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DIREITO PENAL MILITAR MARCELO UZEDA

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  • DIREITO PENAL MILITAR

    MARCELO UZEDA

  • CONCEITO

    O Direito Penal Militar é o ramo especializado do Direito Penal

    que estabelece as regras jurídicas vinculadas à proteção das

    instituições militares e ao cumprimento de sua destinação

    constitucional.

    A especialidade do Direito Penal Militar decorre da natureza

    dos bens jurídicos tutelados: a autoridade, a disciplina, a

    hierarquia, o serviço, a função e o dever militar.

  • APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR

    TEMPO DO CRIME

    Para definir o tempo do crime, o Código Penal Militar adotou a

    TEORIA DA ATIVIDADE, “considera-se praticado o crime no

    momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do

    resultado” (art. 5º).

    O CPM adota o mesmo critério do Código Penal Comum.

  • LEI PENAL MILITAR NO TEMPO

    O Direito Penal Militar segue o princípio geral do tempus regit

    actum.

    Aplica-se a lei penal em vigor quando foi praticado o fato e,

    sobrevindo nova lei, somente retroagirá para beneficiar o

    acusado (art. 2º, CPM e art. 5º, XL, CR/88).

  • ABOLITIO CRIMINIS - descriminalização de condutas (Artigo 2º

    do CPM).

    A abolitio não afasta a existência do crime já cometido, mas

    extingue a sua punibilidade. (artigo 123, III do CPM) e afasta

    todos os efeitos penais (principais e secundários) da sentença

    condenatória, mesmo com trânsito em julgado.

  • Ao dispor sobre a lei supressiva de incriminação, o art. 2° do

    CPM afirma que “ninguém pode ser punido por fato que lei

    posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela,

    a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo

    quanto aos efeitos de natureza civil”.

  • RETROATIVIDADE DE LEI MAIS BENIGNA - Lex mitior ou

    novatio legis in mellius

    A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu” (art. 5º,

    XL, CR/88).

    Artigo 2º, §1º do CPM, “a lei posterior que, de qualquer outro

    modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda

    quando já tenha sobrevindo sentença condenatória

    irrecorrível”.

  • IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL

    A Novatio Legis incriminadora (lei nova que torna típica

    conduta que antes era permitida) e a Lex gravior ou novatio

    legis in pejus (nova lei mais gravosa) nunca retroagirão.

    Há a eficácia ultra-ativa da norma penal mais benéfica, que

    deve prevalecer por força do que prescreve o art. 5º, XL, da

    Constituição.

  • APURAÇÃO DA MAIOR BENIGNIDADE

    A benignidade da lei nova deve sempre ser aferida no caso

    concreto, cabendo exclusivamente ao juiz comparar as leis em

    confronto de per si e decidir qual é a mais benéfica.

    O art. 2º, § 2° do CPM orienta que, “para se reconhecer qual a

    mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser

    consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas

    normas aplicáveis ao fato”.

    O CPM veda a combinação de leis.

  • LEI APLICÁVEL ÀS MEDIDAS DE SEGURANÇA

    O art. 3º do Código Penal Militar estatui que “as medidas de

    segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da sentença,

    prevalecendo, entretanto, se diversa, a lei vigente ao tempo da

    execução”.

    O referido dispositivo deve ser interpretado à luz do artigo 5º,

    XL, CR/88, pois a lei penal posterior somente se aplica aos

    fatos anteriores a sua vigência se trouxer algum benefício ao

    réu.

  • A ULTRA-ATIVIDADE GRAVOSA DAS LEIS EXCEPCIONAIS OU

    TEMPORÁRIAS.

    Lei temporária é aquela que traz em seu texto um período

    prefixado de duração, delimitando de antemão o lapso

    temporal em que estará em vigor.

    Lei excepcional é aquela que tem vigência enquanto

    persistirem determinadas circunstâncias excepcionais, pois

    objetiva atender a situações extraordinárias, de anormalidade

    social ou de emergência.

  • Em regra, a lei excepcional ou temporária de natureza penal é

    mais gravosa do que a lei que regula o período de normalidade.

    O Código Penal Militar, à semelhança do Código Penal comum,

    dispõe que “a lei excepcional ou temporária, embora decorrido

    o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a

    determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua

    vigência”

    (art. 4º).

  • LUGAR DO CRIME

    Para definir o lugar do crime, DIFERENTEMENTE DO CÓDIGO

    PENAL COMUM, o artigo 6º do Código Penal Militar adota um

    SISTEMA MISTO que concilia duas teorias:

    Quanto ao CRIME OMISSIVO adota-se a TEORIA DA AÇÃO OU

    ATIVIDADE, pois “considera-se o lugar do crime aquele em que

    em que deveria realizar-se a ação omitida”.

  • Quanto ao CRIME COMISSIVO adota-se a TEORIA da

    UBIQUIDADE (ou mista ou unitária), pois “considera-se

    praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade

    criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de

    participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-

    se o resultado”.

  • DPU 2010

    92 Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar

    consagrou a teoria da ubiquidade, ao considerar como tempo

    do crime tanto o momento da ação ou omissão do agente

    quanto o momento em que se produziu o resultado.

  • ERRADA.

  • LEI PENAL MILITAR NO ESPAÇO

    O Direito Penal Militar adota a territorialidade e a

    extraterritorialidade incondicionada igualmente como regras de

    aplicação da lei penal no espaço.

    Art. 7º do CPM, “aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de

    convenções, tratados e regras de direito internacional, ao

    crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, ou

    fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo

    processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira”.

  • PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE

    O Princípio da Territorialidade tem como fundamento a

    Soberania do Estado.

    Aplica-se o referido princípio de forma temperada, uma vez que

    a aplicação da lei penal militar brasileira ocorrerá "sem prejuízo

    de convenções, tratados e regras de direito internacional."

  • O conceito jurídico de território desdobra-se na ficção do

    território por extensão ou flutuante, que no CPM alcança “as

    aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se

    encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou

    ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda

    que de propriedade privada” (art. 7º, §1º, CPM).

  • O Código Penal Militar amplia a sua incidência para aplicar-se

    “ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios

    estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração

    militar, e o crime atente contra as instituições militares” (art. 7º,

    §2º, CPM).

  • EXTRATERRITORIALIDADE IRRESTRITA

    Aplica-se a lei penal militar ao crime cometido fora do território

    nacional, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo

    processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira.

    Justifica-se pela própria natureza da atividade militar e pelos

    bens jurídicos tutelados, prevalecendo o Princípio da

    Soberania (Defesa da Pátria), uma vez que o deslocamento das

    Forças Armadas fora do território nacional e os interesses das

    instituições militares representam a soberania do Brasil.

  • DPU 2004

    176. O direito penal militar adota a teoria da

    extraterritorialidade irrestrita, sendo suficiente, para a sua

    aplicação, que o delito praticado constitua crime militar nos

    termos da lei penal militar nacional, independentemente da

    nacionalidade da vítima ou do criminoso, do lugar onde tenha

    sido cometido o crime ou do fato de ter havido prévio processo

    em país estrangeiro.

  • CERTA.

  • DPU 2001

    41.

    1. Foram adotados os princípios da territorialidade e da

    extraterritorialidade para a aplicação no espaço da lei penal

    castrense.

  • CERTA.

  • CONCEITO DE MILITAR

    Nos termos do art. 22 do CPM, é “considerada militar, para

    efeito da aplicação deste Código, qualquer pessoa que, em

    tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às forças

    armadas, para nelas servir em posto, graduação, ou sujeição à

    disciplina militar”.

    A definição é incompleta, deixando de fora, por exemplo, os

    alunos das escolas de formação de oficiais da reserva que são

    matriculados e não incorporados.

  • O art. 12 do Código Penal Militar afirma que o “militar da

    reserva ou reformado, empregado na administração militar,

    equipara-se ao militar em situação de atividade, para o efeito

    da aplicação da lei penal militar”.

    O art. 13, CPM, dispõe que “o militar da reserva, ou reformado,

    conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou

    graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar,

    quando pratica ou contra ele é praticado crime militar”.

  • As referidas normas têm aplicação na esfera processual, eis

    que trata de prerrogativas de posto e graduação, como, por

    exemplo, na presidência de inquérito policial militar (art. 7º e

    15, CPPM) ou na formação do conselho de justiça.

    O militar propriamente dito para efeitos penais é o militar da

    ativa.

  • MILITARES ESTRANGEIROS

    De acordo com o art. 11 do CPM, “os militares estrangeiros,

    quando em comissão ou estágio nas forças armadas, ficam

    sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto em

    tratados ou convenções internacionais”.

  • REFERÊNCIA A "BRASILEIRO" OU "NACIONAL"

    O CPM traz uma nota explicativa: “quando a lei penal militar se

    refere a "brasileiro" ou "nacional", compreende as pessoas

    enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil” (art.

