documento protegido pela lei de direito autoral · 2013-08-11 · substituindo o capital...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PRINCIPAL FONTE DE VANTAGEM COMPETITIVA, O HOMEM
Por: Cristiane Jeronimo Esteves Passos
Orientador
Prof. Nelsom Magalhães
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PRINCIPAL FONTE DE VANTAGEM COMPETITIVA, O HOMEM
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em gestão de projetos. Por: Cristiane Jeronimo Esteves Passos
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, pela minha vida, pela minha saúde e possibilidade de aprendizado me oferecendo a oportunidade de ampliar meus conhecimentos.
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DEDICATÓRIA
Dedico ao meu amado marido Bruno, pela compreensão, paciência e apoio e ao meu amado irmão Anderson que me acompanhou e me incentivou a conhecer a área de gestão de projetos.
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RESUMO
Esta monografia foi desenvolvida no intuito de apresentar e
descrever sobre a evolução da importância do capital humano nas
organizações que perceberam ser esse o principal diferencial de
competitividade organizacional e a sua evolução no decorrer dos anos.
Abordaremos nesse trabalho temas como Ciclo Motivacional e motivação, onde
serão apresentadas as principais teorias que foram desenvolvidas no decorrer
de décadas de estudos e pesquisas, bem como sua evolução. O presente
trabalho apresenta também a liderança como um dos fatores fundamentais
para o sucesso das organizações, enfatizando, sobretudo o importante papel
que esta exerce sobre a motivação humana para o trabalho. Apresentaremos a
partir daí, os estilos de liderança e líder. Em decorrência desse estudo da
liderança e motivação, surge a figura do líder motivacional – um administrador
humanista, com foco nas pessoas, suas individualidades e suas necessidades.
O principal diferencial deste estilo de liderança é a habilidade em auxiliar as
pessoas na satisfação de suas necessidades, tendo como retorno um maior
empenho destes indivíduos no âmbito profissional. Comentaremos por último
sobre a Vantagem Competitiva, como desenvolver e criar competências chave
nas pessoas para o alcance dos objetivos estratégicos nas organizações.
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METODOLOGIA
Para a realização desse trabalho será utilizado como apoio pesquisas na
Internet e livros na área de Recursos Humanos, Motivação, Liderança,
Comportamento Organizacional e Vantagem Competitiva. Exemplos práticos
quanto a situações vivenciadas nas empresas e novos métodos na área de
gestão de pessoas serão primordiais na condução do trabalho.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
CAPITAL HUMANO 10
CAPÍTULO II
CICLO MOTIVACIONAL 19
CAPÍTULO III
CLIMA ORGANIZACIONAL 35
CAPITULO IV
LIDERANÇA 42
CAPÍTULO V
COMO CRIAR VANTAGEM COMPETITIVA 49
CONCLUSÃO 53
BIBLIOGRAFIA 55
WEBGRAFIA 57
ÍNDICE 58
ÍNDICE DE FIGURAS 59
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INTRODUÇÃO
No ambiente empresarial de hoje, com a crescente oferta de novas
tecnologias, não é mais novidade nem mesmo para as pessoas menos
esclarecidas que o mercado de trabalho está cada vez mais dinâmico e
competitivo e que cresce consideravelmente a necessidade das empresas de
se tornarem cada vez mais organizadas e ágeis. Nesse contexto, só farão
diferença aquelas empresas que investirem no desenvolvimento dos seus
colaboradores.
O capital humano tem sido considerado o elemento fundamental dos
programas de expansão, de melhoria da qualidade, de aumento de
produtividade e lucratividade, de relacionamento com os clientes, de
competitividade e outras diretrizes ditadas pelo mundo corporativo. Diante
destes fatos, a grande vantagem competitiva empresarial fica a cargo do capital
humano da organização, assim como citado por Chiavenato:
No cenário atual, de um modo globalizado, instável, mutável e fortemente concorrencial; as empresas bem sucedidas tendem a crescer ou, no mínimo, a sobreviver. O crescimento acarreta maior complexidade dos recursos necessários às suas operações, com o aumento do capital, incremento da tecnologia, atividades de apoio etc. Provocando o aumento do número de pessoas, bem como a necessidade de intensificar a aplicação de seus conhecimentos, habilidades e destrezas indispensáveis à manutenção e competitividade do negócio. Com tudo isso se assegura que os recursos materiais, financeiros e tecnológicos sejam utilizados com eficiência e eficácia. E as pessoas passam a significar o diferencial competitivo que mantém e promove o sucesso organizacional; elas passam a constituir a competência básica da organização, a sua principal vantagem competitiva. (CHIAVENATO, 2004, P.04).
Baseado nesse enfoque cabe ressaltar que satisfação e lealdade de
clientes, aliada a satisfação e motivação de empregados, constituem fatores
críticos de sucesso para qualquer empresa, atingindo dessa forma resultados
financeiros esperados e a sua própria sobrevivência no mercado.
Somente com o engajamento e a dedicação de todos os
profissionais a organização alcançará seus objetivos, aprimorando as práticas
de gestão para que todos se sintam motivados e desenvolvam o seu potencial.
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Portanto, o principal fator para que a empresa se torne
permanentemente competitiva, é o homem, pois somente pessoas
competentes e devidamente qualificadas poderão produzir e prestar serviços
com qualidade.
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CAPÍTULO I
CAPITAL HUMANO
São pessoas que trabalham em uma organização, que possuem
talentos que precisam ser desenvolvidos e mantidos, fruto da sua experiência,
educação, formação e know-how, com capacidade de gerar riqueza. Mais do
que isso, capital humano significa capital intelectual.
Após a Segunda Guerra Mundial, por volta de 1950 os mercados
começaram expandir-se rapidamente, influenciando a estabilidade das
organizações, esse período ficou marcado pela inovação. As pessoas
passaram a ser vistas como recursos que deviam ser administrados visando os
objetivos organizacionais surgindo assim, a Administração de Recursos
Humanos. “Os departamentos de recursos humanos visualizavam as pessoas
como recursos vivos e inteligentes e não mais como fatores inertes de
produção” (Chiavenato, 1999a, p. 29).
Diante milhares de obstáculos oferecidos por um mercado movido
pela competitividade, o desafio de uma organização é manter-se equilibrada
entre seus concorrentes. E para isso deverá buscar estratégias no seu recurso
mais valioso. Sabe-se que lidar com pessoas é uma tarefa complexa, mas as
organizações “dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas
missões.” (Chiavenato, 2002, p.19)
A globalização trouxe um grande volume de informações, as
organizações precisam absorver tais informações e para que isso aconteça, ela
depende do seu mais valioso recurso que são as pessoas, capazes de
transformar informações em conhecimento, tornando-as competitivas.
O início da década de 1990 marca o começo da terceira etapa do mundo organizacional. É a era da informação, que surge com o tremendo impacto provocado pelo desenvolvimento tecnológico e com a chamada tecnologia da informação. A nova riqueza passa a ser o conhecimento – o recurso mais valioso e importante -,
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substituindo o capital financeiro. Em seu lugar, surge o capital intelectual. (CHIAVENATO 1999, P. 34).
Nasce assim um novo conceito para Administração de Recursos
Humanos que é a Gestão de Pessoas, onde as pessoas não são mais vistas
como recurso, mas como fonte de vantagem competitividade.
Segundo Chiavenato:
A antiga Administração de Recursos Humanos cedeu lugar a uma nova abordagem: a Gestão de Pessoas. Nesta nova concepção, as pessoas deixam de ser simples recursos (humanos) organizacionais para serem abordadas como seres dotados de inteligência, personalidade, conhecimentos, habilidades, destrezas, aspirações e percepções singulares. (CHIAVENATO 1999A, P. 32)
Atualmente, na Era da Informação, o conhecimento está se
transformando no recurso organizacional mais importante das empresas, onde
as pessoas passam a ser valorizadas pelo seu intelecto. Uma riqueza muito
mais importante do que o dinheiro. O capital financeiro - que predominou na
Era Industrial – está cedendo lugar para o capital intelectual como base
fundamental para as organizações.
Segundo Milkovich a solução para obter-se um diferencial
competitivo, através dos colaboradores é:
Talvez a melhor estratégia de RH seja contratar, treinar e remunerar as pessoas, para que elas criem as melhores estratégias futuras, não importa em que condições. Essa estratégia daria menos ênfase na capacidade das pessoas em implementar as estratégias de hoje, e mais ênfase nos traços humanos genéricos, como criatividade, inteligência, curiosidade, confiabilidade e comprometimento com a organização, o que conduziria a estratégias mais eficazes”. (MILKOVICH E BORDREAU 2000,P.137)
As pessoas tem a capacidade de inovar e criar e a inovação é uma
ferramenta capaz de tornar a empresa mais competitiva. As empresas tem que
saber como desenvolver e aproveitar o que o capital humano tem de melhor,
pois diante de tantos desafios no atual cenário econômico criar soluções é uma
vantagem para manter-se competitivo.
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Estão nas pessoas à capacidade de renovar e inovar processos, são
considerados os recursos raros e intangíveis de uma organização, daí a
fundamental importância delas.
