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7/21/2019 Direito Penal Completo[1] http://slidepdf.com/reader/full/direito-penal-completo1 1/43 DIREITO PENAL – AULA 01 – 15/08/2011 Professor: Cristiano Rodrigues [email protected] @prof_crodrigues @elitedpdocris Bibliografia: Parte eral: Direito Penal vol. 1 – Rogério Grecco – ditora: !mpetus Direito Penal vol.1 – Ce"ar Roberto #itencourt – ditora: $araiva Curso de Direito Penal vol. 1 – %ui" Régis Prado – ditora R& Parte E!"e#ial: C'digo Comentado – (ual(uer um dos tr)s autores acima I$%i#a&'o: Direito Penal por meio de (uest*es – Cristiano Rodrigues – ditora: G+ pela ditora: ,étodo. 1( PRN)*PIO+ 1(1(Pri$#,"io %a legali%a%e/ "ri$#,"io %a re!er-a legal -rt. 1 do CP / -rt. 0 ! da C2 +3o 45 crime sem lei anterior (ue o defina6 nem pena sem prévia comina73o legal Para ter crime – primeiro voc) tem (ue ter uma lei – e depois da lei o fato pode ser tratado como crime. 2un7*es da legalidade 1(1(1( Irretroati-i%a%e %a lei i$#ri.i$a%ora Proibir a retroatividade da lei penal incriminadora –Irretroati-i%a%e %a lei i$#ri.i$a%ora art( 2 %o )P . m direito penal tudo a(uilo (ue a lei n3o pro8be – é permitido. +3o 45 beneficio irretroativo – para o benef8cio a lei pode retroagir – a lei n3o falou nada do benef8cio. Pri$#,"io %a retroati-i%a%e %a lei "e$al .ai! be$fi#a – se a lei é benéfica – ela alcan7ar5 tudo6 ou se9a6 ela retroage para beneficiar. : redu73o de pena; d5 um regime mel4or de cumprimento etc. Ob!er-a&'o: Abolitio #ri.i$i! – -rt. < do CP – -bolir o crime – = (uando uma lei nova deia de considerar como crime o (ue a lei antiga considerava6 ou se9a6 abolir o crime6 retirar o crime do ordenamento 9ur8dico (uando uma lei nova deia de considerar como crime algo (ue antes era assim tratado. : o adultério; sedu73o; rapto >foi transferido para o se(uestro?; rapto consensual. - -bolitio Criminis tem duas fun7*es: Retroage6 afastando todos os efeitos penais >prim5rios: pena; secund5rios: reincid)ncia6 maus antecedentes etc.? condenat'rios da pr5tica de um fato >retroatividade plena?. ste efeito se sobrep*e até o trnsito em 9ulgado >até a senten7a definitiva? : $e o su9eito for condenado por tal

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RESUMAO DIREITO PENAL

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7/21/2019 Direito Penal Completo[1]

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DIREITO PENAL – AULA 01 – 15/08/2011Professor: Cristiano [email protected] @prof_crodrigues@elitedpdocris

Bibliografia:Parte eral:• Direito Penal vol. 1 – Rogério Grecco – ditora: !mpetus• Direito Penal vol.1 – Ce"ar Roberto #itencourt – ditora: $araiva• Curso de Direito Penal vol. 1 – %ui" Régis Prado – ditora R&

Parte E!"e#ial:• C'digo Comentado – (ual(uer um dos tr)s autores acima

I$%i#a&'o:• Direito Penal por meio de (uest*es – Cristiano Rodrigues – ditora: G + pela ditora:

,étodo.

1( PRN)*PIO+

1(1(Pri$#,"io %a legali%a%e/ "ri$#,"io %a re!er-a legal

-rt. 1 do CP / -rt. 0 ! da C2

+3o 45 crime sem lei anterior (ue o defina6 nem pena sem prévia comina73o legal

Para ter crime – primeiro voc) tem (ue ter uma lei – e depois da lei o fato pode ser tratado como crime.

2un7*es da legalidade

1(1(1( Irretroati-i%a%e %a lei i$#ri.i$a%ora

Proibir a retroatividade da lei penal incriminadora –Irretroati-i%a%e %a leii$#ri.i$a%ora art( 2 %o )P .

m direito penal tudo a(uilo (ue a lei n3o pro8be – é permitido.

+3o 45 beneficio irretroativo – para o benef8cio a lei pode retroagir – a lei n3o falounada do benef8cio.

Pri$#,"io %a retroati-i%a%e %a lei "e$al .ai! be$ fi#a – se a lei ébenéfica – ela alcan7ar5 tudo6 ou se9a6 ela retroage para beneficiar. :redu73o de pena; d5 um regime mel4or de cumprimento etc.

Ob!er-a&'o: Abolitio #ri.i$i! – -rt. < do CP – -bolir o crime – =(uando uma lei nova dei a de considerar como crime o (ue a lei antigaconsiderava6 ou se9a6 abolir o crime6 retirar o crime do ordenamento 9ur8dico(uando uma lei nova dei a de considerar como crime algo (ue antes eraassim tratado. : o adultério; sedu73o; rapto >foi transferido para ose(uestro?; rapto consensual.

- -bolitio Criminis tem duas fun7*es:Retroage6 afastando todos os efeitos penais >prim5rios:pena; secund5rios: reincid)ncia6 maus antecedentes etc.?condenat'rios da pr5tica de um fato >retroatividade plena?.

ste efeito se sobrep*e até o tr nsito em 9ulgado >até asenten7a definitiva? : $e o su9eito for condenado por tal

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crime6 a pena dei a de e istir6 e n3o gera mausantecedentes.+3o afeta a esfera c8vel6 (ue tem seus efeitospreservados. : o adultério (ue pode gerar efeitos naesfera c8vel.

1(1(2( Proibir a i$#ri.i$a&'o atra- ! %e a$alogia3 #o!t4.e! e "ri$#,"io!gerai! %e %ireito(

+3o 45 crime sem lei anterior (ue o defina

+3o 45 crime sem previs3o legal. +3o pode 4aver a aplica73o da analogia.$e n3o 4ouver lei n3o 45 crime.

Para conceder um benef8cio pode se utili"ar de analogia6 costumes eprinc8pios gerais do direito.

m direito penal n3o se admite a analogia in ,alan partem >analogia parao mal da parte?6 porém nada impede a analogia in bonam partem >analogiapara o bem da parte?.

Pri$#,"io %a ta ati-i%a%e – A rol ou a lista de incrimina7*es é fec4ada6ta ativa6 e n3o pode ser ampliada

1(1(6( Proibir i$#ri.i$a&7e! -aga!3 aberta!3 i$%eter.i$a%a!(

Para incriminar – tem (ue definir a conduta6 ou se9a6 delimita >determina? oconceito.

-(ui é (ue surge o famoso "ri$#,"io %a %eter.i$a&'o – -s incrimina7*est)m (ue ser precisas e e atas6 delimitando6 determinado de forma clara ocrime. : furto – é subtrair coisa al4eia m'vel para si ou para outrem. st5e presso no CP6 o legislador delimitou o (ue é o furto. : 4omic8dio –prev) matar alguém.

1(2( Pri$#,"io %a 4.a$i%a%e/ Pri$#,"io %a %ig$i%a%e %a "e!!oa 4.a$a

Defini73o: A direito penal dever5 respeitar acima de tudo os Direitos Bumanosfundamentais e 9amais violar a dignidade da pessoa 4umana.

2un73o:

Pro8be (ual(uer tipo de pena (ue ofenda direito 4umano fundamental.

$3o modalidades de pena (ue n3o s3o admitidas no ordenamento brasileiro.emplos:

1. Pena de morte >todo ser 4umano tem direito a vida?6 salvo em caso de guerradeclarada;

<. Penas cruéis6 (ue afeta a dignidade da pessoa 4umana.. &ortura. Castigo corporal

0. &rabal4o for7adoE. #animento – isolar o su9eito do seu contato com a sociedade. +3o pode afastar

o indiv8duo do seu meio. : RDD >Regime Disciplinas Diferenciado?6 emboraisso se9a aplicado6 muitos doutrinadores falam (ue é inconstitucional6 por afetar o direito a dignidade da pessoa 4umana >para o $&2 é v5lido?. Ob!er-a&'o:

A RDD >art. 0< da % P – %ei de ecu73o Penal? embora aplic5vel econsiderado v5lido para o $&26 é considerado como violador por parte dadoutrina do princ8pio da dignidade 4umana6 por ser espécie de banimento.

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F. Pris3o perpétua – fere o direito a liberdade.

1(6( Pri$#,"io %a )4l"abili%a%e/ Pri$#,"io %a re!"o$!abili%a%e "e$al !4b9eti-a

+3o 45 crime sem culpa. +3o pode 4aver crime sem alguém ten4a culpa pelo fato.

- culpa >em sentido amplo?6 sin nimo de responsabilidade por um resultado6 ocorre(uando o agente atua de duas formas:

Dolo – inten73o6 finalidade e vontade.)4l"a !e$ti%o e!trito – falta de cuidado

$em dolo e sem culpa n3o 45 crime6 pois o fato ser5 considerado at8pico.

+3o 45 crime sem (ue 4a9a dolo ou culpa por parte do agente6 (uanto ao resultadoe sem dolo e sem culpa o fato ser5 at8pico.

- partir do finalismo a conduta 4umana passa a ser caracteri"ada através dainten73o >finalidade do agente?6 ou da sua falta de cautela ao agir gerando umresultado. Por isso o dolo e a culpa no finalismo comp*em o verbo nHcleo dos tipospenais6 logo6 sem dolo e sem culpa n3o 4aver5 conduta t8pica e o verbo n3o secaracteri"ado fa" com (ue o fato se9a at8pico.

1( (Pri$#,"io %a le!i-i%a%e/ ofe$!i-i%a%e Para ter crime6 precisa lesionar o bem 9ur8dico al4eio. Para (ue 4a9a a crime a

conduta do agente dever5 afetar a esfera do bem 9ur8dico al4eio6 gerando umales3o significante.

Conse(u)ncias:Ima #o$%4ta a4tole!i-a a4tole!'o poder5 caracteri"ar o crime (uandoatingir6 afetar bem 9ur8dico al4eio. : tentativa de suic8dio da mul4er gr5vida6 (ue acaba matando o feto6 porém sobrevivendo. - tentativa desuic8dio n3o é crime6 mas responder5 pelo aborto >art. 1< do CP?.

A #ogita&'o e a "re"ara&'o s3o etapas impun8veis do iter criminis e odireito penal s' atua a partir do ato e ecut'rio6 punindo a tentativa ou aconsuma73o. ce73o: : forma73o de (uadril4a6 unir tr)s pessoas parapraticar crimes6 nesse caso ser5 pun8vel o ato preparat'rio. : Possuir petrec4o para falsifica73o de moeda6 mesmo (ue eu n3o ten4a feitonen4uma moeda6 esse ato preparat'rio ser5 crime.

- maioria da doutrina aceita e ce7*es a impunibilidade do atopreparat'rio6 (uando o legislador tipifica autonomamente6 criandonovo crime6 para uma conduta (ue seria de mera prepara73o6passando esta a ser pun8vel. : forma73o de (uadril4a >art. <JJdo CP?6 Possuir petrec4os para falsificar moeda ><K1 do CP?.

1( (1( Princ8pio da insignific ncia

$e voc) tem les3o ao bem al4eio6 essa les3o tem (ue ser significante6 em sendoinsignificante o fato ser5 considerado at8pico.

%es*es 8nfimas6 insignificante ao bem 9ur8dico al4eio devem ser desconsideradas eo fato ser5 tratado como at8pico.

De acordo com o $&2 s3o #o."at,-ei! com a insignific ncia:

a? Crimes patrimoniais n3o violentos. : furto >de 1L reais?6 dano6 apropria73oindébita >de um CD?6 recepta73o6 estelionato etc.

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b? Crimes contra a administra73o pHblica6 principalmente os de nature"a tribut5ria >leiJ.1 F e art. do CP?.

Ob!(: m crimes tribut5rios6 principalmente no descamin4o6 o $&2 vemtrabal4ando com o critério de RM 1L.LLL6LL para declarar insignificante ales3o. !sto em face da %ei de e ecu73o fiscal >%ei 1L.0<<? (ue suspende

débitos tribut5rios de até esse valor.c? Crimes contra a 4onrad? %es*es corporais menores do (ue a levee? -lguns crimes militares

De acordo com o $&2 s3o i$#o."at,-ei! com a insignific ncia:a? Crimes com viol)ncia ou grave amea7a a pessoa. : roubo6 estupro6 e tors3o

mediante se(uestro.b? &r5fico de drogas >art. da %ei 11. ?.c? -lguns crimes praticados pelo funcion5rio pHblico no e erc8cio da fun73o.d) Crimes de falsifica73o6 ou falsidades em geral6 n3o adotam insignific ncia no

(ue tange ao valor econ mico do pre9u8"o. : falsificar moeda6 falsificar umamoeda de 1L reais6 é significante6 por voc) colocar em 9ogo a confiabilidade damoeda nacional.

- insignific ncia leva a atipicidade do fato

A $&2 di" (ue a tipicidade é: a tipicidade formal N tipicidade material

&ipicidade formal – = o pr'prio artigo – = o (ue a lei descreve

&ipicidade material – = produto da les3o >lesividade?6 (ue pode ser insignificante>insignific ncia?6 o (ue fa" com (ue o fato se9a at8pico6 por falta da tipicidadematerial. : Crime tribut5rio de descamin4o no valor de até RM 1L.LLL6LL.

2( TEORIA DA NOR;A

• - norma penal se divide em:

2(1(Lei "e$al i$#ri.i$a%ora – -(uela (ue cria o crime6 estabelece uma pena6 e por isso prevista na parte especial do C'digo Penal ou em %eis e travagantes.

2(2(Lei "e$al $'o i$#ri.i$a%ora – +3o cria crime6 mas d5 uma defini73o6 umconceito6 ou e plica um instituto >lei e plicativa?. : art. 1 O o princ8pio da%egalidade; -rt. <F – (ue descreve o conceito de funcion5rio pHblico. -s leis n3oincriminadoras podem ser permissivas6 (ue s3o a(uelas (ue permitem6 autori"ama pr5tica de uma conduta6 sem (ue o fato se9a considerado crime. : -se cludentes de ilicitude6 sendo a mais con4ecida a %eg8tima defesa.

• ;o%ali%a%e! e!"e#,fi#a! %e Lei Pe$al:

a? %ei penal em branco – $3o a(uelas (ue est3o incompletas6 necessitando6portanto de um complemento para serem interpretadas e aplicadas. -s leis penaisem branco dividemOse em:

Bomog)nea – A complemento encontraOse também em uma lei >sentidoestrito?6 assim como é a lei incriminadora. : -rt. 1< do CP – Peculato –%ei Penal em #ranco – combinada com o -rt. <F do CP (ue é ocomplemento.

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Beterog)nea – A complemento da lei penal em branco é previsto em umanorma diferente da lei >em sentido estrito?. : portaria6 resolu73o etc. Ae emplo mais famoso: o &r5fico de drogas >art. da %ei 11. ? (ue ser5complementado por uma portaria do ,inistério da $aHde – -+ !$-.

b? %ei e cepcional >-rt. do CP? – $3o a(uelas criadas em ra"3o6 e para vigorar

em situa7*es e cepcionais6 de anormalidade. : stado de merg)ncia6 stadode $8tio. Caracter8sticas:

Possuem pra"o de vig)ncia condicionado – Dura en(uanto perdurar aanormalidade.

Possuem ultraatividade gravosa – Permanece produ"indo efeitos mesmoap's seu término de vig)ncia6 para fatos praticados en(uanto estava emvigor.

c? %ei tempor5ria >-rt. do CP? – = a(uela (ue possui um per8odo6 um pra"o devig)ncia determinado6 estabelecido na pr'pria lei. &ambém possui ultraatividadegravosa.

I( LEI PENAL NO TE;PO

• -plicaOse a lei penal vigente ao tempo da pr5tica do crime6 ressalvadas 4ip'teses de leipenal mais benéfica (ue ser5 retroativa >tempus regit actum – o tempo rege o ato?.

