direito penal i teoria geral do delito

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DIREITO PENAL I Prof. Dr. Urbano Félix Pugliese A teoria geral do delito

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Page 1: Direito penal i   teoria geral do delito

DIREITO PENAL IProf. Dr. Urbano Félix Pugliese

A teoria geral do delito

Page 2: Direito penal i   teoria geral do delito

Qual o conceito de crime? 1) Material (substancial): Crime/delito é toda conduta/comportamento que fere/ameaça ferir bens jurídicos penais; 2) Formal (sintético): Toda conduta proibida por lei

com uma sanção; 3) Analítico (dogmático/formal analítico):

Estratificando os elementos do crime indica como o fato típico, ilícito e culpável;

Conceito bipartido (bipartite) de crime: Fato típico e ilícito; e

Conceito tripartido (tripartite) de crime: Fato típico, ilícito e culpável.

Page 3: Direito penal i   teoria geral do delito

Conceituando as palavras: Crime é sinônimo de delito; Crime ≠ contravenção (Decreto-lei 3.688/41); e Art. 1 da Lei de introdução ao CP (Decreto-Lei

n. 3.914/41): Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.

Page 4: Direito penal i   teoria geral do delito

Conceituando as palavras: Infração penal (gênero); Espécies: Crime/delito e contravenção; Há países que existem três espécies: Crimes,

delitos e contravenções (Alemanha, Espanha, França);

Sinônimos de contravenção: Crime/delito anão, crime/delito liliputiano, crime vagabundo; e

Diferenças axiológicas (valorativas) e não ontológicas (essenciais).

Page 5: Direito penal i   teoria geral do delito

Diferenças entre crimes e contravenções:1) Ação Penal: Crime: Pública ou privada (art. 100); e Contravenção: Pública incondicionada (art. 17); Art. 100 do CP: A ação penal é pública, salvo

quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido; e

Art. 17 da LCP: A ação penal é pública, devendo a autoridade proceder de ofício.

Page 6: Direito penal i   teoria geral do delito

Diferenças entre crimes e contravenções:2) Competência: Crime: Justiça Estadual ou Federal; e Contravenção: Justiça Estadual (exceto se o réu tem foro por prerrogativa de função na Justiça Federal); eArt. 109 da CF/88: Aos juízes federais compete processar e julgar: [...] IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral.

Page 7: Direito penal i   teoria geral do delito

Diferenças entre crimes e contravenções:3) Extraterritorialidade: Crime: Possível (art. 7º); e Contravenção: Impossível (art. 2º);Art. 7º do CP: Ficam sujeitos à lei brasileira,

embora cometidos no estrangeiro: [...]; eArt. 2º da LCP: A lei brasileira só é aplicável à

contravenção praticada no território nacional.

Page 8: Direito penal i   teoria geral do delito

Diferenças entre crimes e contravenções:4) Formas de pena: Crime: Reclusão ou detenção (art. 33) e Contravenção: Prisão simples (art. 6º); Art. 33 do CP: A pena de reclusão deve ser

cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado; e

Art. 6º da LCP: A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou aberto. [...]

Page 9: Direito penal i   teoria geral do delito

Diferenças entre crimes e contravenções:5) Limite temporal da pena: Crime: 30 anos (art. 75); e Contravenção: 5 anos (art. 10); Art. 75 do CP: O tempo de cumprimento das

penas privativas de liberdade não pode ser superior a 30 (trinta) anos. [...]

Art. 10 da LCP: A duração da pena de prisão simples não pode, em caso algum, ser superior a cinco anos, nem a importância das multas ultrapassar cinquenta contos.

Page 10: Direito penal i   teoria geral do delito

Diferenças entre crimes e contravenções:6) Regimes penitenciários: Crime: Fechado, semi-aberto e aberto (art. 33) e Contravenção: Semi-aberto e aberto (art. 6º); Art. 33 do CP: A pena de reclusão deve ser cumprida

em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado; e

Art. 6º da LCP: A pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou aberto. [...]

