do profissional.
3
CAPÍTULO I
1 - A Palavra Trabalho
A palavra trabalha e o qualitativo profissional é usado em psicologia
para designar toda atividade realizada tecnicamente com a finalidade de
conseguir um rendimento econômico. (LIMA, 1994)
Em nossa organização social, o ser humano dedica ao trabalho
aproximadamente 65% da sua vida produtiva, incluindo-se jornada de trabalho
e atividade propriamente dita, a locomoção e o atendimento das necessidades
relacionadas ao trabalho. (LIMA, 1994)
Portanto, não é a terceira parte da vida, mas a metade da sua
existência que o homem dedica ao trabalho profissional. Hoje o trabalho
constitui uma das práticas mais importante da vida do ser humano, porque é
dessa atividade que o homem tira os elementos para sua própria subsistência
familiar. (LIMA, 1994)
Entretanto, o homem não deve trabalhar apenas pelo salário que
recebe, mas também pela satisfação pessoal que deve sentir na sua realização
e pelos resultados que colhe através do seu próprio esforço. (DEJOURS, 1986)
4
O trabalho desempenha uma função importante na vida do homem
e preenchem alguns objetivos, tais quais: respeitar a vida e a saúde do
trabalhador, priorizando o problema da segurança e da salubridade dos locais
de atividade laboral; deixar-lhe tempo livre para o descanso e laser,
destacando-se a questão duração dessa jornada e de sua coordenação para a
melhoria das condições de vida fora do local da atividade ocupacional.
(DEJOURS, 1986).
Deve permitir ao trabalhador sua própria realização pessoal, ao
mesmo tempo em que presta serviços à comunidade, considerando o problema
do tipo de atividade e da organização do trabalho (DEJOURS, 1986).
5
1.1 – O Significado do trabalho
O provimento das necessidades biológicas básicas humanas é a
função primordial do trabalho, entretanto, existem outras funções como:
propicia o aplauso social, uma vez que o individuo que não trabalha é mal visto
pela sociedade; alivia a tensão emocional funcionando como uma válvula de
escape ou uma derivação para as emoções acumuladas. (NEVES, 1992)
Estimular à imaginação ativa a criatividade porque afeta
poderosamente a atividade mental e estimula a inteligência, procurando obter
melhores formas de expressão da produtividade; condiciona o progresso e o
bem estar humano porque cada trabalhador é considerado parte do processo
de melhoria de sua comunidade. (LIMA, 1994)
O significado do trabalho é elaborado como uma cognição subjetiva,
histórica e dinâmica, caracterizada por múltiplas facetas que se articulam de
diversificadas maneiras. É subjetiva, apresentando uma variação individual, a
qual reflete a história pessoal de cada um (LIMA, 1994)
É social, porque, alem de apresentar aspectos compartilhados por
um conjunto de indivíduos, reflete as condições históricas da sociedade, na
qual está inserido. É dinâmica, no sentido de que é construto inacabado, em
permanente processo de construção. (LIMA, 1994)
Decorrente disso, sua caracterização varia conforme seu próprio
caráter histórico-social. O significado do trabalho, para o homem, representa
uma situação especial, que lhe traz satisfação ou não, e ainda, como atividade
humana. (RIFKIN, 1995, p. 128)
Quando à satisfação material, é necessário que o trabalho
proporcione o atendimento das necessidades biológicas primordiais:
alimentação, vestuário, habitação, saúde física e mental, recreação e outras.
(RIFKIN, 1995, p. 129)
Considerando a satisfação social, o trabalho confere posição entre
os membros do grupo, o que é importante para a convivência social.
(MARINO et. AL, 2001, p.23)
6
Após a revisão desses significados, tornar-se imprescindível
destacar as alterações no homem determinadas pelo trabalho.
(MARINO et. AL, 2001, p.23)
As alterações pelo trabalho no desempenho do trabalho pode-se
observar alterações no organismo e na personalidade do trabalhador que se
manifestam durante a jornada, tais como: modificações fisiológicas, alteração
do processo metabólico, aumento do ritmo respiratório e cardíaco e alterações
no teor físico químico do sangue e dos tecidos musculares, resultantes do
esforço produzido; aquecimento, ou seja, intensificação do rendimento do
trabalho pelo aumento da capacidade dos músculos e nervos condicionados às
atividades exercidas (MARINO et. AL, 2001, p. 25).
A queda da velocidade e qualidade do rendimento - observáveis
com o prolongamento forçado do trabalho, decorrente do esforço muscular e
intelectual que surge com a fadiga; reativação – é o súbito aumento do ritmo
de trabalho, seja pelo estimulo do supervisor ou apelo nas ultimas horas de
trabalho; alterações no controle e coordenação motora observáveis na
continuidade do esforço físico. (TEIXEIRA e VALE 1996, P. 2)
O trabalhador não percebe, acreditando-se ser reflexo de fadiga
mental; e a fadiga que é sensação de exaustão física e mental, resultan-te do
excesso de atividades, manifestada pela redução da força física e capacidade
de reagir ou executar tarefa. (TEIXEIRA e VALLE, 1996, P. 28)
7
1.2 – Considerações sobre acidente de trabalho.
O artigo 19 da lei 8.213, de 24/07/1991, define que o acidente de
trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou
pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando ao trabalhador
alguma lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou
redução, permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. Podemos
afirmar que se trata do chamado acidente do trabalho típico, ou seja, um
acidente ocorrido em razão do trabalho, gerando incapacidade ou morte.
(GUSTAVO GARCIA, acidentes do trabalho, pag. 17)
Faço eu, particularmente, uma pergunta: se a definição acima,
conforme lei descrita nos diz ser acidente do trabalho típico, o que seria
acidente de trabalho atípico?
Através de estudos que tenho feito, até o momento, definem
acidente de trabalho aquele que acontece no momento da execução em um dia
normal. E quando um funcionário sofre um acidente, quando sai de sua casa a
caminho do trabalho? Ou retornando do trabalho para casa? As organizações,
normalmente, não orientam seus colaboradores sobre isso, e quando ocorre
algum acidente, geralmente o colaborador é afastado por doença, pois na
maioria das vezes, não tem o conhecimen-to de que acidente de trabalho é
também, o que ocorre no trajeto casa-trabalho- casa. Conforme o artigo 20 da lei 8.213/1991 considera-se acidente de
trabalho os seguintes itens: Doença profissional: entendida como aquela que é produzida ou
desencadeada pelo exercício diário repetitivo de alguma atividade.
Doença do trabalho: Adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais em que o trabalho é realizado, prejudicando a saúde do
colaborador, cito como exemplo as empresas que trabalham com produtos
químicos.