• Quanto ao tempo do crime6 ou se9a6 para defender a sua data6 o CP adotou a teoria daatividade6 pela (ual consideraOse o crime praticado na data da pr5tica da conduta >a73oou omiss3o?6 mesmo (ue outro se9a o momento de ocorr)ncia do resultado >art. doCP?. : (uando o menor de 1F anos atira em uma pessoa6 (ue morre em decorr)nciado tiro ap's o menor ter completado 1J anos6 ele responder5 como menor6 posto (ue aconduta se d5 na data da a73o.

• E #e&'o: +os )ri.e! "er.a$e$te! essa regra é e cepcionada6 e mesmo tendoagido como menor6 se o indiv8duo completa 1J anos durante a perman)ncia do estadode consuma73o – crimes (ue ficam em estado de consuma73o por um per8odopermanente ( E : for.a&'o %e <4a%ril a art( 288 %o )P 3 !e<4e!tro art( 1 8 %o)P et#(

II( LU AR DO )RI;E

• Teoria %a 4bi<=i%a%e art( > %o )P – = a famosa teoria do tanto fa"6 95 (ue podeOseconsiderar como lugar do crime tanto o local onde o agente pratica a a73o6 (uanto olugar vier a se produ"ir o resultado. Para o direito penal isto ser5 relevante para definir a aplica73o da lei penal brasileira6 em face do princ8pio da territorialidade >art. 0 doCP? é cab8vel a todo crime (ue ocorra >to(ue? no territ'rio nacional. Desta forma6 emface da ubi( idade é poss8vel aplicar a lei brasileira a todo fato cu9a a a73o ten4a sidoreali"ada no #rasil6 mesmo (ue o resultado ocorra no e terior6 mas também a todaa73o cu9o o resultado se produ"a ou devesse se produ"ir >tentativa? no #rasil. : cartabomba; fraude reali"ada numa empresa filial6 em (ue a matri" é no e terior >onde gerao pre9u8"o?6 se for ao contr5rio também pode6 a matri" no #rasil e a filial no e terior.

DIREITO PENAL – AULA 02 – 18/08/2011Professor: Cristiano [email protected] @prof_crodrigues@elitedpdocris

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I( )LA++I?I)A@ O DE )RI;E+

1( 4a$to ao !49eito ati-o – (uem reali"a o fato6 (uem pratica o crime.

1(1( )ri.e #o.4. – = a(uele (ue pode ser praticado por (ual(uer pessoa. ssa é

a regra geral. A tipo penal n3o fa" (ual(uer e ig)ncia. As tipos penais emregra s3o previstos para todos. : 2urto6 Bomic8dio6 %es3o Corporal etc.

1(2( )ri.e "rC"rio – Pr'prio SdeT determinada categoria de pessoas >m3e;funcion5rios pHblicos etc.? – crime em (ue o tipo penal vai di"er (uem vaipraticar o crime – = a(uele em (ue o tipo penal e ige uma caracter8sticaespec8fica do su9eito ativo. m outras palavras6 o tipo penal s' pode ser praticado por determinada categoria de pessoas. : Crimes de funcion5riopHblico >art. 1< do CP – Peculato – -propriarOse o funcion5rio pHblico de bense valores em ra"3o do cargo (ue e erce?; Crime de infantic8dio >crime pr'priode (uem é m3e?. E #e&'o: E. fa#e %o art( 60 %o )P3 a%.ite !e <4e 4.#ri.e "rC"rio !e9a i."4ta%o a <4e. $'o "o!!4a a #ara#ter,!ti#a e igi%a"elo ti"o3 %e!%e <4e e. #o a4toria o4 "arti#i"a&'o #o. 4. a4tor <4e a

"o!!4a( I!to "or<4e e. #ri.e! "rC"rio! art( 612 %o )P – Pe#4lato a#ir#4$!t $#ia "e!!oal "or e e."lo: !er f4$#io$Frio "Gbli#o !e."re4.a ele.e$tar3 4. ele.e$to e!tr4t4ral e f4$%a.e$tal %o #ri.e3 "o%e$%o3"orta$to3 %e a#or%o #o. o art( 60 %o )P !e #o.4$i#ar a to%o! o!"arti#i"a$te! #o a4tore! e "art,#i"e! 3 %e!%e <4e e!ta #ir#4$!t $#ia

"e!!oal e ob9eti-a !e9a %o #o$ e#i.e$to %o "arti#i"a$te( : A su9eito(ue colabora para o crime de peculato e n3o é funcion5rio pHblico6 posto (ue ofuncion5rio pHblico (ue praticou o crime elementar. a(uele (ue participou docrime como coOautor ou participe >n3o funcion5rio pHblico? também responder5pelo crime pr'prio. Da mesma forma ocorre com o coOautor ou part8cipe docrime de infantic8dio6 para isso ele >coOautor ou part8cipe? dever5 ter con4ecimento (ue o autor obedece o re(uisito pessoal para caracteri"ar ocrime pr'prio.

2( 4a$to ao .o.e$to %e #o$!4.a&'o

2(1( )ri.e i$!ta$t $eo – = um tipo de crime (ue se completa de uma ve" s'6 emum Hnico instante. = a(uele (ue se consuma em um Hnico instante6 de umave" s'6 portanto se consuma e acaba. : Bomic8dio6 (ue se consuma (uandoa v8tima morre. +inguém fica morrendo

2(2( )ri.e! "er.a$e$te! – -o contrario do instant neo6 é o crime (ue permaneceem estado de consuma73o en(uanto perdurar o crime. = a(uele em (ue seconsuma em determinado momento e permanece em estado de consuma73opor certo per8odo de tempo. : $e(uestro >art. 1 J do CP – en(uanto durar ose(uestro?; 2orma73o de (uadril4a >en(uanto estiverem se reunindo?; Porteilegal de arma >en(uanto estiver portando a arma o crime est5 emconsuma73o?;

• )o$!e<=H$#ia!:

a 4a$%o "rati#a%o "or 4. .e$or <4e #o."leta 18 a$o! %4ra$te a"er.a$H$#ia3 este responder5 como maior. cepcionando a regra do art. do CP.

b 4a$to "ri!'o e. flagra$te – o crime permanente pode gerar uma pris3oem flagrante en(uanto estiver na perman)ncia do crime6 posto (ue6 o crimeest5 em constante consuma73o. - pris3o em flagrante no crime permanentepoder5 ocorrer a (ual(uer tempo durante a perman)ncia.

Ob!er-a&'o: +o crime permanente o pra"o prescricional come7a a correr somente ap's o término da perman)ncia6 e cepcionando a regra geral (ue imp*e

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a contagem a partir da consuma73o ou do Hltimo ato de e ecu73o >na tentativa –art. 11L do CP?.

6( 4a$to $at4reJa %a #o$%4ta – -s leis prev)em a7*es. : l5 est5 escrito uma a73o6ou se9a6 matar6 fa"er6 subtrair etc. ,as v3o 4aver outros casos (ue n3o se encai ar3ona regra6 ve9amos:

6(1( )ri.e! )o.i!!i-o! "or a&'o – Regra geral – = a regra geral em (ue a %eiprev) uma a73o e o agente reali"a o crime praticando esta a73o.

6(2( )ri.e! O.i!!i-o! "rC"rio!/ "4ro! – $e o crime é omissivo pr'prio é por(uea pr'pria %ei est5 punindo uma omiss3o. = uma omiss3o reprov5vel – Alegislador reprova um n3o fa"er6 criando assim um dever 9ur8dico de agir >(ue aprinc8pio é para todos?. - lei n3o prev) resultado e o agente responde apenaspela sua omiss3o – +'o a<4ele! e. <4e a lei "re-H 4. $'o faJer algo3 o4!e9a3 "re-H 4.a o.i!!'o3 !e$%o a!!i. #ria 4. %e-er 94r,%i#o geral %eagir3 !e$%o <4e #o. a o.i!!'o3 o $'o faJer $'o #a4!a $a%a3 $'o F"re-i!'o e $e. i."4ta&'o %e re!4lta%o e o age$te re!"o$%e !o.e$te"ela o.i!!'o( : -rt. 1 0 do CP – Amiss3o de $ocorro.

6(6( )ri.e! )o.i!!i-o! "or O.i!!'o/ O.i!!i-o! i."rC"rio! – Na -er%a%e$'o !e trata %e 4.a #la!!ifi#a&'o %e #ri.e!3 .a! a"e$a! 4.a for.a %e!e i."4tar re!4lta%o! a %eter.i$a%a! "e!!oa! <4e "o!!4a. 4. %e-er 94r,%i#o e!"e#,fi#o %e agir e %e $'o "er.itir a o#orrH$#ia %o re!4lta%o3e.bora a lei "re-e9a a&'o e re!4lta%o #o$!i%era !e <4e o #ri.e !erF#o.eti%o "or o.i!!'o %e #erta! "e!!oa! gara$ti%ore! ( O! gara$ti%ore!

art( 16 K2 %o )P "o!!4e. o %e-er e!"e#,fi#o %e agir e e-itar re!4lta%o3te$%o <4e e$fre$tar o "erigo e re!"o$%e$%o "elo re!4lta%o a t,t4lo %e%olo o4 #4l"a – +3o 45 dispositivo espec8fico na %ei prevendo essa omiss3o –Crimes comissivos por omiss3o s3o crimes em (ue a lei prev) a73o eresultado6 mas o agente vai cometer por omiss3o esse crime >pois estaspessoas t)m o dever 9ur8dico de n3o dei ar (ue esse resultado ocorra – ele

n3o pode dei ar (ue a(uele resultado ocorra por ser o garantidor? – = formapara voc) imputar resultados a determinadas pessoas – Permite (ue voc)atribua resultados concretos a determinadas pessoas (ue n3o podem dei ar (ue determinados resultados ocorram6 embora estas pessoas n3o ten4amdado causa a ele >o resultado?. : o bombeiro (ue ver uma pessoa seafogando no e erc8cio de sua profiss3o6 e decide n3o prestar socorro6 comete4omic8dio por omiss3o.+'o #o$!i%era%o! gara$ti%ore! "o%ia agir e ti$ a o%e-er %e e-itar o re!4lta%o art( 16 K 2 %o )P :

Abriga73o de prote73o6 cuidado e vigil ncia – ascendente6descendente6 c n9uge e irm3o >mutuamente – um em rela73o aooutro?.

Abriga73o por %ei civil – &utor >do menor inimput5vel? e Curador >omaior incapa"?

2uncion5rios pHblicos com o dever espec8fico de prote73o6 cuidado evigil ncia – ,édico6 policial e bombeiro. $' obt)m esse dever noe erc8cio do cargo ou fun73o pHblica (ue t)m. A dever de garantiainerente a fun73o pHblica est5 vinculado ao efetivo e erc8cio destafun73o6 fora dela subsiste o dever geral de agir >omiss3o pr'pria O art.1 0 do CP O omiss3o de socorro?.

Quem de outra forma tiver assumido a responsabilidade de impedir oresultado >o papel de garantidor?. ngloba os contratos privados eacordo de vontade. : o vi"in4o (ue leva seu fil4o a praia; a bab5; oseguran7a etc.

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Quem com o seu comportamento6 se9a doloso ou culposo6 criar orisco e ocorr)ncia do resultado se torna garantidor6 podendoresponder pelo resultado por dolo ou culpa. ale ressaltar (ue acria73o de risco pode ser dolosa ou culposa6 (ual(uer (ue se9a aforma o su9eito ser5 o garantidor. : u te convido para andar debarco comigo6 ai eu resolvo virar o barco no meio da lagoa e a

pessoa come7a a se afogar e a pessoa n3o a9uda. le criou o riscotornaOse o garantidor.

O;I++I O+ PRMPRIO+ O;I++I O+ I;PRMPRIO+/ )O;I++I OPOR O;I++ O

- lei prev) uma omiss3o - %ei prev) uma a73oCriaOse um dever 9ur8dico de agir geral Dever 9ur8dico de agir espec8fico >especial? –

$3o os garantidores.+3o 45 previs3o de um resultado – respondeapenas pela omiss3o

Responde pelo resultado – responsabilidadepenal sub9etiva – tem (ue 4aver dolo ouculpa.

: Amiss3o de $ocorro – -rt. 1 0 do CP : -rt. 1 U < do CP >garantidores?

II( RELA@ O DE )AU+ALIDADE

• Rela73o causa e efeito – = a lin4a (ue liga a73o e resultado – voc) s' podeatribuir o resultado a (uem o causou. le é re(uisito para (ue voc) atribuaresultado a alguém. : o meu movimento corporal volunt5rio de apertar o gatil4ocom inten73o de matar >45 dolo de matar?6 mas eu errei o tiro6 ent3o eu n3ocausei nada6 mas eu cometi o crime de tentativa de 4omic8dio. Portanto o ne o decausalidade precisa e istir6 para (ue voc) impute o resultado ao agente6 mas oresultado n3o precisa se consumar6 ou se9a6 voc) pode ter o crime sem o ne ocausal6 sem causar nada no mundo. A (ue voc) n3o pode é imputar o resultado aalguém se ele n3o tiver causado nada.

• )o$#eito: = a rela73o de causa e efeito entre a conduta do agente e o resultadonatural produ"ido no mundo real6 sendo necess5rio para (ue se atribua esteresultado ao agente6 porém n3o é necess5rio para (ue 4a9a crime doloso >e :tentativa sem resultado?.

• A #rasil adota uma teoria no art. 1 do CP – causa é tudo a(uilo (ue for necess5rio e fundamental para (ue o resultado ocorra – Para %efi$ir a rela&'o%e #a4!ali%a%e e o #o$#eito %e #a4!a o )P a%oto4 a Teoria %a e<4i-alH$#ia%a! #o$%i&7e! o4 e<4i-alH$#ia %o! a$te#e%e$te! o4 ai$%a3 conditio sinequa non >condi73o sem a (ual n3o ocorreria o resultado? – Causa é todacondi73o essencial sem a (ual o resultado n3o se produ"iria da forma como oocorreu6 sendo (ue todas as condi7*es (ue se9am essenciais para o resultado se

e(uivalem e 4avendo mais de uma6 todas ser3o recon4ecidas como causa doresultado. E : oc) coloca veneno na bebida do seu desafeto6 e antes do venenofa"er efeito ele é atropelado pelo camin43o. oc) tin4a o dolo de matar6 aconduta dele n3o foi condi73o essencial para o resultado acontecer6 portanto eleresponder5 pela tentativa de 4omic8dio. Para saber se uma condi73o é causa tem(ue usar o método da elimina73o 4ipotética >para saber se o agente poderesponder pelo resultado? – $ignifica eliminar 4ipoteticamente a conduta doagente – se ao eliminar a conduta o resultado n3o ocorrer – a conduta n3o eracondi73o essencial para o resultado6 portanto ele n3o pode responder peloresultado.

• Para i%e$tifi#ar !e %eter.i$a%a #o$%4ta #a4!a %e 4. re!4lta%o %e-e !eeli.i$ar i"oteti#a.e$te e!ta #o$%4ta e !e o re!4lta%o .4%ar3 e!ta #o$%4taeli.i$a%a !erF #o$%i&'o e!!e$#ial e "orta$to #a4!a3 #a!o o re!4lta%o $'o

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.4%e a #o$%4ta eli.i$a%a $'o !erF #o$%i&'o e!!e$#ial e "orta$to $'o !erF#a4!a3 i."e%i$%o a i."4ta&'o %o re!4lta%o ao age$te(

• A! #o$%i&7e! %i-i%e. !e e.:

a Ab!ol4ta.e$te i$%e"e$%e$te! >entre si? – Dois fatores s3o absolutamenteindependentes entre si. Quando duas (uest*es s3o absolutamenteindependentes entres si6 uma n3o interferindo na outra6 apenas uma ser5essencial6 e portanto causa. $e eles >os fatores? s3o totalmenteindependentes s' um dar5 causa ao resultado. : o caso do atropelamentodo su9eito (ue foi envenenado.

b Relati-a.e$te i$%e"e$%e$te! >entre si? – Quando uma depende da outrapara c4egar ao resultado6 se relacionam e portanto ambas ser3o essenciaispara o resultado se produ"ir6 logo6 ambas poder3o ser vistas como causa doresultado. $e uma precisou da outra para o resultado acontecer – &)m umarelativa independ)ncia – -s duas ser3o fundamentais para o resultadoacontecer. : 2acada e 4emofilia6 gerando morte por 4emorragia. Quem deua facada responde pelo resultado morte.

