sidney penal completo modulo18 001

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Sidney Filho Direito Penal

Curso Completo

Dos crimes contra a F Pblica

- Captulo I/Ttulo X

CAPTULO I

DA MOEDA FALSA

- Moeda Falsa (art. 289, CP) -

Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metlica ou papel-moeda de curso legal no pas

ou no estrangeiro:

Pena - recluso, de trs a doze anos, e multa.

Crimes contra a f pblica

Potencialidade lesiva (todos)

Capacidade de enganar

Prejudica a f pblica

Casustica

Maior Valor

Prejudica a f pblica

Menor Valor

SMULA STJ

73, STJ A UTILIZAO DE PAPEL MOEDA GROSSEIRAMENTE FALSIFICADO CONFIGURA, EM TESE, O

CRIME DE ESTELIONATO, DA COMPETENCIA DA JUSTIA ESTADUAL.


Casustica

Extorso: falsifica a codificao da cdula

Maior Valor

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa

Sujeito Passivo

Estado

Pessoas prejudicadas

Objeto Material

Moeda falsa

Metlica

Papel-moeda

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Instante da Falsificao

Moeda metlica

Papel-moeda

No precisa por em circulao

Tentativa

Crime plurissubsistente

Art. 289, 1 - Nas mesmas penas incorre quem, por conta prpria ou alheia, importa ou exporta,

adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulao moeda falsa

Tipo misto alternativo

Falsifica e exporta

Uma s infrao

Modalidade Privilegiada

2 - Quem, tendo recebido de boa-f, como verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui

circulao, depois de conhecer a falsidade, punido com deteno, de seis meses a dois anos, e multa.

Menor juzo de reprovabilidade

Modalidade Qualificada

3 - punido com recluso, de trs a quinze anos, e multa, o funcionrio pblico ou diretor, gerente,

ou fiscal de banco de emisso que fabrica, emite ou autoriza a fabricao ou emisso:

I - de moeda com ttulo ou peso inferior ao determinado em lei;

II - de papel-moeda em quantidade superior autorizada.


Casustica

Moeda em quantidade superior ao autorizado

Analogia in malam partem

Desvio e Circulao Antecipada

4 - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz circular moeda, cuja circulao no estava ainda

autorizada

Ao Penal Pblica Incondicionada

SMULA STJ

17, STJ QUANDO O FALSO SE EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS POTENCIALIDADE LESIVA, E POR

ESTE ABSORVIDO

CAPTULO I

DA MOEDA FALSA

- Crimes assimilados ao de moeda falsa (Art. 290) -

Art. 290 - Formar cdula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cdulas, notas

ou bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cdula ou bilhete recolhidos, para o fim de restitu-los

circulao, sinal indicativo de sua inutilizao; restituir circulao cdula, nota ou bilhete em tais

condies, ou j recolhidos para o fim de inutilizao:

Pena - recluso, de dois a oito anos, e multa.

Tipo Misto

1 e 2 modalidade

no precisa por em circulao

3 e 4 modalidade

Precisa da circulao : no autor do falso

Casustica

Tipo Misto Alternativo

Forma a cdula e pe em circulao

Tipo Misto Cumulativo

Objetos materiais diferentes

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa

Sujeito Passivo

Estado


Objeto Material

Cdula

Nota

Bilhete


Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo) e Tentativa

Efetivamente forma com fragmentos

Suprime sinal indicativo de sua inutilizao

Elemento subjetivo

Fim de restituir circulao

Restitui circulao

Formado por fragmentos

Teve suprimido o sinal de inutilizao

Recolhido

Fim de ser inutilizado

Modalidade Qualificada

Pargrafo nico - O mximo da recluso elevado a doze anos e multa, se o crime cometido por

funcionrio que trabalha na repartio onde o dinheiro se achava recolhido, ou nela tem fcil ingresso,

em razo do cargo


CAPTULO I

DA MOEDA FALSA

- Petrechos para falsificao de moeda (Art. 291, CP) -

Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a ttulo oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo,

aparelho, instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado falsificao de moeda:

