60040 direito penal completo 54
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livro de direito penal completo. muito bomTRANSCRIPT
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DIREITO PENAL
Parte Geral
Prof. Ana Paula Vieira de
Carvalho
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DIREITO PENAL
Delimitao: setor do ordenamento jurdico que define crimes, comina penas e prev medidas de segurana aplicveis aos autores das condutas incriminadas
( Juarez Cirino dos Santos)
Caractersticas do Direito Penal:
1. finalidade preventiva 2. subsidiariedade ( "non omne quod licet
honestum est") 171 CP. O direito Penal mnimo.
3. Fragmentariedade (princpio da inerveno mnima)
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Funo:
Exclusivamente a proteo de bens
jurdicos- doutrina Brasil
-Princpio da lesividade ou da ofensividade
* Distino Csar Bittencourt
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BEM JURDICO:
Dados fundamentais para a realizao pessoal dos indivduos ou para a subsistncia do sistema social, compatveis com a ordem constitucional ( Lus Greco)
Realidades ou fins que so necessrios para uma vida social livre e segura, que garanta os direitos fundamentais dos indivduos , ou para o funcionamento do sistema estatal erigido para a consecuo de tal fim. ( Roxin)
- diferena bem jurdico tutelado com objeto material do crime.
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Funes do conceito de bem jurdico:
de garantia
teleolgica ( interpretao dos tipos penais)
individualizadora ( critrio de medida da pena, levando-se em conta a gravidade da
leso ao bem jurdico /desvalor do
resultado)
sistemtica: classificao das infraes
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Conseqncias do conceito de bem
jurdico:
1. Impossibilidade de punir penalmente condutas meramente imorais.
2. Impossibilidade de punir a simples violao de um dever
3. Impossibilidade de proibies meramente ideolgicas
4. impossibilidade de punir um modo de ser
5. Impossibilidade de punir bens no fundamentais ( bens jurdicos so somente dados de importncia fundamental) .
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bem jurdico e constituio
a fisionomia do conceito de delito fortemente influenciada pelo tipo de
Estado em que se insere o legislador
penal
limitao material da funo legislativa
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Da constituio decorrem ( Feldens):
proibies de penalizao ( limites materiais ao direito penal):
a.1- direitos constitucionalmente tutelados
a.2- proibies que no afetem um bem
jurdico
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Apenas bens constitucionalmente
relevantes so passveis de tutela?
1a. Concepo ( Figueiredo Dias): Sim, devem estar pelo menos implicitamente previstos na CF;
Na viso de Luciano Feldens, quanto mais direta a previso constitucional, maior ser a legitimidade da penalizao
2. Concepo: (Lus Greco, Dolcini e Marinucci): basta que o bem jurdico eleito seja compatvel com os princpios da constituio.
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Pode estar obrigado o legislador a castigar
leses a bens jurdico-constitucionalmente
protegidos ( ex. aborto) ?
Em outras palavras, a Constituio estabelece obrigaes de tutela penal? (
conseqncia prtica: considerar uma lei
inconstitucional por proteo deficiente a
um determinado bem jurdico).
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1. Corrente: Luciano Feldens
Nossa CF estabelece algumas obrigaes de penalizao ( ex. 5o. XLII, XLIII, ...). Da se extrai:
1. proibio do abolicionismo penal;
2. impossibilidade de revogao das normas que incriminam as condutas tratadas na CF;
3. da necessria penalizao de condutas como a reteno dolosa de salrio ( 7o., X), extrai-se que implicitamente se deseja tb a proteo do prprio trabalhador e de seus direitos mais valiosos, os direitos fundamentais;
4. Essa concluso tb fruto da eficcia objetiva dos direitos fundamentais e do princpio da proporcionalidade, a impedir a proteo deficiente.
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2 corrente : Dolcini e Marinucci
A CF apenas prescreve o dever de
proteo aos bens jurdicos, mas no o
MODO de proteo destes mesmos bens.
Cabe ao legislador a escolha dos meios
adequados.
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PRINCPIO DA LEGALIDADE
nullum crimen, nulla poena sine lege
origem histrica: Magna Carta Inglesa- 1215/Declaraes dos Direitos do homem
e do cidado/ Sec XIX com Feuerbach.
art. 5, XXXIX CF
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Desdobramentos:
nullum crimen, nulla poena, sine lege:
1. PRAEVIA
2.SCRIPTA
3.STRICTA
4.CERTA
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as medidas provisrias e a legislao penal
as leis de interpretao autntica
a constitucionalidade das leis penais em branco
O princpio da legalidade e a taxatividade da lei penal:
Conceitos normativos e descritivos e as limitaes da preciso
Roxin: Um preceito ser claro e determinado na medida em que do mesmo se possa deduzir o fim de proteo do legislador e sejam marcados limites a uma extenso arbitrria da interpretao.
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ANALOGIA: ubi eadem ratio, ibi eadem
legis dispositio
- Analogia versus interpretao - limite: o sentido literal possvel segundo a linguagem corrente.
Diferenas entre : interpretao analgica, extensiva e analogia.
inadmissibilidade de normas que prevejam clusulas genricas do tipo e casos similares ou e casos anlogos, salvo quando precedidas de uma srie de casos homognea sob a qual se reconduza um gnero identificvel, ou a um critrio unvoco legislativamente prefixado.
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ANALOGIA
1. in bonam partem
2. in malam partem
no se fala em analogia in bonam partem
se a norma excepcional ou se a lacuna
intencional
- o STF, no julgamento do HC 97261, Rel. Min. Joaquim Barbosa ( informativo 623,
de abril de 2011), decidiu que a ligao
clandestina de TV a cabo atpica,
porque no energia e seria analogia in malam partem.
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A analogia in bonam partem e as causas
de justificao
1.corrente: sendo regras excepcionais, no
admitem analogia;
2.corrente: Dolcini, Marinuci- a
antijuridicidade um pressuposto geral da
punio. As normas que excluem ilicitude
so expresso de princpios gerais do
ordenamento jurdico
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Outros princpios:
1. princpio da lesividade ou ofensividade
2. princpio da personalidade das penas ou da pessoalidade (art. 5o, XLV)
3. princpio do dolo ou culpa, da responsabilidade subjetiva, ou da culpabilidade
4. princpio da proporcionalidade (a medida se estabelece com base na nocividade social do fato). Em sua vertente abstrata, limita as criminalizaes primrias a hipteses de graves violaes a bens jurdicos relevantes ( subsidiariedade) e em sua verso concreta refere-se aplicao e execuo da pena criminal.
Fundamento constitucional do princpio da proporcionalidade: arts. 5 XLII, XLIV, XLII, XLVI, 98, I.
