sustentabilidade ied rio

45
DESIGN SUSTENTABILIDADE RIO DE JANEIRO TURMA IED-RIO / NOVEMBRO DE 2012

Upload: marina-maluf

Post on 21-Mar-2016

229 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Revista teste 2

TRANSCRIPT

DESIGNSUSTENTABILIDADERIO DE JANEIRO

TURMA IED-RIO / NOVEMBRO DE 2012

O conteúdo desta publicação foi desenvolvido du-rante o curso de extensão “Design Sustentável” do

IED-Rio [Istituto Europeo di Design] por:

Ana Consentino BarcellosElton de Oliveira Rodrigues

Fernanda de Freitas

Coordenadores: Marina Kosovski

Pedro Evora

Este material não tem fins comerciais e foi criado com a única intenção de reunir e compartilhar entre alunos parte do conteúdo

pesquisado pela turma. As imagens utilizadas aqui são de arquivo disponível na rede, onde eventualmente não foi possível localizar os

créditos de sua autoria.

Rio de Janeiro, Novembro / 2012

SUMÁRIO

Coleta seletiva de lixo doméstico no Rio 15

Diário do lixo 17

Materiais / Resíduos 21

Design e Sustentabilidade no Rio 29

6

A expressão “Desenvolvimento sustentável” foi introduzida pela pri-meira fez em um documento da Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento chamado Our Common Future, coordenado pela ex-premiê da Noruega Gro Brundland. A exressão popularizou-se na conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e desenvolviemnto,

realizada em 1992 no Rio de Janeio: a Eco-92.fonte: Design para a Inovação Social e Sustentabilidade–Ezio Manizni.

“DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL”_ é aquele que

“satisfaz as necessidades do pre-sente sem comprometer as capa-cidades das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessi-dades”

7

necessidadene.ces.si.da.desf (lat necessitate) 1 Aquilo que é absolutamente necessário. 2 Indispensabilidade. 3 Inevitabilidade. 4 O que não pode ser de modo diverso do que é. 5 O que tem de ser. 6 Fatalidade. 7 Impulso orgâni-co. 8 Precisão instante e urgente; aperto, apuro. 9 Pobreza, míngua, miséria. 10 Carência ou falta de coisas preciosas. Antôn (acepções 9 e 10): fartura, abastança. Fazer uma necessidade: defecar ou urinar.fonte: Michaelis – Moderno Dicionário da lïngua Portuguesa.

O QUE É NECESSÁRIO PRA VOCÊ?

8

Bebida é água!Comida é pasto!

Você tem sede de que?Você tem fome de que?...

A gente não quer só comidaA gente quer comida

Diversão e arteA gente não quer só comida

A gente quer saídaPara qualquer parte...

A gente não quer só comidaA gente quer bebida

Diversão, baléA gente não quer só comida

A gente quer a vidaComo a vida quer...

Bebida é água!Comida é pasto!

Você tem sede de que?Você tem fome de que?...

A gente não quer só comerA gente quer comer

E quer fazer amorA gente não quer só comer

A gente quer prazerPrá aliviar a dor...

A gente não querSó dinheiro

A gente quer dinheiroE felicidade

A gente não querSó dinheiro

A gente quer inteiroE não pela metade...

Bebida é água!Comida é pasto!

Você tem sede de que?

9

Você tem fome de que?...

A gente não quer só comidaA gente quer comidaDiversão e arteA gente não quer só comidaA gente quer saídaPara qualquer parte...

A gente não quer só comidaA gente quer bebidaDiversão, baléA gente não quer só comidaA gente quer a vidaComo a vida quer...

A gente não quer só comerA gente quer comerE quer fazer amorA gente não quer só comerA gente quer prazerPrá aliviar a dor...

A gente não querSó dinheiroA gente quer dinheiroE felicidadeA gente não querSó dinheiroA gente quer inteiroE não pela metade...

Diversão e artePara qualquer parteDiversão, baléComo a vida querDesejo, necessidade, vontadeNecessidade, desejo, eh!Necessidade, vontade, eh!Necessidade...

Comida – Titãs

10

11

‘‘- É um erro supor que as pessoas querem o meio ambiente protegido ou suas vidas salvas, e que se sentirão gratas com qualquer idealista que se dispo-nha a lutar por essas causas - disse o senador.