Pena - recluso, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Objeto

Finalidade especial

Interpretao analgica

Tipo misto alternativo

Fabricar e vender

Casustica

Possuir maquinismo e falsificar moeda

Crime subsidirio (majoritrio)

absorvido pelo crime de moeda falsa (art. 289, CP)

No se aplica o antefato impunvel (Greco)

Concurso material

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa


Sujeito Passivo

Estado

Objeto Material

Maquinismo

Aparelho

Instrumento

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Leva a efeito qualquer dos atos previstos ncleo no tipo

Tentativa


Cabe a tentativa

Ato preparatrio

No cabe a tentativa (Nucci)

CAPTULO I

DA MOEDA FALSA

- Emisso de ttulo ao portador sem permisso legal (art. 292, CP) -

Art. 292 - Emitir, sem permisso legal, nota, bilhete, ficha, vale ou ttulo que contenha promessa de

pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicao do nome da pessoa a quem deva ser

pago:

Pena - deteno, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.

Emitir

Colocar em circulao

Promessa de pagamento em dinheiro

Mercadoria

Servios

Pargrafo nico - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos referidos neste

artigo incorre na pena de deteno, de 15 (quinze) dias a 3 (trs) meses, ou multa.


Suspenso condicional do processo

Juizados especiais

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa


Sujeito Passivo

Estado

Podem representar estelionato contra muitas pessoas

F Pblica

Objeto Material

Nota

Bilhete

Ficha, Vale ou ttulo

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Efetivamente coloca em circulao

Substitutivo da moeda em circulao

Efetivamente recebe ou utiliza como dinheiro

Tentativa


Cabe a tentativa

Ato preparatrio

No cabe a tentativa (Nucci)

CAPTULO II

- DA FALSIDADE DE TTULOS E OUTROS PAPIS PBLICOS

- Falsificao de papis pblicos (art. 293, CP) -

Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

I - selo destinado a controle tributrio, papel selado ou qualquer papel de emisso legal destinado

arrecadao de tributo1;

II - papel de crdito pblico que no seja moeda de curso legal;

III - vale postal;

IV - cautela de penhor, caderneta de depsito de caixa econmica ou de outro estabelecimento

mantido por entidade de direito pblico;

V - talo, recibo, guia, alvar ou qualquer outro documento relativo a arrecadao de rendas pblicas

ou a depsito ou cauo por que o poder pblico seja responsvel;

VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela Unio, por Estado ou

por Municpio:

Pena - recluso, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.

1o Incorre na mesma pena quem:

I - usa, guarda, possui ou detm qualquer dos papis falsificados a que se refere este artigo;

II - importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui circulao

selo falsificado destinado a controle tributrio;


III - importa, exporta, adquire, vende, expe venda, mantm em depsito, guarda, troca, cede,

empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito prprio ou alheio, no exerccio de

atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria:

a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributrio, falsificado;

b) sem selo oficial, nos casos em que a legislao tributria determina a obrigatoriedade de sua

aplicao

Privilgio

2 - Suprimir, em qualquer desses papis, quando legtimos, com o fim de torn-los novamente

utilizveis, carimbo ou sinal indicativo de sua inutilizao:

Pena - recluso, de um a quatro anos, e multa.

Crimes subseqentes falsificao

3 - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papis a que se refere o

pargrafo anterior.

4 - Quem usa ou restitui circulao, embora recibo de boa-f, qualquer dos papis falsificados ou

alterados, a que se referem este artigo e o seu 2, depois de conhecer a falsidade ou alterao, incorre

na pena de deteno, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.

5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do 1o, qualquer forma de comrcio

irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praas ou outros logradouros pblicos e em

residncias

Art. 295 - Se o agente funcionrio pblico, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a

pena de sexta parte.

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa

Sujeito Passivo

Estado

Objeto Material

Papis pblicos

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Fabricao ou alterao

No se exige o uso

Tentativa

Em regra, crime plurissubsistente

Depende do caso


TJSP: A execuo do crime de falsificao do talo da Caixa Econmica inicia-se com o seu uso para o

recebimento de importncia nele declarada, e no com o preenchimento do talo e lanamento da

importncia correspondente no livro da Caixa (...)

