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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA TURISMO 2.0 A IMPORTÂNCIA DA INTERNET PARA O TURISMO NO BRASIL Por: Rafael dos Reis Massadar Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

TURISMO 2.0

A IMPORTÂNCIA DA INTERNET PARA O TURISMO NO BRASIL

Por: Rafael dos Reis Massadar

Orientador

Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

TURISMO 2.0

A IMPORTÂNCIA DA INTERNET PARA O TURISMO NO BRASIL

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Transmídia: Gestão de Mídias

Digitais.

Por: Rafael dos Reis Massadar

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AGRADECIMENTOS

A Deus, fonte de vida e libertação, que me

embebeda todos os dias no seu amor e

me faz acreditar num mundo mais justo. A

minha mãñ Sonia Massadar, heroína quñ

mñ dñu apoio e incentivo nís horas

difíceis. A minha avó Ocidea Reis e minha

tia Solange Reis, pelos cuidados ñ

dedicação. A todos Üs professores,

amigos e colegas que participaram comigo

dessa jornada, que de uma forma ou de

outra colaboraram para a realização dessa

monografia.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos aqueles que

fizeram do meu sonho real: família,

namorada, professores, amigos e colegas.

Não posso esquecer os diversos servidores

públicos do Instituto Brasileiro de Turismo,

que se esforçam diariamente na divulgação

do Brasil no exterior, mesmo com todo o

descaso do Governo Federal no que se

refere a uma política de Turismo.

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RESUMO

O presente estudo tem abordagem de pesquisa bibliográfica visando reforçar

a importância da internet no acesso à informação do Turismo no Brasil. Com a

aceitação da rede como novo canal de distribuição de informação muita coisa mudou.

O trabalho corrobora para mostrar que as empresas tiveram de se adaptar ao meio

online, mudando estratégias e investimentos; clientes e potenciais turistas ganharam

um canal de fácil acesso, economizando em tempo e podendo pesquisar e comparar

em um número maior de fontes, a hora que desejassem.

Cabe citar no trabalho, que atualmente, a internet, enquanto TI (tecnologia

da informação), também teve suas ferramentas evoluindo constantemente. Aos

poucos, a forma como as pessoas interagem no ambiente virtual mudou. E as novas

maneiras de interatividade apresentadas na web estão estritamente ligadas ao que

chamamos de web 2.0.

Vale notar que para não perder público, pois os internautas começaram a

procurar webs “não oficiais” (não relacionadas às companhias do setor), as empresas

desenvolveram suas páginas online de forma mais interativa, permitindo que os

internautas trocassem experiências, dicas e emitissem sua opinião sobre

determinada questão. Ao adotar esse estilo de maior interação dentro do meio

ambiente virtual, os conceitos da web 2.0 foram permeando o setor turístico e se

firmando como nova tendência.

No caso desse estudo, busca-se identificar os motivos pelos quais o Brasil

ainda apresenta números pífios em relação ao número de turistas internacionais.

Resultado de uma má divulgação do País na internet, canal que, atualmente, possui

uma democratização das opções turísticas, criação de novas demandas, comparação

de preços e pacotes mais efetivamente. As análises obtidas destes resultados podem

gerar a proposta de intervenção e evidenciar os pontos mais críticos a serem

trabalhados pelo Ministério do Turismo.

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METODOLOGIA

Este estudo foi baseado em pesquisa bibliográfica e na experiência do seu

autor, um jornalista que trabalha com o mercado de turismo em toda a sua

magnitude. Em relação à construção do embasamento teórico, este estudo se valeu

de dados de órgão oficiais relacionados ao segmento turístico e de amplas

referências do marketing digital.

Após este primeiro momento, houve a necessidade de quantificar as

impressões colhidas na pesquisa qualitativa. Isto é, testar se os depoimentos trazem

opiniões significativas para a realidade do assunto. Esta pesquisa se constitui do tipo

exploratória, pois dentro da sua elaboração foi necessário explorar o cotidiano e os

processos de divulgação do Brasil nas redes sociais.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - O Plano Aquarela e o Marketing Digital 11

CAPÍTULO II - O histórico da divulgação do Brasil 17

como produto turístico na internet

CAPÍTULO III – As ferramentas de divulgação usadas 20

CAPÍTULO IV – A internet como canal de divulgação do turismo 29

CAPÍTULO V – Case Keep Exploring 32

CAPÍTULO VI – Destinos turísticos mundiais nas redes sociais 37

CONCLUSÃO 40

ANEXOS 43

BIBLIOGRAFIA 44

WEBGRAFIA 46

ÍNDICE 47

FOLHA DE AVALIAÇÃO 48

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INTRODUÇÃO

Desenvolver o Turismo como uma atividade econômica sustentável, com

papel relevante na geração de empregos e divisas, proporcionando a inclusão social.

Assim o Ministério do Turismo inova na condução de políticas públicas com um

modelo de gestão descentralizado, orientado pelo pensamento estratégico.

Em sua estrutura organizacional está a Secretaria Nacional de Políticas do

Turismo, que assume o papel de executar a política nacional para o setor, orientada

pelas diretrizes do Conselho Nacional do Turismo. Além disso, é responsável pela

promoção interna e zela pela qualidade da prestação do serviço turístico brasileiro.

Para subsidiar a formulação dos planos, programas e ações destinados ao

fortalecimento do turismo nacional há a Secretaria Nacional de Programas de

Desenvolvimento do Turismo. O órgão possui a atribuição de promover o

desenvolvimento da infraestrutura e a melhoria da qualidade dos serviços prestados.

A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), criada em 18 de novembro de

1966 como Empresa Brasileira de Turismo, tinha o objetivo de fomentar a atividade

turística ao viabilizar condições para a geração de emprego, renda e desenvolvimento

em todo o país. Desde janeiro de 2003, com a instituição do Ministério do Turismo, a

atuação da Embratur concentra-se na promoção, no marketing e no apoio à

comercialização dos produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior.

Desde então diversos Planos de Marketing para a divulgação do Brasil em

outros países foram lançados. O atual, Plano Aquarela 2020, dá continuidade aos

seis primeiros projetos turísticos com foco no turista internacional. De acordo com o

Instituto, o foco é traçar metas e objetivos para preparar o Brasil para os maiores

eventos esportivos do mundo, entre eles os Jogos Olímpicos de 2016. Baseado em

estudos e pesquisas, o plano contribui para ampliar a promoção do país como

destino turístico, com estratégias e ações para aumentar o número de turistas

estrangeiros e permanência dos mesmos visitando outros destinos, além de trabalhar

a imagem do Brasil na mídia internacional.

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Neste sentido, desde 2009, a internet tem sido usada pelo órgão como canal

de comunicação para atrair turistas estrangeiros baseada em dados da Organização

Mundial do Turismo – (OMT). Um estudo feito pelo órgão em 2003 mostra que o

comércio eletrônico proporciona novas e gratificantes oportunidades, sendo a adoção

das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), em especial a internet,

imprescindível para a comercialização, distribuição, promoção e coordenação do

setor.

A crescente associação do trade turístico com as TIC deu origem à

expressão eTourism, que se refere à digitalização de todos os processos e cadeias

de valor do turismo (BUHALIS, 2003); ao envolver funções como eCommerce

(Comércio eletrônico), eMarketing (Marketing eletrônico), eFinance (Finanças

eletrônicas) e eManagement (Gerência eletrônica). A partir de tal constatação, as TIC

são vistas pela Embratur como instrumentos competitivos para a promoção de

destinos turísticos, mas é necessário haver um investimento em planos de eMarketing

para consolidar a marca de uma destinação. Entre as estratégias adotadas para a

promoção turística na internet, destaca-se a criação de Web sites e portais de

promoção de destinos, cujo objetivo principal é a divulgação de conteúdos e recursos

visando satisfazer às necessidades dos turistas, a fim de que possam se deslocar ao

destino (DIAZ LUQUE, GUEVARA, ANTON, 2006).

Em continuidade à ideia, a Embratur tentou, mesmo que de forma muito

tímida, uma junção de diversas plataformas de comunicação levando uma mesma

mensagem aos diversos receptores, um mesmo conteúdo para diferentes mídias, o

que se define como comunicação ou narrativa Transmídia. Um processo cada vez

mais usado em todo o mundo.

Jenkins (2008) diz que uma “narrativa transmídia” se desenvolve da seguinte

forma:

“Uma história transmídia desenrola-se através de múltiplas

plataformas de mídia, com cada novo texto contribuindo de

maneira distinta e valiosa para o todo. Na forma ideal da

narrativa transmídia, cada meio faz o que faz de melhor a fim

de que uma história possa ser introduzida num filme, ser

expandida pela televisão, romances e quadrinhos; seu

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universo possa ser explorado em games ou experimentado

como atração de um parque de diversões. Cada acesso à

franquia deve ser autônomo, para que não seja necessário ver

o filme para gostar do game, e vice-versa. Cada produto

determinado é um ponto de acesso à franquia como um todo.