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1.3 - Prevenções contra acidentes do trabalho
Diante de diversos estudos e pesquisas referentes a acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais, observei que a maior regra é a prevenção.
Tem que haver grande esforço por parte das organizações e funcionários para
que os acidentes e doenças não venham ocorrer, ambos deve fazer sua parte :
os organizações investindo cada vez mais em ambientes agradáveis para se
trabalhar, com higiene, ótima iluminação, limpeza e organização, atendendo as
regras exigidas pela comissão Interna de Prevenção de Acidentes ( CIPA ).
Cada CIPA é composta de representantes da empresa e dos
empregados, de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na
regulamentação do Ministério do Trabalho e Emprego. (art. 164 da CLT).
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A constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é
obrigatória conforme instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos
estabelecimentos ou locais de obras nelas especificados ( art. 163 da CLT ).
De acordo com o sistema jurídico, o mesmo prevê diversas
normas pertinentes a segurança e medicina do trabalho, estabelecendo
deveres ao empregador, ao empregado, bem como fixando atribuições dos
órgãos de fiscalização do trabalho. Essas regras são voltadas para obter e
manter um meio ambiente de trabalho saudável, prevenindo os riscos à saúde
e a segurança dos trabalhadores.
No que tange à segurança e medicina do trabalho cabe ao
empregador:
• Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do
trabalho;
• Instruir os colaboradores quanto as instruções e precauções a
tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais;
• Adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão
regional competente;
• Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente
(art. 157 da CLT).
É importante o fiel cumprimento dos referidos deveres acima
descritos para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, e
não sendo diferentes, os colaboradores também precisa fazer sua parte, onde
por sua vez, cabe:
• Observar as normas de segurança e medicina do trabalho,
Inclusive as instruções expedidas pelo empregador;
• Colaborar com a empresa na aplicação das normas sobre
medicina e segurança do trabalho (art. 158 da CLT).
O colaborador exerce relevante papel na prevenção de acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais, e poderá constituir ato faltoso diante de
recusa injustificada de não atender as diretrizes acima descritas e outras mais
como, por exemplo: se recusar a usar equipamentos de proteção individual
10
fornecidos pela empresa, uso indevido de uniformes, luvas, calçados
antiderrapantes e execução de movimentos no local de trabalho, que por
ventura, venha colocar sua vida em risco, como por exemplo:
• Subir em carrinhos de balcão com rodinhas para em pendurar
enfeites ou cartazes de propaganda se recusando a usar escada, alegando ser
mais prático.
• Entrar em câmaras frigoríficas, em alto grau de temperatura se
recusando a usar o casaco protetor e botas.
• Descarregar mercadorias de caminhões, carregar peso sem uso
do carrinho, podendo assim prejudicar a coluna serviçal e outros membros.
Cabe às Delegacias Regionais do Trabalho (art. 156 da CLT), que
são órgãos competentes em matéria de inspeção do trabalho, fiscalizar e
promover o cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho,
adotando assim, medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições
sobre segurança e medicina do trabalho, prevenindo assim possíveis erros por
parte das empresas. Impor as penalidades cabíveis por descumprimento das
normas de segurança e medicina trabalho dentro das organizações, fazendo
com que venham colocar em prática o que e exigido por lei, nos termos do art.
201 da CLT. São de grande importância por parte dos órgãos competentes a
inspeção e fiscalização do trabalho, exercendo a atividade preventiva de
infortúnios. (GUSTAVO GARCIA, acidentes do trabalho, pag. 25).
Varias são as causas para que o colaborador tenha ou peça
afastamento do trabalho, seja por acidente ou por doença ocupacional. Através
de pesquisas, de acordo com o INSS, o principal motivo é dores nas costas,
onde, na maioria das vezes, estas dores são problemas relacionados à coluna
vertebral, originário por carregar peso, pela forma que se senta na frente do
computador, por sofrer um acidente ou por postura inadequada. Em seguida,
vêm as dores musculares e as inflamações nos tendões. No entanto, como
comentei anteriormente, nem todos os profissionais conhecem seus direitos em
relação ao afastamento do trabalho por acidente ou por doença ocupacional.
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Em pesquisas, cito a advogada trabalhista da IOB Folhamatic,
Ydileuse Martins que explica quais procedimentos devem ser adotados nos
casos em que o trabalhador é acometido por uma patologia ocupacional. Nos
primeiros quinze dias, o salario do colaborador afastado deverá ser pago pela
empresa. A partir do 16º dia, e ate que obtenha alta médica e volte para as
atividades dentro da empresa onde trabalha, o contrato de trabalho é
considerado suspenso, na forma do artigo 476 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). O beneficio é pago pela Previdência, a qual faz um cálculo
tomando como base o salario de contribuição. A partir desse ponto, o
colaborador tem direito a receber 91% correspondente ao valor do salario de
beneficio, informa a advogada da IOB Folhamatic.
O colaborador que estiver afastado por mais de 15 dias, tanto por
acidente de trabalho, quanto por doença ocupacional, conforme artigo 118 da
CLT, ao retornar ao trabalho, tem instabilidade de um ano na empresa, onde
fica proibida a dispensa arbitrária, ou seja, o colaborador só poderá ser
demitido por justa causa. É uma proteção social prevista em lei e que deve,
obrigatoriamente, ser cumprida pelas organizações. Lembrando que, toda e
qualquer incapacidade para o trabalho deverá ser comprovada por meio de
exames realizados pela pericia médica da Previdência Social. O segurado que
estiver recebendo auxílio-doença, independente de qualquer fator, é obrigado a
submeter-se a perícia médica do INSS, sob pena de suspensão do beneficio.
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1.4 – Equipamentos de Proteção Individual
Podemos definir Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo
produto ou dispositivo, de uso individual utilizado pelo colaborador de uma
empresa, estes equipamento são destinados à proteção de riscos suscetíveis
de ameaças a saúde e a segurança do colaborador.
É obrigação por parte da empresa de fornecer aos empregados,
gratuitamente, estes equipamentos de proteção individual sendo estes em
perfeito estado de conservação, funcionamento e adequado ao risco sempre
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que o ambiente de trabalho não ofereça, de forma adequada, proteção
suficiente contra os riscos de acidente e danos a saúde dos empregados (Art.
166 da CLT).
O equipamento de proteção só poderá ser posto a venda ou utilizado
com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho (Art.
167 da CLT).
Justifico mais uma vez, que é de obrigação por parte da empresa
fornecer, gratuitamente, EPI adequado ao risco nas seguintes circunstâncias:
• Para atender as situações de emergência dentro do ambiente de
trabalho.
• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
implantadas.
• Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais.
Quanto ao EPI, cabe ao empregador:
• Adquirir o adequado ao risco de cada atividade, protegendo assim
e preservando a vida do colaborador.
• Exigir que cada colaborador use estes equipamentos de proteção
de forma correta, colaborando para sua proteção.
• No intuito de prevenir acidentes, forneça aos colaboradores
somente os EPIs aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho.
• Orientar e treinar os colaboradores quanto ao uso adequado,
guarda e conservação.
• Sempre que necessário, substituir estes equipamentos quando
danificados ou extraviados, responsabilizando-se pela higienização e
manutenção periódica.
• Comunicar ao Ministério do trabalho e Emprego qualquer
irregularidade observada.
Quanto ao EPI, é obrigação por parte do empregado:
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• Usar de forma correta, utilizando-o apenas para a finalidade a que
se destina;
• Responsabilizar-se pela conservação e guarda de forma
adequada para cada EPI;
• Sempre que for observada qualquer alteração, que o torne
improprio para uso, comunicar ao superior imediatamente.
• Cumprir as determinações do empregador, de forma consciente e
entendida, sobre o uso adequado.
Na área do trabalho rural, atualmente, prevalecem às disposições da
NR 31, item 31.20 (Portaria 86/2005), que trata das medidas de proteção
pessoal. (GUSTAVO GARCIA, acidentes do trabalho, pag. 31).
15
1.5 – Medidas preventivas de medicina do trabalho
(PPRA, PCMSO e ASO).
Visando a preservação da saúde e da integridade dos colaboradores
dentro das organizações, é obrigatório por parte dos empregadores (e institutos
que admitam trabalhadores como empregados) a elaboração e implementação
do Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais (PPRA), esta
obrigatoriedade esta estabelecida na NR9, instituída pela portaria 3214/1978,
com redação determinada pela portaria 25/1994.
O PPRA visa à preservação da saúde e da integridade por meio da
antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência
de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de
trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos
naturais.
O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da
empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos
colaboradores, devendo estar articulado com o disposto nas demais normas
regulamentadoras, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO, previsto na NR7, a seguir estudado.
Através de pesquisas, eu pude observar que existem diversas
formas de energia que os colaboradores podem estar expostos dentro das
empresas, a estas formas de energia consideramos como agentes físicos que
podem ser: ruídos, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas,
radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o ultrassom e o
infrassom. Temos também os agentes químicos que são substancias,
compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, nas formas de poeira, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores,
ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvido pelo organismo por meio da pele ou por ingestão.
Existem também os agentes biológicos que são as bactérias, fungos,
bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
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O PPRA deverá conter a seguinte estrutura:
• Estratégia e metodologia de ação;
• Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e
cronogramas;
• Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
• Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Todas as empresas deve ter este documento (PPRA), e suas
alterações e complementações deverão ser apresentadas e discutidas na
CIPA, de acordo com a NR 5, sendo sua copia anexada ao livro de atas dessa
comissão. O referido documento base e suas alterações deverão estar
disponíveis, de modo a proporcionar o imediato acesso ás autoridades
competentes.
As seguintes etapas devem estar incluídas no PPRA:
• Avaliação dos riscos e da exposição dos colaboradores;
• Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
• Antecipação e reconhecimento de riscos;
• Monitoramento da exposição aos riscos;
• Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
• Registros e divulgação de dados.
A implementação, acompanhamento, elaboração e avaliação do
PPRA poderão ser feitos pelo SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas
que, a critério do empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto na NR
9. Cabe ao empregador estabelecer, programar e assegurar o cumprimento do
PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.
Por sua vez, cabe aos colaboradores: colaborar e participar na
implantação e execução do PPRA, afinal de contas, a responsabilidade de
fazer a coisa acontecer é de todos que fazem parte da equipe, seja diretor,
gerente ou colaborador, a coisa tem que acontecer, toda a equipe deve seguir
as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA (apesar
de nem todas as empresas oferecerem este treinamento aos colaboradores),
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informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento,
possam implicar risco a saúde dos colaboradores.
O empregador deve garantir e permitir que os colaboradores possam
interromper de imediato suas atividades, na ocorrência de riscos ambientais no
local de trabalho que os coloquem em situação de grave e eminente risco,
comunicando o fato ao superior hierárquico de imediato para que se tome as
devidas providencias, e sendo ocorrências que se demore para resolver, as
horas ou dias interrompidas não podem ser descontados nos salários dos
colaboradores. (NR 9, item 9.6.3).
De acordo com o artigo 168 da CLT, e observando os aspectos
acima citado referente ao PPRA cabe destacar, ainda no âmbito das medidas
de prevenção o exame médico, que deve ser por conta do empregador e deve
ser expandido a todos os colaboradores, seguindo as instruções
complementares a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Todos os colaboradores de uma empresa devem fazer o exame
medico no momento da admissão, quando for demitido e periodicamente
(geralmente uma vez por ano ou dependendo da função exercida).
As regras sobre exames médicos são detalhadas pela NR 7 da
Portaria 3.214/1978. Essas normas regulamentadoras estabelece a
obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Controle Medico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com o objetivo
de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus colaboradores.
O PCMSO tem por objetivo prevenir, rastrear e diagnosticar de
forma precoce os agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de
natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças
profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.
Compete ao empregador:
• Indicar, entre os médicos do SESMT, da empresa, um
coordenador responsável pela execução do PCMSO.
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• Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem
como zelar pela sua eficácia.
• Custear sem ônus para o colaborador todos os procedimentos
relacionados ao PCMSO.
• No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do
trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar médico do
trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO.
• Inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador
poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.
Deve ser incluído no PCMSO, entre outros, a realização obrigatória
dos seguintes exames médicos:
• Admissional;
• Periódico;
• De retorno ao trabalho;
• De mudança de função;
• Demissional;
O Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) será emitido pelo médico,
em duas vias, para cada exame médico realizado, acima citado. A primeira via
do ASO ficará arquivado no local de trabalho do colaborador ( geralmente junto
com a ficha de registro do trabalhador), sempre de fácil acesso a disposição da
fiscalização do trabalho.
A segunda via do ASO, obrigatoriamente, deve ser entregue ao
colaborador, mediante recibo na primeira via.
O ASO deverá conter no mínimo:
• Nome completo do trabalhador, o numero de registro de sua
identidade e sua função;
• O nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo
CRM;
• Os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência
deles, na atividade do empregado, conforme instruções técnicas expedidas
pela Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho (SSST);
19
• Indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o
colaborador, incluindo os exames complementares e a data em que foram
realizados;
• Definir de apto (aprovado) ou inapto (reprovado) para a função
especifica que o colaborador vai exercer, exerce ou exerceu;
• Data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo
contendo seu numero de inscrição no Conselho Regional de Medicina.