- O que o povo deseja é seu próprio conforto. Sabe-mos disso muito bem, desde a crise ambiental do século 20. Assim que ficou estabelecido que o taba-gismo aumentava a incidência de câncer de pulmão, a solução óbvia era parar defumar, mas o remédio desejado era um cigarro que não estimulasse o câncer.

Quando ficou claro que o motor de combustão interna estava poluindo perigosamente a atmosfera, a solução óbvia era abandonar esses motores, e o remédio foi desenvolver motores não poluentes.

Por isso, meu jovem, não me peça para parar o bombeamento. A economia e o conforto do plane-ta inteiro dependem disso. Em vez dessa solução, diga-me como manter o bombeamento em ação, sem explodir o Sol.’’

trecho do livro “Os Próprios Deuses”, de Isaac Asimov.

crédito da imagem: NASA /AIA

13

objeto:latim: ob-iecyumgrego: problemafonte: Vilém Flusser [O mundo codificado].

14

COMO deSCaRtO MeU lIxO?

15

INFORMAçõES SOBRE COLETA SELETIVA DO LIxO DOMÉSTICO NO RIO DE JANEIRO.

_O material ofertado para a Coleta Seletiva deve ser acondicionado em sacos plásticos transpa-rentes para que o Gari possa visualizar o seu conteúdo bem como detectar a possível presença de material orgânico, contundente e perfurante no seu interior._Devem estar secos, limpos, sem gordura, restos de comida e graxa. As caixas de papelão devem estar desmontadas por uma questão de otimização do espaço no armazenamento._ Vidros se quebrados, podem ser reciclados, mas devem ser embalados em papel grosso, jornal ou craft, assim como objetos cortantes

PAPELRecicláveisFolhas e aparas de papel, Jornais, Revistas Caixas de Papelão Formulários de computador Cartolinas Cartões Envelope Rascunhos escritos Fotocópias Folhetos Impressos em geral Tetra PakNão Recicláveis Adesivos Etiquetas Fita Crepe Papel carbono Fotografias Papel toalha Papel higiênico Papéis engordurados Metalizados Parafinados Plastifica-dos Papel de fax

METAISRecicláveis Latas de alumínio Latas de aço: óleo, sardinha, molho de tomate. Ferragens Canos EsquadriasNão RecicláveisClipes Grampos Esponja de aço Latas de tinta ou veneno Latas de combustível Pilhas Baterias Latas de aerosol

VIDROSRecicláveisPotes de vidro Copos Garrafas Embalagens de molho Frascos de vidroNão Recicláveis Vidros Planos Espelhos Lâmpadas Cerâmicas Por-celanas Cristal Ampolas de medicamentos

PLÁSTICOSRecicláveis Tampas Potes de alimentos PET Garrafas de água mineral Recipientes de Limpeza Higiene PVC Sa-cos Plásticos Brinquedos BaldesNão RecicláveisCabo de panela Tomadas Adesivos Espuma Tecla-dos de computador Acrílicos Fraldas Isopor

ELETRÔNICOeletro domésticos, computadores, monitores, tele-visão, fios, celularespodem ser entregues a catadores que passam na sua rua nas Kombis.

LÂMPADAS FLUORESCENTESAs lâmpadas fluorescentes queimadas devem ser devolvidas no ponto de venda, sem estar quebra-da, pois o mercúrio que está dentro da lâmpada, sai em forma de vapor, fazendo mal a saúde, conforme a Lei Municipal 3346/2001

PILHAS E BATERIASA Resolução 257 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) recomenda que pilhas e bate-rias sejam devolvidos ao fabricante ou ao estabe-lecimento que comercializa esses produtos.Outra opção é colocá-las nas cestas coletoras verdes na cidade.

MÓVEIS E ENTULHOSpodem ser coletados por um serviço especial da COMLURB no telefone 1746ou no site da COMLURBhttp://www.rio.rj.gov.br/web/comlurb

17

dIÁRIO dO lIxOUma ação simples, mas efetiva, para começar a pensar sobre design e sustentabilidade, é prestar atenção aos nossos poróprios hábitos e às coisas que nos cercam no cotidiano. Durante um mês, alguns de nós fizemos um “diário do lixo” contabilizando quanto lixo produzimos em casa.

18

_CASA DO ELTON.PERFIL DO MORADOR:

Homem / 29 anos / Assistente de marketing / Tempo médio semanal em casa: 10 horas.

