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Aula 12 Direito Administrativo p/ Prefeitura de Niterói - Agente Fazendário e Fiscal de Posturas Professor: Herbert Almeida

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  • Aula 12

    Direito Administrativo p/ Prefeitura de Niteri - Agente Fazendrio e Fiscal de Posturas

    Professor: Herbert Almeida

  • Noes de Direito Administrativo p/ ISS-Niteri Fiscal de Posturas e Agente Fazendrio

    Teoria e exerccios comentados Prof. Herbert Almeida Aula 12

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    AULA 12: Bens pblicos

    Sumrio

    BENS PBLICOS ................................................................................................................................................ 2

    CONCEITO .............................................................................................................................................................. 2 CLASSIFICAO ........................................................................................................................................................ 3 CARACTERSTICAS O REGIME JURDICO DOS BENS PBLICOS ............................................................................................ 6 AFETAO E DESAFETAO ........................................................................................................................................ 8 ESPCIES DE BENS PBLICOS ....................................................................................................................................... 8 USO PRIVATIVO DE BENS PBLICOS POR PARTICULARES POR MEIO DE AUTORIZAO, PERMISSO E CONCESSO ........................ 11

    QUESTES COMENTADAS NA AULA ................................................................................................................ 24

    GABARITO ....................................................................................................................................................... 30

    REFERNCIAS .................................................................................................................................................. 30

    Ol pessoal, tudo bem?

    Nesta aula vamos estudar os bens pblicos.

    Aos estudos, aproveitem!

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    BENS PBLICOS

    Conceito

    Como em vrios assuntos do direito administrativo, h divergncia sobre o conceito de bens pblicos. Inicialmente, a doutrina considerava como bem pblico os bens das pessoas jurdicas de direito pblico e os bens das pessoas jurdicas de direito privado que estivessem afetados prestao de determinado servio pblico.

    Contudo, o novo Cdigo Civil abordou o assunto de forma diferente, GLVSRQGRHPVHXDUWTXHSo pblicos os bens do domnio nacional pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno; todos os outros so particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

    Portanto, somente os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico (pessoas polticas, autarquias e fundaes autrquicas) so bens pblicos, independentemente da atividade desempenhada ou da destinao desses bens.

    J os bens das entidades administrativas de direito privado (empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes pblicas de direito privado) so bens privados ou particulares.

    Porm, para as pessoas jurdicas de direito privado integrantes da Administrao Pblica que prestem servios pblicos, h a possibilidade de seus bens possurem algumas caractersticas dos bens pblicos. Nesses casos, os bens diretamente relacionados com a prestao de servios pblicos podem possuir caractersticas prprias do regime jurdico dos bens pblicos. Vale dizer, eles no sero bens pblicos, mas tero caractersticas prprias desses bens.

    Podemos apresentar a seguinte sntese1:

    a) somente so bens pblicos, integralmente sujeitos ao regime jurdico de direito dos bens pblicos, qualquer que seja a sua utilizao, os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico;

    b) os bens das pessoas jurdicas de direito privado integrantes da Administrao Pblica no so bens pblicos, mas podem estar sujeitos a regras prprias do regime jurdico dos bens pblicos,

    1 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 929.

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    quando estiverem sendo utilizados na prestao de um servio pblico.

    Por fim, em decorrncia da continuidade do servio pblico, os bens diretamente relacionados com a prestao de servios pblicos em empresas privadas tambm possuiro caractersticas prprias do regime dos bens pblicos, como a impenhorabilidade.

    Classificao

    A classificao dos bens pblicos importante, sobretudo, em decorrncia do tratamento jurdico diferenciado que dispensado para cada espcie. Nesse contexto, comum classificar os bens pblicos sobre trs parmetros: (a) quanto titularidade; (b) quanto destinao; e (c) quanto disponibilidade.

    Titularidade

    A titularidade diz respeito pessoa que proprietria dos bens, que podem ser federais, distritais, estaduais ou municipais, conforme pertenam, respectivamente, Unio, ao Distrito Federal, aos estados ou aos municpios ou s entidades administrativas de direito pblico que integram a administrao indireta desses entes polticos.

    Destinao

    Essa , sem dvidas, a classificao mais importante. Atualmente, ela est positivada no art. 99 do Cdigo Civil, que estabelece que os bens pblicos podem ser (a) de uso comum do povo; (b) de uso especial; (c) dominicais.

    Os bens de uso comum do povo, tambm chamados de bens de domnio pblico, so aqueles que podem ser utilizados por todas as pessoas em igualdade de condies, independentemente de autorizao individualizada concedida pelo Poder Pblico. So exemplos os rios, mares, estradas, ruas e praas.

    Em regra, a utilizao dos bens pblicos livre e gratuita, todavia possvel que o poder pblico venha a cobrar taxas em determinadas situaes, a exemplo da cobrana de estacionamento rotativo. Vale reforar, a utilizao de bens pblicos de uso comum pode ser gratuita ou retribuda, conforme a entidade a que pertencer o bem estabelecer

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    legalmente. Ademais, a utilizao desses bens pode se submeter ao poder de polcia, com o objetivo de preservar o patrimnio pblico e proteger os usurios.

    Os bens de uso especial, por sua vez, so aqueles utilizados na prestao servios pela Administrao ou para a realizao dos servios administrativos. So exemplos: o edifcio sede de uma repartio pblica; uma escola municipal; os hospitais pblicos; o material de consumo de escritrio de rgos pblicos; etc.

    A doutrina menciona que existem os bens de uso especial direto, que so aqueles que compem o aparato estatal, a exemplo das escolas pblicas e dos veculos oficiais.

    Por outro lado, os bens de uso especial indireto so aqueles que o poder pblico no utiliza diretamente, mas os conserva com o objetivo de garantir um bem jurdico de interesse da coletividade. So exemplos de bens de uso especial indireto as terras destinadas aos ndios e as terras pblicas utilizadas na proteo do meio ambiente.

    Por fim, os bens dominicais so os que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Em sntese, os bens dominicais so aqueles que no possuem uma finalidade pblica especfica. o que ocorre, por exemplo, com um bem mvel apreendido, mas que no possui nenhuma finalidade definida. Com efeito, todos os bens que no se enquadram no grupo de bens de uso comum ou nos bens de uso especial, sero considerados como bens dominicais.

    Alm disso, os bens dominicais podem ser utilizados para que o Estado obtenha renda, como ocorre nos leiles.

    Interessante notar que os bens de uso comum e de uso especial so inalienveis, ou seja, no podem ser vendidos, uma vez que possuem uma finalidade pblica especfica. Dessa forma, esses tipos de bens so considerados bens afetados. Por outro lado, os bens dominicais no possuem finalidade pblica especfica e, por esse motivo, podem ser alienados, sendo considerados bens pblicos desafetados.