De acordo com o artigo 169 da CLT, é obrigatória a notificação das
doenças profissionais e das produzidas em virtude de condições especiais de
trabalho, comprovadas ou objeto de suspeita, de conformidade com as
instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho. Deverão ser registrados em
prontuários clínicos individual, que ficará sob a responsabilidade do medico-
coordenador do PCMSO, os dados obtidos nos exames médicos, incluindo
avaliação clínica, exames complementares, as conclusões e as medidas
aplicadas.
Sendo constatada a ocorrência ou agravamento de doenças
profissionais, por meio de exames médicos que incluam os definidos na NR 4;
ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de
órgão ou sistema biológico, por meio dos exames especificados na NR 4,
mesmo sem sintomatologia, cabe ao medico-coordenador ou encarregado:
• Indicar, quando necessário, o afastamento do colaborador da
exposição ao risco, ou do trabalho;
• Solicitar a empresa a emissão da Comunicação de acidente do
trabalho – CAT;
• Encaminhar o trabalhador a Previdência Social para
estabelecimento de nexo causal, avaliação de incapacidade e definição da
conduta previdenciária em relação ao trabalho.
• Orientar o empregador quanto à necessidade de adoção de
medidas de controle no ambiente de trabalho. (GUSTAVO GARCIA, acidentes
do trabalho, pag. 32).
20
Após estudo, consultas e pesquisas, eu pude observar que muito
temos a fazer, para que os dados acima citados venham acontecer dentro das
empresas (experiência própria), pois a minoria das organizações é que se
preocupa em fazer valer o que nos diz cada NRs, cada artigo e leis dentro da
CLT. A fiscalização não deve ser só por parte do Ministério do Trabalho, mas
também por parte de cada colaborador.
21
CAPÍTULO II
DOENÇAS OCUPACIONAIS
Neste capitulo, vamos descrever algumas das doenças mais comuns
que afetam a saúde do colaborador dentro das organizações e que prejudicam
seu desempenho profissional, e quais as ações de prevenção relacionadas às
doenças ocupacionais as empresas deve tomar para a redução das elevadas
taxas de acidentes do trabalho.
Doenças ocupacionais são complicações na saúde do colaborador
provocadas por fatores dentro do ambiente de trabalho prejudicando o seu
desenvolvimento, onde muitas das vezes é preciso se afastar ou sair da
empresa em que se trabalha.
As doenças ocupacionais se dividem em doenças profissionais ou
tecnopatias, causadas pela atividade laboral e doenças do trabalho ou
mesopatias que podem ou não ser causadas pelo trabalho.
Doenças do sistema respiratórias e de pele – é uma das doenças
mais comuns dentro das organizações provocadas por contato direto com
materiais de limpeza usadas em quantidade e de maneiras incorretas. Os
cuidados devem ser essencialmente preventivos, pois na maioria das vezes as
doenças ocupacionais são de difícil tratamento como, por exemplo: Silicose,
Abstose, Dermatite de Contato e Câncer de pele ocupacional. As doenças
respiratórias são pouco conhecidas pela população, embora muito freqüente.
Asma ocupacional, renite ocupacional, doença pulmonar obstrutiva
crônica (DPOC), câncer de pulmão e pneumoconioses esta entre os principais
problemas adquiridos ou agravados em ambiente de trabalho devido a
exposição a agentes específicos como a poluição dor ar, gases, fumos ou
partículas nocivas.
De acordo com especialistas, a asma e a DPOC tem causas
múltiplas e podem ser desencadeados por interações entre fatores do paciente
22
(genético, hereditário), hábitos pessoais como o tabagismo ou
ambientais, como a exposição a gases, vapores, fumos e poeira no ambiente
de trabalho.
A mais freqüente delas, é a asma relacionada ao trabalho. Entre os
mais atingidos estima-se cerca de 10% dos asmáticos adultos apresentem
asma relacionada ao trabalho. As principais vitimas são colaboradores na área
de limpeza, de industria de plástico, química, farmacêutica, calçados, metal-
mecanica e eletrônica, pintores e colaboradores expostos a poeira de madeira.
Depressão - De acordo com o escritor Gustavo Felipe Garcia,
podemos definir a depressão com o “ estado de desencorajamento, de perda
de interesse, que sobrevém, por exemplo, após perdas, decepções, fracassos,
estresse físico e/ ou psíquico, no momento em que o individuo toma
consciência do sofrimento ou da solidão em que se encontra”.
23
Eu e a depressão – Trabalhei durante 18 anos para uma empresa
de fast food (não me foi autorizada divulgar o nome) onde passei por este
problema que a princípio, e quando não temos o devido conhecimento (que foi
o meu caso) da doença, é muito difícil de enfrentar. As cobranças diárias feitas
de forma inadequada por parte de alguns superiores (abuso de poder) me
levaram um nível de estresse muito grande, problemas de saúde começaram a
aparecer no segundo semestre de 2007 me deixando acamada. Dores de
cabeça constantes, intenso sentimento de culpa, baixa auto-estima, irritação,
fadiga, perda de interesse pelas atividades desempenhadas no cargo em que
ocupava (assistente de gerente), insônia, cansaço, redução da concentração,
diminuição da capacidade de tomar decisões, uma tristeza sem fim, não tinha
animo para mais nada e para completar, uma febre sem explicação.
Vários exames foram feitos, idas e vindas consecutivas ao médico e
depois de seis meses foi me dado o diagnostico de depressão. Neste momento
descobri que mudança tinha que acontecer em minha vida, sai da empresa,
voltei a estudar, passei a fazer exercícios, novos laços de amizade e hoje um
novo emprego que me da uma nova visão do que é viver. Na época, para
entender melhor o que estava acontecendo comigo, procurei ler sobre esta
doença, descobri que são muitas as pessoas que passam por isso, inclusive
até hoje, dentro desta empresa que trabalhei, pois a mesma não reconhece o
problema do colaborador como uma doença decorrente do auto nível de
estresse.
No aspecto químico-biológico, a depressão caracteriza-se pelo
reduzido nível de serotonina, que é um neurotransmissor, nos espaços para a
comunicação entre as células do sistema nervoso do cérebro. Trata-se de
doença psíquica que cada vez mais atinge as pessoas, seja em razão das
crescentes dificuldades socioeconômicas, seja como decorrência da
complexidade do convívio social nos tempos modernos.