    26, CPM).

    Nos termos do artigo 12 da Constituição, o termo “brasileiro”

    é gênero que comporta duas espécies os brasileiros natos e os

    naturalizados.

    É indiferente referir-se a lei penal militar a nacional ou a

    brasileiro nato ou naturalizado.

  • DPU 2004

    177. O termo nacional, quando utilizado em relação às pessoas

    pela lei penal militar, relaciona-se apenas aos brasileiros natos;

    já o termo brasileiro diz respeito tanto aos brasileiros natos

    quanto aos naturalizados.

  • ERRADA.

  • ASSEMELHADO

    Art. 21 do CPM: “considera assemelhado o servidor, efetivo ou

    não, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da

    Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em

    virtude de lei ou regulamento”.

    O assemelhado era o servidor civil lotado nas Forças Armadas

    que se sujeitava ao regramento disciplinar dos militares e

    gozava dos respectivos direitos, vantagens e prerrogativas.

    Não existe mais a figura do servidor civil assemelhado a militar

    - Lei 8112/90.

  • CRIME MILITAR

    Crime militar é aquela conduta que, direta ou indiretamente,

    atenta contra os bens e interesses jurídicos das instituições

    militares, qualquer que seja o agente.

    O texto constitucional afirma que “ninguém será preso senão

    em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de

    autoridade judiciária competente, salvo nos casos de

    transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos

    em lei” (art. 5º, LXI, CR/88).

  • No aspecto formal, o Código castrense somente se ocupa dos

    crimes militares, já que, nos termos de seu artigo 19, “este

    código não compreende as infrações dos regulamentos

    disciplinares”.

    As transgressões disciplinares são tratadas nos regulamentos

    internos das instituições militares.

  • DPU 2010

    94 O CPM dispõe sobre hipóteses de crimes militares, próprios

    e impróprios, e sobre infrações disciplinares militares. Entre as

    sanções penais, está expressa a possibilidade de se aplicar a

    pena de multa nos casos de delitos de natureza patrimonial ou

    de infração penal que cause prejuízos financeiros à

    administração militar.

  • ERRADA.

  • CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA

    Crime PROPRIAMENTE militar é aquele cujo bem jurídico

    tutelado é inerente ao meio militar e estranho à sociedade civil

    (autoridade, dever, serviço, hierarquia, disciplina etc) e

    somente pode ser praticado por militar da ativa.

  • CRIME PROPRIAMENTE MILITAR

    Duas características despontam:

    • é crime previsto somente no Código Penal Militar, pois o tipo

    penal é criado especificamente para proteger interesses

    jurídicos exclusivos da vida militar

    • o sujeito ativo só pode ser militar da ativa, uma vez que tal

    qualidade do agente é essencial ao tipo.

  • Exemplos de crimes propriamente militares:

    Motim e revolta (art. 149 a 153, CPM);

    Violência contra superior (art. 157 e a forma qualificada – art.

    159, CPM);

    Recusa de obediência (art. 163, CPM);

    Reunião ilícita (art. 165, CPM);

    Publicação de crítica indevida (art. 166, CPM);

    Deserção (art. 187 a 192 e omissão de oficial – art. 194, CPM);

    Abandono de posto e outros crimes em serviço (art. 195 a 203,

    CPM);

  • No crime IMPROPRIAMENTE militar, os bens jurídicos

    tutelados são comuns às esferas militar e civil (vida,

    integridade, corporal, patrimônio etc),

    Pode ser praticado por militar da ativa ou por civil.

    Percebem-se também dois traços fundamentais: é crime

    previsto tanto no Código Penal Militar quanto nas leis penais

    comuns, com igual ou semelhante definição, e têm como

    sujeito ativo o militar da ativa ou o civil.

  • DPU 2001

    41.

    2. Considera-se crime propriamente militar o furto praticado no

    interior de um quartel por uma praça em situação de atividade.

  • ERRADA.

  • DPU 2010

    93 Considere que, em conluio, um servidor público civil lotado

    nas forças armadas e um militar em serviço tenham-se

    recusado a obedecer a ordem do superior sobre assunto ou

    matéria de serviço. Nessa situação, somente o militar é sujeito

    ativo do delito de insubordinação, que é considerado crime

    propriamente militar, o que exclui o civil, mesmo na qualidade

    de coautor.

  • CERTA.

  • CRIME MILITAR - CRITÉRIOS LEGAIS

    O Código Castrense não apresenta uma definição do crime

    militar, apenas enumera alguns critérios para orientar o

    intérprete na sua identificação.

    Prevalece o critério objetivo (Ratione legis) combinado os

    outros critérios apontados nos artigos 9º e 10 do CPM:

    Ratione personae, Ratione loci, Ratione materiae ou Ratione

    temporis.

  • Ratione legis: é crime militar aquele elencado no Código Penal

    Militar.

    Ratione personae: crime militar é aquele cujo sujeito ativo é

    militar.

    Ratione Loci: crime militar é aquele que ocorre em lugar sujeito

    à administração militar.

    Ratione materiae: exige-se a dupla qualidade de militar - no ato

    e no sujeito.

    Ratione temporis: crime militar é aquele cometido em

    determinada época ou circunstância (v.g. tempo de guerra ou

    período de manobras e exercícios).

  • CRIME MILITAR

    Rationepersonae

    Rationeloci

    Ratione legis

    Rationemateriae

    Rationetemporis

  • UnB/CESPE – DPU - 2007

    Com base no direito penal militar, julgue os seguintes itens.

    41 Entre os critérios utilizados para se classificar o crime

    militar, o critério processualista (ratione materiae, ratione

    personal, ratione loci, ratione temporis e ratione legis) se

    impôs, com preferência pelo critério ratione materiae, sendo

    crime militar aquele definido no CPM.

  • ERRADA.

  • CRIME MILITAR EM TEMPO DE PAZ

    (ART. 9º, CPM)

    ART. 9º, INCISO I, CPM

    Nos termos do art. 9º, I do CPM “consideram-se crimes

    militares, em tempo de paz os crimes de que trata este código,

    quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela

    não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição

    especial”.

  • Nos termos do art. 9º, II do CPM “consideram-se crimes

    militares, em tempo de paz (...) os crimes previstos neste

    Código, embora também o sejam com igual definição na lei

    penal comum, quando praticados por militar em situação de

    atividade (...).

    Todas as hipóteses caracterizam crimes impropriamente

    militares (ratione legis), tendo sempre como sujeito ativo

    militar em atividade (ratione personae).

  • a) contra militar na mesma situação

    Crime impropriamente militar praticado por militar da ativa

    contra outro militar da ativa.

    Pela letra fria da lei, não há necessidade de que autor saiba da

    condição de militar da vítima, nem que os envolvidos

    estejam em situação de serviço, tampouco em lugar sujeito

    à administração militar.

    A jurisprudência recente tem mitigado o alcance da

    competência da Justiça Militar.

  • DPU 2004

    178. Considera-se crime militar o homicídio praticado por

    suboficial da Aeronáutica contra cabo da Marinha, mesmo que

    o fato se dê em momento de folga de ambos os militares, fora

    da área militar e com a utilização de arma particular.

  • CERTA.

    ATENÇÃO PARA A ORIENTAÇÃO ATUAL DO STF – CRIME

    COMUM

  • b) em lugar sujeito à administração militar, contra militar da

    reserva, ou reformado, ou civil.

    Crime impropriamente militar (ratione legis), com definição

    idêntica no Código Penal Comum, mas que só pode ser

    praticado por militar da ativa (ratione personae) contra alguém

    que não ostente essa condição (militar da reserva, reformado

    ou civil), em lugar sujeito à administração militar (ratione loci).

  • UnB/CESPE – DPU - 2010.

    No que concerne ao direito penal militar e a seus critérios de

    aplicação, julgue os itens a seguir.

    91 Considere que um militar, no exercício da função e dentro

    de unidade militar, tenha praticado crime de abuso de

    autoridade, em detrimento de um civil. Nessa situação,

    classifica-se a sua conduta como crime propriamente militar,

    porquanto constitui violação de dever funcional havida em

    recinto sob administração militar.

  • Errada.

    Súmula 172/STJ

    Abuso de autoridade lei 4898/65 – artigo 5º

  • c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em

    comissão de natureza militar, ou em formatura, ainda que fora

    do lugar sujeito à administração militar contra militar da

    reserva, ou reformado, ou civil.

    Crime impropriamente militar (ratione legis), praticado por

    militar da ativa (ratione personae) em situação de serviço, ou

    seja, exercendo função de natureza militar (ratione materiae),

    contra alguém que não ostente essa condição (militar da

    reserva, reformado ou civil), em qualquer lugar (ainda que fora

    do lugar sujeito à administração militar).