A compreensão obtida por meio de diversas mídias sustenta

uma profundidade de experiência que motiva mais consumo”

(JENKINS, 2008, p. 138).

O Instituto em poucos casos usou a convergência de mídias capaz de

agrupar diferentes canais e de alterar a indústria midiática e, consequentemente, os

consumidores dos conteúdos dessas mídias. Prova disso é que desde 2009, ano que

marcou o início da estratégia de divulgação na internet, o país recebeu 4.802.217

turistas estrangeiros, número 4,9% menor do que em 2008 (5.050.099) (Ministério do

Turismo, 2010) (1).

Na última medição, em 2013, o país recebeu 6 milhões de estrangeiros. Na

ocasião, superou a média do crescimento mundial e foi quase três vezes maior que a

alta verificada nos demais países da América do Sul. Porém, os números podem ser

constatados devido aos grandes eventos que aconteceram no país: Copa das

Confederações Fifa 2013 e Jornada Mundial da Juventude. Logo, em quatro anos

houve um aumento de apenas 1,2 milhão de turistas estrangeiros.

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CAPÍTULO I

O PLANO AQUARELA E O MARKETING DIGITAL

Na hora de se estabelecer um mecanismo de valorização do turismo em um

determinado país torna-se necessário a formulação de um plano de longo prazo que

sirva de modelo para a sua atuação. Criado em 2004, o Plano Aquarela visa

aumentar o número de turistas no país. Sabendo-se disso, tem-se que os objetivos

de crescimento turístico para um país levam em consideração dois enfoques: o de

Plano de desenvolvimento turístico e o de Plano de marketing turístico.

O primeiro constitui o conjunto de elementos culturais e naturais da nação,

estabelecidos ao longo da história de forma a proporcionar uma atratividade para a

região. Visa à criação e definição de produtos a partir destes recursos.

No quesito do marketing turístico, se parte da concepção do produto criado

para a forma como o mesmo se converte em oferta, ou seja, a promoção do bem

turístico é realizada através dos mecanismos de venda e de comunicação existentes

na área turística.

“Estratégia é uma palavra que deriva da área militar e significa

‘a arte de explorar condições favoráveis para alcançar

objetivos específicos’. Por isso, se quisermos que nossa

empresa alcance os objetivos propostos, devemos identificar,

analisar e construir o caminho para que eles sejam

alcançados” (BIAGIO; BATOCCHIO, 2005 apud WILDAUER,

2010, p. 68).

Marques (2008) concebe a estratégia como uma maneira de projetar o futuro

de modo integrado, inserido no processo decisório, por meio de um método

formalizado e provedor de resultados. Logo, o planejamento estratégico pode ser

entendido conforme recorte a seguir:

“Planejamento estratégico é o processo de desenvolvimento e

manutenção da adequação entre os objetivos da empresa e

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suas competências e as mutáveis oportunidades de marcado.

O planejamento estratégico se baseia no desenvolvimento de

uma missão institucional clara, de metas e objetivos viáveis,

de uma estratégia perfeita e da implementação adequada”

(KOTLER; HAYRES E BLOOM, 2002, p.145).

O público então, atraído não somente pelos recursos de uma nação bem

como pela forma como se efetua a promoção, tende a consumir os produtos ou

serviços turísticos baseado nas relações de oferta estabelecidas, dentro das ideias

de consumo turístico.

Dentro da política do marketing turístico implantada no Brasil, devem-se

conhecer os produtos turísticos oferecidos pela região. O país é considerado uma

região de continente, devido a sua área geográfica extensa, bem como sua

diversidade ambiental e étnico-cultural. Com clima distinto e várias paisagens, o país

apresenta muitas possibilidades de turismo, onde seus visitantes podem combinar as

atividades oferecidas com seus respectivos interesses.

As ofertas e variedades de opções turísticas do Brasil podem ser

estruturadas em cinco grandes segmentos e diversos nichos de mercado e de

produtos: Sol & Praia, Ecoturismo, Cultura, Esporte e Negócios e Eventos. A

diversidade do país, dentro da concepção destes segmentos, tende a criar

mecanismos de diferenciação para a região. As políticas baseadas nos pontos

peninsulares e costeiros do Brasil, na utilização de forma sustentável do patrimônio

histórico e cultural do país, nos costumes e tradições de uma região, em eventos

esportivos de grande destaque e por meio de congressos, feiras e afins, visam

reforçar a imagem da nação.

“Segmentação de mercado é o processo de dividir um

mercado em grupos de compradores potenciais com

necessidades, desejos, percepção de valores ou

comportamentos de compras semelhantes” (CHURCHILL;

PETER, 2000, p. 207).

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Para reforçar essa posição, em 2005 o Ministério do Turismo, a Embratur e a

Associação de Designers Brasileiros (ADG) lançaram a Marca Brasil, como um dos

pontos estratégicos do Plano Aquarela, ao qual se faz referência neste estudo de

caso. A intenção ao criá-la foi representar de forma estética e gráfica a imagem do

turismo brasileiro e seus respectivos atributos para os futuros visitantes internacionais

do país.

A Marca Brasil constitui-se numa marca de difusão e promoção do Brasil

como destino turístico no mercado nacional e internacional, a qual é utilizada em

ações de promoção no Brasil e exterior. Desta forma, a ideia de caracterização da

Marca Brasil tende a proporcionar uma valorização do turismo no Brasil ao associar a

concepção do símbolo com a identidade criada para o país.

Segundo Kotler (1996), a marca pode englobar até quatro níveis de

significados, a saber:

Benefícios: É o resultado esperado com o uso do produto.

Atributos: São as características estéticas e funcionais dos produtos.

Valores associados à marca: São reconhecidos, identificados e valorizados

pelo público-alvo.

Personalidade: Os traços de personalidade associados à marca por meio da

propaganda, como modernidade, autonomia, independência, ética, maturidade e

experiência.

Dentro desta política de execução do marketing turístico internacional, a

Embratur apresenta um grande papel de destaque. Ela atua na execução da Política

Nacional de Turismo quanto à promoção, ao marketing e apoio a comercialização dos

destinos, serviços e produtos turísticos brasileiros, com vistas a gerar

desenvolvimento econômico e social para o Brasil, por meio da ampliação do fluxo

turístico internacional nos destinos nacionais.

Esta autarquia regula a utilização da Marca Brasil como mecanismo de

promoção turística e comercial do país. A cessão do uso da logomarca no exterior é

de inteira responsabilidade do Ministério do Turismo, por meio da Embratur, que

autoriza sua vinculação a produtos e projetos fortalecedores da imagem do país lá

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fora e que fornece as informações quanto à diversidade cultural e as riquezas

naturais do país.

Os programas de ação do marketing turístico internacional no país, com

atuação da Embratur, são realizados por meio do Plano Aquarela. O plano constitui

um instrumento técnico adequado com vistas a impulsionar o turismo da nação. Para

sua formalização foi utilizada uma metodologia capaz de traduzir o papel

estabelecido pelo Ministério do Turismo, sobretudo pela Embratur, tendo como

compromisso e colaboração tanto os agentes públicos como a parte privada do setor.

Na hora de se programar o Plano Aquarela, o mesmo deve ser estruturado

em três fases distintas: a parte de diagnóstico, a formulação da estratégia de

marketing a ser utilizada e o plano operacional. O processo de construção do plano

vai então desde o momento de avaliação do ambiente de estudo até a sua fase de

concretização.

1.1 - Estratégia

O primeiro momento do Plano Aquarela trata da fase do diagnóstico. Nesta

parte foram estabelecidas as informações iniciais, onde pode se enxergar uma

espécie de radiografia do turismo de forma a servir como suporte para um

planejamento das estratégias de marketing de maneira mais eficiente possível. Aqui

se têm a sistematização e análise dos dados pré-existentes bem como da produção

de novos dados, com o intuito de produzir um instrumento com informações

consistentes e que servirão de base para as fases posteriores. Já a segunda fase do

plano trata da formulação das estratégias do marketing, sendo estas decorrentes de

tudo que foi colocado no diagnóstico da situação inicial.

A partir desta parte é que foram definidas as medidas a serem adotadas

futuramente para o turismo do país, ou seja, a partir do que se tem de início se traça

os objetivos e as ações para execução das políticas colocadas como propósito dentro

do contexto do marketing turístico do país.

A última parte trata do plano operacional. Aqui são tratadas as medidas de

concretização do plano em si, onde se estabelecem as ações necessárias para se

pôr em prática as linhas estratégicas propostas na etapa anterior, isto é, de que

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maneira o plano será executado dentro da orientação destas estratégias propostas

anteriormente.

