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Aula 04 Curso: Direito Processual do Trabalho p/ TRT-BA - Analista Jud. (Área Jud. e Oficial de Justiça) Professor: Bruno Klippel

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Aula 04

Curso: Direito Processual do Trabalho p/ TRT-BA - Analista Jud. (Área Jud. e Oficial deJustiça)

Professor: Bruno Klippel

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Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA E OFICIAL DE JUSTIÇA –

TRT/BA 5ª REGIÃO Prof. Bruno Klippel – Aula 04

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AULA 04: NOTIFICAÇÃO DO RECLAMADO, DEFESA

DO RECLAMADO E REVELIA

SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação: 01

2. Matéria objeto da aula – Teoria: 02

3. Questões comentadas sobre o tema: 17

4. Lista das questões apresentadas: 58

5. Gabaritos: 75

6. Considerações finais: 75

1. APRESENTAÇÃO:

Prezados Alunos,

Iniciamos nossa aula 04 sobre NOTIFICAÇÃO, DEFESA DO

RECLAMADO E REVELIA, temas que sempre são cobrados nos

concursos, em especial, aqueles realizados pela FCC – FUNDAÇÃO

CARLOS CHAGAS, como será o TRT/BA. Pelo menos uma questão de

direito processual do trabalho envolve esses temas (se não forem mais

questões!!)

Qualquer dúvida, é só entrar em contato comigo.

Forte abraço! Bons estudos!

Bruno Klippel

Vitória/ES

[email protected]

76309585010

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2. MATÉRIA OBJETO DA AULA – TEORIA:

1. Notificação;

O termo notificação é utilizado genericamente no processo do trabalho,

diferentemente do que ocorre no direito processual civil, que distingue os atos

de comunicação em citação e intimação, descritos nos artigos 213 e 234 do CPC,

respectivamente. No direito processual do trabalho, notificação tanto é utilizado

para o autor quanto para o réu, o que demonstra certa autonomia em relação ao

direito processual comum.

! A notificação engloba a comunicação sobre o ajuizamento da

demanda e ciência de ato processual já realizado ou a realizar.

Apenas no processo de execução é que a CLT, em seu art. 880, tratou da citação

do executado, que se dará da maneira bastante diferente daquela ocorrida no

processo de conhecimento.

Como pontos principais da notificação do réu, seguindo-se o curso do

procedimento ordinário, tem-se que:

Trata-se de ato automático realizado por servidor da Justiça do Trabalho,

no prazo de 48h a contar do recebimento da petição inicial. Logo, não há

despacho do Juiz determinando a notificação do reclamado, pois aquele

geralmente somente tem contato com os autos na audiência.

! No processo civil o Juiz despacha a inicial (art. 285 do CPC) e

estando presentes todos os requisitos, determina a citação do

réu.

A notificação na seara trabalhista ocorre para que o reclamado compareça

à audiência e apresente defesa, querendo, sob pena de revelia.

! Lembre-se que a revelia importa em presunção de veracidade

dos fatos e não do direito.

Importante frisar que entre o recebimento da notificação e a realização da

audiência deve haver prazo mínimo de 5 (cinco) dias, sob pena de

nulidade, conforme art. 841 da CLT. Caso a notificação seja recebida com

o desrespeito ao prazo mínimo, poderá o reclamado comparecer à

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audiência tão somente para argüir o vício, sendo determinada nova data

para o ato.

A notificação no processo do trabalho, quando realizada no processo de

conhecimento, é feita por via postal, com aviso de recebimento, não

havendo necessidade de ser pessoal, já que o TST entende que a entrega

no endereço do reclamado, a qualquer pessoa ou na caixa postal, é

totalmente válida, já que o ato não é pessoal.

! A notificação somente é pessoal no processo de execução, já

que o executado deve ser cientificado da existência de

condenação e da necessidade de seu cumprimento no prazo de

48h.

Não sendo possível a notificação pela via postal, dispõe o art. 841, §1º da

CLT, que far-se-á a notificação por edital, o que importa dizer que a

autorização para a realização do ato por Oficial de Justiça existe apenas

para o processo de execução. Na prática, por questões de economia e

celeridade, prefere-se seguir a ordem: postal, oficial de justiça e edital.

! Para os concursos, seguir, no processo de conhecimento,

a ordem: postal e edital.

Quando realizada a notificação por edital, não se aplicará o art. 9º, II do

CPC, se o reclamado ficar revel, ou seja, não se nomeará curador

especial, já que este somente será nomeado quando o reclamante for

menor e não tiver representante legal.

Se o reclamado for pessoa jurídica de direito público, o prazo entre o

recebimento da notificação e a realização da audiência será, conforme

Decreto-Lei 779/1969, considerado em quádruplo, isto é, o prazo mínimo

será de 20 (vinte) dias. Além disso, é importante dizer que o TST possui

posicionamento segundo o qual as pessoas jurídicas de direito público

devem ser notificadas por via postal, como já afirmado em relação às

privadas.

Há que se destacar ainda o posicionamento consolidado na Súmula n. 16

do TST, segundo o qual há uma presunção de recebimento da notificação

no prazo de 48h a contar da postagem, isto é, postada a notificação,

presume-se que o reclamado a recebeu no aludido prazo, devendo aquele

demonstrar que o prazo não foi respeitado, sendo ônus da prova que lhe

incumbe.

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! O aviso de recebimento mostra-se como importante meio de

comprovação de que a notificação não foi recebida dentro do

prazo a que alude a Súmula n. 16 do TST.

Se o reclamado residir ou tiver sede fora da comarca, será notificado da

mesma maneira por via postal, ou seja, não há necessidade de notificação

por carta precatória, já que o art. 222 do CPC autoriza a notificação por

correios para todas as comarcas do país. Caso esteja em outro país, a

notificação será realizada mediante carta rogatória, nos termos do art.

202 e seguintes do CPC.

Por fim, e em separado, pois será objeto de estudos no tópico apropriado,

afirma-se que no rito sumaríssimo não há espaço para a notificação por edital, já

que a lei (Art. 852-B, II da CLT) impõe a indicação correta e completa do

endereço do reclamado. Em não havendo tais dados, deverá o processo ser

arquivado (extinto sem resolução do mérito), ajuizando-se novamente perante o

rito ordinário, já que tal procedimento permite a prática do ato naquela forma.

2. Resposta do réu;

O tema merece estudo aprofundado, já que muito importante para a prática

trabalhista, assim como para os concursos públicos da área. Já se afirmou acima

que o reclamado é notificado para comparecer à audiência, que será a primeira

desimpedida no prazo mínimo de 5 (cinco) dias. O prazo, como já sabido, é

considerado como o mínimo para a formulação da defesa, que contempla a

reunião de documentos e a concatenação de idéias e teses de defesa.

No dia da audiência, de acordo com o art. 847 da CLT, o reclamado apresentará

resposta caso seja infrutífera a primeira tentativa de conciliação, realizado nos

termos no art. 846 da CLT.

Importante frisar que a defesa é apresentada oralmente, no prazo de 20 (vinte)

minutos, englobando todas as peças de defesa (contestação, exceções e

reconvenção). A prática mostra-se bastante diferente da teoria, já que os réus

trazem as defesas escritas, sendo apresentadas ao juiz juntamente com os

documentos.

! Para as provas objetivas de concursos públicos, a única

alternativa correta é aquele que destaca que a defesa é

apresentada oralmente, no prazo de 20 (vinte) minutos. Em

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havendo litisconsórcio passivo, cada réu terá 20 (vinte)

minutos para aduzir sua defesa.

Havendo mais de um reclamado, cada um terá o prazo acima descrito para

apresentação oral de sua defesa. Tal forma de apresentação da defesa reflete os

princípios que fundamentam o processo do trabalho, em especial, o jus

postulandi e a celeridade.

2.1. Revelia;

Sobre o tema, é indispensável asseverar que a ausência do reclamado à

audiência importa em revelia, com presunção de veracidade dos fatos narrados,

conforme art. 844 da CLT, desde que não haja motivo relevante, conforme deixa

claro o parágrafo único do dispositivo em destaque. A presença apenas do

Advogado do reclamado, estando ausente o preposto ou quem lhe represente,

também gera revelia, uma vez que não se pode ser preposto e Advogado ao

mesmo tempo. A ausência do preposto pode ser justificada através de atestado

médico que informe a impossibilidade de locomoção, tudo em conformidade com

a Súmula n. 122 do TST.

! Sobre o tema “preposto”, destaca-se a Súmula n. 377 do TST,

que traz como regra geral a necessidade daquele ser

empregado.

Destaque também para a OJ n. 245 da SBDI-1 do TST, que diz inexistir previsão

legal que justifique o atraso à audiência, o que significa dizer, em outras

palavras, que feito o pregão das partes, o Juiz não precisa aguardar para

verificar se reclamante e reclamado estão presentes, podendo desde logo impor

as conseqüências legais, que são, respectivamente, o arquivamento da inicial e a

revelia.

Ainda a respeito da revelia, três são os efeitos de tal instituto trabalhista. Sendo

o réu revel, podem surgir como conseqüências do fenômeno:

1º) A presunção de veracidade dos fatos narrados pelo autor: em regra,

os fatos narrados pelo autor na petição inicial são tidos como verdadeiros, já que

não há controvérsia acerca dos mesmos, conforme art. 319 do CPC. A

apresentação de defesa em relação ao mérito (fatos e fundamentos jurídicos

apresentados na petição inicial como premissas para os pedidos) gera a

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controvérsia típica de uma demanda judicial, que será objeto das provas e do

livre convencimento motivado do julgador. Se não há controvérsia, os fatos são

considerados verdadeiros, por presunção relativa, dispensando-se a produção

das provas.

! A presunção relativa de veracidade não impede o Juiz de

determinar a produção de provas, haja vista os seus poderes

instrutórios, previstos no art. 130 do CPC e reconhecidos pela

jurisprudência consolidada do TST, por meio do inciso III na

Sumula de nº 74.

Importante destacar que a regra acima disposta encontra exceções, nas

situações descritas no art. 320 do CPC, a saber:

I) Se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação:

sendo unitário o litisconsórcio, isto é, sendo os interesses dos

litisconsortes os mesmos e devendo a decisão a ser proferida ser única

para aqueles, a defesa apresentada por um aproveitará aos demais,

elidindo o efeito da revelia.

II) Se o litígio versar sobre direitos indisponíveis: se o direito em

discussão for considerado indisponível, tal como ocorre como os

direitos de personalidade, bem como aqueles relacionados à segurança

e medicina do trabalho, não se operará tal efeito da revelia, uma vez

que, se não é possível dispor do direito, também não se permitirá a

presunção de veracidade, uma vez que é necessária a produção de

provas para aferir o ferimento à norma jurídica. Assim como ocorre em

relação, por exemplo, ao adicional de insalubridade. Mesmo sendo

revel a reclamado, será necessária a produção de prova sobre a

insalubridade, não se podendo presumir que o reclamante trabalhava

sujeito a agentes insalubres.

III) Se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento

público, que a lei considere indispensável à prova do ato: em

algumas situações, a prova do fato está intimamente ligada à juntada

de determinado documento, tido por indispensável naquela situação.

Assim ocorre no processo do trabalho quando se pleiteia verba

decorrente de acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença

normativa. Caso tais documentos não sejam juntados aos autos, a

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ausência de defesa não presumirá o direito do reclamante, já que os

referidos documentos mostram-se indispensáveis na hipótese.

2º) Julgamento antecipado da lide: a presunção de veracidade dos fatos

trazidos pelo autor torna possível o julgamento antecipado da lide, que consiste

na dispensa da fase instrutória para imediato julgamento, isto é, o Magistrado

dispensa a produção de provas e profere sentença. Tal possibilidade encontra-se

prevista no art. 330, II do CPC.

! Mesmo havendo revelia, o Juiz não está obrigado a julgar

antecipadamente a lide, já que pode determinar a produção de

provas, já que os seus poderes instrutórios foram reconhecidos

pelo art. 130 do CPC, permitindo àquele a produção de

qualquer meio de prova em direito admitido.

3º) Desnecessidade de intimação do réu dos atos processuais, com

fluência automática dos prazos: o revel não precisa ser intimado da prática

dos atos processuais posteriores ao momento no qual poderia ser apresentado

defesa. Logo, não precisa ser intimado de audiência posterior que venha a ser

designada ou do início da realização da perícia, bem como da entrega do laudo

pelo perito. Ocorre que, consoante disposição contida no art. 852 da CLT, o réu,

mesmo que revel, deverá ser intimado da sentença, já que pode recorrer e

praticar atos processuais a qualquer momento. O fato de ter sido declarado revel

não impede a realização posterior de atos processuais, já que o parágrafo único

do art. 322 do CPC assevera a possibilidade daquele intervir no processo no

estado em que se encontra. O revel tão somente não poderá realizar atos já

acobertados pela preclusão. Dois pontos ainda importantes sobre o tema: o

revel que tenha Advogado nos autos possui direito a ser intimado de todos os

atos processuais, a teor do art. 322 do CPC, alterado pela Lei n. 11.280/06.

Assim, mesmo representado por patrono, se for revel, terá direito a ser

intimado, sob pena de nulidade por violação ao princípio do contraditório e, por

fim, mesmo sendo o réu revel, o autor somente poderá alterar os pedidos ou

causa de pedir, após a notificação daquele, se for realizada nova notificação, por

aplicação subsidiária do art. 321 do CPC. Caso o autor, por exemplo, queira

incluir pedido de condenação do réu ao pagamento de danos morais, deverá o

Juiz do Trabalho suspender a audiência e notificar o réu para apresentar defesa

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sobre o novo pedido, designando-se nova audiência com respeito ao prazo

mínimo de 5 (cinco) dias, conforme art. 841 da CLT.