  • d) por militar durante o período de manobras ou exercício,

    contra militar da reserva, ou reformado, ou civil;

    Crime impropriamente militar (ratione legis), praticado por

    militar da ativa (ratione personae) contra alguém que não

    ostente essa condição (militar da reserva, reformado ou civil),

    em período de manobras ou exercício (ratione temporis).

  • e) por militar em situação de atividade, contra o patrimônio sob

    a administração militar, ou a ordem administrativa militar;

    Nessa última hipótese, para configurar-se o crime militar, é

    necessário que o militar da ativa cause lesão ao patrimônio ou

    à ordem administrativa militar.

  • Convém salientar que a Lei nº 9.299/96 revogou a alínea “f”, do

    inciso II do artigo 9º, CPM, que considerava militar o crime

    praticado:

    “por militar em situação de atividade ou assemelhado que,

    embora não estando em serviço, use armamento de

    propriedade militar ou qualquer material bélico, sob guarda,

    fiscalização ou administração militar, para a prática de ato

    ilegal”.

  • Art. 9º, III do CPM “consideram-se crimes militares, em tempo

    de paz

    (...) os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado,

    ou por civil, contra as instituições militares, considerando-se

    como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do

    inciso II, nos seguintes casos (...).

    O sujeito ativo é qualquer pessoa que não seja militar

    propriamente dito: militar da reserva, reformado ou civil.

  • Na hipótese, para efeito de conceituar o crime militar, equipara-

    se o militar a reserva e o reformado ao civil.

    O referido inciso somente se aplica na esfera da Justiça Militar

    da União, uma vez que, como já registrado, a Justiça Militar

    Estadual somente julga militares dos Estados por expressa

    disposição constitucional (art. 125, §4º, CR).

  • Para o Supremo Tribunal Federal,

    “o cometimento do delito militar por agente civil em tempo de

    paz se dá em caráter excepcional. Tal cometimento se traduz

    em ofensa àqueles bens jurídicos tipicamente associados à

    função de natureza militar: defesa da Pátria, garantia dos

    poderes constitucionais, da Lei e da ordem (art. 142 da

    Constituição Federal)”.

    (HC 86216/MG. Rel. Min. CARLOS BRITTO. Primeira Turma.

    Publicação 24/10/2008).

  • Assim, o crime militar praticado por civil na situação inscrita

    no art. 9º, III, do CPM, por regra, exige a demonstração do dolo

    de atingir, de qualquer modo, a Instituição Militar, no sentido de

    impedir, frustrar, fazer malograr, desmoralizar ou ofender o

    militar ou o evento ou situação em que este esteja empenhado.

  • a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a

    ordem administrativa militar.

    (ratione materiae)

  • b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em

    situação de atividade ou contra funcionário de Ministério

    militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao

    seu cargo.

    (Ratione Personae)

    (Ratione Materiae)

    (Ratione Loci)

  • c) contra militar em formatura, ou durante o período de

    prontidão, vigilância, observação, exploração, exercício,

    acampamento, acantonamento ou manobras;

    (Ratione Personae)

    (Ratione Materiae)

    (Ratione Temporis)

  • d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar,

    contra militar em função de natureza militar, ou no

    desempenho de serviço de vigilância, garantia e

    preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária,

    quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em

    obediência a determinação legal superior.

    (Ratione Personae) (Ratione Materiae)

    (Ratione Temporis)

  • ARTIGO 9º, PARÁGRAFO ÚNICO: HOMICÍDIO DOLOSO

    PRATICADO POR MILITAR CONTRA CIVIL

    Recentemente, a Lei nº 12.432, de 29/06/2011, acrescentou uma

    ressalva ao parágrafo único artigo 9º do CPM quanto aos

    crimes dolosos praticados por militar contra a vida de civil no

    contexto de ação militar realizada na forma do art. 303 da Lei

    no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de

    Aeronáutica.

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7565.htm

  • A redação anterior era a seguinte:

    Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo, quando

    dolosos contra a vida e cometidos contra civil, serão da

    competência da justiça comum. (Incluído pela Lei nº 9.299, de

    8.8.1996)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9299.htm

  • À luz do texto constitucional (após a emenda 45/2004), mesmo

    que não se entenda revogado o parágrafo único do artigo 9º do

    CPM, pode-se interpretá-lo restritivamente, remetendo-se

    somente os homicídios dolosos contra a vida de civis

    praticados por militares dos Estados ao tribunal do júri.

    Todos os demais casos permanecem na competência da

    Justiça Militar.

  • TEMPO DE GUERRA

    Nos exatos termos do artigo 15 do CPM, “o tempo de guerra,

    para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a

    declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com

    o decreto de mobilização se nele estiver compreendido aquele

    reconhecimento”.

    O tempo de guerra termina quando ordenada a cessação das

    hostilidades (art. 15, in fine, CPM), competindo ao Presidente

    da República celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do

    Congresso Nacional (art. 84, XX, CR/1988).

  • CRIME MILITAR EM TEMPO DE GUERRA

    Prevalência dos critérios ratione legis e ratione temporis.

    Artigo 10 do CPM:

    Os crimes especialmente previstos no Código Penal Militar

    para o tempo de guerra estão elencados no Livro II da Parte

    Especial do CPM do artigo 355 em diante.

    Os crimes propriamente militares previstos para o tempo de

    paz, agregando-se a circunstância temporal: se praticados em

    tempo de guerra.

  • Os crimes impropriamente militares (previstos neste Código,

    embora também o sejam com igual definição na lei penal

    comum ou especial, qualquer que seja o agente) quando

    praticados em:

    •território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado.

    •qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a

    preparação, a eficiência ou as operações militares ou, de

    qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do

    País ou podem expô-la a perigo.

  • Os crimes comuns (definidos na lei penal comum ou especial,

    embora não previstos no CPM), quando praticados:

    •em zona de efetivas operações militares.

    •em território estrangeiro, militarmente ocupado.

    O artigo 25 do CPM define como crime praticado em presença

    do inimigo aquele que ocorre em zona de efetivas operações

    militares ou na iminência ou em situação de hostilidade.

  • DPU 2004

    179. Em tempo de guerra, um fato previsto como crime na

    legislação comum mas não na militar poderá ser considerado

    crime militar se praticado em presença do inimigo.

  • CERTA.

  • CAUSA DE AUMENTO DE PENA

    O artigo 20 do CPM prevê uma causa de aumento de pena de

    um terço para os crimes praticados em tempo de guerra.

    Note-se que a fração de aumento, salvo disposição especial,

    incide sobre as penas cominadas para o tempo de paz.

    Somente haverá incidência da majorante nas hipóteses dos

    incisos II, III e IV, do artigo 10 do Código Castrense

  • Art. 30. Diz-se o crime:

    Crime consumado

    I - consumado, quando nêle se reúnem todos os elementos de sua

    definição legal;

    Tentativa

    II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por

    circunstâncias alheias à vontade do agente.

    Pena de tentativa

    Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao

    crime, diminuída de um a dois terços, podendo o juiz, no caso de

    excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado.

  • Desistência voluntária e arrependimento eficaz

    Art. 31. O agente que, voluntàriamente, desiste de prosseguir

    na execução ou impede que o resultado se produza, só

    responde pelos atos já praticados.

  • DPU 2004

    180. O direito penal militar contempla o arrependimento

    posterior como causa obrigatória de redução da pena.

  • ERRADA.

  • ATENÇÃO PARA AS FIGURAS ATENUADAS NA PARTE ESPECIAL!

    Art. 240. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

    Pena - reclusão, até seis anos.

    Furto atenuado

    § 1º Se o agente é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o

    juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de

    um a dois terços, ou considerar a infração como disciplinar. Entende-

    se pequeno o valor que não exceda a um décimo da quantia mensal do

    mais alto salário mínimo do país.

    § 2º A atenuação do parágrafo anterior é igualmente aplicável no

    caso em que o criminoso, sendo primário, restitui a coisa ao seu dono

    ou repara o dano causado, antes de instaurada a ação penal.

  • APROPRIAÇÃO INDÉBITA

    Art. 250. Nos crimes previstos neste capítulo, aplica-se o

    disposto nos §§ 1º e 2º do art. 240.

    ESTELIONATO

    Art. 253. Nos crimes previstos neste capítulo, aplica-se o

    disposto nos §§ 1º e 2º do art. 240.

  • Receptação

    Art. 254. Adquirir, receber ou ocultar em proveito próprio oualheio, coisa proveniente de crime, ou influir para que terceiro, deboa-fé, a adquira, receba ou oculte:

    Pena - reclusão, até cinco anos.

    Parágrafo único. São aplicáveis os §§ 1º e 2º do art. 240.

    Dano atenuado

    Art. 260. Nos casos do artigo anterior, se o criminoso éprimário e a coisa é de valor não excedente a um décimo do saláriomínimo, o juiz pode atenuar a pena, ou considerar a infração comodisciplinar.