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5. Princpio da insignificncia
6. Princpio da Humanidade- art. 5. XLIX e XLVII, e da CF.
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CONFLITO DE LEIS NO TEMPO
Falar sobre o conflito de leis no CPP: tempus regit actum
O conflito de leis em matria penal
Princpios:
1. Irretroatividade da lei mais severa
2. retroatividade da lei mais benigna
Lex mitior: extra-atividade- ultra-ativa e
retroativa
- lei intermediria
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normas processuais com relevantes
caractersticas penais: normas
processuais que restrinjam o contedo de
direitos e garantias do cidado- ex. priso
preventiva
as condies de procedibilidade(diferena com condio objetiva de punibilidade)
condies da ao- genricas: legitimatio
ad causam, possibilidade jurdica do
pedido e interesse de agir + condies
especficas ou de procedibilidade
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autoridade competente depois do trnsito em julgado: VEP
Combinao de leis:
Doutrina:
1 corrente - pela admissibilidade : Assis Toledo, Damsio, Alberto Silva Franco,
Nilo Batista
2. Corrente- pela inadmissibilidade: Hungria e Anbal Bruno
Posio do STF e do STJ
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- ABOLITIO CRIMINIS
art. 2 e 107, III do CP
efeitos principais e secundrios, mas penais
61 CPP
- A ULTRATIVIDADE DAS LEIS
TEMPORRIAS OU EXCEPCIONAIS- O
art. 3 do CP e a sua constitucionalidade
Conflito de leis no tempo envolvendo duas
leis excepcionais ou temporrias
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- Norma Penal em Branco e conflito de leis
no tempo:
Critrio de Assis Toledo: depende do exame da perda do carter ilcito do fato;
Critrio de Pierangelli: a concluso depende da origem do complemento:
a) se o complemento uma lei: retroage sempre
b) se outro atos normativo : deve-se aferir se h parentesco com a lei
excepcional ou temporria
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- a constitucionalidade das normas penais em branco
- a possibilidade de ultratividade de entendimento jurisprudencial mais
benfico
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TEMPO DO CRIME
art. 4
teorias: atividade, resultado, mista ou da ubiquidade
Crime permanente- considera-se a lei vigente no momento do ltimo ato
(Zaffaroni).
Crime continuado: Smula 711 do STF
- o tempo do crime na participao e na autoria mediata
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EFICCIA DA LEI NO ESPAO
mbito de eficcia espacial da lei penal
Princpios:
1. Territorialidade
2. Nacionalidade( crime praticado por nacional no estrangeiro): ativa e passiva
3. Defesa ou real ( leva em conta a nacionalidade do bem jurdico lesado)
4. Justia Universal
5. Representao
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A extradio no concedida quando: (
Lei 6.815/80)
- a lei impuser ao crime pena de priso
igual ou inferior a um ano
- o fato constituir crime poltico
- O extraditando houver de responder, no
Estado requerente, perante Tribunal ou
Juzo de exceo
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Lei Penal em relao s pessoas
-imunidades diplomticas
Conveno de Viena, promulgada no Brasil pelo Dec. 56435/65
- trata-se de causa pessoal de excluso de pena
- abrange agentes diplomticos e funcionrios das organizaes
internacionais, quando em servio, e
ainda familiares. Esto excludos os
empregados particulares
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renuncivel pelo Estado acreditante.
- Cnsules so meros agentes administrativos. Tm apenas imunidade
administrativa e judiciria pelos atos
realizados no exerccio das funes
consulares.
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Imunidade parlamentar:
A) material ( 53, caput da CF)
- Natureza jurdica
B) processual ( 53 e pargrafos da CF)
- a necessidade de nexo funcional
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Teoria do Crime
uma construo dogmtica que nos proporciona o caminho lgico para
averiguar se h delito em cada caso
concreto
crime" ao tpica, antijurdica e culpvel
a punibilidade ( Munoz Conde)
a ao como substantivo e as categorias
como qualidades ou adejtivos desta ao.
viso geral dos conceitos de tipicidade, ilicitude e culpabilidade
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Os Sistemas de Teoria do
Delito I- O sistema clssico de Liszt e Beling:
naturalismo
Separava o objetivo ( exterior) no injusto e o subjetivo na culpabilidade ( interior). No injusto estudava-se um vnculo objetivo entre sujeito e resultado (relao de causalidade) e na culpabilidade um vnculo subjetivo.
Influncia: positivismo mecanicista. Todo o universo formado por relaes de causa e efeitos. Pretendeu fornecer um conceito realista de ao
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II- Sistema Neoclssico
Razes da decadncia do sistema clssico: no havia como explicar os
elementos subjetivos do injusto e a culpa
inconsciente.
Introduziu-se um elemento normativo na culpabilidade ( a inexigibilidade de
conduta diversa), que passou a tratar
ento da reprovabilidade.
base filosfica: neokantismo de Baden
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III- o sistema finalista
Tem base realista, acreditando que o conceito ontolgico de ao vinculante para todo o sistema penal
O jurista deve respeitar a lgica da coisa , as estruturas lgico-reais.
Estruturas lgico-reais a serem respeitadas: a) a do agir humano de natureza finalista;
b) o livre-arbtrio ( poder agir de outro modo) na culpabilidade.
reestrutura a teoria do delito, inserindo o dolo no tipo.
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III- Funcionalismo
a construo do sistema penal no pode vincular-se a dados ontolgicos ( ao, causalidade, estruturas lgico-reais), mas sim orientar-se exclusivamente pelos fins do direito penal.
Toma em conta a misso constitucional do direito penal de proteo de bens jurdicos atravs da preveno geral e especial)
Qual seria o parmetro destes valores? Fundamentos poltico-criminais das modernas teorias da pena.
O pensamento de Roxin: sintetiza o ontolgico e o valorativo Exemplo: a teoria da imputao objetiva vai alm da mera
causalidade fsica, fazendo agregar valoraes jurdicas.
O funcionalismo de Jakbos renuncia por completo ao contedo prejurdico dos conceitos de ao, causalidade, etc...)
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CONDUTA
O direito tem como funo regular condutas
O princpio do nullum crimen sine conducta
O conceito de ao deve ser neutro frente s valoraes jurdicas a serem feitas nos
estratos seguintes ( no se est
buscando, ainda, por ex. a ao proibida)
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FUNES DO CONCEITO DE AO
a) Funo de unificao ( ao + omisso)
b) Funo de fundamentao
c) Funo de delimitao
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Teorias da Ao
I- Teoria Causal:
Conceito: ao seria apenas o processo mecnico da causao do resultado
Ao a produo, conduzida pela vontade humana, de uma modificao no mundo exterior.
voluntariedade e no finalidade base filosfica: 1. positivismo mecanicista: todo o
universo formado por relaes de causa e efeitos. Pretendeu fornecer um conceito realista de ao
2. neokantismo de Baden
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a conduta um fazer voluntrio, mas o
contedo da vontade faz parte da
culpabilidade idealismo
a omisso seria a conteno dos msculos
CRITICAS:
H necessidade do dolo para configurar tentativa, que uma questo ligada ao
tipo. Se o dolo necessrio no tipo do
delito tentado, ser tambm no tipo do
delito consumado
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II- Teoria Finalista:
Conceito: ao o exerccio da atividade final
Ato de vontade dirigido a uma finalidade e manifestado no mundo exterior.
motivo e finalidade conceito ontolgico de ao a ao finalista compreende:
comportamento exterior, contedo psicolgico ( vontade dirigida a um fim), a antecipao mental do resultado pretendido, a escolha dos meios e a considerao dos efeitos concomitantes.
um conceito pr-jurdico Finalidade e dolo so conceitos diversos.
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O finalismo e os crimes culposos
O finalismo e a omisso : tratada com a idia do aliud agere.
No finalismo, conduta sempre ao. A omisso pertence ao tipo penal.
