sidney penal completo 001

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1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você? Sidney Filho – Direito Penal Curso Completo NOÇÕES INTRODUTÓRIAS PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL Conceito e Princípios Conceito Direito Penal Objetivo Leis (Art. 22, I, CF) Direito Penal Subjetivo Direito de Punir Limitações Temporais Espaciais Direito de Persecução Penal Direito de Punir E os índios? proibida em qualquer caso a pena de morte. E o TPI? Art. 1, Estatuto de Roma - -- Decreto 4388/02 Princípio

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resumo de direito penal completo.

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  • 1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Sidney Filho Direito Penal

    Curso Completo

    NOES INTRODUTRIAS

    PRINCIPAIS PRINCPIOS DO DIREITO PENAL

    Conceito e Princpios

    Conceito

    Direito Penal Objetivo

    Leis (Art. 22, I, CF)

    Direito Penal Subjetivo

    Direito de Punir

    Limitaes

    Temporais

    Espaciais

    Direito de Persecuo Penal

    Direito de Punir

    E os ndios?

    proibida em qualquer caso a pena de morte.

    E o TPI?

    Art. 1, Estatuto de Roma -

    - -

    Decreto 4388/02

    Princpio

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado---> O estado no pode legislar sobre direito penal, somente a Unio. Mas a Unio pode delegar essa competncia ao estado por meio de lei complementar. "Compete privativamente Unio legislar sobre: I) Direito penal, ....

    gibaTexto digitado|

    gibaTexto digitado|

    gibaTexto digitado__-->> Leis penais s podem ser leis ordinrias ou complementares

    gibaTexto digitado---> Estado

    gibaTexto digitado---->

    gibaTexto digitadoLegitimidade para processar algum. Nas aes penais privadas, o direito do ofendido. Nas aes penais pblicas o direito do Ministrio Pblico (MP)

    gibaTexto digitado(Estado)

    gibaTexto digitado--> Prescrio e Decadncia. Prescrio a extino da punibilidade pelo decurso do tempo. Imprescritiveis so apenas os crimes de Racismo e Aes de grupos armados civis ou militares contra o Estado demortico de Direito ou a Ordem Constitucional.

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitadoExtraterritorialidade - -------------------------------{crimes cometidos apenas em territrio brasileiro

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(NDIOS SEM NVEL DE SOCIALIZAO)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(Tribunal Penal Internacional)

    gibaTexto digitado

  • 2 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    da Interveno Mnima

    da Fragmentariedade

    Interveno em concreto

    da Subsidiariedade

    Interveno em abstrato

    da Lesividade

    Crimes de Perigo

    Concreto

    Abstrato

    Princpio

    da Adequao Social

    da Responsabilidade Penal Pessoal e Subjetiva

    da Culpabilidade

    da Pessoalidade da Pena

    Art. 5, XLV - nenhuma pena passar da pessoa do condenado, podendo a obrigao de

    reparar o dano e a decretao do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas

    aos sucessores e contra eles executadas, at o limite do valor do patrimnio transferido;

    Princpio

    Da Humanidade das Penas

    Art. 5, XLVII - no haver penas:

    a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

    b) de carter perptuo;

    c) de trabalhos forados;

    d) de banimento;

    e) cruis;

    Princpio

    da Presuno de Inocncia ou da no culpa

    Art. 5, LVII, CF -

    Art. 2, 2, da CADH -

    Princpio

    da individualizao da pena

    gibaTexto digitado Normas jurdicas { ----> Regras { ----> Princpios

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado( ultima ratio - ltima instncia - penas mais graves)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado ---> Leis s devem ser aplicadas apenas para condutas graves

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado---> S devem ser feitas leis apenas para condutas graves

