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7/25/2019 Direito Administrativo - Carreira Fiscal http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-carreira-fiscal 1/404  DIREITO ADMINISTRATIVO Carrera Fiscal Professor Corretor: Henrique Cantarino Realização: Academia do Concurso Supervisão: Carla Diniz Material de Consulta

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Carrera Fiscal

Professor Corretor: Henrique CantarinoRealização: Academia do Concurso

Supervisão: Carla DinizMaterial de Consulta

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  DIREITO ADMINISTRATIVO

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ÍNDICE 

Capítulo I: Administração Pública................................................................................1

Capítulo II: Órgãos e Agentes Públicos.......................................................................27

Capítulo III: Ética e Moral da Administração Pública.................................................44

Capítulo IV: Deveres e Poderes Administrativos........................................................60

Capítulo V: Atos Administrativos...............................................................................82

Capítulo VI: Controle da Administração Pública......................................................110

Capítulo VII: Responsabilidade Civil ........................................................................133

Capítulo VIII: Serviços Público..................................................................................155

Capítulo IX: Lei 8666/93 Licitações..........................................................................179

Capítulo X: Princípios Básicos da Defesa Administrativa.........................................217

Capítulo XI: Lei 8112/ 90 1ª parte............................................................................232

Capítulo XII: Lei 8112/ 90 2ª parte...........................................................................251

Capítulo XIII: Lei 8112/ 90 3ª parte..........................................................................275

Capítulo XIV: Lei 8112/ 90 4ª parte..........................................................................302

Capítulo XV: Lei 8429/ 92.........................................................................................328

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  Direito Administrativo 

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BIBLIOGRAFIA DE APOIO E APROFUNDAMENTO

  ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 17ª edição, São

Paulo: Método, 2009.

  PADILHA, Norma Sueli; NAHAS, Thereza Christina; MACHADO, Edinilson Donisete. Gramática dos

Direitos Fundamentais: A Constituição Federal de 1988, 20 anos depois. Rio de Janeiro: Elsevier,

2010.

  MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo , 6 ª edição, Rio de Janeiro: Editora Impetus , 2013.

  CANTARINO, Henrique. Apostila De Direito Administrativo - Academia do Concurso - Rio de

Janeiro, 2013.

  LASMAR, João . Apostila De Direito Administrativo - Academia do Concurso - Rio de Janeiro,

2013.

  GOMES, Luiz Flávio. Constituição Federal. São Paulo: RT, 2011.

 

Lei 8112/1990 - Planalto Central - http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L8112cons.htm

  Lei 8666/1993 - Planalto Central - http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/leis/L8666cons.htm 

  Lei 1171/1994 - Planalto Central - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm 

  Lei 8429/ 1992 - Planalto Central - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8429.htm

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Capítulo XVI:  Lei 5427/09........................................................................................355

Capítulo XVII: Lei 9784/99........................................................................................378

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Capítulo I

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

DIREITO ADMINISTRATIVOOlá! 

Você está começando uma fase nova na sua vida, a de estudar para concurso público, o quesignifica adquirir conhecimentos específicos. Você está entrando em um mundo novo e tudo vai setransformar a sua volta. Dessa forma, iniciaremos esta fase de forma mais didática, estudando a disciplinaDireito Administrativo.

O Direito Administrativo teve início com Montesquieu, que ficou famoso pela sua Teoria daSeparação dos Poderes, atualmente consagrada em muitas das modernas Constituições internacionais.Observa-se que, na Idade Média, em razão das formas de governo absolutistas, não foi possível o

desenvolvimento do Direito Administrativo. Isto porque as monarquias absolutistas tinham como base avontade do rei, sendo esta a própria lei.

Já no final do século XVII e início do século XIX, com a criação do Estado Moderno comoorganizador do Poder Político, o Direito Administrativo surge em razão da necessidade de normatização,divisão e subdivisão das funções dessa nova forma de governo. Assim, o Direito Administrativo foi criadoe desenvolveu-se juntamente com a criação do Estado Moderno, também conhecido como Estado deDireito, que está estruturado por inúmeros princípios, sendo, alguns deles, os seguintes:

Legalidade Prega que os governantes e os membros da Administração Pública se submetem à lei,somente podendo realizar atos quando autorizados ou determinados por ela.

Separação dos Poderes Visa a preservar a autonomia e cooperação dos Poderes constituídos(Executivo, Legislativo e Judiciário), a fim de assegurar a proteção dos direitos individuais e não tão

somente as relações particulares, como também entre os particulares e o Estado.É importante destacar que são muitos os conceitos do que vem a ser o Direito Administrativo. Em

resumo, pode-se dizer que é o conjunto dos princípios jurídicos que tratam da Administração Pública, desuas entidades, de seus órgãos, dos agentes públicos, enfim, tudo o que diz respeito à maneira como seatingir as finalidades do Estado. Em outras palavras, tudo que se refere à Administração Pública e àrelação entre ela, os administrados e seus servidores é regrado e estudado pelo Direito Administrativo.

É pertinente mencionar que o Direito divide-se em dois grandes ramos, que correspondem aoDireito Público e ao Direito Privado. Nesse sentido, o Direito Administrativo integra o ramo do DireitoPúblico, cuja principal característica encontra-se no fato de haver uma desigualdade jurídica entre cadauma das partes envolvidas. Desse modo, encontramos a Administração Pública, que defende os interessescoletivos em detrimento do particular. Havendo conflito entre o público e privado, haverá de prevalecer o

interesse da coletividade, representado pela Administração. Haja vista que esta se encontra em umpatamar superior ao particular (vez que representa o interesse da coletividade), de forma diferente dopanorama do Direito Privado, onde o interesse das partes encontra-se em igualdade de condições.

É importante relembrar que, nos termos da Constituição Federal de 1988, à luz de seu art. 1º, aRepública Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do DistritoFederal, determinando, ainda, em seu art. 2º, a divisão dos Poderes da União em três, seguindo atradicional teoria de Montesquieu. Assim, são eles: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário,independentes e harmônicos entre si.

Assim, cada um desses Poderes tem sua atividade principal e outras secundárias. A título deilustração, veja que ao Legislativo  cabe, precipuamente, a função legiferante, ou seja, de produção deleis, em sentido amplo. Ao Judiciário  cabe a função de dizer o direito ao caso concreto, pacificando a

sociedade, em face da resolução dos conflitos. Por último, cabe ao Executivo a atividade administrativado Estado, ou seja, a implementação do que determina a lei, atendendo às necessidades da população

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com infraestrutura, saúde, educação, cultura. Enfim, servir ao público, como veremos no decorrer dopresente curso.

CONCEITO

Segundo o Professor Hely Lopes de Meirelles, Direito Administrativo é o “conjunto harmônico deprincípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes, as atividades públicas tendentes a realizar concreta,direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”. 

Já a Professora Maria Sylvia Di Pietro define o Direito Administrativo como “o ramo do DireitoPúblico que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram aAdministração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para aconsecução de seus fins, de natureza pública”. 

OBJETOO objeto do Direito Administrativo abrange todas as relações internas à Administração Pública, entre osórgãos e entidades administrativas, uns com os outros, e entre a Administração e seus agentes,

estatutários e celetistas.O Direito Administrativo rege todas as funções exercidas pelas autoridades administrativas,

qualquer que seja a sua natureza. Abrange toda e qualquer atividade de administração dos três Poderes.Embora a atividade administrativa seja função típica do Executivo, tanto o Legislativo quanto o Judiciáriopraticam atos tidos como objeto do Direito Administrativo.

Desse modo, os Poderes de Estado também desempenham funções atípicas, a exemplo doimpeachment (impugnação/cassação de mandato do Chefe do Poder Executivo )  realizado pelo PoderLegislativo, que, nesse caso, exerce função de julgamento. Há casos também em que o Poder Executivoexerce função legiferante (ato de legislar), quando o Presidente da República emite decretos, porexemplo. Por fim, podemos citar o caso em que o Poder Judiciário também administra os seus própriosserviços e, neste caso, está exercendo a função executiva.

NATUREZA JURÍDICAO Direito Privado e o Direito Público são duas grandes divisões de um mesmo Direito.

O Direito Público tem por objeto principal a regulação dos interesses estatais e sociais, só alcançando ascondutas individuais de forma direta. Sua principal característica é a existência de uma desigualdade nasrelações jurídicas. Como o Estado representa a tutela dos interesses da coletividade, sempre que houverconflito entre esses e um particular, os primeiros deverão prevalecer, respeitando os direitos e garantiasfundamentais constitucionais.

DIREITO PÚBLICO X DIREITO PRIVADO

Direito PúblicoCaracteriza-se pela desigualdade nas relações Jurídicas, pois representa o Direito Público (da

maioria). O interesse público (da coletividade) prevalecerá sobre o do particular.O Direito Público é definido como o conjunto de leis criadas para regular os interesses de ordem

coletiva, ou, em outros termos, principalmente, organizar e disciplinar a formação das instituiçõespolíticas de um país, as relações dos poderes públicos entre si, e destes com os particulares comomembros de uma coletividade, e na defesa do interesse público.

Quando o Estado atua na defesa do interesse público, goza de certas prerrogativas que o situamem posição jurídica superior ao particular.

Os ramos do Direito que integram o Direito Público são, por exemplo: Constitucional,Administrativo, Tributário e Penal.

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Direito PrivadoTem por finalidade principal regular os interesses particulares, como meio de favorecer o convívio

harmônico das pessoas em sociedade e na função de seus bens. Há a igualdade jurídica entre as partes,não cabendo relação de subordinação entre as mesmas.

As relações jurídicas entre os cidadãos particulares ocorrem dentro do Direito Privado.Exemplos: Direito Civil e Direito Empresarial.

Codificação e Fontes do Direito AdministrativoO Direito Administrativo caracteriza-se por não ser codificado. Em outras palavras, os textos

administrativos não estão reunidos em um só corpo de lei, como ocorre com outros ramos do nossoDireito.

Fontes do Direito Administrativo

Quatro fontes principais norteiam o Direito Administrativo em sua formação: a lei, a

 jurisprudência, a doutrina e os costumes.

• É a fonte primordial do Direito Administrativo brasileiro, em razão da rigidez que nossoordenamento empresta ao princípio da legalidade nesse ramo jurídico.

A LEI 

• É representada pelas reiteradas decisões judiciais em um mesmo sentido, é fontesecundária do Direito Administrativo.

A JURISPRUDÊNCIA

• Entendida como um conjunto de teses, constitui fonte secundária do DireitoAdministrativo, influenciando não só a elaboração de novas leis como também o

 julgamento das lides de cunho administrativo.

A DOUTRINA 

•  Sociais só têm importância como fonte do Direito Administrativo quando, de algumaforma, influenciam a produção legislativa ou a jurisprudência. Conjunto de regras nãoescritas, porém observadas de um modo uniforme pelo grupo social. São práticasadministrativas reiteradas (repetidas e renovadas).

OS COSTUMES 

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Regime Jurídico-Administrativo

Percebam que, após entendermos qual é a base para o estudo do Direito Administrativo, vamosexplicar o Regime Jurídico-Administrativo. Este não está presente nas relações entre particulares, masconsiste no conjunto das prerrogativas às quais estão sujeitas a Administração. Podemos encontrar asprerrogativas, que são os pressupostos básicos para iniciarmos o Direito Administrativo: supremacia dointeresse público, indisponibilidade do interesse público e discricionariedade.

Por “Regime Jurídico”, entendemos o conjunto de normas (regras) que disciplinam uma situação jurídica. Normalmente, para atingir os objetivos, as normas jurídicas desse tipo de regime jurídicoconcedem uma posição estatal privilegiada, ou seja, como já dito, o Estado localiza-se em um patamar desuperioridade em relação ao particular, justamente por defender o interesse de toda uma coletividade.Tal estrutura tem como base os Princípios da supremacia do interesse público e da indisponibilidade dointeresse público, que se fundam justamente na observância e prevalência do interesse coletivo nos atosemanados pelo Poder Público.

FONTE PRIMÁRIA Lei 

FONTE SECUNDÁRIA

Jurisprudência

São séries de decisões judiciais; fonte secundária do DireitoAdministrativo.

Doutrina

Conjunto de princípios de uma escola literária ou filosófica de umsistema político,econômico ou de dogma de uma religião.

Costumes Sociais

Designam-se como costumes as regras sociais resultantes de umaprática reiterada de forma generalizada e prolongada, o que resulta

em uma certa convicção de obrigatoriedade, de acordo com cadasociedade e cultura específica.

CARACTERÍSTICAS

1º) Supremacia do interesse público sobre oparticular.

2º) Indisponibilidade do interesse público.

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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

De acordo com o art. 37 da Constituição Federal, são princípios da Administração Pública:Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.

• É um dos mais relevantes princípios de todo Estado de Direito e daAdministração Pública na execução de suas atividades. Determina que oagente público somente possa fazer o que estiver previsto na lei. Assim,todos os atos e ações do Poder Público devem estar regulamentados nanorma legal para que sejam válidos.

• 

LEGALIDADE

• Esse princípio visa a garantir que o ato a ser praticado atenderá à suafinalidade pública, preservando a isonomia e a igualdade aos seusdestinatários. Veda a publicidade ou propaganda pessoal do agente,devendo o ato ser sempre vinculado à instituição que o editou e não àpessoa do agente que o expediu. Proíbe também a prática de atosadministrativos que objetivem exclusivamente a satisfação do interesse deterceiros, devendo o ato sempre ser praticado no interesse da administração(nas hipóteses de atos discricionários) e preservando o interesse dacoletividade como fim.

PRINCÍPIO DA

IMPESSOALIDADE,ISONOMIA, IGUALDADE

• Este Princípio apregoa a moralidade administrativa na realização dos atos.Deve-se sempre observar o fim social e a conveniência do ato aosinteresses da coletividade com base na ética. Logo, o ato, para ser legítimo,deve não só atender à lei, mas também à ética, à moral, aos bons costumese à justiça.

PRINCÍPIO DAMORALIDADE

•Significa dar transparência à coisa pública, ao interesse público, em regra, naImprensa Oficial.

•Dispensam a publicação os atos referentes a: investigação (policiais,Ministério Público/ ABIN),  Segurança Nacional, Processo Administrativopreviamente declarado e sigiloso (PAD), Atos "interna corporis".

PRINCÍPIO DAPUBLICIDADE

•Este princípio foi introduzido em nosso ordenamento jurídico pela EmendaConstitucional nº 19/98 (Reforma Administrativa). Tal princípio preconiza aqualidade do serviço público, que se baseia na consecução dos melhoresresultados, muitas vezes com os meios escassos de que se dispõe e o menorcusto. O resultado do serviço deve ser sempre o melhor possível. No âmbitoda atuação dos agentes públicos, deverão estes agir com rapidez, presteza,perfeição e rendimento para que estejam de acordo com o referido princípio.

PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 

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Princípios Explícitos 

Princípios Implícitos (ou Reconhecidos)Além dos princípios constitucionais explícitos, há outros que também compõem o cerne do

estudo do Direito Administrativo, que são reconhecidos e acolhidos pelo sistema constitucional, dos quaisfalaremos a seguir.

LEGALIDADE

Só épermitido

fazer o que alei autoriza.

IMPESSOALIDADE

Tem que atenderao interesse

público.

MORALIDADE

O ato deverásempre ser

praticado comatenção aosprincípios da

ética e da moral.

PUBLICIDADE

Deve havertransparência dos

atos administrativos.

EFICIÊNCIA

Menor custoe com maiorqualidade.

• Prevalência dos interesses coletivos sobre o particular.

SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO 

• É dado ao agente público administrar patrimônios, bens e haveres públicos,sendo-lhe vedado, porém, dispor dos mesmos como se fosse seu (ele tem apenasa titularidade).

INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO 

• A Administração Pública pode revogar ou anular seus próprios atos (autocontrole).

• Revisão e controle de ofício de sua própria atuação. Não precisa de ninguém paraprovocar a atuação.

AUTOTUTELA 

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• Limita a discricionariedade da Administração. Os meios que serão usados terãode ser razoáveis em função dos fins que se quer avaliar.

RAZOABILIDADE

• Adequação dos meios aos fins. Consiste em um dos aspectos da razoabilidadeentre os meios utilizados pelo agente público e os fins buscados por esse agente.

PROPORCIONALIDADE 

• Os serviços públicos são essenciais e não podem parar, exceto em casos de:

• emergência: Falta de água em razão de problemas na tubulação.

• segurança: modernização de serviços (razões técnicas).• inadimplemento: falta de pagamento.

• adimplemento defeituoso: pagamento fora do prazo; “gato”. 

CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO 

• A Administração, em sua atuação, destina-se a atender e almejar o interessepúblico.

• O administrador fica impedido de buscar outro objetivo ou de praticá-lo nointeresse próprio ou de terceiros.

FINALIDADE 

• O administrador público justifica sua ação administrativa, por escrito, indicando:

• Os fatos (pressupostos de fato);

• Os preceitos jurídicos (pressupostos de direito) que fundamentam sua prática.

MOTIVO 

• Explicitação das razões (justificativa) de fato e de direito que fundamentam aprática do ato.

• Trata-se da exteriorização dos motivos. Em regra, obrigatórios

 Dizer qual leiampara e por que alguém está fazendo aquele ato.

• Ex: Multa de carro tem que vir especificando tudo  local, lei, horário etc.

MOTIVAÇÃO

• Proteger o cidadão contra a alteração da lei.

• Impede a retroação da lei (fatos gerados dali em diante). Ou seja, veda a novainterpretação de uma norma quando já tenha ocorrido sentença transitada em

 julgado ou decisão definitiva.

SEGURANÇA JURÍDICA 

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Administração Pública

A Administração Pública é, em sentido subjetivo ou formal, o conjunto de órgãos, serviços e

agentes do Estado, bem como das demais pessoas coletivas públicas (tais como as autarquias locais), queasseguram a satisfação das necessidades coletivas variadas, tais como a segurança, a cultura, a saúde e obem-estar das populações.

Sentido formal, subjetivo ou orgânico

  Subjetivo (formal ou orgânico)

A Administração Pública, em sentido objetivo (ou material), caracteriza-se pela atividade concretae imediata que o Estado desenvolve, sob o regime jurídico de direito público, para a consecução dosinteresses coletivos.

Sentido amplo e estrito

No sentido amplo, a Administração Pública abrange os órgãos do governo que exercem funçãopolítica e também os que exercem função meramente administrativa.

Já em sentido estrito, só inclui os órgãos e pessoas jurídicas que exercem função meramenteadministrativa.

ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 

Entidades políticas e entidades administrativas

Entidades:  possuem personalidade jurídica, ou seja, vontade própria. Podem ser políticas ouadministrativas.

 Políticas: recebem atribuições da própria Constituição; possuem competência para legislar; sãopessoas jurídicas de Direito Público interno; possuem poderes políticos e administrativos; formadas pelaspessoas políticas.

Administração Pública em sentidosubjetivo (formal ou orgânico)

Autarquias

Fundações Públicas (FP)

Empresas Públicas (EP)

Sociedades de Economia Mista (SEM)

Administração Pública em sentido objetivo(material ou funcional)

- Serviço Público (utilidades materiais para apopulação sob regime jurídico de direito

público).

- Intervenção (ocorre quando a Administraçãointerfere em atividade tipicamente privada).

- Fomento (concessão de benefícios ouincentivos fiscais).

- Polícia Administrativa (atividades defiscalização).

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  Administrativas:  Não possuem poder político ou capacidade para legislar. Possuem somenteautonomia administrativa. São criadas ou autorizadas pelas entidades políticas.

O Poder Público pode realizar centralizadamente seuspróprios serviços, por meio dos órgãos da AdministraçãoDireta, ou Indireta, prestá-los descentralizadamente, por meiodas autarquias, empresas públicas, sociedades de economiamista e fundações, que integram a Administração Indireta, ou,ainda, por meio de entes parestatais de cooperação que nãocompõem a Administração direta nem a indireta (serviçossociais autônomos e outros) e, finalmente, por empresasprivadas e particulares individualmente, quais sejam:concessionárias, permissionárias e autorizatárias.

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DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO

Na descentralização, o Estado precisa de um determinado serviço, o qual ele não tem condições enão pode assumir. Sendo assim, ele transfere a execução de serviço público ou cria uma empresa para

realizá-lo, como, por exemplo, a Petrobras. Já a desconcentração ocorre quando a entidade daAdministração (pessoa jurídica) distribui competências relativas à execução do serviço público no âmbitode sua própria estrutura, criando órgãos ou secretarias, por exemplo, a fim de tornar mais ágil e eficientea prestação dos serviços. Como exemplo, o Ministério da Justiça cria a Polícia Federal.

A Descentralização caracteriza-se quando um poder, antes absoluto, passa a ser repartido.

Centralização, Descentralização e Desconcentração: 

Centralização

Quando o Estadodesempenha suas funçõesdiretamente por meio de

seus órgãos e agentes,portanto a sua

competência encontra-se

na própria AdministraçãoDireta.

Descentralização

Entidade criando entidade.Não há hierarquia, a entidade

criada é vinculada ao órgãoda Administração Direta cuja

matéria lhe é inerente.

Qualquer entidade daAdministração direta pode

criar uma entidade daAdminstração Indireta.

Pressupõe a existência deduas pessoas jurídicas.

Desconcentração

Órgão criando Órgão. Háhierarquia. É característica da

função administrativa, asubordinação. Ocorre dentro da

mesma pessoa jurídica, quando aAdministração distribui suas

competências no âmbito de sua

própria estrutura, tendo porobjetivo tornar mais ágil eeficiente os seus serviços.

ADMINISTRAÇÃO DIRETA, ADMINISTRAÇÃO INDIRETA E ENTIDADES PARAESTATAIS 

 Administração direta

Integra o conjunto das pessoaspolíticas e possui competência parao exercício, de forma centralizada,

das atividades administrativas.Possui controle e obediência

hierárquicos, desde que na mesmaesfera.

 Administração indireta

Integra o conjunto das pessoasadministrativas. Tem competência para o

exercício de forma descentralizada, deatividades administrativas. Estão vinculadasa um órgão da administração direta. Esta,por sua vez, exerce sobre a administração

indireta o que se chama de ControleFinalístico, também conhecido como Tutelaou Supervisão Ministerial (em que não há

subordinação, vínculo de hierarquia).

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Criação Das Entidades Da Administração Indireta

De acordo com o art. 37, XIX, a criação das entidades da Administração indireta será de duasformas:

 Nas Autarquias: A criação se dá por meio de lei específica, diretamente;

  Nas demais entidades (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações): meraautorização para sua criação, dada em lei específica, porém, para as fundações, cabe à lei complementardefinir as áreas de atuação.

Entidades da Administração Pública Indireta

LEIESPECÍFICA

Cria Autarquias

Autoriza(a criação)

Empresas públicas eSociedades de

economia mista.

Fundações públicasLei complementardefinirá suas áreas

de atuação.

Entidades da Administração Direta: União, Estados, DistritoFederal e Municípios.

Entidades da Administração Indireta: Autarquias, Fundações

Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista eAssociações Públicas. 

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AGÊNCIAS REGULADORAS E AGÊNCIAS EXECUTIVAS

As agências executivas e reguladoras são pessoas jurídicas de direito público e fazem parte daAdministração Pública Indireta. São consideradas autarquias especiais, porque têm como principal

função o controle de pessoas privadas incumbidas da prestação de serviços públicos, sob o regime deconcessão ou permissão.

São pessoas jurídicas de direitopúblico, que podem celebrarcontrato de gestão com oPoder Público, objetivandoreduzir custos, otimizar eaperfeiçoar a prestação deserviços públicos.

Nelas, há uma autonomia

financeira e administrativaainda maior.

São requisitos paratransformar uma autarquia oufundação em uma agênciaexecutiva:

- Ter planos estratégicos dereestruturação e dedesenvolvimento institucionalem andamento;

- Ter celebrado contrato degestão com o ministériosupervisor

São exemplos de AgênciaExecutiva o INMETRO e eABIN.

AGÊNCIASEXECUTIVAS 

Sua função é regular aprestação de serviçospúblicos, organizar efiscalizar esses serviços aserem prestados porconcessionárias oupermissionárias, com oobjetivo de garantir odireito do usuário ou serviçopúblico de qualidade. Nãohá muita diferença emrelação à tradicionalautarquia, a não ser umamaior autonomia financeirae administrativa, além deseus diretores serem eleitospara mandato por tempo.

AGÊNCIASREGULADORAS

Agências Executivas 

Execução de atividadesadministrativas.

FINALIDADE

Agências Reguladoras

Fiscalizar serviços públicos(ANEEL, ANTT, ANAC,ANTAC).

Fomentar e fiscalizardeterminadas atividadesprivadas (ANCINE).

Regulamentar, controlar efiscalizar atividadeseconômicas (ANP).

Exercer atividades típicas deEstado (ANVS, ANVISA eANS).

FINALIDADE

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ENTIDADES PARAESTATAIS 

São pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei para prestar serviços ou realizaratividades de interesse coletivo ou público (sem fins lucrativos), mas não exclusivos do Estado. Possuem

autonomia administrativa, financeira e operam conforme os seus estatutos. Como recebem incentivos doPoder Público, ficam sujeitas à supervisão da entidade estatal a que estão vinculadas, para o controle dodesempenho estatutário.

As entidades paraestatais compreendem as:

OS

OSCIP 

SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS 

São todos aqueles instituídos por lei, com personalidade jurídica de direito privado, paraministrar assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais, sem fins

lucrativos, sendo mantidos por dotações orçamentárias próprias ou por contribuiçõesparafiscais. Para ressaltar, essas entidades não prestam serviço público delegado peloEstado, mas atividade privada de interesse público (serviços não exclusivos do Estado);

exatamente por isso são incentivadas pelo Poder Público. A atuação estatal, no caso, é defomento, e não de prestação de serviço público. Compreendem os serviços sociais

autônomos, as organizações sociais, as organizações da sociedade civil de interesse público(OSCIP) e as entidades de apoio.

Exemplos: Trata-se do famoso “Setor S”: SESI, SESC, SENAC, SENAI, SEBRAE.  

ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS) 

São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades são dirigidas aoensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à preservação e proteção do meio

ambiente, à cultura e à saúde.

Características específicas:Exigências para qualificação: art. 2º da Lei nº 9.637/98;

Formalização de contrato de gestão com o Poder Público;Podem receber recursos orçamentários e bens públicos (a lei prevê dispensa de licitação para a

permissão de uso de bem público: art. 12, § 3º);

Admite-se a cessão especial de agente público com ônus para a Administração (art. 14);Dispensa de licitação para o Poder Público: art. 24, XXIV, da Lei nº 8.666/93.

A execução do contrato de gestão celebrado por organização social será fiscalizada pelo órgão ouentidade supervisora da área de atuação correspondente à atividade

fomentada. Exemplos:

Rede Sarah de hospitais;

ARNP – Associação Rede Nacional de Ensino e Pesquisa;

CGEE – Centro de Gestão de Estudos Estratégicos.

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ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP) 

São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos e instituídas porparticulares, que prestam serviços de utilidade pública de competência não exclusiva

do Estado. Normalmente, são sociedades civis de direito privado e de interessepúblico.

As cooperativas não podem receber a qualificação de OSCIP.O ato de qualificação de uma pessoa jurídica como OSCIP é um ato vinculado.

Para fins de qualificação, a OSCIP deve apresentar, dentre outros documentos, obalanço patrimonial e o DRE, bem como a declaração de isenção de IR. No caso das OS,

não há tais exigências. Lei nº 9.790/99.

Exemplos: Iquavi, Obrac etc.

ENTIDADES DE APOIO 

São pessoas jurídicas de direito privado criadas por agentes públicos (sejam servidores ou

empregados públicos), em nome próprio, sob forma de fundação, associação civil oucooperativa) para a prestação de serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendovínculo com entidades da Administração direta ou indireta, em regra, por meio de convênio.

Instituídas com os recursos próprios dos agentes, e não do Estado.

Normalmente, sob forma de fundação (com estatutos cujos objetivos são iguais aos daentidade pública junto à qual pretendem atuar).

Atuam mais comumente junto a hospitais públicos e universidades públicas, nãoprestando serviço público delegado pela Administração Pública, mas como atividadeprivada.

Não se sujeitam à tutela administrativa. Seus empregados são celetistas (não secaracterizam como servidores públicos). Seu regime jurídico é de direito privado.

Por meio do convênio com a entidade estatal, é prevista a utilização de bens públicosmóveis e imóveis e de servidores públicos.

Ex: Anamages (Associação Nacional dos Magistrados), as fundações criadas e mantidas

pelos Ministérios Públicos.

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Diferenças entre as OS e as OSCIP

Os serviços sociais autônomos têm por objeto uma atividade social, não

lucrativa, usualmente direcionada ao aprendizado profissionalizante, àprestação de serviços assistenciais ou de utilidade pública, tendo comobeneficiários determinados grupos sociais. 

As pessoas qualificadas como organizações sociais (OS) devem cumprirrequisitos, tais como ter personalidade jurídica de direito privado; não podemter finalidade lucrativa e devem atuar nas atividades de ensino, cultura, saúde,pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e preservação do meioambiente.

Nas OS é obrigatória a participação de membros do Poder Público noConselho de Administração da entidade, o mesmo não ocorrendo nas OSCIP.

O vínculo entre as OS e a Administração Pública se dá por meio deContrato de Gestão, enquanto no caso das OSCIP se dá por meio de Termo de

Parceria.A qualificação da entidade como OS é um ato discricionário daAdministração, ao passo que a qualificação da entidade com OSCIP é um atovinculado.Não podem ser qualificadas como OSCIPs as organizações sociais (OS). 

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Capítulo I - Administração Pública

QUESTÕES

1 - (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário - Área Administrativa). No que se refere ao Estado, governoe à administração pública, assinale a opção correta.

a) O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte intervenção na sociedade e naeconomia.b) No Brasil, vigora um sistema de governo em que as funções de chefe de Estado e de chefe de governonão são concentradas na pessoa do chefe do Poder Executivo.c) A administração pública, em sentido estrito, abrange a função política e a administrativa.d) A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade administrativa exercida pelaspessoas jurídicas, pelos órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa.e) A existência do Estado pode ser mensurada pela forma organizada com que são exercidas as atividades

executivas, legislativas e judiciais.

2 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia). A Administração Pública, em sentido:

a) objetivo, material ou funcional, designa os entes que exercem a atividade administrativa.b) amplo, objetivamente considerada, compreende a função política e a função administrativa.c) estrito, subjetivamente considerada, compreende tanto os órgãos governamentais, supremos,constitucionais, como também os órgãos administrativos, subordinados e dependentes, aos quaisincumbe executar os planos governamentais.d) estrito, objetivamente considerada, compreende a função política e a função administrativa.e) subjetivo, formal ou orgânico, compreende a própria função administrativa que incumbe,

predominantemente, ao Poder Executivo.

3  - (CESPE - 2014 - MDIC - Analista Técnico - Administrativo). Julgue os itens seguintes, relativos àadministração pública e aos atos administrativos.O exercício das funções administrativas pelo Estado deve adotar, unicamente, o regime de direitopúblico, em razão da indisponibilidade do interesse público.( ) Certo ( ) Errado

4  - (CESPE - 2013 - SEFAZ-ES - Auditor Fiscal da Receita Estadual). Acerca do direito administrativo,assinale a opção correta.

a) A administração pública confunde-se com o próprio Poder Executivo, haja vista que a este cabe, emvista do princípio da separação dos poderes, a exclusiva função administrativa.b) A ausência de um código específico para o direito administrativo reflete a falta de autonomia dessaárea jurídica, devendo o aplicador do direito recorrer a outras disciplinas subsidiariamente.c) O direito administrativo visa à regulação das relações jurídicas entre servidores e entre estes e osórgãos da administração, ao passo que o direito privado regula a relação entre os órgãos e a sociedade.d) A indisponibilidade do interesse público, princípio voltado ao administrado, traduz-se pelaimpossibilidade de alienação ou penhora de um bem público cuja posse detenha o particular.e) Em sentido subjetivo, a administração pública confunde-se com os próprios sujeitos que integram aestrutura administrativa do Estado.

5-(CESPE - 2013 - MS - Analista Técnico). A administração é o aparelhamento do Estado preordenado àrealização dos seus serviços, com vistas à satisfação das necessidades coletivas.

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( ) Certo ( ) Errado

6-(CESPE - 2013 - MI - Analista Técnico). Com relação a Estado, governo e administração pública, julgueos itens seguintes.

Os conceitos de governo e administração não se equiparam; o primeiro refere-se a uma atividadeessencialmente política, ao passo que o segundo, a uma atividade eminentemente técnica.( ) Certo ( ) Errado

7-(CESPE - 2013 - MI - Analista Técnico). Em sentido objetivo, a expressão administração pública denotaa própria atividade administrativa exercida pelo Estado.( ) Certo ( ) Errado

8-(CESPE - 2013 - Telebras - Especialista em Gestão de Telecomunicações - Advogado). A respeito dodireito administrativo e da administração pública, julgue os itens a seguir.Sob o aspecto material, a administração representa o desempenho perene, sistemático, legal e técnicodos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade.( ) Certo ( ) Errado

9-(CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária). Administração pública em sentido orgânicodesigna os entes que exercem as funções administrativas, compreendendo as pessoas jurídicas, osórgãos e os agentes incumbidos dessas funções.( ) Certo ( ) Errado

10-(CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento). A expressão administração pública, em sentidoorgânico, refere-se aos agentes, aos órgãos e às entidades públicas que exercem a funçãoadministrativa.( ) Certo ( ) Errado

11-(Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil). A Administração Pública deve sempre buscar oresultado que melhor atenda ao interesse público com o menor dispêndio possível de tempo erecursos. Essa afirmação enuncia qual princípio da Administração Pública?a) Legalidadeb) Moralidadec) Eficiênciad) Publicidade

12-(FJG - RIO - 2014 - Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo). De acordo com adoutrina que classifica os princípios administrativos em expressos e reconhecidos, é possível afirmar

que:

a) o princípio da precaução é classificado pela doutrina como um princípio administrativo reconhecidosegundo o qual, havendo dúvida sobre a possibilidade de dano, a solução deve ser favorável ao ambientee não ao lucro imediato.b) o princípio da proteção à confiança é classificado pela doutrina como um princípio administrativoexpresso segundo o qual a confiança traduz um dos fatores mais relevantes de um estado democrático,não se podendo perder de vista que é ela que dá sustentação à entrega dos poderes aos representanteseleitos.c) o princípio da continuidade do serviço público é classificado pela doutrina como um princípioadministrativo expresso segundo o qual não podem os serviços públicos ser interrompidos, devendo, ao

contrário, ter normal continuidade.

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d) o princípio da eficiência é classificado pela doutrina como um princípio reconhecido cujo núcleo é aprocura de produtividade e economicidade e, o que é mais importante, a exigência de reduzir osdesperdícios de dinheiro público, o que impõe a execução dos serviços públicos com presteza, perfeição erendimento funcional.

13-(VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento). Em relação aoregime jurídico-administrativo, é correto afirmar: 

a) o princípio da boa-administração define-se pela necessidade de a Administração Pública, e ainda detodos aqueles que exercem a função administrativa por delegação ou por outorga, cumprir com aeficiência no trato da gestão pública, em particular ainda com a necessidade de desenvolverem-semecanismos de participação da população e transparência das informações, seja por ouvir o usuário doserviço público em ouvidorias especializadas, ou disponibilizar recursos que facilitem o acesso ainformações, seja em relação à revisão e ajuste de formas de atendimento de acordo com as deficiênciasconstatadas.b) o princípio da moralidade administrativa não se confunde com a moral comum, por isso é possívelentendê-lo como sinônimo de improbidade administrativa, o que conta, inclusive, com a possibilidade desanções específicas, nos termos da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/92).c) o princípio da legalidade justifica o atributo da presunção de legitimidade dos atos administrativos, oque implica dizer que mesmo os fatos gerados pela Administração Pública, e por todos aqueles queexercem a função administrativa por delegação ou por outorga, gozam desta característica.d) o princípio da impessoalidade encontra aplicação prática tanto em concursos públicos quanto noprocesso de licitação, mas não se aplica aos processos administrativos disciplinares.

14-(VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento). O art. 28 da Lei n.º8.935/94 prescreve: “Os notários e oficiais de registro gozam de independência no exercício de suasatribuições, têm direito à percepção dos emolumentos integrais pelos atos praticados na serventia e sóperderão a delegação nas hipóteses previstas em lei”. Sobre a independência afirmada neste artigo, écorreto dizer:a) garante-se autonomia na forma de exercício dos serviços notariais e de registro, o que restringe oprincípio da legalidade por ser possível, em busca da eficiência e da boa administração, dar primazia aordens de serviço que se revelem mais práticas e atuais do que as regras previstas na Lei n.º 8.935/94.b) garante-se a possibilidade de os notários e registradores atuarem sem ter que responder a petições aele formuladas quando entenderem que não são pertinentes, ou que não há respaldo jurídico ao que sepostula, desde que em relação à Corregedoria do Tribunal de Justiça e ao Juiz Corregedor Permanentehaja sempre pronta e integral resposta às inquirições formuladas.c) assegura-se, por este artigo e pelo regime constitucional específico dos serviços notariais e de registro,notadamente ao se afirmar que essas atividades são exercidas em caráter privado (art. 236 daConstituição Federal), que existam significativas distinções em relação ao regime jurídico administrativogeral previsto no art. 37 da Constituição Federal, notadamente quanto ao regime de responsabilidade, emrelação ao qual se aplica exclusivamente o Código Civil, e a remuneração percebida no exercício dafunção, o que conta com a proteção da privacidade tal como ocorre nas atividades particulares.d) deve ser integralmente compatibilizada com o regime jurídico administrativo, pois se trata dedelegação de serviço público, o que significa dizer que deve observar o princípio da legalidade, dentreoutros princípios jurídicos do Direito Administrativo; por isso, as práticas cartorárias dos notários e dosregistradores, e igualmente a sua remuneração, estão sujeitas ao conhecimento da sociedade civil.

15-(VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção). Em relação ao regime jurídico-administrativo, pode-se afirmar que:

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a) o princípio da finalidade não é previsto expressamente no art. 37 da Constituição Federal, de tal sorte,não se pode compreendê-lo como norma jurídica que compõe o regime jurídico-administrativo.b) o princípio da proporcionalidade pode ser definido como a exigência de que as medidas e ações doadministrador público observem padrões éticos prescritos no ordenamento jurídico.

c) o princípio da publicidade, ou dever de transparência, decorre do regime republicano, pois o Brasildefine-se juridicamente como uma república federativa, o que significa dizer que todo aquele que exercefunção pública deve prestar contas de suas atividades à sociedade.d) o princípio da motivação define-se por exigir que todo e qualquer ato no exercício de uma funçãopública contenham um motivo

16-(CESPE - 2014 - MDIC - Analista Técnico - Administrativo). Julgue os itens seguintes, relativos àadministração pública e aos atos administrativos.O exercício das funções administrativas pelo Estado deve adotar, unicamente, o regime de direito público,em razão da indisponibilidade do interesse público.( ) Certo ( ) Errado

17-(Aroeira - 2014 - PC-TO - Delegado de Polícia). Determinado Delegado de Polícia, no intuito de fazerpromoção pessoal com pretensões políticas, convoca a imprensa para comunicar a prisão de marginalprocurado, ressaltando as próprias qualidades profissionais e que o êxito da operação decorre demérito seu (da autoridade). A situação descrita revela flagrante ofensa ao princípio da:

a) moralidadeb) impessoalidade.c) razoabilidade.d) publicidade.

18-(VUNESP - 2014 - DESENVOLVESP - Advogado). Uma característica desse princípio é a que prevê queos atos não serão imputados a quem os pratica, mas, sim, à entidade à qual está vinculado. Trata-se doprincípio da:

a) impessoalidade.b) isonomia.c) publicidade.d) eficiência.e) moralidade administrativa.

19-(CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária). Assinale a opção que explicita o princípioda administração pública na situação em que um administrador público pratica ato administrativo comfinalidade pública, de modo que tal finalidade é unicamente aquela que a norma de direito indica comoobjetivo do ato.

a) impessoalidadeb) segurança jurídicac) eficiênciad) moralidadee) razoabilidade20-(CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Com relação aos princípios quefundamentam a administração pública, assinale a opção correta.

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a) A publicidade marca o início da produção dos efeitos do ato administrativo e, em determinados casos,obriga ao administrado seu cumprimento.b) Pelo princípio da autotutela, a administração pode, a qualquer tempo, anular os atos eivados de víciode ilegalidade.

c) O regime jurídico-administrativo compreende o conjunto de regras e princípios que norteia a atuaçãodo poder público e o coloca numa posição privilegiadad) A necessidade da continuidade do serviço público é demonstrada, no texto constitucional, quandoassegura ao servidor público o exercício irrestrito do direito de greve.e) O princípio da motivação dos atos administrativos, que impõe ao administrador o dever de indicar ospressupostos de fato e de direito que determinam a prática do ato, não possui fundamentoconstitucional.

21-(CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área I). O princípioda impessoalidade é corolário do princípio da isonomia.( ) Certo ( ) Errado

22-(CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área I). A respeitodos princípios administrativos, julgue os próximos itens.O princípio da legalidade implica dispor o administrador público no exercício de seu munus de espaçodecisório de estrita circunscrição permissiva da lei em vigor, conforme ocorre com agentes particulares eárbitros comerciais.( ) Certo ( ) Errado

23-(CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área I). A vedaçãoao nepotismo no ordenamento jurídico brasileiro, nos termos da súmula vinculante n.º 13/2008, ao nãose referir à administração pública indireta, excetua a incidência da norma em relação ao exercício decargos de confiança em autarquias.( ) Certo ( ) Errado

24-(VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia). Desde antigas eras do Direito, já vingava o brocardosegundo o qual “nem tudo o que é legal é honesto” (non omne quod licet honestum est). Aludido

pensamento vem a tomar relevo no âmbito do Direito Administrativo principalmente quando secomeça a discutir o problema do exame jurisdicional do desvio de poder. Essa temática serve, portanto,de lastro para o desenvolvimento do princípio constitucional administrativo: 

a) explícito da moralidade administrativa.b) explícito da legalidade.c) implícito da supremacia do interesse público sobre o privado.

d) implícito da finalidade administrativa.e) implícito da motivação administrativa.

25-(IBFC - 2014 - SEPLAG-MG - Gestor de Transportes e Obras - Direito). O núcleo deste princípioadministrativo é a procura de produtividade e economicidade e a exigência de reduzir os desperdíciosde dinheiro público, o que impõe a execução dos serviços públicos com presteza, perfeição erendimento funcional. Esse conceito se refere ao princípio da:

a) Efciência.b) Moralidade.c) Impessoalidade

d) Isonomia

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26-(FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria Pública). Os princípios administrativos são ospostulados fundamentais que inspiram o modo de agir da Administração Pública. Entre os princípios daAdministração Pública, destaca-se:

a) impessoalidade, que diz que a pena não passará da pessoa do condenado e que os sucessoresresponderão pelos débitos do falecido apenas nos limites da herança.b) moralidade, segundo o qual, no caso de aparente colisão, se deve analisar no caso concreto qual direitofundamental deve prevalecer, através da técnica da ponderação de interesses.c) autotutela, segundo o qual qualquer lesão ou ameaça de lesão a direito não será excluída da apreciaçãodo Poder Judiciário, razão pela qual os atos da Administração Pública também estão sujeitos ao controle

 judicial.d) publicidade, que prevê que a ampla publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dosórgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou eleitoral.e) continuidade dos serviços públicos, excetuado quando se permite a paralisação temporária daatividade, como no caso de necessidade de reparos técnicos.

27-(CESPE - 2014 - MTE - Agente Administrativo). Viola o princípio da impessoalidade a edição de atoadministrativo que objetive a satisfação de interesse meramente privado.( ) Certo ( ) Errado

28-(CESPE - 2014 - Caixa - Nível Superior - Conhecimentos Básicos). Em relação à organizaçãoadministrativa do estado brasileiro e aos princípios administrativos, julgue os itens a seguir:Dado o princípio da legalidade, os agentes públicos devem, além de observar os preceitos contidos nasleis em sentido estrito, atuar em conformidade com outros instrumentos normativos existentes noordenamento jurídico nacional.( ) Certo ( ) Errado

29-(FAFIPA - 2014 - UFFS - Técnico de Laboratório - Informática). Constitui princípio básico daadministração pública, EXCETO: 

a) Moralidade.b) Publicidade.c) Legalidade.d) Pessoalidade.e) Eficiência.

30-(TRT 2R (SP) - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Juiz do Trabalho). Em relação aos princípios informativosda Administração Pública, observe as proposições abaixo e responda a alternativa que contenhaproposituras corretas:

I. São princípios constitucionais fundamentais que informam o princípio licitatório: o democrático, orepublicano, o da legalidade, o da legitimidade, o da isonomia e o da livre iniciativa.II. Pelo princípio da impessoalidade qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular,objetivando anular ato lesivo à moralidade administrativa.III. A divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas naConstituição Federal (art. 5o. XXXXIII) e, em leis, consoante o prescrito no inciso V do parágrafo único doart.2°. da Lei Federal n. 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da AdministraçãoPública Federal, é obrigação inerente e específica decorrente do princípio da moralidade.IV. O princípio que impõe à Administração Pública a prática, e tão só esta, de atos voltados para o

interesse público, chama-se “princípio da publicidade”. 

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V. Tem-se como princípio da autotutela a obrigação da Administração Pública de policiar, em relação aomérito e à legalidade, os atos administrativos que pratica.

Está correta a alternativa:

a) I e II.b) IV eV.c) III e IV.d) I e Ve) II e III.

31-(CESPE - 2014 - Polícia Federal - Agente Administrativo). Considerando que o DPF é órgão responsávelpor exercer as funções de polícia judiciária da União, julgue os itens a seguir.O DPF, em razão do exercício das atribuições de polícia judiciária, não se submete ao princípio dapublicidade, sendo garantido sigilo aos atos praticados pelo órgão.( ) Certo ( ) Errado

32-(CESPE - 2014 - PGE-BA - Procurador). Acerca do regime jurídico-administrativo e dos princípios jurídicos que amparam a administração pública, julgue os itens seguintes.O atendimento ao princípio da eficiência administrativa autoriza a atuação de servidor público emdesconformidade com a regra legal, desde que haja a comprovação do atingimento da eficácia naprestação do serviço público correspondente.( ) Certo ( ) Errado

33-(CESPE - 2014 - PGE-BA - Procurador). Suponha que o governador de determinado estado tenhaatribuído o nome de Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, a escola pública estadualconstruída com recursos financeiros repassados mediante convênio com a União. Nesse caso, háviolação do princípio da impessoalidade, dada a existência de proibição constitucional à publicidade deobras com nomes de autoridades públicas. ( ) Certo ( ) Errado

34-(FUNRIO - 2014 - INSS - Analista - Direito). A União Federal firmou, em 2010, pelo prazo de 2 anos,convênio com o Instituto de Assistência ao Menor Carente, pessoa jurídica de direito privado, sem finslucrativos, reconhecido como de utilidade pública, visando à implementação de programa de educaçãoao menor, nas capitais brasileiras. No referido termo de convênio, a União Federal é designada comocontratante e o Instituto de Assistência ao Menor Carente como contratado, constando, igualmente,como objeto a “prestação de serviços visando à implementação do ensino profissionalizante nas

Capitais de Estado listadas no anexo.” Em face do teor do convênio, estipula este que o seu extrato nãoserá publicado no Diário Oficial da União. Não consta do termo de convênio contrapartida por parte doInstituto de Assistência ao Menor Carente e o preço pactuado é de R$ 3.000.000,00 (três milhões dereais), cujo desembolso se fará mensalmente, a partir do recebimento, pela União Federal, de cadaetapa do convênio. Terminada a vigência e efetuado o pagamento do valor em sua totalidade e deforma pontual, o Instituto de Assistência ao Menor Carente não apresentou, até o presente momento,sua prestação de contas.No tocante à cláusula referente à publicação no Diário Oficial, é correto afirmar que a ausência depublicação.

a) não é um vício, por se tratar de convênio.b) é um vício, uma vez que a publicação é obrigatória.c) não é um vício, por se encontrar na esfera de discricionaridade da União Federal.

d) não é um vício, por envolver ensino profissionalizante de menor carentee) é um vício, em face do valor pactuado, consoante determinado em Lei.

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35-(FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador). Determinadaempresa do ramo farmacêutico, responsável pela importação de importante fármaco necessário aotratamento de grave doença, formulou pedido de retificação de sua declaração de importação, não

obtendo resposta da Administração pública. Em razão disso, ingressou com ação na Justiça, obtendoganho de causa. Em síntese, considerou o Judiciário que a Administração pública não pode se esquivarde dar um pronto retorno ao particular, sob pena inclusive de danos irreversíveis à própria população.O caso narrado evidencia violação ao princípio da: a) publicidade.b) eficiência.c) impessoalidade.d) motivação.e) proporcionalidade.

36-(FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Roberto, empresário,ingressou com representação dirigida ao órgão competente da Administração pública, requerendo aapuração e posterior adoção de providências cabíveis, tendo em vista ilicitudes praticadas pordeterminado servidor público, causadoras de graves danos não só ao erário como ao próprio autor darepresentação. A Administração pública recebeu a representação, instaurou o respectivo processoadministrativo, porém, impediu que Roberto tivesse acesso aos autos, privando-o de ter ciência dasmedidas adotadas, sendo que o caso não se enquadra em nenhuma das hipóteses de sigilo previstas emlei.O princípio da Administração pública afrontado é aa) publicidade.b) eficiência.c) isonomia.d) razoabilidade.e) improbidade.

37-(VUNESP - 2014 - UNICAMP - Procurador). Princípio constitucional de direito administrativo, relacio-nado à finalidade pública que deve nortear toda a atividade administrativa, fazendo com que aAdministração Pública não possa atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, é oprincípio da:a) legalidade.b) impessoalidade.c) moralidade.d) publicidade.e) eficiência.

38-(VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia). O conceito de Direito Administrativo é peculiar esintetiza-se no conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e asatividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado.A par disso, é fonte primária do Direito Administrativo:a) a jurisprudência.b) os costumes.c) os princípios gerais de direito.d) a lei, em sentido amplo.e) a doutrina.

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39-(IBFC - 2014 - SEPLAG-MG - Gestor de Transportes e Obras - Direito). Indique a fonte do direito queforma o sistema teórico de princípio aplicável ao Direito Positivo, sendo elemento construtivo doDireito Administrativo:a) Lei

b) Costumec) Jurisprudência.d) Doutrina.

40-(FUMARC - 2014 - AL-MG - Analista de Sistemas - Desenvolvimento). Considerando os elementoscaracterísticos da sociedade e do Estado, indicados por Dalmo de Abreu Dallari, estão corretas asafirmativas, EXCETO:

a) Não há diferença entre o Estado e a sociedade humana no seu todo, pois ambos têm idênticafinalidade.b) As manifestações de conjunto, em uma sociedade, devem atender aos requisitos de reiteração, ordeme adequação.c) Para o reconhecimento de um agrupamento humano como sociedade, são necessários uma finalidadesocial, as manifestações de conjunto ordenadas e o poder social.d) Estão presentes todos os elementos componentes do Estado no conceito deste, como a ordem jurídicasoberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território. 

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GABARITO

1 – E 9 – C 17 – B 25 – A 33 – E2 – B 10 – C 18 – A 26 – E 34 – B

3 – E 11 – C 19 – A 27 – C 35 – B

4 – E 12 – C 20 – C 28 – C 36 – A

5 – C 13 – A 21 – C 29 – D 37 – B

6 – C 14 – D 22 – E 30 – D 38 – D

7 – C 15 – C 23 – E 31 – E 39 – D

8 – E 16 – E 24 – A 32 – E 40 – A

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Capítulo II

ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS

CONCEITO DE ÓRGÃO PÚBLICO

Hely Lopes Meirelles define órgãos públicos como centros de competência instituídos para odesempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a quepertencem. Possuem, necessariamente, funções, cargos e agentes. Os órgãos públicos agrupamcompetências a serem exercidas por meio de agentes públicos.

Teoria do Órgão

Por esta teoria, presume-se que a entidade (pessoa jurídica) manifesta sua vontade por meio dosórgãos (não tem personalidade jurídica), que são partes integrantes da própria estrutura jurídica. Nestecaso, ocorre a imputação (e não representação) ao Estado de todos os atos aparentemente legítimos epraticados por alguém presumivelmente agente público.

Segundo Maria Sylvia Di Pietro, essa teoria é utilizada para justificar a validade dos atos praticadospor funcionários de fato, pois considera que é ato do órgão, imputável à Administração.

Características dos Órgãos

Não possuem personalidade jurídica, logo, não possuem patrimônio próprio. É resultado da técnicade organização administrativa conhecida como desconcentração. Alguns possuem autonomia gerencial,orçamentária e financeira e podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de gestão comoutros órgãos ou com pessoas jurídicas. Porém, para que isso aconteça, deverão estar dispostas em lei asseguintes situações: o prazo de duração deverá constar no contrato, os controles e critérios de avaliação dedesempenho, direitos, obrigações e responsabilidades dos dirigentes e suas remunerações pessoais.

Alguns órgãos públicos têm capacidade processual para defesa em Juízo de suas prerrogativasinstitucionais.

Não confundir a Teoria da Imputação com a Teoriada Representação. Na Imputação, o agente é o Estado. Narepresentação, o agente representa a vontade do Estado,como no caso de um tutor em relação ao seu tutelado.

No caso da Imputação, a vontade do agente nãopode ser maior do que o poder que lhe foi imputado. Casoisso aconteça, o agente poderá incorrer, entre outrasviolações legais, em improbidade administrativa.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS:

CAPACIDADE PROCESSUAL DO ÓRGÃO

Como já mencionado anteriormente, alguns órgãos podem manifestar capacidade processual nadefesa de suas prerrogativas institucionais.

A capacidade de postular perante o Poder Judiciário decorre do direito de uma pessoa física ou

 jurídica poder exercer seu direito de ação. Esta capacidade advém do Direito Processual Civil (art. 7º, CPC).Ocorre que os órgãos fazem parte da estrutura interna de uma pessoa jurídica de direito público, nesse

QUANTO À ESTRUTURA

Simples ou unitários: são aqueles que possuem um só centro de competência, não possuindo subdivisõesem sua estrutura interna. Não interessando o número de cargos.

Compostos: são os que reúnem em sua estrutura diversos órgãos, com resultado da concentraçãoadministrativa.

Exemplo: Departamento de Polícia Rodoviária.

QUANTO À ATUAÇÃOFUNCIONAL: 

Singulares ou unipessoais: são aquelas em que a atuação ou as decisões são atribuição de um únicoagente. Exemplo: Presidência da República.

Colegiados ou pluripessoais: são aqueles em que as decisões ocorrem mediante a manifestação conjuntade seus membros.

Exemplo: Senado Federal.

QUANTO À POSIÇÃO ESTATAL: 

Independentes: são os diretamente previstos na Constituição, sem qualquer subordinação hierárquica oufuncional. Suas atribuições são exercidas por agentes políticos.

Autônomos: situam-se na cúpula da Administração, logo abaixo dos órgãos independentes. Possuemampla autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos diretivos.

Superiores:  possuem atribuições de direção, controle e decisão, mas estão sujeitos ao controlehierárquico. Não têm autonomia administrativa e nem financeira.

Subalternos: exercem atribuições de mera execução, são subordinados a vários níveis hirárquicos. Têmreduzido poder decisório.

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sentido, não poderiam pleitear em seu nome, mas somente ser representados pela pessoa de direitopúblico do qual fazem parte.

Contudo, a doutrina entende que alguns órgãos, por estarem diretamente relacionados ao seu ente(ex.: órgãos Independentes) podem possuir capacidade para, inclusive, impetrar mandado de segurançavisando a proteger a competência exclusiva. 

AGENTE PÚBLICO

É a pessoa natural por meio da qual o Estado se faz presente, no exercício, ainda quetransitoriamente, da função pública/estatal, com ou sem renumeração. Pode ser por eleição, nomeação,designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou funçãopública.

Exemplos: Polícia Federal, caixa do Banco do Brasil e mesário eleitoral.

TIPOS 

Servidor Público: usa-se a denominação para identificar aqueles quemantêm uma relação permanente com o Estado, em regime estatutário.

ESTATUTO - ESTABILIDADE (não tem direito a FGTS)

Empregado Público: identifica agentes públicos regidos pela Consolidaçãodas Leis Trabalhistas (CLT).

EMPREGADO - CLT – (o patrão é o Estado)

Funcionário Público: Tal expressão foi abandonada pela Constituição, noâmbito do Direito Administrativo, porém tendo sua importância no Direito

Penal para alcançar aquele agente que pratique crime contra aAdministração Pública.

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CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 

Agentes políticos: possuem competência emanada da Constituição Federal; geralmente eleitos,nomeados ou designados; compõem o principal escalão de governo; não são hierarquizados (com

exceção dos auxiliares imediatos dos chefes do Executivo); e possuem prerrogativas constitucionaisquanto ao cargo.

Exemplos: Presidente da República, governadores e prefeitos; senadores, deputados e vereadores;magistrados (juízes) e membros do Ministério Público; ministros e secretários estaduais e municipais.

Agentes administrativos: são aqueles que exercem função pública de caráter profissional eremunerada, com vínculo profissional permanente estabelecido com o Estado. Sujeitos à hierarquiafuncional e ao regime jurídico da entidade a que pertençam. Geralmente, são concursados ou se

encontram em cargos comissionados, ou, excepcionalmente, contratados.

Exemplos: servidores públicos (concursados em geral), empregados públicos, temporários eocupantes de cargo em comissão.

Agentes honoríficos: cidadãos nomeados ou convocados a exercerem função transitória, paracolaborarem com o Estado na prestação de serviços específicos. Não possuem qualquer vínculo

profissional com a Administração Pública e normalmente atuam sem renumeração.

Exemplos: mesários eleitorais, comissários de menores e jurados.

Agentes delegados: particulares incumbidos de executar determinadas atividades (obras ou serviçospúblicos), realizadas em nome próprio, por sua conta e risco, sob permanente fiscalização do poderdelegante. São apenas colaboradores do Poder Público, não atuam em nome do Estado. Sujeitam-seà responsabilidade civil objetiva, ao mandado de segurança e à responsabilização nos crimes contra a

Administração Pública.

Exemplos: concessionários, permissionários de serviços públicos, tradutores públicos, leiloeirospúblicos, entre outros.

Agentes credenciados: representam o Estado em determinado ato ou para praticar certa atividade específica;geralmente renumerados pelo Poder Público credecitante.

Ex.: médicos credenciados pelo SUS ou DETRAN.

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São considerados agentes públicos todos aqueles que exercem função pública, independentementede sua natureza, ainda que por período determinado. Vale destacar que o cargo público ocupado porservidor concursado e estável pode ser extinto a qualquer tempo, haja vista sempre prevalecer o interesseda Administração Pública.

Também estão presentes na Administração Pública os agentes políticos que se caracterizam porserem componentes dos mais altos escalões do Poder Público. Sendo eles responsáveis pela elaboração dasdiretrizes de atuação governamental, e exercendo as funções de direção, orientação e supervisão geral daAdministração Pública. Os agentes políticos constituem categoria especial, pois gozam de prerrogativasdiferenciadas e têm grandes responsabilidades com a sociedade, como é o caso dos chefes do Executivo.

Disposições constitucionais referentes aos servidores públicos

Algumas considerações merecem destaques, a saber, as disposições constitucionais referentes aosservidores públicos:

Quanto ao servidor público da Administração Direta, autárquica e fundacional, investido nomandato de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua

remuneração. Além disso, em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo,seu tempo será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento, conformeart. 38 da CRFB/88.

O servidor público estável só perderá o cargo: por sentença judicial transitada em julgado;mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa e mediante procedimento deavaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

Haverá uma exceção a essas situações ditas anteriormente, como, por exemplo, extinto o cargo oudeclarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneraçãoproporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo (art. 41, CRFB/88).

CARGO PÚBLICO é o lugar dentro daorganização funcional da Administração diretae de suas autarquias e fundações públicas que,

ocupado por servidor público, submetido ao

regime estatuário, tem funções específicas eremuneração fixada em lei ou diploma a elaequivalente.

FUNÇÃO PÚBLICA é a atividade em si mesma,é a atribuição e as tarefas desenvolvidas pelosservidores. São espécies: funções de confiança,

exercidas exclusivamente por servidores

ocupantes de cargo efetivo e destinadas àsatribuições de chefia, direção eassessoramento.

EMPREGO PÚBLICO é o exercício da funçãopública sob relação jurídica trabalhista e

somente pode ser criado por lei.

Então, ficará assim: o servidor público aprovado em concurso público, com vínculoestatutário, tem cargo e exerce função. Os

servidores públicos regidos pela CLT exercemfunção, mas não ocupam cargos.

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Segundo a norma constitucional, faz-se obrigatória a realização de concurso público como condiçãoprévia ao provimento de cargos e empregos públicos, admitindo, entretanto, a possibilidade de a legislaçãodefinir os cargos em comissão cuja nomeação independe de concurso público. Desse modo, a exigência de

concurso público não se aplica às seguintes exceções expressas na CF: aos cargos em comissão e aoscontratados temporários. Exceção também à obrigatoriedade de concurso público que ocorre nacontratação de agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, previstas agora no art.198, § 4º, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda nº 51/2006. Nessas hipóteses, acontratação será promovida após a realização de processo seletivo público, de acordo com a natureza ecomplexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.

A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidadetemporária de excepcional interesse público.

Cabe ressaltar que o atual entendimento do STJ é no sentido de que o estágio probatório

compreende o período entre o início do exercício do cargo e a aquisição de estabilidade no serviço público,que, desde o advento da Emenda Constitucional (EC) nº 19/1998, tem a duração de três anos.

CONCURSO PÚBLICO

(art. 37, CRFB/88)

Forma de investidurano cargo ou emprego

publico.

Duração até 2 anos,prorrogável por igual

período.

Aprovado em concursopúblico, enquanto

perdurar a validade doedital, terá prioridade

sobre os demais.

Aprovação emconcurso de provas ou 

de provas e títulos.

SERVIDOR PÚBLICO

É aquele que, emboratransitoriamente com ousem remuneração, exerçacargo, emprego ou função.

É garantido o direito delivre associação sindical,não sendo obrigatória a

associação.

É garantido o direito degreve, nos termos da lei.

As funções de confiança exercidas exclusivamente porservidores ocupantes de cargo efetivo e os cargos em comissão a

serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições epercentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às

atribui ões de dire ão e chefia e de assessoramento.

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Cargo público pode ser definido como aquele criado por lei, em número certo, com denominaçãoprópria e remunerado pela Fazenda Pública. Pode ser cargo de carreira, isto é, o que se integra em classes ecorresponde a uma profissão, ou cargo isolado, a saber, aquele que não pode se integrar em classes ecorresponde a uma função certa e determinada.

É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, excetoquando houver compatibilidade de horários nos seguintes

casos:

dois cargos de professor

um cargo de professor com outro, técnico oucientífico

dois cargos ou empregos privativos deprofissionais de saúde, com profissões

regulamentadas

REMUNERAÇÃO

O subsídio e os vencimentosdos ocupantes de cargos e

empregos públicos sãoirredutíveis e somentepoderão ser fixados ou

alterados por lei específica.

 

A remuneração e o subsídiodos ocupantes de cargos,

funções e empregospúblicos de qualquer dos

Poderes da União não podeexceder o subsídio mensal

dos ministros do STF, deacordo com o art. 37, XI, CF. 

Não é possível aequiparação remuneratóriapara efeito de remuneração

de pessoal.

“A proibição de acumular cargos estende-se aempregos e funções públicas e abrangem asautarquias, fundações, empresas públicas, sociedadesde economia mista, suas subsidiárias e sociedadescontroladas direta ou indiretamente pelo PoderPúblico” (art. 37, XVII, CF/88).

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Capítulo II - Órgãos e Agentes Públicos

Questões de Concursos

1 - (FJG - RIO - 2014 - Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo). Quanto à criação eextinção dos órgãos públicos, é possível afirmar que:

a) tanto a criação quanto a extinção de órgãos públicos dependem de Leib) exige-se Lei para a criação dos órgãos públicos, exceto aqueles ligados à Educação e à Saúdec) exige-se Lei para a criação dos órgãos públicos, podendo ser extintos por ato administrativod) exige-se Lei para a criação dos órgãos públicos federais, sendo certo que os órgão públicos estaduais emunicipais podem ser criados e extintos por decreto

2 - (FCC - 2014 - TJ-CE - Juiz). O diretor de órgão integrante da estrutura de autarquia estadual assina

termo de ajustamento de conduta com o Ministério Público Estadual, visando à regularização de práticasadministrativas da referida autarquia, as quais, no entender do parquet, ofendem direitos dos usuáriosdo serviço público prestados pela entidade autárquica. Nessa situação, o descumprimento do termo deconduta propiciará a execução judicial do acordo em relação

a) à autarquia, em litisconsórcio necessário com Estado-membro, pois em razão da relação de tutela, estesempre deverá ser chamado a intervir em demandas que digam respeito ao exercício de atividadesdescentralizadas.b) à autarquia a que pertence o referido órgão, visto que em razão da teoria da imputação, o órgão é umaunidade sem personalidade jurídica própria, que congrega atribuições exercidas por agentes que ointegram e expressam a vontade do ente estatal.

c) ao agente público, que é responsável direto pela manifestação de vontade que produziu e que deverácumprir pessoalmente as obrigações ali assumidas.d) ao órgão da autarquia, visto que este tem personalidade jurídica própria, distinta da entidadeadministrativa na qual está inserido, a qual responderá apenas em caráter subsidiário.e) ao Estado-membro, pois, conforme a teoria da representação, é atribuível ao ente político amanifestação de todo e qualquer órgão ou entidade que estejam em sua esfera e que o representam nasrelações com os demais sujeitos de direito.

3 - (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção). Assinale a opção corretaacerca da administração pública.

a) Os órgãos públicos, dotados de personalidade jurídica própria, são exemplos do instituto dadescentralização administrativa.b) De forma a tornar mais eficiente a sua atuação, o Estado pode criar, mediante lei, autarquias efundações públicas, o que é realizado por desconcentração.c) Embora as autarquias sejam pessoas jurídicas de direito público, elas sujeitam-se à falência e não gozamde privilégios tributários.d) As agências reguladoras — autarquias de regime especial com estabilidade e independência em relaçãoao ente que as criou — são responsáveis pela regulamentação, pelo controle e pela fiscalização de serviçospúblicos, atividades e bens transferidos ao setor privado.e) As empresas públicas exploradoras de atividade econômica não se sujeitam ao controle externo

realizado pelo Tribunal de Contas, haja vista que se submetem às regras do setor privado.

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4 - (FGV - 2014 - CGE-MA - Auditor - Conhecimentos Específicos). O Estado, ao desconcentrar-se,especializa determinadas funções e atividades administrativas, por meio da criação de órgãos dedicadosa atuar de forma específica.Para explicar a delineação jurídica dessa desconcentração, a doutrina criou a teoria do órgão.A esse respeito, assinale a afirmativa correta

a) Esta teoria, também chamada de teoria da imputação, estabelece que a vontade manifestada peloagente público não é a vontade do órgão, mas a sua própria.b) O Estado é a pessoa jurídica de direito público, e, dentro de seu organismo, cria órgãosdespersonalizados, dedicados a determinadas atividades administrativas.c) A vontade do agente se imputa ao órgão ao qual pertence, mas não se imputa ao Estado.d) Tecnicamente, o agente representa o órgão, pois a vontade que ali manifesta é a sua própria, em seunome, e não em nome do Estado.e) Os órgãos estatais são divisões internas com personalidade jurídica própria.

5 - (FCC - 2014 - Câmara Municipal de São Paulo - SP - Procurador Legislativo). No que tange aos órgãospúblicos, é correto afirmar:

a) O Chefe do Poder Executivo pode, por decreto, promover a extinção de órgãos públicos, quando seuscargos estiverem vagos.b) As Câmaras Municipais não são propriamente órgãos públicos, mas entes autárquicos, dado a autonomiaque lhes é conferida pela Constituição.c) A teoria do mandato é a explicação adotada pela doutrina atual para explicar a expressão da vontadeestatal pelos órgãos públicos e pelos agentes administrativos que os compõem.d) Somente se pode proceder à criação de um órgão público mediante lei de iniciativa da Chefia do PoderExecutivo, sob pena de inconstitucionalidade por vício de iniciativa.e) Como regra, os órgãos públicos são destituídos de capacidade processual; porém, a doutrina e a

 jurisprudência nacionais vêm reconhecendo tal capacidade a órgãos de status constitucional, quandonecessária à defesa de suas prerrogativas e competên- cias institucionais.

6 - (CESPE - 2013 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador). Considere que aUnião, mediante decreto, crie uma secretaria vinculada ao Ministério dos Esportes, com prazo deextinção definido e com competência para atuar nos grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasilnos próximos anos. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subsequentes.A referida secretaria será considerada um órgão simples, em razão de seu caráter transitório.( ) Certo ( ) Errado

7 - (FCC - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Órgãos são partesintegrantes da estrutura da Administração. São exemplos de órgãos públicos: as Câmaras Municipais, asAssembleias Legislativas, os Tribunais de Contas, os Ministérios, as Secretarias de Estado e os Postos deSaúde. Considerando as relações funcionais que mantém entre si e com terceiros, é correto afirmar queos órgãos

a) confundem-se com as pessoas jurídicas as quais pertencem, possuindo personalidade jurídica ecapacidade processual própria.b) não têm personalidade jurídica própria, no entanto, alguns deles podem ser dotados de capacidadeprocessual.

c) possuem personalidade jurídica própria, porque se constituem em unidades de atuação do Estado; noentanto, não possuem capacidade processual.

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d) se igualam às entidades, porque se constituem em unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.e) detêm personalidade jurídica própria e capacidade processual ampla.

8 - (CESPE - 2013 - PC-DF - Agente de Polícia). Julgue o item subsequente, relativo à organizaçãoadministrativa do Estado e a atos administrativos.A PCDF é órgão especializado da administração direta subordinado ao Poder Executivo do DF.( ) Certo ( ) Errado

9 - (CESPE - 2013 - BACEN - Analista - Gestão e Análise Processual). Julgue os itens subsecutivos, com baseno disposto na Lei n.º 12.527/2011.O órgão público não pode exigir do particular que ele apresente os motivos determinantes da solicitação deinformações de interesse público por ele realizada.( ) Certo ( ) Errado

10 - (CESPE - 2013 - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal). Com relação às organizações sociais, às organizaçõesda sociedade civil de interesse público, aos órgãos públicos e às entidades da administração indireta,assinale a opção correta.

a) As organizações da sociedade civil de interesse público devem possuir conselho de administração emcuja composição haja representantes do poder público e de entidades da sociedade civil, além de membroseleitos entre seus associados e pessoas que tenham notória capacidade profissional e reconhecidaidoneidade moral.b) No que se refere à atuação estatal, denomina-se singular o órgão dotado de um único centro decompetências ou atribuições.c) Tanto a criação quanto a extinção de autarquia só podem ocorrer por lei de competência privativa dochefe do Executivo.d) As empresas públicas e as sociedades de economia mista só podem ser instituídas mediante leiautorizativa; suas subsidiárias, entretanto, podem ser criadas por ato administrativo.e) Para ser qualificada como organização social, a entidade deve firmar termo de parceria com o ministérioda área em que atua.

11 - (FCC - 2013 - AL-RN - Analista Legislativo). Os órgãos públicos, quanto à posição estatal, classificam-seem independentes, autônomos, superiores e subalternos. Nessa categoria, o Senado Federal enquadra-se como órgão público

a) autônomo.

b) independente.c) superior.d) subalterno.e) autônomo e subalterno, concomitantemente.

12 - (CESPE - 2013 - DEPEN - Especialista - Todas as áreas - Conhecimentos Básicos). A respeito de processoadministrativo, julgue os itens que se seguem.Um órgão administrativo e seu titular poderão delegar parte da sua competência a outros órgãos outitulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados.( ) Certo ( ) Errado

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13 - (CESPE - 2013 - CPRM - Analista em Geociências - Direito). Com relação à organização administrativa, julgue os itens que se seguem.Órgão público é uma unidade organizacional sem personalidade jurídica, composta de agentes e decompetências.( ) Certo ( ) Errado

14 - (CESPE - 2013 - MPOG - Todos os Cargos - Conhecimentos Básicos). No que diz respeito àadministração pública, julgue os itens seguintes.Em regra, o órgão não tem capacidade processual, ou seja, não pode figurar em quaisquer dos polos deuma relação processual.( ) Certo ( ) Errado

15 - (VUNESP - 2013 - TJ-SP - Advogado). Os órgãos situados no alto da estrutura organizacional daAdministração Pública, logo abaixo dos órgãos independentes, podem ser classificados como:

a) autônomos.b) subalternosc) superioresd) subordinados.e) complexos.

16 - (FGV - 2013 - TJ-AM - Juiz). No que concerne à estrutura da Administração Pública, considerando ostextos da Constituição da República e da legislação, bem como da jurisprudência referente à matéria,assinale a afirmativa correta.

a) Alguns órgãos públicos que embora não possuam personalidade jurídica, mas possuem personalidade judiciária, podem, excepcionalmente, demandar em juízo para defender seus direitos institucionaisb) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações serão criadas somente por leiespecífica enquanto a instituição de autarquias é autorizadac) As sociedades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) passam aintegrar a Administração Pública indireta após a aquisição da qualificação.d) Todas as empresas estatais, pelo fato de integrarem a Administração Pública Indireta, enquadram-se noconceito de Fazenda Pública, sendo extensíveis às mesmas, todas as prerrogativas inerentes às pessoas

 jurídicas de direito público.e) A proibição de acumulação remunerada de cargos, empregos e funções não se estende às empresaspúblicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias, por se tratarem de pessoas jurídicas de direitoprivado.

17 - (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária). Os órgãos públicos classificam-se, quantoà estrutura, em órgãos singulares, formados por um único agente, e coletivos, integrados por mais de umagente ou órgão.( ) Certo ( ) Errado

18 - (CESPE - 2013 - Telebras - Técnico em Gestão de Telecomunicações  –  Assistente Administrativo).Considerando a regulamentação que envolve a organização administrativa do Estado brasileiro, julgue ositens subsecutivos.Os órgãos públicos não podem ser acionados judicialmente para responder por danos causados por seus

agentes públicos a particulares.( ) Certo ( ) Errado

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19 - (UEG - 2013 - PC-GO - Delegado de Polícia). É da competência do Conselho Superior da Polícia Civil:a) editar atos normativos para consecução das funções de competência da Polícia Civil.b) manifestar-se sobre lista de promoção por antiguidade ou merecimento.c) decidir, em grau de recurso, sobre instauração de inquérito policial.d) promover a movimentação de policiais civis, observadas as disposições legais.

20 - (FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Direito). O prefeito recém- eleito do Município "X", visando tornara administração municipal mais eficiente, resolve elaborar uma nova forma de atuação da AdministraçãoPública e, para tanto, precisa reorganizá- la.

Considerando a situação acima, assinale a afirmativa correta.

a) O prefeito pode criar qualquer órgão público sem necessitar de lei para tanto, desde que não impliqueem aumento de despesa.b) O prefeito não pode criar ou extinguir órgão público, somente podendo reestruturar a administraçãopública desde que não crie despesac) O prefeito pode criar órgão público somente por lei, a qual será de sua iniciativa ou do secretáriomunicipal ao qual o órgão estiver vinculado.d) O prefeito pode extinguir qualquer órgão público sem necessitar de lei para tanto, já que isso,necessariamente, não implicará em aumento de despesa.e) O prefeito pode criar ou extinguir órgão público desde que não crie nova despesa, somente necessitandode lei caso deseje criar ente da administração pública indireta.

21 - (UEG - 2013 - PC-GO - Agente de Polícia). Na doutrina acerca da organização administrativa,

a) a criação de vários órgãos no âmbito de uma mesma pessoa jurídica é chamada de descentralização dopoder.b) a distribuição das atividades de escalões superiores para escalões inferiores dentro da mesma entidadedenomina-se desconcentração.c) a desconcentração pode ocorrer por meio da constituição de autarquias, empresas públicas, sociedadesde economia mista e fundações.d) os órgãos públicos possuem personalidade jurídica, pelo que se responsabilizam diretamente peranteterceiros.

22 - (CESPE - 2013 - TJ-PI - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção). No que se refere àestrutura da administração pública, aos agentes públicos e às atividades administrativas, assinale aopção correta.

a) Quanto à posição hierárquica, consideram-se órgãos públicos superiores aqueles dotados de autonomiaadministrativa, financeira e técnica.b) Para a aplicação, no caso concreto, da teoria do órgão, cujo fundamento é o princípio da imputaçãovolitiva concreta, é indispensável a presença de um agente público, legitimamente investido no exercício daatividade do órgão, não se compatibilizando essa teoria com a denominada função de fato ou com oexercício de atividade por agente de fato.c) A atividade administrativa pode ser realizada independentemente dos parâmetros estabelecidos pela lei.d) O princípio da publicidade, que rege o exercício das atividades administrativas, não autoriza a açãoadministrativa a divulgar informações de ofício, ainda que estas sejam de interesse público.e) Conforme a teoria do órgão, fundamentada na noção de imputação volitiva, os órgãos públicos, embora

não sejam pessoas, podem exercer funções superiores de direção ou funções meramente executivas.

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23 - (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Execução de Mandados). A Administraçãopública editou um decreto organizando o segmento imobiliário de sua administração. A medida é

a) constitucional, desde que não tenha implicado em criação de órgão ou aumento de despesa.b) inconstitucional, tendo em vista que a autonomia da administração pública para tanto estaria restrita aextinção de cargos vagos.c) constitucional, desde que tenha havido autorização legislativa e que não tenha implicado extinção decargos, ainda que vagos.d) inconstitucional, na medida em que o executivo não possui competência para edição de decretosautônomos em decorrência de seu poder regulamentar, nem para organizar a administração pública.e) inconstitucional, tendo em vista que a organização da administração deve ser promovida por meio de lei.

24 - (ESAF - 2013 - DNIT - Técnico Administrativo). Quanto à sua posição estatal, o órgão que possuiatribuições de direção, controle e decisão, mas que sempre está sujeito ao controle hierárquico de umachefia mais alta, não tem autonomia administrativa nem financeira, denomina-se:

a) órgão subalterno.b) órgão autônomo.c) órgão singular.d) órgão independente.e) órgão superior.

25 - (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário). Administração pública, em sentido objetivo ou material,consiste no conjunto de órgãos, agentes e pessoas jurídicas instituídas para a consecução dos objetivosdo governo.( ) Certo ( ) Errado

26 - (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário). Quando o Estado cria entidades dotadas de patrimônio epersonalidade jurídica para propiciar melhorias em sua organização, ocorre o que se denominadesconcentração.( ) Certo ( ) Errado

27 - (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário). Tanto a criação quanto a extinção de órgãos públicosdepende da edição de lei específica; contudo, a estruturação e o estabelecimento das atribuições dessesórgãos, desde que não impliquem aumento de despesa, podem ser processados por decreto do chefe doPoder Executivo.

( ) Certo ( ) Errado

28 - (CESPE - 2012 - DPE-SE - Defensor Público). Assinale a opção correta acerca de aspectos gerais daadministração pública.

a) A fundação pública de direito privado, também conhecida como fundação governamental, possuipersonalidade privada e submete-se, inteiramente, ao direito público.b) As sociedades de economia mista, as empresas públicas e as autarquias só podem ser criadas por meiode lei.c) Entre as teorias que tratam da natureza jurídica da relação entre o Estado e seus agentes, é amplamenteadotada pela doutrina e jurisprudência brasileiras a teoria da representação.

d) As autarquias, pessoas jurídicas de direito privado, fazem parte da administração indireta do Estado egozam de liberdade administrativa nos limites da lei de regência.

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e) O ato da administração, praticado pela administração pública no exercício da função administrativa,pode ser regido tanto pelo direito público quanto pelo direito privado, ao passo que o ato administrativorege-se, necessariamente, pelo direito público.

29 - (FUNCAB - 2012 - PC-RJ - Delegado de Polícia). Tratando da organização administrativa, é INCORRETOafirmar:

a) A expressão “descentralização social” costuma ser utilizada para designar as parcerias formalizadas pelo

Estado com fundação privada ou associação civil com o objetivo de criar condições favoráveis para aexecução, com alcance de metas socialmente adequadas, de atividades de relevância coletiva que podemser cometidas a tais unidades sociais personalizadas por credenciamentos ou reconhecimentos.b) As Organizações Sociais (OS) e as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) sãoexemplos da retomada, pelo Estado, de atividades administrativas cuja execução havia sido transferidapara a iniciativa privada por ocasião do advento do chamado Estado Liberal.c) De acordo com a doutrina predominante e com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), adefinição do regime jurídico aplicável a cada entidade administrativa não decorre exclusivamente danatureza da entidade, mas principalmente da atividade por ela desenvolvida.d) Por serem unidades despersonalizadas, os órgãos públicos não possuem capacidade para figurar comoparte nos contratos administrativos típicos, muito embora, na prática, frequentemente assim ocorra.e) Excepcionalmente, doutrina e jurisprudência reconhecem capacidade processual a alguns órgãospúblicos, para defesa em juízo de suas prerrogativas institucionais.

30 - (VUNESP - 2012 - DPE-MS - Defensor Público). Considerando a classificação dos órgãos públicos, pode-se afirmar que os órgãos autônomos são aqueles

a) situados no alto da estrutura organizacional da Administração Pública, logo abaixo dos órgãosindependentes e a estes subordinados; possuem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica;exercem funções de direção, planejamento, supervisão e controle, observadas, no entanto, as diretrizestraçadas pelos órgãos independentes.b) que têm sua origem na Constituição, situando-se no ápice da pirâmide organizacional, sem subordinaçãohierárquica ou funcional; representam os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, efetuando as açõespolíticas do governo.c) de direção, controle, decisão e comando, em assuntos da respectiva competência; não gozam deautonomia administrativa e financeira; possuem funções técnicas e de planejamento na área de suascorrespondentes atribuições.d) com reduzido poder decisório e predominância de atribuições executivas, devendo cumprir decisões e

executar serviços rotineiros, que atendem aos administrados; são dotados de um único centro decompetências ou atribuições.

31 - (CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - Auditoria Governamental). A respeito de órgãopúblico, agente de fato e princípios da administração pública, julgue os itens que se seguem.De acordo com a teoria do órgão, a atuação da pessoa jurídica deve ser imputada ao agente — pessoanatural — integrante de sua estrutura.( ) Certo ( ) Errado

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32 - (CESPE - 2012 - TCE-ES - Auditor de Controle Externo - Auditoria Governamental). Somente por meiode lei em sentido estrito, é possível a criação, extinção e a estruturação dos órgãos públicos.( ) Certo ( ) Errado

33 - (ESAF - 2012 - Receita Federal - Analista Tributário da Receita Federal - Prova 1 - Gabarito 1).Não compõe a Administração Pública Federal Direta

a) a Secretaria da Receita Federal do Brasil.b) a Presidência da República.c) o Tribunal Regional Eleitoral.d) o Ministério dos Esportese) a Caixa Econômica Federal.

34 - (FCC - 2012 - PGE-SP - Procurador). O Conselho da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo éórgãoa) superior da Procuradoria Geral do Estado, diretamente subordinado ao Procurador-Geral do Estado,integrado por membros natos e presidido pelo Procurador-Geral do Estado Adjunto.b) superior da Procuradoria Geral do Estado, integrado por membros natos e por representantes eleitospara um mandato de dois anos.c) complementar da Procuradoria Geral do Estado, presidido pelo Procurador-Geral do Estado e integrado,em sua totalidade, por membros diretamente eleitos, para um mandato de dois anos.d) complementar da Procuradoria Geral do Estado, presidido pelo Procurador do Estado Corregedor-Gerale integrado pelos Procuradores do Estado-Chefes dos órgãos de execução.e) superior da Procuradoria Geral do Estado, integrado por Procuradores do Estado escolhidos peloProcurador-Geral do Estado para um mandato de dois anos, vedada a recondução.

35 - (CESPE - 2012 - MPE-RR - Promotor de Justiça). No que concerne à administração pública, ao servidorpúblico e à competência administrativa, assinale a opção correta.

a) De acordo com a legislação aplicável à matéria, a decisão de recursos administrativos pela autoridadecompetente não pode ser objeto de delegação.b) Os servidores que trabalham em serviços auxiliares da justiça ocupam função pública, não cargo público.c) Na classificação dos órgãos públicos segundo a posição estatal, consideram-se autônomos, semsubordinação hierárquica, os órgãos situados na cúpula da administração.d) A competência administrativa é derrogável e passível de delegação ou avocação.e) A ausência de lei que fixe a competência administrativa impede a prática do ato no âmbito da

administração pública.

36 - (CESPE - 2012 - TRE-RJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir.Os órgãos da administração pública classificam-se, segundo a função que exercem, em órgãos ativos,órgãos consultivos e órgãos de controle.( ) Certo ( ) Errado

37 - (CESPE - 2012 - TJ-CE - Juiz). Assinale a opção correta acerca dos conceitos que envolvem aadministração pública direta e indireta, os agentes de fato, a avocação e delegação de competência no

âmbito federal.

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a) O agente de fato tem direito à percepção de remuneração pelas funções que exerce no âmbito daadministração, na presunção de que elas são legítimas, ainda que sua investidura no cargo não tenhaobedecido ao procedimento legal exigido.b) A avocação, que decorre do sistema hierárquico, independe de justificativa, sendo admitida sempre quea autoridade superior entender que pode substituir-se ao agente subalterno.c) Um órgão administrativo e seu titular estão autorizados a delegar parte da sua competência a outrosórgãos ou titulares, não se admitindo, porém, que órgãos colegiados deleguem competência a agentessingulares, como, por exemplo, a seus respectivos presidentes.d) A administração pública, sob o aspecto orgânico, ou subjetivo, designa a própria função administrativa,que, exercida pelos órgãos e agentes estatais, incumbe, predominantemente, ao Poder Executivo.e) As autarquias exercem atividades tipicamente administrativas que requerem, para seu melhorfuncionamento, gestão administrativa e financeira sob regime de direito público, razão pela qual seconsidera que elas integram a administração centralizada.

38 - (FGV - 2012 - Senado Federal - Técnico Legislativo - Administração). O artigo 37, §6º, da CRFB prevê aresponsabilidade do ente público pelos danos que seus agentes causarem a terceiros.A teoria que justifica tal imputação de responsabilidade é a

a) Teoria do Mandato.b) Teoria da Autonomia.c) Teoria do Órgão.d) Teoria da Encampação.e) Teoria do Risco Integral.

39 - (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário - Área Administrativa). O Governador do Estado editoudecreto reorganizando a estrutura administrativa de determinada Secretaria de Estado. De acordo com aConstituição Federal, referido decreto é

a) ilegal, em face da violação ao princípio da legalidade.b) legal, podendo contemplar a extinção de órgãos públicos e cargos vagos.c) legal, desde que não implique aumento de despesa, nem criação ou extinção de órgãos públicos.d) ilegal, eis que nosso ordenamento jurídico não admite regulamento autônomo para matéria deorganização administrativa.e) legal apenas se decorrente de delegação expressa do Poder Legislativo, passando referido ato a ter forçade lei formal.

40 - (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Área Judiciária). Existem vários critérios declassificação dos órgãos públicos, tais como, os critérios de “esfera de ação”, “posição estatal”,

“estrutura”, dentre outros. 

No que concerne ao critério “posição estatal”, as Casas Legislativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais sãoórgãos públicos

a) autônomos.b) superiores.c) singulares.

d) centrais.e) independentes.

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GABARITO

1 – A 9 – C 17 – E 25 – E 33 – E

2 – B 10 – C 18 – C 26 – E 34 – B

3 – D 11 – B 19 – B 27 – C 35 – A

4 – B 12 – C 20 – B 28 – E 36 – C

5 – E 13 – C 21 – B 29 – B 37 – A

6 – E 14 – C 22 – E 30 – A 38 – C

7 – B 15 – A 23 – A 31 – E 39 – C

8 – C 16 – A 24 – E 32 – E 40 – E

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Capítulo III

LEI Nº 1.171/1994 ‒ CÓDIGO DE ÉTICA 

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO PODER EXECUTIVOFEDERAL

Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementaram, no anode 1964, o Código de Ética, por meio de regras deontológicas, às quais o servidor deverá obedecer. Porém,alguns princípios deverão ser básicos para que todos os atos e atitudes sejam feitos dentro das regras dospadrões morais.

 

Princípios morais quedevem nortear oservidor público

A dignidade

O decoro

O zelo

A eficácia

A consciência

Atos e atitudesdos servidores

Tradição dosserviçospúblicos

Preservar ahonra

OBSERVAÇÃO: O servidor não poderá jamaisdispensar os elementos éticos de sua conduta. 

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Das Regras Deontológicas

I ‒ ‒ A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função,ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos,comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dosserviços públicos.

II ‒ ‒ O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e oinconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. 

III ‒ ‒ A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre alegalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar amoralidade do ato administrativo.

IV ‒ ‒ A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ouindiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que amoralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicaçãoe de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

V ‒ ‒ O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido

como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, oêxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

VI ‒ ‒ A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-diaem sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

VII ‒ ‒ Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior doEstado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declaradosigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito deeficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum,

imputável a quem a negar.

VIII ‒ ‒ Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti -la ou falseá-la, aindaque contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, daopressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais ade uma Nação.

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DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO:

Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou empregopúblico de que seja titular;

Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seucaráter, escolhendo, sempre, quando estiver diante de duas opções, a

melhor e a mais vantajosa para o bem comum;

Jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial dagestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo.

IX ‒ ‒ A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço públicocaracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos

direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano aqualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou mávontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado,mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suasesperanças e seus esforços para construí-los.