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III- Teoria social da ao:
- socialmente relevante seria a conduta
capaz de afetar o relacionamento do
indivduo com seu meio social, a que
transcende a terceiros, fazendo parte do
interacionar humano
as posies de Jescheck e Wessels aproveitam a estrutura finalista
crticas
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IV- O conceito pessoal de ao ( Roxin)
Ao a manifestao da personalidade
tudo o que pode ser atribudo ao ser humano como centro anmico espiritual de ao, sendo manifestao dele.
A omisso
crticas
- O estado atual das discusses sobre o conceito de ao
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casos de ausncia de ao:
haver ausncia de ao sempre que o indivduos no for dono de seus movimentos.
Hipteses: atos reflexos, fora fsica irresistvel, estados de inconscincia ( sonambulismo, movimentos praticados durante o sono....)
a hipnose
No afastam a conduta as aes em curto-circuito (reaes explosivas ou impulsivas, no contidas pelo agente) e automatismos ( comportamentos produto de prvio condicionamento por parte do ser humano)
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-Conseqncias da ausncia de conduta:
a) aquele que se vale de algum em ausncia de conduta para realizar o delito
autor direto;
b)cabe estado de necessidade contra que age em ausncia de conduta, mas no
legtima defesa;
c)nos tipos de concurso necessrio, no se computa aquele que no pratica
conduta;
d)no cabe participao na ausncia de conduta.
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RESULTADO
modificao do mundo extermo que se segue conduta
plano: natural
jurdico- ofensa ao interesse tutelado pela norma
- o perigo, seja abstrato ou concreto, constitui resultado em matria penal
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localizao do resultado e do nexo causal:
a) Welzel: devem ser considerados em nvel pr-tpico
b)Maurach e Zaffaroni: devem ser considerados na teoria do tipo
Embora a causalidade e o resultado pertenam ao mundo do ser, problema
jurdico a forma como o direito penal
releva o resultado e a causalidade para o
efeito da proibio legal da conduta.
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RELAO DE CAUSALIDADE
teoria da conditio sine qua non ( Von Buri)- procedimento hipottico de
eliminao de Thyrn
Interessa o resultado exatamente "como ocorreu - o caso em concreto.
"regresso ad infinitum": no finalismo, limitado pelo dolo e pela culpa
Importncia - crimes materiais
no h causalidade naturalstica na omisso, mas apenas imputao
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causas:
1.absolutamente independentes-
a)preexistentes;
b) concomitantes e
c) supervenientes .
Em todos os casos, excluso da
causalidade.
2. relativamente independentes-
a)preexistentes;
b)concomitantes : ambas no afastam a
causalidade
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c) supervenientes- 1 do art. 13
1 possibilidade: a segunda causa se
associa primeira no momento do fato- haver imputao.
2 possibilidade: a segunda causa leva, "por
si s, ao resultado: exclui-se a imputao em relao ao primeiro
antecedente.
por si s: sem a participao da causa anterior no momento do fato.
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teoria da causalidade adequada:
Causa, em sentido jurdico, somente aquela adequada para produzir um
resultado. Ficam excludas aquelas
condies que s por uma casualidade
produziram o resultado.
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Teoria da imputao objetiva do
resultado
alm da simples relao de causalidade, exige uma relao de risco.
O tipo ojetivo no se esgota mais nos elementos ao, resultado e relao de
causalidade. A teoria da imputao criou
outros dois:
a) a criao de um risco juridicamente desaprovado;
b) a realizao deste risco no resultado.
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1a etapa: criao de um risco
juridicamente desaprovado
O Direito Penal, para proteger bens jurdicos e cumprir sua funo preventiva,
s pode proibir aes ex ante perigosas.
Anlise ex ante, levando-se em conta os conhecimentos do observador objetivo,
bem como os conhecimentos especiais
de que o autor eventualmente disponha.
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toma em conta 3 situaes:
1) a diminuio do risco
sem a criao, ao mesmo tempo, de novos riscos .
Pressupe a reduo de uma mesma linha de risco. No vale a subsituio de
um risco por outro ( seria estado de
necessidade);
A diminuio do risco se avalia ex-ante
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2) a no criao de um risco juridicamente
relevante
risco insignificante e risco pequeno, dada a utilidade social da conduta.
3) o risco permitido- o autor cria um risco juridicamente relevante, que porm
permitido- meios de transporte, indstrias,
esportes arriscados, tratamentos mdicos
nos limites da lex artis...
O princpio da confiana
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2a etapa : materializao do risco no
resultado
Anlise ex-post
Nexo de risco: o resultado deve pertencer quele classe de resultados que a norma
de determinao pretendia evitar.
Resultados alheios ao fim de proteo da norma no so imputveis.
importante indagar sobre o fim de proteo da norma de cuidado
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O comportamento alternativo conforme ao
direito
exclui-se a imputao se um comportamento alternativo, conforme ao
direito, no teria tambm evitado o
resultado
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TIPICIDADE
tipo: modelo abstrato de comportamento
proibido
A evoluo do conceito:
1. Beling: distinguiu tipicidade da
antijuridicidade e culpabilidade
2. Mayer: o tipo como indcio da
antijuridicidade
( ratio cognoscendi)
3. Mezger: a tipicidade um juzo de
desvalor condicionado ( ratio essendi)
-a teoria dos elementos negativos do tipo (
Hellmuth von Weber)
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concepes:
1) formal
2) material- tipo com expresso de danosidade social. Utiliza-se dos
princpios:
a) adequao social
b) insignificncia
A jurisprudncia do STF e STJ sobre insignificncia
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tipicidade conglobante (Zaffaroni): Investiga a afetao do bem jurdico e o
contraste entre o tipo e as demais normas constantes do ordenamento jurdico
casos de atipicidade conglobante: cumprimento de um dever jurdico, o consentimento do ofendido, as cirurgias com fins teraputicos ( as sem fins teraputicos so tpicas, mas justificadas no limite do consentimento e das normas regulamentares), leses desportivas, se dentro das normas, atividades perigosas fomentadas, insignificncia;
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ELEMENTOS DO TIPO: a) objetivos- descritivos(verificao sensorial) e
normativos(recurso a valores culturais)
os elementos normativos podem ser: 1. De valorao jurdica: conceitos jurdicos ou
referentes a normas jurdicas: cheque, documento, casamento
2. de valorao extra-jurdica ou emprico-cultural: juzos de valor fundados na experincia , na sociedade ou na cultura ( ato obsceno, mulher honesta)
P/ Lus Rgis Prado e Roxin, alguns elementos, como indevidamente, sem justa causa, diriam respeito possvel presena de causas de justificao, no sendo elementos normativos - relevncia para o estudo do erro.
b) subjetivos- dolo + elementos subjetivos especiais do tipo
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- para os causalistas no existia tipo
subjetivo.
tipos congruentes e incongruentes
tipos bsicos e derivados, simples e mistos ( cumulativos e alternativos)
tipos normais e anormais, fechados e abertos
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CRIME DOLOSO
Dolo:Conscincia e vontade para a realizao do tipo
elementos: cognitivos ( conhecimento do fato que constitui a ao tpica) e volitivos
natural, no porta a conscincia da antijuridicidade
O momento decisivo para a existncia do dolo do tipo o cometimento do fato
dolo subsequens- sem importncia- ver 304
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finalidade- diferente de motivo( preexiste ao delito)
no se estende s condies objetivas de punibilidade
Classificaes:
1. dolo: direto ou de 1 grau e
indireto(alternativo e eventual)
2. dolo de dano e de perigo
3. dolo de consequncias necessrias ou de 2
grau
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dolo geral- Aplica-se ao grupo de casos em que h
acontecimentos em dois atos. O sujeito acredita ter produzido o resultado na primeira parte da ao, quando em realidade o resultado s tem lugar com a segunda parte da ao.