Concurso de crimes

Crime nico

Usar o papel falsificado com o fim de obter vantagem patrimonial

Crime de peculato

Usar com o fim de apropriar indevidamente o dinheiro do Estado (RT 513/357)

Peculato mais grave

Crime de estelionato

Prevalece o falso (RT 470/332)

Falso mais grave

CAPTULO II

DA FALSIDADE DE TTULOS E OUTROS PAPIS PBLICOS

- Petrechos de falsificao (art. 294)

Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar objeto especialmente destinado falsificao

de qualquer dos papis referidos no artigo anterior:

Pena - recluso, de um a trs anos, e multa.

Consideraes iniciais

Art. 291

Todo e qualquer meio destinado falsificao

Tinta

Prensa

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa

Sujeito Passivo

Estado

Objeto Material

Todo e qualquer objeto destinado falsificao

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Fabrica, fornece, adquire, possui ou guarda tais objetos


Tentativa


Depende do caso

Art. 295 - Se o agente funcionrio pblico, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a

pena de sexta parte

CAPTULO III

- DA FALSIDADE DOCUMENTAL

- Falsificao do selo ou sinal pblico (art.296) -

Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:

I - selo pblico destinado a autenticar atos oficiais da Unio, de Estado ou de Municpio;

Distrito Federal

II - selo ou sinal atribudo por lei a entidade de direito pblico, ou a autoridade, ou sinal pblico de

tabelio:

Autarquias

Pena - recluso, de dois a seis anos, e multa.

Selos e sinais pblicos

No so documentos

Garantem a autenticidade

1 - Incorre nas mesmas penas:

I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado;

II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verdadeiro em prejuzo de outrem ou em proveito

prprio ou alheio.

III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de marcas, logotipos, siglas ou quaisquer outros smbolos

utilizados ou identificadores de rgos ou entidades da Administrao Pblica.

Tipo misto

Alternativo

Fabricar e utilizar

Cumulativo

Falsificar selo e

Utilizar indevidamente sinal verdadeiro

Causa Especial de aumento de pena

2 - Se o agente funcionrio pblico, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena

de sexta parte.

Funcionrio pblico

Prevalecer do cargo

Emprego

Funo pblica


Sujeito Ativo

Qualquer pessoa

Sujeito Passivo

Estado


Objeto Material

Selo ou sinal

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Caput

Efetivamente, falsifica o selo ou o sinal pblico

1

Faz uso do selo ou sinal falsificado

Utiliza indevidamente em prejuzo de outrem ou proveito prprio ou alheio

Altera, falsifica, faz uso indevido de smbolos identificadores

Tentativa


Depende do caso

CAPTULO III

DA FALSIDADE DOCUMENTAL

- Falsificao de documento pblico (art. 297) -

Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento pblico, ou alterar documento pblico

verdadeiro:

Pena - recluso, de dois a seis anos, e multa.

Falsificar

Documento no existe

Alterar

Documento existe

H alterao de seu contedo

Documento

Teoria Formalista/Estrita

Tem que ser escrito


Teoria Ampla

Toda e qualquer materializao de um dado

Pblico

Feito de acordo com a lei

Por servidores pblicos

Particular

Conceito subsidirio

No documento pblico

Relevncia jurdica

Provar direito, obrigao ou atestar fatos

2 - Para os efeitos penais, equiparam-se a documento pblico o

Emanado de entidade paraestatal

Entidade paraestatal (controvrsia)

O ttulo ao portador ou transmissvel por endosso

Cheques

Duplicatas

Notas Promissrias

As aes de sociedade comercial

Os livros mercantis

O testamento particular.