+C te. 4.a e #e&'o ao . to%o %a eli.i$a&'o i"ot ti#a e a#o$%itio !i$e <4a $o$ "re-i!ta $o )P – E. <4e .e!.o !eeli.i$a$%o a #o$%4ta %o age$te3 o re!4lta%o %ei ar %e o#orrer 6!e$%o e!ta #o$%4ta #a4!a ta.b . %o re!4lta%o3 afa!ta !e ai."4ta&'o %o re!4lta%o e o age$te re!"o$%erF a"e$a! "or a<4ilo<4e feJ E : te$tati-a ( I!to o#orre <4a$%o o4-er al . %a #o$%4ta%o age$te tiro 4.a #o$%i&'o !4"er-e$ie$te "o!teriorrelati-a.e$te i$%e"e$%e$te !e rela#io$a #o. o tiro 3 .a! <4e "or !i!C3 !oJi$ a foi #a"aJ %e gerar o re!4lta%o( E : i$#H$%io $o o!"itala#i%e$te %e a.b4l $#ia bala "er%i%a $o a.b4latCrio : eu dou umtiro no meu desafeto para matar6 ele vai de ambul ncia para o 4ospital e

morre em um acidente na ambul ncia. $e eu tirasse a min4a conduta oresultado n3o ocorreria. A tiro é uma condi73o essencial para ele ter morrido no acidente. le responder5 pela tentativa. Por(ue o c'digo fala(ue (uando voc) tem duas condi7*es relativamente independentes6 etiver uma rela73o independente posterior a sua conduta6 e essa rela73oposterior puder causar o resultado >s' ela causou o resultado?6 n3oprecisou da gravidade do (ue voc) reali"ou6 se o meu tiro tivesse atingidoo bra7o6 o 9oel4o ou a cabe7a6 de (ual(uer maneira o su9eito teria morridono acidente6 n3o precisou do desdobramento do meu ato. -(uilo (ue veiodepois so"in4o foi capa" de gerar o resultado. las s3o dependentes6i!!o 4.a e #e&'o( >-rt. 1 U 1 do CP?.

III( ITER )RI;INI+

• $3o as etapas de reali"a73o do crime doloso. $3o (uatro:

1. )ogita&'o

oc) elaborar6 pensar6 plane9ar6 imaginar mentalmente a pr5tica do crime.

<. Pre"ara&'o

= a etapa concreta. = o instrumento6 o meio6 ob9eto (ue voc) vai utili"ar parae ecutar o crime. $3o atos concretos (ue visam propiciar a praticar do crime6instrumentali"ar6 porém sem ultrapassar o mbito6 a esfera do pr'prio agente.

m face do princ8pio da le!i-i%a%e a cogita73o e prepara73o s3o etapasimpun8veis do iter criminis6 pois n3o afetam o bem al4eio. >E #e&'o: Art( 288 e

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art( 2 1 %o )P – for.a&'o %e <4a%ril a e "o!!4ir "etre# o "ara fal!ifi#a&'o%e .oe%a

. E e#4&'o

Quando o agente d5 in8cio a reali"a73o do crime6 colocando em pr5tica seu plano

criminoso >dolo? e passado a interferir no bem 9ur8dico al4eio. - partir dae ecu73o6 o agente poder5 ser punido pelo direito penal pelo menos através datentativa.

. )o$!4.a&'o

$ignifica completar o crime. Crime consumado é a(uele (ue est5 completo.

Quando é (ue o crime se completaV Cada crime se completa de uma maneira.&em maneiras do crime se completar:

a) Quando o agente pratica a conduta e materiali"a o resultado natural6concreto previsto no tipo >crime material?. : 4omic8dio6 les3o6 furto etc.

b Quando a %ei prev) a73o e um resultado concreto6 mas a consuma73odepende e clusivamente da pr5tica completa da conduta formalmenteproibida6 independentemente da materiali"a73o do resultado previsto >crimeformal?. : e tors3o mediante se(uestro >art. 10K do CP – se( estrar pessoacom o fim de obter para si ou para outrem6 (ual(uer vantagem6 comocondi73o ou pre7o do resgate? – se( estrar é a conduta com o fim de obter avantagem – eu n3o preciso obter a vantagem para (ue se configure o tipo;!n9uriar alguém – n3o necessita (ue o su9eito ten4a se sentido in9uriado defato.

# Com a completa reali"a73o da mera conduta proibida6 pois n3o 45 se(uer aprevis3o de um resultado na lei >crime de mera conduta?. : -rt. L do CP –Desobedecer a ordem legal do funcion5rio pHblico – n3o 45 resultado – prev)apenas a conduta de desobedecer.

• Ob!er-a&'o: +os crimes formais embora n3o se9a necess5rio para aconsuma73o caso o resultado material previsto na lei se produ"a 4aver5 oe aurimento6 ou se9a6 o esgotamento do crime 95 (ue n3o 4aver5 mais nada aacontecer >poder5 gerar uma pena base maior?.

DIREITO PENAL – AULA 06 – 60/08/2011Professor: Cristiano [email protected] @prof_crodrigues@elitedpdocris

& +&-&! -

• -rt. 1 6 par5grafo Hnico !! do CP

• Quando iniciada a e ecu73o n3o se c4ega a consuma73o por motivos al4eios avontade do agente gerando assim um crime incompleto6 (ue por isso ter5 a sua penadiminu8da de 1/ a </ .

• - tentativa tem (uatro espécies:

a Te$tati-a i."erfeita o4 i$a#aba%a – A ato e ecut'rio ficou incompleto – -tentativa est5 inacabada – = a(uela em (ue o ato e ecut'rio est5 incompleto6inacabado6 portanto por motivos al4eios a vontade do agente6 ele é interrompido

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(uando ainda 45 atos a reali"ar. : A cara come7a a tentar soltar o r5dio de umcarro6 escuta a sirene e sai correndo6 portanto6 ele iniciou o furto e foi interrompidopor motivos al4eios a vontade dele6 ele n3o concluiu o ato e ecut'rio6 por isso atentativa ser5 inacabada.

b Te$tati-a a#aba%a o4 "erfeita #ri.e fal o – oc) come7ou a sua conduta6

concluiu a sua conduta6 mas por um motivo al4eio eu n3o consumi o crime – =a(uela em (ue o agente inicia e completa todos os atos e ecut'rios6 n3o 4avendomais nada a reali"ar6 porém6 por motivos al4eios o crime n3o se consuma. : udescarreguei o meu revolver inteiro na v8tima com inten73o de matar6 e a v8timasobrevive6 eu fi" tudo6 mas a v8tima sobreviveu6 portanto n3o se consumou o crimede 4omic8dio. : ,inistra veneno e a v8tima é salvo por terceiro em 4ospital.

# Te$tati-a bra$#a te$tati-a i$#r4e$ta – = branca por(ue é a tentativa (uepratica a e ecu73o6 mas n3o c4ega a gerar (ual(uer resultado na v8tima ou ao bem 9ur8dico afetado – = a(uela (ue n3o produ" (ual(uer resultado concreto6 ou se9a6 éa(uela (ue n3o gera derramamento de sangue. : u ten4o a inten73o de matar alguém e erro o tiro.

% Te$tati-a #r4e$ta te$tati-a -er.el a – = a tentativa (ue gera dano concreto av8tima6 embora n3o se9a a consuma73o – = a(uela (ue produ" les3o concreta nav8tima6 afeta determinado bem 9ur8dico6 mas n3o produ" consuma73o. : Disparapara matar6 gerando apenas les3o.

Na%a i."e%e <4e a! e!" #ie! !e a!!o#ie.3 o4 !e9a3 e4 "o!!o ter "erfeita.e$te4.a te$tati-a #r4e$ta e i."erfeita(

IN?RA@ E+ PENAI+ UE N O AD;ITE; TENTATI A:

a )ri.e #4l"o!o – - tentativa é (uando a consuma73o n3o ocorre por motivos al4eios Wvontade6 e como no crime culposo o resultado é produto de falta de cautela6 portanton3o 45 como termos a tentativa de um crime na modalidade culposa – N'o !e "o%ete$tar a<4ilo <4e $'o !e <4er3 "orta$to #o.o o age$te $'o "o!!4i -o$ta%e $'o

F te$tati-a(

b )ri.e "reter %olo!o >além do dolo? – u prati(uei uma conduta dolosa6 mas tive comoresultado conse( )ncia mais gravosa – Q a<4ele e. <4e a #o$%4ta %olo!a e ore!4lta%o "ro%4Ji%o !e %F "or #4l"a3 o4 !e9a3 o re!4lta%o -ai al . %o %olo %oa4tor e #o.o $'o era %e!e9a%o3 !e$%o "ro%4to %e #4l"a3 i."o!!,-el falar e.te$tati-a( : %es3o corporal seguida de morte >dolo na les3o e culpa na morte? -rt.1<K U do CP.

# )ri.e! U$i!4b!i!te$te! – = o crime (ue e iste de forma uma >fec4ada/ indivis8vel? – - conduta prevista no tipo n3o pode ser fracionada – +3o d5 para iniciar a a73o e ser interrompido –Q a<4ele e. <4e a #o$%4ta 4.a e i$%i-i!,-el o4 o#orre "or i$teiro

o4 $'o F #ri.e3 $'o !e$%o "o!!,-el3 "orta$to te$tF la( : entrar e permanecer em casa al4eia – -rt. 10L do CP

% )ri.e! O.i!!i-o! "rC"rio! – -(uele (ue a pr'pria %ei prever a omiss3o – Como aconduta prevista é o n3o fa"er – A<4ele! e. <4e lei "re-H 4. $'o faJer algo3 !e$%o<4e #o.o a o.i!!'o $'o "o%e !er fra#io$a%a3 %i-i%i%a3 i$terro."i%a3 $'o "o!!,-el falar e. te$tati-a( : -rt. 1 0 do CP – Amiss3o de $ocorro.

e )ri.e abit4al – Para voc) caracteri"ar a a73o6 pressup*eOse a repeti73o dos atos –45 diverg)ncias (uanto a possibilidade de tentativa6 mas a corrente ma9orit5ria n3oadmite tentativa desses crimes – Q a<4ele e. <4e o ti"o "e$al $'o a%.ite te$tati-a3"oi! o -erbo "re-i!to "re!!4"7e 4.a "rFti#a re"eti%a %e ato! "ara !e#ara#teriJar3 logo a "rFti#a i!ola%a %e 4. o4 o4tro ato $'o gera #ri.e – : -rt.

<J< do CP > ercer ilegalmente a ,edicina? – +3o tem como fa"er o e erc8cio umaHnica ve" – e erc8cio pressup*e repeti73o. : -rt. <J do CP >Curandeirismo?.

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f )ri.e %e ate$ta%o – A<4ele e. <4e o legi!la%or "re-H a te$tati-a #o.o a "rC"ria#o$!4.a&'o %o fato3 logo3 ao te$tar o #ri.e !e #o$!4.a( : -rt. 0< do C2>&entativa de evas3o de presos?. A -rt. 1 do CP >salvo disposi73o em contr5rio? – serefere ao #ri.e %e ate$ta%o(

g )o$tra-e$&7e! – Por e "re!!a "re-i!'o legal $o art( %o )P $'o F te$tati-a %e

#o$tra-e$&'o – Contraven73o >crime an3o? s3o condutas de menor import ncia –tanto (ue n3o entraram no CP como crime.

DE+I+T N)IA OLUNTSRIA

• Quando o agente inicia a e ecu73o e no curso desta desiste de prosseguir6 abandonasua reali"a73o (uando podia continuar6 dessa forma6 como a interrup73o da e ecu73oe a n3o consuma73o foi volunt5ria6 por escol4a do agente afastaOse a tentativa docrime iniciado punindoOse apenas outros fatos paralelos (ue eventualmente ten4amsido praticados. : o cara resolve furtar o radio de um carro6 (uebra a 9anela de umcarro6 e desiste de furtar o radio.

• - desist)ncia volunt5ria n3o precisa ser espont nea – la pode ser motivada por fator e terno – A %e!i!tH$#ia -ol4$tFria $'o "re#i!a !er e!"o$t $ea3 ba!ta$%o !er e!#ol i%a "elo age$te3 .e!.o !e$%o .oti-a%a "or 4. fator e ter$o( : - m3e(ue pede para o fil4o n3o e ecutar o crime6 e ele para o ato e ecut'rio por decis3opr'pria6 mas motivado pelo pedido da m3e.

• Para i%e$tifi#ar o #a!o #o$#reto e$tre %e!i!tH$#ia e te$tati-a 4tiliJa !e a fCr.4la%e ?ra$ :$e (ue prosseguir e n3o posso – stou em tentativa$e posso prosseguir e n3o (uero – ConfiguraOse desist)ncia

• = c4amada de S"o$te %e o4ro T6 95 (ue liga um agente de dentro de um crime parafora6 tornando o fato at8pico e imputando ao agente apenas outros crimes6 caso 4a9a.

ARREPENDI;ENTO E?I)A

• -rt. 10 do CP

• Quando ap's o t r.i$o %e e e#4&'o o agente atua de for.a efi#aJ impedindo (ueocorra a #o$!4.a&'o 6 afastandoOse a tentativa e a tipicidade do fato iniciado6respondendo apenas por outros crimes (ue eventualmente ten4a reali"ado.

COGITAÇ

PREPARA

INICIO DA

FINAL DA

CONSUMAÇ

RECEBIMENTO DA

SENTEN

Não

Tentati

Arrependimento e !a"

Arrependimento

Arrependimento

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• -fasta a tentativa e pune eventuais crimes (ue ten4am acontecido

• : Colocou veneno na bebida6 e deu para o desafeto beber6 depois do desafeto bebe6se arrepende e leva o desafeto para o 4ospital e tentar reparar o mal (ue fe".

• Para i%e$tifi#ar a %ifere$&a e$tre %e!i!tH$#ia -ol4$tFria e o arre"e$%i.e$to efi#aJ4!o a !eg4i$te fra!e:

u desisto apenas da(uilo (ue estou fa"endo me arrependo somente da(uilo (ue eu 95 fi"

ARREPENDI;ENTO PO+TERIOR

• -p's a consuma73o

• Repara o dano ou substitui a coisa

• &em a pena diminu8da

• = a(uele posterior a consuma73o6 (uando o agente atua reparando o dano ourestituindo a coisa6 recebendo assim uma diminui73o de pena de 1/ a </ . De acordocom os seguintes re(uisitos:

a? Crime sem viol)ncia ou grave amea7a

N'o te. arre"e$%i.e$to "o!terior "ara o! #ri.e! #o. -iolH$#ia e gra-ea.ea&a(

b? $er feito até o recebimento da denHncia ou (uei a

Ob!er-a&'o: de acordo com o $&26 embora 4a9a diverg)ncia6 admiteOse apossibilidade da repara73o ser parcial6 n3o sendo re(uisito legal a repara73ointegral. A (uanto de repara73o servir5 para dosar o (uanto de diminui73o depena6 desde (ue suficiente para caracteri"ar ressarcimento.

• +4a $at4reJa 94r,%i#a %e:Causa de diminui73o de pena6 e s' se aplica efetivamentea (uem operar a repara73o.

ARREPENDI;ENTO ATENUANTE

• Quando n3o d5 para aplicar nen4um dos outros institutos estudados.

• -rt. E0 !!! do CP

• = instituto subsidi5rio aplic5vel (uando o agente reparar o dano6 restituir a coisa ouatuar para diminuir as conse( )ncias do seu crime até a senten7a condenat'ria n3o4avendo (ual(uer outro re(uisito.

• -tenuante de pena n3o tem valor certo – o teto (ue a 9urisprud)ncia aceita é adiminui73o de 1/E.

• - atenua73o da pena ser5 de no m5 imo 1/E com base na 9urisprud)ncia.

)RI;E I;PO++* EL

• = o crime imposs8vel de se consumar – n3o vai gerar resultado diante do caso concreto – ou (uando o ob9eto a ser atingido é completamente impr'prio para sofrer o crime.

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• : matar alguém com arma de brin(uedo. : matar o morto

• Para ele virar um instituto concreto6 ver8dico6 o agente n3o pode saber (ue o crime éimposs8vel de se consumar. le vai agir acreditando (ue o crime vai se consumar.