Dessler destaca a importância das pessoas através de uma
afirmação do vice-presidente de recursos humanos da Toyota Motor
Manufaturing em Georgetown, Kentucky:
Pessoas estão por trás do nosso sucesso. Máquinas não têm idéias, não resolvem problemas, não agarram oportunidades. Somente pessoas que estejam envolvidas e pensando fazem à diferença (...). Todos os fabricantes de automóveis nos Estados Unidos têm basicamente o mesmo maquinário. Mas o modo como às pessoas são utilizadas e envolvidas varia muito de uma empresa para outra. A força de trabalho dá a qualquer empresa o seu verdadeiro poder competitivo (DESSLER 2003, P.11).
As organizações não existem sem pessoas, mas as pessoas
precisam estar envolvidas no processo para que a organização possa ter um
bom desempenho.
As pessoas são detentoras do capital intelectual, as empresas têm
como função transformar o intelectual humano em riquezas. Para manterem-se
nesse mercado cruel, as organizações enfrentam árduas tarefas, mas para isso
necessitam do auxílio das pessoas.
Sendo assim, as organizações para sobreviverem precisam de bons
profissionais, que realmente desejem fazer parte de um mercado turbulento,
não adianta as organizações investirem em pessoas que não estão
comprometidas com o futuro da empresa, sendo então necessária a dedicação
de ambos os lados, afinal um depende do outro.
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1.1. Teoria das Relações Humanas
Nessa teoria a maior preocupação era o comportamento humano e o
relacionamento informal e social dos participantes dos grupos sociais que
determinam o comportamento individual. O que era válido para uma
organização humana era válido para as demais.
A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações
Humanas, é um conjunto de teorias administrativas que ganharam força com a
Grande Depressão criada na quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em
1929.
Essas teorias criam novas perspectivas para a administração, visto
que busca conhecer as atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a
formação de grupos. Até então, o trabalhador era tratado pela Teoria Clássica
de forma muito mecânica. Com os novos estudos o foco mudou e do Homo
economicus o trabalhador passou a ser visto como homos social, ou seja, a
visão do homem motivado exclusivamente por recompensas sociais, não
materiais e simbólicas.
A partir daqui começa-se a pensar na participação dos funcionários
na tomada de decisões e na disponibilização das informações para eles.
1.1.1 Experiência de Hawthorne
A Escola das Relações Humanas surgiu efetivamente com a
Experiência de Hawthorne, realizada em uma fábrica no bairro que dá nome a
pesquisa, em Chicago, EUA.
O médico e sociólogo australiano George Elton Mayo (1880 – 1949),
um cientista social Australiano, ficou conhecido como o fundador do movimento
das relações humanas e da Sociologia Industrial, pelas experiências que
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coordenou em Hawthorne (bairro de Chicago) fez testes na linha de produção,
na busca por variáveis que influenciassem, positiva ou negativamente, na
produção.
Mayo fez estudos sobre a influência da luminosidade, do trabalho
em grupo, da qualidade do ambiente e descreveu-as afirmando que o cuidado
com os aspectos sociais era favorável aos empresários.
Primeira Fase da Experiência de Hawthorne - Para analisar o
efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários.
Segunda Fase da Experiência de Hawthorne - As moças
gostavam de trabalhar na sala de provas porque era divertido e a supervisão
branda (ao contrário da supervisão de controle rígido na sala de montagem)
permitia trabalhar com liberdade e menor ansiedade;
- Havia um ambiente amistoso e sem pressões, na qual a conversa
era permitida, o que aumentava a satisfação no trabalho;
- Não havia temor ao supervisor, pois este funcionava como
orientador;
- Houve um desenvolvimento social do grupo experimental. As
moças faziam amizades entre si e tornaram-se uma equipe;
- O grupo desenvolveu objetivos comuns, como o de aumentar o
ritmo de produção, embora fosse solicitado trabalhar normalmente.
Terceira e Quarta fases da Experiência de Hawthorne - Os
pesquisadores, fixados no estudo das relações humanas no trabalho,
verificaram que, no grupo de controle, as moças consideravam humilhante a
supervisão vigilante e constrangedora.
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- O Programa de Entrevista revelou a existência da Organização
Informal dos Operários a fim de se protegerem das ameaças da Administração.
Nela, os operários se mantêm unidos através de laços de lealdade.
- O grupo desenvolveu métodos para assegurar suas atitudes,
considerando delator o membro que prejudicasse algum companheiro e
pressionando os mais rápidos para estabilizarem sua produção por meio de
punições simbólicas.
Através da experiência de Hamthorne concluí-se que:
a) Nível de Produção Resultante da Integração Social
O nível de produção não é determinado pela capacidade física ou
fisiológica do empregado (como afirmava a Teoria Clássica), mas por normas
sociais e expectativas grupais.
É a capacidade social do trabalhador que determina o seu nível de
competência e eficiência e não sua capacidade de executar movimentos
eficientes dentro do tempo estabelecido. Quanto maior a integração social do
grupo, maior a disposição para trabalhar.
b) Comportamento Social dos Empregados
Os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como
indivíduos, mas como membros de grupos. Portanto, a administração não pode
tratar os empregados um a um, mas sim como membros de grupos e sujeitos
às influências sociais desses grupos. A Teoria das Relações Humanas
contrapõe o comportamento social do empregado ao comportamento do tipo
máquina, proposto pela teoria clássica.
c) Recompensas e Sanções Sociais
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Os precursores da Administração Científica, baseados no conceito
de hommo economicus, pelo qual o homem é motivado e incentivado por
estímulos salariais, elaboravam planos de incentivo salarial, para elevar a
eficiência e baixar os custos operacionais. Para a Teoria das Relações
Humanas, a motivação econômica é secundária na determinação do
rendimento do trabalhador. Para ela, as pessoas são motivadas pela
necessidade de reconhecimento, de aprovação social e participação nas
atividades dos grupos sociais nos quais convivem. Daí o conceito de homem
social.
d) Grupos Informais
Enquanto os clássicos se preocupavam com aspectos formais da
organização como autoridade, responsabilidade, especialização, estudos de
tempos e movimentos, princípios gerais de Administração,
departamentalização etc., os autores humanistas se concentravam nos
aspectos informais da organização como grupos informais, comportamento
social dos empregados, crenças, atitude e expectativa, motivação etc. A
empresa passou a ser visualizada como uma organização social composta de
grupos sociais informais. Esses definem suas regras de comportamento,
formas de recompensa ou sanções sociais, objetivos, escala de valores sociais,
crenças e expectativas que cada participante vai assimilando e integrando em
suas atitudes e comportamento.
e) Relações Humanas As relações humanas são as ações e atitudes desenvolvidas a partir
dos contatos entre pessoas e grupos. Cada pessoa possui uma personalidade
própria e diferenciada que influi no comportamento e atitudes das outras com
quem mantém contato. A compreensão das relações humanas permite ao
administrador melhores resultados de seus subordinados e a criação de uma
atmosfera na qual cada pessoa é encorajada a exprimir-se de forma livre e
sadia.
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f) Importância do conteúdo do cargo
A especialização não é a maneira mais eficiente de divisão de
trabalho. Trabalhos simples e repetitivos tornam-se monótonos e maçantes
afetando negativamente a atitude do trabalhador e reduzindo a sua satisfação e
eficiência.
g) Ênfase nos Aspectos Emocionais
Os elementos emocionais não planejados e irracionais do
comportamento humano merecem atenção especial da Teoria das Relações
Humanas. Daí a denominação de sociólogos da organização aos autores
humanistas. A experiência de Hawthorne permitiu a Mayo concluir que o
trabalho é uma atividade grupal e que o nível de produção é mais influenciado
pelas normas do grupo do que pelos incentivos físicos de produção. Segundo
ele o operário não reage como indivíduo, mas como membro de um grupo.
Pode dizer que a Teoria das Relações Humanas, desenvolvida por
Elton Mayo, colocou a ênfase do estudo na gestão das pessoas, ao contrário
das teorias da época, que se focaram na estrutura e na máquina. Mayo
percebeu que existia para além da máquina, um universo a ser descoberto,
relacionado com o comportamento humano e a sua influência nos processos
organizacionais.
Com as conclusões iniciais tomadas a partir da Experiência de
Hawthorne, novas variáveis são acrescentadas ao dicionário da administração:
- A integração social e comportamento social dos empregados;
- As necessidades psicológicas e sociais e a atenção para novas
formas de recompensa e sanções não materiais;
- O estudo de grupos informais e da chamada organização formal;
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- O despertar para as relações humanas dentro das organizações;
- A ênfase nos aspectos emocionais e não racionais do
comportamento das pessoas;
- A importância do conteúdo dos cargos e tarefas para as pessoas;
Teóricos
Além de Mayo, outros teóricos ganharam destaque na Escola das
Relações Humanas Neidimir di Oliveira.
Mary Parker Follet foi uma das precursoras ao analisar os padrões
de comportamento e a importância das relações individuais.
Barnard criou a Teoria da Cooperação, e foi um dos primeiros a ver
o homem como um ser social, dentro do ambiente de trabalho, e analisar as
organizações informais promovidas por eles.