Zaffaroni: haver crime consumado na hiptese de unidade de conduta, que pressupe plano unitrio. Se h dois planejamentos sucessivos da causalidade, haver dois crimes.
Roxin: posio prxima. Analisa a questo luz da imputao subjetiva. Alm do dolo, a imputao subjetiva exige que o resultado obtido corresponda ao plano do autor.
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Diferena entre dolo eventual e culpa consciente:
a) teoria do consentimento
b) teoria da probabilidade
c) teoria ecltica:
MIR PUIG, JESCHECK e JUAREZ CIRINO
DOS SANTOS.
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Os elementos subjetivos especiais do tipo:
a) delitos de inteno ou de tendncia interna transcendente
1- delitos de resultado cortado ou separado- o resultado que se pretende alcanar independe da interveno do autor(159, 131)
2- delitos mutilados de dois atos- o resultado fica fora do tipo, embora o autor pretenda realiz-lo quando realiza a conduta tpica . O agente realiza uma conduta como passo prvio de outra.(289, 290)
b) delitos de tendncia ou de tendncia peculiar
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ERRO DE TIPO
o erro de tipo e o aspecto cognitivo do dolo
conhecimento significa percepo sensorial das circunstancias descritivas
do fato e compreenso intelectual das
normativas.
Efeitos ( art. 20 do CP):
A) se invencvel, exclui dolo e culpa;
B) se vencvel, exclui dolo, mas permite punio a ttulo de culpa.
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CRIME CULPOSO
A finalidade nos crimes culposos
tipo aberto: devem ser complementados pelo juiz, recorrendo a uma disposio ou
norma de carter geral que se encontra
fora do tipo- dever de cuidado objetivo
o resultado como delimitador da tipicidade
Trata-se de uma determinao em duas etapas: a norma geral qual acode o juiz
fecha o tipo e o juzo de tipicidade.
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Tipicidade culposa:
A) previsibilidade objetiva
B) violao ao dever objetivo de cuidado
previsibilidade objetiva: o que normalmente pode acontecer - "id quod plerumque accidit"
princpio da confiana
o dever de informao
- o versari in re illicita: inobservncia de disposio regulamentar
causao negligente de um resultado - diferente- causao + negligncia- Wessels
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A previsibilidade subjetiva e sua localizao na teoria do crime culposo
tipo subjetivo e delito imprudente:
a) 1 corrente: na imprudncia consciente, o tipo subjetivo consiste na representao acerca das circunstncias do fato como um perigo no permitido e a confiana na ausncia de realizao do tipo. A culpa inconsciente no teria tipo subjetivo.
2 corrente: Para uma corrente minoritria, o tipo subjetivo culposo consistiria na conscincia sobre os fatores de risco.
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classificao:
1. culpa inconsciente e consciente (caractersticas: previso e conscincia
acerca da violao ao dever de cuidado)
2. prpria e imprpria
compensao de culpas
excepcionalidade do crime culposo
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CRIMES OMISSIVOS Haveria omisses pr-tpicas?
Diferena entre ao e omisso:
- critrios da causalidade : haver ao
quando o sujeito desenvolva processo
causal material que produza o resultado.
Para a doutrina germnica predominante,
deve-se comprovar a introduo positiva
de energia pelo agente para que seja
ao.
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interrupo de esforos de salvamento:
1. alheios- comisso
2. prprios: 1. omisso: antes de alcanar o objeto em perigo e abrir-lhe
possibilidade razovel de salvamento(ex.
corda)
2. comisso: aps este
momento
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a diferena entre a omisso prpria e a imprpria:
a) omisso prpria aquela omisso tpica
que no tem correspondncia num delito
de ao
b) Imprprias so aquelas para as quais se
torna necessria uma clusula de
equiparao ao correspondente.
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Causalidade e imputao objetiva na omisso
A imputao objetiva do resultado tpico na omisso pensada atravs da idia de
cpmexo de risco: a ao esperada ou
devida deve ser uma tal que teria
diminudo o risco da verificao do
resultado.
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juridicamente exigvel somente aquilo
que seja real e fisicamente possvel
a posio de garantidor- art. 13, 2 do CP:
a) a lei formal
b) interessa aqui a assuno ftica de uma
funo de proteo baseada numa
relao de confiana
c) a ingerncia: o garante est vinculado ao
controle e vigilncia apenas da fonte de
perigos
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Na ingerncia, a doutrina majoritria
exige que a criao de um perigo tenha
sido ilcita.
O erro:
a) sobre a posio de garantidor: erro de
tipo.
b) erro sobre o dever de garantidor: erro de
proibio
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TENTATIVA E CRIME CONSUMADO
o iter crimins 1. cogitao 2. atos preparatrios 3. execuo 4. consumao 5. exaurimento natureza: defeito no tipo objetivo, com total
preenchimento do tipo subjetivo(tipo incongruente)
caso de adequao tpica mediata elementos: incio de execuo/no consumao
por circunstncias alheias vontade do agente.
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Diferena: atos preparatrios e de execuo
1) teoria formal-objetiva: necessrio incio da execuo tpica.
2) material-objetiva: ato de execuo aquele
que produz perigo para o bem jurdico.
3) subjetivo-objetiva: ato de execuo aquele
que, mesmo que no seja tpico, antecede
diretamente e conduz, segundo o plano do
autor, ao exerccio da ao tpica.
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casos especiais: -contravenes- art. 4 LCP -delitos qualificados: conduta qualificante: a) sucede a conduta-base:
somente com o incio da conduta qualificante, ou se demonstrado, quanto a este, o dolo do autor.
b) precede a conduta-base: tentativa se inicia com o comeo da execuo da conduta qualificante
-mera conduta -habituais
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unissubsistentes -crimes de atentado -crimes omissivos: a) prprios- no admitem b) imprprios: indaga-se quando o autor se pe
em atividade direta para a realizao do tipo legal
- perigo prximo: desde que o garantidor deixe perecer a primeira chance de salvamento
- perigo distante: quando o agente tira de suas mos a possibilidade de atuao salvadora.
- autoria mediata- somente com a atuao do instrumento
- a pena da tentativa
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DESISTNCIA VOLUNTRIA e ARREPENDIMENTO EFICAZ
natureza jurdica:
a) causa de extino de punibilidade- Wessels, Pierangelli, Hungria
b) atipicidade- Damsio
- conseqncias da distino
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- carter voluntrio da desistncia-
1. a frmula de Frank : "no posso prosseguir, ainda que quisesse"/ "no quero prosseguir,
embora pudesse faz-lo"
2. P/ Wessels., o autor permanece senhor de sua resoluo
3. Zaffaroni: voluntria a desistncia que no est fundada na representao de uma ao
especial do sistema penal, ou no est coagida
por um terceiro
no necessrio que se funde em motivos ticos ou morais
-
- no precisa ser espontnea- que traduz
cunho de arrependimento
tentativa falha e critrio de aferio
desistncia voluntria: negativo ( tentativa inacabada)
arrependimento eficaz: positivo ( tentativa acabada)
( critrio subjetivo )
-
tentativa qualificada- o delito que se
pretende cometer abrange,
simultaneamente, a consumao de outro
delito / princpio da subsidiariedade
desistncia da participao
-
CRIME IMPOSSVEL
Os fins do Direito Penal/ O CP antes de 84
A teoria objetiva exige ao objetivamente perigosa para o bem jurdico
inidoneidade:
1. do meio (a conduta em si realizada)
Anlise no caso concreto e ex ante ( Fragoso- ex post)
considera-se o conhecimento de um observador prudente, mas tomando-se em conta ainda os conhecimentos especiais do autor ( o resultado deve surgir ex ante como conseqncia no absolutamente improvvel da conduta Rgis Prado).