Sendo assim, é estabelecida a construção do Plano Aquarela por meio

destas três fases colocadas. A ideia buscada por esse plano visa traçar um

panorama do contexto histórico do marketing turístico do país, principalmente para os

países estrangeiros, indo desde os aspectos de análise da estrutura inicial, passando

pela elaboração das estratégias de marketing para o turismo e se concretizando na

operacionalidade do plano, dentro das características traçadas pelo mesmo. Dentro

da abordagem de aplicação prática do Plano Aquarela, sua importância é observada

nos resultados diretos e metas traçadas, sendo estes baseados no período de

análise do mesmo. O aumento do número de turistas bem como a geração de divisas

são pontos que reforçam o papel estabelecido dentro desta estratégia de marketing

no contexto do comércio turístico internacional.

A partir deste momento, em 2013, a Embratur aumenta seu investimento em

mídia digital para promover o turismo internacional. Uma delas é a constatação da

crescente utilização das mídias digitais para o planejamento, compra e

compartilhamento da experiência de viajar, no caso, do turista estrangeiro que visita o

país. A busca por assuntos relacionados ao Brasil foi 20% maior se comparado com o

mesmo período de 2013, e dentre estas buscas, 27% foram feitas a partir de

aparelhos móveis.

Na Europa, por exemplo, 32% dos usuários de internet realizaram compras

on-line de viagens de férias neste ano, segundo dados da Eurostat (Autoridade de

Estatística da União Europeia). Há cinco anos, esse índice era de 21%. Ainda

segundo a consultoria, 75% das pessoas entre 16 e 74 anos da Comunidade

Econômica Europeia usam a internet e, desse total, 59% realizaram algum tipo de

compra on-line neste ano.

Nesse contexto, é relevante citar que a estratégia e a decisão de

investimento nas mídias digitais, inclusive nas ações de promoção do Brasil como

destino turístico internacional, ganham, a cada dia, maior relevância no processo de

planejamento das organizações públicas e privadas. E com o objetivo de melhorar o

bom desempenho, a Embratur vem ampliando suas ações de comunicação digital

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nos últimos anos, por meio do lançamento de aplicativos, de publicidade e de

produtos e serviços de relações públicas.

Um exemplo desse tipo de ação é a plataforma Sunny Days que ficou com o

troféu de bronze na categoria melhor uso de mídia interativa, na etapa nacional do

prêmio Ampro Globes Award. Criada com base na ideia de que a incidência do sol

está diretamente ligada ao bom-humor, a ferramenta calculava quantos dias de sol a

pessoa viveu no último ano e a convidava para visitar o Brasil e viver mais dias de sol

e felicidade. Os resultados não podiam ser melhores: o site ficou no ar de dezembro

de 2013 a fevereiro de 2014 e em um mês alcançou a marca de 27 mil visualizações,

além de ter sido acessado em 90 países diferentes, com destaque para Estados

Unidos, França e Reino Unido.

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CAPÍTULO II

O HISTÓRICO DA DIVULGAÇÃO DO BRASIL COMO

PRODUTO TURÍSTICO NA INTERNET

Em 2009, o Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur) colocou no ar a

segunda fase da campanha "Brasil Sensacional", que visava promover a nação como

um destino turístico em 12 países. Com um investimento total de US$ 13 milhões, a

campanha do Ministério do Turismo teve início em setembro de 2008 e, agora,

chegou à segunda fase de seu plano de comunicação. Para essa etapa, a Embratur

decidiu investir cerca de 30% do total da verba nas mídias online.

Na época, diversos banners com o selo "Brasil Now" foram colocados em

sites dos Estados Unidos, da Europa e da América do Sul, como o El Pais, CNN, New

York Times, Washington Post, entre outros. Além da divulgação nos portais

informativos, a campanha da Embratur utilizou redes sociais como Facebook, Orkut e

Twitter e a criação de um canal especial no You Tube onde foram veiculados vídeos

sobre as paisagens e a história do Brasil. Também fez parte dos planos da campanha

a inserção de links patrocinados no Google.

Em 2010, o Instituto encomendou a pesquisa Demanda Turística

Internacional de 2010, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas

(Fipe). Nela, foi verificado que cerca de um terço (30,9%) dos estrangeiros que veem

ao Brasil organizam sua viagem pela internet.

“Os consumidores utilizam cada vez mais sites comerciais e

não comerciais da internet para planejamento, pesquisa,

reserva, compra e acréscimo de seus produtos turísticos. Eles

também podem obter confirmação imediata e rapidez nos

documentos de viagem, possibilitando reservas de última hora”

(COOPER, 2007, p. 683).

Após essa constatação, produzir conteúdos associados a mídias digitais

passou, portanto, a ser uma das prioridades na divulgação do País como destino

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turístico no exterior. Fruto da parceria entre a Embratur e o Google, começou a

funcionar o canal do Brasil no YouTube.

Em 2012, a Embratur iniciou a primeira ação digital no Facebook da

campanha de promoção mundial do Brasil no exterior. O novo aplicativo propôs que

os estrangeiros convidassem seus amigos a celebrar a vida e se encontrar em

destinos turísticos brasileiros. O slogan da campanha era ‘O mundo se encontra no

Brasil. Venha celebrar a vida’.

Em 2014, ano da Copa do Mundo – um dos principais eventos esportivos no

mundo – período ideal para divulgação do país, a Embratur aumentou a aposta nas

mídias digitais como plataforma para a divulgação, no exterior, dos destinos turísticos

brasileiros.

O acesso ao Instagram do Visit Brasil, portal de promoção do Brasil como

destino turístico, por sua vez, aumentou 189% entre julho e agosto de 2014, quando

foram divulgadas fotos de cartões postais de cidades brasileiras feitas pelo russo

Murad Osmann. O www.visitbrasil.com, administrado pelo Instituto, divulga o País no

exterior e conta, atualmente, com 13.200 “curtidas” no perfil da rede social.

Após a ação, a média de curtidas nas fotos do perfil Visit Brasil subiu de 200

para 600. O fotógrafo russo publicou seis fotos do Brasil. Ao todo, foram mais de 1,2

milhão de interações nas imagens que destacaram os destinos brasileiros. Murad

citou o Visit em todas as publicações, além de utilizar as hashtags #visitbrasil e

#lovebrazil. O perfil subiu de 2.108 seguidores em julho para 6.438 após a ação.

Aproveitando a Copa do Mundo no Brasil, a Embratur se uniu ao Google

para lançar uma campanha inovadora e promover três novos aplicativos nos

principais países para o turismo brasileiro. O sucesso da campanha, que utilizava a

abrangência e interação do YouTube, trouxe à Embratur um aumento de cinco vezes

no volume de downloads dos aplicativos.

A campanha se baseou em pesquisas do Google que demonstraram que,

nos primeiros cinco meses deste ano, a busca por assuntos relacionados ao Brasil foi

20% maior se comparado com o mesmo período de 2013, e dentre estas buscas,

27% foram feitas a partir de aparelhos móveis. Juntando estes fatos, Google e

Embratur realizaram de 23 de junho a 23 de julho uma campanha inédita de

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divulgação dos aplicativos idealizados pelo Instituto para levar ao mundo informações

sobre os destinos turísticos brasileiros.

Os aplicativos Fellow Trip, Brasil Quest e Brasil Experience Mobile buscavam

promover a Marca Brasil e construir uma relação ainda maior com os usuários de

cada país. Como foco da campanha, estavam Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos

e Argentina, mercados escolhidos pela quantidade de turistas destes países que já

procuravam o Brasil antes da Copa do Mundo.

Para a campanha, que visava ao download dos aplicativos, foi utilizado, de

forma inédita por um anunciante brasileiro, o formato YouTube Mobile App Promotion,

que funciona em aparelhos móveis disponibilizando um link direto para que o usuário

faça o download do app do cliente após a apresentação de um vídeo. Juntamente a

este tipo de formato foi veiculado um vídeo de anúncio de engajamento na Rede de

Display do Google voltado para mobile.

O Fellow Trip, aplicativo para smartphones voltado para montagem de roteiro

de acordo com o perfil do usuário, permitiu, por meio de parceria com o TripAdvisor,

ver os reviews de pessoas que já estiveram em locais turísticos, além de compartilhar

os roteiros criados por outros usuários.

No Brasil Experience Mobile, aplicativo para smartphones, o usuário podia

criar sua própria experiência: uma sequência de até 4 fotos com ritmos brasileiros

como trilha sonora. Além disso, o viajante podia receber sugestões de roteiro para

explorar nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo, bem como os atrativos próximos à

sua localização ou buscar experiências por meio de palavras-chave e categorias de

interesse.

Com o crescimento do número de pessoas com acesso à internet e do uso

de smartphones e tablets, praticamente incorporado ao dia a dia das pessoas, surgiu

a possibilidade de ampliar as ações de comunicação digital, buscando contato de

maneira mais direta com diversos públicos interessados em conhecer o Brasil, sua

cultura, sua gastronomia e seu povo.