Elton é um típico homem solteiro da sua idade: trabalha fora, faz cursos, e tem pouco tempo para cozinhar.O plástico é item de maior presença no lixo, sendo este repre-sentado principalmente por embalagens, com destaque para a sacola plástica, copo descartável e garrafas plásticas.

COMPOSIÇÃO DO LIXO

CONCLUSÕES

PlásticoVidroPapel

OrgânicoMetal

TecidoMadeira

52,7%0,5%30,0%15,0%0,9%0,5%0,5%

19

_CASA DA FERNANDA.PERFIL DOS MORADORES:

Homem / 56 anos / engenheiro / Passa a maior parte do tem-po no trabalho, salvo finais de semana e feriados;Mulher / 53 anos / aposentada / Passa grande parte do tempo em casa;Mulher / 26 anos / Bióloga / Divide os dias entre a casa e o laboratório de pesquisa.Mulher / 23 anos /Designer / Passa a maior parte do tempo em casa.

Essa é uma família atípica. Uma das filhas é bióloga, e con-venceu a mãe a fazer a reciclagem em casa. A outra filha, designer, está desenvolvendo um projeto de carregador com placa solar. Por influência das filhas, a mãe acabou mudando os hábitos alimentares da casa, e só compra produtos orgâ-nicos. O resultado mostrou que o maior descarte é de comida orgânica. Ressaltando bagaços de frutas, resto de hortaliças e partes inutilizadas de carnes. Vez ou outra restante de comida que não foi usada.

CONCLUSÕES

Lixo Orgânico - Pia da cozinhaUsado para resíduos alimentares, frequentemente trocado.

12/10/2012 até 12/11/2012 - O lixo foi trocado 58 vezesLixo Orgânico - Área de serviço - lixeira menorUsado raramente para resíduos alimentares, mais usado para restor de plantas, terra, adubo, assim como sujeiras da casa. Quase nunca é trocado.

12/10/2012 até 12/11/2012 - O lixo foi trocado 2 vezes

Lixo Reciclável - Área de serviçoUsado para todos os tipos de lixo reciclado. Troca-do semanalmente.

12/10/2012 até 12/11/2012 - O lixo foi trocado 4 vezes

21

ReSídUOS / MateRIaIS

Informações levantadas sobre materiais, des-cartes, ciclos de vida...

22

RESÍDUOS

VIDROEm suas diversas aplicações, no lixo urbano, o vidro aparece principalmente sob forma

de embalgens, com destaque para as de bebida, chegando a corresponder a 3% dos residuos urbanos. Isso se deve a concorrência com o plástico, mais leve, barato, tão impermeável quanto, e menos fragil do que o vidro em relação à quebra.

Dadas as devidas condições, o vidro é reciclável com 100% de aproveitamento do material, podendo ser reinserido no ciclo de produção de garrafas, frascos e outros tipos de produtos.

Alguns tipos de vidros, não são recicláves ou requerem cuidado especial para este processo, tais como lâmpadas, espelhos e vidros aramados.

Em contrapartida, o vidro é um material que em contato com o meio ambiente, leva aproximadamente 4000 anos para se decompor por processos naturais, daí a importancia da reciclagem para este tipo de material.

Embora ainda com uma taxa nacional de 47% (2010), a industria do vidro já conta com grandes fabricantes trabalhando no retorno desse material para o ciclo de produção, como por exemplo a Ambev, Coca-Cola e a Guardian, que integram os processos de reciclagem junto a cooperativas de reciclagem.

Faz importante também os programas de educação do correto descarte do vidro e do seu encaminhamento para a reciclagem, especialmente de parte do consumidor. Igualmente importante, são os processos de embalagens retornáveis, que podem reduzir os custos para indústria e consumidor, reduzindo também a necessidade de produção de novas unidades, sendo elas de matéria virgem ou não.

Links:

http://www.abividro.org.br/

http://www.cempre.org.br/ft_vidros.php

http://www.ambev.com.br/pt-br/valores-ambientais

http://www.oidobrasil.com.br/

23

Politeriftalato de Etileno.Por ser um material termoplástico, pode ser reciclado inúmeras vezes, para diferentes finalidades.

O Brasil recicla mais de 50% do pet consumido.

A ABIPET, Associação Brasileira da Indústria do PET, é responsável por reunir todas as informações necessárias sobre o PET e sua recicla-gem.

O maior problema da reciclagem do pet é a coleta seletiva.

Para o catador, o PET não é valioso. Custando somente R$1.30 o kg e sendo muito leve, ele acaba sendo ignorado.

