dimensionamento de treliças de madeira e ferro [hairon mazzucco zanini]
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7/28/2019 Dimensionamento de Trelias de Madeira e Ferro [Hairon Mazzucco Zanini]
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Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC -
como requisito parcial para obteno do Ttulo de Engenheiro Civil
DIMENSIONAMENTO E LEVAMENTO DE CUSTOS DE UMA
TRELIA DE MADEIRA EM COBERTURAS DE PAVILHESUTILIZANDO COMO PARMETRO UMA TRELIA METLICA
Hairon Mazzucco Zanini (1), Marcio Vito (2)
UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense(1)[email protected], (2)[email protected]
RESUMO
A madeira um material muito utilizado em nossa regio na confeco de estruturapara coberturas, principalmente por possuir elevada resistncia trao e acompresso paralela s fibras, com fcil obteno, tima agilidade na fabricao epor ser sustentvel. Com a finalidade de verificar a viabilidade econmica de umaestrutura de cobertura treliada em madeirado tipo Eucalipto Grandis tratado compreservante do tipo CCA, utilizando como parmetro uma trelia em ao ASTMMR250 composta de perfis do tipo U, foi efetuado o dimensionamento de forma aelaborar um comparativo dos custos de fabricao. As trelias foram dimensionadaspara um pavilho industrial, comumente utilizado em nossa regio, vo livre de 15m,espaadas a cada 5m. Foi adotado um dimetro de 15cm para o clculo da madeirae para o ao foi dimensionado um perfil atravs dos esforos de compresso e
trao. Os mesmos valores de sobrecarga, carga de vento, carga da telha einstalaes, foram utilizados para os dimensionamentos. Foi observado com ascargas obtidas e com os dimensionamentos realizados que o peso prprio dasestruturas irrelevante, mesmo o ao tendo um peso especfico 10 vezes maior quea madeira. No entanto analisando a quantidade de materiais utilizados, observamosos perfis adotados, na qual a madeira teve que utilizar uma seo transversal comrea de 213,82 cm, enquanto o ao utilizou apenas 19,90 cm de rea. Foramefetuados dois oramentos para cada material, em quatro empresas situadas naregio carbonfera do sul de Santa Catarina. Verificamos que a madeira, mesmoutilizando uma quantidade de material muito maior, ela continua mais viveleconomicamente em relao ao ao, sendo que a grande diferena verificada o
custo de fabricao. Os dados para clculo foram retirados das normas NBR7190/97, NBR 8800/08 e bibliografias referenciadas.
Palavras-chave: Ao; Madeira; Custos; Fabricao; Dimensionamento.
mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected] -
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1. INTRODUO
A madeira possui diversas propriedades que a tornam muito atraente frente a
outros materiais. Dentre essas, so comumente citados o baixo consumo de energia
para seu processamento, a alta resistncia trao e a compresso, as boas
caractersticas de isolamento trmico e eltrico, alm de ser um material muito fcil
de ser trabalhado manualmente ou por mquinas. (Gesualdo, 2003)
O aspecto, no entanto, que distingue a madeira dos demais materiais a
possibilidade de produo sustentada nas florestas nativas e plantada, e nas
modernas tcnicas empregadas nos reflorestamentos, que permitem alterar a
qualidade da matria-prima de acordo com o uso final desejado. (Calil Junior, 2003)
Para Pfeil (2003), O fato de a madeira ser o resultado do crescimento de um
ser vivo, implica em variaes das suas caractersticas em funo do meio ambiente
em que a rvore se desenvolve. A esta variabilidade acrescenta-se que a madeira
produzida por diferentes espcies de rvores, cada qual com caractersticas
anatmicas, fsicas e mecnicas prprias.