Falsificao Grosseira

Fato atpico

Estelionato

Obteve vantagem ilcita

Punio

No precisa o uso

Falsrio faz uso (art. 304, CP)

Progresso criminosa

Fato posterior no punvel

3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:

I - na folha de pagamento ou em documento de informaes que seja destinado a fazer prova perante

a previdncia social, pessoa que no possua a qualidade de segurado obrigatrio;

II - na Carteira de Trabalho e Previdncia Social do empregado ou em documento que deva produzir

efeito perante a previdncia social, declarao falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;

III - em documento contbil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigaes da

empresa perante a previdncia social, declarao falsa ou diversa da que deveria ter constado


4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no 3o, nome do segurado

e seus dados pessoais, a remunerao, a vigncia do contrato de trabalho ou de prestao de servios

Causa Especial de Aumento de Pena

1 - Se o agente funcionrio pblico, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a

pena de sexta parte

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa

Sujeito Passivo

Estado


Objeto Material

Documento pblico falsificado

Documento pblico verdadeiro, mas alterado

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Falsificao ou alterao

No necessrio o uso

Ainda que fique na esfera individual, h crime

Tentativa


Falsificao e estelionato

Concurso material

Concurso formal

Falsificao for um meio para o estelionato

Absoro do Estelionato

Falsificao mais grave

Absoro da falsificao

Estelionato o delito fim

STJ, 17

QUANDO O FALSO SE EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS POTENCIALIDADE LESIVA, E POR ESTE

ABSORVIDO.


CAPTULO III


- Falsificao de documento particular (art. 298)-

Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular

verdadeiro:

Pena - recluso, de um a cinco anos, e multa.

do art. 297

Objeto material

Documento Particular

H docs. particular que equiparado ao pblico

Feito por func. pblico sem competncia

No se torna pblico

Transcrio

Registro

Reconhecimento de firma

Documento particular

Conceito

Excluso: o que no o pblico

No so documentos

Apcrifos

Xerox sem autenticao

Relevncia jurdica

Provar direito ou obrigao

Promessa de CV; de Doao

Atestar fatos

Punio

No precisa haver prejuzo

No h, se o documento incuo

Falsificao de carto (Includo pela Lei n 12.737, de 2012)

Pargrafo nico. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular o carto de crdito

ou dbito.

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa

Sujeito Passivo

Estado



Objeto Material

Documento particular falsificado

Documento particular verdadeiro, mas alterado

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Falsificao ou alterao

No necessrio o uso

Ainda que fique na esfera individual, h crime

Falsrio utiliza

Crime nico

Crime-fim: uso (TJSP RT 504/328)

Crime de falso (STF RT 552/409 e STJ)

Concurso material

Crimes autnomos (STF RT 68/39)

Tentativa


Falsificao e estelionato

Concurso material

Concurso formal

Falsificao for um meio para o estelionato

Absoro do Estelionato

Falsificao mais grave

Absoro da falsificao

Estelionato o delito fim

STJ, 17

QUANDO O FALSO SE EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS POTENCIALIDADE LESIVA, E POR ESTE

ABSORVIDO.

CAPTULO III


- Falsidade ideolgica (art. 299) -

Art. 299 - Omitir, em documento pblico ou particular, declarao que dele devia constar, ou nele

inserir ou fazer inserir declarao falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar

direito, criar obrigao ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena - recluso, de um a cinco anos, e multa, se o documento pblico, e recluso de um a trs anos, e

multa, se o documento particular.


Diferenas

Art. 297 e 298

Falsidade material

Art. 299

Falsidade Ideolgica

Falso Ideal; Falso intelectual e falso moral

Documento perfeito (materialmente verdadeiro)

Idia falsa

Forma omissiva

Omitir declarao

Testamento

Forma comissivo

Insere ou faz inserir

Declara-se solteiro - bigamia

Elemento subjetivo do tipo

Prejudicar direito

Criar obrigao

Alterar a verdade

Prejuzo potencial ou real

Dispensa a ocorrncia do prejuzo - potencialidade

Parecer mais jovem

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa

Sujeito Passivo

Estado


Objeto Material

Documento particular ou particular

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Finalidade especial +

Confeco sem a declarao

Omisso dolosa

Insero de declarao falsa ou diversa da que devia constar


Tentativa


Causa Especial de Aumento de Pena

Pargrafo nico - Se o agente funcionrio pblico, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se

a falsificao ou alterao de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

Dever de expressar a verdade

Nascimento, bito, emancipao, etc.