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CAPÍTULO II
CICLO MOTIVACIONAL
A partir da Teoria das Relações Humanas, todo o acervo de teorias
psicológicas acerca de motivação humana passou a ser aplicado dentro das
organizações. Verificou-se que o comportamento humano é motivado. A
motivação no sentido psicológico é tensão persistente que leva o indivíduo a
algum comportamento com o objetivo de obter a satisfação de uma ou mais
necessidades. Daí o conceito de Ciclo motivacional.
O ciclo motivacional começa com o surgimento de uma necessidade.
A necessidade é uma força dinâmica e persistente que provoca
comportamento.
O organismo humano permanece em estado de equilíbrio
psicológico (chamado por Lewin de equilíbrio de forças psicológicos), até que
um estímulo o rompa ou crie uma necessidade. Essa provoca um estado de
tensão em substituição ao anterior estado de equilíbrio. A tensão conduz a um
comportamento ou ação capaz de atingir alguma forma de satisfação daquela
necessidade. Se satisfeita a necessidade, o organismo retorna ao seu estado
de equilíbrio inicial, até que outro estímulo sobrevenha. Toda satisfação é
basicamente uma liberação de tensão, uma descarga tensional que permite o
retorno ao equilíbrio anterior.
2.1. Teorias Motivacionais
Vários autores decorreram sobre as necessidades do ser humano
que culminaram no estudo da motivação. Desses estudos, nasceram várias
teorias que buscavam definir o comportamento do indivíduo, principalmente
dentro das organizações na realização de suas tarefas. Citaremos a seguir as
principais teorias, que mais trouxeram contribuições e comentários.
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2.1.1. Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow
A Teoria Motivacional mais conhecida é a de Abraham Harold
Maslow, que se baseia na chamada hierarquia das necessidades humanas.
Após inúmeras pesquisas e artigos a respeito do comportamento
humano, em 1954 o psicólogo e estudioso do comportamento americano
Abraham Harold Maslow (1908–1970) desenvolveu uma das mais importantes
obras dentro do estudo da motivação humana: a Teoria da Hierarquia das
Necessidades Humanas. Nesta, Maslow definiu como primárias as
necessidades fisiológicas e as de segurança e secundárias as necessidades
sociais, de estima e de autorrealização (Chiavenato, 1995; pag. 86).
Para Maslow, as necessidades dos seres humanos obedecem a
uma hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto
significa que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge
outra em seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para
satisfazê-la.
Cada nível na hierarquia deve ser conquistado antes que um indivíduo possa transpor o próximo. No nível inferior encontram-se as necessidades fisiológicas (fome, sede, sono, sexo). Maslow supôs que, quando uma pessoa conquista esses elementos essenciais, passa ao nível das necessidades de segurança (defesa, proteção, salário, casa própria, seguro-saúde, aposentadoria, emprego). Ao atingi-lo e sentir-se segura quanto à proteção contra ferimentos e danos, a pessoa sobe ao próximo nível: o das necessidades sociais (relacionamento, amor, pertencer a um grupo). Neste terceiro nível, a aceitação e a afeição dão origem a um quarto estágio, definido como o das necessidades de estima (autoestima, reconhecimento, status, prestígio). No topo da escala, encontram-se as 32 necessidades de autorrealização. Essa última etapa representa a realização de potencialidades e a expressão do crescimento pessoal. (CHIAVENATO, 1995, P.87).
De acordo com Chiavenatto (1995, p.88), Maslow propõe que à
medida que as necessidades são atendidas em cada nível, o indivíduo volta
sua atenção ao próximo estágio; entretanto, as pessoas podem subir e descer
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na hierarquia. Se, por exemplo, o indivíduo sentir fome, tratará de atender essa
necessidade, não importando a posição na pirâmide onde se encontre.
Segundo a Pirâmide de Maslow:
- Necessidades Fisiológicas: constituem o nível mais baixo das
necessidades humanas, como a de alimentação (fome e sede), de sono e
repouso (cansaço), de abrigo (frio ou calor), o desejo sexual, etc. Estão
relacionados com a sobrevivência do indivíduo e com a preservação da
espécie.
- Necessidades de Segurança: (sobrevivência física), corresponde
ao segundo nível das necessidades humanas. São necessidades de segurança
ou de estabilidade, a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a fuga
do perigo, condições de trabalho seguras, remuneração e benefícios. Surgem
no comportamento quando as necessidades fisiológicas estão relativamente
satisfeitas.
- Necessidades Sociais: (a aceitação pelo meio e o sentido de
importância), inclui a necessidade de associação, de participação, de aceitação
por parte dos companheiros, de troca de amizade, interação com clientes, afeto
e amor. Surgem no comportamento, quando as necessidades mais baixas
(fisiológicas e de segurança) estão relativamente satisfeitas.
- Necessidade de Estima: (relevância, domínio, reputação,
prestígio) envolve a autoapreciação, a autoconfiança, a necessidade de
aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além de
desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência
e autonomia. Estão relacionados com o modo pelo qual o indivíduo se vê e se
avalia.
- Necessidade de Autorrealização: (desejo de conhecer,
compreender, sistematizar, organizar e construir um sistema de valores) são as
mais elevadas, de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de auto
desenvolver-se continuamente. Incluem-se aí o trabalho criativo e desafiante,
diversidade e autonomia, participação nas decisões, etc. São as necessidades
humanas mais elevadas e que se encontram no topo da pirâmide.
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Estas necessidades englobam três tipos de motivos:
a) Os físicos;
b) Os de interação com os outros;
c) Os relacionamentos com o próprio.
De acordo com a pirâmide, a ordem de satisfação das necessidades
acontece de baixo para cima, ou seja, os desejos mais altos da escala só serão
realizados quando os que estão mais abaixo estiverem mais ou menos
satisfeitos.
Sempre presente quando o assunto é motivação, a teoria da
hierarquia das necessidades de Maslow é unanimidade, entre os estudiosos
deste tema, por ainda descrever com tamanha precisão os anseios do ser
humano contemporâneo.
Para ele, após a satisfação de um desejo, outra necessidade passa
a ser desejada:
O homem é um animal que deseja e que raramente alcança um estado de completa satisfação, exceto durante um curto tempo. À medida que satisfaz um desejo sobrevém outro que quer ocupar seu lugar, quando este é satisfeito surge outro ao fundo. É característica do ser humano, em toda sua vida desejar sempre algo (MASLOW, 1954 APUD CHIAVENATTO, 1995, P.86)
E os desejos respeitam determinadas prioridades, conforme a
necessidade: “Não teríamos o desejo de compor músicas ou criar sistemas
matemáticos ou estar bem vestidos [...] se estivéssemos morrendo de sede
(Maslow, 1954 APUD CHIAVENATTO, 1995, P.86)”.
Maslow ainda complementa que a necessidade de realização total é
o desejo de chegar a ser, cada vez mais, o que se é.
Estudos mostram que os trabalhadores de níveis mais baixos
tendem a preocupar-se mais com as necessidades classificadas por Maslow
como sendo a base da pirâmide (são as necessidades fisiológicas e de
segurança), enquanto os trabalhadores de nível mais alto tendem mais para o
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atendimento das necessidades localizadas no topo da pirâmide (são as
necessidades de autoestima e autorrealização).
Segundo Maslow quando as necessidades mais baixas estão
satisfeitas, as necessidades situadas nos níveis mais elevados começam a
dominar o comportamento. Nem todas as pessoas conseguem atingir o
primeiro nível.
2.1.2. Teoria dos dois fatores de Herzberg
Frederick Herzberg, psicólogo e renomado professor de Gestão,
propôs um modelo motivacional baseado em dois fatores – fatores higiênicos e
fatores motivacionais que, para ele, determinam o comportamento das pessoas
no trabalho. Herzberg identificou que os fatores que provocam atitudes
positivas no trabalho não são os mesmos que provocam as atitudes negativas,
ou seja, sugeriu que era necessário distinguir os conceitos de motivação e
satisfação.
- Fatores higiênicos ou extrínsecos: São contextuais,
relacionados com o meio ambiente onde as pessoas atuam. São de
responsabilidade da organização, fora do controle das pessoas. Nessa
categoria estão elencados: salário, benefícios sociais, tipo de chefia, condições
físicas de trabalho, modelo de gestão e relacionamento com os colegas.
Chamados de higiênicos por serem considerados profiláticos e preventivos, ou
seja, evitam a insatisfação, mas não levam a satisfação. Por estarem mais
relacionados à insatisfação, são chamados de insatisfacientes.
Conforme Chiavenato (1995, p.90), a expressão “higiene” possui um
caráter preventivo e serve para mostrar que esses fatores se destinam a
afastar as condições desagradáveis. Como exemplo de necessidades
higiênicas destaca-se:
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- salários;
- segurança no cargo;
- benefícios sociais;
- relações com a chefia;
- condições de trabalho e conforto;
- políticas e diretrizes da empresa;
- clima de relacionamento entre a empresa e funcionários;
- regulamentos internos.
- Fatores Motivacionais ou intrínsecos: São relacionados ao
conteúdo do cargo, a natureza das tarefas inerentes a ele. Estão sob o controle
da pessoa. Ao contrário das necessidades higiênicas, pois estão relacionados
com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento
individual, reconhecimento profissional e autorrealização, e dependem das
tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho. Quando os fatores
motivacionais são ótimos provocam a satisfação, quando deficientes provocam
insatisfação, sendo chamados de satisfacientes.