    Finalmente, vamos transcrever o contedo dos artigos 99 at 103 do Cdigo Civil, tendo em vista a importncia desses dispositivos para nossa matria:

    Art. 99. So bens pblicos:

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    I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praas;

    II - os de uso especial, tais como edifcios ou terrenos destinados a servio ou estabelecimento da administrao federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

    III - os dominicais, que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

    Pargrafo nico. No dispondo a lei em contrrio, consideram-se dominicais os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico a que se tenha dado estrutura de direito privado.

    Art. 100. Os bens pblicos de uso comum do povo e os de uso especial so inalienveis, enquanto conservarem a sua qualificao, na forma que a lei determinar.

    Art. 101. Os bens pblicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigncias da lei.

    Art. 102. Os bens pblicos no esto sujeitos a usucapio.

    Art. 103. O uso comum dos bens pblicos pode ser gratuito ou retribudo, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administrao pertencerem.

    Disponibilidade

    Quanto disponibilidade, os bens pblicos classificam-se em:

    a) bens indisponveis por natureza;

    b) bens patrimoniais indisponveis; e

    c) bens patrimoniais disponveis.

    Os bens indisponveis por natureza so aqueles que, em decorrncia da natureza no patrimonial, no podem ser alienados nem onerados pela Administrao Pblica. Os bens de uso comum, em regra, so bens indisponveis por natureza, a exemplo dos mares, rios e estradas.

    Os bens patrimoniais indisponveis, por outro lado, so aqueles que possuem valor patrimonial, mas no podem ser alienados, uma vez que possuem uma finalidade pblica especfica. So bens indisponveis os bens de uso especial e os bens de uso comum do povo que possam ser objeto de avaliao patrimonial. Exemplos: escolas pblicas, hospitais pblicos, prdios utilizados como sede para os rgos pblicos ou autarquias, etc.

    Por fim, os bens patrimoniais disponveis so aqueles que podem ser objeto de avaliao patrimonial e de alienao, na forma prevista em lei, uma vez que no esto afetados a uma finalidade pblica especfica. Os bens dominicais correspondem aos bens patrimoniais disponveis.

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    Caractersticas o regime jurdico dos bens pblicos As principais caractersticas dos bens pblicos so:

    a) inalienabilidade;

    b) impenhorabilidade;

    c) imprescritibilidade;

    d) no onerabilidade.

    Juntas, essas caractersticas formam o denominado regime jurdico dos bens pblicos. Assim, os bens pblicos possuem todas essas caractersticas, estejam ou no afetados a uma destinao especfica. Por outro lado, os bens das pessoas jurdicas de direito privado, em que pese no sejam bens pblicos, podem gozar de algumas dessas prerrogativas quando estiverem diretamente vinculados prestao de servios pblicos populao.

    Inalienabilidade

    A inalienabilidade um termo que, aos poucos, est entrando em desuso. Isso porque a inalienabilidade no uma regra absoluta, uma vez que os bens pblicos podem ser alienados, desde que sejam obedecidas as regras legais para isso. Portanto, modernamente, o mais adequado seria XWLOL]DUDH[SUHVVmRalienabilidade condicionada'HTXDOTXHUIRUPDse a questo mencionar inalienabilidade ou alienabilidade condicionada, as suas situaes estaro corretas.

    De acordo com o CdiJR&LYLORVbens pblicos de uso comum do povo e os de uso especial so inalienveis, enquanto conservarem a sua qualificao, na forma que a lei determinarDUW3RURXWURODGRR&yGLJRHVWDEHOHFHTXHos bens pblicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigncias da lei.

    Dessa forma, somente os bens dominicais podem ser alienados, desde que obedeam s exigncias da Lei 8.666/1993, que determina que um bem, para ser alienado, depende de existncia de interesse pblico devidamente justificado, de prvia avaliao, licitao e, no caso de bem imvel, autorizao legislativa.

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    Impenhorabilidade

    Quando um particular move uma ao judicial contra um terceiro para exigir a quitao de uma dvida, a justia poder decretar a penhora dos bens, com o objetivo de garantir o pagamento da dvida.

    Os bens pblicos, entretanto, no podem ser objeto de penhora para garantia de execuo de ao contra a fazenda pblica. Dessa forma, os bens pblicos so impenhorveis, sendo que o pagamento de dvidas da fazenda pblica dever ocorrer pelo regime de precatrios, previsto no art. 100 da Constituio Federal, nos seguintes termos:

    Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pblicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentena judiciria, far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica de apresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casos ou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para este fim.

    Imprescritibilidade

    Independentemente da natureza, os bens pblicos so imprescritveis, ou seja, eles no podem ser adquiridos mediante usucapio.

    A usucapio, ou prescrio aquisitiva, aquele que decorre da ocupao mansa e pacfica do bem durante determinado perodo de tempo, QDIRUPDSUHYLVWDQDOHJLVODomRFLYLO'HDFRUGRFRPR&yGLJR&LYLOaquele que, por quinze anos, sem interrupo, nem oposio, possuir como seu um imvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de ttulo e boa-f DUW (ssa regra, no entanto, no se aplica contra os bens pblicos, inclusive os dominicais.

    2 SUySULR &yGLJR &LYLO HVWDEHOHFH TXH Rs bens pblicos no esto sujeitos a usucapioDUW.

    Tambm nesse sentido, o STF j se pronunciou, por meio da Smula 340, TXHdesde a vigncia do Cdigo Civil, os bens dominicais, como os demais bens pblicos, no podem ser adquiridos por usucapio

    Com efeito, a Constituio Federal possui regra expressa sobre a impossibilidade de aquisio de bens imveis pblicos localizados em zona urbana (CF, art. 183, 3) ou em rea rural (CF, art. 192, pargrafo nico). Em que pese esses dispositivos s abordem os bens imveis, a imprescritibilidade tambm abrange os bens pblicos mveis, por fora do art. 102 do CC.

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    No onerabilidade

    Onerar significa utilizar um bem pblico como garantia do pagamento de um credor em caso de inadimplncia da obrigao. As espcies de direitos reais de garantia previstas no Cdigo Civil (art. 1.225) sobre coisa alheia so o penhor, a anticrese e a hipoteca.

    Assim, uma vez que os bens pblicos so no onerveis, eles no podem ser objeto de direito real de garantia dos dbitos contrados por um ente pblico.

    Afetao e desafetao

    A afetao e a desafetao so institutos importantes quando se verifica a possibilidade de alienar ou no um bem pblico. Um bem desafetado aquele que no possui uma destinao pblica especfica, enquanto um bem afetado aquele destinado a uma finalidade pblica especfica.

    Os bens dominicais so desafetados, enquanto os bens de uso especial e de uso comum do povo so bens afetados. Por exemplo, se uma pracinha utilizada pela populao, ela possui finalidade pblica; se um edifcio utilizado para abrigar uma repartio pblica, ela tambm possuir finalidade pblica.

    ConWXGRRVEHQVSRGHPPLJUDUGHXPHVWDGRDRXWURRXVHMDXPbem pblico sem finalidade pode passar a ter finalidade pblica. Nesse caso, diz-se que ocorreu a afetao do bem. Por outro lado, um bem com finalidade pblica pode deixar de t-la, ocorrendo, assim, a sua desafetao.