Casustica

Falsifica e faz uso

Responde pelo crime fim (art. 304, CP)

Sonegao fiscal

Lei 8.137/90

Fins eleitorais

Lei 4.737/65

CAPTULO III


- Falso reconhecimento de firma ou letra (art. 300, CP) -

Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exerccio de funo pblica, firma ou letra que o no seja:

Pena - recluso, de um a cinco anos, e multa, se o documento pblico; e de um a trs anos, e multa, se

o documento particular.

Casustica

Funcionrio pblico

Em atividade

Suspenso de suas atividades

No competente para o ato (art. 297 ou 298)

Descuidado

Modalidades de reconhecimento

Sujeito Ativo

Funcionrio no exerccio de funo pblica

Sujeito Passivo

Estado


Objeto Material

Firma ou letra reconhecida falsamente


Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Atesta ser verdadeira, sabendo que falsa

Tentativa



Fins eleitorais

CAPTULO III


- Certido ou atestado ideologicamente falso (art. 301, CP) -

Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razo de funo pblica, fato ou circunstncia que

habilite algum a obter cargo pblico, iseno de nus ou de servio de carter pblico, ou qualquer

outra vantagem:

Pena - deteno, de dois meses a um ano.

Atestar

Exame direto e focalizado

Certificar

Tem por base um documento

Casustica

Funcionrio

Executar ato de sua funo

Empregador

Qualquer outra vantagem

Interpretao analgica

Atestado de bons comportamentos

Elemento subjetivo do tipo

No precisa que o agente saiba do auxlio, iseno ou vantagem

Porm, precisa saber que pode se prestar a esse fim

Falsidade material de atestado ou certido

1 - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certido, ou alterar o teor de certido ou de atestado

verdadeiro, para prova de fato ou circunstncia que habilite algum a obter cargo pblico, iseno de

nus ou de servio de carter pblico, ou qualquer outra vantagem:

Pena - deteno, de trs meses a dois anos.

Falsidade material

Cria

Altera


Sujeito Ativo

Funcionrio no exerccio de funo pblica (caput)

Qualquer pessoa (1)

Sujeito Passivo

Estado


Objeto Material

Atestado ou certido falsificada

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Instante em que o documento falso criado (caput)

No precisa utilizar

Basta a potencialidade lesiva

Falsifica ou altera o teor (1)

Tentativa


Causa Especial de Agravamento de Pena

2 - Se o crime praticado com o fim de lucro, aplica-se, alm da pena privativa de liberdade, a de

multa


CAPTULO III


- Falsidade de atestado mdico (art. 302, CP) -

Art. 302 - Dar o mdico, no exerccio da sua profisso, atestado falso:

Pena - deteno, de um ms a um ano.

Modalidade de falsidade ideolgica

Menos severa a pena

Dar

Faz e entrega

Casustica

Mdico

Especializado

No especializado


Atesta sobre a conduta social

Sade

Finalidade especfica

Prescindvel

Culpa

Negligncia no exame clnico

Sujeito Ativo

Mdico

Sujeito Passivo

Estado


Objeto Material

Atestado mdico falso

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Efetiva entrega

No precisa ser utilizado

Tentativa


Pargrafo nico - Se o crime cometido com o fim de lucro, aplica-se tambm multa.

Casustica

Mdico funcionrio pblico

Fim de habilitar algum a obter vantagem de natureza pblica

Art. 301 do CP

CAPTULO III


- Reproduo ou adulterao de selo ou pea filatlica (art. 303, CP)-

Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou pea filatlica que tenha valor para coleo, salvo quando a

reproduo ou a alterao est visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou pea:

Pena - deteno, de um a trs anos, e multa.


Revogado

Lei 6.538/78, art. 39

REPRODUO E ADULTERAO DE PEA FILATLICA

Art. 39 - Reproduzir ou alterar selo ou pea filatlica de valor para coleo, salvo quando a reproduo

ou a alterao estiver visivelmente anotada na face ou no verso do selo ou pea;

pena: deteno, at dois anos, e pagamento de trs a dez dias-multa.