Ainda conforme Chiavenato (1995, p.90), o termo “motivação”
envolve sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento
profissional, manifestados por meio de exercícios das tarefas e atividades que
oferecem suficiente desafio e significado para o trabalho. Como exemplo de
necessidades motivacionais destaca-se:
- delegação de responsabilidade;
- liberdade de decidir como executar o trabalho
- promoção;
- uso pleno das habilidades pessoais;
- estabelecimento de objetivos e avaliação relacionadas com eles;
- simplificação do cargo pelo próprio ocupante;
- ampliação ou enriquecimento do cargo (horizontal ou
verticalmente).
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A teoria dos fatores afirma que:
1- A satisfação no cargo é função do conteúdo ou atividades
desafiadoras e estimulantes do cargo: são os chamados fatores motivadores.
2- A insatisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos
colegas e do contexto geral do cargo: são chamados fatores higiênicos.
Figura 1 - A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg Fonte: Chiavenato (1995, p.91).
A partir das definições destes dois fatores, faz-se entre eles uma análise
comparativa:
Fatores Motivadores
Fatores Higiênicos
Sentimento de realização Relação com o chefe
Reconhecimento Relação com os colegas
Trabalho variado e desafiante Supervisão técnica
Desenvolvimento pessoal Condições de trabalho
Figura 2 - Comparativo entre Fatores Motivacionais e Fatores Higiênicos Fonte: adaptado de Teixeira (2005, p.88).
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As conclusões de Herzberg até certo ponto coincidem com a Teoria
de Maslow de que os níveis mais baixos de necessidades humanas têm
pequeno efeito motivacional quando o padrão de vida é elevado. As
abordagens apresentam alguns pontos ricos de concordâncias e alguns pontos
de diferenças a respeito da motivação do comportamento humano.
Maslow
Herzberg
Autorrealização
- O trabalho em si - Responsabilidade - Progresso - Crescimento
Autoestima
- Realização - Reconhecimento - Status
Segurança
- Políticas Administrativas e Empresariais - Segurança no cargo
Fisiológicas
- Condições físicas do trabalho - Salário - Vida pessoal
Figura 3 - Teoria de Maslow X Teoria de Herzberg Fonte: adaptado de CUNHA ET AL (2004, p.73).
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Figura 4 – Fatores da Teoria de Maslow e da Teoria de Herzberg Fonte: Chiavenato (1995, p.92)
2.1.3. Teorias X e Y de McGregor
Doutor em psicologia social, Douglas McGregor tornou-se mais
conhecido na década de 50 pelas teorias de motivação X e Y, onde compara
um estilo de administração mecanicista (tradicional na época) e outro baseado
nas, então modernas, concepções a respeito do comportamento humano.
Conforme Chiavenato (1995, p.91), essa teoria associa a motivação
à atividade de liderança, ou seja, à maneira como os gestores veem os
colaboradores, mesmo que essa visão não corresponda à realidade.
- Teoria X: caracteriza-se por ter um estilo autocrático que pretende
que as pessoas façam exatamente aquilo que a organização pretende que elas
façam. Indica que as pessoas são preguiçosas e que necessitam de motivação,
pois encaram o trabalho como um mal necessário para ganhar dinheiro. Desta
teoria, surgem duas estratégias básicas de ação: uma implica na compensação
das deficiências humanas pela coação do comportamento das pessoas,
através de ameaças, punições, disciplina e fiscalização; a outra consiste em
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persuadí-la através de gratificações, elogios, permissões e lisonjas.
Fundamentalmente estas estratégias apontam para o fato de que o trabalho
produtivo é uma forma pouco natural de comportamento para a maioria das
pessoas, e que alguma pressão deve ser aplicada para que delas se obtenha
trabalho produtivo das pessoas que somente consideram o salário seu único
estímulo.
- Teoria Y: baseia-se no pressuposto de que as pessoas querem e
necessitam trabalhar. McGregor colocou sob condições corretas que, as
pessoas poderiam descobrir satisfação suficiente no trabalho, para despender
mais esforço do que poderiam em resposta à coerção, ou seja, se houvesse no
trabalho uma estrutura que permitisse oportunidades de realização e de
desenvolvimento pessoal, estes fatores seriam motivações mais fortes do que
qualquer motivação externa que fosse aplicada. Esta teoria, no entanto, às
vezes é erroneamente interpretada, como se sugerisse que se as pessoas se
orientassem por seu próprio critério, tenderiam a se tornar mais produtivas do
que se fossem firmemente conduzidas.
Traçando um comparativo entre as duas teorias, tem-se:
Teoria X
Teoria Y
As pessoas são preguiçosas e indolentes
As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer
As pessoas evitam o trabalho O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar
As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras.
As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios
As pessoas precisam ser controladas e dirigidas
As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas
As pessoas são ingênuas e sem iniciativa
As pessoas são criativas e competentes
Figura 5 - Comparativo entre as Teorias X e Y de McGregor Fonte: adaptado de CHIAVENATO (1995, p.93).
29
Em algumas organizações é utilizado o sistema X, enquanto que em
outras, fica evidente o sistema Y, ou ainda, em outras, notamos fortes traços
das duas teorias.
Certamente não existe uma fórmula perfeita para se obter resultados
positivos com os recursos humanos, mas os estudos realizados apontam que,
para se obter uma administração de qualidade, necessita-se de recursos bem
aplicados. O maior capital existente em uma organização está intrinsecamente
ligado aos recursos humanos e a sua capacidade de se desenvolver.
Não podemos descartar as teorias existentes e os êxitos alcançados
no passado e presente. Todos os estudos realizados demonstram que a
administração cientifica ainda desenvolve grandes resultados em várias
organizações. Notamos que, em determinadas empresas que adotam a teoria
X, muito embora as mesmas alcancem alguns objetivos, o nível de satisfação
dos seus colaboradores fica seriamente comprometido.
Não podemos confundir a teoria Y com liberdade excessiva ou falta
de controle nas organizações. A teoria é uma forma diferenciada de administrar
os recursos humanos dentro do ambiente organizacional e muitas empresas
alcançam grandes êxitos com ela.
As teorias X e Y, desenvolvidas na década de 50, podem ser
grandes fontes de estudo para aprimorar os recursos humanos utilizados até os
dias atuais em várias organizações.
2.1.4. Teoria das Expectativas de Victor Vroom
Enquanto a teoria da hierarquia das necessidades de Maslow está
baseada em uma estrutura uniforme e a de Herzberg em duas classes de
fatores (higiênicos e motivacionais), ambas pressupõe a existência de uma
30
maneira melhor de motivar as pessoas. Todavia a evidência tem demonstrado
que diferentes pessoas reagem de diferentes maneiras, conforme a situação
em que estejam colocadas.
A teoria das Expectativas foi desenvolvida inicialmente pelo
psicólogo Victor Vroom em 1964. Este defende que o processo de motivação
deve ser explicado em função dos objetivos e das opções de cada indivíduo e
das expectativas de atingir esses mesmos objetivos, contrariamente às teorias
das necessidades de Maslow e Herzberg, uma vez que estas não têm em
consideração as diferenças individuais. Sua teoria se restringe exclusivamente
à motivação para produzir. Nesta teoria, Vroom reconhece que as pessoas são
seres individuais com vontades e desejos diferentes relativos ao trabalho,
fazendo com que tomem decisões de acordo com o que mais lhe cabe no
momento. “[...] motivação é o processo que governa a escolha de
comportamentos (Vroom apud Chiavenatto, 1995, p. 93).”
Vroom aponta que uma pessoa pode desejar aumentar a
produtividade quando três condições se apresentam:
a) Objetivos pessoais do indivíduo: que podem incluir dinheiro,
segurança no cargo, aceitação social, reconhecimento e trabalho interessante.
Existem combinações de objetivos que uma pessoa pode procurar satisfazer
simultaneamente.
b) Relação percebida entre satisfação dos objetivos e alta
produtividade. Se um trabalhador tem como objetivo ter salário maior e se
trabalha na base de remuneração por produção, poderá ter uma forte de
motivação para produzir mais. Porém, se sua necessidade de aceitação social
pelos outros membros do grupo é mais importante, poderá produzir abaixo do
nível que consagrou como padrão de produção informal. Produzir mais poderá
significar a rejeição do grupo.
31
c) Percepção de sua capacidade de influenciar sua
produtividade, ou seja, se um empregado acredita que um grande volume de
esforço despendido tem pouco efeito sobre o resultado, tenderá a não se
esforçar muito, como é o caso de uma pessoa colocada em cargo sem
treinamento adequado ou do trabalhador colocado em uma linha de montagem
de velocidade fixa.
A figura abaixo representa uma ideia melhor desses três fatores:
Figura 6 – Os três fatores da motivação para produzir Fonte: Chiavenato (1995, p.93)
Para Vroom, há três forças básicas que atuam dentro do indivíduo e
que influenciam o seu nível de desempenho:
- Expectativa: probabilidade de uma determinada ação conduzir a
um resultado desejado. Se um determinado esforço for exercido por um
indivíduo que disponibilize de meios e competências para atingir o sucesso, o
resultado será um desempenho bem sucedido (expectativa esforço-
desempenho). Por outro lado, há que ter em consideração a expectativa de
que, se um determinado esforço tiver sucesso será obtida uma recompensa
(expectativa esforço-resultado).
