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Disciplina: IED (Introdução ao Estudo do Direito) ANHANGUERA Educacional Campus Rondonópolis - MT Prof. Ms. Valéria Borges Ribeiro [email protected]

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Disciplina: IED (Introdução ao Estudo do Direito)

ANHANGUERA Educacional Campus Rondonópolis - MT

Prof. Ms. Valéria Borges Ribeiro

[email protected]

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1º. Semestre

Curso: Direito

Aula 06

Caps XXVII a XXX - PLT

PERSONALIDADE JURÍDICA

RELAÇÃO JURÍDICA

FATOS E ATOS JURÍDICOS

AQUISIÇÃO, MODIFICAÇÃO E EXTINÇÃO

DE DIREITOS

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1. PERSONALIDADE JURÍDICA

Para que uma pessoa tenha direitos e deveres é

preciso ter Personalidade Jurídica (perante a lei).

É uma atributo de ser racional, livre e autônomo; é

essencial ao ser humano.

Código Civil:

Art. 1º “Toda pessoa é capaz é capaz de Direitos

e Deveres na esfera civil”.

Art. 2º: “A personalidade inicia-se no nascimento

com vida, mas lei põe a salvo, desde a

concepção, os direitos do nascituro”.

O CC assegura a expectativa de Direitos do

nascituro. Há a proteção jurídica evitando que os

futuros Direitos e Deveres venham a ser frustrados.

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1.1. Capacidade Jurídica O Direito necessita prever que nem todo

indivíduo, em todas as circunstâncias,

pode exercer direitos com plenitude ou

responder pelos atos que pratica. Por

segurança deve haver restrições na

capacidade para o exercício dos direitos.

Para isso existe a Capacidade Jurídica que

é um atributo que pertence ao detentor da

Personalidade Jurídica, que o permite

exercer diretamente os seus Direitos e

deveres.

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Não é todo ser humano que possui

capacidade jurídica, isto é, nem todos tem

igual possibilidade de exercer atos com

responsabilidade.

...Algumas Situações:

a) Absolutamente capazes:

Pessoas que podem exercer plenamente a

sua personalidade jurídica, sem restrições,

sem interpostas pessoas.

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b) Relativamente capazes: (art 4º CC)

Pessoas que possuem alguma limitação para

plena compreensão dos atos da vida civil e,

portanto, precisarão de interposta pessoa

para lhe prestar assistência. Ao Assistente

denomina-se TUTOR.

Ex. Ébrio habitual, drogado eventualmente,

menor entre 16 e 18 anos, pródigo . Ocorre a

Anulabilidade dos atos. Efeito ‘ex NUNC’.

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c) Absolutamente incapazes: (art 3º CC)

Pessoas desprovidas de qualquer capacidade

de discernimento e compreensão dos atos da

vida civil e, portanto, precisarão de interposta

pessoa para lhe prestar representação.

Ao Representante denomina-se CURADOR.

Ex.: menores de 16 anos, doença mental.

Ocorre Nulidade: Efeito Ex-TUNC.

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Pessoa Física: indivíduo em que o estado

assegura os direitos e deveres. É a pessoa

natural.

Pessoa Jurídica: ente reconhecido pelo

Direito como detentor de Personalidade

Jurídica que irá se vincular à finalidade

coletiva a ela destinada. Exemplos: empresa – direito de participar de

licitações; Sociedade: visa lucro; Associações:

fins não lucrativos (desportivos, religiosos,

culturais). Organizações Não Governamentais

(ONG), Sindicato, Conselhos; Fundações:

objetiva proteger patrimônio público.

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Classificação da Pessoa Jurídica:

Pessoas Jurídicas de Direito Público:

Estado, União, municípios, Distrito Federal.

Pessoas Jurídicas de Direito Privado:

sociedades civis, empresas, religiosas,

científicas, associações, fundações.

Sociedade de Economia Mista, Empresas

Públicas.

Exemplo: Caixa Econômica Federal (CEF) /

Correios: 100% patrimônio público.

Banco do Brasil: economia mista.

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2. RELAÇÕES JURÍDICAS

Para haver relação jurídica é

imprescindível a Bilateralidade Relacional.

É um vínculo que une duas ou mais

pessoas, decorrente de um fato ou ato

jurídico em que uma delas pode exigir da

outra determinada obrigação.

NÃO HÁ DIREITO SEM DEVER

CORRESPONDENTE.