Selo

Estampilha postal que comprova o pagamento do servio

Valor para a coleo

No tem art. 293, I

Pea filatlica

Hbito de colecionar selos

Qualquer pea destinada a colecionadores

Valor para a coleo

FORMA ASSIMILADA

Pargrafo nico - Incorre nas mesmas penas, quem, para fins de comrcio, faz uso de selo ou pea

filantlica de valor para coleo, ilegalmente reproduzidos ou alterados.

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa

Sujeito Passivo

Estado


Objeto Material

Selo ou pea filatlica

Objeto Jurdico

F pblica

Consumao (dolo)

Reproduz selo ou pea filatlica de valor

Faz uso para fins de comrcio

Tentativa



CAPTULO III


- Uso de documento falso (art. 304, CP)-

Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a

302:

Pena - a cominada falsificao ou alterao.

Objeto material

Documento falso (art. 297 a 302)

Particular

Pblico

Incidncia

Fim a que se destina

Basta sair da esfera individual

Simples posse

CNH

Apresentao autoridade

Solicitao

crime

Portar carteira uso em potencial

No crime

Sujeito Ativo

Qualquer pessoa

Exceto o falsificador

Sujeito Passivo

Estado


Consumao (dolo)

Efetivo uso dos documento falso

Usa, descobre e continua usando

No h finalidade especfica

Tentativa

No cabe

Excepcionalmente, cabe

Casustica

Autor do falso usa

Uso falso absorvido pela falsificao


Ps-fato impunvel

Pessoa que pede a falsificao

Uso previamente combinado

Partcipe (art.29)

CAPTULO III


- Supresso de documento (art. 305) -

Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefcio prprio ou de outrem, ou em prejuzo alheio,

documento pblico ou particular verdadeiro, de que no podia dispor:

Pena - recluso, de dois a seis anos, e multa, se o documento pblico, e recluso, de um a cinco anos,

e multa, se o documento particular.

Casustica

Emitente do cheque

Traslado, certido ou cpia autntica

Dano ou furto

Dano atentado contra o documento

Supresso visa prejudicar algum

Originais recompostos

Documento falso

Fraude processual (art. 347)

Favorecimento pessoal (art. 348)

Elemento subjetivo especial

Benefcio

Prejuzo

Objeto

Jurdico

Material

Sujeito

Ativo

Proprietrio do documento

Passivo

Consumao (dolo)

Efetivo prejuzo: prescindvel

Destruio

Supresso

Ocultao


Tentativa

plurissubsistente

CAPTULO IV

DE OUTRAS FALSIDADES

- Falsa identidade (art. 307) -

Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito prprio

ou alheio, ou para causar dano a outrem:

Pena - deteno, de trs meses a um ano, ou multa, se o fato no constitui elemento de crime mais

grave.

Falsa identidade

Elementos de identificao civil

Vantagem

Formas

Verbal

Escrita

Elemento subjetivo

Obter vantagem

Causar dano

Casustica

Uso ilegtimo de uniforme (art. 45 ou 46, LCP)

Usurpao de funo pblica (art. 328)

Recusa de fornecimento de dados autoridade (art. 68, LCP)

Objeto

Jurdico

Material

Sujeito

Ativo

Passivo

Consumao (dolo)

Independe de prejuzo

Tentativa

Difcil ocorrncia admitida

Forma escrita


Art. 308 - Usar, como prprio, passaporte, ttulo de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer

documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se utilize, documento dessa

natureza, prprio ou de terceiro:

Pena - deteno, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato no constitui elemento de crime mais

grave.

