direito penal e direito penal militar
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Direito Penal e Direito Penal MilitarTRANSCRIPT
Direito Penal e Direito Penal
Militar. Breve resumo e
considerações. 1413
Direito Penal e Direito Penal Militar. Breve resumo e considerações. Concurso Analista
MPU.
1- Observações importantes- Direito Penal.
3- Observações importantes- Direito Penal Militar.
Material referente a aula de Analista do Ministério Público da União no Portal Ciclo:
http://www.portalciclo.com.br/ver_outros_concursos.asp?cod=283
1- Observações importantes- Direito Penal.
Dividimos o tema APLICAÇÃO NA LEI PENAL em DUAS ESPÉCIES:
a) APLICAÇÃO NA LEI PENAL NO TEMPO;
b) APLICAÇÃO NA LEI PENAL NO ESPAÇO.
Dentre os PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL, temos o PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
previsto na CONSTITUIÇÃO FEDERAL[1] e no CÓDIGO PENAL[2] e temos também o
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE, na verdade o PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
ao lado do PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE, são PRINCÍPIOS que se encontra
DENTRO DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, pois, temos que o PRINCÍPIO DA
LEGALIDADE apresenta 4 (quatro) desdobramentos: 1- a Lei Penal tem que ser ANTERIOR PRINCÍPÍO DA ANTERIORIDADE DA LEI
PENAL.
Ou seja, a LEI tem que ser ANTERIOR á
PRÁTICA DO CRIME
2- a Lei Penal tem que ser ESCRITA Significa que NÃO EXISTE COSTUME
INCRIMINADOR, ou seja, APENAS LEI pode
INSTITUIR (CRIAR) INFRAÇÕES PENAIS, os
COSTUMES tem duplo objetivo no DIREITO
PENAL:
a) ORIENTAR o CONGRESSO NACIONAL
para que o mesmo legisle em Direito Penal, p.ex.,
criação ou revogação de alguns crimes;
b) AUXILIA na INTERPRETAÇÃO DA LEI
PENAL, pois o DIREITO PENAL se utiliza de
alguns termos que necessitam ser interpretados a
luz dos COSTUMES, p.ex.: CRIMES CONTRA
A HONRA, ―Difamação. Art. 139 – Difamar
alguém, imputando-lhe fato ofensivo à
suareputação: Pena – detenção, de três meses a
um ano, e multa.‖, o termo REPUTAÇÃO deve
ser interpretado de acordo com os COSTUMES,
ou ainda ―Furto.Art. 155 – Subtrair, para si ou
para outrem, coisa alheia móvel: Pena –
reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 1º – A
pena aumenta-se de um terço, se o crime é
praticado durante o repouso noturno.‖, o termo
REPOUSO NOTURNO é DIFERENTE DE
NOITE, pois REPOUSO NUTORNO deve ser
interpretado de acordo com os COSTUMES. 3- a Lei Penal tem que ser ESTRITA Significa que apenas se admite ANALOGIA EM
DIREITO PENAL A FAVOR DO RÉU
(ANALOGIAIN BONAM PARTEM) e NUNCA
que PREJUDIQUE O RÉU (ANALOGIA IN
MALAM PARTEM). ANALOGIA é a
UTILIZAÇÃO de uma LEI para regular um
determinado tema na AUSÊNCIA DE LEI
(LACUNA)- INTEGRAÇÃO DA LEI PENAL.
P.ex.: funcionário público que solicita vantagem a
um particular para deixar de fazer determinado ato
de ofício, o funcionário público pratica
CORRUPÇÃO PASSIVA[3], pois o mesmo
SOLICITOU VANTAGEM, mas o particular NÃO
PRATICA CRIME, pois CORRUPÇÃO
ATIVA[4]dispõe ―Oferecer ou prometer
vantagem indevida‖, no caso os verbos (núcleos do tipo) não foram realizados, pois embora a
CONDUTA SEJA PARECIDA (ANÁLOGA),
prejudicaria o réu. Se admite-se ABORTO no caso
de ESTUPRO, art. 128, II, CP[5] a Lei Penal
NADA DISPÕE (LACUNA) sobre ESTIUPRO
DE VULNERÁVEL, mas por ANALOGIA IN
BONAM PARTEM admite-se também a realização
do Aborto.
4- a Lei Penal deve ser CLARA e OBJETIVA PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE.
Significa que a Lei Penal não pode gerar dúvidas
aos seus destinatários
OBS1. Quando em DIREITO PENAL se fala em LEI, devemos lembrar que temos
várias ESPÉCIES NORMATIVAS PRIMÁRIAS previstas na CONSTITUIÇÃO
FEDERAL[6], dentre estas ESPÉCIES NORMATIVAS PRIMÁRIAS apenas
algumas poderiam dispor e regular o Direito Penal: I – emendas à Constituição
II – leis complementares
III – leis ordinárias
OBS1. Após a EC N.45/04, podemos acrescentar TRATADOS INTERNACIONAIS.
Com relação ao tema, fugindo do Direito Penal, ver textos de LUIZ FÁVIO GOMES[7] e
VALÉRIO MAZZUOLI[8].