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2.2 Tipos de relação jurídica:

REAL: em função de uma coisa, de um

bem material. Exemplo: adquirir um

imóvel.

Ou

PESSOAL: O motivo da prestação for

prestação de serviço. Exemplo: contrato

de compra e venda intermediado por um

corretor.

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Algumas tem forma especial: sendo

necessário um ato solene que o constitua

(casamento, compra e venda de imóvel-

escritura);

Outras de que ter publicidade para

produzir efeito jurídico: A escritura tem que

ser registrada no cartório de registro de

imóveis;

Umas são duráveis: casamento /

propriedade (que são sem tempo

determinado);

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Algumas são temporárias: quando

realizadas por tempo determinado

(locação de imóveis, arrendamento, etc);

Outras são efêmeras: compra e venda

de bens.

Algumas são de direito público

(Estado), outras de direito privado (PF e

PJ);

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2.2. ELEMENTOS DE UMA RELAÇÃO JURÍDICA

a) Polo Ativo – detém Direito Subjetivo. Um sujeito

ativo: titular ou o beneficiário principal da relação.

b) Polo Passivo – detém Dever, Obrigação. Um

sujeito passivo: o devedor da prestação principal.

c) Vínculo de atributividade: legitimação,

capacidade de exigir de outra pessoa. Exemplo: titular

do contrato.

d) Objeto da Relação Jurídica – razão de ser do

vínculo constituído, motivo pelo qual os polos se

vinculam em uma relação jurídica.

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3. FATOS e ATOS JURÍDICOS

- Conceito: São acontecimentos que, direta

ou indiretamente ocasionam efeitos

jurídicos.

- São todos os atos suscetíveis de produzir

aquisição, modificação ou extinção de

direito, portanto,

CRIA, MODIFICA ou EXTINGUE DIREITOS.

Transforma o Dever Ser intuitivo em Normas

Jurídicas Específicas.

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ATENÇÃO...

FATOS JURÍDICOS = Decorrente de

fenômenos naturais (eventos da natureza)

Fatos Jurídicos em sentido restrito:

- Ordinário (Comum): nascimento, tempo, a

chuva, o vento, parar em sinal de trânsito.

- Extraordinário (Incomuns, imprevisíveis,

impensáveis, inevitáveis): queda de avião,

guerra, tsunami, terremoto.

Caso fortuito / Força maior (“natureza”)

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Atos Jurídicos = Decorrente de ação,

VONTADE humana, podendo estar definidos

em lei. Ex.: fixação de domicílio, confissão,

reconhecimento espontâneo de paternidade.

Negócios Jurídicos (sinônimo de

manifestação de VONTADE): ação

humana cujos feitos são

queridos/desejados/determinados PELAS

PARTES. Ex.: contrato de aluguel,

casamento, chegar no horário de trabalho,

etc. O Negócio considera a finalidade e o

interesse das partes.

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Nos negócios jurídicos a manifestação de

vontade tem finalidade negocial que abrange

a aquisição, conservação, modificação ou

extinção de direitos.

Assim, a noção desses efeitos criadores,

modificadores, conservadores e extintores

dos negócios jurídicos é conhecimento prévio

que se impõe para entender os negócios

jurídicos.

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4. AQUISIÇÃO DE DIREITOS

Ocorre a aquisição de um direito com sua

incorporação ao patrimônio e à

personalidade do titular.

4.1 Aquisição de Direitos no âmbito

patrimonial:

A aquisição de um direito ocorre quando se

dá sua conjunção com seu titular. Assim,

surge a propriedade quando o bem se

subordina a um dominus, ou seja, a um

domínio. No âmbito patrimonial são dois

modos de adquirir direitos, o modo derivado

e o originário.

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a) Originário: O direito será originário quando

ele nascer no mesmo momento em que se

subordinar ao domínio de seu titular, ou seja, se

ele nascer junto com o domínio, se não tiver

sido transferido por terceira pessoa. Se dá sem

qualquer interferência do anterior titular. Ex: *A caça e pesca (em áreas livres), pois o domínio do

pescador sobre o peixe se dá de forma originária, ao

contrário de quando compramos o peixe no mercado, ou

em uma feira.

Ninguém foi dono do peixe antes disso, o primeiro domínio

se deu quando o peixe fisgou a isca do pescador.

*AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA DE DIREITOS

PERSONALÍSSIMOS: ocorre ao nascer = direito ao nome

dos pais, à honra, à vida; etc.

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Mesma situação é uma concha achada no mar.

Ela não pertenceu a ninguém antes de ser

achada.

Contudo, não quer dizer que o direito será

classificado como originário, somente nas vezes

em que o bem não pertenceu a mais ninguém

antes de se submeter ao domínio do titular. Um

exemplo do primeiro caso é a hipótese de alguém

achar alguma coisa abandonada, e isto ocorre

muito nos EUA e no Japão, onde as pessoas

abandonam eletrodomésticos, móveis, em frente

às suas casas para que outros a levem...

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Outro exemplo: é o caso da usucapião, é

uma aquisição originária e muitas vezes

violenta do domínio (violenta porque muitas

vezes contrária à vontade do atual

proprietário, sem ‘posse mansa e pacífica’).

Uma vez que o titular alcança o domínio não

por meio de transferência de seu antigo titular,

mas por força judicial, e neste caso, livre de

quaisquer ônus que recaiam sobre o bem (por

exemplo uma penhora), o imóvel vem ‘livre’

para o invasor.

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“A usucapião (termo que o atual Código Civil utiliza no

feminino) define-se como modo originário de aquisição da

propriedade e de outros direitos reais pela posse

prolongada e qualificada por requisitos estabelecidos em

lei", salientando que "é modo originário de aquisição da

propriedade, pois não há relação pessoal entre um

precedente e um subsequente sujeito de direito”. Nosso

ordenamento prevê 06 (seis) tipos de usucapião, cada qual

com requisitos em específico.

Requisitos da usucapião:

RES HABILIS (coisa hábil);

BONA FIDES (boa fé);

TITULUS (justo título);

POSSESSIO (posse);

TEMPUS; (tempo)

SENTENÇA JUDICIAL.

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b) Derivado: Ocorre o meio de aquisição de

modo derivado quando houver transferência

do direito de uma pessoa para outra,

proveniente de uma relação jurídica entre o

anterior e o atual titular. Decorre da

transferência feita por outra pessoa.

Nesse caso o direito adquirido com todas as

qualidades ou defeitos do título anterior. A

aquisição se funda numa relação existente

entre o sucessor e o sucedido. Os contratos de

compra e venda servem de exemplo.

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Exemplo disso é a transferência de um

automóvel através de um contrato de compra

e venda, cuja transferência foi regularmente

encaminhada para o Detran, onde o domínio

do carro vai ser transferido do primeiro

comprador para o segundo, que agora vai ser

seu titular. OBS: Na forma de aquisição derivada serão

adquiridos também todo e quaisquer ônus que

pesar sobre o direito/bem. (ex: débitos

fiscais/tributários/financiamentos sobre imóveis e

empresas, IPVA e multas sobre veículos, etc);

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A regra fundamental dessa modalidade é que

ninguém pode transferir mais direitos do que tem !

“nemo plus iuris ad alium transferre potest, quam

ipse haberet” .

Existe transmissão derivada tanto por inter vivos

como mortis causa. Nesta última, o fato da morte faz

com que o patrimônio do falecido transfira-se aos

herdeiros. ( Princípio da Saisine )

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4.2. Classificação Quanto a Maneira como se

Processa a Aquisição de Direitos:

A aquisição de direitos pode se dar de forma

onerosa e gratuita.

A aquisição de direitos será ONEROSA

quando exigir do adquirente uma

contraprestação, e ambos os contratantes

forem beneficiados de tal situação. Ex:

contrato de compra e venda de um carro.

Ambos os contratantes se beneficiam, pois

um fica com o carro, e o outro com o

dinheiro. Outro exemplo é o contrato de

locação.

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A aquisição será GRATUITA quando

somente o adquirente obtiver vantagens.

Exemplo disso é o que acontece na

sucessão hereditária, pois o autor da herança

não terá qualquer benefício com a partilha de

seus bens, não há contraprestação.

Ainda outro exemplo: a DOAÇÃO sem

encargos.

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4.3 Classificação da Aquisição de Direitos

quanto à sua extensão:

- A Título Singular: Quando a aquisição se

der com relação a bens determinados.

Exemplo, na compra e venda de um imóvel,

a aquisição se dará sob aquele

determinado bem.