• = a(uele imposs8vel de se consumar6 ou se9a6 9amais produ"ir5 o resultado pretendidoembora o agente n3o saiba disso e ten4a dolo de c4egar a consuma73o. Desta forma4aver5 uma tentativa c4amada de inid nea6 inefica"6 impr'pria para gerar o resultado.Acorrendo de duas formas:

;eio ab!ol4ta.e$te i$efi#aJ . : provocar aborto com aspirina.Ob9eto ab!ol4ta.e$te i."rC"rio %e !ofrer o re!4lta . : matar o morto; provocar aborto em mul4er n3o gr5vida.

• A crime imposs8vel afasta a tipicidade do fato 95 (ue a lesividade ser5 imposs8vel6porém nada impede (ue outros fatos ven4am a ser punidos.

• Ob!er-a&'o: $e o meio utili"ado e o ob9eto a ser atingido forem relativamente

impr'prios de gerar o resultado ano 4aver5 crime imposs8vel6 e 4avendo (ual(uer c4ance de consuma73o puneOse normalmente a tentativa. : decis3o do $&X – 2urtoem lo9as com sistema de vigil ncia – a lo9a vigio toda a conduta e esperava apenas asa8da do agente para coibir a conduta – de acordo com o $&X isso n3o é crimeimposs8vel6 isso é tentativa de furto6 posto (ue e iste uma c4ance m8nima de o crimese consumar. De a#or%o #o. o +TV a te$tati-a !erF "4$i%a $or.al.e$te <4a$%o

o4-er a #o$%4ta e. lo9a! #o. !i!te.a %e -igil $#ia3 # .era!3 "oi!3 "or .e$or <4e !e9a !e."re F "o!!ibili%a%e %e #o$!4.a&'o( A mesmo pode ser dito (uanto av8tima de 4omic8dio tentado (ue est5 com colete a prova de balas – &em c4ance e vairesponder por tentativa de 4omic8dio.

• O flagra$te "re"ara%o >delito de ensaio por obra do agente provocador? – A $&2recon4ece (ue o flagrante preparado também c4amado de delito de ensaio >por obra

do agente provocador? caracteri"a crime imposs8vel6 n3o se punindo a tentativa6 95 (uetrataOse de uma farsa montada pela autoridade. N'o !e #o$f4$%e #o. flagra$tee!"era%o <4e leg,ti.o3 gera$%o "4$i&'o %o #ri.e( -rt. 1F do CP.

?ATO T*PI)O

• ?ato t,"i#o – +o seu aspecto formal é a descri73o na lei da conduta 4umana proibidapara a (ual se estabelece uma san73o6 sendo (ue na vis3o do $&2 dever5 sepreenc4er também a tipicidade material6 ou se9a6 uma concreta e relevante >princ8pioda insignific ncia? les3o ao bem 9ur8dico al4eio.

&p Y &f N &m

1. Ele.e$to! i$tegra$te! %o fato t,"i#o

lementos ob9etivos

Pelo menos um -erbo – conduta de a73o ou omiss3o. : matar alguémEle.e$to! %e!#riti-o! – a(uele (ue descreve algo. : matar alguémEle.e$to $or.ati-o – $3o a(ueles (ue e igem uma norma6 um conceito para(ue possam ser interpretados6 aplicados6 sendo (ue se esta norma vier do direito6elemento normativo 9ur8dico > : funcion5rio pHblico – art. 1< do CP – peculato?6ou se essa norma vier de outro ramo do saber6 elemento normativo e tra9ur8dico> : por alguém a cont5gio de uma moléstia venérea >art. 1 1 do CP?.

lementos sub9etivos

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lemento sub9etivo geral – Dolo – = a vontade consciente de reali"ar oselementos ob9etivos de um tipo >inten73o/ finalidade?.

Dolo $at4ral – +o finalismo utili"aOse o conceito de dolo natural6 ou se9a6pura e simples inten73o6 n3o importando o Spor(ueT e o Spara (ueT oagente atua6 bastando analisar o (ue ele (uis ao agir.

E!" #ie %e %olo >natural?:

a Dolo %ireto %e "ri.eiro gra4 – = o dolo cl5ssico – = a inten73o6finalidade e vontade direcionada para gerar o resultado.

b Dolo %ireto %e !eg4$%o gra4 – Acorre (uando o agente atua com ainten73o de gerar o resultado6 porém tem a #erteJa de (ue outrosresultados também se produ"ir3o como produto da sua a73o6 logo6responder5 por esses resultados secund5rios a t8tulo de dolo direto desegundo grau. -rt. FL do CP >segunda parte? – responder5 em concursoformal imperfeito.

# Dolo geral – Quando o agente pratica uma conduta com dolo direto eacreditando ter alcan7ado o resultado pretendido pratica uma segundaconduta (ue n3o é dolosa em ra"3o deste segundo ato >culposo?. +estecaso6 consideraOse (ue o dolo da primeira a73o ser5 geral e abrangente6alcan7ando o segundo ato para (ue o agente responda por um Hnico crimedoloso consumado. : dispara para matar6 9oga o corpo no rio e a v8timamorre afogada >4omic8dio doloso consumado?.

DIREITO PENAL – AULA 0 – 15/0 /2011Professor: Cristiano [email protected] @prof_crodrigues

@elitedpdocrisDOLO E ENTUAL

• = uma e ce73o

• = um dolo em (ue n3o 45 a inten73o

• oc) trata como dolosa uma conduta (ue na realidade n3o é dolosa

• = o dolo (uando o su9eito assume o risco

• )o$#eito: Acorre (uando o agente n3o possui a inten73o de produ"ir o resultado6porém atua de acordo com os seguintes elementos:

Pre-i!'o #o$#reta %o re!4lta%o – diferente de previsibilidade6 (ue é merapossibilidade de prever >culpa?.

I$%ifere$&a3 #o$!e$ti.e$to #o. a e-e$t4al "ro%4&'o %o re!4lta%o >teoria doconsentimento?

Age a#eita$%o3 a!!4.i$%o o ri!#o %e o#orrH$#ia %o re!4lta%o

• Para a maioria da doutrina o dolo eventual é incompat8vel com a tentativa6 pois oagente n3o possui vontade de produ"ir o resultado6 e responder5 apenas pelosresultados causados. : um residente decide atuar como cirurgi3o6 e vai operar uma

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pessoa (ue sai toda lesionada – ele responde pelo resultado praticado – les3o corporal – se ela sa8sse perfeita – seria um fato at8pico e n3o responderia por nada.

TIPO )ULPO+O

• )4l"a é uma falta de cautela.

• Ti"o )4l"o!o – = e ce73o6 95 (ue a regra é a previs3o da modalidade dolosa docrime6 sendo a falta de cuidado na reali"a73o de uma conduta através da neglig)ncia6imprud)ncia6 ou imper8cia6 gerando um resultado t8pico >regra da e cepcionalidade?

I( Ele.e$to! i$tegra$te! %o ti"o #4l"o!o:

1( )o$%4ta >a73o ou omiss3o?2( Re!4lta%o t,"i#o6( Ne o %e #a4!ali%a%e

( I$ob!er- $#ia %e 4. #4i%a%o %e-i%o >falta de cuidado?5( Pre-i!ibili%a%e %o re!4lta%o3 o4 !e9a3 "o!!ibili%a%e %e "re-er algo(

II( E!" #ie! %e #4l"a

1( )4l"a i$#o$!#ie$te – também c4amada de culpa comum – n3o ter consci)ncia de(ue o resultado pode acontecer – = a(uela em (ue o agente n3o possui previs3o6consci)ncia do resultado (ue era previs8vel >previsibilidade?6 mas (ue n3o foi previstoem face da falta de cuidado >imprud)ncia6 neglig)ncia6 imper8cia?(

2( )4l"a #o$!#ie$te – A su9eito tem consci)ncia de (ue o resultado pode ocorrer –Acorre (uando o agente tem previs3o >consci)ncia de resultado? concreta doresultado6 a consci)ncia da sua poss8vel ocorr)ncia6 porém6 repudia6 n3o aceita aprodu73o do resultado e s' age na certe"a e convic73o da n3o ocorr)ncia desteresultado por confiar em suas 4abilidade6 capacidades pessoais para atuar sem gerar oresultado.

DOLO E ENTUAL )ULPA )ON+)IENTEiste a previs3o concreta iste a previs3o concreta

Quanto ao resultado – !ndiferen7a>consentimento?

Quanto ao resultado – repHdio >n3o aceita oresultado

-ge aceitando o risco -ge acreditando na n3o ocorr)ncia doresultado

• ;a9oritaria.e$te o +T? e o +TV e.bora #o. re#e$te %e#i!'o e. #o$trFrio3 -H.o"ta$%o "elo %olo e-e$t4al "ara i"Cte!e! %e e.briag4eJ #o. a le!'o $otr $!ito e o ra# a o "ega (

EW)LUDENTE+ DE ILI)ITUDE• -rt. < do CP

• Quando 4ouver uma e cludente de ilicitude – e cluiOse a anti9uridicidade – e por isson3o 4aver5 culpabilidade – e n3o ser5 crime

• A fato t8pico é apenas ind8cio de (ue ele é contr5rio a ordem – mas pode 4aver umae cludente de ilicitude – : matar alguém é fato t8pico – mas n3o ser5 il8cito se for emleg8tima defesa

• E #l4%e$te %e ili#it4%e –Z a rela73o de contrariedade de uma conduta t8pica paracom o ordenamento 9ur8dico6 sendo (ue6 de acordo com a teoria indici5ria adotada peloCP >teoria ratio cognos sendi ?6 todo fato t8pico ser5 também il8cito6 salvo se estiver

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presente uma causa de 9ustifica73o6 ou se9a6 e cludente de ilicitude (ue afasta ae ist)ncia do crime.

• +'o e #l4%e$te! %e ili#it4%e:

1. E!ta%o %e $e#e!!i%a%e art( 2 – Perigo para proteger e preservar o bem –Acorre (uando a uma situa73o de perigo para bem 9ur8dico pr'prio ou de terceiro4avendo a estrita necessidade de se lesionar sacrificar um bem 9ur8dico al4eio parapreservar o bem amea7ado.

• O "erigo te. <4e !er at4al e i$e-itF-el O o perigo é atual embora o dano se9aeminente.

At4al é a(uele (ue 95 est5 ocorrendo6 presenteI$e-itF-el significa (ue a les3o ao bem al4eio deve ser a Hnica alternativa para apreserva73o do bem amea7ado.

• Ob!er-a&'o: A .aioria %a %o4tri$a a#eita E!ta%o %e $e#e!!i%a%e ta.b .

<4a$%o o "erigo for e.i$e$te6 embora n3o 4a9a previs3o legal para isso.

• N'o #ria&'o %o "erigo "or -o$ta%e %o age$te3 ou se9a6 (uem cria o perigo com dolon3o pode alegar stado de necessidade6 esta veda73o n3o atinge a cria73o culposa doperigo.

• Perigo "ara 4. be. "rC"rio o4 %e ter#eiro

• I$e igibili%a%e %o !a#rif,#io %o be. a.ea&a%o – se o bem 9ur8dico a ser preservadoé dispon8vel e o bem a ser sacrificado para isso for indispon8vel >vida?6 n3o 45 (ue sefalar em stado de +ecessidade.

• Ob!er-a&'o: 4a$%o o !a#rif,#io %o be. a.ea&a%o era e ig,-el .a! o age$te$'o o tolera afa!ta !e o E!ta%o %e Ne#e!!i%a%e e o age$te re!"o$%e "elo #ri.e3porém redu"Ose a sua pena de 1/ a </ .

• Art( 2 K1 +e refere ao! gara$ti%ore! "re-i!to! $a al,$ea XaY %o art( 16 K2 %o)P – edando a aplica73o do stado de necessidade para esses indiv8duos>ascendente6 descendente6 c n9uge6 irm3o6 funcion5rio pHblico6 médico6 bombeiro etc.?.+ada impede (ue os demais garantidores >art. 1 U< al8neas SbT e ScT? aleguem o

stado de necessidade.

2( E!trito #4."ri.e$to %o %e-er legal

• ste é um instituto voltado para o funcion5rio pHblico6 no e erc8cio de sua fun73o.

• : o policial (ue prende alguém – ele priva o su9eito de liberdade – se encai ariaperfeitamente como se(uestro6 porém o policial est5 cumprindo o seu dever – portantoo ato é l8cito

• At4a li#ita.e$te o f4$#io$Frio "Gbli#o <4e age #4."ri$%o %e for.a e!trita%e$tro %o! li.ite! 4. %e-er <4e l e te$ a !i%o i."o!to "or lei ori4$%o %e!ta

f4$&'o( O! e #e!!o! !er'o "4$i%o! $or.al.e$te a t,t4lo %e %olo o4 #4l"a >art. <par5grafo Hnico?(

DIREITO PENAL – AULA 05 – 15/0 /2011Professor: Cristiano Rodrigues

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LE *TI;A DE?E+A

• -rt. <0 do CP

• Leg,ti.a %efe!a est5 sempre ligada a -gress3o

• Ele.e$to! i$tegra$te! %a leg,ti.a %efe!a:a Agre!!'ob I$94!ta# At4al o4 i.i$e$te% Be. "rC"rio o4 %e ter#eiro

1( Agre!!'o

• &oda conduta 4umana voltada a lesionar um bem 9ur8dico al4eio.

• )abe leg,ti.a %efe!a #o$tra o ata<4e %e a$i.alZ ia %e regra $'o3 "oi! o a$i.al$'o "rati#a agre!!'o3 !e .o-e$%o a"e$a! "or e ti$to3 gera$%o "erigo"ro"i#ia$%o E!ta%o %e Ne#e!!i%a%e(

• E #e&'o: Porém se o animal for usado como instrumento6 meio6 para se atacar alguém4aver5 agress3o por parte do propriet5rio do animal6 caracteri"ado leg8tima defesa.

2( I$94!ta

• A agre!!'o 94!ta – -gress3o (ue este9a 9ustificada pelo ordenamento

• E : A policial (ue prende alguém >é uma agress3o 9usta? – é o cumprimento do dever.

• +e."re <4e <4e. te agri%e e!tF "rotegi%o "or 4.a e #l4%e$te %e ili#it4%e – voc)n3o poder5 afastar a agress3o dele – para se defender em leg8tima defesa.

• I$94!ta agre!!'o – = toda agress3o (ue n3o este9a 9ustificada6 autori"ada peloordenamento6 logo6 n3o 45 leg8tima defesa contra uma conduta praticada por alguém(ue este9a protegido por uma e cludente de ilicitude. nt3o6 n3o 45 leg8tima defesa de

stado de necessidade6 de strito cumprimento de dever legal6 de e erc8cio regular dedireito e n3o 45 leg8tima defesa de leg8tima defesa >leg8tima defesa rec8proca?.

• )abe leg,ti.a %efe!a %o ata<4e %e 4. i$i."4tF-elZ $im6 95 (ue este embora n3opossua culpabilidade e por isso n3o responda por crime6 pratica fato t8pico e il8cito ereali"a assim uma in9usta agress3o. : Doente mental; ,enor de idade.

: ,aluco pula o muro do 4osp8cio – le come7a a te bater – se ele é inimput5vel elen3o tem culpabilidade – mas reali"a fato t8pico – ele n3o est5 autori"ado a praticar talfato t8pico – esse fato é il8cito >n3o autori"ado? – isso é uma in9usta agress3o –Porta$to -o#H "o%e agir e. leg,ti.a %efe!a

6( At4al o4 i.i$e$te

• At4al – = a(uela agress3o presente6 concreta6 (ue est5 acontecendo6 ou se9a6 95come7ou e ainda n3o terminou.

• I.i$e$te – -(uela (ue est5 prestes a acontecer – = a(uela (ue se d5 no Hltimomomento de se torna atual – = a agress3o (ue est5 preste a ocorrer6 pr' ima6 e6portanto6 se d5 no Hltimo antes da atualidade.Por i!!o3 $'o F leg,ti.a %efe!a %eagre!!7e! "a!!a%a! "ret rita! 3 e $e. %e agre!!7e! f4t4ra!(

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• Leg,ti.a %efe!a a$te#i"a%a – $e 4ouver a amea7a a agress3o e se o agente seantecipar6 95 se defendendo6 para a maioria da doutrina n3o 45 e cludente de ilicitudepor leg8tima defesa6 porém é poss8vel afastar a culpabilidade do agente se esta for aHnica forma de proteger seu bem da futura agress3o6 afastandoOse o crime eculpabilidade por ine igibilidade de conduta diversa >causa supra legal de e clus3o daculpabilidade?.