    Por exemplo, um veculo oficial pode ser declarado inservvel e, com isso, ele ser desafetado. Nesse caso, um bem de uso especial passar a ser um bem dominical.

    Espcies de bens pblicos

    Tendo em vista que os concursos pblicos no exigem o estudo das espcies de bens pblicos de forma aprofundada, vamos apenas apresentar

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    a parte conceitual de cada um, utilizando, para tanto, os ensinamentos dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo2.

    Terras devolutas

    As terras devolutas so todas aquelas que, pertencentes ao domnio pblico de quaisquer das entidades estatais, no se acham utilizadas pelo poder pblico, nem so destinadas a fins administrativos especficos. Assim, podemos perceber que as terras devolutas so bens dominicais, pois no possuem finalidade especfica.

    A Constituio Federal determina que as terras devolutas indispensveis defesa das fronteiras, das fortificaes e construes militares, das vias federais de comunicao e preservao ambiental, pertencem Unio (CF, art. 20, II). J as demais terras devolutas pertencem aos estados-membros (CF, 26, IV).

    Terrenos de marinha

    O Decreto Lei 9.760/1946 dispe que so terrenos de marinha aqueles que se situem em uma profundidade de 33 metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posio da linha da preamar mdia de 1831. Em termos mais simples, so terrenos de marinha as terras costeiras que estejam dentro desse limite de 33 metros.

    As terras de marinha pertencem Unio, nos termos do art. 20, VII, da Constituio Federal, por imperativos de defesa e de segurana nacional.

    Terrenos acrescidos

    Os terrenos acrescidos so aqueles que se formaram, de forma natural ou artificial, para o lado do mar ou de rios e lagoas, em seguimento aos terrenos de marinha. Uma vez que os terrenos de acrescidos so agregados aos terrenos de marinha, eles tambm pertencem Unio.

    Terras ocupadas pelos ndios

    So os bens que se destinam exclusivamente aos ndios, que podem usufruir do espao, da riqueza do solo e dos rios e lagos neles existentes. De acordo com o art. 231, I, da Constituio da Repblica, so terras

    2 Alexandrino e Paulo, 2011.

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    tradicionalmente ocupadas pelos ndios as por eles habitadas em carter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindveis preservao dos recursos ambientais necessrios a seu bem-estar e as necessrias a sua reproduo fsica e cultural, segundo seus usos, costumes e tradies.

    Essas terras tambm pertencem Unio, conforme dispe o art. 20, XI, e so classificadas como bens de uso especial (indireto), pois possuem finalidade pblica especfica.

    Plataforma continental

    A plataforma continental a extenso da rea continental sobre o oceano, em uma profundidade de at 200 metros. Elas tambm pertencem Unio.

    Ilhas

    As ilhas podem ser martimas, fluviais e lacustres, conforme estejam no mar, nos rios e nos lagos, respectivamente.

    As ilhas martimas, em regra, pertencem Unio, com exceo das que contenham sede de municpios e de reas que estejam sob domnio dos estados-membros, conforme previsto nos artigos 20, IV, e 26, II, da CF3.

    J as ilhas fluviais e lacustres pertencem aos estados, com exceo daquelas que estejam localizadas nas zonas limtrofes com outros pases, ou nos rios que banham mais de um estado, que, nestes casos, pertencero Unio.

    Em regra, as ilhas so bens dominicais, mas podero enquadrar-se no conceito de bens de uso comum, se tiverem destinao especfica.

    Faixa de fronteiras

    A faixa de fronteiras corresponde rea de at 150 Km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, sendo considerada fundamental para defesa do territrio nacional (CF, art. 20, 2).

    3 Art. 20. So bens da Unio: [...] IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limtrofes com outros pases; as praias martimas; as ilhas ocenicas e as costeiras, excludas, destas, as que contenham a sede de Municpios, exceto aquelas reas afetadas ao servio pblico e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: [...]II - as reas, nas ilhas ocenicas e costeiras, que estiverem no seu domnio, excludas aquelas sob domnio da Unio, Municpios ou terceiros;

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    guas pblicas

    As guas pblicas so que compem os mares, os rios e os lagos de domnio pblico. Elas podem ser de uso comum ou dominicais.

    Segundo Alexandrino e Paulo, so consideradas de uso comum: os mares territoriais; as correntes, canais e lagos navegveis ou flutuveis; as correntes de que se faam essas guas; as fontes e reservatrios pblicos; as nascentes que, por si ss, constituem a nascente do rio; os braos das correntes pblicas quando influam na navegabilidade e na flutuabilidade.

    Todas as demais guas pblicas so consideras guas dominicais.

    As guas pblicas pertencem aos estados-membros, exceto quando estiverem em terrenos da Unio, se banharem mais de um estado, se fizerem limites com outros pases ou se estenderem a territrio estrangeiro ou dele provierem, casos em que pertenceram Unio (CF, art. 20, III).

    Uso privativo de bens pblicos por particulares por meio de autorizao, permisso e concesso

    Independentemente do tipo de bem pblico uso comum do povo, uso especial, ou dominical possvel que a Administrao outorgue o uso privativo desse bem aos particulares. Tal outorga dever ocorrer por meio de instrumento formal, sujeito ao juzo de convenincia e oportunidade do poder pblico.

    Os principais instrumentos de outorga da utilizao privativa de bens pblicos so a autorizao de uso de bem pblico, a permisso de uso de bem pblico, a concesso de uso de bem pblico e a concesso de direito real de bem pblico.

    Desde j, importante destacar que os trs primeiros instrumentos outorgam o direito pessoal do uso do bem, ao passo que o ltimo concede um direito real, ou seja, um direito relacionado diretamente ao bem. Dessa forma, a concesso de direito real de bem pblico permite que o particular realize a transferncia do direito por ato inter vivos, coisa que no permitida nos outros trs instrumentos.

    A autorizao de uso de bem pblico o ato administrativo discricionrio, precrio e, em regra, sem prazo de durao. Dessa forma, a autorizao poder ser revogada a qualquer tempo, independentemente de indenizao. Eventualmente, se for fixado prazo, poder subsistir a

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    necessidade de indenizao, mas isso s ocorrer em situaes excepcionais.

    A caracterstica marcante do instrumento da autorizao de uso o predomnio do interesse do particular, ou seja, o particular o maior interessado na autorizao e, por conseguinte, ele ter a faculdade de escolher se utiliza ou no o bem pblico.

    Exemplo de autorizao de uso, da lavra de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, o fechamento de uma rua para a realizao de uma festa particular ou para a organizao da festa junina de uma comunidade.