! Não se esquecer das seguintes regras: se o réu revel não

estiver representado por Advogado, precisa ser notificado

apenas da sentença (art. 852 CLT). Caso contrário, terá direito

a ser notificado de todos os atos processuais (art. 322 CPC).

2.2. Espécies de defesa;

Em item anterior, fixou-se a premissa de que a defesa do réu deve ser

apresentada oralmente, no prazo máximo de 20 (vinte) minutos, conforme

descrição legal imposta pelo art. 847 da CLT.

! Apesar de na prática forense a defesa ser apresentada por

escrito, para fins de provas objetivas de concursos públicos,

deve-se adotar o entendimento legal, qual seja, oral e em 20

minutos.

Poderá o reclamado apresentar diversas peças de defesa, cada uma com o seu

objetivo específico. Assim, poderá aquele apresentar apenas a contestação, peça

mais utilizada no cotidiano forense, ou optar por apresentar também alguma

exceção ou reconvenção. Optando pela apresentação de mais de uma peça de

defesa, deverá fazê-lo dentro dos 20 (vinte) minutos de que dispõe, isto é, a

apresentação oral de todas as peças não poderá exceder o limite legal.

Serão analisadas, uma a uma, as peças que o reclamado pode valer-se para sua

defesa, destacando as formalidades legais, o procedimento e conseqüência de

seu acatamento.

2.2.1. Contestação;

A principal peça de defesa do reclamado é denominada contestação e na maioria

nas demandas trabalhistas mostra-se como a única a ser apresentada, já que a

existência de algum vício que imponha a apresentação das demais peças de

defesa, como a suspeição ou impedimento do julgador ou a incompetência do

juízo, exemplificativamente, são situações excepcionais.

2.2.1.1. Preliminares de mérito;

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Ao formular uma contestação, poderá o reclamado aduzir matérias relacionadas

ao processo (preliminares de mérito) e outras que dizem respeito aos fatos e

fundamentos jurídicos, bem como aos pedidos, formulados pelo reclamante

(defesa de mérito).

Em relação à primeira hipótese, prevista no art. 301 do CPC e denominada de

“argüição de preliminares de mérito”, há que se dizer que diversas são as

matérias (vícios e irregularidades) que o reclamado pode afirmar, buscando ora

a extinção do feito, ora a correção da irregularidade.

Afirma o art. 301 do CPC que “compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito,

alegar:”, trazendo em seguido extenso rol de situações que podem ser objeto de

análise pelo Poder Judiciário. Recebem o nome de preliminares de mérito pois

devem ser apresentadas antes de qualquer defesa em face das afirmações

contidas na inicial, que resultam nos pedidos apresentados (mérito).

! Não há forma predeterminada para a formulação da

contestação, e sim, uma ordem lógica que geralmente é

seguida, que consiste em deduzir em primeiro lugar as

matérias consideradas preliminares para, em seguida, falar-se

sobre o mérito.

A respeito das preliminares de mérito, alguns comentários indispensáveis devem

ser formulados:

Com exceção do compromisso arbitral, todas as matérias arroladas no art.

301 do CPC são consideradas de ordem pública, o que representa dizer

que poderão ser reconhecidas de ofício pelo Magistrado, isto é, sem

necessidade de pedido. De acordo com o §4º do artigo referido, somente

há necessidade de pedido para o reconhecimento do compromisso

arbitral.

! Matéria de ordem pública é aquela que pode ser reconhecida

de ofício pelo Juiz, sobre a qual não há preclusão, por mostrar-

se de interesse do Estado, tais como as condições da ação e

pressupostos processuais.

As preliminares de mérito são classificadas em dilatórias e peremptórias, a

depender das conseqüências advindas de seu reconhecimento, sendo que

as primeiras acarretam a dilatação do procedimento, isto é,, o seu

alongamento, enquanto as últimas geram a extinção do feito sem

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resolução do mérito. Como exemplos das dilatórias pode-se citar:

inexistência ou nulidade de citação, incompetência absoluta, conexão, etc.

Já em relação à inépcia da petição inicial, perempção, coisa julgada,

litispendência, dentre outros, têm-se matérias peremptórias.

O fato do reclamado não ter aduzido as preliminares descritas no art. 301 do

CPC não impede que o Juiz as conheça de ofício, como já afirmado, e que o

próprio reclamado formule posteriormente pedido no sentido de que sejam

reconhecidos os vícios, uma vez inexistir preclusão em relação às matérias de

ordem pública.

2.2.1.2. Defesa de mérito;

No que toca à defesa de mérito a ser formulada pelo reclamado, duas regras

(consideradas pela doutrina majoritária como princípios específicos) devem ser

seguidas, a saber:

Princípio da impugnação especificada dos fatos – Art. 302 do CPC:

Ao formular a sua defesa de mérito, deverá o reclamado “voltar seus olhos” para

a petição inicial, impugnando todos os fatos e pedidos ali contidos, de maneira a

evitar a confissão ficta, já que a ausência de defesa em relação a algum ou

alguns, importa em revelia, que traz consigo, como já estudado, a presunção de

veracidade. Não há possibilidade, como regra geral, do reclamado apresentar

contestação genérica, isto é, por negação geral, por meio da qual afirme que

todos os fatos narrados são inverídicos e, por conseqüência, requerendo a

improcedência dos pedidos formulados. Essa espécie de defesa não é aceita,

regra geral, pois não impugna precisamente os fatos que foram levados ao

Poder Judiciário. O art. 302 do CPC destaca que “cabe também ao réu

manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial.

Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo:”. Como se pode

observar, a regra da presunção de veracidade possui algumas exceções, a

saber:

o Se não for possível a confissão: tratando-se de direito

indisponíveis, sobre os quais não pode haver confissão ou renúncia

(como nas hipóteses de direitos de personalidade), não caberá a

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referida presunção de veracidade, já que tais fatos devem ser

provados nos autos.

o Se a petição inicial não estiver acompanhada de documento

indispensável a prova do ato: se a lei considerada indispensável

determinado documento e o mesmo não é juntado aos autos, não

pode considerar-se provado aquele em virtude da revelia, razão

pela qual não incide tal conseqüência da inércia do reclamado.

Como exemplo, pedido formulado pelo autor embasado em acordo

ou convenção coletiva de trabalho, sem que tais normas sejam

juntadas ao processo.

o Se estiverem em contradição com a defesa em seu conjunto:

muitas vezes não são impugnados todos os pedidos do autor, mas a

defesa em seu conjunto faz controverter todos aqueles, pois

decorrem da procedência de um principal, como ocorre com o

reconhecimento de vínculo de emprego e condenação às verbas

dele decorrentes. Pode ser que o reclamado não impugne o

pagamento de 13º salário, férias + 1/3, aviso prévio, etc., em

demanda em que se pretende o reconhecimento do vínculo de

emprego. Mas o fato de ter apresentado defesa negando o vínculo

de emprego faz controvertidos todos os pedidos, dispensando-se a

impugnação específica em relação a todos.

Verifica-se claramente que apresentar defesa por negação geral é o mesmo que

não apresentar, pois a presunção de veracidade surge como uma conseqüência

imediata, salvo as exceções acima tratadas.

Tal regra comporta exceções, isto é, alguns sujeitos processuais podem

apresentar defesa genérica ou por negação geral, a saber: curador especial,

advogado dativo, Ministério Público, nos exatos termos do art. 302, § único do

CPC. Qualquer outro ente que venha a apresentar defesa estará cingido ao

princípio da impugnação especificada dos fatos.

Princípio da eventualidade – Art. 303 do CPC:

Ao formular a sua defesa meritória, o reclamado deverá reunir todos os

argumentos e documentos, apresentando-os todos de uma vez, isto é, num

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único evento, que é a audiência, sob pena de preclusão. Tal princípio impede a

realização de defesas por partes ou etapas. A apresentação de apenas um

fundamento de defesa gera preclusão consumativa para qualquer outro, já que o

réu utilizou-se do único momento que possuía para levar ao Estado-Juiz os seus

fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito do autor.

Ocorre que tal princípio também comporta exceções, previstas no art. 303 do

CPC, que trata das situações em que o reclamado poderá valer-se de momento

posterior para levar ao Poder Judiciário as suas alegações. São as seguintes

exceções:

Relativas a direito superveniente, isto é, fatos que ocorreram

posteriormente à apresentação da defesa, mas que estão relacionados ao

objeto da demanda;

Podem ser conhecidas de ofício pelo Juiz, tais como as condições da

ação e pressupostos processuais, que são conhecidos como matérias de

ordem pública.

Podem ser formuladas a qualquer tempo, por expressa

autorização legal, tal como ocorre com a prescrição e decadência, bem

como as normas de ordem pública acima descritas, confundindo-se nesse

ponto as duas hipóteses.

2.2.1.3. Compensação, dedução e retenção como matérias de

defesa:

Os três temas mostram-se extremamente importantes na prática trabalhista,

despertando algumas dúvidas, que passam a ser aclaradas.

Compensação: trata-se de forma de extinção das obrigações, quando

duas pessoas são credoras e devedoras ao mesmo tempo, tratando-se de

hipótese se extinção indireta da obrigação. No plano processual, a

alegação de compensação é considerada como uma defesa indireta, pois o

réu alega um fato extintivo do direito do autor. A alegação de

compensação é possível no processo do trabalho desde que respeitadas

algumas regras, constantes da CLT e Súmulas do TST, a saber:

o O momento processual adequado para requer-se a compensação é

a defesa, pois o art. 767 da CLT dispõe que deve ser argüida como

matéria de defesa. Tal idéia também está contida na Súmula nº 48

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do TST, que diz ser a contestação a peça de defesa adequada à sua

argüição.

o A compensação na seara trabalhista, apesar de possível, mostra-se

bastante restrita, pois é permitida apenas entre dívidas de natureza

trabalhista, isto é, o reclamado poderá valer-se da compensação

para extinguir a sua obrigação se for credor de dívida de igual

natureza, como ocorre quando o empregado não concede o aviso-

prévio e o empregador compensa tal valor com o devido em virtude

da rescisão. Também é possível na ocorrência de dano pelo

empregado, desde que pactuado o desconto ou decorrente de dolo,

conforme dispõe o art. 462 da CLT. O TST sedimentou o

entendimento por meio da Súmula nº 18 do TST.

Dedução: Na dedução, o réu demonstra que já foram efetuados

pagamentos relacionados às mesmas parcelas pleiteadas pelo autor.

Diferencia-se da compensação, pois pode ser requerida pela parte a

qualquer tempo e grau de jurisdição, podendo ser reconhecida de ofício

pelo Magistrado, evitando-se o enriquecimento ilícito do reclamante.

Retenção: na retenção, o empregador retém objeto de titularidade do

empregado, visando forçá-lo ao pagamento de dívida, devendo ser

requerida na contestação, sob pena de preclusão, conforme art. 767 da

CLT.

2.2.2. Exceções;

Ao tratar do tema no art. 799, a CLT afirma que poderão ser opostas as

exceções de suspeição e incompetência, mostrando-se silente em relação à

exceção de impedimento. Contudo, há uma explicação histórica para tal

omissão. Quando da elaboração da CLT, estava em vigor o CPC/39, que não

fazia menção à exceção de impedimento, levando o legislador trabalhista a

também incorrer na omissão. Contudo, após a entrada em vigor do CPC/73, que

passou a prever no art. 304 as três espécies de exceção, a saber:

incompetência, suspeição e impedimento.

Por se tratarem de peças de defesa, deverão ser apresentadas em audiência,

oralmente de acordo com o art. 847 da CLT, ou por escrito, como se realiza na

prática forense.

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2.2.2.1. Exceção de incompetência;

A exceção de incompetência ou exceção declinatória de foro, poderá ser

apresentada pelo reclamado quando foram desrespeitadas as regras sobre

competência territorial, previstas no art. 651 da CLT, que em síntese afirmam a

necessidade de ajuizamento da demanda trabalhista no foro da prestação dos

serviços, independentemente se a contratação ocorreu em outro lugar.

Além disso, é importante frisar que a não apresentação da exceção de

incompetência gera a prorrogação da competência, o que significa dizer que o

foro incompetente passa a ser competente em decorrência da inércia do

reclamado.

O processo ficará suspenso até que a exceção seja julgada. Salienta-se que a

mera apresentação da exceção já acarreta a suspensão do processo, não sendo

necessário o seu recebimento pelo Magistrado. Até por isso que a CLT previu um

prazo bastante exíguo para que o excepto (exceto) (autor da ação trabalhista)

apresente manifestação, a saber, 24h (vinte e quatro horas), conforme art. 800

da CLT. Além disso, o mesmo artigo vaticina que o incidente será julgado na

audiência ou sessão que se seguir, demonstrando a necessidade de conduzir-se

aquele da forma mais célere possível, buscando dar continuidade ao trâmite

processual da ação principal.

Por fim, importante questão deve ser estudada: a inaplicabilidade do art. 305, §

único do CPC ao processo do trabalho. A aludida norma foi inserida no Código de

Processo Civil por meio da Lei nº 11.280/06, de forma a facilitar a prática do ato

processual, já que previu a possibilidade da petição da exceção de

incompetência ser protocolizada no foro do domicilio do réu e não mais naquele

em que tramita a demanda.

O entendimento majoritário, apesar da norma estar atrelada ao princípio do

acesso à justiça, é no sentido de não ser aplicável ao processo do trabalho, por

esbarrar na sistemática processual trabalhista, que determina a apresentação da

exceção em audiência. Assim, em virtude do momento em que deve ser

apresentada a defesa, não se mostra viável a aplicação do dispositivo legal.