( Be. "rC"rio o4 %e ter#eiro

• Pode se defender ou ainda defender (ual(uer pessoa (ue sofra uma in9usta agress3o.

• ;o%era&'o – A agente dever5 utili"ar apenas os meios dispon8veis suficientes enecess5rios para fa"er cessar a agress3o6 n3o 4avendo rela73o necess5ria entre osmeios de defesa e o instrumento do ata(ue. $endo (ue6 os e cessos ser3o punidosnormalmente a t8tulo de dolo ou culpa6 (uando agente Se agerar na doseT e for além donecess5rio para proteger o bem > : matar (uem furta?6 ou ainda (uando cessada aagress3o prosseguir atuando.

• Art( <1 do CP

Ob!er-a&'o: = poss8vel fala na leg8tima defesa do e cesso de (uem ultrapassa os limites daleg8tima defesa permitindo assim ao agressor origin5rio se defender dessa in9usta agress3opraticada por (uem estava em leg8tima defesa6 mas se e cedeu – Leg,ti.a %efe!a !4#e!!i-a(

• A leg,ti.a %efe!a "4tati-a a leg,ti.a %efe!a -irt4al 6 ou se9a6 o agente acreditaest5 em situa73o de leg8tima defesa (uando n3o est5 atuando assim em erro6 (uepoder5 afastar o seu o dolo e sua culpa se o erro for inevit5vel6 ou ainda afastar o doloe punir a forma culposa do crime (uando o erro for evit5vel #4l"a i."rC"ria .

EWER)*)IO RE ULAR DE DIREITO

-tua licitamente a(uele (ue age e ercendo um direito (ue l4e ten4a sido outorgadopela lei6 desde (ue6 se9a um direito pr'prio e (ue atue nos limites outorgados punindoOse o e cesso. -rt. < 6 par5grafo Hnico

• E : Direito %e )a!tigo – p5trio poder – o pai castigando seu fil4o em um processo deeduca73o.

• E : E er#,#io %o "o%er fa.iliar

• E : PrFti#a! %e!"orti-a! >dentro da regra do esporte?

• E : i$ter-e$&'o #irGrgi#a $or.al – as emergenciais caracteri"am stado denecessidade.

• E : ofe$%,#4la o4 ofe$%,#4lo o4 ofe$!F#4lo! – $3o a(ueles obst5culos previamentecolocados para proteger o seu patrim nio ou propriedade – $3o obst5culos inertes dedefesa do patrim nio6 da propriedade6 colocados previamente e (ue impedem oudificultam o acesso ao bem. $endo (ue as les*es produ"idas no agente por esseobst5culo n3o caracteri"am crime para o propriet5rio.

Ob!er-a&'o: Cerca elétrica como e erc8cio regular de direito6 é vista pela maioria comomodalidade de leg8tima defesa c4amada de préOordenada6 95 (ue é colocada previamente6 temfuncionamento ativo e repele a agress3o no momento em (ue esta é atual.

)ULPABILIDADE

• = o terceiro elemento integrante do conceito de crime – e significa a reprova73opessoal de uma conduta t8pica e il8cita praticada pelo agente6 sendo (ue de acordo

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com o finalismo adotado pelo CP6 o dolo é elemento do tipo vinculado a conduta e por isso n3o integra a culpabilidade (ue é definida através da teoria normativa pura.

• A conceito de culpabilidade necess5rio para (ue 4a9a crime é formado por tr)selementos cumulativos e necess5rios:

a? I."4tabili%a%eb? Pote$#ial #o$ e#i.e$to %a ili#it4%ec? E igibili%a%e %e #o$%4ta %i-er!a – poder e igir do agente uma conduta diferente

da (ue ele praticou

)ULPABILIDADE

TEORIA NOR;ATI A PURA

ELE;ENTO+:a) I."4tabili%a%e >art. <E6 <F e <J !!6 U1 e U< do CP?

b) Por #o$ e#i.e$to %a ili#it4%e >art. <1 do CP?c) E igibili%a%e %e #o$%4ta %i-er!a>art. << do CP?

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)ULPABILIDADE

TEORIA NOR;ATI A PURA

ELE;ENTO+:d) I."4tabili%a%e >art. <E6 <F e <J !!6 U1 e U< do CP?

e) Por #o$ e#i.e$to %a ili#it4%e >art. <1 do CP?f) E igibili%a%e %e #o$%4ta %i-er!a>art. << do CP?

POTEN)IAL )ON[E)I;ENTO DA ILI)TUDE

EWI IBILIDADE DE )ONDUTA DI ER+A

ELE;ENTO+:

1( I;PUTABILIDADE

• )o$#eito : = a plena capacidade de entender a nature"a dos fatos e de seautodeterminar de acordo com esse entendimento. A CP adotou o sistema

biopsicol'gico ou misto6 para a delimita73o das causas de inimputabilidade (uepoder3o se fundar em aspectos org nicos6 biol'gicos6 patol'gicos6 ou ainda emaspectos puramente psicol'gicos.

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1(1( )a4!a! %e i$i."4tabili%a%e:

a Doe$&a .e$tal o4 %e!e$-ol-i.e$to .etal i$#o."leto >art. <E do CP? – :loucos6 man8acos6 psicopatas6 loucos de todo g)nero etc. – ngloba os loucos6retardados6 débeis mentais6 psicopatas e man8acos (ue n3o possuem

imputabilidade6 culpabilidade6 por isso n3o cometem crime e n3o recebem pena6podendo receber uma medida de seguran7a6 (ue pode ser até de interna73o em4ospital psi(ui5trico >art. KE do CP?.

A .e%i%a %e !eg4ra$&a !e f4$%a.e$ta $a "eri#4lo!i%a%e %o age$te – en(uanto aspenas na culpabilidade6 no 9u8"o de reprova73o pessoal.

b ;e$ori%a%e "e$al – = uma presun73o absoluta de incapacidade para osmenores de 1J anos com base no aspecto biol'gico de seu desenvolvimento6fa"endo com (ue este menor n3o cometa crime6 mas reali"e apenas atoinfracional >fato t8pico e il8cito? de acordo com o C- n3o recebendo pena6 mast3o somente medida s'cioOeducativa.

E$tre 18 e 21 a$o! o .e$or 9F "le$a.e$te i."4tF-el3 porém vai receber umaatenua73o da sua pena.

# E.briag4eJ a#i%e$tal #o."leta >art. <J6 !!6 U1 e U< do CP?

E.briag4eJ – = a perturba73o ps8(uica produto da ingest3o de (ual(uer subst ncial8cita ou il8cita

A#i%e$tal – = sin nimo de embriague" involunt5ria6 ou se9a6 n3o escol4ida pelo agentee por isso produto de um caso fortuito ou de uma for7a maior. Portanto6 a embriague"dolosa ou culposa n3o e clui a imputabilidade

)o."leta – = a(uela total6 plena6 (ue afasta toda a capacidade de discernimento eautodetermina73o.

Teoria %a actio libera in causa – Para permitir (ue a embriague" volunt5ria n3o afastea responsabilidade penal nosso ordenamento adotou a teoria da actio libera in causa –através da (ual se transfere a an5lise da imputabilidade para o momento prévio(uando o agente voluntariamente e de forma livre de imputabilidade6 possibilitandoassim (ue responda por a(uilo (ue fi"er posteriormente.

POTEN)IAL )ON[E)I;ENTO DA ILI)ITUDE

• )o$#eito: Para (ue 4a9a culpabilidade e crime é necess5rio (ue o agente con4e7aconcretamente o car5ter il8cito6 contr5rio a ordem6 da(uilo (ue fa"6 ou ent3o6 caso n3o

con4e7a6 (ue ten4a a possibilidade6 o potencial de con4ec)Olo. Portanto6 se o agenten3o con4ece e nem podia con4ecer o car5ter proibido6 il8cito do (ue fa"6 n3o merecereprova73o6 n3o possui culpabilidade e n3o comete crime.

• Ob!er-a&'o: +3o se confunde o descon4ecimento da ilicitude (ue é causa dee clus3o da culpabilidade e do crime6 ou ainda6 causa de diminui73o da pena >art. <1do CP?6 com o descon4ecimento da lei (ue é inescus5vel6 embora n3o possa ser alegado para afastar a responsabilidade penal ser5 visto como uma circunst nciaatenuante da pena >art. E06 !! do CP?

• - falta de con4ecimento da ilicitude d5 origem ao erro de proibi73o6 (ue poder5 ser inevit5vel6 e portanto6 o agente n3o ter5 con4ecimento da ilicitude e nem possibilidadede con4ec)Ola6 desta forma pela falta de potencial con4ecimento da ilicitude e nempossibilidade de con4ec)Ola6 desta forma pela falta de potencial con4ecimento dailicitude afastaOse a culpabilidade e o pr'prio crime. Porém se o erro sobre o car5ter

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proibido il8cito for evit5vel é sinal de (ue o agente n3o con4ece a ilicitude6 mas podiacon4ec)Ola logo do erro de proibi73o evit5vel matem a culpabilidade6 reprova73o docrime6 porém diminuiOse a pena de 1/E a 1/ .

• A erro de proibi73o 9amais afasta o dolo6 pois se refere a um elemento daculpabilidade6 e por isso poder5 diminuir a pena6 mas mantendo a nature"a dolosa do

crime >erro evit5vel?. X5 o erro de tipo sempre afasta o dolo6 podendo afastar também aculpa se for um erro inevit5vel em (ue o agente n3o falta com o cuidado6 gerandoassim6 atipicidade. X5 o erro de tipo evit5vel6 produto de um descuido do agente6afastar5 o dolo >sempre?6 mas permitir5 (ue o agente responda pela forma culposa docrime >se 4ouver?.

• Erro %e "roibi&'o – = o erro (ue recai sobre o car5ter il8cito do fato. A agente temperfeita compreens3o acerca dos fatos6 apenas n3o sabe (ue tais fatos s3o proibidos.

: o 4oland)s (ue fuma macon4a6 no pa8s dele é permitido fumar macon4a6 ele n3otem ci)ncia (ue no #rasil tal conduta é proibida. : o professor Guaraci foi paraargentina com uma carteira de identidade com mais de de" anos de emiss3o >e l5 écrime portar identidade com mais de de" anos de emiss3o?. +esse caso6 o professor Guaraci estava em erro de proibi73o6 95 (ue ele n3o sabia nem da lei6 ou se9a6 (ue suaconduta era proibida.

Erro %e ti"o >art. <L do CP? Erro %e "roibi&'o >art. <1 do CP?O : portar macon4a pensando ser orégano.

O : portar macon4a6 sabendo (ue émacon4a6 mas pensando ser permitido oporte.

O $e inevit5vel – e clui dolo e culpa.O $e evit5vel – e clui o dolo e permite apuni73o por culpa >se 4ouver previs3o?.

O $e inevit5vel – e clui a culpabilidade6 eisenta a pena.O $e evit5vel – Redu" a pena.

Descon4ecimento da lei – = inescus5vel6 pois constitui a mera ignor ncia formal dalei6 n3o se confundindo com o erro de proibi73o. +3o isentar5 ninguém de pena6 é

um rele descon4ecimento da lei. : A 4omem (ue furta o meu celular na rua6 (uen3o possui con4ecimento da lei6 mas sabe (ue é errado >é crime?.

1( )o$!e<4H$#ia:

Erro %e "roibi&'o

I$e-itF-el e!#4!F-el o4 i$-e$#,-el O clui o potencial con4ecimento dailicitude. clui a culpabilidade e conse(uentemente e clui a pena.

E-itF-el -e$#,-el o4 i$e!#4!F-el – Redu" a pena de 1/E a 1/ .EWI IBILIDADE DE )ONDUTA DI ER+A

• Para (ue 4a9a reprova73o6 culpabilidade e crime6 tem (ue ser poss8vel se e igir doagente um comportamento6 uma conduta diversa6 diferente da(uela por ele praticada6sendo (ue6 de acordo com o CP art. <<6 45 duas 4ip'teses de i$e igibili%a%e %e#o$%4ta %i-er!a6 (ue afastar3o a culpabilidade e o crime:

- coa73o moral irresist8velAbedi)ncia 4ier5r(uica

)OA@ O ;ORAL – ART( 22 DO )P

1( )o$#eito

A agente >coagido? é constrangido por terceiro >coator? a pratica do crime. : Imaorgani"a73o criminosa se( estra algum familiar meu6 amea7ando (ue caso eu n3oprati(ue determinado crime6 matar5 meu familiar.

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2( )o$!e<4H$#ia:

)oa&'o ;oral

Irre!i!t,-el – clui a e igibilidade de conduta diversa >n3o dava para meobrigar a fa"er coisa diferente?. clui a culpabilidade6 portanto 45 a isen73o de

pena. : mate o presidente da repHblica6 caso contr5rio6 matarei o seu fil4o.Re!i!t,-el – = uma atenuante genérica6 prevista no art. E0 do CP. : ,ate opresidente da repHblica6 caso contr5rio cortarei o seu cabelo.

Circunst ncias atenuantes

-rt. E0 O $3o circunst ncias (ue sempre atenuam a pena:

! O ser o agente menor de <1 >vinte e um?6 na data do fato6 ou maior de FL >setenta? anos6 nadata da senten7a;

!! O o descon4ecimento da lei;!!! O ter o agente:

a? cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;

b? procurado6 por sua espont nea vontade e com efici)ncia6 logo ap's o crime6 evitarOl4e ouminorarOl4e as conse( )ncias6 ou ter6 antes do 9ulgamento6 reparado o dano;

c? cometido o crime sob coa73o a (ue podia resistir6 ou em cumprimento de ordem deautoridade superior6 ou sob a influ)ncia de violenta emo73o6 provocada por ato in9usto dav8tima;

d? confessado espontaneamente6 perante a autoridade6 a autoria do crime;

e? cometido o crime sob a influ)ncia de multid3o em tumulto6 se n3o o provocou.

Ob!(: A Coator responder5 pelo crime praticado pelo coagido.

OBEDI N)IA [IERSR UI)A – ART( 22 DO )P

1( )o$#eito:

A subordinado pratica o in9usto obedecendo a ordem de superior 4ier5r(uico.

Ob!(: $' 45 obedi)ncia 4ier5r(uica em rela7*es de direito pHblico. +3o 45 obedi)ncia4ier5r(uica em rela7*es privadas >se9am elas: laborais6 familiares etc.?.

2( )o$!e<4H$#ia:

Obe%iH$#ia [ierFr<4i#a

Or%e. $'o .a$ife!ta.e$te ilegal – $upondo obedecer a uma ordemleg8tima do superior6 o agente pratica o fato incriminado. +esse caso6 e clui ae igibilidade de conduta diversa6 e cluindo a culpabilidade6 e6 portanto sendoisenta de pena.

Or%e. .a$ife!ta.e$te ilegal – Configura uma circunst ncia atenuantegenérica >art. E0 do CP?. : Im delegado de 4ierar(uia superior ordena aoutro delegado (ue n3o instaure in(uérito policial >prevarica73o – n3o reali"ou

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o dever de of8cio? – a ordem é visivelmente ilegal. Ardem em (ue a ilegalidadesalta aos ol4os.

Ob!(: A superior responde pelo delito praticado pelo subordinado.

)ON)UR+O DE A ENTE+

• Art( 2 a 61 %o )P

I( Teoria art( 2 3 #a"4t %o )P

-rt. <K O Quem6 de (ual(uer modo6 concorre para o crime incide nas penas a este cominadas6na medida de sua culpabilidade.

1. Regra: &eoria monista ou unit5ria – &odo a(uele (ue concorrer para um crime incidenas penas a ele cominadas6 na medida de sua culpabilidade. &odos os colaboradoresrespondem pelo mesmo crime6 porém na medida de sua culpabilidade. : A caso$u"ane on Ric4t4ofen6 todos os participantes do crime responderam por 4omic8dio6porém a aplicabilidade da pena foi feita de forma proporcional a participa73o de cadaum.