RESÍDUOS

PET

A Tetra Pak é uma empresa Sueca, fundada em 1951, que criou um tipo de embalagem com material híbrido para envasar alimen-tos. O primeiro alimento a ser envasado em uma embalagem Tetra Pak foi o creme de leite e passou a ser mais consumido quando começou a armazenar e transportar leite no pós guerra.

Em 1978, inaugurou sua primeira fábrica no Brasil, em São Paulo. A Segunda fábrica foi inaugurada em 1999, no Paraná.

Líder mundial em soluções para proces-samento e envase de alimentos, pretende crescer com novas embalagens para ali-mentos sólidos, como legumes, vegetais, molhos e sopas com pedaços. No Brasil, atualmente, são envasados alimentos líquidos, como leite, sucos, chás, águas de coco e iogurtes; e viscosos, como maionese, molhos de tomate, goiabada e requeijão.

Essas embalagens são feitas de:Papel cartão, produto da celulose, um bem renovável.Plástico, polietileno de baixa densidade, derivado do petróleo, não renovável.Alumínio de minas não renováveis.

Essas camadas de vários materiais encap-sulados, criam uma barreira que impede a entrada de luz, ar, água e microrganismos. Apesar dessa barreira, os alimentos pre-cisam se submeter a temperaturas muito altas e conservantes, para cumprir com essa qualidade de durar muitos meses na emba-lagem, sem refrigeração. Com isso, perdem nutrientes, vitaminas, fibras, originais dos alimentos. Para repor esses nutrientes, é preciso colocá-los sintéticamente.

A indústria da Tetra Pak fabrica bobinas desse material híbrido, já com a impressão no papel, dos produtos que serão envasados. Também fabricam as máquinas que irão en-vasar os produtos. São máquinas especiais e cada uma faz um modelo de embalagem. Cada uma, monta, coloca o alimento e lacra.

Essas bobinas não podem ser usadas depois de três meses de fabricação, pois perdem a propriedade de serem esterilizadas.

A reciclagem desse material, funciona da mesma maneira, no mundo todo. A emba-lagem, depois do consumo, vai para uma fá-brica de reciclagem de papel, onde tem um liquidificador gigante que se chama hidra-pupler. Existem 4 fábricas com hidrapupler no Brasil, todas em São Paulo. Adicionado

RESÍDUOS

TETRA PAK©

27

muita água, as fibras de papel, se separam do resto do material.

Esse papel é aproveitado para fazer papelão. O que sobra, são pedaços pequenos de alu-mínio colado com o plástico. Dessa sobra, pode se fazer telhas e placas de um conglo-merado de aspecto metalizado. Também um plástico que pode ser utilizado na fabricação da vassoura.

Se faz a reutilização das embalagens, como artesanatos e juntas, as embalagens servem de isolamento térmico.

Esse resíduo nunca volta a ser matéria pri-ma para outra embalagem.

No Rio de Janeiro, existe uma empresa chamada ReciColeta, que recole e compram exclusivamente embalagens Tetra Pak das cooperativas. Essas cooperativas compram esse material de catadores, que por sua vez colem do lixo. Quando tem um volume grande de embalagens, aluga um caminhão e manda para essas fábricas em São Paulo.

A Tetra Pak criou um site, Rota da Recilcla-gem, para mapear as cooperativas no Rio de Janeiro e São Paulo para aumentar a reci-clagem dessas embalagens.

Com a Tetra Pak, produtos alimentícios, po-dem ser fabricados em um pais e consumi-dos em qualquer lugar do mundo. Podemos beber água de coco da Tailândia. Suco de graviola na Noruega e leite francês. Mesmo que viaje kilomêtros de navio pelos mares ou em caminhões por estradas.

29

SUSteNtaBIlIdade + RIO

Durante o curso, recebemos a visita de algumas pessoas, atu-antes no Rio de Janeiro, que desenvolvem trabalhos diversos em torno da relação sustentabilidade e desing.

Foram eles: Nina Braga / Instituto eTetê Leal / COOPA ROCATiago Maia / Fibra Design + CatarsePaula Carmona / Rede Ecológica.

Nas próximas páginas, um pouco sobre estes trabalhos, e do que foi conversado em aula.

CataRSe

32

“Tem muita gente rempensando esta idéia de que o dinheiro é a única fonte de motivação.”