Com relação a APLICAÇÃO DA LEI PENAL, temos:
a) APLICAÇÃO NA LEI PENAL NO TEMPO= temos a REGRA, chamada de TEMPUS
REGIT ACTUM, ou seja, aplica a Lei Penal que esta em vigência. Desta regra temos
EXCEÇÃO: EXTRATIVIDADE DA LEI PENAL, que significa aplicar uma Lei Penal fora do âmbito de sua
vigência, que se subdivide em duas ESPÉCIES:
1ª) RETROATIVIDADE DA LEI PENAL: aplicação de uma LEI PENAL MAIS BENÉFICA
aos fatos ocorridos ANTES do período de sua vigência, com previsão na CONSTITUIÇÃO
FEDERAL (Art. 5º. XL – a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;[9]) e no
CÓDIGO PENAL (Lei penal no tempo Art. 2º – Ninguém pode ser punido por fato que lei
posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da
sentença condenatória. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único – A lei
posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentença condenatória transitada em julgado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984));
2ª) ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL: aplicação de uma LEI PENAL MAIS BENÉFICA,
JÁ REVOGADA a fatos ocorridos DURANTE O PERÍODO DE SUA VIGÊNCIA, ou seja, a
Lei Penal por ser MAIS BENÉFICA e devido ao fato de que o CRIME ter sido praticado
DURANTE O PERÍODO DE SUA VIGÊNCIA, terá seus efeitos refletidos, mesmo já revogada.
OBS1. A ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL não tem previsão EXPRESSA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL e nem no CÓDIGO PENAL, é CRIAÇÃO DOUTRINÁRIA
e também considerada como CLÁUSULA PÉTREA.
OBS2. Apenas falamos em EXTRATIVIDADE DA LEI PENAL (RETROATIVIDADE
DA LEI PENAL e ULTRATIVIDADE DA LEI PENAL[10]) se a LEI PENAL FOR MAIS
BEFÉFICA, portanto, LEI PENAL MAIS BEFÉFICA é um GÊNERO que se extra
DUAS ESPÉCIES: 1ª) Novatio Legis Mellius ou Lex Mitior É uma LEI PENAL MAIS BEFÉFICA que
AINDA CONSIDERA O FATO COMO CRIME,
mas BENEFIA O RÉU DE QUALQUER
FORMA, reduzindo a penal criando Direitos e
benefícios, etc.
2º) Abolitio Criminis É uma LEI PENAL MAIS BEFÉFICA que NÃO
MAIS CONSIDERA O FATO COMO CRIME,
portanto, REVOGA-SE O CRIME.
OBS1. Com relação ao PRINCÍPIO DA RETROATIVIDADE DA LEI PENAL
MAIS BENÉFICA, temos uma FLEBILIZAÇÃO DA COISA JULGADA, pois mesmo que
já tivermos SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA TRANSITADA EM JULGADO (ou
não), a Lei Penal irá RETROAGIR.
OBS2. Com relação á LEI PENAL MAIS GRAVE (Lex Gravior ou Novatio Legis em
Pejus), trata-se de uma Lei Penal que DE QUALQUER FORMA prejudica o réu, ou
criando crimes, ou ainda aumentando a pena de crimes já existentes, reduzindo
Direitos e benefícios do réu, nestas hipóteses a LEI PENAL SERÁ IRRETROATIVA.
Ainda com relação a APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO TEMPO, temos LEI PENAL
TEMPORÁRIA E EXCEPCIONAL e TEMPO DO CRIME.
Lei excepcional ou temporária (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Art. 3º – A
lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou
cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante
sua vigência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Lei excepcional É a Lei Penal que se aplica dentro de um TEMPO
EXCEPCIONAL, ou seja, dentro de um TEMPO
INDETERMINADO, como p.ex. uma determinada
Lei Penal aplicada DURANTE UM ESTADO DE
EMERGÊNCIA (ESTADO DE SÍTIO ou
ESTADO DE DEFESA), portanto, se um CRIME
FOR PRATICADO no período desse ESTADO DE
EMERGÊNCIA, mesmo quando esta termina,
aplicamos a LEI EXEPCIONAL.
Lei temporária É a Lei Penal que se aplica dentro de um TEMPO
PRÉ-DETERMINADO pelo Legislador, ou seja,
diversamente no exemplo acima, aqui o TEMPO é
estipulado na própria Lei, p.ex., 6 meses, 1 ano, 1
mês, etc, portanto, se um CRIME FOR
PRATICADO neste período, mesmo quando
termina o tempo pré-determinado, aplicamos a LEI
TEMPORÁRIA.
OBS1. Aplica-se a LEI EXEPCIONAL ou a LEI TEMPORÁRIA MESMO SENDO MAIS
GRAVE.
OBS2. A LEI EXEPCIONAL e a LEI TEMPORÁRIA são ULTRATIVAS, ou seja,
SERÃO APLICADAS aos FATOS OCORRIDOS DURANTE O PERÍODO DE SUA
VIGÊNCIA, mesmo que JÁ REVOGADAS.
OBS3. Com relação á RETROATIVIODADE, APENAS se aplica com relação á LEI
PENAL MAIS BENÉFICA, mas com relação a ULTRATIVIDADE pode-se aplicá-la em
casos de LEI PENAL MAIS GRAVE (A LEI EXEPCIONAL e a LEI TEMPORÁRIA, art.
3º, CP)
Com relação ao TEMPO e LUGAR DO CRIME, temos 3 (três) TEORIAS sempre
cobradas em Concursos Públicos.
TEMPO DO CRIME.
1- Teoria da Atividade Considera-se que o crime foi praticado no
MOMENTO da CONDUTA (AÇÃO OU
OMISSÃO)
2- Teoria do Resultado Considera-se que o crime foi praticado no
MOMENTO do RESULTADO (AÇÃO OU
OMISSÃO)
3- Teoria Mista ou da Ubiquidade Considera-se que o crime foi praticado no
MOMENTO da CONDUTA (AÇÃO OU
OMISSÃO) ASSIM COMO no MOMENTO
RESULTADO
Com relação ao TEMPO DO CRIME o CÓDIGO PENAL adota a TEORIA DA
ATIVIDADE:
Tempo do crime
Art. 4º – Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
LUGAR DO CRIME.