2.2.2.2. Exceções de suspeição e impedimento;

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As exceções de suspeição e de impedimento serão apresentadas quando houver

quebra de imparcialidade do Julgador, por se enquadrar nas hipóteses dos

artigos 134 e 135 do CPC. Nessas situações, por mostrar-se parcial, deve ser

substituído por outro julgador imparcial.

No tocante ao procedimento, deve-se observar que o art. 802 da CLT prevê

situação que não mais se coaduna com a organização da Justiça do Trabalho de

1ª grau, já que com a EC nº 24/99, restou extinta a representação classista na

Justiça do Trabalho.

Até a referida emenda constitucional, vigorava o que está descrito no art. 802 do

CPC, que assinala o julgamento pelo Juiz ou Tribunal, no prazo de 48h (quarenta

e oito horas). Assim, devem ser aplicadas as normas dos artigos 313 e 314 do

CPC quando a suspeição/impedimento referirem-se ao Juiz do Trabalho, que

destacam:

Ao reconhecer a suspeição e o impedimento, o Juiz do Trabalho remeterá

os autos ao substituto legal;

Caso não reconhece a situação que lhe é imposta, apresentará as suas

razões no prazo de 10 (dez) dias, remetendo os autos ao Tribunal;

Ao julgar o incidente, o Tribunal determinará o seu arquivamento ou,

reconhecendo o vício, condenará o Magistrado nas custas processuais,

determinando a remessa dos autos ao substituto legal;

2.2.3. Reconvenção;

A reconvenção mostra-se como importante peça de defesa, constituindo-se

como um contra-ataque do réu ao autor, no mesmo processo, sendo por isso

considerado instituto de relevo para a consecução dos princípios da economia e

celeridade processuais. A possibilidade de apresentar-se a reconvenção

encontra-se no art. 315 do CPC. O dispositivo legal afirma a possibilidade de

apresentação, demonstrando que o réu não é obrigado a apresentá-la, podendo,

caso queira, levar a sua pretensão por meio de ação autônoma.

! O fato do réu não ter apresentado reconvenção, no prazo de

defesa, não impede o ajuizamento posterior de ação autônoma,

não havendo, portanto, preclusão. Trata-se a reconvenção de

mais uma opção conferida à parte para levar sua pretensão ao

Poder Judiciário.

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O contra-ataque que se realiza por meio da reconvenção depende da presença

de alguns requisitos, a saber:

Competência: o juízo da ação principal deve possuir competência para

julgar a pretensão exposta na reconvenção.

Conexão entre a ação principal e a reconvenção: o art. 315 do CPC

traz como requisito para a reconvenção a existência de conexão (art. 103

do CPC), entre a ação principal e a reconvenção. A possibilidade de

apresentar-se nova pretensão no mesmo processo decorre da existência

de um liame entre as causas de pedir ou pedidos.

Procedimento: o procedimento adotado para a ação deve ser o mesmo

para a reconvenção, uma vez que os atos processuais serão realizados em

conjunto, aproveitando-se, por exemplo, a audiência de instrução para

produzir provas para ação principal e reconvencional.

! Entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante

destaca a impossibilidade de apresentação de reconvenção nos

ritos sumário e sumaríssimo, ante a incompatibilidade entre

reconvenção e os ritos céleres, uma vez que aquela amplia os

limites objetivos da lide.

Pendência de ação: a apresentação de reconvenção decorre da

pendência de ação principal, já que aquela se utilizará do procedimento

instaurado pelo ajuizamento da demanda originária.

Matéria extremamente importante encontra-se disposta no parágrafo único do

art. 315 do CPC, assim redigido: “Não pode o réu, em seu próprio nome,

reconvir ao autor, quando este demandar em nome de outrem”. O dispositivo

afirma a impossibilidade do réu (réu-reconvinte) apresentar reconvenção ao

autor (autor-reconvindo) quando este estiver demandando com legitimidade

extraordinária (substituição processual), isto é, quando estiver demandando em

nome próprio em defesa de direito alheio, como rotineiramente ocorre com os

sindicatos. Quando este ente ajuizar ação trabalhista nessas condições, o

reclamado não poderá apresentar reconvenção, devendo, caso queira levar sua

pretensão ao Poder Judiciário, ajuizar ação autônoma. A razão para a vedação

legal é simples: na reconvenção requer-se a condenação ao autor em alguma

prestação, sendo inviável na hipótese em comento, já que o violador do direito

do réu-reconvinte não participa do contraditório, pois representado pelo

Sindicato.

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Como exemplos de reconvenção no processo do trabalho, pode-se falar no

pedido de devolução de equipamentos ou de condenação ao pagamento de

indenização decorrente de dano causado pelo obreiro, dentre outros.

Um dos aspectos mais importantes para os concursos públicos é a

autonomia/independência da reconvenção em relação à ação principal, disposta

no art. 317 do CPC. Apesar de ação principal e reconvenção se utilizarem do

mesmo procedimento, continuam a ser tratadas como duas ações

independentes, isto é, autônomas, o que representa dizer que a extinção de uma

não obsta o prosseguimento da outra.

! Em praticamente todas as provas de concursos que exploram

as disciplinas de direito processual civil e direito processual do

trabalho, é inserida questão analisando o tema em destaque. A

premissa que deve ser seguida pelo aluno é sempre a da

AUTONOMIA entre ação e reconvenção.

3. QUESTÕES COMENTADAS SOBRE O TEMA:

1 - Q302232 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista

Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

Em se tratando de dissídio individual, a norma processual trabalhista

prevê, como regra, a realização de audiência UNA, ou seja, em um

determinado ato processual será realizada a tentativa de conciliação, a

instrução processual e o julgamento. Nesse sentido,

a) terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, sendo

ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver, e após será

efetuado o interrogatório dos litigantes.

b) caso o reclamante não compareça na audiência inaugural, mesmo

presente seu advogado, deverá necessariamente ser adiada a sessão.

c) é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou

qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, mas cujas

declarações não obrigarão o proponente.

d) aberta a audiência, o Juiz proporá a conciliação, sendo que se não

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houver acordo, o reclamado poderá apresentar defesa oral no tempo

máximo de 10 (dez) minutos.

e) deverão estar presentes o reclamante e o reclamado na audiência de

julgamento, independentemente do comparecimento de seus

representantes.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”.A informação contida na letra

“E”, de que as partes devem comparecer à audiência independentemente

de seus representantes, encontra-se no art. 843 da CLT, assim redigido:

“Na audiência de julgamento deverão estar presentes o

reclamante e o reclamado, independentemente do

comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de

Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os

empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua

categoria”.

Percebam que as exceções encontram-se nas ações plúrimas e nas ações

de cumprimento, pois nessas o número de autores, em especial, poderia

impedir ou atrapalhar a própria realização da audiência. Imagine uma

ação ajuizada por 100 reclamantes. Seria impossível a presença e

participação de todos na mesma audiência. Vejamos as demais

alternativas:

Letra “A”: errada, pois o art. 848 da CLT diz que o interrogatório será

realizada e, em seguida, serão ouvidas as testemunhas, peritos e

assistentes.

Letra “B”: errada, pois a ausência do reclamante, mesmo presente o seu

Advogado, importará no arquivamento no processo, conforme art. 844 da

CLT.

Letra “C”: errado, pois as informações prestados pelo preposto vinculam a

parte, conforme art. 843, §1º da CLT.

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Letra “D”: errado, pois o art. 847 da CLT prevê a apresentação da defesa

no prazo de até 20 minutos.

2 - Q299670 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

Sobre as audiências trabalhistas, com base nas normas aplicáveis, é

correto afirmar:

a) A ausência injustificada do reclamante ou de seu advogado à audiência

importa em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

b) O reclamante e o reclamado, deverão estar presentes pessoalmente,

independentemente do comparecimento de seus advogados, não podendo

ser substituídos ou representados neste ato processual.

c) As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz, não podendo ser

reinquiridas a requerimento das partes ou advogados.

d) O juiz, à hora marcada, declarará aberta a audiência, sendo feita pelo

chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, havendo uma

tolerância de até 15 minutos após a hora marcada.

e) Estas serão públicas e realizar-se-ão em dias úteis, entre 8 e 18 horas,

não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo quando houver matéria

urgente.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”.A informação trazida pela FCC na

alternativa “E”, considerada correta, é cópia fiel do art. 813 da CLT, que

deve ser memorizado pelo candidato, pois muitas vezes cobrado nos

concursos trabalhistas:

“As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e

realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis

previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não

podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando

houver matéria urgente”.

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Vejamos as demais assertivas, que estão todas erradas:

Letra “A”: errado, pois o art. 844 da CLT diz que a ausência do

reclamante importa em arquivamento. Na verdade, a revelia surge pela

ausência injustificada do reclamado.

Letra “B”: errado, pois o art. 843 da CLT prevê a possibilidade de

representação das partes, ora por empregados da mesma categoria ou

sindicato ou por preposto.

Letra “C”: errado, pois as testemunhas e partes podem ser reinquiridas

conforme o art. 820 da CLT.

Letra “D”: errado, pois a OJ nº 245 da SDI-1 do TST não prevê tolerância

para o atraso das partes.

3 - Q208227 ( Prova: FCC - 2005 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 -

Primeira Fase / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )

Na reclamação ajuizada pelo trabalhador, para a cobrança de direito

irrenunciável, correspondente a salário mínimo não pago, ausentes ambas

as partes à única audiência designada,

a) deve designar-se nova audiência, com condução coercitiva das partes.

b) o reclamado é considerado revel.

c) o processo é arquivado.

d) encerra-se a instrução, julgando o feito no estado em que se encontra.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. O Art. 844 da CLT prevê o

arquivamento do processo quando ausente o reclamante e a revelia

quando ausente o reclamado. Havendo ausência de ambas as partes, o

entendimento é de que o feito será arquivado. Transcreve-se o artigo

mencionado para ciência:

“Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência

importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento

do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à

matéria de fato.Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo

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relevante, poderá o presidente suspender o julgamento,

designando nova audiência”.

As demais alternativas tratam do mesmo assunto, razão pela qual

não precisam ser analisadas em separado.

4 – Q292822 ( Prova: FCC – 2013 – TRT – 1ª REGIÃO (RJ) – Analista

Judiciário – Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

Hércules após quatro anos de contrato de trabalho com a empresa Alfa

Beta Engenharia foi dispensado sem receber saldo salarial e verbas da

rescisão. Ajuizou reclamação trabalhista, sendo designada audiência UNA

(conciliação, instrução e julgamento) após dois meses da distribuição da

ação. Ocorre que Hércules sofreu acidente na véspera da audiência,

ficando hospitalizado e, portanto, impossibilitado de se locomover até a

Vara do Trabalho. Com base nas normas previstas em lei trabalhista,

nessa situação,

a) o advogado de Hércules fará toda a sua assistência em audiência,

inclusive com poderes para depor pelo reclamante e realizar demais atos

processuais.

b) o reclamante Hércules poderá fazer-se representar na audiência por

outro empregado que pertença a mesma profissão ou pelo Sindicato

Profissional.

c) o processo será arquivado ante a ausência do reclamante, que poderá

ajuizar novamente a demanda quando estiver em condições plenas de

saúde.

d) a lei processual trabalhista não prevê a hipótese de substituição de

empregado reclamante ausente, razão pela qual fica a critério do Juiz

adiar a audiência ou arquivar o processo.

e) a esposa, companheira ou algum parente até o terceiro grau poderão

representar o trabalhador ausente com amplos poderes para inclusive

prestar depoimento pelo reclamante.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Na hipótese da questão, há uma

justificativa plausível para a ausência do reclamante a audiência, razão

pela qual autoriza a CLT que o mesmo seja substituído por outro

empregado da mesma categoria ou pelo sindicato, de forma a evitar o

arquivamento do processo. A representação serve apenas para evitar o

arquivamento do feito, não sendo realizados atos processuais. Vejamos a

redação do art. 843, §2º da CLT:

“Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente

comprovado, não for possível ao empregado comparecer

pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado

que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato”.

Vejamos as demais alternativas:

Letra “A”: errado, pois a presença do parte é indispensável, não podendo

ser suprida pela presença do Advogado, conforme art. 843 da CLT.

Letra “C”: errado, pois o motivo da ausência é relevante, não havendo o

arquivamento do processo, o que somente ocorre na hipótese de ausência

injustificada, o que não ocorreu na situação em análise.

Letra “D”: errado, pois o art. 843, §2º da CLT prevê a substituição.

Letra “E”: errado, pois somente outro empregado da categoria ou o

sindicato é que podem representar o obreiro, não possuindo amplos

poderes, e sim, apenas para evitar o arquivamento.

5 - Q292823 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista

Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

A empresa Deuses do Olimpo Produções S/A foi citada para responder

reclamatória trabalhista que tramita pelo procedimento ordinário e

comparecer à audiência UNA (conciliação, instrução e julgamento),

designada trinta dias após a sua notificação. Entretanto, o representante

legal da empresa reclamada, por mero esquecimento, não compareceu à

audiência designada. O reclamante compareceu à audiência sem a

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presença de seu advogado. O advogado da reclamada, presente em

audiência, pretendeu apresentar defesa oral. Nessa situação, com

fundamento na lei e em jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do

Trabalho – TST, o Juiz deverá

a) arquivar a reclamatória diante da ausência de uma das partes e do

advogado do reclamante, tendo em vista que este não pode atuar

pessoalmente na Justiça do Trabalho.

b) adiar a audiência para outra data possibilitando o comparecimento do

advogado do reclamante e do representante legal da reclamada.

c) permitir ao patrono da empresa a apresentação de defesa oral e adiar

a audiência para que o advogado do reclamante tome ciência da defesa e

apresente réplica nos autos.

d) aplicar a revelia e consequente confissão quanto à matéria de fato à

reclamada ausente não permitindo que seu advogado apresente defesa

oral diante do motivo da ausência não ser relevante e prosseguir com o

processo sem adiar a audiência.

e) autorizar que o patrono da reclamada apresente defesa por escrito em

15 dias diretamente no protocolo da Secretaria da Vara e adiar a

audiência para nova data.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A questão, apesar de

relativamente grande, é de fácil desate. Perceba que o reclamante estava

presente mas seu Advogado ausente, o que não gera o arquivamento do

feito, pois a parte estava presente. Em relação ao reclamado, o Advogado

estava presente mas o representante da empresa não. Nessa situação,

aplica-se a Súmula nº 122 do TST, assim redigida:

“A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar

defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de

procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a

apresentação de atestado médico, que deverá declarar,

expressa- mente, a impossibilidade de locomoção do empregador

ou do seu preposto no dia da audiência”.