2. E #e&7e!: &eoria Pluralista – B5 casos em (ue o legislador estabelece crimesdistintos para os concorrentes. Confundida com a teoria dualista. Cada colaborador responde por um crime diferente. - teoria pluralista é adotada como e ce73o. : oaborto. - gestante consente >pede ou paga para a reali"a73o do aborto? e o terceiroreali"a o aborto. - v8tima do crime é a mesma6 pela teoria monista os dois deveriamresponder pelo mesmo crime6"or .3 o legislador previu (ue o crime praticado pelagestante ser5 o crime do art. 1< do CP >-borto provocado pela gestante ou com seuconsentimento O pena de 1 a anos?6 e o terceiro responde pelo crime do art. 1<E doCP >-borto provocado por terceiro O pena de 1 a anos?.

II( P4$i&'o

1. &odos respondem por um Hnico tipoObase6 na medida de sua culpabilidade >dareprovabilidade de sua a73o?.

-utor – é (uem pratica o verbo do tipoPart8cipe – n3o pratica o verbo do tipo6 elei$%4J3 i$!tiga o4 a4 ilia(

.: Xo3o (ue deu carona para Pedro6 sabendo (ue o mesmo ia matar o pr'prio pai6 Xo3o ser5part8cipe e Pedro o -utor do crime de 4omic8dio6 resta saber se Xo3o também responder5 coma agravante por a v8tima ser ascendente de Pedro6 veremos adiante.

<. Participa73o de menor import ncia – -rt. <K U 1 do CP – $e o 9ui" concluir (ue um dos

concorrentes teve participa73o de menor import ncia poder5 redu"ir a pena de 1/E a1/ >depender5 do caso concreto?. : o caso do c4urrasco (ue falou mata mata. Queo outro ia matar de (ual(uer 9eito.

U 1 O $e a participa73o for de menor import ncia6 a pena pode ser diminu8da de um se to aum ter7o.

. Coopera73o dolosamente distinta – -rt. <K U < do CP – Quando um dos concorrentes(uis participar de crime menos grave6 serOl4eOa aplicada a pena deste. : A isto ePeter sa8ram para furtar um toca fitas de um veiculo6 (uando eles come7aram a furtar6c4ega a vitima6 isto fugiu6 e Peter ficou >tin4a uma arma (ue n3o era de con4ecimentode isto (ue Peter tin4a tal arma? e pratica o crime de roubo6 eles n3o (ueriam amesma coisa6 isto (ueria o furto6 e Peter praticou o crime de roubo.

K 2 +e alg4. %o! #o$#orre$te! <4i! "arti#i"ar %e #ri.e .e$o! gra-e3 !er l e Fa"li#a%a a "e$a %e!te e!!a "e$a !erF a4.e$ta%a at .eta%e3 $a i"Cte!e %e ter !i%o

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"re-i!,-el o re!4lta%o .ai! gra-e(

Q #o$!i%era%a "ela %o4tri$a #o.o e #e&'o a teoria .o$i!ta(

A "e$a %o #ri.e .e$o! gra-e !erF a4.e$ta%a %e .eta%e !e o re!4lta%oera "re-i!,-el(

. Circunst ncias incomunic5veis – -rt. L do CP – -s circunst ncias >agravantes6ma9orantes6 (ualificadoras6 atenuantes6 minorantes6 privilegiadoras? pessoais n3o secomunicam6 salvo (uando elementares do crime.

Art( 60 N'o !e #o.4$i#a. a! #ir#4$!t $#ia! e a! #o$%i&7e! %e #arFter "e!!oal3 !al-o<4a$%o ele.e$tare! %o #ri.e(

: Portanto no e emplo dado anteriormente6 referente a Pedro e Xo3o6 conclu8mos (ue Pedroresponde pelo crime com a agravante6 mas Xo3o n3o.

emplo de circunst ncia pessoal (ue configura elementar em crime: é acondi73o de m3e em estado puerperal no delito de infantic8dio. Portanto6 nessecaso6 todos os (ue contribu8rem com a m3e responder5 também por infantic8dio.

Comp%emento&

DIREITO PENALPRA2 $$AR: P-&R[C!- -+\A%!+!

APLI)A@ O DA PENA

• Isaremos como par metro a senten7a dada ao caso +ardoni

1( Eta"a! %a a"li#a&'o %a "e$a

I( )la!!ifi#a&'o %o #ri.e

a) Portanto condeno o réu por 4omic8dio (ualificado – primeiro o 9ui" classifica ocrime.

-% -+DR -% $ +-RDA+! e -++- C-RA%!+- &RA&&- P ! A&A X-&A# ]6 (ualificadosnos autos6 foram denunciados pelo ,inistério PHblico por(ue no dia <K de mar7o de <.LLJ6 por

volta de < : K 4oras6 na rua $anta %eoc5dia6 ila !solina ,a"ei6 nesta Capital6 agindo emconcurso e com identidade de prop'sitos6 teriam praticado crime de o.i#,%io tri"la.e$te<4alifi#a%opelo meio cruel >asfi ia mec nica e sofrimento intenso?6 utili"a73o de recurso (ueimpossibilitou a defesa da ofendida >surpresa na esganadura e lan7amento inconsciente pela 9anela? e com o ob9etivo de ocultar crime anteriormente cometido >esganadura e ferimentospraticados anteriormente contra a mesma v8tima? contra a menina !$-# %%- A%! !R-+-RDA+!.

+essa fase devem ser apreciadas eventuais (ualificadoras e privilegiadoras.

-ntes de apreciar a dosimetria o 9ui" 95 verifica se o crime tem (ualificadoras eprivilegiadoras.

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4alifi#a%ora! e "ri-ilegia%ora! $3o circunst ncias sempre previstas na Partespecial do C'digo Penal6 (ue alteram os limites m8nimo e m5 imo da pena em

abstrato.

E : 4alifi#a%ora! -rt. 1<1 do CP – crime de

4omic8dio – pena de E a <Lanos

-rt. 1<1 U < do CP – crimede 4omic8dio (ualificado –pena de 1< a L anos

Pri-ilegia%ora -rt. 1F do CP – crime decorrup73o passiva – penade < a 1< anos

-rt. 1F U< do CP – crimede corrup73o passivaprivilegiada – pena dedeten73o de meses a 1ano

Art 121( ;atar alg4 .:

Pe$a re#l4!'o3 %e !ei! a -i$te a$o!(

K 2\ +e o o.i#,%io #o.eti%o:

I .e%ia$te "aga o4 "ro.e!!a %e re#o."e$!a3 o4 "or o4tro .oti-o tor"e

II "or .oti-o fGtil

III #o. e."rego %e -e$e$o3 fogo3 e "lo!i-o3 a!fi ia3 tort4ra o4 o4tro .eio i$!i%io!o o4#r4el3 o4 %e <4e "o!!a re!4ltar "erigo #o.4.

I trai&'o3 %e e.bo!#a%a3 o4 .e%ia$te %i!!i.4la&'o o4 o4tro re#4r!o <4e %ifi#4lteo4 tor$e i."o!!,-el a %efe!a %o ofe$%i%o

"ara a!!eg4rar a e e#4&'o3 a o#4lta&'o3 a i."4$i%a%e o4 -a$tage. %e o4tro #ri.e:

Pe$a re#l4!'o3 %e %oJe a tri$ta a$o!(

Art( 61] +oli#itar o4 re#eber3 "ara !i o4 "ara o4tre.3 %ireta o4 i$%ireta.e$te3 ai$%a <4efora %a f4$&'o o4 a$te! %e a!!4.i la3 .a! e. raJ'o %ela3 -a$tage. i$%e-i%a3 o4 a#eitar "ro.e!!a %e tal -a$tage.:

Pe$a – re#l4!'o3 %e 2 %oi! a 12 %oJe a$o!3 e .4lta(

K 2 +e o f4$#io$Frio "rati#a3 %ei a %e "rati#ar o4 retar%a ato %e of,#io3 #o. i$fra&'o%e %e-er f4$#io$al3 #e%e$%o a "e%i%o o4 i$fl4H$#ia %e o4tre.:

Pe$a %ete$&'o3 %e trH! .e!e! a 4. a$o3 o4 .4lta(

4a$%o o o.i#,%io tri"la.e$te <4alifi#a%o3 #o.o o 94iJ 4!arF a %o!i.etria %a"e$aZ = 9ustamente o caso da !sabela +ardoni. +esse caso6 uma delas ser5empregada para (ualificar o crime6 e as restantes como agravantes >se previstas noart. E1 – feita na segunda fase da dosimetria da pena? ou como circunst ncias 9udiciais.

Art( >1 +'o #ir#4$!t $#ia! <4e !e."re agra-a. a "e$a3 <4a$%o $'o #o$!tit4e. o4

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<4alifi#a. o #ri.e:

I a rei$#i%H$#ia

II ter o age$te #o.eti%o o #ri.e:

a "or .oti-o fGtil o4 tor"e

b "ara fa#ilitar o4 a!!eg4rar a e e#4&'o3 a o#4lta&'o3 a i."4$i%a%e o4 -a$tage. %eo4tro #ri.e

# trai&'o3 %e e.bo!#a%a3 o4 .e%ia$te %i!!i.4la&'o3 o4 o4tro re#4r!o <4e %ifi#4lto4o4 tor$o4 i."o!!,-el a %efe!a %o ofe$%i%o

% #o. e."rego %e -e$e$o3 fogo3 e "lo!i-o3 tort4ra o4 o4tro .eio i$!i%io!o o4 #r4el3o4 %e <4e "o%ia re!4ltar "erigo #o.4.

e #o$tra a!#e$%e$te3 %e!#e$%e$te3 ir.'o o4 #^$94ge

f #o. ab4!o %e a4tori%a%e o4 "re-ale#e$%o !e %e rela&7e! %o. !ti#a!3 %e #oabita&'oo4 %e o!"itali%a%e3 o4 #o. -iolH$#ia #o$tra a .4l er $a for.a %a lei e!"e#,fi#a

g #o. ab4!o %e "o%er o4 -iola&'o %e %e-er i$ere$te a #argo3 of,#io3 .i$i!t rio o4"rofi!!'o

#o$tra #ria$&a3 .aior %e >0 !e!!e$ta a$o!3 e$fer.o o4 .4l er grF-i%a

i <4a$%o o ofe$%i%o e!ta-a !ob a i.e%iata "rote&'o %a a4tori%a%e

9 e. o#a!i'o %e i$#H$%io3 $a4frFgio3 i$4$%a&'o o4 <4al<4er #ala.i%a%e "Gbli#a3 o4 %e%e!gra&a "arti#4lar %o ofe$%i%o

l e. e!ta%o %e e.briag4eJ "reor%e$a%a(

+o crime de XHri6 (uem decide as (ualificadoras s3o os 9urados.

II( Do!i.etria %a "e$a

• Q feita "elo !i!te.a trifF!i#o Art( >8 %o )P – #o."o!ta %e trH! fa!e!:

Art( >8 A "e$a ba!e !erF fi a%a ate$%e$%o !e ao #rit rio %o art( 5 %e!te )C%igo e.!eg4i%a !er'o #o$!i%era%a! a! #ir#4$!t $#ia! ate$4a$te! e agra-a$te! "or Glti.o3 a!#a4!a! %e %i.i$4i&'o e %e a4.e$to(

ParFgrafo G$i#o No #o$#4r!o %e #a4!a! %e a4.e$to o4 %e %i.i$4i&'o "re-i!ta! $a"arte e!"e#ial3 "o%e o 94iJ li.itar !e a 4. !C a4.e$to o4 a 4.a !C %i.i$4i&'o3"re-ale#e$%o3 to%a-ia3 a #a4!a <4e .ai! a4.e$te o4 %i.i$4a(

1( Pe$a Ba!e >circunst ncias 9udiciais? – : As +ardoni foram condenados por 4omic8dio(ualificado – a parti da pena base6 (ue poderia ficar entre 1< e L anos – no caso+ardoni a pena base foi de 1E anos.

-ssim sendo6 frente a todas essas considera7*es6 .a9oro a "e$a ba!e "ara #a%a 4. %o!r 4! em rela73o ao crime de 4omic8dio praticado por eles6<4alifi#a%o "elo fato %e ter !i%o#o.eti%o "ara gara$tir a o#4lta&'o %e %elito a$terior >inciso 6 do par5grafo segundo do

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art. 1<1 do C'digo Penal? $o .o$ta$te %e 1/6 4. ter&o 3 o <4e re!4lta e. 1> %eJe!!ei!a$o! %e re#l4!'o3 "ara #a%a 4. %ele!(

Li.ite!: +essa fase a pena deve ficar dentro dos limites legais.O <4e o 94iJ %e-e ob!er-ar ao e!ti"4lar a "e$a ba!eZ - pena base parte dom8nimo e se 4ouver elementos para tanto6 ele vai aumentando a pena para om5 imo. A 9ui" aumenta (uanto ele (uiser6 e cabe ao advogado (uestionar caso4a9a uma discrep ncia na aplicabilidade da base da pena.

)ir#4$!t $#ia! 94%i#iai! art( 5 %o )PCulpabilidade

-ntecedentesConduta social,otivosCircunst nciasConse(u)ncias do crime

Comportamento da v8tima

Art( 5 O 94iJ3 ate$%e$%o #4l"abili%a%e3 ao! a$te#e%e$te!3 #o$%4ta !o#ial3 "er!o$ali%a%e %o age$te3 ao! .oti-o!3 ! #ir#4$!t $#ia! e #o$!e<=H$#ia! %o #ri.e3be. #o.o ao #o."orta.e$to %a -,ti.a3 e!tabele#erF3 #o$for.e !e9a $e#e!!Frio e!4fi#ie$te "ara re"ro-a&'o e "re-e$&'o %o #ri.e:

I a! "e$a! a"li#F-ei! %e$tre a! #o.i$a%a!

II a <4a$ti%a%e %e "e$a a"li#F-el3 %e$tro %o! li.ite! "re-i!to!III o regi.e i$i#ial %e #4."ri.e$to %a "e$a "ri-ati-a %e liber%a%e

I a !4b!tit4i&'o %a "e$a "ri-ati-a %a liber%a%e a"li#a%a3 "or o4tra e!" #ie %e "e$a3 !e#ab,-el(

+o caso +ardoni o (ue aconteceu para a pena base c4egar a 1E anosV

!sto por(ue a #4l"abili%a%e3 a "er!o$ali%a%e %o! age$te!3 a! #ir#4$!t $#ia! e a!#o$!e<4H$#ia! <4e #er#ara. a "rFti#a %o #ri.e 6 no presente caso concreto6 e cederam aprevisibilidade do tipo legal6 e igindo assim a e aspera73o de suas reprimendas nestaprimeira fase de fi a73o da pena6 como forma de reprova73o social W altura (ue o crime e osautores do fato merecem.

Ima das circunst ncias mais importantes s3o os a$te#e%e$te! . ale ressaltar (uese n3o 4ouver tr nsito em 9ulgado6 n3o 45 como ma9orar a penaObase por tal6 emrespeito ao princ8pio da presun73o de inoc)ncia. : o su9eito (ue responde a Lprocessos pelo mesmo crime6 porém n3o 45 nen4um tr nsito em 9ulgado6 esses

L crimes n3o podem ser usados como nen4uma circunst ncia de aumento dapenaObase6 posto (ue6 isso violaria o principio da presun73o de inoc)ncia6 95 (ueele n3o foi condenado por nen4um dos crimes.

$Hmula do $&X – !n(uéritos em tramita73o ou a7*es penais sem tr nsito em 9ulgado ano podem ser utili"ados para elevar a pena base.

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+TV +G.4la $ O e%a&'o UtiliJa&'o %e I$<4 rito! Poli#iai! e A&7e! Pe$ai! e.)4r!o "ara Agra-ar a Pe$a Ba!e= vedada a utili"a73o de in(uéritos policiais e a7*es penais em curso para agravar a penaObase.

O r 4 o!te$tarF %e .a4! a$te#e%e$te! a"e$a! <4a$%o o4-er #o$%e$a&7e!

%efi$iti-a!3 <4e $'o gere. rei$#i%H$#ia( : - condena73o em rela73o a (ual 95transcorreu o per8odo depurador da reincid)ncia.

2( Pe$a "ro-i!Cria – = nessa pena (ue se incorporam as atenuantes e as agravantes.