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CAPÍTULO III

AS FERRAMENTAS DE DIVULGAÇÃO USADAS

É fato que na cultura digital o indivíduo é interconectado em diversas

interfaces comunicacionais, que faz dele um potencial emissor e receptor de

mensagens. São inúmeros os pontos de contatos possíveis entre a empresa com

esse indivíduo: desde as tradicionais mídias de massa, como a televisão, o rádio, o

jornal, entre outros, bem como painéis de caixas eletrônicos, sites, mensagens para

celulares, painéis eletrônicos, e-mails, blogs, enfim, infinidades de mídias que já

existem ou que podem ser criadas em função dos objetivos de marketing de uma

empresa. Tudo, hoje, pode vir a ser uma mídia publicitária. Podemos entender

comunicação integrada como a coordenação desses vários elementos de divulgação/

promocionais e outras atividades de marketing que estabelecem a comunicação entre

empresa e consumidor. Surgem, além das ferramentas convencionais, novas

soluções de comunicação. Importante ressaltar que o surgimento de uma nova mídia

não elimina a anterior, e sim reconfigura suas funções. As mídias tendem a criar

redes intercomplementares. Cada mídia, devido à sua natureza, apresenta potenciais

e limites que lhe são próprios. Esses não são nunca idênticos de uma mídia à outra,

de modo que na rede das mídias, cada uma terá funções diferenciadas

(SANTAELLA, 1996).

3.1 Mobile

Em 2013, a Embratur produziu para a Copa das Confederações FIFA Brasil

2013, o aplicativo Brasil Mobile. O app traz informações sobre as seis cidades-sedes

que receberam os jogos do evento esportivo. Disponível na App Store para Iphones,

a ferramenta traz informações sobre patrimônio e arquitetura, atrações culturais ao ar

livre e lazer. O app está disponível em três idiomas (português, inglês e espanhol) e

traz fotos das principais atrações além de mapa com rotas de acesso por meio do

Google Maps. Outro detalhe importante do aplicativo é um guia de conversação para

estrangeiros aprenderem a falar as principais frases úteis que um turista precisa

saber em português.

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No ano seguinte, o órgão lançou um aplicativo para iPhone, que permite

assistir a vídeos em 360° dos principais atrativos turísticos das cidades-sede da Copa

do Mundo Fifa 2014. Para baixar o aplicativo, basta acessar o App Store e procurar

por “Brasil 360”. O download é gratuito, mas depois de instalá-lo em seu iPhone, é

necessário validá-lo sobre alguma aplicação impressa da Marca Brasil, utilizada para

promover o País no exterior.

A busca por informações sobre viagens e turismo por meio da conexão à

internet, usando dispositivos de bases físicas ou móveis, é uma realidade, e o

mercado tende a se expandir ainda mais. No ano de 2012, 60% das reservas de

viagens serão realizadas online, de acordo com o diretor de vendas da empresa

Google Inc. no Brasil, Huettner, considerando também que as viagens contratadas

por telefones celulares têm taxas de crescimento de três dígitos, depois de ter

crescido 276% no Brasil, no período de 2009 a 2010 (HUETTNER, 2011).

Outra ferramenta é o Brasil Experience Mobile (versão Android) para

smartphones onde o usuário pode criar seu próprio memwa (vídeo apenas com fotos

e som). Poderão ser criados memwa com até quatro imagens com ritmos brasileiros

como trilha sonora. Além disso, o viajante pode receber sugestões de roteiro para

explorar as 12 cidades-sede da Copa do Mundo, bem como os atrativos próximos à

sua localização. Também encontra experiências por meio de palavras-chave e

categorias de interesse.

3.2 Blogs

Desde 2014, o país conta com nova ferramenta que facilitará a vida de

turistas que desejam conhecer o Brasil. O blog Brazil Travel Journal

(http://blog.visitbrasil.com/), que está hospedado no site Visit Brasil

(http://www.visitbrasil.com/), é um espaço para que os usuários possam ler histórias

reais e experiências vividas em diferentes atrativos turísticos do País.

Os textos serão escritos em inglês, como modo de manter uma boa média

de atualização do blog e alcançar maior número de visitantes estrangeiros. Além de

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oferecer um bom conteúdo, o novo canal está integrado às ferramentas já existentes

no site Visit Brasil, contendo links rápidos de acesso.

“As opiniões e as experiências de outros consumidores são

uma fonte muito valiosa de informação para os turistas em

potencial, uma vez que ajudam a reduzir a sensação de risco e

desconhecimento a respeito dos serviços turísticos [...]. As

vivências e os relatos positivos de outros usuários, assim

como o modo de descrição dessas experiências, com

comentários emocionantes e fotografias, podem motivar e

convencer muito mais que uma simples informação ou um

folheto turístico” (HUERTAS, 2008, p. 3).

Para dar início ao projeto, a primeira postagem é do blogueiro norte-

americano Gareth Leonard. Gareth iniciou suas viagens pela América Latina, onde

passou os últimos cinco anos registrando as belezas do continente.

3.3 YouTube

Em 2010, resultado de uma parceria do Google com a Embratur, o canal

Visit Brasil no YouTube entrou no ar combinando mapas e vídeos que promovem

diversos destinos turísticos brasileiros com 88 vídeos que mostram aspectos

turísticos, gastronômicos e culturais das cidades, integrados a depoimentos de

turistas que já estiveram nesses locais. No início, o canal estava prioritariamente em

inglês, com opção de legenda em 68 idiomas.

Além de trazer informações sobre praias, ecoturismo, esportes e negócios,

os vídeos oferecem também depoimentos de personalidades do Brasil e do exterior.

A grande novidade do Visit Tour é o sistema de mashup do Google Maps e YouTube.

Graças à tecnologia, o usuário pode assistir a um vídeo e ao mesmo tempo localizar

no mapa os locais citados.

Desenvolvida pelo Google, a ferramenta levou cerca de seis meses para ser

produzida.

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Dados do You Tube (2):

- 490 milhões de visitas únicas por mês, gerando mais de 92 bilhões de

pageviews;

- A cada minuto são enviadas 35 horas de vídeos;

3.4 Instagram (http://instagram.com/visitbrasil)

Criado em novembro de 2013, o número de seguidores no perfil do Visit

Brasil no Instagram aumentou 189% entre julho e agosto, período em que a Embratur

convidou o russo Murad Osmann para fotografar cartões postais de cidades

brasileiras. A rede social, que é administrada pelo Instituto, divulga o País no exterior

e conta, atualmente, com 12.600 “curtidas”.

Murad Osmann se consagrou na rede social Instagram fotografando sua

namorada sempre na mesma perspectiva, no centro da foto, de costas e de mãos

dadas com ele. O casal já viajou o mundo repetindo a pose, mudando apenas o

figurino e elementos de produção da foto. O perfil do fotógrafo possui atualmente

mais de 1,6 milhão de seguidores. Sua média é de 150 mil curtidas por foto, tendo

algumas imagens batendo a casa dos 200 mil.

Durante a ação, Murad divulgou o Maracanã, a Praia de Copacabana, o

Cristo Redentor, o Rio Amazonas e as Cataratas do Iguaçu.

3.4.1 Erro em postagem

O perfil errou no dia 30 de novembro de 2014, após postar uma foto

"alterada". Tratava-se, na realidade, de uma montagem, na qual a Marina da Glória –

um dos cartões postais do Rio de Janeiro – aparecia com águas cristalinas e uma

cachoeira. O post causou desconforto entre seus seguidores. Na manhã da seguinte,

o MTur corrigiu a falha e postou uma foto que corresponde ao lugar: “Opa, ontem

erramos”.

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Por meio do plano de gerenciamento de crise, as organizações,

independente do ramo em que atuam, podem mapear suas atividades e tentar se

antecipar a possíveis acontecimentos, elaborando estratégias para evitá-los ou

controlá-los caso venham a acontecer.

“Na hora da crise, o importante é lidar com o problema da

forma mais adequada – e isso é muito mais fácil se houve um

planejamento prévio. Resumindo: hora de crise é hora de

reagir – e não de planejar. Planejamento se faz em tempos de

normalidade. E quanto melhor for melhor será a resposta

quando a rotina for quebrada” (ROSA, 2003, p.70).

3.5 Hotsites

3.5.1 Brasil Home (http://visitbrasilhome.com/)

Planejada em 2014, a Brasil Home, demonstra ao turista estrangeiro todas

as experiências que ele pode viver ao visitar o Brasil. Ao entrar na casa digital da

Embratur, que tem o serviço em português, inglês e espanhol, o internauta vai

descobrir um pouco da cultura brasileira.

Em cada cômodo da casa digital, o público terá acesso a conteúdos

especiais, como na sala de estar, onde é possível conhecer obras de artes de

importantes artistas plásticos brasileiros. Entrando no estúdio, o internauta poderá

escutar músicas e conhecer a história dos ritmos nacionais. Já na cozinha, o público

poderá acessar receitas de pratos típicos da culinária do País. Tem ainda o espaço

de cinema, onde estarão disponíveis trailers de produções nacionais. Também será

possível baixar importantes obras literárias no espaço biblioteca.