A madeira um material higroscpico, sendo que vrias de suas
propriedades so afetadas pelo teor de umidade presente, relata Pfeil (2003). Sua
natureza biolgica submete-a aos diversos mecanismos de deteriorao existentes
na natureza. A essas caractersticas negativas acrescenta-se sua susceptibilidade
ao fogo. Essas desvantagens da madeira podem ser eliminadas ou, ao
menos,minimizadas,bastando para tal o emprego de tecnologias j disponveis e de
uso consagrado nos pases desenvolvidos. (Gesualdo, 2003)Gesualdo (2003) afirma que o desconhecimento das propriedades da madeira
por muitos de seus usurios, so as maiores causas de desempenho insatisfatrio
da madeira frente a outros materiais.
comum se ouvir a frase arraigada na sociedade "a madeira um material
fraco". Isto revela um alto grau de desconhecimento, gerado pela prpria sociedade.
Em funo disto, no se pode tomar como exemplo a maioria das estruturas de
madeira j construdas sem projeto, pois podem fazer parte do rol de estruturas
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"contaminadas" pelo menosprezo madeira ou procedentes de maus projetos.(Gesualdo, 2003)
A madeira empregada na construo civil, de forma temporria, na
instalao do canteiro de obras, nos andaimes, nos escoramentos e nas frmas. De
forma definitiva, utilizada nas esquadrias, nas estruturas de cobertura, nos forros e
nos pisos. (Gesualdo, 2003)
O uso da madeira parece representar um imenso desastre ecolgico para o
leigo. No entanto, de acordo com SZCS (2005) esquecido que a madeira ummaterial renovvel e que durante a sua produo (crescimento) a rvore consome
impurezas da natureza, transformando-as em madeira. A no utilizao da rvore
depois de vencida sua vida til devolver natureza todas as impurezas nela
armazenada.
Outro ponto importante o qual no se deve esquecer jamais que a extrao
da rvore e o seu desdobro so um processo que envolve baixssimo consumo de
energia, alm de ser praticamente no poluente. (Gesualdo, 2003)
Segundo Gesualdo (2003) um dos fatores mais importantes refere-se
energia gasta para a produo do material escolhido para a construo. A Tabela 1
mostra uma comparao entre as energias gastas na produo de uma tonelada de
madeira, de ao e de concreto, conforme estudo realizado no Laboratrio Nacional
de Engenharia Civil de Lisboa (LNEC, 1976).
Tabela 1 Consumo de energia na produo de materiais
Fonte: (Gesualdo, 2003, pg2, tab1)
Frente como podemos aproveitar melhor este material biodegradvel, e
visivelmente mais sustentvel que o ao, ser dimensionado uma trelia de madeira
rolia de Eucalipto Grandis tratado e outra com ao perfil U laminado, para a
cobertura de um pavilho de tamanho padro em nossa regio, com vo livre de 15
m, espaadas a cada 5m, visando encontrar um oramento economicamente vivel.
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2. MATERIAIS E MTODOS
Sero dimensionadas duas trelias com cargas variveis iguais, referenciadas
bibliograficamente, influenciando somente o tipo de material a ser utilizado, nesse
artigo ao e madeira. Analisando os resultados obtidos, poderemos ento comparar
custos de fabricao, visando alcanar um oramento economicamente vivel.
2.1 CARACTERSTICAS DO PAVILHO
O pavilho tem Dimenses de 15m x 25m (Largura x Comprimento), com rea
total de 375m (Figura 1).
O perfil de ao ser definido aps os clculos dos esforos obtidos atravs do
software Ftool (Two-Dimensional Frame Analysis Tool) (PUC 2008).
Ser adotado um dimetro de 15cm para clculo do peso prprio da estrutura
da trelia de madeira.
A flambagem foi desconsiderada nos dimensionamentos.
Vo terico adotado de 15m para melhorar a apresentao dos clculos.
Telhado com inclinao de 12.