2. do objeto: ausncia de tipo
-
inidoneidade relativa : mera condio
acidental neutraliza a eficincia do meio
usado- tentativa
-crime impossvel por obra do agente provocador
flagrante esperado e preparado- S. 145 STF
-
ARREPENDIMENTO POSTERIOR: No abrange violncia contra a coisa restituio voluntria- diferente de apreenso
pela AP
Comunicvel no caso de concurso de agentes: objetiva
312 3 e 65, III, b Polmica Smula 554 STF O critrio para diminuio: a) Alberto Silva Franco: a integral satisfao da
vtima.
b) Mirabete: a presteza do ressarcimento A violncia dos crimes culposos
-
ANTIJURIDICIDADE
Contradio, antagonismo ao direito.
A ilicitude material e suas conseqncias
Antijuridicidade e unidade do ordenamento jurdico
Fundamento genrico das causas de excluso da ilicitude: a possibilidade de coexistncia humana- toma em conta conflitos ou colises entre dois bens jurdicos, em que se prefere o mais valorado.
-
Cada causa de justificao obedece a princpios
reguladores prprios (concepo pluralista versus concepo monista).
Os tipos permissivos possuem elementos objetivos e subjetivos (j que tambm individualizam condutas)
-ver diferena entre injusto e antijuridicidade A noo de injusto pessoal
Autor atua sem elemento subjetivo: a) responde por crime consumado b) responde por crime tentado(existe desvalor
da ao, mas inexiste desvalor do resultado)-Wessels/Jescheck ( por analogia), Jakobs
-
Problemas do erro nas causas de justificao; 1. erro sobre os pressupostos fticos
A) para a teoria dos elementos negativos do tipo, o erro nas causas de justificao um erro de tipo, que exclui o dolo.
B) Para a teoria limitada da culpabilidade, reconhece-se a existncia de um erro de tipo, porm por analogia.
C) Teoria da culpabilidade que remete s conseqncias jurdicas: para esta teoria, apenas as conseqncias jurdicas do erro de tipo seriam as mesmas, mas o dolo no restaria efetivamente excludo. Com isto, admite-se a punio do partcipe, ainda quando o autor responda por delito imprudente.
D) Teoria extrema da culpabilidade . Trata-se de erro de proibio
-
Erro sobre os limites da causa de excluso:
Erro de permisso - existe quando algum estende em demasia uma causa de
justificao em si existente.
-
ESTADO DE NECESSIDADE Dois raciocnios so importantes no estado de
necessidade:
1. nele somente est em jogo a eliminao de perigos, e no o restabelecimento do direito.
2. aquele que sofre com a conduta do autor normalmente no tem qq relao com o perigo gerado, razo pela qual rege o princpio da autonomia: o terceiro inocente no s sofre perdas materiais, mas v menoscabada sua liberdade de deciso autnoma.
- conseqncias: maior rigor na apreciao desta causa excludente
-
a delimitao com a legtima defesa: o
perigo pode ser uma agresso humana,
porm lcita, ou que no satisfaa os
requisitos da legtima defesa.Ex. A
aberratio ictus na reao defensiva,
criao de perigo criada por ao diligente
( ex apesar de obedecer a todas as regras
do trfico, o motorista est prestes a
atropelar pessoa que no consegue ver a
tempo...), no-ao da vtima ( ataque
epiltico)
-
pode ser: 1. defensivo- matar o co
2. agressivo: dirige-se contra pessoa ou
coisa diversa daquela de que promana o
perigo
o perigo ajuizado de forma objetiva e ex ante
-
a atualidade do perigo no estado de necessidade mais ampla do que na
legtima defesa: um perigo atual quando,
ainda que no seja iminente a produo
do dano, posteriormente j no seria
possvel fazer-lhe frente, ou s seria
possvel correndo riscos muito maiores-
vale a idia de proteo imediata, e no
de dano imediato ( quando o adiamento
da conduta pode gerar risco maior- ex.
riscos na gravidez).
-
princpio da ponderao de bens- hoje em dia adota-se primordialmente a idia de ponderao
de interesses ( mais ampla, porque considera
todas as circunstancias do fato concreto- tipo de
leso, gravidade da pena...-, e no apenas a
espcie de bem jurdico atingido), e no de bens
( toma em conta o grau dos perigos/leses...):
ESTADO DE NECESSIDADE:
a) justificante
b)exculpante.
-O Brasil adotou a teoria unitria.
-
Perigo culposo:
1. Hungria e A. Toledo: obsta
2. Fragoso: no obsta
a clusula de razoabilidade
Cuidando-se de est. de necessidade em favor de bens de terceiro disponveis,
deve existir aquiescncia deste.
-
LEGTIMA DEFESA
Explica-se por dois princpios fundamentais: proteo individual de bens
ou interesses e o princpio da afirmao
do direito em defesa da ordem jurdica.
O conceito de agresso abrange omisso e aes culposas
Uma agresso a ameaa de um bem jurdico por uma conduta humana.
-
possvel reconhecer agresso na omisso
imprpria, mas no na prpria.
agresso injusta ou ilcita
no precisa ser necessriamente um crime
Como regra, todos os bens jurdicos so passveis de defesa.
Exceo: parte da doutrina afasta a legtima defesa nos bens sociais ( ordem pblica, paz social, regularidade do trfego de veculos) .J quanto a bens jurdicos do Estado ( patrimnio, por ex.), seria em princpio possvel, mas no porm para salvaguarda da pessoa jurdica do Estado ( ex. crimes de espionagem e traio)
-
A medida da defesa necessria segue padres objetivos. Estes padres so examinveis ex ante, segundo um observador sensato.
Meio necessrio: apropriada proteo do bem jurdico mediante o menor dano possvel do agressor. Afasta-se a desproporcionalidade extrema entre o bem jurdico violado e a leso/agresso do ofensor.
Sobre a atualidade da agresso: na agresso atual somente se poder incluir a tentativa e a estreita fase final de atos preparatrios que lhe imediatamente anterior.
Agresso iminente: critrio de Roxin- iminncia ocorrer no momento final da preparao da agresso. (ex.movimento da mo do agressor em direo a arma, agressor que se aproxima com o porrete na mo).
-
A proporcionalidade ser mais exigente
nos seguintes casos:
1. agresso no culpvel ou com culpabilidade substancialmente diminuda
2. agresso provocada antijuridicamente pelo agredido
3. a agresso irrelevante
4. agresses ocorridas dentro das relaes de garantia
-
- aberratio ictus na reao defensiva:
1. Assis Toledo: 73 CP
2. Fragoso, Zaffaroni, Mir Puig: seria,
quanto ao terceiro, estado de
necessidade, pois este no agrediu
ningum.