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado( ou da ofensividade) ---> s existir crime se, no caso concreto, houver leso ou exposio de leso ao bem jurdico

    gibaTexto digitado--> Fica comprovado a leso ou exposio de leso ao bem jurdico no caso concreto

    gibaTexto digitado---> Leso ou exposio de leso presumida e no comprovada. (INCONSTITUCIONAL)

    gibaTexto digitado|____---> H excees: Embriaguez ao volante (no mbito administrativo ou cvel)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado---> Hans Welzel -- trnsito, aeronaves, usina nuclear (crimes que caracterizam perigomas no so punidos por serem adequados socialmente)

    gibaTexto digitado|____--> "A pena no passar da pessoa do condenado"

    gibaTexto digitado----> elemetos subjetivos (Dolo; finalidade especial; culpa)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitadoNo existe responsabilidadepenal objetiva// o Dolo ou a culpa -----{devem ser comprovados

    gibaTexto digitado----> O estado s pode punir algum quando houver juzo de reprovao (comprovado portrs elementos: imputabilidade; potencial conscincia da ilicitude; exigibilidade de conduta diversa)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(abaixo)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(abaixo)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(limite de 30 anos)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(penas maiores de 40, 50 anos - liberdade condicionalde 1/3 da pena)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(abaixo)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

  • 3 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Art. 5, XLVI, CF - a lei regular a individualizao da pena e adotar, entre outras, as

    seguintes:

    a) privao ou restrio da liberdade;

    b) perda de bens;

    c) multa;

    d) prestao social alternativa;

    e) suspenso ou interdio de direitos;

    Princpio

    do non bis in idem

    da insignificncia

    a) mnima ofensividade da conduta do agente;

    b) nenhuma periculosidade social da ao;

    c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;

    d) inexpressividade da leso jurdica provocada.

    da Consuno ou Absoro

    Durante as aulas

    da legalidade

    da anterioridade

    da taxatividade

    Questes

    1. (CESPE - 2013 - TRE-MS - Analista Judicirio - rea Judiciria) No que diz respeito aos princpios aplicveis

    ao direito penal, assinale a opo correta.

    a) Para que ocorra o reconhecimento do princpio da insignificncia, tem de haver conduta tpica, ou seja,

    ofensa grave a bens jurdicos tutelados, sendo suficientes leses irrelevantes aos bens ou interesses

    protegidos.

    b) O princpio da legalidade ou princpio da reserva legal no se estende s consequncias jurdicas da

    infrao penal, em especial aos efeitos da condenao, nem abarca as medidas de segurana.

    c) O princpio da adequao social do fato no se confunde com a teoria do risco permitido ainda que

    tenham como pressuposto fundamental a existncia de uma leso ao bem jurdico que no chega a

    constituir um desvalor do resultado, o qual obtido por uma interpretao teleolgica restritiva dos tipos

    gibaTexto digitado(ningum ser punido duas vezes pelo mesmo fato) --> ex: agravante de infantcidio

    gibaTexto digitado (requisitos abaixo)

    gibaTexto digitado(se h prtica de crime meio para atingir crime fim, o indiciado ser apenas punidopelo crime fim) --> algum que mata, ser punido apenas por homicdio e no por portede arma

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado( ERRADO -> insiginificncia torna a conduta atpica e no constitui ofensa grave)

    gibaTexto digitado( ERRADO - se estendea todos os efeitos)

    gibaTexto digitado

  • 4 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    penais, na adequao social, e, no risco permitido, ocorre pelo desvalor da ao que repercute no desvalor

    do resultado.

    d) O princpio do ne bis in idem ou non bis in idem traduz a proibio de punir ou processar algum duas ou

    mais vezes pelo mesmo fato e concretiza-se pela valorao integral da conduta delituosa perpetrada pelo

    agente, incidindo apenas nos casos de concurso de delitos.

    e) De acordo com o princpio da fragmentariedade, a lei penal s dever intervir quando for absolutamente

    necessrio, para a sobrevivncia da comunidade, como ultima ratio.

    2. (CESPE - 2012 - PC-AL - Agente de Polcia) Em caso de urgncia, a definio do que crime pode ser

    realizada por meio de medida provisria.

    3. (CESPE - 2012 - TJ-AC - Tcnico Judicirio) A CF prev expressamente o respeito integridade fsica e

    moral dos presos.