Utilizar telha metlica com carga 0,1kN/m, mais instalaes 0,2 kN/m, de
acordo com REBELLO (2006)
Figura 1 - Projeo da trelia e do pavilho para dimensionamento eoramento
Fonte: Autor
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2.2 CARACTERISTICAS DOS MATERIAS2.2.1 PROPRIEDADES MECNICAS DA MADEIRA
A espcie de madeira escolhida foi o Eucalyptus grandis, por se tratar de uma
espcie de grande disponibilidade e com caractersticas mecnicas boas. Essas
caractersticas foram retiradas da norma brasileira NBR 7190/97. Esses parmetros
so:
yp - peso especfica = 640kg/m = 6,4 kN/m
fc0 - resistncia compresso paralela s fibras = 40,3 MPaft0 - resistncia trao paralela s fibras = 70,2 MPaft90 - resistncia trao normal s fibras = 2,6 MPafv - resistncia ao cisalhamento =7,0 MPaEc0 - mdulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compresso paralelas fibras = 12813 Mpa
2.2.2 PROPRIEDADES MECNICAS DO AO
Suas propriedades mecnicas foram obtidas do item 4.6.10 da normabrasileira NBR 8800/08. Para efeito de clculo devem ser adotados os seguintes
valores, na faixa normal de temperaturas atmosfricas:
E = 205,000 MPa - mdulo de elasticidadea = 0,3 - coeficiente de Poisson = 12x10-6por C - coeficiente de dilatao trmicap = 77 kN/m - peso especfico
3. MEMORIAL DE CLCULO E MTODOS
De acordo com Gesualdo (2003) as cargas sobre uma trelia so
consideradas como atuantes sobre os ns superiores da estrutura. Usa-se o critrio
da faixa de influncia, conforme ilustrado na figura 2, para obter a carga atuante
sobre cada n. A faixa de influncia tomada como sendo a soma das duas
metades das distncias entre os dois ns vizinhos. Sobre cada um destes ns,
atuam todas as cargas provenientes do material existente na faixa de influncia(figura 3), cargas permanentes e cargas variveis.
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Figura 2 - rea de influncia dos ns da trelia
Fonte: Pfeil 2003
Figura 3 - rea de influncia vo entre pilares
Fonte: Pfeil 2003
3.1 DETERMINAO DAS CARGAS PARA A TRELIA DE AO
Cargas atuantes:
Carga permanente (g): peso prprio 0,15 kN/m, mais carga da telha metlica
0,1 kN/m, mais instalaes 0,2 kN/m, de acordo com REBELLO (2006).
Carga acidental (q): 0,5 kN/m foi retirada da NBR 6120/1980 (tab. 2).
Carga de vento dimensionada conforme norma NBR 6123/88.
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Combinaes so possibilidades de situaes que possam acontecer no dia adia da utilizao da edificao. A norma NBR 8681/84 requer no mnimo quatro
situaes, foi adotado em Fd1 peso prprio mais sobrecarga, em Fd2 peso prprio
mais sobrecarga mais ao do vento, Fd3 igual a Fd2 mas utilizando outros
coeficientes de aes, Fd4 peso prprio mais ao do vento.
Equao 1: Equao de combinaes
Sero utilizados para clculo Fd1 e Fd4, pois so as piores situaes.
Considerar somente a carga permanente majorada com coeficiente obtido da tabela
1.5 e 1.6 (PFEIL 2010), sem a carga de vento, pois causa suco.
Utilizando a carga Fd1, situao onde no h efeito do vento que ocasiona
suco na cobertura, agindo somente o peso prprio da estrutura e a sobrecarga,
ser dimensionada uma trelia para esta situao, na qual se encontra no pior
estado. Ser verificada a ao da combinao Fd4, onde o vento causa suco, se
for menor no haver necessidade de redimensionar por Fd4, e o perfil ser
dimensionado por Fd1.
Utilizao do conceito da rea de influncia para a combinao Fd1:
rea de influncia dos ns dos apoios:
rea de influncia dos ns do vo da trelia:
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Figura 4 - Esforos com a combinao Fd1
Fonte: Autor
Barra AC maior trao T = 206,7 kN Barra AU maior compresso C = 211,4 kN
O perfil ser dimensionado pelo esforo de compresso por ser o maior,
atendendo juntamente ao esforo de trao.