-
-Ofendculas: os riscos que apresentam correm por conta de quem as utiliza
Natureza jurdica: P/ Juarez Tavares seriam exerccio regular de direito, em vista da
inexistncia de elemento subjetivo no momento
da reao defensiva.
Os dispositivos de proteo perigosos para a vida no so necessrios quase nunca: no se
estar justificado se so utilizadas minas
explosivas ou disparos automticos, quando
bastaria um dispositivo de alarme, descargas
eltricas ligeiras ou um cachorro.
-
EXCESSO: 1.doloso: 65, III c- pode decorrer de erro quanto
aos limites na conduta de prosseguir na defesa
2. culposo- deriva de erro na avaliao das circunstncias ou suposio errnea de persistncia da agresso.
3. exculpante Pode ainda ser: a) intensivo (seria a eximente incompleta, ou
seja, a falta de um dos requisitos da causa de justificao) - meio desde o incio desnecessrio
b) extensivo- falta atualidade da agresso possvel falar de excesso na legtima defesa
putativa.
-
ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL dirige-se aos agentes do poder pblico,
mas tambm aos particulares, quando atuam sob imposio do dever legal.
EXERCCIO REGULAR DE DIREITO
regular-abuso
Exemplos: a priso em flagrante por particulares e a auto-tutela (o desforo imediato em casos de esbulho) -
o direito de correo dos pais
-
CONSENTIMENTO DO OFENDIDO
(Wessels)
pode excluir: a tipicidade ou a antijuridicidade
Para ROXIN, o consentimento do ofendido exclui sempre a tipicidade. Exprime
desinteresse na proteo do bem jurdico
e, portanto, indica uma situao de
ausncia de conflito, ao contrrio da
situao de conflito do sistema de
justificaes.
-
requisitos: a) renncia jurdicamente admissvel
( bens personalssimos e coletivos)
b) capacidade do consenciente
c) o consenciente deve estar autorizado disposio
d)inexistncia de vcio da vontade
e) o consentimento deve ser expressado anteriomente ao fato.
f) elemento subjetivo
-
CULPABILIDADE
a reprovabilidade do injusto ao autor.
enquanto a ilicitude um juzo de desvalor que recai sobre o fato tpico, a
culpabilidade um juzo de reprovao ou
censura endereado ao agente.
atuar culpado: aferido no mbito do poder concreto individual
-
As concepes psicolgica, psicolgico-normativa e normativa pura da culpabilidade.
o contedo material da culpabilidade : O fundamento ontolgico da culpabilidade, no
finalismo, a capacidade de livre deciso do
sujeito
Crtica: o poder agir de outro modo indemonstrvel
-hoje, a tese da culpabilidade como fundamento da pena foi substitutda pela tese da
culpabilidade como limitao do poder de punir
-
CAUSAS DE EXCLUSO DA CULPABILIDADE
I) que negam a existncia de um agente culpvel
doena mental, menoridade, embriaguez fortuita
art. 26- sistema biopsicolgico ou misto
sistema vicariante para os semi-imputveis
26, pargrafo nico: silvcolas inadaptados
Imputabilidade capacidade de culpabilidade.
-
Embriaguez:
1. no acidental: voluntria ou culposa
2. acidental: caso fortuito e fora maior
3. preordenada
4. patolgica
-
A ACTIO LIBERA IN CAUSA hipteses possveis: a) embriaguez preordenada com dolo direto ou
eventual: resultado imputado a ttulo de dolo
b)embriaguez culposa: resultado imputado a ttulo de culpa
hipteses inadmissveis; a) embriaguez culposa e ato dolosa do brio:
somente possvel a imputao do resultado a ttulo de culpa ( invivel a considerao da vontade residual do brio)
b) embriaguez culposa e resultado imprevisvel -posio de ROXIN: os modelos do tipo e da
exceo.
-
II) que anulam um dos elementos essenciais da
prpria culpabilidade.
- potencial conscincia da ilicitude
erro de proibio
erro de proibio-a) direto
b) de mandamento( sobre posio de garantidor)
c) indireto
o potencial diz respeito ao "dever de informar-se"
conscincia real- punio normal/ conscincia potencial-punio reduzida/ausncia de potencial conscincia- absolvio
-
-exigibilidade de outra conduta
1. estado de necessidade exculpante
2. excesso exculpante
excesso: intensivo ( o autor se utiliza de meio exagerado, dada a natureza e
gravidade da ameaa sofrida) e extensivo
( o autor se excede temporalmente no
revide)
3. coao moral irresistvel
-
4. Obedincia hierrquica situaces a distinguir: (Maurach) a) o autor, em conformidade com o direito, realiza
um tipo penal: estrito cumprimento de dever legal
b) o autor pratica fato tpico e ilcito, sem conhecer-lhe a ilicitude, em cumprimento de ordem: erro de proibio(Maurach, Zaffaroni)/ obedincia hierrquica: Jescheck e CRB
c) o autor pratica fato tpico e ilcito, em cumprimento de ordem por ele reconhecida como antijurdica
- desnecessrio o desconhecimento da ilicitude do fato (Fragoso- contra: Jescheck)
-
- requisitos:
a) relao de subordinao fundada no direito pblico
b) ordem no manifestamente ilegal- ser:
- dada por autoridade incompetente
-quando sua execuo no se enquadre nas atribuies legais de quem a recebe
-quando no se reveste de forma legal
-quando evidentemente constitui crime
-
6. inexigibilidade de outra conduta ( a culpabilidade exige "normalidade de
condies")
contra a causa genrica: Juarez Tavares, Zaffaroni
a favor: Assis Toledo e nossa jurisprudncia
-
CONCURSO DE CRIMES
Explicar a sistemtica do concurso de crimes.
Sistemas: do cmulo jurdico, da exasperao e da absoro.
O conflito aparente de normas e o concurso de crimes.
-
A unidade de conduta:
Critrios para se verificar a unidade de conduta:
a) a concepo naturalstica:
1. o critrio da natural concepo de vida
b) o critrio puramente normativo uma ao para cada tipo violado- contraria a
opo legislativa brasileira.
c) o critrio ontolgico-normativo (Zaffaroni)
-
critrio ontolgico-normativo:
Hipteses:
1. unidade de movimento:- ao nica
- movimento entendido como uma unidade mnima de sentido
2. pluralidade de movimentos: apenas o tipo poder dizer se a pluralidade de
movimentos, fundada em uma resoluo
nica (deciso comum), uma ao nica
ou plural
-
Requisitos a serem analisados:
a) contextualidade dos atos
b) unidade de plano, resoluo ou deciso = fator final
c) fator normativo: um nico desvalor normativo a ser dado pelo tipo.