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Extrai-se da Súmula e da situação posta pela FCC, que mesmo presente o

Advogado do reclamado, haverá a aplicação da revelia, conforme art. 844

da CLT, pois o motivo da ausência do reclamado não foi justo – mero

esquecimento – não cabendo ao seu Advogado a apresentação de defesa,

conforme dito na letra “D”. Vejamos as demais assertivas:

Letra “A”: errado, pois o reclamante estava presente, não podendo haver

o arquivamento, pois essa consequência decorre da ausência daquele,

conforme art. 844 da CLT.

Letra “B”: errado, pois não há o adiamento, pois a ausência do Advogado

do reclamante não traz consequências, já que no processo do trabalho

impera o jus postulandi, ou seja, a desnecessidade de Advogado. Já em

relação ao representante da reclamada, não haverá o adiamento, pois a

ausência foi injustificada (esquecimento).

Letra “C”: errado, pois a Súmula nº 122 do TST diz que o reclamando

será revel, não se falando em apresentação de defesa.

Letra “E”: errado, pois o reclamado será considerado revel e por não

haver previsão de defesa escrita no processo do trabalho (art. 847 da

CLT).

6 - Q280535 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )

Em relação à audiência, considere:

I. Aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação.

II. A audiência de julgamento será contínua, devendo ser concluída no

mesmo dia.

III. A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada

a ação em audiência, não importa arquivamento do processo.

IV. Pessoa jurídica de direito público não se sujeita à revelia.

V. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é

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revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo

ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que

deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do

empregador ou do seu preposto no dia da audiência.

É entendimento pacificado pelo TST, o que se afirma APENAS em

a) III e IV.

b) II, IV e V.

c) I.

d) II e III.

e) I, III e V.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Estão corretas as assertivas I,

III e V, de acordo com a jurisprudência do TST e a legislação aplicável.

Vejamos:

I. A informação está correta, pois de acordo com o art. 846 da CLT,

que diz que o Juiz proporá a conciliação aberta a audiência.

II. Errada, pois a audiência de julgamento pode ser fracionada, caso

haja necessidade, como, por exemplo, alguma testemunha faltar

ao ato e tiver que ser intimada.

III. Perfeito, pois a Súmula nº 9 do TST traz tal informação: se

houver a apresentação de defesa e a audiência for adiada, não

haverá arquivamento do processo, pois nasceu para o

reclamado, com a apresentação da defesa, o direito ao

julgamento de mérito.

IV. Errado, pois a OJ nº 152 da SDI-1 do TST diz que o art. 844 da

CLT, que trata da revelia, é aplicável às pessoas jurídicas de

direito público.

V. Perfeito, pois em total conformidade com a Súmula nº 122 do

TST, que possui idêntica redação.

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7 - Q289161 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;

Audiências; Procedimento ordinário e sumaríssimo; )

De acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência do TST,

a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento

da parte à audiência.

b) pessoa jurídica de direito público não sujeita-se à revelia.

c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é

revel, salvo se presente seu advogado munido de procuração específica.

d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser

ilidida.

e) a revelia produz confissão na ação rescisória.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A informação acerca da

inexistência de previsão legal para o atraso das partes à audiência está

em total consonância com a OJ nº 245 da SDI-1 do TST, a seguir

transcrita:

“Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de

comparecimento da parte na audiência”.

Havendo atraso, aplicar-se-ão as consequências do art. 844 da CLT, ou

seja, arquivamento no atraso do reclamante e revelia, na hipótese do

reclamado. Vejamos as demais assertivas:

Letra “B”: errado, pois a OJ nº 152 da SDI-1 do TST diz aplicar-se a

revelia aos entes públicos.

Letra “C”: errado, pois viola a Súmula nº 122 do TST, diz que haver

revelia da mesma forma.

Letra “D”: errado, pois a própria Súmula nº 122 do TST diz que o

atestado médico, que demonstre a impossibilidade de locomoção, é capaz

de ilidir a revelia, ou seja, evitar a aplicação dos seus efeitos.

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Letra “E”: errado, pois a Sumula nº 398 do TST diz que não há confissão

na ação rescisória, ou seja, tal efeito da revelia não é verificado.

8 - Q263459 ( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área

Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )

Conforme previsão legal e jurisprudência sumulada do TST, em relação às

audiências trabalhistas é correto afirmar:

a) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada

a ação em audiência, importa arquivamento do processo.

b) Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro

ou pequeno empresário, o preposto em audiência deve ser

necessariamente empregado do reclamado.

c) Não se aplica a confissão à parte que, expressamente intimada com

aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na

qual deveria depor desde que esteja presente o seu advogado.

d) Aberta a audiência, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua

defesa oral ou apresentá-la por escrito e, em seguida, o juiz proporá a

conciliação.

e) Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, devendo o

juiz, exofficio, interrogar os litigantes, sob pena de nulidade, sendo que

findo o interrogatório não poderão os litigantes retirar-se, até o término

da instrução com a oitiva de testemunhas.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”.A informação acerca da

necessidade do preposto ser empregado, salvo em reclamação proposta

em face de empregador doméstico e micro ou pequeno empresário, está

em conformidade com a Súmula nº 377 do TST, que será transcrita a

seguir:

“Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra

micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser

necessariamente empregado do reclama- do. Inteligência do art.

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843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de

14 de dezembro de 2006”.

Vejamos as demais assertivas:

Letra “A”: errado, pois contraria a Súmula nº 9 do TST, que nessa

hipótese diz inexistir arquivamento do feito, pois a defesa já foi

apresentada.

Letra “C”: errado, pois contraria o entendimento previsto no inciso I da

Súmula nº 74 do TST.

Letra “D”: errado, pois o art. 847 da CLT não prevê a possibilidade da

defesa ser apresentada por escrito, e sim, apenas no prazo de 20

minutos, ou seja, oralmente.

Letra “E”: errado, pois viola o art. 848 da CLT, que será transcrito para

comparação:

“Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, exofficio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. § 1º - Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante.§ 2º - Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver”.

9 - Q262175 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do

Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Partes e

Procuradores; Audiências; )

É INCORRETO afirmar que

a) o preposto deve ser necessariamente empregado.

b) nas ações plúrimas, os empregados poderão fazer- se representar pelo

sindicato da categoria profissional correspondente.

c) o não comparecimento do reclamante à audiência importa o

arquivamento da reclamação.

d) aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação.

e) a vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente

a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever

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de conduzir o processo.

COMENTÁRIOS:

A alternativa INCORRETA É A LETRA “A”. Realmente é incorreto

afirmar que o preposto deve ser necessariamente empregado, pois

existem situações excepcionais, presentes na Súmula nº 377 do TST, que

trata da matéria. O entendimento sumulado do TST diz que, em se

tratando de empregador doméstico e micro e pequeno empresário, não há

necessidade do preposto ser empregado, podendo ser qualquer pessoa

com conhecimento dos fatos, já que as suas declarações vincularam o

reclamado. Vejamos:

“Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra

micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser

necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art.

843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de

14 de dezembro de 2006”.

Vejamos as demais assertivas da FCC:

Letra “B”: correta, pois de acordo com o art. 843 da CLT, que prevê a

possibilidade de substituição pelo Sindicato da categoria.

Letra “C”: correta, em conformidade com o art. 844 da CLT, que prevê o

arquivamento do feito na ausência injustificado do reclamante.

Letra “D”: correta, já que o art. 846 da CLT prevê a 1ª tentativa de

conciliação sendo realizada no início da audiência.

Letra “E”: correta, em conformidade com a Súmula nº 74, III do TST,

que trata dos poderes instrutórios do Juiz.

10 - Q249307 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do

Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )

O Processo do Trabalho apresenta como traços identificadores a

oralidade, a concentração dos atos processuais e o aspecto conciliatório.

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Em relação às propostas de conciliação no Processo do Trabalho, é correto

afirmar que

a) devem ser realizadas em dois momentos: após a abertura da

audiência, mas antes da apresentação da defesa; terminada a instrução

processual, após as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las.

b) somente podem ser realizadas após a oitiva das partes e quando do

encerramento da instrução processual, antes das razões finais.

c) estão vinculadas ao valor atribuído à causa, sendo portanto

obrigatórias apenas nas ações de alçada e de rito sumaríssimo.

d) devem ser realizadas após a apresentação da defesa e renovadas após

as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las.

e) não há obrigatoriedade na sua realização, constituindo-se assim em

faculdade do Juiz na direção do processo.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. Os dois momentos obrigatórios

de tentativa de conciliação são:

a. No início da audiência, após o pregão das partes e antes da

apresentação da defesa pelo reclamado, conforme art. 846 da CLT.

b. Após as razões finais, conforme art. 850 da CLT.

Esses dois momentos de conciliação foram tratados corretamente pelo

alternativa “A”. Contudo, cuidado com a informação de que as partes

podem aduzir ou não as razões finais. Realmente não há obrigação

daqueles apresentarem as razoes finais. O art. 850 da CLT diz que as

partes podem aduzir razões finais em prazo de 10 minutos para cada.

Realmente não há obrigatoriedade. Se forem apresentadas, a 2ª

tentativa de conciliação será feita. Caso as partes não queiram apresentar

as razões finais, a tentativa de conciliação será feita da mesma forma.

Essa é a idéia correta. Como todas as demais alternativas tratam do

mesmo tema, não há necessidade de análise em separado.

11 - Q113389 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

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Audiências; )

A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após

contestada a ação em audiência,

a) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante

poderá ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente

postuladas.

b) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante

poderá ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente

postuladas.

c) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante

poderá pedir o desarquivamento do processo e continuar com a

reclamação.

d) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação

já tinha sido contestada.

e) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à

matéria de fato.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A questão sobre a conseqüência

da ausência do reclamante à audiência, após contestada a ação, é

bastante comum nos concursos trabalhistas. A solução da mesma é

simples, de acordo com a Súmula nº 9 do TST, que será descrita a seguir:

“A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após

contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do

processo”.

Se já houve a apresentação de defesa na primeira audiência e o

reclamante falta à audiência em prosseguimento, não haverá

arquivamento do processo, pois a partir do momento em que o réu

apresenta a sua defesa, nasce para o mesmo o direito ao julgamento de

mérito, não cabendo falar em extinção do feito sem resolução do mérito

(arquivamento). A regra pode ser assim resumida:

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Primeira audiência Audiência em prosseguimento

Reclamado não apresenta defesa Ausência do reclamante gera o

arquivamento.

Reclamado apresenta defesa Ausência do reclamante não gera o

arquivamento.

Não se pode falar, de forma alguma, em revelia, pois essa é a

conseqüência da ausência injustificada do reclamado, conforme art. 844

da CLT. Como todas as assertivas tratam do mesmo tema, não

serão analisadas em separado.

12 - Q113390 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

Maria ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa DEDE. João,

proprietário da empresa, cientificado da respectiva reclamação, contratou

advogado na véspera da data designada para a realização da audiência,

em que será obedecido o procedimento ordinário. O advogado advertiu

João de que teria que apresentar defesa oral em razão da proximidade da

contratação. Neste caso, de acordo com a CLT, o advogado

a) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário

da respectiva reclamação trabalhista.

b) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para

aduzir sua defesa.

c) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para

aduzir sua defesa.

d) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal,

independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória.

e) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para

aduzir sua defesa.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A primeira regra que deve ser

lembrada é quanto à forma de apresentação da defesa no processo do

trabalho, nos moldes do art. 847 da CLT: oral, em 20 minutos. O

Advogado contratado pelo reclamando poderá apresentar defesa oral, que

é a regra prevista na CLT, valendo-se do prazo máximo de 20 minutos

para apresentação de toda a defesa, incluindo exceções e reconvenção, se

for o caso. Transcreve-se o dispositivo mencionado por sua importância:

“Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para

aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não

for dispensada por ambas as partes”.

Em hipótese alguma a questão poderia afirmar que o reclamado não pode

apresentar defesa oral ou que está obrigado a apresentá-la por escrito.

Essas assertivas estão sempre erradas, conforme a sistemática adotada

pela CLT. Como todas as assertivas tratam do mesmo tema, já

foram respondidas e, por isso, não serão analisadas em separado.

13 - Q280536 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Resposta do Reclamado; )

Na esfera da Justiça do Trabalho, é correto afirmar:

a) Nas causas de jurisdição da Justiça do Trabalho somente pode ser

oposta, com suspensão do feito, exceção de incompetência.

b) Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo,

quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no

entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão

final.

c) Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao

exceto, por 48 (quarenta e oito) horas improrrogáveis, devendo a decisão

ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir.

d) São motivos de suspeição do juiz: inimizade pessoal, amizade íntima,

parentesco por consanguinidade ou afinidade até o segundo grau civil.

