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LIVROS DE LITERATURA + PRINCIPAIS GÊNEROS ESTUDADOS EM LÍNGUA PORTUGUESA DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º AO 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II

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Page 1: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

LIVROS DE LITERATURA+PRINCIPAIS GÊNEROS ESTUDADOS EM LÍNGUA PORTUGUESA

DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO

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Page 2: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

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6º ANO gênero: cONtO pOpulArsumário

• Histórias de Ananse pág. 4

• os espelhos de Ana Clara pág. 5

• sem rumo na selva pág. 6

• Histórias dos maori, um povo da oceania pág. 7

• uma armadilha para ifigênia pág. 8

• Ariadne contra o minotauro pág. 9

• As aventuras de max e seu olho submarino pág. 10

• A coisa perdida pág. 11

• Dá pra acreditar? pág. 12

• Prezado ronaldo pág. 13

• A bruxa de abril e outros contos pág. 14

• os títeres de porrete e outras peças pág. 15

• o almirante louco e outros poemas pág. 16

• As roupas do rei seguidas de inventa-desinventa pág. 17

• o flautista de Hamelin pág. 18

• 7 X 7 Contos crus pág. 19

• Navios negreiros pág. 20

• Leituras de escritor – Ana maria machado pág. 21

• imagens que contam o mundo pág. 22

• Leituras de escritor – moacyr scliar pág. 23

• Conheça o Guia de Leitura pág. 24

ApresentAção

INfORMAçõES GERAIS SOBRE O CATáLOGO

A fim de auxiliar o trabalho do professor e oferecer ferramentas

que possam potencializar a ação docente, a edições sM

disponibiliza este catálogo, no qual são apresentadas 20 obras

e indicações de atividades de leitura, pautadas pela interlocução,

para cada uma delas.

A seleção de títulos considerou a variedade de gêneros, de

autores, de temas e de complexidade apresentada nas obras.

Foram escolhidos textos significativos da literatura clássica e

contemporânea, de nacionalidades diversas. Considerando a

abordagem por meio dos gêneros discursivos, as indicações de

leitura aqui presentes são organizadas alinhando o estudo do

gênero textual e o desenvolvimento de habilidades leitoras,

sobretudo as relacionadas ao texto literário.

para cada obra são apresentadas informações bibliográficas,

indicando autoria, quantidade de páginas, ano de publicação

e temas abordados. em seguida, há uma breve explicação

relacionada ao gênero de texto a que pertence a obra, visando

contextualizar o professor em relação às possibilidades de

abordagem do livro.

na sequência, há sugestões de atividades a ser desenvolvidas

durante e após a leitura. em alguns casos, também são

apresentadas possibilidades de trabalho antes da leitura. As

atividades sugeridas são pautadas no desenvolvimento de

habilidades que abarquem os campos conceitual, procedimental

e atitudinal. Assim, consideramos que o trabalho com leitura

proposto para as diferentes obras contempla as seguintes

dimensões do ensino: o que é preciso saber, o saber fazer, e o ser.

para vários títulos, há indicação de atuação interdisciplinar em

relação ao conteúdo e/ou à forma composicional presentes no livro.

Dessa maneira, acreditamos ser possível contribuir para o

desenvolvimento do trabalho com leitura, disponibilizando sugestões

e estratégias pedagógicas para a efetivação das diferentes etapas

do processo de construção de significado. É preciso destacar que ao

longo de todas as indicações de títulos e atividades há um enfoque na

discussão e no desenvolvimento de valores, de modo a contribuir para

uma convivência mais solidária e harmoniosa.

ABORDAGEM POR MEIO DE GÊNEROS TExTUAIS E DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES LEITORAS

o domínio da linguagem é hoje condição para a produção

e o acesso ao conhecimento. o mundo contemporâneo exige a

formação de leitores críticos, capazes de perceber relações entre

textos lidos, de identificar ideias e valores, posicionar-se sobre

eles, agir e perceber situações de intertextualidade. o estudo da

linguagem – materializada em textos – possibilita uma ampliação

de competências e habilidades envolvidas no uso da palavra e

forma indivíduos capazes de utilizar o discurso nas mais diferentes

situações de comunicação. nesse contexto, é fundamental

observar as exigências sociais em torno da leitura e, de alguma

maneira, incorporá-las ao processo educacional, de ensino e de

aprendizagem.