-
HIPOTESES:
1. Tipos plurissubsistentes
2. Realizao repetida da ao tpica num curto espao de tempo.
3. Realizao progressiva do tipo penal
2. Quando a realizao de um segundo tipo aparece como elemento subjetivo do primeiro.
3. Quando a segunda tipicidade se cumpre como forma de esgotamento da primeira
4. crimes permanentes e habituais
5. A anlise da conduta do partcipe
6. A omisso
7. Os tipos culposos
-
1 conduta: fruto de um nico ato fruto de uma pluralidade de atos. Pode resultar em: a)crime nico ( inclusive porque em alguns
casos aplicvel o conflito aparente de normas)
b)vrios crimes - concurso formal 2 condutas: Podem resultar em: a) pluralidade aparente de condutas: post-
factum e ante-factum no punveis- um crime s
b) vrios crimes: crime continuado e concurso material
-
CONCURSO APARENTE DE NORMAS
Princpios:
1. Especialidade:
2. Subsidiariedade
3. Consuno
- Os ante-factum e post-factum no punveis
-
CONCURSO DE CRIMES
- concurso formal ( art. 70 do CP)
- crime continuado ( art. 71 do CP)
- concurso material ( art. 69 do CP)
-
CRIME CONTINUADO
Concepes:
I- objetiva: o crime continuado tem apenas requisitos objetivos.
H pluralidade de condutas e o crime continuado uma ficco jurdica- Mezger
e CP/84
II- subjetivo-objetiva- alm dos requisitos objetivos, exige-se um requisito
de ordem subjetiva.
-
Apresenta-se em duas formas distintas:
a) dolo global-
- agente deve abarcar as particularidades comissivas do fato- diferente de uma
genrica resoluo de cometer delitos
- basta que o dolo global tenha lugar antes do esgotamento do 1 ato parcial por parte
do autor
sustenta-se a efetiva unidade de conduta
-
b) dolo de continuao: fracasso psquico
do autor diante da mesma situao ftica
baseia-se no aproveitamento mltiplo da mesma oportunidade e da mesma
situao permanente.
-
Outras questes:
- a coisa julgada
- o tempo do crime no crime continuado
-
TEORIA DA PENA
Conseqncias jurdicas do delito so reaes jurdicas aplicveis prtica de
um injusto punvel.
Conseqncias penais: pena e medida de segurana.
Conseqncias no penais: efeitos da condenao e responsabilidade civil
-
Teorias sobre fins e fundamentos da pena:
1. Teorias absolutas: pena retribuio pelo mal causado.
2. Teorias relativas: O fundamento da pena a necessidade de enfrentar a prtica futura
de crimes
A pena se justifica por seus efeitos de preveno geral e especial.
-
A preveno geral pode ser:
a) negativa: exemplaridade, temor infundido aos possveis delinqentes, intimidao;
b) positiva ou integradora: incremento e reforo geral da conscincia jurdica da norma. Trs so os efeitos fundados nela:
b.1- efeito de aprendizagem;
b.3-efeito de confiana
b.3- efeito de pacificao social.
-
3.Teorias unitrias ou eclticas: Buscam conciliar a exigncia de
retribuio jurdica da pena com os fins
de preveno geral e especial.
A retribuio jurdica torna-se um instrumento de preveno e a preveno
encontra na retribuio a barreira que
impede a sua degenerao
-
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE Recluso e deteno: diferena nas
consequncias, e no na essncia das penas:
a) limitao da concesso de fiana;
b) art. 97 do CP;
c) o efeito secundrio da incapacidade para o exerccio do ptrio poder, tutela e curatela somente alicvel aos crimes punidos com recluso;
d) prioridade na ordem de execuo ( arts. 69 e 76 do CP)
e)limitaes para a decretao da priso preventiva;
-
Os regimes de execuo da pena: arts. 33 e
segs. do CP
Progresso: com 1/6 da pena - arts.112 e segs da LEP
Regresso: art. 118 da LEP- a regresso pode ser do regime aberto para o fechado, sem passar pelo semi-aberto
A progresso nos crimes hediondos e a atual discusso sobre o regime inicial fechado obrigatrio ( art. 2. 1. da Lei 8072/90)
A progresso nos crimes hediondos tem tempo diferenciado ( 2/5 para primrio e 3/5 para reincidente- art. 2. 3. da Lei 8072/90 )
-
Smulas 716, 717, 718 e 719 do STF
Smula vinculante 26 do STF
Smulas 269 e 440 do STJ
- Detrao
A detrao em relao a aes penais diversas
-
MULTA: 1. como pode ser encontrada no CP
2. O sistema do dia multa
3. multa substitutiva + multa cominada
Smula 171 do STJ
a modificao na conversibilidade em deteno
-
Penas alternativas substitutivas:
1. multa
2. prestao de servios comunidade
3. limitao de fim de semana
4. proibio do exerccio de cargo ou funo
5. proibio do exerccio de profisso
6. suspenso da habilitao para dirigir veculo
7. prestao pecuniria em favor da vtima
8. perda de bens e valores
9. proibio de freqentar determinados lugares
10. prestao de outra natureza
-
sistema penal brasileiro:
a) infraes penais de lesividade insignificante
b) infraes penais de menor potencial ofensivo
c) infraes de mdio potencial ofensivo ( 89 da 9099 e nova lei)
d) infraes de grande potencial ofensivo
e) infraes hediondas
base constitucional das penas alternativas: art. 5o. XL
-
art. 44,inc.I do CP:
-concurso de crimes: considera-se o total da pena privativa de liberdade
-no abrange a violncia ficta e a violncia coisa
-como ficam os crimes de constrangimento ilegal, ameaa e leso corporal dolosa? Apesar
de cometidos com violncia ou ameaa, devem
merecer a aplicao da nova lei, j que so de
menor potencial ofensivo: LFG e Damsio.
aplicabilidade aos crimes hediondos
-
4. e 5.- hipteses de converso: - abrange todas as hipteses de penas
alternativas, salvo a multa
descumprimento injustificado da restrio imposta- revogao obrigatria
condenao a pena privativa de liberdade, incompatvel com a pena substitutiva anterior-
revogao obrigatria
condenao a pena privativa de liberdade, compatvel com a pena substitutiva anterior-
revogao facultativa- ex. concesso de sursis,
regime aberto...
-
a multa substitutiva no pode ser convertida em privativa de liberdade- Lei
9268/96
deduo do tempo cumprido: e as penas no mensurveis temporalmente
(prestao pecuniria e prestao de
outra natureza)? Por analogia in bonam
partem deve o juiz fazer um abatimento
proporcional
-
prestao pecuniria- art. 45: os beneficirios da prestao so a vtima, seus
dependentes, entidade pblica ou entidade privada com destinao social
possui natureza penal, motivo pelo qual pode ser convertida em pena privativa de liberdade
2 : para um corrente, mais ampliativa, pode ser qualquer prestao, inclusive cestas bsicas e mo de obra. P/ outra corrente, apenas prestaes que tenham relevncia pecuniria
o consenso do beneficirio somente exigido quando se trata de uma obrigao de fazer em seu benefcio ( ex. mo de obra).
-
perda de bens e valores
diferena para o art. 91: do CP: a perda de bens pode alcanar bens que integram o patrimnio
lcito do sujeito
art. 5o. XLVI- pode a perda de bens afetar o princpio da personalidade das penas?
1a corrente: No. P/ Srgio Salomo Shecaira o constituinte apenas se refere ao confisco
2a. corrente: Sim. Lus Flvio Gomes: a ressalva constitucional tambm abrange a perda de bens
como pena
-
suspenso ou autorizao para dirigir veculo:
a figura do CP s se aplica aos crimes culposos de trnsito- art. 57.