A motivação de produzir é
função de
Força do desejo de alcançar objetivos individuais
Relação percebida entre produtividade e alcance dos
objetivos individuais
Capacidade percebida de influenciar seu próprio nível de
produtividade
Expectativas
Recompensas
Rel. entre expectativas e recompensas
32
É o conjunto de esforços para o primeiro nível de resultados, em
outras palavras, os trabalhadores acreditam que seus esforços irão levá-los
aos resultados desejados: Se me esforçar vou ter um bom desempenho?
- Instrumentalidade: é a percepção de que a obtenção de um
resultado está associado a uma recompensa, podendo-se traduzir no grau em
que um resultado facilita o acesso a outro resultado. Assim, uma recompensa
de primeira ordem (por exemplo, uma recompensa monetária) é relevante
porque permite o alcance de um resultado de segunda ordem (por exemplo, um
automóvel de luxo).
É a relação entre o desempenho e a recompensa. Caso seus
esforços forem devidamente recompensados teremos uma relação positiva,
caso contrário, será negativa: Se atingir esse desempenho vou ser
recompensado?
- Valência: Valor ou peso que um indivíduo atribui às recompensas
obtidas em consequência do seu desempenho. É à força do desejo de um
indivíduo para um resultado particular; é a atratividade de um incentivo ou
recompensa. Neste contexto é necessário que as recompensas tenham um
valor real para o indivíduo que satisfaça as suas expectativas. O sistema de
recompensa vigente pode não ter importância para uns e ser muito importante
para outros: Qual o valor que eu dou a essa recompensa?
Chiavenato (1995, p.95) enfatiza a importância de se analisar com
cuidado a dimensão dos valores atribuídos a uma compensação:
Por exemplo, um jovem profissional pode atribuir enorme valor a uma promoção não pelas perspectivas de carreira que isso ofereça ou pelo aumento de salário em si, mas pelo fato de que esse aumento vai permitir a ele casar-se (VROMM APUD CHIAVENATO, 1995, P.95).
Isso mostra que motivação é um processo que varia de indivíduo
para indivíduo em função de seus objetivos pessoais.
33
Deste modo, Vroom considera que a motivação é o produto do
valor previsto atribuído a um objetivo pela probabilidade de alcançá-lo. Em
termos de uma equação, esta definição pode ser traduzida da seguinte forma:
Motivação = f (expectativa X instrumentalidade X valência)
2.1.5. Teoria da Expectação de Lawler
Segundo descreve Chiavenato (1995, p.96), o acadêmico americano
Edward Lawler III, especializado em psicologia e administração, enxerga a
empresa como um conjunto de profissionais com diferentes ambições e
talentos - o que ele chama de capital humano.
Em Chiavenato (1995, p.96), o autor aponta que Lawler retomou o
pensamento de Taylor ao afirmar que o dinheiro pode motivar não apenas o
desempenho, como também companheirismo e dedicação. De acordo com sua
teoria, o indivíduo deseja dinheiro porque este lhe permite não só a satisfação
de necessidades fisiológicas e de segurança, mas também dá plenas
condições para a satisfação das necessidades sociais, de estima e de
autorrealização. Lawler (apud Chiavenato, 1995, p.96) defende que:
Desde que o indivíduo creia haver ligação entre diferenças de remuneração e de desempenho, o dinheiro poderá ser um excelente motivador enquanto essa percepção permanecer (LAWER, 1971, S. P. APUD CHIAVENATO, 1995, P.96).
O modelo proposto por Vroom foi desenvolvido por Edward Lawer III
que o relacionou com o dinheiro obtendo as seguintes conclusões:
- As pessoas desejam o dinheiro porque permite a satisfação de
necessidades fisiológicas e de segurança (alimentação, conforto, modo de
vida,...), como permite condições para a satisfação das necessidades sociais
34
(relacionamentos, amizades,...), de estima (status, prestígio) e de
autorrealização (realização do potencial e dos talentos individuais).
- Se as pessoas acreditam que a obtenção do dinheiro (resultado
final) depende do desempenho (resultado intermédio), estas se dedicam a esse
desempenho, que por sua vez terá valor de expectativa no alcance do
resultado final.
A teoria de expectação de Lawler III pode ser expressa pela seguinte
equação:
Figura 7 - Teoria da Expectação de Lawler Fonte: Chiavenato (1995, p.97).
Necessidades não satisfeitas
Crença de que o dinheiro satisfará as necessidades
Crença de que a obtenção de dinheiro requer desempenho
Motivação para desempenhar
35
CAPÍTULO III
CLIMA ORGANIZACIONAL
Nos dias atuais há uma grande preocupação com a satisfação e o
bem estar dos funcionários, ou seja, há uma grande preocupação com o clima
organizacional. O clima organizacional refere-se ao ambiente interno existente
entre os membros da organização e está intimamente relacionado com o grau
de motivação de seus participantes.
Até pouco tempo, o grande foco das organizações eram seus
clientes externos, consumidores de seus produtos finais, porém, com a
implementação dos programas de qualidade à satisfação dos clientes internos,
ou seja, dos membros da organização passou ganhar destaque e ser visto pela
organização como um fator estratégico, já que influencia positiva ou
negativamente o comportamento de seus funcionários.
Chiavenato (1995, p.98) explicita o conceito, dizendo que:
O Clima organizacional é a qualidade ou propriedade do ambiente organizacional que é percebida ou experimentada pelos membros da organização e que influencia o seu comportamento. É aquela "atmosfera psicológica" que todos nós percebemos quando entramos num determinado ambiente e que nos faz sentir mais ou menos à vontade para ali permanecer, interagir e realizar. (CHIAVENATO 1995, P.98).
O clima organizacional influencia o estado motivacional das
pessoas e é por ele influenciado. O clima organizacional é alto e favorável em
situações que proporcionam satisfação das necessidades pessoais e elevação
moral. É baixo e desfavorável em situações que proporcionam a frustração
daquelas necessidades.
Para Chiavenato (1995, p.99), “o clima organizacional pode ser
agradável, receptivo, caloroso e envolvente, em um extremo, ou desagradável,
agressivo, frio e alienante, em outro extremo”.
36
3.1. A Motivação Humana
Motivação é a chave de toda atividade bem-sucedida, é o que nos
move no sentido do cumprimento de metas e objetivos, sejam eles pessoais ou
profissionais.
A motivação, na sua essência, representa a personalidade de cada
um com toda sua bagagem inata e experiências vividas. As pessoas são
diferentes no que tange a motivação. As necessidades variam de indivíduo
para indivíduo, produzindo diferentes padrões de comportamento. Não se pode
deixar de comentar que, conforme novas experiências são vivenciadas, o ser
humano se transforma, ou seja, com a interação com o ambiente em que vive,
sofrerá impactos e novas influências, o que refletirá diretamente em sua
personalidade, em suas necessidades e, consequentemente, em seu
comportamento motivacional.
O processo que dinamiza o comportamento é mais ou menos
semelhante para todas as pessoas. Segundo Chiavenato existem três
premissas que dinamiza o comportamento humano:
1 - O comportamento é causado, ou seja, existe uma causalidade
do comportamento. Tanto a hereditariedade como o meio ambiente influencia
decisivamente no comportamento das pessoas. O comportamento é causado
estímulos internos ou externos.
2 – O comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em
todo comportamento humano. O comportamento não é casual nem aleatório,
mas sempre orientado e dirigido para algum objetivo.
3 – O comportamento é orientado para objetivos. Em todo
comportamento existe sempre um impulso, um desejo, uma necessidade, uma
tendência, expressões que servem para designar os motivos do
comportamento.
37
Entendemos que essas premissas explicam o comportamento
humano.
3.1.1. A Motivação no Trabalho
Trabalhar é vital. O trabalho faz parte da preocupação central na
vida de todo indivíduo independente da atividade que exerça se atividade
remunerada ou não.
A motivação humana para o trabalho permanece ainda como um
dos grandes desafios dentro da realidade das organizações. Quando se
identifica que as pessoas estão desmotivadas no seu local de trabalho, a
motivação deve recebe maior atenção.
Os efeitos da desmotivação no trabalho podem gerar graves
problemas tanto para as organizações quanto para as pessoas. Do lado das
organizações, podem sofrer perdas de seus padrões de qualidade e
produtividade. Da parte das pessoas, as consequências negativas estão
ligadas à saúde física e mental, ao stress, ao absenteísmo, à baixa
produtividade e desempenho no trabalho, sem contar a falta de
comprometimento com sua organização.
Faz-se necessário destacarmos a importância da motivação para
as pessoas e organizações, uma vez que tal processo configura-se como
transformador de qualquer ambiente organizacional, levando,
consequentemente, a um maior envolvimento e comprometimento das pessoas
no desenvolvimento de suas atividades, contribuindo significativamente para a
eficácia organizacional.