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e) Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará

audiência dentro de 24 (vinte e quatro) horas, para instrução e

julgamento da exceção.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. A informação contida na letra

“B” é cópia fiel do art. 799, §2º da CLT, que trata de uma exceção ao

princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias, ao

dizer que da decisão “terminativa do feito”, que é aquela que reconhece

a incompetência da Justiça do Trabalho, cabe recurso imediato,

sendo que nas demais situações a parte deve interpor o recurso da

decisão final, ou seja, da sentença. Vejamos o dispositivo da CLT:

“Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência,

salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá

recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no

recurso que couber da decisão final”.

Vejamos as demais assertivas:

Letra “A”: errado, pois também podem ser opostas as exceções de

suspeição e impedimento, conforme art. 799 da CLT. Apesar do

dispositivo não mencionado a exceção de impedimento, é pacífico esse

entendimento.

Letra “C”: errado, pois o art. 800 da CLT fala no prazo de 24h

improrrogáveis.

Letra “D”: errado, pois o art. 801 da CLT diz até 3ª grau civil.

Letra “E”: errado, pois o art. 802 da CLT traz o prazo de 48h.

14 - Q289153 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e

sumaríssimo; Resposta do Reclamado; )

De acordo com a CLT, nas causas de jurisdição da Justiça do Trabalho

somente podem ser opostas,

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a) com suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de suspeição.

b) com suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de

incompetência.

c) sem suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de suspeição.

d) sem suspensão do feito, as exceções de incompetência ou de

suspeição.

e) com suspensão do feito, as exceções de incompetência ou de

suspeição.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Tecnicamente está errada a

questão, pois se sabe que com o advento da CPC, passou a ser possível a

apresentação da exceção de impedimento também, não só de suspeição e

incompetência. Ocorre que o art. 799 da CLT continua a tratar apenas das

duas últimas, sendo que as provas da FCC são retiradas integralmente

dos dispositivos legais, que devem ser memorizados. Mesmo discordando

do entendimento da FCC, acho conveniente sempre dizer que somente

podem ser opostas, com suspensão do processo, as exceções de

suspeição e incompetência, por ser essa a redação do art. 799 da CLT,

a seguir transcrito:

“Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem

ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição

ou incompetência”.

Como as demais assertivas tratam da mesma matéria, não serão

analisadas.

15 - Q113383 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Resposta do Reclamado; )

Considere:

I. Litispendência.

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II. Conexão.

III. Exceção de incompetência relativa do juízo.

IV. Carência de Ação.

V. Exceção de suspeição.

NÃO deverão ser argüidas em contestação a objeções

indicadas APENAS em

a) III e V.

b) I, II e III.

c) II e III.

d) I, II e V.

e) IV e V.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. Conforme análise a ser realizada

abaixo, não devem ser apresentadas na contestação as defesas descritas

em III e V, ou seja, incompetência relativa e exceção de suspeição.

As defesas constantes em I, II e IV, respectivamente, litispendência,

conexão e carência de ação, são preliminares de mérito, que nos termos

do art. 301 do CPC, aplicável ao processo do trabalho, são tratadas na

peça de contestação. Já a incompetência relativa e a suspeição do Juiz,

são vícios que devem ser demonstrados por meio das exceções de

incompetência e suspeição, que são defesas apartadas da contestação.

16 - Q113386 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Resposta do Reclamado; )

De acordo com a CLT e o entendimento Sumulado do TST, a

compensação

a) não poderá ser argüida, em nenhum momento, em reclamações

trabalhistas.

b) poderá ser argüida em qualquer fase processual, inclusive após o

trânsito em julgado de sentença.

c) deverá ser argüida através de exceção.

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d) só poderá ser argüida como matéria de defesa na contestação.

e) poderá ser argüida em qualquer fase processual até o trânsito em

julgado de sentença.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. A compensação, na Justiça do

Trabalho, somente pode ser argüida como matéria de defesa, na

contestação e em se tratando de dívida trabalhista. Essas três

importantes e indispensáveis informações encontram-se no art. 767 da

CLT e Súmula nº 18 e 48 do TST, que serão transcritos pois merecem

atenção redobrada, já que respondem à todas as questões envolvendo o

tema compensação:

“Art. 767 da CLT: A compensação, ou retenção, só poderá ser

argüida como matéria de defesa”

“Súmula nº 18 do TST: A compensação, na Justiça do Trabalho,

está restrita a dívidas de natureza trabalhista”.

“Súmula nº 48 do TST: A compensação só poderá ser argüida

com a contestação”.

Como todas as alternativas tratam do mesmo tema, não precisam

ser analisadas em separado, pois já foram respondidas.

17 - Q207448 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Resposta do Reclamado; )

Numa reclamação trabalhista, o crédito do reclamado é superior ao do

reclamante. Nesse caso,

a) o reclamado só poderá apresentar reconvenção se a diferença for

superior a um mês de salário do empregado e se tiver ocorrido rescisão

do contrato de trabalho.

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b) o juiz pode determinar ao reclamante que devolva a diferença ao

reclamado, independentemente de reconvenção.

c) o reclamado só poderá pleitear seu crédito em ação própria, pois, no

processo trabalhista, não há reconvenção.

d) o reclamado pode apresentar reconvenção, se o crédito for oriundo da

relação de emprego e houver conexão.

e) o reclamado pode, em contestação, pedir a compensação dos créditos

e a devolução do que entende devido, sendo que o reclamante pode

apresentar reconvenção.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Quando o crédito do reclamado

é inferior ou igual ao crédito do reclamante, aquele primeiro pode

requerer, na contestação, a compensação, conforme art. 767 da CLT e

Súmulas nº 18 e 48 do TST. Caso o crédito seja superior, como ocorre no

problema dado pela FCC, o meio do reclamado requerer o mesmo é

mediante a apresentação de reconvenção, que é o contra-ataque do réu

ao autor, no mesmo processo, autorizado pelos artigos 315 e seguintes

do CPC. Aquele dispositivo do CPC prescreve que:

“O réu pode reconvir ao autor no mesmo processo, toda vez que

a reconvenção seja conexa com a ação principal ou com o

fundamento da defesa”.

Percebe-se a necessidade de conexão entre a ação principal e a

reconvenção, razão pela qual o crédito cobrado por meio da reconvenção

deve estar relacionado ao vínculo de emprego, conforme dito na questão.

Além disso, temos a Súmula nº 18 do TST, que trata da natureza

trabalhista do valor a ser compensado, mesmo que por meio da

reconvenção:

“Súmula nº 18 do TST: A compensação, na Justiça do Trabalho,

está restrita a dívidas de natureza trabalhista”.

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Vejamos as demais alternativas:

Letra “A”: errado, pois a exigência é que o valor do crédito do reclamado

seja superior ao perseguido pelo reclamante.

Letra “B”: errado, pois não há possibilidade de condenação do reclamante

sem reconvenção, nessa hipótese.

Letra “C”: errado, pois a reconvenção é admitida no processo do trabalho,

ante a incompatibilidade do CPC nesse ponto com o procedimento

trabalhista.

Letra “E”: errado, pois é o reclamado que apresenta reconvenção e não o

reclamante, como dito.

18 - Q241029 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista

Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Resposta do Reclamado; )

A empresa Margarida Confeitaria Ltda., em reclamação trabalhista em que

é ré, apresentou na audiência em sua defesa uma exceção. Em relação às

exceções no processo do trabalho é correto afirmar:

a) Apresentada exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao

exceto, por 48 (quarenta e oito) horas, que poderão ser prorrogadas por

igual prazo pelo Juiz, em caso de complexidade da matéria, devendo a

decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir.

b) Apresentada exceção de suspeição, o juiz designará audiência dentro

de 05 (cinco) dias para instrução e julgamento da exceção.

c) Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido

na pessoa do juiz, não poderá alegar exceção de suspeição, salvo

sobrevindo novo motivo.

d) O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por

parentesco por consanguinidade ou afinidade até o quarto grau civil.

e) A exceção de suspeição será admitida ainda que o recusante procurou

de propósito o motivo de que ela se originou.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A afirmação contida em “C” está

absolutamente idêntica ao § único do art. 801 da CLT, assim redigido:

“Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja

consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de

suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição não será

também admitida, se do processo constar que o recusante deixou

de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois

de conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou

de propósito o motivo de que ela se originou”.

Trata-se da idéia de quem gerou a hipótese de suspeição ou com ela

anuiu, não poderá alegar o vício posteriormente. Vejamos as demais

alternativas:

Letra “A”: errado, pois o art. 800 da CLT traz outro procedimento, com

notificação da parte contrária para manifestação em 24 horas

improrrogáveis.

Letra “B”: errado, pois o art. 802 da CLT traz o prazo de 48 horas.

Letra “D”: errado, pois o art. 801 da CLT fala em parentesco até o 3º

grau civil.

Letra “E”: errado, pois o art. 801, § único da CLT impede tal situação.

19 - Q111820 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista

Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Resposta do Reclamado; )

De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, apresentada a

exceção de incompetência

a) abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 horas prorrogáveis por

igual período.

b) abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 horas improrrogáveis.

c) abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 48 horas improrrogáveis.

d) abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 48 horas prorrogáveis por

igual período.

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e) o juiz decidirá de plano, sem a manifestação da parte contrária que

será intimada da decisão.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Trata-se de questão simples,

mas muito cobrada nos concursos da FCC. O art. 800 da CLT traz o

procedimento a ser seguido, com a intimação da parte contrária para

apresentação da manifestação à exceção de incompetência, nos seguintes

termos:

“Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos

autos ao exceto, por 24 (vinte e quatro) horas improrrogáveis,

devendo a decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão

que se seguir”.

Duas são as informação indispensáveis, que respondem ao

questionamento de forma simples, fazendo com que as demais

alternativas sejam logo descartadas:

a. Prazo de 24h;

b. Prazo improrrogável.

As demais alternativas não precisam ser analisdas pois tratam do

mesmo assunto.

20 – Q82555 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; Resposta do Reclamado; )

Sobre a revelia, considere:

I. A ausência do reclamado em audiência, apesar de regularmente

intimado, configura revelia.

II. A revelia importa na confissão do reclamado quanto à matéria de fato.

III. Havendo revelia, mas ocorrendo, entretanto, motivo relevante,

poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência.

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IV. A revelia pode ser aplicada tanto ao reclamante quanto ao reclamado.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IV.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, III e IV.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Estão corretas apenas as

assertivas I, II e III, conforme análise abaixo:

I. Correta, pois em conformidade com o art. 844 da CLT, que diz

que a ausência do reclamado à audiência, para a qual foi

regularmente notificado, importa em revelia. Vejamos:

“O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o

arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do

reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria

de fato”.

II. Correta, conforme art. 844 da CLT, acima transcrito, diz que

haverá confissão quanto à matéria de fato, presumindo-se

verdadeiros aqueles. Claro que se trata de presunção relativa de

veracidade.

III. Correta, pois essa é a informação que consta no § único do art.

844 da CLT. Vejamos:

“Ocorrendo, entretanto, motivo relevante, poderá o presidente

suspender o julgamento, designando nova audiência”.

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IV. Errada, pois a revelia é uma conseqüência aplicada apenas ao

reclamado, já que o art. 844 da CLT diz que a conseqüência para

a ausência do reclamante é o arquivamento do processo, ou

seja, a extinção do mesmo sem resolução do mérito.

21 - Q82552 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos,

Termos e Prazos; Dissídios Individuais; Resposta do Reclamado; )

A respeito do prazo para contestação no Processo do Trabalho, é correto

afirmar que:

a) Inexiste prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista, devendo ser a ação contestada na audiência

inicial ou UNA.

b) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de dez dias a contar da citação do reclamado.

c) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de vinte dias a contar da citação do reclamado

quando este se tratar de órgão da Administração Pública.

d) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de dez dias a contar da audiência inicial ou

UNA.

e) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de vinte dias a contar da audiência inicial ou

UNA, quando se tratar o reclamado de órgão da Administração Pública.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A defesa no processo do

trabalho não é protocolada, como ocorre no processo civil, e sim,

apresentada em audiência, conforme art. 847 da CLT, oralmente no prazo

de 20 minutos. Além disso, frisa-se que a audiência no processo do

trabalho é una, nos moldes do art. 849 da CLT. Vejamos:

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“A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for

possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o

juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira

desimpedida, independentemente de nova notificação”.

Vejamos as demais alternativas:

Letra “B”: errado, pois é na audiência, conforme já dito (art. 847 da CLT).

Letra “C”: errado, pois também os órgãos públicos apresentarão a

contestação em audiência, havendo apenas um prazo maior (em

quádruplo) entre o recebimento da notificação e a realização da audiência

(20 dias).

Letra “D”: errado, pois como já dito é na própria audiência.

Letra “E”: errado, pois como já dito segue a mesma regra dos entes

privados.

22 - Q249306 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do

Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e

Prazos; Dissídios Individuais; )

Quanto à forma de reclamação e a notificação no dissídio individual

trabalhista pelo rito ordinário, conforme previsões contidas na CLT e em

súmulas da jurisprudência uniformizada do TST é correto afirmar:

a) Recebida e protocolada a reclamação, dentro de 5 dias será notificado o

reclamado para comparecer em audiência que será a primeira

desimpedida, depois de 48 horas.

b) Não é possível a acumulação num só processo de várias reclamações,

ainda que se trate de empregados da mesma empresa, sem a participação

da entidade sindical.

c) Diante da complexidade das matérias que podem ser discutidas no

processo trabalhista, com o advento das novas competências, como por

exemplo, as indenizações por danos morais e por acidente do trabalho e as

responsabilidades relativas à

terceirização de mão de obra, não mais se admite a reclamação trabalhista

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verbal.

d) Ao receber a petição inicial, a Secretaria da Vara, conforme expressa

previsão legal, deve enviar os autos imediatamente ao juiz para realização

do juízo de admissibilidade.

e) Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem; o

seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui

ônus de prova do destinatário.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A resposta da questão encontra-

se em consonância com a Súmula nº 16 do TST, que alude ao prazo de

recebimento da notificação postal, que é de 48h a contar de sua

postagem. Trata-se de uma presunção relativa, que pode ser

desconstituída pelo destinatário, sendo seu o ônus da provar o não

recebimento ou o recebimento posterior às 48h, que pode acarretar a

ausência do prazo mínimo de 5 dias a que alude o art. 841 da CLT.