    Parágrafo único. O benefício previsto no artigo é igualmenteaplicável, se, dentro das condições nele estabelecidas, o criminosorepara o dano causado antes de instaurada a ação penal.

  • Crime impossível

    Art. 32. Quando, por ineficácia absoluta do meio

    empregado ou por absoluta impropriedade do objeto, é

    impossível consumar-se o crime, nenhuma pena é aplicável.

  • Causas de Exclusão de ilicitude

    O Código Penal Militar apresenta um rol meramente

    exemplificativo de excludentes de ilicitude.

    De acordo com o artigo 42 do estatuto penal militar, não há

    crime quando o agente pratica o fato em:

    •estado de necessidade;

    •legítima defesa;

    •estrito cumprimento do dever legal; ou

    •exercício regular de direito.

  • No parágrafo único do referido artigo, há uma causa de

    justificação exclusiva do comandante de navio, aeronave ou

    praça de guerra, que, na iminência de perigo ou grave

    calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a

    executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade

    ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a

    rendição, a revolta ou o saque.

  • ESTADO DE NECESSIDADE

    O Código Penal Militar adota a Teoria Diferenciadora Alemã,

    pois, considerando-se os valores dos bens jurídicos em

    conflito, distinguem-se:

    •Estado de Necessidade Justificante

    •Estado de Necessidade Exculpante

  • O Estado de Necessidade Justificante afasta a ilicitude, quando

    o bem protegido é de valor superior ao daquele sacrificado.

    Não há crime, nos termos do artigo 43, CPM, “desde que o mal

    causado, por sua natureza e importância, é consideravelmente

    inferior ao mal evitado”.

  • Estado de Necessidade Exculpante elimina a culpabilidade,

    quando o bem protegido é de valor igual ou inferior que o bem

    sacrificado.

    Artigo 39, CPM: “não é igualmente culpado quem, para

    proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado por

    estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo

    certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo

    evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito

    protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível

    conduta diversa”.

  • DPU 2004

    181. No direito castrense, o estado de necessidade pode

    constituir causa de exclusão da culpabilidade do delito.

  • CERTA.

  • EXCESSO NAS CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO

    Excesso Culposo

    A ação justificada deve ater-se aos limites impostos pela lei,

    quanto à sua intensidade e à sua extensão.

    Conforme assenta o artigo 45, CPM, o agente que, em qualquer

    dos casos de exclusão de crime, excede culposamente os

    limites da necessidade, responde pelo fato, se este é punível, a

    título de culpa.

  • Excesso Doloso

    Há duas modalidades de excesso doloso: em sentido estrito e

    o decorrente de erro de Direito.

    É somente na situação de erro de direito que se aplica o artigo

    46 do Código Penal Militar, que dispõe que o juiz pode atenuar

    a pena ainda quando punível o fato por excesso doloso.

    O agente responde pelo resultado a título de dolo, sendo

    facultada ao juiz aplicação da atenuante.

  • EXCESSO EXCULPANTE OU ESCUSÁVEL

    Diferentemente do Código Penal comum, o Código castrense

    prevê de forma expressa o excesso exculpante, que não é

    punível quando resulta de escusável surpresa ou perturbação

    de ânimo, em face da situação (art. 45, p. único, CPM).

    Trata-se de inexigibilidade de conduta diversa.

  • CAUSAS DE INIMPUTABILIDADE

    INIMPUTABILIDADE POR ALIENAÇÃO MENTAL (ART. 48, CPM)

    O artigo 48, do Código Penal Militar estatui que “não é

    imputável quem, no momento da ação ou da omissão, não

    possui a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de

    determinar-se de acordo com esse entendimento, em virtude

    de doença mental, de desenvolvimento mental incompleto ou

    retardado”.

    SISTEMA BIOPSICOLÓGICO OU MISTO

  • DPU 2001

    41.

    3. O Código Penal Militar (CPM) adotou o critério do sistema

    biopsicológico de aferição da inimputabilidade.

  • CERTA.

  • INIMPUTABILIDADE POR EMBRIAGUEZ ACIDENTAL

    COMPLETA (art. 49, CPM)

    “não é igualmente imputável o agente que, por embriaguez

    completa proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao

    tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de

    entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de

    acordo com esse entendimento”.

  • INIMPUTABILIDADE POR

    IMATURIDADE NATURAL (ART. 228, CRFB)

    A Constituição da República adota a presunção absoluta de

    inimputabilidade do menor de 18 anos, sujeitando-os às

    normas da legislação especial.

    CRITÉRIO BIOLÓGICO PURO

    Assim, as ressalvas e equiparações dos artigos 50 a 52 do

    Código Penal Militar não foram recepcionadas pela atual ordem

    constitucional.

  • CAUSAS LEGAIS DE INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA

    O Código Penal Militar elenca quatro causas legais de exclusão

    da culpabilidade por inexigibilidade de conduta diversa:

    •Coação Irresistível (art. 38)

    •Obediência Hierárquica (art. 38)

    •Estado de Necessidade Exculpante (art. 39)

    •Excesso Escusável (art. 45)

  • COAÇÃO IRRESISTÍVEL

    Nos termos do artigo 38, CPM, não é culpado quem comete o

    crime sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade

    de agir segundo a própria vontade.

    Devem-se distinguir duas situações:

    • a coação MORAL irresistível (vis compulsiva), que exclui a

    culpabilidade;

    • a coação FÍSICA irresistível (vis absoluta), que afasta a

    própria tipicidade, uma vez que não há conduta, por ausência

    de voluntariedade.

  • Nos crimes em que há violação do dever militar (artigos 187 a

    204, do CPM), o agente não pode invocar coação moral

    irresistível.

    De outro lado, se a coação é material, não há conduta, por

    ausência de vontade.

    Assim, mesmo em crimes contra o dever militar, o sujeito não

    pode ser responsabilizado, daí a ressalva da parte final do

    artigo 40, CPM.

  • DPU 2004

    182. Admite-se a coação moral irresistível como causa de

    exclusão da culpabilidade no crime de deserção.

  • ERRADA.

  • OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA

    De acordo com o Código Penal Militar não é culpado quem

    comete o crime em estrita obediência a ordem direta de

    superior hierárquico, em matéria de serviços.

    Requisitos:

    • executor subordinado hierarquicamente àquele que deu

    diretamente a ordem.

    • ordem vinculada à matéria de serviços e não manifestamente

    criminosa.

  • CONCURSO DE PESSOAS

    Teoria Monista Temperada

    Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incidenas penas a êste cominadas.

    Condições ou circunstâncias pessoais

    § 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes éindependente da dos outros, determinando-se segundo a suaprópria culpabilidade. Não se comunicam, outrossim, ascondições ou circunstâncias de caráter pessoal, salvo quandoelementares do crime.

  • Agravação de pena

    § 2° A pena é agravada em relação ao agente que:

    I - promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a

    atividade dos demais agentes;

    II - coage outrem à execução material do crime;

    III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito

    à sua autoridade, ou não punível em virtude de condição ou

    qualidade pessoal;

    IV - executa o crime, ou nêle participa, mediante paga ou

    promessa de recompensa.

  • Atenuação de pena

    § 3º A pena é atenuada com relação ao agente, cuja

    participação no crime é de somenos importância.

  • Cabeças

    § 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária,

    reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, instigam ou

    excitam a ação.

    § 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou

    mais oficiais, são êstes considerados cabeças, assim como os

    inferiores que exercem função de oficial.

  • DPU 2007

    42 Embora o CPM tenha se filiado à teoria da equivalência dos

    antecedentes causais (conditio sinequa non), consideram-se

    cabeça, nos crimes de autoria coletiva necessária, os oficiais

    ou inferiores que exercem função de oficial.

  • CERTA.

  • DPU 2001

    41

    4. O oficial militar que, em concurso com praças, vier a praticar

    um crime de autoria coletiva necessária não será considerado

    cabeça somente em decorrência do princípio da hierarquia

    com os inferiores.

  • ERRADA.

  • Casos de impunibilidade

    Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio,

    salvo disposição em contrário, não são puníveis se o crime

    não chega, pelo menos, a ser tentado.

  • SISTEMA SANCIONATÓRIO

    PENAS

    PRINCIPAIS ACESSÓRIAS

  • PENAS PRINCIPAIS

    MORTE Privativas de liberdade

    RECLUSÃO

    DETENÇÃO

    PRISÃO

    Restritiva de

    liberdade

    IMPEDIMENTO

    Restritivas de direitos

    SUSPENSÃO

    REFORMA

  • O Código Castrense NÃO PREVÊ:

    • substituição das penas privativas de liberdade por penas

    restritivas de direitos.

    • pena de multa.