    4. (CESPE - 2012 - TJ-AC - Tcnico Judicirio) Uma pessoa poder ser considerada culpada aps sentena

    condenatria pela prtica de crime, ainda que dela recorra.

    5. (FCC - 2012 - Prefeitura de So Paulo - SP - Auditor Fiscal do Municpio) O juiz de determinada comarca,

    ao receber a denncia formulada pelo Ministrio Pblico contra o autor de um crime de peculato,

    considerou desnecessria a produo de provas e o interrogatrio do ru e julgou antecipadamente a lide,

    condenando-o pena de 6 anos de recluso e multa. Essa deciso violou o princpio constitucional:

    a) do devido processo legal.

    b) da anterioridade da lei penal.

    c) da presuno de inocncia.

    d) do juiz natural.

    e) da interveno mnima.

    6. (FCC - 2012 - TRF - 5 REGIO - Analista Judicirio - Execuo de Mandados) O princpio, segundo o qual

    se afirma que o Direito Penal no o nico controle social formal dotado de recursos coativos, embora seja

    o que disponha dos instrumentos mais enrgicos, reconhecido pela doutrina como princpio da

    a) lesividade.

    b) interveno mnima.

    gibaTexto digitado(ERRADO - no incide apenas no concurso de delitos, pode incidir emum nico crime - Concurso de Delitos - punio por diversos crimes)

    gibaTexto digitado(ERRADO - Se trata do princpio da Subsidiariedade -no fala do caso concreto e sim de caso abstrato -"absolutamente necessrio")

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(CERTA - Adequao social no tipifica crime || Teoria do risco permitido - h crime tpico, mas no h processo para punir.ex: esportes de luta.

    gibaTexto digitado(ERRADA - Lei ordinria ou complementar)

    gibaTexto digitado(CERTA)

    gibaTexto digitado(ERRADA - Tem que haver trnsito em julgado e "ser considerado inocente at que se prove o contrrio")

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(No h crime sem lei anterior que o defina)

    gibaTexto digitado(CORRETA)

    gibaTexto digitado(os crimes devem ser de perigo concreto "efetiva leso ou exposio de leso)

    gibaTexto digitado(ultima ratio, ltimo caso - s deve ser aplicado quando a conduta fere direitos importantes da sociedade)

  • 5 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    c) fragmentariedade.

    d) subsidiariedade.

    e) proporcionalidade.

    7. (FUMARC - 2012 - TJ-MG - Oficial Judicirio) O princpio da presuno de inocncia at que o ru seja

    considerado culpado ou at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria prevista nos seguintes

    textos de forma expressa:

    a) Constituio da Repblica Federativa e Cdigo de Processo Penal

    b) Declarao Universal dos Direitos Humanos(Resoluo n 217 ONU) e Constituio da Repblica

    c) Declarao Universal dos Direitos Humanos(Resoluo n 217 ONU) e Cdigo de Processo Penal

    d) Constituio da Repblica e Estatuto do Servidor Pblico

    8. (PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polcia) A ideia de que o Direito Penal, deve tutelar os valores

    considerados imprescindveis para a sociedade, e no todos os bens jurdicos, sintetiza o princpio da

    a) adequao social

    b) culpabilidade

    c) fragmentariedade

    d) ofensividade.

    e) proporcionalidade

    9. (CESPE - 2012 - Polcia Federal - Agente da Polcia Federal) Conflitos aparentes de normas penais podem

    ser solucionados com base no princpio da consuno, ou absoro. De acordo com esse princpio, quando

    um crime constitui meio necessrio ou fase normal de preparao ou execuo de outro crime, aplica-se a

    norma mais abrangente. Por exemplo, no caso de cometimento do crime de falsificao de documento

    para a prtica do crime de estelionato, sem mais potencialidade lesiva, este absorve aquele.