38
É importante salientar a relevância da motivação no contexto
organizacional, uma vez que o potencial do empregado de uma organização
depende principalmente da sua motivação. As pessoas insatisfeitas com o seu
trabalho não utilizam todo o seu potencial, o que não acontece com os
indivíduos que trabalham em função do seu aperfeiçoamento.
A motivação é intrínseca ao ser humano – isso o conduz a um
comportamento particular e individual de acordo com as suas necessidades e
personalidade. As ações e comportamentos do ser humano estão diretamente
associados aos motivos; em outras palavras, são os motivos que levam os
indivíduos a terem determinadas ações ou comportamentos.
Da mesma forma, o ambiente externo onde os indivíduos estão
inseridos influencia diretamente em suas ações e comportamentos – visto que
afetam de uma forma ou outra, a realização das necessidades intrínsecas.
Segundo Alfredo Castro e Valéria José (1998, P.70) o estímulo
atribuído ao trabalho deve ser observado:
O estímulo ao trabalho deve ser observado, pois ele pode ser saudável ou estar ocultando certa carência, ansiedade ou até mesmo fuga pessoal. Não se pode negar o benefício do trabalho para o ser humano, porém não se pode perder de vista a noção de que o excesso de trabalho por um prolongado período pode fazer com que as atividades (esporte, lazer, convívio familiar), essenciais ao desenvolvimento e ao equilíbrio do ser humano deixem de existir. Daí surge consequências que serão observadas ou sentidas após um longo tempo de excessos. Há de se buscar o equilíbrio sempre em todas as atividades desde o trabalho até o tempo livre. (ALFREDO CASTRO E VALÉRIA JOSÉ, 1998, P70).
Podemos acrescentar que não se podem motivar as pessoas, uma
vez que a fonte de energia que move o comportamento motivacional vem do
interior delas, sendo inerentes a sua característica de personalidade. Ninguém
consegue motivar alguém, uma vez que a motivação nasce no interior de cada
um. No entanto, é possível manter as pessoas motivadas quando se conhece
suas necessidades e lhes são oferecidos fatores de satisfação para que tais
necessidades sejam satisfeitas.
39
Segundo Bergamini (1997, P.78), uma vez que cada pessoa possui
certos objetivos motivacionais, o sentido que elas dão a cada atributo que lhes
dá satisfação é próprio apenas de cada uma. Isto é, o significado de suas
ações tem estreita ligação com a sua escala pessoal de valores. Esse
referencial particular é que realmente dá sentido à maneira pela qual cada um
leva a sua existência de ser motivado.
O que motiva as pessoas é o fato de ser reconhecido, ser tratado
como pessoa, ser tratado de modo justo, ser ouvido. Desafios, novas
oportunidades, orgulho do próprio trabalho, condições de trabalho adequadas,
sensação de ser útil, ser aceito.
De acordo com Hckman e Oldham (apud FIORELLI, 2004, P33), o
individuo motiva-se para o trabalho quando cinco fatores concorrem
promovendo o enriquecimento das tarefas e conduzindo a estados psicológicos
desejáveis e favoráveis a que isso aconteça:
- O desempenho no cargo exige aplicação de diferentes habilidades
pessoais;
- O resultado final da atividade permite reconhecê-lo como um
produto pessoal há uma identificação entre criação e criador;
- O produto final exerce impacto nas outras pessoas;
- Existe um grau de liberdade para decidir sobre programações e
procedimentos do trabalho;
- O profissional recebe avaliação sobre sua eficácia na realização da
atividade.
40
Para uma grande maioria das pessoas, a possibilidade de melhor
remuneração constitui um forte incentivo. Outra fonte de satisfação para muitas
pessoas é o desafio. Superar metas ou outros departamentos pode ser um
forte incentivo para muitas pessoas. As condições de trabalho, tais como
ambiente aprazível, boas instalações, preocupação com segurança, influem
para tornar as pessoas mais produtivas e consequentemente influem para que
trabalhem mais motivadas.
Um dos problemas básicos em qualquer organização é como induzir
as pessoas a trabalhar. No mundo contemporâneo não é uma tarefa fácil, visto
que a maioria das pessoas obtém pouca satisfação em seus empregos. Nas
grandes organizações, as pessoas devem trabalhar cumprindo ordens que
podem não entender nem aprovar, no entanto para que tenhamos funcionários
motivados, é preciso fazer com que ele se sinta satisfeito em seu ambiente de
trabalho, vendo se existem os seguintes itens:
- Identificar as necessidades e anseios das pessoas
- Buscar o trabalho que mais atrai a pessoa
- Reconhecer o bom desempenho
- Facilitar o desenvolvimento da pessoa
- Projetar o trabalho de modo a torná-lo atraente
- Adotar um sistema de recompensas ligado ao desempenho
- Aperfeiçoar continuamente as práticas gerenciais
Segundo os autores Heitor Chagas de Oliveira e Jose Aristides
Marcondes de Moura vale enfatizar que:
A exemplo do que ocorre com os resultados de melhoria dos índices de satisfação de clientes, a melhoria contínua dos índices de satisfação e motivação de empregados deve ser reconhecida e recompensada por meio de concessões de aumentos salariais por mérito, promoção e de participação nos resultados do negócio. (HEITOR CHAGAS DE OLIVEIRA E JOSE ARISTIDES MARCONDES DE MOURA, 2012, P.31)
41
A satisfação no trabalho é um estado emocional agradável que
resulta da percepção de que o trabalho ajuda a pessoa a atingir resultados
valorizados.
42
CAPÍTULO IV
LIDERANÇA
A liderança é considerada um dos fatores fundamentais para o
sucesso das organizações, enfatizando, sobretudo o importante papel que esta
exerce sobre a motivação humana para o trabalho.
Devido às constantes mudanças e à disputa acirrada de mercado, é
exigido cada vez mais dos profissionais que ocupam cargos de liderança. Ter
líderes eficazes nas organizações parece ter se tornado vital para o seu
sucesso.
O papel do líder e seu estilo de liderança são fundamentais para
desenvolver e influenciar o clima organizacional, contribuir para a motivação da
equipe, o comprometimento dos funcionários, a confiança na empresa, a
segurança e o sentimento de valorização do funcionário conquistado através de
respeito e credibilidade.
A Gestão de Pessoas tem como função relacionar os interesses da organização com os dos colaboradores, visando sempre o aumento da produtividade. Gerir pessoas é uma tarefa complexa, onde as pessoas devem ser tratadas como pessoas dotadas de características pessoais e profissionais. Pois, elas “podem ampliar ou limitar as forças e fraquezas de uma organização, dependendo da maneira como elas são tratadas.” (CHIAVENATO 1999A, P. 09)
O líder faz uma combinação de estratégia e caráter para atingir
metas e objetivos para extrair o máximo de cada pessoa que trabalha ao seu
lado, ouvindo ideias e gerando responsabilidades. Sempre disposto a servir,
aprender e sempre em uma posição de humildade para poder agregar cada
vez mais à sua equipe.
A liderança influência a tomada de decisão e conscientiza como
cada indivíduo tem o seu valor na organização. O líder que consegue ter a
credibilidade da sua equipe, com certeza consegue melhores resultados para a
43
organização, com menos gestão de conflitos e uma maior probabilidade de
assertividade no resultado esperado pela empresa.
Bergamini (1994, p.15) sugere que existam dois aspectos
semelhantes à maioria das definições de liderança – é um fenômeno de grupo,
ou seja, envolve duas ou mais pessoas; e “trata-se de um processo de
influenciação exercido de forma intencional pelos líderes sobre seus
seguidores”. Cita ainda, como uma definição mais abrangente que:
O processo da liderança normalmente envolve um relacionamento de influência em duplo sentido, orientado principalmente para o atendimento de objetivos mútuos, tais como aquele, de um grupo, organização ou sociedade. Portanto, a liderança não é apenas o cargo do líder, mas também requer esforços de cooperação por parte de outras pessoas (HOLLANDER, 1978 APUD BERGAMINI, 1994, P15).
O líder precisa conhecer as ferramentas de gestão de pessoas que
poderão auxiliá-lo na tomada de decisões em relação ao aproveitamento e
valorização dos talentos que integram as equipes de trabalho bem como
observar frequentemente o comportamento pessoal e profissional de cada
colaborador, direcionando-os para a busca de melhorias contínuas, buscando
identificar os pontos fortes e fracos de cada pessoa.
A principal ferramenta da gestão de pessoas é o aprendizado
contínuo, que direciona o líder para o aprendizado organizacional, ou seja, é
preciso que ele desenvolva a capacidade de promover
educação/desenvolvimento com serviço de alta qualidade e dar abertura para a
transmissão de informações, tanto no ambiente interno quanto no ambiente
externo, de maneira a permitir a participação dos colaboradores na tomada de
decisões, atuando como educador, negociador, incentivador e coordenador.
Bergamini (1994, p. 22) enfatiza uma nova dimensão do conceito
de liderança, ao apontar que “liderar é, antes de mais nada, ser capaz de
administrar o sentido que as pessoas dão àquilo que estão fazendo”.
Acrescenta ainda que, “essa administração do sentido implica o conhecimento
44
e domínio das características da cultura da organização, ao mesmo tempo em
que liderar exige também o conhecimento do sentido que cada um dá à
atividade que desempenha” e finaliza reconhecendo que “no cruzamento
dessas duas fontes de significado é que o líder se tem proposto, cada vez de
forma mais clara, como elemento chave dentro das organizações”.