 X ‒ ‒ Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setorem que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outraespécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ouato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços

 públicos.

 XI ‒ ‒ O servidor deve pr estar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Osrepetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir ecaracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

 XII ‒ ‒ Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator dedesmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relaçõeshumanas.

 XIII ‒ ‒ O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando

seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois suaatividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento daNação.

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Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando oprocesso de comunicação e contato com o público; 

Ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que sematerializam na adequada prestação dos serviços públicos;

Ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando acapacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço

público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo,nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social,

abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

Ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representarcontra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se

funda o Poder Estatal;

Resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes,interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou

vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticase denunciá-las.

Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa davida e da segurança coletiva; 

Ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provocadanos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fatocontrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodosmais adequados à sua organização e distribuição;

Participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria doexercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum.

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Além das obrigações que são inerentes ao servidor, existem as vedações que vêm expressas na lei.

Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício dafunção; 

Manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislaçãopertinentes ao órgão onde exerce suas funções;

Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, astarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança

e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem;

Facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

Exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam

atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dosusuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos.

Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidadeestranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não

cometendo qualquer violação expressa à lei; 

Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de

Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

É VEDADO AO SERVIDOR PÚBLICO:

o uso do cargo oufunção, facilidades,amizades, tempo,

posição einfluências, paraobter qualquer

favorecimento, parasi ou para outrem

prejudicardeliberadamente a

reputação deoutros servidores

ou de cidadãosque dele

dependam

ser, em função deseu espírito desolidariedade,

conivente com erroou infração a esteCódigo de Ética ouao Código de Éticade sua profissão

usar de artifíciospara procrastinar oudificultar o exercício

regular de direitopor qualquer

pessoa, causando-lhe dano moral ou

material

deixar de utilizar osavanços técnicos ecientíficos ao seualcance ou do seu

conhecimento paraatendimento do seu

mister

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É VEDADO AOSERVIDORPÚBLICO:

desviar servidorpúblico para

atendimento ainteresse particular

pleitear, solicitar, provocar,sugerir ou receber qualquer tipode ajuda financeira, gratificação,

prêmio, comissão, doação ouvantagem de qualquer espécie,para si, familiares ou qualquer

pessoa, para o cumprimento dasua missão ou para influenciar

outro servidor para o mesmo fim

alterar ou deturpar o teor dedocumentos que deva

encaminhar para providências

iludir ou tentar iludirqualquer pessoa que

necessite do atendimentoem serviços públicos

permitir que perseguições,simpatias, antipatias,caprichos, paixões ou

interesses de ordem pessoalinterfiram no trato com o

público, com os jurisdicionados

administrativos ou comcolegas hierarquicamentesuperiores ou inferiores

É VEDADOAO

SERVIDORPÚBLICO:

retirar da repartição pública, semestar legalmente autorizado,

qualquer documento, livro ou bempertencente ao patrimônio público

fazer uso de informaçõesprivilegiadas obtidas noâmbito interno de seuserviço, em benefício

próprio, de parentes, deamigos ou de terceiros

apresentar-seembriagado no

serviço ou fora delehabitualmente

dar o seu concurso aqualquer instituição queatente contra a moral, a

honestidade ou a dignidadeda pessoa humana

exercer atividadeprofissional aética ou ligar

o seu nome aempreendimentos de

cunho duvidoso

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DAS COMISSÕES DE ÉTICA

 XVI ‒ ‒ Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indiretaautárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuiçõesdelegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada deorientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas ecom o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de

 procedimento susceptível de censura.

 XVIII ‒ ‒ À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execuçãodo quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito deinstruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios dacarreira do servidor público.

 XXII ‒ ‒ A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,com ciência do faltoso.

 XXIV ‒ ‒ Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor públicotodo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços denatureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como asautarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e associedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

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Capítulo III ‒ Lei 1171/94 Código de Ética

QUESTÕES

1 - (Prova: CONSULPLAN - 2014 - MAPA - Técnico de Contabilidade) Acerca das regras deontológicasprevistas no Decreto nº 1.171/94 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do PoderExecutivo Federal), assinale a afirmativa correta.

a) A moralidade administrativa refere-se à distinção entre o bem e o mal, nada tendo relação com oequilíbrio entre a legalidade e a finalidade.b) Ao servidor público, no cumprimento de uma ordem superior, é permitido avaliar elementos delegalidade e ilegalidade, não podendo, entretanto, questionar sobre o que é justo ou injusto, oportuno ouinoportuno, honesto ou desonesto.c) O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido comoacréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho

pode ser considerado como seu maior patrimônio.d) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, não se integra na vida particularde cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada nãopoderão diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

2 - (Prova: COPESE - UFT - 2014 - UFT - Assistente em Administração) O Decreto N.º 1.171/1994 estabelece,nas regras deontológicas, que toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é:

a) falta grave, causa transtornos, mas não desmoraliza o serviço públicob) fator de desrespeito com suas obrigações, no entanto, não implica em desordem nas relações humanas.c) falta moderada, pois não conduz, necessariamente, à desordem nas relações humanas.

d) fator de desmoralização do serviço público, o que sempre conduz à desordem nas relações humanas.

3 - (Prova: COPESE - UFT - 2014 - UFT - Assistente em Administração) NÃO é vedado ao servidor público,segundo o Decreto N.º 1.171/1994:

a) Retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bempertencente ao patrimônio público.b) Desviar servidor público para atendimento a interesse particular.c) Zelar para que o teor de documentos que deva encaminhar para providências não seja alterado oudeturpado.d) Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio,

de parentes, de amigos ou de terceiros

4 - (Prova: CESPE - 2013 - AGU - Procurador Federal) No que diz respeito à estrutura da AGU e ao Códigode Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, julgue os itens seguintes. Emcada órgão e entidade da administração pública federal direta e indireta deve ser criada uma comissãode ética, à qual competirá conhecer concretamente de imputação ou de procedimento suscetível deadvertência ou suspensão de até trinta dias, penas que serão aplicáveis ao servidor público pela própriacomissão.

( ) Certo ( ) Errado

5 - (Prova: CESPE - 2013 - AGU - Procurador Federal) No que diz respeito à estrutura da AGU e ao Códigode Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, julgue os itens seguintes.

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Conforme a respectiva lei orgânica, os órgãos considerados como de direção superior da AGU são o AGU,a Procuradoria-Geral da União, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Consultoria-Geral da União.

( ) Certo ( ) Errado

6 - (Prova: CESPE - 2013 - Telebrás - Nível Médio) José é empregado público federal em uma empresapública. Recentemente, ele usou um veículo de propriedade da empresa em que trabalha paratransportar materiais de construção para a reforma de sua residência. Considerando essa situaçãohipotética, julgue os itens a seguir. De acordo com o código de ética profissional do serviço público, Joséfaltou com a ética, uma vez que usou um bem pertencente ao patrimônio público para fins particulares. 

( ) Certo ( ) Errado

7 - (Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário) Quando se determina ao servidor públicoque ele exerça com zelo e dedicação as atribuições de seu cargo e atenda com presteza o público, está-sediante de:

a) obrigação legal implícita, na medida em que são decorrentes da interpretação dos direitos e deveres dosservidores que constam na legislação vigente.b) deveres morais, que somente podem ser utilizados para punição disciplinar na hipótese de haverpositivação da regra na unidade de classificação do servidor.c) recomendação disciplinar implícita, punível, na reiteração, com demissão.d) recomendação moral a todos os servidores públicos, não havendo possibilidade de punição disciplinarem decorrência do desatendimento, a não ser pela análise de desempenho.e) deveres legalmente expressos, de modo que o desatendimento possibilita a adoção de providências porparte da Administração pública.

8 - (Prova: ESAF - 2012 - MF - Assistente Técnico Administrativo) Dona Gertrudes, servidora pública

 federal, atua no atendimento ao público do protocolo da instituição em que trabalha, sendo a servidora

mais antiga de seu setor. Restam apenas dois anos para a sua aposentadoria e, enquanto aguarda este

tempo, dona Gertrudes só comparece ao trabalho por que esta é a sua fonte de renda, mas já não

encontra mais motivação para agir com eficiência e perfeição. O atendimento ao público, Dona

Gertrudes deixa aos mais jovens esta tarefa, ainda que todos do setor estejam atendendo e haja

 formação de fila do lado de fora do balcão, ela exclama: –   Já fiz muito esse serviço, isso agora é com

vocês! Em compensação, como servidora mais velha do setor, dona Gertrudes conhece o trabalho como a

 palma de sua mão e está sempre atualizada com as instruções, as normas de serviço e a legislação

 pertinente ao serviço de protocolo e gestão documental. Todos vivem solicitando as fichas ou a pasta

 preta de dona Gertrudes, já que computador ela diz não ser coisa do seu tempo e se recusa a utilizá-lo. 

Diante da situação problema acima narrada e tendo em mente o código de ética do servidor públicofederal, após proceder à leitura dos seis itens que se seguem, assinale a opção que contenha os itens querepresentam regras éticas do Decreto n. 1.171/1994 infringidas pela conduta da servidora supracitada.

1. Jamais retardar qualquer prestação de contas, na condição essencial da gestão dos bens, direitos eserviços da coletividade a seu cargo.2. Ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequadaprestação dos serviços públicos.3. Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função.4. Manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão ondeexerce suas funções.

5. Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance, ou do seu conhecimento paraatendimento do seu mister.

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6. Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerçasuas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação doserviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmentegrave dano moral aos usuários dos serviços públicos.a) 1 / 3 / 4b) 2 / 4 / 6c) 2 / 4 / 5 / 6d) 2 / 5 / 6e) 1 / 4 / 5

9 - (Prova: ESAF - 2012 - MI - Nível Superior - Conhecimentos Gerais) Nos termos do Código de ÉticaProfissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, o conceito de servidor público, para finsde apuração do comprometimento ético, é

a) restritivo, abrangendo apenas os que, por força de lei, prestem serviços de natureza permanente, ligadosdiretamente a qualquer órgão do poder estatal.b) restritivo, abrangendo apenas os que, por força de lei ou contrato, prestem serviços de naturezapermanente, ligados diretamente a qualquer órgão do poder estatal.c) relativamente restritivo, abrangendo apenas os que, por força de lei, contrato ou outro ato jurídico,prestem serviços de natureza permanente, ligados diretamente a qualquer órgão do poder estatal.d) bastante amplo, abrangendo até mesmo os que, por força de qualquer ato jurídico, prestem serviços denatureza excepcional, mesmo que não remunerados para tanto e ligados apenas indiretamente a um órgãodo poder estatal.e) amplo, abrangendo também os que, por força de qualquer ato jurídico, prestem até mesmo serviços denatureza temporária ou excepcional, desde que com retribuição financeira e ligados diretamente a algumórgão do poder estatal.

10 - (Prova: ESAF - 2012 - MI - Nível Superior - Conhecimentos Gerais) Considerando-se as normasaplicáveis ao Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, assinale a opção incorreta.

a) As pessoas jurídicas de direito privado podem provocar a atuação de Comissão de Ética para apuração deinfração ética imputada a agente público.b) As Comissões de Ética, ao concluir pela existência de falta de ética, poderão aplicar ao servidor penasdisciplinares como a de advertência e suspensão.c) A abertura de processo para apuração de infração de natureza ética não depende de recebimento dedenúncia.d) Até sua conclusão, os procedimentos instaurados para apuração de possíveis infrações das normas éticasserão mantidos com a chancela de “reservado”.

e) Nem sempre a identidade do denunciante de infração às normas éticas será mantida sob reserva.

11 - (FCC - 2012 – INSS - Perito Médico Previdenciário) Tratar com urbanidade as pessoas constitui: 

a) regra de trato social, mas cujo descumprimento impede o servidor de ocupar cargo de provimento emcomissão.b) regra de trato social, cujo descumprimento não acarreta sanção administrativa para o servidor público.c) dever legal do servidor público, cuja violação sempre acarretará a pena de suspensão, mas não a dedemissão.d) dever legal do servidor público, cuja violação pode acarretar a pena de advertência.e) conduta irrelevante no serviço público, não constituindo seu descumprimento infração legal, nem de

regra de trato social.

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12 - (FCC - 2012 - INSS - Técnico do Seguro Social) João, servidor público federal, é membro de Comissãode Ética de determinado órgão do Poder Executivo Federal e foi acusado do cometimento de infração denatureza ética. Nesta hipótese, a infração ética será apurada:

a) pelo Ministério da Justiça.b) pelo Presidente da República.c) pelo Ministro Chefe da Casa Civil.d) pela Comissão de Ética Pública.e) pela própria Autarquia Federal a que está vinculado.

13 - (FCC - 2011 - INFRAERO - Analista de Sistemas) João, servidor público civil do Poder Executivo Federal,retirou da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, documento pertencente ao patrimôniopúblico. Já Maria, também servidora pública civil do Poder Executivo Federal, deixou de utilizar avançostécnicos e científicos do seu conhecimento para atendimento do seu mister. Sobre os fatos narrados, écorreto afirmar que:

a) nenhuma das condutas narradas constitui vedação prevista no Código de Ética Profissional do ServidorPúblico Civil do Poder Executivo Federal.b) apenas João cometeu conduta vedada pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil doPoder Executivo Federal.c) apenas Maria cometeu conduta vedada pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil doPoder Executivo Federal.d) ambos praticaram condutas vedadas pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do PoderExecutivo Federal.e) João e Maria não estão sujeitos a Código de Ética; portanto, suas condutas, ainda que eventualmenteirregulares, deverão ser apreciadas na seara própria.

14 - (CESPE - 2011 - MMA - Analista Ambiental). Com relação ao Código de Ética Profissional do servidorpúblico civil do Poder Executivo federal, julgue o próximo item. As disposições desse código não serestringem à conduta do servidor público no âmbito do local de trabalho e às funções precipuamenteexercidas. Nesse código, também constam, entre as vedações que compreende, as que dizem respeito aservidor embriagar-se fora do serviço habitualmente e a ligar seu nome a empreendimentos de cunhoduvidoso.( ) Certo ( ) Errado

15 - (CESPE - 2011 - MMA - Analista Ambiental) Nos termos da exposição de motivos, que dispõe sobreproposta de código da conduta da alta administração federal, julgue o item que se segue.Muitas questões éticas que envolvem o comportamento dos integrantes da alta administração federal

não constituem violação de normas legais e não são passíveis de punição específica, e sim de caráterpolítico. Esse é o caso da advertência, da censura ética e, em casos mais graves, da exoneração.

( ) Certo ( ) Errado

16- (CESPE - 2010 - MS - Técnico de Contabilidade). Julgue o item a seguir, acerca da Lei n.º 8.112/1990 edo Código de Ética Profissional do Servidor Público do Poder Executivo federal.A pena aplicável ao servidor público pela comissão de ética é a de censura e sua fundamentação constarádo respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.

( ) Certo ( ) Errado

17- (CESPE - 2010 - DPU - Analista Administrativo). O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civildo Poder Executivo Federal estabelece, no inciso VI, capítulo I, que a função pública deve ser tida comoexercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e

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atos verificados na conduta do dia a dia na vida privada do servidor poderão acrescer ou diminuir o seubom conceito na vida funcional. Com base nessas informações, assinale a opção correta.

a) O inciso em questão atende a exigência formal inscrita na Lei n.º 8.112/1990, que dispõe acerca doregime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.b) O conteúdo do inciso está eivado da cultura política tradicional brasileira, ao confundir a esfera públicacom a privada.c) O conteúdo do inciso em apreço está em acordo com o inciso I, que estabelece a dignidade e o decorocomo norteadores da conduta do servidor, no exercício do cargo ou fora dele.d) O conteúdo do inciso expressa a pretensão totalitária do Estado de controlar a vida privada do indivíduo.e) O conteúdo do inciso contradiz os dispositivos constitucionais que estabelecem a liberdade individual e aliberdade profissional.

18- (CESPE - 2010 - DPU - Analista Administrativo). A questão mais discutida a respeito da nova gerênciapública é, sem dúvida, a sua implicação para as relações de responsabilidade (accountability) entre osgerentes públicos e os empregados, os ministérios e os órgãos autônomos ou agências, entre aadministração pública e as autoridades políticas, a administração pública e os cidadãos, o PoderLegislativo e o Poder Executivo do governo, e entre os setores público e privado para o fornecimento deserviços. A responsabilização do servidor público por seus atos é prevista no Brasil por intermédio dedispositivos constitucionais e legais e, internacionalmente, pela Organização para a Cooperação e oDesenvolvimento Econômico (OCDE). A possibilidade de responsabilizar o servidor público por seuscomportamentos e atitudes no desempenho da atividade pública está diretamente relacionada àsnormas de conduta ética.Com relação a essas normas, assinale a opção correta.

a) A responsabilização do servidor público por seus atos exerce impacto indireto na prática cotidiana devalores e parâmetros de ética no serviço público.b) O aumento da liberdade de ação constitui problema ético na administração pública, visto que contraria oprincípio da impessoalidade.c) O treinamento profissional propicia a conscientização do ponto de vista ético e legal e desenvolveaptidões essenciais à análise ética e ao raciocínio moral, o que diminui a liberdade de ação e,consequentemente, o comportamento desviante.d) A responsabilização do servidor público por seus atos requer que o processo de tomada de decisões sejatransparente e aberto ao público.e) A responsabilização do servidor público por seus atos propicia perseguições políticas e a manutenção dasdesigualdades internas do sistema.

19- (CESPE - 2010 - DPU - Analista Administrativo). Determinado órgão público federal realizou reunião

para definir a destinação de recursos financeiros para educação básica - complementação da União. A fimde subsidiar a decisão, um servidor público responsável pelos cálculos para a referida destinaçãoapresentou slides contendo os seguintes dados por municípios: demanda populacional pelo serviço (istoé, o tamanho da população em idade escolar); oferta das instituições públicas de educação básica;recursos financeiros destinados no ano anterior; e, em função da relação demanda-oferta, projeção derecursos financeiros a serem destinados no ano seguinte. Após a apresentação, constatou-se quedeterminado município fora privilegiado com relação ao montante de recursos financeiros a seremdestinados, em detrimento de outros municípios. Questionado, o servidor explicou que se basearasomente no critério populacional para elaborar a projeção de distribuição dos recursos financeiros e que,na realidade, não houve necessidade de considerar os outros dados. Após averiguação, a equipecomprovou que o município privilegiado realmente apresentava o maior contingente populacional, mas

não aquele em idade escolar, conforme a apresentação dos slides. Verificou-se, posteriormente, que omunicípio privilegiado era a localidade de origem do servidor, onde residia sua família.

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Considerando a situação hipotética apresentada acima, assinale a opção correta de acordo com o Códigode Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (DL n.º 1.171/1994).

a) A situação descrita caracterizou a utilização do cargo ou função para obtenção de favorecimentos para siou para outrem, conduta esta que é vedada pelo código de ética em questão.b) A atitude do servidor obedeceu aos princípios da impessoalidade e da verdade, uma vez que ele utilizouo critério do maior contingente populacional ao destinar recursos financeiros ao município.c) Como o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido comoacréscimo ao seu próprio bem-estar, porque, como integrante da sociedade, o êxito desse trabalho podeser considerado como seu maior patrimônio, o servidor em questão agiu em consonância com o exercíciode sua função pública.d) A apresentação do servidor cumpriu o dever de participar dos movimentos e estudos que se relacionemcom a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum.e) A conduta do servidor constituiu erro técnico.

20- (CESPE - 2010 - UERN - Agente Técnico Administrativo). Considerando que uma servidora pública,insatisfeita com seu trabalho, ausente-se com frequência do seu local de trabalho, estendendo seuhorário de almoço indevidamente para passear, assinale a opção correta de acordo com o Código deÉtica do Servidor Público.a) Essa servidora está contrariando as regras de conduta estabelecidas pelo referido código, pois asausências injustificadas de seu local de trabalho são fator de desmoralização do serviço público, o quequase sempre conduz à desordem nas relações humanas.b) Essa servidora pode ausentar-se, sem justificação, da repartição caso a carga normal de trabalho jáesteja cumprida.c) Essa servidora está praticando o crime de apropriação indébita ao auferir remuneração por horas deserviço que não cumpre efetivamente. Ela deverá, portanto, ser apenada pela comissão de ética com asuspensão e o pagamento de multa.d) O código em questão refere-se apenas às condutas praticadas no local de trabalho. Para o caso em tela,o superior hierárquico dessa servidora terá de lançar mão do Código Disciplinar do Funcionalismo PúblicoFederal.e) Essa servidora só pode ausentar-se injustificadamente de seu local de trabalho se ocupar cargo de chefia.

21- (CESPE - 2010 - UERN - Agente Técnico Administrativo). A moralidade da administração pública nãodeve ser limitada tão somente à distinção entre o bem e o mal. De acordo com o que dispõe o Código deÉtica do Servidor Público, o fim almejado deve ser sempre:

a) O atendimento às razões do Estado.b) A manutenção da ordem e a realização do progresso.

c) O bem comum.d) O interesse da maioria.e) A preservação da estrutura corporativa do Estado.

22- (CESPE - 2010 - UERN - Agente Técnico Administrativo). De acordo com o respectivo Código de Ética,constitui dever fundamental do servidor público:I ter a consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequadaprestação dos serviços públicos.II resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros quevisem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegaisou aéticas.

III abdicar dos seus interesses pessoais, bem como dos meandros da vida privada, em função dosinteresses maiores da sociedade brasileira, e vivenciar a prestação dos serviços públicos como umverdadeiro sacerdócio.

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IV estimular a prática da eugenia e disseminar os valores éticos no serviço público.Estão certos apenas os itensa) I e II.b) I e III.c) II e IV.d) I, III e IV.e) II, III e IV.

23 - (CESPE - 2010 - UERN - Agente Técnico Administrativo). A comissão de ética prevista no Código deÉtica do Servidor Público é encarregada de:

a) Conhecer concretamente de imputação de infrações penais e crimes contra o patrimônio público.b) Processar e julgar os crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.c) Processar e julgar os crimes contra a fé pública.d) Orientar e aconselhar acerca da ética profissional do servidor público, no tratamento com as pessoas ecom o patrimônio público.e) Processar e julgar as transgressões contra a regulamentação ética das carreiras públicas, bem comoaplicar as sanções penais cabíveis.

24- (ESAF - 2010 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho). De acordo com o Código de Ética Profissional doServidor Público Civil do Poder Executivo Federal, o servidor público deve:I. Exercer, com estrita moderação, as prerrogativas do cargo, abstendo-se de usá-las em benefício próprioou de terceiro.II. Escolher a opção que melhor atenda aos interesses do governo, quando estiver diante de mais de uma.III. Zelar pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva, quando no exercício dodireito de greve.IV. Agir com cortesia, boa vontade e respeito pelo cidadão que paga os seus tributos.V. resistir às pressões ilegais ou aéticas e denunciá-las, mesmo que os interessados sejam seus superioreshierárquicos.Estão corretas:

a) As afirmativas I, II, III, IV e V.b) Apenas as afirmativas I, II e V.c) Apenas as afirmativas I, II e IV.d) Apenas as afirmativas I, II e III.e) Apenas as afirmativas I, III, IV e V

25- (ESAF - 2010 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho). De acordo com o Código de Ética Profissional doServidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor público:I. Solicitar a um servidor, que lhe é subordinado, que decida a pretensão deduzida por um amigo seu, deacordo com o que foi por ele postulado.II. Ser sócio de empresa que explore jogos de azar não autorizados.III. Informar a um amigo o teor de um ato governamental, ainda não publicado, o qual afetará interessesde muitas pessoas, inclusive desse mesmo amigo.IV. Determinar a um outro servidor, que lhe é subordinado, que execute algumas tarefas que são do seuinteresse particular (interesse do mandante), salvo se o mandante ocupar cargo de elevada posição nahierarquia funcional.

V. fazer exigências desnecessárias que retardem o exercício regular de um direito, pelo seu titular.Estão corretas:a) Apenas as afirmativas I, II, III e V.

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b) Apenas as afirmativas II, III, IV e V.c) As afirmativas I, II, III, IV e V.d) Apenas as afirmativas III, IV e V.e) Apenas as afirmativas II e IV.

26 - (FCC - 2010 - DPE-SP - Agente de Defensoria - Administrador). O servidor público quando instado pelalegislação a atuar de forma ética, não tem que decidir somente entre o que é legal e ilegal, mas, acima detudo entre o que é:a) Oportuno e inoportuno.b) Conveniente e inconveniente.c) Honesto e desonesto.d) Público e privado.e) Bom e ruim.

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Gabarito 

1 - C 11 - D 21 - C

2 - D 12 - D 22 - A

3 – C 13 - D 23 - D

4 – E 14 - C 24 – E

5 – E 15 - C 25 – A

6 – C 16 - C 26 – C

7 – E 17 - C -

8 – D 18 - D -

9 – D 19 - A -

10 - B 20 - A -

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Capítulo IV

DEVERES E PODERES ADMINISTRATIVOS

DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A Constituição e as leis impõem alguns deveres que devem ser cumpridos pelo administradorpúblico para assegurar que sua atuação efetivamente se dê em benefício do interesse coletivo e sob ocontrole direto e indireto do povo, o titular da coisa pública.

Nesse sentido, para realizar suas atividades, a Administração Pública goza de prerrogativas oupoderes que visam assegurar a supremacia do interesse público.

Ressalte-se que tais prerrogativas consubstanciam-se em verdadeiros deveres do ente

administrativo, uma vez que deve agir de acordo com o que determina a lei, nos moldes do que ordena oprincípio administrativo da Legalidade.

Assim, diz-se que os poderes da Administração são Poderes-Deveres, uma vez que a Administraçãodeve agir e utilizar as prerrogativas que lhe são inerentes a fim de assegurar a finalidade pública em todosos seus atos.

• Para a Administração Pública, os deveres administrativos deverão ser exercidos

por seus agentes, obrigatoriamente, sendo a omissão ilegal caracterizada porato omissivo do agente em situações que exijam sua atuação. Por outro lado, aatuação do agente público fora do que delimita a lei caracteriza abuso de podere pode ensejar responsabilidade civil da Administração Pública.

Dever-Poder de Agir 

• O dever de eficiência consiste na busca pela Administração dos melhoresresultados na prática de seus atos, cabendo ao agente público realizar suasatribuições com celeridade, presteza, perfeição técnica, rendimento funcional ecom economicidade, ou seja, o agente deve agir com a máxima eficiênciafuncional no desempenho de suas funções, visando a satisfazer o interesse do

administrado.

Dever de Eficiência 

• A probidade é elemento essencial na conduta do agente público e necessária àlegitimidade do ato administrativo. Ou seja, o agente deve agir e atuar comhonestidade e moralidade, suas atitudes devem ser leais, justas e honestas, casocontrário, poderá incorrer em ato de improbidade administrativa. Nessesentido, a Administração poderá invalidar o ato administrativo praticado comlesão aos bens e interesses públicos, tendo em vista a necessidade deobservância ao dever de probidade na prática de seus atos.

Dever de Probidade 

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PODERES ADMINISTRATIVOS

Os poderes da Administração são instrumentos conferidos à Administração e empregados apenaspara o atendimento do interesse público. Exceder os limites das atribuições ou desviar das suas finalidadesconstitui abuso de poder e, consequentemente, prática de ato ilícito. Normalmente, a doutrina classifica ospoderes públicos como:

Poder Vinculado

O Poder Vinculado é aquele em que a lei determina exatamente a forma de atuação daAdministração, não existindo qualquer margem de liberdade para atuação administrativa. Por isso, diz-sePoder Vinculado, pois está diretamente ligado ao que ordena a lei. Cumpre mencionar que os atos sempreserão vinculados no que tange aos elementos (competência, finalidade e forma).

• O dever de prestar contas decorre do princípio da indisponibilidade do

interesse público, que significa que os interesses pertencem à coletividade e nãoao administrador. É dever de todo administrador prestar contas, em razão dagestão de bens e interesses alheios. Nesse sentido, no caso do administradorpúblico, a obrigação surge em razão da gerência dos bens e interesses dacoletividade.

• Dessa forma, com o intuito de promover o bem público, a Administraçãoconfere aos entes, órgãos e agentes públicos os poderes administrativos.

Dever de prestar contas

   P   O   D   E   R   E   S

Vinculado

Discricionário

Hierárquico

Disciplinar

Normativo

De Polícia

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Poder Discricionário

O poder discricionário consiste na margem de escolha dada pela lei para a prática do atoadministrativo. Nesse sentido, a autoridade administrativa tem razoável e legal poder de escolha, dentro de

certos limites, sobre as providências que adotará, de acordo com os critérios de oportunidade econveniência. Tal margem de escolha pode ser admitida nos seguintes casos:

Poder Hierárquico

Juntamente com o poder disciplinar, o poder hierárquico sustenta a ordem administrativa. Éatravés do poder hierárquico que a Administração escalona a função de seus órgãos, revê a atuação de

seus agentes e estabelece a relação de subordinação entre seus servidores, do chefe para seu subordinado.O objetivo desse Poder é orientar, ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas,internamente. O poder hierárquico é inerente à ideia de verticalização administrativa, e revela aspossibilidades de controlar atividades, delegar competência, avocar competências delegáveis e invalidaratos, dentre outros.

Diante de conceitos legais e jurídicos parcialmente indeterminados, que setornam determinados à luz do caso concreto e à luz das circunstâncias de fato;

Diante de conceitos legais e jurídicos técnico-científicos, sendo, neste caso,limitado às escolhas técnicas por óbvio possíveis;

Diante de conceitos valorativos estabelecidos pela lei, que dependem deconcretização pelas escolhas do agente, considerado o momento histórico e

social.

Dar ordens e fiscalizar seu cumprimento.

Delegar e avocar atribuições, isto é, tanto atribuir funções a outrem como chamar a si funçõesoriginariamente atribuídas a um subordinado.

Rever atos de inferiores, a fim de mantê-los ou invalidá-los, de ofício ou por provocação dointeressado.

Não existe hierarquia no Judiciário e no Legislativo

em suas funções típicas. A hierarquia é privativa

da função administrativa.

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O poder disciplinar relaciona-se a apuração das infrações dos servidores e também das demaispessoas sujeitas à disciplina administrativa.

O superior hierárquico tem o poder-dever de aplicar a pena e, se for tolerante na punição,incorrerá em crime previsto no Código Penal. É considerado um poder discricionário, sendo a motivação dapena aplicada imprescindível para a sua validade.

Poder Normativo/ Regulamentar

É a autorização conferida aos chefes do Executivo para emitir decretos e regulamentos a fim degarantir a fiel execução da lei, conforme disposto no art. 84 da CRFB/88. Não se deve confundirregulamentos com a lei, não podendo contrariar, restringir ou ampliar suas disposições. Ao poderregulamentar não cabe contrariar a lei, sob pena de sofrer invalidação. Seu exercício somente pode se darem conformidade com o conteúdo da lei e nos limites que esta lhe impuser.

AS PENASDISCIPLINARES,

SEGUNDO OESTATUTO FEDERAL,SÃO:

Advertência;

Suspensão;

Demissão;

Cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

Destituição de cargo em comissão;

Destituição de função comissionada.

O Congresso Nacional tem competência para

sustar atos normativos do Executivo que

exorbitem o poder regulamentar (CF, art. 49, V).

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Até o advento da Emenda Constitucional nº 32/2001, apenas era admitido noordenamento jurídico pátrio o assim chamado Decreto Executivo (ou de execução)editado em função de uma lei (ato normativo primário) com o fito de regulamentá-la. Talato normativo não pode, sob nenhuma hipótese, contrariar a lei em função da qual foieditado, nem criar direitos ou impor obrigações nela não previstos, sob pena de ofensa aoprincípio da legalidade. Com o advento da referida emenda, foi alterado o art. 84, VI, daCarta Magna, havendo sido outorgada ao Presidente da República a competência paradispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal,desde que sem aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos e sobre aextinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. Assim, instituiu-se o chamadoDecreto Autônomo, através do qual é permitido inovar na ordem jurídica, estabelecendonormas não previamente tratadas em lei.

Poder de Polícia

O Poder de Polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar erestringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprioEstado, limitando os direitos individuais em benefício do interesse público. Ou seja, é o mecanismo de

frenagem de que dispõe a Administração Pública para conter os abusos do direito individual. O interessepúblico está relacionado à segurança, à moral, à saúde, ao meio ambiente, ao consumidor, à propriedade eao patrimônio cultural.

Ainda que não lhe seja permitido delegar o poder de polícia a particulares, em determinadassituações faculta-se ao Estado a possibilidade de, mediante contrato celebrado, atribuir a pessoas dainiciativa privada o exercício do poder de polícia fiscalizatório para constatação de infrações administrativasestipuladas pelo próprio Estado.

De acordo com a Lei nº 9.873/99, prescreve em cinco anos a ação

punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício

do poder de polícia.

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Considerando-se o objeto no sentido de meio de coação, deve ser aplicado o princípio daproporcionalidade, o que quer dizer que o poder de polícia não deve ir além do necessário à satisfação dointeresse público. Só poderá reduzir os direitos individuais quando em conflito com os interesses maioresda coletividade, e na mesma medida estritamente necessária à consecução de fins estatais.

PODER DE POLÍCIA 

Razão do poder de polícia  – interesse social.

Fundamento  – princípio da predominância do interesse público sobre o particular, supremacia geral que oEstado exerce em seu território sobre todas as pessoas, bens e atividades.

Objeto  – todo bem, direito ou atividade individual que possa afetar a coletividade ou pôr em risco asegurança nacional, exigindo regulamentação, controle e contenção pelo Poder Público.

Finalidade – proteção ao interesse público. A autoridade que se afastar da finalidade pública incidirá emdesvio de poder, acarretando a nulidade do ato.

Extensão  – é muito ampla, abrange desde a proteção à moral e aos bons costumes, a preservação da saúdepública, até a segurança nacional.

Limites  – Como todo ato administrativo, a medida de polícia sempre se esbarra em algumas limitações

impostas pela lei, quanto à competência e à forma, aos fins e aos motivos e objeto. Mesmo que hajadiscricionariedade, esta deve ser exercida nos limites da lei.

Meios de Atuação  – O Poder Público manifesta-se por meio de atos normativos de alcance geral e atosconcretos e específicos, de ordens e proibições, sobretudo por meio de normas limitadoras e

sancionadoras de conduta.

Sanções  – A própria Administração impõe em procedimentos administrativos compatíveis com asexigências do interesse público, respeitando a legalidade da sanção e a sua proporcionalidade à infração.

Condições de Validade  – A competência, a finalidade e a forma, acrescidas da proporcionalidade de sançãoe da legalidade dos meios empregados pela Administração.

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Como exemplo de falha da autoexecutoriedade, temos a cobrança de multas, impostos e tributos aos quaisnão se aplica o poder de polícia, já às taxas sim, podendo ser aplicado em forma de multa.

ATRIBUTOSESPECÍFICOS: 

Discricionariedade: livre escolhade oportunidade e conveniência,bem como de aplicar as sanções e

meios apropriados a fim deresguardar o interesse público.

Coercibilidade: imposiçãocoativa das medidas adotadas

pela Administração. Todo ato depolícia é imperativo

(obrigatório), admitindo atémesmo o emprego da força

pública para seu cumprimento.

Autoexecutoriedade: decidire executar diretamente suadecisão sem a intervenção

do Judiciário. AAdministração impõe

medidas ou sanções depolícia administrativa

necessárias à contenção deatividade antissocial.

Executoriedade  – aAdministração pode realizar

diretamente a execuçãoforçada, usando, se for o caso,da força pública para obrigarao cumprimento da decisão,configurando assim o uso de

meios diretos de coação.

Exigibilidade - a Administraçãose vale de meios indiretos decoação. Exemplo: Não poderlicenciar o veículo enquanto

não pagar multas.

Como exemplo de falha da autoexecutoriedade, temos a

cobrança de multas, impostos e tributos aos quais não se aplica o

poder de polícia, já às taxas sim, podendo ser aplicado em forma

de multa.

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DIVISÃO DE POLÍCIA

O poder de polícia reparte-se entre o Legislativo e o Executivo. O Legislativo, no exercício do poderde polícia que incumbe ao Estado, cria por lei as chamadas limitações administrativas ao exercício dasliberdades individuais. A Administração Pública (leia-se Executivo) regulamenta essas leis e controla suaaplicação, preventiva ou repressivamente.

Pode-se dizer também que o poder de polícia que o Estado exerce pode incidir em duas áreas de

atuação estatal:

D C A

DISCRICIONARIEDADE COERCIBILIDADE AUTOEXECUTORIEDADE

PolíciaAdministrativa 

Atuam sobre bens, direitos eatividades.

Direito Administrativo.

Inicia e encerra sua atividade naAdministração.

Qualquer setor em que as normasde polícia se fazem sentir. Ex.:

Polícia Rodoviária, Polícia Militar...

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ABUSO DE PODER

O uso do poder é a utilização normal das prerrogativas administrativas, dentro da legalidade e dalegitimidade, respeitados os princípios que regem a Administração.

Nesse sentido, o abuso de poder acontece quando a autoridade, mesmo quando competente paraa prática do ato, não atua nos limites da legalidade ou se desvia das finalidades administrativas, tornando oexercício ilegítimo.

Destaca-se ainda que o termo “abuso de poder” é classificado pela doutrina como um termogenérico que se divide em duas espécies conceituadas como desvio de poder e excesso de poder, cujascaracterísticas principais estão elencadas a seguir.

POLÍCIAJUDICIÁRIA 

Atua sobre pessoas.

Direito penal / processual.

Inicia na Administração e prepara aatuação dos órgãos jurisdicionais.

É privativa de corporaçõesespecializadas. Ex.: Polícia Civil e

Polícia Federal.

ABUSO DEPODER

EXCESSO DEPODER

O excesso de poder ocorre quando a autoridade, emboracompetente para praticar o ato, vai além do permitido e se

exorbita no uso de suas faculdades administrativas . O excessode poder torna o ato arbitrário, ilícito e nulo.

DESVIO DEPODER

O desvio de finalidade ou de poder se verifica quando aautoridade, embora atuando nos limites de sua competência,pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados

pela lei ou exigidos pelo interesse público. O desvio de finalidadeou de poder é causa de nulidade dos atos administrativos.

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Omissão da Administração

Representa a inércia da Administração retardando o ato ou fato que deva praticar. É abuso depoder, que enseja correção judicial e indenização do prejudicado. Isto porque a omissão caracteriza abuso

de poder em virtude do poder-dever de agir da Administração Pública, quando a lei assim o determina.Ressalte-se que a omissão não é ato administrativo, mas a ausência de manifestação de vontade do poderpúblico. Caso a autoridade administrativa deixe de executar determinada prestação de serviço a que por leiestá obrigada e, consequentemente, lese o patrimônio jurídico individual, a inércia de seu comportamentoconstitui forma omissiva do abuso de poder.

Abuso de Poder é gênero do qual fazem parte duasespécies: excesso de poder e desvio de poder.

No primeiro caso, o agente extrapola o limite de suafunção e, no segundo, o agente desvia a finalidade doato, que acaba por não atender ao interesse público,

ao qual está vinculado.

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Capítulo IV - Deveres e Poderes Administrativos

QUESTÕES

1 - ( Prova: Aroeira - 2014 - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil ) Determinado servidor público se apresentavarotineiramente atrasado para o serviço. Diante disso, seu superior instaurou processo administrativo

para apurar a situação e, comprovada a impontualidade, após o exercício do contraditório e ampla

defesa, aplicou-lhe uma sanção administrativa.

A situação descrita constitui manifestação do poder

a) disciplinar

b) discricionário.

c) revisor.

d) regulamentar.

2 - (Prova: VUNESP - 2014 - TJ-RJ - Juiz Substituto ) No direito administrativo brasileiro, o poder de polícia 

a) é veiculado por meio de atos concretos e específicos, jurídicos ou materiais, sendo vedado o seu

exercício por meio de atos normativos de alcance geral.

b) pode ensejar ao particular, em virtude de seu descumprimento, sanções de ordem penal, podendo

responder pelos crimes de resistência, desobediência ou desacato.

c) não autoriza a aplicação de sanções, tais como demolição de construção, fechamento de

estabelecimento ou destruição de objetos, sem a intervenção do Judiciário.

d) manifesta-se primordialmente de forma repressiva, ficando o exercício da forma preventiva a cargo dapolícia judiciária.

3 - (Prova: VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros ) A Administração Pública,

em razão da recente emissão de uma certidão de dívida ativa contra um contribuinte, e porque se

encontra na iminência de distribuição de uma ação de execução fiscal, envia solicitação ao Cartório de

Registro de Imóveis de bloqueio da matrícula de imóvel do respectivo contribuinte.

a) Não se pode acusar a Administração Pública de desvio de finalidade porque lhe compete a satisfação doscréditos constituídos, no entanto, a situação relatada é ilegal porque apenas por determinação judicial é

que poderia haver o respectivo bloqueio.

b) Houve desvio de finalidade por parte da Administração Pública ao praticar atos incompatíveis com os finsque poderia alcançar nos termos de suas competências públicas.

c) A Administração Pública agiu corretamente porque ponderou os interesses em conflito – o seu direito decrédito e o direito de propriedade do contribuinte  – e concluiu pela necessidade da medida descrita emrazão dos interesses que ela representa, isto é, o interesse público.

d) A Administração Pública cumpre com o regime jurídico- administrativo; a única restrição que existe émesmo a necessidade de o bloqueio fundamentar-se em decisão judicial, por isto é que se torna passível de

invalidação no caso concreto.

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4 - ( Prova: FCC - 2014 - TJ-CE - Juiz / Direito Administrativo ) N ÃO é medida de polícia administrativa, no

sentido estrito da expressão, a:

a) imposição de contrapropaganda pelo órgão de defesa do consumidor, ao fornecedor que incorrer na

prática de propaganda enganosa ou abusiva.b) imposição de imunização obrigatória às populações sujeitas a determinada moléstia epidêmica.c) aplicação de sanção a condenado em pena privativa de liberdade, por promover motim noestabelecimento penitenciário.d) medida restritiva imposta pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a atos deconcentração econômica.e) liquidação extrajudicial de instituição financeira, determinada pelo Banco Central.

5 - ( Prova: VUNESP - 2014 - DESENVOLVESP –  Auditor ) Quanto aos poderes dos administradores públicos,

pode-se afirmar que:

a) o poder de polícia somente pode ser exercido de maneira discricionária.b) o poder disciplinar caracteriza-se pela discricionariedade, podendo a administração escolher entreaplicar ou não sanções ante a falta praticada pelo servidor.c) uma empresa pública estadual está ligada a um Estado- membro por uma relação de subordinaçãodecorrente da hierarquia.d) no exercício do poder regulamentar, a administração não pode criar direitos, obrigações, proibições,medidas punitivas, devendo limitar-se a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumpridae) uma autarquia estadual está ligada a um Estado-membro por uma relação de subordinação decorrenteda hierarquia.

6 - ( Prova: VUNESP - 2014 - DESENVOLVESP - Auditor ) Com relação aos poderes administrativos, pode-se

afirmar que:

a) no exercício do poder regulamentar, o chefe do poder executivo só pode disciplinar e alterar, mediantedecreto, as leis que tenham sido originariamente propostas por ele.b) o poder de polícia não pode ser delegado a pessoas de direito privado, ainda que sejam integrantes daAdministração Pública, pois elas não são dotadas do poder de império necessário ao desempenho daatividade de polícia administrativac) o poder disciplinar é exercido de modo vinculado, pois, diante de infrações funcionais praticados por

servidor, a administração não possui discricionariedade no ato de escolha da penalidade que deve seraplicada, devendo ater-se aos rígidos comandos estabelecidos em lei.d) o poder disciplinar é exercido de modo discricionário, pois, diante de infrações funcionais praticados porservidor, a administração possuiu a faculdade de apurar ou não a conduta faltosa, além de igual faculdadede aplicar ou não a sanção, segundo a oportunidade e conveniência que regem a Administração Pública.e) mesmo cabendo ao Poder Executivo o controle de recursos públicos, inexiste hierarquia entre membrosque compõem os Poderes Judiciário e Legislativo no exercício das funções jurisdicionais e legislativas, vistoque o fazem sem relação de subordinação ou comando.

7 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Considere que a prefeitura de determinado município

tenha concedido licença para reforma de estabelecimento comercial. Nessa situação hipotética, assinalea opção em que se explicita o poder da administração correspondente ao ato administrativo praticado,

além das classificações que podem caracterizá-lo.

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a) poder de polícia, ato unilateral e vinculadob) poder hierárquico, ato unilateral e vinculadoc) poder disciplinar, ato bilateral e discricionáriod) poder de polícia, ato bilateral e discricionárioe) poder disciplinar, ato unilateral e discricionário

8 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) A respeito dos poderes da administração, assinale a

opção correta.

a) A delegação de atribuições de um órgão público para outra pessoa jurídica configura exemplo dedesconcentração administrativa.b) Ao tomar conhecimento da ocorrência de infração disciplinar, a administração deve, em um primeiromomento, avaliar a conveniência e oportunidade da instauração de processo administrativo.c) O poder regulamentar é prerrogativa conferida à administração pública para expedir normas de carátergeral, em razão de eventuais lacunas, com a finalidade de complementar ou modificar a lei.d) Em respeito ao princípio da separação dos poderes, o Congresso Nacional não pode sustar ato normativodo Poder Executivo.e) Um dos meios pelo quais a administração exerce seu poder de polícia é a edição de atos normativos decaráter geral e abstrato.

9 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Assinale a opção correta no que se refere aos poderes

e deveres dos administradores públicos.

a) Caracteriza-se desvio de finalidade quando o agente atua além dos limites de sua competência,

buscando alcançar fins diversos daqueles que a lei permite.b) Há excesso de poder quando o agente, mesmo que agindo dentro de sua competência, exerce atividadesque a lei não lhe conferiu.c) Em caso de omissão do administrador, o administrado pode exigir, por via administrativa ou judicial, aprática do ato imposto pela lei.d) No exercício do poder hierárquico, os agentes superiores têm competência, em relação aos agentessubordinados, para comandar, fiscalizar atividades, revisar atos, delegar, avocar atribuições e ainda aplicarsanções.e) O poder de agir da administração refere-se à sua faculdade para a prática de determinado ato deinteresse público.

10 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Considere que a prefeitura de determinado

município tenha concedido licença para reforma de estabelecimento comercial. Nessa situação

hipotética, assinale a opção em que se explicita o poder da administração correspondente ao ato

administrativo praticado, além das classificações que podem caracterizá-lo.

a) poder disciplinar, ato bilateral e discricionáriob) poder de polícia, ato bilateral e discricionárioc) poder disciplinar, ato unilateral e discricionáriod) poder de polícia, ato unilateral e vinculadoe) poder hierárquico, ato unilateral e vinculado

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11 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário  ) A respeito dos poderes da administração, assinale a

opção correta.

a) Em respeito ao princípio da separação dos poderes, o Congresso Nacional não pode sustar ato normativo

do Poder Executivo.b) Um dos meios pelo quais a administração exerce seu poder de polícia é a edição de atos normativos decaráter geral e abstrato.c) A delegação de atribuições de um órgão público para outra pessoa jurídica configura exemplo dedesconcentração administrativa.d) Ao tomar conhecimento da ocorrência de infração disciplinar, a administração deve, em um primeiromomento, avaliar a conveniência e oportunidade da instauração de processo administrativo.e) O poder regulamentar é prerrogativa conferida à administração pública para expedir normas de carátergeral, em razão de eventuais lacunas, com a finalidade de complementar ou modificar a lei.

12 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário) Assinale a opção correta no que se refere aospoderes e deveres dos administradores públicos.

a) Em caso de omissão do administrador, o administrado pode exigir, por via administrativa ou judicial, aprática do ato imposto pela lei.b) No exercício do poder hierárquico, os agentes superiores têm competência, em relação aos agentessubordinados, para comandar, fiscalizar atividades, revisar atos, delegar, avocar atribuições e ainda aplicarsanções.c) O poder de agir da administração refere-se à sua faculdade para a prática de determinado ato deinteresse público.d) Caracteriza-se desvio de finalidade quando o agente atua além dos limites de sua competência,

buscando alcançar fins diversos daqueles que a lei permite.e) Há excesso de poder quando o agente, mesmo que agindo dentro de sua competência, exerce atividadesque a lei não lhe conferiu.

13 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário ) No tocante aos poderes da administração pública,

assinale a opção correta.

a) O poder disciplinar é aquele exercido pela administração pública para apurar infrações e aplicarpenalidades aos servidores públicos e aos empregados terceirizados que lhe sejam subordinados.b) O poder de polícia, em sentido amplo, estende-se à atividade do Estado de condicionar a liberdade e a

propriedade, ajustando-as aos interesses coletivos, o que abrange os atos do Judiciário, do Legislativo e doExecutivo.c) Na hipótese de o presidente da República editar decreto que exorbite do poder regulamentar, é possívela sustação do referido ato normativo do Poder Executivo pelo Congresso Nacional.d) Caso um agente público atue fora dos limites de sua competência, ficarão caracterizados tanto o excessoquanto o desvio de poder.e) Decorre do poder hierárquico a possibilidade de delegação da edição de atos de caráter normativo,devendo o ato de delegação ser publicado em meio oficial.

14 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário ) Em relação aos poderes administrativos, assinale a

opção correta.

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a) As prerrogativas do Poder Legislativo incluem a sustação dos atos normativos do Poder Executivo queexorbitem do poder regulamentar.b) O poder discricionário não é passível de controle pelo Poder Judiciário.c) O desvio de poder configura-se quando o agente atua fora dos limites de sua competênciaadministrativa.d) Nenhum ato inerente ao poder de polícia pode ser delegado, dado ser expressão do poder de império doEstado.e) O poder hierárquico restringe-se ao Poder Executivo, uma vez que não há hierarquia nas funçõesdesempenhadas no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário.

15 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros) A respeito dos poderes

administrativos, assinale a opção correta.

a) Desde que haja previsão legal, é possível o exercício do poder de polícia, em especial a realização de atoscoercitivos, por pessoa jurídica da iniciativa privada não integrante da administração pública.

b) O poder disciplinar e o hierárquico fundamentam a aplicação de sanção administrativa a particular que,contratado pela administração, descumpra obrigações contratuais.c) Insere-se no âmbito do poder regulamentar a competência privativa, não passível de delegação, dopresidente da República para expedir decretos para a fiel execução das leis.d) A interdição de estabelecimentos comerciais, a apreensão de mercadorias e a detenção de pessoas sãoexemplos de atos praticados pela administração pública no âmbito do poder de polícia.e) Dada a relação de hierarquia existente entre a União e autarquia federal, é possível a delegação a esta departe da competência daquela, quando conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social,econômica, jurídica ou territorial.

16 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros ) No que concerne aos atos

administrativos, assinale a opção correta.

a) É possível a revogação de ato administrativo enunciativo, como uma certidão, caso o ato sejaconveniente e oportuno para a administração pública.b) Caso o particular obtenha licença para construir e deixe de cumprir as condições que a lei exige paratanto, deve a administração extinguir o referido ato administrativo por meio de cassação.c) Incorre no vício de desvio de poder o agente público que exceda os limites de sua competência ao aplicara subordinado penalidade além dos imites de sua alçada.d) A imposição e a execução de multa estabelecida pela administração pública a particular independem dedecisão judicial, dado o atributo da autoexecutoriedade dos atos administrativos.e) A falta de motivação do ato administrativo configura vício insanável, visto que atinge o elemento motivo,

indispensável às ações da administração pública.

17 - ( Prova: CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros ) Com relação aos poderes

administrativos, assinale a opção correta.

a) A polícia administrativa realiza atividades fiscalizatórias e repressivas e suas ações incidem sobre bens,serviços e pessoas.b) Ao buscar uma finalidade, ainda que de interesse público, alheia à categoria do ato que utilizou, o agentepúblico competente incorre em excesso de poder.c) Os atos administrativos praticados no exercício do poder de polícia não são suscetíveis de controle

 judicial, uma vez que se caracterizam por coercibilidade e autoexecutoriedade.

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d) A atividade da administração pública que, mediante atos normativos ou concretos, limita ou condicionaa liberdade e a propriedade dos indivíduos, de acordo com o interesse coletivo, refere-se ao exercício dopoder regulamentar.e) A avocação e a delegação de competência são atos administrativos praticados no exercício do poderhierárquico da administração pública.

18 - ( Prova: FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário) Considere as afirmações abaixo.

I.  O poder disciplinar não abrange as sanções impos- tas a particulares não sujeitos à disciplina internada Administração.

II. 

Os órgãos consultivos, embora incluídos na hierar- quia administrativa para fins disciplinares, fogem àrelação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções.

III. A discricionariedade existe, ilimitadamente, nos procedimentos previstos para apuração da faltafuncional, pois os Estatutos funcionais não estabelecem regras rígidas como as que se impõem na

esfera criminal.

A propósito dos poderes disciplinar e hierárquico, está correto o que se afirma em :a) III, apenas.b) I, II e III.c) I e II, apenas.d) II, apenas.e) I e III, apenas.

19 - ( Prova: CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública ) Considere que, durante uma

fiscalização, fiscais do DF tenham encontrado alimentos com prazo de validade expirado na geladeira de

um restaurante. Diante da ocorrência, lavraram auto de infração, aplicaram multa e apreenderam esses

alimentos. Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens subsecutivos.

A aplicação de multa ao estabelecimento comercial decorre do poder disciplinar da administração

pública.

( ) Certo ( ) Errado

20 - ( Prova: CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública ) Diante do risco à saúde da

população, as mercadorias com prazo de validade expirado poderão ser imediatamente apreendidas,

mesmo antes da abertura de processo administrativo e sem prévio contraditório do proprietário doestabelecimento.

( ) Certo ( ) Errado

21 - ( Prova: FCC - 2014 - TJ-AP - Juiz) No que tange ao exercício do poder de polícia,

é INCORRETO afirmar: 

a) É constitucional a cobrança, pelos Municípios, de taxa de prevenção e combate a incêndio, comocontraprestação a serviço essencial, específico e divisível que seja prestado pela municipalidade a essetítulo.

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b) Não configura limitação ao tráfego de bens vedada pela Constituição Federal a apreensão demercadorias, quando desacompanhadas de documentação fiscal idônea, bem como sua retenção até acomprovação da legitimidade de sua posse pelo proprietário.c) É inconstitucional a cobrança de taxa pela utilização efetiva ou potencial de serviço público de segurança,ainda que tal serviço seja solicitado por particular, para sua segurança ou a de terceiros, em evento abertoao público.d) A edição, pelo Estado-membro, de norma regulamentando o serviço de fretamento de ônibus parafinalidade turística viola a Constituição Federal, pois invade competência privativa da União para legislarsobre trânsito e transporte.e) Para cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia, não é necessária a comprovação de efetivavistoria da atividade fiscalizada, bastando o funcionamento de órgão competente e apto a exercer afiscalização.

22 - ( Prova: PM-RO - 2014 - PM-RO –  Sargento ) Segundo o Direito Administrativo Brasileiro, julgue os

itens subsequentes.

Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito,interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse públicoconcernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, aoexercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, àtranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.( ) Certo ( ) Errado

23 - ( Prova: FCC - 2014 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho ) É tradicional a distinção entre polícia

 judiciária e polícia administrativa. Dentre os critérios que permitem distinguir as duas modalidades de

exercício do poder estatal por agentes públicos, é correto afirmar que a polícia judiciária

a) age somente repressivamente e a polícia administrativa age somente preventivamente.b) age sempre de maneira vinculada e a polícia administrativa atua sempre de maneira discricionária.c) é privativa de corporações especializadas e a polícia administrativa é exercida por vários órgãosadministrativos.d) é exercida com autoexecutoriedade e a polícia administrativa é exercida com coercibilidade.e) atua exclusivamente com base no princípio da tipicidade e a polícia administrativa atua exclusivamentecom base no princípio da atipicidade.24 - ( Prova: CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo ) No que concerne aos poderes

administrativos, julgue os itens subsequentes.

Há exigibilidade de taxas em razão do efetivo exercício do poder de polícia.( ) Certo ( ) Errado

25 - ( Prova: CEPERJ - 2014 –   Rio previdência - Assistente Previdenciário) Nos termos das normas

constitucionais federais sobre tributação, as taxas podem decorrer:

a) de melhorias relacionadas a obras públicasb) da mesma base de cálculo própria dos impostosc) do poder de polícia estatal

d) de critérios pessoais de ?xaçãoe) da tributação de renda das pessoas

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26 - ( Prova: VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia) Ao exercício do poder de polícia são inerentes

certas atividades que podem ser sumariamente divididas em quatro grupos: I  –  legislação; II  – 

consentimento; III – fiscalização; e IV – sanção. Nessa ordem de ideias, é correto afirmar que o particular 

a) pode exercer apenas as atividades de consentimento e de sanção, por não serem típicas de Estado.b) somente pode exercer, por delegação, a atividade de fiscalização, por não ser típica de Estado.c) pode exercer, por delegação, as atividades de consentimento e fiscalização, por não serem típicas deEstado.d) pode exercer, por delegação, quaisquer das atividades inerentes ao poder de polícia, pois não setraduzem em funções típicas de Estado.e) pode exercer, por delegação, o direito de impor, por exemplo, uma multa por infração de trânsito ecobrá-la, inclusive, judicialmente.

27 - ( Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado) José da Silva é o chefe do Departamento de

Pessoal de uma Secretaria de Estado. Recentemente, José da Silva avocou a análise de determinada

matéria, constante de processo administrativo inicialmente distribuído a João de Souza, seusubordinado, ao perceber que a questão era por demais complexa e não vinha sendo tratada com

prioridade por aquele servidor.

Ao assim agir, José da Silva fez uso

a) do poder hierárquico.b) do poder disciplinar.c) do poder discricionário.d) da teoria dos motivos determinantes.

28 - ( Prova: CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Do poder de polícia decorrem

faculdades implícitas para o administrador, tais como a de dar ordens e fiscalizar o seu cumprimento; a

de delegar e avocar atribuições e a de rever os atos dos administrados.

( ) Certo ( ) Errado

29 - ( Prova: CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo ) Como regra, tem competência

exclusiva para exercer o poder de polícia a entidade que dispõe de poder para regular a matéria;

excepcionalmente, pode haver competências concorrentes na regulação e no policiamento.

( ) Certo ( ) Errado

30 - (Prova: FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico ) Rodrigo é proprietário de um mercado de

bairro de pequeno porte. O comércio recebeu fiscalização de agentes da vigilância sanitária, que

encontraram produtos com prazos de validade vencidos. Foi lavrado auto de infração, aplicada multa e

Rodrigo foi encaminhado para a delegacia. Toda a mercadoria vencida (alimentos nocivos ao consumo

público) foi apreendida e destruída (preservado um exemplar de cada, que foi encaminhado à perícia).

Rodrigo não se conforma com a apreensão e a inutilização dos produtos. Ao buscar orientação jurídica,

foi-lhe esclarecido que o ato administrativo de destruição dos alimentos nocivos ao consumo público foi :

a) correto, em razão do regular uso do poder de polícia, cuja prerrogativa ou característica da

autoexecutoriedade permitiu a imediata execução do ato, sem necessidade de prévia manifestação judicial.

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b) correto, em razão do regular uso do poder de polícia, cuja prerrogativa ou característica dadiscricionariedade permitiu a imediata execução do ato, sem necessidade de prévia manifestação judicial.c) errado, porque houve abuso no uso do poder de polícia, uma vez que a destruição de alimentos nocivosao consumo público deveria ser precedida de autorização judicial pelo princípio da inafastabilidade docontrole jurisdicional.d) errado, porque houve abuso no uso do poder de polícia, uma vez que a destruição de alimentos nocivosao consumo público deveria ser precedida de regular processo administrativo, observados o contraditório eampla defesa.e) errado, porque, embora a fiscalização fosse legítima pelo uso do poder de polícia, a apreensão demercadorias deveria ter sido precedida de autorização judicial.

31 - (Prova: Gestão de Concursos - 2014 - TJ-MG - Juiz ) A expressão “Poder de Polícia da Administração

Pública” comporta dois sentidos, um amplo, outro estrito. Em sentido amplo, poder de polícia significa

toda e qualquer ação restritiva do Estado em relação aos direitos individuais.Assinale a alternativa que define CORRETAMENTE o “Poder de Polícia da Administração Pública” em

sentido estrito.

a) É o exercido, observado o bom-senso do administrador, independente de previsão legal, no interesse dacoletividade.b) É a prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza a administração pública a restringir o usoe o gozo da liberdade e da propriedade em favor do interesse da coletividade.c) É aquele exercido, observadas as regras estabelecidas pelo administrador, restringindo direitosindividuais no interesse coletivo.d) É o exercido com o objetivo de preservar o interesse da coletividade, independentemente de qualquernorma de ordem constitucional ou infraconstitucional.

32 - (Prova: CESGRANRIO - 2014 - EPE - Advogado) Determinado agente público pratica um ato em fase

executória considerado abusivo.

Na teoria dos poderes e deveres dos agentes públicos, o abuso deve incidir sobre atos administrativos,

EXCETO os;

a) discricionáriosb) vinculadosc) legaisd) omissivose) comissivos

33 - ( Prova: VUNESP - 2014 - CAMARA-SJC - Analista Legislativo ) São atributos do poder de polícia: 

a) legitimidade e moralidade.b) legalidade e imperatividade.c) discricionariedade e autoexecutoriedade.d) vinculação e coercibilidade.e) positividade e proporcionalidade.

34 - ( Prova: CESPE - 2014 - MTE - Agente Administrativo ) Acerca da disciplina do funcionalismo público no

Brasil, julgue os itens subsequentes no que tange à disciplina constitucional e à Lei n.º 8.112/1990.

O administrador público que age fora dos limites de sua competência atua com desvio de poder.( ) Certo ( ) Errado

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35 - ( Prova: IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Sobre o poder disciplinar,

é incorreto afrmar:

a) Decorre do poder hierárquico, constituindo atividade administrativa vinculada, tendente a apurar e punir

condutas tipifcadas como ilícitos administrativosb) Na sistemática da Lei 8112/1990, a autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público éobrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar,podendo haver a delegação de competência específca para tal fnalidade, em caráter permanente outemporário.c) A independência das instâncias permite que a prática de um mesmo fato possa ser sancionadaconjuntamente nas esferas penal e administrativa, sem que isso caracterize bis in idem.d) O regime disciplinar dos Notários e Registradores do Estado do Paraná (Lei Estadual 14277/2003) prevêas sanções de repreensão e multa para o caso de faltas leves, que têm prazo prescricional de 03 (três) anos.

36 - ( Prova: IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros) O balizamento ou a limitação

dos direitos e liberdades individuais pela Administração Pública, em prol do interesse público,fundamenta-se no poder:

a) Disciplinarb) Regulamentar.c) De Polícia.d) Hierárquico.

37 - ( Prova: CESPE - 2014 - MTE - Contador ) A propósito do regime disciplinar aplicável aos servidores

públicos federais e dos poderes administrativos, julgue o item a seguir.

Considere que, durante fiscalização realizada por auditor fiscal do trabalho, tenha sido constatada a

inexistência de prévia aprovação das instalações de determinada empresa pelo órgão competente.Diante disso, o auditor lavrou auto de infração e aplicou multa à empresa. Nessa situação, restacaracterizado o poder de polícia da administração pública, o qual pode, também, ter o seu exercíciodelegado a pessoas jurídicas de direito privado.

( ) Certo ( ) Errado

38 - ( Prova: TRT 3R - 2014 - TRT - 3ª Região (MG) - Juiz do Trabalho ) Quanto aos poderes administrativos

é correto afirmar:

a) O poder de polícia é uma faculdade punitiva da Administração que abrange exclusivamente as infraçõesadministrativas.b) O poder discricionário legitima ao administrador público a liberdade de escolha, da conveniência, daoportunidade e do conteúdo do ato.c) O poder vinculado não impõe ao agente público qualquer restrição aos preceitos legais, dando- lheliberdade de ação.d) O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, controlar, coordenar e corrigir as atividadesadministrativas nos âmbitos interno e externo da administração pública.e) O poder regulamentar é um imperativo posto para todos os chefes do Executivo, em todas as instânciase esferas, para explicitar e dar correta interpretação da lei.

39 - ( Prova: CESPE - 2014 - SUFRAMA - Agente Administrativo ) A legislação concede à administração

poderes extraordinários, necessários para que o Estado alcance os seus fins. Em relação aos poderes daadministração pública, julgue os itens seguintes.

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Em decorrência do poder de polícia, a administração pode condicionar ou restringir os direitos de

terceiros, em prol do interesse da coletividade.

( ) Certo ( ) Errado

40 - ( Prova: CESPE - 2014 - SUFRAMA - Agente Administrativo) A legislação concede à administraçãopoderes extraordinários, necessários para que o Estado alcance os seus fins. Em relação aos poderes da

administração pública, julgue os itens seguintes.

Poder regulamentar é o poder que a administração possui de editar leis, medidas provisórias, decretos e

demais atos normativos para disciplinar a atividade dos particulares.

( ) Certo ( ) Errado

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GABARITO

01 – A 09 – C 17 – E 25 – C 33 – C

02 – B 10 – D 18 – C 26 – C 34 – E

03 – B 11 - B 19 – E 27 – A 35 – D04 – C 12 – A 20 – C 28 – E 36 – C

05 – D 13 – C 21 – D 29 – C 37 – E

06 – E 14 – A 22 – C 30 – A 38 – B

07 – A 15 – C 23 – C 31 – B 39 – C08 - E 16 – B 24 - C 32 - D 40 - E

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Capítulo V

ATOS ADMINISTRATIVOS

INTRODUÇÃO

Para se entender o conceito de ato administrativo, é preciso primeiro situar o termo, distinguindo-o

do conceito de fato, jurídico e/ou administrativo. O fato jurídico é aquele que ocorre independente da

vontade humana e produz efeitos que, de alguma forma, estão previstos na norma legal, gerando, por

conseguinte, efeitos jurídicos. O fato administrativo é também independente da conduta volitiva do

homem, contudo seus efeitos repercutem diretamente na esfera do Direito Administrativo. Podemos citar,

como exemplo, a ocorrência de uma enchente (fato decorrente de um fenômeno natural, independente da

vontade humana) que inutiliza equipamentos pertencentes ao serviço público. Obviamente, tal fato produzefeitos diretos no âmbito da Administração. Conquanto, se o fato ocorrido não produzir qualquer efeito

 jurídico na esfera administrativa, estaremos diante de um fato da administração. É só pensarmos na mesma

enchente, que não teve qualquer consequência no âmbito do Direito Administrativo.

Partindo de tais premissas, passemos a conceituar o ato em si. O ato jurídico, diferentemente do

fato, emana da vontade do homem e tem como resultado a produção de efeitos jurídicos. Neste caso, a

parte pratica o ato intencionalmente, visando à ocorrência de determinados efeitos. Nesse sentido, o ato

da Administração é gênero que abrange os atos praticados por um ou mais agentes no exercício da função

administrativa. Logo, como espécie de ato da administração há o ato administrativo, sobre o qual

trataremos a seguir.

CONCEITO

Segundo o Professor Hely Lopes Meirelles, “Ato Administrativo é toda manifestação unilateral de

vontade da Administração Pública, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar,

extinguir e declarar direitos, ou impor obrigação aos administrados ou a si própria”. A definição é muito

próxima daquela dada para o ato jurídico, e não poderia ser diferente, pois o ato administrativo nada mais

é do que uma espécie de ato jurídico. Cumpre mencionar que, para que seja qualificado como ato

administrativo, é necessário que a Administração atue no exercício da função administrativa e na qualidadede Poder Público, sobrepondo-se aos interesses privados a fim de atingir o interesse da coletividade, em

atenção ao princípio da supremacia do interesse público. Deve ainda ser proferido por agente legalmente

investido para o ato, bem como estar em estrita consonância com o determinado por lei. Tais

características são requisitos de validade do ato administrativo, dos quais trataremos a seguir.

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REQUISITOS DE VALIDADE OU ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO Os elementos do ato administrativo constituem e estruturam o ato proferido pelo Poder Público,

além de conferirem a qualidade jurídica necessária para ser considerado válido no mundo jurídico. Nesse

sentido, para que um ato seja válido e insuscetível de anulação, é necessário que sejam isentos de vícios

(defeitos). Ato Legal e Perfeito é o ato administrativo completo em seus requisitos e eficaz em produzir

seus efeitos.

Nesse contexto, os cinco elementos que o compõem são: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e

Objeto.  A competência, finalidade e forma sempre serão vinculadas. Já o motivo e o objeto podem ser

discricionários ou vinculados. 

Competência 

A competência é aquela atribuída por lei ao agente para desempenhar suas atividades funcionais. É

possível sua delegação ou avocação, salvo quando exclusiva. É sempre vinculado, ou seja, a lei determina

quem é competente. A competência é irrenunciável ou é inderrogável pela vontade da Administração ou de

terceiros. Isto porque a competência é dada à autoridade pública para ser exercida no interesse público, e

não no interesse da própria autoridade.

Por tudo isso, a inobservância da capacidade atribuída pela lei ao agente para a prática do ato

acarreta a invalidade do mesmo por vício de competência e tal irregularidade pode ocorrer nas seguintes

formas: excesso de poder, que ocorre quando a competência é exercida pelo agente público além dos

limites traçados pela lei; função de fato, que ocorre quando a pessoa que pratica o ato está irregularmente

investida no cargo, emprego ou função, mas sua situação tem toda a aparência de legalidade; usurpação de

função, que ocorre quando a pessoa praticante do ato se apossa do exercício das atribuições de um agente

público sem ter essa qualidade. 

Em síntese, temos: 

Requisitos de validade

COFIFOMOOB

Competência Finalidade Forma Motivo Objeto

COMPETÊNCIA

atribuída por lei Agente

Exclusiva:

irrenunciável

Demais casos: pode seravocada ou delegada

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Finalidade

A finalidade diz respeito ao fim que se busca obter com a prática do ato, devendo ter sempre como

objetivo a satisfação do interesse público. Caracteriza-se por ser necessariamente vinculada. Nesse sentido,

todo o ato administrativo, para ser válido, deve ter por fim a satisfação do interesse coletivo. Comoexemplo, pode-se citar o ato de remoção de um serventuário do Poder Judiciário com o fim de suprir a

demanda de serviço em outra comarca determinada. Perceba que o fim de tal ato é garantir a prestação do

serviço mais adequado à demanda de determinada região. O ato, assim, visa a atender o interesse coletivo

daquela comarca, tendo por fim o interesse público.

Forma 

A forma é o meio de exteriorização do ato. Em geral, este possui a forma escrita, mas admite-se

outras formas (visuais, sonoras etc). É sempre vinculado. Como exemplo de forma escrita, podem-se citar

os decretos, portarias, circulares, regulamentos, entre outros. A título de curiosidade, podemos

exemplificar como forma visual do ato administrativo o semáforo (sinal de trânsito), que, através das cores,

impõe limites aos motoristas e pedestres e, como exemplo, de forma sonora, os sons produzidos pelo apito

dos guardas de trânsito, que transmitem comandos aos motoristas em via pública, ou mesmo a sirene de

uma ambulância.

Motivo 

É a situação de fato ou de direito que justifica a edição do ato. Ou seja, o que levou o agente a

decidir o ato. Pode ser vinculado ou discricionário (quando a lei deixa para o agente a análise quanto à

existência do motivo e a valoração quanto à oportunidade e conveniência da prática do ato). Cabe lembrar

que o elemento motivo não se confunde com a motivação do ato. O motivo antecede o ato.

Porém, se inexistente ou inadequado: o ato deve ser anulado. Como exemplo, podemos citar o ato

de concessão de licença-paternidade, que tem por motivo o nascimento do filho do servidor.

Finalidade interesse público

FORMAMeio de

exteriorização do ato

Escrito(mais comum)

Visual

(semáforo)

Sonoro(sirene)

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Objeto 

O objeto corresponde ao efeito jurídico imediato que o próprio ato produz. Pode ser vinculado ou

discricionário. Representa a essência do ato em si. Por exemplo, no caso da licença-paternidade, o objeto

do ato é a própria licença.

O vício no objeto ou vício do objetopode aparecer expresso na prova das

seguintes formas: Ilegalidade do objeto,

impossibilidade do objeto e incerteza do

objeto. 

EXEMPLO GERAL:

O prefeito desapropriou uma terra improdutiva para criar uma escola, com o objetivo de prover

ensino público para as crianças locais.

MOTIVO

situação de fato oude direito

 justifica a criação do ato

anterior ao ato em si

OBJETO

Resultado imediato do ato

Discricionário ou vinculado

Competência: prefeito (agente).

Finalidade: prover o ensino público para as crianças.

Forma: decreto expropriatório (escrito).

Motivo: construção de uma escola.

.

Objeto: Desapropriação do terreno.

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Teoria dos Motivos Determinantes

Como regra, todos os atos administrativos devem ser motivados, à exceção do ato discricionário,que permite a utilização do critério de conveniência e oportunidade pela Administração. Conformemencionado, o motivo corresponde à situação de fato ou de direito que enseja a edição do ato. Já amotivação se vincula  necessariamente aos motivos indicados como seu fundamento. Nesse sentido, aTeoria dos Atos Determinantes  tem como base a motivação dos atos administrativos que, em qualquersituação, passará a integrar o ato. Dessa forma, sendo a motivação apresentada inexistente, falsa ouinadequada ao fim pretendido, a consequência inarredável será a declaração da nulidade do ato. O méritodo ato administrativo consubstancia-se, portanto, na valoração dos motivos e na escolha do objeto do ato,feitas pela Administração incumbida de sua prática, quando autorizada a decidir sobre a conveniência,oportunidade e justiça do ato a realizar.

Cumpre mencionar que, nos casos em que o ato for discricionário, não há a necessidade deexposição dos motivos (motivação), entretanto, se o fizer, este vinculará o ato. Podemos citar comoexemplo a exoneração de cargo em comissão. Em regra, tal cargo é de livre nomeação e livre exoneração,dispensando a motivação para sua prática. Entretanto, se, na edição do ato, o administrador expõe, porexemplo, que a exoneração deverá ocorrer por motivo de excesso de despesa, tal situação passa a vincularo ato. Logo, se a Administração exonera o servidor pelo motivo citado e em seguida contrata novo servidorpara a mesma função, contraria a motivação apresentada, o que torna o ato anulável pelo servidorprejudicado.

Atributos (características)

Tendo em vista a supremacia do interesse público em relação ao particular, é necessário que os

atos administrativos sejam dotados de certas características (atributos), que significam qualidade própria,

não encontrados nos atos de Direito Privado.

MOTIVOÉ a situação de fato ou de

direito que justifica arealização do ato. Pode servinculado ou discricionário.

É o que levou o agente adecidir o ato. Não se

confunde com motivação.

MOTIVAÇÃOÉ a própria exposição,

explicação, justificativa ouexplicitação dos motivos,

isto é, “a demonstração deque os pressupostos de

fato realmente existiram efundamentaram a prática

do ato”. 

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IMPERATIVIDADE

•O ato se impõe a terceiros, criando para estes uma obrigação (dever), independente de concordarem ounão. É a Administração Pública impondo a sua vontade. Não está presente, por exemplo, nos atosadministrativos negociais e enunciativos.

PRESUNÇÃO DELEGITIMIDADE

•Deve-se sempre presumir que o ato administrativo foi editado de acordo com a lei. É relativo, pois podeser comprovada  juris tantum a ilegalidade do ato. Está presente em todos os atos, mas enquanto ailegalidade não for verificada, o ato permanecerá produzindo efeitos normalmente. Cumpre ressaltar quetal presunção não possui caráter absoluto, uma vez que o ato é passível de controle de sua legalidade pelaAdministração e pelo Poder Judiciário.

AUTOEXECUTORIEDADE

•O ato pode ser praticado sem a prévia autorização do Poder Judiciário. Não está presente em todos osatos, como, por exemplo, na execução de multa administrativa, que só poderá ocorrer por via judicial. 

EXIGIBILIDADE(OU COERCIBILIDADE)

•Alguns autores, como a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, entendem que os atos administrativospossuem, ainda, como atributo a exigibilidade, que é a prerrogativa de exigir seu cumprimento, sob

ameaça de sanção. Vai além da imperatividade, pois traz uma coerção para que se cumpra o atoadministrativo. Como exemplo de tal característica, pode-se mencionar a hipótese de dissolução de umapasseata com fim de resguardar o interesse público ou a determinação para que um particular possacortar galhos de uma árvore que ameaçam a segurança da rede elétrica.

TIPICIDADE

•Assim como a exigibilidade, a tipicidade também é característica elencada por alguns doutrinadores,dentre os quais também se encontra a professora Di Pietro, que defendem que a tipicidade é o atributopelo qual o ato deve corresponder a figuras previamente previstas em lei como aptas a produzirdeterminado resultado. Só existe em relação aos atos unilaterais (impostos pela Administração). Nessesentido, o ato deve ser praticado exatamente nos moldes do que fora tipificado na lei.

PAIT

Presunção delegitimidade

(ou legalidade) 

Autoexecutoriedade  Imperatividade  Tipicidade

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CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS:

Segundo Meirelles (2005, p. 163), destacam-se os principais itens de classificação: 

Quanto ao alcance:Atos internos: são aqueles que têm por finalidade produzir efeitos no recesso das repartições administrativas sobre os órgãos eagentes da Administração que os expediram.

Exemplo: licença concedida ao servidor para tratar de assuntos particulares.

Atos externos: são todos aqueles que alcançam os contratantes, os administrados e, em certos casos, os próprios servidores,provendo sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a Administração.

Exemplo: licença para dirigir veículo automotor.

Quanto ao objeto:

Atos de império: de forma coercitiva e unilateral, o Poder Público atua com supremacia sobre o administrado. A administração nogozo da supremacia sobre o particular.

Exemplo: atos de polícia (apreensão de bens).

Atos de gestão: são atos em que o Poder Público se coloca em situação de igualdade com o particular.

Típicos de administração, não gozam de supremacia sobre o particular , pois há patamar de igualdade.Exemplo: locação de imóvel para funcionar repartição pública.

Atos de expediente: são todos aqueles que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam nas repartiçõespúblicas. São de trâmite rotineiro.

Exemplo: anexação de documentos, um visto do serventuário da justiça para andamento do processo.

Quanto aos destinatários:

Atos gerais: destinados a toda sociedade ou pelos menos a todos que se encontram na mesma condição jurídica.

Exemplo: a alteração da alíquota do Imposto de Renda.

Atos individuais: são dirigidos a destinatários certos e criam uma situação jurídica particular. Produzem efeitos no caso concreto.

Exemplo: nomeação; a desapropriação de um prédio (atinge a cada morador, independente do dono ser um ou mais, pois os demaisprédios ao redor não serão afetados).

Quanto ao regramento (ou regrados) 

Atos vinculados: são aqueles que possuem todos os requisitos predeterminados na lei, não oferecendo margem de escolha paraapreciação do administrador.

Exemplo: aposentadoria do servidor, nomeação de cargo efetivo.

Atos discricionários: existem dois requisitos (motivo e objeto) em que a lei oferece, na prática do ato, uma margem de opção aoadministrador; desse modo, este deve fazer sua escolha de acordo com as razões de conveniência e oportunidade, mas semprevisando ao interesse público.

Exemplo: autorização para portar arma de fogo.

Quanto à eficácia

É importante ressaltar os seguintes tipos de atos:

Ato válido: é aquele que atende aos requisitos estabelecidos na lei para produzir efeitos; é o ato que não contém qualquer vício,irregularidade ou ilegalidade. Pode não ser eficaz em virtude de estar sujeito à ocorrência de um evento futuro.

Ato inexistente: é aquele que possui apenas aparência de manifestação de vontade regular da Administração Pública, mas emverdade não produz efeitos. Como exemplo, podemos citar o ato proferido por pessoa que se passa por agente público,usurpando tal função ou a exoneração de servidor falecido, ressaltando-se que a própria morte já extingue a relação jurídica, nãotendo validade o ato proferido.

Ato irregular: é aquele que possui defeitos superficiais.

Exemplo: inversão de letras no nome de um servidor em ato de promoção .

Ato nulo: é aquele que possui defeitos graves e insanáveis (Objeto/Motivo/Finalidade).

Não é apto a produzir efeitos válidos.

Exemplo: Tredestinação Ilícita. Despropriar terreno para a construção de uma escola e, no fim, doar o terrreno a um particular. Aconstrução de escola atende ao interesse público. Entretanto, a doação do terreno a um particular desvia a finalidade do atopraticado, além de afrontar o interesse da coletividade, característica diretamente ligada ao elemento fim do ato administrativo.

Ato anulável: Será anulável sempre que contiver vício passível de ser sanado .

Exemplo: ato que deveria ser praticado em forma de resolução e é feito através de decreto.

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Quanto à formação

Atos simples: são aqueles que resultam da manifestação de vontade de um único órgão.

Exemplo: a nomeação, exoneração, demissão de um servidor.

Atos complexos: são os atos que resultam da manifestação de vontade de dois ou mais órgãos.

Aqui, temos um único ato, integrado por manifestações homogêneas de vontade de órgãosdiversos.

Exemplo: portaria interministerial (Ministério do Controle e da Transparência e Ministério doPlanejamento, por exemplo).

Atos compostos: são aqueles praticados por um órgão, no entanto necessitam da aprovação deoutro órgão. Isto é, um pratica o ato e o outro confirma, sem o que o ato não terá validade.

São aqueles atos que resultam da vontade única de um órgão, mas, para produzir seus efeitos, ouseja, para se tornar exequível, depende da manifestação de outro órgão. São duas manifestaçõespara a formação de dois atos: um principal e um acessório. São todos aqueles que necessitam dehomologação, aprovação ou autorização etc.

Exemplo: nomeação para a presidência do Banco Central  – indicação da Presidência e aprovaçãodo Senado.

QUANTO À EXEQUIBILIDADE: 

Ato perfeito: reúne todos os elementos necessários à suaexequibilidade ou operatividade, apresentando-se apto e

disponível para produzir seus regulares efeitos.

Ato imperfeito: é o ato que se apresenta incompleto em suaformação ou carente de um ato complementar para tornar-se

exequível e operante.

Ato pendente: é o ato que, embora perfeito, por reunir todosos elementos de sua formação, não produz efeitos, por não se

verificar o termo ou a condição de que depende suaexequibilidade ou operatividade.

Ato consumado: é aquele que produziu todos os seus efeitos,tornando-se, por isso mesmo, irretratável ou imodificável.

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Ato

Anulação

Utilização

» Ilegalidade

» Ilegitimidade 

Competência

Administrativa: com provocação/

sem provocação.Judiciário: com provocação 

Controle

Legitimidade

Legalidade

EfeitosEx-tunc

Direitos adquiridos

regra: não há registro

Revogação

Utilização

» Inconveniência

» Inoportunidade 

Competência

Administrativa: com provocação/sem provocação 

Controle

Mérito

Efeitos

Ex-nunc

Direitos adquiridos

Regra: há registro

A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dosórgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação

social. Considerando a informação do §1º do inciso XXII do art. 37 daConstituição Federal, desta publicidade NÃO poderá constar: nomes,

símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridadesou servidores

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Espécies de Atos 

Os atos administrativos também são nomeados de acordo com as características e peculiaridades aeles inerentes. Nesse sentido, a doutrina elencou grupos que classificam tais atos de acordo com as suasespecificidades, os quais serão expostos a seguir.

Atos Normativos (regulamentares): são aqueles que detalham e explicam o funcionamento da lei,visando à sua fiel aplicação.

Exemplo: decretos, regulamentos, regimentos, resolução, instrução normativa e deliberação.

Decretos: são atos administrativos da competência exclusiva dos chefes do Executivo, destinados a proversituações gerais ou individuais, abstratamente previstas de modo expresso, explícito ou implícito, pela legislação.Os decretos podem ser, ainda, independentes ou autônomos, quando dispõem sobre matéria ainda nãoregulamentada em lei ou podem explicar a lei ou facilitar sua execução. Nesse caso, serão classificados comodecretos regulamentares ou de execução.

ATOS NORMATIVOS 

DECRETOS 

REGULAMENTOS 

REGIMENTOS 

RESOLUÇÕES 

DELIBERAÇÕES 

Considerando que certos elementos do ato administrativo são semprevinculados, não há ato administrativo inteiramente discricionário.

Não confundir ELEMENTOS(requisitos) com ATRIBUTOS

(características). Nas provas, eles

adoram fazer essa miscelânea,trocando um pelo outro. 

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Regulamentos: são atos administrativos postos em vigência por meio de decreto que visam a especificarmandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinadas por ela.

Instruções Normativas: são atos administrativos expedidos pelos Ministros de Estado para a execução das leis(art. 87, II, CRFB/88), sendo utilizadas também por outros órgãos superiores para o mesmo fim.

Regimentos: são atos administrativos normativos de atuação interna, pois se destinam a reger ofuncionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas.

Resoluções: são atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades do Executivo (comexceção do Chefe do Executivo, que só deve expedir decretos) ou pelos presidentes de tribunais, órgãoslegislativos e colegiados administrativos, para disciplinar matéria de sua competência especifica.

Deliberações: são atos administrativos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados, quepodem ser gerais, quando têm caráter normativo, ou individuais, quando têm caráter decisório.

Atos ordinatórios: são aqueles que disciplinam e orientam o funcionamento da Administração Pública,conduta e os desempenhos funcionais dos agentes. Eles têm fundamento no Poder Hierárquico e sãoinferiores aos atos normativos em hierarquia.

Exemplo: portaria, aviso, circular, ordem de serviço, instrução, ofício, despacho e memorando.

Circulares: são ordens escritas expedidas a determinados funcionários ou agentes administrativosincumbidos de certo serviço.  São atos de menor generalidade que as instruções, embora possuam o mesmoobjetivo: o ordenamento do serviço.

Avisos: são atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos relativos aos seus ministérios.Também podem ser atos destinados a dar notícia ou conhecimento de assuntos afetos à atividade

administrativa.

ATOS ORDINATÓRIOS

CIRCULARES 

AVISOS 

PORTARIAS 

ORDENS DE SERVIÇO 

PROVIMENTOS 

OFÍCIOS 

DESPACHOS ADMINISTRATIVOS 

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Atos negociais: também conhecidos como Atos de Negócio, conjugam as vontades da Administração edo particular, que certificam, atestam ou declaram um fato. O administrado solicita autorização paraexercer determinada atividade.

Exemplo: licença, autorização, permissão, admissão, nomeação, homologação.

Licença: por ser a licença um ato VINCULADO, uma vez atendidas as exigências legais e regulamentarespelo interessado, deve a Administração concedê-la, ou seja, existe direito subjetivo do particular à suaobtenção.

Não pode uma licença ser revogada, mas ela pode ser cassada, na hipótese de deixarem de seratendidas as condições legais impostas para que ela permaneça em vigor, ou pode também ser anulada,caso tenha ocorrido ilegalidade na sua edição.

Exemplo: concessão de alvará para funcionamento de uma farmácia.

Autorização:  é ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna possível aopretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bens particulares ou públicos, deseu exclusivo ou predominante interesse, que a lei condiciona à anuência prévia da Administração. Cumpremencionar que, embora o particular venha a satisfazer as exigências da concessão do ato, não é a Administraçãoobrigada a conceder a autorização, pois se trata de ato discricionário e não gera direito subjetivo para o requerente.

Exemplo: uso especial de bem público, porte de arma etc.

Permissão: é o ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público faculta aoparticular a execução de serviços de interesse coletivo, ou o uso especial de bens públicos, a título gratuito ouremunerado, nas condições estabelecidas pela Administração.

Aprovação: é o ato administrativo pelo qual o Poder Público verifica a legalidade e o mérito de outro atoou de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou de particulares,dependentes de seu controle, e consente na sua execução ou manutenção.

Admissão:  é o ato administrativo vinculado pelo qual o Poder Público, verificando a satisfação detodos os requisitos legais pelo particular, defere-lhe determinada situação jurídica de seu exclusivo oupredominante interesse.

Exemplo: ingresso aos estabelecimentos de ensino mediante concurso de habilitação.

Visto:  é o ato administrativo pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria Administração ou doadministrado, apreciando sua legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade.

Homologação: é o ato administrativo de controle pelo qual a autoridade superior examina a legalidadee a conveniência de ato anterior da própria Administração, de outra entidade ou de particular, para dar-lhe

eficácia.

Dispensa: é o ato administrativo que exime o particular do cumprimento de determinada obrigaçãoaté então exigida por lei.

Exemplo: dispensa à prestação do serviço militar.

Renúncia administrativa: é o ato pelo qual o Poder Público extingue unilateralmente um crédito ouum direito próprio, liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração. A renúncia temcaráter abdicativo e depende de lei autorizadora, quando se tratar de renúncia por parte da Administração.

Protocolo administrativo:  é o ato negocial pelo qual o Poder Público acerta com o particular a

realização de determinado empreendimento ou atividade ou a abstenção de certa conduta, no interesserecíproco da Administração e do administrado signatário do protocolo.

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Atos enunciativos: são aqueles que certificam ou atestam um fato ou emitem uma opinião.Exemplo: certidão de nascimento/óbito, atestado, parecer e apostila.

Certidões : são cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes de processo, livro oudocumento que se encontre nas repartições públicas.Cumpre salientar que a Constituição Federal resguarda o fornecimento de certidões em órgão públicosindependente do pagamento de taxa, conforme disposto no art. 5°, XXXIV, “a”, da CRFB/88.  

Atestados: são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento

por seus órgãos competentes.

Pareceres:  são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua consideração. Podem serclassificados como parecer normativo,  que é aquele que, ao ser aprovado pela autoridade competente, éconvertido em norma de procedimento interno, tornando-se impositivo e vinculante para todos os órgãoshierarquizados à autoridade que o aprovou. Ou, ainda, pode ser denominado como parecer técnico quando foremitido por órgão ou agente especializado na matéria, não podendo ser contrariado por leigo ou, mesmo, porsuperior hierárquico.Apostilas: são atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei, que visa a reconhecera existência de um direito criado pela norma legal.Exemplo: Apostila de fixação de proventos do servidor aposentado.

ATOS ENUNCIATIVOS 

CERTIDÕES ADMINISTRATIVAS 

ATESTADOS ADMINISTRATIVOS 

PARECERES ADMINISTRATIVOS 

APOSTILAS 

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Atos punitivos: são aqueles que contêm sanções impostas pela Administração a seus servidores ou aosadministrados em geral.

Exemplo: multa, destruição de objetos, interdição.

Multa administrativa:  é toda imposição pecuniária a que se sujeita o administrado a título decompensação do dano presumido da infração. A multa administrativa não se confunde com a multa criminal, poisnão pode ser convertida em detenção da liberdade de locomoção.

Interdição administrativa de atividade: é o ato pelo qual a Administração veda a alguém a prática de atossujeitos ao seu controle ou que incidam sobre seus bens.

Destruição de coisas:  é o ato sumário da Administração pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias,objetos ou instrumentos imprestáveis ou nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei.

Formas de Extinção (perda de efeitos)

ATOS PUNITIVOS 

CONSTITUTIVO 

DECLARATÓRIO 

MULTA ADMINISTRATIVA 

INTERDIÇÃO ADMINISTRATIVA 

DESTRUIÇÃO DE COISAS 

Extinção dos atos administrativos

Extinção natural: extingue-se pelo natural cumprimento do ato

Anulação

Ilegalidade/controle deLegalidade/

Vício deLegalidade(defeito naformação/

Origem)

Revogação

InconvenienteInoportuno/

Controle deMérito

Cassação

Sanção/Caráter

Punitivo/Descumpriu a

Condição(Vício ocorrena execução

Caducidade

Novalegislação

Contraposição

Outro atogerou efeitos

opostos(chamado dederrubada)

São atos Nulos

Incompetência,Vicio de Forma,

Ilegalidade,Objeto,

inexistência deMotivos eDesvio definalidade

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Anulação:  a Administração, por autotutela, extingue o ato administrativo quando este for ilegal ouilegítimo. Quando um ato administrativo estiver eivado de vício, pode a Administração anulá-lo de ofício oupor provocação de terceiro, ou pode o Judiciário anulá-lo também. A anulação age retroativamente, ouseja, todos os efeitos provocados pelo ato anulado também são nulos. Com isso, retroage até o início doato, anulando os efeitos produzidos – EX TUNC .

Prazo de 05 anos para anular os atos que decorram efeitos favoráveis para destinatários de boa-fé.

Revogação:  Diz respeito aos atos legítimos, mas considerados inconvenientes ou inoportunos pelaAdministração, visando sempre ao bem-estar da coletividade. Pode ocorrer de ofício ou medianteprovocação. Seus efeitos não retroagem – EX NUNC .

Não poderão ser revogados os seguintes atos: atos vinculados, atos que exauriram seus efeitos, atosque geram direitos adquiridos, meros atos administrativos e atos integrantes de procedimentoadministrativo.

Caducidade ou Decaimento: caracteriza a extinção do ato administrativo, tendo em vista suaincompatibilidade com uma norma superveniente. Em outras palavras, ocorre quando uma lei posteriorentra em conflito com uma lei anterior. Neste caso, a retirada do ato se funda no advento de legislaçãoposterior que impede a permanência da situação anteriormente consentida, ou seja, é a perda de efeitos

 jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato.Assim, a posterior é a que vale, por ser mais atual.

Exemplo: em decorrência de uma nova lei de zoneamento do município, o ato de permissão de uso debem público imóvel destinado à exploração de parque de diversões torna-se incompatível com esse tipo deocupação.

Cassação: ocorre quando o beneficiário do ato deixa de ter ou de cumprir algum requisito essencial(quando não se mantém as condições necessárias de sua legalidade).

Extingue-se quando o beneficiário de determinado ato descumpre condições que permitem amanutenção do ato e seus efeitos.

Exemplo: quando alguém que possui permissão para explorar serviço público descumpre uma dascondições para a prestação desse serviço.

Convalidação: é a possibilidade de corrigir atos ilegais, desde que não traga prejuízos para aAdministração Pública ou a terceiros de boa-fé, só podendo ocorrer para vícios sanáveis possíveis de seremcorrigidos.

É o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos administrativos com vícios sanáveis,de modo a confirmá-los no todo ou em parte. Convalida-se por ratificação, reforma ou conversão.

Na ratificação, a autoridade que praticou o ato ou superior hierárquico decide sanar o ato inválidoanteriormente praticado, suprindo a ilegalidade que o vicia. Na reforma ou conversão, o novo ato suprimea parte inválida do anterior, mantendo sua parte válida.

Contraposição ou derrubada: ocorre quando um ato, emitido com fundamento em uma determinadacompetência, extingue outro ato, anterior, editado com base em competência diversa, ocorrendo a

extinção, porque os efeitos do último ato são opostos aos do ato anterior.

Ex Tunc  - sempre retroage!

Ex Nunc  - Nunca retroage!

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Exemplo: exoneração de um servidor, que aniquila os efeitos do ato de nomeação. Ocorre quando umato posterior entra em conflito com um ato anterior.

Exemplo: nomear e depois exonerar um servidor público.

CONTROLE ADMINISTRATIVOTendo em vista o Princípio da Autotutela, a Administração pode rever seus próprios atos e revogá-los

de ofício, mediante critérios de conveniência e oportunidade. Nesse sentido, cumpre lembrar que arevogação recairá sobre ato válido, porém considerado inconveniente ou inoportuno pela Administração.Trata-se de ato discricionário, não podendo recair sobre atos vinculados, em que a lei não dá margem deliberdade de atuação para o administrador. Já a anulação direciona-se à extinção de um ato ilegal, quepode ser realizado de ofício pela Administração ou pelo Poder Judiciário, quando provocado para tal fim.Nesse sentido, temos o seguinte:

REVOGAÇÃO ANULAÇÃO

Ato Válido Eivado de ilegalidade

CritérioConveniência e oportunidade

(mérito administrativo)De ofício ou por via judicial,

mediante provocação.

Quem pode extinguir Administração

(com ou sem provocação)

 Administração(com ou sem provocação

Poder Judiciário(somente quando provocado) 

Ato vinculado Não Sim

Ato discricionário Sim Sim

Efeito Ex Nunc (nunca retroage)  Ex Tunc (retroage) 

É pertinente destacar o disposto na Súmula nº 473 do STF, que trata da matéria:

“SÚMULA 473, STF: A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUSPRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OSTORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAMDIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIAOU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS,

E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL.”  

FORMAS DE CONTROLE:

Quanto à origem

Interno Feito pelo própio Poder

Externo

Feito por outro Poder

PODER JUDICIÁRIO

PODER LEGISLATIVO

Popular

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ELEMENTOS

ELEMENTOS

Competência

Forma

Finalidade

Motivo

Objeto

CARACTERÍSTICAS

Indelegável

(exclusiva)

Delegável

(não exclusiva)

Essencial

Não essencial

CONVALIDAÇÃO

NÃO

SIM

SIM

NÃO

NÃO

NÃO

NÃO

Os atos ilegais do qual

decorreram efeitos favoráveis aterceiros de boa-fé deverão ser

anulados no prazo máximo de 5

anos. Se isto não ocorrer, acarretará

a chamada Convalidação Tácita,

ou seja, não pode anular.

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Capítulo V - Atos Administrativos 

QUESTÕES 

1  - (UFG - 2014 - IF-GO - Administrador ) Atos de gestão são atos administrativos que a administraçãopública pratica na gestão de bens e serviços. Um exemplo desse tipo de ato é a:

a) portaria.b) licitaçãoc) resolução.d) deliberação.

2 - (CESGRANRIO - 2014 - CEFET-RJ –  Auditor ) Os atos administrativos podem ser classificados de diversasformas. Assim, quando se indica que o ato administrativo de desapropriação representa a onipotência doEstado e o seu poder de coerção, está-se fazendo referência ao ato de:

a) gestãob) expedientec) impériod) internalizaçãoe) alienação

3 - (VUNESP - 2014 - Fundacentro - Assistente em Ciência e Tecnologia ) A discricionariedade no atoadministrativo:

a) permite ao administrador agir conforme a sua consciência e tomar decisões baseadas em seus

próprios crité-rios, que venham a fazer a devida justiça.b) obriga o administrador público a agir exatamente como a lei prevê na solução a ser adotada,especificando em regra “como” e “quando” o administrador deve editar o ato. c) é a base legal para que o administrador público tome decisões arbitrárias, que serão impostascoercitivamente ao particular.d) é expressamente vedada pela lei, para que o interesse público seja devidamente protegido.e) autoriza o administrador público a decidir com base na conveniência e oportunidade do ato,respeitado sempre o interesse público.

4  - (CESPE - 2014 - TC-DF - Técnico de Administração Pública ) No que se refere ao ato administrativo, julgue os itens que se seguem.

O aluguel, pelo TCDF, de espaço para ministrar cursos de especialização aos seus servidores constitui atoadministrativo, ainda que regido pelo direito privado.

( ) Certo ( ) Errado

5 - ( CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário ) Considere que a prefeitura de determinado município tenhaconcedido licença para reforma de estabelecimento comercial.Nessa situação hipotética, assinale a opção em que se explicita o poder da administração correspondenteao ato administrativo praticado, além das classificações que podem caracterizá-lo.

a) poder de polícia, ato unilateral e vinculadob) poder hierárquico, ato unilateral e vinculado

c) poder disciplinar, ato bilateral e discricionáriod) poder de polícia, ato bilateral e discricionário

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e) poder disciplinar, ato unilateral e discricionário

6 - (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário ) A respeito de alguns aspectos do ato administrativo,assinale a opção correta.

a) 

A administração tem o poder de revogar todos os atos administrativos, desde que observadas aconveniência e a oportunidade.

b)  O ato discricionário é editado com base em um juízo de conveniência e oportunidade doadministrador e com a devida demonstração do interesse público, o que dispensa o controle delegalidade pelo Poder Judiciário.

c) 

Por meio da convalidação, os atos administrativos que apresentam vícios são confirmados no todoou em parte pela administração, e, em caso de vício insanável, ao processo de convalidação dá-se onome de reforma.

d)  Os atos de gestão da administração pública são regidos pelo direito público.Agente incompetente, vício de forma e desvio de finalidade são fundamentos que podem resultar emanulação do ato administrativo.

7 - (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário ) No que se refere aos atos administrativos, assinale a opçãocorreta.

a) São convalidáveis tanto os atos administrativos vinculados quanto os discricionários.b) A autoexecutoriedade é um atributo presente em todos os atos administrativos.c) A autorização configura-se como ato discricionário e gratuito.d) As formas de extinção do ato administrativo incluem a cassação, a anulação e a reintegração.e) Os atos administrativos distinguem-se dos atos legislativos, entre outros fatores, por seremindividuais, enquanto os atos legislativos são atos gerais.

8 - (CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário ) Considere que a prefeitura de determinado municípiotenha concedido licença para reforma de estabelecimento comercial. Nessa situação hipotética, assinalea opção em que se explicita o poder da administração correspondente ao ato administrativo praticado,além das classificações que podem caracterizá-lo.

a) poder disciplinar, ato bilateral e discricionáriob) poder de polícia, ato bilateral e discricionárioc) poder disciplinar, ato unilateral e discricionáriod) poder de polícia, ato unilateral e vinculadoe) poder hierárquico, ato unilateral e vinculado

9  - ( CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário ) A respeito de alguns aspectos do ato administrativo,assinale a opção correta.

a)  Os atos de gestão da administração pública são regidos pelo direito público.b)

 

Agente incompetente, vício de forma e desvio de finalidade são fundamentos que podem resultarem anulação do ato administrativo.

c) 

A administração tem o poder de revogar todos os atos administrativos, desde que observadas aconveniência e a oportunidade.

d)  O ato discricionário é editado com base em um juízo de conveniência e oportunidade doadministrador e com a devida demonstração do interesse público, o que dispensa o controle delegalidade pelo Poder Judiciário.

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e)  Por meio da convalidação, os atos administrativos que apresentam vícios são confirmados no todoou em parte pela administração, e, em caso de vício insanável, ao processo de convalidação dá-se onome de reforma.

10 - (ESAF - 2014 - Receita Federal ) Em se tratando da classificação e extinção dos atos administrativos,é correto afirmar:

a)  atos gerais ou normativos são os que se preordenam a regular situações específicas como acontecenos decretos expropriatórios.

b)  b) no ius gestionis não há intervenção da vontade dos administrados para sua prática, comoacontece nos decretos de regulamentação.

c) 

c) os atos enunciativos indicam juízos de valor de outros atos de caráter decisório, como acontecenos pareceres.

d)  d) os atos complexos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas, visto que hásomente uma vontade autônoma, de conteúdo próprio e as demais instrumentais, como aconteceno visto.

e) 

e) na cassação há perda dos efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contráriaàquela que respaldava a prática do ato.

11 - (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública ) Os atos administrativos praticados peloPoder Legislativo e pelo Poder Judiciário submetem-se ao regime jurídico administrativo.

12 - (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública ) Os atos administrativos praticados peloPoder Legislativo e pelo Poder Judiciário submetem-se ao regime jurídico administrativo.

13  - (CESPE - 2014 - TC-DF - Analista de Administração Pública ) Os atos administrativos praticados peloPoder Legislativo e pelo Poder Judiciário submetem-se ao regime jurídico administrativo.

14 - (PM-RO - 2014 - PM-RO - Sargento ) Será vinculado o ato administrativo quando suportado emregramento que não atinge todos os aspectos da atuação administrativa; deixando a lei certa margem deliberdade de decisão diante do caso concreto, de modo que a autoridade poderá optar por uma dentrevárias soluções possíveis, segundo critérios de oportunidade e conveniência.

15  - (UFG - 2014 - UEAP - Assistente Jurídico ) Considerando a ideia da divisão de funções entre ospoderes Executivo, Legislativo e Judiciário, entende-se que todo ato praticado no exercício da funçãoadministrativa é ato de administração. Este tem sentido mais amplo do que a expressão “ato

administrativo”, que abrange só determinada categoria de atos praticados no exercício da função

administrativa.

Assim, entende-se que

a)  a doação, a permuta, a compra e a venda, bem como a locação, são atos de administração dedireito publico, porém de interesse estritamente privado.

b) 

os atos políticos estão sujeitos a regime jurídico- constitucional, assim como os atos normativos eos contratos.

c) 

os critérios objetivo, funcional ou material rezam que ato administrativo é restrito àquele praticadono exercício concreto da função administrativa, seja ele editado pelos órgãos administrativos, sejapelos órgãos judiciais e legislativos.

d)  a declaração de vontade do Estado ou de quem o represente, produzindo efeitos jurídicosimediatos e nem sempre sujeita-se a controle judicial, define o ato administrativo.

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16 - (FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria Pública ) Tarcísio possui pequeno comércio emMunicípio da Região dos Lagos. Antes de iniciar suas atividades, ele cumpriu todas as exigências legais eobteve a licença necessária. Nas últimas eleições, Tarcísio apoiou um candidato à chefia do executivomunicipal que não saiu vitorioso. O novo Prefeito, logo ao assumir o cargo, revogou o ato administrativoque concedeu a licença para o desempenho da atividade comercial de Tarcísio, sem qualquerfundamentação, provavelmente em retaliação por ter Tarcísio apoiado seu concorrente na campanhaeleitoral.Ao buscar assistência jurídica, a Defensoria Pública lhe informou que seria cabível o ajuizamento da ação

pertinente para retomar suas atividades em razão de ser a licença um ato administrativo:

a) discricionário, aplicando-se à espécie a teoria dos motivos determinantes, segundo a qual oadministrador está vinculado à ocorrência dos motivos que o levaram a praticar o ato.b) discricionário, não podendo ser revista durante seu prazo de validade, mas tão somente quando desua prorrogação, ocasião em que o administrador poderá avaliar a oportunidade e conveniência darenovação.c) vinculado, tendo o administrador inicialmente liberdade para concedê-la, mas o ato pode serinvalidado por vício de legalidade pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário.d) vinculado, que não pode ser revogado pela Administração Pública nem pelo Poder Judiciário.e) vinculado, que não pode ser anulado pela Administração Pública, mas apenas pelo Poder Judiciário.

17 - ( Gestão de Concursos - 2014 - TJ-MG - Juiz ) Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE oconceito de atos administrativos.

a) É a manifestação de vontade do Estado, por seus representantes, no exercício regular de suasfunções, ou por qualquer pessoa que detenha fração de poder reconhecido pelo Estado, tendo comofinalidade imediata, criar, reconhecer, modificar ou extinguir situações jurídicas subjetivas em matériaadministrativa.b) Ato administrativo é o que resulta da manifestação que o administrador público imprime naexteriorização da sua administração, com a expedição de regulamentos para o cumprimento da lei.c) Ato administrativo é aquele praticado no exercício da função administrativa, seja ele editado pelosórgãos administrativos do poder executivo, seja do legislativo ou do judiciário.d) Ato administrativo é manifestação exteriorizada do administrador público visando materializar avontade estatal.

18 - (Gestão de Concursos - 2014 - TJ-MG - Juiz ) Na classificação dos bens públicos, distinguem-se osbens de uso comum do povo e os bens dominicais.Assinale a alternativa que destaca a DIFERENÇA entre os bens de uso comum do povo e os bensdominicais.

a) O que diferencia os bens de uso comum do povo dos bens dominicais é o fato de que, emboraambos integrarem o patrimônio do Estado, os dominicais são aqueles de destinação específica.b) A diferença está no fato de que os bens de uso comum se destinam à utilização da coletividade e daprópria administração pública, enquanto que os dominicais são bens sem qualquer destinaçãoespecífica, não integrando a classe dos primeiros, nem à dos bens de uso especial.c) A diferença pode ser identificada no fato de os bens dominicais servirem para a instalação dasrepartições essenciais à atividade estatal, enquanto que os de uso comum não se prestam a talfinalidade.d) A diferença pode ser identificada no fato de os bens de uso comum do povo não poderem serutilizados pelo poder público.

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19  - (FAFIPA - 2014 - UFFS - Técnico de Tecnologia da Informação ) Em relação ao ato administrativo,assinale a alternativa INCORRETA:

a) Imperatividade é um dos requisitos do ato administrativo.b) Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindonessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarardireitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.c) Revogação é a supressão de um ato discricionário legítimo e eficaz, realizada pela Administração  – esomente por ela – por não mais lhe convir sua existência.d) Anulação é a declaração de invalidação de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pelaprópria Administração ou pelo Judiciário.e) Autoexecutoriedade é um dos atributos do ato administrativo.

20 - (VUNESP - 2014 - EMPLASA - Analista Jurídico ) Atos vinculados;

a) são aqueles para os quais a lei estabelece requisitos e condições de sua realização e impõem àAdministração o dever de motivá-los.b) podem desatender às disposições legais ou regulamentares se houver decisão judicial dizendo sobrea conveniência e oportunidade.c) encontram fundamento e justificativa na complexidade e variedade dos problemas que o PoderPúblico tem que solucionar a cada caso e para os quais a lei, por mais casuística que seja, não poderiaprever todas as soluções.d) são aqueles que permitem à Administração assegurar de modo eficaz os meios realizadores do fim aque se propõe o Poder Público.e) são instrumentos legais que permitem ao administrador fazer o que entender conveniente àcoletividade.

21  - (CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário ) Os atos administrativos gozam da presunção delegitimidade, o que significa que são considerados válidos até que sobrevenha prova em contrário.

22  - (CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário ) No que se refere aos atos administrativos, assinale aopção correta.

a) São convalidáveis tanto os atos administrativos vinculados quanto os discricionários.b) A autoexecutoriedade é um atributo presente em todos os atos administrativos.c) A autorização configura-se como ato discricionário e gratuito.d) As formas de extinção do ato administrativo incluem a cassação, a anulação e a reintegração.e) Os atos administrativos distinguem-se dos atos legislativos, entre outros fatores, por serem

individuais, enquanto os atos legislativos são atos gerais.

23 - (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros ) Em relação ao regime jurídico-administrativo e aos princípios aplicáveis à administração pública, assinale a opção correta.

a) É obrigatória a observância do princípio da publicidade nos processos administrativos, mediante adivulgação oficial dos atos administrativos, inclusive os relacionados ao direito à intimidade.b) A presunção de legitimidade dos atos administrativos, que impõe aos particulares o ônus de provareventuais vícios existentes em tais atos, decorre do regime jurídico- administrativo aplicável àadministração públicac) Uma das exceções ao princípio da legalidade administrativa consiste na possibilidade de o

presidente da República editar decreto para criar cargos ou funções públicas.

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d) A violação do princípio da moralidade administrativa não pode ser fundamento exclusivo para ocontrole judicial realizado por meio de ação popular.e) Para que determinada conduta seja caracterizada como ato de improbidade administrativavioladora do princípio da impessoalidade, é necessária a comprovação do respectivo dano ao erário.

24  -  (CESPE - 2014 - TJ-DF - Titular de Serviços de Notas e de Registros ) No que concerne aos atosadministrativos, assinale a opção correta.

a) É possível a revogação de ato administrativo enunciativo, como uma certidão, caso o ato sejaconveniente e oportuno para a administração pública.b) Caso o particular obtenha licença para construir e deixe de cumprir as condições que a lei exige paratanto, deve a administração extinguir o referido ato administrativo por meio de cassação.c) Incorre no vício de desvio de poder o agente público que exceda os limites de sua competência aoaplicar a subordinado penalidade além dos imites de sua alçada.d) A imposição e a execução de multa estabelecida pela administração pública a particular independemde decisão judicial, dado o atributo da autoexecutoriedade dos atos administrativos.e) A falta de motivação do ato administrativo configura vício insanável, visto que atinge o elementomotivo, indispensável às ações da administração pública.

25 - (CESPE - 2014 - TC-DF - Auditor de Controle Externo ) A presunção de legitimidade é atributo de todosos atos da administração, inclusive os de direito privado, dada a prerrogativa inerente aos atospraticados pelos agentes integrantes da estrutura do Estado.

26 - (CEPERJ - 2014 - Rioprevidência ) Pedro é prefeito do município Y e verifica que a praça principal sobsua administração está ocupada por vendedores que atuam sem a devida autorização do poder público.Diante de inúmeras reclamações dos munícipes, aciona a Secretaria responsável pela gestão dos benspúblicos que, editando ato proibindo o comércio no local, determina à Guarda Municipal a desocupaçãoda praça. Essa atuação decorre da característica do ato administrativo denominada:

a)  publicidadeb)

 

centralidadec)

 

autoexecutoriedaded)  motivaçãoe)  funcionalidade

27 - (VUNESP - 2014 - PC-SP - Delegado de Polícia ) O ato administrativo:

a) pode ser revogado com fundamento em razões de conveniência e oportunidade, desde queobservados os efeitos ex tunc dessa extinção do ato.b) tem na presunção de legitimidade a autorização para imediata execução e permanece em vigor atéprova em contrário.c) é revogável pelo Poder Judiciário que é apto a fazer o controle de legalidade, sem ingressar em seumérito administrativo.d) de Secretário de Segurança Pública que determina remoção ex officio do Delegado de Polícia, semmotivação, não se sujeita ao controle de juridicidade por conter alta carga de discricionariedade em seuteor.e) tem como requisitos a presunção de legitimidade, a autoexecutoriedade, a imperatividade e aexigibilidade.

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28 - (TRT 3R - 2014 - TRT - 3ª Região (MG) ) São atributos do ato administrativo: 

a) 

Presunção de legitimidade e imperatividade.b)

 

Autoexecutoriedade e legitimidade.

c) 

Publicidade e notoriabilidade.d)  Presunção de eficiência e publicidade.e)  Punibilidade e autenticidade.

29  - (FAFIPA - 2014 - UFFS - Técnico de Tecnologia da Informação ) Em relação ao ato administrativo,assinale a alternativa INCORRETA:

a) Imperatividade é um dos requisitos do ato administrativo.b) Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindonessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarardireitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.

c) Revogação é a supressão de um ato discricionário legítimo e eficaz, realizada pela Administração  – esomente por ela – por não mais lhe convir sua existência.d) Anulação é a declaração de invalidação de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pelaprópria Administração ou pelo Judiciário.e) Autoexecutoriedade é um dos atributos do ato administrativo.

30 - ( Prova: FAFIPA - 2014 - UFFS ) São atributos do ato administrativo: 

a) Presunção de contrariedade, imperatividade e autoexecutoriedade.b) Presunção de ilegalidade, imperatividade e autoexecutoriedade.c) Presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade.d) Presunção de expectativa, imperatividade e autoexecutoriedade.e) Presunção de ineficácia, imperatividade e autoexecutoriedade.

31  - (FCC - 2014 - TRT - 18ª Região (GO) ) Determinado servidor recebeu, de boa-fé, valores indevidos,em virtude de interpretação errônea da lei, por parte da Administração pública. Com base ementendimento dominante do Superior Tribunal de Justiça, deve-se concluir que o pagamento de taisvalores consistirá em ato administrativo 

a) perfeito, válido e eficaz.b) perfeito, inválido e eficaz.c) imperfeito, válido e ineficaz.d) imperfeito, inválido e eficaz.e) perfeito, inválido e ineficaz.

32 - (FCC - 2014 - TRT - 18ª Região (GO) ) No que tange à validade dos atos administrativos

a) é possível convalidar ato administrativo praticado com vício de finalidade, desde que se evidencieque tal decisão não acarrete prejuízo a terceiros.b) todos os atos administrativos praticados com vício de competência devem ser anulados, pois se tratade elemento essencial à validade dos atos administrativos.c) o descumprimento, pelo administrado, dos requisitos referentes ao desfrute de uma dada situação

 jurídica, justifica a anulação do ato administrativo que gerou referida situação.d) a caducidade é a extinção de ato administrativo em razão da superveniência de legislação quetornou inadmissível situação anteriormente consentida, com base na legislação então aplicável.

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e) os atos praticados por agente incompetente estão sujeitos à revogação pela autoridade que detém acompetência legal para sua prática.

33 - (Gestão de Concursos - 2014 - TJ-MG ) A validade e eficácia do ato administrativo depende da formacomo ele é praticado.Assinale a alternativa que define CORRETAMENTE o ato administrativo válido e eficaz.

a) É válido e eficaz o ato administrativo que observe a forma escrita, embora sem qualquer motivação.b) É válido e eficaz o ato administrativo, ainda que não tenha observado forma prescrita em lei, emboratenha atingido a sua finalidade.c) É válido e eficaz o ato administrativo que se materializa na forma escrita de decreto, portaria ouresolução, independentemente da observância dos critérios legais.d) É válido e eficaz o ato administrativo praticado com observância do sujeito, objeto, forma, motivaçãoe finalidade, pois que, como espécie dos atos jurídicos em geral, demanda agente capaz, objeto lícito,forma prescrita em lei, motivação do seu conteúdo e finalidade.

34 - (TRT 2R (SP) - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) ) Em relação aos atos administrativos, aponte a alternativacorreta:

a) São seus requisitos: agente público competente, finalidade, motivo, conteúdo, renunciabilidade,forma e objeto.b) Inválido é o ato administrativo abstrato que, embora tenha entrado pela porta da legalidade, afrontaa ordem jurídica que com ele não se compatibiliza.c) A doutrina reconhece, como atributos do ato administrativo, a presunção de legitimidade, aimperatividade, a exigibilidade e a autoexecutoriedaded) Embora se observe a legitimidade e exigibilidade do comando exarado do ato administrativo,quando praticado por agente capaz, necessita a Administração Pública recorrer ao Judiciário paragarantir-lhe a execução, quando contrariadoe) São considerados abstratos, também chamados de normativos, atos administrativos que impõemuma declaração de utilidade pública para fins expropriatórios

35  - (CESPE - 2014 –   MDIC )  Suponha que determinado ato administrativo, percorrido seu ciclo deformação, tenha produzido efeitos na sociedade e, posteriormente, tenha sido reputado, pela própriaadministração pública, desconforme em relação ao ordenamento jurídico. Nesse caso, considera-se o atoperfeito, eficaz e inválido.

36 - (PM-RO - 2014 - PM-RO ) A competência é um dos elementos do ato administrativo, significando oresultado que a administração quer alcançar com a prática do ato. Em sentido amplo, corresponde à

consecução de um interesse público.

37 - (FGV - 2014 - DPE-RJ ) De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, são elementos ourequisitos do ato administrativo;

a)  agente, conteúdo, forma, prazo e objetivo.b)  agente, motivação, conteúdo, prazo e finalidade.c)  competência, objeto, forma, motivo e finalidade.d)

 

competência, objetivo, publicação, forma e motivação.e)

 

parte, objeto, forma, fundamentação e publicação.

38 - (FAFIPA - 2014 - UFFS ) Em relação ao ato administrativo, assinale a alternativa INCORRETA: 

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a)  Imperatividade é um dos requisitos do ato administrativo.b)  Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo

nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir edeclarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.

c) 

Revogação é a supressão de um ato discricionário legítimo e eficaz, realizada pela Administração esomente por ela – por não mais lhe convir sua existência.

d) 

Anulação é a declaração de invalidação de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pelaprópria Administração ou pelo Judiciário.

e)  Autoexecutoriedade é um dos atributos do ato administrativo.

39 - (TRT 2R (SP) - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) ) Em relação aos atos administrativos, aponte a alternativacorreta:

a)  São seus requisitos: agente público competente, finalidade, motivo, conteúdo, renunciabilidade, formae objeto.

b) 

Inválido é o ato administrativo abstrato que, embora tenha entrado pela porta da legalidade, afronta aordem jurídica que com ele não se compatibiliza.c)  A doutrina reconhece, como atributos do ato administrativo, a presunção de legitimidade, a

imperatividade, a exigibilidade e a autoexecutoriedaded)

 

Embora se observe a legitimidade e exigibilidade do comando exarado do ato administrativo, quandopraticado por agente capaz, necessita a Administração Pública recorrer ao Judiciário para garantir-lhea execução, quando contrariado

e)  São considerados abstratos, também chamados de normativos, atos administrativos que impõem umadeclaração de utilidade pública para fins expropriatórios

40  - (IADES - 2014 - TRE-PA ) A respeito dos atos administrativos, assinale a alternativa que contém ahipótese fixada em lei que se verifica quando a matéria de fato ou de direito em que se fundamenta oato é juridicamente inadequada ao resultado obtido, resultando na sua anulação.

a) Inexistência de motivos.b) Incompetência.c) Desvio de finalidade.d) Presunção de ilegitimidade.e) Ilegalidade do objeto.

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GABARITO

01 – B 11 – C 21 – C 31 – B

02 – C 12 – C 22 – A 32 – D

03 – E 13 – C 23 – B 33 – D

04 – E 14 – E 24 – B 34 – C

05 – A 15 – C 25 – C 35 – C

06 – E 16 – D 26 – C 36 – E

07 – A 17 – A 27 – B 37 – C

08 – D 18 – B 28 – A 38 – A

09 – B 19 – A 29 – A 39 – C

10 – C 20 – A 30 – C 40 – A

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Capítulo VI

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CONCEITO

Podemos conceituar “controle” como o poder-dever de vigilância, orientação e correção que aprópria Administração ou outro Poder exerce sobre sua atuação administrativa, diretamente ou por meiode órgãos especializados. Esse poder-dever pode ser exercido por todos os Poderes da República, a todaatividade administrativa e a todos os seus agentes.

Em geral, a função típica de administrar pertence ao Poder Executivo. Contudo, o poder-dever decontrole é exercido por todos os Poderes da República, estendendo-se a toda atividade administrativa, namedida em que os demais Poderes (Legislativo e Judiciário) também exercem atividades administrativascomo funções atípicas.

Nesse sentido, o controle dos atos administrativos visa a assegurar que a Administração atue deacordo com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico (legalidade, moralidade,finalidade pública, publicidade, motivação e impessoalidade). O controle abrange a fiscalização e a correçãodos atos ilegais, inconvenientes e inoportunos.

Tal fiscalização pode ser exercida com auxílio de órgãos especializados, como no caso do Tribunalde Contas da União, que é o órgão que auxilia o Congresso Nacional e as entidades da Administração Diretae Indireta no controle da Administração Pública, mediante fiscalização contábil, financeira, orçamentária,operacional e patrimonial.

Assim, o Tribunal de Contas da União, por força do disposto no art. 71, II, da CF, tem competênciapara proceder à tomada de contas especial de administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens evalores públicos das entidades integrantes da Administração indireta, não importando se prestadoras de

serviço público ou exploradoras de atividade econômica.

Classificação das Formas de Controle

Os critérios adotados para identificar as espécies de controle são bem amplos, classificando-sequanto à origem, momento, fundamento/amplitude do ato praticado, bem como ao aspecto controlado. A seguir, verificaremos em que consiste cada uma dessas classificações:

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Quanto à Origem 

Controle Interno

É aquele exercido dentro do mesmo Poder, independente de haver hierarquia ou não.Quando realizado dentro de uma mesma estrutura administrativa hierarquizada, em geral, criada

por meio de desconcentração, dá-se o nome de controle hierárquico.Há que se mencionar que o controle interno também poderá ser realizado por pessoa jurídica

distinta daquela que realiza o ato, sem que haja hierarquia entre elas. Neste caso, estaremos diante docontrole tutelar, também conhecido como Supervisão Ministerial, por meio do qual somente ocorrerá ocontrole finalístico da entidade controlada.

Sempre que um agente ou órgão do Poder Legislativo, por exemplo, possuir atribuição de fiscalizara prática de determinado ato administrativo praticado pelo mesmo Poder Legislativo, estaremos diante dehipótese de controle interno, a exemplo do previsto no dispositivo constitucional abaixo:

ORIGEM:

Interno

É aquele que cada um dospoderes exerce sobre seus

próprios atos (exercido dentrode um mesmo poder). É o queas chefias exercem sobre seus

subordinados.

Externo

É o controle da administraçãodireta sobre a indireta; é o

controle exercido por um dosPoderes sobre o outro.

Podemos citar, como exemplo,o controle externo, a cargo doCongresso Nacional, que será

exercido com o auxílio doTribunal de Contas da União,

ao qual compete: apreciar ascontas prestadas anualmentepelo Presidente da República,mediante parecer prévio, que

deverá ser elaborado emsessenta dias, a contar de seu

recebimento;

Popular

Está à disposição dosadministrados para verificar sea Administração está atuando

corretamente, visando àsatisfação do interesse público.

Exemplo: as contas dosMunicípios ficarão, durante 60dias, anualmente, à disposiçãode qualquer contribuinte, para

exame e apreciação, o qualpoderá questionar-lhes a

legitimidade, nos termos da lei;qualquer cidadão, partido

político, associação ousindicato, podem denunciar

irregularidades perante o TCU.

Interno 

O próprio poder controla seusatos.

Externo

O Ministério Público faz ocontrole Financeiro e

Patrimonial.

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Controle Externo

É aquele realizado no âmbito de Poderes distintos como, por exemplo, Poder Legislativo e PoderJudiciário. Ocorre quando o órgão fiscalizador se situa em Administração diversa daquela em que o ato foipraticado.

São exemplos de atos:- A sustação, pelo Congresso Nacional, de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder

regulamentar (CF, art. 71);- A anulação de um ato do Poder Executivo por decisão judicial;- O julgamento anual, pelo Congresso Nacional, das contas prestadas pelo Presidente da República e a

apreciação dos relatórios, sobre a execução dos planos de governo;- A auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União sobre despesas realizadas pelo Poder

Executivo Federal.

Controle Popular 

O controle popular decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público, que propicia aosadministrados a possibilidade de verificar a regularidade da atuação administrativa de forma direta ou pormeio de órgãos com essa função institucional. A Constituição Federal elenca os meios de controle quepodem ser utilizados pelo cidadão para que fiscalize, impeça ou requeira o ressarcimento pela prática deatos ilegítimos e/ou lesivos ao indivíduo por parte da Administração, a exemplo da Ação Popular, prevista

As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantesda Administração indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal deContas, não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regimeceletista.

“Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:

I ‒ avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a

execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;II ‒ comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e

eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos eentidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos

 por entidades de direito privado;III ‒ exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem

como dos direitos e haveres da União;

IV ‒ apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. § 1º. Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento dequalquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contasda União, sob pena de responsabilidade solidária.”

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no art. 5º, LXXIII, bem como o direito de fiscalizar as contas públicas municipais (art. 31, § 3º, CRFB/88) e alegitimidade garantida pela Constituição para denunciar eventuais irregularidades ou ilegalidades perante oTribunal de Contas da União, conforme previsto no art. 74, § 2º, da referida Carta Magna.

Quanto ao Momento

Quanto à Amplitude

Controle Hierárquico

É feito dentro de uma estrutura administrativa hierarquizada, portanto pressupõe, via de regra,desconcentração administrativa. Realizado pelos órgãos superiores sobre os órgãos inferiores, pelas chefiassobre os atos de seus subordinados, pelas corregedorias sobre órgãos e agentes sujeitos a sua apreciação.

Exemplo: controle de ato de um departamento por uma secretaria.

Controle Finalístico (Tutela Administrativa)

Conforme o Momento doExercício

Controle Prévio ou preventivo (a priori): quando éexercido antes do surgimento do ato administrativo,constituindo-se requisito para a validade ou para a

produção de efeitos do ato controlado. É um controlepreventivo, visando impedir que seja praticado ato ilegal

ou contrário ao interesse público.Exemplo: A aprovação pelo Senado da escolha de

ministros dos Tribunais Superiores ou Presidente doBACEN..

Controle Concomitante: é exercido durante a realizaçãodo ato e permite a verificação da regularidade de sua

formação. Exemplo: O acompanhamento de um concursopúblico; fiscalização nas escolas sobre as merendas; etc.

Controle Subsequente ou Corretivo (a posteriori): éexercido após a conclusão do ato para rever os atos jápraticados, com o intuito de corrigi-los, desfazê-los ou

confirmá-los. É o mais comum.Exemplo: Homologação de concurso público.

HIERÁRQUICO

Órgão

Agente

FINALÍSTICO

Administração Direta

Administração Indireta

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Também chamado de Supervisão Ministerial. É feito pela Administração Direta sobre a AdministraçãoIndireta, baseada na vinculação, e não na subordinação (pois não há hierarquia entre os entes envolvidos).

Quanto ao aspecto controlado

Controle de Mérito 

É aquele exercido pelo próprio Poder que editou o ato. Visa a verificar a conveniência e aoportunidade administrariva do ato controlado. É ato discricionário.

É aquele exercido pela própria Administração que praticou o ato ou por outraesfera do Poder, em geral pelo Poder Judiciário, no âmbito de sua função jurisdicional, nos casos em quefor provocado para atuar na verificação da legalidade do ato. Poderá ainda ser exercido pelo PoderLegislativo, nos casos previstos na Constituição Federal. No caso do controle exercido pelo Judiciário, será

verificado tão somente se o ato foi praticado de acordo com o previsto pelo ordenamento jurídico. Neste,inclui-se as normas legais, princípios administrativos, súmulas, entre outros. Decorre do Princípio daLegalidade, na medida em que os atos praticados pela Administração devem sempre estar de acordo com odisposto na norma jurídica. Cumpre mencionar que não caberá ao Judiciário adentrar no mérito do atopraticado, tendo em vista o Princípio da Separação dos Poderes, de maneira que somente poderá verificarse o ato praticado é legal ou não, e, neste último caso, procederá a sua anulação.

MÉRITO 

Por Conveniência eOportunidades

Discricionariedade e Revogação

LEGALIDADE

Norma Jurídica – Lei

Anulável

Hoje, como resultado do controle de legalidade, temos:Convalidação tácita: quando os efeitos do ato viciado forem favoráveis

ao administrado de boa-fé, a Administração dispõe de cinco anos para

anulá-lo. Findo este prazo, sem manifestação da Administração, o ato nãoserá mais passível de anulação, sendo convalidados os seus efeitos.

Convalidação expressa: por iniciativa da Administração, os efeitos doato não geram lesão ao interesse público ou a terceiros.

Em casos excepcionais e expressos na ConstituiçãoFederal (art. 49, X), o Poder Legislativo pode exercer

controle de mérito sobre os atos praticados peloExecutivo. Mas o Legislativo somente anulará o ato,

 jamais o revogará. 

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MEIOS DE CONTROLE JURISDICIONAL

Ação Popular

É o meio de defesa dos interesses da coletividade, previsto no art. 5º, LXXIII, da CRFB/88, por meio

do qual qualquer cidadão é parte legítima para propor a ação popular com o fim de anular ato lesivo aopatrimônio público, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

Cumpre lembrar que o ordenamento jurídico pátrio somente considera cidadão aquele indivíduoque estiver em gozo dos seus direitos cívicos e políticos.

Em regra, neste tipo de ação, o autor não paga as custas, exceto se comprovada a presença de má-fé por parte deste.

Ação Civil Pública

Visa a proteger o patrimônio público e social, o meio ambiente e outros direitos difusos e coletivos.Deve ser proposta pelo Ministério Público, conforme disposto no art. 129, III, da CRFB/88. Contudo, alegitimidade do MP não é exclusiva, uma vez que não impede a legitimidade de terceiros para a proposituranas mesmas hipóteses, conforme previsto no § 1º do referido dispositivo constitucional. Destaca-se, ainda,

que a ACP é regulada pela Lei 7.347/1985.Cumpre mencionar que, nos processos em que o MP não intervier no processo como parte, atuará

obrigatoriamente como fiscal da lei.

Habeas Corpus

O habeas corpus visa a proteger o direito de locomoção sempre que alguém se achar ameaçado desofrer violência ou coação a sua liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder. Não tem comopressuposto qualquer formalidade legal. Basta que o indivíduo sofra ou se ache na iminência de sofrerviolência ou coação à sua liberdade de ir e vir, por ilegalidade ou abuso de poder, para que possa se valerdo HC. Pode ser utilizado por qualquer pessoa, nacional ou estrangeira, e dispensa a capacidadepostulatória, ou seja, não é necessária a representação por advogado. Nesse sentido, a incapacidade civilnão obsta a utilização do HC, podendo ser impetrado por criança em favor de seu pai, por exemplo, ou pelo

Ação Popular

Isento de custa se de "BOAFÉ

Anular AtosLesivos

Ao Patrimônio

Público ou entidadeque o Estado participe.

Histórico e Cultural

Moralidade Administrativa

Meio Ambiente

Quem pode

Impetrar

Qualquer Cidadão

Observação: Cidadão é o indivíduo que participa do processo de voto.

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louco internado em unidade de tratamento mental ou mesmo pelo próprio preso em estabelecimentoprisional. Assim, a LEGITIMIDADE ATIVA para utilização do HC é de QUALQUER PESSOA.

Habeas Data

O habeas data  é mais um remédio constitucional, porém este se destina a assegurar oconhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos dedados de entidades governamentais ou de caráter público; e para a retificação de dados, quando não seprefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

Cumpre lembrar que as ações de habeas corpus e habeas data são gratuitas, conforme previsão doart. 5º, LXXVII, CRFB/88.

HABEAS CORPUS

É uma ação penal gratuita, comnatureza constitucional.

Impetrado por qualquer pessoa(criança, doente mental,analfabeto, índio, etc).

Não necessita de advogado.

Dois tipos de HC.: Repressivo ePreventivo.

Visa a garantir o Direito de ir e vir.

Concerder-seà habeas data

para:

OBTERINFORMAÇÕES:

Garantir acesso àsinformaçõespessoais do

impetrante ementidades

governamentaiscaráter público

Retificação de dadosprópios, particular,

pessoal

O Direito de Residir é protegido pelo Habeas Corpus. 

CARACTERÍSTICAS

Retifica - Construtivo

Obtenção - Mandamental

Personalíssimo

Ação ConstitucionalGratuito

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Mandato de Injunção

Pode ser utilizado sempre que houver ausência de norma regulamentadora necessária ao plenoexercício de direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberaniae à cidadania. Diferentemente do habeas corpus, que não exige capacidade postulatória de seu impetrante,o mandado de injunção exige a representação por advogado para que seja impetrado.

Mandado de Segurança

É o meio judicial adequado à proteção de direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus nem habeas data, contra ato abusivo ou ilegal praticado por autoridade administrativa, agente público ououtro ente no exercício das atribuições do Poder Público.

O mandado de segurança poderá ser individual ou coletivo, conforme previsto no art. 5º, LXIX e LXX,bem como na Lei nº 12.016/2009. Será coletivo quando versar sobre interesses de determinadascategorias, sendo parte legítima para impetrá-lo os partidos políticos com representação no CongressoNacional, as organizações sindicais, entidades de classe ou associações legalmente constituídas e emfuncionamento há pelo menos um ano, na defesa dos interesses de seus membros ou associados. Nomandado de segurança individual, terá legitimidade o titular do direito líquido e certo não amparado porhabeas corpus ou habeas data.

Controle Administrativo

É aquele exercido pela própria Administração sobre os seus atos, quanto à legalidade ou ao méritodestes, por iniciativa própria ou provocação. É realizado pelo Executivo e pelos órgãos administrativos doLegislativo e do Judiciário. Origina-se do poder-dever de autotutela que a Administração tem sobre os seusatos e agentes. É sempre um controle interno e se dá por meio de fiscalização hierárquica ou recursosadministrativos.

MANDADO DE INJUÇÃO

Para dar ciência ao Legislativo daausência da legislação

regulamentadora;

Finalidade - sempre previsão dedireito na Constituição e que esse

direito não possa ser exercitado porausência de infra-regulamentar

Ex: Direito de greve

OBS: Norma de Eficácia Limitada.

IMPETRADO - PESSOA QUE VEDA ODIREITO (OS PODERES)

Poder Legislativo - ação no poder;

Poder Judiciário - Judiciário

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Recursos Administrativos 

São um meio colocado à disposição dos administrados para provocarem a Administração, cuja funçãoé atender ao interesse público, dando-lhes um modo célere e gratuito para prevenção ou correções delesões aos seus direitos. Podem ser classificados como Recurso Hierárquico Próprio ou Impróprio. O recursohierárquico próprio é aquele em que há efetiva hierarquia entre o órgão recorrido e o órgão competentepara decidir o recurso, sendo integrantes de uma mesma entidade. Já no Recurso Hierárquico Impróprio, oato impugnado deve ser corrigido por órgão diverso do que o originou pertencente a entidades diversas,como na hipótese de reclamação administrativa, proposta perante o Supremo Tribunal Federal.

CONTROLEADMINISTRATIVO 

Controle Hierárquico Próprio É dirigido à autoridade ou

instância superior do mesmoórgão administrativo em que foipraticado o ato; é decorrência da

hierarquia. É realizado pelosórgãos superiores sobre osinferiores (subordinação).

Controle HierárquicoImpróprio 

É aquele direcionado àautoridade pertencente a outroórgão da Administração que não

integra aquela relaçãohierárquica.

Controle Finalístico 

É principalmente realizado pelosMinistérios sobre as entidades a

eles vinculadas

CONTROLE LEGISLATIVO (OU PARLAMENTAR) POSSUI DOIS TIPOS DE CONTROLE 

Controle Político:

O Poder Legislativo pode agir, com a finalidade decontrolar o ato administrativo, sobre a legalidadee o mérito , sendo possível a utilização deinstrumentos como a convocação de autoridadese a instauração de Comissões Parlamentares deInquérito.

Controle Financeiro:

Fiscalização contábeis, financeiras eorçamentárias a cargo do Congresso Nacional com

o auxílio do Tribunal de Contas da União.

CONTROLE JUDICIÁRIO 

É o poder de fiscalização que o Judiciário exerce ESPECIFICAMENTE sobre a atividade administrativa doEstado. Alcança, basicamente, os atos administrativos do Executivo, mas também examina os atos doLegislativo e do próprio Judiciário quando realiza atividade administrativa. Cabe ao Judiciário nãoapenas a análise da legalidade dos atos administrativos, mas também o controle do conteúdo materialdo ato. Assim, o ato administrativo que não observar os ditames da lei (aspecto formal do ato), bemcomo os princípios inerentes à Administração Pública (aspecto material), deverá ser retirado doordenamento jurídico.

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PRINCÍPIOS NORTEADORES

Legalidade objetiva

Decorre do princípio da legalidade. A atuação do administrador deve ser em conformidade com a lei,exigindo-se que o processo administrativo seja regrado do início ao fim, sendo caso de nulidade odesrespeito a tal princípio. 

Oficialidade

Decorre do poder-dever da Administração de controlar a legalidade dos seus atos (autotutela),competindo-lhe impulsionar o processo administrativo até a sua conclusão, ainda que iniciado por iniciativade um particular. Tal princípio é mais forte nos processos administrativos do que nos processos judiciais,pois, neste caso, permite que a própria Administração Pública os inicie de ofício. Já o Poder Judiciário nãotem tal prerrogativa, de iniciar um processo judicial de ofício, pois sempre dependerá de provocação do

interessado, por força do princípio da inércia.

Informalismo

Tal princípio visa à proteção ao particular, sendo vedada à Administração a recusa imotivada derecebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento deeventuais falhas.

Como decorrência de tal princípio, é um direito do administrado fazer-se assistir, facultativamente, poradvogado, salvo quando obrigatória à representação por força de lei, e os atos, em regra, serão escritos,mas também serão admitidos atos orais, que deverão ser reduzidos a termo. Obviamente, caso a lei exijadeterminada forma para a sua prática, esta deverá ser obedecida, sob pena de nulidade do ato.

Verdade material (ou verdade real)

É o princípio mais característico dos processos administrativos, que traça uma das principais diferençasem relação aos judiciais. Ao contrário do que ocorre no processo judicial, em que se procura a verdadeformal (ou verdade dos autos), ou seja, a verdade é colhida por meio do exame dos fatos e das provastrazidos pelas partes aos autos. No processo administrativo, o que importa é conhecer a verdade dos fatosno mundo real.

Para isso, cabe à autoridade julgadora do processo administrativo conhecer as provas apresentadaspelas partes, por terceiros ou até pela própria Administração. Daí, nesses processos, em maneira geral, adecisão de um recurso administrativo poderá reformar a decisão anterior, prejudicando a parte

interessada.Assim, nos processos administrativos, admite-se a reformatio in pejus  (reformar para prejudicar), a

qual não é admissível nos processos judiciais criminais, por exemplo. Cuidado, pois, nos processos derevisão, como regra, não se admite a reformatio in pejus.

Verdade formal ou verdade dos autos: Éreferente ao processo judiciário, prevalecendosempre a verdade dos autos. Somente seráanalisado o que estiver dentro do processo.

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Contraditório e Ampla Defesa

Dispõe que nenhum administrado poderá ter condicionados ou restringidos bens, direitos ouatividades sem adoção de devido processo previsto em lei, devendo-lhe ser assegurados todos os meios de

defesa admitidos em direito (perícia, provas documentais ou testemunhais).

Por contraditório, entende-se a necessidade de apresentarem ao acusado todos os fatos e provascontra ele formulados e a possibilidade de o mesmo recorrer a meios lícitos para provar sua inocência,contradizendo os fatos e as provas contra ele produzidas.

Caso isso seja descumprido, acarretará a nulidade do processo como um todo, caso não hajapossibilidade de serem anulados apenas os atos processuais subsequentes.

Instrumentalidade das formas

Estabelece este renomado “princípio” que, sempre que a lei determinar uma formalidade a ser

observada, esta deverá ser respeitada com o intuído de fazer valer a finalidade do ato exercido e, porconseguinte, o objetivo que lhe cumpre no processo.

Vale frisar que, quando ocorre a exigência formal, entende-se que o legislador considera necessário oessencial cumprimento satisfatório dessas formalidades. Assim, a inobservância implicaria em um maudesempenho no processo.

Devemos lembrar que a forma se trata de mera instrumentalidade, ou seja, é um instrumento noprocesso. Desta feita, caso a formalidade não seja observada, mas a finalidade seja atingida, entende-seque sua ausência (irregularidade) foi suprida. Aplica-se o “princípio da economia processual”, que dispõe

que o ato só deverá ser desfeito quando a falta da formalidade implicar negativamente no resultado.

Gratuidade

Trata-se de uma característica dos processos administrativos, onde, por sua vez, não se costumamcobrar custas processuais, ônus de sucumbência, honorários de peritos e advogados (característica típicados processos judiciais).

No âmbito administrativo, as cobranças apenas serão realizadas quando o administrado utilizar de suafaculdade para requerer tais serviços de maneira privada.

Por fim, cabe salientar que o Supremo Tribunal Federal já declarou serem inadmissíveis as chamadas“garantias de instâncias”,  independente de existir ou não previsão legal. Outrossim, entende a SupremaCorte que exigir a garantia do juízo como requisito de admissibilidade de recursos administrativos trata-sede critério inaceitável, prevalecendo, assim, o princípio da gratuidade.

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Capítulo VI - Controle da Administração Pública

QUESTÕES

1 - (Prova: CESPE - 2015 - MPU - Analista do MPU) Com relação ao controle da administração e ao poderde polícia administrativa, julgue o item seguinte. Compete ao Poder Judiciário, como mecanismo decontrole judicial, sustar, de ofício, os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poderregulamentar.( ) Certo ( ) Errado

2 - (Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVI - Primeira Fase)O Estado X está ampliando a sua rede de esgotamento sanitário. Para tanto, celebrou contrato de obracm mps “E-X-S”, v R$ 50.000.000,00 (cqu mhõs s). A fm

permitir a conclusão das obras, com a extensão da rede de esgotamento a quatro comunidades carentes,o Estado celebrou termo aditivo com a referida empresa, no valor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de

reais), custeados com recursos transferidos pela União, mediante convênio, elevando, assim, o valortotal do contrato para R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais). Considerando que foram formuladasdenúncias de sobre preço ao Tribunal de Contas da União, assinale a afirmativa correta.

a) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar eventual irregularidade, uma vez quese trata de obra pública estadual, devendo o interessado formular denúncia ao Tribunal de Contas doEstado.b) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar eventual irregularidade, mas pode deofício, remeter os elementos da denúncia para o Tribunal de Contas do Estado.c) O Tribunal de Contas da União é competente para fiscalizar a obra e pode determinar, diante deirregularidades, a imediata sustação da execução do contrato impugnado.

d) O Tribunal de Contas da União é competente para fiscalizar a obra e pode indicar prazo para que o órgãoou a entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade.

3 - (Prova: PUC-PR - 2015 - PGE-PR - Procurador do Estado) A respeito do sistema e órgãos de controle daAdministração Pública brasileira, assinale a alternativa CORRETA.

a) Nos processos perante o Tribunal de Contas da União, é dispensável o contraditório e a ampla defesaquando da apreciação da legalidade de ato de ascensão funcional de empregados públicos.b) O Tribunal de Contas tem atribuição fiscalizadora de verbas públicas, desde que recebidas e/oudespendidas por pessoas da Administração Pública (direta ou indireta)c) Nos processos perante o Tribunal de Contas da União, é dispensável o contraditório e a ampla defesa

quando da apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.d) Os Tribunais de Contas têm competência para fixar o teto remuneratório de servidores públicos pormeio de resolução administrativa.e) A Constituição Federal dispõe que, nos casos de contratos, licitações, dispensa e inexigibilidade, acompetência de julgamento dos Tribunais de Contas fica subordinada ao crivo do Poder Legislativo, pois osatos de sustação devem ser adotados diretamente por ele.

4 - (Prova: FGV - 2015 - DPE-MT - Advogado) Durante operação de fiscalização a bares e restaurantes, aSecretaria de Urbanismo do Município observou que o "Bar do Seu Silva" não respeitava o limite para apassagem de pedestres, devido à colocação de mesas e cadeiras na calçada. O espaço mínimo permitidopara a circulação era de 1,60 m (um metro e sessenta) e o bar só liberara um espaço de 1,50 m (um metro

e cinquenta). Em consequência, os fiscais autuaram o estabelecimento, determinaram a sua interdição e

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recolheram mesas, cadeiras e barris de chope. Considerando a situação descrita, assinale a afirmativacorreta.a) Não cabe o oferecimento de qualquer defesa na esfera administrativa ou judicial, em razão do legítimoexercício de autotutela administrativa.b) Não cabe o oferecimento de qualquer defesa na esfera administrativa ou judicial, em razão do legítimoexercício do poder de polícia, que é insuscetível de controle.c) É possível o oferecimento de impugnação administrativa ou judicial, a fim de que se discutam os limitesao exercício do poder de polícia, como a observância dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.d) É possível o oferecimento de impugnação administrativa ou judicial, pois o poder de polícia exercido pelafiscalização municipal não goza do atributo da autoexecutoriedade.e) É possível o oferecimento de impugnação administrativa ou judicial, pois a autotutela administrativasomente pode ser exercida após a observância do contraditório e da ampla defesa.

5  - (Prova: FGV - 2015 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar) O controle da Administração Pública é oconjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por meio dos quais se exerce o poder de fiscalizaçãoe de revisão da atividade administrativa em qualquer das esferas de Poder. Nesse contexto, é corretoafirmar que o controle:

a) legislativo é aquele executado pelo Poder Legislativo sobre os atos da Administração Pública, como, porexemplo, quando o Tribunal de Contas, órgão de controle financeiro que integra o Legislativo, realiza ocontrole externo dos Poderes Executivo e Judiciário;b) judicial é levado a efeito pelo Poder Judiciário, ao qual cabe, em regra, decidir sobre a legalidade e omérito dos atos da Administração em geral, podendo invalidar e revogar, respectivamente, os atos ilegais einoportunos;c) administrativo é o que se origina da própria Administração Pública, como, por exemplo, quando o Chefedo Executivo, pelo atributo da autotutela, promove a revisão (seja para invalidação, seja para alteração) deum ato oriundo do Poder Legislativo;d) externo é exercido com exclusividade pelo Poder Judiciário sobre os Poderes Legislativo e Executivo, queestão sujeitos às decisões judiciais pelos princípios da inafastabilidade e supremacia da jurisdição, sendoque tais poderes não exercem qualquer controle sobre o Judiciário;e) interno é exercido com exclusividade pelo Poder Executivo, por meio do Tribunal de Contas quepromove a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos do próprioExecutivo.

6 - (Prova: FCC - 2015 - CNMP - Analista do CNMP ) Suponha que determinado diretor, responsável pelaárea de pessoal de um órgão público, tenha aprovado escala de férias dos servidores do órgão, sematentar, contudo, para as condições de manutenção da regularidade do atendimento ao público, deforma que a manutenção da escala poderá prejudicar o bom andamento do serviço. Referido ato

administrativo:

a) pode ser anulado, administrativamente ou judicialmente, tanto por razões de legalidade como deconveniência administrativa, para fins de preservação do interesse público.b) é passível de controle pelo órgão hierarquicamente superior ao da autoridade que o praticou, que podeanular o ato se considerá-lo inoportuno ou inconveniente.c) pode ser revogado pela própria Administração, por razões de conveniência e oportunidade, comoexpressão da autotutela.d) somente pode ser revogado se identificada ilegalidade ou desvio de finalidade.e) uma vez aperfeiçoado, não pode mais ser modificado pela Administração.

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7 - (Prova: CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário) Acerca de improbidade administrativa e controle daadministração pública, julgue item a seguir. Conforme a doutrina dos checks and balances, a preservaçãodo equilíbrio das instituições democráticas, inclui-se entre os objetivos do controle administrativo.( ) Certo ( ) Errado

8 - (Prova: FUNIVERSA - 2015 - SAPeJUS - GO) Acerca dos atos administrativos e do controle judicial dosatos da Administração, assinale a alternativa correta.

a) Em regra, o controle do Poder Judiciário sobre atos administrativos abrange a legalidade e o mérito doato administrativo.b) A prática de ato administrativo, ainda que desproporcional, não permite a intervenção do PoderJudiciário, pois, nesse caso, haveria ofensa ao princípio da harmonia entre os Poderes da República.c) Em regra, é cabível ao Poder Judiciário examinar o mérito do ato administrativo discricionário,classificação na qual se enquadra o ato que aprecia pedido de licença de servidor para tratar de interesseparticular.d) O ato administrativo discricionário está sujeito a controle judicial, sobretudo no que se refere à presençade motivação, respeitados os limites da discricionariedade conferida à Administração.e) O ato discricionário, sujeito ao juízo de conveniência e oportunidade, é insuscetível de controle

 jurisdicional, mesmo que praticado com abuso de poder.

9 - (Prova: VUNESP - 2015 - Prefeitura de Caieiras - SP - Assistente Legislativo)A fiscalização do Município será exercida mediante controle

a) interno pelo Poder Legislativo Municipal.b) externo pelo Poder Legislativo Municipal.c) interno pelo Tribunal de Contas Estadual.d) externo pela Procuradoria Geral do Município.e) interno pelo Órgão de Contas Municipal.

10  - (Prova: VUNESP - 2015 - Prefeitura de Caieiras - SP - Assessor Jurídico/Procurador Geral / DireitoAdministrativo / Controle da administração pública; Tribunais de Contas; )Unidade da Prefeitura Municipal de Caieiras realiza licitação e contrata empresa privada para a prestaçãode determinado serviço. Auditoria do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo verifica que opagamento realizado à empresa contratada foi 40% (quarenta por cento) maior do que o devido,considerando a despesa ilegal. Como consequência de tal constatação em controle externo, poderá oTribunal de Contas:

a) determinar ao Prefeito Municipal que afaste, de imediato, os responsáveis de suas funções, enquanto o

Tribunal de Contas realiza o processo disciplinarb) aplicar aos responsáveis as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multaproporcional ao dano causado ao erárioc) informar a Câmara Municipal, para que delibere a respeito, juntamente com as informações anuaisprestadas sobre a fiscalização orçamentária, contábil e financeira.d) encaminhar as informações, em forma de denúncia, para que a Câmara Municipal apure aresponsabilidade dos servidores municipais que deram causa à irregularidadee) rejeitar as contas do Prefeito Municipal, encaminhando as informações ao Ministério Público Estadual,para propositura de ação de improbidade contra o Prefeito Municipal.

11  - (Prova: FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) Quanto ao sistema de controle

incidente sobre a atuação administrativa, a Administração pública está sujeita à

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a) controle interno e à controle externo de seus atos, este último, via de regra, efetivado pelos PoderesLegislativo e Judiciário e alicerçado nos mecanismos de controles recíprocos entre os Poderes.b) controle externo de seus atos, que, via de regra, é alicerçado nos princípios hierárquico e disciplinar.c) controle interno e à controle externo de seus atos, o primeiro exercido pelo Poder Judiciário, medianteprovocação, e o segundo pelo Legislativo de ofício, por intermédio do Tribunal de Contas.d) autotutela administrativa que é levada a efeito pela própria administração, e, também, pelos Tribunaisde Contas.e) controle interno e à controle externo de seus atos, o primeiro exercido pelo Poder Legislativo, porintermédio do Tribunal de Contas e o segundo pelo Poder Judiciário.

12 - (Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe;)A Administração Pública deve atuar com legitimidade, segundo as normas pertinentes a cada ato e deacordo com a finalidade e o interesse coletivo na sua realização. Nesse sentido, é correto afirmar que:

a) o controle de mérito é todo aquele que antecede a conclusão do ato.b) a inexistência de lei específica impede o controle externo popular.c) se o ato pendente de decisão administrativa é inoperante, pode causar lesão ou ameaça de lesão aalguém, que passa a ter legitimação para se socorrer do Judiciário.d) são características da fiscalização hierárquica a mutabilidade e a provocação.e) o controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela que a Administração tem sobre seuspróprios atos e agentes.

13 - (Prova: FCC - 2015 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do Trabalho Substituto) Os órgãos de controle internode determinada autarquia federal apontaram a ocorrência de danos ao patrimônio da entidade,especialmente em função da inadequada conservação de seus imóveis, alguns dos quais de valorhistórico. A situação narrada

a) permite a celebração de compromisso de ajustamento de conduta dos responsáveis, desde quepreviamente à instauração do competente Inquérito Civil Público.b) poderá ensejar, mediante provocação de qualquer pessoa, a instauração, sob a Presidência do MinistérioPúblico, de Inquérito Civil para averiguar a existência de fundamentos para a propositura de Ação CivilPública.c) determina a apuração, em litisconsórcio necessário, dos danos ao patrimônio público e histórico, pelaUnião e pelo Ministério Público, mediante a instauração de Inquérito Civil sob a presidência deste último.d) uma vez noticiada ao Ministério Público, obriga a imediata interposição de Ação Civil Pública, no bojo daqual poderá ser firmado compromisso de ajustamento de conduta.e) comporta apuração em sede de Inquérito Civil Público, com competência concorrente entre MinistérioPúblico e a pessoa jurídica de direito público atingida pelos danos indicados.

14 - (Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Escrivão de Polícia Civil de 1a Classe)Com relação ao controle administrativo, é correto afirmar que:

a) por controle judicial entende-se o controle interno que o Poder Judiciário realiza com seus próprios atos,não podendo incidir sobre as atividades administrativas do Estado.b) o controle, em razão da legalidade dos atos administrativos, é exercido tanto pela Administração comopelo Poder Judiciário.c) o Tribunal de Contas é o órgão do Poder Judiciário encarregado do controle financeiro da AdministraçãoPúblicad) não poderá o Poder Legislativo fiscalizar as atividades da Administração Pública.

e) somente o Ministério Público poderá fiscalizar os atos dos administradores públicos.

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15  - (Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil de 1a Classe) A edição de um atoadministrativo contrário ao sistema jurídico vigente é passível de

a) anulação pela Administração Pública ou revogação pelo Poder Judiciáriob) revogação pelo Poder Judiciário por razões de conveniência e oportunidade.c) anulação pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário, respeitados os direitos adquiridos e osterceiros de boa-fé.d) convalidação pelo Poder Judiciário por razões de ilegalidade.e) convalidação pelo Poder Judiciário para respeitar os direitos adquiridos e os terceiros de boa-fé ou não.

16  - Q476012 ( Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Inspetor de Polícia Civil de 1a Classe) Com relação aocontrole externo e interno da Administração Pública, pode-se afirmar como correto que:

a) o controle judiciário dos atos administrativos é exercido pelo Poder Judiciário e pelo Tribunal de Contasb) compete ao Tribunal de Contas apreciar a legalidade dos atos de nomeação para cargo de provimentoem comissão da Administração Indireta.c) o controle exercido pelo Tribunal de Contas alcança a legalidade dos atos de concessão de aposentadoriade pessoal do Poder Legislativo.d) não compete ao Tribunal de Contas apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal das FundaçõesPúblicas.e) o controle de mérito e de legalidade exercido pela Administração Pública sobre sua própria atividadeindepende de provocação da parte interessada.

17  - (Prova: CESPE - 2015 - DPE-PE - Defensor Público) No que se refere ao controle da administraçãopública, julgue o seguinte item. Por ser um órgão constitucional autônomo, a DP não está sujeita acontrole interno de suas funções administrativas.( ) Certo ( ) Errado.

18 - (Prova: CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz de Direito) Conforme entendimento jurisprudencial do STF e do STJ,assinale a opção correta considerando os temas improbidade administrativa e as formas de controle daadministração pública.

a) Ação popular que tenha por fundamento improbidade administrativa do presidente da República será decompetência originária do STF.b) Qualquer pessoa, física ou jurídica, detém legitimidade para a propositura de ação popular.c) Caso haja apenas indícios de cometimento de atos de improbidade administrativa, a petição inicial darespectiva ação não deve ser recebida pelo Poder Judiciário, em decorrência da aplicação do princípioconstitucional da presunção de inocência.

d) É possível a demissão de servidor por improbidade administrativa por meio de PAD, independentementede ação judicial, caso existam elementos comprobatórios da prática de ato de improbidade.e) O MP não tem legitimidade para ajuizar ACP referente a ato de improbidade administrativa que envolvaquestões tributárias em sua causa de pedir.

19  - (Prova: FCC - 2014 - TJ-AP - Analista Judiciário) Sabe-se que a Administração pública está sujeita aprincípios expressos e implícitos, cuja inobservância acarreta consequências em diferentes esferas egraus de extensão. Sobre o impacto dos princípios na validade dos atos jurídicos, é correto afirmar que: 

a) a inobservância dos princípios que regem a Administração não pode acarretar a invalidação ou arevogação dos atos administrativos, salvo se também tiver havido descumprimento de regra legal.

b) somente a Administração pública está autorizada a anular seus atos com fundamento em inobservânciade princípios.

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c) o poder de tutela exercido pela Administração pública sobre seus próprios atos somente autoriza arevogação com fundamento em descumprimento de princípios, vedada a anulação.d) o poder de tutela exercido pelo Judiciário pode acarretar a revogação de atos essencialmentediscricionários, ainda que o fundamento seja exclusivamente o descumprimento de princípios.e) o controle exercido pelo Poder Judiciário sobre a atuação da Administração pública pode ensejaranulação ou desfazimento de atos administrativos com fundamento no descumprimento de princípios.

20 - (Prova: FGV - 2014 - PGM - Niterói - Procurador do Município) Sobre sistemas de controle interno eexterno, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) O controle orçamentário destina-se a fiscalizar e a corrigir as infrações às leis de meios, ao orçamentoplurianual, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual, zelando pela legalidade e pela legitimidadeda disposição do dinheiro público.( ) Com relação aos Municípios, a fiscalização é exercida pelo Poder Executivo Municipal na forma da lei, eo controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio do Tribunal dos Estados.( ) A prestação de contas dos Tribunais de Contas dos Municípios, que são órgãos estaduais (Art. 31, § 1ºda CF), há de se fazer perante a Assembleia Legislativa do Estado- membro.

As afirmativas são, respectivamente,a) F, V e V.b) V, F e F.c) F, V e F.d) V, V e F.e) F, F e V.

21 - (Prova: FGV - 2014 - PGM - Niterói - Procurador do Município) Sobre a ação civil pública, assinale Vpara a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

( ) A condição de réu não poderá recair sobre ente da Administração Pública ou sobre empresa privada.( ) O objeto da ação civil pública poderá ser tanto a condenação em dinheiro como a cominação judiciáriade uma obrigação de fazer ou deixar de fazer.( ) O dano e a ameaça de dano a interesses difusos ou coletivos são pressupostos da ação civil pública.

As afirmativas são, respectivamente,a) V, F e F.b) F, F e V.c) F, V e V.d) V, F e V.

e) F, V e F.

22 - (Prova: FGV - 2014 - PROCEMPA - Analista Administrativo)Em relação ao controle dos atos administrativos, assinale a afirmativa correta.

a) O controle legislativo só pode recair sobre atos discricionários.b) A Administração Pública está sujeita ao prazo de três anos para anular seus próprios atos administrativosc) O Poder Judiciário não pode anular atos administrativos por meros vícios de forma.d) A Administração Pública pode revogar seus atos por motivo de conveniência e oportunidade ou anulá-lospor motivo de ilegalidade.e) O controle dos atos administrativos pela própria Administração Pública dispensa a observância do

contraditório e da ampla defesa.

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23 - (Prova: FCC - 2014 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do Trabalho Substituto) A União decidiu implementar um amplo programa de privatizações de empresas estatais. Ocorre quedeterminada parcela da população mostrou-se inconformada com essa diretriz política, vislumbrandopotencial lesividade ao patrimônio público. Considerando os meios de controle jurisdicional dos atosadministrativos e seus limites, afigura-se juridicamente viável.

a) a discussão do mérito do programa por qualquer cidadão, em Mandado de Segurança, quandoconfigurada lesão ou ameaça de lesão a interesses difusos ou coletivos.b) pedido de suspensão do programa, em sede de Mandado de Injunção, quando vislumbrada ausência deautorização legal específica para sua implementação.c) pedido de anulação, por um único cidadão no uso de seus direitos políticos, mediante Ação Popular, emrelação a atos concretos praticados pela União para implementação do programa, quando identificadailegalidade e lesividade do ato.d) a impetração de mandado de segurança coletivo, contra ato da autoridade federal passível de configurarabuso de poder, com competência exclusiva de partido político, em face de matéria discutida que envolveprograma de governo.e) aforamento por cidadãos, representando pelo menos 1% dos eleitores, de Ação Popular objetivando aanulação da decisão lesiva, por ilegalidade ou afronta à moralidade.

24 - (Prova: FGV - 2014 - OAB - Exame de Ordem Unificado)A ONG “Fsvus”, um sscçã cá sssc, qufc como Organização da SociedadeCivil de Interesse Público (OSCIP), celebrou Termo de Parceria com a União e dela recebeu R$ 150.000,00(cento e cinquenta mil reais) para execução de atividades de interesse público. Uma revista de circulaçãonacional, entretanto, divulgou denúncias de desvio de recursos e de utilização da associação como formade fraude. Com base na hipótese apresentada, considerando a disciplina constitucional e legal, assinale aafirmativa correta.

a) O Tribunal de Contas da União não tem competência para apurar eventual irregularidade, uma vez quese trata de pessoa jurídica de direito privado, não integrante da Administração Pública.b) O Tribunal de Contas da União tem competência para apurar eventual irregularidade praticada pelaOSCIP, por se tratar de pessoa jurídica integrante da administração indireta federal.c) O Tribunal de Contas da União tem competência para apurar eventual irregularidade praticada pelaOSCIP, por se tratar de recursos públicos federais.d) O controle exercido sobre a utilização dos recursos repassados à OSCIP é realizado apenas pela própriaAdministração e pelo Ministério Público Federal.

25 - (Prova: VUNESP - 2014 - SP-URBANISMO - Analista Administrativo)Para os efeitos da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n.º 101/2000), o somatório das

receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferênciascorrentes e outras receitas também correntes, excluídas as deduções legais, é denominado:

a) balanço contábil.b) orçamento global líquido.c) orçamento financeiro bruto.d) recursos financeiros vinculados.e) receita corrente líquida.

26 - (Prova: FCC - 2014 - TCE-GO - Analista de Controle Externo)Isis, servidora pública, praticou ato administrativo com vício de finalidade (o ato não tinha finalidade

pública; visava interesses particulares). Em razão do vício e após provocação dos interessados, o aludidoato foi invalidado pelo Poder Judiciário. A propósito do tema, é correto afirmar que:

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a) a invalidação em questão não poderia ter sido feita pelo Judiciário.b) o procedimento adequado para o caso seria a revogação do ato administrativo.c) a invalidação, quando feita pela própria Administração pública, independe de provocação dointeressado.d) se trata de vício sanável, portanto, não era hipótese de invalidação do ato administrativo.e) a invalidação em questão produz efeitos ex nunc.

27 - (Prova: FUNDEP - 2014 - DPE-MG - Defensor Público)Sobre o controle externo da Administração Pública a cargo dos Tribunais de Contas, assinale a alternativaCORRETA.

a) Os Tribunais de Contas têm competência para fiscalizar as despesas dos Poderes Executivo, Legislativo eJudiciário, além do Ministério Público.b) Assim como o Poder Judiciário, os Tribunais de Contas somente podem agir se provocados por terceirospara suspender o procedimento licitatório ilegal.c) No exercício de suas atribuições, os Tribunais de Contas não podem apreciar a constitucionalidade dasleis e dos atos do Poder Público.d) Aos Tribunais de Contas dos Estados compete julgar as contas prestadas anualmente pelo Governador ePrefeitos.

28 - (Prova: FCC - 2014 - SEFAZ-PE - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual ) O controle dos atos administrativosexercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, considerando o disposto naConstituição Federal,

a) tem por finalidade a análise de legalidade dos atos administrativos, não incluindo análise de mérito oucontrole político, vez que estes são restritos aos órgãos de controle da Administração pública da esfera doExecutivo.b) é executado sem prejuízo dos controles exercidos pelo Executivo e pelo Judiciário, possuindo alcancepróprio, inclusive atingindo alguns aspectos do mérito do ato administrativo, e admitindo a participaçãodos administrados.c) pretere aquele realizado internamente pelos órgãos da Administração pública, porque lhe éhierarquicamente superior.d) admite o recebimento e a análise de recurso interposto no âmbito do Executivo, após manutenção dedecisão pela autoridade máxima do órgão.e) deve ser desempenhado em todas as fases da edição dos atos administrativos pela Administraçãopública, caracterizando-se como expressão do poder de autotutela que acompanha sua atuação.

29 - (Prova: CEC - 2014 - Prefeitura de Piraquara - PR - Procurador Municipal)O Vice-prefeito do Município de Pipoca do Oeste contratou seu cunhado para o cargo de assessor degabinete, seu sogro para o cargo de motorista e seu irmão para o cargo de assistente administrativo.Considere que esses três cargos sejam comissionados e vinculados à Administração municipal de Pipoca Os. s qu Súmu Vcu º 13 Supm Tbu F spõ qu: “

nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceirograu, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo dedireção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, defunção gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas,v suçã F”, ss v c. 

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a) Súmulas vinculantes devem ser observadas pelo Poder Executivo; assim, contra a conduta do Vice-prefeito cabe reclamação ao Supremo Tribunal Federal, que poderá anular as três contratações.b) O caso em questão não viola súmula vinculante, pois as contratações se deram em âmbito municipal.c) Súmulas vinculantes devem ser observadas pelo Poder Executivo; assim, contra a conduta do Vice--prefeito cabe recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, que poderá anular as três contratações.d) Referidas súmulas vinculam apenas o Poder Judiciário e o Poder Legislativo, não produzindo efeitos emface do Poder Executivo.e) Em respeito ao princípio constitucional da separação dos Poderes, súmulas vinculantes, por seremeditadas pelo Supremo Tribunal Federal, não podem atingir os Poderes Executivo e Legislativo.

30 - (Prova: FUNEC - 2014 - TransCon - Agente de Operação e Fiscalização de Transporte e Trânsito)Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, considerando os recursos que podem ser utilizadosquando uma decisão administrativa é ilegal.

PRIMEIRA COLUNA1- Pedido de Reconsideração2- Recurso Hierárquico3- Representação4- Denúncia5-Reclamação Administrativa

SEGUNDA COLUNA( ) Designativo que se dá a manifestações insurgentes não qualificáveis, como pedido de reconsideraçãoou recurso, de acordo com o qual cabe representação contra decisão de que não caiba recurso( ) Manifestação de inconformismo do administrado em face de decisão administrativa que lhe afetadireitos ou interesses.( ) Petição dirigida à mesma autoridade prolatora da decisão, postulando que a modifique ou suprima.( ) Petição dirigida à autoridade imediatamente superior à que prolatou a decisão questionada,postulando sua reforma ou supressão.( ) Designativo utilizado para hipótese similar, na qual, todavia, prepondera o intuito de alertar aautoridade competente para conduta administrativa apresentada como censurável.

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:a) 3, 5, 1, 2, 4;b) 3, 5, 2, 1, 4;c) 4, 5, 2, 1, 3;d) 4, 5, 1, 2, 3.

31 - (Prova: CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo)No tocante ao controle da administração pública, julgue o item subsecutivo. O controle administrativoexercido com base na hierarquia denomina-se supervisão ministerial.( ) Certo ( ) Errado

32 - (Prova: CESPE - 2014 - ANTAQ - Técnico Administrativo)No tocante ao controle da administração pública, julgue o item subsecutivo. A análise da prestação decontas de uma autarquia federal pelo Tribunal de Contas da União é exemplo de controle posterior eexterno.( ) Certo ( ) Errado

33 - (Prova: FGV - 2014 - MPE-RJ - Estágio Forense / Direito Administrativo)

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A Constituição da República de 1988 estabelece que qualquer cidadão é parte legítima para propor açãopopular que vise a:

a) desconstituir ato lesivo ao patrimônio público ou privado, quando o responsável pela ilegalidade ouabuso de poder for autoridade pública;b) anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidadeadministrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural;c) proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas- corpus ou habeas-data, quando oresponsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública;d) defender interesse público, desde que esteja representado pelo Ministério Público, Defensoria Pública,entidades da Administração Direta e Indireta ou associação constituída há pelo menos 6 (seis) meses;e) assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros oubancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

34 - (Prova: VUNESP - 2014 - TJ-SP - Juiz) O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo funciona comoórgão auxiliar:

a) da Câmara Municipal da Capital do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Legislativo do Município daCapital.b) do Governo do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Executivo.c) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Legislativo estadual.d) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ou seja, do Poder Judiciário.

35 - (Prova: CESPE - 2014 - ANATEL - Conhecimentos Básicos - Cargos 2, 3 e 6).Com relação às contratações de tecnologia da informação e segurança da informação, julgue o item quese segue. De acordo com a Instrução Normativa GSI n.o 1, que disciplina a gestão de segurança dainformação e comunicações, todo órgão da administração pública indireta deve nomear um gestor desegurança da informação e comunicações, que terá a incumbência de acompanhar as investigações dedanos decorrentes da quebra de segurança.( ) Certo ( ) Errado

36 - (Prova: VUNESP - 2014 - IPT-SP - Advogado) O direito de petição como controle da atividadeadministrativa:

a) depende da invocação de um “direito” ou da indicação de uma ilegalidade b) exige para o seu exercício comprovação da condição de cidadão para a legitimidade ativa.c) pode sofrer restrições quando o assunto for sigiloso.d) somente poderá ser subscrito por brasileiro nato ou naturalizado.

e) é um dos remédios constitucionais.

37 - (Prova: FCC - 2014 - DPE-PB - Defensor Público) A Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei Complementarnº 101/2000, traz o conceito de transferência voluntária e estabelece os requisitos para que ela serealize. A partir da definição legal, é correto afirmar que:

a) as transferências voluntárias consubstanciam-se na entrega de recursos correntes ou de capital de umente da federação para outro em cumprimento de expressa determinação constitucional ou legal.b) a entrega de recursos de capital a outro ente da federação não é considerada, pela lei, comotransferência voluntária, mesmo quando seja feita a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira.c) as transferências voluntárias são necessariamente formalizadas por meio de convênios, sob pena de

nulidade de pleno direito.

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d) a entrega de recursos correntes ou de capital de um ente da federação para outro a título decooperação, auxílio ou assistência financeira é considerada, pela lei, como transferência voluntária, desdeque não decorra do cumprimento de determinação constitucional ou legal ou se destine ao Sistema Únicode Saúde.e) a realização de transferências voluntárias independe da existência de dotação orçamentária específica eda observância do disposto no artigo 167, X, da Constituição Federal.

38 - (Prova: FEPESE - 2014 - MPE-SC - Analista de Contas Públicas - Direito) Em matéria de orçamentopúblico, assinale a alternativa correta de acordo com a Constituição Federal.

a) É vedado qualquer tipo de emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias.b) A abertura de crédito suplementar ou especial depende de prévia autorização legislativa e de indicaçãodos recursos correspondentes.c) A concessão ou utilização de créditos ilimitados deve estar prevista na lei orçamentária anual.d) A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação paraoutra ou de um órgão para outro não depende de prévia autorização legislativa.e) A realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ouadicionais deve ser compatível com o plano plurianual.

39 - (Prova: FEPESE - 2014 - MPE-SC - Analista de Contas Públicas - Direito) Assinale a alternativa correta deacordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

a) O projeto de lei orçamentária anual, por ser de curta duração e execução, está dispensado de sercompatível com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.b) A reserva de contingência prevista na lei orçamentária anual tem por objetivo compensar a renúncias dereceita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado.c) Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as atenderão,constarão da lei orçamentária anual.d) A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração inferior a um exercíciofinanceiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão.e) Ao consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada, deverá oChefe do Poder ou órgão justificar o seu montante.

40 - (Prova: FEPESE - 2014 - MPE-SC - Analista de Contas Públicas) Assinale a alternativa que indicacorretamente a periodicidade em que o relatório de gestão fiscal deve ser emitido pelos titulares dospoderes e órgãos, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

a) Ao final de cada quadrimestre.

b) No primeiro trimestre do ano.c) No prazo de 90 dias após o encerramento de cada semestre.d) No último bimestre do exercício fiscal.e) Em até 30 dias após o encerramento do semestre.

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GABARITO

1 - E 11 - A 21 - E 31 - E

2 - D 12 - E 22 - D 32 - C

3 - C 13 - B 23 - C 33 - B

4 - C 14 - B 24 - C 34 - C

5 - A 15 - C 25 - E 35 - C

6 - C 16 - E 26 - C 36 - C

7 - E 17 - E 27 - A 37 - D8 - D 18 - D 28 - B 38 - B

9 - B 19 - E 29 - A 39 - C

10 - B 20 - B 30 - A 40 - A

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Capítulo VII

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

A responsabilidade civil tem sua origem no Direito Civil, no âmbito do Direito Privado. Baseia-se naobrigação de indenizar um dano patrimonial decorrente de um fato lesivo, voluntário ou não; e, para queocorra, são necessários os seguintes elementos:

  Ocorrência de um dano patrimonial ou moral;

  Nexo de casualidade entre o dano havido e o comportamento do agente, ou seja, que o danoefetivamente haja decorrido, direta ou indiretamente, da ação ou omissão indevida do agente;

  Que o fato lesivo, causado pelo agente, seja em decorrência de dolo (intenção) ou culpa(negligência, imprudência ou imperícia).

Cumpre mencionar que, no Direito pátrio, adotou-se o Princípio da Causalidade Adequada, quedetermina que ninguém pode ser responsabilizado por consequências a que não tenha dado causa, esomente se considera causa o evento que produziu direta e concretamente o evento danoso.

Nesse sentido, no âmbito do Direito Público, a responsabilidade civil da Administração evidencia-se naobrigação que tem o Estado de indenizar os danos patrimoniais ou morais decorrentes de atos praticadospor seus agentes públicos a particulares.

EVOLUÇÃO (FASES)

Irresponsabilidade do Estado 

Esta fase se desenvolveu durante o período em que a forma de governo adotada era a monarquiaabsolutista. Nesse período, o monarca reunia o comando de todos os poderes estatais e todas as suascondutas eram legitimada pela suposta autorização divina. Acreditava-se que todos os atos praticados pelo

rei eram necessariamente inspirados por Deus. Sob esta ótica, o rei nunca cometia faltas, pois, se Deus é

Irresponsabilidade do Estado 

Responsabilidade Subjetiva do Estado (Culpa Civil Comum) 

Teoria da Culpa Administrativa (Culpa Anônima) 

Teoria do Risco Integral 

Teoria do Risco Administrativo (Responsabilidade Objetiva) 

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perfeito, a conduta real também o era. Dessa forma, com base na inspiração divina dos atos do monarca,surge a máxima de “The king can do no wrong”, ”Le roi ne peut mal faire” (a infalibilidade do rei), que faziacom que o Estado simplesmente imputasse à própria vítima a responsabilidade pelos atos danosos quecominava com a impossibilidade de ressarcimento ou indenização, uma vez que o Estado, personificado nafigura do rei, não cometia erros.

Tal fase perdeu força com o advento do Iluminismo e, também, pela própria função atribuída aoEstado, que é guardar o Direito e zelar pelo bem-estar dos cidadãos. Sendo assim, não se justifica o fato dea população não poder recorrer quando se sentirem prejudicadas pelo Estado. Ou seja, essa doutrinapossui somente valor histórico, encontrando-se inteiramente superada.

Responsabilidade Subjetiva do Estado (Culpa Civil Comum)

Essa doutrina, influenciada pelo liberalismo, pretendeu equiparar o Estado ao indivíduo, sendoobrigado a indenizar os danos causados aos particulares nas mesmas hipóteses em que existe tal obrigaçãopara os indivíduos. Assim, o Estado somente teria obrigação de indenizar quando seus agentes houvessemagido com culpa ou dolo, cabendo ao particular o ônus da prova desses elementos subjetivos.

Teoria da Culpa Administrativa (Culpa Anônima)

Representou a transição entre a doutrina da responsabilidade subjetiva e a da responsabilidadeobjetiva, atualmente adotada pela maioria dos países ocidentais. Segundo esta teoria, o dever de o Estadoindenizar o particular só existe caso seja comprovada a existência de falta de serviço. Não se trata dequestionar a culpa do agente, mas da decorrência de falta na prestação do serviço. A tese é que somente odano decorrente de irregularidade na execução da atividade ensejaria indenização ao particular, ou seja,

exige-se uma culpa, mas não culpa subjetiva do agente, e sim de uma culpa especial da Administração(culpa administrativa). Tal culpa pode decorrer de inexistência do serviço, mau funcionamento ouretardamento do serviço. Cabe ao particular comprovar sua ocorrência para fazer jus à indenização.

Teoria do Risco Integral

Representa um agravamento da responsabilidade civil da Administração. Basta a existência doevento danoso e do nexo causal para que surja a obrigação de indenizar para a Administração, mesmo queo dano decorra de culpa exclusiva do particular.

Teoria do Risco Administrativo (Responsabilidade Objetiva)

Tal teoria Infere que o risco é inerente à atividade estatal, devendo este arcar com asconsequências relativas aos serviços prestados. É daí que surge a obrigação de reparar o dano sofridoinjustamente pelo particular, independente de sua existência de falta de serviço ou de culpa do agente.Basta que exista o dano, sem que para ele tenha concorrido o particular.

Em resumo, existindo o fato de serviço e o nexo causal entre o fato e o dano, presume-se a culpada Administração. Compete a esta, para eximir-se da obrigação de indenizar, comprovar culpa exclusiva doparticular ou, se comprovar culpa concorrente, atenuar sua obrigação. Admite-se também a exclusão daresponsabilidade em decorrência de caso fortuito ou força maior.

Cabe à Administração o ônus da prova.

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No Brasil, adotou-se a Teoria do Risco Administrativo como regra, conforme previsto no art. 37, §6º, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que caracteriza a responsabilidade civil doEstado como objetiva. A doutrina moderna entende que a responsabilidade civil objetiva pode ser

imputada ao Estado ou a pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público.

De maneira geral, o Estado não pode ser responsabilizado por atos emanados do Legislativo e doJudiciário, em razão do Princípio da Simetria. Contudo, a Carta da República prevê, no seu art. 5º, LXXV, apossibilidade de o Estado indenizar o condenado em razão de erro do Judiciário. Há ainda a hipótese deresponsabilizar a Administração em caso de ato emanado do Legislativo no caso de edição de leiinconstitucional cuja inconstitucionalidade tenha sido devidamente declarada pelo STF, e queeventualmente tenha causado danos a particulares.

Responsabilidade Civil da Administração no Direito Brasileiro 

O já revogado Código Civil de 1916 dispunha, em seu art. 15, que “as pessoas jurídicas de Direito

Público são civilmente responsáveis por atos de seus representantes que, nessa qualidade, causem dano aterceiros, procedendo de modo contrário ao direito ou faltando a dever prescrito por lei, salvo o direitoregressivo contra os causadores do dano”. Adotava, pois, a responsabilidade civil (subjetiva) da

Administração.

A Constituição Federal de 1946 introduziu no Direito pátrio a responsabilidade civil objetiva,dispondo, em seu art. 194, que “as pessoas jurídicas de direito p úblico interno são civilmente responsáveispelos danos que seus funcionários, nessa qualidade, causem a terceiros”. Foram eliminados, assim, oselementos subjetivos da culpa, presentes no texto anterior.

As Constituições seguintes não promoveram alterações significativas neste aspecto. A atual CartaMagna, em seu art. 37, § 6º, reza que “As pessoas jurídicas de Direito Púb lico e as de Direito Privadoprestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem aterceiros, assegurando o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo e culpa”. Importante

ressaltar que não foram aqui incluídas as pessoas jurídicas de direito privado (empresas públicas esociedades de economia mista) que atuam a título de intervenção no domínio econômico, apenas asprestadoras de serviços públicos. Desta forma, tais entidades responderão com base na responsabilidadesubjetiva pelos danos que eventualmente causarem a terceiros, consoante as regras de Direito Privado.

A responsabilidade civil do Estado

As pessoas jurídicas de direito público e as de direitoprivado prestadoras de serviços públicos responderãopelos danos que seus agentes, nessa qualidade,causarem a terceiros, assegurado o direito deregresso contra o responsável nos casos de dolo ouculpa.

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Consagra-se, assim, no ordenamento jurídico pátrio, a Teoria da Responsabilidade Objetiva doEstado (independente de culpa ou dolo) e a Teoria da Responsabilidade Subjetiva do Agente (dependentede dolo ou culpa), para fins de ação regressiva estatal.

Quanto à ação regressiva, seus efeitos, por se tratarem de uma ação de natureza civil, transmitem-

se aos herdeiros e sucessores do culpado. Portanto, mesmo após a morte do agente, podem seussucessores e herdeiros arcar com a obrigação da reparação do dano (sempre respeitando o limite do valordo patrimônio transferido (CF, art. 5º, XLV)). Pelo mesmo motivo, pode tal ação ser intentada mesmodepois de terminado o vínculo entre o servidor e a Administração. Nada impede, pois, seja o agenteresponsabilizado, ainda que aposentado, em disponibilidade etc.

EXCLUDENTES E ATENUANTES

Força Maior e Caso Fortuito

No que tange à ocorrência de caso fortuito ou força maior como excludentes da responsabilidadecivil da Administração, há grande controvérsia quanto à classificação dos referidos conceitos. Cumpremencionar que o ordenamento pátrio admite a possibilidade de exclusão da responsabilidade daAdministração nessas hipóteses quando se tratar de responsabilidade da Administração por falta do serviço(situações reguladas pela Teoria da Culpa Administrativa).

Nos casos de responsabilidade objetiva do Estado, somente se admite a exclusão da

responsabilidade em razão da ocorrência de fatos de força maior. Isto porque a doutrina entende que oevento de força maior é aquele externo e estranho a qualquer ato da Administração, que deve ser aindaimprevisível e irresistível ou inevitável. O STF, em alguns julgados, apontou o caso fortuito e a força maiorcomo excludentes da responsabilidade civil objetiva, sem, contudo, estabelecer uma distinção teórica entreos eventos.

Grande parte da doutrina classifica os fatos derivados de força maior como sendo os fenômenos danatureza irresistíveis; e, caso fortuito, os eventos inevitáveis resultantes da atuação do homem.

É pertinente mencionar que, para alguns autores, como Maria Sylvia Di Pietro, Celso AntônioBandeira de Mello e Marcelo Alexandrino, a situação de força maior é aquela que ocorre em razão de um

evento externo e estranho a qualquer ato da Administração, sendo imprevisível, irresistível ou inevitável.Nesse sentido, considerar-se-á como evento de força de maior não só os fenômenos naturais irresistíveis,como terremoto ou furacão, mas também qualquer evento que se inclua nas referidas características,mesmo os decorrente da vontade humana, mas sendo estranha a qualquer ato da Administração, como nocaso de guerra ou revolta popular incontrolável.

Já o caso fortuito seria qualquer evento interno, decorrente da atuação da Administração, massendo o seu resultado imprevisível ou tecnicamente inexplicável. Nesta hipótese, todos os cuidadosnecessários relativos à segurança para a obtenção de um determinado resultado foram tomados, contudo,de forma inexplicável, o resultado ocorre de forma diversa do previsto.

As ações de ressarcimento ao Erário, movidasaos cofres públicos, são imprescritíveis. Frise-se queimprescritível é a ação de ressarcimento, não o ilícitoem si (CF, art. 37, parágrafo 5º).

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Ação de reparação de dano – Indenização

O dano diz respeito ao prejuízo experimentado pela vítima, que poderá recair sobre o seupatrimônio ou atingir sua integridade moral. Em todos os casos, é indispensável a sua comprovação.

TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO

Excludentes

Admite situação excludente da responsabilidade civil estatal.

Culpa exclusiva do paciente.

Caso fortuito: Revolução / Rebelião / Guerra.

Caso de força maior: Raio / enchente / tsunami .

•  Consiste na obrigação de indenizar, que surge do atolesivo causado à vítima pela Administração. Porém, valelembrar que a Teoria do Risco Administrativo e a Teoriado Risco Integral se referem a situações nas quais oEstado de alguma forma está envolvido em atos ouações que causem danos aos membros da sociedade.

TEORIA DO RISCOADMINISTRATIVO

•  Afirma-se que o Estado seria o garantidor universal detodas as causas sem qualquer tipo de excludente.

TEORIA DO RISCOINTEGRAL

TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO

Atenuantes

Admite situação atenuante da responsabilidade civil estatal.

Culpa concorrente: ambas as partes concorrem para eventos, cada parte vai

arcar com a jurisprudência.

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Cabendo ao Estado, sempre, a obrigação de reparar o dano, independente da existência de culpado agente.

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO: PARTICULAR X ADMINISTRADO

O ressarcimento do dano causado pela Administração ao particular pode se daradministrativamente ou por meio de ação judicial de indenização movida por este contra aquela. Oparticular que sofreu dano praticado pelo agente público deverá intentar ação de indenização contra aAdministração, e não contra o agente causador do dano. Basta ao particular demonstrar a relação de causae consequência entre o fato lesivo e o dano, bem assim, o valor patrimonial desse dano.

AÇÃO REGRESSIVA: ADMINISTRAÇÃO X AGENTE

O § 6º do art. 37 da Constituição Federal autoriza a ação regressiva do Estado contra o agentecausador do dano no caso de dolo ou culpa deste ao causar o dano ao particular. Há, aqui, dois aspectos aserem ressaltados.

A entidade pública, para voltar-se contra o agente, deverá comprovar já haver indenizado a vítima,pois seu direito de regresso nasce a partir do pagamento.

Responsabilidadeobjetiva 

Prestadores deserviços públicos

União, Estados, DF,Autarquia, FundaçãoPública,

concessionáriaspermissionárias e

autorizadas

Direito PúblicoDireito Privado

Responsabilidadesubjetiva 

Exploração daatividade

econômica

Empresa Pública,Sociedade de

Economia Mista

Direito Privado

Não é excludente de responsabilidade a existência ounão de culpa do agente, pois o nosso ordenamento adota aTeoria do Risco Administrativo, que determina que, para quehaja a responsabilidade civil do Estado, deve haver relaçãoimediata entre o dano sofrido e a ação praticada pelo agentepúblico. 

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RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR 

A responsabilidade pelos atos danosos praticados pelo agente poderá ocorrer em três esferas: civil,penal e administrativa. Cumpre mencionar que tais esferas são independentes entre si, de maneira que, emgeral, a decisão proferida em uma delas não interferirá na outra.

Há que se ressaltar, contudo, que, no âmbito da responsabilidade criminal, sentença transitada em julgado que absolver o agente por negativa de autoria ou do fato ou por produzir efeitos nas esferas civil eadministrativa. Nesse sentido, se o agente for processado na esfera civil, penal e administrativa por ummesmo fato, a absolvição na esfera penal pelas hipóteses supracitadas tem o condão de isentar o agentedas sanções civis e administrativas relativas ao fato, de maneira que se, eventualmente, o agente tenhasido demitido em razão do mesmo fato do qual resultou a absolvição na esfera penal por negativa deautoria, por exemplo, terá o direito de ser reintegrado ao cargo do qual foi demitido.

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR

Administrativa

Civil  Em regra, as sanções são independentes e cumulativas.

Penal 

OBS.: A decisão penal poderá repercutir nas demais em certos casos.

INDEPENDÊNCIA DAS INSTÂNCIAS

PENAL 

Absolvido por negativa deautoria ou de fato

Absolvido por falta de provasou qualquer outro motivo

Condenado na esfera penal

CIVIL

Absolvido

Absolvido ou não

Condenado

ADMINISTRATIVA 

Absolvido

Absolvido ou não

Condenado

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RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATOS LEGISLATIVOS E ATOS JURISDICIONAIS

ATOS LEGISLATIVOS E ATOS JURISDICIONAIS 

ATOS LEGISLATIVOS

Em regra, não geram responsabilidade do Estado. O Poder Legislativo atua com soberania,somente ficando sujeito às limitações constitucionais. Portanto, desde que aja em estrita

conformidade com os mandamentos constitucionais, o Estado não pode ser responsabilizado porsua função legislativa. Porém, a doutrina e a jurisprudência firmaram orientação no sentido de se

responsabilizar civilmente o Estado por ato legislativo em duas situações distintas:

‒ edição de leis inconstitucionais: a premissa é de que o Poder Legislativo tem o dever de

respeitar as regras constitucionais. Furtando-se a tal dever e caso a norma venha efetivamente acausar dano ao particular, surge a responsabilidade do Estado. Essa hipótese depende da

declaração da inconstitucionalidade da lei pelo STF.

Edição de Leis de Efeito Concreto: são aquelas leis que não possuem caráter normativo, que nãosão adotadas de generalidade, impessoalidade e abstração. São leis que possuem destinatários

certos, determinados. A edição destas leis, se causarem danos ao particular, geraresponsabilidade do Estado.

ATOS JURISDICIONAIS

A jurisprudência brasileira não admite a responsabilidade civil do Estado em face dos atos jurisdicionais praticados pelo Juiz, na sua função típica, que é dizer o Direito, sentenciando. Aregra é a irresponsabilidade do Estado. Mas a própria CF estabeleceu a regra de que “o Estado

indenizará o condenado por erros judiciários, assim como o que ficar preso além do tempo fixadona sentença” (art. 5º, LXXV). Nessa hipótese, se o indivíduo é condenado (na esfera penal) em

virtude de sentença que contenha erro judiciário, tem direito à reparação do prejuízo em face doEstado. Esse dispositivo não alcança a esfera cível.

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Capítulo VII ‒ RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

QUESTÕES

1 - (Prova: FGV - 2014 - SEFAZ- MT - Auditor Fiscal Tributário da Receita Municipal)  Uma ambulância doMunicípio, ao transportar um paciente de emergência, com os avisos luminosos e sonoros ligados,atropelou um pedestre que atravessava a rua fora da faixa, distraído com o seu telefone celular.Considerando o tema da responsabilidade civil da Administração Pública, assinale a afirmativa correta.

a) Está configurada a responsabilidade civil do Município, com suporte na teoria do risco integral, queafasta a necessidade de demonstração de culpa.b) A responsabilidade civil do Município está afastada, mas o motorista da ambulância responde pelosdanos causados, se agiu com culpa.c) A responsabilidade do Município, no caso, depende da presença dos seguintes elementos: ação do

agente estatal, dano, nexo de causalidade e culpa.d) Não se configura, no caso descrito, a responsabilidade do Município, uma vez que as pessoas jurídicas dedireito público somente respondem por atos ilícitos.e) A responsabilidade do Município independe da demonstração de culpa do agente público, mas pode sermitigada ou mesmo excluída caso seja demonstrada a culpa concorrente ou exclusiva da vítima.

2 - (Prova: CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz de Direito Substituto) Ênio foi condenado a dezessete anos de prisãopor meio de sentença penal condenatória transitada em julgado. Sob a custódia do Estado, deparou-secom um sistema prisional inepto para tutelar os direitos fundamentais previstos no texto constitucional:celas superlotadas, falta de preparo dos agentes carcerários, rebeliões, péssimas condições de higiene,doenças, violências das mais diversas. Agregaram-se a isso problemas pessoais: além de ter contraído

doenças, sua esposa pediu-lhe o divórcio e seus filhos e amigos não quiseram mais contato algum comele. Após um ano de prisão, Ênio entrou em depressão e se suicidou dentro da cela, durante a noite. Emrazão desse fato, seus herdeiros ajuizaram ação de indenização por danos materiais e morais contra oEstado.Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta acerca da responsabilidadeextracontratual, ou aquiliana, do Estado, com base no entendimento jurisprudencial do STF e do STJ.

a) O Estado não pode ser responsabilizado pelo suicídio de Ênio, uma vez que não tem o dever de guardiãouniversal das pessoas sob sua custódia. No caso narrado, não há sequer nexo de causalidade entre omissãoe dano, visto que concorreram para o suicídio fatores da vida pessoal de Ênio; afinal, todo o seu sofrimentooriginou-se de sua conduta criminosa. Assim, com base no princípio da razoabilidade, o Estado não tinha

como evitar o evento danoso e não deve indenizar.b) Trata-se de hipótese de responsabilidade subjetiva do Estado por omissão, cabendo aos autores dademanda demonstrar em juízo a falha estatal e o dano, o nexo causal entre eles, bem como a culpa daadministração pública.c) Não é necessário demonstrar a culpa da administração pública, visto que a responsabilidade civil estatalpela integridade dos presidiários é objetiva em face dos riscos inerentes ao meio em que eles estãoinseridos por conduta do próprio Estado.d) Em que pese não haver, nessa hipótese, nexo de causalidade, visto que concorreram para o suicídiocircunstâncias pessoais da vida do preso, subsiste a obrigação do Estado de indenizar, haja vista tratar-se deresponsabilidade objetiva.e) É necessário demonstrar a culpa da administração pública, mas não o nexo de causalidade, uma vez que

tal nexo é presumido quando o lesado está sob custódia do Estado.

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3 - (Prova: MPE-GO - 2014 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto) A propósito da responsabilidadecivil das pessoas jurídicas de direito público e das de direito privado prestadoras de serviços públicos,assinale a alternativa correta:

a) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetivasomente em relação aos usuários do serviço, descabendo, no caso acidente em que lesionado terceiro,restringir seu exame à verificação da presença de nexo de causalidade entre o ato da concessionária e odano causado.b) O dever-poder de a Administração anular seus próprios atos, quando inquinados de ilegalidade, isenta opoder público de ressarcir os danos patrimoniais e morais que tenham resultado da execução do atoposteriormente invalidado no exercício da autotutela administrativa.c) Segundo a jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal, nos casos deresponsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público, há legitimação passiva concorrente doagente público, de tal sorte que o lesado poderá acioná-lo diretamente.d) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a responsabilidade estatal por omissão admitepesquisa em torno da culpa da vítima, para o fim de abrandá-la ou mesmo excluí-la.

4 - (Prova: UPENET - 2014 - PM-PE - Oficial da Polícia Militar) Segundo a disposição constitucional que regea responsabilidade civil da administração, não estão incluídos, na responsabilização objetiva do ente aque pertencem, os danos causados pelos seguintes agentes:

a) empregados de concessionárias de serviço público.b) servidores públicos da administração direta.c) empregados de uma empresa pública que desenvolve atividade econômica em regime de concorrência.d) servidores de uma autarquia.e) empregados de uma sociedade de economia mista que presta serviços públicos.

5 - (Prova: FCC - 2014 - PGE-RN - Procurador do Estado de Terceira Classe)   O Estado foi condenado judicialmente a indenizar cidadã por danos sofridos em razão da omissão de socorro em hospital da redepública, eis que o hospital negou-se a realizar parto iminente alegando falta de leito disponível. Diantede tal condenação, entende-se que o Estado poderá exercer direito de regresso em face do servidor quenegou a internação:

a) desde que comprove conduta omissiva ou comissiva dolosa, afastada a responsabilidade no caso deculpa decorrente do exercício de sua atividade profissional.

b) com base na responsabilidade objetiva do mesmo, bastando a comprovação do nexo de causalidadeentre a atuação do servidor e o dano.c) com base na responsabilidade subjetiva do mesmo, que decorre automaticamente da condenação doEstado, salvo se comprovadas, pelo servidor, causas excludentes de responsabilidade.d) independentemente da comprovação de dolo ou culpa, desde que constatado descumprimento de deverfuncional.e) com base na responsabilidade subjetiva do servidor, condicionada à comprovação de dolo ou culpa.

6 - (Prova: FGV - 2014 - PGM - Niterói - Procurador do Município, 3ª Categoria) Maria caiu abruptamenteem buraco existente na calçada da Rua Sem Número, o que pôde ser provado por meio de boletim deatendimento médico feito no hospital Municipal de Niterói, além de fotos do local e do depoimento de

testemunha que presenciou o fato. O acidente resultou em lesões no tornozelo esquerdo compatíveis

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com o acidente, tendo as provas documental e pericial comprovado a precariedade da conservaçãopública do local.Diante do caso concreto, assinale a afirmativa correta.

a) A responsabilidade pela conservação das calçadas é dos proprietários dos imóveis em frente e não doMunicípio, o que afasta a responsabilidade objetiva do ente público pelo acidente.b) A ocorrência de omissão é específica do Município, pois a causa do evento que provocou o dano foi afalta de cumprimento pelo ente público do dever de conservação e fiscalização das calçadas, para propiciarsegurança à circulação dos pedestres.c) A responsabilidade perseguida do ente público é subjetiva, razão pela qual não basta a demonstração dofato, do dano e do nexo causal.d) Não tendo a municipalidade comprovado nenhuma das causas excludentes de sua responsabilidade,como fato exclusivo da vítima ou de terceiro, ou de caso fortuito ou força maior, não respondeobjetivamente pelos danos causados à pedestre.e) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público é regulada no Art. 37, § 6º, daConstituição da República, a prever somente a responsabilidade subjetiva.

7 - (Prova: FGV - 2014 - PGM - Niterói - Procurador do Município, 3ª Categoria) Diante da jurisprudênciamais recente dos nossos Tribunais, com relação à responsabilidade do Município por danos causados aterceiros por seus agentes, assinale a afirmativa correta.

a) A absolvição do servidor público na esfera criminal pela negativa de autoria não produz efeitos nasesferas administrativa e civil.b) O terceiro lesado deverá propor a ação em face do Município, e este, então, no caso de dolo ou culpa doagente, deverá entrar com ação de regresso contra o mesmo.c) O Art. 37, § 6º, da Constituição da República torna compulsória a denunciação da lide ao agente públicocausador do dano.d) A indenização devida pelo Município por obras defeituosas cobre apenas, quanto aos danos materiais, oslucros cessantes, mas não os danos emergentes.e) Os servidores públicos somente respondem pelos prejuízos causados à Administração decorrentes deatos dolosos.

8 - (Prova: IBFC - 2014 - PC-RJ - Papiloscopista Policial de 3ª Classe) Considerando o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a possibilidade de responsabilizaçãocivil do Estado em caso de prisão preventiva de acusado que, ao final da ação penal, venha a serabsolvido, assinale a alternativa correta:

a) Pode ser reconhecida, pois nesse caso há presunção de erro judiciário, o que enseja a responsabilizaçãodo Estado, cabendo ação de regresso contra o magistrado, caso este tenha agido com dolo ou culpa.b) Pode ser reconhecida, pois nesse caso a situação é análoga ao excesso de prazo na prisão cautelar, o queenseja a responsabilização do Estado, sem, contudo, responsabilizar subjetivamente o magistrado.c) Pode ser reconhecida, pois nesse caso a situação é análoga à prisão por excesso de prazo, cabendo açãode regresso contra o magistrado, caso este tenha agido com dolo ou culpa.d) Não pode ser reconhecida, pois nesse caso a responsabilidade é pessoal do juiz pelo erro judiciário e,sendo ele um agente público, responderá caso tenha agido com dolo ou culpa.e) Não pode ser reconhecida, pois interpretação diversa violaria o princípio do livre convencimento do juiz,salvo nos casos em que este proceda com dolo, situação em que caberá a sua responsabilização pessoal.

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9 - (Prova: MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Assessor - Área de Direito)  Assinale com V (verdadeiro) ou com F(falso) as seguintes afirmações.

( ) Por ser o ato de improbidade administrativa personalíssimo em relação ao agente que o comete, nocaso de lesão ao erário ou enriquecimento ilícito seus sucessores não estão sujeitos às cominações da Leinº 8.429/92.( ) O direito de regresso do Estado contra o agente público que, por dolo ou culpa, causou o dano aterceiros consiste numa faculdade da Administração, que avaliará a oportunidade e conveniência deprocessar o agente faltoso, sendo essa decisão um típico ato administrativo discricionário, visto que odireito de ação não é coercitivo e o Estado pode não ter interesse em expor o servidor causador do dano aum processo judicial.( ) A aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa independe da efetivaocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento, e da aprovação ourejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.( ) As disposições da Lei de Improbidade Administrativa são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmonão sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiesob qualquer forma direta ou indireta, incluindo pessoas jurídicas, sendo que com relação a estas é possívela utilização da teoria da desconsideração da personalidade jurídica. A sequência correta de preenchimentodos parênteses, de cima para baixo, é:

a) V – V – F – V.b) V – V – V – F.c) F – F – V – V.d) V – F – F – V.e) F – F – V – F.

10 - (Prova: FGV - 2014 - PROCEMPA - Analista Administrativo - Advogado) Sobre o tema daResponsabilidade Civil do Estado, analise as afirmativas a seguir.I. Segundo a doutrina administrativista majoritária, a responsabilidade civil objetiva do Estado só se aplicaàs hipóteses de ato comissivo, sendo que para os atos omissivos vigora a Teoria da Irresponsabilidadeestatal.II. A responsabilidade civil objetiva do Estado não é ilidida pela demonstração da existência de causasexcludentes de nexo de causalidade, mas apenas pela comprovação de inexistência de dano.III. Nenhum dano decorrente de ato lícito gera dever de indenizar por parte do Estado.

Assinale:a) se somente a afirmativa I estiver incorreta.b) se somente a afirmativa III estiver incorreta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem incorretas.d) se somente as afirmativas II e III estiverem incorretas.e) se todas as afirmativas estiverem incorretas.

11 - (Prova: FCC - 2014 - DPE-CE - Defensor Público de Entrância Inicial) No tocante ao regime público deresponsabilidade extracontratual, é INCORRETO afirmar:

a) Sociedade de economia mista que atua como instituição financeira está sujeita ao regime deresponsabilidade objetiva estabelecido no art. 37, § 6o da Constituição Federal.b) Em caso de falecimento de servidor que tenha sido o autor do ato danoso em razão de conduta culposa

ou dolosa, a ação de regresso será proposta em relação a seus sucessores.

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c) Segundo entendimento atual do Supremo Tribunal Federal, a regra de responsabilidade objetiva emrazão de comportamento comissivo aplica-se tanto aos danos causados a usuários como a terceiros nãousuários.d) As associações públicas se sujeitam ao regime de responsabilidade objetiva estabelecido no art. 37, § 6oda Constituição Federal.e) A excludente de responsabilidade referente a atos de terceiros não se aplica na hipótese de atentadoterrorista contra aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras de transporte aéreopúblico, caso em que a União responderá por tais danos, na forma da lei.

12 - (Prova: FGV - 2014 - Prefeitura de Florianópolis - SC - Fiscal de Serviços Públicos) Antônio, motorista de ônibus da empresa concessionária de transporte público municipal, conduzia ocoletivo e, ao mesmo tempo, conversava com uma bonita jovem, em flagrante investida romântica. Emrazão da distração, Antônio não percebeu que se aproximava um perigoso cruzamento e foi obrigado afrear bruscamente o ônibus, causando um tombo na passageira idosa Dona Gertrudes, que quebrou ofêmur e ficou hospitalizada por três meses. Após receber alta, Dona Gertrudes foi à Defensoria Públicabuscar auxílio para ajuizar ação indenizatória, ocasião em que foi informada de que se aplica ao caso aresponsabilidade civil:

a) objetiva da concessionária de serviço público;b) objetiva e direta do Município, na qualidade de poder concedente do serviço público;c) subjetiva da concessionária de serviço público;d) subjetiva e direta do Município, na qualidade de poder concedente do serviço público;e) subjetiva e solidária da concessionária de serviço público e do Município.

13 - (Prova: FGV - 2014 - TJ-RJ - Técnico de Atividade Judiciária) Em relação à responsabilidade civil doEstado por danos causados ao particular, é correto afirmar que ela:

a) sempre será objetiva, independentemente do comportamento do Estado e de seus agentes, que podeser omissivo ou comissivo;b) sempre será subjetiva, exigindo que seja demonstrada a falta do serviço, o nexo de causalidade entre aconduta dos agentes do Estado e o resultado lesivo, bem como o dolo ou a culpa destes últimos;c) será objetiva, na hipótese de atividade nuclear, gerando para os Estados e os Municípios o dever jurídicode indenizar todos os danos causados;d) será sempre subjetiva, cabendo à vítima demonstrar a falta do serviço e o elemento subjetivo dosagentes do Estado, somente sendo afastado o dever de indenizar se demonstrada a culpa exclusiva davítima;e) será objetiva no caso de atos comissivos dos agentes das pessoas jurídicas de direito público que, nessaqualidade, causem danos a terceiros.

14 - (Prova: CONTEMAX - 2014 - COREN-PB - Advogado) A responsabilidade objetiva do Estado não, abrange:

a) autarquia, incumbida de poder de polícia;b) empresa privada, concessionária de serviço público;c) empresa pública, prestadora de serviço público.d) Poder Legislativo, no exercício da função administrativa.e) Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional.

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15 - (Prova: CONTEMAX - 2014 - COREN-PB - Agente Administrativo ) É correto afirmar que as pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus empregados e/ou prepostos causarem aterceiros, observando-se o seguinte:

a) responde integralmente pelos danos, não cabendo ação regressiva contra o empregado/prepostocausador do dano;b) responde integralmente pelos danos, inclusive se o empregado/preposto foi o culpado pelos danos;c) responde integralmente pelos danos se ficar provada a culpa de seu empregado/preposto.d) responde integralmente pelos danos, mesmo se o empregado/preposto não for(em) o(s) culpado(s) peloevento;e) responde integralmente pelos danos quando provado que seu empregado/preposto agiu de formadolosa.

16 - (Prova: CETRO - 2014 - IF-PR - Assistente de Alunos) Acerca da Administração Pública, conforme artigo37 e seus incisos e parágrafos, assinale a alternativa incorreta.

a) Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da funçãopública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,sem prejuízo da ação penal cabível.b) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicosresponderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito deregresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.c) A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência edefinirá os critérios de sua admissão.d) A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidadetemporária de excepcional interesse público.e) Haverá vinculação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal doserviço público.

17 - (Prova: FGV - 2014 - TJ-GO - Analista Judiciário - Apoio Judiciário e Administrativo) Maria é servidora pública e trabalha como merendeira na cozinha da Escola Municipal Letras e Artes. Pordescuido, Maria deixou cair um objeto pontiagudo enquanto preparava o lanche dos alunos e oestudante João, de 7 anos, acabou o ingerindo junto com o sanduíche. João foi levado ao hospital, ondeficou internado por um mês. Em razão dos danos morais e materiais sofridos por João, caberáindenização baseada na responsabilidade civil:

a) objetiva da Maria, que responde pelos danos que causou a João, sendo imprescindível a comprovação dedolo ou culpa em sua conduta e cabendo responsabilidade subsidiária do Município no caso de insolvência

de Maria;b) objetiva do Município, que responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a João, sendoprescindível a análise do elemento subjetivo e assegurado o direito de regresso contra Maria nos casos dedolo ou culpa;c) objetiva do Município, que responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a João, sendoimprescindível a análise do dolo ou culpa de Maria e assegurado o direito de regresso contra Maria nessescasos;d) subjetiva da Maria, que responde pelos danos que causou a João, sendo prescindível a comprovação dedolo ou culpa em sua conduta e cabendo responsabilidade subsidiária do Município no caso de insolvênciade Maria;

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e) subjetiva do Município, que responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a João,sendo imprescindível a análise do elemento subjetivo e assegurado o direito de regresso contra Maria noscasos de dolo ou culpa.

18 - (Prova: MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Promotor de Justiça) Assinale a alternativa INCORRETA.

a) As licitações não terão caráter sigiloso, salvo quanto ao conteúdo das propostas que vierem a serapresentadas e, apenas, até a respectiva abertura.b) As obras e serviços licitados poderão ser executados de forma direta ou indireta (empreitada por preçoglobal, empreitada por preço unitário, tarefa ou empreitada integral), consoante preceitua o artigo 10 daLei Federal n.º 8.666/1993.c) As concessões de serviço público devem ser outorgadas por tempo determinado, podendo seu prazomáximo ser fixado em lei dos Estados-membros, do Distrito Federal e dos Municípios.d) A Constituição Federal, em seu artigo 37, parágrafo 6º, dispõe que as pessoas jurídicas de Direito Públicoe as de Direito Privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessaqualidade, causarem a terceiros, adotando, assim, a teoria do risco integral.e) As servidões administrativas, ao contrário da desapropriação, embora configurem ônus, nem sempre sãoindenizáveis.

19 - (Prova: FUNDEP - 2014 - DPE-MG - Defensor Público) Sobre a responsabilidade civil do Estado, assinalea alternativa INCORRETA.

a) A administração responde pelos danos causados, ainda que advindos de comportamentos lícitos,hipótese em que a responsabilidade se fundamenta no princípio da igualdade.b) Por ser uma exceção à imputação de responsabilidades, a responsabilidade objetiva do Estado aplica-sesomente aos órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta.c) Consoante à jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a administração pública respondeobjetivamente no caso de morte por suicídio de detento ocorrido dentro de estabelecimento prisionalmantido pelo Estado.d) Em caso de conduta estatal omissiva, aplica-se a responsabilidade subjetiva, devendo ser demonstrada aculpa ou dolo do agente público.

20 - (Prova: FCC - 2014 - SEFAZ-PE - Auditor Fiscal do Tesouro Estadual) Considere o trecho do acórdão doSuperior Tribunal de Justiça e as assertivas a seguir:“Quanto ao mérito, nos termos da jurisprudência do STJ, a responsabilidade civil do Estado para

condutas omissivas é subjetiva, sendo necessário, dessa forma, comprovar negligência na atuaçãoestatal, o dano e o nexo causal entre ambos.(...)

Com se vê, da análise das razões do acórdão recorrido, observa-se que este delineou a controvérsiadentro do universo fático-probatório. Caso em que não há como aferir eventual inexistência de nexo decausalidade sem que se abram as provas ao reexame.”(Min. Rel. Humberto Martins; AgR no AGRAVO EM

RECURSO ESPECIAL no 501.507 - RJ; j. 27.05.2014)

I. Embora a Constituição Federal tenha estabelecido a modalidade objetiva de responsabilidade para oEstado tanto para atos omissivos, quanto para atos comissivos, a jurisprudência mitigou esse rigor,passando-a a subjetiva em ambas as hipóteses.II. O Superior Tribunal de Justiça admite a modalidade subjetiva de responsabilidade para o Estado noscasos de omissão, o que não afasta a necessidade de demonstração do nexo de causalidade.

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III. Para a comprovação da responsabilidade objetiva não é necessária a demonstração de nexo decausalidade e de culpa do agente público, enquanto que na responsabilidade subjetiva, esses requisitos sãoindispensáveis.

De acordo com o exposto, está correto o que se afirma ema) III, apenas.b) I e II, apenas.c) I, II e III.d) II, apenas.e) I e III, apenas.

21 - (Prova: FCC - 2014 - DPE-RS - Defensor Público) Acerca da responsabilidade civil do Estado, é corretoafirmar:a) Na liquidação dos danos sofridos pelo particular por ato da administração ou de seus agentes, não serãoaplicáveis as regras do Código Civil.b) O Estado é solidariamente responsável pelos danos causados a particulares por pessoas jurídicas de suaadministração indireta quando prestadoras de serviço público, ou por concessionários e permissionários deserviços públicos.c) Não há responsabilidade civil do Estado pelos danos causados por atos legislativos ou leis declaradasinconstitucionais.d) Há responsabilidade civil do Estado pelos danos causados a particular por seus agentes no exercício desuas funções ou a pretexto de exercê-las.e) Os danos causados pelo poder público somente podem ser reparados através da via judicial, sendodefeso acordo administrativo com o lesado.

22 - (Prova: FGV - 2014 - MPE-RJ - Estágio Forense) José, motorista da Secretaria Municipal de Obras,dirigia caminhão oficial do Município e falava ao telefone celular enquanto trafegava, acabando porcolidir com um veículo de particular que estava regularmente estacionado em via pública. No caso emtela, aplica-se a responsabilidade civil:

a) subjetiva do Município, que responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a terceiros,assegurado o direito de regresso contra o motorista, que agiu com culpa;b) subjetiva do Município, que responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a terceiros,independentemente da culpa ou dolo de seu agente;c) subjetiva do motorista, porque agiu com imperícia, cabendo responsabilidade subsidiária do Municípioque responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a terceiros, no caso de insolvência dofuncionário;d) objetiva do Município, que responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a terceiros,

assegurado o direito de regresso contra o motorista, que agiu com culpa;e) objetiva do Município, que responde pelos danos que seu agente, nessa qualidade, causou a terceiros,sendo imprescindível a demonstração de culpa ou dolo de seu funcionário.

23 - (Prova: FGV - 2014 - Prefeitura de Recife - PE - Auditor do Tesouro Municipal) Durante uma viagem de ônibus público, o veículo tem seu pneu estourado e vem a colidir com um poste.Vários passageiros sofrem lesões. Nesse caso, o fato causador do acidente – a explosão do pneu, quelevou à colisão – é categorizada, em termos de responsabilidade civil do prestador do serviço público,como

a) fortuito externo.

b) força maior.

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c) fortuito interno.d) fato de terceiro.e) fato da vítima.

24 - (Prova: CESPE - 2014 - ANATEL - Analista Administrativo) Julgue o item subsequente, com base no entendimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho arespeito do contrato de prestação de serviços. Caso ocorra o inadimplemento do empregador no que serefere às obrigações trabalhistas, haverá responsabilidade subsidiária do ente público tomador doserviço, independentemente de culpa, desde que este tenha participado da relação processual desde oinício e seu nome conste também do título executivo judicial.( ) Certo ( ) Errado

25 - (Prova: VUNESP - 2014 - TJ-SP - Juiz) Com respeito ao tema da responsabilidade civil do Estado, oparticular que, de algum modo, sentir-se prejudicado por ato de servidor da Administração Pública, parabuscar o ressarcimento do dano sofrido, deverá : 

a) ajuizar ação de indenização apenas contra o servidor público que lhe causou o indigitado dano, podendoeste, se o entender cabível, denunciar a Fazenda Pública à lide, para fazer valer o seu direito de regresso.b) efetuar pedido administrativo nesse sentido, junto ao órgão competente da Administração Pública, poisapenas com a peremptória negativa desta é que se verificará a existência do interesse de agir.c) ajuizar ação de indenização contra a Fazenda Pública e contra o servidor público que causou-lhediretamente o dano, em litisconsórcio passivo necessário.d) ajuizar ação de indenização apenas contra a Fazenda Pública, podendo esta, se o entender cabível,denunciar o servidor à lide, para fazer valer o seu direito de regresso.

26 - (Prova: CESPE - 2014 - ANATEL - Conhecimentos Básicos - Cargos 13, 14 e 15) Acerca daresponsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.Caso seja impossível a identificação do agente público responsável por um dano, o Estado será obrigadoa reparar o dano provocado por atividade estatal, mas ficará inviabilizado de exercer o direito deregresso contra qualquer agente.( ) Certo ( ) Errado

27 - (Prova: CESPE - 2014 - ANATEL - Conhecimentos Básicos - Cargos 13, 14 e 15) Acerca daresponsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir.A conduta do lesado, a depender da extensão de sua participação para o aperfeiçoamento do resultadodanoso, é relevante e tem o condão de afastar ou de atenuar a responsabilidade civil do Estado.( ) Certo ( ) Errado

28 - (Prova: CESPE - 2014 - ANATEL - Conhecimentos Básicos - Cargos 13, 14 e 15) Acerca daresponsabilidade civil do Estado, julgue o item a seguir. De acordo com o princípio da presunção deconstitucionalidade, o Estado não pode ser responsabilizado por danos oriundos de lei posteriormentedeclarada inconstitucional.( ) Certo ( ) Errado

29 - (Prova: CESPE - 2014 - ANATEL - Conhecimentos Básicos - Cargos 13, 14 e 15) Acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue os itens a seguir. Tal qual o ressarcimento peloparticular por prejuízo ao erário, é imprescritível a pretensão do administrado quanto à reparação dedano perpetrado pelo Estado.( ) Certo ( ) Errado

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30 - (Prova: VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário - Direito) O poder público faz uma concessão de umserviço público a uma empresa privada. Esta, durante a execução do contrato, por uma ação do seuempregado, vem a causar prejuízo a um usuário do serviço concedido. Nesse caso, a responsabilidadepela indenização dos prejuízos causados será:

a) objetiva da concessionária.b) subjetiva e solidária entre a concessionária e o poder concedente.c) subjetiva da concessionária e o poder concedente não poderá ser responsabilizado.d) objetiva do empregado da concessionária.e) subjetiva da concessionária e subsidiária do seu empregado.

31 - (Prova: VUNESP - 2014 - TJ-PA - Analista Judiciário)Considerando a responsabilidade civil da Administração Pública e um ato omissivo, assinale a alternativacorreta.

a) Não há qualquer responsabilidade, por falta de previsão constitucional, ao contrário dos atos comissivos.b) O montante da indenização engloba o prejuízo total, com exceção de danos emergentes ou lucroscessantes.c) Nas hipóteses em que o dano foi provocado por omissão própria, o tratamento jurídico pode sersemelhante ao adotado para os atos comissivos.d) Para sua caracterização, é necessário que a mera inação produza um resultado, independentemente daconduta do agente ou de terceiros.e) Descabe a alegação de excludentes de responsabilidade por não ser cabível em sede de responsabilidadeobjetiva.

32 - (Prova: ACAFE - 2014 - PC-SC - Agente de Polícia) Considerando a responsabilidade civil do Esta do,assinale a alternativa correta.

a) A culpa concorrente da vítima é causa excludente da responsabilidade civil do Estado.b) A responsabilidade civil do Estado por danos nucleares depende da existência de culpa.c) São requisitos para configuração da responsabilidade civil do Estado: ocorrência do dano, ação ouomissão administrativa, existência de nexo causai entre o dano e a ação ou omissão administrativa,ausência de causa excludente da responsabilidade estatal.d) O Estado é responsável e obrigado a indenizar os danos causados somente por atos ilícitos de seusagentes.e) Caracteriza a responsabilidade objetiva a necessidade de o lesado provar a existência da culpa do agenteou do serviço público.

33 - (Prova: UFPR - 2014 - DPE-PR - Defensor Público) Assinale a alternativa correta.

a) A teoria do Risco Integral admite a culpa concorrente da vítima como cláusula excludente deresponsabilidade. No entanto, deverá ser investigada a culpa da vítima nos termos da teoria daresponsabilidade subjetiva.b) As praças são bens públicos de uso especial, pois nelas somente se pode contemplar a natureza. Suautilização depende de autorização do Poder Público municipal.c) A permissão de serviço público deve ser precedida de licitação, enquanto que a concessão de serviçopúblico, ato administrativo precário, pode ser concedida independentemente de licitação, desde quedevidamente motivada em excepcional interesse público primário.d) Ocorre a culpa do serviço (faute du service) quando o serviço público não funcionou (omissão), sua

prestação se deu de maneira atrasada ou apresentou mau funcionamento. Poderá se configurar quando a

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concessionária de serviço público de transporte aéreo cancela voo sem prévia comunicação e sem qualquermotivação.e) Respeita o princípio da impessoalidade a nomeação de parente em primeiro grau do Prefeito paraocupar cargo de assessor de gabinete na Administração Direta.

34 - (Prova: TRT 8R - 2014 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Juiz do Trabalho) Sobre a responsabilidadeextracontratual do Estado, assinale a única alternativa INCORRETA:

a) A responsabilidade patrimonial pode decorrer de atos jurídicos, atos ilícitos, de comportamentosmateriais ou de omissão do Poder Público, mas está sempre condicionada à existência de um dano causadoa terceiro por comportamento omissivo ou comissivo do agente público.b) Na esfera constitucional, o dever de indenizar o dano causado pelo Estado está condicionado àconfiguração dos seguintes elementos: que o agente causador seja pessoa jurídica de direito público ou dedireito privado prestadora de serviços públicos; que exista o nexo de causalidade entre o dano causado aterceiros e o ato ilícito derivado de dolo ou culpa do agente público.c) Diferentemente do que ocorre no âmbito do direito privado, no qual a responsabilidade civil estáestreitamente vinculada à existência de ato ilícito, no direito administrativo a responsabilidade pode seoriginar de atos ou comportamentos que, não obstante lícitos, causem danos a terceiros.d) É correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 acolheu a responsabilidade objetiva do Estado, ouseja, desnecessário aferir a existência de dolo ou culpa do agente, o mau funcionamento ou a falha daAdministração, bastando a existência da relação de causa e efeito entre a ação ou omissão administrativa eo dano sofrido pela vítima.e) A Constituição vigente assegura à Administração Pública o direito de regresso contra o agenteresponsável pelo ato ou omissão administrativa que causa dano a terceiro. Todavia, condicionou essedireito de regresso à prova de dolo ou culpa do agente, o que confere a essa relação o caráter subjetivo,diverso daquele que caracteriza a relação entre a Administração Pública e a vítima.

35 - (Prova: ACAFE - 2014 - PC-SC - Delegado de Polícia) À polícia civil, dirigida por Delegado de Polícia decarreira, incumbe, ressalvada a competência da União, a função de polícia judiciária e a apuração deinfrações penais, salvo as militares. (ALVES, Vilson R. Respons. Civil do E., 2001, p. 346)

Considere o texto, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta.l O Estado responde e presta indenização diante da morte de vítima baleada por Delegado em atividade deperseguição, no exercício de sua função.ll Não alegada e não comprovada, para elidi-la, a culpa exclusiva da própria vítima para evento danosocausado pelo agente estatal, é certa a responsabilidade civil do Estado de indenizar.lll Comprovada a relação de causalidade entre a atuação ou a omissão administrativa do Delegado dePolícia e o dano causado a terceiro, configura-se o dever do Estado de indenizar objetivamente o ofendido.

lV A responsabilidade do Estado por ato omissivo ou comissivo de seus agentes é objetiva, apesar daresponsabilidade subjetiva do causador do dano para indenizar, em regresso, a Administração Pública, nocaso de dolo ou culpa.V A Administração Pública responde civilmente por atos negativos de seus agentes quando, por inércia ematender uma situação, que exigia a presença deles para evitar a ocorrência danosa, o dano sobrevém emdecorrência dessa falta.

a) Apenas a afirmação V está correta.b) Todas as afirmações estão corretas.c) Apenas I, II e IV estão corretas.d) Apenas I, IV e V estão corretas.

e) Apenas II, III e IV estão corretas.

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36 - (Prova: CESPE - 2014 - PGE-PI - Procurador do Estado Substituto) Acerca da responsabilidade civil doEstado e de servidores públicos, assinale a opção correta.

a) De acordo com a Lei n.º 8.112/1990, compete ao presidente da República prover os cargos públicos detodos os poderes da República.b) Se, em razão de reforma administrativa realizada pelo governo federal, uma autarquia for extinta e seusservidores forem colocados em disponibilidade, e, após negociações com entidades de classe, essesservidores reingressarem no serviço público em cargos de atribuições e vencimentos compatíveis, essereingresso se dará por aproveitamento.c) Um indivíduo que, aprovado em concurso público, for nomeado para o cargo e, dias antes da possecoletiva com os demais nomeados, for acometido por dengue deverá apresentar atestado médico esolicitar o adiamento do ato de sua posse, tendo em vista que tal ato só se efetiva mediante ocomparecimento pessoal do interessado.d) De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço público de transportecoletivo responderá apenas subjetivamente pelos danos que forem gerados à família de vítima deatropelamento causado por motorista de veículo dessa empresa.e) A ausência de previsão de acesso a cargo público de caráter efetivo por estrangeiros se coaduna com apolítica de soberania do Estado brasileiro, razão por que eles só poderão ocupar função pública de carátertransitório, e sem vínculo estatutário.

37 - (Prova: CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Com relação à responsabilidade civil do Estado e à responsabilidade do delegado de serviço público,assinale a opção correta.

a) Segundo o atual entendimento do STJ, ao Estado cabe indenizar, por danos materiais, a candidatoaprovado em concurso púbico nomeado tardiamente em decorrência de decisão judicial.b) Consoante o STJ, na hipótese de condenação do Estado por impedir servidor público, em razão deinterpretação equivocada, de continuar a exercer de forma cumulativa dois cargos públicos regularmenteacumuláveis, deve-se aplicar a teoria da perda da chance na fixação do valor da indenização.c) Deve ser afastada a responsabilidade civil do notário absolvido na esfera criminal por inexistência do fatoou pela ausência de prova de autoria.d) Os registradores de feitos ajuizados não podem ser responsabilizados civilmente pelos danos causados aterceiros em decorrência da omissão, em sua certificação, das exigências relacionadas às certidões a seremexpedidas pelos ofícios do registro de distribuição, serviços extrajudiciais, ou pelos distribuidores judiciais.e) De acordo com o STF, os danos patrimoniais gerados pela intervenção do Estado em determinado setorimpõem-lhe o dever de indenizar os prejuízos causados, em vista da adoção, no direito brasileiro, da teoriada responsabilidade objetiva do Estado com base no risco administrativo.

38 - (Prova: ACAFE - 2014 - PC-SC - Delegado de Polícia) Sobre a responsabilidade civil da AdministraçãoPública, assinale a alternativa correta. 

a) A absolvição do servidor no juízo criminal afastará a responsabilidade civil do Estado se não ficarcomprovada culpa exclusiva da vítima.b) A responsabilidade da Administração Pública será afastada se comprovada ausência do nexo causal entreo dano e a ação do Estado.c) Não cabe à Administração Pública indenizar o erro judiciário.d) As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentesque, nessa qualidade, causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores dodano, apenas se houver dolo por parte destes.

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e) A Administração Pública deve indenizar o dano sofrido pelo particular somente se for comprovada aexistência de falha da atividade administrativa.

39 - (Prova: VUNESP - 2014 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto) O Supremo Tribunal Federal já decidiu, emmatéria de responsabilidade estatal, que:

a) os atos administrativos praticados por órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, por conta desua atipicidade, geram responsabilidade subjetiva.b) poderá ser indenizada a vítima que demonstre especial e anormal prejuízo decorrente de normadeclarada inconstitucional pelo próprio Supremo Tribunal Federal.c) em princípio, o Estado possui responsabilidade subjetiva pelos atos jurisdicionais.d) os atos tipicamente jurisdicionais, dentre eles incluídos o erro judicial, não produzem direito àindenização.e) os danos praticados pelo agente público, ainda que fora do exercício da função pública, são imputáveissubjetivamente ao Estado.

40 - (Prova: FUNCAB - 2014 - PM-RO - Soldado da Polícia Militar) Sobre a responsabilidade civil do entepúblico é correto afirmar que o Estado:

a) não responde por danos decorrentes de sua omissão, em razão da teoria do risco integral.b) responde ainda que o dano decorra de fato exclusivo da vítima, em razão da teoria do riscoadministrativo.c) responde mesmo na hipótese de força maior, em razão de ser considerado “segurador universal” d) responde não apenas por danos decorrentes de atos ilícitos como também por danos decorrentes deatos lícitos.e) em razão do risco administrativo, não pode agir regressivamente em face do agente público que tenhaagido culposamente.

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GABARITO

01 - E 11 - A 21 - D 31 - C

02 - C 12 - A 22 - D 32 - C

03 - D 13 - E 23 - C 33 - D

04 - C 14 - E 24 - E 34 - B

05 - E 15 - D 25 - D 35 - B

06 - B 16 - E 26 - C 36 - B

07 - B 17 - B 27 - C 37 - E

08 - E 18 - D 28 - E 38 - B

09 - C 19 - B 29 - E 39 - B

10 - E 20 - D 30 - A 40 - D

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Capítulo VIII

SERVIÇOS PÚBLICOS

O que são?

Os serviços públicos são aqueles prestados pela Administração ou por seus delegados, sob normase controle estatais, para a satisfação das necessidades públicas. Segundo a professora Maria Sylvia ZanellaDi Pietro, serviço público pode ser definido como “toda atividade material que a lei atribui ao Estado paraque exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com objetivo de satisfazer concretamente asatividades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público”. 

COMPETÊNCIA 

Com o objetivo de assegurar o equilíbrio federativo, a Constituição distribui competências públicasentre os entes políticos, outorgando-lhes autonomia para atuação no âmbito das áreas específicas.Destacam-se os seguintes entes federativos:

UNIÃO: suas competências são enumeradas e taxativas e podem ser encontradas no art. 21 da Constituição

Federal, dando destaque à exploração direta ou mediante autorização, concessão ou permissão.Exemplos: serviços postais, telecomunicações, energia elétrica.

ESTADOS: suas competências são ditas remanescentes, encontram-se no art. 25, dando destaque àexploração de serviços locais de gás, diretamente ou mediante concessão.Exemplo: serviços de gás canalizado.

MUNICÍPIOS: suas competências são relacionadas à prestação de serviços públicos de interesse local. Asdemais competências podem ser encontradas no art. 30.Exemplos: coleta de lixo, transporte coletivo urbano.

DISTRITO FEDERAL: as mesmas competências dos Estados e Municípios.

É o Estado, por meio de lei, que escolhe quais atividadesque, em determinado momento, serão consideradas

serviços públicos.

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CLASSIFICAÇÃO

Públicos (Indelegável) X Utilidade Pública (Delegável)

Públicos/Indelegáveis:  os serviços públicos indelegáveis são aqueles que devem ser prestadosprivativamente pelo Estado, em razão da sua essencialidade e imprescindibilidade para a sobrevivência dosadministrados e do próprio Estado. Em geral, exigem atos de império e medidas compulsórias (obrigatórias)em relação ao grupo social.Exemplos: defesa nacional, polícia, saúde pública.

Utilidade Pública/ Delegáveis: os serviços considerados de utilidade pública são aqueles em que oEstado reconhece a conveniência de sua prestação para a coletividade, porém não comportam o caráter deimprescindibilidade e essencialidade como nos casos dos serviços indelegáveis. Por tais razões, os serviçosde utilidade pública podem ser prestados por particulares por meio de delegação do Estado por concessõese permissões.

Exemplos: Transporte coletivo, gás, telefone.

Próprios X Impróprios

Próprios (do Estado): os serviços próprios de Estado são aqueles exclusivos do Poder Público, istoporque se relacionam intrínseca e diretamente com suas atribuições, como segurança, polícia, higiene esaúde pública. Geralmente, são gratuitos ou de baixa renumeração.

Impróprios  (do Estado): os serviços impróprios são aqueles que não afetam as necessidades dosadministrados, mas satisfazem seus interesses. Os serviços são prestados pelos órgãos ou entidadesdescentralizadas da Administração ou são delegados a concessionários, permissionários ou autorizatários.

Geralmente, são serviços rentáveis. No caso das concessões e permissões, os delegatários prestam oserviço por sua conta e risco, sob o controle do Estado e remunerados por seus usuários, geralmente pormeio de tarifa, como no caso do serviço de transporte público.

Administrativos X Industriais 

Administrativos: os serviços administrativos são aqueles que a Administração realiza para atenderàs suas necessidades internas.Exemplo: Imprensa Oficial.

Industriais/ Econômicos:  os serviços industriais são também Impróprios do Estado, por serem

atividades econômicas. Produzem renda para quem os presta.Exemplos: ITA, CTA.

GERAIS (UTI UNIVERSI ) X INDIVIDUAIS (UTI SINGULI )

Gerais (uti universi ) 

Destinam-se a toda a coletividade. Não possuem usuários definidos, logo, são indivisíveis. Sãocusteados por impostos.Exemplos: polícia, iluminação pública.

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Individuais (uti singuli )

Os serviços públicos uti singuli   são aqueles de utilização individual, facultativa e mensurável, ouseja, são prestados a um número determinado de indivíduos. A Administração sabe a quem presta o serviçoe pode mensurar a utilização separada por parte de cada um dos usuários. São ditos divisíveis e devem serremunerados por taxa ou tarifa (preço público).Exemplos: telefone, gás e energia elétrica.

REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE

A regulamentação e o controle dos serviços públicos são sempre atribuições do Poder Público. A Leinº 8.987/95 estabelece que as concessões e permissões sejam sujeitas à fiscalização pelo poderconcedente com a cooperação dos usuários e ainda assegura a qualquer pessoa a obtenção de certidãosobre atos, contratos, decisões ou pareceres relativos à licitação ou às próprias concessões e permissões deserviços públicos.

Cabe lembrar que as concessões e permissões são espécies de contratos administrativos, portantosujeitos às cláusulas exorbitantes, as quais conferem à Administração prerrogativas próprias de Direito

Público, como rescisão unilateral do contrato, intervenção, ocupação temporária, decretação decaducidade etc.

REQUISITOS DO SERVIÇO PÚBLICO

Regularidade

Continuidade ou permanência: não podem ser interrompidos, salvo em: situações de emergênciaindependente de prévio aviso; razões de ordem técnica ou de segurança, ou por inadimplemento dousuário (ambos precisam de aviso prévio).

Eficiência

‒ Segurança: não pode oferecer risco.‒ Atualidade: modernidade, conservação, melhoria e expansão do serviço.‒ Cortesia na prestação.‒ Modicidade da tarifa: suficientemente barata, de forma que haja condições para todos poderem utilizar.‒ Generalidade: não pode haver preferência, discriminação ou exclusão de usuários.

O Estado transfere a execução, porém ovalor, regulamentação, fixação de tarifas,

preço de serviço, tudo é por ele estipulado. 

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DIREITOS DO USUÁRIO E OBRIGAÇÕES DO USUÁRIO

Direitos

‒ Receber serviço adequado.‒ Receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses individuais ou

coletivos.‒ Obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores.‒ Denunciar ao Poder Público e a concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento em

relação aos serviços prestados.‒ Comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária na prestação do

serviço.

Deveres

‒ Contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos por meio dos serviços que lheprestam, não agindo de modo temerário.‒ Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé, expondo os fatos conforme a verdade.‒ Prestar as informações solicitadas, colaborando para o esclarecimento dos fatos.

Nos Estados e no DF, as concessionáriasde serviços públicos são obrigadas a oferecer, nomínimo, seis datas opcionais de vencimentos deseus débitos.

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FORMAS ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

Para o desempenho de suas atribuições, o Estado adota três formas básicas de organização eatuação administrativas: centralização, descentralização e desconcentração.

FORMAS DEORGANIZAÇÃO

Descentralização 

A descentralização ocorrequando a Administraçãotransfere a titularidade

ou a execução de algumasde suas atribuições a

particulares ou entidadesda Administração Indireta(autarquias, fundações eempresas públicas). Tal

transferência poderáocorrer por meio de

outorga legal oudelegação negocial, cujascaracterísticas básicas

comentaremos a seguir.

Outorga: 

A outorga é a forma por meio daqual a Administração descentraliza 

a prestação de determinadosserviços públicos. Tal

descentralização ocorre por meiode lei específica que cria e delegaatribuições específicas a pessoas jurídicas fora da Administração

Direta. É o que ocorre com asautarquias, fundações e empresas

públicas, que têm sua origem efinalidades definidas em lei.

Exemplo: PROCON/ RJ. O Procondo Rio de Janeiro foi recentementecriado pela Lei estadual nº 5.738,

de junho de 2010.

Delegação:

Na delegação negocial, a Administraçãotransfere a execução do serviço público

por meio de contrato (concessão oupermissão) ou por ato unilateral

(autorização). Em geral, os contratos

administrativos devem ser realizados comprazo determinado e podem serconcedidos a particular via concessão,

permissão ou autorização.

Exemplo: Um Estado, delegando, viaconcessão a prestação do serviço do

transporte ferroviário. No Rio de Janeiro, aSuperVia é a concessionária responsávelpor tal serviço desde 1998, com previsãode prestação por 25 anos renováveis por

mais 25 anos.

Centralização 

Na centralização, oEstado presta o serviço

diretamente em seupróprio nome e

responsabilidade pormeio de seus órgãos e

agentes integrantes. Osentes do Estado são:

União, Distrito Federal,Estados e Municípios.

Desconcentração 

A desconcentraçãoadministrativa ocorre

exclusivamente dentro daestrutura de uma mesma

pessoa jurídica. AAdministração cria órgãos

dentro de uma mesmaentidade e distribui osserviços para facilitar a

sua realização e obtençãopelos usuários. Por essemotivo, o órgão não tem

personalidade jurídicaprópria, mas apenas

integra determinado enteda Administração.

Exemplo: Detran. ODetran é um órgão do

Poder Executivo Estadual que fiscaliza o trânsito de

veículos terrestres emsuas respectivas

 jurisdições, no territóriobrasileiro.

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CONCESSÃO, PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS 

Conforme vimos, a Administração pode prestar diretamente os serviços públicos, seja de maneira

centralizada, pela Administração Direta, ou descentralizada, pelas entidades da Administração Indireta(art. 175). Podem ser delegados a particulares por meio de concessão ou de permissão, sendo estas formasdescentralizadas.

Concessão

Contrato administrativo em que a Administração delega a outros a execução de um serviço ouatividade pública, para que o realize em seu próprio nome, por sua conta e risco, assegurando-lhe arenumeração mediante tarifa paga por quem é usuário ou outra forma de renumeração da exploração deserviço, por prazo determinado. Pode ser: 

Concessão de serviço público 

Feita mediante licitação à pessoa jurídica ou consórcio de empresas. Ocorre quando o poderconcedente delega ao particular a exploração de um serviço de sua titularidade.Exemplo: serviço de telefonia, no qual o usuário paga tarifa.

Concessão de serviço público precedida de execução de obra pública 

Delegada mediante licitação a pessoa jurídica ou consórcio de empresas para a execução dequaisquer obras de interesse público.Exemplo: pedágio.

LICITAÇÃO PRÉVIA À CONCESSÃO

Segundo a Constituição Federal (art. 157), as concessões deverão ser precedidas de licitação. Àslicitações aplicam-se todas as regras da Lei nº 8.666/1993, sendo que a modalidade de licitação paraserviços públicos é a concorrência. 

A execução do serviço público pode ser:

Direta: a própria Administração se encarrega de realizar pessoalmente ou porseus órgãos (não por terceiros).Indireta: por delegação, a Administração contrata terceiros/particulares, paraexecutá-lo concessão ou ermissão , recedido de licita ão. 

Regra  – A licitação é obrigatória, salvo nashipóteses e limites previstos na lei.

 

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Critérios de escolha (julgamento)

A Administração escolhe a proposta mais vantajosa com base nos seguintes critérios:

Intervenção na concessão

O poder concedente pode intervir no serviço quando este estiver sendo prestado de maneira

inadequada. Tal intervenção será de maneira provisória, mas não resultará obrigatoriamente na extinçãoda concessão.

Menor valor da tarifa;

Maior oferta, nos casos de pagamento ao poder concedente;

Melhor proposta técnica (preços fixados em edital);

Melhor proposta, em razão da combinação dos critérios menor valor e melhor técnica;

Melhor proposta, em razão da combinação dos critérios maior oferta e melhor técnica;

Melhor oferta, após qualificação de propostas técnicas.

O poder concedente, em igualdade de condições, darápreferência à proposta apresentada por empresa brasileira. 

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EXTINÇÃO DA CONCESSÃO: .

Anulação:Ocorre quando há ilegalidade na licitação ou no contrato, acarretando a responsabilização de quem

deu causa à ilegalidade.

Falência ou extinção da concessionária:

Se, de qualquer forma, ocorrer o falecimento ou a incapacidade do titular, o contrato se encerra.

EXTINÇÃO DA CONCESSÃO:

vários motivos podem levar à extinção da concessão. Quando isso ocorre, todos os bens reversíveis, direitos eprivilégios transferidos ao concessionário retornam ao poder concedente, conforme previsto no edital e

estabelecido no contrato. Vejamos tais causas:

Reversão ou advento do termo contratual:ocorre quando há o término regular do contrato por haver atingido o prazo de sua duração.

Encampação (ou resgate):é a retomada do serviço pelo poder concedente em razão de interesse público superveniente, mediante lei

autorizativa específica e após prévio pagamento de indenização.

Caducidade:ocorrerá sempre que houver inadimplemento ou adimplemento defeituoso por parte da concessionária.Porém, antes de se instaurar processo administrativo para a aplicação de sanções, a Administração daráum prazo para corrigir os descumprimentos. A caducidade é decretada quando a concessionária deixa de

prestar serviço de forma adequada e eficiente (sonegação de serviço).

Rescisão:

ocorre quando, por iniciativa da concessionária, acontece o cancelamento, ou quando o poder concedente

descumpre normas contratuais. É necessário que a concessionária entre com uma ação judicial, mas elanão poderá interromper ou paralisar o serviço até que seja reconhecido o inadimplemento contratual da

Administração.

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Permissão:

É definida como ato administrativo negocial, unilateral, discricionário e precário por meio do qual aAdministração dá liberdade ao particular (pessoa física ou jurídica) de uso especial de um determinado bem

público ou de prestação de um determinado serviço de utilidade pública.Admite qualquer modalidade de licitação; podendo ser revogada unilateralmente sem gerar direito àindenização (precário); e é feito por meio de contrato de adesão (art. 40). Diferente do contrato deconcessão, a permissão não precisa de autorização legislativa, não tem prazo fixado.

Autorização:

É a única delegação de prestação de serviços que não exige licitação e não depende de celebraçãode contrato, sendo descrita como ato unilateral, discricionário e precário para particulares, visando aatender interesses coletivos instáveis ou emergência transitória e que não requeiram grandeespecialização.

Em regra, não haverá indenização para o particular que tenha sua autorização revogada e o cometimentode irregularidades ou faltas pelo autoritário trará a aplicação de sanções, inclusive cassação da autorização.Exemplos: táxi, despachantes, segurança particular ou patrimonial.

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Capítulo VIII ‒ SERVIÇOS PÚBLICOS

QUESTÕES

1 - (Prova: COMPERVE - 2015 - UFRN - Administrador) A Lei nº 8.666 define alguns conceitos básicos,visando atender ao princípio da padronização. Nesse sentido, “serviço” significa toda: 

a) transferência de domínio de bens de um individuo a terceiros, de qualquer valor econômico.b) construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta.c) atividade útil à administração pública, como conserto e instalação por exemplo.d) aquisição remunerada de bens para recebimento de uma só vez ou parceladamente.

2 - (Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVI - Primeira Fase) O Estado X, após regularprocesso licitatório, celebrou contrato de concessão de serviço público de transporte intermunicipal depassageiros, por ônibus regular, com a sociedade empresária “F”, vencedora do certame, com prazo de

10 (dez) anos. Entretanto, apenas 5 (cinco) anos depois da assinatura do contrato, o Estado publicouedital de licitação para a concessão de serviço de transporte de passageiros, por ônibus do tipoexecutivo, para o mesmo trecho. Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.

a) A sociedade empresária “F” pode impedir a realização da nova licitação, uma vez que a lei atribui caráter

de exclusividade à outorga da concessão de serviços públicos.b) A outorga de concessão ou permissão não terá caráter de exclusividade, salvo no caso de inviabilidadetécnica ou econômica devidamente justificada.c) A lei atribui caráter de exclusividade à concessão de serviços públicos, mas a violação ao comando legalsomente confere à sociedade empresária “F” direito à indenização por perdas e danos. d) A lei veda a atribuição do caráter de exclusividade à outorga de concessão, o que afasta qualquer

pretensão por parte da concessionária, salvo o direito à rescisão unilateral do contrato pela concessionária,mediante notificação extrajudicial.

3 - (Prova: FGV - 2015 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XVI - Primeira Fase) Após fortes chuvas, devidoao enorme volume de água, parte de uma rodovia federal sofreu rachaduras e cedeu, tornandonecessária a interdição da pista e o desvio do fluxo de tráfego até a conclusão das obras de reparo. Aexploração da rodovia havia sido concedida, mediante licitação, à sociedade empresária “Traffega”, eesta não ”, e esta não foi capaz de lidar com a situação, razão pela qual foi decretada a intervenção naconcessão. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.

a) A intervenção somente pode ser decretada após a conclusão de processo administrativo em que seja

assegurada a ampla defesa.b) A administração do serviço será devolvida à concessionária, cessada a intervenção, se não for extinta aconcessão.c) A intervenção decorre da supremacia do interesse público sobre o privado e dispensa a instauração deprocesso administrativo.d) A intervenção é causa obrigatória de extinção da concessão e assunção do serviço pelo poderconcedente.

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4 - (Prova: PUC-PR - 2015 - PGE-PR - Procurador do Estado) Sobre as parcerias público-privadas (Lei11.079/2004 – Lei de PPP), é CORRETO afirmar que:

a) São contratos de parcerias público-privadas as concessões patrocinadas, as concessões administrativas eas concessões comuns.b) A elaboração do projeto executivo pode ser delegada ao parceiro privado, mas não a do projeto básico,que deve integrar o instrumento convocatório da licitação.c) O aporte de recursos do parceiro público para o parceiro privado exige a prévia execução das obras, arespectiva medição e o início da prestação do serviço.d) A concessão administrativa é o contrato de concessão de serviços públicos ou de obras públicas quandoenvolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, a contraprestação pecuniária do parceiro públicoao parceiro privado.e) A obrigação de constituir sociedade de propósito específico para implantar e gerir o objeto da parceriapúblico-privada tem como fonte a Lei de PPP.

5 - (Prova: FCC - 2015 - TJ-GO - Juiz Substituto ) Suponha que em determinada rodovia estadual, objeto deconcessão, o reajuste de pedágio, aplicado em conformidade com o regramento estabelecido no contratode concessão, tenha causado forte insatisfação da população, que passou a exigir do Poder Concedente arevogação do aumento. O Poder Concedente, pretendendo acolher o pleito da população, poderá, combase na legislação que rege a matéria,

a) retomar o serviço por motivo de interesse público, mediante encampação, condicionada a autorizaçãolegislativa específica e após prévio pagamento da indenização prevista legalmente.b) reduzir unilateralmente o valor do pedágio, estando a concessionária obrigada a suportar a redução dareceita tarifária, por se tratar de fato do príncipe.c) retomar a rodovia, mediante declaração de caducidade da concessão, indenizando a concessionáriapelos investimentos não amortizados.d) decretar a intervenção na concessão, indenizando a concessionária pelos lucros cessantescorrespondentes ao prazo restante da concessão.e) alterar a equação econômico-financeira do contrato, concedendo subsídio à concessionária paracompensar a redução da receita tarifária.

6 - (Prova: FGV - 2015 - DPE-MT - Advogado) Após as constantes reclamações dos usuários do serviço detransporte interestadual de passageiros, devido aos atrasos, ao cancelamento de saídas e aos motoristasque se recusavam a ligar o ar-condicionado dos veículos, o concessionário do serviço resolveu paralisarsua prestação por um dia inteiro, a fim de mostrar o transtorno que a falta de ônibus em circulaçãopoderia causar à população. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

a) As falhas na prestação do serviço caracterizam inexecução parcial do contrato e autorizam a suaencampação.b) A inexecução parcial do contrato poderá acarretar a declaração de caducidade da concessão, precedidade processo administrativo em que se assegure a ampla defesa.c) As falhas na prestação do serviço caracterizam inexecução parcial do contrato e somente autorizam aimposição de penalidades administrativas, não a extinção da concessão.d) O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa do concedente, no caso dedescumprimento das normas contratuais pelo concessionário, mediante ação judicial especialmenteintentada para esse fim.e) A inexecução parcial do contrato poderá acarretar a declaração de caducidade da concessão, garantidaao concessionário a ampla defesa em processo administrativo posterior à declaração.

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7 - (Prova: CESPE - 2015 - TRE-GO - Analista Judiciário) Determinado ente da administração pública desejarealizar procedimento licitatório para a contratação de serviços de segurança patrimonial armada paraseu edifício sede. Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item. O objeto da contrataçãopretendida pode ser classificado como serviço de natureza contínua.

( ) Certo ( ) Errado

8 - (Prova: FCC - 2015 - CNMP - Analista do CNMP)   Concluídos os estudos prévios de modelagemeconômico-financeira de um projeto de expansão da rede metro ferroviária de determinado Município,restou evidenciado que os investimentos a serem suportados pelo contratado para a consecução doobjeto pretendido pela Administração não seriam cobertos pela receita auferida mediante cobrança detarifa junto aos usuários da rede, na hipótese de exploração dos serviços correspondentes. Diante dessarealidade, a expansão e operação da rede metro ferroviária pode ser contratada na modalidade:

a) concessão de serviços públicos, ficando a Administração incumbida da cobrança de tarifa do usuário eauferindo a receita correspondente, remunerando-se o concessionário mediante a contraprestaçãopecuniária a cargo da Administração em montante suficiente para assegurar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.b) parceria público-privada, tendo por objeto exclusivamente a execução das obras necessárias, compagamento pela Administração de aporte de recursos de forma compatível com os investimentosrealizados em bens reversíveis.c) concessão administrativa, que admite aporte de recursos da Administração para complementar a receitaauferida pelo concessionário mediante a cobrança de tarifa do usuário, aportes estes que devem guardarcompatibilidade com a parcela fruível do serviço.d) obra pública, seguida de concessão administrativa para a exploração dos serviços proporcionados pelaexpansão mediante cobrança de tarifa dos usuários, condicionada ao pagamento de outorga àAdministração, correspondente ao valor econômico dos investimentos realizados.e) concessão patrocinada, ficando o concessionário incumbido de realizar os investimentos e operar osserviços de transportes de passageiros, remunerando-se mediante a tarifa cobrada dos usuários econtraprestação pecuniária paga pela Administração, admitindo-se, também, o aporte de recursos pelaAdministração destinado aos investimentos em obras e bens reversíveis.

9 - (Prova: FCC - 2015 - CNMP - Analista do CNMP - Direito) Em determinado Município, consórcio deempresas privadas permissionário de serviços públicos de transporte de passageiros passou a prestar osserviços de forma deficiente, desrespeitando as condições determinadas pelo Poder Concedente emrelação à frota disponível, regularidade de viagens e índices de conforto. O consórcio alegou que a tarifacobrada dos usuários, fixada pelo Poder Concedente, estaria defasada, sendo esta a razão dadeterioração da qualidade do serviço. De acordo com as disposições legais aplicáveis, o Poder

Concedente possui a prerrogativa de:

a) revogar a permissão, que possui caráter precário, e delegar a prestação dos serviços a outro consórcio,mediante concessão ou permissão, sempre com prévia licitação.b) decretar a encampação, em face do reiterado descumprimento das condições do contrato, retomando aprestação direta dos serviços.c) decretar a caducidade do contrato, assumindo os serviços para reestabelecer as condições deregularidade e qualidade necessárias, mediante prévia indenização ao consórcio.d) decretar a intervenção na permissão, com vistas a apurar a efetiva necessidade de reequilíbrioeconômico-financeiro do contrato.e) rescindir a permissão, mediante prévia indenização pelos investimentos não amortizados, descontadas

as multas eventualmente aplicadas ao consórcio.

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10 - (Prova: CETRO - 2015 - AMAZUL - Analista em Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear) Considerando aLei nº 11.079/2004, que institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público- privada,no âmbito da Administração Pública, analise as assertivas abaixo.

I. Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ouadministrativa. Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a AdministraçãoPública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalaçãode bens.II. Na contratação de parceria público-privada, será observada, entre outras diretrizes, a repartição objetivade riscos entre as partes.III. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade Tomada de Preços.

É correto o que se afirma em

a) I e II, apenas.b) II e III, apenas.c) I e III, apenas.d) II, apenas.e) I, II e III.

11 - (Prova: CETRO - 2015 - AMAZUL - Analista em Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear) Acerca dasmodalidades de delegação de serviços públicos, analise as assertivas abaixo.

I. A permissão de serviço público é, em princípio, ato discricionário e precário.II. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termosda Lei nº 8.987/1995, das demais normas pertinentes e do edital de licitação.III. O contrato de concessão é ajuste de Direito Administrativo, bilateral, oneroso, comutativo e realizadointuito personae.

É correto o que se afirma ema) I, apenasb) I e II, apenas.c) II e III, apenas.d) I, II e III.e) I e III, apenas

12 - (Prova: FCC - 2015 - SEFAZ-PI - Auditor Fiscal da Fazenda Estadual) O Estado do Piauí necessita realizar

obras de grande vulto, estimadas em R$ 1 bilhão, para captação e adução de água, bem comotratamento e fornecimento à população de região que vem sofrendo descontinuidade no abastecimento.Considerando que não possui recursos orçamentários suficientes para custear integralmente as despesasoperacionais com o tratamento e fornecimento de água, o Estado aventou a possibilidade de celebraruma parceria público-privada para a consecução do objeto pretendido. De acordo com a legislação querege a matéria, tal opção seria juridicamente.

a) cabível, podendo ser adotada a modalidade concessão comum, com prestação dos serviços pelo parceiroprivado me- diante pagamento de contraprestação tarifária pelo poder público.b) incabível, em face do valor estimado dos investimentos e da conjugação, em um mesmo objeto, de obrase serviços.

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c) cabível, podendo ser adotada a modalidade concessão patrocinada, com a cobrança de tarifa dosusuários e pagamento de contraprestação pecuniária pelo Estado.d) incabível, dado que se trata de serviço público essencial não passível de exploração por entidadeprivada.e) cabível, desde que adotada a modalidade concessão administrativa, eis que inviável juridicamente acobrança de tarifa dos usuários.

13 - (Prova: FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor de Controle Externo) Determinado Município pretende ampliara oferta de transporte coletivo aos cidadãos, disponibilizando novas linhas de ônibus e modernizando afrota existente. Uma das alternativas juridicamente possível para atingir tal finalidade seria a outorga de:

a) titularidade do serviço público de transporte de passageiros à empresas privadas credenciadas, medianteautorização.b) concessão, em caráter precário ou por prazo determinado, do serviço público de transporte depassageiros à empresa privada.c) permissão do serviço público de transporte de passageiros à empresas privadas, sempre mediante prévioprocedimento licitatório.d) permissão para a prestação de serviço público de transporte de passageiros, com o pagamento, pelopoder concedente, dos valores necessários à prestação do serviço.e) titularidade do serviço público de transporte de passageiros a consórcio de empresas privadas, medianteprévio procedimento licitatório, para exploração mediante cobrança de tarifa dos usuários.

14 - (Prova: FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Controle Externo) Em um contrato de concessão firmado entreum Município e empresa privada para a exploração de serviços públicos de transporte de passageirosverificou-se o reiterado descumprimento, pela concessionária, de obrigações estabelecidascontratualmente relativas a indicadores de qualidade, conforto e pontualidade do serviço prestado aosusuários. Diante de tal situação, o poder concedente poderá:

a) aplicar as penalidades previstas contratualmente, culminando com a declaração de encampação, casonão sanados os descumprimentos identificados.b) declarar a caducidade da concessão, mediante prévia autorização legislativa.c) encampar o serviço, hipótese em que a concessionária não terá direito a indenização por investimentosnão amortizados.d) decretar a intervenção no contrato, por decreto, com instauração de procedimento administrativo quedeverá ser concluído no prazo máximo de 180 dias.e) extinguir o contrato, por ato motivado, mediante prévia indenização à concessionária pelosinvestimentos não amortizados e lucros cessantes.

15 - (Prova: FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Controle Externo) Determinado Município comprometeu-se aampliar a oferta de vagas em creches à população, necessitando construir novas unidade e dotá-las dosserviços necessários. Pretende utilizar, como modalidade contratual para a consecução de tal objeto, aparceria público-privada - PPP, disciplinada pela Lei federal no 11.079/2004. Tal pretensão, do ponto devista jurídico, se afigura:

a) viável, desde que o valor da contraprestação pública não supere R$ 20.000.000,00 e seja obtidaautorização legislativa específica.b) inviável, eis que a PPP pressupõe a cobrança de tarifa do usuário, complementada por contraprestaçãopecuniária a cargo da Administração contratante.c) viável, se o prazo do contrato for superior a 5 e inferior a 35 anos, e no valor mínimo R$ 20.000.000,00,

adotando-se a modalidade concessão administrativa.

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d) viável, desde que adotada a modalidade concessão patrocinada e obtida autorização legislativaespecífica para aporte de recursos públicos.e) inviável, por envolver prestação de serviço precedida de obra pública, podendo, todavia, serdesmembrada a contratação de forma que a PPP envolva apenas a obra.

16 - (Prova: FCC - 2015 - TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) Para implementação de projetos deinfraestrutura o Município pode lançar mão de parcerias com a iniciativa privada. O ordenamento

 jurídico pátrio estabelece diversos instrumentos para tanto, dentre eles, os contratos de concessãodisciplinados pela Lei n° 8.987/1995 e os deno-minados contratos de parceria público-privada,disciplinados pela Lei n° 11.079/2004. Quanto a estes instrumentos, é correto afirmar:

a) Em razão da disciplina normativa incidente nos contratos de PPP, os parceiros privados devem assumir,obrigatoriamente, o financiamento de todos os investimentos necessários à implementação dainfraestrutura, que são concentrados no início da execução dos contratos.b) O aporte de recursos públicos na fase de investimento do projeto, a despeito de juridicamente viável,não integra a equação econômico-financeira do ajuste, daí porque não é considerado para efeito deeventual pleito de restabelecimento da equação originária.c) É possível o contrato de PPP prever aporte de recursos públicos em favor do contratado, tanto ao longoda denominada fase de investimento como após a disponibilização do serviço em condições de fruição,desde que, no primeiro caso, se destinem à construção ou aquisição de bens reversíveis, haja previsão noedital e guarde proporcionalidade com as etapas efetivamente executadas.d) Os aportes de recursos públicos em favor do parceiro privado são admissíveis, em referidos contratos,após a disponibilização da obra, na denominada fase de investimento, não se admitindo que recursospúblicos, de qualquer espécie, sejam disponibilizados ao parceiro privado na fase de implementação dainfraestrutura.e) É legítimo que aportes de recursos públicos, de qualquer espécie, sejam integrados na remuneração doparceiro privado ao longo do desenvolvimento do contrato de PPP, em qualquer de suas fases, tendo oparceiro privado, nestes casos, dada a natureza do ajuste, ampla liberdade para decidir onde e comoempregá-los.

17 - (Prova: FGV - 2015 - TJ-BA - Técnico Judiciário) Em tema de serviços públicos, a doutrina de DireitoAdministrativo ensina que se aplica especificamente o princípio da:

a) autotutela, o qual indica que a Administração Pública ou o concessionário (no caso de delegação), aoprestar os serviços públicos, gozam de liberdade de gestão, podendo aumentar unilateralmente as tarifaspara manter a lucratividade da atividade;b) modicidade, segundo o qual os serviços públicos devem ser remunerados a preços módicos, devendo oPoder Público calcular o valor das tarifas com vistas à eficiência e lucros máximos;

c) supremacia do interesse público, segundo o qual as atividades administrativas e os serviços públicos sãoprestados pelo Estado para benefício do particular individualmente considerado em detrimento dacoletividade;d) continuidade, o qual indica que os serviços públicos não devem sofrer interrupção, ou seja, suaprestação deve ser contínua para evitar que a paralisação provoque colapso nas múltiplas atividadesparticulares;e) indisponibilidade, o qual indica que a Administração Pública ou o concessionário (no caso de delegação),ao prestar os serviços públicos, tem a livre disposição dos bens e interesses públicos.

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18 - (Prova: FGV - 2015 - TJ-BA - Analista Judiciário) O Art. 175 da Constituição da República dispõe que“incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”. Assim, quanto à figura de quem os presta,existem dois tipos de serviços: os centralizados (prestados em execução direta pelo próprio Estado) e osdescentralizados (prestados por outras pessoas). Nesse contexto, é correto afirmar que a:

a) concessão de serviço público é a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediantelicitação, na modalidade de concorrência, tomada de preços ou convite, de acordo com o valor do contrato,à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por suaconta e risco e por prazo determinado;b) permissão de serviço público é a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediantelicitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstrecapacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo indeterminado;c) permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação deserviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade paraseu desempenho, por sua conta e risco;d) concessão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação deserviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade paraseu desempenho, por sua conta e risco;e) autorização de serviço público é a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediantelicitação, na modalidade de concorrência, tomada de preços ou convite, de acordo com o valor do contrato,à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por suaconta e risco e por prazo determinado.

19 - (Prova: FUNDATEC - 2015 - PGE-RS - Procurador do Estado ) Sobre as parcerias público-privadas,assinale a alternativa INCORRETA.

a) A concessão patrocinada é uma concessão de serviços públicos e/ou obras públicas em que,adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, há uma contraprestação pecuniária do parceiro público aoparceiro privado.b) As concessões administrativas regem-se pela Lei nº 11.079/04, aplicando-se-lhes, adicionalmente, todasas disposições da Lei nº 8.987/95.c) Os contratos de parceria público-privada têm como uma de suas características a repartição objetiva dosriscos entre as partes.d) Os contratos de parceria público-privada têm prazo de vigência não inferior a 5 (cinco) anos e nãosuperior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual prorrogação.e) O Fundo Garantidor das Parcerias Público- Privadas tem natureza privada, sendo penhoráveis os bens deseu patrimônio.

20 - (Prova: VUNESP - 2015 - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe) Quanto à classificação dosserviços públicos, é correto conceituar como serviços próprios do Estado aqueles que:

a) se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público e para a execução dos quais aAdministração usa sua supremacia sobre os administrados.b) a Administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas, ou delegasua prestação a concessionários, permissionários ou autorizatários.c) a Administração presta sem ter usuários determinados, vale dizer, atendem à coletividade no seu todo.d) a Administração prepara para serem prestados ao público.e) se consubstanciam em atividade econômica que só pode ser explorada diretamente pelo Poder Público.

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21 - (Prova: FCC - 2015 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do Trabalho Substituto ) Conforme destaca Maria SylviaZanella di Pietro, não é tarefa fácil definir o serviço público, pois a sua noção sofreu consideráveistransformações no decurso do tempo, quer no que diz respeito aos seus elementos constitutivos, quer noque concerne à sua abrangência, enfatizando que as primeiras noções de serviço público surgiram naFrança, com a chamada Escola de Serviço Público, e foram tão amplas, que abrangiam, algumas delas,todas as atividades do Estado. Esse conceito, por certo, evoluiu no tempo e, atualmente, de acordo como nosso ordenamento pátrio,

a) o elemento subjetivo utilizado para definição de serviço público considera que determinada atividade seenquadra em tal categoria quando prestada originalmente pelo poder público, que pode, todavia, transferira titularidade da mesma a particular sob o regime de concessão ou permissão.b) o elemento finalístico envolvido no conceito de serviço público considera que determinada atividadeapenas pode ser classificada como serviço público quando não passível de exploração econômica.c) constituem serviço público as atividades de interesse da coletividade apenas quando prestadas,diretamente pelo poder público, sendo este o seu principal elemento subjetivo.d) um dos elementos de definição do serviço público é o formal, que predica que o enquadramento dedeterminada atividade material nessa categoria pressupõe previsão legal ou constitucional.e) decorre do conceito material de serviço público a conclusão de que determinada atividade se insere emtal categoria em face de sua própria natureza, independentemente de previsão legal ou constitucional.

22 - (Prova: FUNDEP - 2015 - TCE-MG - Auditor)   Em relação às normas gerais sobre parcerias públicoprivadas, assinale a alternativa CORRETA.

a) A concessão administrativa é modalidade de parceria público-privada caracterizada como contrato deprestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta.b) A concessão patrocinada é modalidade de parceria público-privada que pressupõe a cobrança de tarifados usuários ou a contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.c) A implementação da parceria público-privada pelos entes federados tem como requisito a instituição deórgão gestor de parcerias público privadasd) As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria público-privada poderão ser garantidas mediante vinculação de receitas de impostos.e) As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria público-privada poderão ser garantidas por instituições financeiras controladas pelo Poder Público.

23 - (Prova: CESPE - 2015 - DPE-PE - Defensor Público) Com base na jurisprudência do STJ, julgue o itemseguinte. Segundo o entendimento jurisprudencial dominante no STJ relativo ao princípio dacontinuidade dos serviços públicos, não é legítimo, ainda que cumpridos os requisitos legais, o corte defornecimento de serviços públicos essenciais, em caso de estar inadimplente pessoa jurídica de direito

público prestadora de serviços indispensáveis à população.( ) Certo ( ) Errado

24 - (Prova: IADES - 2014 - TRE-PA - Analista Judiciário - Área Administrativa)A respeito dos serviços prestados pelas entidades públicas, assinale a alternativa correta.a) Somente a União e os Estados possuem competência constitucional para prestação de serviços públicos.b) Classifica-se como serviços públicos não essenciais aqueles remunerados mediante taxa, que incidirásobre a utilização efetiva ou potencial do serviço.c) Acaso a concessionária de serviço público venha a cometer algum ato ilícito, competirá exclusivamenteao usuário comunicá-lo à autoridade competente.d) As parcerias público-privadas (PPPs) são modalidades específicas de contratos de concessão.

e) Classifica-se como indireta a prestação de serviço público pela Administração Pública indireta.

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25  –  (Prova: FGV - 2014 - TJ-RJ - Analista Judiciário) Prefeito municipal decidiu extinguir contrato deconcessão de serviço público de abastecimento de água potável, a fim de retomar a prestação direta detal serviço, por motivo de interesse público, durante o prazo da concessão. Para tal, obteve na CâmaraMunicipal a aprovação de lei autorizativa específica e procedeu ao prévio pagamento de indenização àconcessionária. De acordo com a Lei nº 8.987/95, o prefeito se valeu da seguinte forma de extinção docontrato de concessão:

a) caducidade;b) encampação;c) rescisão;d) anulação;e) revisão.

26 - (Prova: FGV - 2014 - TJ-RJ - Analista Judiciário)O Estado do Rio de Janeiro, observadas as formalidades legais, firmou ato de permissão de uso de bempúblico com particular, para exploração de uma lanchonete em hospital estadual. No mês seguinte, oEstado alegou que iria ampliar as instalações físicas do hospital e revogou a permissão de uso. Passadosalguns dias, comprovou-se que o Estado não realizou nem nunca teve a real intenção de realizar as obrasde expansão. Em razão disso, o particular pretende invalidar judicialmente o ato administrativo querevogou a permissão, a fim de viabilizar seu retorno às atividades na lanchonete. Nesse contexto, écorreto afirmar que a pretensão do particular está baseada:

a) na teoria da exceção do contrato não cumprido, porque o Estado não poderia rescindir a permissão deuso na vigência do contrato, exceto por ordem judicial e com a prévia indenização ao particular;b) no princípio da continuidade dos serviços públicos, porque independentemente da veracidade dosmotivos fáticos que ensejaram a extinção da permissão, o particular tem direito público subjetivo de utilizara lanchonete no prazo acordado;c) na natureza jurídica da permissão de uso, que é um ato bilateral e vinculado, devendo ser respeitado oprazo contratual da permissão de uso, que só pode ser extinta com prévia e justa indenização;d) na natureza jurídica da permissão de uso, que é um ato bilateral e vinculado, devendo ser respeitado oprazo contratual da permissão de uso, que só pode ser extinta por motivo de interesse público;e) na teoria dos motivos determinantes, porque, apesar de a permissão de uso ser ato discricionário eprecário, o Estado está vinculado à veracidade do motivo fático que utilizou para revogar a permissão deuso.

27 - (Prova: FUNCAB - 2014 - SEDS-TO - Analista Socioeducador) A retomada do serviço público pelo poderconcedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa

específica e após prévio pagamento de indenização, denomina-se:

a) permissão.b) retrocessão.c) encampação.d) tredestinação.

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28 (Prova: CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz de Direito Substituto) No que diz respeito à prestação de serviçopúblico ofertado por concessionária ou permissionária, à interrupção do serviço e ao princípio dacontinuidade, assinale a opção correta de acordo com a legislação de regência e a jurisprudência do STJ. 

a) Será ilegítimo o corte no fornecimento de serviço público essencial caso a inadimplência do usuáriodecorra de débitos pretéritos, isoladamente considerados, uma vez que a interrupção pressupõe oinadimplemento de conta relativa ao mês do consumo.b) Não caracteriza violação ao princípio da continuidade a interrupção na prestação do serviço público pormotivos de ordem técnica ou de segurança das instalações, sendo desnecessária, nesses casos, anotificação prévia do usuário.c) É legítimo o corte no fornecimento de energia elétrica caso o débito decorra de fraude no medidor deconsumo de energia, mesmo que apurada unilateralmente pela concessionária, uma vez que, pela lei,ninguém pode beneficiar-se de sua própria torpeza.d) É possível a suspensão do fornecimento de energia elétrica e de água por falta de pagamento, ainda quea dívida se refira a consumo de usuário anterior do imóvel, visto que os débitos se sub-rogam na pessoa doadquirente.e) O atendimento ao princípio da isonomia legitima a suspensão do fornecimento de energia elétrica porinadimplência em escolas públicas municipais, desde que precedida de notificação prévia.

29 - (Prova: FCC - 2014 - TJ-AP - Analista Judiciário) Determinado Município pretende contratar aprestação de serviço de transporte público urbano, uma vez que inexistem condições para a prestaçãodireta pelo ente público. Dentre as alternativas juridicamente possíveis ao Município, este:

a) poderá contratar uma delegação de serviço público, por meio da qual transferirá ao particular atitularidade e a execução do transporte público urbano.b) poderá contratar uma concessão de serviço público, para execução por conta e risco do contratado,reservada a titularidade do serviço público ao ente federado.c) não poderá contratar com o particular a execução de serviço público dessa natureza, em razão de suaessencialidade, salvo se houver prévia autorização do Tribunal de Contas Municipal.d) deverá contratar uma permissão de serviço público, contrato que transferirá ao particular a titularidadeou execução do serviço de transporte municipal por sua conta e risco.e) somente poderá contratar a execução do serviço por particular se ficar comprovado que inexiste outroente público capaz de absorver a competência municipal.

30 - (Prova: FCC - 2014 - TJ-AP - Técnico Judiciário - Área Judiciária e Administrativa / Direito Administrativo/ Serviços Públicos; Conceito e Classificação dos Serviços Públicos; )Sabe-se que a Administração pública tem, dentre suas funções a obrigação legal de prestar ServiçosPúblicos à população. Os Serviços Públicos são atividades:

a) que devem ser prestadas em caráter contínuo, em razão dos princípios da indisponibilidade e dasupremacia do interesse público.b) que, pela sua essencialidade, somente podem ser prestadas pelo Poder Público.c) que, pela sua essencialidade, obedecem a diversos princípios, dentre eles o da autonomia da vontade eda indisponibilidade do interesse público.d) prestadas pelo Poder Público ou por particular, sendo que na hipótese de serem prestadas por particularnão devem obediência ao princípio da modicidade tarifária, isso em razão do princípio da eficiência.e) prestadas pelo Poder Público ou por Particular, e, em razão de sua essencialidade, obedecem a diversosprincípios, dentre eles o da continuidade e modicidade tarifária.

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31 - (Prova: FGV - 2014 - PGM - Niterói - Procurador do Município) Sobre serviços públicos, assinale aafirmativa correta.

a) A outorga da concessão representa modalidade de desafetação do serviço público, retirando-o do campodo direito público.b) Na reversão, os bens afetos ao serviço público retornarão ao Poder Concedente em razão do término noprazo contratual.c) A encampação tem natureza sancionatória e representa a extinção da concessão antecipadamente, porato unilateral do poder concedente, por motivo de interesse público.d) No regime da permissão do serviço público, há um prazo mínimo de garantia para o permissionário naexecução dos serviços e, ainda, a imposição de obrigações de investimentos para o seu desenvolvimento.e) A prestação direta dos serviços públicos é aquela em que a execução desses se faz por outorga oudelegação.

32 - (Prova: FCC - 2014 - TJ-AP - Analista Judiciário)O serviço público é campo de atuação próprio do Estado, no entanto, sua prestação pode se dar de formadireta ou indireta. A prestação de serviço público de forma indireta se dá mediante o regime:

a) de concessão ou permissão, sendo que, neste último caso, não há obrigatoriedade de obediência, peloparticular, do princípio da continuidade do serviço público, por se cuidar de ato administrativo precário.b) de concessão ou delegação, sendo que nestes casos o particular deve obediência aos princípios que lhesão próprios, dentre eles o da imutabilidade do regime jurídico e o da continuidade dos serviços públicos.c) de concessão ou permissão, devendo o particular respeitar os princípios que lhe são próprios, dentre eleso da mutabilidade do regime jurídico e o da continuidade dos serviços públicos.d) de delegação ou permissão, sendo que, neste último caso, cuida-se de contrato precário daadministração.e) jurídico de concessão, não se prestando à delegação de serviços públicos os institutos da permissão e daautorização.

33 - (Prova: FCC - 2014 - PGE-RN - Procurador do Estado de Terceira Classe) Determinado ente federadocelebrou regular contrato de concessão do serviço público de exploração de rodovia precedida de obrapública. O contrato, nos moldes do que prevê a Lei n° 8.987/1997, delegou o serviço público para serexecutado pela concessionária por sua conta e risco. Ocorre que durante as obras de implantação darodovia, a concessionária identificou a existência de contaminação do solo em trecho significativo doperímetro indicado pelo poder concedente. Foi necessário, assim, longo trabalho de identificação doagente contaminante e complexa e vultosa descontaminação. Considerando-se que o perímetro darodovia foi indicado pelo poder concedente, bem como que a responsabilidade pelo passivo ambientalpela execução da obra foi atribuído para a concessionária:

a) a responsabilidade pela descontaminação incumbe à concessionária, que pode, no entanto, invocar osatrasos no cronograma e os vultosos prejuízos comprovados para pleitear o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, na hipótese de intercorrência não passível de identificação anterior pelos licitantes.b) cabe integral responsabilidade à concessionária, tendo em vista que o regime da chamada concessãocomum não admite superveniências que conduzam a lógica do reequilíbrio econômico-financeiro docontrato.c) diante da ausência de previsibilidade do evento, impõe-se a repartição dos riscos, em igual proporção,lógica que rege os contratos de concessão comum.d) a responsabilidade pela descontaminação incumbe integralmente ao poder concedente, na medida emque foi responsável pela escolha da área e em razão de não haver previsão expressa no contrato, o que

desloca o ônus para o ente público contratante.

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e) os custos e prejuízos experimentados devem ser integralmente repassados à tarifa, após o início daoperação, como expressão do direito subjetivo da concessionária ao reequilíbrio econômico-financeiro docontrato.

34 - (Prova: FCC - 2014 - PGE-RN - Procurador do Estado de Terceira Classe)Determinado Estado da Federação pretende licitar a construção e a gestão de uma unidade prisionalfeminina, a primeira a ser edificada com essa finalidade específica, o que motivou a preocupação com oatingimento dos padrões internacionais de segurança e ressocialização. Assim, a modelagem idealizadafoi uma concessão administrativa, na qual alguns serviços seriam prestados pelo parceiro privado. Apropósito desse modelo e dos serviços objeto de delegação:

a) não é adequado, tendo em vista que somente seria possível lançar mão de uma parceria público-privadana hipótese da totalidade dos serviços abrangidos pela unidade poder ser delegada ao particular, somentesendo possível promover a contratação de obra pública com base na Lei n° 8.666/1993.b) é possível contratar a edificação da unidade prisional, mas o modelo de concessão administrativa não éadequado, na medida em que não há serviços públicos a serem delegados.c) pode ser adequado o modelo proposto, partindo da premissa de que são delegáveis os ciclos deconsentimento e fiscalização do poder de polícia, reservando-se ao poder concedente as atividadespertinentes ao ciclo de imposição de ordem ou normatização e ao ciclo de sancionamento.d) é adequado o modelo proposto, considerando que alguns ciclos do poder de polícia são delegáveis, àexceção do ciclo normativo, não se adequando, contudo, o conceito da concessão administrativa, quepressupõe retribuição financeira pelo usuário do serviço, o que inexiste no presente caso.e) é adequado o modelo proposto, caso parte dos serviços públicos seja remunerada à proporção donúmero de detentas usuárias do serviço, bem como se a delegação pretendida se restringir às atividades desancionamento.

35 - (Prova: FCC - 2014 - PGE-RN - Procurador do Estado de Terceira Classe) Uma determinadaconcessionária de serviços públicos ferroviários experimentou relevantes e significativos prejuízos emrazão de grave deslizamento de parte de um morro próximo à malha ferroviária, em razão das forteschuvas ocorridas na região. Além dos prejuízos pela destruição de bens da concessionária e departiculares, houve interrupção dos serviços por período superior a 30 (trinta) dias. Em razão desseincidente : 

a) o poder público será responsabilizado pelos prejuízos experimentados pela concessionária, tendo emvista que em se tratando de força-maior, aplica-se a responsabilidade civil na modalidade objetiva pura.b) a concessionária pode demandar o poder público em juízo, para ressarcimento dos prejuízos causados epelos lucros cessantes, desde que comprove a culpa dos agentes responsáveis pelas obras de contenção deencostas, tendo em vista que em se tratando de hipótese de força-maior, aplica-se a responsabilidade civil

na modalidade subjetiva.c) o poder público não pode ser responsabilizado, tendo em vista que a ocorrência de força-maior superaeventual ocorrência de negligência nas obras e atividades de prevenção de acidentes.d) a concessionária poderá demandar o poder público para fins de responsabilidade civil na modalidadeobjetiva, em razão da natureza da atividade prestada, relevante e essencial.e) o poder público poderá ser responsabilizado a indenizar os bens dos particulares caso se demonstre aocorrência de culpa do serviço, ou seja, de que o acidente poderia ter sido evitado caso tivessem sidoadotadas as prevenções cabíveis.

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36 - (Prova: FCC - 2014 - PGE-RN - Procurador do Estado de Terceira Classe;) A União pretende apoiarEstados e Municípios em projetos de mobilidade urbana, em especial expansão e modernização detransportes sobre trilhos. Nesse sentido, como forma de alavancar os investimentos necessários,pretende fomentar a utilização de Parcerias Público-Privadas, eis que:

a) propiciam a construção da infraestrutura e a prestação de serviços aos usuários, que podem sercontratados em conjunto ou separadamente, no primeiro caso mediante concessão administrativa e nosegundo, mediante concessão patrocinada.b) as despesas decorrentes dessa modalidade contratual não impactam o limite de endividamento públicoe permitem o comprometimento anual da receita corrente líquida, observado o limite de 10%.c) tais contratos, quando celebrados na modalidade concessão administrativa, permitem acomplementação dos pagamentos públicos com a receita tarifária obtida pelo concessionário mediante aprestação de serviços ao usuário.d) a Administração contratante apenas efetua o pagamento da contraprestação pecuniária relativa àparcela fruível dos serviços objeto do contrato, após sua efetiva disponibilização.e) viabilizam a utilização da capacidade de financiamento do setor privado para a construção de obras degrande vulto, mediante o oferecimento de garantias de pagamento pelo Poder Público, incidente sobre aarrecadação de impostos.

37 - (Prova: FCC - 2014 - PGE-RN - Procurador do Estado de Terceira Classe)De acordo com a Constituição Federal, determinada atividade, quando erigida à condição de serviçopúblico,.

a) somente admite a exploração por particular nas hipóteses explicitadas na própria Constituição comoserviços públicos não exclusivos.b) torna imperativa a sua prestação direta pelo poder público.c) afasta a possibilidade de exploração econômica por particulares, salvo em caráter complementar ousubsidiário ao poder público.d) constitui obrigação do poder público, que pode prestá-la diretamente ou sob o regime de concessão oupermissão a particulares.e) sujeita-se ao regime de direito público, que proíbe a exploração com intuito lucrativo.

38 - (Prova: MPE-RS - 2014 - MPE-RS - Assessor - Área de Direito)Considere as seguintes afirmações no tocante ao tema serviços públicos.

I. Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviçospúblicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolvercontraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

II. A concessão de serviço público consiste na delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas quedemonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado.III. Em se tratando de direitos e deveres dos usuários na concessão de serviços públicos, por existirlegislação específica (Lei nº 8.987/95), esta é a que rege integralmente a matéria, não cabendo, aqui, aaplicação do Código de Defesa do Consumidor, que se ocupa dos serviços na esfera privada.Quais estão corretas?a) Apenas I.b) Apenas II.c) Apenas III.d) Apenas I e II.

e) I, II e III.

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39 - (Prova: FGV - 2014 - PROCEMPA - Analista Administrativo) Analise o fragmento a seguir. “É hipótesede extinção do contrato de concessão de serviço público que, em regra, não gera para a AdministraçãoPública o dever de indenizar o concessionário.” O fragmento acima caracteriza: 

a) caducidade.b) encampação.c) rescisão.d) anulação.e) término do prazo de concessão, sem reversão de bens.

40 - (Prova: FGV - 2014 - PROCEMPA - Analista Administrativo)A Agência Nacional de Transportes Terrestres expediu um ato a fim de regular o valor das tarifas detransportes rodoviários municipais. Com base nessa informação, assinale a afirmativa correta.

a) A ANTT pode expedir ato com essa finalidade, pois a regulação dos serviços públicos de transporterodoviário sempre deverá ser realizada por meio de agência reguladora federal.b) O ato editado pela ANTT somente será aplicável aos municípios brasileiros que não disponham deagência reguladora própria.c) O ato da ANTT não deverá prevalecer nos casos em que a prestação desse serviço público for objeto dedelegação pelo município, porque, nessa hipótese, os contratos de concessão somente podem seralterados por meio de ajustes entre as partes contratantes.d) O ato da ANTT não deverá prevalecer, pois, segundo o STF, é inadmissível que a regulação de serviçopúblico implique controle tarifário.e) O ato da ANTT é inconstitucional, pois fere a autonomia administrativa dos entes municipais, a quemincumbe regular os serviços públicos de sua competência.

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Gabarito

1 - C 11 - D 21 - D 31 – B

2 - B 12 - C 22 - A 32 – C3 – B 13 - C 23 - C 33 - A

4 – E 14 - D 24 – D 34 – C

5 - A 15 - C 25 – B 35 – E

6 – B 16 - C 26 – E 36 – D

7 - C 17 - D 27 – C 37 – D

8 - E 18 - C 28 – A 38 – D

9 - A 19 - B 29 – B 39 – E

10 - A 20 - A 30 – E 40 - E

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Capítulo IX

Lei nº 8.666/1993 ‒ Licitações 

DEFINIÇÃO

Segundo o conceito da professora Maria Sylvia Di Pietro, a licitação consiste no "procedimentoadministrativo vinculado pelo qual um ente público, no exercício da função administrativa, abre a todos osinteressados, que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório, a possibilidade deformularem propostas dentre as quais selecionará e aceitará a mais conveniente para a celebração decontrato".

Contrato Administrativo, por sua vez, é aquele celebrado pela Administração Pública, com base emnormas de direito público, com o propósito de satisfazer às necessidades de interesse público, sob o regimede direito público. Deve-se observar que esta definição se refere apenas aos denominados contratos

administrativos propriamente ditos (típicos).Assim, neste capítulo, falaremos dos procedimentos administrativos pelos quais os entes públicos

contratam os serviços. Destacando-se que, para que a Administração realize determinada contratação,deve haver a real necessidade do serviço e a predominância do interesse público, devendo, em regra, serprecedido de procedimento licitatório, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei nº 8.666/1993, que visa aresguardar a moralidade dos atos praticados pela Administração e possibilitar a contratação da propostamais vantajosa a fim de atender ao interesse público de forma mais eficaz.

Natureza Jurídica da Licitação = procedimento administrativo vinculado com fim seletivo.

Ente públicoNecessidade do

serviçoPublica edital /fixa condições

Interessados secandidatam

É licitadaSerá selecionada

a propostaMais vantajosa

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Objetivos da Licitação

O procedimento licitatório tem por objetivo garantir a isonomia nas contratações administrativas,selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e promover o desenvolvimento nacional,

conforme previsto no art. 3º da Lei nº 8.666/1993, devendo ser processado e julgado em estritaconformidade com os princípios administrativos, dos quais falaremos mais adiante. Assim temos:

Princípios Da Licitação 

À luz do art. 3° da Lei nº 8.666/1993, a licitação destina-se a garantir a observância do princípioconstitucional da isonomia, selecionar a proposta mais vantajosa para a administração e a promoção dodesenvolvimento nacional sustentável  e será processada e julgada em estrita conformidade com osprincípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, daprobidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos quelhes são correlatos. Dentre os princípios elencados, apenas os dois últimos são princípios setoriais dalicitação.

OBJETIVOS

Isonomia Proposta mais vantajosa Desenvolvimento nacional

Não é menor preço, é a proposta mais vantajosa. Cumpre lembrar que alicitação será processada e julgada com base nos já conhecidos princípios

da Legalidade e Impessoalidade, dentre outros.

LEGALIDADE 

Diferentemente do cidadão comum, que pode fazer, ou deixar de fazer, qualquer coisa que não seja proibido porlei, a Administração Pública só pode agir em virtude do que a lei autoriza. Neste sentido, no tocante à licitação, esteprincípio impõe à Administração o dever de observar o número e a sequência de fases do procedimento licitatórioconforme disposto na lei, além de velar pela regularidade de todos os atos que envolvem o certame.

IMPESSOALIDADE

Na formulação tradicional, a impessoalidade se confunde com o princípio da finalidade da atuação administrativa.De acordo com este, há somente um fim a ser perseguido pela Administração Pública: o interesse público, que deverá estarexpresso ou implícito na lei determinante ou autorizativa do ato.

A impessoalidade da atuação administrativa tem o objetivo de evitar a prática de atos visando a interesses do

agente e de terceiros, a fim de impedir favorecimentos, perseguições ou discriminações de qualquer tipo.

MORALIDADE 

Este princípio impõe aos agentes e licitantes o dever de uma postura ética e moral durante todas as etapas doprocedimento licitatório, utilizando-se da probidade e honestidade para atuação administrativa.

IGUALDADE (ISONOMIA) 

Estabelece a igualdade de condições entre os licitantes. Decorre deste princípio a vedação quanto ao estabelecimento dediferenças ou vantagens em razão da naturalidade, sede ou domicílio do licitante, sendo obrigatório, nos casos em que a

Administração seja obrigada a dispensar tratamento desigual, a apresentação de justificativa que comprove a motivação doato.

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Quanto aos critérios de julgamento previstos, temos:

FASES DAS LICITAÇÕES

A fase externa da licitação desenvolve-se em diversas etapas, cuja sequência deve seguir a previsãolegal. Apresentam-se como fases externas os seguintes procedimentos:

Abertura  Habilitaçãodos licitantes 

Julgamentodas propostas 

Adjudicação  Homologação

PUBLICIDADE 

A licitação deve ser amplamente divulgada, de modo a se obter o maior número de propostas com vistas apromover a competitividade e a chance de obtenção de uma proposta mais vantajosa aos interesses da

coletividade, detentora do controle dos atos a partir do momento em que se tornam públicos e acessíveis atodos.

Impõe a publicação de aviso na imprensa contendo o resumo do edital, com ressalva para o conteúdo daspropostas até a respectiva abertura.

PROBIDADE ADMINISTRATIVA 

É princípio correlato ao da moralidade, uma vez que requer da Administração e de seus agentes uma atuaçãoproba e reta na condução dos procedimentos administrativos inerentes à licitação.

VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO 

O instrumento convocatório (edital ou carta-convite) é a lei interna da licitação, vinculando tanto os licitantesquanto a Administração, de forma a impedir a prática de atos contrários às condições nele fixadas.

JULGAMENTO OBJETIVO 

De modo a afastar ou reduzir a carga de subjetivismo que possa existir no processo de escolha, o edital devefixar critérios objetivos de análise e julgamento das propostas.

O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo conviterealizá-la em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato

convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferiçãopelos licitantes e pelos órgãos de controle.

Prescreve a lei que o julgamento objetivo das propostas deverá ser feito em conformidade com os tipos delicitação. Critérios de Julgamento: Menor preço, Melhor Técnica, Técnica e Preço, Melhor Lance ou Oferta.  

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No Pregão,  há a inversão das fases. Para garantir aceleridade no procedimento, a Administração, primeiramente,

 julga as propostas para depois realizar a habilitação dos licitantes,cu as ro ostas se am mais vanta osas ara Administra ão. 

Já no pregão, os procedimentos são os seguintes:

EXPLICANDO CADA UMA DELASAbertura

A abertura aos interessados é o momento da licitação em que a Administração torna pública arealização de uma licitação. O aviso contendo o resumo do instrumento convocatório (edital) deve serpublicado na imprensa oficial em jornal de grande circulação, com exceção da carta-convite, onde não sefaz necessária a publicação (art. 21 da Lei nº 8.666/1993). Do edital, devem constar obrigatoriamentevários itens, tais como o objeto da licitação, o preço e as condições de reajuste, o prazo e condições paraassinatura do contrato, o critério de julgamento e assim por diante, conforme dispõe o art. 40 da referidalei.

Observação: Os prazos estabelecidos são contados a partir da última publicação do edital resumido ou daexpedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos.

PRAZOS DAS MODALIDADES DE LICITAÇÕES

Cumpre destacar que qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que sedeu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido para apresentação das propostas,exceto quando a alteração não afetar a formulação das propostas.

Dispõe a lei que decairá do direito dos licitantes de impugnar o edital perante a Administração, olicitante que não o fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação em

concorrência, a abertura dos envelopes com as propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou arealização de leilão. Desta forma, a impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o impedirá departicipar do processo licitatório até o trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.

Abertura Julgamento

das propostas Habilitação

dos licitantesAdjudicação  Homologação

45 DIAS

• Concurso •Concorrência: Empreitada integral ou quando a licitação for do

tipo Melhor Técnica ou Técnica e Preço.

30 DIAS

• Concorrência (nos demais casos)• Tomada de Preços (no tipo Melhor Técnica ou Técnica e Preço)

Leilão 15 DIAS

• Tomada de Preços (nos demais casos)

8 DIAS ÚTEIS

• Pregão 

5 DIAS ÚTEIS

• Convite 

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HABILITAÇÃO DOS LICITANTES

Após a fase de habilitação, não mais caberá desistência da proposta, salvo pela ocorrência de fatosuperveniente justificado e aceito pela comissão, assim como, abertos os envelopes das propostas, nãohaverá desclassificação por inabilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou somente conhecidosapós o julgamento. (art. 43, §§5º e 6º, da Lei nº 8.666/1993).

As fases de habilitação e de julgamento são conduzidas por uma comissão de licitação, integradapor, no mínimo, 3 (três) membros, a qual pode ser instituída em caráter permanente ou especial paraatender a determinado procedimento. Na modalidade convite, admite-se, excepcionalmente, asubstituição da comissão de licitação por apenas único servidor. Da decisão que habilita ou inabilita um

licitante, cabe recurso administrativo com efeito suspensivo, a ser interposto no prazo de 5 (cinco) diasúteis a contar da intimação do ato.

Habilitação dos licitantes

(art. 27) 

É a fase da licitação em quese procede à verificação da

documentação e derequisitos dos interessados,

habilitando-os ouinabilitando-os. Ocorre,

previamente, a análise daspropostas.

O licitante inabilitado éexcluído da disputa, sendo

feita a devolução doenvelope da proposta ainda

lacrado.

A finalidade daAdministração Pública, nestafase, é assegurar-se de que olicitante, uma vez vencedor,

terá condições técnicas,financeiras e idoneidade para

adequadamente cumprir oobjeto contratual. Somente

poderá ser exigida dosinteressados, para

habilitação nas licitações,documentação relativa a:

Habilitação Jurídica (exemplos: cédula deidentidade ou ato constitutivo da empresa

devidamente registrado)

Qualificação Técnica (exemplos: registroou inscrição na entidade profissional

competente, indicação das instalações e

do aparelhamento para a realização doobjeto da licitação, Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART) de serviçosimilar ao objeto licitado)

Qualificação Econômico-Financeira (exemplos: balanço patrimonial, certidão

negativa de falência e concordata, garantiade até 1% do valor estimado do objeto da

contratação)

Regularidade para com a FazendaPública

Cumprimento do disposto no art.7°, XXXIII, da Constituição Federal

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JULGAMENTO DAS PROPOSTAS

É a fase em que ocorre a abertura dos envelopes contendo os valores para julgamento de acordocom o tipo e critério estabelecidos no edital, declarando-se o vencedor para adjudicação do objeto.

Serão desclassificadas (ou seja, sequer serão julgadas) as propostas que não atendam às exigênciasdo instrumento convocatório, as que apresentem valor global superior ao limite estabelecido, as propostassem valor definido, as de valor irrisório e as manifestadamente inexequíveis.

Anulação e Revogação ‒ A ilegalidade de um ato do procedimento implica sua anulação e,consequentemente, dos atos a posteriori dependentes ou consequentes do ato anulado. Já a revogação

 pode ocorrer por motivo de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente justificado ouquando o vencedor não firma o contrato no tempo fixado. 

Homologação

A homologação é o ato pelo qual a autoridade competente reconhece a regularidade doprocedimento licitatório. Ao receber o processo da comissão, tal autoridade poderá: determinar correçãode irregularidades, invalidar o procedimento (no todo ou em parte), revogar a licitação por razões deordem administrativa (por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamentecomprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta) ou homologar o procedimento,considerando a legalidade da licitação.

Adjudicação

A adjudicação é o ato pelo qual se atribui ao vencedor o objeto da licitação. O princípio daadjudicação obrigatória ao vencedor garante a este um direito de preferência na contratação (e não umdireito à contratação), ou seja, caso a Administração realmente venha a celebrar o contrato, terá de fazercom o vencedor da licitação.

Na hipótese de o vencedor, tendo sido regularmente convocado, não assinar o termo de contratoadministrativo, poderá adotar uma dentre duas medidas: convocar os licitantes remanescentes, na ordemde classificação, para realizar o contrato em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiroclassificado, inclusive quanto aos preços sem conformidade com o ato convocatório, ou, ainda, revogar alicitação.

Em todo caso, há de se ressaltar que a recusa injustificada do adjudicatário em assinar o contrato,

dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracteriza o descumprimento total da obrigaçãoassumida, sujeitando-o às penalidades legalmente estabelecidas. No entanto, decorridos 60 (sessenta) diasda data da entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados doscompromissos assumidos, hipótese em que não há que se falar em aplicação de sanções pelo eventual nãoatendimento à convocação para assinatura do contrato.

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TIPOS DE LICITAÇÃO(ART. 45)

Prescreve a lei que o julgamento das propostas deverá ser feito em conformidade com os tipos delicitação. Os tipos de licitação previstos em lei são:

Os tipos de licitação “Melhor Técnica” ou “Técnica e Preço” serão utilizados exclusivamente paraserviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos,fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para aelaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.

Os procedimentos utilizados na licitação do tipo Melhor Técnica ou Técnica e Preço são detalhadosnos parágrafos do art. 46 da Lei nº 8.666/1993:

Tipos deLicitação

Menor Preço - Quando o critério de seleção da proposta maisvantajosa para a Administração deteminar que será vencedor

o licitante que apresentar a proposta de acordo com asespecificações do edital ou convite e ofertar o menor preço.

Técnica e Preço – É

obrigatório paracontratação de bens e

serviços de informática.

Maior Lance ou Oferta – Adotado nos casosde alienação de bens ou concessão de direito

real de uso.

Melhor Técnica – Utilizadopara serviços de natureza

intelectual.

A lista é taxativa, não se admitindo outrostipos diversos dos listados.

Na modalidade concurso, não se aplica nenhum dos tipos de licitação. 

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 Art. 46 (...)

§ 1o  Nas licitações do tipo "melhor técnica, será adotado o seguinte procedimento

claramente explicitado no instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo que a Administração se propõe a pagar:

I. Serão abertos os envelopes contendo as propostas técnicas exclusivamente doslicitantes previamente qualificados e feita então a avaliação e classificação destas propostasde acordo com os critérios pertinentes e adequados ao objeto licitado, definidos com clareza e

objetividade no instrumento convocatório e que considerem a capacitação e a experiência do proponente, a qualidade técnica da proposta, compreendendo metodologia, organização,tecnologias e recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das equipestécnicas a serem mobilizadas para a sua execução;

II. Uma vez classificadas as propostas técnicas, proceder-se-á à abertura das propostas de preço dos licitantes que tenham atingido a valorização mínima estabelecida noinstrumento convocatório e à negociação das condições propostas, com a proponente melhorclassificada, com base nos orçamentos detalhados apresentados e respectivos preços unitáriose tendo como referência o limite representado pela proposta de menor preço entre os licitantesque obtiveram a valorização mínima;

III. No caso de impasse na negociação anterior, procedimento idêntico será adotado,sucessivamente, com os demais proponentes, pela ordem de classificação, até a consecução deacordo para a contratação;

IV. As propostas de preços serão devolvidas intactas aos licitantes que não forem preliminarmente habilitados ou que não obtiverem a valorização mínima estabelecida para a proposta técnica.

§ 2o  Nas licitações do tipo "técnica e preço", será adotado, adicionalmente ao inciso I do

 parágrafo anterior, o seguinte procedimento claramente explicitado no instrumento

convocatório:

I. Será feita a avaliação e a valorização das propostas de preços, de acordo comcritérios objetivos preestabelecidos no instrumento convocatório;

II. A classificação dos proponentes far-se-á de acordo com a média ponderada dasvalorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos noinstrumento convocatório.

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MODALIDADES DE LICITAÇÃO

As modalidades de licitação estão previstas no art. 22 da Lei nº 8.666/1993, ressalvada amodalidade Pregão, que foi introduzida no ordenamento por meio da Lei nº 10.520/2002. Assim, são 6

(seis) as modalidades de licitação, conforme representado a seguir:

CONSULTA

(MODALIDADE DE LICITAÇÃO ESPECIAL)

Fique atento, pois a Lei  nº 9.472/1997  ‒ Lei Geral das Telecomunicações  ‒ introduziu noordenamento pátrio uma nova modalidade de licitação destinada a regular a contratação de determinadosbens e serviços pelas agências reguladoras (ANATEL, entre outras). Essa modalidade especial é denominadaConsulta e somente tem aplicabilidade no âmbito das referidas agências.

Cumpre mencionar que, conforme disposto no art. 58 da Lei nº 9.472/1997, a consulta tem porobjeto o fornecimento de bens ou serviços que não estejam elencados entre as hipóteses de necessáriacontratação mediante Pregão, conforme previsto nos arts. 56 e 57 da referida lei. Assim, podemos concluirque:

MODALIDADES DE LICITAÇÃO 

Leilão Pregão Tomada de preço Concorrência Convite Concurso

A concorrência, a tomada de preços e oconvite têm por objetivo a contrataçãode fornecimentos, obras e/ou serviços.

O pregão destina-se àaquisição de bens e

contratação de serviçoscomuns.O concurso e o leilão

têm objetivospróprios.

Nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, emqualquer caso, a concorrência. 

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ESCOLHA DA MODALIDADE

A Lei nº 8.666/1993, à luz do disposto em seu art. 23, estabelece limites ao valor estimado dascontratações no caso das modalidades de Concorrência, Tomada de Preços e Convite, conforme ilustradona tabela a seguir:

MODALIDADES

Concorrência

Tomada de Preços

Convite

OBRAS OU SERVIÇOS DEENGENHARIA

> 1.500.000,00

</= 1.500.000,00

</= 150.000,00

COMPRAS OU OUTROSSERVIÇOS

> 650.000,00

</= 650.000,00

</= 80.000,00

CONSULTA

Contratação de bense serviços comuns

de alto valor.(art. 57, I)

Número de cadastradosna classe for inferior a

cinco. (art. 57, II)

Registro de preços,que terá validadepor até dois anos.

(art. 57, III)

Quando o ConselhoDiretor assim o

decidir. (art. 57, IV)

Somente utilizada pelas AgênciasReguladoras Federais, quando NÃO 

incidir nas seguintes hipóteses:

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MODALIDADES DE LICITAÇÕES

A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto,tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado os bens imóveis da Administração Pública

adquiridos judicialmente ou por dação em pagamento, como as concessões de direito real de uso e naslicitações internacionais, admitindo-se, neste último caso, a tomada de preços, quando o órgão ou entidadedispuser de cadastro internacional de fornecedores, ou o convite, quando não houver fornecedor do bemou serviço no país.

TOMADA DE PREÇOS 

Modalidade de licitaçãoutilizada nas

contratações de vultomédio.

Quaisquer interessadosdevidamente

cadastrados ou queatendam a todas as

condições exigidas paracadastramento até oterceiro dia anterior àdata do recebimento

das propostas.

Requer habilitaçãoprévia, mediante

cadastramento nosregistros cadastrais da

Administração.

Facultativo naslicitações internacionais,

nos casos em que oórgão ou entidade

dispuser de cadastrointernacional de

fornecedores e desdeque o contrato a ser

celebrado esteja dentrodos limites de valorestabelecidos na lei.

   C   o   n   c   o   r   r    ê   n   c   i   a

  É a modalidade de licitação utilizada para contratações de grande vulto.

Quaisquer interessados, que atendam aos requisitos exigidos na lei e no edital.

Adota formalismo mais acentuado, uma vez que exige fase de habilitação preliminare publicidade ampla.

É obrigatória para:

Aquisição e alienação de bens imóveis (cabendo também oleilão em algumas hipóteses - art. 19);

Licitação internacional (cabendo também a tomada depreços e o convite em algumas hipóteses - art. 23, §3°);

Concessão de direito real de uso.

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No Convite, nos casos em que, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos

convidados, for impossível a obtenção do número de três licitantes, essas circunstâncias deverão ser

devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite. O convite é modalidade de

licitação para a qual a lei não exige a publicação de edital. 

CONVITE 

Modalidade de licitaçãoentre interessados,

cadastrados ou não, doramo pertinente ao seu

objeto, escolhidos econvidados em númeromínimo de 3 (três) pelaunidade administrativa,a qual afixará em local

próprio cópia doinstrumento

convocatório.

Estenderá aos demaiscadastrados nacorrespondente

especialidade, quemanifestem interesse

em participar comantecedência de até 24horas da apresentação

das propostas.

A existência na praça demais de 03 (três)

possíveis interessados, acada novo convite a serrealizado para objeto

idêntico, é obrigatório oconvite , no mínimo, a

mais de um interessado,enquanto existirem

cadastrados nãoconvidados nas

licitações anteriores.

A Comissão poderá sersubstituída por únicoservidor formalmente

designado pelaautoridade competente.

CONCURSO 

Modalidade de licitação entre quaisquerinteressados para escolha de trabalho técnico,científico ou artístico, mediante a instituição de

prêmio ou remuneração aos vencedores,conforme critérios constantes de edital publicado

com antecedência mínima de 45 dias.

O julgamento será feito por comissão especialintegrada, por servidores públicos ou não, de

reputação ilibada e reconhecido saber da matériaem exame.

LEILÃO

Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para venda a quem oferecer maior lance,igual ou superior ao valor da avaliação, nos casos de:

Venda de bens móveisinservíveis

Produtos legalmenteapreendidos ou penhorados

Alienação de bens imóveis daAdministração Pública, cujaaquisição haja derivado de

procedimentos judiciais ou dedação em pagamento

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O procedimento do pregão apresenta duas diferenças em relação às demais: inversão entre asfases de habilitação e de julgamento das propostas, bem como a inversão das fases de homologação eadjudicação, uma vez que esta antecede a homologação. Neste sentido, cumpre esclarecer que,primeiramente, são classificadas e julgadas as propostas e só após é feita a habilitação do licitantevencedor.

Na fase de julgamento, encontra-se a característica básica do pregão, que é a possibilidade de oautor da proposta de valor mais baixo e os autores das propostas de valores até 10% superiores àquelarealizarem novos lances verbais e sucessivos até a proclamação do vencedor. Não se atingindo o númeromínimo de três ofertas, é facultativa a oferta de novos lances verbais e sucessivos pelos autores dasmelhores ofertas, quaisquer que tenham sido os preços ofertados.

Caso o vencedor não assine o contrato no prazo previsto no edital, serão convocados, sucessivamente, osdemais licitantes na ordem final de classificação, sendo vedada a exigência de:

a) garantia de proposta;b) aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certame;c) pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital.

Contratação Direta 

Os contratos administrativos, em regra, devem sempre ter por fim o interesse público, devendoainda ser precedido de licitação. Ocorre que, em alguns casos, a Lei nº 8.666/1993 prevê hipóteses em quenão será necessária a exigência de licitação prévia para que a Administração realize seus contratos. Nestecontexto, estaremos diante de hipóteses de inexigibilidade, dispensa ou licitação dispensável, conformeverificaremos com mais detalhes a seguir.

Licitação Inexigível

A inexigibilidade caracteriza-se pela existência de impossibilidade jurídica de competição. Nestecaso, ocorre a formalização do instrumento contrato diretamente com o particular, uma vez que acompetição é inviável em função da singularidade do objeto ou do fornecedor. Neste sentido, encontram-se previstos no art. 25 da Lei nº 8.666/1993, por meio de uma lista não exaustiva de hipóteses, conformetranscrito a seguir:

PREGÃO

Instituído pela MP nº 2.026/2000 e atualmente regulado pela Lei 10.520, de 17/07/2002.Inicialmente, era aplicável somente no âmbito da União. Com a conversão da MP em lei, o pregão

passou a ser aplicável a todas as entidades da Federação (União, Estados, DF e Municípios).

Tem por objeto aaquisição de bens eserviços comuns e

adota, como regra, ocritério de julgamento o

menor preço

Em lugar da comissãode licitação, os

trabalhos do pregão sãoconduzidos pelo

pregoeiro, servidor doórgão ou entidade

licitante designado pelaautoridade

competente..

Prazo fixado paraapresentação daspropostas, a ser

contado a partir dapublicação do aviso doedital, não inferior a 8

dias úteis..

Prazo de validade daspropostas será de 60

(sessenta) dias, se outronão estiver previsto..

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É vedada a Inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação.

Assim, podemos resumir as hipóteses de inexigibilidade de licitação da seguinte forma:

LICITAÇÃOINEXIGÍVEL

Materiais, equipamentosou gêneros

Fornecidos porprodutor, empresaou representante

comercial EXCLUSIVO

Profissional de setorartístico consagrado pela

crítica especializada oupela opinião pública

Serviços Técnicos

Natureza singular

Profissionais ouempresas de

NOTÓRIAESPECIALIZAÇÃO

SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS(ART. 13)

Estudostécnicos,

planejamentose projetosbásicos ouexecutivos

Pareceres,perícias e

avaliações emgeral

Assessorias ouconsultoriastécnicas eauditorias

financeiras outributárias

Fiscalização,supervisão ou

gerenciamentode obras ou

serviços

Patrocínio oudefesa de

causas judiciaisou

administrativas

Treinamento eaperfeiçoamento de pessoal

Restauração deobras de arte ebens, de valor

histórico

“Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a

comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comérciodo local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou ConfederaçãoPatronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular,com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através deempresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.”  

192

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Licitação Dispensável

A licitação dispensável ocorrerá nas situações em que a lei autoriza a celebração direta do contrato.

As hipóteses de licitação dispensável estão elencadas em rol taxativo, previsto no art. 24 da Lei nº8.666/1993, conforme elencadas a seguir:

Nas hipóteses de inexigibilidade e dispensa de licitação, secomprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano causadoà Fazenda Pública o fornecedor ou prestador de serviço e o agente públicoresponsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.

 

DISPENSÁVEL (ART. 24)

Outros serviços e compras até R$ 8.000,00 do limite previsto

Guerra ou grave perturbação da ordem

Emergência ou calamidade pública, quando urgente

Falta de interessados à licitação anterior e esta não puder ser repetida sem prejuízo

Obras e serviços de engenharia de valor até R$ 15.000 do limite previsto

Intervenção da União no domínio econômico (regular preços ou abastecimento)

Propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional

Aquisição por pessoa jurídica de direito público Interno de bens ou serviços, de órgão da Administração Públicacriado para este fim específico, em data anterior a esta lei. Necessário preço compatível com o do mercado

Possibilidade de comprometimento da Segurança Nacional, necessário decreto Presidencial e ouvido o Conselhode Defesa

Compra ou locação de imóvel para atendimento de finalidade precípua da Administração, desde que com valorcompatível ao de mercado

Contratação remanescente de obra/serviço/fornecimento, em consequência de rescisão contratual, respeitadaclassificação da licitação anterior

Compras, no tempo necessário para realização dos processos licitatórios, de hortifrutigranjeiros / pão / gênerosperecíveis

Aquisição ou restauração de objetos de arte ou histórico, com autenticidade certificada

Compras de material de uso das Forças Armadas, exceto uso pessoal ou administrativo e necessidade de manterpadronização

Contratação de Associações de portadores de deficiência, sem fins lucrativos, desde que compatíveis com omercado

Contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica

Na contratação por EP (Empresa Pública) ou SEM (Sociedade de Economia Mista) com suas subsidiárias, desdeque o preço seja compatível

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Licitação Dispensada

A dispensa de licitação ocorrerá nas hipóteses em que, apesar de haver possibilidade de realizaçãodo procedimento licitatório, o legislador determina a não realização da licitação em determinados casos. 

As hipóteses de licitação dispensada estão previstas no art. 17 da Lei nº 8.666/1993, que abordamtaxativamente as situações em que será dispensável a licitação para alienação de bens imóveis e móveis,conforme apresentado abaixo:

Licitação Deserta e Licitação Fracassada

A Licitação Deserta é uma das hipóteses de dispensa de licitação e se caracteriza pela ausência deinteressados no objeto do processo licitatório. Neste caso, sequer haverá apresentação de proposta, umavez que ninguém se habilitou ao procedimento. Conforme disposto no art. 24, V, da Lei nº 8.666/1993,

consubstanciar-se-á a licitação deserta como hipótese de dispensa de licitação quando, além de nãoresponderem os interessados, for verificada a impossibilidade de se repetir o processo licitatório semprejuízo para a Administração.

LICITAÇÃO DISPENSADA(art. 17) 

IMÓVEIS 

Dação empagamento Doação ou

venda paraoutro órgão ou

entidade daAdministração

Pública

Permuta InvestiduraAlienação, concessão,locação, permissão,

destinados ou utilizadospara programas

habitacionais por órgãosou entidades da

administração criados paraeste fim

Outroscasos

LICITAÇÃO DISPENSADA(art. 17) 

MÓVEIS 

Doação Permuta,exclusivamente

entre órgãos ouentidades daAdministração

Pública

Venda deações

Venda detítulos

Venda de bens,materiais e

equipamentos

produzidos oucomercializados paraórgão ou entidade da

administração

Outroscasos

194

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Na Licitação Fracassada, diferentemente da deserta, os interessados comparecem, contudo ocertame não se conclui em razão de inabilitação ou desclassificação de todos os candidatos. Neste caso,não haverá dispensa de licitação.

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

É todo e qualquer acordo entre as partes, através do qual a Administração celebra com pessoasfísicas ou jurídicas, públicas ou privadas, contrato para a realização de fins públicos, sob o regime jurídico

de direito público. Neste sentido, são contratos regidos por preceitos de direito público e supletivamentepela teoria geral dos contratos e disposições de direito privado (art. 54).

Assim, os contratos administrativos propriamente ditos são aqueles regidos por regras de direitopúblico em que se encontra presente a supremacia do interesse público sobre o particular. Por outro lado,os contratos atípicos ou de direito privado são aqueles em que não há a supremacia de interesses e aadministração está em posição de igualdade com a parte.

   L   i   c   i   t   a   ç   ã   o   D   e   s   e   r   t   a Ausência de interessados

Impossibilidade de realizaçãode nova licitação sem

prejuízo para Administração

É hipótese de licitaçãodispensável

   L   i   c   i   t   a   ç   ã   o   F   r   a   c   a   s   s   a    d   a Interessados

comparecem

Inabilitação oudesclassificação de

todos os interessados

Não é hipótese delicitação dispensável

Princípios que regem os contratos

Princípio da autonomia de vontades,

onde o requisito de validade é amanifestação de vontades entre aspartes contratantes

Princípio da obrigatoriedade, sintetizado nasexpressões Lex inter partes (o contrato faz lei entreas partes) e pacta sunt servanda (as partes devemcumprir o combinado no instrumento contratual)

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CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Atuação da Administração Pública como Poder Público: é a presença da Administração Públicaagindo com poder de império a fim de tornar efetivas as questões de interessse público, o que

enseja a prerrogativa de alterar unilateralmente os contratos firmados entre a Administração e oparticular. Há a predominância do interesse coletivo, representado pelo Poder Público, sobre o

particular.

Finalidade pública: os contratos administrativos devem ter por finalidade sempre a satisfação dointeresse coletivo, visando a suprir por meio de seus atos determinada necessidade pública, que

pode ser imediata e direta (por exemplo: a construção de uma escola) ou mediata e indireta (porexemplo: a contratação de serviços de manutenção de caminhões de lixo).

Formalismo: os contratos administrativos não seguem a norma do direito privado. Deve serformalizados sempre por escrito, sendo nula e sem efeito a realização de contratos verbais com aAdministração. Exceção: pequenas compras de imediato pagamento, ou seja, aquelas em que o

valor não supera a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a", da Leinº 8.666/1993.

Natureza de contrato de adesão: nos contratos de adesão, não há possibilidade de discutir ou alteraras cláusulas contratuais. Assim, no que tange aos contratos administrativos, o contratado está

limitado à aceitação ou não das condições impostas pelo contratante.

Intuitu Personae: os contratos administrativos são contratos pessoais, o que determinam que suaexecução deve ser realizada pela mesma pessoa (física ou jurídica) que se obrigou perante a

Administração.

Presença das cláusulas exorbitantes: são as que garantem à Administração o poder de alterarunilateralmente seus contratos independente da vontade do contratado, tendo em vista a

supremacia do interesse público. Podem ser implícitas ou explícitas, consistindo em: exigência de

garantia; poder de rescisão e alteração unilateral do contrato; poder de fiscalização,acompanhamento e ocupação temporária; manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do

contrato; inoponibilidade da exceção do contrato não cumprido e aplicação direta de penalidadescontratuais.

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No âmbito da legislação administrativa, o termo “contrato administrativo”  vem no sentido deestabelecer a forma e os ajustes que a Administração Pública deverá observar na celebração de contratos,seja com pessoa física ou jurídica, sempre se baseando no direito público.

Nesse sentido, cumpre destacar que existem várias espécies ou modalidades de contratos quepodem ser firmados pela Administração, conforme elencados a seguir:

MODALIDADES DE CONTRATO 

Contrato de ObraPública

É o ajuste pararealização de obra

em móvel ouimóvel.

Contrato deServiço

É o acordo para arelização de

qualquer atividadedirecionada a obter

determinadautilidade de

interesse para aAdministração.

Exemplo: demolição, conserto, instalação,montagem, operação, conservação, reparação,adaptação, manutenção, transporte, locação debens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-

profissionais.

Contrato deFornecimento

Tutela a aquisiçãode bens pela

Administraçãopara fornecimento

de uma só vez ouparceladamente.

Nos contratos administrativos, o Poder Público tem a prerrogativa dealterar unilateralmente o contrato, nas hipóteses previstas em lei, para suamelhor adequação ao interesse público. Desta forma, justifica-se apresença das cláusulas exorbitantes, que subordinam os interesses doparticular aos interesses da coletividade.

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CLÁUSULAS EXORBITANTES

As cláusulas exorbitantes configuram uma vantagem ou uma limitação à Administração ou aocontratado. Em geral, podem ser implícitas ou explícitas e consubstanciam-se em exigência de garantia,poder de modificação unilateral do contrato, poder de rescisão unilateral do contrato, poder defiscalização, acompanhamento e ocupação temporária. Pode ser caracterizada ainda pela impossibilidadede oposição do princípio da exceção do contrato não cumprido, que rege os contratos comuns no âmbitodo direito privado, e a aplicação direta de penalidades contratuais, conforme verificaremos mais a diante.

   A   L   T   E   R   A   Ç    Ã   O   U   N   I   L   A   T

   E   R   A   L   D   O   C   O   N   T   R   A   T   O

   P   E   L   A   A   D   M   I

   N   I   S   T   R   A   Ç    Ã   O

Causas dealteraçãounilateral

Quando houver modificação do projeto oudas especificações, para melhor adequação

técnica aos seus objetivos;

Quando necessária a modificação do valorcontratual em decorrência de acréscimo oudiminuição quantitativa de seu objeto nos

limites permitidos por esta Lei.

A alteração unilateral visa à adequação do objetocontratual as novas exigências do interesse público,

advindas em momento posterior à celebração docontrato.

   E   x   i   g    ê   n   c   i   a    d   e   G   a   r   a   n   t   i   a

Nas contratações de obras, serviços e compras, a exigência ounão de prestação de garantia do contratado é uma decisãodiscricionária da autoridade competente. Para ser exigida, é

obrigatória essa previsão no instrumento convocatório.

Modalidades

Caução em dinheiro outítulos da dívida pública

Seguro-garantia

Fiança bancária

A garantia oferecida pelos contratados, em regra, não excederáa 5% (cinco por cento) do valor do contrato.

Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto

envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeirosconsideráveis, o limite de garantia poderá ser elevado para

até 10% (dez por cento) do valor do contrato.

Quando em dinheiro, deverá ser atualizada monetariamente,na devolução.

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Limites das variações contratuais

A possibilidade de alteração unilateral por parte da Administração em relação ao objeto docontrato restringe-se aos limites fixados pela Lei nº 8.666/1993, que determina que o contratado ficaobrigado a aceitar os acréscimos ou supressões de até 25% do valor atualizado do contrato em relação àsobras, serviços ou compras, sendo obrigado a manter as condições originariamente pactuadas. Destaca-se

que, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, as alterações a serem suportadas pelocontratado serão até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos. Nenhum acréscimo ousupressão poderá exceder os limites estabelecidos supracitados, ressalvadas as supressões resultantes deacordo celebrado entre os contratantes

   R   e   s   c   i   s   ã   o   u   n   i    l   a   t   e   r   a    l    d   o   c   o   n   t   r   a   t   o   p   e    l   a

   A    d   m   i   n   i   s   t   r   a   ç   ã   o

Ato unilateral e escrito da Administração

Motivos derescisão

unilateral

o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos

o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos

a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidadeda conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados

o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento

a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e préviacomunicação à Administração

a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem,a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não

admitidas no edital e no contrato

o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para

acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores

o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67desta lei

a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil

a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado

a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, queprejudique a execução do contrato

razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas edeterminadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o

contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o contratoa ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da

execução do contrato

O poder de alteração unilateral do contrato não vai ao ponto de permitirà Administração interferir no equilíbrio econômico-financeiro do contrato(equivalência entre encargos e remuneração inicialmente avençada), de maneira

que todas as vezes que o referido equilíbrio econômico for rompido em face dealteração promovida pela Administração nas cláusulas regulamentares, surge paraela o dever de recompor o equilíbrio contratual, alterando as cláusulasremuneratórias.

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Nos casos em que a rescisão ocorrer de acordo com as hipóteses previstas nos incisos XII e XVII, doart. 78 da Lei nº 8.666/1993, ou seja, quando se der em razão de interesse público de alta relevância eamplo conhecimento, bem como na hipótese de incidência de caso fortuito ou força maior, e desde que ocontratado não tenha dado causa ou concorrido para a rescisão contratual, será este ressarcido dosprejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito à devolução de garantia, aospagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo dadesmobilização. Sem prejuízo das sanções previstas na Lei, a rescisão unilateral acarreta ainda as seguintesconsequências:

Poder de Fiscalização, Acompanhamento e Ocupação Temporária 

Tais poderes encontram-se pautados no poder-dever de controle que a Administração deve exercersobre suas atividades, destacando-se o dever, em casos extremos, de intervir na execução do contrato pormeio da assunção do objeto do contrato e da ocupação de instalações e utilização de recursos vinculados àexecução do contrato.

   F   i   s   c   a    l   i   z   a   ç   ã   o ,   a   c   o   m   p   a   n

    h   a   m   e   n   t   o

   e   o   c   u   p   a   ç   ã   o   t   e   m   p   o

   r    á   r   i   a

Fiscaliza

Intervém no contrato

Ocupa as instalações e utiliza recursos ligadosà execução do contrato

Consequências da rescisão unilateral

Assunção imediata do objeto do contrato, no estado e localem que se encontrar, por ato próprio da Administração.

Ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos,

material e pessoal empregados na execução do contrato,necessários à sua continuidade, na forma do inciso V do art.58 da lei.

Execução da garantia contratual, para ressarcimento daAdministração, e dos valores das multas e indenizações a ela

devidos.

Retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limitedos prejuízos causados à Administração.

200

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Manutenção do equilíbrio financeiro do contrato 

A manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato é a garantia que o contratado possuide ter reajustado o valor do contrato em relação às eventuais perdas inflacionárias ocorridas desde a

celebração do contrato, o que visa a atingir a preservação do equilíbrio contratual entre as partes.

Restrições ao uso da cláusula “exceptio non adimpleti contractus” 

O Princípio da Exceção do contrato não cumprido enseja, no âmbito das relações civis, apossibilidade de rescisão contratual pela parte quando a outra parte contratante deixar de cumprir suaobrigação. Já no âmbito dos contratos firmados com a Administração, a cláusula “ exceptio non adimpleticontractus”   sofre restrições. Isto porque mesmo que o Poder Público deixe de cumprir com suasobrigações, o contratado somente poderá suspender os serviços prestados após 90 dias de inadimplência

por parte da Administração, devendo requerer a rescisão por via administrativa ou judicial, sem prejuízo daindenização pelas perdas e danos suportadas no período (art. 78, XV, da Lei nº 8.666/1993).

   M   a   n   u   t   e   n   ç   ã   o    d   o   e   q   u   i    l    í    b   r   i   o

    f   i   n   a   n   c   e   i   r   o    d   o   c   o   n   t   r   a   t   o

Garantia do contratado

Reajustamento de preços

Atualização monetária em razão das perdas inflacionárias

   I   n   o   p   o   n   i    b   i    l   i    d   a    d   e    d   a   E   x   c   e   ç   ã   o    d   o

   C   o   n   t   r   a   t   o   N   ã   o   C   u   m   p   r   i    d   o

Inadimplemento contratual da Administração

Particular não pode rescindir unilateralmente ocontrato nem suspender sua execução (regra)

Rescisão deve ser requerida por via judicial ou

administrativa.

Suspensão da execução do contrato - somenteapós 90 dias de inadimplemento pela

Administração (exceção).

201

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Observação:  a aplicação direta de penalidades não dispensaprévio procedimento apuratório em que se garantam ao contratado ocontraditório e a ampla defesa.

Aplicação Direta de Penalidades Contratuais

Responsabilidade pelos encargos de execução do contrato

Em regra, a Administração não responde pelos encargos resultantes da execução do contrato,sendo o contratado o responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais. Cumpremencionar que a inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e

comerciais, não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento. Entretanto, aAdministração responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes daexecução do contrato.

DURAÇÃO E PRORROGAÇÃO DOS CONTRATOS

   A   p    l   i   c   a   ç   ã   o    d   i   r   e   t   a    d   e   p   e   n   a    l   i    d   a    d   e   s

   c   o   n   t   r   a   t   u   a   i   s

SANÇÕES

Pelo atrasona execução

Multa demora

PelaInexecução

total ouparcial

Advertência

Multa Cumulativa com as demaispenalidades

SuspensãoTemporária

Temporária (até dois anos) dodireito de licitar e contratar

com a Administração.

Declaração deInidoneidade

Para participar de licitação ou contratar com aAdministração Pública, a declaração deinidoneidade produzirá seus efeitos enquantoperdurarem os motivos determinantes dapunição ou até que seja promovida areabilitação perante a própria autoridade queaplicou a penalidade, que será concedidasempre que o contratado ressarcir aAdministração pelos prejuízos resultantes eapós decorrido o prazo de dois anos daaplicação da sanção.

É vedado o contrato com prazo indeterminado.

Em regra, a duração está vinculada à vigência dos créditos orçamentários por conta dos

quais correm as despesas do contrato.

202

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EXCEÇÕES

   E

   x   c   e   ç   õ   e   s   a   o   p   r   a   z   o    d   e   v   i   g    ê   n   c   i   a    d   o   s   c   r    é

    d   i   t   o   s   o   r   ç   a   m   e   n   t    á   r   i   o   s

    (   a   r   t .   5   7    d   a   L   e   i   n   º   8 .   6   6   6    /

   1   9   9   3    )

Projetos cujos produtos estejam contempladosnas metas estabelecidas no Plano Plurianual,os quais poderão ser prorrogados se houverinteresse da Administração e desde que isso

tenha sido previsto no ato convocatório.

Prestação de serviços a serem executados deforma contínua, que poderão ter a sua

duração prorrogada por iguais e sucessivosperíodos com vistas à obtenção de preços e

condições mais vantajosas para a

Administração, limitada a 60 meses (essa"hipótese" admite, em caráter excepcional,

prorrogação adicional por até 12 meses.

Aluguel de equipamentos e utilização deprogramas de informática, podendo a duraçãoestender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e

oito) meses após o início da vigência docontrato.

As hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIIIe XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter

vigência por até 120 (cento e vinte) meses,caso haja interesse da Administração.

IX  - quando houver possibilidade decomprometimento da segurança nacional, noscasos estabelecidos em decreto do Presidente

da República, ouvido o Conselho de DefesaNacional. 

 XIX  - para as compras de material de uso pelasForças Armadas, com exceção de materiais deuso pessoal e administrativo, quando houver

necessidade de manter a padronização

requerida pela estrutura de apoio logístico dosmeios navais, aéreos e terrestres, mediante

 parecer de comissão instituída por decreto;.  

 XXVIII  –  para o fornecimento de bens eserviços, produzidos ou prestados no País, que

envolvam, cumulativamente, altacomplexidade tecnológica e defesa nacional,mediante parecer de comissão especialmentedesignada pela autoridade máxima do órgão.

 XXXI  - nas contratações visando aocumprimento do disposto nos arts. 3o , 4o , 5o e

20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004,observados os princípios gerais de contratação

dela constantes.

203

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Admite-se a prorrogação dos prazos relativos à execução, conclusão e entrega nos contratos, desdeque mantidas as demais cláusulas contratuais e a manutenção de seu equilíbrio econômico, nas hipóteses aseguir listadas, e desde que devidamente autuadas em processo:

EXTINÇÃO DOCONTRATO

PELA CONCLUSÃO

De seu objeto (por exemplo, finalizaçãode uma obra) ou término de seu prazo

(por exemplo, contrato de fornecimentocelebrado por um ano)

POR ANULAÇÃOPor motivo de ilegalidade (por exemplo,

contrato verbal que não seja para

pequena compra)

POR RESCISÃO

Com ou sem culpa de uma das partes: essaforma de extinção pode ser classificada emtrês modalidades: a rescisão unilateral (ouadministrativa), rescisão judicial e rescisão

amigável.

Motivos paraa prorrogação

dos contratos

Alteração do projetoou especificações,

pela Administração.Superveniência de

fato excepcional ouimprevisível,

estranho à vontadedas partes, que

alterefundamentalmente

as condições deexecução do

contrato.

Interrupção daexecução docontrato ou

diminuição doritmo de trabalhopor ordem e no

interesse daAdministração.

Aumento das quantidadesinicialmente previstas no

contrato, nos limitespermitidos pela lei.

Impedimento deexecução do contrato

por fato ou ato deterceiro reconhecido

pela Administração emdocumento

contemporâneo à suaocorrência.

Omissão ou atraso deprovidências a cargo da

Administração, inclusive quantoaos pagamentos previstos de que

resulte, diretamente,impedimento ou retardamento na

execução do contrato, semprejuízo das sanções legaisaplicáveis aos responsáveis.

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INEXECUÇÃO DO CONTRATO

A inexecução do contrato ocorrerá quando houver descumprimento total ou parcial das suascláusulas por parte da Administração ou do contratado. A inexecução contratual pode ou não decorrer de

culpa da parte inadimplente, variando as consequências para este, em função da presença ou ausência deculpa.

TEORIA DA IMPREVISÃO

A Teoria da Imprevisão está associada a incidentes econômicos supervenientes à celebração docontrato que alteram a equação financeira. Para sua aplicação, é necessário que o fato seja imprevisível oude consequências imprevisíveis, que seja alheio à vontade das partes, inevitável e gerador de grandedesequilíbrio na equação econômico-financeira do contrato.

Inexecução culposa

(contratado) 

Aplicam-se as sançõeslegais e contratuais,

podendo a

Administração aindarescindirunilateralmente o

contrato.

Inexecução culposa(Administração

Pública)

Pode o contratado

provocar a rescisão judicial ou amigável.

InterferênciasImprevistas

INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS:Compreendem obstáculos já existentes à

época da celebração do contrato, masque eram desconhecidos pelos

contratantes, que dificultam, impedemou tornam excessivamente mais onerosa

a execução do contrato.

FATO DA ADMINISTRAÇÃO: Qualquer conduta ou comportamento

da Administração, especificamenterelacionada ao contrato, que impede

ou retarda a sua execução.

FORÇA MAIOR:  O evento da natureza,imprevisível e inevitável, que impede, retardaou torna excessivamente mais onerosa aexecução do contrato (exemplo: uma inundaçãodevastadora). 

CASO FORTUITO:  Evento humano,imprevisível e inevitável, que impede, retardaou torna excessivamente mais onerosa aexecução do contrato (exemplo: uma greve nos

Fato daAdministra

ção 

Fato do

Príncipe 

ForçaMaior e

CasoFortuito 

FATO DO PRÍNCIPE: Medidas de ordem geral, não

relacionadas diretamente com ocontrato, mas que nele

repercutem, provocandodesequilíbrio econômico-

financeiro em detrimento docontratado.

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SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS

O Sistema de Registro de Preços, previsto no art. 15 da Lei nº 8.666/1993, é regulamento

especificamente pelo DECRETO Nº 3.931, DE 19 DE SETEMBRO DE 2001.

Conforme dispõe o próprio Decreto em seu art. 1º, inciso II, o Sistema de Registro de Preços é umconjunto de procedimentos para registro formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição debens, para contratações futuras. Ou seja, trata-se da realização de licitação única, na modalidade deconcorrência ou pregão, na qual as empresas vencedoras disponibilizam os itens conforme preços e prazosregistrados em ata específica. Vale mencionar separadamente as situações em que o Sistema de Registrode preços poderá vir a ser adotado. Confira!

E, por último, vale ressaltar um assunto que tem caído em alguns concursos, os crimes previstos naLei nº 8.666. Logo, haverá crime se o agente, por conta de contrato decorrente de licitação instaurada paraaquisição ou venda de bens ou mercadorias:

SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS

Quando, pelascaracterísticas dobem ou serviço,

houver necessidadede contrataçõesfrequentes.

Quando for maisconveniente a

aquisição de benscom previsão de

entregas parceladas.

Quando forconveniente a

aquisição de bensou a contratação de

serviços paraatendimento a mais

de um órgão ouentidade.

Quando, pelanatureza do objeto,

não for possíveldefinir previamenteo quantitativo a ser

demandado pelaAdministração.

Preferencialmenteadotado nas seguintes

situações

 Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação instaurada para aquisição ou venda de bens oumercadorias, ou contrato dela decorrente:

I ‒ elevando arbitrariamente os preços;

II ‒ vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada; 

III ‒ entregando uma mercadoria por outra;  

IV ‒ alterando substância, qualidade ou quantidade da mercadoria fornecida; 

V ‒ tornando, por qualquer modo, injustamente, mais onerosa a proposta ou a execução do contrato: 

Pena ‒ detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

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Capítulo IX ‒ Lei nº 8.666/1993 ‒ Licitações QUESTÕES

01  –  (CESPE ‒ 2011 ‒ Correios ‒ Analista de Correios) De acordo com a Lei nº 8.666/1993, que dispõe

sobre o instituto da licitação, julgue o item a seguir.Os bens imóveis pertencentes à Administração Pública e cuja aquisição tenha derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento não são passíveis de alienação.

02 ‒ (CESPE ‒ 2011 ‒ Correios ‒ Analista de Correios ‒ Contador) De acordo com a Lei nº 8.666/1993, quedispõe sobre o instituto da licitação, julgue o item a seguir.Se a Administração Pública iniciar procedimento licitatório cujo objeto seja bem sem similaridade oubem de marca, características ou especificações exclusivas, a licitação será inválida, considerando-se quea lei veda, em caráter absoluto, a inclusão, no objeto da licitação, de bens e serviços sem similaridade oude marcas e especificações exclusivas.

03 ‒  (CESPE ‒ 2011 ‒ Correios ‒ Analista de Correios ‒ Contador) No que concerne às hipóteses dedispensa e inexigibilidade de licitação, julgue o item que se segue.Considere que um órgão público tenha contratado, para a locação de imóvel destinado ao atendimentode suas finalidades precípuas, determinada empresa, de forma direta, mediante inexigibilidade delicitação. Considere, ainda, que, para a contratação, tenham sido levadas em conta a localização doprédio e a compatibilidade do valor da locação com o praticado no mercado, de acordo com avaliaçãoprévia. Nessa situação, resta evidenciada hipótese legal de inexigibilidade de licitação, estando o ato emconsonância com a legislação de regência.

04 ‒ (CESPE ‒ 2011 ‒ Correios ‒ Analista de Correios ‒ Administrador) Com base na Lei nº 8.666/1993,denominada Lei de Licitações, a qual institui normas para licitações na administração pública, julgue oitem subsequente.Embora o princípio do formalismo não esteja expresso na Lei de Licitações, todo procedimento licitatóriose caracteriza pela formalidade e solenidade; por essa razão, o desrespeito a esse princípio acarreta anulidade do certame devido a vício de forma.

05 ‒ (CESPE ‒ 2011 ‒ Correios ‒ Analista de Correios ‒ Administrador) Acerca da modalidade de licitaçãodenominada pregão, julgue o item subsecutivo.O pregão pressupõe a inversão das fases de habilitação e classificação de propostas como forma deconferir celeridade ao procedimento licitatório.

06 ‒ (CESPE ‒ 2011 ‒ Correios ‒ Analista de Correios ‒ Administrador) Acerca da modalidade de licitaçãodenominada pregão, julgue o item subsecutivo.No pregão, os licitantes podem manifestar intenção de recurso contra o resultado do certame somentedepois de adjudicado o objeto.

07 ‒ (CESPE ‒ 2011 ‒ STM ‒ Analista Judiciário ‒ Economia ‒ Básicos) Julgue o item subsequente, relativo àlicitação.A aquisição de bens e serviços mediante registro de preços deve ser realizada por meio de tomada depreços ou convite, conforme o valor do bem ou serviço.

08 ‒ (CESPE ‒ 2011 ‒ STM ‒ Analista Judiciário ‒ Economia ‒ Básicos). Julgue o item subsequente, relativoà licitação.Considerando-se que um bem imóvel tenha sido recebido pela União como forma de pagamento dedívida de particular, é correto afirmar que a alienação desse bem poderá ocorrer por meio de dispensade licitação.

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09 ‒ (CESPE ‒ 2011 ‒ Correios ‒ Analista de Correios ‒ Advogado) Relativamente ao instituto da licitação, julgue o item que se segue.A Administração Pública agirá corretamente se, mesmo após a homologação de certame licitatório e aconsequente adjudicação do seu objeto à empresa vencedora, anular o procedimento ante a constataçãode vício no edital de abertura da licitação.

10  ‒ (CESPE ‒ 2011 ‒ PREVIC ‒ Analista Administrativo) Julgue o item seguinte, que versa sobremodalidades de licitação, dispensa e inexigibilidade.É possível ao gestor público realizar concorrência para aquisição de um bem de valor inferior a R$50.000,00.

11  ‒ (CESPE ‒ 2011 ‒ PREVIC ‒ Analista Administrativo) Julgue o item seguinte, que versa sobremodalidades de licitação, dispensa e inexigibilidade.O gestor público, mesmo visando maior garantia de concorrência e lisura entre os possíveis interessados,não pode combinar as modalidades de licitação existentes para torná-las mais eficientes e eficazes.

12- (CESPE ‒ 2011 ‒ PREVIC ‒ Analista Administrativo) Julgue o item seguinte, que versa sobremodalidades de licitação, dispensa e inexigibilidade.Para participar da modalidade de licitação denominada convite, os participantes devem ser prévia eformalmente convidados pela administração pública.

13- (CESPE ‒ 2011 ‒ STM ‒ Técnico Judiciário ‒ Área Administrativa) Julgue o item subsecutivo, referente àlicitação.Após a homologação de licitação, ocorre a adjudicação, que consiste na atribuição, ao vencedor dalicitação, do objeto da contratação.

14  –  (ESAF ‒ 2010 ‒ CVM ‒ Analista ‒ Planejamento e Execução Financeira ‒ Contador) Recentementealterada pela Medida Provisória nº 495/2010, a Lei nº 8.666/1993 passou a estabelecer que, além daobservância do princípio constitucional da isonomia e da seleção da proposta mais vantajosa para aAdministração, a licitação também se destina a garantir:

a)  a não ocorrência de fraudes e danos ao erário;b)  o fortalecimento do Mercosul;

c) 

a promoção do desenvolvimento nacional;d)  o cumprimento das obras do PAC;e)  a observância do princípio constitucional da eficiência. 

15 ‒ (ESAF ‒ 2010 ‒ CVM ‒ Analista ‒ Planejamento e Execução Financeira) Sobre o tema “licitações” é

correto afirmar.

a)  A licitação se ultima com o julgamento e a classificação das propostas, de acordo com os critérios deavaliação constantes do edital.

b)  A autoridade competente para a aprovação do procedimento licitatório pode, a seu critério, revogar alicitação, mediante simples despacho. 

c) 

A anulação do procedimento licitatório dar-se-á, exclusivamente, por determinação judicial. d)  Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato

superveniente e aceito pela Comissão. 

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e)  No julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos e subjetivosdefinidos no edital ou convite. 

16  ‒ (ESAF ‒ 2010 ‒ CVM ‒ Analista ‒ Planejamento e Execução Financeira ‒ Contador) Segundo alegislação vigente, o Sistema de Registro de Preços (SRP) deve ser preferencialmente adotado nasseguintes situações, exceto.

a)  Quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contratações frequentes.b)  Quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas.c)  Quando houver inviabilidade de competição, tornando a licitação inexigível.d)  Quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de

um órgão ou entidade.e)  Quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo a ser demandado

pela Administração.

17  ‒ (ESAF ‒ 2010 ‒ CVM ‒ Analista ‒ Planejamento e Execução Financeira ‒ Contador) Acerca dotratamento diferenciado conferido às microempresas e empresas de pequeno porte, quando daparticipação em licitações públicas, é correto afirmar.

a)  Sendo sua a melhor oferta inicial, não se sujeitam às regras de desempate, ainda que outra empresacongênere tenha apresentado proposta dentro do limite estabelecido para o empate.

b)  A comprovação de sua regularidade fiscal somente será exigida na fase de julgamento das propostas depreços.

c)  A elas se destina, obrigatoriamente, participação exclusiva nas contratações cujo valor seja de até R$80.000,00 (oitenta mil reais).

d)  Devem apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscalapenas quando da assinatura do contrato.

e) 

Ocorrendo o empate, podem apresentar proposta de preço igual àquela considerada vencedora docertame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado.

18  ‒ (ESAF ‒ 2010 ‒ MPOG ‒ Analista de Planejamento e Orçamento) No tocante ao princípio dapublicidade no âmbito das licitações regidas pela Lei nº 8.666/93, assinale a modalidade de licitação emque tal princípio é garantido sem, todavia, haver publicação do instrumento convocatório no DiárioOficial da União.

a)  concorrência;b)  tomada de preços;c)  concurso;

d) 

leilão;e)  convite.

19  ‒ (ESAF ‒ 2010 ‒ SMF-RJ ‒ Fiscal de Rendas) Sobre a inexigibilidade de licitação, assinale a opçãocorreta. a)  Dar-se-á por inexigibilidade a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou

por meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opiniãopública.

b)  As hipóteses de inexigibilidade de licitação previstas na Lei 8.666, de 1993, são exaustivas.c)  Em tal hipótese de contratação direta, reputa-se desnecessária a justificativa do preço praticado pelo

contratado.d)  O instrumento de contrato é obrigatório em todas as hipóteses de contratação direta mediante

inexigibilidade.

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e)  Na inexigibilidade, seria viável a competição, mas a lei a reputou inconveniente, possibilitando, assim, acontratação sem licitação.

20  ‒ (FCC ‒ 2011 ‒ TRT ‒ 1ª REGIÃO (RJ) ‒ Analista Judiciário ‒ Arquivologia) Considere a seguintehipótese: a Administração Pública, após concluído determinado procedimento licitatório, atribuiu oobjeto da licitação a outrem que não o vencedor. O ato administrativo:

a)  é válido se o vencedor do certame desistiu expressamente do contrato;b)   jamais será válido, por ferir o princípio da adjudicação compulsória;c)  é válido se o vencedor do certame não firmou o contrato no prazo estabelecido, ainda que comprove

 justo motivo;d)  não é válido, pois a Administração, ao invés de atribuir a outrem o objeto licitatório, deveria

obrigatoriamente ter aberto nova licitação, mesmo sendo válida a anterior;e)  é sempre válido porque não há direito subjetivo à adjudicação.

21 ‒ (FCC ‒ 2011 ‒ TRE-RN ‒ Analista Judiciário ‒ Engenharia Civil) A Lei no 8.666/1993, que fixa normas

para licitações e contratos da Administração Pública, estabelece que a modalidade de licitação entreinteressados devidamente cadastrados ou que atendam a todas as condições exigidas paracadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessáriaqualificação, é denominada:

a)  concorrência;b)  tomada de preços;c)  convite;d)  leilão;e)  concurso.

22 ‒ (FCC ‒ 2011 ‒ TRE-RN ‒ Analista Judiciário ‒ Engenharia Civil) A Lei no 8.666/1993 estabelece motivospara a rescisão unilateral do contrato administrativo por parte do Poder Público. Constituem motivospara rescisão do contrato:

I ‒ O atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;II ‒ A dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;III ‒  A subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, acessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidasno edital e no contrato.

Está correto que se afirma em:

a) 

I, apenas;b)  II, apenas;c)  I e II, apenas;d)  II e III, apenas;e)  I, II e III.

23 ‒ (FCC ‒ 2011 ‒ TRE-AP ‒ Analista Judiciário ‒ Área Administrativa) Nos termos da Lei de Licitações (Leinº 8.666/93), constituem, dentre outras, hipóteses em que será possível a licitação na modalidadetomada de preços:

a)  licitações internacionais, mesmo que o órgão ou entidade não disponha de cadastro internacional de

fornecedores;b)  compras e serviços, com exceção dos serviços de engenharia, cujo valor seja de setecentos mil reais;c)  casos em que couber convite;

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d)  obras e serviços de engenharia cujo valor seja de um milhão e seiscentos mil reais;e)  concessões de direito real de uso.

24  ‒ (FCC ‒ 2011 ‒ TRT ‒ 1ª REGIÃO (RJ) ‒ Técnico Judiciário ‒ Segurança) A União Federal pretenderealizar certame licitatório de cunho nacional, para a contratação de obras e serviços de engenharia, novalor de um milhão de reais. Nesse caso:

a)  a modalidade de licitação cabível é a tomada de preços, mas a Administração Pública também poderávaler-se da concorrência, consoante previsto na Lei nº 8.666/1993;

b)  deve obrigatoriamente ser realizada licitação na modalidade concorrência, por ser a única modalidadepossível;

c)  a modalidade de licitação cabível é o convite, mas a Administração Pública também poderá valer-se datomada de preços, consoante previsto na Lei nº 8.666/1993;

d)  deve obrigatoriamente ser realizada licitação na modalidade tomada de preços, por ser a únicamodalidade possível;

e)  a única modalidade de licitação cabível, em virtude do objeto e valor, é o convite.

25 – (FCC ‒ 2011 ‒ TRT ‒ 23ª REGIÃO (MT) ‒ Analista Judiciário) No que concerne ao pregão, é INCORRETOafirmar.

a)  Admite, como uma de suas modalidades, o pregão eletrônico, que se processa, em ambiente virtual,por meio da internet.

b)  Destina-se à aquisição de bens e serviços comuns.c)  Os lances ocorrem em sessão pública no pregão denominado presencial.d)  Poderá dar-se no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.e)  Existe, em regra, limitação de valor para a contratação.

26 ‒ (FCC ‒ 2011 ‒ TRT ‒ 23ª REGIÃO (MT) ‒ Técnico Judiciário ‒ Área Administrativa) No que concerne àmodalidade de licitação concurso, é correto afirmar.

a)  Destina-se à escolha de trabalho apenas técnico ou científico, não sendo admitido para qualquer outranatureza de trabalho.

b)  É possível, como forma contraprestação ao vencedor do certame, remuneração a ser paga pelo PoderPúblico.

c)  O edital deve ser publicado com antecedência mínima de quarenta dias.d)  Não é cabível, como forma de contraprestação ao vencedor do certame, a instituição de prêmios.e)  Apenas interessados previamente cadastrados podem participar do certame, não se admitindo a

participação de quaisquer interessados.

27  ‒ (FCC ‒ 2011 ‒ TRE-TO ‒ Técnico Judiciário ‒ Área Administrativa) Nos termos da Lei, a dispensa einexigibilidade de licitação, ocorrem respectivamente.

a)  PARA aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor,empresa ou representante comercial exclusivo e QUANDO a União tiver que intervir no domínioeconômico para regular preços ou normalizar o abastecimento.

b)  PARA a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada,desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade e PARA contratação deprofissional de qualquer setor artístico, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião

pública.c)  PARA a contratação de serviços de assessoria técnica, de natureza singular, com profissionais ou

empresas de notória especialização e PARA a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos

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históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ouentidade.

d)  NOS casos de guerra ou grave perturbação da ordem e PARA compra ou locação de imóvel destinadoao atendimento das finalidades precípuas da Administração, cujas necessidades de instalação elocalização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado,segundo avaliação prévia.

e)  QUANDO houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidosem decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional e PARA a contrataçãode instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou dodesenvolvimento institucional, desde que detenha inquestionável reputação ético-profissional e nãotenha fins lucrativos.

28 ‒ (FCC ‒ 2011 ‒ TRE-TO ‒ Analista Judiciário ‒ Área Administrativa) No que concerne aos princípios daslicitações, é correto afirmar.

a)  O desrespeito ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório não torna inválido oprocedimento licitatório.

b)  Apenas o licitante lesado tem direito público subjetivo de impugnar judicialmente procedimentolicitatório que não observou ditames legais.

c)  A licitação não será sigilosa, sendo públicos todos os atos de seu procedimento, como por exemplo, oconteúdo das propostas, inclusive quando ainda não abertas.

d)  É possível a abertura de novo procedimento licitatório, ainda que válida a adjudicação anterior.e)  A Administração não poderá celebrar o contrato com preterição da ordem de classificação das

propostas, sob pena de nulidade.

29 ‒ (FGV ‒ 2011 ‒ SEFAZ-RJ ‒ Auditor Fiscal da Receita Estadual) A Comissão de Licitação de um órgãopúblico estadual, em procedimento licitatório de Tomada de Preços, decidiu por inabilitar determinadalicitante que havia descumprido norma editalícia pertinente à comprovação de sua habilitação jurídicapara execução do objeto contratual. A decisão da Comissão de Licitação pauta-se no princípio setorial daslicitações conhecido por:

a)   julgamento objetivo das propostas;b)  padronização;c)  vinculação ao instrumento convocatório;d)  lealdade processual;e)  instrumentalidade das formas.

30 ‒ (FGV ‒ 2011 ‒ TRE-PA ‒ Analista Judiciário) A modalidade de licitação entre quaisquer interessados

que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificaçãoexigidos no edital para execução de seu objeto, é denominada:

a)  concorrência;b)  convite;c)  tomada de preços;d)  concurso;e)  pregão.

31-(FGV ‒ 2011 ‒ TRE-PA ‒ Técnico Judiciário ‒ Área Administrativa) Analise as afirmativas a seguir.

I ‒ Por força do princípio da moralidade administrativa, a licitação deve ser sigilosa, exceto quantoao conteúdo das propostas.

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II ‒ Convite é modalidade de licitação utilizada nas hipóteses de dispensa ou inexigibilidade, deacordo com a discricionariedade administrativa.III ‒ É dispensável a licitação nos casos de guerra, grave perturbação da ordem ou quando houverinviabilidade de competição.IV ‒ A licitação será dispensável quando a União tiver que intervir no domínio econômico pararegular preços ou normalizar o abastecimento.V ‒ A licitação tem por objetivo assegurar a observância do princípio constitucional da isonomia eselecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública.

Assinale.a)  Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.b)  Se apenas as afirmativas I e V estiverem corretas.c)  Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.d)  Se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.e)  Se apenas as afirmativas IV e V estiverem corretas.

32 ‒ (FGV ‒ 2010 ‒ BADESC ‒ Advogado) Nos termos do Estatuto das Licitações, assinale a alternativa queapresente um motivo para rescisão do contrato administrativo.

a)  A supressão, por parte da Administração, de serviços no percentual de 20% (vinte por cento) do valoratualizado do contrato.

b)  Qualquer paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento.c)  A suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por 100 dias.d)  O atraso superior a 30 dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços

ou fornecimento.e)  A não liberação, por parte da Administração, de área para execução de obra, no prazo contratual.

33 ‒ (FGV ‒ 2010 ‒ SEFAZ-RJ ‒ Fiscal de Rendas) Com relação às licitações, assinale a alternativa correta.

a)  Como lei geral, a Lei 8.666/93 aplica-se integralmente a todas as contratações públicas, sem admitirqualquer forma de derrogação.

b)  Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é constitucional o regulamento de licitaçõessimplificado aprovado mediante decreto fundamentado em autorização legal específica para disciplinaros procedimentos licitatórios de empresas estatais em regime de livre concorrência.

c)  Admite-se a inversão de fases nos procedimentos licitatórios regidos pela Lei nº 8.666/93.d)  São modalidades de licitação, exclusivamente: concorrência, tomada de preços, convite, concurso e

leilão.e)  Configura hipótese de dispensa de licitação compras de valor máximo correspondente a 10% (dez por

cento) do valor máximo estimado para adoção da modalidade concorrência (R$ 650.000,00).

34  –  (FGV ‒ 2010 ‒ SEAD-AP ‒ Auditor da Receita do Estado) Nos casos de anulação de uma licitação namodalidade Convite e de inabilitação do licitante em uma Concorrência Pública, cabem recursos, noprazo de:

a)  5 (cinco) dias em ambos;b)  5 (cinco) dias úteis em ambos;c)  5 (cinco) dias úteis e 5 (cinco) dias, respectivamente;d)  2 (dois) dias úteis e 5 (cinco) dias úteis, respectivamente;e)  3 (três) dias úteis e 5 (cinco) dias úteis, respectivamente.

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35  ‒ (FGV ‒ 2010 ‒ SEAD-AP ‒ Auditor da Receita do Estado) Com relação ao tema Licitação Pública,analise as afirmativas a seguir;

I ‒ O leilão pode ser feito por leiloeiro oficial ou servidor designado pela Administração, devendo serconsiderada vencedora a proposta de arrematação de valor, necessariamente, superior ao deavaliação.II ‒ A concorrência é obrigatória nas licitações internacionais, admitindo-se, independentemente dovalor estimado da futura contratação, a tomada de preços quando o órgão ou entidade dispuser decadastro internacional de fornecedores e o convite, quando não houver fornecedor do bem ouserviço no país.III ‒ A licitação é dispensável para contratação de catadores de materiais recicláveis, de baixa renda,reconhecidos pelo poder público, desde que usem equipamentos compatíveis com as normastécnicas, ambientais e de saúde pública.IV ‒ Caso um edital de Concorrência Pública apresente alguma irregularidade, é assegurado aqualquer cidadão impugná-lo em face da Administração, devendo o pedido ser protocolado até 5(cinco) dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação.

Assinale.a)  Se somente a afirmativa II estiver correta.b)  Se somente a afirmativa IV estiver correta.c)  Se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas.d)  Se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas.e)  Se todas as afirmativas estiverem corretas.

36 ‒ (CESGRANRIO ‒ 2010 ‒ BACEN ‒ Analista do Banco Central) O e-procuremente vem se tornando umaprática comum nas empresas e nos órgãos de governo. Uma das modalidades existentes é o leilãoreverso, em que:

a)  o comprador informa as quantidades a serem compradas, e o fornecedor vencedor será aquele queofertar o material a menor preço;

b)  o comprador apresenta as condições da compra e o preço máximo a ser pago pelo material, e ofornecedor vencedor será aquele que ofertar o material a menor preço dentro das condiçõesestabelecidas;

c)  os compradores contratam empresas especializadas em cotação de preço via internet;d)  os fornecedores se cadastram em uma base de dados e ofertam continuamente materiais e seus

preços, e o comprador escolhe o vencedor quando precisar do material;e)  as solicitações de cotação de preço (RFQ) são colocados num portal aberto ao público.

37 ‒ (CESGRANRIO ‒ 2010 ‒ BNDES ‒ Arquiteto) Na modalidade de Licitações de Concorrência, o valorobrigatório para contratação de obras e serviços de engenharia, em reais, é o valor acima de:

a)  35.000,00;b)  280.000,00;c)  650.000,00;d)  860.000,00;e)  1.500.000,00.

38  ‒ (CESPE ‒ 2010 ‒ DPU ‒ Analista Administrativo) Considerando que, para atender casos deemergência e calamidade pública, determinado órgão público pretenda dispensar a licitação, assinale a

opção correta.

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a)  Casos de emergência e calamidade pública justificam a inexigibilidade de licitação, e não a suadispensa.

b)  Para ocorrer a dispensa de licitação, a emergência deve ser decorrente de fatos da natureza.c)  Nessa situação, a compra de material deverá ser para pronta entrega ou com exíguo espaço de tempo,

sob pena de ser afastada a justificativa da emergência.d)  Caso haja necessidade de contratação de obras, ela deve ocorrer no prazo máximo de cento e oitenta

dias sem limite para sua conclusão, desde que atenda à situação excepcional apresentada.e)  É vedada a contratação de serviço por dispensa de licitação para atender a essa situação.

39  ‒ (CESPE ‒ 2010 ‒ DPU ‒ Analista Administrativo) Considerando que determinada autarquia federalpublicou edital de licitação na modalidade concorrência para contratar a realização de obra deengenharia, assinale a opção correta.

a)  Licitante que for inabilitado a participar do certame licitatório estará impedido de apresentar propostaem outro procedimento licitatório naquela autarquia, pelo prazo de noventa dias.

b)  A legitimidade para impugnar o edital de licitação restringe-se aos licitantes previamente cadastrados.c)

 Tanto a minuta do edital quanto a do contrato devem ter sido examinadas e aprovadas pela assessoria

 jurídica da autarquia.d)  Em qualquer fase do procedimento licitatório, os licitantes poderão desistir das propostas

apresentadas, sem que a justificativa da desistência seja aceita pela comissão de licitação.e)  O tipo de licitação para essa contratação deverá ser melhor técnica ou técnica e preço.

40  - (CESPE ‒ 2010 ‒ MPU ‒ Analista ‒ Arquivologia) A respeito da Lei nº 8.666/1993, julgue o item que sesegue.Todos os valores, preços e custos utilizados nas licitações têm como expressão monetária a moedacorrente nacional, ressalvadas as concorrências de âmbito internacional, para as quais o edital deveajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãoscompetentes.

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GABARITO

01 - E 11 - C 21 - B 31 - E

02 - E 12 - E 22 - E 32 - E

03 - E 13 - C 23 - C 33 - B

04 - E 14 - C 24 - A 34 - D

05 - C 15 - D 25 - E 35 - B

06 - E 16 - C 26 - B 36 - B

07 - E 17 - A 27 - B 37 - E

08 - E 18 - E 28 - A 38 - C

09 - C 19 - A 29 - C 39 - C

10 - C 20 - A 30 - A 40 - C

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Capítulo X

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA DEFESA ADMINISTRATIVA DO CONTRIBUINTE

Os princípios processuais aplicados ao processo administrativo são:

•este princípio está previsto no art. 5º da CF/1988. A legalidade é,portanto o critério includente e excludente de tudo que vemadentrar a ordem jurídica; “Princípio da legalidade objetiva, é ofiel cumprimento da lei também impera no processoadministrativo, sob pena de nulidade das decisões” 

Princípio da legalidade objetiva

• este princípio é, de grande destaque em matéria tributária, poistem por primórdio à Administração o controle da legalidade dosatos praticados no procedimento administrativo

Princípio da oficialidade

•este procedimento não retira a necessidade da instauraçãoregular de um processo, apenas não possui o mesmo rigorprocessual;

• este é pautado por uma maior informalidade do que o processo judicial, não sendo exigível advogado

•este princípio traduz-se na dispensa das solenidades, dos ritos e

formas rígidas nos termos da administração;

Princípio do informalismo

•é imperioso que no procedimento administrativo tributárioevidencia-se o contraditório, objetivando a verdade real;Princípio do contraditório e ampla defesa, assegurado pelaConstituição Federal, que permite o sujeito passivo optar pelavia administrativa, maior possibilidade de informação e acessoaos documentos em função da dilação probatória;

Princípio do contraditório

• este princípio estabelecido no art. 5º da CF/1988, é de direito

fundamental ao cidadão. Princípio este, que funciona parapreservar e assegurar os direitos e garantias que possibilitam amanifestação da Fazenda Pública, nas questões tributárias;Princípio do devido processo legal, dispõe este princípio de queninguém será privado da liberdade de seus bens sem o devidoprocesso legal;

Princípio do devido processo legal

•constatada a inexistência de poder jurisdicional noprocedimento administrativo, cabe analisar alternativas quepossui o contribuinte em face do Poder Judiciário;

Princípio do livre acesso ao PoderJudiciário,

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• admite-se qualquer prova que seja idônea e legal para provar alegalidade dos fatos alegados;

Princípio da verdade material

• a Fazenda costuma reunir processos conexos relativa aomesmo sujeito passivo, de modo a facilitar a produção deprovas e por economia para efeito de julgamento;

Princípio da economia processual

•apurada alguma informação ou documentação que venha afazer prova contra o contribuinte, não há vedação da reformacontra ele, pode ser chamado este princípio também de

revisibilidade do lançamento;

Princípio da não aplicação da vedaçãoda reformatio in pejus,

• menciona que as partes devem ser tratadas de formaigualitária;

Princípio da isonomia,

• consiste segundo o qual os litígios que decorrem peranteórgãos de julgamento administrativos, devem ser objeto deuma dupla apreciação;

Princípio do duplo grau de jurisdição

•trata-se de um princípio implícito, constituindo umsobreprincípio, algo que em termos ideais deve nortear toda equalquer norma jurídica;

Princípio da segurança jurídica

• este que representa a estrutura de todos os ramos do Direito,e que assegura que todos são iguais perante a lei;

Princípio da igualdade

• este princípio determina que ninguém será obrigado a fazer oudeixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei;

Princípio da legalidade

•menciona a importância meio a efetivação da segurança jurídica, uma vez que a lei não prejudicará o direito adquirido, oato jurídico perfeito ou coisa julgada.

Princípio da irretroatividade das leis

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,

• o processo administrativo, ainda que deflagrado no âmbitoparticular, é de interesse público;

Princípio da oficialidade

•  a autoridade fica autorizada a conhecer novos fatos existentesnos autos ate a decisão final;

Princípio da verdade material

•menciona a importância meio a efetivação da segurança jurídica, uma vez que a lei não prejudicará o direito adquirido, oato jurídico perfeito ou coisa julgada.

Princípio da irretroatividade das leis

•  fala da garantia de defesa no processo judicial e no processoadministrativo;

Princípio da garantia de defesa e dodevido processo legal

•ocorre quando parte do processo perde uma faculdade deexercer um ato processual;

Princípio da preclusão

•é quando o ato praticado pela Administração Pública está deacordo com a lei;

Princípio da presunção de legitimidade

•  é direito ao particular a possibilidade de ver conhecida eapreciadas todas as suas alegações;

Princípio da ampla defesa

• é toda a matéria de defesa produzida pelo contribuinte, a qualdeve ser conhecida e apreciada;

Princípio de ampla competênciadecisória

•emerge o direito a produção de provas, ou seja a utilização detodos os meios de provas pertinentes;

Princípio da ampla instruçãoprobatória

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•  recomenda o aproveitamento de todos os atos, praticados

com erro de natureza formal, deixando a decretação de suanulidade somente para em último caso;

Princípio da salvabilidade dos atos

processuais

• é a idéia de revisão recursal dos julgamentos administrativosou judiciais;

Princípio do duplo grau de cognição

•é de direito do cidadão contribuinte impugnar perante órgãofazendário a pretensão fiscal e com isso dar início ao processoadministrativo;

Princípio do julgador competente

•  decorre do art. 5º, inciso LX da Constituição Federal edanecessidade de transparência e visibilidade da atuaçãoadministrativa. No processo adminsitrativo fiscal, este princípiodeve ser aplicado com cautela, em face do sigilo que aAdministração deve guardar a respeito da vida docontribuinte.

Princípio da publicidade

• os atos administrativos deverão ser motivados de modoexplícito, claro e congruente, podendo consistir em declaraçãode concordância com fundamentos anteriores e com aindicação dos fundamentos e fatos jurídicos que o embasaram.

Princípio da motivação das decisões

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Capítulo X

EXERCÍCIOS

1-CESPE - 2015 - FUB - Assistente em Administração

A administração pública é regida por princípios fundamentais que atingem todos os entes da Federação: União,estados, municípios e o Distrito Federal. Com relação a esse assunto, julgue o item subsecutivo.A pretexto de atuar eficientemente, é possível que a administração pratique atos não previstos na legislação.

( )Certo ( )Errado

2-CESPE - 2015 - FUB - Assistente em Administração

A administração pública é regida por princípios fundamentais que atingem todos os entes da Federação: União,estados, municípios e o Distrito Federal. Com relação a esse assunto, julgue o item subsecutivo.

Apesar de o princípio da moralidade exigir que os atos da administração pública sejam de ampla divulgação, veda-se a publicidade de atos que violem a vida privada do cidadão. 

( )Certo ( )Errado

3-CESPE - 2015 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa

No que se refere ao regime jurídico-administrativo brasileiro e aos princípios regentes da administração pública, julgue o próximo item. O regime jurídico-administrativo brasileiro está fundamentado em dois princípios dosquais todos os demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e oprincípio da indisponibilidade do interesse público.

( )Certo ( )Errado

4-CONSULPLAN - 2015 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de RegistrosÉ correto afirmar que além dos princípios expressos no caput do art. 37 da Constituição Federal, a AdministraçãoPública também se orienta pelos seguintes princípios:

a) legalidade, autotutela, indisponibilidade, continuidade dos serviços públicos e segurança jurídica.b) supremacia do interesse público, autotutela, indisponibilidade, publicidade e continuidade dos serviçospúblicos.c) supremacia do interesse público, autotutela, indisponibilidade, continuidade dos serviços públicos e segurança

 jurídica.d) supremacia do interesse público, eficiência, indisponibilidade, continuidade dos serviços públicos e segurança

 jurídica.

5-VUNESP - 2015 - PC-CE - Delegado de Polícia

Em grandes centros urbanos brasileiros, observa-se um desafio na questão da mobilidade urbana, ou seja, umaconstante tensão entre o transporte de caráter individual e o transporte coletivo. Diante dos congestionamentoscrescentes, por qual dos princípios implícitos da Administração Pública o administrador público deve se guiar paraconstituir uma política que privilegie o transporte coletivo em detrimento do transporte individual?

a) Pelo princípio da Inteligibilidade.

b) Pelo princípio da Razoabilidade.

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c) Pelo princípio do Interesse Público.

d) Pelo princípio da Eficiência.

e) Pelo princípio da Alocação.

6-CESPE - 2014 - TJ-DF - Juiz de direito

Considerando a relevância dos princípios do direito administrativo para atividade de administrador público,assinale a opção correta.a) Estando o administrador diante de ato administrativo viciado, o princípio da segurança jurídica lhe confere aopção, observado o critério de conveniência e oportunidade, de convalidar o ato se o vício for sanável,reconhecer a sua estabilização pelo decurso do tempo, modular os efeitos da anulação ou, ainda, invalidar o ato,com efeitos ex tunc.b) O princípio da supremacia do interesse público vem sendo questionado pela doutrina, em especial, após a CF,que estabeleceu o Estado democrático de direito e assegurou direitos e garantias individuais acima dos interessesdo Estado, não existindo, por outro lado, norma constitucional que respalde a permanência de tal princípio noordenamento jurídico.c) O princípio da eficiência funciona como diretriz a ser seguida pelo administrador, mas não pode ser utilizadocomo parâmetro de controle externo pelo tribunal de contas para fins de verificação de regularidade dos atos econtratos celebrados pelos administradores públicos.d) A violação de princípios da administração pública, tais como da moralidade, da impessoalidade e da eficiência,caracteriza ato de improbidade administrativa, desde que comprovado o dolo, ainda que genérico, do agente.e) Na esfera de atuação do poder de polícia, não pode a administração pública efetuar a demolição de obrairregular de forma sumária, sem observar os princípios do contraditório e da ampla defesa, devendo haver aoitiva prévia do interessado.

7-VUNESP - 2014 - IPT-SP - Advogado

Assinale a alternativa correta.a) O regime jurídico administrativo é amparado por dois princípios basilares, a supremacia do interesse público ea indisponibilidade do interesse público.b) O regime jurídico administrativo e o regime jurídico da Administração Pública são expressões sinônimas.c) A supremacia do interesse público, que orienta o regime jurídico administrativo, é um princípio previstoexpressamente na Constituição Federal.d) O regime jurídico administrativo não contempla qualquer restrição à administração.e) A Administração Pública é regida exclusivamente pelo regime jurídico administrativo.

8-VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor PúblicoA expressão regime jurídico-administrativo é utilizada para designar

a) os regimes de direito público e de direito privado a que pode submeter-se a Administração Pública.

b) o conjunto das prerrogativas e restrições a que está sujeita a Administração Pública e que não se encontramnas relações entre particulares.

c) as restrições a que está sujeita a Administração Pública, sob pena de nulidade do ato administrativo, excluindo-se de seu âmbito as prerrogativas da Administração.

d) as prerrogativas que colocam a Administração Pública em posição de supremacia perante o particular,

excluindo-se de seu âmbito as restrições impostas à Administração.

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9-FCC - 2014 - TCE-RS - Auditor Público Externo

Os princípios que regem a Administração pública.a) são aqueles que constam expressamente do texto legal, não se reconhecendo princípios implícitos, aplicando-se tanto à Administração direta quanto à indireta.

b) podem ser expressos ou implícitos, os primeiros aplicando-se prioritariamente em relação aos segundos,ambos se dirigindo apenas à Administração direta.c) são prevalentes em relação às leis que regem a Administração pública, em razão de seu conteúdo ser maisrelevante.d) dirigem-se indistintamente à Administração direta e às autarquias, aplicando-se seja quando forem expressos,seja quando implícitos.e) aplicam-se à Administração direta, indireta e aos contratados em regular licitação, seja quando foremexpressos, seja quando implícitos.

10-FUMARC - 2014 - PC-MG - Investigador de Polícia

Um administrador público, tendo recebido móveis novos para sua Unidade, doou, por conta própria, o mobiliárioantigo, ainda em bom estado de conservação, para uma instituição de caridade.É CORRETO afirmar que o princípio da Administração transgredido pelo dirigente foi o da:a) eficiência.

b) hierarquia.

c) indisponibilidade.

d) razoabilidade.

11-TRF - 2ª Região - 2015 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz federalLeia as assertivas abaixo e, ao final, assinale a opção correta.

I - com fundamento na autoexecutoriedade, a Administração Pública, nas hipóteses expressamente autorizadaspelo legislador a agir independentemente de ordem judicial, não tem a faculdade de acionar o Poder Judiciáriopara executar a sua decisão;II - a indisponibilidade do interesse público impede que se adote a arbitragem para a solução de conflitosenvolvendo sociedades de economia mista e empresas públicas.III - a presunção de veracidade e legitimidade é instrumento necessário à satisfação das atividadesadministrativas, e admite prova em sentido contrário, cabendo ao administrado o ônus de provar que se trata deato ilegítimo.

IV- o princípio da continuidade das atividades administrativas alcança apenas os serviços públicos essenciais, quenão podem ser interrompidos por causar danos ao interesse público primário, não se estendendo às demaisfunções administrativas.

Em relação às quatro assertivas acima, estão corretas:a) Apenas I e II.

b) Apenas III e IV.

c) Apenas a IV.

d) Apenas a III.

e) Apenas a II.

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12-CESPE - 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros

Considerando os conceitos do direito administrativo e os princípios do regime jurídico-administrativo, assinale aopção correta.a) O princípio da proteção à confiança legitima a possibilidade de manutenção de atos administrativos inválidos.

b) Consoante o critério da administração pública, o direito administrativo é o ramo do direito que tem por objetoas atividades desenvolvidas para a consecução dos fins estatais, excluídas a legislação e a jurisdição.c) Adotando-se o critério do serviço público, define-se direito administrativo como o conjunto de princípios

 jurídicos que disciplinam a organização e a atividade do Poder Executivo e de órgãos descentralizados, além dasatividades tipicamente administrativas exercidas pelos outros poderes.d) São fontes primárias do direito administrativo os regulamentos, a doutrina e os costumes.e) Dado o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, é possível à administração pública,mediante portaria, impor vedações ou criar obrigações aos administrados.

13-CESPE - 2014 - TJ-SE  - Titular de Serviços de Notas e de Registros 

A respeito dos princípios, das fontes e do conceito de direito administrativo, assinale a opção correta.

a) De acordo com o STF, os tratados internacionais de direito administrativo serão fontes do direitoadministrativo pátrio desde que sejam incorporados ao ordenamento jurídico interno mediante o mesmoprocedimento previsto na CF para a incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos.

b) O princípio administrativo da autotutela é considerado um princípio onivalente.

c) O princípio administrativo do interesse público é um princípio implícito da administração pública.

d) De acordo com o critério das relações jurídicas, o direito administrativo pode ser visto como o sistema dosprincípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins.

e) Consoante o critério da distinção entre atividade jurídica e social do Estado, o direito administrativo é oconjunto dos princípios que regulam a atividade jurídica não contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos emeios de sua ação em geral.

14-FUNCAB - 2014 - PM-RO - Soldado da Polícia Militar

“ ...a ausência de disciplina legal sobre certo comportamento significa no âmbito da Administração Pública umaproibição de agir.” (MAZZA, Alexandre. Manual de Direito Administrativo. 4a Edição. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 96).

A frase acima traduz de forma direta o conteúdo do princípio da:

a) legalidade.b) impessoalidadec) publicidade.d) eficiênciae) moralidade.

15-CS-UFG - 2014 - DPE-GO - Defensor Público

Os princípios administrativos são postulados orientadores essenciais que inspiram toda conduta dos integrantesda Administração Pública. Nesse contexto,a) em obediência aos princípios da legalidade e da segurança jurídica, no âmbito do regime jurídico-administrativo, é inadmissível à Administração Pública alterar unilateralmente relações jurídicas já estabelecidas,constituindo o administrado em obrigações por meio de atos unilaterais.

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b) em atenção ao princípio da publicidade decorre a proibição de constar nome, símbolos ou imagens quecaracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em divulgação de atos, programas oucampanhas de órgãos públicos.c) pelo princípio da supremacia do interesse público advém a regra de que o direito da Administração de anular

os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contadosda data de sua ciência, salvo comprovada má-fé.d) em consagração os princípios do contraditório e ampla defesa, no âmbito do processo administrativo osinteressados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis,mencionando-se data, hora e local de realização.e) pelo princípio da eficiência, a Administração Pública, na execução dos atos administrativos, tem o dever dealcançar a finalidade normativa, pois se trata de princípio diretamente vinculado ao princípio da legalidade e dasupremacia do interesse público.

16-MPE-SC - 2014 - MPE-SC - Promotor de Justiça 

Analise os enunciados das questões abaixo e assinale se ele é Certo ou Errado.

Tocando ao Poder Judiciário atuação precipuamente jurisdicional, não lhe é imposta a observância dos princípiosda Administração Pública.

( )Certo ( )Errado

17-MPE-SC  - 2014 - MPE-SC  - Promotor de Justiça O Direito Administrativo, disciplinando as atividades da Administração Pública e sua relação com o indivíduo,norteia-se pelo princípio da supremacia do interesse individual sobre o interesse público, buscando garantir adignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da Constituição) e conter os excessos da atuação estatal frente aocidadão.

( )Certo ( )Errado

18-CESPE - 2014 - TJ-CE - Analista Judiciário - Área AdministrativaCom base no regime jurídico-administrativo e nos princípios da administração pública, assinale a opção correta.

a) O princípio da proteção à confiança, de origem no direito norte-americano, corresponde ao aspecto objetivo dasegurança jurídica, podendo ser invocado para a manutenção de atos administrativos inválidos quando o prejuízoresultante da anulação for maior que o decorrente da manutenção do ato ilegal.b) O princípio da razoabilidade é considerado um princípio implícito da administração pública, por não seencontrar previsto explicitamente na legislação constitucional ou infraconstitucional.

c) As restrições ou sujeições especiais no desempenho da atividade de natureza pública são consideradasconsequências do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, que integra o conteúdo doregime jurídico- administrativo.d) De acordo com o princípio da tutela, a administração pública direta, com o objetivo de garantir a observânciade suas finalidades estabelecidas nos contratos, fiscaliza apenas as atividades desempenhadas pelas empresasconcessionárias e permissionárias de serviço público.e) Em observância ao princípio da motivação, deve a administração pública indicar os fundamentos de fato e dedireito de suas decisões, sendo dispensável esse princípio quando se tratar da prática de atos discricionários.

19-CESPE -2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária

Com relação aos princípios que fundamentam a administração pública, assinale a opção correta.

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a) Pelo princípio da autotutela, a administração pode, a qualquer tempo, anular os atos eivados de vício deilegalidade.

b) O regime jurídico-administrativo compreende o conjunto de regras e princípios que norteia a atuação do poderpúblico e o coloca numa posição privilegiada.

c) A necessidade da continuidade do serviço público é demonstrada, no texto constitucional, quando assegura aoservidor público o exercício irrestrito do direito de greve.

d) O princípio da motivação dos atos administrativos, que impõe ao administrador o dever de indicar ospressupostos de fato e de direito que determinam a prática do ato, não possui fundamento constitucional.

e) A publicidade marca o início da produção dos efeitos do ato administrativo e, em determinados casos, obrigaao administrado seu cumprimento.

20-ESAF - 2014 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal

Nos termos da lei, a Administração Pública Federal observará, em se tratando do processo administrativo,

princípios específicos, exceto:

a) princípio da segurança jurídica.

b) princípio da razoabilidade.

c) princípio da eficiência.

d) princípio da insignificância.

e) princípio da motivação.

21-COPEVE-UFAL - 2014 - UFAL - Técnico de Laboratório - Anatomia e NecropsiaSão exemplos de prerrogativas decorrentes do princípio da supremacia do interesse público sobre os interessesparticulares:

a) desapropriação e extinção unilateral de contratos administrativos. b) obrigatoriedade de licitar e privilégios processuais. c) conclusão de contratos e realização de obras. d) direito de ação e imperatividade dos atos. e) sujeição a controle e poder discricionário. 

22-CESPE - 2014 - TC-DF - Analista Administrativo - Tecnologia da InformaçãoAcerca do regime jurídico administrativo, julgue o próximo item.O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é um dos pilares do regime jurídicoadministrativo e autoriza a administração pública a impor, mesmo sem previsão no ordenamento jurídico,restrições aos direitos dos particulares em caso de conflito com os interesses de toda a coletividade.

( )Certo ( )Errado

23-CESPE - 2014 - TC-DF - Analista

Acerca do regime jurídico administrativo, julgue o próximo item. O princípio da supremacia do interesse públicosobre o interesse privado é um dos pilares do regime jurídico administrativo e autoriza a administração pública a

impor, mesmo sem previsão no ordenamento jurídico, restrições aos direitos dos particulares em caso de conflitocom os interesses de toda a coletividade.

226

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( )Certo ( )Errado

24-FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Técnico Judiciário - Área AdministrativaEm julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal, a Corte Suprema firmou entendimento no sentido deque assessor de Juiz ou de Desembargador tem incompatibilidade para o exercício da advocacia. Ao fundamentarsua decisão, a Corte explanou que tal incompatibilidade assenta-se, sobretudo, em um dos princípios básicos queregem a atuação administrativa. Trata-se do princípio da

a) supremacia do interesse privado. 

b) publicidade. 

c) proporcionalidade. 

d) moralidade. 

e) presunção de veracidade. 

25-IADES - 2014 - SEAP-DF  - Analista - Direito 

As regras e os princípios compõem as normas jurídicas, sendo, pois, aquelas duas espécies dotadas de forçacogente ao ordenamento. Nesse sentido, no âmbito do direito administrativo, é importante o entendimento porparte de todos os agentes públicos, não só dos princípios expressos, mas também dos demais reconhecidos. Aesse respeito, assinale a alternativa correta.

a) O princípio da eficiência, instituído pela Emenda Constitucional nº 19/1998, alcança exclusivamente os serviçospúblicos que são prestados diretamente à coletividade, aproximando os referidos serviços da conceituação deconsumo, e, enquanto não houver regulamentação específica para que sua aplicação seja operacionalizada no

âmbito dos serviços administrativos internos das pessoas administrativas, sua implementação, se houver, restarápor violar o princípio da legalidade estrita.

b) A autotutela administrativa exige a atuação administrativa no aspecto da legalidade, não incidindo sobre omérito, em face da separação dos Poderes.

c) A realização de licitação como procedimento prévio à contratação pública, a fim de buscar a opção maisvantajosa para a Administração, é um exemplo de aplicação do princípio da indisponibilidade.

d) O grande fundamento do princípio da razoabilidade é o excesso de poder, devendo a aplicação do referidoprincípio atender à adequação e à exigibilidade, sem prejuízo da observância dos demais requisitos cabíveis nocaso concreto.

e) O princípio da razoabilidade é exclusivo da atuação administrativa.

26-SHDIAS - 2014 - CEASA-CAMPINAS - Advogado

Esse princípio está presente tanto no momento da elaboração da lei como no momento da sua execução emconcreto pela Administração Pública. Ele inspira o legislador e vincula a autoridade administrativa em toda a suaatuação. De todos os princípios da administração pública abaixo o que se encaixa é: 

a) Legalidade.

b) Presunção da legitimidade.

c) Impessoalidade.

227

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d) Supremacia do interesse público.

27-IESES -2014 - TJ-PB - Titular de Serviços de Notas e de Registros

Assinale a alternativa correta:

a) Na hipótese de pagamento de valores indevidos realizado pela Administração Pública a crédito de um seuservidor, é lícito à Administração Pública promover a retificação de forma unilateral, sem necessidade deprocesso administrativo, em homenagem ao princípio da prevalência do interesse público.

b) A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar ofende a Constituição Federal,pois viola os princípios do devido processo legal e da ampla defesa material.

c) É hoje entendimento pacificado no Supremo Tribunal Federal ser inadmissível a utilização dos instrumentostípicos de controle da Administração Pública em relação a entidades privadas no exercício de funções públicas,pois tal contraria o princípio da estrita legalidade.

d) De conformidade com pacificado entendimento do Supremo Tribunal Federal, a atividade econômica emsentido amplo é gênero que compreende duas espécies, o serviço público e a atividade econômica em sentidoestrito. Monopólio é de atividade econômica em sentido estrito, empreendida por agentes econômicos privados.A exclusividade da prestação dos serviços públicos é expressão de uma situação de privilégio. Monopólio eprivilégio são distintos entre si; não se os deve confundir no âmbito da linguagem jurídica, qual ocorre novocabulário vulgar. Os regimes jurídicos sob os quais em regra são prestados os serviços públicos importam emque essa atividade seja desenvolvida sob privilégio, inclusive, em regra, o da exclusividade.

28 - IADES - 2014 - METRÔ-DF - Advogado

A respeito do direito administrativo, assinale a alternativa correta.a) A Administração Pública confunde-se com o próprio Poder Executivo, haja vista que a este cabe, em vista doprincípio da separação dos poderes, a exclusiva função administrativa.b) O chefe do Poder Executivo pode, por decreto, promover a extinção de órgãos públicos, quando seus cargosestiverem vagos.c) Supremacia do interesse público não consta como princípio expresso, mas informa a atuação da AdministraçãoPública, assim como os demais princípios, tais como eficiência, legalidade e moralidade.d) As decisões adotadas por delegação de competência consideram-se praticadas pela autoridade delegante, enão pelo delegado.e) Na remoção ex officio de servidor público para localidade diversa da por ele postulada, não se exige acorrespondente motivação por parte da Administração Pública.

29 - CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo

A respeito do regime jurídico administrativo, julgue o item a seguir.

O regime jurídico administrativo é instituído sobre o alicerce do princípio da legalidade restrita, o que impede aaplicação, no âmbito da administração pública, de princípios implícitos, não expressamente previstos nalegislação.

( )Certo ( )Errado

30-CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo

A respeito do regime jurídico administrativo, julgue o item a seguir.O princípio da indisponibilidade do interesse público não impede a administração pública de realizar acordos etransações. 

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( )Certo ( )Errado

31-FCC - 2014 - TCE-PI - Assessor Jurídico

A Administração pública se sujeita a princípios na execução de suas funções, expressamente consagrados naConstituição Federal ou implícitos no ordenamento jurídico. Dessa realidade se pode depreender que

a) a violação aos princípios que regem a atuação da Administração pública dá lugar a tutela judicial dos interessesem questão, desde que também tenha havido infração à legislação vigente.

b) os princípios expressos na Constituição Federal são hierarquicamente superiores aos demais princípios geraisde direito, ainda que previstos na legislação setorial, posto que estes possuem natureza apenas opinativa para aatuação da Administração pública.

c) a violação a algum dos princípios constitucionais permite a tutela judicial para que sejam conformados ouanulados os atos da Administração pública.

d) somente os princípios expressos na Constituição Federal possuem coercibilidade para conformar aAdministração pública ao atendimento de seu conteúdo.

e) os princípios previstos na legislação infraconstitucional são regras desprovidas de sanção pelo seudescumprimento, de modo que sua violação não se consubstancia em ilegalidade.

32-CESPE - 2014 - TEM - Contador

Julgue os itens a seguir acerca da responsabilidade civil do Estado e do Regime Jurídico Administrativo.A supremacia do interesse público sobre o privado e a indisponibilidade, pela administração, dos interessespúblicos, integram o conteúdo do regime jurídico-administrativo.

( )Certo ( )Errado

33-MPE-MA - 2014 - MPE-MA - Promotor de JustiçaAssinale a alternativa correta: a) Há coincidência necessária entre o interesse do Estado e o interesse público;b) O interesse público secundário desfruta de supremacia abstrata em face do interesse particular;c) O interesse público é autônomo, portanto, desvinculado dos interesses de cada uma das partes que compõemo conjunto social;d) O princípio da supremacia do interesse público significa sua prevalência, inclusive, sobre direitos subjetivos;e) A qualificação de determinado interesse como público é feita pelo Direito Positivo, e não por caracteres

políticos ou sociológicos.

34-CESPE - 2014 - SUFRAMA - Nível Superior

A respeito do direito administrativo, julgue o item subsecutivo. A impossibilidade da alienação de direitosrelacionados aos interesses públicos reflete o princípio da indisponibilidade do interesse público, que possibilitaapenas que a administração, em determinados casos, transfira aos particulares o exercício da atividade relativa aesses direitos.

( )Certo ( )Errado

35-FCC - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça AvaliadorO princípio da supremacia do interesse público informa a atuação da Administração pública.

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a) de forma absoluta diante das lacunas legislativas, tendo em vista que o interesse público sempre pretere ointeresse privado, prescindindo da análise de outros princípios.b) subsidiariamente, se não houver lei disciplinando a matéria em questão, pois não se presta a orientar atividadeinterpretativa das normas jurídicas.

c) alternativamente, tendo em vista que somente tem lugar quando não acudirem outros princípios expressos.d) de forma prevalente, posto que tem hierarquia superior aos demais princípios.e) de forma ampla e abrangente, na medida em que também orienta o legislador na elaboração da lei, devendoser observado no momento da aplicação dos atos normativos.

36-IBFC - 2014 - TRE-AM - Analista Judiciário - Área Administrativa

Com relação ao Princípio da Supremacia do interesse público sobre o interesse privado, assinale aalternativa INCORRETA: 

a) Pode ser invocado, inclusive ao arrepio do Direito posto, já que inerente ao convívio social.

b) Não se radica em dispositivo algum da Constituição Federal, ainda que inúmeros aludam ou impliquemmanifestações concretas dele, como, os princípios da função social da propriedade ou do meio ambiente.

c) É princípio geral de Direito inerente a qualquer sociedade, sendo sua própria condição de existência.

d) Permite à Administração a possibilidade de, nos termos da lei, de constituir terceiros em obrigações medianteatos unilaterais.

37-FCC - 2014 - Prefeitura de Recife - PE  - Procurador  

No que diz respeito ao regime jurídico administrativo, considere as seguintes afirmações:

I. Há, neste tipo de regime, traços de autoridade, de supremacia da Administração, sendo possível, inclusive, que

nele se restrinja o exercício de liberdades individuais.

II. As chamadas prerrogativas públicas, para que sejam válidas, devem vir respaldadas em princípiosconstitucionais explícitos na Constituição Federal.

III. Via de regra, também integram o regime jurídico administrativo de um município as leis, os decretos, osregulamentos e as portarias do Estado em que ele se localiza.

IV. É tendência da maioria da doutrina administrativista contemporânea não mais falar em “restrições” ou“sujeições” como traço característico do regime jurídico administrativo, em razão dessas expressões poderemlevar à falsa conclusão de que as atividades da Administração que visam a beneficiar a coletividade podem estar

sujeitas a limites.Está correto o que se afirma APENAS em:a) IV.

b) I 

c) I e III.

d) II e IV. 

e) I, II e III. 

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GABARITO 

1-E 11-D 21-A 31-C

2-E 12-A 22-E 32-C

3-C 13-E 23-E 33-E

4-C 14-A 24-D 34-C

5-C 15-D 25-C 35-E

6-D 16-E 26-D 36-A

7-A 17-E 27-D 37-B

8-B 18-C 28-C -

9-D 19-B 29-E -

10-C 20-D 30-C -

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Capítulo XI

LEI Nº 8.112/1990 – 1ª PARTE

Neste capítulo, estudaremos a Lei nº 8.112/1990, que disciplina direitos e responsabilidades dos

servidores públicos federais. Essa lei se aplica a servidores públicos civis, da União, autarquias e fundações

públicas federais e aos Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Porém, não se destina aos servidores públicos civis estaduais, DF e municípios, inclusive suas

respectivas autarquias e fundações públicas.

Lembramos também que essa lei não se aplica aos empregados que atuam em empresas públicas e

sociedades de economia mista. Estes são regidos pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas).

Neste momento, é importante destacarmos que a expressão “servidores públicos” constitui uma

subespécie da categoria agente administrativos, que abrange outras espécies de prestadores de serviços à

Administração.

Uma breve definição sobre o conceito de agente público.

Para efeito dessa lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. Já o empregadopúblico é o agente que possui um emprego, o qual se vincula às empresas públicas e às sociedades de

Lei nº 8.112

Regime Jurídicodos Servidores

Públicos Civis daUnião

Das Autarquias(inclusive as emregime especial)

e das fundaçõesPúblicas Federais.

AGENTES 

Servidor

Estatutário

Autarquias eFundações.

Empregado

Celetista

EmpresasPúblicas e

Sociedades deEconomia Mista.

Agente Público: toda e qualquer pessoa física que participa ou exerce atribuições e responsabilidades

do Estado.

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economia mista. Porém, para ambos (tanto celetista como estatutários), há a necessidade de prévia

aprovação em concurso público.

O cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura

organizacional que devem ser cometidas ao servidor. Já o cargo em comissão é de livre nomeação e

exoneração, ou seja, independe de aprovação em concurso público, cabendo à autoridade escolher o titular

seguindo critérios de oportunidade e conveniência.

As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei.

Os cargos públicos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros e estrangeiros, na forma

da lei (CF/88, art. 37, I).

   S   e   r   v   i    d   o   r   P    ú    b    l   i   c   o

Regime Jurídico de Direito Público 

Estatutário (Lei nº 8.112/1990) 

Ocupam cargos públicos (efetivosou em comissão)

Vencimentos ou subsídios

Regime legal

Estabilidade   E   m   p   r   e   g   a    d   o   P    ú    b    l   i   c   o

 

Regime Jurídico de Direito Privado

CLT (Celetista)

Ocupam emprego público

Salário

Regime contratual

Fundo de Garantia por Tempo deServiço (FGTS)

Cargos Públicos

Acessíveis a todos osbrasileiros

Criados por lei

Denominação própria

Vencimentos pagos peloscofres públicos

Provimento efetivo ou emcomissão

Requisitos para investidura docargo público

Nacionalidade brasileira

Gozo dos direitos políticos

Quitação com obrigações militares e eleitorais

Nível de escolaridade exigido para o exercício docargo

Idade mínima de 18 anos

Aptidão física e mental

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PROVIMENTO

O provimento é ato administrativo por meio do qual a autoridade competente determina aocupação do cargo público, instituindo titular previamente aprovado em concurso público para odesempenho das atribuições do respectivo cargo. O provimento do cargo pode ocorrer de forma originária,quando o vínculo do servidor ao cargo é inicial e não procede de relação anterior com a esferaadministrativa. Pode ainda ocorrer de forma derivada, quando a ligação do servidor ao cargo dá-se emrazão de vínculo anterior entre aquele e a Administração. Nesse sentido, a Lei nº 8.112/1990 elenca como

forma de provimento originário a nomeação e como formas de provimento derivado as demais hipóteses.

FORMAS DE PROVIMENTO

CONCURSO PÚBLICOProvas ou Provas e

Títulos(nunca só de títulos)

Podem ser realizados em2 fases

Prazo de validadedo Concurso

Até 2 anos.

Prorrogável uma únicavez por igual período.

Fixado em edital

Públicado no DiárioOficial da União e em

 jornal de grandecirculação

Portadores de deficiência têm como

garantia constitucional o mínimo da

reserva legal de até 20% das vagas

oferecidas em concursos úblicos.

234

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A nomeação é ato administrativo que atribui um cargo público a seu titular. Com a posse, ocorre ainvestidura no cargo. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.

Exercício público ou da função de confiança. É de 15 (quinze dias) o prazo para o servidorempossado em cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. Se não entrar em exercíciono prazo previsto, o servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem efeito o ato de sua designaçãopara função de confiança.

• É a única forma originária de provimento de cargo. Depende de prévia aprovação emconcurso público de provas ou provas e títulos quando se destina a provimento de cargoefetivo, podendo ocorrer também nos casos de cargo em comissão, que prescinde darealização de concurso público, sendo de livre nomeação e de livre exoneração.

• Só haverá posse na hipótese de provimento por nomeação, que poderá ser medianteprocuração específica. A posse ocorrerá no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicaçãodo ato de provimento (nomeação), sendo tornado sem efeito o ato de provimento se a possenão ocorrer neste prazo.

• A posse dependerá de prévia inspeção médica oficial, será empossado aquele que for julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

• No ato da posse, o servidor apresentará declaração de bens e valores que constituem seupatrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou funçãopública. A Lei nº 8.424/1992 exige a declaração de bens e valores do cônjuge ou

companheiro e das demais pessoas que vivam sob sua dependência econômica.

NOMEAÇÃO 

Nomeação Posse30 dias a

contar danomeação

Expirado o prazo, oato de provimento

é tornado semefeito

Posse 15 dias Exercício 

Se, após tomar posse, o servidor não entrar em exercício,

será exonerado. Não há que se falar em demissão nesta hipótese,

pois a exoneração não é sanção, e a demissão somente é aplicada

no caso de punição do servidor. A posse poderá ser feita por meio

de procuração. Porém, só poderá tomar posse o servidor que for

 julgado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.

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A reversão pode ser de duas formas:

Continuando as formas de provimento derivado:

•É a forma de provimento pela qual o servidor passa para cargo de maior responsabilidade emaior complexidade de atributos.

PROMOÇÃO

•É a investidura do servidor que sofreu certas limitações físicas ou mentais, mas não ficouinválido.

READAPTAÇÃO

•É o retorno do servidor aposentado ao cargo anteriormente ocupado na ativa.

REVERSÃO

REVERSÃO

A PEDIDO

O aposentado solicita oretorno

Deve haver cargo vago einteresse da Administração

DE OFÍCIO

Aposentado por invalideztem por junta médica o

retorno autorizado

Caso haja ou não cargovago, o servidor ficará em

disponibilidade

•É o reingresso do servidor em disponibilidade em cargo de atribuições e vencimentoscompatíveis com o que detinha anteriormente.

APROVEITAMENTO 

•É o retorno do servidor estável a cargo anteriormente ocupado por motivo de reprovação doestágio probatório em novo cargo ou por reintegração do antigo ocupante do cargo.

RECONDUÇÃO 

•É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, por força de invalidação judicialou administrativa da sua demissão.

REINTEGRAÇÃO 

OBSERVAÇÃO: Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

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Vamos explicar os provimentos, de forma que você os entenda com tranquilidade. A ideia é que

você grave essas palavrinhas mágicas: ARERE NO PRERE. Aqui, vamos encontrar todas as formas deprovimentos de forma abreviada: aproveitamento, readaptação, reversão, nomeação, promoção,

recondução, reabilitação.

ARERE NO PRERE

APROVEITAMENTO

READAPTAÇÃO

REVERSÃO

NOMEAÇÃO

PROMOÇÃO

RECONDUÇÃO

REINTEGRAÇÃO

ESTABILIDADE

A estabilidade é a prerrogativa adquirida pelo servidor público, previamente aprovado em concurso

público, depois de completados três anos de efetivo exercício das atribuições para as quais foi nomeado. Aestabilidade assegura ao servidor o direito de não perder o cargo público, exceto por meio de decisão

administrativa ou judicial transitada em julgado, ou seja, da qual não caiba mais recurso e outras restritas

hipóteses previstas em lei.

Já que estamos falando de estabilidade, vamos verificar em quais casos os servidores estáveis

podem perder seus cargos:

Se Liga!!

São estáveis após três anos de efetivo exercício os

servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em

virtude de concurso público.

237

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Neste momento, cumpre falarmos um pouco sobre o estágio probatório, que é o período que o novo

servidor tem para se tornar efetivo.

Repare que é pertinente você ficar atento quando a pergunta falar de estágio probatório. Referindo-se

à Lei nº 8.112/1990, o tempo será de 24 meses, conforme art. 20: “Ao entrar em exercício, o servidor

nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e

quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do

cargo, observados os seguintes fatores: assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e

responsabilidade.

Quando se tratar da Constituição Federal, estaremos falando de três anos de efetivo exercício, que

correspondem ao período de aquisição da estabilidade. Vale explicar que as avaliações de desempenho

serão feitas anualmente até a aquisição da estabilidade. Após, somente serão feitas quando a

Administração julgar necessário.

Fatores a serem apreciados no estágio probatório:

Produtividade

Responsabilidade

Iniciativa

Disciplina

Assiduidade

PERDA DO CARGO

Sentença Judicial transitada em

 julgado

Processo AdministrativoDisciplinar ‒ PAD -

(assegurada ampla defesa)

Avaliação de desempenho(assegurada ampla defesa)

Excesso de despesa com pessoal

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Caso o servidor não seja aprovado no estágio probatório, ele poderá:

Vacância

Existem outras formas dos quadros dos servidores ficarem vagos, a isso chamamos de vacância, ou

seja, o desprovimento ou esvaziamento do cargo público, seja este efetivo ou em comissão.

Na vacância, a exoneração poderá ser de duas formas:

Formas de Vacância

PEDRA P.FPromoção

Exoneração

Demissão

Readaptação

Aposentadoria

Posse em outro cargo

Falecimento 

Se estável Ser reconduzido ao cargoanteriormente ocupado

Se não estável Exonerado

Formas simultâneas de provimentoe vacância

Readaptaçãoe promoção

VACÂNCIA

SERVIDOR DECARGO EFETIVO

A pedido

De ofício

SERVIDOR DECARGO

COMISSIONADO

Livre nomeaçãoe livre

exoneração

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Bom, agora que acabamos de ver as formas de vacância, lembre-se de gravar a sigla PEDRA PF, o

que vai facilitar a sua vida. Vamos verificar outros processos pelos quais os servidores passam que não são

formas de provimento, nem de vacância.

REMOÇÃO/ REDISTRIBUIÇÃO

A remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com

ou sem mudança de sede.

Já a redistribuição é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago, no âmbito

do quadro geral de pessoal para outros órgãos ou entidades do mesmo Poder.

REMOÇÃO

DE OFÍCIOInteresse da

Administração

A PEDIDO

Independe do Interesseda Administração

Acompanhar cônjugue,deslocá-lo no interesse;

Motivo de saúde;

Processo Seletivo.

A critério daAdministração

DESLOCAMENTO DOSERVIDOR

Redistribuição (preceitos)

Deslocamento do Cargo 

Interesse da Administração

Equivalência de vencimentos.

Manutenção da essência dasatribuições do cargo.

Vinculação entre os graus decomplexibilidade.

Mesmo nível de escolaridade.

Compatibilidade entre as atribuiçõesdo cargo e as finalidades institucionais

do orgão ou entidade.

Remoção com mudança de sede: min. 10 dias e máx. 30 dias para chegar

na nova sede, não observando esse prazo, o servidor deverá devolver as

custas do descolamento no prazo de 5 dias. 

240

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SUBSTITUIÇÃO

Os titulares de cargos em comissão, função de confiança ou cargo de natureza especial contarão

com substitutos em caso de impedimento, afastamento ou vacância. Caberá ao regimento interno das

entidades ou órgão, ou, em caso de comissão, à máxima autoridade da respectiva entidade indicar os

interinos.

SE LIGA!!!

Redistribuição

Deslocamento do cargo de ofício.

Remoção

Deslocamento do servidor (a pedido ou de ofício).

241

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Capítulo XI ‒ Lei nº 8.112/1990 – 1ª Parte

QUESTÕES

1-IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros

Assinale a proposição correta, em relação aos servidores contratados pela Administração, por tempodeterminado, medianteseleção pública simplifcada, para atender a necessidade temporária de excepcionalinteresse público:a) Ocupam cargos públicos efetivos.

b) Ocupam cargos públicos em comissão.

c) Desempenham função pública.

d) Ocupam empregos públicos.

2-VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor PúblicoOs cargos, empregos e funções públicas são acessíveis.

a) aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma

da lei.

b) aos brasileiros e aos estrangeiros, igualmente, nos termos específicos previstos nas leis de cada ente

federativo.

c) aos brasileiros que preencham os requisitos previstos em lei, excluindo-se qualquer forma de acesso por

estrangeiros.

d) aos brasileiros que preencham os requisitos legais e aos estrangeiros, se houver reciprocidade em favor

dos brasileiros no exterior.

3-CONSULPLAN - 2015 - TRE-MG - Técnico Judiciário - Contabilidade

Como regra geral, o serviço público é desempenhado por aqueles que exercem cargos públicos ou funçãode confiança. No que se refere ao efetivo desempenho das atribuições dos cargos públicos ou da função deconfiança, é correto afirmar que estas se darão no:

a) prazo de 30 dias, a partir da publicação do ato de provimento.b) prazo de 15 a 45 dias, contados a partir do ato de remoção, no caso do servidor removido para exercício

em outro município.

c) prazo de 30 dias, contados a partir da data da posse do servidor público, ou a partir da data do ato de

designação da função de confiança.

d) prazo de 15 dias, a partir da data da posse do servidor público, ou a partir da data de publicação do

ato de designação da função de confiança.

4-CONSULPLAN - 2015 - TRE-MG - Técnico Judiciário - Programação

Como regra geral, o serviço público é desempenhado por aqueles que exercem cargos públicos ou função

de confiança. No que se refere ao efetivo desempenho das atribuições dos cargos públicos ou da função de

confiança, é correto afirmar que estas se darão no.

a) prazo de 30 dias, a partir da publicação do ato de provimento.

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b) prazo de 15 a 45 dias, contados a partir do ato de remoção, no caso do servidor removido para exercício

em outro município.

c) prazo de 30 dias, contados a partir da data da posse do servidor público, ou a partir da data do ato de

designação da função de confiança.

d) prazo de 15 dias, a partir da data da posse do servidor público, ou a partir da data de publicação do atode designação da função de confiança.

5-IESES - 2015 - IFC-SC - Professor - DireitoReferente à Lei nº 8.112 de 11 de dezembro de 1990, marque “V” para as afirmativas verdadeiras e “F”

para as afirmativas falsas:

( ) Art. 12. O concurso público terá validade de 02 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, porigual período.( ) Art. 20 Parágrafo 2º. O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável,reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.( ) Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado oude processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.( ) Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniáriaspermanentes estabelecidas em Lei.( ) Parágrafo Único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento afavor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida emregulamento.

A alternativa correta é:

a) V, V, V, V, V.b) V, V, V, V, F.c) V. V, F, V, V.d) F, V, V, V, F.

6-FUNIVERSA - 2015 - UEG - Analista de Gestão AdministrativaA valorização do servidor público e o reconhecimento do mérito como referência para o Serviço Público noBrasil estão contemplados na Constituição Federal e se materializam por meio:

a) da ascensão funcional.

b) de percentual mínimo de cargos em comissão, de livre nomeação.c) da contratação por tempo determinado quando essa modalidade for mais conveniente para o gestor.d) da aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos.e) da prioridade conferida aos novos concursados para assumirem cargos quando houver candidatos deconcursos cujo prazo de validade foi prorrogado.

7-PR-4 Concursos - 2015 - UFRJ - Auxiliar administrativoO concurso público de provas ou de provas e títulos é obrigatório para a nomeação em cargos deprovimento efetivo da administração pública federal. Sobre a investidura e o provimento de cargospúblicos na UFRJ, assinale a alternativa correta:

a) À UFRJ é vedado o provimento de cargos com estrangeiros, uma vez que a nacionalidade brasileira érequisito básico para investidura em cargo público.

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b) O aproveitamento é uma forma de provimento de cargo público.c) Para ingressar em um cargo efetivo na UFRJ, o candidato deverá ter o nível de escolaridade exigido parao exercício do cargo até o fim do estágio probatório.d) A aptidão física e mental não é considerada requisito básico de investidura em cargo público, uma vez

que às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público dequalquer cargo.e) A investidura em cargo público ocorrerá com a nomeação.

8-CIEE - 2015 - AGU - Estágio - DireitoCom relação ao prazo de validade do concurso público, assinale a alternativa correta.a) Será de até 2 (dois) anos, prorrogável uma vez por igual período.b) Será de até 1 (um) ano, prorrogável por igual período.c) Será de até 3 (três) anos, prorrogável por igual período.d) Será de até 18 (dezoito) meses, prorrogável uma vez por igual período,

9-UFES - 2015 - UFES - Técnico de ContabilidadeDe acordo com a Constituição Federal, sobre o prazo de validade de um concurso público, é CORRETOafirmar:

a) Será de até três anos, prorrogável uma vez, por igual período.b) Será de até dois anos, prorrogável uma vez, por prazo fixado livremente pela Administração.c) Será de, no máximo, um ano e é prorrogável.d) Será de até um ano, prorrogável uma vez, por período nunca superior a um ano.e) Será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período.

10-FUNIVERSA - 2015 - UEG - Analista de Gestão AdministrativaDe acordo com a Lei n.º 10.460/1988, o retorno à atividade do funcionário aposentado por invalidez,quando insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria, considerada sempre a existência devaga, é denominado:

a) readaptação.b) aproveitamento.c) admissão.d) vacância.e) reversão.

11-FUNIVERSA - 2015 - UEG - Analista de Gestão AdministrativaA reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de suatransformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, comressarcimento de todas as suas vantagens, é denominada

a) recondução.b) admissão.c) demissão.d) aproveitamento.e) reintegração.

12-COVEST-COPSET - 2015 - UFPE - Auxiliar administrativoSobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e das fundações públicas

federais (Lei 8.112/90 e atualizações), conforme o disposto no Título II (Do provimento, vacância, remoção,

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redistribuição e substituição) e o disposto no Título III (Dos direitos e vantagens), assinale a alternativacorreta.

a) Readaptação constitui-se como retorno à atividade de servidor aposentado.

b) A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargoresultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial.c) Remoção é o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geralde pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder.d) O servidor perderá a remuneração do dia em que faltar ao serviço, mesmo que por motivo justificado,por se tratar de agente público, o que o obriga a comparecer ao serviço.e) Quando um pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, areposição será feita mediante parcelamento, num período mínimo de 2 (dois) ou no máximo 4 (quatro)meses.

13-CS-UFG - 2015 - AL-GO - ProcuradorRelativamente às formas de provimento de cargo público contidas na Lei n. 8.112/1990,

a) reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado ou no interesse da administração, atendidos osrequisitos legais, e trata-se de forma de provimento originário de cargo público.b) aproveitamento é o retorno à atividade de servidor em disponibilidade obrigatoriamente em cargo deatribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado, tratando-se de forma deprovimento derivado.c) reintegração, forma de provimento derivado, é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormenteocupado e decorrerá de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou recondução doanterior ocupante.d) recondução é a reinvestidura do servidor no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante desua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão judicial, com ressarcimento de todas asvantagens, como provimento originário.

14-FGV - 2015 - TJ-BA - Analista Judiciário - ContabilidadeRafael, servidor público estadual ocupante de cargo efetivo, foi demitido. Inconformado, ajuizou ação

 judicial e obteve a anulação de sua demissão, porque não foram observados o contraditório e a ampladefesa no curso do processo administrativo disciplinar. O retorno de Rafael ao cargo efetivo de origem, porforça de decisão judicial transitada em julgado, é conhecido como:

a) aproveitamento;b) reintegração;c) recondução;d) readaptação;e) recolocação.

15- CESPE - 2015 - FUB - Assistente em AdministraçãoCom referência às disposições do regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei n.º8.112/1990), julgue o item que se segue.Considere que determinado servidor público tenha sido investido em novo cargo, compatível com as suaslimitações decorrentes de acidente de trânsito. Nessa situação, é correto afirmar que o referido servidorestá em provimento originário.( )Certo ( )Errado

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16-IESES - 2015 - IFC-SC - Professor - DireitoReferente à Lei nº 8.112 de 11 de dezembro de 1990, marque “V” para as afirmativas verdadeiras e “F”

para as afirmativas falsas:

( ) Art. 12. O concurso público terá validade de 02 (dois) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, porigual período.( ) Art. 20 Parágrafo 2º. O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável,reconduzido ao cargo anteriormente ocupado.( ) Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado oude processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.( ) Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniáriaspermanentes estabelecidas em Lei.( ) Parágrafo Único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento afavor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida emregulamento.A alternativa correta é:a) V, V, V, V, V.b) V, V, V, V, F.c) V. V, F, V, V.d) F, V, V, V, F.

17-FGV - 2015 - Prefeitura de Cuiabá - MT - Técnico em radiologiaApós aprovação em concurso público, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo só adquireestabilidade depois do estágio probatório, que corresponde a um período de

a) 24 meses.b) 30 meses.c) 36 meses.d) 42 meses.e) 48 meses.

18-MPT - 2015 - MPT - Procurador do trabalhoAssinale a alternativa INCORRETA:

a) O STF tem precedente atual de que o empregado de empresa pública ou sociedade de economia mistaprestadora de serviço público, apesar de não ser beneficiário de estabilidade, deve ter seu ato de dispensamotivado, para gozar de validade.b) Segundo a jurisprudência sumulada do STF, a exoneração de servidor público estatutário em estágioprobatório não depende de prévio procedimento de apuração, tendo em vista que ainda não adquiriu aestabilidade.c) Segundo a jurisprudência predominante no TST, a despedida de empregado de empresa pública ou desociedade de economia mista exploradora de atividade econômica, mesmo admitido por concurso público,não precisa ser motivado para gozar de validade.d) Apesar do art. 41 da Constituição da República, alterado pela EC n. 19/1998, destinar a estabilidade aosservidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, a jurisprudênciapredominante do TST é firme no sentido de que o servidor público celetista da administração direta,autárquica ou fundacional também é beneficiário da estabilidade prevista naquele dispositivoconstitucional.e) Não respondida.

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19-MPT - 2015 - MPT - Procurador do trabalhoAnalise e responda em quais destas hipóteses o servidor público estável PODERÁ perder o cargo:

1) Em razão de eleição para cargo eletivo.

2) Em virtude de sentença judicial transitada em julgado.3) Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.4) Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,assegurada ampla defesa.

Marque a alternativa CORRETA:a) apenas nas hipóteses 2, 3 e 4;b) apenas nas hipóteses 1, 2 e 3;c) apenas nas hipóteses 2 e 3;d) em todas as hipóteses.e) Não respondida.

20-FGV - 2015 - SSP-AM - Técnico de Nível SuperiorLeandro, servidor público estadual estável ocupante de cargo efetivo, praticou grave falta funcional punívelcom pena de demissão. De acordo com a Constituição da República de 1988, Leandro poderá perder ocargo em virtude de:

a) sentença judicial contra a qual caiba recurso com efeitos devolutivo e suspensivo;b) processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;c) sindicância sumária em que lhe sejam assegurados contraditório e ampla defesa;d) decisão da autoridade administrativa devidamente fundamentada, independentemente de prévioprocesso administrativo;e) decisão da autoridade judicial devidamente fundamentada, independentemente de prévio processo

 judicial ou administrativo.

21-FGV - 2015 - SSP-AM - Técnico de Nível SuperiorFabrício é servidor público estadual estável, mas, por força de nova lei, seu cargo efetivo acaba de serextinto. De acordo com o regime jurídico previsto no texto constitucional sobre o tema, Fabrício:

a) ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de contribuição, até sua adequadareintegração em outro cargo, de carreira diversa;b) será imediatamente reintegrado em outro cargo de similar natureza e remuneração;c) ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequadoaproveitamento em outro cargo;d) será imediatamente readaptado em outro cargo de similar natureza e remuneração;e) será imediatamente exonerado, sem prejuízo aos cofres públicos, pelo princípio da supremacia dointeresse público.

22-FUNRIO - 2015 - IF-PI - Assistente em AdministraçãoVacância é a ausência de titular no cargo público que decorre, dentre outros, pelos seguintes fatores:

a) exoneração e aposentadoria.b) promoção e nomeação.c) reintegração e demissão.d) aproveitamento e nomeação.

e) nomeação e readaptação.

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23-FUNDEP - 2014 IFN-MG - Analista de Tecnologia da InformaçãoServidor público da União, efetivo e estável, Jorge foi demitido do cargo mediante condenação emprocesso administrativo pela prática de falta grave. Inconformado, Jorge ajuíza ação judicial e obtémdecisão definitiva do Poder Judiciário que anula a demissão e determina o seu retorno ao cargo

anteriormente ocupado.

Na hipótese, o retorno de Jorge ao referido cargo dar-se-á por :a) nomeação.b) reintegraçãoc) reconduçãod) aproveitamento.

24-IESES - 2014 - IFC-SC - Técnico de Segurança do TrabalhoSão formas de provimento de cargo público, EXCETO:

a) Redistribuição.b) Reintegração.c) Aproveitamento.d) Nomeação.

25-FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) Técnico JudiciárioA Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) trata da importância da apresentação dadeclaração de bens e valores pertencentes ao patrimônio privado do agente público. De acordo com areferida lei, trata-se de condição para

a) a nomeação e a posse.b) a posse, apenas.c) o exercício, apenas.d) a nomeação, apenas.e) a posse e o exercício.

26-PR-4 Concursos - 2015 - UFRJ - Auxiliar de EnfermagemMaria é servidora da UFRJ no cargo de Auxiliar em Administração há cinco anos. Em 2015, Maria prestouconcurso para o cargo de Assistente em Administração, também na UFRJ, e foi aprovada e classificadadentro do número de vagas ofertado no Edital. A investidura de Maria no novo cargo será realizada pormeio de:a) promoção.b) adaptação.c) posse.d) nomeação.e) aproveitamento.

27-CETRO - 2014 - IF-PR - Auxiliar de BibliotecaDe acordo com a Lei nº 8.112/1990, quando o servidor, a pedido, desloca-se para outra localidade pormotivo de saúde, condicionada à comprovação por junta médica oficial, é correto afirmar que se trata de

a) remoção.b) redistribuição.c) readaptação.

d) recondução.e) nomeação.

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28-IDECAN - 2014 - AGU - Agente AdministrativoCom base na Lei nº 8.112/90, a investidura em cargo público ocorre com o(a)

a) posse.

b) exercicio.c) nomeação.d) recondução.e) aproveitamento.

29-FUNRIO - 2014 - IF-PI - Assistente em AdministraçãoO provimento, como ato de preenchimento de cargo público, pode ser originário ou derivado. Constituiforma de provimento originário

a) a promoção.b) a transferência.c) a remoção.d) a nomeação.e) a reintegração.

30-FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - AdministraçãoPedro, servidor público estadual do Poder Executivo, foi injustamente demitido por falta grave, apósprocesso administrativo disciplinar, sendo acusado de receber propina. Pedro buscou assistência jurídica naDefensoria Pública e, após longo processo judicial, que durou quatro anos, o Poder Judiciário reconheceuque Pedro não praticara o ato que lhe fora imputado, determinando seu retorno ao serviço, comressarcimento dos vencimentos e vantagens, bem como reconhecimento dos direitos ligados ao cargo. Onome dado à forma de provimento de cargo determinada na decisão judicial é:a) nomeação.b) retorno.c) aproveitamento.d) reintegração.e) readaptação.

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Capítulo XII

LEI Nº 8.112/1990 – 2ª PARTE

Direitos e Vantagens

Neste capítulo, continuaremos comentando a Lei nº 8.112/1990, falando agora dos direitos e vantagens

do servidor público. O primeiro deles é sobre a remuneração, e isso muito nos interessa. Vamos lá!

Vencimento

É a retribuição pecuniária pelo exercício do

cargo público, com valor fixado em lei.

Remuneração

É o vencimento do cargo efetivo, acrescido dasvantagens pecuniárias permanentes.

   P   E   R   D   A

   D   O

   V   E   N   C   I   M   E   N   T   O

Remuneração dos dias emque faltar o serviço sem

motivo.

Perderá parcela daremuneração

proporcional nos atrasos,ausências justificadas e

saídas antecipadas, salvona hipótese de

compensação do horário,até o mês subsequente aoda ocorrência, a ser

estabelecida pela chefiaimediata.

   N   ã   o   p

   e   r    d   e   r    á   a   r   e   m   u   n   e   r   a   ç   ã   o   a   s

   s   e   g   u   i   n

   t   e   s   C   o   n   c   e   s   s   õ   e   s    (   a   r   t .   9   7    ) .

   A   u

   s   e   n   t   a   r    –   s   e    d   o   s   e   r   v   i   ç   o   :

1 (um) dia para doação desangue

2 (dois) dias para se alistarcomo eleitor

Por 8 (oito) diasconsecutivos, em razão de:

Casamento;

Falecimento do cônjuge,companheira, pais,

madrastas ou padastros,filhos, menores sob guarda.

Nenhum servidor receberá remuneração inferior

ao salário mínimo.

As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou

de força maior poderão ser compensadas a critério da

chefia imediata.

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Como já falamos, as indenizações não se incorporam ao vencimento, porque têm caráter

temporário. Vamos entender cada uma delas.

Ajuda de custo

Visa a compensar as despesas de instalação do servidor que, removido no interesse do serviço,tiver que mudar de domicílio em caráter permanente para que seja possível o exercício na nova sede. Casoo servidor tenha cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor, é proibido o duplopagamento da ajuda de custo.

Isso porque correm por conta da Administração as despesas de transporte do servidor e de suafamília, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais.

Cumpre destacar que o valor da ajuda de custo é calculado sobre o valor da remuneração doservidor e não poderá exceder ao equivalente a três meses de remuneração.

Em caso de falecimento do servidor na nova sede, são assegurados à família a ajuda de custo etransporte para a localidade de origem, no prazo de um ano contado do óbito.

Não será concedida a ajuda de custo na hipótese de afastamento ou reassunção do servidor, emrazão de mandato eletivo.

Diária

É o caso de indenização destinada a compensar gastos de servidor que, a serviço, se afastar emcaráter eventual ou transitório, para outro ponto do território nacional ou para o exterior, visando aressarcir os gastos com despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana. 

VANTAGENS

IndenizaçõesNão se incorporam ao

vencimento ou provento.

GratificaçõesIncorporam-se ao vencimento

ou provento, nos casos econdições indicados em lei.

Adicionais

INDENIZAÇÃO

Ajuda de Custo

Diárias

Transporte

Auxílio –Moradia

O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo 

quando, injustificadamente, deixar de se apresentar na

nova sede no prazo de 30 dias.

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Se não houver pernoite, será pago apenas a metade da diária. Nos casos em que o deslocamentoda sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias. O mesmo acontece aoservidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, ou

seja, esses também não farão jus à diária, salvo se houver pernoite.

Indenização de Transporte

É a mais simples das indenizações, pois visa a ressarcir o servidor das despesas com a utilização de

meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do

cargo.

Auxílio –Moradia

Essa indenização destina  –se a compensar os gastos com aluguel ou serviços de hotelaria, em

hipóteses em que o servidor é requisitado a ocupar cargo em comissão ou em função de confiança, cargosde natureza especial, cargo de ministros de Estado ou equivalentes, com mudança de residência, porémexistem alguns requisitos:

Diária

Despesas com pousada, alimentação elocomoção urbana.

Afastamento da sede em caráter eventual

ou transitório.

A serviço.

O prazo de restituição é de cinco dias. Casoreceba e não faça uso, terá de restituir.

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Gratificações e Adicionais

As vantagens e gratificações são devidas ao servidor nas hipóteses previstas na Lei nº 8.112/1990 epodem consistir em retribuição por exercício de cargo em comissão ou função de confiança, e gratificaçãonatalina ou por encargo de curso ou concurso. Cumpre destacar que podem ou não ser incorporadas àremuneração do servidor, de acordo com o critério de permanência ou não de sua percepção.

AUXÍLIO –MORADIA

REQUISITOS

Caso não exista imóvel funcional para uso pelo servidor;

O cônjugue ou companheiro do servidor não ocupar imóvel funcional;

Se, nos últimos 12 meses que antecederam a nomeação, o servidor ou seu companheiro não seja ou tenha sidoproprietário, ou promitente –comprador, ou cessionário de imóvel no Município onde for o cargo;

Nenhuma outra pessoa que resida com o servidor perceba auxílio –moradia;

O servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança;

O servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze meses, onde for exercer ocargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando –se prazo inferior a 60 dias dentro desse período;

O auxílio –moradia não será concedido por prazo superior a oito anos dentre cada período de doze anos;

O valor mensal do auxílio –moradia é limitado a 25% do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargode Ministro de Estado ocupado;

O valor não pode superar 25% do salário do Ministro de Estado.

RetribuiçãoPor exercício de cargo em comissão ou

função de confiança.

Em caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à

disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio  – moradia continuará

sendo pago por um mês.

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Gratificação por encargo de curso ou concurso é devida em caráter eventual, nas seguintes hipóteses:

  Atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmenteinstituído no âmbito da Administração Pública federal.

  Participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, paracorreção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento derecursos intentados por candidatos.

  Participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de

planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades

não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes.

  Participar da aplicação, fiscalização ou avaliação de provas de exame vestibular ou de concurso

público ou supervisionar essas atividades.

GRATIFICAÇÃO

NATALINA

Consiste no 13º salário, que deve ser pago até o dia 20 de dezembro decada ano.

Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor

fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício do respectivo ano. Afração superior a 15 dias será considerada como mês integral.

O servidor exonerado deverá perceber sua gratificação em valorproporcional aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do

mês da exoneração.

ADICIONAIS

Por insalubridade

Aqueles que exercem com habitualidade trabalhos em condiçõesinsalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas.

Exemplo: operador de Raio X.

Por periculosidade

É devido ao servidor que coloca em risco sua integridade física ourazão de exercício de suas funções. Exemplo: servidor que trabalha

com rede de alta tensão.

Por penosidade

É pago de acordo com a localidade em que o servirdor é lotado.Servidor que fica em zona de fronteira ou em localidades cujas

condições de vida sejam precárias.

O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de

periculosidade deverá optar por um deles, porém, quando a condição cessar ou o

risco acabar, o mesmo acontece com o adicional. Ou seja, deixará de recebê-lo.

255

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Férias

Cabem, aqui, alguns adendos sobre esse tema, que é muito mencionado em prova.

No primeiro período aquisitivo de férias, serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.

É vedado ao servidor público converter parte de suas férias em abono pecuniário.

As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, a critérioda Administração.

Em caso de necessidade de serviço, as férias poderão ser acumuladas até no máximo de 2 (dois)períodos.

As férias poderão ser interrompidas por motivos de: calamidade pública, comoção interna e convocaçãopara Júri, serviço militar ou eleitoral e necessidade de serviço.

LICENÇA

Agora vamos falar de licenças. Deixemos de lado a remuneração e vamos para a parte em que aAdministração Pública concede ao servidor público a possibilidade de se afastar da sua função laboral. Aslicenças são, pelo menos, de 10 tipos diferentes. Elas serão concedidas em um prazo de 60 (sessenta) diasdo término de outra da mesma espécie, será considerada como prorrogação.

ADICIONAIS

Prestação de serviços extraordinários

É a conhecida hora –extra. Não será admitido pelaAdministração Pública que o servidor exerça acima de 2

horas por jornada.

O serviço extraordinário deve ser entendido comoexcepcional, visando a atender interesse público

temporário.

Acréscimo de 50% sobre o valor normal de trabalho.  

Serviço noturno

É aquele prestado em horário compreendido entre as 22horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. Acréscimo de

25% sobre o valor –hora convencional. A hora noturnacorresponde a 52 minutos e 30 segundos.

Férias e Adicional de Férias

O gozo de férias anuais será remunerado com 1/3 a mais dosalário. 

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Licença por motivo de doença em pessoa da família

Comprovação de parentesco familiar, por meio de atestado médico oficial e avaliação pela juntamédica, somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser

prestada simultaneamente com o exercício do cargo, ou mediante compensação de horário. Seráconcedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até 30 dias, podendo ser prorrogada por atémais 30 dias. Acima dos 60 dias, a licença será concedida sem remuneração até o prazo máximo de 90 dias.Contar  –se  –á apenas para fins de aposentadoria e disponibilidade o período de Licença por Motivo deDoença em Pessoa da Família, com remuneração. A contagem do interstício será interrompida nos casos delicença sem remuneração. É vedado o exercício de atividade remunerada durante este período. Ao servidorem Estágio Probatório, o Estágio ficará suspenso durante a Licença e será retomado a partir do término doimpedimento.

Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro

Licença para serviço militar

Licença por motivo deafastamento do cônjuge ou

companheiro 

Acompanhar cônjuge ou companheirodeslocado para outro ponto do território

nacional.

Para o exterior ou para exercício demandato classista ou legislativo.

Sem tempo determinado.

LICENÇA PARA SERVIÇOMILITAR

Servidor que for convocado para exercer serviço militar;

O período de licença será considerado como de efetivoexercício;

Findo o prazo do Exercício, o servidor tem o prazo de 30dias sem remuneração para reassumir o cargo.

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Licença para atividade política 

Licença para capacitação (antiga licença –prêmio)

LICENÇA PARAATIVIDADE POLÍTICA

Trata-se da licença na qual o servidorpretende atuar como agente político.

Sem remuneração no período quemediar entre a sua escolha em

convenção partidária e as vésperas dainscrição na Justiça Eleitoral.

Esse período não serácomputado paraaposentadoria.

Com remuneração do respectivoregistro na Justiça Eleitoral até o

décimo dia após o pleito, ser -lhe-áassegurada remuneração por até três

meses.

Esse período serácomputado como

aposentadoria.

LICENÇA PARACAPACITAÇÃO

(ANTIGA LICENÇAPRÊMIO)

A cada cinco anos de efetivo exercício, oservidor poderá, no interesse da Administração, se

ausentar por até três meses para participar de curso decapacitação profissional.

Sem prejuízo de remuneração.

OBSERVAÇÃO:

Não existe mais, no serviço público federal, a licença –

prêmio .por assiduidade.

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Licença para tratamento de interesse particular

Licença para desempenho de mandato classista

Licença à gestante, à adotante e paternidade

A licença à servidora gestante será concedida por 120 dias consecutivos, sem prejuízo daremuneração. Pode ter início a partir do 1º dia do nono mês de gestão, podendo ser antecipado porprescrição médica. Se ocorrer nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto e no caso denatimorto, a servidora será submetida à inspeção médica após 30 dias do ocorrido. Em caso de aborto,deve ser atestado por médico oficial, e a servidora terá 30 dias de repouso remunerado.

A licença à adotante será concedida à servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criançacom até 1 (um) ano de idade. Nesse caso, terá direito a 90 dias de licença remunerada.

Já a Licença Paternidade será concedida ao servidor em decorrência de nascimento ou adoção defilhos e será pelo prazo de 5 (cinco) dias.

Licença para tratamento deinteresse particular

(Essa licença não poderá serexercida pelo servidor em

estágio probatório) 

Servidor ocupante de cargo efetivo poderáficar de licença, pelo prazo de até três

anos consecutivos.

Administração autoriza segundooportunidade e conveniência.

Semremuneração

Podendo ser interrompida pelo servidorou ex officio pela Administração Pública a

qualquer momento.

Licença paradesempenho de

mandato classista

Quando o servidor for eleito para diretoria dosindicado, conselho de fiscalização, associção

classista, federação, confederação, gerência ouadministração de cooperativa.

Sem remuneração.

Prazo do afastamento equivale ao tempo deduração do mandato, podendo ser prorrogado

uma única vez.

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Licença por acidente em serviço

Será devida nos casos em que o servidor se acidentar em serviço, caracterizando-se como tal tododano físico ou mental sofrido pelo servidor que tenha relação mediata ou imediata com as atribuições docargo exercido. Decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo,sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa, a prova do acidente será feita no prazo de10 (dez) dias com remuneração integral. Será feita por junta médica para autorizar o servidor serremunerado, a mesma junta pode autorizar quando não existente na rede pública, tratamento em

instituições particulares.

LICENÇA

Gestante120 dias

consecutivosCom

remuneração

Natimorto

Por 30 dias, submetida aomédico e julgada apta

reassumirá o cargo;

Nascido porparto, pode sertirada no início

do nono mês degestação;

Prematuro

A partir doParto;

Aborto atestado pelomédico e, se julgado

apto, reassumirácargo.

AdotanteAté 1 ano (90

diasconsecutivos)

Acima de1 ano

(30 dias)

PaternidadeNascimentoou Adoção

5 dias

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AFASTAMENTO

Para servir em outroorgão ou entidade

Servidor será cedidopara exercício de

cargo em comissão oufunção de confiança

Casos previstos em lei

específica

Para o exercício demandato eletivo

Tratando –se de

mandato eletivofederal, estadual ou

distrital, ficaráafastado de seu

cargo, emprego oufunção.

Investido no mandatode prefeito, será

afastado do cargo,emprego ou função,sendo –lhe facultado

optar pela suaremuneração

Investido no mandatode vereador, havendo

compatibilidade dehorários, perceberá

as vantagens de seucargo, emprego oufunção, sem prejuízoda remuneração docargo eletivo e, não

havendocompatibilidade, seráaplicada a norma do

inciso anterior.

Para estudo ou missãono exterior

Somente se houverautorização doPresidente da

República, da Câmara,do Senado, ou do STF.

A ausência não poderáexceder quatro anos.

Somente apósdecorrido igual

período, pode se teroutra por

afastamento.

Para servir organismointernacional de queo Brasil participe oucoopere, dar –se –à

com a perda daremuneração.

Para participação emprograma de pós – graduação stricto

sensu no país

Não pode ocorrersimultaneamente com

o exercício do cargoou mediante

compensação dehorário

O dirigente máximode orgão ou entidadedecidirá quem pode ecomo pode participarde programa de pós – 

graduação

O afastamentosomente será

concedido se oservidor for titular de

cargo efetivo norespectivo órgão ou

entidade por trêsanos (no caso deafastamento para

mestrado) e quatroanos (no caso de

doutorado), incluindoo período de estágio

probatório. Nãopoderá ainda ter seafastado para tratar

de assuntosparticulares, para

gozo de licençacapacitação ou para

participar emprograma de pós – graduação stricto

sensu no país nos 2(dois) anos anteriores à data da solicitação

de afastamento.

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Após o afastamento para quaisquer dos cursos, o servidor deverá permanecer no exercício de suasfunções por igual período ao afastamento concedido. Caso o servidor venha solicitar exoneração do cargoou aposentadoria, antes de cumprido o período previsto, este deverá ressarcir o órgão ou a entidade novalor referente aos gastos com seu aperfeiçoamento. O mesmo acontecerá com aqueles que não

comprovarem a obtenção do título ou grau que justificou o seu afastamento, salvo nos casos de forçamaior ou caso fortuito.

Aos servidores estudantes são assegurados os seguintes direitos:

 – horário especial no caso de incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição;

 –  caso o servidor seja deslocado com mudança de sede no interesse da Administração, o mesmo teráassegurada a matrícula em estabelecimento de ensino. Porém, deve ser cumprida toda a carga horária detrabalho.

A concessão de horário especial

É estendida ao servidor portador de deficiência. Nesse caso, será independente de compensação de

horário. Essa mesma concessão se estende a quem tem dependente portador de deficiência física.

As concessões, que poderão ser concedidas sem prejuízo no efetivo exercício, são as seguintes:

TEMPO DE SERVIÇO

É contado, para todos os efeitos, otempo de serviço público federal,

inclusive o prestado às Forças Armadas.

A apuração de tempo de serviço seráfeita em dias, que serão convertidos emanos, considerado o ano como de 365

dias.

1 dia para doação de sangue

2 dias para alistar –se como eleitor

8 dias consecutivos em razão de casamento ou falecimento

Casamento ou falecimento: do cônjugue, do companheiro, dos pais, da madastra, do padastro, dos filhos, dosenteados, dos menores sob sua guarda ou tutela dos irmãos.

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Repare que, além das ausências ao serviço, há outros afastamentos não considerados como de

efetivo exercício, ou seja, que contam como tempo trabalhado.

AFASTAMENTOS CONSIDERADOS COMO DE EFETIVO EXERCÍCIO

Férias

Exercício de cargo em comissão ou equivalente, em orgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios ou DistritoFederal.

Exercício de cargo ou função de governo ou Administração em qualquer parte do território nacional por nomeação de Presidenteda República.

Participação em programa de treinamento regular.

Desempenho de mandato eletivo Federal, Estadual, Municipal ou Distritral; exceto para promoção por Júri e outros serviçosobrigatórios por lei.

Missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento (Lei nº 9.527, de 10 dedezembro de 1997).

Licença à gestante, à adotante e à paternidade para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 meses cumulativos aolongo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo. Para desempenho de mandato classistaou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviço a seusmembros, execeto para efeito de promoção por merecimento. Por motivo de acidente em serviço ou doença profissional, para

capacitação, por convocação militar.

Deslocamento para nova sede, o servidor removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório.

Participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no país ou no

exterior, conforme disposto em lei.

Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere.

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Essa parte da lei é basicamente decorrer os artigos. O mesmo irá acontecer quando falarmos do

tempo de serviço que será considerado para efeito de aposentadoria.

Logo, percebemos que o legislador, quando criou essa lei, se preocupou com todas as

possibilidades de aposentadorias, porém é vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestadoconcomitantemente com mais de um cargo ou função de órgão ou entidade dos Poderes da União, Estado,

Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

Podemos citar, como exemplo, o cidadão que se elegeu a vereador e trabalha em outro cargo público com

horário compatível, e que não poderá computar os dois períodos como tempo para aposentadoria.

PARA EFEITO DE APOSENTADORIA

Tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal.

A licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, comremuneração.

Licença para atividade política.

Tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual,municipal ou distrital anterior ao ingresso no serviço público federal.

Tempo de serviço em atividade privada vinculada à Previdência Social.

O tempo de licença de tratamento da própria saúde.

OBSERVAÇÃO:

O tempo em que o servidor esteve aposentado será

contado apenas para nova aposentadoria e será

contado em dobro o tempo de serviço prestado às

Forças Armadas em operação de guerra.

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Direito de petição

Terminada a parte que trata do tempo de serviço, verificamos agora mais um direito previsto na lei, queé o de petição, o qual assegura ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito

ou interesse legítimo, com objetivo de obter uma informação ou esclarecimento de uma situação.O requerimento deverá ser dirigido à autoridade competente e encaminhado por meio daquele a quemestiver imediatamente subordinado o requerimento.

Se a resposta ao requerimento não for satisfatória ao pleito do requerente, poderá este efetuar pedidode reconsideração para que a decisão seja revista pela autoridade administrativa que a proferiu. Sendoeste negado, caberá recurso hierárquico à autoridade competente imediatamente superior.

Recurso hierárquico

É o recurso cabível a ser utilizado pelo servidor, quando do indeferimento de seu pedido dereconsideração ou das decisões de recursos sucessivamente interpostos. Tem como característica principalo fato de ser decidido pela autoridade imediatamente superior àquela que tiver expedido o ato ouproferido a decisão. O prazo para interposição de recurso, e mesmo do pedido de reconsideração, será de30 dias a contar da publicação do ato.

RECURSO HIERÁRQUICO

Hipóteses de cabimento

Quando

indeferido opedido de

reconsideração

Das decisões de

rercursossucessivamente

interpostos

Prazo para Interpor: 30 dias

Encaminhado por autoridade

superior ao requerente

SE LIGA!!

Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver

expedido o ato ou a primeira decisão. O pedido dereconsidera ão não ode ser renovado! 

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Então, como já foi dito, o servidor terá prazo de 30 dias a contar da publicação ou da ciência dadecisão para recorrer. Esse recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridadecompetente. E, em caso de provimento do pedido de reconsideração ou recurso, os efeitos da decisãoretroagirão à data do ato impugnado. Entretanto, esse direito de requerer também está sujeito à

prescrição.

Prescrição

A prescrição do direito de requerer ocorrerá em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e decassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantesdas relações de trabalho. Nos demais casos, o prazo prescricional será de 120 (cento e vinte) dias, salvoquando outro prazo for fixado em lei.

DIREITO DE REQUERER PRESCREVE

Em 5 anos

Quanto aos atos de:

Demissão e Cassaçãode aposentadoria.

De disponibilidade ou que afeteminteresses patrimoniais e créditos

resultantes da relação de trabalho.

Em 120 dias

Nos demais casos

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Capítulo XII – Lei nº 8.112/1990 – 2ª Parte

QUESTÕES

1-MPT - 2015 - MPT - Procurador do trabalhoAnalise as seguintes assertivas sobre o regime de remuneração dos servidores públicos:

1) Segundo a jurisprudência pacífica do STF, não cabe ao Poder Judiciário aumentar vencimentos deservidores públicos sob o fundamento de isonomia, cabendo apenas ao legislador concretizar este princípioconstitucional, observando na elaboração da norma a isonomia remuneratória entre servidores ocupantesde cargos com atribuições iguais ou assemelhadas.2) De acordo com a Lei n. 8.112/1990, o servidor público federal em débito com o erário, que for demitido,exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias paraquitar o débito.3) De acordo com a jurisprudência majoritária do TST, lei municipal que reduza vantagem trabalhista

inerente a determinado emprego público somente se aplica aos empregados que vierem a ser admitidosapós a edição da norma, tendo em vista que a condição mais benéfica integra o seu contrato de trabalho.4) Segundo a jurisprudência sumulada do TST, a vedação à equiparação salarial entre servidores públicos,por decisão judicial, não se aplica à sociedade de economia mista, pois essa entidade equipara-se aempregador privado, por força do disposto no art. 173, § 1º, inciso II, da Constituição da República.

Marque a alternativa CORRETA:a) todas as assertivas são corretas;b) apenas as assertivas 1 e 4 são corretas;c) apenas as assertivas 2 e 3 são corretas;d) apenas a assertiva 3 é correta.

e) Não respondida.

2-CAIP-IMES - 2015 - Consórcio Intermunicipal Grande ABC - Gestor PúblicoCorrem por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família,compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. À família do servidor que falecer na nova sede sãoassegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de:

a) 06 meses, contado do óbito.b) 04 meses, contado do óbito.c) 12 meses, contado do óbito.d) 03 meses, contado do óbito.

3-CAIP-IMES - 2015 - Consórcio Intermunicipal Grande ABC - Gestor PúblicoPreencha as lacunas abaixo com a alternativa correta.O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de ______ em relação à hora normal detrabalho. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e

 _____________, respeitado o limite máximo de ___ hora(s) por jornada.a) 50% – estáveis – 1b) 40% – temporárias – 1c) 50% – temporárias – 2d) 35% – estáveis – 2

4-FUNIVERSA - 2015 - UEG - Assistente de Gestão AdministrativaCom relação aos agentes públicos, assinale a alternativa correta.

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a) A proibição de acumulação de cargos públicos estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,direta ou indiretamente, pelo poder público.

b) Não viola a Constituição Federal de 1988 (CF) a vinculação ou equiparação de quaisquer espéciesremuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público.c) As funções de confiança podem ser ocupadas por não servidores, pois são de livre nomeação eexoneração e destinam-se às atribuições de direção, chefia e assessoramento.d) São imprescritíveis os ilícitos administrativos praticados por qualquer agente, servidor público ou não,que causem dano ao erário.e) É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria do regime próprio de previdência dosservidores públicos com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, mesmo em relação aoscargos eletivos e aos cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

5-UFMG - 2015 - UFMG - Bibliotecário DocumentalistaAnalise e responda a questão abaixo, de acordo com Lei nº 8.112, de 11/12/1990, e suas alterações.Constituem indenizações ao servidor, EXCETO:

a) Transporte.b) Ajuda de custo.c) Diáriasd) Auxílio alimentação

6-FCC - 2015 - CNMP - Técnico - AdministraçãoDe acordo com a Lei nº 8.112/90, a ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação doservidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio emcaráter permanente. Na hipótese do servidor se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandatoeletivo:

a) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder aimportância correspondente a seis meses.b) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder aimportância correspondente a dois meses.c) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder aimportância correspondente a três meses.d) não será concedida ajuda de custo havendo expressa vedação legal neste sentido.e) será concedida ajuda de custo correspondente ao valor fixo referente ao último mês da remuneração doservidor.

7-FCC - 2015 - CNMP - Analista - Gestão PúblicaDe acordo com a Lei nº 8.112/90, o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual outransitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diáriasdestinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoçãourbana, conforme dispuser em regulamento. Quando o deslocamento NÃO exigir pernoite fora da sede,

a) a diária é devida em 70%.b) a diária é devida pela metade.c) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, se o afastamento superar 20 quilômetros.d) não é devido o pagamento de diária.

e) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, se o afastamento superar 30 quilômetros.

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8-FCC - 2015 - CNMP - Analista - Desenvolvimento de SistemasDe acordo com a Lei no 8.112/90, o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual outransitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diáriasdestinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção

urbana, conforme dispuser em regulamento. Quando o deslocamento NÃO exigir pernoite fora da sede,

a) a diária é devida pela metade.b) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, se o afastamento superar 20 quilômetros.c) não é devido o pagamento de diária.d) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, se o afastamento superar 30 quilômetros.e) a diária é devida em 70%.

9-FUNRIO - 2015 - UFRB - Assistente em AdministraçãoCom relação às vantagens, vencimento e remuneração do servidor público federal, nos termos da Lei nº8112/90, é correto afirmar que:

a) os adicionais constituem uma modalidade de indenização.b) as indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito o vencimento, aremuneração e o provento serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, mesmo nos casos de prestaçãode alimentos resultante de decisão judicial.c) o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é redutível.d) as reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamentecomunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de vintedias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado.e) a ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse doserviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter provisório, permitido oduplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenhatambém a condição de servidor, vier a ter exercício temporário na mesma sede.

10-CONSULPLAN - 2015 - TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de RegistrosEm relação à remuneração dos servidores públicos, é correto afirmar, EXCETO:a) Somente poderá ser fixada ou alterada por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso.b) É assegurada a revisão geral e anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices.c) No âmbito do Poder Legislativo dos Estados e Distrito Federal, aplica-se como limite o subsídio dosDeputados Estaduais e Distritais.d) As parcelas de caráter indenizatório previstas em lei serão computadas no teto remuneratório.

11-IESES - 2014 - TRT - 14ª Região (RO e AC) Analista JudiciárioPara o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos:a) 2 (dois) anos de contribuição.b) 18 (dezoito) meses de exercício.c) 1 (um) mês de contribuição.d) 24 (vinte e quatro) meses de exercícioe) 12 (doze) meses de exercício.

12- CAIP-IMES - 2015 - Consórcio Intermunicipal Grande ABC - Gestor PúblicoPara o primeiro período aquisitivo de férias do servidor público serão exigidos 12 meses de exercício. Asférias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e nointeresse da administração pública. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até:

a) 3 dias antes do início do respectivo período.b) 2 dias antes do início do respectivo período.

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c) 4 dias antes do início do respectivo período.d) 5 dias antes do início do respectivo período.

13-FUNDEP - 2014 - IF-SP - Auxiliar de Biblioteca

Para alcançar pela primeira vez o direito de férias, exigem-se do servidor público federal.a) 12 meses de exercício.b) 11 meses de exercício.c) 10 meses de exercício.d) 1 ano e 2 meses de exercício.

14-IESES - 2014 - IFC-SC - Técnico de Segurança do TrabalhoAssinale a alternativa correta. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos:

a) 12 (doze) meses de exercício.b) 6 (seis) meses de exercício.c) 13 (treze) meses de exercício.d) 24 (vinte e quatro) meses de exercício.

15-IESES - 2014 - IFC-SC - Técnico de Segurança do TrabalhoAs férias, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública, poderão:

a) ser parceladas em até três etapas.b) ser parceladas uma única vez.c) ser parceladas em até quatro etapas.d) ser parceladas em duas etapas.

16-FUNRIO - 2015 - UFRB - ContadorCom relação à possibilidade de acumulação de períodos de férias, nos termos da Lei nº 8112/90, écorreto afirmar que:

a) o servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de três períodos, nocaso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.b) o servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, sem limite máximo, no caso denecessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.c) o servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, nocaso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.d) o servidor fará jus a trinta dias de férias, que não podem ser acumuladas, ressalvadas as hipóteses emque haja legislação específica.e) o servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos,independentemente de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

17-IESES - 2014 - TRT - 14ª Região (RO e AC) OdontólogoConsiderando o que está previsto na Lei 8.112/90, que trata dos servidores públicos federais, assinale aassertiva INCORRETA:

a) As férias do servidor podem ser parceladas em até três etapas, mediante seu requerimento e se houverinteresse da administração pública.b) É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.c) Servidor exonerado do cargo em comissão, terá direito a indenização relativa ao período incompleto de

férias, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias.

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d) Servidor que opera Raios X tem direito a 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividadeprofissional.e) Comoção interna é motivo para interromper férias do servidor.

18-COMPERVE - 2015 - UFRN - Assistente em AdministraçãoO regime jurídico dos servidores públicos civis da União (Lei n0 8.112/90) prevê a possibilidade deacumulação de férias, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislaçãoespecífica. De acordo com as normas da referida lei, as férias podem ser acumuladas até, no máximo,

a) um período.b) três períodos .c) quatro períodos.d) dois períodos.

19-FUNDEP - 2014 - IF-SP - Técnico de enfermagemAnalise as seguintes afirmativas:

I. O servidor público federal fará jus a _______ de férias.II. Para o primeiro período aquisitivo de férias do servidor público federal, serão exigidos_______ deexercício.

Segundo o que dispõe o Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, assinale a alternativa quepreenche CORRETAMENTE as lacunas.a) 30 dias e 12 mesesb) 2 meses e 12 mesesc) 20 dias úteis e 10 mesesd) 30 dias e 11 meses

20-IESES - 2014 - IFC-SC - EnfermeiroO servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa ao período dasférias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, oufração superior:

a) A 16 (dezesseis) dias.b) A 15 (quinze) dias.c) A 30 (trinta) dias.d) A 14 (quatorze) dias.

21-IBFC - 2014 - TRE-AM - Engenheiro civilRegime jurídico dos servidores públicos civis da união (LEI Nº 8.112/90 E ALTERAÇÕES).NÃO se interrompem as férias do servidor público federal por motivo de:

a) Serviço militar ou eleitoral.b) Comoção interna.c) Convocação para júri.d) Remoção do servidor para outra sede.

22- COSEAC - 2015 - UFF - Técnico de ContabilidadeO servidor em estágio probatório, de acordo com a Lei no 8.112/90, faz jus às seguintes licenças e

afastamentos, EXCETO:

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a) serviço militar.

b) estudo ou missão no exterior.

c) tratamento de interesses particulares.

d) tratamento de saúde de pessoa da família.

e) exercício de mandato eletivo.

23-CETRO - 2014 - IF-PR - PedagogoSobre as licenças concedidas ao servidor público, de que trata a Lei nº 8.112/1990, assinale a alternativacorreta.

a) A licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para o exterior oupara exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo será por prazo determinado em lei.b) O servidor terá direito à licença, com remuneração, durante o período entre sua escolha em convençãopartidária, como candidato a cargo eletivo, e o dia do registro de sua candidatura perante a JustiçaEleitoral.c) A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença,assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de 3 (três) meses.d) A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie seráconsiderada como uma nova licença.e) Ao servidor em estágio probatório poderá ser concedida licença para o trato de assuntos particularespelo prazo de até 3 (três) anos consecutivos, sem remuneração.

24 - FCC - 2015 - TRE-RR - Analista Judiciário - MedicinaDentre os direitos previstos no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, Autarquias e dasFundações Públicas Federais está o gozo de licenças. É vedado o exercício de atividade remuneradadurante o período de licença.

a) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro.b) por motivo de doença em pessoa da família.c) para atividade política.d) para tratar de interesses particulares.e) para capacitação.

25-FCC - 2015 - TRE-RR - Analista Judiciário - Área Judiciária 

Dentre os direitos previstos no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, Autarquias e dasFundações Públicas Federais está o gozo de licenças. É vedado o exercício de atividade remuneradadurante o período de licença

a) por motivo de doença em pessoa da família.b) para atividade políticac) para tratar de interesses particularesd) para capacitação.e) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro.

26-IADES - 2014 - TRE-PA - Técnico Judiciário - Área Administrativa

A Lei no 8.112/1990 prevê que o substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo docargo que ocupa, o exercício do cargo ou da função de direção ou chefia e os de natureza especial.

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Assinale a alternativa que indica todas as hipóteses expressamente previstas nessa lei para a referidasubstituição.

a) Nos afastamentos, nos impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo.

b) Durante as férias, as licenças, as concessões e os afastamentos do titular.c) Nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titulard) Nos afastamentos legais ou regulamentares do titular.e) Nos afastamentos, nos impedimentos legais do titular e na vacância do cargo.

27-CESPE - 2014 - ANATEL - AdministradorNo que diz respeito aos direitos e deveres do servidor público, previstos na Lei n.º 8.112/1990, julgue oitem subsecutivo.Licenças para tratamento de assuntos particulares poderão ser concedidas, por discricionariedade daadministração pública, a servidor ocupante de cargo efetivo, ainda que esteja cumprindo o estágioprobatório, pelo prazo de até três anos consecutivos, desde que sem remuneração.( )Certo ( )Errado

28-IADES - 2014 - TRE-PA - Técnico Judiciário - Área AdministrativaA Lei no 8.112/1990 prevê que o substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo docargo que ocupa, o exercício do cargo ou da função de direção ou chefia e os de natureza especial.Assinale a alternativa que indica todas as hipóteses expressamente previstas nessa lei para a referidasubstituição.

a) Nos afastamentos, nos impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo.b) Durante as férias, as licenças, as concessões e os afastamentos do titular.c) Nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular.d) Nos afastamentos legais ou regulamentares do titular.e) Nos afastamentos, nos impedimentos legais do titular e na vacância do cargo.

29-IDECAN - 2014 - CNEN - Assistente AdministrativoA Lei nº 8.112/90 estabelece os direitos dos servidores públicos federais. Alguns desses direitos podemser exercidos por servidores ainda em estágio probatório. Assinale a licença ou afastamento que podeser concedido antes da estabilidade funcional.

a) Licença para capacitação.b) Licença para tratar de interesses particulares.c) Licença por motivo de afastamento do cônjuge.d) Afastamento para cursar programa de mestrado no Brasil.e) Afastamento para cursar programa de doutorado no Brasil.

30-COSEAC - 2015 - UFF - Técnico de ContabilidadeO servidor em estágio probatório, de acordo com a Lei no 8.112/90, faz jus às seguintes licenças eafastamentos, EXCETO:a) serviço militar.b) estudo ou missão no exterior.c) tratamento de interesses particulares.d) tratamento de saúde de pessoa da família.e) exercício de mandato eletivo.

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GABARITO

1-A 11-E 21-D

2-C 12-B 22-C

3-C 13-A 23-C

4-A 14-A 24-B

5-D 15-A 25-A

6-D 16-C 26-A

7-B 17-D 27-E

8-A 18-D 28-A

9-B 19-A 29-C

10-D 20-D 30-C

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Capítulo XIII

LEI Nº 8.112/1990 – 3ª PARTE

Neste capítulo, trataremos do Regime Disciplinar dos servidores públicos civis da União, previsto a

partir do art. 116 da Lei nº 8.112/1990. Abordaremos os deveres, as proibições e a responsabilidade do

servidor no exercício de suas funções. Começaremos, então, com os deveres.

DEVERES DO SERVIDOR

Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo

Ser leal às instituições a que servir

Observar as normas legais e regulamentares

Cumprir as ordens superiores, exceto as manifestamente ilegais

Zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público

Atender com presteza :1) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas asprotegidas por sigilo; 2) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ouesclarecimento de situações de interesse pessoal; 3) às requisições para defesa da Fazenda Pública .

Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo

Guardar sigilo sobre assunto da repartição

Manter conduta compatível com a moralidade administrativa

Ser assíduo e pontual ao serviço

Tratar com urbanidade as pessoas

Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder

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Observação: 

A representação contra ilegalidade, omissão ou abuso depoder será encaminhada por via hierárquica e apreciada pela

autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se

ao representado exercício do direito à ampla defesa.

Proibições

PROIBIÇÕES 

Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato.

Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição.

Recusar fé a documentos públicos.

Opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço.

Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua

responsabilidade ou de seu subordinado.

Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido político.

Manter, sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até osegundo grau civil.

Participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto

na qualidade de acionista, cotista ou comanditário.

Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando setratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro.

Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições.

Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro.

Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais, quando solicitados.

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ACUMULAÇÃO DE CARGOS

Em regra, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, ressalvados alguns casos

previstos na Constituição Federal. Nesse sentido, ao servidor público civil da União somente é possível a

acumulação de cargos, excepcionalmente, nas seguintes hipóteses:

Acumulaçãoremunerada deCargo Público

REGRA NÃO PODE!!!

EXCEÇÕESHavendo

compatibilidade dehorário, pode:

2 cargos de professor

1 cargo de professor + 1técnico ou científico

2 cargos ou empregosprivativos de profissionais de

saúde, com profissõesregulamentadas

SE LIGA!

A proibição de valer-se do cargo para lograr

proveito pessoal ou de outrem se caracteriza

mesmo que ausente a vantagem financeira.

PROIBIÇÕES 

Proceder de forma desidiosa

Praticar usura sob qualquer de suas formas.

Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência etransitórias.

Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horáriode trabalho.

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SE LIGA

Se, na sua prova, houver alguma afirmativa mencionando

que, em regra, a acumulação de cargos públicos é possível

nas hipóteses previstas na CRFB/88, tal afirmativa será falsa!

Pois a regra é a vedação da cumulatividade de cargos.

É importante destacar que a proibição de acumular estende-se a cargos, empregos  e funções  em

autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos

Estados, dos Territórios e dos Municípios. De acordo com o art. 132, XII, da Lei nº 8.112/1990, caberá a penalidade de

demissão quando houver acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas. 

Em relação ao servidor inativo, é também vedada a percepção de proventos de inatividade com o

vencimento de cargo ou emprego público efetivo, exceto quando os cargos de que decorram essas

remunerações forem acumuláveis na atividade.

Na hipótese de acumulação lícita de 2 cargos pelo servidor público civil da União, quando investido

em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em

que houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades

máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.

RESPONSABILIDADES DO SERVIDOR

Em razão do exercício de suas funções, o servidor é passível de responsabilização não só na esfera

administrativa, mas também nas esferas cível e penal. A responsabilidade civil e administrativa está

relacionada à conduta comissiva ou omissiva praticada no desempenho do cargo ou função, que cause

dano a terceiros ou ao Estado. E a responsabilidade penal diz respeito à prática de conduta tipificada como

crime ou contravenção penal.

Em relação à responsabilidade civil pelos danos causados a terceiros, responderá o servidor emação regressiva perante a Fazenda Pública.

Vale frisar que é possível que uma única conduta do servidor produza reflexos nas três esferas (civil,

penal e administrativa), caso em que a responsabilização poderá ocorrer em cada uma delas. Isso porque as

sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si, na forma da Lei.

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INTERFERÊNCIA DA ESFERA PENAL NAS DEMAIS INSTÂNCIAS 

Conforme visto anteriormente, apesar de independentes entre si, a responsabilidade civil, penal e

administrativa podem ser acumuladas entre si. De maneira que o servidor pode ser responsabilizado

concomitantemente nas três esferas por um único ato praticado.

Nesse sentido, a decisão proferida em uma instância não interferirá na outra, podendo o servidor,

por exemplo, ser absolvido na esfera criminal e punido na esfera administrativa, exceto se a absolvição

penal for embasada na negativa de autoria  ou inexistência do fato. Nesses casos, se em relação a uma

mesma conduta o servidor foi demitido do cargo e posteriormente absolvido criminalmente por, pelo

menos, uma das duas hipóteses citadas, poderá pleitear a reintegração ao cargo, pois naquelas hipóteses a

decisão na esfera penal interferirá na esfera administrativa e até na civil.

Assim, a responsabilização penal produzirá reflexos nas demais esferas de responsabilização do

servidor sempre que a absolvição criminal se fundamentar na inexistência do fato ou de sua autoria. Logo, acondenação criminal que não se pautar nas hipóteses mencionadas (negativa de autoria e inexistência do

fato) não produzirá efeitos nas demais esferas, administrativa e civil.

Assim, podemos sintetizar esse ponto do assunto da seguinte forma:

PENALIDADES

A Lei nº 8.112/1990, nos termos do art. 127, prevê as penalidades que podem ser aplicadas aos

servidores públicos federais, sendo elas classificadas de acordo com a gravidade da conduta praticada.

A lei prevê as seguintes penalidades: Advertência, Suspensão, Demissão, Cassação de

Aposentadoria ou Disponibilidade, Destituição de cargo em comissão e Destituição de função

comissionada.

Iniciaremos o tema tecendo alguns comentários acerca da advertência, que visa a punir a prática de

condutas previstas nos incisos I a VIII e XIX do art. 117 da Lei nº 8.112/1990, bem como a inobservância de

dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, conforme verificaremos a seguir.

Decisão

Absolvição por negativa deautoria ou inexistência de

fato

Condenado na esferapenal

Penal 

NÃO É CONDENADO

CONDENADO

Civil

NÃO É CONDENADO

CONDENADO

Administrativa 

NÃO É CONDENADO

CONDENADO

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ADVERTÊNCIA

A advertência deverá ser aplicada por escrito nos casos de incidência de infrações mais leves, como

nas hipóteses previstas nos incisos I a VIII e XIX do art. 117 da Lei nº 8.112/1990, bem como na hipótese de

inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique aimposição de penalidade mais grave.

Logo, a advertência será aplicada nos seguintes casos:

SUSPENSÃO

A suspensão deverá ser aplicada nas hipótese em que houver reincidência das faltas punidas com

advertência e nos casos de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade

de demissão, não podendo exceder o prazo máximo de 90 dias.

Será aplicada pena de suspensão pelo prazo de 15 dias nos casos em que houver recusa do servidor

a submeter-se a inspeção médica determinada pela autoridade competente, caso em que, uma vezcumprida a determinação, cessará os efeitos da suspensão.

ADVERTÊNCIA

Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem préviaautorização do chefe imediato.

Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,qualquer documento ou objeto da repartição.

Recusar fé a documentos públicos.

Opor resistência injustificada ao andamento de documento eprocesso ou execução de serviço.

Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto darepartição.

Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstosem lei, o desempenho de atribuição que seja de sua

responsabilidade ou de seu subordinado.

Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se aassociação profissional ou sindical, ou a partido político.

Manter, sob sua chefia imediata, em cargo ou função deconfiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo

grau civil.

Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais, quando solicitado.

Por escrito

Nas violações deproibições de

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É importante destacar que, nos casos em que houver conveniência para a Administração, a pena de

suspensão poderá ser convertida em pena de multa na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de

vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

De um modo geral, a asuspensão será aplicada nas seguintes hipóteses:

DEMISSÃO

A demissão é penalidade destinada a punir infrações mais graves e tem como consequência a

destituição do servidor dos quadros da Administração. A demissão, assim como as demais penalidades,

deverão ser precedidas de processo administrativo disciplinar em que seja assegurado ao servidor acusado

o exercício da ampla defesa.

SUSPENSÃO

Reincidência nas faltas punidascom advertência

Cometer a outro servidoratribuições estranhas ao cargo

que ocupa (exceto em situações

de emergência e transitórias)

Exercer quaisquer atividades quesejam incompatíveis com o

exercício do cargo ou função ecom o horário de trabalho

será aplicada nosseguintes casos:

Atenção:

Os registros de advertência e suspensão serão cancelados após

três e cinco anos, respectivamente, salvo se, nesse período, o servidor

não houver cometido outras infrações disciplinares. Caso contrário, não

desaparecerão do assentamento do servidor.

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A demissão será aplicável nas seguintes hipóteses:

Demissão

crime contra aAdministração Pública

abandono de cargo

inassiduidade habitual

improbidade administrativa

incontinência pública econduta escandalosa, na

repartição

insubordinação grave emserviço

ofensa física, em serviço, aservidor ou a particular,

salvo em legítima defesaprópria ou de outrem

aplicação irregular dedinheiros públicos;

revelação de segredo do qualse apropriou em razão do

cargo

lesão aos cofres públicos edilapidação do patrimônionacional

corrupção

acumulação ilegal de cargos,empregos ou funções públicas

será aplicada nos seguintescasos:

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É cabível, ainda, a aplicação da pena de demissão para as infrações previstas no art. 117, IX a XVI,

da Lei nº 8.112/1990, conforme elencado a seguir:

Demissão

valer-se do cargo para lograr proveitopessoal ou de outrem, em detrimento da

dignidade da função pública

participar de gerência ou administraçãode sociedade privada, personificada ounão personificada, exercer o comércio,

exceto na qualidade de acionista, cotistaou comanditário

atuar, como procurador ouintermediário, junto a repartiçõespúblicas, salvo quando se tratar de

benefícios previdenciários ouassistenciais de parentes até o segundo

grau, e de cônjuge ou companheiro

receber propina, comissão, presenteou vantagem de qualquer espécie,

em razão de suas atribuições

aceitar comissão, emprego oupensão de estado estrangeiro

praticar usura sob qualquer de suasformas

proceder de forma desidiosa

utilizar pessoal ou recursos materiaisda repartição em serviços ou

atividades particulares

aplicável nas seguintesinfrações:

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PRESCRIÇÃO

O prazo prescricional aplicável à ação disciplinar quanto às penalidades puníveis com demissão, deacordo com o art. 142, I, da Lei nº 8.112/1990, será de cinco anos a contar da data em que o fato se tornou

conhecido.

CANCELAMENTO DO REGISTRO

Não  existe o cancelamento de registro de demissão, já que o servidor demitido deixará de ser

servidor, portanto, não cabe falar em “assentamento funcional”. 

CANCELAMANTO DO REGISTRO E PRESCRIÇÃO

Advertência

Ocancelamento do registroserá após o

decurso detrês anos deefetivo

exercício, seo servidor

não houvernesse

períodopraticado

nova infraçãodisciplinar.

Prescreve em180 dias.

Suspensão

Ocancelamento do registroserá após o

decurso decinco anos deefetivo

exercício, seo servidor

não houvernesse

períodopraticado

nova infraçãodisciplinar.

Prescreve emdois anos.

Demissão, cassação deaposentadoria ou

disponibilidade edestituição de função

Prescreve emcinco anos.

Não cabecancelament

o deRegistro.

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ATENÇÃO:

A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos de

improbidade administrativa, aplicação irregular de dinheiros públicos, lesão

aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional e corrupção, implica a

indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação

penal cabível. 

SE LIGA!

Servidor demitido ou destituído de cargo em comissão por

infringência do art. 117, incisos IX e XI, da Lei 8.112/90, fica

incompatibilizado para nova investidura em cargo público federal,

pelo prazo de 5 (cinco) anos.

CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA E DISPONIBILIDADE 

A cassação de aposentadoria ou de disponibilidade é a penalidade aplicável ao servidor aposentadoou posto em disponibilidade que tenha praticado em atividade infração punível com demissão.

Cumpre mencionar que a destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo

efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e demissão. Caso tal

hipótese seja constatada quando o servidor já tenha sido exonerado, tal ato será convertido em demissão.

Lembre-se sempre que a demissão tem caráter de penalidade, ainda que o cargo seja de livre

nomeação e de livre dispensa. Já a exoneração é o termo adequado para designar a dispensa do servidor

(efetivo ou não), a pedido ou a critério da Administração.

Cassação de Aposentadoria/Disponibilidade

Mesmas práticas puníveis comSuspensão, quando em

atividade. 

Mesmas práticas puníveis comDemissão, quando em

atividade.

Hipóteses

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Cuidado: A repreensão não está prevista no estatuto federal como punição disciplinar.

COMPETÊNCIA PARA APLICAÇÃO DAS SANÇÕESNo esquema abaixo, poderemos perceber a forma particular que as penalidades e seus respectivos

prazos são encontrados no art. 127 da Lei nº 8.112/1990.

PRESCRIÇÃO

A ação disciplinar também está sujeita á prescrição, dispondo a lei de prazos limites para atuação

do poder disciplinar da Administração em relação à conduta praticada por seus agentes. Nesse sentido,

temos que:

O prazo prescricional começa a correr a partir do momento em que o fato se tornou conhecido,

independente do meio pelo qual tenha se tornado notório ao ente administrativo, como, por exemplo, por

meio da imprensa, e-mail ou qualquer outro meio de comunicação.

PRESCRIÇÃO

Demissão, Cassação deAposentadoria ouDisponibilidade e

Destituição de cargoem comissão

5 anos

Suspensão 2 anos

Advertência 180 dias

Ação disciplinar relativa

a infrações puníveiscom:

Demissão e cassação deaposentadoria ou

disponibilidade de servidorvinculado ao respectivo Poder,

órgão, ou entidade

Pelo Presidente daRepública

Pelos Presidentes dasCasas do Poder Legislativo

Pelos Presidentes dosTribunais Federais

Pelo Procurador-Geral daRepública

Suspensão superior a30 (trinta) dias

Pelas autoridadesadministrativasde hierarquia

imediatamenteinferior às

mencionadas no1º quadro.

Advertência oususpensão de até 30

(trinta) dias

Pelo chefe darepartição

Outras autoridadesna forma dosrespectivos

regimentos ouregulamentos

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As infrações disciplinares também capituladas como crime terão como prazo prescricional o mesmo

atribuído em lei para o respectivo delito.

A abertura de sindicância ou instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição até a

decisão final proferida por autoridade competente. Nessa hipótese, interrompido o curso da prescrição, oprazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

A sindicância e o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) são os meios de apuração de

irregularidades praticadas pelo servidor, cujos trâmites encontram-se previstos do art. 143 ao art. 182 da

Lei nº 8.112/1990.

SINDICÂNCIA

A sindicância é procedimento adequado à averiguação de denúncias de irregularidades praticadas

por servidor cuja punição seja suspensão de até 30 dias. O prazo para conclusão da sindicância não

excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior.

É imprescindível a identificação e o endereço do denunciante, devendo a denúncia ser formulada

por escrito e confirmada a sua autenticidade, e quando o fato narrado não configurar evidente infração

disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de objeto.

 A sindicância poderá ter como resultado o arquivamento do processo, a aplicação de penalidade deadvertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias ou instauração de processo disciplinar, sobre o qual

falaremos a seguir.

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Quando a irregularidade constatada for passível de punição de suspensão superior a 30 dias,

demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão, é obrigatória

a instauração do Processo Administrativo Disciplinar. 

O PAD é composto pelas seguintes fases: Instauração, Inquérito Administrativo (Instrução, Defesa,

Relatório) e Julgamento.

O PAD deverá ser instaurado por escrito, devidamente efetivado por autoridade competente que

tenha conhecimento da irregularidade no serviço público. O fato descrito deverá configurar evidente

infração disciplinar ou ilícito penal, pois caso contrário será arquivado.

Segundo o art. 152, o prazo para conclusão do PAD é de 60 dias, a partir da data de publicação do

ato que constituir a comissão. Esse prazo poderá ser prorrogado por mesmo período, a critério da

autoridade competente, quando necessário.

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Dentre as fases do PAD, a Instrução é a principal fase investigatória. É nesse momento que a

comissão buscará levantar o maior número de fatos, depoimentos, acareações, enfim, todos os elementos

capazes de confirmar ou refutar as acusações que implicam sobre a situação disciplinar do servidor.

No relatório, deverá constar um resumo das peças principais dos autos, onde deverão ser explícitas

as provas em que a comissão se baseou para constituir a sua convicção. O relatório deverá ser conclusivo,

isto é, a comissão deverá manifestar sua opinião quanto à responsabilidade ou inocência do servidor. Caso

seja concluído pela sua responsabilidade, deverão constar no relatório os regulamentos transgredidos,

assim como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

No caso de o servidor haver sido penalizado, o julgamento do processo deverá ser feito pela

autoridade competente para aplicação da penalidade. A autoridade julgadora tem o prazo de 20 dias para

proferir a decisão, contados do recebimento do processo.

A autoridade julgadora não está totalmente vinculada à conclusão do relatório de comissão, visto

que a lei estabelece que o relatório deve ser acatado, salvo se sua conclusão for contrária à prova dos

autos. Nesse caso, a autoridade julgadora, motivadamente, poderá agravar ou abrandar a penalidade

proposta ou, até mesmo, isentar o servidor de penalidade.

JULGAMENTOS 20 dias

INSTRUÇÕES

Indiciação - 03 dias

RelatórioDefesa - 05 dias

INSTAURAÇÃO

Comissão composta por3 servidores estáveis

Materialidade (cargo /emprego / horário)

Autonomia (nome/matrícula)

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Quanto à Nulidade do Processo, art. 169: verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade

que determinou a instauração do processo ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total

ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra comissão para instauração de novo processo.

Abaixo, poderão ser vistos os prazos para as penalidades de advertência, suspensão e sindicância.

Com relação à defesa do servidor, caso o indiciado não apresente sua defesa escrita no prazo

estipulado, não surge nenhuma presunção legal contra o servidor e, para defender o revel, a autoridade

instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo

efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Assim,

sempre haverá defesa escrita, seja pelo próprio indiciado ou pelo seu procurador, e a revelia não possui

efeito de confissão.

Perceba no esquema abaixo os tipos de penalidades de possível aplicação aos servidores públicos

federais:

SINDICÂNCIA

Arquivamento doprocesso

Aplicação de penalidades: advertência esuspensão - 30 dias

Instauração doPAD

30 dias + 15 dias

(PAD)

30 dias - prazo de apuração

AFASTAMENTOPREVENTIVO

Medida cautelar - até 60 dias comremuneração

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PROCESSO ADSMINISTRATIVO DE RITO SUMÁRIO

A lei prevê um rito especial de investigação e julgamento, denominado Rito Sumário aplicável emapenas três hipóteses:

- Acumulação ilícita de cargos públicos;- Abandono de cargo (ausência intencional do servidor ao serviço público por mais de 30 dias consecutivos);- Inassiduidade habitual (faltar o serviço, sem causa justificada, por mais de 60 dias, interpoladamente,durante o período de 12 meses).

OBSERVAÇÃO:

De acordo com o art. 5°, LV, da CF/88, para a aplicação de uma

penalidade, deve sempre ser assegurado ao servidor o direito

constitucional ao contraditório e à am la defesa révia.

PENALIDADES APLICÁVEIS

Advertência Suspensão Demissão

Cassaçãode

aposentadoria ou

disponibilidade

Destituição

de cargoem

comissão

Destituição

de funçãocomissiona

da

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O prazo para conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário será de 30

dias, contados da data da publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até

15 dias, quando as circunstâncias o exigirem. Os dispositivos aplicados são os arts. 133 e 140 da Lei nº

8.112/1990 e, subsidiariamente, as disposições pertinentes ao PAD ordinário.

O PAD sumário terá as seguintes fases:

Instauração: ocorre com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores

estáveis e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração.

Instrução sumária: fase que compreende as subfases, indiciação, defesa e relatório.

Julgamento: julgamento do processo pela autoridade competente.

A comissão lavrará, em até três dias após a publicação do ato que a constituir, termo de indiciação

e promoverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, noprazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição.

Note que, no caso de acumulação ilícita de cargo público, a opção do servidor até o último dia de

prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de

exoneração de outro cargo.

O prazo para a autoridade julgadora proferir sua decisão será de cinco dias, contados a partir do

recebimento do processo.

Se caracterizada a acumulação de cargos e provada má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão ou

cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas emregime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.

Revisão do Processo

O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se

aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da

penalidade aplicada. A mera alegação de injustiça não constitui fundamento para o pedido de revisão.

Pode ocorrer de ofício ou a pedido do servidor ou de pessoa da família, caso ele tenha falecido ou

se encontre ausente ou desaparecido.

ATENÇÃO:

A revisão do PAD não pode ser vista como

uma segunda instância administrativa, visto

que só caberá se houver fatos novos.

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No caso revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Caso seja deferida a revisão do processo (o juízo de admissibilidade compete ao Ministro de Estado

ou equivalente), será constituída uma comissão revisora, a qual terá de 60 dias para conclusão dos seus

trabalhos.

O prazo para julgamento, pela mesma autoridade que aplicou a penalidade, é de 20 dias.

Da revisão, não poderá resultar o agravamento da penalidade (não se admite a “reformatio in

 pejus”). 

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Capítulo XIII –  Lei nº 8.112/1990 – 3ª Parte

QUESTÕES

1-FUNRIO - 2014 - IF-PI - Auxiliar de BibliotecaAcerca do que prevê a Lei n 8.112/1990 sobre afastamentos e acumulação, seguem-se três afirmações:

I. No caso de afastamento do cargo, o servidor deixará de contribuir para a seguridade social, visto que nãoestá mais em exercício;II. O servidor investido em mandato eletivo de prefeito será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optarpela sua remuneração;III. A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade dehorários.

Está correto apenas o que se afirma em

a) Ib) II e III.c) II.d) I e II.e) III.

2-VUNESP - 2014 - SP-URBANISMO - Analista AdministrativoConsiderando as normas constitucionais a respeito do servidor público da Administração Direta, Autárquicae Fundacional, no exercício de mandato eletivo, assinale a alternativa correta.

a) Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, poderá continuar no exercício de seucargo, emprego ou função.b) Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, não podendo, contudo,optar pela sua remuneração.c) Investido no mandato de Vereador, havendo ou não compatibilidade de horários, perceberá asvantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo.d) Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviçoserá contado para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por merecimento.e) Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como seno exercício estivesse.

3-MPE-MG - 2014 - Órgão: MPE-MG - Promotor de JustiçaAssinale a alternativa CORRETA:Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,aplicam-se as seguintes disposições, a saber:

a) Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviçoserá contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.b) Investido no mandato de Vereador, não havendo compatibilidade, perceberá as vantagens de seu cargo,emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo.c) Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe obrigado optarpela sua remuneração.d) Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, facultar-se-á ao servidor o afastamento deseu cargo, emprego ou função.

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4-FGV - 2014 - PROCEMPA - Analista AdministrativoAcerca das disposições constitucionais sobre o servidor público da administração direta, autárquica efundacional, no exercício de mandato eletivo, considere as afirmativas a seguir.

I. Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego oufunção.II. Investido no mandato de Prefeito, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seucargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo.III. Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviçoserá interrompido para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por merecimento.

Assinale:a) se somente a afirmativa I estiver corretab) se somente a afirmativa II estiver correta.c) se somente a afirmativa III estiver correta.d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

5-FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria PúblicaRicardo é servidor público titular de cargo efetivo do Estado do Rio de Janeiro e percebe atualmentevencimentos próximos ao limite constitucional. Ele foi convidado por um partido político para ser candidatonas próximas eleições, mas tem receio de reduzir drasticamente seu poder aquisitivo. Levando em conta adisciplina constitucional sobre exercício de mandato eletivo por Ricardo, é correto afirmar que, caso eleexerça.

a) mandato eletivo federal, ficará afastado de seu cargo, e nas hipóteses de exercício de mandato eletivoestadual ou municipal poderá acumular as funções e remunerações, se houver compatibilidade de horários.b) mandato de Prefeito, poderá acumular as funções e remunerações, se houver compatibilidade dehorários.c) mandato de Vereador e não haja compatibilidade de horários, deverá afastar-se de seu cargo efetivo,recebendo necessariamente a remuneração do cargo de Vereador.d) qualquer mandato eletivo que exija o afastamento de seu cargo efetivo, seu tempo de serviço serácontado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.e) qualquer mandato eletivo que exija o afastamento de seu cargo efetivo, será considerado, para todos osfins, como se estivesse em disponibilidade.

6-FUNRIO - 2014 - IF-PI - AdministradorAcerca do que prevê a Lei n 8.112/1990 sobre afastamentos e acumulação, seguem-se três afirmações:

I. A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas,empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dosTerritórios e dos Municípios;II. O servidor estável que acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo deprovimento em comissão, poderá, em qualquer hipótese, acumular o exercício do cargo em comissão comum dos cargos efetivos;III. Um servidor público estável investido em mandato eletivo federal, havendo compatibilidade de horárioe local, poderá exercer as duas atividades, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

Está correto apenas o que se afirma em:

a) Ib) II

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c) I e III.d) III.e) I e II.

7-IESES - 2014 - TJ-PB - Titular de Serviços de Notas e de RegistrosAo servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo,aplicam-se as seguintes disposições, EXCETO:

a) Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego oufunção.b) Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função e remuneração.c) Investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seucargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo.d) Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como seno exercício estivesse.

8-FUNCAB - 2014 - SEFAZ-BA - Auditor FiscalA respeito do afastamento de servidor público indiciado em processo administrativo disciplinar, assinale aopção correta.

a) Como medida cautelar, afim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, aautoridade instauradora do processo poderá determinar seu afastamento do exercício do cargo pelo prazode até oitenta dias.b) O afastamento preventivo não pode ultrapassar cento e vinte dias, devendo o servidor voltar a ativa,ainda que o processo não esteja finalizado.c) Se o processo administrativo disciplinar extrapolar oitenta dias, a punição do servidor configuraráilicitude.d) Durante a apuração da falta do servidor, este poderá ser colocado em disponibilidade, fazendo jus aremuneração integral.e) O afastamento temporário do servidor pode ocorrer a título de punição.

9-FUNCAB - 2014 - PRF - Agente AdministrativoO governador de um determinado estado está revoltado com o número elevado de servidores estáveis,todos do setor de informática, envolvidos com a venda de provas/gabaritos de concursos públicos,respondendo inclusive a processo administrativo disciplinar (PAD), conforme amplamente divulgado pelaimprensa. Insatisfeito, o governador expede decreto extinguindo os respectivo cargos , colocando-os emdisponibilidade, com vencimentos integrais, o que ensejou a impetração do Mandado de Segurança.

Com base no caso hipotético, assinale a opção correta.a) Não pode ser utilizada a disponibilidade como meio para afastar servidores que praticaramirregularidades, forma disfarçada de afastamento do servidor estável.b) A disponibilidade foi utilizada de forma acertada, em nome da moralidade pública, afastando do serviçoaqueles que estavam respondendo a processo administrativo.c) O Mandado de Segurança não seria cabível, pois o motivo e a finalidade do ato não estão sujeitos aoexame crítico do Poder Judiciário.d) O governador sustenta: Não pode o Poder Judiciário apreciar a questão, porque o juízo sobre adeclaração de desnecessidade de cargos públicos é privativo do chefe do Executivo e discricionário.e) No tocante aos vencimentos, realmente os servidores em disponibilidade fazem jus aos vencimentosintegrais, de acordo com a Constituição Federal.

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10-IF-SC - 2014 - IF-SC - Professor - PortuguêsAs irregularidades no serviço público podem ser apuradas por meio de Processo Administrativo Disciplinar,conforme previsto no Título V, da Lei nº 8.112/90, analise as alternativas abaixo.

I. O servidor que estiver sendo submetido a processo administrativo disciplinar deverá ser afastadopreventivamente do exercício do seu cargo, com o objetivo de impedir a sua influência na apuração dairregularidade.II. O afastamento preventivo previsto no art. 147, da Lei nº 8.112/90 ocorrerá pelo prazo de 60 dias,prorrogáveis uma única vez, pelo mesmo prazo.III. O art. 168, da Lei nº 8.112/90, estabelece que o relatório da comissão processante que definirpenalidade ao servidor indiciado, quando em julgamento pela autoridade competente, poderá ter apenalidade agravada, abrandada ou mesmo suprimida, considerando o poder discricionário da autoridade.IV. Nos termos do art. 145, da lei nº 8.112/90, a demissão imposta por sindicância ensejará a obrigatóriainstauração de Processo Administrativo Disciplinar – PAD.V. O Presidente da Comissão de processo administrativo disciplinar deverá ser ocupante de cargo efetivosuperior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado, ou seja, se oindiciado possuir o título de doutor, somente poderá ser julgado por comissão cujo Presidente sejaportador do mesmo título.VI. O princípio do formalismo moderado, previsto na Lei nº 8.112/90, dispensa formas processuais rígidas,mas exige obediência à ampla defesa e contraditório, com o seguinte texto: “Art. 22. Os atos do processo

administrativo disciplinar não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente aexigir.” 

Assinale a alternativa que contém a resposta CORRETA.a) É verdadeira apenas a alternativa VI.b) São verdadeiras apenas as alternativas II e III.c) São verdadeiras apenas as alternativas I, II, III, V e VI.d) É verdadeira apenas a alternativa II.e) São verdadeiras apenas as alternativas I e VI.

11-COMPERVE - 2013 - UFERSA - Assistente em AdministraçãoA Lei n0 8.112/90 prevê a possibilidade do afastamento preventivo do exercício do cargo quando o servidorestiver respondendo a processo disciplinar. Esse afastamento terá um prazo de até.

a) trinta dias, sem prejuízo da remuneração, podendo ser prorrogado por igual prazo.b) sessenta dias, sem prejuízo da remuneração, podendo ser prorrogado por igual prazo.c) sessenta dias, sem prejuízo da remuneração, não podendo ser prorrogado por igual prazo.d) trinta dias, sem prejuízo da remuneração, não podendo ser prorrogado.

12-COMPERVE - 2013 - UFERSA - Assistente em AdministraçãoUm servidor público federal vale-se do cargo para lograr proveito pessoal, em detrimento da dignidade dafunção pública. Nessa situação, a Lei n° 8.112/90 prevê como penalidade disciplinar.

a) a demissão.b) o afastamento cautelar.c) a advertência.d) a suspensão.

13-FUMARC - 2013 - TJM-MG - Técnico Judiciário - Revisor Judiciário

O processo administrativo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor,para verificação do descumprimento dos deveres e das obrigações funcionais e para aplicação das penas

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legalmente previstas, assegurada ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. Como medidacautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridadeinstauradora do processo disciplinar poderá determinar.

a) o seu afastamento do exercício do cargo por prazo indeterminado, sem prejuízo da remuneração.b) a remoção do servidor de seu cargo pelo prazo de até um ano ou até que seja concluído o processo, semprejuízo da remuneração.c) a transferência de cargo do servidor pelo prazo de até trinta dias, sem prejuízo da remuneração,podendo o afastamento ser prorrogado por igual prazo, ou até que seja concluído o processo.d) o seu afastamento do exercício do cargo pelo prazo de até sessenta dias, sem prejuízo da remuneração,podendo o afastamento ser prorrogado por igual prazo, cujo término implicará a cessação dos seus efeitos,ainda que não esteja concluído o processo.

14-CESPE - 2014 - STF - Analista Judiciário - Área JudiciáriaCom relação a dispositivos da Lei n.º 8.112/1990, julgue os itens a seguir.Em se tratando de processo administrativo disciplinar, a autoridade instauradora pode, como medidacautelar e para que não haja interferências na apuração da irregularidade, decretar o afastamento doservidor investigado, sem prejuízo da remuneração.

( )Certo ( )Errado

15-FUNCAB - 2013 IF-RR - ContadorQuanto ao processo administrativo disciplinar, assinale a opção correta:

a) A Comissão de Inquérito não só faz o inquérito, mas temo poder de julgar.b) No processo administrativo disciplinar, a doutrina e a jurisprudência se posicionam favorável à provaemprestada.c) Na instauração do processo, impede que a autoridade competente venha a optar pelo afastamento doservidor público indiciado.d) Durante a apuração da falta do servidor, o mesmo poderá ser colocado em disponibilidade.e) O relatório é o último ato da comissão e é de suma importância por ser peça vinculante.

16-FUNCAB - IF-RR - Professor - PedagogiaQuanto ao processo administrativo disciplinar, assinale a opção correta.

a) A Comissão de Inquérito não só faz o inquérito, mas temo poder de julgar.b) No processo administrativo disciplinar, a doutrina e a jurisprudência se posicionam favorável à provaemprestada.c) Na instauração do processo, impede que a autoridade competente venha a optar pelo afastamento doservidor público indiciado.d) Durante a apuração da falta do servidor, o mesmo poderá ser colocado em disponibilidade.e) Orelatório é o último ato da comissão e é de suma importância por ser peça vinculante.

17-COMPERVE - 2015 - UFRN - Auxiliar administrativoDe acordo com as disposições da Lei n0 8.112/90, na hipótese de aplicação irregular de dinheiros públicos,a penalidade disciplinar prevista é de:a) multa.b) suspensãoc) advertência.

d) demissão.

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18-FDC - 2014 - IF-SE - JornalistaAplica-se a pena de suspensão ao servidor público que tiver a seguinte conduta:a) praticar incontinência públicab) revelar segredo apropriado em razão do cargo

c) retirar, sem autorização, um objeto da repartiçãod) praticar usura sob qualquer de suas formas

19-PR-4 - 2015 - UFRJ - Auxiliar de EnfermagemBeatriz ingressou na UFRJ, há oito anos, no cargo de Técnico em Alimentos e Laticínios. Há dois meses elafoi convocada para atualizar seus dados cadastrais junto à Seção de Pessoal da UFRJ, mas se recusou arealizar tal procedimento, alegando que não havia nada para atualizar sem, contudo, apresentar osdocumentos solicitados. Esse comportamento de Beatriz pode condicionar a aplicação da penalidadedenominada:a) suspensão.b) demissão.c) exoneração.d) destituição.e) advertência.

20-IESES - 2014 - IFC-SC - Auxiliar de BibliotecaSão penalidades disciplinares, EXCETO:a) Advertência.b) Cassação de aposentadoria.c) Suspensão.d) Julgamento.

21-FCC - 2015 - TRE-RR - Técnico Judiciário - Operação de ComputadorUm servidor da União utilizou recursos materiais da repartição em atividade particular. Nos termos da Lein° 8.112/90, esse ato é passível da aplicação da penalidade de:a) advertência.b) suspensão de 15 dias.c) suspensão de 30 dias.d) suspensão de 90 dias.e) demissão.

22-FCC 2 015 - TRE-RR - Técnico Judiciário - Área AdministrativaUm servidor da União utilizou recursos materiais da repartição em atividade particular. Nos termos da Lein° 8.112/90, esse ato é passível da aplicação da penalidade dea) demissão.b) advertência.c) suspensão de 15 dias.d) suspensão de 30 dias.e) suspensão de 90 dias.

23-FCC - 2015 - CNMP - Técnico - AdministraçãoMariazilda, servidora pública federal, recusou fé a documento público e, após regular processoadministrativo, foi condenada a pena de advertência. Dois meses após o trânsito em julgado dessacondenação, Mariazilda promoveu manifestação de desapreço no recinto da repartição. Neste caso, deacordo com a Lei nº 8.112/90, Mariazilda está sujeita à pena de:

a) repreensão verbal.

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b) suspensão de até 180 dias.c) demissão.d) suspensão de até 90 dias.e) suspensão de até 120 dias.

24-FCC - 2015 - CNMP - Analista - DireitoConsidere as seguintes situações:

I. Rovanilda, servidora pública federal, mantinha sob sua chefia imediata, em função de confiança, seuirmão, Rivaildo.II. Renata, servidora pública federal, aceitou comissão de estado estrangeiro.

Neste casos, de acordo com a Lei no 8.112/90, considerando as condutas praticadas, bem como que ambassão servidoras primárias, sem processo administrativo disciplinar anterior, Rovanilda e Renata estãosujeitas às penas dea) suspensão de até sessenta dias.b) advertência e suspensão, respectivamente.c) suspensão de até trinta dias.d) advertência e demissão, respectivamente.e) demissão.

25-ND - 2015 - CEFET-MG - Técnico de Laboratório - InformáticaEm processo administrativo disciplinar, ficou provado que o servidor público federal “X” vinha aplicando

irregularmente dinheiro público, e o servidor “Y” aliciou subordinados no sentido de f iliarem-se a partidopolítico. Nesses casos, “X” e “Y” estarão sujeitos, respectivamente, em conformidade com a Lei 8.112/90,

às penas de:a) exoneração a bem do serviço público e suspensão.b) exoneração a bem do serviço público e advertência.c) advertência e suspensão.d) demissão e advertência.e) suspensão e advertência.

26-FUNRIO - 2015 - UFRB - ContadorQual o prazo máximo para a aplicação da pena de suspensão, nos termos da Lei nº 8112/90?a) 60 dias.b) não existe prazo máximo.c) 90 dias.d) 120 dias.e) 50 dias.

27-VUNESP - 2014 - Fundacentro - Analista em Ciência e Tecnologia PlenoNos moldes da Lei n.º 8.112/90, o servidor estável que praticar ofensa física, em serviço, a servidor ou aparticular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem, ficará sujeito à pena de:a) reversão.b) advertência oral.c) advertência escrita.d) suspensãoe) demissão.

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28-FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Tecnologia da InformaçãoA Administração pública instaurou sindicância para apurar suposta irregularidade praticada pelo servidorpúblico federal Henrique no exercício de suas funções. Ao final da sindicância, constatou-se a veracidadedos fatos, sendo aplicada, de imediato, a respectiva penalidade disciplinar ao servidor. Nos termos da Lei

no 8.112/1990, a penalidade aplicada foi de.a) advertência.b) suspensão por sessenta dias.c) suspensão por noventa dias.d) demissão.e) destituição de cargo em comissão.

29-IDECAN - 2014 - CNEN - Assistente AdministrativoA Lei nº 8.112/90 estabelece o regime disciplinar dos servidores públicos federais. Ao servidor público querecusar fé a documentos públicos será aplicada a sanção dea) demissão.b) advertência verbal.c) advertência por escrito.d) suspensão de até 20 dias.e) suspensão de até 15 dias.

30-COMPERVE - 2015 - UFRN - AdministradorDe acordo com os termos expressos na Lei nº 8.112/90, a penalidade de suspensão terá seu registrocancelado após o decurso de:a) três anos de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infraçãodisciplinar.b) cinco anos de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infraçãodisciplinar.c) cinco anos de efetivo exercício, independentemente de nova infração disciplinar praticada pelo servidornesse período.d) três anos de efetivo exercício, independentemente de nova infração praticada pelo servidor nesseperíodo.

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GABARITO

1-B 11-B 21-E2-E 12-A 22-A

3-A 13-D 23-D

4-A 14-C 24-D

5-D 15-B 25-D

6-A 16-B 26-C

7-B 17-D 27-E

8-B 18-C 28-A

9-A 19-E 29-C

10-D 20-D 30-B

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Capítulo XIV

Lei 8.112/90 –  4ª Parte

Seguridade Social do servidor

PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL (PSS)

É um plano específico para os servidores públicos federais. Visa assegurar a proteção, em sentido

amplo, do servidor e de sua família. Alguns benefícios são relativos ao servidor e outros aos seus

dependentes. Compreende os seguintes benefícios:

O órgão responsável pelo servidor concederá as pensões e aposentadoria e, em caso de

recebimento indevido havido por fraude, dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do total auferido,

sem prejuízo de ação penal cabível.

O servidor poderá se aposentar por:

SERVIDORES 

•aposentadoria ;

•auxílio natalidade;

•salário família;

•licença para tratamento de saúde;

•licença à gestante;licença à adotante elicença à paternidade;

•assistência à saúde;•garantia de condições individuais eambientais satisfatórias.

DEPENDENTE 

•pensão vitalícia;

•auxílio funeral;

•auxílio reclusão;

•assistência à saúde.

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OBSERVAÇÃO:

A Lei 8.112/90, a partir do art. 186, trata da aposentadoria portempo de serviço. Entretanto, cumpre destacar que, a partir da EC

41/2003, o sistema previdenciário do servidor público efetivo passou a

ter caráter contributivo e solidário, nos termos do art. 40 da Constituição

Federal. Assim, o termo correto para a concessão da aposentadoria é o

tempo de contribuição e não tempo de serviço. Vale lembrar que, após a

edição da EC 20 de 1998, as regras referentes à aposentadoria do

Servidor Público seguem o artigo 40 da CF.

Seráaposentado

Por invalidez Proporcional

Por invalidez

permanente, sendoproventos integraisquando decorrente

de:

Decorrente deacidente em serviço

Moléstiaprofissional

Doença grave

Tuberculose ativa,alienação mental,esclerose múltipla,neoplasia maligna,cegueira posterior

ao ingresso noserviço público,

hanseníase, doençade Parkinson,

paralisiairreversível,

incapacitante, AIDS,nefropatia grave e

outras que a leiindicar.

Compulsoriamente,com proventos

proporcionais aotempo de

contribuição

70 anos

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Será aposentado voluntariamente

Desde que tenha cumprido o tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviçopúblico e cinco anos no cargo efetivo

60 anos de idadee 35 anos de

contribuição, sehomem.

55 anos de idade,e trinta de

contribuição, semulher.

65 anos de idade,se homem (com

proventosproporcionais ao

tempo decontribuição).

60 anos deiadade, se mulher(com proventosproporcionais ao

tempo decontribuição).

SE LIGA!!!

Em caso de aposentadoria por invalidez, será

necessária uma junta médica oficial que atestará

a invalidez quando caracterizada a incapacidade

para o desempenho das atribuições ou a

impossibilidade de retorno ao cargo.

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Percebe-se que, durante esse processo, se expirado o prazo de 24 meses sem que o servidor esteja

apto a retornar, será aposentado com proventos proporcionais ou integrais, dependendo do caso. Quandoproporcional ao tempo de contribuição, não poderá ser inferior a 1/3 da remuneração.

Agora, trataremos do auxílio natalidade:

O auxílio-natalidade é devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente

ao menor vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto (art.196 da Lei 8.112/90).·.

Aposentadoria voluntária Gozará a partir da data dapublicação

Aposentadoria por invalidez

Será precedida de licença para tratamento

Período que não exceda 24 meses Expirando o período da licença e sem condição dereassumir ou readaptar

Será aposentado

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A LICENÇA À GESTANTE TERÁ DURAÇÂO DE:

Auxílio Natalidade

Devido ao nascimento dofilho, inclusive natimorto

Em garantia equivalente aomenor vencimento do

serviço público

Se o parto for múltiplo,será acrescido 50% por

nascituro

Licença à Gestante

Poderá iniciar no1º dia do nono

mês

Gestante, 120dias

consecutivos,sem prejuízo da

remuneração

No caso deprematuro, a

partir do parto

No caso denatimorto, após

30 dias, aservidora seráexaminada, se

apta, reassumiráo serviço

No caso deaborto, atestado

por médicooficial, 30 dias.

Licença à adotante ou a quemobtiver a guarda da criança

até 1 ano -

90 dias

Mais de 1ano - 30

dias

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O projeto de lei que ampliou a licença-maternidade de 120 (cento e vinte) para 180 (cento e

oitenta) dias, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado (Lei 11.770/08 – Programa Empresa Cidadão)

pelo presidente da República, beneficiou primeiramente o funcionalismo público federal.

Para as servidoras públicas federais, a medida entrou em vigor após a publicação da sanção

presidencial. A empregada não poderá exercer qualquer atividade remunerada, nem manter a criança em

creche ou organização similar. Em caso de descumprimento da norma, perderá o direito à prorrogação. 

O termo “licença gestante” foi modificado para “licença maternidade”. A empregada celetista temdireito a 120 (cento e vinte) dias de licença, nos quais não poderá exercer atividade remunerada. Ela recebeo salário, que é pago pela Previdência Social, integralmente.

LICENÇA PATERNIDADE

A Licença paternidade será concedida ao servidor pelo nascimento ou adoção de filhos pelo prazo

de cinco dias consecutivos.

SE LIGA!!!

A licença paternidade será de 5

dias, tanto para nascimento

quanto para adoção.

Licença Paternidade

Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito a5 dias consecutivos.

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Vejamos, com relação aos dependentes, temos auxílio-natalidade, salário família (o qual é devido

ao ativo e ao inativo para os dependentes menores, cônjuges, companheiros ou filhos, enteados).

Existem, ainda, algumas licenças importantes para serem tratadas nessa última parte.

Consideram-se dependentes:

Cônjugue ou companheiro

Filhos ou enteados até 21 anos.

Se estudantes, até 24 anos.

Menor de 21 anos que viver nacompanhia ou expensas

(às custas de) do servidor público

Mãe e Pai sem economia própria.

Licença para tratamento de saúde

•A pedido ou ofício;

•Prazo de 30 dias se superior sujeito à inspeção de junta médica;

•Findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pelavolta do serviço, pela prorrogação da licença ou pelo aposentado.

Licença por acidente em serviço

•Remuneração integral;

•Dano Mental ou Físico;

•Equipara-se à acidente de serviço o dano;

•A prova do acidente será feita no prazo de 10 dias.

SE LIGA!!!

O salário família não estará sujeito a

nenhuma tributação, nem servirá de base

para qualquer contribuição.

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PENSÃO

Com a morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valor correspondente

ao da remuneração ou provento, a partir da data do óbito.

Pensão Vitalícia 

Composta de cota ou cotas permanentes, que somente se extinguem ou revertem com a morte de seusbeneficiários.

São beneficiários:

cônjuge

Pessoadesquitada,

separada judicialmente oudivorciada, com

percepção depensão

alimentícia.

O companheiroou companheiradesignado que

comprove uniãoestável como

entidade familiar

A mãe e o pai quecomprovem

dependênciaeconômica do

servidor.

A pessoadesignada, maiorde 60 (sessenta)anos e a pessoa

portadora dedeficiência, que

vivam sob adependênciaeconômica do

servidor.

SE LIGA!!!

Não faz jus à pensão o

beneficiário condenado pela prática

de crime doloso de que tenha como

resultado a morte do servidor.

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A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirembeneficiários da pensão temporária. Os beneficiários poderão requerer pensão a qualquer tempo,

prescrevendo tão somente as prestações exigíveis há mais de 05 (cinco) anos.

Pensãotemporária

A pensãotemporária écomposta decota ou cotasque podem seextinguir oureverter pormotivo de

morte,

cessação deinvalidez ou

maioridade dobeneficiário.

Sãobeneficiários

Os filhos, ou enteados,até 21 (vinte e um) anos

de idade, ou, se inválidos,

enquanto durar ainvalidez;

O menor sob guarda oututela até 21 (vinte e um)

anos de idade;

Irmão, órfão, até 21(vinte e um) anos, e o

inválido, enquanto durara invalidez, que

comprovem dependênciaeconômica do servidor;

A pessoa designada queviva na dependência

econômica do servidor,até 21 (vinte e um) anos,ou, se inválida, enquanto

durar a invalidez

Pensão Provisória

Por mortepresumida

Declaração deausência, pela

autoridade jurídica

Desaparecimentoem desabamento,

inundação, incêndioou acidente não

caracterizado comoem serviço

Desaparecimentono

descumprimentodas atribuições do

cargo ou emmissões desegurança

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Perda da qualidade de beneficiário

o seufalecimento

a anulaçãodo

casamento,quando adecisão

ocorrer após

a concessãoda pensãoao cônjuge

a cessaçãode invalidez,

em setratando de

beneficiárioinválido

a maioridadede filho,

irmão, órfãoou pessoadesignada,

aos 21 (vintee um) anosde idade

resalvada odireito deopção, évedada a

percepçãocumulativa

de mais deduas

pensões

a renúnciaexpressa

SE LIGA!!

A pensão provisória será

transformada em vitalícia ou temporária,

conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos

de sua vigência, ressalvado o eventual

reaparecimento do servidor, hipótese em

que o benefício será automaticamente

cancelado. (art. 221) Lei 8.112/90.) 

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Além das licenças, pensões, salário-família, auxílio à natalidade, etc., existem, ainda, o auxílio-

funeral e o auxílio reclusão.

Caso ocorra falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas

de transporte do corpo correrão à conta de recursos da União, autarquia ou fundação pública.

Auxílio Funeral

Para a família emfunção do

servidor falecido

Será pago em 48horas

Se o funeral forcusteado porterceiros, este

será indenizado

Atenção: É vedada a percepção cumulativa de mais de 02 pensões. 

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DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família compreende a assistência

médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica. Será prestada pelo Sistema Único de Saúde

(SUS), diretamente ligado ao órgão ou entidade a qual estiver vinculado o servidor ou mediante convênio

ou contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo

servidor ou seus dependentes ou pensionistas, na forma estabelecida em regulamento.

Auxílio Reclusão terá direito à família do servidorativo

2/3 da remuneração quandoafastado por prisão, emflagrante ou preventiva,

determinada pela autoridadecompetente, enquanto

perdurar a prisão.

Se absolvido, o servidor terádireito a integralização da

remuneração.

1/2 da remuneração, durante oafastamento, em virtude de

sentença definitiva, a pena quenão determine a perda do

cargo.

SE LIGA!! Se absolvido, terá direito àintegralização da remuneração. Se posto em

liberdade, cessará o pagamento do auxílio no

dia em que sair. 

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Assistência àsaúde do

servidor ativoou inativo e

de sua família

Assistênciamédica

Hospitalar

OdontológicaPsicológica

Farmacêutico

PRESTAÇÃO PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

PRESTADO DIRETAMENTE PELO ÓRGÃO OU ENTIDADE A QUE

ESTIVER VINCULADO O SERVIDOR

ATENÇÃO!! Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja

exigida perícia, avaliação ou inspeção médica, na ausência de

médico ou junta médica oficial, para a sua realização, o órgãoou entidade celebrará, preferencialmente, convênio com

unidades de atendimento do sistema público de saúde,

entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública,

ou com o Instituto Nacional da Seguridade Social - INSS. 

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No final da lei, verificamos as Disposições Gerais. Dentre essas, vale ressaltar:

UNIÃO, ENTIDADESAUTÁRQUICAS EFUNDACIONAIS

Celebrar convênios, exclusivamente,para a prestação de serviços de

assistência à saúde para os seusservidores ou empregados ativos,

aposentados, pensionistas, bem comopara seus respectivos grupos

familiares definidos, com entidades deautogestão por elas patrocinadas por

meio de instrumentos jurídicosefetivamente celebrados e publicados

até 12 de fevereiro de 2006 e quepossuam autorização de

funcionamento do órgão regulador

contratar, mediante licitação, na formada Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993,

operadoras de planos e segurosprivados de assistência à saúde que

possuam autorização de funcionamentodo órgão regulador

Autorização para

SE LIGA!! O valor do ressarcimento ficalimitado ao total despendido pelo servidor

ou pensionista civil com plano ou seguro

privado de assistência à saúde. 

O Dia do Servidor Público será comemorado em vinte e oito de outubro.

Por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, o servidor não poderáser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem

eximir-se do cumprimento de seus deveres.

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SERVIDOR PÚBLICO CIVIL(DIREITOS)

Livre associação sindical

de ser representado pelosindicato, inclusive como

substituto processual

de inamovibilidade do dirigentesindical, até um ano após o final do

mandato, exceto se a pedido

de descontar em folha, semônus para a entidade sindicala que for filiado, o valor das

mensalidades e contribuiçõesdefinidas em assembleia geral

da categoria

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Capítulo XIV - Lei 8.112/90 –  4ª Parte

QUESTÕES

1  – (TRT 23R (MT) - 2014 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Juiz do trabalho )

Acerca da aposentadoria dos servidores públicos, assinale a alternativa INCORRETA:

a) Quando o servidor público completa 70 (setenta) anos de idade ocorre sua aposentadoria 'expulsória' oucompulsória, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, o que já não ocorre naaposentadoria por invalidez permanente, a qual se dá apenas com proventos integrais;

b) São requisitos da aposentadoria voluntária o tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço ecinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, devendo ainda contar com 60 (sessenta) anosde idade e 35 (trinta e cinco) anos de contribuição se homem e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade e 30(trinta) de contribuição, se mulher;

c) Os proventos de aposentadoria e as pensões, quando da concessão, não poderão exceder aremuneração do respectivo servidor no cargo efetivo que serviu de base de cálculo;

d) Os requisitos de idade e tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos para o professor quecomprove exclusivamente tempo de efetivo exercício nas funções de magistério na educação infantil,ensino fundamental e médio;

e) O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e otempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.

2  – (FDC - 2014 - IF-SE - Técnico de Tecnologia da Informação)

A seguinte vantagem NUNCA se incorpora ao provento de aposentadoria:

a) indenização

b) gratificação

c) formação de 3º grau

d) adicional de tempo de serviço

3  – (PR-4 Concursos - 2015 - UFRJ - Auxiliar de Enfermagem)

Dona Guilhermina era servidora aposentada da UFRJ e veio a falecer há duas semanas. Na última sexta-feira, seu esposo, de 72 anos, procurou a Seção de Pessoal da UFRJ para comunicar o seu falecimento esolicitar os benefícios garantidos pelo Plano de Seguridade Social do servidor. Os benefícios que o esposo

de Dona Guilhermina terá direito a receber são:

a) aposentadoria e assistência à saúde.

b) pensão vitalícia e auxílio-funeral.

c) pensão temporária e auxílio-funeral.

d) aposentadoria e salário-família.

e) aposentadoria e auxílio-funeral.

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4  – (FEPESE - 2014 - MPE-SC - Procurador do Estado )

O retorno ao serviço público do servidor aposentado por invalidez, quando insubsistentes os motivos daaposentadoria, caracteriza:

a) reversão.

b) recondução.

c) reintegração.

d) transferência.

e) aproveitamento.

5  – (COMPERVE - 2015 - UFRN – Administrador)

De acordo com as normas da Lei nº 8.112/90, o tempo de serviço público prestado aos Estados,Municípios e Distrito Federal contar -se-á:

a) apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade.

b) apenas para efeito de aposentadoria.

c) apenas para efeito de disponibilidade.

d) apenas para efeito de contagem do adicional por tempo de serviço.

6  – (COMPERVE - 2015 - UFRN - Auxiliar administrativo)

Nos termos da Lei n0 8.112/90, são formas de vacância:

a) aposentadoria, promoção e recondução.

b) exoneração, demissão e readaptação.

c) recondução, reintegração e falecimento.

d) aposentadoria, demissão e reintegração.

7 - (PR-4 Concursos - 2015 - UFRJ - Auxiliar de Enfermagem)

Mariana está investida em um cargo em comissão na UFRJ, mas não possui vínculo de caráter efetivo

com a Administração Pública Federal. Isso faz com que Mariana, mesmo sendo servidora, tenha algumasrestrições aos benefícios do Plano de Seguridade Social dos servidores. Considerando essas restrições, obenefício que Mariana tem direito é:

a) auxílio-natalidade.

b) salário-família.

c) assistência à saúde.

d) aposentadoria.

e) auxílio-funeral.

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8  – (COMPERVE - 2015 – UFRN - Auxiliar administrativo)

À luz das normas expressamente previstas na Lei n0 8.112/90, a assistência à saúde do servidor, ativo ouinativo, e de sua família compreende assistência.

a) fisioterapêutica, médica, nutricional e odontológica.

b) médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica.

c) odontológica, social, médica, psicológica e farmacêutica.

d) hospitalar, médica, espiritual e farmacêutica.

9 – (PR-4 Concursos - 2015 – UFRJ - Auxiliar de Enfermagem)

Roberta é servidora da UFRJ investida no cargo de Técnico em Tecnologia da Informação. RecentementeRoberta deu à luz uma criança e dirigiu-se à Seção de Pessoal da UFRJ para solicitar os benefícios

garantidos pelo Plano de Seguridade Social do servidor. Os benefícios que Roberta terá direito a receberem virtude do nascimento do seu filho são:

a) licença à gestante e auxílio-natalidade.

b) licença à gestante e assistência à saúde.

c) auxílio-natalidade e assistência à saúde.

d) auxílio-natalidade e salário-família.

e) licença à gestante e salário-família.

10  – (NCE-UFRJ - 2014 - UFRJ - Assistente em Administração)

Em relação aos benefícios do Plano de Seguridade Social estabelecido na Lei Federal n° 8.112/1990, écorreto afirmar que, quanto ao servidor, eles NÃO compreendem: 

a) auxílio-natalidade

b) salário-família.

c) licença à gestante, à adotante e licença- paternidade.

d) assistência à saúde.

e) auxílio-reclusão.

11  –(NCE-UFRJ - 2014 -UFRJ – Fisioterapeuta)

Depois da leitura do texto adiante, responda à questão:

“A CRISE NAS RUAS DA EUROPA 

Classe média vira o 'novo pobre' europeu, sem casa, sem emprego e morando na rua.

A crise econômica alterou as ruas de Paris. Em frente ao famoso Museu do Louvre, todas as semanas,passam numerosas marchas de protesto contra as medidas conservadoras do governo francês e os cortes

sociais. Na bela e imponente avenida Champs Elysees, império da moda, grandes marcas como Louis

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Vuitton, Chanel, Dior, Giorgio Armani, entre outras, agora dividem o cenário com mendigos e sem-teto.(...)"

Fania Rodrigues. Revista Caros Amigos, abril de 2014.

Assinale a alternativa correta relativamente à seguridade social do servidor. Os benefícios do Plano deSeguridade Social do servidor NÃO compreendem, quanto ao servidor:

a) auxílio-natalidade.

b) auxílio-moradia.

c) assistência à saúde.

d) salário-família.

e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade.

12 - (ESAF - 2014 - MF - Assistente Técnico Administrativo)

São beneficiários da pensão vitalícia, exceto:

a) O cônjuge

b) O companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade familiar.

c) A mãe ou pai que comprove dependência econômica do servidor.

d) A pessoa portadora de deficiência, designada, que viva sob a dependência econômica do servidor.

e) O menor sob guarda ou tutela até 21(vinte e um) anos de idade.

13  – (FUNRIO - 2015 – UFRB – Contador)

Podem ser beneficiários de pensão temporária, nos termos da Lei nº 8112/90,

a) o menor sob guarda ou tutela até 18 (anos) de idade.

b) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez.

c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, enquanto durar a invalidez, mesmo que nãocomprovem dependência econômica do servidor.

d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 18 (dezoito) anos, ou, seinválida, enquanto durar a invalidez.

e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa portadora de deficiência, que vivam sob adependência econômica do servidor.

14  – (PR-4 Concursos - 2015 - UFRJ - Auxiliar de Enfermagem)

Dona Guilhermina era servidora aposentada da UFRJ e veio a falecer há duas semanas. Na última sexta-feira, seu esposo, de 72 anos, procurou a Seção de Pessoal da UFRJ para comunicar o seu falecimento esolicitar os benefícios garantidos pelo Plano de Seguridade Social do servidor. Os benefícios que o esposode Dona Guilhermina terá direito a receber são:

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a) aposentadoria e assistência à saúde.

b) pensão vitalícia e auxílio-funeral.

c) pensão temporária e auxílio-funeral.

d) aposentadoria e salário-família.

e) aposentadoria e auxílio-funeral.

15  – (FUNRIO - 2014 - IF-PI – Administrador)

Considerando o que prevê a Lei nº 8.112/1990 acerca da seguridade social do servidor, seguem-se quatroafirmações:

I. Será concedida licença à servidora gestante por cento e vinte dias consecutivos e, em caso de abortoatestado por médico oficial, a servidora terá direito a sessenta dias de repouso remunerado.

II. A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários dapensão temporária. Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá aotitular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada em partes iguais, entre os titulares dapensão temporária.

III. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de duas pensões.

IV. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime culposo de que tenha resultado amorte do servidor.

Está correto apenas o que se afirma em:

a) I e IV.

b) II, III e IV.

c) II e III.

d) I e II.

e) I, II e IV.

16 – (UFBA - 2014 - UFBA – Enfermeiro)

Sabendo-se que a Lei n°8112/1990 prevê, por ocasião da morte do servidor público, pensões para seusbeneficiários, podendo ser vitalícias ou temporárias, pode-se afirmar que o irmão órfão do funcionárioque comprovar dependência econômica do servidor público receberá uma pensão vitalícia.

( ) Certo ( ) Errado

17  – (UFBA - 2014 - UFSBA - Analista de Tecnologia da Informação)

Marque C, se a proposição é verdadeira; E, se a proposição é falsa.

Sabendo-se que a Lei n ° 8112/1990 prevê, por ocasião da morte do servidor público, pensões para seusbeneficiários, podendo ser vitalícias ou temporárias, pode-se afirmar que o irmão órfão do funcionário

que comprovar dependência econômica do servidor público receberá uma pensão vitalícia.

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( ) Certo ( ) Errado

18  – (FCC – 2015 - TJ-RR - Juiz estadual)

O Governador do Estado de Roraima pretende encaminhar à Assembleia Legislativa Estadual, um projeto

de lei para instituir o regime de previdência complementar para os servidores estaduais, nos termos doque dispõe a Constituição Federal, em seu art. 40, § 14. Com base no que dispõem as normasconstitucionais sobre esse assunto, deve-se concluir que:

a) somente os servidores celetistas e comissionados poderão ser compelidos a aderir a esse regime, vistoque para os servidores titulares de cargo efetivo, a Constituição prevê sua vinculação exclusiva ao regimepróprio de previdência do ente político ao qual pertencem.

b) tal regime se aplica apenas aos servidores vinculados às empresas públicas e sociedades de economiamista, visto que somente essas entidades podem criar os chamados “fundos de pensão” necessários ao

custeio desse regime.

c) apenas os servidores que já estiverem aposentados por ocasião da entrada em vigor da lei que instituirtal regime ficarão a ele vinculados, sendo que os servidores em exercício permanecerão vinculados aoregime próprio de previdência do Estado.

d) os servidores titulares de cargo comissionado podem se vincular ao regime de previdênciacomplementar, desde que manifestem de forma expressa a opção de se desvincularem do regime geral deprevidência social.

e) o teto de percepção de proventos equivalente ao limite máximo de benefícios do regime geral deprevidência não poderá ser imposto aos servidores que ingressaram na Administração Estadual antes dadata de publicação da lei que instituiu o regime de previdência complementar.

19-(ESAF - 2014 - MF - Assistente Técnico Administrativo) 

São beneficiários da pensão vitalícia, exceto:

a) O cônjuge

b) O companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade familiar.

c) A mãe ou pai que comprove dependência econômica do servidor.

d) A pessoa portadora de deficiência, designada, que viva sob a dependência econômica do servidor.

e) O menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de idade.

20-(UFBA - 2014 - UFBA - Enfermeiro) 

Sabendo-se que a Lei n° 8112/1990 prevê, por ocasião da morte do servidor público, pensões para seusbeneficiários, podendo ser vitalícias ou temporárias, pode-se afirmar que o irmão órfão do funcionárioque comprovar dependência econômica do servidor público receberá uma pensão vitalícia.

( )Certo ( )Errado

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21- NCE-UFRJ - 2014 - UFRJ - Fisioterapeuta

Concebido para valorizar a função pública e atrair competências para a administração, o instituto dapensão vem sofrendo o questionamento crescente de setores da sociedade. Tudo agravado, registre-se,pelas efetivas deficiências de parte dos serviços prestados pelo Estado, mas também pela desacreditaçãodeliberada e sistemática do público e da política.

Assinale, adiante, a afirmação INCORRETA quanto ao estabelecido no Título VI da Lei Federal n° 8.112, de

1990, sobre a pensão.a) As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e temporárias.

b) A pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos, e a pessoa portadora de deficiência que vivam sob adependência econômica do servidor são beneficiários da pensão vitalícia.

c) A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente se extinguem ou revertemcom a morte de seus beneficiários.

d) A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários dapensão temporária.

e) O cônjuge, a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor são beneficiários dapensão temporária.

22-(PR-4 Concursos - 2015 - UFRJ - Auxiliar de Enfermagem)

Dona Guilhermina era servidora aposentada da UFRJ e veio a falecer há duas semanas. Na última sexta-feira, seu esposo, de 72 anos, procurou a Seção de Pessoal da UFRJ para comunicar o seu falecimento esolicitar os benefícios garantidos pelo Plano de Seguridade Social do servidor. Os benefícios que o esposode Dona Guilhermina terá direito a receber são:

a) aposentadoria e assistência à saúde.

b) pensão vitalícia e auxílio-funeral.

c) pensão temporária e auxílio-funeral.

d) aposentadoria e salário-família.

e) aposentadoria e auxílio-funeral.

23-(UFBA - 2014 - UFSBA - Analista de Tecnologia da Informação)

Marque C, se a proposição é verdadeira; E, se a proposição é falsa. Sabendo-se que a Lei no 8112/1990prevê, por ocasião da morte do servidor público, pensões para seus beneficiários, podendo ser vitalícias

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ou temporárias, pode-se afirmar que o irmão órfão do funcionário que comprovar dependênciaeconômica do servidor público receberá uma pensão vitalícia.

( )Certo ( )Errado

24-(UESPI - 2014 - PC-PI - Delegado de Polícia)

São direitos constitucionais daqueles que exercem cargo público, EXCETO,

a) direito à livre associação sindical.

b) direito à greve, nos termo e nos limites definidos por lei específica.

c) irredutibilidade dos vencimentos.

d) ser convocado, se aprovado em concurso público, durante o prazo previsto no edital de convocação.

e) poder acumular o cargo público técnico com o de professor, se houver compatibilidade de horários.

25-(IDECAN - Colégio Pedro II - Assistente em Administração)

De acordo com a Lei nº 8.112/90, a pena de suspensão do servidor público, pode ser aplicada no caso de:

a) inassiduidade habitual.

b) aplicação irregular de dinheiros públicos.

c) incontinência pública e conduta escandalosa na repartição.

d) injustificada, recusa do servidor de ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade

competente.

e) acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas ou coagir ou aliciar subordinado no sentidode filiarem-se a associação profissional ou sindical ou a partido político.

26-(TRT 2R (SP) - 2014 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Juiz do trabalho)

Em relação aos direitos dos servidores públicos, aponte a alternativa correta:

a) Direito a associação sindical, direito de greve e negociação coletiva.

b) Irredutibilidade de vencimentos, sendo vedada a cumulação de cargos, funções ou empregos, seja naadministração direta, indireta ou fundacional.

c) Estabilidade, após dois anos de efetivo exercício no cargo.

d) Valor do trabalho noturno igual ao diurno.

e) Férias de sessenta dias ao ano com acréscimo de 1/3.

27-(PR-4 Concursos - 2015 - UFRJ - Auxiliar administrativo) 

Além de direitos e de deveres, também são vedadas ao servidor condutas que ferem a ética pública e quedesrespeitam ou contrariam os direitos democráticos de cidadania. Marque a alternativa que apresentaERRONEAMENTE proibição prevista na Lei nº 8.112/90:

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a) Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição, exceto em período eleitoral.

b) Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato.

c) Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de

benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro

d) Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente atéo segundo grau civil;

e) Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partidopolítico.

28-(Marinha - 2015 - CP-PCNS - Analista de Sistemas)

Assinale a opção que apresenta a conduta que configura, segundo a Lei 8.112/1990, proibição que,quando violada, além de acarretar demissão do servidor público ocupante de cargo efetivo, o

incompatibiliza para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

a) Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com ohorário de trabalho.

b) Valer-se de cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade dq funçãopública.

c) Opor resistência injustificada ao andamento de documentos e processos ou execução do serviço.

d) Cometer à pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuiçãoque seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado.

e) Coagir ou aliciar subordinados no sentido de se filiarem à associação profissional ou sindical ou a partidopolítico.

29-NCE-UFRJ - 2014 - UFRJ - Assistente em Administração 

Das proibições a que está submetido o servidor, elencadas nas alternativas a seguir, marque aquela queestá relacionada com eventuais tentativas de partidarização da administração pública. Ao servidor éproibido:

a) promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição.

b) manter sob sua chefa imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente atéo segundo grau civil.

c) retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição.

d) coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partidopolítico.

e) cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuiçãoque seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado.

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30-CESPE - 2014 - ANATEL - Analista Administrativo - Direito

A respeito do direito de greve dos servidores públicos, julgue o item que se segue, com base noentendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).A competência para apreciar dissídio coletivo de greve de servidores públicos federais é da justiça do

trabalho.

( )Certo ( )Errado

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GABARITO

1-A 11-B 21-A

2-A 12-E 22-B

3-B 13-B 23-E

4-A 14-B 24-D

5-A 15-C 25-D

6-B 16-E 26-B

7-C 17-E 27-A

8-B 18-E 28-B

9-A 19-E 29-D

10-E 20-E 30-E

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Capítulo XV

LEI Nº 8.429/1992

LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

A Lei nº 8.429/1992, conhecida como Lei de Improbidade Administrativa, tem por base o Princípioda Moralidade e foi criada com o intuito de combater os atos praticados por agentes públicos quecontrariem, de alguma forma, o bom funcionamento da Administração Pública.

Cumpre destacar que a expressão “Administração Pública”  abrange todos os entes daAdministração Direta e Indireta bem como qualquer empresa incorporada ao patrimônio público eentidade cuja criação ou custeio concorra ou tenha concorrido com mais de cinquenta por cento dopatrimônio público ou da receita anual, conforme disposto no art. 1° da referida lei.

Por tudo isso, a Lei nº 8.429/1992 prevê sanções a serem aplicadas aos agentes públicos quepraticarem atos que culminem em enriquecimento ilícito, dano ao erário ou violação a princípios daAdministração Pública, nos termos dos arts. 9º, 10 e 11 do referido Diploma Legal.

Cabe ressaltar que são passíveis de punição prevista na referida lei não só os agentes públicos quepraticarem atos de improbidade como aqueles que prestam de alguma forma serviços para aAdministração Pública, os que induzam, concorram ou se beneficiem do ato de improbidade, independente

de vínculo com o Poder Público. Lembre-se que, segundo o art. 2ª da lei, reputa-se agente público todoaquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nasentidades mencionadas acima.

É válido lembrar também que os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia regem-seobrigatoriamente pelos princípios indicados no art. 37, caput , da Constituição Federal, no trato dosassuntos quesão afetos, conforme explicitados a seguir.

SE LIGA!!!Estão também sujeitos às penalidades por atos de

improbidade praticados contra o patrimônio de entidade quereceba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de

órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio oerário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta porcento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestescasos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre acontribuição dos cofres públicos. 

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Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito,caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para aindisponibilidade dos bens do indiciado. Porém, a indisponibilidade a que se refere só recairá sobre os bensque assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante doenriquecimento ilícito, podendo ainda ser estendido ao sucessor daquele que causar a lesão ao patrimôniopúblicoou se enriquecer ilicitamente, ficando sujeito às cominações da Lei até o limite o valor da herança.

Os atos de improbidade administrativa são classificados de acordo com a conduta e o resultadoobtido com esta, sendo tipificados como atos que importem em enriquecimento ilícito, dano ao erário ouviolação a princípios da administração. O primeiro abrange a ação da qual se venha a auferir qualquer tipode vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, emprego ou atividade pública.

O segundo versa sobre os atos que, de qualquer forma, ensejarem perda patrimonial, desvio,apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres do Poder Público. O terceiro e último atode improbidade previsto na lei são aqueles que atentam contra os princípios da Administração Pública epode ser qualquer ação ou omissão que os viole.

SE LIGA!Ocorrendo lesão ao patrimônio público por

ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou deterceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. Nocaso de enriquecimento ilícito, perderá o agentepúblico ou terceiro beneficiário os bens ou valoresacrescidos ao seu patrimônio. 

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receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagemeconômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quemtenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissãodecorrente das atribuições do agente público

perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta oulocação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas noart. 1° por preço superior ao valor de mercado

perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta oulocação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior aovalor de mercado

utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material dequalquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadasno art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiroscontratados por essas entidades

receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploraçãoou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou dequalquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem

receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsasobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso,medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidadesmencionadas no art. 1º desta lei

adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens dequalquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agentepúblico

aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento parapessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por açãoou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade

perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública dequalquer natureza

receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir atode ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado

incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantesdo acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei

usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial dasentidades mencionadas no art. 1° desta lei

ATOS DE IMPROBIDADE QUE IMPORTAM ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

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ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE CAUSAM PREJUÍZO AO ERÁRIO

facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, depessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonialdas entidades mencionadas no art. 1º desta lei

permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas,verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas noart. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentaresaplicáveis à espécie

doar à pessoa física ou jurídica, bem como ao ente despersonalizado, ainda que

de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimôniode qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância dasformalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie

permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante dopatrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda aprestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado

permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preçosuperior ao de mercado

realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ouaceitar garantia insuficiente ou inidônea

conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ouregulamentares aplicáveis à espécie

SE LIGA!!!

Os atos de improbidade administrativa não estão taxativamente

previstos em lei, sendo possível compreender que sua enumeração sejameramente exemplificativa.

331

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frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente

ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ouregulamento

agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como noque diz respeito à conservação do patrimônio público

liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentesou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular

permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrantedo patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei,ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao demercado

permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente

permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição dequalquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho deservidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades

celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviçospúblicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei

celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotaçãoorçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei

332

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Os atos de improbidade administrativa que importam em enriquecimento ilícito são os que visam aauferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício do cargo de cargo, mandato,emprego ou atividade pública.

ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA QUE ATENTAM CONTRA OS PRINCÍPIOS DAADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, naregra de competência

retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício

revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições eque deva permanecer em segredo

negar publicidade aos atos oficiais

frustrar a licitude de concurso público

deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo

revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgaçãooficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ouserviço

OBSERVAÇÃO!

Constitui ato de improbidade administrativa que

causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosaou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio,apropriação, malbaratamento (gastar mal) oudilapidação dos bens ou haveres das entidades. 

333

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Os que causam prejuízo ao erário são as ações ou omissões, dolosas ou culposas, que ensejamperda patrimonial, desvio, apropriação, malbaramento ou dilapidação dos bens ou haveres do PoderPúblico.

E, por último, que atentam contra os princípios da Administração Pública, são as ações ou omissõesque violem os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições.

A prática de atos de Improbidade Administrativa poderá acarretar além das sanções penais, açõescivis e administrativas e sujeitará cada uma às respectivas penalidades, conforme quadro comparativoabaixo.

Sanções

SUSPENÇÃO DOSDIREITOS

POLITICOS 

MULTA 

CIVIL 

PROÍBIÇÃO DECONTRATAR COMO PODER PÚBLICO. 

PERDA DOS BENS 

PERDA DAFUNÇÃO 

RESSARCIMENTOAO ERÁRIO 

ENRIQUECIMENTOILÍCITO 

08 A 10 ANOS

ATÉ 03 VEZES OVALOR DO

ACRÉSCIMOINDEVIDO

10 ANOS

SIM

SIM

SIM

PREJUÍZO AOERÁRIO 

05 A 08 ANOS

ATÉ 02 VEZES OVALOR DO DANO

05 ANOS

SIM

SIM

SIM

ATENTAR CONTRAPRINCÍPIOS DA

ADMINISTRAÇÃOPÚBLICA 

03 A 05 ANOS

ATÉ 100 VEZES AREMUNERAÇÃO

DO AGENTE

03 ANOS

SIM

SIM

SIM

334

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OBSERVAÇÃO!

Não há cumulação de sanções relativas à prática de mais de um

ato de improbidade. Neste caso, incorrendo o agente em mais de uma

infração, aplicar-se-á a sanção mais grave, sendo esta definida pelo juiz

nos limites da lei (art.12, parágrafo único, da Lei nº 8.429/1992). 

SANÇÕES

Você deve estar se perguntando como é possível a constatação do enriquecimento ilícito por partedo servidor público sem que a Administração cometa alguma arbitrariedade com o mesmo. Ocorre que,noart. 13 da Lei nº 8.429/1993, bem como no art. 13, § 5o, da Lei nº 8.112/1990, há a obrigatoriedade de oservidor, no momento da posse, fazer uma declaração de bens. Nesse sentido, em ambas as leis faz-senecessária a apresentação dos bens antes de ingressar na Administração Pública.

Suspensão direitos políticos

Perda da função pública

Indisponibilidade dos bens

Ressarcimento Ao erário

Ação civilPagamento de

multa

ProibiçãoDe contratar com o

Poder Público

335

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A DECLARAÇÃO COMPREENDERÁ:

A declaração de bens será anualmente atualizada, sendo ainda entregue na data em que o agentepúblico deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função, ficando disponível para controle interno

e externo da Administração.

Cumpre mencionar que o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro doprazo determinado, ou prestar declaração falsa, será punido com a pena de demissão, a bem do serviçopúblico, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

No que tange à comprovação anual por parte do servidor, poderá ser realizada mediante entregada cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal, com as necessáriasatualizações, conforme a legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com o fimde suprir a exigência contida no caput  e no § 2° do art. 13 da lei, referente a declaração de bens do agentepúblico que deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.

Imóveis

Móveis

Semoventes

Dinheiro

Títulos

Ações

Qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizada no Paísou no exterior e, quando for o caso, abrangerá os bens e valorespatrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas

que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenasos objetos e utensílios de uso doméstico.

SE LIGA!!!

O agente público que se recusar a prestar declaração dos bens ouque a prestar falsa será punido com demissão. Cuidado, não é

advertência, como costuma cair em prova.

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Em relação ao Procedimento Administrativo e ao Processo Judicial, vale afirmar que qualquerpessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigaçãodestinada a apurar a prática de ato de improbidade. Nesse aspecto, vale mencionar a forma como deveráser feita a representação.

Vejamos:

Dessa feita, cumpre salientar que, se as formalidades para a representação demonstradas acimanão estiverem corretamente realizadas, a autoridade administrativa rejeitará a representação, emdespacho fundamentado.

Em contrapatida, se atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará aimediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada na forma deprocesso disciplinar, nos moldes dos arts. 148 a 182 da Lei nº 8.112/1990 e, em se tratando de servidormilitar, de acordo com os respectivos regulamentos disciplinares.

Sendo assim, a comissão processante dará conhecimento ao Ministério Público e ao Tribunal ouConselho de Contas da existência de procedimento administrativo para apurar a prática de ato deimprobidade. O Ministério Público ou Tribunal ou Conselho de Contas poderá, a requerimento, designarrepresentante para acompanhar o procedimento administrativo.

REPRESENTAÇÃO

SERÁ:

escrita

OU

reduzida a termo

assinada

CONTERÁ:

qualificação dorepresentante

as informaçõessobre o fato e

sua autoria

indicação dasprovas de que

tenhaconhecimento

Cumpre salientar que, se as formalidades para arepresentação demonstradas acima não estiverem corretamenterealizadas, a autoridade administrativa rejeitará a representação,em despacho fundamentado.

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Havendo fundados indícios de responsabilidade, a comissão representará ao Ministério Público ouà procuradoria do órgão para que requeira ao Juízo competente a decretação do sequestro dos bens doagente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. Contudo, opedido de sequestro será processado de acordo com o disposto nos arts. 822 e 825 do Código de

Processo Civil. 

Vejamos abaixo sobre quais bens poderá recair o sequestro. Confira!

Por fim, havendo necessidade, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contasbancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratadosinternacionais.

A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa

 jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar.

O SEQUESTROPODERÁ RECAIR

SOBRE:

Bens móveis, semoventes ou imóveis, quando Ihes fordisputada a propriedade ou a posse, havendo

fundado receio de rixas ou danificações.

Frutos e rendimentos do imóvelreivindicando, se o réu, depois de

condenado por sentença aindasujeita a recurso, os dissipar.

Bens do casal, nas ações de separação judiciale de anulação de casamento, se o cônjuge os

estiver dilapidando.

Nos demais casosexpressos em lei.

SE LIGA!!!

É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações acima! 

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A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação doressarcimento do patrimônio público. O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará,obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade.

Importante informar que a propositura da ação prevenirá a jurisdição do Juízo para todas as açõesposteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto, devendo ser a açãoinstruída da seguinte forma: através de documentos e justificativas que contenham indícios suficientes daexistência do ato de improbidade e com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação dequalquer dessas provas.

RITO DAS AÇÕES DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Nesse aspecto, estando a inicial em devida forma, ocorrerão as seguintes etapas:

Por fim, encontraremos no art. 19 as disposições penais, das quais vale frisar:

  Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceirobeneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.

 O juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecermanifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações,dentro do prazo de 15 dias.

• Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada,rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, daimprocedência da ação ou da inadequação da via eleita.

• Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação.

• Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento.

• Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito.

A sentença que julgar procedente ação civil de

reparação de dano ou decretar a perda dos bens havidosilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dosbens, conforme o caso, em favor da pessoa jurídicaprejudicada pelo ilícito. 

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Pena: detenção de seis a dez meses e multa.Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos

materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

Já no art. 20, a perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam como trânsito em julgado da sentença condenatória, podendo a autoridade judicial ouadministrativa competente determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo,emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária àinstrução processual.

A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:

Prescrição 

As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

A aplicação das sanções independe:

da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvoquanto à pena de ressarcimento

da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controleinterno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas

PRAZO PARA PROPOSITURA 

Até cinco anos após otérmino do exercício demandato, de cargo em

comissão ou de função deconfiança.

Dentro do prazoprescricional previsto emlei específica para faltas

disciplinares puníveis comdemissão a bem do serviço

público, nos casos deexercício de cargo efetivo

ou emprego.

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VERBOS DE IMPROBIDADE

IMPROBIDADE EENRIQUECIMENTO ILÍCITO

receber

(vantagem econômica)

perceber

(vantagem econômica)

utilizar

adquirir

aceitar (emprego emcomissão)

incorporar

usar

PREJUÍZO AO ERÁRIO

facilitar

permitir

doar

realizar

conceder

frustrar

ordenar

agir

concorrer

celebrar

liberar

ATENTAR CONTRA AADMINISTRAÇÃO

Praticar

permitir

deixar

revelar

negar

frustrar

deixar

revelar

retardar

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Capítulo XV - Lei nº 8.429/1992

QUESTÕES

01-(CESPE - 2011 - TJ-ES - Comissário da Infância e da Juventude - Específicos). Julgue o item a seguir:Os atos de improbidade administrativa estão taxativamente previstos em lei, não sendo possívelcompreender que sua enumeração seja meramente exemplificativa.( ) Certo ( ) Errado

02-(CESPE - 2011 - TJ-ES - Comissário da Infância e da Juventude - Específicos). Considerando a Lei deImprobidade Administrativa, julgue o item subsecutivos.As sanções penais, civis e administrativas previstas em lei podem ser aplicadas aos responsáveis pelosatos de improbidade, de forma isolada ou cumulativa, de acordo com a gravidade do fato.( ) Certo ( ) Errado

03-(CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Papiloscópico - Específicos). Julgue o item a seguir, relativo à improbidadeadministrativa (Lei nº 8.429/1992).Qualquer pessoa, independentemente de identificação, poderá representar à autoridade administrativacompetente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.( ) Certo ( ) Errado

04-(CESPE - 2011  –   PC-ES - Perito - Papiloscópico - Específicos). Julgue o item a seguir, relativo àimprobidade administrativa (Lein.º 8.429/1992).A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente públicodo exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizernecessária à instrução processual.

( ) Certo ( ) Errado

05-(CESPE  –   2011  –  STM  –  Analista Judiciário  –  Execução de Mandados  –  Específicos). Tendo em vista adisciplina da Lei nº 9.784/1999, que regula oprocesso administrativo no âmbito da Administração Públicafederal, e da Lei nº 8.429/1992,que dispõe sobre os atos de improbidade administrativa, julgue oseguinte item.Caracteriza-se como ato de improbidade administrativa a ação ou omissão que causa lesão ao erário,decorrente tanto de dolo como de culpa em sentido estrito.( ) Certo ( ) Errado

06-(CESPE  –  2011  –   MMA  –   Analista Ambiental). Tendo por base a Lei de Improbidade Administrativa, julgue o item a seguir.Considere que um servidor público requisite, seguidamente, para proveito pessoal, os serviços defuncionários de uma empresa terceirizada de serviços de limpeza, contratada pelo órgão em que oservidor exerce função de chefia. Nessa situação, esse fato é caracterizado como ato de improbidadeadministrativa que importa enriquecimento ilícito.( ) Certo ( ) Errado

07-(FGV  –  2011  –  TRE-PA  –  Técnico Judiciário  –  Área Administrativa). No que diz respeito à improbidadeadministrativa, analise as afirmativas a seguir.I  –   Dar-se-á o integral ressarcimento do dano somente nos casos de lesão ao patrimônio público

decorrentes de ação dolosa.

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II  –   Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou deterceiro, dar-se  –  á o integral ressarcimento do dano.III  –  A aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado é conduta queviola o princípio da moralidade, mas que não se enquadra como ato de improbidade de acordo com a lei.

IV – 

 As omissões que são consideradas contrárias ao princípio da moralidade administrativa não constituematos de improbidade, que só podem ser comissivos.V  –  O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito àscominações da lei até o limite do valor da herança.

Assinale.a)

 

se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.b)  se apenas as afirmativas I e V estiverem corretas.c)  se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.d)  se apenas as afirmativas II e IV estiverem corretas.e)  se apenas as afirmativas II e V estiverem corretas.

08-(FG - 2010  –   PC-AP  –   Delegado de Polícia). Tem legitimidade para representar à autoridadeadministrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato deimprobidade:

a)  somente o Ministério Público;b)  somente o controle externo ou corregedoria do órgão.c)

 

somente o controle interno do órgão, em caráter sigiloso.d)

 

somente o Ministério Público, Tribunal ou Conselho de Contas.e)  qualquer pessoa que deseje ver apurada a prática de ato de improbidade.

09-(FGV  –   2010  –   SEFAZ-RJ  –   Fiscal de Rendas). Com relação ao tema da improbidade administrativa,analise as afirmativas a seguir.

I  –  O Ministério Público deve obrigatoriamente figurar como parte na ação de improbidade administrativa,pois se trata de hipótese de litisconsórcio necessário.II  –  Conforme a jurisprudência prevalecente do STF, os agentes políticos não se submetem ao regime da leide improbidade administrativa (Lei nº 8.429/1992), sendo-lhes aplicável o regime de responsabilização

 jurídico-administrativa especial.III  –   Segundo a jurisprudência prevalecente do STJ, as penas cominadas no art. 12 da Lei nº 8.429/1992devem ser aplicadas cumulativamente ao responsável pelo ato de improbidade administrativa.

Assinale:a)

 

se somente a afirmativa I estiver correta;b)  se somente a afirmativa II estiver correta;c)  se somente as afirmativas I e II estiverem corretas;d)

 

se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.;e)  se todas as afirmativas estiverem corretas.

10-(ESAF  –   2010  –   CVM  –   Analista  –   Recursos - Humanos). O servidor que pratica ato de improbidadeadministrativa, segundo o texto constitucional, não está sujeito à(ao):

a)  ação penal cabível;b)

 

cassação dos direitos políticos;

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c)  perda da função pública;d)  indisponibilidade dos bens;e)  ressarcimento ao Erário.

11  – 

 (FCC – 

 2011 – 

 TRE-AP – 

 Analista Judiciário). Nos termos da Lei nº 8.429/1992, o agente público quepraticou ato de improbidade administrativa previsto no artigo 9o da mencionada lei (ato ímprobo queimporta enriquecimento ilícito), poderá ser sancionado com a pena, dentre outras, de:

a)  multa civil de cinco vezes o valor do acréscimo patrimonial;b)

 

suspensão de direitos políticos de três a cinco anos;c)

 

proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de dez anos;d)  proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de doze anos;e)  multa civil de até duzentas vezes o valor da remuneração percebida pelo agente.

12  –  (FCC  –  2011  –  TRE-AP  –  Técnico Judiciário). Analise as seguintes assertivas acerca das disposiçõesprevistas na Lei nº 8.429/1992.

I  –  Constitui contravenção penal a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceirobeneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.II  –  As sanções de perda da função pública e suspensão dos direitos políticos poderão se efetivar antes dotrânsito em julgado da sentença condenatória.III  –  As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na Lei de Improbidade podem ser propostasaté cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança.IV  –  A aplicação das sanções previstas nesta lei independe da efetiva ocorrência de dano ao patrimôniopúblico, salvo quanto à pena de ressarcimento.

Está correto o que se afirma SOMENTE em:a)

 

III e IV;b)

 

I, II e III;c)

 

I e II;d)

 

II, III e IV;e)  II e III.

13  –  (FCC  –  2011  –  TRT 4ª Região (RS)  –  Analista Judiciário). Em conformidade com a Lei de Improbidade

Administrativa, (Lei 8.429/92), é INCORRETO afirmar que estão sujeitos às penalidades previstas nessediploma legal, dentre outros, os atos praticados contra o patrimônio de entidade:

a)  que receba benefício de órgão público, bem como da entidade cuja criação o erário concorra commenos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual;

b)  que receba subvenção de órgão público, bem como de entidade cujo custeio o erário haja concorridocom menos de cinquenta por cento da receita anual;

c)  para cuja criação ou custeio o erário concorra com percentual inferior a cinquenta por cento dopatrimônio ou do orçamento, inexistindo, nesse caso, limitações à sanção patrimonial;

d)  que recebe incentivo fiscal de órgão público, bem como de entidade cuja criação ou custeio o eráriohaja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio;

e)  que recebe incentivo creditício de órgão público, bem como de entidades cujo custeio o erário hajaconcorrido com menos de cinquenta por cento do patrimônio.

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14-(FCC  –   2011  –   TRT  –   23ª REGIÃO (MT)  –   Analista Judiciário). Constitui ato de improbidadeadministrativa que importa enriquecimento ilícito, nos termos da Lei nº 8.429/1992:

a) 

permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de

mercado;b)  utilizar, em obra ou serviço particular, máquinas de propriedade da União, bem como o trabalho deservidor público da União;

c)  agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservaçãodo patrimônio público;

d) 

celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou semobservar as formalidades previstas na lei;

e)  realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares.

15-(FCC  –  2011  –  TRT  –  14ª Região (RO e AC)  –  Analista Judiciário). De acordo com a Lei nº 8.429/1992, quedispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercíciode mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional, amedida de indisponibilidade de bens:

a) consiste em forma de tutela precedida de cognição plena e exauriente;b) destina-se a todas as modalidades de ato ímprobo;c) é decretada pelo Ministério Público;recairá somente sobre o acréscimo patrimonial, na hipótese de ato ímprobo que importe enriquecimentoilícito;d) exige, para seu deferimento, apenas a prova do risco de dilapidação patrimonial.

16-(FCC  –   2011  –   TRE-TO  –   Analista Judiciário). De acordo com a Lei nº 8.429/1992 (ImprobidadeAdministrativa), nas ações de Improbidade Administrativa é INCORRETO afirmar que: 

a) 

qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instauradainvestigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade;

b) 

da decisão que receber ou rejeitar a petição inicial na ação de improbidade administrativa caberáapelação com efeito suspensivo;

c)  a ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídicainteressada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar;

d)  é vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações que versem sobre improbidade administrativa.e)

 

o Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal dalei, sob pena de nulidade.

17-(FCC  –  2010  –  MPE-RS  –  Agente Administrativo). NÃO está sujeito às disposições da Lei de ImprobidadeAdministrativa o particular que, não sendo agente público:

a) 

cause prejuízo ao erário sem a participação de agente público;b)  se beneficie de forma direta do ato de improbidade;c)

 

se beneficie de forma indireta do ato de improbidade;d)  concorra para a prática do ato de improbidade;e)  induza à prática do ato de improbidade.

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18  –  (FCC  –  2010  –  TCE-AP  –  Procurador). No tocante aos atos de improbidade praticados por agentespúblicos, é correto assegurar que:

a) 

os agentes públicos não estão obrigados a velar pela observância do princípio da publicidade no trato

dos assuntos que lhes são afetos;b)  o integral ressarcimento do dano é cabível apenas nos casos de lesão dolosa ao patrimônio público;c)  o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou enriquecer-se ilicitamente não está

obrigado à reparação do dano;d)  o terceiro beneficiário perderá os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio no caso de

enriquecimento ilícito;e)

 

não se reputa agente público aquele que exerce cargo em entidade fundacional municipal.

19-(ESAF  –   2009  –   Receita Federal  –   Auditor Fiscal da Receita Federal).Quanto à disciplina da Lei deImprobidade Administrativa  – Lei n. 8.429, de 2 de junho de 1992, é incorreto afirmar:

a)  considera-se agente público todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração,por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no art. 1º da Lei;

b) 

aplicam-se também as disposições da Lei de Improbidade Administrativa, no que couber, àquele que,mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele sebeneficie sob qualquer forma direta ou indireta;

c)  o Supremo Tribunal Federal excluiu da sujeição à Lei de Improbidade Administrativa os agentespolíticos que estejam sujeitos ao regime de crime de responsabilidade;

d) 

ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou deterceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano e, no caso de enriquecimento ilícito, perderá oagente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio;

e)  tratando-se de penalidades personalíssimas, em nenhuma hipótese, poderá o sucessor ser alcançadopor sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa.

20-(CESPE  –  2010  –  ABIN  –  OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA  –  ÁREA DE DIREITO). Com base na situaçãohipotética a seguir, referente à prescrição administrativa, julgue se a assertiva está certa ou errada.Foi proposta, em 5/6/1998, ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra um ex-prefeito,por ilícito praticado na sua gestão. Na ação, foram requeridos não apenas a sua condenação por ato deimprobidade, mas também o ressarcimento dos danos causados ao erário. O término do mandato doreferido prefeito ocorreu em 31/12/1992. Nessa situação, de acordo com a Lei nº 8.429/1992 e osprecedentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-prefeito não poderá ser punido pelo ato deimprobidade, já prescrito, mas não ficará impune da condenação pelos danos causados ao erário, que sãoimprescritíveis.( ) Certo ( ) Errado

21-(CESPE  –   2011  –   EBC  –   Analista  –   Advocacia). Julgue o item que se segue relativo à Administração

Pública e aos atos administrativos.

Os empregados públicos, regidos pelas normas trabalhistas, não se submetem aos preceitos contidos nalei de improbidade administrativa, por não serem agentes políticos nem constarem expressamente no rolde sujeitos ativos, previstos taxativamente na norma de regência.( ) Certo ( ) Errado

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22-(CESPE  –  2011  –  Correios  –  Analista de Correios  –  Administrador). Julgue o item referente aos poderes edeveres do administrador público. A dispensa indevida de processo licitatório por agente público, alémde causar prejuízo ao erário, constitui ato de improbidade administrativa que importa noenriquecimento ilícito daquele que o pratica.

( ) Certo ( ) Errado 

23-(CESPE  –   2011  –   PC-ES  –   Perito Papiloscópico  –   Específicos). Julgue o item a seguir, relativo àimprobidade administrativa (Lei nº 8.429/1992).O ato de celebrar contrato que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestãoassociada, sem observar as formalidades previstas em lei, por si só, não constitui ato de improbidadeadministrativa.

( ) Certo ( ) Errado 

24-(CESPE  –   2011  –   PC-ES  –   Perito - Papiloscópico  –   Específicos). Julgue o item a seguir, relativo à

improbidade administrativa (Lei nº 8.429/1992).Será punido com a pena de advertência, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que serecusar a prestar declaração dos bens dentro do prazo determinado.

( ) Certo ( ) Errado 

25-(CESPE  –   2011  –   PC-ES  –   Escrivão de Polícia  –   Específicos). Com relação à Lei de ImprobidadeAdministrativa, julgue o item subsequente. Qualquer pessoa poderá representar à autoridadeadministrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato deimprobidade, sem prejuízo de representar também ao Ministério Público.

( ) Certo ( ) Errado

26-(FCC  –  2011  –  TRT  –  23ª REGIÃO (MT)  –  Analista Judiciário  –  Estatística). Sobre a Lei nº 8.429/1992,que versa sobre os atos de improbidade administrativa é INCORRETO afirmar.

a) Estão sujeitos às penalidades da Lei de Improbidade os atos ímprobos praticados contra entidades paracuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento dopatrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícitosobre a contribuição dos cofres públicos.

b) Aquele que, não sendo agente público, se beneficie sob a forma indireta, estará sujeito às disposições daLei de Improbidade Administrativa.

c) Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação culposa do agente, dar-se-á o integral ressarcimento dodano.

d) Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público caberá a autoridade administrativaresponsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens doindiciado.

e) O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está sujeito àscominações da Lei de Improbidade Administrativa, independentemente do limite do valor da herança.

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27- (FCC  –  2011  –  TRT  –  1ª REGIÃO (RJ)  –  Analista Judiciário  –  Arquivologia). O Prefeito de determinadoMunicípio realizou contratação sem concurso público, fora das hipóteses constitucionalmenteautorizadas. Tal fato:

a) corresponde a ato ímprobo atentatório aos princípios da Administração Pública; portanto, semprepassível de sofrer a medida de indisponibilidade de bens;b) para ser caracterizado como ato ímprobo, é necessária a constatação do elemento subjetivo doloso doagente, consistente na vontade consciente de realizar fato descrito na norma incriminadora;c) está previsto, na Lei de Improbidade Administrativa, como ato ímprobo que importa enriquecimentoilícito;d) para ser caracterizado como ato de improbidade administrativa, exige, necessariamente, a ocorrência delesão ao erário;e) por caracterizar em tese ato ímprobo, é devida a devolução dos valores havidos pelos contratados,mesmo que tenham trabalhado regularmente no âmbito da Administração Municipal.

28  –  (FCC  –  2011  –  TRE-AP  –  Analista Judiciário  –  Área Administrativa). Nos termos da Lei nº 8.429/1992, oagente público que praticou ato de improbidade administrativa previsto no artigo 11 da mencionada lei(ato ímprobo que atenta contra os princípios da Administração Pública), poderá ser sancionado com apena, dentre outras, de:

a) proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de cinco anos;

b) suspensão de direitos políticos de seis a oito anos;

c) multa civil de, no máximo, cinco vezes o valor do dano;

d) proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de três anos;

e) multa civil de até duzentas vezes o valor da remuneração percebida pelo agente.

29-(FCC  –  2011  –  TRE-AP  –  Analista Judiciário  –  Área Administrativa). Nos termos da Lei nº 8.429/92, a açãode improbidade administrativa terá o rito ordinário, e será proposta pelo Ministério Público ou pelapessoa jurídica interessada. Sobre o tema, está correto o que se afirma em:

a) da decisão que rejeitar a petição inicial, caberá agravo de instrumento;b) é possível a transação, acordo ou conciliação nas ações de improbidade administrativa;c) recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar defesa prévia;

d) o Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei,sob pena de nulidade;e) não será possível ao juiz extinguir o processo sem julgamento de mérito, em qualquer fase do processo,ainda que reconheça a inadequação da ação de improbidade.

30-(FCC  –   2011  –   TRT  –   23ª REGIÃO (MT)  –   Técnico Judiciário  –   Área Administrativa). Os atos deimprobidade administrativa praticados contra o patrimônio de entidade para cuja criação ou custeio oerário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual:

estão sujeitos às penalidades estabelecidas na Lei de Improbidade Administrativa, com exceção da sançãopatrimonial, não aplicada na espécie;

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a) não estão sujeitos às penalidades estabelecidas na Lei de Improbidade Administrativa, ensejando aaplicação de sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica;

b) estão sujeitos às penalidades estabelecidas na Lei de Improbidade Administrativa, ensejando a aplicação

da sanção patrimonial integral, independentemente da repercussão do ilícito sobre a contribuição doscofres públicos;c) só estarão sujeitos às penalidades estabelecidas na Lei de Improbidade Administrativa se forempraticados por agente público que exerça cargo efetivo e com remuneração;d) estão sujeitos às penalidades estabelecidas na Lei de Improbidade Administrativa, limitando-se, nestescasos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.

31-(FCC  –  2011  –  TRT  –  23ª REGIÃO (MT)  –  Analista Judiciário  –  Execução de Mandados). Constitui ato deimprobidade administrativa previsto especificamente no artigo 10 da Lei nº 8.429/1992, isto é, atocausador de prejuízo ao erário:

a) frustrar a licitude de processo licitatório;b) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobremedição ou avaliação em obras públicas;c) adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens dequalquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;d) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício,providência ou declaração a que esteja obrigado;e) utilizar, em obra ou serviço particular, o trabalho de servidores públicos da União.

32-(FCC  –  2011  –  TRT  –  14ª Região (RO e AC)  –  Técnico Judiciário  –  Área Administrativa). Márcio, servidorpúblico federal, aceitou promessa de receber vantagem econômica para tolerar a prática de jogo de azar.Cumpre esclarecer que Márcio tinha ciência da ilicitude praticada. Nos termos da Lei nº 8.429/1992, quedispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercíciode mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional, o fatonarrado constitui:

a) mero ilícito administrativo;b) ato ímprobo causador de prejuízo ao erário;c) ato ímprobo que importa enriquecimento ilícito;d) conduta legal, atentatória tão somente à moral e aos bons costumes;e) ato ímprobo atentatório aos princípios da Administração Pública, por não caracterizar quaisquer dasdemais modalidades de ato ímprobo.

33-(FCC  –   2011  –   TRE-TO  –   Técnico Judiciário  –   Área Administrativa). O servidor público que frustrar alicitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente, estará sujeito nos termos da Lei deImprobidade Administrativa, dentre outras cominações, à suspensão dos direitos políticos de:

a) dois a cinco anos, pagamento de multa civil de até seis vezes o valor do dano e proibição de contratarcom o Poder Público, pelo prazo de três anos;b) três a cinco anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do dano e proibição de contratarcom o Poder Público, pelo prazo de sete anos;c) cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratarcom o Poder Público, pelo prazo de cinco anos;

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d) sete a nove anos, pagamento de multa civil de até quatro vezes o valor do dano e proibição de contratarcom o Poder Público, pelo prazo de dez anos;e) oito a dez anos, pagamento de multa civil de até cinco vezes o valor do dano e proibição de contratarcom o Poder Público, pelo prazo de nove anos.

34 – (FGV  –  2010  –  SEAD-AP  –  Fiscal da Receita Estadual  –  Prova 1). De acordo com a Lei nº 8.429/1992, Leide Improbidade Administrativa, é correto afirmar que:

a) o sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio está sujeito às cominações da lei, salvo se o valor daherança for menor do que o dano ao erário público;b) para que o agente público seja enquadrado como sujeito ativo da improbidade administrativa énecessário ser servidor público, com vínculo empregatício estatutário ou contratual;c) a indisponibilidade dos bens do indiciado é uma medida de natureza cautelar, cabível quando o ato deimprobidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito;d) o prazo prescricional para as ações que visam aplicar sanções ao agente público que exerce cargo emcomissão é de até três anos após o término do exercício do cargo;e) quando o ato de improbidade ensejar enriquecimento ilícito, caberá à autoridade administrativaresponsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a disponibilidade dos bens do indiciado.

35-(ESAF  –  2009  –   ANA  –   Analista Administrativo  –   Comum a todos). O dirigente de um órgão públicosediado em Brasília e os servidores responsáveis pelas licitações e compras desse órgão compareceram aum evento de demonstração de um novo produto de informática que estava sendo lançado no mercadoe que poderia interessar ao órgão adquiri-lo. O evento ocorreu em um hotel resort situado no Nordeste eas despesas de transporte, hospedagem e alimentação desses agentes públicos foram custeadas pelaempresa fornecedora do produto porque o órgão público não dispunha de verba para tanto. Esse tipo deconduta dos agentes públicos:

a) configura ato de improbidade administrativa que importa enriquecimento ilícito no exercício da função;b) configura ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário;c) configura ato de improbidade administrativa somente na hipótese de o produto vir a ser adquirido peloórgão, por preço superior ao de mercado;d) não configura ato de improbidade administrativa porque agiram no interesse do órgão e não nointeresse pessoal deles;e) é lícita porque o órgão não dispunha de verba para pagar as diárias que são devidas nos deslocamentosno interesse do serviço.

36-(FGV  –  2009  –  MEC  –  Analista de Sistemas  –  Especialista). Analise as afirmativas abaixo, relativas à Leide improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992) e assinale a alternativa INCORRETA.

a) As disposições da Lei nº 8.429/92 são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agentepúblico, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer formadireta ou indireta.b) Reputa-se agente público, para os efeitos da Lei nº 8.429/92, todo aquele que exerce, ainda quetransitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outraforma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo1º da referida lei.c) Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou deterceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.

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d) Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dosprincípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe sãoafetos, excetuada, no caso dos agentes públicos do primeiro escalão, a observância do princípio dalegalidade.

e) Estão sujeitos às regularidades da Lei nº 8.429/92 os atos de improbidade praticados contra opatrimônio de entidade que receba subvenção de órgão público.

37-(CESPE  –   2010  –   BRB  –   Escriturário). Julgue o próximo item a respeito da Lei Orgânica do DistritoFederal (DF).Os atos de improbidade administrativa importam suspensão dos direitos políticos, perda da funçãopública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, comprejuízo da ação penal cabível.

( ) Certo ( ) Errado

38-(CESPE – 

 2010 – 

 TCE-BA – 

 Procurador). Considerando as disposições da CF referentes a improbidadeadministrativa e direitos políticos, julgue o item subsecutivo.Atos de improbidade administrativa são os que geram enriquecimento ilícito ao agente público oucausam prejuízo material à administração pública. Quem pratica esses atos pode ser punido com sançõesde natureza civil e política  – mas não penal  – como o ressarcimento ao erário, a indisponibilidade dosbens e a perda da função pública.

( ) Certo ( ) Errado

39-(CESPE  –  2010  –  ABIN  –  OFICIAL TÉCNICO DE INTELIGÊNCIA  –  ÁREA DE DIREITO). Julgue o item que sesegue, referente a procedimentos processuais penais.

A ação judicial principal destinada à responsabilização de agente público pela prática de ato deimprobidade administrativa deve seguir rito ordinário e ser proposta pelo MP ou pela pessoa jurídicainteressada, sendo vedada a transação, o acordo ou a conciliação.

( ) Certo ( ) Errado

40-(CESPE  –  2010  –  MPU Analista Processual). Com base no que dispõe a Lei nº 8.429/1992, julgue oitem seguinte, relacionado à improbidade administrativa. São sujeitos passivos do ato de improbidadeadministrativa, entre outros, os entes da administração indireta, as pessoas para cuja criação ou custeioo erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual

e as entidades que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.

( ) Certo ( ) Errado

41-(FCC - 2013 - MPE-SE - Técnico Administrativo)

Roberto é diretor-presidente de uma fundação qualificada como Organização Social, em razão decontrato de gestão firmado com o Governo do Estado de Sergipe. O plano de trabalho da entidadedetermina que haja o acolhimento de um número de moradores de rua por ano, qualificando-osprofissionalmente por 6 (seis) meses. Para tal mister, a Organização Social recebe o equivalente a 65%(sessenta e cinco por cento) de sua receita anual do Governo do Estado. Ocorre que, uma denúnciaanônima oferecida ao Ministério Público Estadual informa que determinada Associação de Moradores de

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um bairro nobre de Aracajú ofereceu vantagem pecuniária a Roberto, que foi por ele prontamenteaceita, para que atuasse de forma prioritária nos limites territoriais do bairro, deixando de atender áreasmais degradadas da cidade. No bojo do inquérito civil, sem contestar os fatos, Roberto apresenta defesaonde indica que atuou dentro dos limites do plano de trabalho e cumpriu o objetivo institucional da sua

Organização Social. Sobre o caso narrado acima é corretoa) capitular a conduta de Roberto como improbidade administrativa por enriquecimento ilícito, já que orecebimento de vantagem patrimonial indevida está sujeito às penalidades da Lei Federal n° 8.429/1992.b) afastar qualquer imputação de responsabilidade por improbidade administrativa, já que Roberto não éservidor público, condição necessária para aplicação da Lei Federal n° 8.429/1992.c) acolher as razões de defesa oferecidas por Roberto, já que receber vantagem econômica sem causardano ao erário não constitui ato de improbidade administrativa.d) afirmar que o responsável pela associação de moradores não poderá ser alcançado pelas penascominadas pela Lei de Improbidade Administrativa, já que não é responsável pela gestão direta dosrecursos públicos recebidos pela Organização Social.e) afirmar que a conduta de Roberto somente seria capitulada como improbidade administrativa se a

fundação tivesse sido criada por quaisquer dos entes federativos, não se aplicando a Lei Federal n°8.429/1992 para os casos em que a entidade receba do Estado recursos orçamentários.

42-(CONSULPLAN - 2014 - CBTU-METROREC - Contador) 

Entende-se por improbidade administrativa, o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos daAdministração Pública, cometido por agente público, durante o exercício de função pública oudecorrente desta. O ato de improbidade qualificado como administrativo (ato de improbidadeadministrativa) é aquele impregnado de desonestidade e deslealdade. Considerando o disposto naConstituição Federal de 1988 sobre Controle Externo e na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº

8.429/1992), analise.

I. A improbidade administrativa, regulada no Brasil pela Lei nº 8.429/1992, se aplica não só a órgãos eentidades governamentais, como também a todas as entidades que recebam verbas públicascorrespondentes a mais de 50% de seu patrimônio ou renda. Aplica-se, também, a entidades que recebemmenos de 50%, mas, nesse caso, somente na extensão dos danos para o patrimônio público.II. Considera-se agente público qualquer um que mantenha vínculo direto ou indireto com o poder público,o que dá à Lei nº 8.429/1992 extraordinário alcance, atingindo mesmo empresas privadas e pessoas quetenham contribuído para a prática do crime.III. Os atos de improbidade administrativa são divididos em três categorias: enriquecimento ilícito, danos aoerário público e atos contra os princípios da Administração Pública.IV. O controle interno é de competência privativa do Congresso Nacional e será exercido com o auxílio do

Tribunal de Contas da União.V. Qualquer cidadão, desde que maior de 21 anos, partido político com mais de 200 membros filiados,associação civil sem finalidade lucrativa ou sindicatos é parte legítima para denunciar irregularidades ouilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

Estão corretas as afirmativas :

a) I, II, III, IV e V.b) I, II e III, apenas.c) I, II e IV, apenas.

d) III, IV e V, apenas.

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43-(CESPE - 2013 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz federal)

Com relação à ACP e à ação de improbidade administrativa, assinale a opção correta.

a) Segundo entendimento jurisprudencial do STJ é vedada a propositura de ACP cujo fundamento seja a

prática de ato de improbidade administrativa, a despeito da natureza difusa do interesse tutelado.b) Praticado ato de improbidade administrativa que importe enriquecimento ilícito, o responsável estarásujeito às seguintes cominações: perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;ressarcimento integral do dano, quando houver; perda da função pública; suspensão dos direitos políticospor período de oito a dez anos; pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimopatrimonial; e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais oucreditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sóciomajoritário, pelo prazo de dez anos, sendo apenas a perda da função pública e a suspensão dos direitospolíticos efetivadas só com o trânsito em julgado da sentença condenatória.c) Uma associação, para propor ACP, deve estar constituída há pelos menos dois anos, devendo oajuizamento da ação ocorrer no local onde a entidade esteja regularmente registrada, segundo a regra de

competência territorial vigente.d) Decorre de entendimento jurisprudencial do STJ a vedação à propositura de ACP para veicular pretensãocontra fundos de natureza institucional cujos beneficiários possam ser individualmente determinados.e) Dada a necessidade de garantir a incolumidade do patrimônio público, a Lei de ImprobidadeAdministrativa autoriza a realização de transação entre o autor do ato de improbidade e o MP.

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GABARITO:

01 - E 11 - C 21 - E 31 - A 41-A

02 - C 12 - A 22 - E 32 - C 42-B

03 - E 13 - C 23 - E 33 - C 43-B

04 - C 14 - B 24 - E 34 - C -

05 - C 15 - D 25 - C 35 - A -

06 - C 16 - B 26 - E 36 - D -

07 - E 17 - A 27 - B 37 - E -

08 - E 18 - D 28 - D 38 - E -

09 - B 19 - E 29 - D 39 - C -

10 - B 20 - C 30 - E 40 - C -

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Capítulo XVI

PROCESSO ADMINISTRATIVO

Lei 5427/09

Estabelece normas sobre atos e processos administrativos no âmbito do Estado do Rio de Janeiro,

tendo por objetivo, em especial, a proteção dos direitos dos administrados e o melhor cumprimento dos

fins do Estado. Esta Lei também se aplica aos poderes Legislativos, Judiciários, ao Ministério Público,

Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado, quando no desempenho de função administrativa.

PRINCÍPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

•A unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura deuma entidade da Administração indireta

ÓRGÃO

•Unidade de atuação dotada de personalidade jurídica

ENTIDADE

•O servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

AUTORIDADE

Transparência

Legalidade

Finalidade

Motivação

RazoabilidadeProporcionali

dade

Moralidade

Ampla Defesa

Contraditório

Segurança

Jurídica

Impessoalida

de

Eficiência

Celeridade

Oficialidade

Publicidade Participação

Proteção daconfiançalegítima

Interesse

Público

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NORMAS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO

 

Atuação conforme a lei e o direito;

  Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou

autoridades;

  Atendimento a fim de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes, salvo

autorização em Lei;

  Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

 

Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;

  Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

  Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas

na Constituição da República;

  Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida

superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

 

Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;

 

Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e

respeito aos direitos dos administrados; Proibição de cobrança de despesas processuais,

ressalvadas as previstas em lei;  Interpretação da norma administrativa da forma que melhor

garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada a aplicação retroativa de nova

interpretação, desfavorável ao administrado, que se venha dar ao mesmo tema, ressalvada a

hipótese de comprovada má-fé;

  Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas; à

interposição de recursos, nos processos que possam resultar sanções e nas situações de litígio.

Qualquer ato que implique dispêndio ouconcessão de direitos deverá ter seu respectivo

extrato publicado na imprensa oficial.

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DIREITOS DO ADMINISTRADO

São direitos do Administrado:

DEVERES DO ADMINISTRADO

São deveres do administrado:

Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação.

Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo

órgão competente

Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vista

dos autos, obter cópias de documentos nele contidos, permitida a cobrança pelos custos da reprodução, e

conhecer as decisões proferidas, na forma dos respectivos regulamentos, ressalvadas as hipóteses de sigilo

admitidas em direito

Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e

o cumprimento de suas obrigações

Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para

o esclarecimento dos fatos

Não agir de modo temerário

Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé

Expor os fatos conforme a verdade

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INÍCIO DO PROCESSO

O processo administrativo pode iniciar-se de quatro formas:

A petição inicial, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulada por escrito e

conter os seguintes elementos essenciais:

I.entidade, órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

II.identificação do requerente ou de quem o represente;

III. domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;

IV.formulação do pedido, da comunicação, ou da proposição, com exposição dos fatos e de seus

fundamentos;

V. data e assinatura do requerente ou de seu representante.

A Administração não pode recusar o recebimento de petições sem motivar. O servidor deve

orientar o requerente sobre eventuais falhas. Caso falte algum elemento essencial do requerimento, será

determinado o suprimento da falta pelo requerente, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas úteis a 10 (dez)

dias úteis, contados a partir da correspondente comunicação, sob pena de arquivamento, salvo se a

continuação do feito interessar à administração. A Proposição será apreciada conforme critérios de

conveniência e oportunidade da Administração.

Ofício

Requerimento

Proposição

Comunicação do Administrado

Art. 6º § 4º A renovação de pedidos já examinados, tendo como objeto decisão administrativa

sobre a qual não caiba mais recurso, caracterizando abuso do direito de petição, será apenada

com multa de 100 UFIR-RJ (cem unidades fiscais de referência do Rio de Janeiro) a 50.000 UFIR-

RJ (cinquenta mil unidades fiscais de referência do Rio de Janeiro), observando-se, na aplicação

da sanção, de competência do Secretário de Estado ou da autoridade máxima da entidade

vinculada, a capacidade econômica do infrator e as disposições desta Lei relativas ao processo

administrativo sancionatório.

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Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados,

visando a atender hipóteses semelhantes.

DOS INTERESSADOS

Poderão participar do processo:

DA COMPETÊNCIA

A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que for atribuída como

própria, ressalvadas as hipóteses de delegação e avocação previstas nesta Lei ou em Leis específicas.

A competência poderá ser delegada, em parte, a outros órgãos ou titulares, quando for

conveniente, em razão de circunstâncias de natureza técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

as pessoas físicas

ou jurídicas que

se apresentemcomo titulares de

direitos ouinteresses

individuais, ouno exercício do

direito derepresentação;

aqueles que, sem

haverem iniciado

o processo,tenham direitos

ou interessesque possam ser

afetados peladecisão a ser

adotada;

as organizações e

associações

representativas,no tocante a

direitos einteresses

coletivos;

Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos

idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo se houver preceito legal em

contrário ou se a aglutinação puder prejudicar a celeridade do processamento.

as pessoas

físicas ou as

associações

legalmente

constituídasquanto a

A atuação no processo administrativo, nos casos dos

incisos III e IV deste artigo, dependerá de comprovação de

pertinência temática por parte das pessoas neles indicadas.

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A delegação deverá especificar as matérias e os poderes transferidos, os limites da atuação do

delegado, os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva do exercício da atribuição

delegada. O ato poderá ser revogado a qualquer tempo pela autoridade competente. A delegação poderáser admitida por meio de convênio ou outros atos multilaterais assemelhados.

Será permitida a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo terá início perante a autoridade

de menor grau hierárquico para decidir.

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou agente que tenha amizade íntima ou inimizade

notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o

terceiro grau. Fica impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento tem o dever de comunicar o fato à

autoridade competente, abstendo-se de atuar. A omissão no dever de comunicar o impedimento constitui

falta grave, para efeitos disciplinares.

•Tenha interesse direto ou indireto na matéria ou na solução do processo;

•seja cônjuge, companheiro, parente ou afim até o terceiro grau de qualquer dos interessados;

tenha dele participado ou dele venha a participar como perito, testemunha ou representante ouse tais situações ocorrerem quanto a qualquer das pessoas indicadas no artigo anterior;

•esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou com qualquer das pessoas

indicadas no artigo anterior.

Não podem ser objeto de delegação as

matérias de competência exclusiva do órgão

ou autoridade.

O ato de delegação e sua revogação deverão

ser publicados no meio oficial.

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DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO

Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei

expressamente a exigir. Deverão ser produzidos por escrito, em língua portuguesa, com a data e o local de

sua realização, a identificação e a assinatura da autoridade responsável. Salvo imposição legal, o

reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade e a autenticação

de documentos produzidos em cópia poderá ser feita pelo órgão administrativo. O processo deverá ter suas

páginas numeradas sequencialmente e rubricadas.

A Administração Pública poderá disciplinar, mediante decreto, a prática e a comunicação oficial dos

atos processuais por meios eletrônicos, atendidos os requisitos técnicos exigidos na legislação específica,

em especial os de autenticidade, integridade e validade jurídica. Os atos do processo devem realizar-se em

dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição pela qual tramitar, salvo nos casos de

urgência e interesse público relevante. Poderão ser concluídos após o horário normal de expediente os atos já iniciados, cuja eventual interrupção possa causar dano ao interessado ou à Administração.

Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o

interessado se outro for o local de realização. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou

autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no

prazo de quinze dias úteis, salvo justo motivo.

DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

O órgão competente para a condução do processo determinará a intimação do interessado para

ciência de decisão ou efetivação de diligências. A intimação deverá conter:

A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de

comparecimento. Pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por

telegrama ou outro meio que assegure a ciência do interessado. No caso de interessados indeterminados,

desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.

• Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;

• Finalidade da intimação;

• Data, local e hora em que deva comparecer

• Se o intimado deverá comparecer pessoalmente ou se poderá fazer-se representar;

• Informação da continuidade do processo independentemente do seu comparecimento;

• Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

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As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o

comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. O desatendimento da intimação não

importa no reconhecimento da verdade dos fatos, nem na renúncia a direito material pelo administrado.

O interessado poderá atuar no processo a qualquer tempo recebendo-o no estado em que se

encontrar, observado o seguinte:

Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição

de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos.

DA INSTRUÇÃO

As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os elementos necessários à tomada

de decisão realizam-se de ofício, sem prejuízo do direito dos interessados de requerer a produção de

provas e a realização de diligências. Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem

realizar-se do modo que lhes seja menos oneroso. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha

alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do disposto no art. 33

desta Lei.

Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá,

mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da

decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. A abertura da consulta pública será

objeto de divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os

autos do processo, bem como a documentação posta à disposição pelo órgão competente, fixando-se

prazo para o oferecimento de alegações escritas, que deverão ser consideradas pela Administração.

O comparecimento de terceiro à consulta pública não confere, por si só, a condição de interessado

no processo, mas atribui-lhe o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser

comum para todas as alegações substancialmente iguais. Antes da tomada de decisão, a juízo da

autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a

•Nenhum ato será repetido

em razão de sua inércia; •No prosseguimento do processo seráassegurado o direito ao contraditório

e à ampla defesa.

São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos.

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matéria do processo. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão valer-se de

outros meios de participação singular ou coletiva de administrados, diretamente ou por meio de

organizações e associações legalmente reconhecidas.

Os resultados da consulta e audiência públicas e de outros instrumentos de participação de

administrados serão divulgados, preferencialmente, por meio eletrônico, com indicação sucinta das suas

conclusões e fundamentação. Quando necessária à instrução do processo, a audiência de outros órgãos ou

entidades administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta, com a participação de titulares ou

representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada ao processo.

A administração pública não conhecerá requerimentos ou requisições de informações, documentos

ou providências que:

Quando o interessado declarar que fatos e dados estão registrados em documentos existentes no

próprio órgão responsável pelo processo ou em outro órgão administrativo, a autoridade competente para

a instrução, verificada a procedência da declaração, proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das

respectivas cópias, ou justificará a eventual impossibilidade de fazê-lo. O interessado poderá, na fase

instrutória e antes da tomada de decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias,

bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.

Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos interessados

ou terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de

atendimento.

•Não contenham a devida especificação do objeto e finalidade do processo a que

se destinam;

•Não sejam da competência do órgão requisitado;

•Acarretem ônus desproporcionais ao funcionamento do serviço, ressalvada a

possibilidade de colaboração da entidade ou órgão requisitante.

Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas

pelos interessados quando sejam ilícitas ou manifestamente impertinentes,

desnecessárias ou protelatórias.

Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se entender relevante a

matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo de proferir a decisão.

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Quando os elementos ou atuações solicitados ao interessado forem imprescindíveis à apreciação

de pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração implicará o arquivamento do

processo. O interessado já qualificado no processo será intimado de prova ou diligência ordenada, com

antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.

Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo

máximo de trinta dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de prorrogação. Se um parecer

obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a

respectiva apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. Se um parecer obrigatório e não

vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com

sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. A divergência de

opiniões na atividade consultiva não acarretará a responsabilidade pessoal do agente, ressalvada a

hipótese de erro grosseiro ou má-fé.

Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos

administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução

deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes,

sem prejuízo da apuração de responsabilidade de quem se omitiu na diligência.

Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias,

salvo se outro prazo for legalmente fixado. O interessado tem direito à obtenção de vista dos autos e de

certidões das peças que integram o processo ou cópias reprográficas dos autos, para fazer prova de fatos

de seu interesse, ressalvados os casos de informações relativas a terceiros, protegidas por sigilo ou pelo

direito à privacidade, à honra e à imagem. Quando o órgão de instrução não for o competente para emitir a

decisão final, elaborará relatório circunstanciado indicando a pretensão deduzida, o resumo das fases do

procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente justificada, encaminhando o processo à

autoridade com competência decisória.

DAS PROVIDÊNCIAS ACAUTELADORAS

Em caso de perigo ou risco iminente de lesão ao interesse público ou à segurança de bens, pessoas

e serviços, a Administração Pública poderá, motivadamente, adotar providências acauteladoras.A implementação da medida acauteladora será precedida de intimação do interessado direto para

se manifestar em prazo não inferior a 48 (quarenta e oito) horas, salvo quando:

• o interessado for desconhecido ou estiver em local incerto e não sabido; ou

• o decurso do prazo previsto neste parágrafo puder causar danos irreversíveis

ou de difícil reparação.

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DO DEVER DE DECIDIR

A Administração tem o dever de emitir decisão conclusiva nos processos administrativos e sobre

solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. Concluída a instrução de processo

administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação, por igual

período, expressamente motivada.

No exercício de sua função decisória, poderá a Administração firmar acordos com os interessados, a

fim de estabelecer o conteúdo discricionário do ato terminativo do processo, salvo impedimento legal ou

decorrente da natureza e das circunstâncias da relação jurídica envolvida, observados os princípios

previstos no art. 2o desta Lei, desde que a opção pela solução consensual, devidamente motivada, seja

compatível com o interesse público. Quando a decisão proferida num determinado processo administrativo

se caracterizar como extensível a outros casos similares, poderá o Governador, após manifestação daProcuradoria-Geral do Estado, mediante ato devidamente motivado, atribuir-lhe eficácia vinculante e

normativa, com a devida publicação na imprensa oficial.

DA MOTIVAÇÃO

As decisões proferidas em processo administrativo deverão ser motivadas, com indicação dos fatos

e dos fundamentos jurídicos, quando: 

deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão, ou discrepem de pareceres,laudos, propostas e relatórios oficiais;

Decorram de reexame de ofício;

Julguem recursos administrativos;

Dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

Neguem, limitem, modifiquem ou extingam direitos;

O efeito vinculante previsto neste artigo poderá ser revisto, a qualquer tempo, de ofício

ou por provocação, mediante edição de novo ato, mas dependerá de manifestação prévia da

Procuradoria Geral do Estado.

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A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de

concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste

caso, serão parte integrante do ato e deverão compor a instrução do processo.

Na solução de vários assuntos da mesma natureza, poderão ser utilizados recursos de tecnologia

que reproduzam os fundamentos das decisões, desde que este procedimento não prejudique direito ou

garantia dos interessados e individualize o caso que se está decidindo. A motivação das decisões de órgãos

colegiados e comissões, proferidas oralmente, constará da respectiva ata, de acórdão ou de termo escrito.

DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO

O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido

formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. Havendo vários interessados, a desistência ou

renúncia atinge somente quem as tenha formulado.

A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do

processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige. O órgão competente poderá

declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível,inútil ou prejudicado por fato superveniente.

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode,

respeitados os direitos adquiridos, revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade. Ao beneficiário

do ato deverá ser assegurada a oportunidade para se manifestar previamente à anulação ou revogação do

ato.

Extingam o processo.

Tenham conteúdo decisório relevante;

Acatem ou recusem a produção de provas requeridas pelos interessados;

Importem em anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo;

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Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a

terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria

Administração. Admite-se convalidação voluntária, em especial, nas seguintes hipóteses:

A Administração tem o prazo de cinco anos, a contar da data da publicação da decisão final

proferida no processo administrativo, para anular os atos administrativos dos quais decorram efeitosfavoráveis para os administrados, ressalvado o caso de comprovada má-fé. No caso de efeitos patrimoniais

contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. Sem prejuízo da

ponderação de outros fatores, considera-se de má-fé o indivíduo que, analisadas as circunstâncias do caso,

tinha ou devia ter consciência da ilegalidade do ato praticado.

Os Poderes do Estado e os demais órgãos dotados de autonomia constitucional poderão, no

exercício de função administrativa, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse

social, restringir os efeitos da declaração de nulidade de ato administrativo ou decidir que ela só tenha

eficácia a partir de determinado momento que venha a ser fixado.

DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Das decisões proferidas em processos administrativos e das decisões que adotem providências

acauteladoras cabe recurso. Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de

caução. O recurso administrativo interpõe-se por meio de requerimento endereçado ao órgão ou

autoridade prolatora da decisão impugnada, devendo ser expostos os fundamentos do pedido de nova

decisão, permitida a juntada de documentos.

Se o recorrente alegar violação ou não-incidência de enunciado ou súmula vinculante, o órgão ou

autoridade competente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade do

enunciado, conforme o caso.

O recurso interposto contra decisão interlocutória ficará retido nos autos para apreciação em

conjunto com o recurso interposto contra a decisão final, admitida a retratação pelo órgão ou autoridade

administrativa, em cinco dias úteis.

Demonstrada a possibilidade de ocorrência de prejuízo de difícil ou incerta reparação, a autoridade

recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, determinar o processamento do

recurso em autos específicos e, em sendo o caso, atribuir-lhe efeito suspensivo.

O julgamento do recurso administrativo caberá à autoridade ou órgão imediatamente superior

àquela que houver proferido a decisão recorrida, salvo expressa disposição legal ou regulamentar emsentido diverso. Apresentado o recurso, o órgão ou autoridade administrativa poderá modificar,

Vícios de

competência,

mediante ratificação

da autoridade

competente;

vício de objeto,

quando plúrimo,

mediante conversão

ou reforma;

quando, independentemente

do vício apurado, se constatar

que a invalidação do ato trará

mais prejuízos ao interessepúblico do que a sua

manutenção, conforme decisão

plenamente motivada.

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fundamentadamente, a sua decisão no prazo de cinco dias úteis. Não o fazendo, deverá encaminhar o

processo ao órgão ou autoridade competente para julgamento do recurso.

Não sendo encaminhado o recurso ao órgão ou autoridade no prazo previsto no caput deste artigo,

o interessado poderá reclamar diretamente contra o retardo ou negativa de seguimento, por qualquer

meio, inclusive eletrônico, desde que documentado.

Não havendo justo motivo, a autoridade que der causa ao atraso será responsabilizada

administrativamente, sem prejuízo das sanções civis e criminais aplicáveis. Salvo disposição legal em

contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.

Podem interpor recurso administrativo:

Salvo disposição legal específica, é de quinze dias o prazo para interposição de recurso

administrativo dirigido contra decisão final, e de cinco dias o prazo para interposição de recurso

administrativo dirigido contra decisão interlocutória ou decisão que adotar providência acauteladora,

contados a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

Recebido o recurso, o órgão ou autoridade competente para dele conhecer e julgar deverá intimar

os demais interessados já qualificados no processo para apresentar razões no prazo de cinco dias.

Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de

trinta dias, a partir do encerramento do prazo previsto e poderá ser prorrogado por igual período,

mediante justificativa explícita.

O recurso não será conhecido quando interposto:

Os titulares de direitos e

interesses que tenhamintegrado o processo;

Todos aqueles cujos direitos ou

interesses individuais, coletivos

ou difusos, forem indiretamente

afetados pela decisão recorrida,

observado o parágrafo único doart. 9o desta Lei.

fora do prazo;

perante órgão

incompetente; 

por quem nãotenha

legitimidadeou interesseem recorrer;

após exauridaa esfera

administrativa. 

Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a

autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, atribuir efeito

suspensivo ao recurso.

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O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde

que não ocorrida a preclusão administrativa.

O órgão ou autoridade competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou

revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida.

A Administração poderá rever suas decisões, desde que apoiada em fatos novos ou desconhecidos

à época do julgamento que guardem pertinência com o objeto da decisão:

A revisão do processo não poderá resultar agravamento de sanção eventualmente aplicada.

Todavia, a aplicação ou o agravamento de sanção em revisão administrativa será admitido, no prazo e nas

condições previstas no art. 53 desta Lei, quando fundada a revisão em fatos ou circunstâncias

desconhecidas pela Administração na época do julgamento.

Caberá recurso administrativo nas decisões finais produzidas no âmbito das entidades da

administração indireta, por motivo de ilegalidade, nas mesmas condições estabelecidas neste capítulo, para

o titular da Secretaria de Estado à qual se vinculem. O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do

recurso, para apreciação exclusiva do Secretário de Estado, a existência da repercussão geral.

Para efeito da repercussão geral, será considerada a existência, ou não, de questões relevantes do

ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos do caso

específico em exame. O recurso não será conhecido quando a questão jurídica nele versada não oferecer

repercussão geral, nos termos deste artigo.

A decisão do recurso será precedida de manifestação do órgão de assessoramento jurídico da

Secretaria de Estado e a decisão do recurso limitar-se-á à declaração da ilegalidade da decisão e, em sendo

o caso, devolverá o processo à entidade de origem para prolação de nova decisão.

DE OFÍCIO

Por provocação do

interessado,

independentemente de

prazo.

Se o órgão ou autoridade administrativa com competência para julgar o recurso concluir pelo

agravamento da situação do recorrente, deverá, antes do julgamento definitivo, notificá-lo

para que formule alegações, sem prejuízo da adoção de medidas de eficácia imediata, nos

casos de urgência e interesse público relevante.

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DOS PRAZOS

Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia

do começo e incluindo-se o do vencimento.

Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte, se o vencimento ocorrer em dia

em que não haja expediente ou se este houver sido encerrado antes da hora normal. Os prazos expressos

em dias contam-se de modo contínuo. Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data.

Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como

termo o último dia do mês.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONATÓRIO

Nenhuma sanção administrativa será aplicada à pessoa física ou jurídica pela administração, sem

que lhe seja assegurada ampla e prévia defesa, em procedimento sancionatório.

Sem prejuízo das circunstâncias atenuantes e agravantes previstas em legislação específica, para

imposição e gradação de sanções administrativas, a autoridade competente observará:

São circunstâncias que sempre atenuam a penalidade:

•A gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências;

•Os antecedentes do infrator, quanto ao cumprimento da legislação violada;

•A situação econômica do infrator.

O baixo grau de instrução ou escolaridade do infrator;

A reparação espontânea do dano, ou sua limitação significativa;

A comunicação prévia, pelo infrator, do risco de danos a bens, pessoas e

serviços;

A colaboração com os agentes encarregados da vigilância e da

fiscalização da atividade.

Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se

suspendem.

370

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São circunstâncias que sempre agravam a penalidade, quando não constituem ou qualificam a

infração:

Na aplicação de multas serão observadas as seguintes regras: 

reincidência nas infrações;

ausência de comunicação, pelo infrator, do risco de

danos a bens, pessoas e serviços;

• a) para obter vantagem pecuniária ou por outro motivo torpe;

• b) coagindo outrem para a execução material da infração;

• c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o

meio ambiente;

• d) causando danos à propriedade alheia;

• e) à noite;

• f) mediante fraude ou abuso de confiança;

• g) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização;

• h) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por

verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais.

ter o infrator cometido a infração:

• se o infrator, cumulativamente, não for reincidente na prática de

infrações administrativas, não tiver agido com dolo e não tiverem

ocorrido circunstâncias agravantes, o valor da multa não poderáultrapassar um terço do valor máximo previsto para a respectiva

infração, não podendo, em qualquer caso, ser inferior ao mínimoprevisto;

• se, além dos elementos previstos no inciso anterior, a infração for

cometida por pessoa física, microempresa ou empresa de pequeno

porte, o valor da multa não poderá ultrapassar um quarto do valor

máximo previsto para a respectiva infração, não podendo, em qualquer

caso, ser inferior ao mínimo previsto.

371

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Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Estadual, direta e indireta,

objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de

infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. Incide a prescrição no procedimento

administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão

arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da

responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.

Interrompe-se a prescrição:

Suspende-se a prescrição durante a vigência de termo de ajustamento de conduta ou outro

instrumento congênere. A prescrição da ação punitiva não afeta a pretensão da administração de obter a

reparação dos danos causados pelo infrator.

pela notificação do

indiciado ou

acusado, inclusivepor meio de edital;

por qualquer ato

inequívoco, que

importe apuraçãodo fato;

pela decisão

condenatóriarecorrível.

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Capítulo XVI

EXERCÍCIOS - PROCESSO ADMINISTRATIVO

1 - (CESPE -2014 - ANATEL- Nível Médio) No que se refere ao processo administrativo, julgue o próximo

item.É legitimado como interessado o terceiro que não tenha dado ensejo à instauração de processo

administrativo, mas que possua direito suscetível de ser afetado pelo seu julgamento. 

2  –  (IESES - 2014 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros)Assinale a alternativa INCORRETA: 

a)"Formalismo moderado" é um dos princípios aplicáveis ao "processo administrativo", significando que

meras irregularidades que não afetam interesses públicos ou privados não devem dar ensejo à nulidade de

atos do processo.

b)Os atos administrativos, regra geral, deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, exceto quando decorram de reexame de ofício.

c)No tocante a direitos ou interesses difusos, as pessoas ou as associações legalmente constituídas são

legitimadas para figurarem como interessados no processo administrativo.

d)No que se refere ao processo administrativo, não podem ser objeto de delegação, dentre outros, a

edição de atos administrativos de caráter normativo.

3  –  (FJG –  RIO- Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo –  Direito)

São efeitos específicos da hierarquia, entre outros: 

a)a edição de atos gerais para complementar as leis e permitir a sua efetiva aplicação

b)a delegação a avocação e o poder de editar decretos autônomos

c)a autoexecutoriedade e a coercibilidade

d)o poder de comando dos agentes superiores sobre outros hierarquicamente inferiores

4  –  (FUNCAB - 2014 - PC-RO - Delegado de Polícia)

Marque a opção correta no tocante à delegação dos atos administrativos.

a) Retira a competência da autoridade delegante.

b)A autoridade delegante somente perde a competência temporariamente.

c)Não retira a competência da autoridade delegante.

d)A autoridade delegada atuará nas funções delegadas, podendo, inclusive, aumentar as suas atribuições

para dar maior eficácia ao ato.

e)A autoridade delegante pode delegar sem especificar quais as funções a serem exercidas, devendo estasserem presumíveis.

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5  – ( IESES –  2014 - TJ-PB - Titular de Serviços de Notas e de Registros)

São legitimados como interessados no processo administrativo: 

I. As pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos.

II. Pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no

exercício do direito de representação.

III. As organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos. IV. Aqueles

que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a

ser adotada.

A sequência correta é: 

a)Apenas as assertivas II e IV estão corretas.

b)As assertivas I, II, III e IV estão corretas.

c)Apenas a assertiva II está correta.

d)Apenas as assertivas I, III e IV estão corretas.

6  –  (IADES- 2014 - METRÔ-DF –  Advogado)

A respeito do direito administrativo, assinale a alternativa correta.

a)A Administração Pública confunde-se com o próprio Poder Executivo, haja vista que a este cabe, em vista

do princípio da separação dos poderes, a exclusiva função administrativa.

b)O chefe do Poder Executivo pode, por decreto, promover a extinção de órgãos públicos, quando seus

cargos estiverem vagos.

c)Supremacia do interesse público não consta como princípio expresso, mas informa a atuação da

Administração Pública, assim como os demais princípios, tais como eficiência, legalidade e moralidade.

d)As decisões adotadas por delegação de competência consideram-se praticadas pela autoridade

delegante, e não pelo delegado.

e)Na remoção ex officio de servidor público para localidade diversa da por ele postulada, não se exige a

correspondente motivação por parte da Administração Pública.

7  –  (FCC –  2014 - AL-PE –  Agente)

Considere as afirmativas abaixo.

I. O direito de petição aos Poderes Públicos, em defesa de seus direitos, é assegurado a todos,

independentemente do pagamento de taxas.

II. Nos processos administrativos, o contraditório será diferido para o momento em que apreciado

 judicialmente o caso.

III. O processo administrativo tem caráter instrumental, de modo que, em nome de uma economiaprocessual, é possível que atos processuais dotados de nulidade sejam aproveitados, desde que sanável  

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esta nulidade.

IV. Uma vez publicados os atos administrativos, não poderá a Administração revê-los, alegando mera

conveniência ou oportunidade, sem que o Judiciário analise previamente a alteração pretendida.

V. Devido à incidência do princípio da inércia, os processos administrativos em geral necessitam daprovocação dos administrados interessados para que sejam instaurados pela Administração pública.

Está correto o que se afirma APENAS em 

a)II e IV.

b)IV e V.

c)I e III.

d)I e V.

e)II e III.

8  –  (CESPE - 2014 - MPE-AC - Promotor de Justiça) 

A respeito do processo administrativo e dos institutos da delegação e avocação de competência

administrativa, assinale a opção correta.

a)Não se exige que o ato de delegação, que deve especificar as matérias e poderes transferidos, bem como

sua revogação sejam publicados no meio oficial

b)Nos processos administrativos, devem-se observar, entre outros, os critérios de atendimento a fins de

interesse geral, permitida a renúncia parcial de competências, independentemente de autorização em lei.

c)A delegação e a avocação de competência são atos ligados ao poder de polícia administrativo

d)A delegação de competência administrativa pode ser realizada ainda que não haja subordinação

hierárquica.

e)Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a

autoridade de maior grau hierárquico de decisão

9 – 

 (CESPE– 

 2014 - CADE - Nível Médio)

Com relação ao direito administrativo, julgue o item seguinte.

Considere que, em auditoria para a verificação da regularidade da concessão de determinado direito,

tenha sido constatado que alguns administrados foram injustamente excluídos. Nessa hipótese, em se

tratando de interesses individuais, o processo administrativo para a extensão de tal direito só poderá ser

iniciado após provocação da parte interessada.

( )Certo ( )Errado

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10 –  (IADES - 2014 - TRE-PA - Técnico Judiciário - Área Administrativa)

No que tange às normas e às especificidades do Processo Administrativo Federal, assinale a opção

corretaa)No processo administrativo, em razão do interesse público maior, não será admitido o contraditório e a

ampla defesa na fase preparatória.

b)Uma das peculiaridades do processo administrativo é que, diferentemente do judicial, deverá ser

impulsionado de ofício, independente da atuação do interessado.

c)Por ser administrativo, o processo somente se iniciará mediante ofício, por interesse da administração.

d)A sanção administrativa aplicada poderá ser agravada, quando da revisão do processo.

e)Diferentemente do que ocorre nos processos judiciais cíveis, no âmbito administrativo a contagem do

prazo inicia-se contando o dia do começo e excluindo-se o dia do vencimento.

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GABARITO 

1-C 2-B 3-D 4-C

5-B 6-C 7-C 8-D

9-E 10-B

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Capítulo XVII

PROCESSO ADMINISTRATIVO

LEI 9784/99

Estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e

indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da

Administração. Esta Lei também se aplica aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no

desempenho de função administrativa.

Para os fins desta Lei, consideram-se: 

Princípios do Processo Administrativo:

• A unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e daestrutura da Administração indireta;

órgão

• Unidade de atuação dotada de personalidade jurídica

Entidade

O servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

Autoridade

Legalidade Finalidade Motivação Razoabilidade

Proporcionalidade

MoralidadeAmpla DefesaContraditório

SegurançaJurídica

Eficiência Interesse Público

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Critérios do Processo Administrativo

  Atuação conforme a lei e o direito;

  Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências,

salvo autorização em lei;  Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou

autoridades;

  Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;

  Divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;

  Adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida

superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;

  Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;

  Observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;

  Adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos

direitos dos administrados;

  Garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à

interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;

  Proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;

  Impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados

  Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que

se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

DIREITOS DO ADMINISTRADO

São direitos do Administrado:

Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração peloórgão competente

Ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado, ter vistados autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas

Ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos eo cumprimento de suas obrigações

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DEVERES DO ADMINISTRADOSão deveres do administrado:

INÍCIO DO PROCESSO

O processo administrativo pode iniciar-se de duas formas:

O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser

formulado por escrito e conter os seguintes dados:

  Órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;

  Identificação do interessado ou de quem o represente;

  Domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;  Formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;

  Data e assinatura do requerente ou de seu representante.

A Administração não pode recusar o recebimento de documentos sem motivar. O servidor deve orientar o

requerente sobre eventuais falhas. Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou

formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.

Prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimentodos fatos

Não agir de modo temerário

Proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé

Expor os fatos conforme a verdade

Ofício

À pedido do interessado

Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e

fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo

 preceito legal em contrário. 

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DOS INTERESSADOS

Poderão participar do processo:

DA COMPETÊNCIA

A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que for atribuída como própria,

ressalvadas as hipóteses de delegação e avocação legalmente admitidos.

A competência poderá ser delegada, em parte, a outros órgãos ou titulares, quando for conveniente e se

não houver impedimento legal, em razão de circunstâncias de natureza técnica, social, econômica, jurídica ou

territorial.

Não podem ser objeto de delegação:

Pessoas físicas ou jurídicas que o

iniciem comotitulares dedireitos ouinteresses

individuais ou noexercício do direitode representação

Aqueles que, semterem iniciado oprocesso, têm

direitos ouinteresses que

possam serafetados peladecisão a ser

adotada

As organizações eassociações

representativas, notocante a direitos einteresses coletivos 

A edição de atos decaráter normativo

A decisão de recursosadministrativos

As matérias decompetência

exclusiva do órgão ouautoridade

As pessoas ou as

associações

legalmente

constituídas quanto a

direitos ou interesses

difusos direitos ou

interesses difusos.

São capazes, para fins de processo administrativo, osmaiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial

em ato normativo próprio. 

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  O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.

  O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado,

a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da

atribuição delegada.

  O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.

  As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-

ão editadas pelo delegado.

  Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação

temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.

  Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das respectivas sedes e,

quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de interesse especial.

  Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo terá início perante a autoridade de

menor grau hierárquico para decidir.

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Fica impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:

A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento tem o dever de comunicar o fato à autoridade

competente, abstendo-se de atuar. A omissão no dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para

efeitos disciplinares.

Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória

com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau.

O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.

•tenha interesse direto ou indireto na matéria

•tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ourepresentante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ouparente e afins até o terceiro grau

•esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivocônjuge ou companheiro

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DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO 

Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei

expressamente a exigir. Deverão ser produzidos por escrito, em língua portuguesa, com a data e o local de suarealização e a assinatura da autoridade responsável. Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente

será exigido quando houver dúvida de autenticidade e a autenticação de documentos exigidos em cópia poderá

ser feita pelo órgão administrativo. O processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas.

Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição

pela qual tramitar. Poderão ser concluídos após o horário normal de expediente os atos já iniciados, cuja eventual

interrupção possa causar dano ao interessado ou à Administração.

Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o

interessado se outro for o local de realização.

DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

O órgão competente para a condução do processo determinará a intimação do interessado para ciência

de decisão ou efetivação de diligências. A intimação deverá conter:

A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento. Pode

ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que

assegure a ciência do interessado. No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio

indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial.

As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento

do administrado supre sua falta ou irregularidade. O desatendimento da intimação não importa no

reconhecimento da verdade dos fatos, nem na renúncia a direito pelo administrado. Será garantido o direito deampla defesa ao interessado.

•Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade administrativa;

•Finalidade da intimação;

•Data, local e hora em que deva comparecer

•Se o intimado deverá comparecer pessoalmente ou se poderá fazer-se representar;

•Informação da continuidade do processo independentemente do seucomparecimento;

•Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.

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Devem ser objeto de intimação os atos do processo que resultem para o interessado em imposição de

deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de seu

interesse.

DA INSTRUÇÃO

As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os elementos necessários à tomada de

decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do direito

dos interessados de propor atuações probatórias. Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados

devem realizar-se do modo que lhes seja menos oneroso. O órgão competente para a instrução fará constar dos

autos os dados necessários à decisão do processo.

Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente poderá,

mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da decisão

do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada. A abertura da consulta pública será objeto de

divulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam examinar os autos do processo,

fixando-se prazo para o oferecimento de alegações escritas.

O comparecimento de terceiro à consulta pública não confere, por si só, a condição de interessado no

processo, mas atribui-lhe o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum

para todas as alegações substancialmente iguais. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da

relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo. Osórgãos e entidades administrativas, em matéria relevante, poderão valer-se de outros meios de participação

singular ou coletiva de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmente

reconhecidas.

Os resultados da consulta e audiência públicas e de outros instrumentos de participação de administrados

serão divulgados com indicação das suas conclusões e fundamentação. Quando necessária à instrução do

processo, a audiência de outros órgãos ou entidades administrativas poderá ser realizada em reunião conjunta,

com a participação de titulares ou representantes dos órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser

 juntada ao processo.

O interessado fica responsável pela prova dos fatos que tenha alegado. Quando o interessado declarar

que fatos e dados estão registrados em documentos existentes na própria Administração responsável pelo

processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a instrução proverá, de ofício, à obtenção

dos documentos ou das respectivas cópias. 

O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada de decisão, juntar documentos e pareceres,

requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.

São inadmissíveis no processo administrativo as provas obtidas por meios ilícitos. 

Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas

propostas pelos interessados quando sejam ilícitas ou manifestamente

impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

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Quando for necessária a prestação de informações ou a apresentação de provas pelos interessados ou

terceiros, serão expedidas intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de

atendimento.

Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao interessado forem necessários à apreciação de

pedido formulado, o não atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva apresentação

implicará arquivamento do processo. O interessado será intimado de prova ou diligência ordenada, comantecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.

Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo

máximo de quinze dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de prorrogação. Se um parecer

obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva

apresentação, responsabilizando-se quem der causa ao atraso. Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar

de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa, sem

prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento.

Quando por disposição de ato normativo devam ser previamente obtidos laudos técnicos de órgãos

administrativos e estes não cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução deverá

solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e capacidade técnica equivalentes.

Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se

outro prazo for legalmente fixado. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente

adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.

Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias reprográficas dos dados e

documentos que o integram, ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito

à privacidade, à honra e à imagem.

O órgão de instrução que não for competente para emitir a decisão final elaborará relatório indicando o

pedido inicial, o conteúdo das fases do procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente justificada,

encaminhando o processo à autoridade competente.

DO DEVER DE DECIDIR

A Administração tem o dever de emitir decisão conclusiva nos processos administrativos e sobre

solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. Concluída a instrução de processo administrativo, a

Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação, por igual período, expressamente

motivada.

Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão competente, se

entender relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindo

de proferir a decisão.

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DA MOTIVAÇÃO

Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos,

quando: 

A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordânciacom fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte

integrante do ato.

Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os

fundamentos das decisões, desde que este procedimento não prejudique direito ou garantia dos interessados. A

motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de

termo escrito.

Importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

Deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,laudos, propostas e relatórios oficiais;

Decorram de reexame de ofício

Decidam recursos administrativos;

Dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

Decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

Neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

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DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO

O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado

ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis. Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia atinge somentequem as tenha formulado.

A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prosseguimento do processo,

se a Administração considerar que o interesse público assim o exige. O órgão competente poderá declarar extinto

o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicado por

fato superveniente.

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode,

respeitados os direitos adquiridos, revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade. O direito da

Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai

em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.

A Administração tem o prazo de cinco anos, a contar da data em que foram praticados os atos

administrativos, para anulá-los, dos quais decorram efeitos favoráveis para os destinatários, ressalvados os casos

de comprovada má-fé. No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da

percepção do primeiro pagamento.

Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe

impugnação à validade do ato.Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os

atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Cabe recurso das decisões administrativas, em face de razões de legalidade e de mérito. O recurso será

dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará

à autoridade superior. Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução.Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da súmula vinculante, caberá à

autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à

autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.

O recurso administrativo tramitará no máximo por trêsinstâncias administrativas, salvo disposição adversa. 

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Podem interpor recurso administrativo:

Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de recurso administrativo,

contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão recorrida.

Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de

trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente. Este prazo poderá ser prorrogado por igual

período, mediante justificativa explícita.

O recurso é interposto por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os fundamentos do

pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes. Salvo disposição legal em contrário,o recurso não tem efeito suspensivo.

Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade

recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.

Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar os demais interessados para

que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.

O recurso não será conhecido quando interposto:

Quando o órgão for incompetente, será indicada ao recorrente a autoridade competente, sendo-lhe

devolvido o prazo para recurso.

O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que

não ocorrida preclusão administrativa.

Os titulares de direitos e

interesses que tenhamintegrado o processo;

Aqueles cujos direitos ou

interesses forem indiretamenteafetados pela decisão recorrida;

As organizações e associaçõesrepresentativas, no tocante adireitos e interesses coletivos;

Os cidadãos ou associações,quanto a direitos ou interesses

difusos.

fora do prazo;perante órgãoincompetente;

por quem nãotenha

legitimidade

após exaurida aesfera

administrativa.

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O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou

parcialmente, a decisão recorrida.

Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão competente para decidir o

recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso.

Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação de enunciado da súmula

vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, que

deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos semelhantes, sob pena de responsabilização

pessoal nas esferas cível, administrativa e penal.

Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedidoou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da

sanção aplicada. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção.

DOS PRAZOS

Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do

começo e incluindo-se o do vencimento.

Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte, se o vencimento ocorrer em dia em quenão haja expediente ou se este houver sido encerrado antes da hora normal.

Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. Os prazos fixados em meses ou anos contam-

se de data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como

termo o último dia do mês.

DAS SANÇÕES

As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza pecuniária ou consistirão em

obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre o direito de defesa.

Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do

recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da

decisão.

Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais

não se suspendem.

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DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, sendo aplicados

apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei. 

Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentosadministrativos em que figure como parte ou interessado:

A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo à

autoridade administrativa competente, que determinará as providências a serem cumpridas. Deferida a

prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de tramitação prioritária. 

Pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;

Pessoa portadora de deficiência, física ou mental;

Pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase,paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson,espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados dadoença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome deimunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicinaespecializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO - LEI 9784/99

QUESTÕES

1-(Prova: FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa).

Moisés, servidor público federal, praticou ato administrativo por delegação, sendo o ato originalmente decompetência de seu superior hierárquico, o servidor público federal Robson. Robson delegou a prática do atopor ser conveniente, em razão de circunstâncias de índole jurídica. Nos termos da Lei nº 9.784/1999, o atoadministrativo considerar-se-á editado por:

a) Moisés.b) nenhum dos servidores, e sim pelo órgão a que pertencem.c) nenhum dos servidores, e sim pela pessoa jurídica a que pertencem.d) Robson.e) quaisquer dos servidores.

2-(Prova: FCC - 2014 - AL-PE - Agente Legislativo). Considere as afirmativas abaixo.

I. O direito de petição aos Poderes Públicos, em defesa de seus direitos, é assegurado a todos,independentemente do pagamento de taxas.II. Nos processos administrativos, o contraditório será diferido para o momento em que apreciado judicialmente ocaso.III. O processo administrativo tem caráter instrumental, de modo que, em nome de uma economia processual, épossível que atos processuais dotados de nulidade sejam aproveitados, desde que sanável esta nulidade.IV. Uma vez publicados os atos administrativos, não poderá a Administração revê-los, alegando meraconveniência ou oportunidade, sem que o Judiciário analise previamente a alteração pretendida.

V. Devido à incidência do princípio da inércia, os processos administrativos em geral necessitam da provocaçãodos administrados interessados para que sejam instaurados pela Administração pública.Está correto o que se afirma APENAS em:

a) II e IV.b) IV e V.c) I e III.d) I e V.e) II e III.

3-(Prova: FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário). 

Inácio, servidor público federal do Tribunal Regional Federal da 3a Região e responsável pela condução dedeterminado processo administrativo, detectou que uma das partes interessadas do aludido processo é casadacom Carlos, com quem possui amizade íntima. Vale salientar que o mencionado processo administrativoapresenta uma pluralidade de partes interessadas. No caso narrado e nos termos da Lei no 9.784/1999,

a) o processo deverá continuar a ser conduzido por Inácio, tendo em vista que existe uma pluralidade de partesinteressadas.b) trata-se de hipótese de impedimento expressamente prevista na lei.c) inexiste qualquer proibitivo para que Inácio continue na condução do processo, pouco importando apluralidade de partes interessadas.d) Inácio deverá afastar-se da condução do processo por razão moral, embora não se trate nem de impedimento,nem de suspeição.e) Inácio deverá declarar-se suspeito

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4-(Prova: FCC - 2013 - TRE-RO - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Theodoro, no curso de determinado processo administrativo no qual figura como parte interessada, aodetectar situação de suspeição do servidor responsável pela condução do processo, alega a suspeição,postulando pela imediata abstenção do servidor em atuar no feito. Ao ser apreciada a alegação de suspeição, amesma é indeferida. Nesse caso, nos termos da Lei nº 9.784/1999,

a) não é cabível recurso, por tratar-se de decisão irrecorrível.b) é cabível recurso, com efeito suspensivo.c) é cabível recurso, sem efeito suspensivo.d) não foi correta a forma como se deu a alegação de suspeição, pois tal alegação compete única eexclusivamente ao servidor suspeito.e) não poderia ter sido negada a alegação de suspeição, por tratar-se de situação objetiva, que não comportaindeferimento.

5-(Prova: FCC - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Das decisões em sede de processo administrativo cabe recurso em face de razões de legalidade e de mérito. Éregra atinente a esses recursos, nos termos da Lei nº 9.784/99:

a) prazo de 10 dias para a autoridade que proferiu a decisão, reconsiderar.b) depende de caução.c) as associações têm legitimidade para interposição quanto aos direitos difusos.d) todo recurso administrativo tem efeito suspensivo.e) tramitação por, no máximo, duas instâncias.

6-(Prova: FCC - 2013 - MPE-AM - Agente de Apoio - Administrativo).De acordo com a Lei no 9.784/99, que regula o processo administrativo, é correto afirmar, no que pertine aosrecursos das decisões administrativas, que:

a) somente podem ser interpostos pelos titulares de direitos que forem parte no processo e aqueles cujos direitosou interesses forem afetados diretamente pela decisão recorrida.b) o recurso, salvo disposição legal em contrário, possui efeito suspensivo.c) o recurso interposto fora do prazo, poderá ser conhecido a critério da autoridade competente.d) o não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que nãoocorrida a preclusão administrativa.e) o órgão competente para conhecer do recurso poderá modificar a decisão, vedada a modificação que possaimportar gravame à situação do recorrente.

7-(Prova: FCC - 2013 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário). A Lei no 9.784/99, que trata dos processos administrativos no âmbito da Administração Pública Federal, traz

princípios a serem obedecidos pela Administração Pública. A mesma lei também prevê os critérios que serãoobservados nos processos administrativos, entre eles, a adequação entre meios e fins, vedada a imposição deobrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento dointeresse público. Referido critério refere-se ao princípio da:

a) Ampla defesab) Eficiênciac) Segurança Jurídica.d) Proporcionalidade.e) Motivação.

8-(Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico de enfermagem).De acordo com a Lei no 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração PúblicaFederal,a) os atos administrativos são sigilosos no decorrer da fase probatória.

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b) é vedada a cobrança de despesas processuais, salvo as previstas em lei.c) os interessados deverão ser representados por advogado, salvo se hipossuficientes.d) aplica-se o princípio do formalismo, dispensada a indicação dos pressupostos de fato da decisão.e) é vedada a impulsão de ofício, cabendo ao interessado indicar os fundamentos de direito da decisão.

9-(Prova: FCC - 2013 - DPE-RS - Técnico de Apoio Especializado).Pretendendo um administrador público rever determinado ato administrativo, um aspecto que pode configurarimpedimento à conduta é:

a) Caso o ato seja discricionário, tendo em vista que o poder da administração pública de rever os próprios atosestá restrito a vícios de ilegalidade.b) Caso o ato seja vinculado, tendo em vista que revisão por vício de ilegalidade deve ser feita judicialmente.c) Caso se esteja diante de ato consumado, qual seja, aquele que já exauriu seus efeitos, cuja revisão depende deprovocação judicial para seu desfazimento.d) Caso se esteja diante de ato consumado, pois já tendo exaurido seus efeitos, tornou-se definitivo, não podendoser desfeito, cabendo, se for o caso, responsabilização dos envolvidos.e) Caso se esteja diante de vício referente a forma ou a competência, que não podem ser sanados ouconvalidados.

10-(Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa).As normas sobre processo administrativo postas na Lei no 9.784/99 aplicam-se aos:

a) servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, na realização de suas funções típicas, excluído o PoderJudiciário em razão de sua competência judicante.b)  órgãos do Poder Executivo integrantes da Administração direta ou indireta, excluídos os órgãos do PoderLegislativo e do Poder Judiciário quando se tratar de realização de função administrativa.c)  órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário da União, no que se referir ao desempenho de funçõesadministrativas atípicas.d)  órgãos do Poder Executivo e aos servidores integrantes do quadro da Administração direta, excluídos osafastados e os órgãos dos demais Poderes.e) órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no exercício de suas funções típicas.

11-(Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa). De acordo com a Lei no 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração PúblicaFederal,

a) aplica-se o princípio do formalismo, dispensada a indicação dos pressupostos de fato da decisão.b) é vedada a impulsão de ofício, cabendo ao interessado indicar os fundamentos de direito da decisão.c) os atos administrativos são sigilosos no decorrer da fase probatória.

d) é vedada a cobrança de despesas processuais, salvo as previstas em lei.e) os interessados deverão ser representados por advogado, salvo se hipossuficientes.

12-(Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Área Administrativa).Em processo administrativo, tendo por objeto reconhecimento de pretensão de administrado em face de órgãoda Administração pública federal, foi proferida decisão negando o pleito. O interessado apresentou recurso,tempestivamente, porém o fez perante autoridade incompetente. De acordo com as disposições da Leino 9.784/99, o recurso:

a) deverá ser recebido e conhecido, em face do princípio da economia processual.b)  não poderá ser recebido, vedada a possibilidade de a Administração rever o ato de ofício, ainda que não

operada a preclusão administrativa.c) deverá ser recebido, porém não conhecido, cabendo à autoridade à qual o mesmo foi endereçado encaminhá-lo à autoridade competente para seu julgamento.

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d) não será conhecido, salvo se a Administração considerar que as razões de fato e de direito são suficientes para justificar a modificação da decisão.e) não será conhecido, sendo indicado ao recorrente a autoridade competente e devolvido o prazo paraapresentar o recurso.

13-(Prova: FCC - 2012 - TJ-RJ - Técnico de Atividade Judiciária).A determinado servidor público está sendo imputada a prática de infração disciplinar, estando em cursoprocesso administrativo para apuração e decisão. O processo administrativo foi instaurado com base emdenúncia cujo teor o servidor público desconhece. A ele é garantido, com base no disposto na Lei Federal no9.784/99, que regula o processo administrativo federal,

a) aguardar o término da fase de instrução para obtenção de cópias dos documentos que embasam a acusação.b) ter ciência do processo administrativo e do teor dos documentos nele juntados, sendo-lhe vedado, contudo, aextração de cópias, em razão do sigilo necessário à preservação do anonimato do denunciante.c) apresentar defesa oral logo após tomar ciência do teor da acusação, o que se dá na mesma oportunidade emque for ouvido sobre a prática da infração.d) ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas.e) obter cópias dos documentos que embasam a acusação somente após a decisão administrativa, podendo, noentanto, apresentar recurso para impugnar as provas obtidas na fase de instrução.

14-(Prova: FCC - 2012 - TJ-RJ - Técnico de Atividade Judiciária).O processo administrativo difere do processo judicial, dentre outras características, porque:

a) depende de provocação do interessado ou de qualquer administrado, vedado o impulso oficial para suainstauração.b) permite sempre sua instauração por iniciativa da Administração, independentemente de provocação dointeressado.c) é vedada a apresentação de recurso, salvo se o interessado não tiver tido ciência da documentação queembasou a decisão.d) independe de provocação do interessado para sua instauração quando se tratar de processo disciplinar.e) permite o acompanhamento da instrução processual e a defesa oral, vedada apenas a apresentação demanifestação escrita a respeito dos documentos juntados aos autos.

15-(Prova: FCC - 2012 - TJ-RJ - Técnico de Atividade Judiciária)O procedimento é na definição de Maria Sylvia Zanella di Pietro, o conjunto de formalidades que devem serobservadas para a prática de certos atos administrativos; equivale a rito, a forma de proceder; o procedimentose desenvolve dentro de um processo administrativo.

Em relação ao procedimento, é correto afirmar que:

a)  se processa discricionariamente, sem formalidades ou princípios rígidos, o que é exclusividade do processo judicial.b) é rígido e envolve a aplicação dos princípios que o informam apenas nos casos de processo disciplinar.c) compreende pelo menos as fases de instauração e de decisão, sendo a instrução necessária ou não, conforme agravidade de seu objeto.d) é uniforme e expressamente previsto em lei para todos os casos, não só para os processos que envolvam ointeresse público.e) a inobservância dos atos previstos em lei e dos princípios que informam o processo administrativo macula devício a decisão da Administração.

16-(Prova: FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário).

Nos processos administrativos da Administração Pública Federal, o direito da Administração de anular os atosadministrativos, de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários, decai em:a) 5 (cinco) anos, contados, em regra, da data em que forem praticados.b) 3 (três) anos, contados em regra, da data em que forem praticados.

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c) 4 (quatro) anos, sempre contados da data em que forem praticados.d) 1 (um) ano, após o conhecimento pela Administração Federal da prática do ato.e) 2 (dois) anos, após o conhecimento pela Administração Federal da prática do ato.

17-(Prova: FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa).No que diz respeito à competência no processo administrativo da Administração Pública Federal, NÃO:

a) é permitido, em qualquer hipótese, a avocação de competência.b) pode ser objeto de delegação a edição de atos de caráter normativo.c) pode ser objeto de delegação a prática de atos administrativos negociais.d) é necessária a publicação, no meio oficial, dos atos de delegação e sua revogação.e) pode ser revogado, pela própria autoridade delegante, o ato de delegação.

18-(Prova: FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Determinada autoridade administrativa detectou, em procedimento ordinário de correição, vício de forma emrelação a determinado ato administrativo concessório de benefício pecuniário a servidores. Diante dessasituação, foi instaurado procedimento para anulação do ato, com base na Lei Federal no 9.784/1999, que regulao processo administrativo no âmbito da Administração Pública federal, no qual, de acordo com os preceitos dareferida Lei, o ato. 

a) poderá ser convalidado, em se tratando de vício sanável e desde que evidenciado que não acarreta lesão aointeresse público.b) não poderá ser anulado, por ensejar direito adquirido aos interessados, exceto se comprovado dolo ou má-fé.c) deverá ser revogado, operando-se os efeitos da revogação desde a edição do ato, salvo se decorrido o prazodecadencial de 5 anos.d) poderá ser anulado, revogado ou convalidado, a critério da Administração, independentemente da natureza dovício, de acordo com as razões de interesse público envolvidas.e) poderá ser convalidado, desde que não transcorrido o prazo decadencial de 5 anos e evidenciada a existênciade boa-fé dos beneficiados.

19-(Prova: FCC - 2012 - TJ-RJ - Comissário da Infância e da Juventude).   Em regular processo administrativoinstaurado por provocação do interessado para o reconhecimento e deferimento de determinado direito, cabeao interessado: 

a) a prova dos fatos que alegar, ainda que possa exigir da Administração que junte aos autos documentos queestejam em órgãos públicos de sua esfera e que comprovem as informações feitas por aquele.b) apenas a alegação dos fatos, cabendo à Administração a desconstituição dos mesmos, em razão da inversão doônus da prova.c) escusar-se de apresentar outros documentos além dos juntados ao requerimento oficial, sem que isso possa

fundamentar decisão contrária da Administração.d) apresentar as provas que possuir para demonstração de seu direito, ainda que tenham sido obtidas por meiosilícitos, dado que o processo administrativo não se submete à mesma formalidade do processo judicial.e) exigir a realização de audiência pública para debater o objeto do processo, ainda que a autoridade não tenhadeclarado a relevância necessária para tanto.

20-(Prova: FCC - 2012 - TRE-PR - Técnico Judiciário - Área Administrativa). De acordo com o disposto na Lei no  9.784/99, das decisões proferidas em processos administrativos caberecurso administrativo.

a) à autoridade superior, não cabendo juízo de reconsideração pela autoridade que proferiu a decisão.

b) interposto somente pelos titulares de direitos e interesses que forem parte no processo.c) interposto pelas partes no processo ou por aqueles cujos direitos sejam indiretamente afetados pela decisãorecorrida.

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d) à autoridade que proferiu a decisão, que, se entender cabível, determinará o encaminhamento à autoridadesuperior.e)  à autoridade que proferiu a decisão, quando tiver sido interposto pelo próprio interessado e à autoridadesuperior, quando se tratar de recurso de terceiros.

21-(Prova: FCC - 2012 - TRE-CE - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Claudio é parte em determinado processo administrativo, sendo seus direitos atingidos por decisãoadministrativa proferida pela Administração Pública Federal. Contra a referida decisão, Claudio interpôsrecurso administrativo, sem, no entanto, prestar caução. Nos termos da Lei no 9.784/1999,

a)  Claudio não é legitimado para interpor o recurso administrativo, sendo assim, pouco importa a discussãoatinente à caução.b)  a caução é sempre necessária à interposição do recurso administrativo, motivo pelo qual o recurso seráconsiderado deserto.c) a interposição de recurso administrativo independe de caução, salvo exigência legal nesse sentido.d)  a caução jamais será necessária à interposição do recurso administrativo, pois, do contrário, caracterizariaexigência contrária aos princípios do processo administrativo.e)  a exigência de caução é ato discricionário da Administração Pública; logo, é ela quem decidirá acerca danecessidade ou não de sua prestação.

22-(Prova: FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Sobre a competência no processo Administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, de acordo com aLei nº 9.784/1999, é INCORRETO afirmar: a) O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.b) A decisão de recursos administrativos não poderá ser objeto de delegação de competência.c) É vedada, em qualquer hipótese, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamenteinferior.d) O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.e) Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade demenor grau hierárquico para decidir.

23-(Prova: FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário - Área Administrativa). No que concerne à comunicação dos atos do processo administrativo na Administração Pública Federal écorreto afirmar:

a) É vedada, em qualquer caso, a intimação por meio de publicação oficial de decisão em processo administrativo.b) O desatendimento da intimação gera a renúncia a direito pelo administrado.c) A intimação observará a antecedência mínima de cinco dias úteis quanto à data de comparecimento.d) O desatendimento da intimação importa o reconhecimento da verdade dos fatos.

e) As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento doadministrado supre sua falta ou irregularidade.

24-(Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário). Segundo a Lei no 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração PúblicaFederal, é direito dos administrados:

a) não agir de modo temerário.b) prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o esclarecimento dos fatos.c) expor os fatos conforme a verdade.d) proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé.

e) fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.25 - (Prova: FCC - 2011 - INFRAERO - Técnico de Segurança do Trabalho).No que concerne às disposições da Lei no 9.784/1999, considere as seguintes assertivas:

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I. Em regra, inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dosadministrados que dele participem devem ser praticados no prazo de quinze dias, salvo motivo de força maior.II. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado seoutro for o local de realização.III. A intimação somente pode ser efetuada por ciência nos processos ou por via postal com aviso de recebimento.

Está correto o que consta APENAS em:

a) I e II.b) II.c) I.d) III.e) II e III.

26-(Prova: FCC - 2011 - INFRAERO - Técnico de Segurança do Trabalho). Nos termos da Lei no 9.784/1999, NÃO constitui critério a ser observado no processo administrativo:

a) a interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que sedirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.b) o atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvoautorização em lei.c) a objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades.d) a divulgação oficial dos atos administrativos, proibida qualquer ressalva, tendo em vista a garantia irrestrita dapublicidade dos atos administrativos.e)  a adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aosdireitos dos administrados.

27-(Prova: FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário - Área Administrativa).Segundo a Lei nº 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, écerto que: 

a) o ato de delegação especificará, dentre outras questões, as matérias e os poderes transferidos, não podendo,porém, conter ressalva de exercício da atribuição delegada.b) o ato de delegação e sua revogação não necessitam de publicação em meio oficial.c) a edição de atos de caráter normativo não pode ser objeto de delegação.d) matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade podem ser objeto de delegação.e) o ato de delegação não especificará a duração e os objetivos da delegação, embora deva conter outrasinformações em seu conteúdo.

28-(Prova: FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Nos processos administrativos, na forma preconizada pela Lei n° 9.784/1999, serão observados, entre outros,os critérios de:

a)  atendimento a fins de interesse geral, com possibilidade de renúncia parcial de poderes ou competências,ainda que sem autorização legal.b)  interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que sedirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.c) objetividade no atendimento do interesse público, sendo possível a promoção pessoal de agentes ouautoridades.d)  adequação entre meios e fins, com possibilidade de imposição de obrigações em medida superior àquelas

estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.e) proibição de cobrança, em qualquer hipótese, de despesas processuais.

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29-(Prova: FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Técnico Judiciário - Segurança).João, servidor público federal, sofreu punição sumária sem que se tenha instaurado o necessário processoadministrativo disciplinar com a garantia da ampla defesa e do contraditório.

a) representa irregularidade, passível de revogação do ato administrativo de punição.b) apresenta vício substancial, ligado ao mérito do pro- cesso administrativo.c) constitui exemplo de ato administrativo com vício de forma.d) apesar de viciada, não acarreta o retorno do servidor ao status quo ante. e) constitui exemplo de ato administrativo com vício de objeto.

30-(Prova: FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Nos termos da Lei no  9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração PúblicaFederal, NÃO consiste em dever do administrado:

a) proceder com lealdade.b) proceder com urbanidade.c) colaborar para o esclarecimento dos fatos.d) expor os fatos conforme a verdade.e) fazer-se assistir, obrigatoriamente, por advogado, salvo hipóteses excepcionais em que não se exige talobrigação.

31-(Prova: FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa).No que concerne ao processo administrativo:

a) O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de dez dias,o encaminhará à autoridade superior.b) O processo administrativo, de que resulte sanção, poderá ser revisto a qualquer tempo, apenas por pedidoexpresso da parte interessada, desde que surjam fatos novos que justifiquem a inadequação da sanção aplicada.c) Em regra, a interposição de recurso administrativo depende de caução.d) O recurso administrativo tramitará no máximo por duas instâncias administrativas, salvodisposição legal diversa.e) Tem legitimidade para interpor recurso administrativo aquele cujo direito ou interesse for indiretamenteafetado pela decisão recorrida.

32-(Prova: FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário - Área Administrativa).Quanto ao Processo Administrativo Disciplinar no âmbito da Administração Pública Federal (Lei nº 9.784/99), écorreto afirmar que:

a) a motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais, não constará da respectiva

ata ou de termo escrito.b) o indeferimento de alegação de suspeição de servidor ou autoridade, poderá ser objeto de recurso, sem efeitosuspensivo.c)  os prazos começam a correr a partir da data da sua edição, incluindo-se na contagem o dia do começo eexcluindo-se o do vencimento.d) os atos administrativos deverão ser motivados, salvo quando decidam recursos administrativos ou decorramde reexame de ofício.e) podem ser objeto de delegação, além de outros, a edição de atos de caráter normativo.

33-(Prova: FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa). 

Acerca dos direitos e deveres dos administrados previstos na Lei n° 9.784/1999, que regula os processosadministrativos no âmbito da Administração Pública Federal, considere:I. O administrado tem o dever de prestar as informações que lhe forem solicitadas.II. É direito do administrado formular alegações e apresentar documentos antes da decisão.

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III. O administrado tem o direito de ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitaro exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações.IV. O administrado deve fazer-se assistir, obrigatoriamente, por advogado.

Está correto o que consta APENAS em:a) I, II e III.b) I e II.c) II e III.d) I, III e IV.e) III e IV.

34-(Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário - Área Administrativa). 

Quanto aos deveres do administrado perante a Administração no âmbito da Lei 9.784/99, é INCORRETOafirmar que o administrado deve:

a) expor os fatos conforme a verdade.b) proceder com urbanidade.c) prestar as informações que lhe forem solicitadas.d) colaborar para o esclarecimento dos fatos.e) agir de modo temerário.

35-(Prova: FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa). A revisão do processo administrativo.

a) tem cabimento em qualquer tipo de processo, tenha sido aplicada sanção ou não.b) só tem cabimento a pedido do interessado.c) não pode ser pedida se já tiver ocorrido a coisa julgada administrativa.d) subordina-se à existência de fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação dasanção aplicada.e) pode implicar o agravamento da sanção imposta.

36-(Prova: FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa).Nos termos da Lei no 9.784/99, o órgão competente perante o qual tramita o processo administrativodeterminará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. Assim,

a) a intimação será sempre pessoal e observará a antecedência mínima de quinze dias úteis quanto à data decomparecimento.b) o desatendimento da intimação importa o reconhecimento da verdade dos fatos, e a renúncia a direito peloadministrado.c)  no caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve serefetuada por meio de publicação oficial.d) a intimação não poderá, em qualquer caso ser efetuada por ciência no processo ou por via postal com aviso derecebimento.e) as intimações serão anuláveis quando feitas sem observância das prescrições legais, porém o comparecimentodo administrado não supre sua falta ou irregularidade.

37 - (Prova: FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário).Dentre os critérios a serem observados nos processos administrativos, expressamente previstos na Lei nº9.784/1999, NÃO se inclui:a)  Interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se

dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.b)  Garantia dos direitos à comunicação e à apresentação de alegações finais nos processos de que possamresultar sanções e nas situações de litígio.c) A vedação de impulsão de ofício do processo administrativo.

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d) Objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades.e) Atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvoautorização em lei.

38 - (Prova: FCC - 2010 - TRE-RS - Técnico Judiciário - Área Administrativa). Dentre as regras a serem observadas no processo administrativo previsto na Lei nº 9.784/99, NÃO consta que:

a) os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado seoutro for o local de realização.b) os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e aassinatura da autoridade responsável.c) o processo deverá ter suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas.d) os documentos exigidos em cópia devem ser necessariamente autenticados por Ofício de Notas.e) os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição naqual tramitar o processo.

39 - (Prova: FCC - 2010 - TRE-RS - Técnico Judiciário - Área Administrativa). De acordo com a Lei nº 9.784/99, a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação dediligências

a) observará a antecedência mínima de dois dias úteis quanto à data de comparecimento.b) deve conter, dentre outros dados, informação da continuidade do processo independentemente do seucomparecimento.c) pode ser efetuada por ciência no processo ou por via postal com aviso de recebimento, vedada a intimação portelegrama.d) não precisa conter informação se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se representar, porqueisso é opção que cabe a ele.e) é dispensada no caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido.

40 - (Prova: FCC - 2010 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário).Dentre os princípios aos quais a Administração Pública deve obedecer, expressamente previstos na Lei nº9.784/1999, NÃO se inclui o da:

a) proporcionalidade.b) razoabilidade.c) obrigatoriedade.d) finalidade.e) eficiência.