O Carnaval e as festas juninas também podem ser apreciados no salão de

festas. No quarto panorâmico, será possível vislumbrar as belas paisagens

brasileiras, tirar uma foto e compartilhar nas redes sociais. Ao sair da casa e passear

pelo jardim, o internauta conhecerá a diversidade da flora e da fauna brasileiras.

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3.5.2 The Green House (www.visitbrasil.com/thegreenhouse)

Também fomentado em 2014, o The Green House é um site interativo que

incentiva os jogadores a descobrir algumas das maravilhas naturais do Brasil. Voltada

para os turistas residentes no Reino Unido, Alemanha, Holanda, Portugal, França,

Itália e Espanha, a nova promoção de caráter exclusivamente cultural premiou o

usuário com uma viagem. O vencedor da promoção ganhou uma viagem ao País.

Para concorrer, o interessado devia acessar o site da campanha e aceitar integrar

com sua conta do Facebook para que o site acessasse as informações do perfil. Em

seguida, deveria indicar a localização exata da imagem que está sendo mostrada,

marcando o local no mapa que aparece na plataforma.

3.6 Facebook (www.facebook.com/VisitBrasil)

Criado em 2009, e com um número de quase 450 mil curtidas, teve, apenas

em 2012, a sua primeira ação promocional. O slogan da campanha era “O mundo se

encontra no Brasil. Venha celebrar a vida".

Voltado para estrangeiros, o aplicativo ajuda o usuário a identificar seus

amigos que estão mais distantes geograficamente e propõe que eles se encontrem

no Brasil.

Em 2013, um dos primeiros casos de Transmídia nas ferramentas da

Embratur foi o game Brasil Quest. Até então, só era possível acessar a plataforma

por meio dos aplicativos para os aparelhos com os sistemas da Apple (iOS) e do

Android.

Segundo Jenkins (2008), a Cultura da Convergência descrita em seu livro

que leva o mesmo nome é:

“Onde as velhas e as novas mídias colidem, onde mídia

corporativa e mídia alternativa se cruzam, onde o poder do

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produtor de mídia e o poder do consumidor interagem de

maneiras imprevisíveis” (JENKINS, 2008, p. 29).

Outra novidade foi que o Instituto lançou um ranking com os melhores

jogadores. As pessoas que mais pontuassem, em cada uma das cidades-sedes (que

são as fases do jogo), ganhavam um boneco do aventureiro Yep, protagonista do

game. Os jogadores podiam também acumular os pontos das partidas jogadas tanto

no Facebook quanto nos aplicativos para smartphones e tablets.

A história do jogo começa em um planeta distante, fria e triste, que recebe

uma bolinha onde está armazenada toda a alegria e calor humano do Brasil. Essa

esfera explode, criando um portal para o Brasil, onde os três alienígenas pulam e

chegam ao nosso país. Uma vez aqui, o personagem principal, o Yep, deixa de ser

cinza, absorve muita “alegria” e se torna amarelo. Ele começa a passear pelas ruas

das cidades-sedes, pulando obstáculos e ganhando vidas.

Os pontos obtidos podem ser utilizados na compra de souvenirs. O “passeio”

pelas cidades pode ser selecionado antes de começar a jogar. Se o usuário clicar

em “city facts” ele também pode obter informações sobre as atrações turísticas da

cidade.

Dados do Facebook (2):

- É o site mais visitado depois do Google;

- Mais de 900 milhões de usuários;

- 50% dos usuários acessam o site diariamente;

- Um usuário tem em média 130 amigos, se conecta a 80 páginas/grupos e

passa 700 minutos por mês na rede social;

- A cada minuto, 510.000 comentários, 293.000 status e 136.000 fotos são

publicados;

- 30 bilhões de conteúdos são compartilhados por mês.

3.6.1 - The Republic of Me

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A Embratur lançou em janeiro de 2015 o “The Republic of Me”, um game que

permite ao usuário do Facebook criar seu próprio país, de acordo com sua

preferência e perfil. O jogo tem o objetivo de gerar interação e engajamento do

público na rede social, segundo a Embratur. O Instituto busca dar uma atenção

especial para os meios digitais, que, cada vez mais, são as principais fontes de

informação para os turistas estrangeiros.

Ao acessar a página do Visit Brasil no Facebook, cada participante poderá

escolher o símbolo da bandeira, além de selecionar amigos para serem secretários

das áreas mais importantes da sua nação, conforme as características mais

marcantes de cada amigo, como happy hour, gastronomia e diversão.

O jogador indica também o principal entretenimento na área do esporte,

evento ou música, elegendo a “paixão nacional” do povo. Além disso, tem a opção de

criar suas próprias leis e de nomear qual capital brasileira irá receber sua embaixada.

No final do game, é gerado um vídeo que pode ser compartilhado no Facebook e que

mostra a nação de cada participante. O jogo já está disponível no link:

http://on.fb.me/1KCxJH2.

3.7 Twitter (https://twitter.com/visitbrasil)

A conta foi aberta em 2009. Atualmente, conta com 68 mil seguidores. Suas

postagens são em inglês e espanhol com o objetivo de divulgar os destinos turísticos

de todo o país.

“O Twitter em toda a complexidade de se entrar em uma sala

cheia de pessoas em uma festa. Você começa escutando e,

depois, se apresenta e se envolve. Os microblogs resumem as

redes aos seus elementos mais essenciais: uma postagem,

um comentário e uma indicação das relações. Você opta por

escutar (ou não) pessoas ao seu redor, e elas fazem o mesmo

com relação a você” (EVANS, 2009, p. 217).

Dados (2):

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- Mais de 250 milhões de usuários e 100 milhões com contas ativas;

- 40% dos usuários ativos utilizam o Twitter como uma ferramenta de

monitoramento;

- 55% dos usuários ativos se conectam ao Twitter por algum dispositivo

móvel;

- São 150 milhões de tweets por dia, isto é, 1.736 tweets por segundo;

- Os motivos de RT são conteúdos interessantes (92%) e humor (84%);

- Um usuário é seguido por pelo menos 115 pessoas.

3.8 - Flickr (https://www.flickr.com/photos/visitbrasil/)

Lançado no mesmo ano, a ferramenta possui 3.292 fotos dividas em galerias

por estados. Cada destino é contemplado com fotografias dos seus principais pontos

turísticos.

Dado (2):

- mais de 150 milhões de fotos publicadas

3.9 - Foursquare (https://pt.foursquare.com/visitbrasil)

A ferramenta criada em 2010 é uma rede geossocial e de microblogging que

permite ao utilizador indicar onde se encontra, e procurar por contatos seus que

estejam próximo desse local. A partir dela, os turistas brasileiros e estrangeiros em

nosso território apontam qual destino estão visitando.

Dado(2):

- mais de 2 milhões de check-ins por semana

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CAPÍTULO IV

A INTERNET COMO CANAL DE

DIVULGAÇÃO DO TURISMO

A internet está presente em todas as fases de uma viagem: da pesquisa à

reserva, do registro das imagens ao compartilhamento de informações. Para turistas

estrangeiros e brasileiros, os meios digitais têm se consolidado, nos últimos anos,

como a principal fonte de informações, de acordo com pesquisa do Ministério do

Turismo. A cada hora, internautas de todo o mundo realizam 625 mil buscas no site

Google sobre viagens, de acordo com dados da empresa.

Por conta da importância da internet para o viajante, o Ministério do Turismo

investe em suas nove mídias sociais, um meio importante de troca de informação

com o cidadão e com o viajante. O Ministério do Turismo ultrapassou o número de

630 mil conexões, entre fãs, seguidores e assinantes. Significa que uma informação

divulgada pelas redes eletrônicas do MTur atinge meio milhão de perfis de usuários,

sem considerar os milhares de compartilhamentos.

A Internet, como novo veículo de comunicação, representa uma perspectiva

fascinante para seus usuários, com algumas vantagens marcantes em relação aos

demais veículos.

“[...] permite a seus usuários o conhecimento prévio de

imagens, de lugares e destinação turística com elevado grau

de detalhamento, embora não substitua o desejo e o consumo

das viagens. [...] o consumidor de produtos turísticos não se

satisfaz com esta visão, que, pelo contrário, muitas vezes

passa a ser um estimulante na decisão final do deslocamento

físico para o polo turístico desejado” (LAGE, 2000, apud

BAHL, 2005, p.324).

O Brasil é destaque nas principais redes sociais que envolvem turistas pela

internet, seja pela beleza de suas praias, como destacou o TripAdvisor em recente

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eleição de melhores destinos; seja pelas praias e gastronomia, como revelou uma

das maiores comunidades de viajantes da internet, a Minube, visitada por mais de 30

milhões de turistas, das redes Pinterest, Facebook, Twitter e Google+.