    • progressão de regime de cumprimento da pena privativa de

    liberdade

    O STF recentemente afirmou que é “contrária ao texto

    constitucional a exigência do cumprimento de pena privativa

    de liberdade sob regime integralmente fechado em

    estabelecimento militar” (HC 104174, Rel. Min. AYRES BRITTO,

    Segunda Turma, PUBLIC 18-05-2011).

  • SURSIS

    Art. 84 - A execução da pena privativa da liberdade, nãosuperior a 2 (dois) anos, pode ser suspensa, por 2 (dois) anosa 6 (seis) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 6.544, de30.6.1978)

    I - o sentenciado não haja sofrido no País ou noestrangeiro, condenação irrecorrível por outro crime a penaprivativa da liberdade, salvo o disposto no 1º do art.71; (Redação dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978)

    II - os seus antecedentes e personalidade, os motivos e ascircunstâncias do crime, bem como sua conduta posterior,autorizem a presunção de que não tornará adelinqüir. (Redação dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978)

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6544.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6544.htmhttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6544.htm

  • Restrições

    Parágrafo único. A suspensão não se estende às penas de

    reforma, suspensão do exercício do pôsto, graduação ou função ou

    à pena acessória, nem exclui a aplicação de medida de segurança

    não detentiva.

  • Art. 88. A suspensão condicional da pena não se aplica:

    I - ao condenado por crime cometido em tempo de guerra;

    II - em tempo de paz:

    a) por crime contra a segurança nacional, de aliciação e

    incitamento, de violência contra superior, oficial de dia, de

    serviço ou de quarto, sentinela, vigia ou plantão, de

    desrespeito a superior, de insubordinação, ou de deserção;

    b) pelos crimes previstos nos arts. 160, 161, 162, 235, 291

    e seu parágrafo único, ns. I a IV.

  • DPU 2007

    49 De acordo com o CPM, é vedada a concessão de suspensão

    condicional da pena no crime de violência contra inferior.

  • PENA DE MORTE

    A pena de morte aplica-se somente em caso de guerra

    declarada (art. 5º, XLVII c/c art. 84, XIX, CR/1988).

    Artigo 56 do CPM: é executada por fuzilamento.

    A sentença definitiva de condenação à morte deve ser

    comunicada, logo que passe em julgado, ao Presidente da

    República, e não pode ser executada senão depois de sete dias

    após a comunicação (art. 57, CPM).

    Se a pena é imposta em zona de operações de guerra, pode ser

    imediatamente executada, quando o exigir o interesse da

    ordem e da disciplina militares.

  • DPU 2004

    187. A sentença que fixar pena de morte poderá ser

    imediatamente executada se for imposta em zona de efetiva

    operação militar e assim o exigir o interesse da ordem e da

    disciplina militares.

  • CERTA.

  • PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE APLICADA A MILITAR

    A pena privativa de liberdade (reclusão ou detenção) até dois

    anos aplicada a militar é obrigatoriamente convertida em pena

    de prisão (artigo 59, CPM).

    Se não for possível a aplicação do sursis (substituição

    condicional), deverá ser cumprida em recinto de

    estabelecimento militar se o condenado for oficial.

    Se o condenado for praça, a pena será cumprida em

    estabelecimento penal militar.

  • Artigo 61, CPM:

    “a pena privativa de liberdade por mais de 2 (dois) anos,

    aplicada a militar, é cumprida em penitenciária militar e, na falta

    dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou

    detento sujeito ao regime conforme a legislação penal comum,

    de cujos benefícios e concessões, também, poderá gozar”.

  • 189. A pena de reclusão superior a dois anos somente será

    cumprida pelo oficial em estabelecimento prisional civil após

    ser declarada a perda do posto e da patente.

  • CERTA.

  • PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE APLICADA A CIVIL (J.M.U.) –

    não se aplica à J. M. Estadual.

    O civil condenado pela Justiça Militar da União sempre é

    executado em estabelecimento comum, submetendo-se

    inteiramente à Lei de Execução Penal (artigo 62, CPM).

    Aplicam-se as disposições da Súmula 192 do STJ e do artigo

    2º, parágrafo único, LEP acima mencionadas.

  • FASE TERCIÁRIA - PENA DEFINITIVA (Art. 76, CPM)

    A terceira etapa da aplicação da pena leva em consideração as

    causas de aumento (majorantes) e de redução de pena

    (minorantes), que incidirão sobre a pena intermediária,

    chegando-se à pena definitiva.

    Nessa fase, pode o juiz exceder os limites mínimo e máximo da

    pena cominada, mas deve respeitar os limites genéricos do

    artigo 58, CPM.

  • No concurso de causas de diminuição e de aumento de pena, a

    regra é a incidência obrigatória e sucessiva, sem possibilidade

    de compensação entre elas.

    Excepcionalmente, no concurso dessas causas especiais,

    pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só

    diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente

    ou diminua. O parágrafo único do artigo 76 do Código

    castrense repete a regra do artigo 68, parágrafo único, do

    Código Penal comum.

  • UNIFICAÇÃO DAS PENAS NO CONCURSO DE CRIMES

    Concursos Material e formal

    No Código Penal Militar, a unificação da pena no concurso de

    crimes submete-se à mesma regra: soma de penas.

    Pela letra da lei, a princípio, não há diferença na unificação da

    pena entre concurso formal e material. A mesma disposição se

    aplica à continuidade delitiva, como se verá a diante.

  • Artigo 79 CPM:

    quando o agente, mediante uma só (concurso formal) ou mais

    de uma ação ou omissão (concurso material), pratica dois ou

    mais crimes, idênticos ou não, as penas privativas de liberdade

    devem ser unificadas.

    Se as penas são da mesma espécie, a pena única é a soma de

    todas;

    se, de espécies diferentes, a pena única é a mais grave, mas

    com aumento correspondente à metade do tempo das menos

    graves, ressalvado o disposto no art. 58.

  • PENAS DE

    MESMA ESPÉCIE

    Exemplo:

    2 homicídios dolosos:

    Pena de 12 anos de reclusão para cada

    homicídio

    pena unificada: 12 + 12 =

    24 anos de reclusão

    PENAS DE

    ESPÉCIES DIFERENTES

    Exemplo:

    1 lesão corporal grave:

    Pena de 2 anos de reclusão

    2 lesões corporais leves:

    Pena de 1 ano de detenção para cada

    pena unificada:

    2 anos de reclusão +

    1 ano de detenção (metade da soma das penas menos graves) =

    3 anos de reclusão

  • A pena aplicada a cada crime deve respeitar os limites

    genéricos do artigo 58, CPM.

    Quanto ao limite máximo das penas unificadas, deve-se

    atender ao limite imposto pelo artigo 81, CPM:

    detenção (15 anos) e reclusão (30 anos).

  • CRIME CONTINUADO

    Artigo 80, CPM:

    aplica-se a regra do artigo anterior, quando o agente, mediante maisde uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesmaespécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução eoutras semelhantes, devem os subsequentes ser consideradoscomo continuação do primeiro.

    A regra castrense de aplicação da pena no crime continuado é alvode controvérsia nos Tribunais Superiores.

    O Superior Tribunal Militar, com respaldo na doutrina, entendeaplicável a regra da exasperação do artigo 71 do Código Penalcomum por considerá-la mais benéfica ao réu.

  • Em sentido contrário, o Supremo Tribunal Federal entende que

    não cabe tal raciocínio, em respeito ao princípio da

    especialidade:

    “Bem ou mal, o Código Penal Militar cuidou de disciplinar os

    crimes continuados de forma distinta e mais severa do que o

    Código Penal Comum. Tal proceder geraria um "hibridismo"

    incompatível com o princípio da especialidade das leis. Sem

    contar que a disciplina mais rigorosa do Código Penal

    Castrense funda-se em razões de política legislativa que se

    voltam para o combate com maior rigor daquelas infrações

    definidas como militares. (HC 86854, Relator(a): Min. CARLOS

    BRITTO, Primeira Turma, DJ 02-03-2007).

  • “consideram-se crimes da mesma natureza os previstos no

    mesmo dispositivo legal, bem como os que, embora previstos

    em dispositivos diversos, apresentam, pelos fatos que os

    constituem ou por seus motivos determinantes, caracteres

    fundamentais comuns” (art. 78, §5º, CPM).

  • REDUÇÃO DA PENA UNIFICADA NO CONCURSO FORMAL E

    NO CRIME CONTINUADO

    Atenção para a causa de redução prevista no artigo 81, §1º do

    Código Penal Militar:

    “a pena unificada pode ser diminuída de um sexto a um quarto,

    no caso de unidade de ação ou omissão, ou de crime

    continuado”.

    Assim, para mitigar os rigores do artigo 79, CPM, pode-se

    reduzir a pena unificada de 1/6 a 1/4 nos casos de concurso

    formal ou crime continuado, mantendo-se a soma de penas

    somente no concurso material.