1- Teoria da Atividade Considera-se que o crime foi praticado no
LUGAR da CONDUTA (AÇÃO OU OMISSÃO)
2- Teoria do Resultado Considera-se que o crime foi praticado no
LUGAR do RESULTADO (AÇÃO OU
OMISSÃO)
3- Teoria Mista ou da Ubiquidade Considera-se que o crime foi praticado no
LUGAR da CONDUTA (AÇÃO OU OMISSÃO)
ASSIM COMO no LUGAR DO RESULTADO
Com relação ao LUGAR DO CRIME, o CÓDIGO PENAL adota a TEORIA MISTA OU
DA UBIQUIDADE:
Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 6º – Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.(Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 1984)
OBS1. Em PROCESSO PENAL, como REGRA aplica-se a TEORIA DO
RESULTADO:
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
Portanto:
Tempo do Crime (DIREITO PENAL) TEORIA DA ATIVIDADE
Lugar do Crime (DIREITO PENAL) TEORIA MISTA OU DA UBIQUIDADE
Competência (PROCESSO PENAL) TEORIA DO RESULTADO (como REGRA[11])
b) APLICAÇÃO NA LEI PENAL NO ESPAÇO.
Ver ROGÉRIO SANCHES[12], mas em resumo temos que no BRASIL se aplica o
PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE, ou seja: CÓGIGO PENAL, Art. 5º – Aplica-se a
lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 1984). Portanto, ao CRIME PRATICADO NO BRASIL aplica-se a LEI
PENAL BRASILEIRA, uma questão de SOBERANIA (PRINCÍPIO DA
TERRITORIALIDADE).
OBS1. Em alguns concursos mais complicados, principalmente elaborados pela
CESPE-UNB, a resposta correta é a aplicação do PRINCÍPIO DA
TERRITORIALIDADE TEMPERADO, desde que existe esta alternativa, caso não
exista, a resposta correta seria simplesmente PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE.
Isso porque o PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE tem EXCEÇÕES trazidas pelo
próprio art. 5º, CP, portanto não é m Princípio absoluto.
Portanto, temos 3 (três) EXCEÇÕES ou TEMPERAMENTOS AO PRINCÍPIO DA
TERRITORIALIDADE:
a- convenções, tratados e regras de direito internacional: portanto o DIREITO
INTERNACIONAL pode EXCEPCIONAR a regra de que o crime praticado no Brasil, aplica-se a
Lei Penal Brasileira, como p.ex. as Convenções de Viena da década de 60 que regulam as
imunidades diplomáticas e consulares dispondo que, mesmo que Diplomatas e Cônsules pratiquem
crimes no Brasil, aplicar-se-á a Lei de seu país de origem. Diplomatas, quaisquer crimes, Cônsules,
apenas crimes funcionais (relacionados á função) e que tenham sido praticados a Jurisdição do
Consulado.
b- imunidades parlamentares: previsão na CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)[13]. § 2º
Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo
em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro
horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a
prisão.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001)[14]
c- extraterritorialidade: basta a leitura do art. 7º, CP, pois pouco cobrado[15] em Concursos
Público devido a muitos Tratados Internacionais terem alterados algumas festas regras do Código
Penal.
Extraterritorialidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Art. 7º – Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 1984)
I – os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída
pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; (Incluído pela Lei nº
7.209, de 1984)
II – os crimes: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; (Incluído pela Lei nº 7.209, de
1984)
b) praticados por brasileiro; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 1º – Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 2º – Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes
condições: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
a) entrar o agente no território nacional; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 1984)
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; (Incluído pela
Lei nº 7.209, de 1984)
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
§ 3º – A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora
do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 1984)
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
b) houve requisição do Ministro da Justiça. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 1984)
OBS1. TERRITÓRIO NACIONAL pode ser interpretado sob 3 (três) ESPÉCIES:
1- Território Nacional geográfico Espaço limitado nas fronteiras
2- Território Nacional por jurídico Mar (Mar Territorial- 12 milhas marítimas);
Solo ocupado pelo Estado;
Rios;
Lagos;
Mares interiores;
Golfos;
Baías;
Portos
3- Território Nacional equiparado ou por ficção
(alguns colocam dentro de Território Nacional
jurídico)
CÓDIGO PENAL. Territorialidade. Art. 5º. § 1º
– Para os efeitos penais, consideram-se como
extensão do território nacional as embarcações e
aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a
serviço do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as
embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente,
no espaço aéreo correspondente ou em alto-
mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
Portanto[16]: a- aeronaves e navios Públicos (de guerra, em
serviço militar ou em serviço público
Aplica-se a LEI PENAL BRASILEIRA.
b- aeronaves e navios privados em mar
estrangeiro
Aplica-se a LEI ESTRANGEIRA
c- aeronaves e navios privados em mar territorial
brasileiro
Aplica-se a LEI PENAL BRASILEIRA.
d- aeronaves e navios privados em alto-mar Aplica-se a LEI DA ‗BANDEIRA‘ QUE
OSTENTA- PRINCÍPIO DA BANDEIRA ou
PRINCÍPIO DO PAVILHÃO
Demais temas constantes no edital, basta á leitura do CÓDIGO PENAL:
Pena cumprida no estrangeiro (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 8º – A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Eficácia de sentença estrangeira (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 9º – A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira produz na espécie as
mesmas conseqüências, pode ser homologada no Brasil para: (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
I – obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros efeitos civis; (Incluído
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II – sujeitá-lo a medida de segurança.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único – A homologação depende: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; (Incluído pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país de cuja autoridade
judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do Ministro da
Justiça.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Contagem de prazo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 10 – O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos
pelo calendário comum. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Frações não computáveis da pena (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 11 – Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações
de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Legislação especial (Incluída pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 12 – As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta
não dispuser de modo diverso. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
OBS1. Quem HOMOLOCA SENTENÇA ESTRANGEIRA, após a EC N. 45/04 é o
STJ.