Diferena do art. 307

Passa-se por outra pessoa

Atribui-se falsa identidade

Objeto

Jurdico

Material

Sujeito

Ativo

Passivo

Consumao (dolo)

Independe de prejuzo

Tentativa

Possvel

QUESTES

1. (VUNESP - 2013 - ITESP - Advogado) So crimes contra a f pblica, entre outros:

a) moeda falsa, fraude para recebimento de indenizao, emisso irregular de conhecimento de

depsito.

b) fraude de lei sobre estrangeiros, fraude de concorrncia, registro de nascimento inexistente.

c) uso de documento falso, falsificao de produtos alimentcios, falsificao de documento pblico.

d) falsificao de papis pblicos, fraude de lei sobre estrangeiros, adulterao de sinal identificador de

veculo automotor.

e) fraude de concorrncia, falsificao de papis pblicos, falso reconhecimento de firma ou letra

2. (CESPE - 2013 - Polcia Federal - Delegado de Polcia) A falsa atribuio de identidade s

caracterizada como delito de falsa identidade se feita oralmente, com o poder de ludibriar; quando

formulada por escrito, constitui crime de falsificao de documento pblico.

3. (CESPE - 2013 - Polcia Federal - Delegado de Polcia) O agente que falsificar carto de crdito ou

dbito cometer, em tese, o crime de falsificao de documento particular previsto no CP.

4. (CESPE - 2013 - PC-BA - Escrivo de Polcia) Julgue os prximos itens, relativos a crimes contra a f

pblica.


Considere que Silas, maior, capaz, ao examinar os autos do inqurito policial no qual figure como

investigado pela prtica de estelionato, encontre os documentos originais colhidos pela autoridade, nos

quais seja demonstrada a materialidade do delito investigado, e os destrua. Nessa situao, em razo

desse ato, Silas responder pelo crime de supresso de documento

5. (CESPE - 2013 - PC-BA - Escrivo de Polcia) A consumao do crime de atestar ou certificar

falsamente, em razo de funo pblica, fato ou circunstncia que habilite algum a obter cargo

pblico, iseno de nus ou de servio de carter pblico, ou qualquer outra vantagem ocorre no

instante em que o documento falso criado, independentemente da sua efetiva utilizao pelo

beneficirio.

6. (CESPE - 2013 - PC-BA - Escrivo de Polcia Considere a seguinte situao hipottica. Celso, maior,

capaz, quando trafegava com seu veculo em via pblica, foi abordado por policiais militares, que lhe

exigiram a apresentao dos documentos do veculo e da carteira de habilitao. Celso, ento,

apresentou habilitao falsa. Nessa situao, a conduta de Celso considerada atpica, visto que a

apresentao do documento falso decorreu de circunstncia alheia sua vontade.

7. (CESPE - 2013 - TJ-PB - Juiz Leigo) Assinale a opo correta a respeito dos crimes contra a f pblica.

a) O uso de documento falso ou a atribuio de falsa identidade visando ocultao de antecedentes,

ainda que para fins de autodefesa, configuram crime.

b) Para a configurao do delito de falsa identidade, no se exige que o agente se utilize de documento

verdadeiro e de titularidade de outrem, como se fosse seu, para ocultar a sua verdadeira identidade.

c) O crime de uso de documento falso, cujo resultado naturalstico deve consistir na efetiva leso ao

bem jurdico e f pblica, material.

d) necessria a realizao de prova pericial para a comprovao da materialidade do crime de uso de

documento falso.

e) Admite-se a aplicao do princpio da insignificncia ao crime de moeda falsa, desde que as notas

falsificadas sejam de pequeno valor, dada a mnima ofensividade da conduta do agente.

8. (CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito) A insero, em assentamento de registro civil, de declarao

falsa com vistas alterao da verdade sobre fato juridicamente relevante configura crime de falsidade

ideolgica, com aumento de pena em razo da natureza do documento.

9. (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polcia) Considere a seguinte situao hipottica. Celso, maior,

capaz, quando trafegava com seu veculo em via pblica, foi abordado por policiais militares, que lhe

exigiram a apresentao dos documentos do veculo e da carteira de habilitao.Celso, ento,

apresentou habilitao falsa.Nessa situao, a conduta de Celso considerada atpica, visto que a

apresentao do documento falso decorreu de circunstncia alheia sua vontade.