O líder deve proporcionar ao seu liderado o apoio necessário à
motivação no trabalho. Em outras palavras, não cabe ao líder influenciar o
liderado a alcançar um dado objetivo. A motivação para o alcance do objetivo
deve ser intrínseca ao trabalhador. Ao líder, cabe o papel de facilitador.
Ao líder cabem dois papéis fundamentais:
a) Auxiliar na alavancagem da energia motivacional nos liderados.
Não se trata aqui de incentivar os trabalhadores ao alcance do objetivo
proposto. O papel do líder é, antes de tudo, desenvolver um ambiente de
trabalho no qual o trabalhador possa acionar sua motivação intrínseca. Isto
pode ser conseguido através de três ações conjuntas: despertar no funcionário
o sentido do trabalho, estimular sua participação e proporcionar-lhe educação.
b) Manter a energia motivacional dos liderados. Se, por um lado, é
impossível motivar alguém, por outro lado é muito fácil desmotivar uma pessoa.
O líder, através fundamentalmente de uma comunicação correta e de um
adequado esforço de reconhecimento, precisa estar constantemente
preocupado em manter a motivação do seu liderado.
É importante conhecer os estilos de liderança, pois cabe a um bom
líder saber equilibrar essas práticas e aplicá-las para que possa obter o
sucesso das organizações.
45
4.1. Estilos de Liderança e Líder
Segundo Chiavenato (2002, p.137) a teoria mais conhecida que
explica a liderança por meio de estilos de comportamentos, sem se preocupar
com características pessoais de personalidade do líder refere-se aos estilos de
liderança “autocrática” e a “democrática”.
Em 1939, os psicologistas Kurt Lewin, Ronald Lippit e Ralph White
realizaram estudos sobre a natureza da liderança. Diferenciaram dois estilos de
liderança: a autoritária – que reinava a ordem e a decisão singular, e a
democrática – que encorajava a participação dos liderados:
Liderança Autoritária Liderança Democrática Não há confiança Confiança total Decisão centralizada no topo Decisões dispersas no grupo Comunicação Unilateral Comunicação em todos os sentidos Criação de grupos informais Interação com a liderança Foco nas coisas (plano, controle)
Foco nas pessoas (satisfação do subordinado)
Figura 8 – Comparativo Liderança Autoritária x Democrática Fonte: adaptado de Bergamini (1994, p.22).
O líder autocrático é mais conhecido como “chefe”. Seria aquele
condutor que define o que e como deve ser feito. Podemos supor que se é ele
quem define tudo, este acredita ser a sua opinião sempre a mais correta e
ainda serem seus subordinados pouco merecedores de confiança. Fica nítido
que a atenção principal deste líder está voltada para as tarefas e não para as
relações humanas de seu grupo. Baseia seu poder geralmente na posição
(cargo) que ocupa.
Já o líder democrático busca compartilhar suas decisões e
atividades com os outros membros do grupo. Podemos dizer que ele possui
outra visão do ser humano e de si. Caso acredite que todos devam participar
do planejamento e execução da tarefa, podemos supor que não acredita ser o
dono da verdade e que todos possuem condições de agir com autonomia e
46
responsabilidade. Sua atenção está voltada principalmente para as relações
interpessoais e vê seu poder baseado na credibilidade que o grupo lhe atribui.
Verificou-se posteriormente que não constava outro estilo de
liderança, o chamado, de Livre ou Laissez-Faire, que foi caracterizado pela
máxima liberdade, pelas decisões individuais e pela falta de controle por parte
da liderança. Nesse estilo o líder delega totalmente as decisões ao grupo e
deixa-o totalmente à vontade e sem controle algum.
A defesa de apenas um estilo como sendo o mais adequado é
praticamente impossível, já que existem inúmeras situações pelas quais um
grupo pode estar passando e que exigirá uma forma ou outra de liderança.
Fatores como a maturidade dos membros do grupo, o relacionamento grupal,
as crenças e valores pessoais, as diferentes tarefas que serão cumpridas e os
prazos para execução, entre outros, deverão certamente influenciar no
comportamento do líder.
Na prática, o líder utiliza os três processos de liderança, de acordo
com a situação, com pessoas e com a tarefa a ser executada. O líder tanto
manda cumprir ordens, como consulta os subordinados antes de tomar uma
decisão como também sugere a algum subordinado realizar determinadas
tarefas. Utiliza a liderança autocrática, a democrática e a liberal. O desafio da
liderança é saber quando aplicar qual processo, com quem e dentro de que
circunstância e atividades a serem desenvolvidas.
Dessa forma com base nos estudos de Bergamini (1994, p.73) pode-
se dizer que o líder pode exercer a liderança sem a necessidade do controle e
da ordem, proporcionando plena liberdade aos liderados. Da mesma forma,
também existe contextos de ausência de liderança, seja por omissão, por
incompreensão ou indefinição ideológica. E, acrescenta ainda, que o
comportamento do líder ideal não pode ser incutido no indivíduo:
Pelo fato de não concordarem com a suposição de que as pessoas possam mudar sua maneira de ser, esses autores propõem que tais
47
prescrições inescrupulosamente pretendem que se carreguem as emoções dentro de malas, das quais tiram diferentes comportamentos como se fossem roupas que se possa facilmente trocar (BERGAMINI 1994, p. 73).
Um líder pode ocupar esta posição por delegação de autoridade –
um cargo atribuído, ou por naturalidade – escolhido pelo grupo por se destacar
naturalmente do mesmo. Seja como for, diversos podem ser os estilos dos
líderes – relacionaremos alguns:
- Líder Carismático (Fé): influencia o grupo com palavras de
profundidade que denotam inspiração divina. São munidos de confiança,
similaridade entre as crenças, aceitação incondicional, obediência espontânea,
envolvimento emocional com a missão da organização, altos níveis de
desempenho e crença dos seguidores. Como exemplo deste estilo de líder
pode citar os sacerdotes.
- Líder Executivo (Competência): impõe a ordem por considerar
uma normalidade humana; busca a organização absoluta.
- Líder Coercitivo (Poder): ganha legitimidade na violência, seja na
imposição física ou verbal. Líder e liderado se repelem. O medo é a palavra
chave.
- Líder Distributivo (Autoridade): apenas distribui tarefas, possui
necessidade de estar perto, dando serviço e cobrando resultados - nem
constrói, nem destrói – é neutro.
- Líder Educativo (Responsabilidade): exerce a liderança pela
troca, onde todos são professores e alunos, é movido pelo exemplo; é o que
possibilita ao liderado entender as suas próprias necessidades.
- Líder Inspirador (Exemplo): Raramente precisa dar ordem, cada
um sabe o que fazer e aonde ir, há sinergia, há harmonia.
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Em qualquer situação em que uma equipe possa estar o líder nunca
deverá perder de vista suas funções básicas de gerenciador, com atenção
concentrada nos objetivos e resultados.
Por fim, seria fundamental lembrar que uma mesma equipe, assim
como cada indivíduo, passa por diferentes graus de maturidade, ao longo de
sua existência. Isto é importante para que não rotulemos as equipes de
maduras ou imaturas. E convém lembrar: a responsabilidade de tornar uma
equipe cada vez mais madura é fundamentalmente do líder.
É papel de o líder possibilitar o funcionário uma visão macro do seu
expediente micro, porém o líder é o facilitador das relações empresa –
funcionários. Ele transforma metas em objetivos gerais. Para isso não pode de
forma alguma focar somente os resultados, o atingimento de metas, ou o lucro
da empresa.
É necessário que seus subordinados o percebam preocupado com o
sucesso global, com o bem estar de todos, com uma visão humanista.
Não se trata de forma igual, pessoas diferentes.
O líder deve ser um percebedor nato, para saber de forma
individualizada ou até mesmo setorial, potencializar a todos em prol de um
objetivo. Conhecer a sua equipe é fundamental.
49
CAPÍTULO V
COMO CRIAR VANTAGEM COMPETITIVA
Para obter vantagem competitiva, as organizações precisam possuir
algo que seus concorrentes almejem, mas não alcancem. A vantagem
competitiva é ainda mais garantida quando os concorrentes não conseguem
copiar absolutamente nada da especialidade de uma empresa, uma vantagem
que o concorrente não possa obter facilmente.
A disputa pelo mercado cresce a cada instante, vencendo somente
os melhores, os que têm as estratégias bem definidas.
John A Wagner III e John R Hollenbeck (2002, p.5) definem que em
termos gerais, o sucesso competitivo baseia-se na habilidade de produzir
algum produto ou serviço tido como valioso por algum grupo de consumidores,
e fazer isso de tal modo que ninguém consiga imitá-lo. À primeira vista, parece
haver muitas maneiras de realizar essa proeza e que a um exame mais atento
a maioria dessas alternativas não atende às expectativas. Segundo eles as
empresas que confiam na tecnologia como fonte de vantagem competitiva, por
exemplo, logo descobrem que seus concorrentes dispõem de acesso à mesma
tecnologia e, consequentemente, podem copiar equipamentos e processos
bem-sucedidos. Empresas que tentam levar vantagem pela atuação em
mercados locais protegidos e ou regulamentados descobrem que nenhum
mercado pode ser completamente protegido da agressiva competição
internacional. Empresas que confiam no próprio tamanho e no controle sobre
muitos recursos descobrem que a grandeza dificulta a individualização e a
adaptação de produtos ou serviços, limitando, assim, as tentativas de captar o
interesse dos caprichosos clientes de hoje.