Figura 5 - Esforos com a combinao Fd4
Fonte: Autor
Barra AUmaior trao T = 168,2 kN Barra AC maior compresso C = 164,5 kN
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3.1.1 DIMENSIONAMENTO DA TRELIA DE AO PARA FD13.1.1.1 DIMENSIONAMENTO DO PERFIL UTILIZANDO O MAIOR ESFORO DE
TRAO
.Nd = 206,7kN
Rdt>Nd Perfil adotado para a trao U Laminado 6 152,4x15,6 kg/m
Ag= 19,90 cm AO ASTM MR250
3.1.1.2 DIMENSIONAMENTO DO PERFIL UTILIZANDO O MAIOR ESFORO DE
COMPRESSO
Nd = 211,4kNNd Ndr
(Tab A2.1 Norma NBR8800/08) /cm
3.1.1.3 PERFIL ADOTADO
Adotado Ao ASTM MR250 perfil U laminado 6 152,2x15,6kg/m (Tabela 2)
para toda a trelia, pois atender os esforos solicitados, dados para oramento:
Massa: 15,6 kg/m referente ao perfil
Material: 52,16 m comprimento total das barras da trelia
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3.1.2 DIMENSIONAMENTO DA TRELIA DE AO PARA FD4
Os valores dos esforos de Fd4 so menores que os valores de Fd1,
para as mesmas barras, logo o perfil dimensionado para Fd1 suportar os esforos
de suco causados pelo vento.
Tabela 2 Perfis de ao U laminados
Fonte: Catlogos de Barras e Perfis Gerdau
3.2 DETERMINAO DAS CARGAS PARA A TRELIA DE MADEIRA
Retiramos da tabela 9, do Livro de Estruturas de Madeira Walter Pfeil
(2003), as propriedades mecnicas do tipo de madeira Eucalipytus Grandis,
necessrias para dimensionamento.
Segundo a norma NBR 7190/97, as aes usuais que devem ser
consideradas em estruturas de madeira so: Carga permanente, cargas variveis(Vento e sobrecarga).
Para esse trabalho sero utilizadas as aes de carga permanente e cargas
variveis (vento e sobrecarga), visto que outros tipos aes no se enquadram na
situao em estudo.
Carga permanente: De acordo com o item 5.5.2 da NBR 7190/97, na
avaliao do peso prprio, admite-se que a madeira esteja na classe 1 de umidade
(12%). (Tab. 7 NBR 7190/97)Peso especfico madeira espcie Eucalyptus grandis= 640 kg/m = 6,4 kN/m
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A trelia possui 52,16 metros de comprimento linear de madeira utilizada, comseo circular (rolia) de dimetro adotado para clculo de 15 cm, obtemos:
Distribuindo a carga da trelia por metro pelo vo terico adotado de 15m,
obtemos 0,39kN/m.
Cargas atuantes:
Carga permanente (g): peso prprio da estrutura da madeira obtido atravs
do peso especfico (Pfeil 2003), mais a carga da telha metlica 0,1kN/m,
mais instalaes 0,2 kN/m de acordo com REBELLO (2006).
Carga acidental (q): 0,5 kN/m obtida da norma NBR 6120/80 (tab 2).
Carga de vento dimensionada conforme norma NBR 6123/88.
Multiplica-se pela rea de influncia, considerando 5 metros de vo entre
pilares, as cargas de vento, instalaes e telha, a carga permanente neste caso j
est distribuda pelo vo da trelia.
Utiliza-se para dimensionamento Fd1= 6,11 kN/m e Fd4= -5,66 kN/m pois so as
piores situaes.
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Figura 6 - Esforos para a combinao Fd1
Fonte: Autor
Barra AC maior trao T = 192 kN Barra AU maior compresso C = 196,3 kN
Figura 7 - Esforos para a combinao Fd4
Fonte: Autor
Barra AU maior trao T = 183,3 kN Barra AC maior compresso C = 179,3 kN
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3.2.1 PROPRIEDADES DA MADEIRA PARA CLCULO3.2.1.1 COEFICIENTE DE MODIFICAO (KMOD)
Equao 2: Coeficiente de modificao
Kmod=Kmod,1 x kmod,2x Kmod,3O coeficiente parcial de modificao Kmod,1, que leva em conta a classe de
carregamento e o tipo de material empregado, dado pela tabela 10 da NBR
7190/97.