10. (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polcia) A consumao do crime de atestar ou certificar

falsamente, em razo de funo pblica,fato ou circunstncia que habilite algum a obter cargo pblico,

iseno de nus ou de servio de carter pblico,ou qualquer outra vantagem ocorre no instante em

que o documento falso criado, independentemente da sua efetiva utilizao pelo beneficirio.


11. (CESPE - 2013 - PC-BA - Investigador de Polcia) Considere que Silas, maior, capaz, ao examinar os

autos do inqurito policial no qual figure como investigado pela prtica de estelionato, encontre os

documentos originais colhidos pela autoridade, nos quais seja demonstrada a materialidade do delito

investigado, e os destrua.Nessa situao, em razo desse ato, Silas responder pelo crime de supresso

de documento

12. (TJ-RS - 2013 - TJ-RS - Titular de Servios de Notas e de Registros) Assinale a alternativa correta.

a) O agente que falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certido, ou alterar o teor de certido ou

de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstncia que habilite algum a obter cargo pblico,

iseno de nus ou de servio de carter pblico, ou qualquer outra vantagem, comete o crime de

certido ou atestado ideologicamente falso.

b) O agente que falsifica, fabricando ou alterando, moeda metlica ou papel-moeda de curso legal no

pas ou no estrangeiro, comete o crime de moeda falsa.

c) O agente que atestar ou certificar falsamente, em razo de funo pblica, fato ou circunstncia que

habilite algum a obter cargo pblico, iseno de nus ou de servio de carter pblico, ou qualquer

outra vantagem, comete o crime de falsidade material de atestado ou certido.

d) O agente que reconhece, como verdadeira, firma ou letra que o no seja, comete o crime de falso

reconhecimento de firma ou letra.

13. (VUNESP - 2013 - TJ-SP - Escrevente Tcnico Judicirio) Recentemente um novo delito que lesa a f

pblica foi inclu do no Cdigo Penal. Assinale a alternativa que traz o nomen iuris desse crime.

a) Emprego irregular de verbas ou rendas pblicas.

b) Fraudes em certame de interesse pblico.

c) Falsa identidade.

d) Insero de dados falsos em sistemas de informaes.

e) Modificao ou alterao no autorizada de sistema de informaes.

14. (VUNESP - 2013 - TJ-SP - Mdico Judicirio) O mdico que, no exerccio da profisso, d atestado

falso

a) comete crime punvel com deteno e, se o crime cometido com o fim de lucro, aplica-se tambm

multa.

b) no comete crime, mas ficar sujeito s penalidades do Conselho Regional de Medicina.

c) responde criminalmente apenas se ficar comprovado que recebeu algum pagamento para praticar o

ato.

d) comete o crime de falsidade ideolgica, sujeitando-se pena de deteno.

e) comete o crime de falsidade ideolgica e ficar sujeito pena de recluso.

15. (CESPE - 2013 - TRT - 5 Regio (BA) - Juiz do Trabalho) Assinale a opo correta com relao aos

crimes de falsidade documental.

a) Comete crime de uso de documento falso o promitente vendedor de imvel que entrega ao oficial do

registro pblico cpia no autenticada de sua carteira de identidade civil na qual constem nmero de

registro e filiao diversos dos constantes na carteira original.

b) De acordo com expressa previso legal, constitui crime de falsidade ideolgica a conduta de atestar

ao juiz da execuo penal a prestao de servio para fins de remio de pena quando, na verdade, no

houve prestao de servio pelo condenado.


c) Comete o crime de falsidade ideolgica, ou moral, aquele que presta declarao falsa sobre o valor da

contribuio previdenciria devida.

d) A tipificao do crime de falso reconhecimento de firma ou letra, crime prprio com relao aos

sujeitos ativo e passivo, visa tutelar a f pblica, no sendo admitida a modalidade culposa desse crime.

e) Aquele que apresenta autoridade judicial carteira de trabalho com sua fotografia, mas na qual

conste o nome de seu irmo gmeo, pratica o crime de uso de documento falso particular.

sidney penal completo modulo18 001

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