Page 11: Direito penal i   teoria geral do delito

Diferenças entre crimes e contravenções:7) Tentativa: Crime: É punível (art. 14); e Contravenção: Não é punível (art. 4º); Art. 14 do CP: Diz-se o crime: I - consumado,

quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços; e

Art. 4º da LCP: Não é punível a tentativa de contravenção.

Page 12: Direito penal i   teoria geral do delito

Diferenças entre crimes e contravenções:8) Sursis: Crimes: 2 a 4 anos (art. 77); e Contravenções: 1 a 3 anos (art. 11);Art. 77 do CP: A execução da pena privativa de

liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: [...]; e

Art. 11 da LCP: Art. 11. Desde que reunidas as condições legais, o juiz pode suspender por tempo não inferior a um ano nem superior a três, a execução da pena de prisão simples, bem como conceder livramento condicional.

Page 13: Direito penal i   teoria geral do delito

Tabelando as diferenças:Crime Contravenção

Ação penal pública ou privada

Ação penal pública

Competência Federal e Estadual

Competência Estadual

Há extraterritorialidade Não há extraterritorialidade

Reclusão e detenção Prisão simples

Page 14: Direito penal i   teoria geral do delito

Tabelando as diferenças:Crime Contravenção

30 anos 5 anos

Fechado, semi-aberto e aberto

Semi-aberto e aberto

Há tentativa Não há tentativa

Sursis de 2 a 4 anos Sursis de 1 a 3 anos

Page 15: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificações de crimes: Doutrinárias: Realizada pelos doutos dos

assuntos; Jurisprudenciais: Realizada pelos

magistrados; Legais (nomem juris/iuris): Rubrica indicada

no tipo penal; e Os doutrinadores classificam os crimes de

maneiras bem diversas (cada um faz a própria classificação).

Page 16: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:1) Quanto à ação:a) Comissivo: Quando resulta de uma ação (um

fazer);b) Omissivo (próprio): Quando resulta de uma

omissão (um não fazer; norma mandamental/preceptiva);

c) Comissivo por omissão (impróprio): Quando resulta de uma omissão na qual o agente era obrigado (garante) a impedir através de uma ação; e

d) Conduta mista: Quando resulta de um fazer e após de um não fazer.

Page 17: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:2) Quanto ao resultado:a) Formal: O tipo penal indica uma conduta e um resultado, porém o resultado não é pedido para a consumação do crime;b) Material: O tipo penal indica uma conduta e um resultado e o resultado é necessário para a consumação do crime; ec) Mera conduta/de transgressão: O tipo penal indica uma conduta e não aduz um resultado.

Page 18: Direito penal i   teoria geral do delito

Conceitos doutrinários de crimes:3) Quanto ao elemento subjetivo:a) Doloso: Quando a conduta é oriunda de uma vontade

consciente de percorrer os elementos do tipo;b) Culposo: Quando a conduta é oriunda de ausência de

cautelas; c) Preterdoloso: Quando a conduta tem dolo na figura

antecedente e culpa na figura consequente; Tendência interna transcendente (delitos de

intenção): São aqueles nos quais o dolo tem fim especial;

Tendência intensificada: Para caracterizar o delito é preciso demostrar a intenção do agente.

Page 19: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:4) Quanto à realização:a) Consumado: Quando todos os elementos do fato típico são percorridos; b) Tentado/manco: Quando todos os elementos do fato típico não são percorridos por circunstâncias alheias à vontade do agente; c) Exaurido: Quando, após a consumação do delito, finda-se a potencialidade lesiva das condutas; De atentado/de empreendimento: A tentativa do

delito realiza a consumação; e Resultado cortado/antecipado: Aquele que para se

consumar não precisa do exaurimento da potencialidade lesiva.

Page 20: Direito penal i   teoria geral do delito

Conceitos doutrinários de crimes:5) Quanto ao fracionamento da conduta:a) Unissubsistente: O crime se perfaz em um único ato do qual é impossível fracionamento; eb) Plurissubsistente: O crime se perfaz em ato do qual é possível fracionamento.