Em novembro de 2014, representantes do Google, Facebook e TripAdvisor

estiveram presentes na WTM Latin America 2014, feira de turismo realizada em São

Paulo, e reforçaram a importância da rede no acesso à informação. De acordo com

Leonardo Vieira e Vinicius Landucci, da área de Novos Negócios do Google, 105

milhões de brasileiros estão conectados à internet. Deste total, cerca de 82% usa a

internet como fonte de informação para fechar a viagem. Além disso, o tempo médio

dessa pesquisa é de 30 dias.

Neste sentido, a Internet pode ser percebida como uma estratégia, ao atuar

como um canal de divulgação para as informações das localidades turísticas, pois vê-

se surgir vários web sites, onde estão inseridos serviços de consultas de destinos e

regiões turísticas. O mercado turístico, em tempos de globalização e de tecnologia

da informação, é caracterizado por uma grande quantidade de informações e

mensagens publicitárias (PETROCCHI e BONA, 2003).

Já para João Carlos Pastore, representante do Facebook no Brasil, é

importante atingir esses usuários individualmente, com ofertas e produtos

específicos. O Facebook tem 83 milhões de usuários ativos no país, sendo que 58

milhões costumam acessar o Facebook por celulares.

De acordo com Longhini e Borges (2005), a Internet já está presente no

cotidiano de todos os usuários do mundo, sua utilização e o número de consumidores

on-line aumentam a cada dia. As tecnologias disponíveis atualmente provocam efeito

no consumidor e em todos os agentes que participam do processo turístico a partir da

utilização de novos instrumentos de trabalho que incrementam a produtividade,

permitindo melhor desempenho a custos reduzidos, e de maneira geral,

transformando a sociedade e os mercados, incluindo os setores na área de turismo.

Dias afirma que:

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“[...] No mundo globalizado, os destinos turísticos passam a

concorrer não apenas internamente, mas cada vez mais como

destinos mundiais. A globalização leva às empresas, entre

elas as de turismo, a expandirem seus negócios em lugares

diferentes que se conectam por redes. As novas tecnologias

no campo dos transportes, informática e comunicação, a

valorização no conceito de prazer e de tempo livre [...] vêm

sem dúvida abrindo novas possibilidades e oportunidades para

a indústria do turismo, que atrai milhões de visitantes em todo

o mundo” (DIAS, 2006, p.17).

Neste sentido, a Internet pode ser percebida como uma estratégia, ao atuar

como um canal de divulgação para as informações das localidades turísticas,

pois vê-se surgir vários web sites, onde estão inseridos serviços de consultas

de destinos e regiões turísticas.

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CAPÍTULO V

CASE KEEP EXPLORING

O turismo é um dos setores que mais crescem na economia global. O

resultado dessa evolução está explícito em um estudo do Conselho Mundial de

Viagens e Turismo (WTTC), de 2013, sobre o impacto do turismo no mundo. De

acordo com o levantamento, o setor de viagens e turismo contribuiu com 9,5% para a

economia global. A entidade reúne os maiores empresários da área e coleta

informações em 184 países, com análise dos resultados econômicos e projeções

para o futuro.

Enquanto a torta foi ficando cada vez maior, a participação do Canadá foi

encolhendo dentro de um mercado internacional do turismo intensamente

competitivo. O país, que nos anos 1950 era o segundo no ranking mundial de

turismo, hoje alcança a 12ª posição, segundo dados mais recentes da Organização

Mundial do Turismo (OMT). A atividade turística representa 1,9% do Produto Interno

Bruto (PIB) do Canadá – o que equivale a uma receita de 12,8 bilhões de dólares e

representa 2,5% do mercado mundial (dados da OMT).

Através de estudos quantitativos pela Global Tourism Watch, verificou-se

que a visão do Canadá para os turistas ficou estereotipada como toda bela paisagem

e ao ar livre, e um pouco unidimensional. Os dados apontaram que os viajantes

internacionais não têm o suficiente de uma sensação de amplitude de experiências

que o Canadá poderia oferecer.

Tentando vender o Canadá como um destino de férias o Ministério do

Turismo do país lançou em 2006 a ação publicitária Keep Exploring - ou, numa

tradução aproximada, “explore para sempre” - http://uk-keepexploring.canada.travel/.

O objetivo era de reunir em torno de ferramentas de internet experiências autênticas

para o viajante.

Na ocasião, a presidente e diretora geral da Comissão Canadense de

Turismo (CCT), Michele McKenzie, declarou: “Nossa nova empreitada, que tem o

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objetivo de vender o turismo no Canadá, se concentra em criar uma relação emotiva

entre o Canadá e a satisfação que uma viagem proporciona, apresentando o aspecto

emocional das experiências que podem ser vividas no país”, disse a executiva, no

lançamento da campanha da marca Keep Exploring. “Nós consideramos que, na

escala mundial, nossos resultados turísticos são decepcionantes. Visto a marcada

evolução do mercado e o crescimento da concorrência nós devemos dar aos

consumidores razões mais imperiosas de viajar ao Canadá”, afirmou ela.

Em 2010, agência de publicidade DDB foi a responsável pelo projeto Blog

Keep Exploring. Ela criou uma plataforma de campanha social que mostra

experiências dos viajantes no Canadá. O objetivo central é mostrar que o país é um

destino com mais opções de visita do que se imagina: há novos roteiros de aventura,

como o mergulho de apnéia acompanhando a rota dos salmões, ou o roteiro

gastronômico-cultural pelos vinhedos, as viagens de relaxamento nos spas, e o

rafting no Yukon.

Para isso, a empresa usou experiências autênticas que imitam a forma como

os consumidores desfrutariam de suas viagens no país. Todos os elementos da

campanha usaram as mídias sociais para que isso fosse possível.

Na televisão, em vez de gastar grandes produções, vídeos de viagem do

YouTube foram usados para contar uma série de histórias sempre estimulados pelo

Flickr e Facebook. As capas dos principais jornais foram formados com wraps em

parecia com o blog, incluindo os códigos QR Codes que ligavam aos conteúdos do

Keep Exploring blog.

Neste caso, a alteração na compreensão narrativa do consumidor exige

mudanças também no método de divulgação onde a narrativa transmidiática abre

janelas infinitas de oportunidades criativas para preencher, expandir e desenvolver

uma história.

A ruptura com a estética e a narrativa tradicionais acontece por meio da

complementaridade de meios/aparelhos distintos, que se tornam dependentes uns

dos outros em uma configuração cada vez mais fluida (JENKINS, 2009). Essa

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configuração permite superar limites de tempo e espaço que marcam a relação de

consumo pertinente a cada meio. Um dos limites mais importantes que a narrativa

transmidiática tenta contornar é o tempo exíguo na grade de programação. A

sucessão rápida das imagens de curta duração, utilizada para maximizar a história

contada em 20 ou 40 minutos por semana, faz com que as cenas e sequências

reforcem apenas ação e diálogos essenciais à exposição do enredo. Como afirma

Ciro Marcondes Filho, “[...] enquanto na fotografia o sujeito escolhe os detalhes que

mais o interessam, na televisão [convencional] eles são escolhidos [...]”

(MARCONDES, 1993, p. 13).

A variedade de dispositivos a que um consumidor de mídia se conecta ao

mesmo tempo (ou ao longo de um dia) aumenta incessantemente, diminuindo em

contrapartida a atenção dispensada a cada um destes dispositivos isoladamente.

Vivian Sobshack (apud BRIGGS e BURKE, 2004, p. 323) descreve o público como

imerso em um sistema eletrônico que constrói uma espécie de mundo alternativo.

Este usuário aparece diáfano no tempo e no espaço, de modo quase virtual.

Anúncios on-line usando o Google Maps e Street View, tecnologia para os

viajantes de transporte, foram desenvolvidos praticamente com cenas reais das ruas

canadenses. A Storescapes Digitais transformou fachadas vazias em murais

baseados no Twitter que transforam-se em interfaces de tela de toque interativas.

Tweets agregados e fotos de viajantes reais para o Canadá eram postadas em tempo

real.

O "Keep Exploring" plataforma de campanha ajudou a impulsionar o Canadá

de ser nomeado a marca número um pela FutureBrand, batendo os EUA a partir do

topo. Sete dos nove países pesquisados são os principais mercados do CTC que

receberam mais de 80% do orçamento de marketing internacional da CTC e

contribuiu com aproximadamente 85% de todas as chegadas internacionais em 2010.

Este é o primeiro passo nos esforços da CTC para capturar parte justa do Canadá de

crescimento do turismo internacional.

5.1 – Resultado da Campanha

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Em apenas quatro anos, o Canadá tornou-se a marca de país mais

respeitada no mundo. Tirou os Estados Unidos do topo do ranking a partir da

divulgação dos Jogos de Inverno 2010, que ampliou o alcance global da sua marca

turística. A classificação foi da Country Brand Index realizada pelo FutureBrand, uma

consultoria de marca global baseada em Nova York.