  • Limites globais da pena unificada

    O artigo 81, CPM aponta os limites da pena unificada no concurso de

    crimes. A pena unificada não pode ultrapassar de trinta anos, se é de

    reclusão, ou de quinze anos, se é de detenção.

    RECLUSÃO 30 ANOS

    DETENÇÃO 15 ANOS

  • Regras especiais no caso de pena de morte

    Dispõe o §2º do artigo 81, CPM que “quando cominada a pena de morte

    como grau máximo e a de reclusão como grau mínimo, aquela

    corresponde, para o efeito de graduação, à de reclusão por trinta anos”.

    Por exemplo, no crime de traição, previsto no artigo 355, CPM, há

    previsão de pena de morte no grau máximo e reclusão de 20 anos, no

    grau mínimo. Se o juiz optar por aplicar a pena privativa de liberdade, o

    máximo corresponderá a 30 anos.

  • Nos crimes punidos com a pena de morte, esta corresponde à de reclusão por

    trinta anos, para cálculo da pena aplicável à tentativa, salvo disposição

    especial (artigo 81, §2º do CPM).

    Dosimetria das penas não privativas de liberdade

    As penas não privativas de liberdade são aplicadas distinta e integralmente,

    ainda que previstas para um só dos crimes concorrentes, conforme dispõe o

    artigo 83 do CPM. A aplicação das penas principais de natureza restritiva de

    direitos não segue a regra do critério trifásico das penas privativas de

    liberdade.

  • IMPEDIMENTO

    A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no

    recinto da unidade, sem prejuízo da instrução militar (art. 63,

    CPM).

    Trata-se de pena de natureza restritiva de liberdade, em que

    não há encarceramento.

    A pena de impedimento é cominada exclusivamente ao crime

    de insubmissão (art. 183, CPM) e tem duração de 3 (três) meses

    a 1 (um) ano.

  • SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO DO POSTO, GRADUAÇÃO,CARGO OU FUNÇÃO

    • consiste na agregação, no afastamento ou no licenciamentotemporário do condenado (artigo 64, CPM).

    •Trata-se de pena principal, de natureza restritiva de direitos,que acarreta a suspensão do exercício de posto (oficial),graduação (praça) ou cargo (civil), pelo prazo determinado nasentença.

    Ex.: crimes de ordem arbitrária de invasão (art. 170, CPM) e deexercício de comércio por oficial (art. 204, CPM).

    parágrafo único do artigo 64, CPM: se o condenado, quandoproferida a sentença, já estiver na reserva, ou reformado ouaposentado, a pena de suspensão será convertida em pena dedetenção, de três meses a um ano.

  • REFORMA

    • sujeita o militar estável condenado à situação de inatividade

    compulsória, com proventos proporcionais ao tempo de

    serviço, não podendo perceber mais de 1/25 (um vinte e cinco

    avos) do soldo, por ano de serviço, nem receber importância

    superior à do soldo (artigo 65, CPM).

    •Trata-se de pena de natureza restritiva de direitos prevista

    para alguns crimes militares como, por exemplo, ordem

    arbitrária de invasão (art. 170, CPM) e exercício de comércio

    por oficial (art. 204, CPM).

  • PENAS ACESSÓRIAS

    A aplicação das penas acessórias depende da imposição de

    uma pena principal.

    Não se trata de penas alternativas aplicadas em substituição

    às penas privativas de liberdade.

    As penas acessórias são aplicadas cumulativamente com as

    penas principais, de acordo com a natureza do crime.

    O artigo 98 do Código Penal Militar apresenta um rol taxativo

    de oito penas acessórias:

  • PENAS ACESSÓRIAS

    PARA OFICIAIS

    perda de posto e patente

    indignidade para o

    oficialato

    incompatibilidade com o oficialato

    PARA PRAÇAS

    exclusão das forças armadas

    PARA CIVIS

    perda da função pública

    inabilitação para o

    exercício de função pública

    SUSPENSÃO

    poder familiar, tutela ou curatela

    direitos políticos

  • PERDA DE POSTO E PATENTE (artigo 99, CPM)

    Nos termos do artigo 99 do Código Penal Militar, a perda deposto e patente do oficial resulta da condenação a penaprivativa de liberdade por tempo superior a dois anos e importaa perda das condecorações.

    O artigo 107 do CPM afirma que a imposição da perda de postoe patente não precisa constar expressamente da sentença.

    Entretanto, segundo parte da doutrina, essa pena acessórianão tem aplicação imediata e automática porque os oficiais dasforças armadas são vitalícios e só podem perder o posto e apatente por decisão do Superior Tribunal Militar (art. 142, §3º,VI, CR).

  • DECLARAÇÃO DE INDIGNIDADE PARA O OFICIALATO

    (artigo 100, CPM)

    Conforme determina o artigo 100 do CPM, fica sujeito àdeclaração de indignidade para o oficialato o militarcondenado, qualquer que seja a pena, nos crimes de traição,espionagem ou cobardia (crimes de tempo de guerra), ou emqualquer dos definidos nos artigos 161, 235, 240, 242, 243, 244,245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312, todos do Código PenalMilitar.

    Trata-se de rol taxativo, que vincula a aplicação da penaacessória de declaração de indignidade para o oficialato.

  • DPU 2004

    Considere que um tenente, estando em serviço, em área forada administração militar, tenha constrangido uma mulher àprática de conjunção carnal, mediante grave ameaça, e porisso tenha sido preso em flagrante e denunciado pela práticado crime previsto no art. 232 do CPM (estupro). Considereainda que, durante o processo, tenha sido juntada aos autoscertidão de casamento do referido tenente com a vítima, fatoocorrido após o dia do delito.

    Em face dessas considerações e com base no CPM, julgue ositens que se seguem.

    186. Se o oficial for condenado pelo crime em tela, serádeclarado indigno para o oficialato.

  • ERRADA.

  • DECLARAÇÃO DE INCOMPATIBILIDADE COM O OFICIALATO

    (artigo 101, CPM)

    A pena de declaração de incompatibilidade com o oficialato

    aplica-se ao militar condenado nos crimes dos artigos 141 e

    142, COM (crimes contra a segurança externa do país).

  • PENA DE EXCLUSÃO DAS FORÇAS ARMADAS

    (artigo 102, CPM)

    A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por

    tempo superior a dois anos, importa sua exclusão das Forças

    Armadas.

    A Constituição exige que a exclusão da praça da PM ou do

    CBM Estaduais se dê por decisão do Tribunal competente (art.

    125, §4º, CR/88).

    Em nome da isonomia, parte da doutrina sustenta que deve

    também haver procedimento específico para a exclusão da

    praça das forças armadas (art. 142, §3º, VII, CR/88).

  • DPU 2007

    45 A pena acessória de exclusão das Forças Armadas prevista

    no CPM será obrigatoriamente aplicada à praça cuja

    condenação à pena privativa de liberdade for superior a dois

    anos.

  • CERTA.

  • Nos termos do artigo 107 do CPM, a imposição da pena

    acessória de exclusão deve constar expressamente da

    sentença.

    De acordo com a jurisprudência mais recente do Superior

    Tribunal de Justiça (HC 29575), a exclusão deve ser requerida

    pelo MPM e constar expressamente na sentença, não bastando

    a condenação.

  • Atenção!

    Em caso de CRIME COMUM, a perda do cargo público constitui

    EFEITO DA CONDENAÇÃO, quando a pena privativa de

    liberdade é superior a 04 (quatro) anos de reclusão, sendo

    decidida tal questão na própria sentença condenatória, sem a

    necessidade de instauração de procedimento específico para

    esse fim perante o Tribunal Militar.

    (ARE 742879 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma,

    PUBLIC 22-10-2013).

  • A perda do cargo, função ou emprego público – que configura

    efeito extrapenal secundário – constitui consequência

    necessária que resulta, automaticamente, de pleno direito, da

    condenação penal imposta ao agente público pela prática do

    CRIME DE TORTURA, ainda que se cuide de integrante da

    Polícia Militar, não se lhe aplicando, a despeito de tratar-se de

    Oficial da Corporação, a cláusula inscrita no art. 125, § 4º, da

    Constituição da República.

    (AI 769637 AgR-ED-ED, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO,

    Segunda Turma, PUBLIC 16-10-2013).

  • PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA (artigo 103, CPM)

    De acordo com o artigo 103 do CPM, incorre na perda da

    função pública o civil condenado a pena privativa de liberdade

    por crime cometido com abuso de poder ou violação de dever

    inerente à função pública ou condenado por qualquer outro

    crime a pena privativa de liberdade superior a dois anos.

    Nos termos do artigo 107 do CPM, a imposição dessa pena

    acessória não precisa constar expressamente da sentença.

  • INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA

    (artigo 104, CPM)

    A pena de inabilitação para o exercício de função pública aplica-se

    ao condenado à pena privativa de liberdade de reclusão superior a

    quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou

    violação do dever militar ou inerente à função pública.