Page 21: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:6) Quanto ao momento consumativo:a) Instantâneo: A consumação do crime não se prolonga no tempo; b) Permanente: A consumação do crime se prolonga no tempo;c) Instantâneo de efeitos permanentes: A consumação do crime não se prolonga no tempo porém seus efeitos se prolongam no tempo; ed) Habitual: Somente condutas reiteradas caracterizam o delito.

Page 22: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:7) Quanto ao sujeito ativo: a) Comum: Qualquer pessoa pode realizar a

conduta delitiva;b) Próprio: A pessoa que realiza o crime deve

ter uma características identitária singular; ec) De mão própria (atuação pessoal): A

conduta típica só poderá ser realizada, necessariamente, por uma pessoa determinada não havendo possibilidade de divisão do trabalho dos verbos típicos.

Page 23: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:8) Quanto ao sujeito ativo: a) Funcional: Quando o sujeito ativo do crime é

funcionário público;a’) Funcional próprio: Retirando-se a condição de funcionário público não há crime algum; ea’’) Funcional impróprio: Retirando-se a condição de funcionário público há a desclassificação para um outro crime.

Page 24: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:9) Quanto à espécie: a) Civil: O crime está elencado em normas

civis;b) Militar: O crime está elencado em normas

militares;b’) Militar próprio: O crime só existe na legislação militar; eb’’) Militar impróprio: O crime existe na legislação militar e na legislação civil.

Page 25: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:10) Quanto ao tipo penal: a) Simples: O tipo penal sem as formas

qualificadas ou privilegiadas;b) Qualificado: O tipo penal com mudança das

margens penais, a maior, quanto ao tipo simples; e

c) Privilegiado: O tipo penal com mudança das margens penais, a menor, quanto ao tipo simples (a doutrina também chama de privilégio quando há causa de diminuição de pena).

Page 26: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:11) Quanto à quantidade de pessoas: a) Monossubjetivo (unissubjetivo): Uma única

pessoa pode realizar o delito;b) Plurissubjetivo: Precisa-se de mais de uma

pessoa, necessariamente, para realizar o crime;b’) Convergente: As pessoas atuam com os mesmos objetivos porém com condutas típicas diferentes;b’’) Divergente: As pessoas atuam com objetivos diferentes; eb’’’) Paralela: As pessoas atuam com os mesmos objetivos e podem atuar com condutas idênticas.

Page 27: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes: De concurso (de participação/concursal):

Quando houver concurso de pessoas; Em concurso: Cada crime de cada sujeito ativo

nos crimes de concurso;12) Quanto ao número de verbos típicos contidos no tipo penal: a) Ação única: O tipo penal contém apenas um

verbo típico;b) Ação múltipla: O tipo penal contém mais de um

verbo típico;

Page 28: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:13) Quanto à lesão ao bem jurídico tutelado pelo tipo penal: a) Dano: O bem jurídico tutelado precisa,

necessariamente, ser atingido para a consumação do crime; e

b) Perigo: O bem jurídico tutelado não precisa, necessariamente, ser atingido para a consumação do crime;

b’) Perigo concreto: Precisa de comprovação para ser caracterizado; eb’’) Perigo abstrato: Não precisa de comprovação para ser caracterizado.

Page 29: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:14) Quanto à quantidade de bens jurídicos tutelado pelo tipo penal: a) Mono-ofensivo: O tipo penal protege um único

bem jurídico; eb) Pluri-ofensivo: O tipo penal protege mais de um

bem jurídico;15) Quanto aos vestígios deixados pela conduta criminosa:c) Transeunte (passante): Não deixa vestígios; ed) Não transeunte (não passante/fixo): Deixa

vestígios.

Page 30: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:16) Quanto à quantidade de condutas típicas dentro de um único tipo penal: a) Simples: Há uma única conduta típica dentro do tipo penal;b) Complexo: Quando há mais de uma conduta típica dentro de um único tipo penal; eb’) Complexo em sentido amplo (impuro): reunião de uma conduta típica somada a outras circunstâncias não típicas.