- - A Título Universal: Quando a aquisição

se der sobre todos os direitos daquele que

está transferindo, como por exemplo, na

sucessão causa mortis, pois a aquisição do

herdeiro se dará sobre todos os direitos de

seu antecessor.

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4.4 Classificação da Aquisição de Direitos

quanto ao seu processo formativo:

A aquisição pode ser simples:

Se o ato da aquisição de direitos se der em

um só ato, Exemplo: assinatura de um

cheque, de uma nota promissória;

Pode ser complexa:

quando o processo de aquisição de direitos

necessitar de mais de um ato para se

constituir.

Exemplo...

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...adquirir a propriedade de um bem por

intermédio da usucapião.

Para que se opere a usucapião é

necessário que sejam preenchidos seus

requisitos, tais como:

posse por prolongado período de tempo,

inércia do titular, e algumas vezes, justo

título e boa-fé. (diversos atos)

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5. CONSERVAÇÃO DE DIREITOS

Muitas vezes para que o titular do direito

resguarde e conserve estes direitos, ele

precisa tomar algumas medidas preventivas

ou repressivas a fim de se resguardar:

- medidas preventivas são aquelas que

visam garantir o direito de futuro violação.

E se dividem em judiciais ou extrajudiciais.

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Serão JUDICIAIS quando o direito for

garantido através de uma das cautelares

previstas pelo Código de Processo Civil, são

elas, arresto, seqüestro, penhora, busca e

apreensão, protesto, interditos

proibitórios (artigo 1210 e seguintes do

CPC), etc.

Serão EXTRAJUDICIAIS quando visarem

garantir débitos creditícios através de

garantias reais, tais como, hipoteca, penhor,

alienação fiduciária, cláusulas

contratuais, fiança, arras, cláusula penal,

etc.

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- medidas repressivas: visam restaurar o

direito violado, que será garantido por

meio de ação judicial, principalmente

porque o ordenamento jurídico não é

permitido a defesa privada ou autotutela,

por isso a previsão de medidas no intuito de

conservar direitos.

- Exemplos: Ação de cobrança, execução,

etc.

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6. MODIFICAÇÃO DE DIREITOS

É possível que os direitos subjetivos, ao longo

de sua existência sofram modificações, sem

que haja alteração na sua essência.

Tais modificações podem se dar tanto com

relação ao conteúdo do direito, como

também, no que se refere a alteração do

titular deste direito.

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6.1 Espécies de Modificação de Direitos

a) Modificações Objetivas: são aquelas

modificações no objeto das relações

jurídicas. Elas podem ser quantitativas ou

qualitativas.

Serão quantitativas quando houver

modificação quanto a quantidade do objeto

(do direito), diminuindo-o ou aumentado,

sem modificar a qualidade, como por

exemplo, amortização de débito em

revisional etc.

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Serão qualitativas: quando o conteúdo do

objeto for modificado para um de outra

espécie, apesar de ter o mesmo valor.

Exemplo disso é quando um credor de dívida

em dinheiro aceita, por exemplo, sacas de

soja a título de dação em pagamento.

b) Modificações Subjetivas: são aquelas

modificações no titular do direito subjetivo.

Ela pode se dar tanto pela modificação do

sujeito ativo, do sujeito passivo, da

quantidade de sujeitos. Ex...

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Exemplo: toda a criança tem o direito de

saber quem são seus pais biológicos, e tem o

direito de ser reconhecido por eles, e é para

defender este direito que a ação de

investigação de paternidade encontra seu

propósito.

Contudo, se antes da realização do exame

pericial de DNA o suposto pai falecer, a ação

precisará prosseguir, e prosseguirá contra os

herdeiros dele, mudando, portanto, o sujeito

passivo.

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7. EXTINÇÃO DE DIREITOS

Infinitos são os modos de extinção dos

direitos. Eis alguns:

a) Alienação: alienar é transferir por vontade

própria o direito subjetivo de qual se é titular.

Exemplo: vender, permutar, doar, etc.

b) Renúncia: acontece quando o titular atual

de um direito declara sua vontade de desfazer

dele, sem transferir a quem quer que seja. Tal

vontade não precisa ser aceita, não precisa

da concordância de outras pessoas. É um ato

irrevogável e unilateral.

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Exemplos: renúncia à herança; renúncia ao meu

direito de ajuizar ação; renúncia a uma das

garantias creditórias quando emprestar dinheiro a

alguém (locador de um imóvel que na elaboração

de um contrato de locação, renuncia ao seu direito

de exigir do locatário que arranje um fiador).