    O prazo da inabilitação para o exercício de função pública varia de

    dois a vinte anos e começa ao termo da execução da pena privativa

    de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição,

    ou da data em que se extingue a referida pena.

    Computa-se no prazo das inabilitações temporárias o tempo de

    liberdade resultante da suspensão condicional da pena ou do

    livramento condicional, se não sobrevém revogação (Art. 108, CPM).

  • SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR, TUTELA OU CURATELA

    (artigo 105, CPM)

    O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois

    anos, seja qual for o crime praticado, fica suspenso do

    exercício do poder familiar, tutela ou curatela, enquanto dura a

    execução da pena ou da medida de segurança imposta em

    substituição.

    Caso necessário, o juiz pode decretar a suspensão provisória

    do exercício do poder familiar, tutela ou curatela ainda durante

    o processo.

  • SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS (artigo 106, CPM)

    Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da

    medida de segurança imposta em substituição, ou enquanto

    perdura a inabilitação para função pública, o condenado não

    pode votar, nem ser votado.

    Nos termos do artigo 107 do CPM, a imposição dessa pena

    acessória não precisa constar expressamente da sentença.

  • MEDIDAS DE SEGURANÇA

    O artigo 110 do Código Penal Militar apresenta um rol de

    medidas de segurança mais amplo do que aquele previsto no

    Código Penal comum.

    Na esfera castrense, as medidas de segurança dividem-se em

    pessoais e patrimoniais.

    As medidas de segurança pessoais se dividem em detentivas

    (internação) e não-detentivas (restritivas de direitos).

  • DPU 2001

    41.

    5. O Estatuto Penal Militar vigente não contempla as medidas

    de segurança de natureza patrimonial.

  • ERRADA.

  • MEDIDAS DE SEGURANÇA

    PESSOAIS

    DETENTIVAS

    internação em manicômio judiciário

    NÃO-DETENTIVAS

    cassação de licença para direção de veículos

    exílio local

    proibição de frequentar determinados lugares

    PATRIMONIAIS

    interdição de estabelecimento

    confisco

  • Artigo 111 do CPM:

    Em regra, as medidas de segurança somente podem ser

    impostas aos civis e aos militares que tenham perdido essa

    condição em virtude de condenação a pena privativa de

    liberdade por tempo superior a dois anos ou de outro modo

    hajam perdido posto e patente ou hajam sido excluídos das

    forças armadas.

    Aos militares somente aplica-se a medida de segurança de

    internação, no caso de inimputabilidade por doença mental, e a

    de cassação de licença para direção de veículos motorizados.

    A medida de segurança é imposta em sentença, que lhe

    estabelecerá as condições, nos termos da lei penal militar, não

    impedindo a expulsão do estrangeiro (artigo 120, CPM).

  • INTERNAÇÃO EM MANICÔMIO JUDICIÁRIO

    O artigo 112 do Código Penal Militar determina a internação em

    manicômio judiciário do agente inimputável por alienação

    mental que oferece perigo à incolumidade alheia em razão de

    suas condições pessoais e do fato praticado.

    Neste ponto, a lei penal castrense adota o sistema vicariante

    que, em oposição ao sistema do duplo binário, rejeita a

    possibilidade de aplicação cumulativa ou sucessiva de pena e

    medida de segurança de internação.

    Assim, aplica-se medida de segurança em lugar de pena, caso

    o autor do fato típico e ilícito seja inimputável e perigoso.

  • Em caso de semi-imputabilidade, haverá condenação com a

    pena reduzida, podendo o juiz substituí-la por internação em

    estabelecimento psiquiátrico anexo ao manicômio judiciário ou

    ao estabelecimento penal, ou em seção especial de um ou de

    outro, caso o sujeito necessite de especial tratamento curativo

    (artigo 113, CPM).

    O Código Penal Militar não prevê expressamente medida de

    segurança de tratamento ambulatorial para o inimputável.

    A doutrina sugere aplicação subsidiária do Código Penal

    comum, sempre que a providência for benéfica ao acusado.

  • Semelhantemente ao Código comum, o Código Penal Militar

    estabelece o prazo mínimo de internação de um e três anos.

    Nesse período serão realizados exames para verificação da

    cessação da periculosidade.

  • CASSAÇÃO DE LICENÇA PARA DIRIGIR VEÍCULOS

    MOTORIZADOS

    artigo 115 do CPM:

    ao condenado por crime cometido na direção ou

    relacionadamente à direção de veículos motorizados, deve ser

    cassada a licença para tal fim, pelo prazo mínimo de um ano,

    se as circunstâncias do caso e os antecedentes do condenado

    revelam a sua inaptidão para essa atividade e consequente

    perigo para a incolumidade alheia.

  • EXÍLIO LOCAL

    O exílio local consiste na proibição de que condenado resida

    ou permaneça, durante um ano, pelo menos, na localidade,

    município ou comarca em que o crime foi praticado, em face da

    necessidade de garantia da ordem pública ou para o bem do

    próprio condenado (artigo 116, CPM).

    O exílio deve ser cumprido logo que cessa ou é suspensa

    condicionalmente a execução da pena privativa de liberdade.

  • PROIBIÇÃO DE FREQUENTAR DETERMINADOS LUGARES

    A proibição de frequentar determinados lugares consiste em

    privar o condenado, durante um ano, pelo menos, da faculdade

    de acesso a lugares que favoreçam, por qualquer motivo, seu

    retorno à atividade criminosa.

    O cumprimento da proibição inicia-se logo que cessa ou é

    suspensa condicionalmente a execução da pena privativa de

    liberdade.

  • INTERDIÇÃO DE ESTABELECIMENTO, SOCIEDADE OU

    ASSOCIAÇÃO

    Segundo dispõe o artigo 118 do CPM, a interdição de

    estabelecimento comercial ou industrial, ou de sociedade ou

    associação, pode ser decretada por tempo não inferior a

    quinze dias, nem superior a seis meses, se o estabelecimento,

    sociedade ou associação serve de meio ou pretexto para a

    prática de infração penal.

    A interdição consiste na proibição de exercer no local o mesmo

    comércio ou indústria, ou a atividade social. A sociedade ou

    associação, cuja sede é interditada, não pode exercer em outro

    local as suas atividades.

  • CONFISCO

    A medida de segurança patrimonial de confisco prevista noartigo 119, CPM determina que o juiz, embora não apurada aautoria, ou ainda quando o agente é inimputável, ou nãopunível, deve ordenar o confisco dos instrumentos e produtosdo crime, desde que consistam em coisas:

    cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitui fatoilícito;

    que, pertencendo às forças armadas ou sendo de usoexclusivo de militares, estejam em poder ou em uso do agente,ou de pessoa não devidamente autorizada;

    abandonadas, ocultas ou desaparecidas.

  • DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO

    O artigo 109 do Código Penal Militar repete a redação do artigo

    91 do Código Penal comum elencando os efeitos genéricos da

    condenação.

    1) dever de indenizar

    2) perda, em favor da Fazenda Nacional, dos instrumentos do

    crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação,

    uso, porte ou detenção constitua fato ilícito, bem como do

    produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua

    proveito auferido pelo agente com a sua prática.

  • EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

  • EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

    NA PARTE GERAL DO CPM (ART. 123)

    MORTE

    ANISTIA OU INDULTO

    ABOLITIO CRIMINIS

    PRESCRIÇÃO

    REABILITAÇÃO

    RESSARCIMENTO DO DANO NO PECULATO CULPOSO

    EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE NA PARTE ESPECIAL

    DO CPM

    (ART. 255, P. ÚNICO, CPM)

    PERDÃO JUDICIAL NA

    RECEPTAÇÃO CULPOSA

  • DPU 2007

    44 No peculato culposo, a reparação do dano, antes da

    sentença irrecorrível, acarreta a extinção da punibilidade do

    agente, tanto no CP como no CPM.

  • CERTA.

  • DPU 2004

    Considere que um tenente, estando em serviço, em área forada administração militar, tenha constrangido uma mulher àprática de conjunção carnal, mediante grave ameaça, e porisso tenha sido preso em flagrante e denunciado pela práticado crime previsto no art. 232 do CPM (estupro). Considereainda que, durante o processo, tenha sido juntada aos autoscertidão de casamento do referido tenente com a vítima, fatoocorrido após o dia do delito.

    Em face dessas considerações e com base no CPM, julgue ositens que se seguem.

    184. O casamento do autor com a vítima não é causa deextinção da punibilidade do crime.

  • CERTA.

  • REABILITAÇÃO

    A reabilitação na esfera penal militar é causa de extinção de

    punibilidade, alcançando quaisquer penas impostas por

    sentença definitiva (art. 134, CPM).

    O prazo exigido no CPM para requerer a reabilitação é de

    CINCO ANOS contados do dia em que for extinta, de qualquer

    modo, a pena principal ou terminar a execução desta ou da

    medida de segurança aplicada em substituição.