Lembre-se que entre o recebimento da notificação e a realização da

audiência, deve ser respeitado o prazo mínimo de 5 dias, para que o

reclamado tenha tempo hábil de preparar a defesa. Transcreve-se a

Súmula nº 16 do TST para conhecimento:

“Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito)

horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou

a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de

prova do destinatário”.

Vejamos as demais alternativas:

Letra “A”: errada, pois os prazos foram invertidos. Conforme art. 840 da

CLT, a notificação será remetido em 48h, para audiência que será a

primeira desimpedida depois de 5 dias.

Letra “B”: errada, pois o art. 842 da CLT autoriza a acumulação, sem a

necessidade de participação do Sindicato.

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Letra “C”: errada, pois a reclamação trabalhista verbal continua sendo

possível, nos moldes do art. 840 da CLT, mesmo com as novas

competências estabelecidas pela EC nº 45/04.

Letra “D”: errada, pois os autos são remetidos à Secretaria para

realização da notificação, independentemente de prévio juízo de

admissibilidade pelo Magistrado.

23 - Q202046 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Dissídios

Individuais; )

Carol ajuizou no início do ano de 2011 reclamação trabalhista em face de

sua ex-empregadora a empresa EFGH. A presente reclamação possui o

valor da causa de R$ 19.739,00. Tendo em vista que a audiência UNA foi

marcada para o dia 10 de Agosto de 2011, Carol enviou telegrama com

aviso de recebimento para suas três testemunhas convidando-as para

depor no dia e hora em que a audiência foi designada porém, nenhuma das

três testemunhas compareceu. Neste caso, de acordo com a Consolidação

das Leis do Trabalho, o M.M. juiz deverá

a) suspender o processo por vinte dias e marcar nova audiência para no

máximo 90 dias, porém Carol deverá levar as testemunhas nesta nova

audiência independentemente de intimação.

b) suspender o processo por quinze dias e marcar nova audiência para no

máximo 60 dias, porém Carol deverá levar as testemunhas nesta nova

audiência independentemente de intimação.

c) marcar nova data para a realização da audiência e deferir a intimação

das três testemunhas.

d) marcar nova data para a realização da audiência e deferir a intimação

de duas das três testemunhas, devendo Carol desistir do depoimento de

uma delas.

e) proferir sentença na mesma audiência uma vez que Carol possuía a

obrigação de levar as testemunhas independentemente de intimação.

COMENTÁRIOS:

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A alternativa CORRETA É A LETRA “D”. Em 2011 o salário mínimo era

de R$545,00. As ações até R$21.800,00 eram, naquela época, ajuizadas

perante o rito sumaríssimo, nos termos do art. 852-A da CLT. No rito

sumaríssimo, dispõe o art. 862-H §§2º e 3º da CLT, que cada parte

poderá ouvir até 2 testemunhas, sendo que a intimação delas somente

será deferido pelo Magistrado se houver prova do convite formulado às

mesmas. Perceba que a situação posta pela FCC é de que houve o convite

formulado a 3 testemunhas, em ação do rito sumaríssimo (valor inferior a

R$21.800,00 na época) e que as mesmas não compareceram ao ato

judicial. Nessa situação, o Juiz deve intimar duas testemunhas para nova

audiência, ou seja, nos termos da letra “D”, deve o Magistrado marcar

nova audiência, intimando duas testemunhas, isto é, o reclamante terá

que desistir da oitiva de uma delas, já que convidou 3, número

excedente. Todas as demais assertivas estão erradas, pois falam em

proferir sentença, suspender o processo ou intimar as 3 testemunhas.

Transcrevem-se os §§2º e 3º do art. 852-H da CLT:

§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada

parte, comparecerão à audiência de instrução e

julgamento independentemente de intimação. (Incluído

pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)

§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que,

comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não

comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá

determinar sua imediata condução coercitiva.

As demais assertivas não precisam ser analisadas, pois já foram

descartadas com a análise da letra “D”.

24 - Q82552 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos,

76309585010

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Termos e Prazos; Dissídios Individuais; Resposta do Reclamado; )

A respeito do prazo para contestação no Processo do Trabalho, é correto

afirmar que:

a) Inexiste prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista, devendo ser a ação contestada na audiência inicial

ou UNA.

b) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de dez dias a contar da citação do reclamado.

c) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de vinte dias a contar da citação do reclamado

quando este se tratar de órgão da Administração Pública.

d) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de dez dias a contar da audiência inicial ou UNA.

e) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de vinte dias a contar da audiência inicial ou

UNA, quando se tratar o reclamado de órgão da Administração Pública.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A informação acerca da

inexistência de prazo para apresentação da defesa em cartório, no

processo do trabalho, está de acordo com o art. 847 da CLT, que diz que

a defesa será apresentada em audiência, no prazo máximo de 20

minutos, sendo o reclamado pessoa jurídica de direito privado ou público,

havendo ou não litisconsórcio. Não existe previsão de defesa escrita no

processo do trabalho, mesmo que na prática isso seja normal. Na seara

trabalhista, para fins de prova de concurso, somente é possível a defesa

oral, em 20 minutos, na audiência, após a primeira tentativa de

conciliação. Transcreve-se o art. 847 da CLT para ciência:

“Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para

aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando

esta não for dispensada por ambas as partes”.

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Todas as demais assertivas tratam de prazo inexistente no processo do

trabalho, estando automaticamente descartadas pela análise realizada

acima.

25 - Q4538 ( Prova: FCC - 2006 - TRT-4R - Técnico Judiciário - Área

Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos;

Dissídios Individuais; )

A citação do reclamado para comparecer à audiência e apresentar

contestação é feita

a) pelo Correio, com pelo menos 48 horas de antecedência.

b) pelo Correio, com pelo menos 5 dias de antecedência.

c) pelo Correio, com pelo menos 15 dias de antecedência.

d) pelo Diário Oficial ou jornal local de grande circulação.

e) exclusivamente por Oficial de Justiça.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “B”. Em primeiro lugar, transcreve-

se o art. 841 da CLT, que trata da forma e prazo da notificação no

processo do trabalho:

“Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou

secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá

a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado,

notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à

audiência do julgamento, que será a primeira

desimpedida, depois de 5 (cinco) dias. § 1º - A notificação

será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado

criar embaraços ao seu recebimento ou não for

encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no

jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou,

na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo. § 2º - O

reclamante será notificado no ato da apresentação da

reclamação ou na forma do parágrafo anterior”.

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Como pode ser verificado, a notificação no processo do trabalho é

realizada por via postal, ou seja, pelos correios, no prazo de 48h, que

será recebida pelo destinatário no prazo de 48h (Súmula nº 16 do TST),

para a audiência que será a primeira depois de 5 dias do recebimento da

notificação. O destinatário, portanto, não pode receber a notificação hoje

para uma audiência amanhã ou depois de amanhã, já que entre o

recebimento daquela e a audiência há necessidade de, pelo menos, 5

dias, tempo hábil para a preparação da audiência.

Tudo isso que foi dito está em conformidade com a letra “B”, que afirma

que a notificação será “pelo Correio, com pelo menos 5 dias de

antecedência”.

As demais assertivas ficam excluídas automaticamente.

26 - Q1114 ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área

Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Dissídios Individuais; )

Nos dissídios individuais,

a) após a apresentação das razões finais, é defeso ao juiz renovar a

proposta de conciliação, em razão do término da instrução.

b) não havendo acordo, o reclamado terá trinta minutos para aduzir sua

defesa, após a leitura da reclamação, não podendo esta leitura ser

dispensada pelas partes.

c) terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo

não-excedente de dez minutos para cada uma.

d) o não-comparecimento do reclamante à audiência importa em confissão

quanto à matéria de fato.

e) é facultado ao empregador fazer-se substituir por preposto que tenha

conhecimento do fato, porém as declarações deste não obrigarão o

proponente.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A questão menciona um dos

importantes atos praticados pelas partes em audiência: a apresentação de

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razões finais orais, no prazo de até 10 minutos, nos termos do art. 850 da

CLT, conforme transcrição a seguir:

“Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões

finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para

cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a

proposta de conciliação, e não se realizando esta, será

proferida a decisão”.

Sabe-se que a audiência trabalhista é una, o que significa dizer que ele

começará com o pregão das partes e terminará com a sentença. Nesse meio

termo, temos as tentativas de conciliação, a apresentação de defesa, a instrução

(produção das provas) e as razões finais, oportunidade em que as partes,

oralmente, demonstram ao Juiz do Trabalho que a sua pretensão deve ser

aceita, ou seja, que o seu direito está provado. No processo do trabalho esse ato

é oral, seguindo-se, portanto, o princípio da oralidade.

Vejamos as demais assertivas, que estão erradas:

Letra “A”: errada, pois o art. 850 da CLT diz que o Juiz renovará a proposta de

conciliação, isto é, realizará a segunda tentativa obrigatória de conciliação.

Letra “B”: errada, pois o art. 847 da CLT diz que a leitura da petição inicial pode

ser dispensada e que o prazo de defesa é de até 20 minutos.

Letra “D”: errada, pois o art. 844 da CLT afirma que não comparecimento do

reclamante importa em arquivamento do processo. O não comparecimento do

reclamado é que gera revelia e confissão quanto à matéria de fato.

Letra “E”: errada, pois o art. 843, §1º da CLT diz que as declarações do preposto

vinculam o proponente.

27 - Q1075 ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área

Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Atos,

Termos e Prazos; Dissídios Individuais; Reclamação Trabalhista; )

De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, considere as seguintes

assertivas a respeito da forma de reclamação e de notificação nos dissídios

individuais:

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I. Recebida e protocolada a reclamação, em regra, o escrivão ou secretário,

dentro de 15 dias, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao

reclamado, que será notificado posteriormente, para comparecer à

audiência do julgamento.

II. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado

criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a

notificação por edital.

III. Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão

ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma

empresa ou estabelecimento.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) II.

c) I e II.

d) I e III.

e) II e III.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Estão corretas as assertivas II e

III, conforme análise a seguir realizada:

I. Errada, pois o art. 841 da CLT diz que o escrivão ou secretário,

dentro de 48 horas, remeterá a notificação para o reclamado.

II. Correta, pois o §1º do art. 841 da CLT afirma que a notificação

será postal, mas que será realizada por edital caso o reclamado

crie embaraços ao seu recebimento ou não seja encontrado. Não

há, nessa hipótese, notificação por Oficial de Justiça, pois esse

realiza atos no processo de execução.

III. Correta, pois essa é a redação do art. 842 da CLT, abaixo

transcrito:

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“Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria,

poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de

empregados da mesma empresa ou estabelecimento”.

28 - Q289153 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e

sumaríssimo; Resposta do Reclamado; )

De acordo com a CLT, nas causas de jurisdição da Justiça do Trabalho

somente podem ser opostas,

a) com suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de suspeição.

b) com suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de

incompetência.

c) sem suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de suspeição.

d) sem suspensão do feito, as exceções de incompetência ou de suspeição.

e) com suspensão do feito, as exceções de incompetência ou de suspeição.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. A afirmativa trazida pela banca

examinadora desconsiderou o entendimento doutrinário acerca do

cabimento da exceção de suspeição no processo do trabalho, levando em

consideração tão somente o que dispõe o art. 799 da CLT, abaixo

transcrito:

“Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem

ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição

ou incompetência”.

O dispositivo em questão foi extraído do CPC/39, que não mencionava a

exceção de suspeição. Com o advento do CPC/73, esse passou a

possibilitar a apresentação de três espécies de exceções: suspeição,

impedimento e incompetência. Como a FCC traz muitas questões “copia e

cola”, mencionaram apenas impedimento e incompetência, conforme

dispositivo acima mencionado e transcrito.

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29 - Q289161 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;

Audiências; Procedimento ordinário e sumaríssimo; )

De acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência do TST,

a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento

da parte à audiência.

b) pessoa jurídica de direito público não sujeita-se à revelia.

c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é

revel, salvo se presente seu advogado munido de procuração específica.

d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser ilidida.

e) a revelia produz confissão na ação rescisória.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “A”. A ausência das partes em

audiência gera importantes conseqüências conforme art. 844 da CLT. Se o

reclamante está ausente, o feito será arquivado. Se o reclamado é que

está ausente, será aplicada a revelia. E se a parte estiver atrasada? As

penalidades serão aplicadas igualmente, pois não é previsão de tolerância

para atraso das partes, conforme OJ nº 245 da SDI-1 do TST, abaixo

transcrita:

“Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de

comparecimento da parte na audiência”.

As demais assertivas estão incorretas, conforme anotações a seguir:

Letra “B”: errado, pois viola o entendimento da OJ nº 152 da SDI-1 do

TST.

Letra “C”: errado, pois a Súmula nº 122 do TST diz que, mesmo que

presente o Advogado, será revel a empresa na hipótese mencionada.

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Letra “D”: errado, pois a Súmula nº 122 do TST diz que a revelia pode ser

ilidida por meio de atestado médico que demonstre a impossibilidade de

locomoção.