Wagner III e Hollenbeck acrescentam ainda as pessoas como a
fonte primeira de vantagem competitiva dentro de uma organização:
50
Muitos especialistas consideram atualmente as pessoas que formam uma organização como a fonte primeira de vantagem competitiva sustentável. Se a sua empresa emprega as melhores pessoas e é capaz de mantê-las, dispõe de uma fonte de vantagem competitiva que dificilmente será alcançada por outras empresas. Se a sua companhia também dispõe do know-how para administrar corretamente seus colaboradores, ela tem uma margem competitiva que pode ser sustentada e até fortalecida ao longo do tempo. (WAGNER III, HOLLENBECK, 2002, P.5).
Dessler (2003, p.14), define vantagem competitiva como “quaisquer
fatores que permitam à empresa diferenciar seus produtos ou serviços dos
seus concorrentes, a fim de aumentar sua participação no mercado”.
Bohlander (2003, p.03), aponta as pessoas como fontes
competitivas, quando atenderem os seguintes critérios:
- Os recursos devem ter valor, refere-se à capacidade de encontrar
meios de diminuir os custos;
- Os recursos devem ser diferenciados, ocorre quando não estão
disponíveis aos concorrentes as suas habilidades e conhecimentos;
- Os recursos devem ser difíceis de imitar, ou seja, não podem ser
copiados facilmente pelos outros;
- Os recursos devem ser organizados, seus talentos podem ser
combinados, atribuindo suporte organizacional.
Para Milkovich e Boudreau:
Uma vantagem competitiva sustentável ocorre quando uma empresa implementa uma estratégia de criação de valor que não esteja implementada simultaneamente pelos concorrentes de forma real ou potencial, e quando outra organização é incapaz de copiar os benefícios dessa vantagem” (MILKOVICH E BOUDREAU, 2000, P.136).
De acordo com os autores acima, vantagem competitiva é possuir
um diferencial de difícil imitação pelos seus concorrentes. Em outras décadas
as empresas que investiam nos melhores equipamentos tinham vantagem
competitiva, hoje em dia a busca é pelo conhecimento, ou seja, a capacidade
51
que as pessoas têm de criar e modificar os processos. Sendo assim, as
principais exigências organizacionais é reter o melhor capital humano.
Nos últimos anos, ser competitivo é uma necessidade, o mundo não
está estagnado, ele é imprevisível e turbulento. Os desafios rodeiam as
organizações, onde a sobrevivência tem que ser conquistada dia-a-dia.
5.1. Capital Intelectual como Fonte de Riqueza Organizacional
O capital intelectual tem capacidade de gerar riqueza para as
organizações, mas para que isso aconteça à organização precisa atrair, reter e
desenvolver esse capital da melhor maneira possível.
As organizações com visão de futuro estão empenhadas nos
desafios do investimento em pessoas. Procuram indicar a seus funcionários os
objetivos que pretendem atingir de acordo com sua missão e oferecem
oportunidades de crescimento profissional e pessoal, e que fortaleçam seu
negócio. Para tanto, é necessário que haja investimento em treinamento, pois é
o conhecimento e sua adequada aplicação que permitem captar a informação
disponível e transformá-la rapidamente em oportunidades de novos produtos e
serviços. Investir no conhecimento significa investir no seu próprio capital
intelectual para alcançar retornos significativos na vida profissional. O mundo
mudou e torna-se cada vez mais necessário abrir novos horizontes trocando
ideias com outras pessoas, ouvindo suas opiniões e aprendendo com elas.
O conhecimento precisa ser transformado em resultados e, se
possível, trazer retornos financeiros, tanto para a pessoa como para sua
empresa. Ele é uma riqueza pessoal sem limites.
52
Para serem criadas vantagens competitivas, capacidade de inovar e
criatividade são cruciais, adaptar-se a essa realidade será cada vez mais uma
questão de sobrevivência.
O investimento das organizações em capital humano traduz-se no
seu desenvolvimento e inclui treinamento, motivação, concessão de benefícios
e melhoria da qualidade de vida no trabalho. Empregados satisfeitos revertem
seus conhecimentos para o aprimoramento das tarefas, produtos e serviços da
empresa, a rotatividade diminui, a experiência e o conhecimento do negócio
aumentam, favorecendo a sua competitividade e a retenção dos melhores
profissionais. Ninguém sozinho é melhor ou pode mais que todos juntos.
Investir no capital humano não pode mais ser considerado simplesmente como
despesas, mas deve ser considerado como aumento do ativo.
53
CONCLUSÃO
O capital humano passou a ser o principal fator de vantagens
competitivas. O poder do conhecimento ocupa o centro das motivações na
geração de riqueza. Torna-se cada vez mais necessário investir na formação
de pessoas, em detectar e favorecer que seus conhecimentos estejam sendo
aproveitados a serviço do aperfeiçoamento e adaptação da organização às
mudanças.
A partir desse enfoque tornou-se necessário buscar um diferencial
significativo e isso resultou num investimento cada vez maior em quem
realmente pode fazer a diferença para o negócio: as pessoas. Fazendo-se
necessário que as organizações utilizem cada vez mais e com maior rapidez as
capacidades de conhecimento e criatividade de seus profissionais, bem como
de outras fontes possíveis.
O capital humano tornou-se a chave para o sucesso organizacional,
portanto as empresas que não se adaptarem serão descartadas do mercado.
As pessoas representam potencial de serviços futuros, inovação e
consequentemente rendimentos futuros. Pessoas bem organizadas e leais são
o ativo mais importante, porque elas são capazes de produzir serviços futuros e
pessoas treinadas são fonte de lucratividade.
O capital humano deve ser valorizado como ativo da empresa que
se valoriza com o tempo, pelo investimento em educação, qualidade de vida no
trabalho e nos relacionamentos interpessoais que favorecem a difusão e
utilização do conhecimento. Deve ser capaz de ser o diferencial competitivo ao
utilizar seus conhecimentos, sua criatividade e capacidade de utilizar a
informação e solucionar problemas para agregar valor aos produtos e serviços
da empresa.
54
A gestão de Pessoas direciona-se a administrar as mudanças
organizacionais com as pessoas, proporcionando-lhes bom treinamento e
motivação, aumentando sua autoatualização e satisfação no trabalho,
desenvolvendo e mantendo a qualidade de vida no trabalho, mantendo
políticas éticas e comportamento socialmente responsável na empresa e
assim, ajudar a organização a alcançar seus objetivos, realizar sua missão e
manter sua competitividade.
Não é uma tarefa fácil reter o capital intelectual transformando-o em
vantagem competitiva, mas as organizações tem que atentar-se que
maquinários, tecnologias e estruturas, hoje em dia todos que estão no mercado
já possuem. Dessa forma para concorrer e obter sucesso em um ambiente
onde todas as estratégias são parecidas, a única solução é fazer a diferença
investindo em seus colaboradores, pois estes são a principal fonte de
vantagem competitiva.
55
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http://www.portaldomarketing.com.br; acessado em 06/2013 e 07/2013.
ARTIGOS DE RECURSOS HUMANOS, disponível em
http://www.rh.com.br;acessado em 06/2013 e 07/2013.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I CAPITAL HUMANO 10 1.1 . Teoria das Relações Humanas 13 1.1.1. Experiência de Hawthorne 13 CAPÍTULO II CICLO MOTIVACIONAL 19 2.1. Teorias Motivacionais 19 2.1.1. Teoria das Hierarquias das Necessidades de Maslow 20 2.1.2. Teoria dos Dois Fatores de Herzberg 23 2.1.3. Teoria X e Y de McGregor 27 2.1.4. Teoria das Expectativas de Victor Vroom 29 2.1.5. Teoria da Expectação de Lawler 33 CAPÍTULO III CLIMA ORGANIZACIONAL 35 3.1. A Motivação Humana 36 3.1.1 A Motivação no Trabalho 37 CAPÍTULO IV LIDERANÇA 42 4.1. Estilos de Liderança e Líder 45 CAPÍTULO V COMO CRIAR VANTAGEM COMPETITIVA 49 5.1. Capital Intelectual Como Fonte de Riqueza Organizacional 51 CONCLUSÃO 53 BIBLIOGRAFIA 55 WEBGRAFIA 57 ÍNDICE 58 ÍNDICE DE FIGURAS 59
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg 25
Figura 2 – Comparativo entre Fatores Motivacionais e Higiênicos 25
Figura 3 – Teoria de Maslow x Teoria de Herzberg 26
Figura 4 – Fatores da Teoria de Maslow e da Teoria de Herzberg 27
Figura 5 – Comparativo entre as Teorias X e Y de Mc Gregor 28
Figura 6 – Os Três Fatores da Motivação para produzir 31
Figura 7 – Teoria da Expectação de Lawler 34
Figura 8 – Comparativo Liderança Autoritária x Democrática 45