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(Viso abstrata - fala da lei ou das normas do direito)

    gibaTexto digitado(Viso concreta - fala da aplicao da lei ou das normas)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(No est no CPP)

    gibaTexto digitado(CERTA)

    gibaTexto digitado(No est no CPP)

    gibaTexto digitado(No no ESTATUTO)

    gibaTexto digitado(Conduta tpica, mas aceita pela sociedade)

    gibaTexto digitado(No)

    gibaTexto digitado(O crime de ser concreto)

    gibaTexto digitado(no)

    gibaTexto digitado(CORRETA)

    gibaTexto digitado(CERTA)

  • 6 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    10. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) O princpio da consuno, consoante posicionamento

    doutrinrio e jurisprudencial, resolve o conflito aparente de normas penais quando um crime menos grave

    meio necessrio, fase de preparao ou de execuo de outro mais nocivo, respondendo o agente

    somente pelo ltimo. H incidncia desse princpio no caso de porte de arma utilizada unicamente para a

    prtica do homicdio.

    11. (CESPE - 2012 - PC-CE - Inspetor de Polcia - Civil) Considere que Lcio, mediante o uso de faca do tipo

    peixeira, tenha constrangido Maria a entregar-lhe o valor de R$ 2,50, sob a justificativa de estar

    desempregado e necessitar do dinheiro para pagar o transporte coletivo. Nesse caso, segundo

    entendimento do STF quanto ao princpio da insignificncia, Lcio, se processado, dever ser absolvido por

    atipicidade da conduta.

    GABARITO

    1.C 2.E 3.C 4.E 5.A 6.D 7.B 8.C 9.C 10.C 11.E

    APLICAO DA LEI PENAL

    - Arts. 1 ao 12 do CP -

    Art. 1 - Princpio da legalidade

    Art. 1 - No h crime sem lei anterior que o defina. No h pena sem prvia

    cominao legal

    Art. 5, XXXIX, CF

    Subprincpios

    Anterioridade

    Analogia (lei estrita)

    Prejudicar

    Beneficiar (art. 128, CP)

    Reserva legal

    Reserva legal

    Lei sentido formal (lei escrita)

    gibaTexto digitado(CERTA)

    gibaTexto digitado(ERRADA - O princpio da Insignificncia s se aplicar em crimes que no apresentem violncia ou grave ameaa)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado(Aborto decorrente de estupro e que apresenta perigo para a vida da me - possibilidades de aborto)

    gibaTexto digitado(Veda a analogia para prejudicar o ru; somente deve benefici-lo)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitadoLO ou LC --> Diferena de contedo (materias especficas) e quorum de maioria simples ou relativa (LO) e maioria absoluta (LC)

  • 7 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    MP (art. 62, 1, I, b)

    Costume

    Elemento de Interpretao

    Fonte de normas permissivas

    Princpio da Tipicidade

    Perfeita subsuno

    Contedo determinado

    Crime vago

    Tipo penal vago

    Tipo penal aberto

    Art. 2 - Lei Penal no Tempo

    Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar

    crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos penais da sentena

    condenatria.

    Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-

    se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentena condenatria transitada

    em julgado

    (Ir)retroatividade

    tempus regit actum

    Competncia

    Critrios

    Combinao de leis

    Abolitio criminis

    Art. 3 - Lei excepcional ou temporria

    Art. 3 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o perodo de sua

    durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato

    praticado durante sua vigncia

    Ultra-atividade

    gibaTexto digitado(Medida Provisria no pode legislar sobre direito penal)

    gibaTexto digitado(No pode nem criar nem revogar crimes e penas; S a lei)

    gibaTexto digitado_________|_

  • 8 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Art. 4 - Tempo do Crime

    Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda

    que outro seja o momento do resultado

    Crime continuado e permanente

    711, STF - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime

    permanente, se a sua vigncia anterior cessao da continuidade ou da

    permanncia.