Ela vem se tornando, desde o fim do século XX, uma verdadeira
doença de época e é desencadeada por vários fatores de ordem genética,
química e biológica. Ainda assim, no plano das relações sociais, também as
péssimas condições de trabalho, presentes cada vez mais na atualidade,
24
causando à pessoa intenso sofrimento psíquico-mental, correspondem a um
considerável fator, apto a desencadear essa doença. Não que a depressão
seja, invariavelmente, uma doença do trabalho, pois pode perfeitamente ter
origem em fatores totalmente desvinculados da atividade laborativa.
No âmbito da legislação, a depressão não se encontra de forma
avançada como as principais doenças ocupacionais, e como conseqüência,
tem-se o manifesto prejuízo para o paciente, já sofrendo da grave enfermidade,
dificultando-lhe o acesso aos benefícios e direitos acidentários (previdenciários
e trabalhistas).
LER / DOR (Lesão por Esforço Repetitivo / Distúrbio Osteomuscular
relacionado ao trabalho)
Campeã em afastamento do trabalho, a lesão por esforço repetitivo
e o disturbio osteomuscular prejudicam a saude do colaborador atravez de
dores cronicas, que incomodam bastante e de forma continua, levando muitas
das vezez a cirurgias para correções osseas. São processos decorrentes das
relaçoes e da organização do trabalho no mundo moderno, onde as atividades
são realizadas com movimentos repetitivos, com posturas prolongadas,
trabalho muscular estático (parado), sobrecarga mental, ritmo intenso de
25
trabalho, pressão por trabalho, relações conflituosas e estimulo a
competitividade.
Segundo o médico perito da Gerencia Regional do INSS em
Uberaba , Paula Borges, a LER / DOR é um mecanismo que leva a
determinados tipos de lesões, sendo que as doenças ortopédicas são as
maiores causas de afastamento no Brasil. Dados do Ministerio do Trabalho e
emprego apontam um aumento de 12,7% no numero de acidentes do trabalho
entre 2007 e 2008. Em Uberaba, as doenças ortopédicas correspondem entre
20% e 40% das causas de afatamento do emprego, que pode chegar a tres
meses.
Na avaliação do médico perito, são variados os fatores que
influenciam as lesões. Os distúrbios ocupacionais relacionadas ao trabalho
algumas vezes não chegam a ser lesões propriamente dito, mas apenas uma
fadiga muscular, por causa da repetitividade do movemento e de como é feito
esse trabalho repetitivo. Entre os fatores estão atividades vibratórias, ou então
de compresão de nervos devido a postura inadequada. Podemos dizer que é
multifatorial a doença. Temos os fatores sociais que influenciam muito nas LER
/ DOR de maneira geral, que o problema da exigencia do trabalho. É o chefe
que exige e cobra do colaborador, levando o subordinado a fazer suas
atividades com certa rapidez dentro de uma certa metodologia, desencadeando
uma depressão ou estresse.
Pescoso, ombros, cotovelos, pulsos, nervos e musculos em menbros
superiores são os principais alvos de problemas que comprometem força e
mobilidade. Acomete homens e mulheres em plena fase produtiva (inclusive
adolescentes), esta doença, pode evoluir para incapacidade parcial ou
permanente, como a aposentadoria por invalidez.
Os sintomas se caracterizam-se por um quadro de dor crônica,
sensação de formigamento, dormência, fadiga muscular ( por alterações dos
tendões, musculatura e nervos periféricos). É um processo de adoecimento,
inclusive psicológico, pois surgem incertezas, medos, ansiedades e conflitos.
Uma saida é a Terapia Ocupacional que pode e deve estar atuando
dentro das organizações com medidas preventivas das doenças ocupacionais.
26
São orientações quanto ao mobiliário, iluminação, postura, dentre
outras que farão a diferença na qualidade de vida dos colaboradores que terão
condições de produzir em maior quantidade e melhor produtividade ( Saúde e
Segurança do trabalho – VitalSaúdeOcupacional – Viva Melhor Online).
LOMBAGIA – é a famosa dor nas costas, geralmente as pessoas
dizem dor na coluna, dores na região lombar que incomodam bastante
prejudicando a saúde do colaborador e no seu desempenho profissional.
Geralmente atinge com maior frequencia os trabalhadores da construção civil
pelo fato de carregar peso e fazer movimentos de forma inadequada.
Inumeras são os fatores de risco que contribuem para o
desencadeamento e cronificação das sidromes lombares, tais como: fatores
genéticos, psicossociais, obesidade, fumo, atividades profissionais,
sedentarismo, maus hábitos posturais, síndromes depressivas, trauma,
gravidez, trabalho repetitivo, entre outras.
Lombagia é uma das grandes causas de morbidade e incapacidade
funcional, tendo incidencia apenas menor que a cefaléia entre os disturbios
dolorosos que mais acometem o homem. De acordo com varios estudos
ipidemiológicos, de 65% a 90% dos adultos poderão sofrer um episódio de
lombagia ao longo da vida, com incidência entre 40% e 80% da maioria das
populações estudadas. Um exame clínico é suficiente para o diagnóstico e os
sintomas mais comuns da lombagia são citados como uma dor lombar, que
corresponde à região mais inferior da coluna vertebral, pouco acima das
nádegas, na altura da cintura. Apresenta-se geralmente de começo discretp,
com intensidade aumentando progressivamente e agravando com a mobilidade
da região.Acompanha a estas situações, algum grau de contratura muscular.
As crises dolorosas geralmente apresentam-se em um ciclo de dor
que duram alguns dias, podendo em alguns casos tornar-se constante ou
desaparecer, retornando depois de algum tempo.
Durante a crise dolorosa, a permanência em alguma forma de
postura, seja sentada ou em pé, provoca o aparecimento da dor. A persitência
27
dos cintomas ocasionalmente passa a ser um fator extremamente limitante sob
o ponto de vista social, afetivo ou profissional, gerando grandes distúrbios
secundários , como os de ordem emocional.
Em termos etiológicos, a lombagia é um processo eminentemente
clínico, onde os exames complementares devem ser solicitados apenas para
confirmação da hipótese diagnóstica. O diagnóstica pode ser feito clinicamente,
levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame
neurológico. Exames como raio-x, tomografia e ressônancia magnética ajudam
a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna esta
localizada.
Manter a postura correta é fundamental para evitar dores na coluna,
em algumas empresas exite a visita do especialista em ergonomia, e o numero
de correções de postura, posicionamento em relação ao computador, altura da
mesa e da cadeira é enorme. Do presidente a recepcionista, todos tem
prolemas e muitas correções orgonômicas precisam ser feitas.