Kmod,1= 0,6
O coeficiente Kmod,2 leva em considerao a classe de umidade e o tipo dematerial empregado, dado pela tabela 11 da NBR7190/97.
Kmod,2= 1,0O coeficiente Kmod,3 leva em conta se a madeira de primeira ou de segunda
categoria. Para se classificar como primeira categoria todas as peas estruturais
devem estar isentas de defeitos.
Kmod,3= 0,8Logo: Kmod = 0,6 x 1,0 x 0,8 = 0,48
3.2.1.2 COEFICIENTES DE PONDERAO DA RESISTNCIA PARA ESTADOS
LIMITES LTIMOS
O coeficiente de ponderao para estados limites ltimos decorrentes de
tenses de compresso paralela s fibras tem o valor bsico wc = 1,4
O coeficiente de ponderao para estados limites ltimo decorrentes de
tenses de trao paralela s fibras tem o valor bsico wt = 1,8
O coeficiente de ponderao para estados limites ltimo decorrentes detenses de cisalhamento paralelo s fibras tem o valor bsico wv = 1,8
3.2.1.3 ESTIMATIVA DA RIGIDEZ
De acordo com a NBR 7190/97, nas verificaes de segurana que
dependem da rigidez da madeira, o mdulo de elasticidade paralelamente s fibras
deve ser tomado como valor efetivo.
Equao 3: Mdulo de elasticidade efetivoEc0,ef= Kmod,1 x kmod,2 x Kmod,3 x Ec0,m
Ec0,ef= 0,6 x 1,0 x 0,8 x 12813 = 4920,192MPa =492,2 kN/cm
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3.2.1.4 VALORES DE CLCULOEquao 4: Valor de clculo da resistncia
Valores de tenso de resistncia ltima para cada esforo:
Compresso:
Trao: Cisalhamento: 3.2.2 CLCULO DA TENSO DE COMPRESSO PARA COMBINAO FD1
Maior barra comprimida: 196,3 kN
Comprimento da barra com maior carga: 153 cm Seo transversal circular adotada: 15 cm dimetro
rea= .R =176,7 cm (onde R=raio)
Para o clculo da seo circular utilizaremos o mtodo da rea quadrada igual
a rea circular.
Equao 5: rea quadrada igual rea circular
Equao 6: Dimetro
Verificao do ndice de esbeltez
Equao 7: Raio de girao
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Equao 8: Esbeltez atuante Aplica-se a equao 7 na equao 8.
Equao 9: Esbeltez
Conforme norma NBR 7190/97 as verificaes de esbeltez:
Neste mtodo de clculo adota-se a pior situao, pea Longa.
Equao 10: Tenso Admissvel Longa:
Aplica-se a equao 9 na equao 10.
Equao 11: Tenso admissvel longa
Equao 12: Verificao das tenses
Substitui o resultado da eq(12) na eq(6).
Equao 13: O Dimetro a um tero do topo
De acordo com a NBR 7190/97.
3.2.3 CLCULO DE TENSO DE TRAO PARA COMBINAO FD1
Maior carga tracionada: 192 kN
Maior comprimento: 150 cm Dimetro adotado: 15 cm (adotado para os clculos da compresso) A=176,7 cm
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O dimetro adotado para clculo foi de 15 cm, e conforme norma NBR
7190/97 o dimetro para execuo deve ser o dimensionado a um tero do topo, na
qual foi obtido 16,47 cm, adotando-se 16,5 cm para toda a trelia.
3.2.4 CLCULO DA TENSO DE COMPRESSO E TRAO PARA
COMBINAO FD4
Os valores dos esforos da combinao Fd4 so menores que os valores de
Fd1, para as mesmas barras, logo o dimetro adotado dimensionado para Fd1
suportar os esforos de suco causados pelo vento para a combinao Fd4.