OBS: Somente são renunciáveis os direitos que

não envolvem matéria pública. O direito de

propriedade, por exemplo, é um direito privado em

que o Estado não se envolve determinando como

deve ou não ser realizado o domínio sobre a

propriedade, dando ao sujeito certa liberdade.

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Já o direito de ajuizar ação de investigação de

paternidade, é um direito irrenunciável, pois

envolvem interesses de ordem pública, mesmo

que o titular declare querer se desfazer dele, esta

declaração de vontade não terá validade alguma.

(ex: direitos do poder familiar, garantias do

trabalhador, alimentos do menor, etc.).

c) Abandono: Abandono é o ato pelo qual o

titular do direito dele se demite sem declaração

de vontade. O abandono é um ato voluntário, e,

para alguns, um negócio jurídico. Pressupõe dois

requisitos: a ‘deixação’ de fato e o propósito de

abandonar.

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d) Perecimento do Objeto: Quando se dá o

perecimento do objeto, o próprio bem acaba, e

se perde para tanto para seu titular, como para

qualquer outro, ou seja, não existe

possibilidade de transferi-lo.

EX: bens perecíveis, morte de animais, ou

fatos originados pela natureza, tais como

enchentes, terremotos, raios, etc., ou ainda

da própria destruição pelo ser humano

(incêndio, por ex).

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e) Prescrição e Decadência: A inércia do titular

durante certo tempo é considerada fato extintivo,

em atenção à segurança e estabilidade das

relações jurídicas.

Esses institutos existem pois não se pode admitir

que uma pessoa tenha sobre outra direitos e

pretensões que podem ser reivindicadas a

qualquer tempo (eternamente).

Há prazos extintivos dentro dos quais o direito

deve ser exercido, sob pena de caducar, e

espaços de tempo dentro dos quais a tutela do

direito deve ser demandada pelo titular, sob pena

de prescrever.

**elemento central = decurso de tempo !

Page 44: Disciplina: IED (Introdução ao Estudo do Direito)direito.club/wp-content/uploads/2018/07/IED-AULA-06.pdf · Aula 06 Caps XXVII a XXX - PLT ... Outro exemplo: é o caso da usucapião,

Com a PRESCRIÇÃO, ocorre a perda, em

função do tempo. A relação jurídica continua

existindo, entretanto o sujeito perde os meios

legais de fazer exercer o seu domínio sobre

aquele objeto. É a perda da pretensão (de

reivindicar esse direito por meio da ação judicial

cabível).

Exs: - Cobrança de Dívida prescrita (diversos

prazos no CC);

- Cobrança pelo Fisco = prescreve em 05 anos

- Execução de Alimentos: só podem ser cobrados

os últimos 02 anos, pois presume-se que se

alimentos são para ‘sobrevivência’, que

sobreviveu sem eles !!

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Já com a DECADÊNCIA (caducidade) ocorre a perda do

próprio direito. É a perda do direito em si por não ter sido

exercido num período de tempo razoável. (lapso

temporal)

Exs:

- Ação Trabalhista: Tem 02 anos para ajuizar (caso de

prescrição) sendo que pode requerer apenas os

últimos 05 anos ! = decai o direito;

- Penal: o ofendido decai do direito de queixa ou de

representação, se não o exerce dentro do prazo de

seis meses. (caso de ação pública condicionada)

- MANDADO DE SEGURANÇA: Uma vez decorridos

120 dias do ato atacado mediante o mandado de

segurança, impõe-se o reconhecimento da decadência.

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f) Desapropriação: é a perda do direito em proveito de

pessoa jurídica de Direito Público, ocorrendo modificação

pela substituição coativa do sujeito. O direito do expropriado

passa a incidir no preço, transferindo-se, com seu conteúdo

primitivo, ao expropriante.

São, ainda, causas de extinção:

a) a morte do titular, nas causas de direito

personalíssimo (não pode ser exercido por outro exceto

o titular. Ex: pleito de danos morais, aposentadoria por

invalidez, etc)

b) a caducidade, entendido o termo como perda de um

direito como conseqüência legal de um ato do titular

(ex: perda do pátrio poder familiar; CNH cassada; );

c) a ‘confusão’; (mesma pessoa = ativo e passivo) etc.