    Inimputabilidade

    Prescrio

    Teoria do Resultado (art. 111, CP)

    Art. 6 - Lugar do Crime

    Art. 6 - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou

    omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se

    o resultado

    Crimes a distncia

    Delito plurilocal

    Art. 5 - Territorialidade

    Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes, tratados e regras de

    direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional

    Princpio da territorialidade temperada

    gibaTexto digitadoTeoria da Atividade --> Momento do crime = da ao ou da omisso Teoria do Resultado --> Momento do crime = consumao do delito ou no caso de tentativa, o ltimo ato de execuoTeoria Mista (Ubiquidade) --> Momento do crime = Atividade + Resultado (ambas so momento do crime)

    gibaTexto digitadoL U G A RU B I Q U I D A D ET E M P OA T I V I D A D E

    gibaTexto digitadoAteno - No processo penal, para o lugar do crime, se aplica a teoriado RESULTADO e no a da Ubiquidade, aplicvel apenas para a lei penal

    gibaTexto digitado(Deficiente mental, SOMENTE NA EPOCA da conduta criminosa - teoria da atividade)

    gibaTexto digitado(o crime comea em um pas e se consuma em outro pas) ---> teoria da ubiquidade.

    gibaTexto digitado(Quando o delito passa por mais de uma cidade)

  • 9 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Aplicao da Lei Penal

    - Questes

    1. (FUNDEP - 2012 - Prefeitura de Belo Horizonte - MG Auditor) Um dos princpios basilares do Direito

    Penal moderno e fundamental no Estado Democrtico de Direito o princpio da legalidade ou da

    reserva legal, previsto no art. 5 , XXXIX, da Constituio da Repblica. Como consequncia da adoo

    desse princpio, pode-se dizer

    a) que, se o legislador deixar de observar o princpio da taxatividade, a lei penal ser considerada

    inconstitucional.

    b) que o tipo penal poder ser criado por meio de lei (Congresso Nacional) e medida provisria (Presidncia

    da Repblica).

    c) que a lei penal no poder retroagir para regular condutas praticadas antes de sua vigncia.

    d) que est vedado ao legislador criar tipos penais cujo contedo seja complementado por outras leis ou

    atos normativos.

    2. (PC-SP - 2011 - PC-SP - Delegado de Polcia) A lei estrita, desdobramento do princpio da legalidade, veda

    o emprego

    a) analogia

    b) costumes.

    c) princpios gerais do direito.

    d) equidade.

    e) jurisprudncia.

    3. (CESPE - 2012 - TJ-AC - Analista Judicirio) De acordo com o que dispe o Cdigo Penal acerca de lei

    excepcional ou temporria, a conduta de um comerciante que tenha criminalmente transgredido os preos

    estipulados em tabela fixada por rgo do Poder Executivo deve ser avaliada pelo juiz com base na tabela

    vigente ao tempo da transgresso, porquanto constitui complemento da norma penal em branco, com

    efeito ultra-ativo.

    4. (CESPE - 2012 - Polcia Federal - Agente da Polcia Federal) O fato de determinada conduta ser

    considerada crime somente se estiver como tal expressamente prevista em lei no impede, em decorrncia

    do princpio da anterioridade, que sejam sancionadas condutas praticadas antes da vigncia de norma

    excepcional ou temporria que as caracterize como crime.

    gibaTexto digitado(Correta - princpio da taxatividade decorrente do da legalidade --- o crime j deve estar tipificado na lei para que o legislador posso aplica-lo)

    gibaTexto digitado(consiste na adaptao da regra existente situao concreta, observando-se os critrios de justia e igualdade -- para o juiz)

    gibaTexto digitado

    gibaTexto digitado_______

    gibaTexto digitado(correta)

    gibaTexto digitado___________________|-__-- a lei anterior em relao a tabela

    gibaTexto digitado__________||_____--- mesma coisa que "punidas"

    gibaTexto digitado(ERRADA --- S crime se houver lei existente o definindo como ao tempo da ao.)

  • 10 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    5. (OAB/Nacional/2007) Sobre a aplicao da lei penal e da lei processual penal, assinale a opo incorreta.

    a) O dispositivo constitucional que estabelece que a lei no retroagir, salvo para

    beneficiar o ru, aplica-se lei penal e lei processual penal.

    b) Lei penal que substitua outra e que favorea o agente aplica-se aos fatos anteriores

    sua entrada em vigor, ainda que decididos por sentena condenatria transitada em

    julgado.

    c) Os atos processuais realizados sob a vigncia de lei processual anterior so

    considerados vlidos, mesmo aps a revogao da lei.

    d) As normas processuais tm aplicao imediata, ainda que o fato que deu origem ao

    processo seja anterior entrada em vigor dessas normas.