4. COMPARATIVO DOS MATERIAISTabela 3 Cargas atuantes
Cargas Atuantes
Ao Madeira
Vento: 5,86 kN/m Vento: 5,86 kN/m
Carga g: 2,25 kN/m Carga g: 1,92 kN/m
Carga q: 2,5 kN/m Carga q: 2,5 kN/m
q = carga varivelg = carga permanente
Fonte: Autor
Tabela 4 Cargas e combinaesCargas e Combinaes
Ao Madeira
Fd1= 6,56 kN/m Fd1= 6,11 kN/m
Fd2= 1,75 kN/m Fd2= 1,30 kN/m
Fd3= -3,71 kN/m Fd3= -0,95 kN/m
Fd4= -5,21 kN/m Fd4= -5,66 kN/mFonte: Autor
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Tabela 5 Esforos para as combinaesMaiores Esforos nas Barras para a combinao Fd1
Ao Madeira
Barra Carga Comprimento Barra Carga Comprimento
AC 206,7 kN 1,50 m AC 192,0 kN 1,50 m
AU -211,4 kN 1,53 m AU -196,3 kN 1,53 m
Maiores Esforos nas Barras para a combinao Fd4
Ao Madeira
Barra Carga Comprimento Barra Carga Comprimento
AC -164,5 kN 1,50 m AC -179,3 kN 1,50 m
AU 168,2 kN 1,53 m AU 183,3 kN 1,53 mFonte: Autor
Tabela 6 PesoPeso Final das Trelias
Ao Madeira
Perfil Perfil
U Laminado 152,4x15,6kg/m Madeira Rolia d= 16,5 cm
Tamanho [m]= 52,16 Tamanho [m]= 52,16
Peso [kg]= 813,7 Peso [kg]= 713,79
Fonte: Autor
Tabela 7 Peso utilizando a rea dos perfisComparativo de peso dimensionado com peso especfico
Ao Madeira
U Laminado 152,2x15,6kg/m Madeira Rolia d= 16,5 cm
rea do perfil (m) 0,00199 rea do perfil (m) 0,02138
Peso Especfico (kg/m) 7700 Peso Especfico (kg/m) 640
Tamanho [m]= 52,16 Tamanho [m]= 52,16
Peso [kg]= 799,2 Peso [kg]= 713,7
Fonte: Autor
5. ANLISE DOS RESULTADOS
Observamos com as cargas obtidas e com os dimensionamentos realizados
que o peso prprio das estruturas irrelevante, mesmo o ao tendo um peso
especfico 10 vezes maior que a madeira, a quantidade de material utilizado
equivalente. A grande influncia custo de fabricao de cada material. Os mesmos
valores de sobrecarga, carga de vento, carga da telha e instalaes, foram utilizados
para os dimensionamentos, atendendo as solicitaes dos carregamentos, para
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poder verificar o que realmente difere-os. Os oramentos demonstraram a diferenana sua fabricao.
A quantidade de material, em peso, de cada trelia no levado em
considerao, mas analisando os valores das reas utilizadas para cada perfil,
observamos a diferena na qual a madeira, para atingir os mesmos valores de
resistncia aos esforos solicitados para o ao, teve que utilizar uma seo com
rea de 213,82 cm, enquanto o ao utilizou apenas 19,90 cm. Isso nos mostra a
grande diferena no peso especfico de cada material.Foram feitos dois oramentos para cada material, em quatro empresas
situadas na regio carbonfera do sul de Santa Catarina. Verificamos que a madeira,
mesmo utilizando uma quantidade de material muito maior, ela continua mais vivel
economicamente em relao ao ao.
5.1 ORAMENTOS
Referentes aos oramentos obtidos foram recebidos alguns que incluampartes da cobertura que no sero comparados neste trabalho, como telhas,
contraventamento, montagem, e outros.
Fabricantes:
Fabricante A VSR Equipamentos Industriais
Fabricante B Estrametal Construes LTDA.