Obsidade x Acidente de Trabalho (fator de risco).
Os quilos a mais continuam a ocupar lugar de destaque no ranking
elaborado pela Omint, afetando uma boa parte dos executivos entrevistados.
Os indicadores vem se mantenendo estaveis nos últimos 3 anos, mais isso não
é bom, segundo o coordenador do estudo. “ Não podia estar pior, porque os
índices estão estáveis, mas lá em cima”, diz Claudio Soares.
Segundo a pesquisa, 38,6% dos executivos têm Indice de Massa
Corporal (IMC) acima de 25. Dentro desse universo, 18.99% são homens e
11.53% , mulheres.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode ser
considerada obesa uma pessoa que tem IMC acima de 30. A explicação para o
fato de a obesidade ainda assombrar o mundo corporativo está nos hábitos de
vida dos executivos. Isso porque a quase totalidades deles, 95,5% assume que
não tem uma alimentação saúdavel e quase metade dos executivos é
sedentária. Além disso, 31.7% deles estão estressados.
28
Mas os executivos querem virar o jogo, de acordo com a pesquisa, a
inclusão de pelo menos uma atividade física na rotina é objetivo de 37,7% dos
executivos entrevistados. A pesquisa também revela que 44% pensam no
assunto. Em relação a alimentação, 26.1% disseram que já estão adotando um
cardápio mais saudável e 39% estão pensando em fazer isso.
“ A intenção é nova e é crescente “, diz Soares. Mas, para ele, ainda
é cedo para esperar melhora na próxima pesquisa. “ O ritmo de vida agitado
atual não permiti a mudança de hábitos, é dificil “ diz.
A obesidade é uma sindrome que atingi grande parcela da
população economicamente ativa e isto tem sido uma preocupação para a
Saúde Pública. Associado a isto, o mercado de trabalho exige cada vez mais
dos profissionais, fazendo com que estes tenham pouco tempo para cuidar da
própria saúde. Os acidentes de trabalho podem ter inicio a partir do estresse,
em que os individuos vivem no ambiente de trabalho, ou ainda, pode ser
relacionado a doença do trabalho. A obesidade não faz parte da listas de
doenças relacionadas ao trabalho, porém, esta pode ser responsavel por
varias patologias que pertencem a este grupo.
A Febre do Computador – Você sabia (na minha opinião) ?, que
dentro de médio prazo, o computador será o culpado por varias doenças
ocupacionais, tanto dentro das empresas, como dentro das nossas próprias
residencias. As pessoas levam horas diante do deste aparelho, não
conseguem mais viver sem as redes sociais, jogos e internet, nossas crianças
não brincam mais de jogar bola, bicicleta, bola de gude, bonecas. A moda do
momento para as crianças são os jogos de ação (muitas das vezes violentos),
Não se alimentam de forma correta, não colocam o corpo em movimento, não
estudam como deveria. Se não haver um controle por parte dos pais, os
estragos são grandes, crianças novas obesas, com problemas de visão,
achando que o mundo do computador é tudo.
Dentro das organizações a informática criou uma expectativa de
ação instantânea, mesmo em relação a problemas difíceis. Ela também levou a
29
um aumento da supervisão. Por meio do uso de programas sofisticados e de
sistemas de informação online, vendedores, operadores de telefone, equipes
de produção e pessoal de serviços podem ser submetidos a controle constante.
Sua produtividade pode ser medida e atualizada a cada minuto do
dia. Em alguns escritórios e fábricas, as últimas estatísticas sobre
produtividade das pessoas ou grupos podem ser continuamente exibidas como
um lembrete de quão bem ou quão mal alguém vai indo em relação às
expectativas. Nem é preciso dizer que o stress em tais situações é
extremamente alto.
O vício de trabalhar como uma doença ocupacional (minha
visão).
Mesmo quando as pessoas gostam de seu trabalho, as pressões
nas empresas modernas podem levar esse "prazer". Para progredir ou
simplesmente para manter sua posição atual, muitos executivos e novatos com
pretensões de progredir geralmente acham que precisam demonstrar uma
completa identificação com suas organizações e cumprir as normas
organizacionais que exigem refeições apressadas ou até perdidas, além de
longas horas de trabalho seis ou sete dias por semana.
O resultado, naturalmente, é o "maníaco por trabalho". O trabalho
torna-se um vício e uma muleta, resultando num desenvolvimento pessoal
desequilibrado e criando problemas para a vida familiar e prejudicando sua
saúde com o passar do tempo.
Muitas são as doenças que prejudicam o desempenho profissional
do colaborador, além das citadas acima podemos exemplificar: reumatismo,
Dengue, rinite alérgica, asma, pressão alta, insônia e outras mais.
30
CAPÍTULO III
PESQUISA DE CAMPO – (QUESTIONÁRIO)
Em algumas das linhas acima, no capitulo 2, Doenças Ocupacionais
(depressão), descrevi de forma resumida o que passei, foi difícil superar, pois
estava muito doente. Mas desde o momento que resolvi promover mudanças
na minha vida pessoal, como: praticar exercício (na minha própria casa), ler
bons livros, se dedicar mais a minha família, ou seja, procurei por uma vida
mais saudável e com mais tempo para o lazer, muita coisa mudou para melhor.
E entre todas estas mudanças, mudei também de emprego. Há um
ano e meio trabalho como coordenadora Financeira e um Instituto de Pós
graduação em Medicina (IPEMED), localizado em Copacabana, no Rio de
Janeiro.
Por estar trabalhando em um local, onde tenho acesso a médicos
estudando, formulei um questionário com quatro perguntas, na intenção de
tentar descobrir quais são as doenças ocupacionais que mais afastam os
colaboradores das suas funções profissionais. Estes médicos estudam neste
instituto para se formarem na especialização em dermatologia, cardiologia,
endocrinologia ou gastroenterologia (Pós-graduação Lato Sensu), e alguns
deles fazem atendimento como clinico geral dentro das UPAS, clínicas da
família e postos de saúde.
O questionário foi entregue a 07 médicos (numero que me foi
autorizado), onde, 03 responderam com mais eficiência e de forma direta.
Informo que o nome dos médicos participantes não me foi autorizado divulgar.
Eis as perguntas e suas respostas:
1) Em sua opinião, qual é o tipo de doença que mais afasta os
trabalhadores de suas funções?
31
Médico 01: Geralmente problemas relacionados à coluna: fortes
dores, onde, algumas decorrentes de fraturas, geralmente com profissionais
nos ramos da construção. (Lombalgia)
Médico 02: Dores de Coluna (Lombalgia)
Medico 03: Problemas respiratórios como a rinite alérgica, sinusite
ou crise asmática, que atingem trabalhadores que usam material de limpeza ou
produtos químicos.