33

PALESTRAS

CATARSE E REDES COLABORATIVASThiago Maia, Gestor de Design na Catarse e Sócio da Fibra Design, fala sobre a importância das

redes, pessoas interligadas com interesses em comum (ou não) que se juntam para o desenvolvimento de projetos, cada um colaborando com sua expertise. Hoje mais do que nunca vivemos em rede, e projetos como o Cartarse, se utilizam do potencial dessa forma de organização que se apresenta como uma tendencia atual, para a geração de verba para o financiamento de projetos diversos que talvez sozinhos ou por vias normais nunca seriam viabilizados.

Através do crowndfunding, os internautas conhecem o projeto apresentado na plataforma e tem diversas opções de contribuição para o projeto que mais lhe interessar. Dessa forma cada projeto deve atingir uma cota de “investimentos”, dentro de um prazo determinado. Para os que contribuem, há premiações relacionadas ao projeto de acordo com o nivel de contribuição.Os projetos passam por uma seleção prévia antes de serem disponibilizados na plataforma. Diversas plataformas surgiram a partir do Catarse, sendo este uma plataforma de código aberto.

Thiago também apresentou outros projetos onde a questão chave era o compartilhamento de ideias, como forma de inovar e modificar realidades, como o Open Source Ecology. Ideias que podem beneficiar grupos e comunidades, somados a projetos Do It Yourself, são compartilhados na rede, com a possibilidade de serem replicados, melhorados e novamente compartilhados.

A exemplo disso, foi citada a plataforma Linux, que cresce exponencialemente, com aplicações em diversos serviços e sistemas de grande porte, através de sua rede de programadores que a cada dia trabalha na melhoria do “código aberto”, tendo inclusive nesta mesma rede, empresas concorrentes. “Nessa lógica do código open source e processos colaborativos, há nitidamente uma tendência de pular de um processo de organização centralizado, não para um processo descentralizado, mas sim um processo distribuido.”

Links:

www.catarse.meopensourceecology.comlinux.org

OS NÚMEROS DO CATARSE EM OUTUBRO DE 2012

44453 apoiadores54898 apoiosR$ 4.713.191,00 arrecadados

108495 usuários361 projetos bem sucedidos73 projetos no ar

CATARSE E REDES COLABORATIVAS

Thiago Maia, Gestor de Design na Catarse e Sócio da Fibra Design, fala sobre a importância das redes, pessoas interligadas com interesses em comum (ou não) que se juntam para o desenvol-vimento de projetos, cada um colaborando com sua expertise. Hoje mais do que nunca vivemos em rede, e projetos como o Cartarse, se utilizam do potencial dessa forma de organização que se apre-senta como uma tendencia atual, para a geração de verba para o financiamento de projetos diversos que talvez sozinhos ou por vias normais nunca seriam viabilizados.

Através do crowndfunding, os internautas conhecem o projeto apresentado na plataforma e tem diversas opções de contribuição para o projeto que mais lhe interessar. Dessa forma cada pro-jeto deve atingir uma cota de “investimentos”, dentro de um prazo determinado. Para os que con-tribuem, há premiações relacionadas ao projeto de acordo com o nivel de contribuição.Os projetos passam por uma seleção prévia antes de serem disponibilizados na plataforma. Diversas plataformas surgiram a partir do Catarse, sendo este uma plataforma de código aberto.

Thiago também apresentou outros projetos onde a questão chave era o compartilhamento de ideias, como forma de inovar e modificar realidades, como o Open Source Ecology. Ideias que po-dem beneficiar grupos e comunidades, somados a projetos Do It Yourself, são compartilhados na rede, com a possibilidade de serem replicados, melhorados e novamente compartilhados.

A exemplo disso, foi citada a plataforma Linux, que cresce exponencialemente, com aplica-ções em diversos serviços e sistemas de grande porte, através de sua rede de programadores que a cada dia trabalha na melhoria do “código aberto”, tendo inclusive nesta mesma rede, empresas concorrentes. “Nessa lógica do código open source e processos colaborativos, há nitidamente uma tendência de pular de um processo de organização centralizado, não para um processo descentrali-zado, mas sim um processo distribuido.”

Links:

www.catarse.meopensourceecology.comlinux.org

OS NÚMEROS DO CATARSE EM OUTUBRO DE 2012

44453 apoiadores54898 apoiosR$ 4.713.191,00 arrecadados

108495 usuários361 projetos bem sucedidos73 projetos no ar

INStItUtO e

36

37

instituto

O instituo e surgiu a partir da iniciativa e-brigade, que buscava apoiar e comunicar ações ambientais, sociais, culturais e educacionais, entre 1990 e 2000.