    A permisso de uso de bem pblico, por sua vez, tambm ato administrativo precrio, discricionrio e sem prazo de durao. Todavia, em que pese exista divergncia doutrinria, a permisso exige prvia licitao, nos termos do art. 31, da Lei 9.074/1995, vejamos:

    Art. 31. Nas licitaes para concesso e permisso de servios pblicos ou uso de bem pblico, os autores ou responsveis economicamente pelos projetos bsico ou executivo podem participar, direta ou indiretamente, da licitao ou da execuo de obras ou servios.

    A discusso sobre o tema que a permisso de uso de bem pblico mero ato administrativo e, por conseguinte, no deveria ser precedida de prvia licitao. Contudo, o que consta na legislao e, portanto, podemos considerar a permisso de uso como uma exceo, ou seja, a situao em que a licitao ter como consequncia um ato administrativo no lugar de um contrato administrativo.

    Um exemplo de permisso de uso a permisso para instalao de uma banca de jornal em uma praa pblica.

    Nesse contexto, Alexandrino e Paulo apresentam o seguinte resumo com os elementos distintivos entre a permisso e a autorizao de uso:

    a) na permisso, mais relevante o interesse pblico; enquanto na autorizao ele apenas indireto, mediato e secundrio;

    b) em decorrncia desse fato, na permisso de uso do bem, o particular obrigado a dar destinao ao bem permitido; por outro lado, na permisso de uso a destinao facultativa, a critrio do particular; e

    c) a permisso deve, em regra, ser precedida de licitao; a autorizao nunca precedida de licitao.

    A concesso de uso de bem pblico, por outro lado, um contrato administrativo. Por conseguinte, a concesso de uso deve ser precedida de

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    licitao pblica salvo nas hipteses de dispensa ou inexigibilidade - no precria e possui prazo determinado. Por conseguinte, s ser possvel rescindir o contrato nas hipteses previstas em lei.

    Assim, a principal diferena entre a concesso de uso e a autorizao e permisso de uso que estas ltimas so atos administrativos, ao passo que aquele um contrato administrativo. O quadro abaixo apresenta um resumo desses instrumentos4:

    Autorizao Permisso Concesso Ato administrativo Ato administrativo Contrato administrativo

    No h licitao Licitao prvia Licitao prvia

    Uso facultativo do bem pelo particular

    Utilizao obrigatria do bem pelo particular, conforme a finalidade permitida

    Utilizao obrigatria do bem pelo particular, conforme a finalidade concedida

    Interesse predominante do particular

    Equiponderncia entre o interesse pblico e do particular

    Interesse pblico e do particular podem ser equivalentes, ou haver predomnio de um ou de outro

    H precariedade H precariedade No h precariedade

    Sem prazo (regra) Sem prazo (regra) Prazo determinado

    Remunerada ou no Remunerada ou no Remunerada ou no

    Revogao a qualquer tempo sem indenizao, salvo se outorgada com prazo ou condicionada

    Revogao a qualquer tempo sem indenizao, salvo se outorgada com prazo ou condicionada

    Resciso nas hipteses previstas em lei. Cabe indenizao, se a causa no for imputvel ao concessionrio.

    Por fim, a concesso de direito real de uso, conforme j discutimos acima, abrange o prprio direito de natureza real e no meramente pessoal. Por conseguinte, o particular poder transmitir esse direito por meio de sucesso ou at mesmo por ato inter vivos, ou seja, o prprio particular transfere o direito a terceiro.

    Com efeito, a concesso de direito real de uso pode ter prazo certo ou at mesmo indeterminado. No entanto, a concesso resolvel, ou seja, admite a extino do direito quando ocorrer determinadas situaes previstas em lei ou no contrato.

    4 Adaptado de Alexandrino e Paulo, 2011, p; 944.

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    9DOHPHQFLRQDUTXHRDUWGR'HFUHWR/HLGLVS}HTXH instituda a concesso de uso de terrenos pblicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, como direito real resolvel, para fins especficos de regularizao fundiria de interesse social, urbanizao, industrializao, edificao, cultivo da terra, aproveitamento sustentvel das vrzeas, preservao das comunidades tradicionais e seus meios de subsistncia ou outras modalidades de interesse social em reas urbanas.

    Por fim, o mesmo DL estabelece um caso de resoluo (extino) do contrato de concesso, que ocorrer quando o concessionrio d ao imvel destinao diversa da estabelecida no contrato.

    Vamos ver como este assunto cobrado em provas.

    1. (FGV Analista/DPE-DF/2014) Os bens pblicos esto sujeitos a regime jurdico prprio, diferente daquele aplicado aos bens privados. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir: I. Os bens pertencentes s empresas pblicas so considerados bens pblicos. II. Consideram-se afetados os bens pblicos que tm destinao pblica. III. Os bens pblicos so impenhorveis. Assinale se:

    a) somente I e II so verdadeiras. b) somente I e III so verdadeiras. c) somente II e III so verdadeiras. d) todas so verdadeiras. e) nenhuma verdadeira. Comentrio: as empresas pblicas so pessoas jurdicas de direito privado e, por conseguinte, seus bens no so pblicos. De acordo com o Cdigo Civil, somente os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno que so bens pblicos. Portanto, o item I est errado. Quando possurem uma destinao pblica ou finalidade especfica, os bens pblicos sero considerados afetados. Quando no possurem nenhuma finalidade pblica especfica, os bens pblicos sero desafetados. Logo, o item est correto.

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    Entre as caractersticas dos bens pblicos, temos a impenhorabilidade, ou seja, eles no podem ser penhorados para fins de pagamento de dbitos da fazenda pblica. Nessas situaes, dever ser utilizado o sistema de precatrios, previsto no art. 100 da CF. Assim, o item III tambm est correto. Em resumo, os itens II e III esto corretos.

    Gabarito: alternativa C.

    2. (FGV Procurador/AL-MT/2013) Acerca do tema terras devolutas, assinale a afirmativa correta. a) So bens pblicos titularizados pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios. b) Foram excludas do elenco de bens pblicos pela Constituio da Repblica de 1988. c) Aquelas no compreendidas entre as da Unio devem ser includas entre os bens municipais. d) Aquelas no compreendidas entre as da Unio devem ser includas entre os bens dos estados. e) Incluem-se todas entre os bens da Unio. Comentrio: as terras devolutas indispensveis defesa das fronteiras, das fortificaes e construes militares, das vias federais de comunicao e preservao ambiental, pertencem Unio (CF, art. 20, II); enquanto as demais terras devolutas pertencem aos estados-membros (CF, 26, IV). Assim, aquelas que no esto compreendidas entre as da Unio, pertencem aos estados. Assim, est correta a opo D. Logo, a opo A est errada, pois os municpios no possuem terras devolutas. A alternativa B tambm errada, pois a Constituio de 1988 menciona expressamente a existncia dos bens pblicos (art. 20, II; e art. 26, IV). O erro da letra C o mesmo da alternativa A, ou seja, os municpios no possuem terras devolutas. Por fim, a opo E est errada, pois existem terras devolutas dos estados.

    Gabarito: alternativa D.