2) Quanto tempo se mantém afastados, e qual a média de idade
destes trabalhadores?
Médico 01: O tempo de afastamento é decidido pelo médico perito
SUS e varia de caso a caso. Em relação a idade, se o problema for em relação
a coluna, geralmente acomete os acima de 35 anos.
Médico 02: Geralmente, quando voltam ao meu consultório para
uma avaliação, informam um afastamento de três a seis meses. Mais depende
do agravamento do problema apresentado, e a idade varia (problema de saúde
não tem idade para aparecer).
Médico 03: Depende do caso, alguns exigem longo tempo de
afastamento, e no caso de doenças respiratórias depende também, do
tratamento e acompanhamento feito, que depende mais do paciente em querer
ficar curado. Em relação a idade, cito a partir dos 17 ou 20 anos.
3) O que as empresas devem fazer, para evitar estes afastamentos
que prejudicam a saúde do Colaborador?
Médico 01: as empresas devem conscientizar seus funcionários do
que devem ou não fazer para prevenir certos acidentes (treinamento
consciente), e os funcionários, procurar se prevenir por si só.
32
Médico 02: Ter uma atenção maior com os funcionários
(supervisionar), treinamento constante.
Médico 03: Afastamento do trabalho não depende só da empresa,
mais principalmente dos funcionários que precisa buscar se prevenir
constantemente.
4) O que as empresas deve implantar para diminuir os acidentes de
trabalho e as doenças ocupacionais ?
Médico 01: Diminuir o nível de estresse, praticar exercícios antes do
trabalho, como por exemplo, a ginastica laboral.
Médico 02: Encaminhar o funcionário a um médico, assim que se
perceber que algo não vai bem, fazer acompanhamento, mostrar que a
empresa se preocupa com o bem estar do funcionário.
Médico 03: não respondeu, deixou em branco.
Segue abaixo, tabela de percentual em relação às doenças citadas acima, de
acordo com atendimentos feitos pelos médicos em suas áreas de trabalho.
N. DE MÉDICOS
LOMBALGIA
RINITE / ASMA
COLESTEROL
ALTO
01 27.72% 18.10% 14.12%
02 22.58% 13.01% 11.50%
03 _ _ _
04 14.15% 11.22% 9.33%
05 21.22% 19.11% 9.51%
06 _ _ _
07 _ _ _
*(-) Não houve interesse em responder.
33
CONCLUSÃO
A atuação da saúde ocupacional têm sido de fundamental
importância, já que atuam como verdadeiros parceiros para os trabalhadores.
Através deste estudo, verificou-se a necessidade sentida de
melhorias no gerenciamento da saúde dos profissionais em seus ambientes de
trabalho. As empresas devem repensar suas ações de segurança e saúde no
trabalho (SST), que na sua grande maioria, existe para atender a uma
legislação, que cada vez torna-se mais rígida, voltando o foco para os seus
processos de trabalho e não somente para o controle de riscos, e nesse
contexto, a saúde torna-se um elo de suma importância.
Um caminho para solucionar a questão das doenças ocupacionais
nas organizações, é o exercício do bom senso, aliado com a educação e o
treinamento no gerenciamento das empresas, e o esclarecimento sobre os
riscos ocupacionais para os trabalhadores. A tomada de medidas de
segurança, aliando a preservação do meio ambiente e a responsabilidade
poderá garantir mais qualidade de vida no presente e um futuro mais saudável
para as próximas gerações.
Como se nota, apesar dos sensíveis avanços na matéria referente
aos acidentes do trabalho e doenças ocupacionais (inclusive de ordem
psíquica), ainda há muito a ser feito nos planos da organização social do
trabalho, do Direito, da Segurança e Medicina do Trabalho, bem como da
psicologia, da psiquiatria e das demais ciências médicas, com o objetivo de
alcançar a higidez e integridade no meio ambiente de trabalho, repercutindo
diretamente na qualidade de vida e na dignidade das pessoas.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ALVAREZ, B. R. Qualidade de vida relacionada à saúde de trabalhadores:
Um estudo de caso. 1996. Dissertação (Mestrado em Engenharia de
Produção). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em:
http://www.efdeportes.com/.../qualidade -de-vida-no-trabalho.htm.
AQUINO. J.D. Sistemas de gestão da qualidade, de meio ambiente e de
segurança e saúde no trabalho: um estudo para o setor químico brasileiro
[tese de doutorado]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública, Universidade do
Estado de São Paulo; 2003.
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epidemiológico), Editora Método, 4º edição, autor: Gustavo Filipe Barbosa
Garcia.
BRASIL/Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 de
outubro de 1988. DOU no. 191-A de 5 de outubro de 1988.
BARBOSA, A. Riscos Ocupacionais em Hospitais: um desafio aos
profissionais da área de saúde ocupacional. 1989. 126f. Dissertação (Mestrado
em Ciências da Enfermagem) – Faculdade de Enfermagem, Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Brasil. Constituição (1988). Constituição da Republica Federativa do Brasil.
Brasília, DF: Senado, 1988. Disponível em: <http://www.saúde.gov.br
Brasil. Ministério da Saúde. Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em
Saúde. Brasília: Fundação Nacional da Saúde; 2001.
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental. Relatório das Entrevistas com Representantes do Governo
Federal das áreas de Educação Ambiental, Mobilização Social e
Saneamento. Versão Preliminar. Brasília: Ministério das Cidades; 2006.
BRASIL/MINISTÉRIO DA PREVIDENCIA SOCIAL. Relatório final do grupo de
trabalho interministerial sobre Acidentes do Trabalho e Saúde do Trabalhador,
Brasília, MPS-GTIAT, 1993.
DEJOURS, C. et al. Psicodinâmica do trabalho. São Paulo: Atlas, 1994.
FARIAS, T.S.M.A Pele e Anexos. In: Maio,M. Tratado de Medicina Estética.
Vol I. São Paulo: Roca, 2004.
FERREIRA, J.A, ANJOS, L.A. Aspectos de Saúde Coletiva e Ocupacional
associados à gestão dos resíduos sólidos municipais. Cad Saúde Pública
2001.
LIMA, Valquíria. Ginástica Laboral – Atividade Física no Ambiente de
Trabalho, 2.ed. São Paulo: Phorte, 2005.
MENDES, R. & DIAS, E.C. Da medicina do trabalho à saúde do trabalhador.
Ver Saúde pública. São Paulo, 25: 341-9, 1991.