Depois de iniciar a revitalização da sua marca de turismo - Canada Keep

Exploring - há seis anos, o Canadá passou do 12 º lugar em 2006 para o sexto lugar

em 2007, e saltou para o segundo lugar em 2008, posição que manteve em 2009.

Este ano, os Estados Unidos cederam a vaga para o Canadá. E no meio desse

processo, a marca de turismo do Canadá emergiu como forte, envolvente e vibrante,

em um mercado altamente competitivo do turismo internacional.

“O novo consumidor é determinado a ter controle das coisas

em suas próprias mãos –conversando, comentando, criticando

e criando – se sente à vontade para acabar com a reputação

de uma marca, celebrar seus produtos, ou até se tornar ele

mesmo a marca. Capaz de construir sua companhia milionária

com nada mais que uma câmera digital, acesso à internet e

talento para conquistar uma comunidade” (BOCHES, 2009, p.

56).

Em um mundo onde os consumidores podem escolher que mensagens

receber e evitar o marketing, o caminho mais relevante de fazer propaganda é criar

uma comunicação com a qual eles desejem se relacionar. Uma comunicação que

melhore e agregue valor às suas vidas.

“É o marketing com o qual as pessoas escolhem se engajar.

Envolve criar algo que achem dignas de seu tempo e atenção,

no lugar de uma comunicação que está sempre procurando

caminhos para as interromper. É algo que melhora a vida das

pessoas, sem necessariamente forçar uma venda”

(GILBREATH, 2009, p.40).

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Michele McKenzie, presidente da CTC, resumiu que há alguns anos, a

comissão definiu uma atualização da marca canadense de turismo na expectativa de

estar no palco do mundo em 2010. Segundo ela, com a estratégia correta, um legado

dos jogos poderia ser mais interessante para o Canadá como destino de viagem, e

finalmente atrair mais visitantes.

A CTC e seus parceiros aproveitaram a oportunidade única, fornecida pelos

Jogos, para mostrar a marca turística do Canadá internacionalmente. Colocaram

vídeos impressionantes - de costa a costa - diretamente nas mãos das emissoras de

todos os países em cujos mercados a CTC atua. Os resultados iniciais das

campanhas de marketing realizadas pela CTC antes, durante e depois dos Jogos

indicam que o número de reservas de viagens aumentou em relação a 2009. Este foi

o resultado do reconhecimento do Canadá como um destino turístico líder. A

estratégia olímpica da CTC, que foi até o final de 2012, foi financiada por um

investimento federal de CAD$ 26 milhões.

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CAPÍTULO VI

DESTINOS TURÍSTICOS MUNDIAIS

NAS REDES SOCIAIS

O site SkiftIQ (https://iq.skift.com/sectors/destinations) produziu um gráfico

com o ranking dos 10 destinos turísticos mais ativos nas mídias sociais em novembro

de 2014. Entre os vencedores, organizações tradicionais de marketing de destino e

dois sistemas de parques - parques temáticos da Disney, e do Serviço Nacional de

Parques dos EUA. Os dados foram agrupados com base em como os viajantes

interagiram com eles online em diversas ferramentas da internet.

No relatório, o Turismo da Austrália deu uma lição de como tirar o melhor

proveito do Facebook enquanto meio de promoção turística. No Instagram, a mesma

lição. No ranking, apenas três posts não pertencem à conta do Turismo da Austrália.

Destaque ainda para a média de 8.200 likes por foto, longe dos 360 em média nas

restantes.

Todas as fotos são enviadas pelos utilizadores, através do perfil @australia

ou da hashtag #SeeAustralia, sendo posteriormente selecionadas pela equipe –

composta por duas pessoas – do Turismo da Austrália. A estratégia foi o

engajamento dos internautas, o envolvimento, interação, relacionamento com a

marca, que vai além do número de seguidores em uma rede social ou likes em uma

postagem.

De acordo com Castells (1999), dentre as redes sociais existem dois grupos

de ligação que podem ser formados: os laços fracos e os laços fortes. Cardozo

(2010) diz que as redes sociais são altamente adequadas e propensas à criação de

múltiplos laços fracos, que são aqueles feitos com desconhecidos e giram em torno

de troca de informações sobre tópicos de interesse comum, porém, não há ligação

afetiva. Cardozo (2010) ainda diz que “a não existência de ligação afetiva, não exclui

a possibilidade de existir o sentimento de solidariedade recíproca na rede”

(CARDOZO, 2010, p. 11).

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Não por acaso, de acordo o Tourism Australia, órgão oficial do país da

Oceania, em setembro 2014, os números divulgados pelo Escritório Australiano de

Estatísticas (ABS) revelavam que o país deveria ter um aumento de 8,2% no número

de visitantes em relação a 2013. O que representa um total de 6,8 milhões visitantes

no ano passado (3).

Ainda de acordo com o ABS, a Austrália congratulou-se com 517.500

chegadas de visitantes durante o mês de setembro de 2014, um aumento de 6% em

comparação com o mesmo período de 2013. Foram 4,9 milhões de chegadas de

visitantes estrangeiros no país durante os nove meses primeiros meses de 2014, um

aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Nova Zelândia encontra-se no topo da lista de visitantes internacionais no

mês de setembro de 2014, com 113.200 visitam. No mesmo mês, havia 61.800

visitantes da China; enquanto as chegadas de turistas provenientes do Reino Unido

cresceram 6%.

Vale ressaltar que a Austrália fez uma campanha de marketing digital de seis

dias, de 15 a 20 de novembro de 2014, no microblog chinês Weibo. O que atraiu um

público de 120 milhões de internautas. Num processo de enriquecimento das

informações e as ligações que elas fazem entre si para explicar as tendências e,

ganhar força frente aos concorrentes, as ferramentas surgem como um dos principais

fatores para sustentar uma estratégia de marketing eficaz.

“Uma das grandes vantagens do marketing digital é que seus

resultados podem ser medidos. O monitoramento é a ação

estratégica que integra os resultados de todas as outras ações

estratégicas, táticas e operacionais, permitindo verificar os

resultados e agir para a correção de rumos ou melhoria das

ações” (TORRES, 2009, p. 31).

O mote da publicidade era a hashtag "#Dada’sVisittoAustralia. A campanha

apresentou comida e cultura australiana através de uma série de reportagens, artigos

e infográficos torno destinos visitados pelo casal presidencial durante sua estadia. O

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que ajudou a promover a Austrália como destino top-of-mind para os viajantes

chineses (4).

A China foi o país que mais abasteceu o turismo mundial em 2012. Os

gastos dos chineses com turismo fora da China alcançaram 102 bilhões de dólares

em 2012, deixando Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido para trás, segundo

levantamento realizado pela Organização Mundial de Turismo (5).

O termo público-alvo, ou target, em inglês, é um dos termos mais utilizados

nas áreas de publicidade, propaganda e marketing. Para estudar este assunto,

vamos começar nossa pesquisa pelo dicionário: “Parcela da população a qual é

dirigida a mensagem. Segmento do público que se pretende atingir e sensibilizar com

uma campanha, um anúncio, uma notícia, etc “RABAÇA e BARBOSA, 1987, p. 486).

Uma das tarefas mais árduas no planejamento da comunicação é definir o

público-alvo da campanha. É o momento de ‘fazer escolhas’ sobre quem deve ser

atingido e quem ficará em segundo plano. A dificuldade está, justamente, no fato de

que, na maior parte das vezes, não é viável falar com todos, o que significa utilizar

uma mensagem menos personalizada, que tenta atingir uma faixa de público

bastante ampla, supostamente menos homogênea. Portanto, a resposta esperada do

público seria menor do que uma mensagem mais personalizada e focada em um

perfil de público mais homogêneo.

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CONCLUSÃO

Os estrangeiros devem ser estimulados a viajar mais pelo País tanto para

destinos que já conhecem quanto para novos lugares e experiências. A viagem deve

ser uma prioridade, um desejo e uma realização constante. Deve-se compreender

que por meio da viagem é proporcionado um importante crescimento pessoal. Viajar

pelo Brasil com preços adequados é cada vez mais possível com melhor

planejamento da viagem. Aplicar os recursos no próprio País contribui para o

desenvolvimento nacional. Viajar é acessível e o hábito deve ser estimulado em todas

as faixas etárias. Principalmente, deve vislumbrar que o Brasil oferece muitas e

distintas experiências que podem ser desejadas e vivenciadas.

Os chamados novos turistas, mais sofisticados e exigentes, já estão em

processo, pois é obrigatório estar onde as pessoas de fato hoje buscam informação,

como, por exemplo, as redes sociais e demais recursos de compartilhamento da Web

2.0. Todavia, não é suficiente apenas criar canais de interação com os turistas; torna-

se essencial compreender as demandas do novo viajante independente, que não se

limita a buscas em Web sites oficiais, mas que prefere confiar no comentário

publicado até mesmo por uma pessoa desconhecida em alguma rede social.