OBS2. PRAZO PENAL INCLUI O DIA DO INÍCIO E EXCLUI O DIA DO FINAL (dies ad
quem), pois é MSI BENÉFICP AO RÉU. Em PROCESSO PENAL EXCLUI O DIA DO
INÍCIO (dies a quo) e INCLUI O DIA DO FINAL (dies ad quem), não confundir. 2 O fato típico e seus elementos. 2.1 Crime consumado e tentado. 2.2 Pena da tentativa. 2.3
Concurso de crimes. 2.4 Ilicitude e causas de exclusão. 2.5 Excesso punível. 2.6 Culpabilidade. 2.6.1
Elementos e causas de exclusão.
Quem pretender certo aprofundamento sobre TEORIA DO CRIME, já tivemos a
oportunidade em escrever sobre o tema[17].
TEORIA DO CRIME: O PRIMEIRO ELEMENTO DO CRIME é o FATO TÍPICO:
1) FATO TÍPICO (modelo legal ou abstrato de conduta, refer-se ao que esta descrito na Lei, ―matar
alguém‖ p.ex.), e se compõe de 4 (quatro) ELEMENTOS:
a- conduta PRINCÍPIO DA EXTERIORIZAÇÃO, ou seja,
CONDUTA HUMANA ou CONDUTA DE PESSOA
JURÍDICA (STF e STJ).
A conduta pode ser:
1- conduta comissiva= realizada por uma AÇÃO, um
FAZER, como p.ex. ―matar‖, ―subtrair‖, ―falsificar‖,
etc;
2- conduta omissiva+ consubstanciada por um NÃO-
FAZER, uma OMISSÃO, que pode ser de duas
espécies:
2.1- conduta omissiva própria= se dá quando o
próprio fato típico já estabelece um ―deixar de fazer‖,
como p.ex.: Omissão de socorro. Art. 135 – Deixar
de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem
risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou
à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o
socorro da autoridade pública:
Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único – A pena é aumentada de metade, se
da omissão resulta lesão corporal de natureza grave,
e triplicada, se resulta a morte.
2.2- conduta omissiva imprópria= ou crimes
comissivos por omissão, verificada nas situações
onde o sujeito tem o DEVER DE AGIR, chamados
de GARANTE ou GARANTIDOR: Art.
13. Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984); § 2º - A omissão é penalmente
relevante quando o omitente devia e podia agir para
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a
quem: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) tenha por lei obrigação
de cuidado, proteção ou
vigilância;(Incluído pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Pessoas que a LEI
estabelece o DEVER DE
AGIR, pais em face dos
filhos menores, tutores em
face ao tutelados, curadores
me face dos curatelados,
funcionário do sistema
prisional em face do preso,
médicos, policiais, etc
b) de outra forma, assumiu
a responsabilidade de
impedir o
resultado;(Incluído pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
―de outra forma‖ significa
por NEGÓCIO JURÍDICO,
como p.ex. CONTRATO
de guarda-costas, salva-
vidas, etc
OBS1. Se o salva-vidas
for Membro do Corpo de
Bombeiros, aplica a alínea
―a‖
c) com seu comportamento
anterior, criou o risco da
ocorrência do
resultado.(Incluído pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Aqui o
COMPORTAMENTO
estabelece o DEVER DE
AGIR
OBS1. Para que ocorra responsabilidade penal nestas
hipóteses, necessário que o sujeito tenha O DEVER
DE AGIR (expostos acima) e que POSSA AGIR.
Dentro da conduta ainda temos a necessidade deque
esta seja:
1- voluntária: ou seja, que não tenha ocorrido ato
reflexo, coação física irresistível e nem hipnose, que
SÃO EXCLUDENTES DE TIPICIDADE;
2- consciente: ou seja, que não existe sonambulismo
(sono), tida como EXCLUDENTE DE
TIPICIDADE.
b- resultado É a conseqüência da prática do fato
c- nexo-causal Vínculo estabelecido entre conduta e resultado, o
CÓDIGO PENAL adota a TEROA DA
EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES (TEORIA
DA CONDITIO SINE QUA NOM): Relação de
causalidade (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984) Art. 13 – O resultado, de que depende a
existência do crime, somente é imputável a quem lhe
deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a
qual o resultado não teria ocorrido.(Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Tem EXCEÇÃO, que se adota a TEORIA DA
CAUSALIDADE ADEQUADA: Art. 13 -
Superveniência de causa independente(Incluído
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - A superveniência de causa relativamente
independente exclui a imputação quando, por si só,
produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto,
imputam-se a quem os praticou.(Incluído pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) d- tipicidade ou adequação típica Subsunção do fato a norma, ―encaixe‖ da conduta real
no fato típico (conduta abstrata)
Segundo elemento do CRIME: FATO ANTIJURÍDICO.
•A antijuridicidade é a relação de contrariedade entre o fato e o ordenamento jurídico.