    3. (FGV Analista Judicirio/TJ-AM/2013) Os bens pblicos possuem um regime jurdico diferenciado no qual uma srie de restries impe-se sobre eles. Com relao aos bens pblicos assinale a afirmativa correta. a) Os bens das empresas pblicas, ainda que no atuem na prestao de servios pblicos, possuem natureza pblica. b) Uma empresa privada, que tenha um bem afetado prestao de um servio pblico, no poder ter esse bem penhorado.

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    c) Os bens das agncias reguladoras no se revestem das garantias inerentes aos bens pblicos. d) possvel a penhora de um bem pertencente ao Estado do Amazonas para pagamento de dvida alimentcia. e) Os bens de uma sociedade de economia mista no podero sofrer usucapio seja qual for a atividade desempenhada por essa pessoa jurdica. Comentrio: vejamos cada opo: a) ERRADA: os bens das empresas pblicas no so bens pblicos, independentemente da atividade que realizam; b) CORRETA: em decorrncia do princpio da continuidade do servio pblico, os bens diretamente vinculados prestao dos no podem ser penhorados; c) ERRADA: as agncias reguladoras so autarquias e, portanto, possuem personalidade jurdica de direito pblico. Assim, os seus bens so pblicos; d) ERRADA: o bem pertencente ao estado um bem pblico, logo no poder ser penhorado; e) ERRADA: os bens das sociedades de economia mista so, em regra, bens privados. Logo, eles podem sofrer sim a aquisio por usucapio. Gabarito: alternativa B.

    4. (FGV Analista Judicirio/TJ-AM/2013) A administrao pblica viabiliza o uso privativo dos bens pblicos por meio de certos ttulos jurdicos. Em relao a esses ttulos, correto afirmar que a) um deles a concesso de uso que, segundo a doutrina, tem natureza de contrato. b) um deles a autorizao de uso que, segundo a doutrina, tem natureza de contrato. c) a concesso, a permisso e a autorizao de uso, so ttulos dessa espcie, todos com natureza de contrato. d) a concesso, a permisso e a autorizao de uso, so ttulos dessa espcie, todos com natureza de ato administrativo. e) um deles a permisso de uso que sempre ter natureza de contrato. Comentrio: a concesso de uso formalizada por meio de contrato administrativo, precedido de prvia licitao. Assim, a opo A est correta. Vejamos as outras opes: b) e e) a autorizao de uso ato administrativo ERRADA; c) e d) somente a concesso de uso tem natureza de contrato, enquanto a permisso e a autorizao so atos administrativos ERRADA; Gabarito: alternativa A.

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    5. (FGV Juiz/TJ-AM/2013) O Cdigo Civil brasileiro regula, em sua Parte Geral, dentre outras matrias, os bens pblicos, procurando identific-los como bens de uso comum, bens de uso especial e bens dominicais. Assim, ciente desta classificao, assinale a afirmativa correta. a) os bens dominicais so passveis de aquisio por usucapio, pois no esto afetos destinao pblica. b) so bens pblicos tanto aqueles pertencentes Administrao Direta, quanto aqueles que pertenam s pessoas que compem a Administrao Indireta c) o uso comum dos bens pblicos pode ser gratuito ou retribudo, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administrao pertencerem. d) os bens pblicos, seja qual for a espcie, no so passveis de alienao, mas podem ser penhorados, quando forem dominicais. e) consideram-se bens de uso comum aqueles que tanto podem ser utilizados pela Administrao para um fim especfico, como pelo particular, atravs de concesso ou permisso de uso. Comentrio: a) nenhum tipo de bem pblico pode ser adquirido por usucapio, at mesmo os bens dominicais ERRADA; b) as entidades de direito privada da administrao indireta (empresas pblicas, sociedades de economia mista e fundaes pblicas de direito privado) no possuem bens pblicos ERRADA; c) a regra a utilizao gratuita dos bens de uso comum. Porm, a entidade a que pertencer o bem poder instituir a utilizao retribuda, como ocorre nos estacionamentos rotativos CORRETA; d) o item fez uma inverso. Vamos coUULJLUDIUDVHos bens pblicos, seja qual for a espcie, no so passveis de alienao penhora, mas podem ser penhorados alienados, quando forem dominicais ERRADA; e) os bens utilizados pela Administrao so os bens de uso especial ERRADO. Gabarito: alternativa C.

    6. (FGV - Analista Judicirio/TJ-AM/2013) O Estado do Amazonas possui um terreno que se encontrava sem nenhuma destinao, apenas cercado por um muro. No citado bem foi construda uma praa para lazer da comunidade. Assinale a alternativa que contm a classificao desse bem, antes e depois da construo da praa, respectivamente. a) dominical / de uso comum.

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    b) de uso especial / de uso comum. c) de uso comum / de uso especial. d) de uso comum / de uso especial. e) dominical / de uso especial. Comentrio: inicialmente, o bem no possua nenhuma destinao, sendo, portanto, um bem dominical. Posteriormente, ao ser construda a pracinha, o bem foi afetado e se tornou um bem de uso comum do povo. Logo, a opo A est correta! Gabarito: alternativa A.

    7. (FGV OAB/2012) Sobre os bens pblicos correto afirmar que a) os bens de uso especial so passveis de usucapio b) os bens de uso comum so passveis de usucapio. c) os bens de empresas pblicas que desenvolvem atividades econmicas que no estejam afetados a prestao de servios pblicos so passveis de usucapio. d) nenhum bem que pertena pessoa jurdica integrante da administrao pblica indireta passvel de usucapio. Comentrio: a) e b) o art. 102 do Cdigo Civil veda a aquisio dos bens pblicos por usucapio, independentemente da destinao do bem. Portanto, os bens de uso comum do povo, de uso especial e dominicais no podem ser adquiridos pela prescrio aquisitiva ERRADAS; c) os bens das empresas pblicas que desenvolvem atividade econmica so bens privados, logo, quando no estiverem afetados prestao de servios pblicos, podero ser adquiridos por usucapio CORRETA; d) os bens das pessoas administrativas de direito privado, em regra, podem ser adquiridos por usucapio, a no ser que estejam afetados prestao de servios pblicos ERRADA. Gabarito: alternativa C.

    8. (FCC Analista Judicirio/TRF-2/2012) As principais caractersticas que compem o regime jurdico dos bens pblicos so: a) a necessidade de lei autorizando a penhora e a prescrio aquisitiva desses bens, desde que sejam bens dominicais. b) o seu uso privativo mediante autorizao, permisso ou concesso, independente da sua destinao.