Li.ite: +essa fase prevalece (ue a pena também deve ficar dentro dos limiteslegais.

+G.4la 261 %o +TV – - e ist)ncia de circunst ncia atenuante n3o pode condu"ir apena abai o do m8nimo.

+TV +G.4la $ 261 O)ir#4$!t $#ia! Ate$4a$te! Re%4&'o %a Pe$a ;,$i.o Legal - incid)ncia da circunst ncia atenuante n3o pode condu"ir W redu73o da pena abai o dom8nimo legal.

Agra-a$te! e ate$4a$te! $3o circunst ncias sempre previstas na Parte Geraldo C'digo Penal >art. E1 a EF do CP?6 aplicadas na segunda fase da dosimetria6 em(uantia determinada pelo 9ui".

)ir#4$!t $#ia! agra-a$te!

-rt. E1 O $3o circunst ncias (ue sempre agravam a pena6 (uando n3o constituem ou(ualificam o crime:

! O a reincid)ncia;

!! O ter o agente cometido o crime:

a? por motivo fHtil ou torpe;

b? para facilitar ou assegurar a e ecu73o6 a oculta73o6 a impunidade ou vantagem de outrocrime;

c? W trai73o6 de emboscada6 ou mediante dissimula73o6 ou outro recurso (ue dificultou outornou imposs8vel a defesa do ofendido;

d? com emprego de veneno6 fogo6 e plosivo6 tortura ou outro meio insidioso ou cruel6 ou de(ue podia resultar perigo comum;

e? contra ascendente6 descendente6 irm3o ou c n9uge;

f? com abuso de autoridade ou prevalecendoOse de rela7*es domésticas6 de coabita73o ou de4ospitalidade6 ou com viol)ncia contra a mul4er na forma da lei espec8fica;

g? com abuso de poder ou viola73o de dever inerente a cargo6 of8cio6 ministério ou profiss3o;

4? contra crian7a6 maior de EL >sessenta? anos6 enfermo ou mul4er gr5vida;

i? (uando o ofendido estava sob a imediata prote73o da autoridade;

9? em ocasi3o de inc)ndio6 naufr5gio6 inunda73o ou (ual(uer calamidade pHblica6 ou de

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desgra7a particular do ofendido;

l? em estado de embriague" preordenada.

Agra-a$te! $o #a!o %e #o$#4r!o %e "e!!oa!

-rt. E< O - pena ser5 ainda agravada em rela73o ao agente (ue:

! O promove6 ou organi"a a coopera73o no crime ou dirige a atividade dos demais agentes;

!! O coage ou indu" outrem W e ecu73o material do crime;

!!! O instiga ou determina a cometer o crime alguém su9eito W sua autoridade ou n3oOpun8vel emvirtude de condi73o ou (ualidade pessoal;

! O e ecuta o crime6 ou nele participa6 mediante paga ou promessa de recompensa.

Rei$#i%H$#ia

-rt. E O erificaOse a reincid)ncia (uando o agente comete novo crime6 depois de transitar em 9ulgado a senten7a (ue6 no Pa8s ou no estrangeiro6 o ten4a condenado por crime anterior.

-rt. E O Para efeito de reincid)ncia:

! O n3o prevalece a condena73o anterior6 se entre a data do cumprimento ou e tin73o da penae a infra73o posterior tiver decorrido per8odo de tempo superior a 0 >cinco? anos6 computado oper8odo de prova da suspens3o ou do livramento condicional6 se n3o ocorrer revoga73o;

!! O n3o se consideram os crimes militares pr'prios e pol8ticos.)ir#4$!t $#ia! ate$4a$te!

-rt. E0 O $3o circunst ncias (ue sempre atenuam a pena:

! O ser o agente menor de <1 >vinte e um?6 na data do fato6 ou maior de FL >setenta? anos6 nadata da senten7a;

!! O o descon4ecimento da lei;

!!! O ter o agente:

a? cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;

b? procurado6 por sua espont nea vontade e com efici)ncia6 logo ap's o crime6 evitarOl4e ouminorarOl4e as conse( )ncias6 ou ter6 antes do 9ulgamento6 reparado o dano;

c? cometido o crime sob coa73o a (ue podia resistir6 ou em cumprimento de ordem deautoridade superior6 ou sob a influ)ncia de violenta emo73o6 provocada por ato in9usto dav8tima;

d? confessado espontaneamente6 perante a autoridade6 a autoria do crime;

e? cometido o crime sob a influ)ncia de multid3o em tumulto6 se n3o o provocou.

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-rt. EE O - pena poder5 ser ainda atenuada em ra"3o de circunst ncia relevante6 anterior ouposterior ao crime6 embora n3o prevista e pressamente em lei.

)o$#4r!o %e #ir#4$!t $#ia! agra-a$te! e ate$4a$te!

-rt. EF O +o concurso de agravantes e atenuantes6 a pena deve apro imarOse do limiteindicado pelas circunst ncias preponderantes6 entendendoOse como tais as (ue resultam dosmotivos determinantes do crime6 da personalidade do agente e da reincid)ncia.

[a-e$%o #o$#4r!o e$tre agra-a$te! e ate$4a$te!Z $egundo o art. EF a penadeve apro imarOse das circunst ncias preponderantes.

O 94iJ "o%e #o."e$!ar a agra-a$te #o. a ate$4a$te( Por .3 e i!te. a!agra-a$te! e ate$4a$te! "re"o$%era$te! R eincid)ncia6 Personalidade e; otivos?(

+o caso +ardoni6 como o 4omic8dio foi triplamente (ualificado6 as outras duas

(ualificadoras foram utili"adas como agravantes6 e por isso ma9orou em 1/ dapena base.

A "e$a %o Ale a$%re foi .aior "or ter #o.eti%o o #ri.e #o$tra %e!#e$%e$te(

Ate$4a$te! art( >5 e >> %o )P – $3o circunst ncias (ue sempre atenuam apena6 previstas no art. E0 do CP. $egundo o art. EE do CP o 9ui" também podeconsiderar como atenuante circunst ncia anterior ou posterior ao crime6 ainda (uen3o prevista em lei >atenuante inominada?.

Agra-a$te! art!( >1 e >2 %o )P – $3o circunst ncias (ue sempre agravam apena6 (uando n3o constituem ou (ualificam o crime. Previstas ta ativamente nosartigos E1 e E< do CP. ale ressaltar (ue $'o e istem agravantes inominadas.

- principal agravante é a rei$#i%H$#ia >é uma inclusive uma agravantepreponderante?(

A (ue impede a +UR+I+ !4!"e$!'o #o$%i#io$al %a "e$a a rei$#i%H$#ia%olo!a(

Rei$#i%H$#ia

a )o$#eito: = reincidente (uem pratica um novo crime ap's senten7a transitadaem 9ulgado (ue o condenou no #rasil ou no e terior por crime anterior.

b I$fra&7e! <4e $'o gera. rei$#i%H$#ia

)ri.e! "ol,ti#o!)ri.e! .ilitare! "rC"rio! – $3o a(ueles (ue s' t)m previs3o noC'digo ,ilitar >pederastia6 insubordina73o6 etc.?.)o$tra-e$&'o "e$al3 salvo em rela73o a uma nova contraven73o.

era rei$#i%H$#ia Tr $!ito "or((( No-o((()C%igo Pe$al )ri.e )ri.eLei %e )o$tra-e$&7e!Pe$ai!

)o$tra-e$&'o )o$tra-e$&'o

Lei %e )o$tra-e$&7e!Pe$ai!

)ri.e )o$tra-e$&'o

• Condena73o por crime sempre gera reincid)ncia.

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• Contraven73o s' gera reincid)ncia se for precedida de uma nova contraven73o.

# Pre!#ri&'o <4i$<4e$al %a rei$#i%H$#ia "er,o%o %e"4ra%or – a senten7acondenat'ria dei a de gerar reincid)ncia depois de passados cinco anos>contados do cumprimento da pena?.

Computado o pra"o de $I$R$!$ >suspens3o condicional da pena? ou livramentocondicional n3o revogados.

III( Pe$a %efi$iti-a

• Q #al#4la%a #o. ba!e $a! #a4!a! %e a4.e$to e %i.i$4i&'o %e "e$a(

Li.ite: Ne!!a fa!e a "e$a "o%e fi#ar abai o o4 a#i.a %o li.ite legal( )a4!a!%e a4.e$to .a9ora$te! e #a4!a! %e %i.i$4i&'o .i$ora$te! – $3ocircunst ncias previstas tanto na parte geral6 (uanto na especial6 aplicadas naterceira fase da dosimetria em (uantia fi ada na lei.

Pode aumentar a pena mais (ue o m5 imo. diminu8Ola a ponto de ficar menor (ue o m8nimo.

E e."lo: Parte eral Parte E!"e#ial)a4!a %e a4.e$to -rt. <K U< do CP – diminui

a pena em metade. -rt. 1<1 U do CP –aumenta a pena em 1/ .

)a4!a %e %i.i$4i&'o -rt. 1E do CP – diminui a

pena de 1/ a </

-rt. 1<1 U1 do CP – redu"

a pena de 1/E a 1/rro na senten7a dos +ardoni:Qualificadora Y aumento de pena >ma9ora a pena em 1/ ?

Arre"e$%i.e$to "o!terior

-rt. 1E O +os crimes cometidos sem viol)ncia ou grave amea7a W pessoa6 reparado o dano ourestitu8da a coisa6 até o recebimento da denHncia ou da (uei a6 por ato volunt5rio do agente6 apena ser5 redu"ida de um a dois ter7os.

Regra! #o.4$! ! "e$a! "ri-ati-a! %e liber%a%e

-rt. <K O Quem6 de (ual(uer modo6 concorre para o crime incide nas penas a este cominadas6na medida de sua culpabilidade.

U < O $e algum dos concorrentes (uis participar de crime menos grave6 serOl4eO5 aplicada apena deste; essa pena ser5 aumentada até metade6 na 4ip'tese de ter sido previs8vel oresultado mais grave.

[o.i#,%io !i."le!

-rt. 1<1 O ,atar alguém:

Pena O reclus3o6 de seis a vinte anos.

)a!o %e %i.i$4i&'o %e "e$a

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U 1 $e o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral6 ousob o dom8nio de violenta emo73o6 logo em seguida a in9usta provoca73o da v8tima6 ou 9ui"pode redu"ir a pena de um se to a um ter7o.

A4.e$to %e "e$a

U o +o 4omic8dio culposo6 a pena é aumentada de 1/ >um ter7o?6 se o crime resulta deinobserv ncia de regra técnica de profiss3o6 arte ou of8cio6 ou se o agente dei a de prestar imediato socorro W v8tima6 n3o procura diminuir as conse( )ncias do seu ato6 ou foge paraevitar pris3o em flagrante. $endo doloso o 4omic8dio6 a pena é aumentada de 1/ >um ter7o?se o crime é praticado contra pessoa menor de 1 >(uator"e? ou maior de EL >sessenta? anos.

[a-e$%o .ai! %e 4.a #a4!a %e a4.e$to o4 .ai! %e 4.a #a4!a %e%i.i$4i&'o3 $a Parte E!"e#ialZ -rt. 10F U< do CP6 roubo6 (uando o roubo épraticado com ma9orantes previstas na "arte e!"e#ial( O 94iJ "o%e a"li#ar !o.e$te 4.a3 devendo optar pela (ue mais aumente ou mais diminua >no casode diminui73o?.

Art( 15] +4btrair #oi!a .C-el al eia3 "ara !i o4 "ara o4tre.3 .e%ia$te gra-e a.ea&ao4 -iolH$#ia a "e!!oa3 o4 %e"oi! %e a-H la3 "or <4al<4er .eio3 re%4Ji%o i."o!!ibili%a%e %e re!i!tH$#ia:

Pe$a re#l4!'o3 %e <4atro a %eJ a$o!3 e .4lta(

K 2 A "e$a a4.e$ta !e %e 4. ter&o at .eta%e:

I !e a -iolH$#ia o4 a.ea&a e er#i%a #o. e."rego %e ar.a

II !e F o #o$#4r!o %e %4a! o4 .ai! "e!!oa!

III !e a -,ti.a e!tF e. !er-i&o %e tra$!"orte %e -alore! e o age$te #o$ e#e tal#ir#4$!t $#ia(

I !e a !4btra&'o for %e -e,#4lo a4to.otor <4e -e$ a a !er tra$!"orta%o "ara o4troE!ta%o o4 "ara o e terior

!e o age$te .a$t . a -,ti.a e. !e4 "o%er3 re!tri$gi$%o !4a liber%a%e(

+a parte geral tem (ue aplicar todas.DIREITO PENAL

)RI;E+ W IDA

• [ omic8dio• Infantic8dio• +uic8dio• Aborto

1. [o.i#,%io art( 121 %o )P

1(1( +i."le! – Pena de E a <L anos >previsto no caput? Y ,atar alguém.

Bediondo6 salvo (uando praticado em a73o t8pica de grupo de e term8nio mesmo (uepor um s' agente.

1(2( 4alifi#a%o –Pena de 1< a L anos >previsto no U< do CP?

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= sempre crime 4ediondo

a? Qualificadoras sub9etivas tem 4aver com os motivos do crime.

Crime praticado mediante paga ou promessa de recompensa.Ob!(: C4amado de 4omic8dio mercen5rio. Baver5 a (ualificadora mesmo(ue n3o ten4a sido entregue a recompensa.

,otivo torpeOb!(: ,otivo torpe >imoral?. &anto a vingan7a (uanto o ciHme pode ou n3oser considerados motivos torpes6 depende da situa73o : ,atar mediantepaga.

,otivo fHtilOb!(: ,otivo fHtil >banal?. = ma9orit5rio (ue a aus)ncia de motivo n3o see(uipara a motivo fHtil.

Para assegurar a e ecu73o6 oculta73o6 impunidade ou vantagem de outro crime.

Ob!(: Cone 3o: ecu73o: matar o marido da mul4er6 para estupr5Ola;Aculta73o: matar a testemun4a6 para ocultar uma fraude; !mpunidade:matar a vitima do estupro para evitar o recon4ecimento; antagem: matar ocomparsa para ficar com todo o produto do furto.

b? Qualificadoras Ab9etivas forma de matar.

• ,eio ou (ual(uer outro meio insidioso6 cruel:

2ogoplos3o

eneno&ortura

-sfi ia

• ,odos (ualificadores ou (ual(uer modo (ue dificulte (ual(uer defesa:

&rai73omboscadaO idéia da tocaia.

Dissimula73oO é o disfarce.

1(6( )a4!a %e %i.i$4i&'o %a "e$a 1/6 a 1/>:

$ub9etivas >falam sobre os motivos?:

Relevante valor moral >individual?; Relevante valor social >valor coletivo?; $obdom8nio de viol)ncia emo73o6 logo ap's in9usta provoca73o da vitima.

[o.i#,%io 4alifi#a%o – Pri-ilegia%o : é poss8vel desde (ue a (ualificadora se9a ob9etiva.

• -us)ncia de motivo n3o se e(uipara a motivo fHtil

1( ( )a4!a %e a4.e$to %e "e$a %o o.i#,%io %olo!o

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• -umenta a pena de 1/• Quando a v8tima tiver menos de 1 anos ou mais de EL anos na data da conduta.• U segunda parte.

1(5( [o.i#,%io #4l"o!o

• Pena de 1 a anos

• ,atar alguém por neglig)ncia6 imprud)ncia ou imper8cia.

• U do art. 1<1 do CP

• +a dire73o de ve8culo automor6 tem previs3o em uma lei espec8fica. L< do C'digo detr nsito brasileiro >pena de < a anos?

• Causa de aumento de pena O aumenta a pena em 1/

+3o prestar socorro (uando poss8vel.

+3o tentar diminuir as conse(u)ncias dos seus atos

2ugir para evitar o flagrante

&er praticado o crime com inobserv ncia de regra técnica de profiss3o ouof8cio.

Perd3o 9udicial – no crime de 4omic8dio o 9ui" pode dei ar de aplicar a pena.Quando as conse( )ncias do crime atingirem o pr'prio agente de forma t3ograve (ue tornem a san73o penal desnecess5ria.