•Não basta, para a ocorrência de um crime, que o fato seja típico (previsto em lei).
•É necessário também que seja antijurídico, ou seja, contrário à lei penal, que viole bens
jurídicos protegidos pelo ordenamento jurídico.
ANTIJURIDICIDADE
CAUSAS EXCLUDENTES DA ANTIJURIDICIDADE OU ILICITUDE – art. 23 do CP
LEGAIS
•Estado de necessidade;
•Legítima defesa.
•Estrito cumprimento de dever legal.
•Exercício regular de direito. Estado de necessidade
SUPRALEGAIS
• Consentimento do Ofendido
• ADPF n.º 54
OBS1. Consentimento do Ofendido[18]:
Estado de necessidade
Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual,
que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio,
cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
REQUISITOS
1)Existência de uma situação de perigo atual (ou iminente).
2)Ameaça a direito próprio ou de terceiro.
3)Inexigibilidade de sacrifício do interesse ameaçado.
4) Situação de perigo não causada voluntariamente pelo agente.
5) Inexistência de dever legal de enfrentar o perigo.
6) Conhecimento da situação de fato justificante.
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DE NECESSIDADE
A) quanto à titularidade do interesse protegido:
Estado de necessidade próprio – quando o agente salva direito próprio;
Estado de necessidade de terceiro – quando o agente salva direito de outrem;
B) quanto ao aspecto subjetivo do agente:
Estado de necessidade real – em que a situação de
perigo efetivamente está ocorrendo;
Estado de necessidade putativo – em que o agente incide em erro — descriminante putativa – a
situação de perigo é imaginária;
C) quanto ao terceiro que sofre a ofensa:
Estado de necessidade agressivo – caso em que a conduta do agente atinge direito de terceiro
inocente;
Estado de necessidade defensivo – caso em que o agente atinge direito de terceiro que causou ou
contribuiu para a situação de perigo.
Legítima defesa
Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários,
repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Conceito
Legítima defesa é a repulsa a injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou de outrem,
usando moderadamente os meios necessários.
REQUISITOS:
1)Agressão injusta, atual ou iminente.
2)Direito próprio ou de terceiro.
3)Utilização dos meios necessários;
4)Utilização moderada de tais meios.
5)Conhecimento da situação de fato justificante.
FORMAS DE LEGÍTIMA DEFESA:
A) quanto à titularidade do interesse protegido:
Legítima defesa própria – quando a agressão injusta se voltar contra direito do agente;
Legítima defesa de terceiro – quando a agressão injusta ocorrer contra direito de terceiro);
B) quanto ao aspecto subjetivo do agente:
Legítima defesa real – quando a agressão injusta efetivamente estiver presente;
Legítima defesa putativa – que ocorre por erro — descriminante putativa – agressão injusta
imaginária;
C) quanto à reação do sujeito agredido:
Legítima defesa defensiva – quando o agente se limitar a defender-se da injusta agressão, não
constituindo, sua reação, fato típico;
Legítima defesa ofensiva – quando o agente, além de defender-se da injusta agressão, também
atacar o bem jurídico de terceiro, constituindo sua reação fato típico.
Legítima defesa subjetiva. É aquela em que ocorre o excesso por erro de tipo escusável. O
agente, inicialmente em legítima defesa, já tendo repelido a injusta agressão, supõe, por erro, que
a ofensa ainda não cessou, excedendo-se nos meios necessários. Exemplo largamente difundido
na doutrina é o do agente que, em face de injusta agressão, desfere golpe de faca no agressor, que
vem a cair. Pretendendo fugir, o agressor tenta levantar-se; pensando o agente que aquele
opressor intenta perpetrar-lhe nova agressão, desfere-lhe novas facadas, matando-o. Neste caso,
com a queda do agressor em virtude da primeira facada, já havia cessado a agressão injusta. O
agente, entretanto, por erro de tipo escusável, supõe que o agressor pretende levantar-se para
novamente atacá-lo, razão pela qual, agindo com excesso, mata-o com novas facadas.
Legítima defesa sucessiva. Ocorre a legítima defesa sucessiva na repulsa contra o excesso. A
ação de defesa inicial é legítima até que cesse a agressão injusta, configurando-se o excesso a
partir daí. No excesso, o agente atua ilegalmente, ensejando ao agressor inicial, agora vítima da
exacerbação, repeli-lo em legítima defesa.
Legítima defesa recíproca. É aquela que ocorre quando não há injusta agressão a ser repelida,
uma vez que a conduta inicial do agente é ilícita. É a hipótese de legítima defesa contra legítima
defesa, que não é admitida no nosso ordenamento jurídico.
São chamadas ofendículas ou ofendículos asbarreiras ou obstáculos para a defesa de bens
jurídicos. Geralmente constituem aparatos destinados a impedir a agressão a algum bem jurídico,
seja pela utilização de animais (cães ferozes, por exemplo), seja pela utilização de
aparelhos ou artefatos feitos pelo homem (arame farpado, cacos de vidro sobre o muro, cerca
eletrificada, por exemplo). Parcela da doutrina distingue ofendícula de defesa mecânica
predisposta. As ofendículas são percebidas com facilidade pelas pessoas e não necessitam de
aviso quanto à sua existência.
Ex.: cacos de vidro sobre o muro, pontas de lança em uma grade, fosso etc. Já as defesas
mecânicas predispostas estão ocultas, ignoradas pelo suposto agressor, sendo necessário o aviso
quanto à sua existência. Ex.: cerca eletrificada, armadilhas em geral, arma oculta, cão feroz etc.