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    c) a obrigatoriedade de prvia licitao para uso privado mediante concesso e permisso, mas apenas para os bens de uso especial. d) a inalienabilidade, a impenhorabilidade, a imprescritibilidade e a no-onerosidade. e) a possibilidade desses bens serem alienados mediante prvia licitao na modalidade concorrncia, quando se tratar de bens de uso comum do povo. Comentrio: as principais caractersticas dos bens pblicos so: (a) inalienabilidade somente podem ser alienados se obedecerem determinadas regras previstas em lei; (b) impenhorabilidade no podem ser objeto de penhora para exigir a quitao de dvida;

    (c) imprescritibilidade no podem ser adquiridos por meio de usucapio; (d) no onerabilidade no podem ser objeto de direito real de garantia dos dbitos contrados por um ente pblico. Com isso, est correta a opo D. Vamos dar uma olhada nas outras opes: a) os bens pblicos no podem ser objeto de penhora nem de prescrio aquisitiva (usucapio) ERRADA; b) a destinao da concesso, permisso e autorizao depende sempre de interesse pblico, ainda que haja modificao do predomnio em um ou em outro ERRADA; c) a licitao tambm ser exigvel para a concesso e permisso de outros tipos de bens pblicos ERRADA; e) somente os bens dominicais podem ser objeto de alienao ERRADA. Gabarito: alternativa D.

    9. (FCC Notrio/TJ-PE/2013) Considere as afirmaes abaixo. I. Os bens dominicais no so passveis de alienao, salvo se desafetados. II. Os bens de uso especial so aqueles de domnio privado do poder pblico, passveis de alienao e onerao. III. Os bens de uso comum do povo so inalienveis, impenhorveis e imprescritveis. A respeito dos bens pblicos, est correto o que se afirma APENAS em a) III. b) I. c) II. d) I e III. e) I e II. Comentrio: vejamos cada item:

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    I FALSA: a questo fez uma inverso, pois justamente os bens dominicais que podem ser objeto de alienao; II FALSA: os bens de domnio privado do poder pblico so os bens dominicais;

    I VERDADEIRA: dentre outras, a inalienabilidade, impenhorabilidade e imprescritibilidade so caractersticas dos bens pblicos, inclusive os de uso comum do povo. Gabarito: alternativa A.

    10. (FCC Analista Judicirio/TRE-SP/2012) Os bens pblicos podem ser classificados, de acordo com a sua destinao, como bens a) de uso especial aqueles de domnio privado do Estado e que no podem ser gravados com qualquer espcie de afetao. b) de uso especial aqueles utilizados por particular mediante concesso ou permisso de uso. c) de uso comum do povo aqueles afetados a determinado servio pblico, tais como os edifcios onde se situam os rgos pblicos. d) dominicais aqueles destinados fruio de toda a coletividade e que no podem ser alienados ou afetados atividade especfica. e) dominicais aqueles de domnio privado do Estado, no afetados a uma finalidade pblica e passveis de alienao.

    Comentrio: os bens pblicos, quanto destinao, podem ser:

    o de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praas; o de uso especial, tais como edifcios ou terrenos destinados a servio ou

    estabelecimento da administrao federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

    o dominicais, que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

    Os bens dominicais possuem domnio de direito privado e no possuem uma finalidade pblica especfica (afetao). Logo, eles podem ser objeto de alienao. Assim, nosso gabarito a opo E. Gabarito: alternativa E.

    11. (FCC Analista/DPE-RS/2013) Considere os seguintes exemplos de bens pblicos: I. prdio no qual se encontra instalado um hospital. II. rios e mares.

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    III. galpo adquirido pelo poder pblico em processo de execuo judicial, cujo uso foi autorizado, onerosamente, a particular. Indique, respectivamente, a categoria na qual se incluem: a) de uso comum do povo; dominical e de uso especial. b) de uso especial; de uso comum do povo e dominical. c) de uso especial; reservado e de uso especial. d) dominical; reservado e de uso restrito. e) de uso comum do provo; de uso restrito; e dominical. Comentrio: o item I trata de um bem de uso especial, uma vez que o imvel utilizado diretamente pela Administrao na prestao de um servio pblico. O item II, por sua vez, apresenta um bem de uso comum do povo, que o caso dos rios, mares, estradas, ruas, praas, entre outros. Por fim, o item III apresenta um exemplo de bem de uso dominical, uma vez que o bem foi adquirido por meio de deciso judicial e, por conseguinte, no possua nenhuma finalidade pblica especfica at ento. Com isso, temos a seguinte sequncia: uso especial, uso comum do povo e dominical (opo B). Gabarito: alternativa B.

    12. (FCC Procurador/TCE-RO/2010) Dentre as caractersticas inerentes ao regime jurdico aplicvel aos bens pblicos pode-se afirmar que a) a inalienabilidade aplica-se aos bens de uso comum do povo e aos bens de uso especial enquanto conservarem essa qualificao, passando a condio de alienveis com a desafetao. b) a inalienabilidade absoluta, na medida em que a alienao de todo e qualquer bem pblico pressupe sua prvia desafetao e ingresso no regime jurdico de direito privado. c) a impenhorabilidade absoluta, aplicando-se indistintamente a todos os bens de titularidade da Administrao Direta e Indireta. d) a imprescritibilidade relativa, na medida em que os bens dominicais da Administrao Direta podem ser objeto de usucapio. e) tanto a impenhorabilidade quanto a imprescritibilidade so relativas em relao a Administrao Direta, uma vez que aplicveis apenas e to somente aos bens de uso comum do povo e bens de uso especial. Comentrio: os bens de uso comum do povo e os bens de uso especial so inalienveis. Contudo, eles podem ser desafetados e, a partir da, podero ser objeto de alienao. Com isso, est correta a opo A.

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    Vejamos o que h de errado nas outras opes: b) a inalienabilidade no absoluta, justamente porque permite que os bens sejam desafetados e, posteriormente, alienados ERRADA; c) no so todos os bens das entidades da Administrao Indireta que so impenhorveis. Nesse contexto, sabemos que os bens das empresas pblicas, das sociedades de economia mista e das fundaes pblicas no so bens pblicos e, em regra, podem ser objeto de penhora ERRADA; d) a imprescritibilidade aplica-se aos bens pblicos especiais, de uso comum do povo e dominicais ERRADA; e) a impenhorabilidade e a imprescritibilidade so absolutas, uma vez que se aplicam a todos os tipos de bens pblicos ERRADA. Gabarito: alternativa A.

    13. (FCC Analista Judicirio/TRF-2/2007) Considere: I. Praas, ruas e estradas. II. Edifcios destinados a estabelecimentos da administrao pblica estadual. III. Terrenos destinados a servios de autarquia municipal. IV. Rios e mares. So bens pblicos de uso especial os indicados APENAS em a) I, II e III. b) I e IV. c) II. d) II e III. e) III. Comentrio: com o contedo do art. 99 do Cdigo Civil podemos responder esta questo, vejamos:

    Art. 99. So bens pblicos:

    I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares [item I], estradas, ruas e praas [item IV];

    II - os de uso especial, tais como edifcios [item II] ou terrenos [item III] destinados a servio ou estabelecimento da administrao federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

    III - os dominicais, que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

    Assim, podemos perceber que os itens II e III esto corretos. Gabarito: alternativa D.