Alguns projetos do instituto:- e-brigade;- e-fabrics;- Traces;- Soluções sustentáveis;- Comunicação sustentável;- Praia +;- Recuperação da costa Brasileira;- e-board;- Entrelaços...

Parceiros do Instituto

A missão do Instituto e é transformar e posicionar o Brasil como “o páis do desenvolvimento humano sus-tentável” através da criação e gestão de uma rede que potencialize sinergias entre duferentes iniciativas e agentes da sociedade.

O diferencial do Instituto está em utilizar uma linguagem alternativa e multímidia para canalizar a energia da so-ciedade, direncionando-a para a defesa de nossa bio-diversidade, do direito à informação e à educação e do nosso patrimônio histórico e cultural.

www.facebook.com/Institutoeorg

@institutoe_org

[email protected]

38

39

“O novo luxo é o design com preocupação no desperdício e na utilização de novos recursos”

Nina Braga - diretora do Instituto e

40

41

“O instituo e surgiu a partir da iniciativa e-bri-gade, que buscava apoiar e comunicar ações ambientais, sociais, culturais e educacionais.”

“A indústria têxtil é o segundo maior setor bra-sileiro. O projeto e-fabrics propõe o uso de matérias-primas sustentáveis e uma cultura de consumo “consciente.

“São atualmente 23 tipos de materiais susten-táveis mapeados pelo e-fabrics.”

“O projeto Traces, parceria do instituto e com o Ministério Italiano do Meio Ambiente, mapeam a pegada de carbono e os impactos sociais e ambientais dos produtos e-fabric.”

“O Prêmio e teve sua primeira edição em 2012, na Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Propondo o reconhecimento de iniciativas que mais promoveram o desenvolvimento so-cio ambiental nos últimos 20 anos.”

“O novo luxo é o antigo nobre, é a nobreza ética.”

PALESTRA dE NINA BRAgA diretora do Instituto e.Rio de Janeiro, 03 de Outubro de 2012IEd - Rio de Janeiro

Rede eCOlógICa

45

A REDE ECOLÓGICA é um movimento social que visa a fomentar o consumo ético, solidário e ecológico. É constituída de grupos de consumidores que realizam compras coletivas numa interação direta com produto-res, o que viabiliza o abastecimento de produtos agroe-cológicos e orgânicos a preços acessíveis e, ao mesmo tempo, apóia iniciativas de pequenos produtores que seguem a mesma ideologia.

Nascida em outubro de 2001, a partir da iniciativa de alguns moradores no bairro da Urca, a Rede Ecológica possui atualmente 9 núcleos, sendo 6 em bairros da cidade do Rio de Janeiro, 2 na cidade de Niterói e 1 em Seropédica.

Além das compras coletivas, a Rede Ecológica desen-volve uma série de atividades externas relacionadas a reaproveitamento de embalagens, agroturismo, repre-sentação em campanhas, grupos de trabalho e orga-nizações envolvidas com as temáticas de segurança alimentar, agricultura urbana, agroecologia e economia solidária. A Rede incentiva fortemente também a criação de novas redes.

Para fazer parte das compras coletivas da Rede, é preciso se associar. O associado passa a receber uma carta semanal com a planilha de produtos das compras coletivas, além de informações sobre as atividades desenvolvidas.

A Rede Ecológica considera que os pequenos produ-tores agroecológicos são os grandes ecologistas de nosso planeta. Um dos objetivos da Rede é apoiar estes pequenos produtores, valorizando os produtos regio-nais, que não percorrem grandes distâncias para serem consumidos.

Algumas das grandes vantagens desse tipo de iniciativa e consumo:

Uma variedade muito maior de produtos do que vemos nos supermercados. Frutas, verduras e legumes que deixaram de ser plantados em grande escala, valorizan-do a biodiversidade.Não utilização de sementes transgênicas. Plantações totalmente sem agrotóxico. Incentivam a plantação de culturas variadas, o que é bom para o solo ao contrário da monocultura.Economia no transporte, combustível, evitando grandes distancias e promovendo a economia regional.Uma alimentação saudável e variada.Provando que é possível plantar sem agrotóxicos, com adubos orgânicos, sem intermediários.Conservação de matas e nascentes, criando um ciclo de economia menos exploradora.