    6. O Cdigo Penal brasileiro,

    a) quanto ao lugar do crime, adotou a teoria mista ou da ubiqidade.

    b) quanto ao lugar do crime, adotou a teoria da atividade ou da ao.

    c) quanto ao tempo do crime, adotou a teoria mista ou da ubiqidade.

    d) quanto ao tempo do crime, adotou a teoria do resultado.

    07. (OAB/SP/136/2008) Ainda de acordo com o que dispe o CP, assinale a opo correta.

    a) Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela

    a execuo e os efeitos penais e civis da sentena condenatria.

    b) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem

    como onde se produziu o resultado, sendo irrelevante o local onde deveria produzir-se o resultado.

    c) A lei excepcional ou temporria, embora tenha decorrido o perodo de sua durao ou cessadas as

    circunstncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigncia.

    d) Considera-se praticado o crime no momento da produo do resultado.

    Art. 5 - Territorialidade

    1 - Para os efeitos penais, consideram-se como extenso do territrio nacional

    as embarcaes e aeronaves brasileiras, de natureza pblica ou a servio do

    governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as

    gibaTexto digitado(APENAS PARA A LEI PENAL) ERRADA

    gibaTexto digitado(CORRETA)

    gibaTexto digitado(CORRETA - SEGURANA JURDICA)

    gibaTexto digitado(CORRETA)

    gibaTexto digitado_______________________________________________________--- CORRETA

    gibaTexto digitado----> PROCESSO PENAL

    gibaTexto digitado(OU PRESCRIO NO PENAL)

    gibaTexto digitado(CESSA OS EFEITOS PENAIS, NO CIVIS)

    gibaTexto digitado(ERRADO)

    gibaTexto digitado(CORRETA)

    gibaTexto digitado(ERRADO - TEORIA DA ATIVIDADE)

    gibaTexto digitado_________relevante

    gibaTexto digitado________ao ou omisso

    gibaTexto digitadohipteses de ultratividade - lei excepcional ou temporria /// lei mais benfica para crimes praticados durante sua vigncia

    gibaTexto digitadotemperada --> com excees

  • 11 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,

    respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar.

    Contraveno Penal

    Territorialidade Exclusiva (Art. 2, Dec.-lei 3.688/41)

    Art. 5 - Territorialidade

    2 - tambm aplicvel a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de

    aeronaves ou embarcaes estrangeiras de propriedade privada, achando-se

    aquelas em pouso no territrio nacional ou em vo no espao areo

    correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil

    Art. 7 - Extraterritorialidade

    Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro

    I Incondicionada

    II Condicionada

    Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:

    I - os crimes:

    a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Repblica;

    b) contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito Federal, de Estado, de

    Territrio, de Municpio, de empresa pblica, sociedade de economia mista,

    autarquia ou fundao instituda pelo Poder Pblico;

    c) contra a administrao pblica, por quem est a seu servio;

    d) de genocdio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;

    II - os crimes:

    a) que, por tratado ou conveno, o Brasil se obrigou a reprimir;

    b) praticados por brasileiro;

    c) praticados em aeronaves ou embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade

    privada, quando em territrio estrangeiro e a no sejam julgados.

    Art. 7, 2 - Nos casos do inciso II, a aplicao da lei brasileira depende do concurso das seguintes

    condies:

    a) entrar o agente no territrio nacional;

    gibaTexto digitadoPrincpio da passagem inocente ---> crimes praticados no territrio brasileiro s sero punidos se atingirem bem brasileiro.

    gibaTexto digitadoextraterritorialidade --> aplicao da lei brasileira para crime ocorrido no estrangeiro

    gibaTexto digitadoNo h extraterritorialidade para contravenes penais. S seram aplicadas em territrio brasileiro.

    gibaTexto digitadointraterritorialidade --> lei estrangeira aplicada no territrio brasileiro.