Estrito cumprimento do dever legal
Ocorre o estrito cumprimento do dever legal quando a lei, em determinados casos, impõe ao
agente um comportamento. Nessas hipóteses, amparadas pelo art. 23, III, do Código Penal,
embora típica a conduta, não é ilícita. Ex.: carrasco que executa a pena de morte; soldado que
mata o inimigo no campo de batalha; emprego de força (art. 284 CPP). Exercício regular de
direito Essa excludente da antijuridicidade vem amparada pelo art. 23, III, do Código Penal, que
emprega a expressão direito em sentido amplo. A conduta, nesses casos, embora típica, não será
antijurídica. Ex.: desforço imediato no esbulho possessório; retenção por benfeitorias; jus
corrigendi.
Excesso punível
Art. 23. (…) Parágrafo único. O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.
TENTATIVA: o crime será tentado quando, iniciada a execução, o crime não se
consumar por circunstâncias alheias à vontade do agente. Costuma-se utilizar o termo
latino conatus como sinônimo de tentativa: Art. 14 – Diz-se o crime: (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I – consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição
legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II – tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Pena de tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único – Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.(Incluído pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984).
Portanto O nosso Código Penal adotou a teoria objetiva, exigindo, para a ocorrência de
tentativa, início de atos de execução (art. 14, II, do CP). 3 Imputabilidade penal.
IMPUTABILIDADE PENAL esta DENTRO DE CULPABILIDADE ou FATO
CULPÁVEL:
Culpabilidade:
a- imputabilidade penal.
a.1- higidez mental: Inimputáveis
Art. 26 – É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Redução de pena
Parágrafo único – A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
a.2- maioridade penal.
Menores de dezoito anos
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às
normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 4 Concurso de pessoas.
CONCURSO DE PESSOAS: Art. 29 – Quem, de qualquer modo, concorre para o
crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um
sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º – Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á
aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido
previsível o resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
OBS1. O CÓDIGO PENAL adota a TEORIA MONISTA, pois “- Quem, de qualquer
modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua
culpabilidade”.
OBS2. EXEPCIONALMENTE adota-se a TEORIA PLURALISTA, sendo que nesse
caso cada autor ou partícipe responde por crimes distintos, como p.ex. no caso de
aborto, corrupção, facilitação ao contrabando.
OBS1. O STF na AP N. 470 (“mensalão”) aplicou a TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO,
do DIREITO PENAL ALEMÃO que consiste em dizer, em suma, que partícipe não é
quem presta auxilio material ou moral ao autor (quem pratica a conduta típica),
ampliando o conceito de autor, sendo que autor é aquele que domínio do fato, ou seja,
quem tem em suas mãos o poder de interromper a consumação do crime.
5 Crimes contra a pessoa.
6 Crimes contra o patrimônio.
7 Crimes contra a fé pública.
8 Crime contra a administração pública.
9 Lei nº 8.072/1990 (delitos hediondos).
10 Disposições constitucionais aplicáveis ao direito penal.
Aplicação dos PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS, EXPRESSOS ou IMPLÍCITOS.
2- Observações importantes- Direito Penal Militar.
Estamos diante de um DIREITO PENAL ESPECIAL, ou seja, um DIREITO PENAL
APLICADO A CLASSE DE CIDADÃOS. Temos o CÓDIGO PENAL MILITAR, LEI
ESPECIAL.
1 Aplicação da lei penal militar.
Ao analisarmos o CÓDIGO PENAL MILITAR (DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE
OUTUBRO DE 1969.), dos artigos 1º até 0 8ª, segue o CÓDIGO PENAL, SALVO: Art. 7º Território nacional por extensão. 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como
extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob
comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente,
ainda que de propriedade privada
COM RELAÇÃO AO Tempo do crime: Tempo do crime
Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o
do resultado.
Lugar do crime
Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no
todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que
deveria realizar-se a ação omitida.
NO CPM:
a) – crimes comissivos: teoria da ubiquidade;
b) – crimes omissivos: teoria da atividade.
Portanto: Código Penal Militar adotou em relação ao lugar do crime UM SISTEMA
MISTO que engloba a teoria da atividade e a teoria da ubiqüidade.
jurisprudência do STM.
O art. 9º até o art. 28 temos ESPECIFICIDADES DO DIREITO PENAL MILITAR
Temos:
1) CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ Art. 9º, CPM
2) CRIMES MILITARES EM TEMPO DE
GUERRA
Art. 10, CPM
1) CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
I – os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou
nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;
II – os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal
comum, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou
assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar,
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou
reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou
reformado, ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração
militar, ou a ordem administrativa militar;
f) revogada. (Vide Lei nº 9.299, de 8.8.1996)
III – os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições
militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II,
nos seguintes casos:
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar;
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou
assemelhado, ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de
função inerente ao seu cargo;
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação,
exploração, exercício, acampamento, acantonamento ou manobras;
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza
militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública,
administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquêle fim, ou em obediência a
determinação legal superior.
Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e cometidos
contra civil serão da competência da justiça comum, salvo quando praticados no contexto de
ação militar realizada na forma do art. 303 da Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 – Código
Brasileiro de Aeronáutica. (Redação dada pela Lei nº 12.432, de 2011)
a) CRIME MILITAR- violação ao DEVER MILITAR e aos VALORES MILITARES.
b) TRANSGRESSÃO MILITAR, equivale a CONTRAVENÇÃO PENAL.
c) Critérios para distinção de CRIMES MILITARES:
a- “ratione materiae”= refere-se a dupla qualidade de militar- ato e agente;
b- “ratione personae”= sujeito ativo é militar;
c- “ratione loci”= lugar do crime, ou seja, lugar sob Administração Militar;
d- “ratione temporis”= crimes praticados em determinada época- TEMPO DE GUERRA
ou DURANTE MANOBRA OU EXERCÍCIOS:
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
II – os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal
comum, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou
assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar,
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou
reformado, ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou
reformado, ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração
militar, ou a ordem administrativa militar;
É a LEI “ratione legis” que diz quais são os CRIMES MILITARES:
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz:
I – os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou
nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial;
Portanto CPM utiliza TODOS os CRITÉRIOS.
d) classificação dos CRIMES MILITARES:
1- CRIME MILITAR PRÓPRIO ou CRIME
ESSENCIALMENTE MILITARES
São os CRIMES PROPRIAMENTE
MILITARES, que APENAS PODEM
SER PRATICADOS POR MILITARES,
critério PREVISTO EM LEI- CPM-
Exemplo: deserção
EXCEÇÃO, POIS PODE SER PRATICADO
POR CIVIL, MAS ESTA APENAS
DESCRITO NO CPM: Insubmissão. Art. 183.
Deixar de apresentar-se o convocado à
incorporação, dentro do prazo que lhe foi
marcado, ou, apresentando-se, ausentar-se antes
do ato oficial de incorporação:
Pena – impedimento, de três meses a um ano.
2- CRIME MILITAR IMPRÓPRIO ou CRIMES
MILITARES POR COMPENSAÇÃO NORMAL
DA FUNÇÃO MILITAR
São os CRIMES previstos TANTO no CP como
no COM.
Exemplo: furto, homicídio.
3- CRIME MILITAR EM RAZAO DO DEVER Sem previsão no art. 9º, COM-
JURÍDICO DE AGIR JURISPRUDÊNCIA.
Crime praticado por MILITAR A PAISANA,
DE FOLGA E COM ARMAMENTO
PARTICULAR, comete o crime por TER SE
COLOCADO EM SERVIÇO- mesma figura do
GARANTE.
Art. 29. § 2º A omissão é relevante como causa
quando o omitente devia e podia agir para evitar
o resultado. O dever de agir incumbe a quem
tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou
vigilância; a quem, de outra forma, assumiu a
responsabilidade de impedir o resultado; e a
quem, com seu comportamento anterior, criou o
risco de sua superveniência.
HC 6.558-3 MG do STF.
4- CRIMES ACIDENTALMENTE MILITARES São os CRIMES PRATICADOS POR CIVIL.
Insubmissão. Art. 183.
STF= Desacato a superior
Art. 298. Desacatar superior, ofendendo-lhe a
dignidade ou o decôro, ou procurando deprimir-
lhe a autoridade:
Pena – reclusão, até quatro anos, se o fato não
constitui crime mais grave.
Agravação de pena
superior é oficial general ou comandante da
unidade a que pertence o agente.
Desacato a militar
Art. 299. Desacatar militar no exercício de
função de natureza militar ou em razão dela:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, se o
fato não constitui outro crime.
Desacato a assemelhado ou funcionário
2) CRIMES MILITARES EM TEMPO DE GUERRA
Crimes militares em tempo de guerra
Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra: RATIONE TEMPORIS
I – os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; RATIONE TEMPORIS
II – os crimes militares previstos para o tempo de paz; RATIONE LOCI
III – os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal
comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente:
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado;
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as
operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou
podem expô-la a perigo;
IV – os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código,
quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro,
militarmente ocupado.
Militares estrangeiros
Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em
comissão ou estágio nas fôrças armadas, ficam
sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado
o disposto em tratados ou convenções
internacionais.
INTERCÂMBIO MILITAR
Equiparação a militar da ativa
Art. 12. O militar da reserva ou reformado,
empregado na administração militar, equipara-
se ao militar em situação de atividade, para o
efeito da aplicação da lei penal militar.
AO MILITAR INATIVO APLICA-SE A LEI
MILITAR
Militar da reserva ou reformado
Art. 13. O militar da reserva, ou reformado,
RESERVA MILITAR= situação temporária de
INATIVIDADE, mas COM alguns DEVERES;
conserva as responsabilidades e prerrogativas
do pôsto ou graduação, para o efeito da
aplicação da lei penal militar, quando pratica ou
contra êle é praticado crime militar.
REFORMA MILITAR= situação temporária de
INATIVIDADE, mas SEM alguns DEVERES
Defeito de incorporação
Art. 14. O defeito do ato de incorporação não
exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se
alegado ou conhecido antes da prática do crime.
CIVIL INCORPORADO PASSA A SER
MILITAR (disciplinas e hierarquia.).
DEFEITO (nulidade) do ATO DE
INCORPORAÇÃO não exclui a LPM, salvo se
for ALEGADO ou CONHECIDO ANTES DA
PRÁTICA DO FATO
Tempo de guerra
Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da
aplicação da lei penal militar, começa com a
declaração ou o reconhecimento do estado de
guerra, ou com o decreto de mobilização se
nêle estiver compreendido aquêle
reconhecimento; e termina quando ordenada a
cessação das hostilidades.
Crimes praticados em tempo de guerra
Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de
guerra, salvo disposição especial, aplicam-se as
penas cominadas para o tempo de paz, com o
aumento de um têrço.