Finalmente, os responsáveis pelo Marketing eletrônico da Embratur estão

dispostos a interagir com os turistas internacionais, não somente por meio da

disponibilização do Web site em línguas estrangeiras, mas pela adoção de uma

variedade de canais de comunicação interativos via internet, entre os quais

Facebook, Twitter, Flickr, YouTube e Foursquare. Medida que vai ao encontro da

preocupação da Embratur com o elevado grau de conectividade que caracterizará as

Olimpíadas de 2016 em território brasileiro.

A internet oferece muitas oportunidades de criar processos de serviços que

demandam menos recurso do prestador de serviços e ao mesmo tempo, são

percebidos pelos clientes como qualidade melhorada de serviço. O consumidor

possui o poder de barganha e de informação influenciando a maneira com a qual os

consumidores interagem com as empresas e entre si.

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Existem muitos benefícios ao se desfrutar das pessoas conectadas à

Internet. Um deles, segundo o autor, é aumentar a visibilidade. O marketing como

conhecemos está mudando radicalmente, e que tal acontecimento se deve ao

aparecimento de toda essa onda digital e tecnologias, sendo considerada a era da

informação, que está criando um novo tipo de consumidor, proporcionando novas

perspectivas, desafios e oportunidades para que os que sabem lidar com esta nova

máquina. O que pode ser extraído desse pensamento de Vaz é que aqueles que não

se adequarem à nova onda do mundo digital infelizmente serão passados para trás e

ficarão obsoletos, pois a velocidade em que os fatos estão se sucedendo não tem

mais volta e já há estudos voltados ao acompanhamento desse novo tipo de

consumidor on-line.

O marketing digital é uma nova forma interativa da aplicabilidade de técnicas

tradicionais do marketing, em um novo cenário, tendo ainda um conceito amplo de

pouca orientação.

O marketing digital propõe um modelo em que o consumidor seja o centro de

suas atenções, estudando seu comportamento e colocando-o como princípio. Uma

vez que as empresas dependem de consumidores para sua sobrevivência e geração

de lucros, há a necessidade de trabalhar com marketing, comunicação, publicidade

entre outros meios, que possam expressar a importância que eles têm, e assim

estudam seu desempenho e como podem ser influenciados neste meio da internet.

Assim há aplicabilidade das estratégias táticas e operacionais do marketing

convencional adaptado ao marketing digital, que aplicados corretamente no ambiente

da internet podem garantir bons resultados, como pode ser visto na tabela no Anexo

1.

A web está a cada dia se consolidando como o canal mais eficiente de

interligação entre empresas e consumidores. O e-commerce que está ainda em sua

fase de infância já detém de 54% de consumidores pertencentes à classe A e B

enquanto a classe C soma 31%. Junto a ele, o mobile Marketing tem ainda um vasto

campo a explorar, principalmente por meio dos aparelhos derivados dos

smartphones, como iPad e iPhone possuem programas e aplicativos que permitem o

acesso fácil à web, acessando redes e mídias sociais ou sites de busca.

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Com base nas teorias estudadas fica claro que o marketing digital está

inserido em todos os campos da internet, bem como ao momento em que passamos

a maior parte de nosso tempo navegando nela, não há como passar despercebido a

quantidade de informações neste ambiente on-line. Assim, pode-se concluir que o

marketing digital é uma prática de fundamental importância e que têm êxito em suas

aplicações visto a grande demanda de usuários da web e suas tendências. Deste

modo, cada vez mais consumidores estão caindo na rede e comprando mais pela

internet.

Porém, no mundo da convergência das mídias todos os usuários são

atingidos por comunicações em múltiplas plataformas. Isso representa uma

transformação cultural, e faz com que os indivíduos busquem novas informações e

conexões em diferentes canais. Essa nova cultura se inicia dentro dos cérebros,

passa pelas interações sociais e também dentro das mídias. É como um fluxo de

imagens, ideias, histórias, sons, marcas e relacionamentos através do maior número

de canais midiáticos possíveis.

Na convergência, todos são participantes, embora todos os participantes

tenham diferentes graus de status e influência, diferentemente da cultura tradicional

onde não há divisão clara de consumidores e produtores.

E o Brasil vem passando por um amplo processo de exposição midiática

gerada pela captação, promoção e realização dos megaeventos. Apesar de atrair um

público cada vez mais eclético, pelos diversos perfis de interesse dos eventos

esportivos, religiosos, culturais e científicos, as tendências mundiais do segmento

turístico vêm sendo insistentemente comprovadas. Aproveitar esse momento é

fundamental.

Para isso, agrupar os diferentes canais de comunicação na internet para

alterar a indústria midiática e, consequentemente, os consumidores dos conteúdos

dessas mídias é um processo irreversível. E a Embratur, mesmo que em constantes

transformações, ainda não se atentou para este processo em seus meios.

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ANEXOS

ANEXO 1

Aplicabilidade das estratégias táticas e operacionais do marketing convencional

adaptado ao marketing digital:

Estratégia de

marketing

Estratégia de

marketing digital

Ações táticas e

operacionais

Tecnologias e

plataformas

empregadas

atualmente

Comunicação

corporativa

Relações públicas

Marketing de conteúdo

Geração de conteúdo

Marketing de busca

Blogs

SEO/SEM

Marketing de

relacionamento

Marketing nas mídias

sociais

Ações em redes sociais

Ações com blogueiros

Twitter, Facebook, Youube

Marketing direto E-mail marketing Newsletter

Promoções

Lançamentos

E-mail SMS

Publicidade e

propaganda Marketing

de guerrilha

Marketing viral Postagem de vídeos, animações e músicas

Publicações de widgets

Redes sociais

You Tube

Widgets virais

Publicidade e

propaganda Branding

Publicidade On-line

Banners

Podcast e vedocast

Widgets

Jogos On-line

Sites e blogs

Mídias sociais

Google AdWords

Pesquisa de mercado

Branding

Pesquisa On-line Busca e clipping

Monitoramento de

marca

Monitoramento de

mídias

Google

Redes sociais

Clipping

Fonte: Adaptado TORRES, 2009 p. 69.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABS - Escritório Australiano de Estatísticas

ADG - Associação de Designers Brasileiros

CCT - Comissão Canadense de Turismo

DDB - Agência de Publicidade Portuguesa

eCommerce - Comércio eletrônico

eFinance - Finanças eletrônicas

eMarketing - Marketing eletrônico

eManagement - Gerência eletrônica

hashtag - Sinal tipográfico da cerquilha

Embratur - Instituto Brasileiro de Turismo

Eurostat - Autoridade de Estatística da União Europeia

Keep Exploring - Plataforma Digital

FutureBrand - Site de soluções digitais

MTur - Ministério do Turismo

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OMT - Organização Mundial do Turismo

QR Codes - Código de barras bidimensional que pode ser facilmente

esquadrinhado usando a maioria dos telefones celulares equipados com

câmera

Storescapes - Digitais Agência de Publicidade do Canadá

Top of Mind - Termo em inglês utilizado na área de marketing empresarial

como uma maneira de qualificar as marcas que são mais populares na mente

(mind em inglês) dos consumidores TI - Tecnologia da Informação

Wrap - Termo da língua inglesa que dependendo do contexto pode ter várias

acepções

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BIBLIOGRAFIA

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- http://www.tourism.australia.com/news/news-stories-16574.aspx (4)

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Sobre números do turismo chinês - http://media.unwto.org/fr/press-release/2014-05-

14/le-tourisme-international-genere-des-recettes-d-exportation-de-14-billion-d (5)

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

(O Plano Aquarela e o Marketing Digital) 11

1.1 – Estratégia 14

CAPÍTULO II

(O histórico da divulgação do Brasil

como produto turístico na internet) 17

CAPÍTULO III

(As ferramentas de divulgação usadas) 20

3.1 Mobile 20

3.2 Blogs 21

3.3 YouTube 22

3.4 Instagram 23

3.4.1 Erro em postagem 23

3.5 Hotsites 24

3.5.1 Brasil Home 24

3.5.2 The Green House 25

3.6 Facebook 25

3.6.1 - The Republic of Me 26

3.7 Twitter 27

3.8 – Flickr 27

3.9 - Foursquare 28

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CAPÍTULO IV

(A internet como canal de divulgação do turismo) 29

CAPÍTULO V

(Case Keep Exploring) 32

5.1 Resultado da Campanha 34

CAPÍTULO VI

(Destinos turísticos mundiais nas redes sociais) 37

CONCLUSÃO 40

ANEXOS 43

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 44

BIBLIOGRAFIA 46

WEBGRAFIA CITADA 47

ÍNDICE 48