    14. (FCC Tcnico Judicirio/TRF-2/2007) So considerados Bens Pblicos:

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    a) apenas os rios, mares, estradas, ruas e praas. b) apenas os edifcios ou terrenos destinados a servio ou estabelecimento da administrao federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. c) apenas o patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. d) os de uso comum, os de uso especial e os dominicais. e) apenas os de uso especial e os dominicais. Comentrio: de acordo com o Cdigo Civil, os bens pblicos podem ser de uso comum, de uso especial e os dominicais. Com isso, nosso gabarito letra D. As demais opes apresentaram apenas parte do que considerado bens pblicos. Gabarito: alternativa D.

    15. (FCC Procurador/BACEN/2006) Excees constitucionais regra da imprescritibilidade dos imveis pblicos a) so os terrenos de marinha. b) no h. c) so as terras devolutas. d) so os prdios declarados inservveis. e) so os bens adquiridos por execuo judicial ou dao em pagamento. Comentrio: a Constituio Federal no apresenta nenhuma exceo para a imprescritibilidade dos bens pblicos. Logo, nosso gabarito opo B. Gabarito: alternativa B.

    16. (FCC Juiz do Trabalho/TRT-1/2012) Considerando o regime jurdico ao qual se submetem os bens pblicos, os bens imveis sem destinao de propriedade de sociedade de economia mista controlada pela Unio so a) impenhorveis e inalienveis. b) inalienveis, porm passveis de penhora. c) imprescritveis e impenhorveis, porm alienveis, observadas as exigncias legais. d) inalienveis e impenhorveis, salvo em funo de dvidas trabalhistas. e) alienveis e passveis de penhora, observadas as exigncias legais. ComentrioRDUWGR&yGLJR&LYLOHVWDEHOHFHTXHSo pblicos os bens do domnio nacional pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno; todos os outros so particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. A sociedade de economia mista pessoa jurdica de direito privado, logo seus bens no so considerados bens pblicos. Alm disso, o enunciado informou

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    que o bem no possua destinao de propriedade. Assim, podemos concluir que ele no empregado diretamente na prestao de servios pblicos. Com isso, no sem trata de bem pblico e nem possui caractersticas de bem pblico, permitindo que o bem seja objeto de alienao e de penhora. Portanto, nosso gabarito letra E. Gabarito: alternativa E.

    17. (FCC AJ/TRT-5/2003) Imvel de propriedade de autarquia estadual, utilizado no exerccio de sua atividade fim, considerado bem a) particular dominical. b) pblico de uso comum do povo, por natureza. c) pblico de uso comum do povo, por destinao. d) pblico de uso especial. e) particular de uso especial. Comentrio: a autarquia uma pessoa jurdica de direito pblico e, portanto, os seus bens so considerados bens pblicos. Alm disso, os bens utilizados na prestao servios pela Administrao ou para a realizao dos servios administrativos so considerados bens de uso especial, que o caso dos bens utilizados no exerccio de sua atividade fim.

    Gabarito: alternativa D.

    Aula concluda! Nos vemos no prximo encontro.

    At logo!

    HERBERT ALMEIDA.

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    QUESTES COMENTADAS NA AULA

    1. (FGV Analista/DPE-DF/2014) Os bens pblicos esto sujeitos a regime jurdico prprio, diferente daquele aplicado aos bens privados. Sobre o tema, analise as afirmativas a seguir: I. Os bens pertencentes s empresas pblicas so considerados bens pblicos. II. Consideram-se afetados os bens pblicos que tm destinao pblica. III. Os bens pblicos so impenhorveis. Assinale se:

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    a) somente I e II so verdadeiras. b) somente I e III so verdadeiras. c) somente II e III so verdadeiras. d) todas so verdadeiras. e) nenhuma verdadeira. 2. (FGV Procurador/AL-MT/2013) Acerca do tema terras devolutas, assinale a afirmativa correta. a) So bens pblicos titularizados pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios. b) Foram excludas do elenco de bens pblicos pela Constituio da Repblica de 1988. c) Aquelas no compreendidas entre as da Unio devem ser includas entre os bens municipais. d) Aquelas no compreendidas entre as da Unio devem ser includas entre os bens dos estados. e) Incluem-se todas entre os bens da Unio. 3. (FGV Analista Judicirio/TJ-AM/2013) Os bens pblicos possuem um regime jurdico diferenciado no qual uma srie de restries impe-se sobre eles. Com relao aos bens pblicos assinale a afirmativa correta. a) Os bens das empresas pblicas, ainda que no atuem na prestao de servios pblicos, possuem natureza pblica. b) Uma empresa privada, que tenha um bem afetado prestao de um servio pblico, no poder ter esse bem penhorado. c) Os bens das agncias reguladoras no se revestem das garantias inerentes aos bens pblicos. d) possvel a penhora de um bem pertencente ao Estado do Amazonas para pagamento de dvida alimentcia. e) Os bens de uma sociedade de economia mista no podero sofrer usucapio seja qual for a atividade desempenhada por essa pessoa jurdica. 4. (FGV Analista Judicirio/TJ-AM/2013) A administrao pblica viabiliza o uso privativo dos bens pblicos por meio de certos ttulos jurdicos. Em relao a esses ttulos, correto afirmar que a) um deles a concesso de uso que, segundo a doutrina, tem natureza de contrato. b) um deles a autorizao de uso que, segundo a doutrina, tem natureza de contrato. c) a concesso, a permisso e a autorizao de uso, so ttulos dessa espcie, todos com natureza de contrato.

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    d) a concesso, a permisso e a autorizao de uso, so ttulos dessa espcie, todos com natureza de ato administrativo. e) um deles a permisso de uso que sempre ter natureza de contrato. 5. (FGV Juiz/TJ-AM/2013) O Cdigo Civil brasileiro regula, em sua Parte Geral, dentre outras matrias, os bens pblicos, procurando identific-los como bens de uso comum, bens de uso especial e bens dominicais. Assim, ciente desta classificao, assinale a afirmativa correta. a) os bens dominicais so passveis de aquisio por usucapio, pois no esto afetos destinao pblica. b) so bens pblicos tanto aqueles pertencentes Administrao Direta, quanto aqueles que pertenam s pessoas que compem a Administrao Indireta c) o uso comum dos bens pblicos pode ser gratuito ou retribudo, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administrao pertencerem. d) os bens pblicos, seja qual for a espcie, no so passveis de alienao, mas podem ser penhorados, quando forem dominicais. e) consideram-se bens de uso comum aqueles que tanto podem ser utilizados pela Administrao para um fim especfico, como pelo particular, atravs de concesso ou permisso de uso. 6. (FGV - Analista Judicirio/TJ-AM/2013) O Estado do Amazonas possui um terreno que se encontrava sem nenhuma destinao, apenas cercado por um muro. No citado bem foi construda uma praa para lazer da comunidade. Assinale a alternativa que contm a classificao desse bem, antes e depois da construo da praa, respectivamente. a) dominical / de uso comum. b) de uso especial / de uso comum. c) de uso comum / de uso especial. d) de uso comum / de uso especial. e) dominical / de uso especial. 7. (FGV OAB/2012) Sobre os bens pblicos correto afirmar que a) os bens de uso especial so passveis de usucapio b) os bens de uso comum so passveis de usucapio. c) os bens de empresas pblicas que desenvolvem atividades econmicas que no estejam afetados a prestao de servios pblicos so passveis de usucapio. d) nenhum bem que pertena pessoa jurdica integrante da administrao pblica indireta passvel de usucapio.