DECRETAÇÃO PELO PRESEIDENTE DA
REPÚBLICA
Causa de aumento de pena e aos CRIMES
MILITARES
Contagem de prazo
Art. 16. No cômputo dos prazos inclui-se o dia
do comêço. Contam-se os dias, os meses e os
anos pelo calendário comum.
IGUAL O CP;
DIFERENTE DO CP: Contam-se os dias, os
meses e os anos pelo calendário comum.
Art. 18. Ficam sujeitos às disposições dêste
Código os crimes praticados em prejuízo de país
em guerra contra país inimigo do Brasil:
REFORÇA A JURISDIÇÃO BRASILEIRA.
I – se o crime é praticado por brasileiro;
II – se o crime é praticado no território
nacional, ou em território estrangeiro,
militarmente ocupado por fôrça brasileira,
qualquer que seja o agente.
Infrações disciplinares
Art. 19. Êste Código não compreende as
infrações dos regulamentos disciplinares.
SÃO INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS, aplica-
se outra Lei
DEMAIS ARTIGOS, apenas ler:
Assemelhado
Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, do
Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou
regulamento.
Pessoa considerada militar
Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação dêste Código, qualquer pessoa que, em
tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às fôrças armadas, para nelas servir em pôsto,
graduação, ou sujeição à disciplina militar.
Equiparação a comandante
Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, tôda
autoridade com função de direção.
Conceito de superior
Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sôbre outro de igual pôsto ou
graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar.
Crime praticado em presença do inimigo
Art. 25. Diz-se crime praticado em presença do inimigo, quando o fato ocorre em zona de
efetivas operações militares, ou na iminência ou em situação de hostilidade.
Referência a ―brasileiro‖ ou ―nacional‖
Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a ―brasileiro‖ ou ―nacional‖, compreende as pessoas
enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil.
Estrangeiros
Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, são considerados estrangeiros os apátridas e
os brasileiros que perderam a nacionalidade.
Os que se compreendem, como funcionários da Justiça Militar
Art. 27. Quando êste Código se refere a funcionários, compreende, para efeito da sua aplicação,
os juízes, os representantes do Ministério Público, os funcionários e auxiliares da Justiça Militar.
Casos de prevalência do Código Penal Militar
Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do país ou contra as instituições militares,
definidos neste Código, excluem os da mesma natureza definidos em outras leis.
2 Crime.
Mesmas Teorias do CP.
Distinções:
Art. 30. Pena de tentativa
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime, diminuída de um a
dois terços, podendo o juiz, no caso de
excepcional gravidade, aplicar a pena do crime
consumado.
Podendo o juiz, no caso de excepcional
gravidade, aplicar a pena do crime consumado.
STM- tentativa de homicídio e roubo.
3 Imputabilidade Penal.
Igual CP.
Arts. 50, 51 2 52. REVOGADO PELA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. ART. 228.
4 Concurso de agentes.
Igual CP.
5 Penas principais.
Art. 55. As penas principais são:
a) morte;
b) reclusão;
c) detenção;
d) prisão;
e) impedimento;
f) suspensão do exercício do pôsto, graduação, cargo ou função;
g) reforma.
Pena de morte
Art. 56. A pena de morte é executada por fuzilamento. Arts 707 e 708, CPPM.
OBS1.
Art. 59 – A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida em
pena de prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão condicional: (Redação dada pela Lei nº
6.544, de 30.6.1978)
I – pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar;
II – pela praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos que estejam
cumprindo pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos.
Art. 61 – A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em
penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou
detento sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões,
também, poderá gozar. (Redação dada pela Lei nº 6.544, de 30.6.1978)
6 Penas acessórias.
Art. 98. São penas acessórias:
I – a perda de pôsto e patente;
II – a indignidade para o oficialato;
III – a incompatibilidade com o oficialato;
IV – a exclusão das fôrças armadas;
V – a perda da função pública, ainda que eletiva;
VI – a inabilitação para o exercício de função pública;
VII – a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela;
VIII – a suspensão dos direitos políticos.
7 Efeitos da condenação.
Obrigação de reparar o dano
Art. 109. São efeitos da condenação:
I – tornar certa a obrigação de reparar o dano resultante do crime;
Perda em favor da Fazenda Nacional
II – a perda, em favor da Fazenda Nacional, ressalvado o direito do lesado ou de
terceiro de boa-fé:
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação,
uso, porte ou detenção constitua fato ilícito;
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido
pelo agente com a sua prática.
8 Ação penal.
DA AÇÃO PENAL
Propositura da ação penal
Art. 121. A ação penal sòmente pode ser promovida por denúncia do Ministério Público
da Justiça Militar.
Dependência de requisição
Art. 122. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ação penal, quando o agente for
militar ou assemelhado, depende da requisição do Ministério Militar a que aquêle
estiver subordinado; no caso do art. 141, quando o agente fôr civil e não houver co-
autor militar, a requisição será do Ministério da Justiça.
- AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA (REGRA)
- AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA (EXCEÇÃO).
NÃO CABE AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA. (NENHUMA AÇÃO PENAL
PRIVDA!).
9 Extinção da punibilidade.
Ler art. 125- PENA DE MORTE PRESCREVE EM 30 ANOS.
10 Crimes militares em tempo de paz.
Livro I - DOS CRIMES MILITARES EM TEMPO DE PAZ
Crimes contra a autoridade ou disciplina militar.
Título II - DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR
Crimes contra o serviço e o dever militar.
Título III - DOS CRIMES CONTRA O SERVIÇO MILITAR E O DEVER MILITAR
Crimes contra a Administração Militar.
Título VII - DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR