processo administrativo fiscal claudio dos passos claudio dos passos souza souza

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL CLAUDIO DOS CLAUDIO DOS PASSOS PASSOS SOUZA SOUZA

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCALPROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

CLAUDIO DOS PASSOSCLAUDIO DOS PASSOS

SOUZASOUZA

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO

2.3 FASE CONTENCIOSA2.3 FASE CONTENCIOSA

De acordo com James Marins esta fase se inicia no De acordo com James Marins esta fase se inicia no momento em que o contribuinte registra seu momento em que o contribuinte registra seu inconformismo com o ato praticado pela administração, inconformismo com o ato praticado pela administração, seja um ato de lançamento de tributo ou qualquer outro seja um ato de lançamento de tributo ou qualquer outro ato que no seu entender lhe cause gravame com a ato que no seu entender lhe cause gravame com a aplicação de multa por suposto descumprimento de aplicação de multa por suposto descumprimento de dever instrumental. dever instrumental.

Em resumo, esta fase começa com a impugnação do Em resumo, esta fase começa com a impugnação do contribuinte referente a cobrança do fisco em relação contribuinte referente a cobrança do fisco em relação descumprimento de obrigações principais e acessórias.descumprimento de obrigações principais e acessórias.

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- Alguns autores subdividem a fase contenciosa Alguns autores subdividem a fase contenciosa da seguinte forma:da seguinte forma:

- Iniciativa – fase inicial do processo, também Iniciativa – fase inicial do processo, também conhecida como propulsiva ou deflagatória. conhecida como propulsiva ou deflagatória.

• Instrução – fase onde serão apresentados todos Instrução – fase onde serão apresentados todos os elementos necessários a subsidiar a decisão. os elementos necessários a subsidiar a decisão.

• Decisão – fase quando será realizado o último Decisão – fase quando será realizado o último ato, que é a decisão sobre o objeto do processo ato, que é a decisão sobre o objeto do processo administrativo. Esta decisão é tomada pelos administrativo. Esta decisão é tomada pelos Órgãos de julgamentoÓrgãos de julgamento

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO

2.3.1 ÓRGÂOS DE JULGAMENTO 2.3.1 ÓRGÂOS DE JULGAMENTO

Os órgãos de julgamento de processos Os órgãos de julgamento de processos administrativos tributários são órgãos públicos administrativos tributários são órgãos públicos direcionados a resolver as questões litigiosas direcionados a resolver as questões litigiosas administrativas na área fiscal. Além de solucionar administrativas na área fiscal. Além de solucionar conflitos, controla a legalidade dos atos conflitos, controla a legalidade dos atos administrativos e possui uma estrutura composta, administrativos e possui uma estrutura composta, inclusive, de segunda instância colocando a serviço inclusive, de segunda instância colocando a serviço da população duas possibilidades de revisão do da população duas possibilidades de revisão do lançamento tributário, prevenindo, assim, os lançamento tributário, prevenindo, assim, os conflitos judiciais, dentre outras vantagens. conflitos judiciais, dentre outras vantagens.

Page 5: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL CLAUDIO DOS PASSOS CLAUDIO DOS PASSOS SOUZA SOUZA

PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO

Segundo Alberto Xavier , os órgãos de julgamento Segundo Alberto Xavier , os órgãos de julgamento administrativo têm a natureza de órgão judicante, administrativo têm a natureza de órgão judicante, sendo dotados de imparcialidade orgânica, que sendo dotados de imparcialidade orgânica, que permite construir o processo tributário , pelo permite construir o processo tributário , pelo menos na segunda instância, como um processo menos na segunda instância, como um processo triangular das partes, nos moldes do Judiciário.triangular das partes, nos moldes do Judiciário.

• O citado autor faz uma distinção conceitual entre O citado autor faz uma distinção conceitual entre os órgãos de justiça, órgão judicante e órgão os órgãos de justiça, órgão judicante e órgão jurisdicional, da seguinte forma: jurisdicional, da seguinte forma:

•   •   

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO

• Órgão de justiça é todo aquele que tem por Órgão de justiça é todo aquele que tem por função a aplicação objetiva e vinculada da lei, função a aplicação objetiva e vinculada da lei, atuando no procedimento tendente à prática do atuando no procedimento tendente à prática do ato de aplicação do direito como “parte ato de aplicação do direito como “parte imparcial” , isto é, visando a realização do imparcial” , isto é, visando a realização do interesse público “substancial” de realização da interesse público “substancial” de realização da Justiça e não o interesse “formal” do Estado. Justiça e não o interesse “formal” do Estado. Neste sentido, toda a autoridade administrativa Neste sentido, toda a autoridade administrativa encarregada da prática do ato de lançamento é encarregada da prática do ato de lançamento é um órgão de justiça;um órgão de justiça;

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO

• Órgão judicante é aquele que, além de ser órgão de Órgão judicante é aquele que, além de ser órgão de justiça, dotado de imparcialidade em sentido justiça, dotado de imparcialidade em sentido material, goza de especialização funcional no sentido material, goza de especialização funcional no sentido de a sua competência se cingir à reapreciação de de a sua competência se cingir à reapreciação de atos praticados por outros ou agentes (os órgãos de atos praticados por outros ou agentes (os órgãos de lançamento), integrados na mesma estrutura lançamento), integrados na mesma estrutura hierárquica, como as Delegacias da Receita Federal hierárquica, como as Delegacias da Receita Federal (imparcialidade de primeiro grau ou hierárquica) ou (imparcialidade de primeiro grau ou hierárquica) ou dela separados, como os Conselhos de Contribuintes dela separados, como os Conselhos de Contribuintes e os Tribunais de Impostos e Taxas (imparcialidade e os Tribunais de Impostos e Taxas (imparcialidade de segundo grau ou não hierárquica).de segundo grau ou não hierárquica).

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO

• Órgão Jurisdicional que é uma qualificação apenas Órgão Jurisdicional que é uma qualificação apenas atribuível a órgãos dotados de independência orgânica, atribuível a órgãos dotados de independência orgânica, integrados no Judiciário e competentes para a prática da integrados no Judiciário e competentes para a prática da coisa julgada. Entre nós, só são órgãos jurisdicionais os coisa julgada. Entre nós, só são órgãos jurisdicionais os Juízes e Tribunais integrados no Poder Judiciário.Juízes e Tribunais integrados no Poder Judiciário.

• Antônio Machado Guedes Alcoforado ratifica este o Antônio Machado Guedes Alcoforado ratifica este o entendimento de Alberto Xavier ao afirmar: “[...] por toda entendimento de Alberto Xavier ao afirmar: “[...] por toda a prudência que contém, ser legítima e de incontestável a prudência que contém, ser legítima e de incontestável utilidade a função judicante dos Tribunais utilidade a função judicante dos Tribunais Administrativos”.Administrativos”.

•   •   

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• 2.3.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 2.3.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ÓRGÂOS DE JULGAMENTO ÓRGÂOS DE JULGAMENTO ADMINITRATIVO TRIBUTÁRIOADMINITRATIVO TRIBUTÁRIO

• As principais características dos citados As principais características dos citados órgãos são: composição paritária em órgãos são: composição paritária em segunda instância, a especialização em segunda instância, a especialização em matéria tributária, a imparcialidade dos matéria tributária, a imparcialidade dos julgadores, que serão a seguir julgadores, que serão a seguir discorridas: discorridas:

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO

• A) COMPOSIÇÃO PARITÁRIAA) COMPOSIÇÃO PARITÁRIA• A composição paritária, ocorre geralmente em A composição paritária, ocorre geralmente em

segunda instância e consiste na integração de segunda instância e consiste na integração de representantes da Fazenda Pública com os das representantes da Fazenda Pública com os das entidades da sociedade civil numa mesma entidades da sociedade civil numa mesma sessão de julgamento com igual número, sessão de julgamento com igual número, funções e poderes. Esta formação é de grande funções e poderes. Esta formação é de grande importância, pois, em qualquer área do importância, pois, em qualquer área do conhecimento o debate leva ao conhecimento o debate leva ao aperfeiçoamento. aperfeiçoamento.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO

• Todos os julgadores devem atender aos requisitos Todos os julgadores devem atender aos requisitos mínimos estabelecidos em lei, que, em regra, se mínimos estabelecidos em lei, que, em regra, se referem ao conhecimento sobre tributação e referem ao conhecimento sobre tributação e processo. Os representantes do Fisco são escolhidos processo. Os representantes do Fisco são escolhidos dentre os funcionários da Fazenda e os da sociedade dentre os funcionários da Fazenda e os da sociedade civil, indicados pelas entidades de classe de civil, indicados pelas entidades de classe de contribuintes, definidas pela legislação local, sendo contribuintes, definidas pela legislação local, sendo todos nomeados através de ato do Poder Executivo. todos nomeados através de ato do Poder Executivo. Os representantes da sociedade civil equiparam-se Os representantes da sociedade civil equiparam-se em autoridade e responsabilidade aos funcionários em autoridade e responsabilidade aos funcionários públicos (Artigo 327 do Código Penal )públicos (Artigo 327 do Código Penal )

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• B) ESPECIALIZAÇÂO EM MATÉRIA TRIBUTÁRIAB) ESPECIALIZAÇÂO EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA• É uma característica bastante importante, pois o É uma característica bastante importante, pois o

Direito Tributário tem se tornado bastante Direito Tributário tem se tornado bastante complexo devido a suas constantes mudanças, que complexo devido a suas constantes mudanças, que se justificam, pois visam acompanhar a velocidade se justificam, pois visam acompanhar a velocidade do mundo econômico. Além disso, este ramo do do mundo econômico. Além disso, este ramo do direito abrange matérias muito técnicas, direito abrange matérias muito técnicas, demandando conhecimentos jurídicos, de auditoria demandando conhecimentos jurídicos, de auditoria e contabilidade, bem como, de conhecimentos e contabilidade, bem como, de conhecimentos profundos sobre cada atividade desenvolvida pelo profundos sobre cada atividade desenvolvida pelo sujeito passivo e a própria hipótese normativa. sujeito passivo e a própria hipótese normativa.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO

• Em resumo, a lei tributária incide sobre várias Em resumo, a lei tributária incide sobre várias atividades econômicas e fenômenos atividades econômicas e fenômenos patrimoniais, e para compor e entender a base patrimoniais, e para compor e entender a base de cálculo do tributo, além dos demais de cálculo do tributo, além dos demais elementos que compõem a obrigação elementos que compõem a obrigação tributária, é necessária a compreensão das tributária, é necessária a compreensão das particularidades destas atividades e como se particularidades destas atividades e como se desenvolvem tais fenômenos patrimoniais, a desenvolvem tais fenômenos patrimoniais, a fim de que se possa apurar com segurança a fim de que se possa apurar com segurança a verdadeira incidência normativa. Por isto a verdadeira incidência normativa. Por isto a especialização é de suma importância.especialização é de suma importância.

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• C)C) IMPARCIALIDADE DO JULGADOR IMPARCIALIDADE DO JULGADOR

• É também um requisito essencial para o bom É também um requisito essencial para o bom funcionamento dos tribunais administrativos. O funcionamento dos tribunais administrativos. O julgador deve se manter a mesma distância das julgador deve se manter a mesma distância das partes do processo. Esta necessidade, partes do processo. Esta necessidade, reconhecida universalmente, encontra-se, reconhecida universalmente, encontra-se, inclusive, na Declaração Universal dos Direitos do inclusive, na Declaração Universal dos Direitos do Homem, em seu art. 10, onde está previsto que Homem, em seu art. 10, onde está previsto que todo homem tem direito a uma audiência justa e todo homem tem direito a uma audiência justa e pública em um tribunal independente e imparcial, pública em um tribunal independente e imparcial, para decidir a respeito de seus direitos e deveres. para decidir a respeito de seus direitos e deveres.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOTRIBUTÁRIO

• Este entendimento é ratificado por Alexandre Este entendimento é ratificado por Alexandre Barros de Castro quando afirma: “O juiz nunca é Barros de Castro quando afirma: “O juiz nunca é parte no conflito, mas um terceiro estranho a este”. parte no conflito, mas um terceiro estranho a este”. A imparcialidade é um dever de qualquer um que A imparcialidade é um dever de qualquer um que tenha a obrigação de dizer o direito, como é o caso tenha a obrigação de dizer o direito, como é o caso de cada um dos membros do órgão administrativo de cada um dos membros do órgão administrativo em estudo. O agente público, enquanto exerce sua em estudo. O agente público, enquanto exerce sua função administrativa típica (no caso, o função administrativa típica (no caso, o lançamento) atua como parte, mas, ao exercer esta lançamento) atua como parte, mas, ao exercer esta função “atípica” (judicante), deve atuar como função “atípica” (judicante), deve atuar como terceiro, mantendo-se das partes em litígio à terceiro, mantendo-se das partes em litígio à mesma distância. mesma distância.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCALPROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

-2.3.3 PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS QUE -2.3.3 PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS NA FASE DEVEM SER OBSERVADOS NA FASE CONTENCIOSACONTENCIOSA

a)Princípio da Utilidade do Processo a)Princípio da Utilidade do Processo AdministrativoAdministrativo

b)Princípio da não-submissão do Órgão Julgador b)Princípio da não-submissão do Órgão Julgador ao Poder Hierárquicoao Poder Hierárquico

C) Princípio da Verdade Material;C) Princípio da Verdade Material;

d) Princípio do Formalismo Moderado.d) Princípio do Formalismo Moderado.

e) Princípio da oficiliadadee) Princípio da oficiliadade

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCALPROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

a)Princípio da Utilidade do Processo Administrativo.a)Princípio da Utilidade do Processo Administrativo.• O processo administrativo, por se constituir em O processo administrativo, por se constituir em

um instrumento de controle da legalidade dos um instrumento de controle da legalidade dos atos da administração, tem de ser útil. atos da administração, tem de ser útil.

• De acordo com este princípio não se pode admitir De acordo com este princípio não se pode admitir que, antes de concluído o processo, uma das que, antes de concluído o processo, uma das partes envolvidas sofra dano de tal ordem que a partes envolvidas sofra dano de tal ordem que a decisão a ser finalmente proferida perca a sua decisão a ser finalmente proferida perca a sua finalidade. (ex: suspensão da exigibilidade do finalidade. (ex: suspensão da exigibilidade do crédito e “certidão verbum ad verbum” )crédito e “certidão verbum ad verbum” )

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCALPROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

b)Princípio da não-submissão do Órgão b)Princípio da não-submissão do Órgão Julgador ao Poder HierárquicoJulgador ao Poder Hierárquico

- os órgãos julgadores estão adstritos ao - os órgãos julgadores estão adstritos ao poder hierárquico do Ministro do Estado, ou poder hierárquico do Ministro do Estado, ou do Secretário Estadual ou Municipal, do Secretário Estadual ou Municipal, somente no que diz respeito às suas somente no que diz respeito às suas funções administrativas típicas, tais como funções administrativas típicas, tais como horário de funcionamento da repartição, horário de funcionamento da repartição, critérios de nomeação, etc., mas não no critérios de nomeação, etc., mas não no que se refere ao méritoque se refere ao mérito de suas decisões.de suas decisões.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCALPROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

C) Princípio da Verdade MaterialC) Princípio da Verdade Material

Este princípio é decorrente do princípio da legalidade, Este princípio é decorrente do princípio da legalidade, pois o processo fiscal tem por objetivo garantir a pois o processo fiscal tem por objetivo garantir a legalidade da apuração do fato gerador e a legalidade da apuração do fato gerador e a constituição do crédito tributário, devendo o constituição do crédito tributário, devendo o julgador pesquisar exaustivamente se, de fato, julgador pesquisar exaustivamente se, de fato, ocorreu a hipótese abstratamente prevista na norma ocorreu a hipótese abstratamente prevista na norma e, em caso de impugnação do contribuinte, verificar e, em caso de impugnação do contribuinte, verificar aquilo que efetivamente é verdade, aquilo que efetivamente é verdade, independentemente do que foi alegado e independentemente do que foi alegado e comprovado.comprovado.

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d) Princípio do Formalismo Moderado.d) Princípio do Formalismo Moderado.

O formalismo no processo administrativo tributário, O formalismo no processo administrativo tributário, deve ocorrer de uma forma moderada, à medida deve ocorrer de uma forma moderada, à medida que os ritos e as formas nele existentes devem que os ritos e as formas nele existentes devem ser simples, mas suficientes para assegurar um ser simples, mas suficientes para assegurar um grau de certeza, segurança, respeito aos direitos grau de certeza, segurança, respeito aos direitos dos sujeitos e para atender aos Princípios da dos sujeitos e para atender aos Princípios da Ampla Defesa e do Contraditório. Significa, Ampla Defesa e do Contraditório. Significa, ainda, que deve ser realizada uma interpretação ainda, que deve ser realizada uma interpretação mais “flexível e razoável” quanto às formas, que mais “flexível e razoável” quanto às formas, que não devem ser vistas como fins em si mesmas. não devem ser vistas como fins em si mesmas.

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e) Oficialidade.e) Oficialidade.

De acordo com este princípio, o processo De acordo com este princípio, o processo administrativo, após ser instaurado, deve administrativo, após ser instaurado, deve prosseguir de ofício, ou seja por obrigação do ofício prosseguir de ofício, ou seja por obrigação do ofício público e não apenas pela iniciativa do interessado, público e não apenas pela iniciativa do interessado, cabendo á autoridade competente zelar pelo seu cabendo á autoridade competente zelar pelo seu impulso de forma célere e especialmente por sua impulso de forma célere e especialmente por sua conclusão.conclusão.

O administrado tem a faculdade de provocar a O administrado tem a faculdade de provocar a instauração do processo fiscal, entretanto, uma vez instauração do processo fiscal, entretanto, uma vez este iniciado, passa a pertencer ao Poder público.este iniciado, passa a pertencer ao Poder público.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCALFISCAL

2.3.4 PRINCIPAIS ETAPAS 2.3.4 PRINCIPAIS ETAPAS Os órgãos julgadores deverão elaborar as pautas Os órgãos julgadores deverão elaborar as pautas

de julgamento, seguindo sempre que possível a de julgamento, seguindo sempre que possível a ordem cronológica da entrada dos processos no ordem cronológica da entrada dos processos no setor. Entretanto, um ato normativo próprio setor. Entretanto, um ato normativo próprio poderá determinar uma prioridade para os poderá determinar uma prioridade para os processos de maior valor, ou que envolvam processos de maior valor, ou que envolvam circunstâncias relacionadas a crime.circunstâncias relacionadas a crime.

O julgamento de um AI ou NFL pode ser pela O julgamento de um AI ou NFL pode ser pela improcedência, procedência, procedência improcedência, procedência, procedência parcial, procedência abatendo as penalidades e parcial, procedência abatendo as penalidades e nulidade.nulidade.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCALPROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

As principais etapas ocorridas no PAF são:As principais etapas ocorridas no PAF são:A) Impugnação ou reclamação A) Impugnação ou reclamação È uma garantia constitucional que tem por base o È uma garantia constitucional que tem por base o

art 5º, XXXIV da CF/88 que outorga o direito de art 5º, XXXIV da CF/88 que outorga o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra abuso de autoridade.ou contra abuso de autoridade.

É o instrumento de proteção de direitos, através do É o instrumento de proteção de direitos, através do qual o interessado manifesta sua não qual o interessado manifesta sua não conformação com o ato de lançamento ou conformação com o ato de lançamento ou imposição de multa e postula à autoridade imposição de multa e postula à autoridade administrativa o reexame do ato praticado , tendo administrativa o reexame do ato praticado , tendo em vista uma situação de fato ou a lei aplicada.em vista uma situação de fato ou a lei aplicada.

Page 24: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL CLAUDIO DOS PASSOS CLAUDIO DOS PASSOS SOUZA SOUZA

PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCALPROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL

B) Julgamento em primeira instânciaB) Julgamento em primeira instância- Apresentada a impugnação a autoridade - Apresentada a impugnação a autoridade

administrativa tem a obrigação de se pronunciar administrativa tem a obrigação de se pronunciar sobre ela. A autoridade competente para a sobre ela. A autoridade competente para a análise do processo em 1ª instância, pode ser análise do processo em 1ª instância, pode ser individual ou não, mas sempre composta por individual ou não, mas sempre composta por representantes da fazenda.representantes da fazenda.

- Para o julgamento em análise é necessário o - Para o julgamento em análise é necessário o preparo do processo que é considerado como um preparo do processo que é considerado como um conjunto de atos e termos que o impulsionam, conjunto de atos e termos que o impulsionam, como por exemplo a manifestação da autoridade como por exemplo a manifestação da autoridade fiscal e a realização de perícias e diligências.fiscal e a realização de perícias e diligências.

Page 25: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL CLAUDIO DOS PASSOS CLAUDIO DOS PASSOS SOUZA SOUZA

• B.1 Perícia e diligênciaB.1 Perícia e diligência• No curso do processo administrativo tributário é No curso do processo administrativo tributário é

comum se deparar com situações em que há a comum se deparar com situações em que há a necessidade de esclarecimentos relevantes ou até necessidade de esclarecimentos relevantes ou até mesmo o cumprimento de algumas formalidades mesmo o cumprimento de algumas formalidades que visem sanear o processo antes do seu que visem sanear o processo antes do seu julgamento. Pode-se por exemplo, necessitar de julgamento. Pode-se por exemplo, necessitar de esclarecimentos relativos a escrita contábil do esclarecimentos relativos a escrita contábil do contribuinte, de que sejam juntados documentos, contribuinte, de que sejam juntados documentos, ou corrigida uma intimação. É dentro deste contexto ou corrigida uma intimação. É dentro deste contexto que as perícias e diligências, assumem grande que as perícias e diligências, assumem grande importância. importância.

Page 26: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL CLAUDIO DOS PASSOS CLAUDIO DOS PASSOS SOUZA SOUZA

PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCALFISCAL

• De acordo com Hugo de Brito Machado Segundo De acordo com Hugo de Brito Machado Segundo uma sutil distinção pode ser estabelecida entre a uma sutil distinção pode ser estabelecida entre a perícia e a diligência, à Luz da legislação federal perícia e a diligência, à Luz da legislação federal (Decreto nº 70.235/72). “Pode-se dizer que prova (Decreto nº 70.235/72). “Pode-se dizer que prova pericial consiste em exame técnico, especializado pericial consiste em exame técnico, especializado (v.g.verificação contábil para apurar existência de (v.g.verificação contábil para apurar existência de prejuízo), enquanto a diligência, enseja um mera prejuízo), enquanto a diligência, enseja um mera verificação verificação in locoin loco da ocorrência, verificação que da ocorrência, verificação que dispensa conhecimentos específicos (v.g. dispensa conhecimentos específicos (v.g. constatar se o estabelecimento realmente constatar se o estabelecimento realmente funcionou no local indicado)”.funcionou no local indicado)”.

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PROCESSO ADMINISTRATIVO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCALFISCAL

• Sérgio Ferraz e Adilson entendem que normalmente Sérgio Ferraz e Adilson entendem que normalmente as diligências se destinam as verificações simples que as diligências se destinam as verificações simples que podem ser constatadas pelas pessoas comuns e as podem ser constatadas pelas pessoas comuns e as perícias normalmente se referem as tarefas que perícias normalmente se referem as tarefas que possuem alguma complexidade técnica. possuem alguma complexidade técnica.

•   Segundo de plácido e Silva,” Diligência é todo ato ou Segundo de plácido e Silva,” Diligência é todo ato ou solenidade promovida por ordem do juiz, a pedido da solenidade promovida por ordem do juiz, a pedido da parte ou “ex-officio”, para que se cumpra uma parte ou “ex-officio”, para que se cumpra uma exigência processual”. Já a perícia seria “uma exigência processual”. Já a perícia seria “uma diligência realizada ou executada por peritos, para diligência realizada ou executada por peritos, para que se esclareçam ou se evidencie certo fato”. que se esclareçam ou se evidencie certo fato”.

Page 28: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL CLAUDIO DOS PASSOS CLAUDIO DOS PASSOS SOUZA SOUZA

CONSELHO MUNICIPAL DE CONSELHO MUNICIPAL DE CONTRIBUINTESCONTRIBUINTES

C) Recurso ou revisãoC) Recurso ou revisão- É o instrumento que consiste na provocação do É o instrumento que consiste na provocação do

reexame da autoridade administrativa, de modo reexame da autoridade administrativa, de modo que lhe confere a certeza da legalidade. que lhe confere a certeza da legalidade.

- O recurso pode ser de ofício ou voluntário. O recurso pode ser de ofício ou voluntário. Colegiado. O primeiro é interposto obrigatoriamente Colegiado. O primeiro é interposto obrigatoriamente pelo julgador de 1ª instância quando a sua decisão pelo julgador de 1ª instância quando a sua decisão é favorável total ou parcialmente ao impugnante. Já é favorável total ou parcialmente ao impugnante. Já o segundo é interposto opcionalmente pelo o segundo é interposto opcionalmente pelo contribuinte quando a citada decisão é favorável contribuinte quando a citada decisão é favorável total ou parcialmente ao fisco. total ou parcialmente ao fisco.

Page 29: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL CLAUDIO DOS PASSOS CLAUDIO DOS PASSOS SOUZA SOUZA

CONSELHO MUNICIPAL DE CONSELHO MUNICIPAL DE CONTRIBUINTESCONTRIBUINTES

D) Julgamento em segunda instânciaD) Julgamento em segunda instância

-A -A análise dos recursos voluntário e de ofício é feita análise dos recursos voluntário e de ofício é feita por julgadores de forma colegiada e paritária. A por julgadores de forma colegiada e paritária. A citada composição se caracteriza pelo fato de citada composição se caracteriza pelo fato de metade dos representantes conselheiros e dos metade dos representantes conselheiros e dos suplentes serem constituídos de representantes do suplentes serem constituídos de representantes do fisco e outra metade por representantes dos fisco e outra metade por representantes dos contribuintes.contribuintes.

- Se após o julgamento em segunda instância o - Se após o julgamento em segunda instância o entendimento for que o lançamento tributário ou a entendimento for que o lançamento tributário ou a imposição da multa é procedente, o processo é imposição da multa é procedente, o processo é encaminhado para a dívida ativa para cobrança encaminhado para a dívida ativa para cobrança judicial.judicial.