    gibaTexto digitado_________________

    gibaTexto digitado(crime funcional)

    gibaTexto digitado(cumulativas)

    gibaTexto digitadoObservaoVtima brasileira de tortura eagente torturador sob jurisdi-o brasileira tambm const-itui crime incondicionadoCompetnciaJuzo da capital do estado quepor ultimo residiu o acusadoou, se nunca residiu, pelo juzoda capital brasileira

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    b) ser o fato punvel tambm no pas em que foi praticado;

    c) estar o crime includo entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradio;

    d) no ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou no ter a cumprido a pena;

    e) no ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, no estar extinta a

    punibilidade, segundo a lei mais favorvel

    Extraterritorialidade Hipercondicionada

    Art.7, 3 - A lei brasileira aplica-se tambm ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro

    fora do Brasil, se, reunidas as condies previstas no pargrafo anterior:

    a) no foi pedida ou foi negada a extradio;

    b) houve requisio do Ministro da Justia.

    Art. 7 - Extraterritorialidade

    Princpios

    Da justia penal universal ou cosmopolita

    Da proteo ou da defesa

    Da nacionalidade ou personalidade

    Da representao ou da bandeira

    Bis in idem

    Condicionada (art. 7, 2, d, CP)

    Incondicionada

    Pena cumprida no estrangeiro

    Art. 8 - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,

    quando diversas, ou nela computada, quando idnticas.

    Eficcia de sentena estrangeira

    Art. 9 - A sentena estrangeira, quando a aplicao da lei brasileira produz na espcie as mesmas

    conseqncias, pode ser homologada no Brasil para:

    I - obrigar o condenado reparao do dano, a restituies e a outros efeitos civis;

    II - sujeit-lo a medida de segurana.

    gibaTexto digitado(dupla tipicidade)

    gibaTexto digitadoart. 77 EE

    gibaTexto digitado---> Os pases devem se reunir para evitar e reprimircertos crimes internacionais (incondicionado- art. 7 inciso II, alinea a)

    gibaTexto digitadoDeve ser aplicada sempre --->para proteger seus bens jurdicos

    gibaTexto digitado(ativa ou passiva - autor do crime ou vtima brasileira)

    gibaTexto digitado(a lei penal brasileira deve ser aplicada sempre quea embarcao ou aeronave tiver bandeira brasileira)

    gibaTexto digitado(Extraterritorialidade incondicionada)

    gibaTexto digitado(atenua ou diminui o tempo de pena)

    gibaTexto digitadosano penal | Pena -------------------->| Privativa de Liberdade | Medida de segurana| Prestao de Servios| Multa

    gibaTexto digitado(non bis in idem)

    gibaTexto digitadoSTJ competncia

  • 13 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e voc?

    Art.9, Pargrafo nico - A homologao depende:

    a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada;

    b) para os outros efeitos, da existncia de tratado de extradio com o pas de cuja

    autoridade judiciria emanou a sentena, ou, na falta de tratado, de requisio do

    Ministro da Justia.

    Contagem de prazo

    Art. 10 - O dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos

    pelo calendrio comum.

    Fraes no computveis da pena

    Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as fraes de

    dia, e, na pena de multa, as fraes de cruzeiro.

    Legislao especial

    Art. 12 - As regras gerais deste Cdigo aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta

    no dispuser de modo diverso.

    8. (OAB/Nacional/2007) Acerca dos princpios da legalidade e da anterioridade, da lei penal no tempo e no

    espao e da contagem de prazo, assinale a opo correta.

    a) Conforme previso do Cdigo Penal, o tempo do crime o momento da ao ou omisso que coincida

    com o momento do resultado

    b) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, sendo irrelevante o lugar

    onde ocorreu o resultado.

    c) Se determinada pessoa tiver sido vtima de homicdio no dia 1./8/2012, a contagem dos prazos penais,

    nesse caso, ter iniciado em 1./8/2012.

    d) Segundo o princpio da legalidade, no ordenamento jurdico brasileiro determinada conduta s ser

    considerada crime caso seja publicada lei posterior definindo-a como tal.

    e) Exceto se j decididos por sentena transitada em julgado, a lei posterior que de qualquer modo

    favorecer o agente aplica-se aos fatos anteriores.