Letra “E”: errado, pois a Súmula nº 398 do TST diz que não há confissão

na ação rescisória, mesmo que revel o réu.

30 – Q213044 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista

Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Procedimento

ordinário e sumaríssimo; )

João moveu reclamação trabalhista em face da empresa Omega Industrial,

tendo atribuído à causa o valor total das verbas pleiteadas no importe de

R$ 3.000,00. Na audiência UNA designada a empresa reclamada não

compareceu, e o juiz verificou que a citação não fora realizada porque o

reclamante havia fornecido o endereço incorreto da reclamada,

absolutamente diverso daquele anotado em sua Carteira Profissional. De

acordo com a CLT, o juiz deve

a) aplicar a penalidade da revelia e confissão da reclamada.

b) abrir prazo para que o reclamante informe o endereço correto da

reclamada, determinando a designação de nova audiência.

c) determinar o retorno do processo à secretaria da vara para tentativa de

localização da reclamada.

d) determinar a citação da reclamada por edital.

e) determinar o arquivamento da reclamação trabalhista e condenação do

reclamante ao pagamento de custas sobre o valor da causa.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “E”. Percebam que não houve a

correta indicação do endereço do reclamado, obrigação do reclamante

conforme art. 852-B, II da CLT. Ao não cumprir com uma de suas

obrigações, dispõe o §1º do mesmo artigo que a reclamação trabalhista

será arquivada (extinta sem resolução do mérito), com a condenação do

autor ao pagamento das custas processuais. Essas informações constam

no dispositivo abaixo transcrito, que foi mencionado acima (§1º do art.

852-B da CLT):

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“Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento

sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)

I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor

correspondente; (Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)

II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a

correta indicação do nome e endereço do reclamado;

(Incluído pela Lei nº 9.957, de 12.1.2000)

III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo

de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta

especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da

Junta de Conciliação e Julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.957,

de 12.1.2000)

§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos

incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da

reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o

valor da causa”.

Pelo dispositivo legal, não há possibilidade de determinação de emenda

da petição inicial (art. 284 do CPC), tampouco de citação por edital, pois

excluído pelo próprio art. 852-B, II da CLT. Assim, estão excluídas as

demais alternativas, pois trazem uma dessas situações, que não

podem ocorrer, já que a única correta deve indicar sempre o

arquivamento do feito.

31 - Q302231 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista

Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Reclamação Trabalhista; ) A legislação processual do trabalho regulamenta

o trâmite de dissídios individuais, criando regras sobre a forma de

reclamação e a notificação do reclamado. Segundo tais normas, a

reclamação

a) recebida e protocolada será remetida a segunda via da petição ao

reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência

de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 48 horas.

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b) será, preliminarmente, sujeita a distribuição nas localidades em que

houver apenas uma Vara do Trabalho.

c) poderá ser apresentada pelos empregados e empregadores,

pessoalmente, ou por seus representantes e pelos sindicatos de classe.

d) será feita por notificação via oficial de justiça, não sendo admitida a

notificação por edital nos processos que tramitam pelo rito ordinário.

e) poderá ser acumulada num só processo com outros, quando houver

identidade de matéria, desde que sejam empregados da mesma profissão e

região metropolitana.

COMENTÁRIOS:

A alternativa CORRETA É A LETRA “C”. A afirmação contida na letra “C”,

acerca do ajuizamento de reclamação trabalhista, está em conformidade

com o art. 839 da CLT, assim redigido:

“Art. 839 - A reclamação poderá ser apresentada: a) pelos

empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus

representantes, e pelos sindicatos de classe; b) por intermédio

das Procuradorias Regionais da Justiça do Trabalho”.

Vejamos as demais assertivas, todas erradas, e suas justificativas:

Letra “A”: errada, pois contraria o art. 841 da CLT, que diz que a

audiência será a primeira desimpedida depois de 5 dias, ou seja, entre o

recebimento da notificação e a realização do ato deverá haver prazo

mínimo de 5 dias.

Letra “B”: errada, pois se houver apenas uma Vara do Trabalho, não

haverá distribuição, conforme art. 837 da CLT.

Letra “D”: errada, pois o art. 841 da CLT afirma que a notificação será

postal, sendo feita por edital se não for possível por correios.

Letra “E”: errada, pois contraria o entendimento do art. 842 da CLT.

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4. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS:

1 - Q302232 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista

Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

Em se tratando de dissídio individual, a norma processual trabalhista

prevê, como regra, a realização de audiência UNA, ou seja, em um

determinado ato processual será realizada a tentativa de conciliação, a

instrução processual e o julgamento. Nesse sentido,

a) terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, sendo

ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver, e após será

efetuado o interrogatório dos litigantes.

b) caso o reclamante não compareça na audiência inaugural, mesmo

presente seu advogado, deverá necessariamente ser adiada a sessão.

c) é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou

qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, mas cujas

declarações não obrigarão o proponente.

d) aberta a audiência, o Juiz proporá a conciliação, sendo que se não

houver acordo, o reclamado poderá apresentar defesa oral no tempo

máximo de 10 (dez) minutos.

e) deverão estar presentes o reclamante e o reclamado na audiência de

julgamento, independentemente do comparecimento de seus

representantes.

2 - Q299670 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

Sobre as audiências trabalhistas, com base nas normas aplicáveis, é

correto afirmar:

a) A ausência injustificada do reclamante ou de seu advogado à audiência

importa em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.

b) O reclamante e o reclamado, deverão estar presentes pessoalmente,

independentemente do comparecimento de seus advogados, não podendo

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ser substituídos ou representados neste ato processual.

c) As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz, não podendo ser

reinquiridas a requerimento das partes ou advogados.

d) O juiz, à hora marcada, declarará aberta a audiência, sendo feita pelo

chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, havendo uma

tolerância de até 15 minutos após a hora marcada.

e) Estas serão públicas e realizar-se-ão em dias úteis, entre 8 e 18 horas,

não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo quando houver matéria

urgente.

3 - Q208227 ( Prova: FCC - 2005 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 -

Primeira Fase / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )

Na reclamação ajuizada pelo trabalhador, para a cobrança de direito

irrenunciável, correspondente a salário mínimo não pago, ausentes ambas

as partes à única audiência designada,

a) deve designar-se nova audiência, com condução coercitiva das partes.

b) o reclamado é considerado revel.

c) o processo é arquivado.

d) encerra-se a instrução, julgando o feito no estado em que se encontra.

4 – Q292822 ( Prova: FCC – 2013 – TRT – 1ª REGIÃO (RJ) – Analista

Judiciário – Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

Hércules após quatro anos de contrato de trabalho com a empresa Alfa

Beta Engenharia foi dispensado sem receber saldo salarial e verbas da

rescisão. Ajuizou reclamação trabalhista, sendo designada audiência UNA

(conciliação, instrução e julgamento) após dois meses da distribuição da

ação. Ocorre que Hércules sofreu acidente na véspera da audiência,

ficando hospitalizado e, portanto, impossibilitado de se locomover até a

Vara do Trabalho. Com base nas normas previstas em lei trabalhista,

nessa situação,

a) o advogado de Hércules fará toda a sua assistência em audiência,

inclusive com poderes para depor pelo reclamante e realizar demais atos

processuais.

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b) o reclamante Hércules poderá fazer-se representar na audiência por

outro empregado que pertença a mesma profissão ou pelo Sindicato

Profissional.

c) o processo será arquivado ante a ausência do reclamante, que poderá

ajuizar novamente a demanda quando estiver em condições plenas de

saúde.

d) a lei processual trabalhista não prevê a hipótese de substituição de

empregado reclamante ausente, razão pela qual fica a critério do Juiz

adiar a audiência ou arquivar o processo.

e) a esposa, companheira ou algum parente até o terceiro grau poderão

representar o trabalhador ausente com amplos poderes para inclusive

prestar depoimento pelo reclamante.

5 - Q292823 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista

Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

A empresa Deuses do Olimpo Produções S/A foi citada para responder

reclamatória trabalhista que tramita pelo procedimento ordinário e

comparecer à audiência UNA (conciliação, instrução e julgamento),

designada trinta dias após a sua notificação. Entretanto, o representante

legal da empresa reclamada, por mero esquecimento, não compareceu à

audiência designada. O reclamante compareceu à audiência sem a

presença de seu advogado. O advogado da reclamada, presente em

audiência, pretendeu apresentar defesa oral. Nessa situação, com

fundamento na lei e em jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do

Trabalho – TST, o Juiz deverá

a) arquivar a reclamatória diante da ausência de uma das partes e do

advogado do reclamante, tendo em vista que este não pode atuar

pessoalmente na Justiça do Trabalho.

b) adiar a audiência para outra data possibilitando o comparecimento do

advogado do reclamante e do representante legal da reclamada.

c) permitir ao patrono da empresa a apresentação de defesa oral e adiar

a audiência para que o advogado do reclamante tome ciência da defesa e

apresente réplica nos autos.

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d) aplicar a revelia e consequente confissão quanto à matéria de fato à

reclamada ausente não permitindo que seu advogado apresente defesa

oral diante do motivo da ausência não ser relevante e prosseguir com o

processo sem adiar a audiência.

e) autorizar que o patrono da reclamada apresente defesa por escrito em

15 dias diretamente no protocolo da Secretaria da Vara e adiar a

audiência para nova data.

6 - Q280535 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )

Em relação à audiência, considere:

I. Aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação.

II. A audiência de julgamento será contínua, devendo ser concluída no

mesmo dia.

III. A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada

a ação em audiência, não importa arquivamento do processo.

IV. Pessoa jurídica de direito público não se sujeita à revelia.

V. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é

revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo

ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que

deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do

empregador ou do seu preposto no dia da audiência.

É entendimento pacificado pelo TST, o que se afirma APENAS em

a) III e IV.

b) II, IV e V.

c) I.

d) II e III.

e) I, III e V.

7 - Q289161 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;

Audiências; Procedimento ordinário e sumaríssimo; )

De acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência do TST,

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a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento

da parte à audiência.

b) pessoa jurídica de direito público não sujeita-se à revelia.

c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é

revel, salvo se presente seu advogado munido de procuração específica.

d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser

ilidida.

e) a revelia produz confissão na ação rescisória.

8 - Q263459 ( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área

Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )

Conforme previsão legal e jurisprudência sumulada do TST, em relação às

audiências trabalhistas é correto afirmar:

a) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada

a ação em audiência, importa arquivamento do processo.

b) Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro

ou pequeno empresário, o preposto em audiência deve ser

necessariamente empregado do reclamado.

c) Não se aplica a confissão à parte que, expressamente intimada com

aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na

qual deveria depor desde que esteja presente o seu advogado.

d) Aberta a audiência, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua

defesa oral ou apresentá-la por escrito e, em seguida, o juiz proporá a

conciliação.

e) Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, devendo o

juiz, exofficio, interrogar os litigantes, sob pena de nulidade, sendo que

findo o interrogatório não poderão os litigantes retirar-se, até o término

da instrução com a oitiva de testemunhas.

9 - Q262175 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do

Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Partes e

Procuradores; Audiências; )

É INCORRETO afirmar que

a) o preposto deve ser necessariamente empregado.

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b) nas ações plúrimas, os empregados poderão fazer- se representar pelo

sindicato da categoria profissional correspondente.

c) o não comparecimento do reclamante à audiência importa o

arquivamento da reclamação.

d) aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação.

e) a vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente

a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever

de conduzir o processo.

10 - Q249307 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do

Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Audiências; )

O Processo do Trabalho apresenta como traços identificadores a

oralidade, a concentração dos atos processuais e o aspecto conciliatório.

Em relação às propostas de conciliação no Processo do Trabalho, é correto

afirmar que

a) devem ser realizadas em dois momentos: após a abertura da

audiência, mas antes da apresentação da defesa; terminada a instrução

processual, após as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las.

b) somente podem ser realizadas após a oitiva das partes e quando do

encerramento da instrução processual, antes das razões finais.

c) estão vinculadas ao valor atribuído à causa, sendo portanto

obrigatórias apenas nas ações de alçada e de rito sumaríssimo.

d) devem ser realizadas após a apresentação da defesa e renovadas após

as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las.

e) não há obrigatoriedade na sua realização, constituindo-se assim em

faculdade do Juiz na direção do processo.

11 - Q113389 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após

contestada a ação em audiência,

a) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante

poderá ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente

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postuladas.

b) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante

poderá ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente

postuladas.

c) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante

poderá pedir o desarquivamento do processo e continuar com a

reclamação.

d) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação

já tinha sido contestada.

e) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à

matéria de fato.

12 - Q113390 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; )

Maria ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa DEDE. João,

proprietário da empresa, cientificado da respectiva reclamação, contratou

advogado na véspera da data designada para a realização da audiência,

em que será obedecido o procedimento ordinário. O advogado advertiu

João de que teria que apresentar defesa oral em razão da proximidade da

contratação. Neste caso, de acordo com a CLT, o advogado

a) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário

da respectiva reclamação trabalhista.

b) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para

aduzir sua defesa.

c) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para

aduzir sua defesa.

d) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal,

independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória.

e) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para

aduzir sua defesa.

13 - Q280536 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Resposta do Reclamado; )

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Na esfera da Justiça do Trabalho, é correto afirmar:

a) Nas causas de jurisdição da Justiça do Trabalho somente pode ser

oposta, com suspensão do feito, exceção de incompetência.

b) Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo,

quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no

entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão

final.

c) Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao

exceto, por 48 (quarenta e oito) horas improrrogáveis, devendo a decisão

ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir.

d) São motivos de suspeição do juiz: inimizade pessoal, amizade íntima,

parentesco por consanguinidade ou afinidade até o segundo grau civil.

e) Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará

audiência dentro de 24 (vinte e quatro) horas, para instrução e

julgamento da exceção.