O conflito com o Cdigo de trnsito:
1 corrente: O CT j prev a suspenso da habilitao como sano direta. Continua
existindo, apenas, a suspenso da autorizao-
141 CTB
2. Corrente: a previso do CP foi revogada
-
Formas de se encontrar a interdio do
direito de dirigir veculo automotor no direito positivo:
a) como medida administrativa, no Cdigo de Trnsito
b) Como medida judicial:
b.1- providncia cautelar- CT
b.2- pena cominada: CT
b.3- penal alternativa: art. 47, III CP
b.4- efeito especfico da sentena condenatria: art. 92, III CP
-
FIXAO DA PENA As fases de fixao critrios de Hungria e R. Lyra as etapas: 1. Escolha da espcie de pena ( cominao
alternativa)
penas: privativa de liberdade, restritiva de direitos e multa
as restritivas de direitos so previstas na legislao especial:
1. CTB, 2. Lei dos crimes ambientais: arts 7o e 13 3. art. 98 do CDC 2. pena-base maus antecedentes: Smula 444 do STJ
-
3. agravantes e atenuantes
impossiblidade de ultrapassar os limites legais: Smula 231 do STJ
articulao na denncia? 385 CPP
art. 67- prevalecem as de carter subjetivo
a menoridade prepondera sobre todas
explicar o sentido de "preponderncia"
-
4. causas de aumento e diminuio
- primeiro as causas de diminuio e aumento da parte de especial e depois da parte geral
art. 68:
ocorre somente entre causas de aumento ou somente entre causas de diminuio, previstas
na parte especial
hipteses no solucionadas pelo artigo:
a) causas da parte geral e da parte especial
b) concurso entre causas de aumento e diminuio
-
5. regime de pena
o regime de pena e as substituies ou a concesso de sursis
6. substituies cabveis
7. concesso de sursis
8. fundamentao do art. 92 do CP
-
SURSIS
Explicar o funcionamento
Previso legal: arts 77 e ss. CP e arts. 157 e ss. LEP
O perodo de prova conta-se a partir da data da audincia admonitria.
No benefcio: medida penal substitutiva, de natureza restritiva da
liberdade, de cunho repressivo e
preventivo
-
A suspenso no compreende os efeitos secundrios da condenao(art. 81, II c/c
91, I)
Cabe falar em sursis sucessivos? Sim, na hiptese do art. 64, I do CP
Espcies:
a)sursis simples
b)sursis especial
c)sursis etrio
d)sursis humanitrio
-
Revogao:
obrigatria: art. 81: I- no importa o tempo da prtica do crime
a condenao exclusiva pena de multa no gera revogao
II- multa imposta conjuntamente com a pena privativa de liberdade
III-
+ 161 LEP
facultativa: 1
-
Verificao da causa de revogao aps o perodo de prova:
1. pode ocorrer a revogao
2. terminado o perodo de prova, no h como cassar o sursis
Informativos STF: sursis- revogao aps expirado o perodo de prova.
Impossibilidade
-
LIVRAMENTO CONDICIONAL natureza jurdica:
a) Damsio, Ren Dotti, Mayrink: medida de cunho repressivo, forma de cumprimento de pena
b) Mirabete, Hungria, Noronha e Delmanto: direito subjetivo pblico do condenado
- no necessrio passar por todos os estgios da execuo: regimes fechado, semi-aberto e aberto.
-
condenado primrio, com maus antecedentes:
a) no faz jus ao livramento com 1/3: Ren Dotti, Miguel Reale Jnior, Mirabete
Informativo STF: Condenado primrio com maus antecedentes. Livramento
condicional com prazo de metade.
Interpretao extensiva.
b) faz jus: parte da jurisprudncia e Damsio
-
art. 83, V do CP - reincidncia especfica e
"mesma natureza" :
1. Damsio, Mirabete: os hediondos e
equiparados- MAJORITRIA
2. ASF: crimes da mesma espcie, ou que
possuam caracteres fundamentais
comuns
-
revogao obrigatria e facultativa :
- o juiz pode, cautelarmente, ordenar a priso do liberado (art. 146 da LEP)
- verificao do cometimento do crime aps o cumprimento de pena: impossibilidade de revogao
- cometimento aps o perodo de prova, ainda que no extinta a pena: impossibilidade de revogao
- Para a revogao facultativa no importa o momento do cometimento do crime ou contraveno ( se antes ou durante o perodo de prova)
-
condenao por contraveno a pena privativa de liberdade:
a) no revoga: princpio da legalidade, Delmanto
b) revoga: Miguel Reale Jnior, Csar Bittencourt, Ren Dotti - Invoca-se o art.
76 do CP
-
EXTINO DE PUNIBILIDADE
efeitos
morte do agente:
- extino de punibilidade pelo bito e certido de bito falsa. STF: HC 104998-SP . Trata-se de fato inexistente, que no existe no mundo jurdico, e que no faz coisa julgada.
anistia, graa e indulto:
podem ser recusados, se condicionados
cabveis na ao penal privada
retratao:
Arts. 143 e 342, 3 do CP
-
PRESCRIO
1. Explicar fenmeno
forma de contagem
2. imprescritibilidade: art. 5 XLII e XLIV da CF
3. Espcies
Prescrio da pretenso punitiva ( 109)
incluso de causas de aumento e diminuio e qualificadoras ( mnimo e mximo)
excluso de agravantes atenuantes
-
art 111-
I- data da consumao no apurada: presume-se ter ocorrido o crime no dia 1o de janeiro ou,
se conhecido o ms, porm desconhecida a
data, no 1o dia daquele ms.
no crime habitual, o prazo tem incio na data do ltimo ato delituoso.
IncIV- suficiente o conhecimento presumido da autoridade, fundado na notoriedade ou no uso
ostensivo do documento falso
-
- causas de suspenso: enumerao taxativa.
No suspendem o incidente de insanidade, o
sobrestamento do feito para aguardar deciso
administrativa, etc...
Outras causas suspensivas: 366 CPP , art 53 da CF.
Imunidade parlamentar material natureza jurdica:
a) atipicidade:Zaffaroni e Frederico Marques- pressupe no incriminao
b) excluso de ilicitude: esta posio excluiria a responsabilidade civil
-
causas interruptivas: enumerao taxativa. Inc I- com a publicao do despacho
se o recebimento se d no Tribunal, considera-se a data da sesso
Aditamento: para interromper, necessrio fato novo
Inc. II-vtima que falece aps a pronncia- considera-se apenas a nova pronncia como interruptiva
desclassificao pelo jri: Smula 191 do STJ
inc. IV- embargos de declarao- no interferem no prazo
acrdo confirmatrio:
STF, HC 106222- estabelece que o acrdo confirmatrio que altera a pena tambm interrompe a prescrio.
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a prescrio retroativa e superveniente
trnsito em julgado para a acusao=
1. ausncia de recurso da acusao
2. Recurso da acusao improvido
3. Recurso provido, sem alterao da pena imposta
-Processo anulado e prescrio
- Pode o juiz de 1o grau reconhecer a prescrio pela pena em concreto?
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pretenso executria ( art. 110 do CP) A detrao
Efeitos
as causas de interrupo
o aumento do prazo em decorrncia da reincidncia:
-deve ter sido reconhecida na sentena
-no incide na pena de multa
supervenincia de doena mental- arts 41 e 42 CP- computada como cumprimento de pena.
No se fala em interrupo da execuo