Trata !e %a %e#i!'o %e#laratCria %a e ti$&'o %a "4$ibili%a%e !e.<4al<4er efeito #o$%e$atCrio(

<. I$fa$ti#,%io

• Previsto no art. 1< do CP

• Pena de < a E anos.

2(1( E!" #ie!

$' 45 previs3o do infantic8dio simples.

+3o 45 infantic8dio:

QualificadoPrivilegiadoCom causas de aumentoCulposoPerd3o 9udicial

2(2( +49eito! %o %elito

$u9eito ativo – m3e em estado puerperal.

Crime pr'prio6 mas n3o de Sm3o pr'priaT >o verbo s' pode ser reali"ado diretamente pelo su9eito ativo previsto na lei?. : falso

testemun4o.

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Concurso de pessoas é admitidoV A terceiro (ue colabora com a m3e>se9a indu"indo6 ou au iliando?6 também responder5 por infantic8o6portanto6 o concurso de pessoas é admitido6 tanto na modalidadecoautoria6 (uanto na modalidade participa73o. Conclu8mos (ue6 (uemcolabora com a m3e também responde por infantic8dio.

A stado puerperal n3o é presumido6 s' por(ue a mul4er praticou oato ap's o parto. le tem (ue ser provado 9udicialmente. Porém nadHvida6 aplicaOse o princ8pio do in dHbio pro réu6 levandoOse emconsidera73o (ue a su9eita encontravaOse em estado puerperal.

$u9eito passivo – nascente ou neonato

%imite temporal do crime de infantic8dio: Desde o in8cio do parto6 atéen(uanto perdurar o estado puerperal.

. +4i#,%io

• -rt. 1<< do CP

6(1( )o$%4ta! t,"i#a!:

!ndu"ir!nstigar. : pula6 vai Pati pula.

-u iliar. : dou um empurr3o"in4o para a pessoa se suicidar.

• $e eu praticar as tr)s condutas6 eu pratico um Hnico crime6 c4amado de tipo mistoalternativo.

• $uic8dio – tirar a pr'pria vida de forma volunt5ria e consciente.

6(2( )o$!4.a&'o/ Te$tati-a

A crime se consuma6 podendo ter dois resultados:

,orte O pena de < a E anos%es3o grave O pena de 1 a anos

)a!o a9a o4tro re!4lta%o 4.a le!'o le-e – #ara#teriJa 4. fatoat,"i#o(

DIREITO PENAL

ABORTO

Art( 12 a 128 %o )P

- prote73o da vida endouterina pelo crime de aborto se inicia com a nida73o >apego doovo na parede do Htero?

1( A4to aborto

-rt. 1<

Prev) duas condutas da gestante:

Provocar. : introdu"ir na cavidade vaginal o cabide tentando provocar o aborto

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Consentir. : consentir (ue terceiro l4e provo(ue aborto. la d5 o bra7o para (ueo farmac)utico apli(ue a in9e73o abortiva.

A terceiro (ue provoca responde pelo art. 1<E >provocar aborto com consentimento dagestante?

2( Pro-o#ar aborto !e. #o$!e$ti.e$to %a ge!ta$te -rt. 1<0 do CP

: o su9eito (ue d5 um tiro na barriga da gestante; o su9eito (ue d5 uma faca nabarriga da gestante

A art. 1<E tem um par5grafo Hnico (ue manda aplicar as penas do art. 1<0 se oconsentimento for obtido mediante viol)ncia6 grave amea7a6 fraude6 ou a v8tima for menor de 1 anos e incapa".

6( Pro-o#ar aborto #o. #o$!e$ti.e$to

-rt. 1<E

( )a4!a! %e a4.e$to

-rt. 1<F

$e da manobra abortiva resulta les3o grave ou morte da gestante.

As resultados devem ser culposos6 se dolosos 4aver5 concurso de crimes. : osu9eito (uer o aborto e acaba resultando morte6 responder5 apenas pelo crime deaborto e o 4omic8dio na modalidade culposa. Porém6 no : ele (uer (ue ocorra amorte da gestante e o aborto6 ele responder5 pelo concurso dos dois crimes.

-s causas de aumento s' incidem nos crimes do art. 1<0 e 1<E do CP.

5( Aborto legal

-rt. 1<J do CP

-borto autori"ado por lei

Deve ser praticado por médico >se n3o for médico6 n3o ser5 aborto legal?

$3o duas espécies:

-borto necess5rio – para salvar a vida da gestante

+3o importa a vontade da gestante6 ou se9a6 é irrelevante a vontade dagestante.

Desnecess5ria ordem 9udicial

-borto sentimental – gravide" decorrente de estupro.

Desnecess5rios6 processo por estupro e ordem 9udicial.

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+ecess5rio re(uerimento da gestante ou de seu representante legal.

$e no posto médico n3o tem médico6 s' 45 uma enfermeira. $e for terceiro (ue n3omédico (ue reali"a a manobra abortiva para salvar a vida da gestante6 n3o 45 abortolegal6 mas poder5 incidir a regra geral do estado de necessidade.

>( Aborto e4gH$i#o

-borto praticado pela m5 forma73o do feto.

Quando a m5 forma73o é do anencéfalo ou do acéfalo

Quem é contra o aborto do anencéfalo6 argumenta (ue isso é eugenia e burla o direitoa vida.

Quem é a favor do aborto do anencéfalo6 argumenta (uestionando o (ue é para adignidade da gestante levar uma gesta73o de um anencéfalo até o final.

,3e de um feto acéfalo >feto sem cabe7a?.

- idéia é a escol4a da m3e.

Continua controversa a possibilidade de interrup73o da gesta73o no caso deanencefalia.

)RI;E+ )ONTRA O PATRI;_NIO

1. ?4rto

-rt. 100 do CP

$ubtrair – significa tirar de forma clandestina.

Coisa – = tudo (ue pode ser apreendido com valor patrimonial relevante.

A U e(uipara a coisa m'vel a energia com valor econ mico

,'vel – -(ueles (ue n3o s3o im'veis

+3o valem as presun7*es de imobilidade da lei civil.

-l4eia – A (ue é de terceiro

$e a coisa for comum6 configura o crime do art. 10E do CP. Que tem a73o pHblicacondicionada

Para si ou para outrem – = o nimo de assen4oramento definitivo. $e para usar edevolver6 n3o configura o crime.

1(1( ?4rto "ri-ilegia%o

-plicabilidade:

Pe(ueno valor da coisa

Prim5rio – prim5rio é a(uele (ue n3o é reincidente

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+esses casos o su9eito tem a redu73o da pena de 1/ a </ e/ou convers3o dareclus3o em deten73o e/ou convers3o em multa.

1(2( ?4rto <4alifi#a%o

-plicabilidade:

!nterrompimento de obst5culo – &em (ue ter viol)ncia contra o obst5culo. :eu parei amarrei o barco na madeira6 e o su9eito vem6 corta a corda e furta obarco6 nesse caso o furto do barco é (ualificado6 porém6 se o su9eitodesamarrasse a corda o furto seria simples.

2urto mediante escalada6 destre"a6 abuso de confian7a e fraude

scalada – = o ingresso por via anormal no local do furto6 com esfor7osens8vel >n3o basta uma pernada6 tem (ue ter um esfor7o. As tribunaisdi"em (ue < metros em regra é o (ue configura?. Destre"a – = a especial 4abilidade de n3o permitir (ue a v8tima perceba asubtra73o. : é o famoso m3o leve.

= poss8vel tentativa de furto mediante destre"a6 desde (ue se9aterceiro (uem percebe a subtra73o.

-buso de confian7a – +3o basta rela73o empregat8cia6 tem (ue ter especialv8nculo de confian7a.

2raude – dif8cil diferenciar o furto mediante fraude >pena de < a J anos? doestelionato >por(ue os dois t)m fraude?. - diferen7a é (ue no furto mediantefraude6 a mentira é utili"ada para afastar a vigil ncia da v8tima permitindo asubtra73o6 95 no estelionato6 a mentira ilude a v8tima (ue entrega a coisa

>com nimo definitivo?.<. Ro4bo

,omento consumativo do roubo: Prevalece nos tribunais superiores (ue basta adeten73o6 ainda (ue por poucos instantes.

2(1( )a4!a! %e a4.e$to

mprego de arma – +3o basta est5 armado. = necess5rio emprego.

-rma de brin(uedo n3o aumenta a pena >de acordo com o princ8pioda legalidade?.

Concurso de pessoas – e é contado mesmo (ue 4a9a menor de idade.

8tima em servi7o transporte de valores e o su9eito sabe (ue a v8tima est5 emservi7o de transporte de valores.

$e o roubo é de ve8culo automotor levado para outro stado ou e terior.

Priva73o de liberdade da v8tima

A inciso n3o trata do c4amado se( estro rel mpago6 (ue 4o9eest5 previsto no art. 10J U do CP.

- causa de aumento do inciso trata da priva73o de liberdaderelevante e necess5ria para o roubo.

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- irrelevante é absolvida pelo roubo e a desnecess5ria >n3o temnada 4aver com o roubo? configura concurso de crimes.

$Hmula do $&X – A aumento da pena do crime de roubo n3o se relaciona como nHmero de causas de aumento6 mas sim com a intensidade da causa.

. E!#4!a! ab!ol4tCria!

Art( 181 e 182

Pode ser absoluta:

-bsoluta >art. 1J1? – !senta de penaRelativa >art. 1J<? – &orna a a73o pHblica condicionada

-s escusas s3o aplicadas para os crimes contra o patrim nio sem viol)ncia ou graveamea7a a pessoa.

Bip'teses de isen73o de pena:

!. Crime entre c n9uges!!. Crime praticado entre ascendentes e descendentes em (ual(uer grau.

Crimes de imunidade Relativa >torna a a73o pHblica condicionada?:

!. Crime entre c n9uges separados!!. Crime entre irm3os!!!. Crime entre tios e sobrin4o (ue coabitam

Ob!(: A! e!#4!a! !'o "er!o$al,!!i.a!: $'o !e #o.4$i#a. $o #a!o %e #o$#4r!o %e"e!!oa!(

Ob!(: N'o i$#i%e. a! e!#4!a! !e a -,ti.a for i%o!a(

DIREITO PENAL

LEI DE )RI;E+ [EDIONDO+ Lei 8(0]2/ 0

I( Rol %e #ri.e! e%io$%o!

1( )ri.e! e%io$%o!:

Bomic8dio simples em a73o t8pica praticada por grupo de e term8nioBomic8dio (ualificado%atroc8nio

tors3o seguida de mortetors3o mediante se( estro

stuprostupro de vulner5velpidemia com resultado morte >dissemina73o de germes patog)nicos da (ual

resulta morte?

2alsifica73o ou adultera73o de subst ncia medicinalGenoc8dio

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2( E<4i"ara%o!

&r5fico&ortura&errorismo

II( Trata.e$to 94r,%i#o "e$al %o! #ri.e! e%io$%o!1( A lei -e%a:

a? 2ian7a

b? -nistia6 gra7a e indulto >causas de e tin73o da punibilidade? – art. 1LF do CP

As tr)s podem ser totais6 parciais6 condicionados ou incondicionados.

Comuta73o de pena – é o indulto parcial >diminui a pena (ue o su9eito tin4a(ue cumprir?

A$i!tia ra&a I$%4ltoO= concedida pelo congresso+acional >95 (ue6 trataOse de lei?

O Concedida pelo Presidente daRepHblica

O Concedida pelo Presidente daRepHblica

O Di" respeito a fatos6 geralmentecrimes pol8ticos.

O Di" respeito a pessoas. O Di" respeito a pessoas.

O Pode ser concedida6 tanto duranteo processo de con4ecimento6 (uantodurante o processo de e ecu73o.

O $' podem ser concedidos noprocesso de e ecu73o

O $' pode ser concedido no processode e ecu73o

O As efeitos da anistia s3o iguais aosda Sabotio criminisT6 ou se9a6 elae tingue todos os efeitos penais dacondena73o. - diferen7a é (ue naSabolitioT a(uela conduta dei a deser crime6 e a(ui n3o.

O $' e tinguem a e ecu73o da pena O $' e tingue a e ecu73o da pena

O = uma lei geral e abstrata O = individual O = coletivoO = provocada O = espont nea >ninguém precisa

pedir? – a compet)ncia édiscricion5ria do soberano

2( A lei a%.ite:

a? Progress3o

)o.4. [e%io$%oRe<4i!ito! ob9eti-o! &em (ue ter cumprido 1/E

da pena&em (ue ter cumprido </0da pena >se prim5rio?. $e oréu for reincidente6 tem (ueter cumprido /0 dapena^^ .

Re<4i!ito! !4b9eti-o! Preciso ter mérito dado pelo estabelecimento prisional^^`E!"e#ial +os crimes contra a administra73o6 e iste um Hltimo

re(uisito6 (ue é a repara73o do dano.

^^ - lei 11. E /LF – admitiu a progress3o em crime 4ediondo.

Para os crimes 4ediondos praticados antes da vig)ncia da lei6 admiteOse aprogress3o ap's o cumprimento de 1/E da pena. Por(ue o $&2 95 4avia

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pacificado (ue era inconstitucional a veda73o da progress3o de regime paracrimes 4ediondos6 e para os crimes antes da lei aplicaOse o pra"o igual ao docrime comum6 por n3o 4aver lei especifica estipulando pra"o para o casoespec8fico de crime 4ediondo. -p's o advento da %ei6 se o su9eito praticar crime 4ediondo6 para (ue l4e se9a concedida a progress3o6 fa"Ose necess5rio ocumprimento de </0 da pena6 se for réu prim5rio6 em sendo reincidente6 ter5

(ue ter cumprido /0 da pena.^^` ,érito e necessidade do e ame criminol'gico: - partir de <LL 6 n3o é mais necess5ria areali"a73o do e ame criminol'gico6 no entanto6 o 9ui" pode re(uer)Olo em casos espec8ficos ede forma motivada >sHmula K do $&X?.

• +3o é admitida progress3o por salto.

• Progress3o antes do tr nsito em 9ulgado. -dmiteOse a progress3o de pena antes dotransito em 9ulgado >sHmula F1E do $&2?

• = poss8vel6 no entanto6 a regress3o por salto.

b? A livramento condicional

• = a possibilidade de cumprir a pena em liberdade.

Re<4i!ito! ob9eti-o! Quando a pena é maior ou igual a < anosComum – 1/ da pena>(uando tiver bonsantecedentes e n3o for reincidente em crimedoloso?. Caso se9areincidente em crime doloso6ter5 de cumprir 1/< da pena.

Bediondo – ter5 de cumprir </ da pena. $alvo6 para ocondenado reincidente emcrime 4ediondo oue(uiparado6 posto (ue aesse n3o poder5 ser concedido o benef8cio do

livramento condicional.Re<4i!ito! !4b9eti-o! #om comportamento carcer5rioRepara73o do dano6 salvo a impossibilidade de fa")Olo

Re<4i!ito e!"e#ial +os crimes com viol)ncia ou grave amea7a6 é preciso acomprova73o (ue o condenado n3o voltar5 a delin( ir.

• $Hmula 1 do $&X – - falta grave n3o interrompe o pra"o para obten73o dolivramento condicional.

• Progress3o de regime6 deve interromper o pra"o6 posto (ue o su9eito regride6 mesmon3o estando disposto em nen4um diploma legal6 é totalmente dedut8vel talposicionamento.

6( A lei trata e!"e#ifi#a.e$te:• A $IR$! e a Pena restritiva de direito – podem ser aplicadas em crime 4ediondo6

desde (ue obede7am aos re(uisitos legais.

• Portanto admitemOse estes dois benef8cios para os crimes 4ediondos e e(uiparados

a Pe$a re!triti-a %e %ireito

)4l"o!o Dolo!oRe<4i!ito! ob9eti-o! Qual(uer pena Crime sem viol)ncia N pena

menor ou Y a anos.

Re<4i!ito! !4b9eti-o! +3o reincidente espec8fico >no mesmo crime?

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b +UR+I+ !4!"e$!'o #o$%i#io$al %a "e$a

)o.4. EtFrio o4 4.a$itFrioRe<4i!ito! ob9eti-o! Pena menor ou Y a < anos

Periodo de prova < a anost5rio: maior de FL anos

Pena menor ou Y a anosPer8odo de prova Y a E

anosRe<4i!ito! !4b9eti-o! +3o reincidente em crime doloso