14 - Q289153 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e

sumaríssimo; Resposta do Reclamado; )

De acordo com a CLT, nas causas de jurisdição da Justiça do Trabalho

somente podem ser opostas,

a) com suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de suspeição.

b) com suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de

incompetência.

c) sem suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de suspeição.

d) sem suspensão do feito, as exceções de incompetência ou de

suspeição.

e) com suspensão do feito, as exceções de incompetência ou de

suspeição.

15 - Q113383 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Resposta do Reclamado; )

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Considere:

I. Litispendência.

II. Conexão.

III. Exceção de incompetência relativa do juízo.

IV. Carência de Ação.

V. Exceção de suspeição.

NÃO deverão ser argüidas em contestação a objeções

indicadas APENAS em

a) III e V.

b) I, II e III.

c) II e III.

d) I, II e V.

e) IV e V.

16 - Q113386 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Resposta do Reclamado; )

De acordo com a CLT e o entendimento Sumulado do TST, a

compensação

a) não poderá ser argüida, em nenhum momento, em reclamações

trabalhistas.

b) poderá ser argüida em qualquer fase processual, inclusive após o

trânsito em julgado de sentença.

c) deverá ser argüida através de exceção.

d) só poderá ser argüida como matéria de defesa na contestação.

e) poderá ser argüida em qualquer fase processual até o trânsito em

julgado de sentença.

17 - Q207448 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Resposta do Reclamado; )

Numa reclamação trabalhista, o crédito do reclamado é superior ao do

reclamante. Nesse caso,

a) o reclamado só poderá apresentar reconvenção se a diferença for

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superior a um mês de salário do empregado e se tiver ocorrido rescisão

do contrato de trabalho.

b) o juiz pode determinar ao reclamante que devolva a diferença ao

reclamado, independentemente de reconvenção.

c) o reclamado só poderá pleitear seu crédito em ação própria, pois, no

processo trabalhista, não há reconvenção.

d) o reclamado pode apresentar reconvenção, se o crédito for oriundo da

relação de emprego e houver conexão.

e) o reclamado pode, em contestação, pedir a compensação dos créditos

e a devolução do que entende devido, sendo que o reclamante pode

apresentar reconvenção.

18 - Q241029 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista

Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Resposta do Reclamado; )

A empresa Margarida Confeitaria Ltda., em reclamação trabalhista em que

é ré, apresentou na audiência em sua defesa uma exceção. Em relação às

exceções no processo do trabalho é correto afirmar:

a) Apresentada exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao

exceto, por 48 (quarenta e oito) horas, que poderão ser prorrogadas por

igual prazo pelo Juiz, em caso de complexidade da matéria, devendo a

decisão ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir.

b) Apresentada exceção de suspeição, o juiz designará audiência dentro

de 05 (cinco) dias para instrução e julgamento da exceção.

c) Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido

na pessoa do juiz, não poderá alegar exceção de suspeição, salvo

sobrevindo novo motivo.

d) O juiz é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por

parentesco por consanguinidade ou afinidade até o quarto grau civil.

e) A exceção de suspeição será admitida ainda que o recusante procurou

de propósito o motivo de que ela se originou.

19 - Q111820 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista

Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

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Resposta do Reclamado; )

De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, apresentada a

exceção de incompetência

a) abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 horas prorrogáveis por

igual período.

b) abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 24 horas improrrogáveis.

c) abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 48 horas improrrogáveis.

d) abrir-se-á vista dos autos ao exceto, por 48 horas prorrogáveis por

igual período.

e) o juiz decidirá de plano, sem a manifestação da parte contrária que

será intimada da decisão.

20 – Q82555 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho /

Audiências; Resposta do Reclamado; )

Sobre a revelia, considere:

I. A ausência do reclamado em audiência, apesar de regularmente

intimado, configura revelia.

II. A revelia importa na confissão do reclamado quanto à matéria de fato.

III. Havendo revelia, mas ocorrendo, entretanto, motivo relevante,

poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência.

IV. A revelia pode ser aplicada tanto ao reclamante quanto ao reclamado.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e IV.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, III e IV.

21 - Q82552 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos,

Termos e Prazos; Dissídios Individuais; Resposta do Reclamado; )

A respeito do prazo para contestação no Processo do Trabalho, é correto

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afirmar que:

a) Inexiste prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista, devendo ser a ação contestada na audiência

inicial ou UNA.

b) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de dez dias a contar da citação do reclamado.

c) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de vinte dias a contar da citação do reclamado

quando este se tratar de órgão da Administração Pública.

d) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de dez dias a contar da audiência inicial ou

UNA.

e) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de vinte dias a contar da audiência inicial ou

UNA, quando se tratar o reclamado de órgão da Administração Pública.

22 - Q249306 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do

Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e

Prazos; Dissídios Individuais; )

Quanto à forma de reclamação e a notificação no dissídio individual

trabalhista pelo rito ordinário, conforme previsões contidas na CLT e em

súmulas da jurisprudência uniformizada do TST é correto afirmar:

a) Recebida e protocolada a reclamação, dentro de 5 dias será notificado o

reclamado para comparecer em audiência que será a primeira

desimpedida, depois de 48 horas.

b) Não é possível a acumulação num só processo de várias reclamações,

ainda que se trate de empregados da mesma empresa, sem a participação

da entidade sindical.

c) Diante da complexidade das matérias que podem ser discutidas no

processo trabalhista, com o advento das novas competências, como por

exemplo, as indenizações por danos morais e por acidente do trabalho e as

responsabilidades relativas à

terceirização de mão de obra, não mais se admite a reclamação trabalhista

verbal.

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d) Ao receber a petição inicial, a Secretaria da Vara, conforme expressa

previsão legal, deve enviar os autos imediatamente ao juiz para realização

do juízo de admissibilidade.

e) Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem; o

seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui

ônus de prova do destinatário.

23 - Q202046 ( Prova: FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Dissídios

Individuais; )

Carol ajuizou no início do ano de 2011 reclamação trabalhista em face de

sua ex-empregadora a empresa EFGH. A presente reclamação possui o

valor da causa de R$ 19.739,00. Tendo em vista que a audiência UNA foi

marcada para o dia 10 de Agosto de 2011, Carol enviou telegrama com

aviso de recebimento para suas três testemunhas convidando-as para

depor no dia e hora em que a audiência foi designada porém, nenhuma das

três testemunhas compareceu. Neste caso, de acordo com a Consolidação

das Leis do Trabalho, o M.M. juiz deverá

a) suspender o processo por vinte dias e marcar nova audiência para no

máximo 90 dias, porém Carol deverá levar as testemunhas nesta nova

audiência independentemente de intimação.

b) suspender o processo por quinze dias e marcar nova audiência para no

máximo 60 dias, porém Carol deverá levar as testemunhas nesta nova

audiência independentemente de intimação.

c) marcar nova data para a realização da audiência e deferir a intimação

das três testemunhas.

d) marcar nova data para a realização da audiência e deferir a intimação

de duas das três testemunhas, devendo Carol desistir do depoimento de

uma delas.

e) proferir sentença na mesma audiência uma vez que Carol possuía a

obrigação de levar as testemunhas independentemente de intimação.

24 - Q82552 ( Prova: FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico

Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos,

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Termos e Prazos; Dissídios Individuais; Resposta do Reclamado; )

A respeito do prazo para contestação no Processo do Trabalho, é correto

afirmar que:

a) Inexiste prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista, devendo ser a ação contestada na audiência inicial

ou UNA.

b) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de dez dias a contar da citação do reclamado.

c) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de vinte dias a contar da citação do reclamado

quando este se tratar de órgão da Administração Pública.

d) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de dez dias a contar da audiência inicial ou UNA.

e) O prazo para apresentar contestação na Secretaria da Vara na

Reclamação Trabalhista é de vinte dias a contar da audiência inicial ou

UNA, quando se tratar o reclamado de órgão da Administração Pública.

25 - Q4538 ( Prova: FCC - 2006 - TRT-4R - Técnico Judiciário - Área

Administrativa / Direito Processual do Trabalho / Atos, Termos e Prazos;

Dissídios Individuais; )

A citação do reclamado para comparecer à audiência e apresentar

contestação é feita

a) pelo Correio, com pelo menos 48 horas de antecedência.

b) pelo Correio, com pelo menos 5 dias de antecedência.

c) pelo Correio, com pelo menos 15 dias de antecedência.

d) pelo Diário Oficial ou jornal local de grande circulação.

e) exclusivamente por Oficial de Justiça.

26 - Q1114 ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área

Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Dissídios Individuais; )

Nos dissídios individuais,

a) após a apresentação das razões finais, é defeso ao juiz renovar a

proposta de conciliação, em razão do término da instrução.

b) não havendo acordo, o reclamado terá trinta minutos para aduzir sua

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defesa, após a leitura da reclamação, não podendo esta leitura ser

dispensada pelas partes.

c) terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo

não-excedente de dez minutos para cada uma.

d) o não-comparecimento do reclamante à audiência importa em confissão

quanto à matéria de fato.

e) é facultado ao empregador fazer-se substituir por preposto que tenha

conhecimento do fato, porém as declarações deste não obrigarão o

proponente.

27 - Q1075 ( Prova: FCC - 2006 - TRT-24R - Analista Judiciário - Área

Judiciária - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / Atos,

Termos e Prazos; Dissídios Individuais; Reclamação Trabalhista; )

De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, considere as seguintes

assertivas a respeito da forma de reclamação e de notificação nos dissídios

individuais:

I. Recebida e protocolada a reclamação, em regra, o escrivão ou secretário,

dentro de 15 dias, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao

reclamado, que será notificado posteriormente, para comparecer à

audiência do julgamento.

II. A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado

criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a

notificação por edital.

III. Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão

ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma

empresa ou estabelecimento.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I.

b) II.

c) I e II.

d) I e III.

e) II e III.

28 - Q289153 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do

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Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e

sumaríssimo; Resposta do Reclamado; )

De acordo com a CLT, nas causas de jurisdição da Justiça do Trabalho

somente podem ser opostas,

a) com suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de suspeição.

b) com suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de

incompetência.

c) sem suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de suspeição.

d) sem suspensão do feito, as exceções de incompetência ou de suspeição.

e) com suspensão do feito, as exceções de incompetência ou de suspeição.

29 - Q289161 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do

Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores;

Audiências; Procedimento ordinário e sumaríssimo; )

De acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência do TST,

a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento

da parte à audiência.

b) pessoa jurídica de direito público não sujeita-se à revelia.

c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é

revel, salvo se presente seu advogado munido de procuração específica.

d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser ilidida.

e) a revelia produz confissão na ação rescisória.

30 – Q213044 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista

Judiciário - Área Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Procedimento

ordinário e sumaríssimo; )

João moveu reclamação trabalhista em face da empresa Omega Industrial,

tendo atribuído à causa o valor total das verbas pleiteadas no importe de

R$ 3.000,00. Na audiência UNA designada a empresa reclamada não

compareceu, e o juiz verificou que a citação não fora realizada porque o

reclamante havia fornecido o endereço incorreto da reclamada,

absolutamente diverso daquele anotado em sua Carteira Profissional. De

acordo com a CLT, o juiz deve

a) aplicar a penalidade da revelia e confissão da reclamada.

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b) abrir prazo para que o reclamante informe o endereço correto da

reclamada, determinando a designação de nova audiência.

c) determinar o retorno do processo à secretaria da vara para tentativa de

localização da reclamada.

d) determinar a citação da reclamada por edital.

e) determinar o arquivamento da reclamação trabalhista e condenação do

reclamante ao pagamento de custas sobre o valor da causa.

31 - Q302231 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista

Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho /

Reclamação Trabalhista; ) A legislação processual do trabalho regulamenta

o trâmite de dissídios individuais, criando regras sobre a forma de

reclamação e a notificação do reclamado. Segundo tais normas, a

reclamação

a) recebida e protocolada será remetida a segunda via da petição ao

reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência

de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 48 horas.

b) será, preliminarmente, sujeita a distribuição nas localidades em que

houver apenas uma Vara do Trabalho.

c) poderá ser apresentada pelos empregados e empregadores,

pessoalmente, ou por seus representantes e pelos sindicatos de classe.

d) será feita por notificação via oficial de justiça, não sendo admitida a

notificação por edital nos processos que tramitam pelo rito ordinário.

e) poderá ser acumulada num só processo com outros, quando houver

identidade de matéria, desde que sejam empregados da mesma profissão e

região metropolitana.

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5. GABARITOS:

1. E 2. E 3. C 4. B 5. D 6. E

7. A 8. B 9. A 10. A 11. D 12. B

13. B 14. E 15. A 16. D 17. D 18. C

19. B 20. D 21. A 22. E 23. D 24. A

25. B 26. C 27. E 28. E 29. A 30. E

31. C

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Meus prezados alunos, chegamos ao término de nossa aula 04, na qual

analisamos os temas NOTIFICAÇÃO DO RECLAMADO, DEFESA DO

RECLAMADO E REVELIA. Todas as dúvidas podem ser tiradas por meio

do fórum, bem como pelo meu e-mail do Estratégia Concursos, qual seja:

[email protected] !

Até breve !

Forte abraço.

Tudo de bom. Sucesso!

BRUNO KLIPPEL

Vitória/ES

GRUPO – DICAS GRATUITAS PARA CONCURSOS PÚBLICOS NO

FACEBOOK: https://www.facebook.com/groups/525961127461808/

GRUPO – ESTUDOS PARA TRT NO FACEBOOK:

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