NEVES, M. A. Mudanças tecnológicas: impactos sobre o trabalho e a
qualificação profissional. Caderno de Pesquisa. São Paulo, n. 81, p. 45-52,
maio 1992.
OLIVEIRA J.R.G.O. A prática da ginastica laboral. 3. Ed. Rio de Janeiro:
Sprint, 2006.
OLIVEIRA, J.R de O. A importância da ginástica laboral na prevenção de
doenças ocupacionais. Artigo de Revisão. Revista de Educação Física-N139.
RODRIGUES, Marcus V. C. Qualidade de vida no trabalho: evolução e
analise no nível gerencial. 2. Ed., Petrópolis, RJ: Vozes, 1994
ANEXO 01
Doenças Ocupacionais: saiba como evitar
A saúde ocupacional é uma importante estratégia para garantir o
bem-estar dos trabalhadores e contribuir efetivamente para a
produtividade, motivação e satisfação no trabalho. As doenças
ocupacionais são decorrentes da exposição do trabalhador aos riscos
da atividade que desenvolve. Podem causar afastamentos
temporários, repetitivos e até definitivos, prejudicando a
produtividade.
Os tipos mais comuns são as Lesões por Esforços Repetitivos ou
Distúrbios Osteomoleculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT),
que englobam cerca de 30 patologias, entre elas a tendinite
(inflamação do tendão) e a tenossinovite (inflamação da membrana
que recobre os tendões). As LER/DORT são responsáveis pela
alteração das estruturas osteomusculares, como tendões,
articulações, músculos e nervos. As lesões são causadas pelo
desempenho de atividade repetitiva e contínua, tais como tocar
piano, dirigir caminhões, fazer crochê e digitação.
Causas
As causas das doenças ocupacionais podem ser, entre outras:
- movimentos repetitivos
- carga excessiva
- situações de estresse elevado e continuado.
Alguns fatores de risco que contribuem para a instalação dessas
lesões são: tracionamentos, postura incorreta e levantamento de
pesos de forma inadequada. As LER/DORT instalam-se lentamente no
organismo humano e muitas vezes passam despercebidas. Ao serem
detectadas, pode existir um severo comprometimento das áreas
afetadas.
Prevenção
O trabalhador deve aprender a identificar os sinais do próprio corpo
para perceber o início de qualquer desconforto. Os sintomas mais
comuns, que requerem a procura por um médico, são cansaço
excessivo, desconforto após a jornada de trabalho, inchaço,
formigamento dos pés e das mãos, sensação de choque nas mãos,
dor nas mãos e perda dos movimentos das mãos.
- A cada hora de digitação, saia de sua cadeira e movimente-se. Se
possível, faça exercícios de alongamento. Pausas durante a realização
das tarefas permite um alívio dos músculos mais ativos.
- Beba água regularmente ao longo do dia. Uma boa opção é sempre
ter uma garrafinha perto do seu local de trabalho.
- Tenha postura adequada: ombros relaxados, pulsos retos, costas
apoiadas na cadeira.
- As cadeiras devem ter altura para que sejam sempre mantidas as
plantas dos pés totalmente apoiadas no chão.
- Mantenha um ângulo reto entre suas costas e o assento de sua
cadeira. A cadeira deve ter formato anatômico para o quadril e
encosto ajustável.
- Não utilize o apoio do pulso durante a digitação.
- O monitor deve estar a uma distância mínima de 50 cm e máxima
de 70 cm do usuário. A regulagem da altura da tela deve situar-se
entre 15 e 30 graus abaixo de sua linha reta de visão.
- Evite posicionar o computador perto de janelas e use luminárias
com proteção adequada.
- As máquinas devem estar posicionadas de forma que você não
tenha que se curvar ou torcer o tronco para pegar ou utilizar
ferramentas com frequência.
- Como regra geral, temperaturas confortáveis para ambientes
informatizados são entre 20 e 22ºC, no verão, e entre 25 e 26ºC no
inverno.
- Sempre que possível, humanize o ambiente (plantas, quadros e,
dependendo do tipo de trabalho, som ambiente).
- Estimule a convivência social entre funcionários.
Passamos a maior parte do nosso tempo no trabalho, por isso é
importante aprendermos como prevenir doenças causadas por
esforço repetitivo e outros fatores, para garantir mais saúde e
qualidade de vida.
ANEXO 02 Doença ocupacional Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Doença ocupacional é designação de várias doenças que causam alterações na saúde do
trabalhador, provocadas por fatores relacionados com o ambiente de trabalho. Elas se dividem
emdoenças profissionais ou tecnopatias, que são causadas por fatores inerentes à atividade
laboral, e doenças do trabalho ou mesopatias, que são causadas pelas circunstâncias do
trabalho. As primeiras possuem nexo causal presumido, mas nas segundas a relação com o
trabalho deve ser comprovada.
As mais comuns são doenças do sistema respiratório e da pele. Os cuidados são essencialmente
preventivos, pois a maioria das doenças ocupacionais são de difícil tratamento.
Exemplos:silicose, asbestose, dermatite de contato, câncer de pele ocupacional.
Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é exposto acima do
limite permitido por lei a agentes químicos, físicos, biológicos ou radioativos, sem proteção
compatível com o risco envolvido. Essa proteção pode ser na forma de equipamento de proteção
coletiva (EPC) ou equipamento de proteção individual (EPI). Existem também medidas
administrativas/organizacionais capazes de reduzir os riscos. As principais vias de absorção de
agentes nocivos são a pele e os pulmões.
No Brasil, a doença ocupacional é equiparada ao acidente de trabalho, gerando os mesmos direitos
e benefícios.
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 1
AGRADECIMENTO 1
DEDICATÓRIA 1
RESUMO 1
METODOLOGIA 1
SUMÁRIO 1
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
A Palavra Trabalho 3
1.1 – O Significado do Trabalho 5
1.2 – Considerações sobre acidente de trabalho 7
1.3 – Prevenções contra acidentes do trabalho 8
1.4 – EPI 12
1.5 – PPRA, PCMSO e ASO 15
CAPÍTULO II
Doenças Ocupacionais 21
CAPÍTULO III
Pesquisa (Questionário) 30
CONCLUSÃO 33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ANEXOS
ÍNDICE
Ouve, ó Deus, a minha súplica; atende à minha oração. Desde os confins da
terra clamo por ti, no abatimento do meu coração.
Leva-me para a rocha que é alta demais para mim; pois tu me tens sido refúgio
e torre forte contra o inimigo. Assista eu no teu tabernáculo, para sempre; no
esconderijo das tuas asas, eu me abrigo.
Pois ouvistes, ó Deus, os meus votos e me deste a herança dos que temem o
seu nome.
Salmos 61; 1-5