Fabricante C Ind. e Com. De Madeiras Gonalves Esquadrias. Fabricante D Luppi Ind. E Com. de Madeiras Ltda
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como requisito parcial para obteno do Ttulo de Engenheiro Civil
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5.2 ANLISE DOS ORAMENTOSTabela 8 Comparativo dos custos
Valores dos fabricantes por unidade (6 unidades utilizadas na cobertura)
Ao Madeira
Empresa: Descrio: Unitrio Total Empresa: Descrio: Unitrio Total
A
Trelia 15,6kg/m R$ 5.286,00 R$ 31.720,00
C
Trelia 52,16m R$ 954,00 R$ 5.724,00
Peso (kg) 813,7 Peso (kg) 713,7
Preo por kg R$ 6,50 Preo por kg R$ 1,34
B
Trelia 15,6kg/m R$ 4.765,00 R$ 28.590,00
D
Trelia 52,16m R$ 1.192,50 R$ 7.155,00
Peso (kg) 813,7 Peso (kg) 713,7
Preo por kg R$ 5,86 Preo por kg R$ 1,67Fonte: Autor
Figura 8 - Grfico de Custos
Fonte: Autor
R$ 0,00
R$ 1.000,00
R$ 2.000,00
R$ 3.000,00
R$ 4.000,00R$ 5.000,00
R$ 6.000,00
Valoresemr
ea
is
Valores dos fabricantes por unidade
A R$ 5.286,00
B R$ 4.765,00
C R$ 954,00
D R$ 1.192,50
CUSTOS PARA UMA UNIDADE
-
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Figura 9 - Grfico de Custos em Porcentagem
Fonte: Autor
Figura 10 - Grfico de Economia em Porcentagem
Fonte: Autor
0%
10%
20%
30%40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Porcentagem(
%)
Custo em Porcentagem
Ao 100%
Madeira 21,36%
CUSTOS EM PORCENTAGEM
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
70,00%
80,00%
Porcentagem(%)
Custo em Porcentagem
Economia 78,64%
ECONOMIA EM PORCENTAGEM
-
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6. CONCLUSO
Conclumos atravs dos resultados obtidos que o ao pode ser substitudo
pela madeira nesse tipo de estrutura, pois atendeu aos mesmos esforos de
resistncia mecnica solicitados, e tornando a estrutura 80% mais econmica.
-
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7. REFERNCIAS
ASSOSIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6120 Foras
devidas ao vento em edificaes. Rio de Janeiro, 1980
ASSOSIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6123 Foras
devidas ao vento em edificaes. Rio de Janeiro, 1988
ASSOSIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 7190 Projeto de
estruturas de madeira. Rio de Janeiro, 1997ASSOSIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 8800 Projeto de
estruturas de ao e de estruturas mistas de ao e concreto de edifcios. Rio de
Janeiro, 2008
CALIL JR., C.; ROCCO LAHR, F. A.; DIAS, A. A. Dimensionamento de elementos
estruturais de madeira. 1 ed. Barueri: Editora Manole Ltda, 2003.
FTOOL (Two-Dimensional Frame Analysis Tool) Pontifical Catholic University of Riode Janeiro PUC 2008.
GESUALDO, F.A.R. Estruturas de madeira Notas de aula. Universidade Federalde Uberlndia, 2003. 98p.
Laboratrio Nacional de Engenharia Civil de Lisboa (LNEC, 1976).
PFEIL, Walter; PFEIL, Michele. Estruturas de madeira. 6. ed. Rio de Janeiro, Rio
de Janeiro: LTC. 2003.
PFEIL, Walter; PFEIL, Michele. Estruturas de ao: dimensionamento prtico. 7.
ed Rio de Janeiro: LTC, 2010.
REBELLO, Yopanan Conrado Pereira Livro CURSO DE DIMENSIONAMENTO DEAO. (2006).
SZCS, Carlos Alberto.TEREZO, Rodrigo Figueiredo. DO VALLE, ngela. De
Moraes, Poliana Dias. Estruturas de madeira Apostila de estruturas de madeira.
Universidade Federal de Santa Catarina, 2005. 146p.