    9. (FEPESE - 2013 - DPE-SC - Tcnico Administrativo) Assinale a alternativa correta de acordo com o Direito

    Penal.

    a) A lei penal irretroativa.

    b) Na contagem de prazo no Direito Penal computa-se o dia de incio e exclui-se o dia final.

    gibaTexto digitadoPara processo penal, exclui-se o dia de comeo e inclui-se o ltimo dia (para contestar, recorrer);; para direito penal, inclui-se o dia de comeo e exclui-se o ltimo (para a pena)

    gibaTexto digitadoefeitos civis

    gibaTexto digitadopara a medida de segurana

    gibaTexto digitadopara processo penal,se intimado na sexta-feira,comeara a contar a partir dasegunda, e se segunda for feriado,o dia til subsequente

    gibaTexto digitadoas fraes de real (dinheiro)

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    c) No se admite a ultra-atividade da lei no direito penal.

    d) O dia de incio excludo no Direito Penal, devendo-se na contagem do prazo ser considerado o dia final.

    e) As fraes de dias, e, na pena de multa, as fraes de pecnia, devero sempre ser consideradas para

    fins de execuo da pena.

    10. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judicirio) Determinado cidado brasileiro praticou delito de genocdio

    na Argentina, tendo matado membros de um grupo tnico daquele pas, onde foi condenado

    definitivamente pena mxima de oito anos de recluso, segundo a legislao argentina. Aps ter

    cumprido integralmente a pena, esse cidado retornou a Macei, cidade onde sempre estabeleceu

    domiclio. A partir dessa situao hipottica, assinale a opo correta em relao extraterritorialidade da

    lei penal, pena cumprida no estrangeiro e eficcia da sentena estrangeira.

    a) A hiptese revela situao de extraterritorialidade da lei penal brasileira, que seria aplicada apenas se o

    brasileiro no tivesse sido condenado na Argentina.

    b) Se tivesse sido absolvido pela justia argentina, o brasileiro no deveria ser submetido aplicao da lei

    penal brasileira, sob pena de violao do princpio da anterioridade.

    c) Nesse caso, o brasileiro poder ser condenado novamente pela justia do Brasil e, se a pena aplicada no

    Brasil for superior quela cumprida na Argentina, ser atenuada.

    d) A sentena estrangeira, quando a aplicao da lei brasileira produz na espcie as mesmas consequncias,

    no pode ser homologada no Brasil para fins de reparao civil.

    e) Por se tratar de delito de genocdio, a utilizao da lei penal argentina afasta a aplicao da lei penal

    brasileira, que s seria aplicada caso as vtimas fossem brasileiras.

    11. (CESPE - 2012 - Polcia Federal - Agente da Polcia Federal) Ser submetido ao Cdigo Penal brasileiro o

    agente, brasileiro ou no, que cometer, ainda que no estrangeiro, crime contra administrao pblica,

    estando a seu servio, ou cometer crime contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, de empresa pblica

    ou de sociedade de economia mista. A circunstncia de a conduta ser lcita no pas onde foi praticada ou de

    se encontrar extinta a punibilidade ser irrelevante para a responsabilizao penal do agente no Brasil.

    12. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judicirio - rea Judiciria) NO uma das condies necessrias dentre

    aquelas estabelecidas pelo Cdigo Penal para aplicao da lei brasileira, ao crime cometido no estrangeiro

    praticado por brasileiro:

    a) entrar o agente no territrio nacional no prazo mximo de dois anos aps o crime.

    b) ser o fato punvel tambm no pas onde foi praticado.

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    c) estar o crime includo entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradio.

    d) no ter sido o agente absolvido no estrangeiro.

    e) no ter sido o agente perdoado no estrangeiro.

    GABARITO

    1.A 2.A 3.C 4.E 5.A 6.A 7.C 8.C 9.B 10.C 11.C 12.A