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    8. (FCC Analista Judicirio/TRF-2/2012) As principais caractersticas que compem o regime jurdico dos bens pblicos so: a) a necessidade de lei autorizando a penhora e a prescrio aquisitiva desses bens, desde que sejam bens dominicais. b) o seu uso privativo mediante autorizao, permisso ou concesso, independente da sua destinao. c) a obrigatoriedade de prvia licitao para uso privado mediante concesso e permisso, mas apenas para os bens de uso especial. d) a inalienabilidade, a impenhorabilidade, a imprescritibilidade e a no-onerosidade. e) a possibilidade desses bens serem alienados mediante prvia licitao na modalidade concorrncia, quando se tratar de bens de uso comum do povo. 9. (FCC Notrio/TJ-PE/2013) Considere as afirmaes abaixo. I. Os bens dominicais no so passveis de alienao, salvo se desafetados. II. Os bens de uso especial so aqueles de domnio privado do poder pblico, passveis de alienao e onerao. III. Os bens de uso comum do povo so inalienveis, impenhorveis e imprescritveis. A respeito dos bens pblicos, est correto o que se afirma APENAS em a) III. b) I. c) II. d) I e III. e) I e II. 10. (FCC Analista Judicirio/TRE-SP/2012) Os bens pblicos podem ser classificados, de acordo com a sua destinao, como bens a) de uso especial aqueles de domnio privado do Estado e que no podem ser gravados com qualquer espcie de afetao. b) de uso especial aqueles utilizados por particular mediante concesso ou permisso de uso. c) de uso comum do povo aqueles afetados a determinado servio pblico, tais como os edifcios onde se situam os rgos pblicos. d) dominicais aqueles destinados fruio de toda a coletividade e que no podem ser alienados ou afetados atividade especfica. e) dominicais aqueles de domnio privado do Estado, no afetados a uma finalidade pblica e passveis de alienao.

    11. (FCC Analista/DPE-RS/2013) Considere os seguintes exemplos de bens pblicos: I. prdio no qual se encontra instalado um hospital. II. rios e mares.

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    III. galpo adquirido pelo poder pblico em processo de execuo judicial, cujo uso foi autorizado, onerosamente, a particular. Indique, respectivamente, a categoria na qual se incluem: a) de uso comum do povo; dominical e de uso especial. b) de uso especial; de uso comum do povo e dominical. c) de uso especial; reservado e de uso especial. d) dominical; reservado e de uso restrito. e) de uso comum do provo; de uso restrito; e dominical. 12. (FCC Procurador/TCE-RO/2010) Dentre as caractersticas inerentes ao regime jurdico aplicvel aos bens pblicos pode-se afirmar que a) a inalienabilidade aplica-se aos bens de uso comum do povo e aos bens de uso especial enquanto conservarem essa qualificao, passando a condio de alienveis com a desafetao. b) a inalienabilidade absoluta, na medida em que a alienao de todo e qualquer bem pblico pressupe sua prvia desafetao e ingresso no regime jurdico de direito privado. c) a impenhorabilidade absoluta, aplicando-se indistintamente a todos os bens de titularidade da Administrao Direta e Indireta. d) a imprescritibilidade relativa, na medida em que os bens dominicais da Administrao Direta podem ser objeto de usucapio. e) tanto a impenhorabilidade quanto a imprescritibilidade so relativas em relao a Administrao Direta, uma vez que aplicveis apenas e to somente aos bens de uso comum do povo e bens de uso especial. 13. (FCC Analista Judicirio/TRF-2/2007) Considere: I. Praas, ruas e estradas. II. Edifcios destinados a estabelecimentos da administrao pblica estadual. III. Terrenos destinados a servios de autarquia municipal. IV. Rios e mares. So bens pblicos de uso especial os indicados APENAS em a) I, II e III. b) I e IV. c) II. d) II e III. e) III. 14. (FCC Tcnico Judicirio/TRF-2/2007) So considerados Bens Pblicos: a) apenas os rios, mares, estradas, ruas e praas.

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    b) apenas os edifcios ou terrenos destinados a servio ou estabelecimento da administrao federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias. c) apenas o patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. d) os de uso comum, os de uso especial e os dominicais. e) apenas os de uso especial e os dominicais. 15. (FCC Procurador/BACEN/2006) Excees constitucionais regra da imprescritibilidade dos imveis pblicos a) so os terrenos de marinha. b) no h. c) so as terras devolutas. d) so os prdios declarados inservveis. e) so os bens adquiridos por execuo judicial ou dao em pagamento. 16. (FCC Juiz do Trabalho/TRT-1/2012) Considerando o regime jurdico ao qual se submetem os bens pblicos, os bens imveis sem destinao de propriedade de sociedade de economia mista controlada pela Unio so a) impenhorveis e inalienveis. b) inalienveis, porm passveis de penhora. c) imprescritveis e impenhorveis, porm alienveis, observadas as exigncias legais. d) inalienveis e impenhorveis, salvo em funo de dvidas trabalhistas. e) alienveis e passveis de penhora, observadas as exigncias legais. 17. (FCC AJ/TRT-5/2003) Imvel de propriedade de autarquia estadual, utilizado no exerccio de sua atividade fim, considerado bem a) particular dominical. b) pblico de uso comum do povo, por natureza. c) pblico de uso comum do povo, por destinao. d) pblico de uso especial. e) particular de uso especial.

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    GABARITO

    1. C 11. B

    2. D 12. A

    3. B 13. D

    4. A 14. D

    5. C 15. B

    6. A 16. E

    7. C 17. D

    8. D

    9. A

    10. E

    REFERNCIAS

    ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19 Ed. Rio de Janeiro: Mtodo, 2011.

    ARAGO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

    BANDEIRA DE MELLO, Celso Antnio. Curso de Direito Administrativo. 31 Ed. So Paulo: Malheiros, 2014.

    BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

    CARVALHO FILHO, Jos dos Santos. Manual de direito administrativo. 27 Edio. So Paulo: Atlas, 2014.

    CARVALHO FILHO, Jos dos Santos. 3HUVRQDOLGDGH MXGLFLiULD GH yUJmRV S~EOLFRV. Salvador: Revista Eletrnica de Direito do Estado, 2007.

    DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27 Edio. So Paulo: Atlas, 2014.

    JUSTEN FILHO, Maral. Curso de direito administrativo. 10 ed. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.

    MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo. 7 Ed. Niteri: Impetus, 2013.

    MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39 Ed. So Paulo: Malheiros Editores, 2013.