    O condenado deve ser domiciliado no País durante esse

    tempo, demonstrando efetivo e constante bom comportamento

    público e privado.

  • REGRAS ESPECIAIS DA PRESCRIÇÃO

    A prescrição nos crimes cuja pena cominada, no máximo, é de

    reforma ou de suspensão do exercício do posto, graduação,

    cargo ou função verifica-se em quatro anos (artigo 127, CPM).

    De acordo com o artigo 130 do CPM, é imprescritível a

    execução das penas acessórias.

  • DPU 2004

    188. A prescrição da ação penal dos crimes aos quais é

    cominada pena de morte se dá em vinte anos.

  • ERRADA.

    Art. 125. A prescrição da ação penal, salvo o disposto no § 1º

    dêste artigo, regula-se pelo máximo da pena privativa de

    liberdade cominada ao crime, verificando-se:

    I - em trinta anos, se a pena é de morte;

  • PRESCRIÇÃO NO CRIME DE INSUBMISSÃO

    No crime de insubmissão, a prescrição começa a correr do dia

    em que o insubmisso atinge a idade de trinta anos (artigo 131,

    CPM).

    Essa regra especial somente se aplica à prescrição em

    abstrato referente aos trânsfugas: insubmissos que não foram

    capturados nem se apresentaram espontaneamente.

  • PRESCRIÇÃO NO CRIME DE DESERÇÃO

    Nos termos do artigo 132 do Código Penal Militar, “no crime de

    deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só

    extingue a punibilidade quando o desertor atinge a idade de

    quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de sessenta”.

    Essa regra especial para a prescrição no crime de deserção

    somente se aplica ao trânsfuga (desertor não capturado).

  • DPU 2004

    190. Se um oficial da Aeronáutica desertasse aos 25 anos de

    idade e fosse capturado 25 anos depois, a ação penal já se

    encontraria prescrita em abstrato, pois o crime de deserção

    possui pena máxima de 2 anos.

  • ERRADA.

  • AÇÃO PENAL

    No CPM

    Art. 121. A ação penal sòmente pode ser promovida pordenúncia do Ministério Público da Justiça Militar.

    Dependência de requisição

    Art. 122. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a açãopenal, quando o agente for militar ou assemelhado, depende darequisição do Ministério Militar a que aquele estiversubordinado; no caso do art. 141, quando o agente for civil enão houver coautor militar, a requisição será do Ministério daJustiça.

  • NO CPPM

    AÇÃO PENAL

    Art. 29. A ação penal é PÚBLICA e somente pode ser

    promovida por DENÚNCIA do Ministério Público Militar.

    A Ação penal é sempre pública. Não há previsão de ação

    condicionada à representação do ofendido nem de ação

    privada originária.

    É cabível ação privada subsidiária da pública em caso de

    inércia do MPM, nos termos do art. 5º, LIX, CR.

  • Dependência de requisição do Governo

    Art. 31. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141 do Código

    Penal Militar, a ação penal; quando o agente fôr militar ou

    assemelhado, depende de requisição, que será feita ao

    procurador-geral da Justiça Militar, pelo Ministério a que o

    agente estiver subordinado;

    no caso do art. 141 do mesmo Código, quando o agente fôr

    civil e não houver co-autor militar, a requisição será do

    Ministério da Justiça.

  • Comunicação ao procurador-geral da República

    Parágrafo único. Sem prejuízo dessa disposição, o

    procurador-geral da Justiça Militar dará conhecimento ao

    procurador-geral da República de fato apurado em inquérito

    que tenha relação com qualquer dos crimes referidos neste

    artigo.

  • OBRIGATORIEDADE

    Art. 30. A denúncia deve ser apresentada sempre que

    houver:

    a) prova de fato que, em tese, constitua crime;

    b) indícios de autoria.

    Proibição de desistência da denúncia (INDISPONIBILIDADE)

    Art. 32. Apresentada a denúncia, o Ministério Público não

    poderá desistir da ação penal.

  • Exercício do direito de “representação” (notitia/delatio

    criminis)

    Art. 33. Qualquer pessoa, no exercício do direito de

    representação, poderá provocar a iniciativa do Ministério

    Publico, dando-lhe informações sôbre fato que constitua crime

    militar e sua autoria, e indicando-lhe os elementos de

    convicção.

    Informações

    1º As informações, se escritas, deverão estar devidamente

    autenticadas; se verbais, serão tomadas por têrmo perante o

    juiz, a pedido do órgão do Ministério Público, e na presença

    dêste.

  • DPU 2010

    95 Considere a seguinte situação hipotética. A Associação

    Nacional de Sargentos do Exército (ANSAREX), em nome

    próprio e na defesa estatutária de seus associados, ofertou

    representação ao Ministério Público Militar (MPM) em face da

    conduta de um oficial que era comandante de batalhão de

    infantaria motorizada, superior hierárquico de 20 sargentos

    desse batalhão, todos associados à ANSAREX, uma vez que

    ele, diuturnamente, tratava seus subordinados com rigor

    excessivo; punira alguns militares com rigor não permitido por

    lei; ordenara que dois militares em prisão disciplinar ficassem

    sem alimentação por um dia; e ofendia os subordinados,

    constantemente, com palavras.

  • Decorridos dois meses da representação, sem que tivesse

    havido manifestação do MPM, a associação promoveu ação

    penal privada subsidiária da pública perante a Justiça Militar

    da União, pedindo conhecimento da demanda e, ao final, a total

    procedência dos pedidos, com consequente aplicação da pena

    correspondente pelos delitos, além da anulação das sanções

    disciplinares injustamente aplicadas, com a respectiva baixa

    nos assentamentos funcionais.

  • Considerando essa situação, é correto afirmar que é da Justiça

    Militar da União a competência para julgar ações judiciais

    contra atos disciplinares militares e que, mesmo sem previsão

    no CPM e CPPM, se admite a ação penal privada subsidiária da

    pública no processo penal militar, bem como seu exercício pela

    pessoa jurídica, no interesse dos associados, com legitimação

    concorrente nos crimes contra a honra de servidor militar.

  • Errada.

  • DPU 2007

    43 No CPM, há crimes em que se procede somente mediante

    representação.

  • Errada.

  • DPU 2004

    Considere que um tenente, estando em serviço, em área forada administração militar, tenha constrangido uma mulher àprática de conjunção carnal, mediante grave ameaça, e porisso tenha sido preso em flagrante e denunciado pela práticado crime previsto no art. 232 do CPM (estupro). Considereainda que, durante o processo, tenha sido juntada aos autoscertidão de casamento do referido tenente com a vítima, fatoocorrido após o dia do delito.

    Em face dessas considerações e com base no CPM, julgue ositens que se seguem.

    183. A ação penal militar será pública e condicionada àrepresentação da vítima.

  • ERRADA.

  • DPU 2007

    46 O CPM, assim como o CP, não tipifica o crime de dano

    culposo.

  • ERRADA.

    ARTIGO 266, CPM

    Modalidades culposas

    Art. 266. Se o crime dos arts. 262, 263, 264 e 265 é culposo, a pena éde detenção de seis meses a dois anos; ou, se o agente é oficial,suspensão do exercício do pôsto de um a três anos, ou reforma; seresulta lesão corporal ou morte, aplica-se também a pena cominadaao crime culposo contra a pessoa, podendo ainda, se o agente éoficial, ser imposta a pena de reforma.

  • DPU 2007

    47 O CPM, igualmente à legislação penal comum, tipifica os

    crimes contra a paz pública, especialmente o crime de

    quadrilha ou bando.

  • ERRADA.

    NÃO HÁ PREVISÃO DE CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA

  • DPU 2007

    48 O crime militar de corrupção passiva não tipifica a conduta

    de solicitar para si ou para outrem, direta ou indiretamente,

    ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão

    dela, vantagem indevida, nem a conduta de aceitar promessa

    de tal vantagem.

  • Errada.

    Corrupção passiva

    Art. 308. Receber, para si ou para outrem, direta ou

    indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la,

    mas em razão dela vantagem indevida, ou aceitar promessa de

    tal vantagem:

    Pena - reclusão, de dois a oito anos.

  • Aumento de pena

    § 1º A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da

    vantagem ou promessa, o agente retarda ou deixa de praticar

    qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.

    Diminuição de pena

    § 2º Se o agente pratica, deixa de praticar ou retarda o ato de

    ofício com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou

    influência de outrem:

    Pena - detenção, de três meses a um ano.

  • DPU 2007

    50 O crime de recusa de obediência (art. 163 do CPM) é espécie

    do gênero insubordinação.

  • CERTA.

    CAPÍTULO V

    DA INSUBORDINAÇÃO

    Recusa de obediência

    Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sôbre

    assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a dever

    impôsto em lei, regulamento ou instrução:

    Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não

    constitui crime mais grave.