Page 31: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes:17) Quanto ao local de feitura do crime:a) Crimes à distância (espaço máximo): Quando a ação se dá em um país e o resultado ocorre em outro;b) Crimes em trânsito/em circulação: Quando envolve mais de dois países; c) Crimes plurilocais: Quando envolve mais de duas comarcas; Crimes de trânsito (de circulação): Crimes

abrangidos pelo CTB; e Crimes no trânsito: O fato ocorre no trânsito mas,

não se aplica o CTB.

Page 32: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes: Há crimes com nomes diversos: Vago: Quando não há vítima determinada (o

sujeito passivo será a sociedade); Condicionado: Exige-se uma condição para a

realização do tipo penal; Acessório: Aquele que depende de outro tipo

penal para existir; Subsidiário (soldado de reserva): O crime só

será aplicado quando não houver um crime mais grave; e

De ímpeto: Quando não houve planejamento.

Page 33: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes: Há crimes com nomes diversos: De opinião/de palavra: Quando a conduta

criminosa abusa da manifestação do pensamento; Infamantes: Aqueles que demonstram a

depravação moral do sujeito ativo; Remetido: Quando o tipo remete a um outro tipo

que passa a integrar o primeiro; De alucinação: Quando o sujeito ativo pratica um

fato atípico pensando estar cometendo um fato típico; e

Aberrantes: Aqueles nos quais há um erro do sujeito ativo.

Page 34: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes: Há crimes com nomes diversos: Políticos: Aqueles nos quais há um interesse

da segurança do Estado; Políticos próprios: Só interessam ao Estado; Políticos impróprios: Interessam ao Estado e

protegem bens jurídicos individuais; e Acumulativos (de acumulação): Quando

uma conduta isolada não é ofensiva ao bem jurídico tutelado mas, mesmo assim, é punida por razão da possibilidade de acumulação de condutas gerar ofensa ao bem jurídico.

Page 35: Direito penal i   teoria geral do delito

Classificação doutrinária de crimes: Há crimes com nomes diversos: Mutilados de dois atos: O agente pratica

uma conduta com a intenção de futuramente praticar outra conduta distinta, mas o tipo não prevê a prática dessa segunda conduta para a consumação do delito; e

De ensaio/de laboratório/putativo por obra do agente provocador: Quando crime é impossível por razão do flagrante preparado/provocado.

Page 36: Direito penal i   teoria geral do delito

Sujeitos dos crimes:1) Sujeito ativo do crime: Quem realiza a

conduta criminosa típica; Autores e partícipes (concurso de pessoas); Tomam nomes diversos no ordenamento

jurídico (investigado, processado, réu, autor); Podem ser pessoas físicas ou pessoas jurídicas

(quanto ao crime ambiental); e Não precisa ter dupla imputação (a pessoa

física poderá ser punida sem a punição da pessoa jurídica e vice-versa).

Page 37: Direito penal i   teoria geral do delito

Art. 225, §3º da CF/88: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. [...] § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados; e Poderá haver punição das pessoas jurídicas em

outros microssistemas.

Page 38: Direito penal i   teoria geral do delito

Art. 3 da Lei n. 9.605/98: Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato; e As penas serão adaptadas à pessoa jurídica.

Page 39: Direito penal i   teoria geral do delito

Sujeitos dos crimes:2) Sujeito passivo do crime: Quem tem o bem jurídico lesado com a realização da conduta criminosa típica; Pode ser uma pessoa física ou pessoa jurídica; Vítima (diretamente atingida) ≠ prejudicado

(quem, de alguma forma, foi prejudicado pelas condutas lesivas); e

Deve haver o princípio da proteção eficiente através do direito penal.

Page 40: Direito penal i   teoria geral do delito

Objetos dos crimes: Material: Coisa atingida pela conduta

criminosa (nem sempre haverá um objeto material do delito); e

Jurídico: Bem jurídico atingido pela conduta criminosa (sempre haverá um bem jurídico atingido com a conduta criminosa).