Considerando a concepção do ensino de Língua portuguesa em

uma dimensão discursiva e o que essa concepção pressupõe em relação

ao estudo dos textos, a opção metodológica do trabalho de Língua

portuguesa – aqui, em específico, no eixo leitura – é a dos gêneros do

discurso, ressaltando que a significação não está na palavra nem no

falante, mas que ela é produto da interação entre os interlocutores e do

contexto em que atuam.

os estudos gramaticais também estão inseridos nessa abordagem

discursiva, uma vez entendido que a língua é um sistema semiótico,

portanto de escolhas. Assim, o processo de observação e análise do

léxico ou a estruturação sintática de um texto, por exemplo, podem nos

dar pistas sobre a intenção enunciativa.

Considerando todas essas abordagens, o trabalho com leitura

proposto no catálogo objetiva o desenvolvimento de diferentes

habilidades leitoras, abarcando a análise de elementos estruturais

e linguísticos presentes nos textos, além de questões relacionadas

ao conteúdo temático. trabalhar as diferentes possibilidades de ler

um texto, considerando as características linguísticas, estilísticas e

temáticas, é uma das maneiras de redimensionar as práticas de leitura

escolares, tornando-as mais significativas.

Conheça todos os nossos títulos de literatura & informativos no site www.edicoessm.com.br ou fale com o nosso representante na sua região.

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INFANTIL E JUVENIL

LITERATURA & INFORMATIVOS

2015

9788515891719

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Page 3: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

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6º ANO gênero: cONtO pOpulAr

6º ANO gênero: pOemA

6º ANO gênero: pOemA

históriAs dE ANANsEADwOA BADOE

TRADUçãO MARCELO PEN

ILUSTRAçõES BABá wAGUé DIAkITé

96 PáGINAS

ISBN 978-85-7675-135-9

TEMAS áfriCA oCiDeNtAL • trADição orAL • HistóriA

2006

sinopse Bem-humoradas e repletas de ensinamentos, as histórias de Ananse, transmitidas oralmente e muito populares em Gana, falam de costumes, tradição, ética e respeito, mantendo-se vivas na memória do povo há muito tempo. Ananse é uma aranha que se comporta como gente. Às vezes ele se dá bem, às vezes arranja confusão...

Os EspElhOs dE ANA clArAmErcEdEs cAlvO

TRADUçãO fABIO wEINTRAUB

ILUSTRAçõES fERNANDO VILELA

48 PáGINAS

ISBN 978-85-60820-87-0

TEMAS fANtAsiA • memóriA • muNDo PArALeLo

2011

sinopse Quem anda por dentro do espelho reinventa o tempo, encontra doces fantasmas, entoa canções de vento, dorme em regaços de lua, joga amarelinha e sonha na companhia de sapos e sinos, fadas e cavalos. num caleidoscópio de palavras, a realidade e a fantasia trocam sinais nesta obra premiada.

cArActerísticAs dO gêNerOos textos do gênero conto popular caracterizam-se como produções coletivas, conservadas na memória e na tradição oral de

um povo. Além disso, revelam a visão de mundo, os valores e o imaginário de um povo. também são características dos contos populares a presença de seres com poderes sobrenaturais, crendices, feitiços e encantos. As palavras e expressões presentes nos textos desse gênero costumam auxiliar a caracterização dos espaços da narrativa e podem representar parte da cultura do povo retratado. também é comum em contos populares a utilização de marcadores temporais que não indicam com exatidão quando ocorreram os fatos.

Ao longo das atividades de análise e interpretação leitura de Histórias de Ananse, podem ser exploradas essas características do gênero conto popular como um conteúdo conceitual relativo à leitura. Conteúdos procedimentais e atitudinais relacionados ao gênero e aos textos que compõem o livro também podem ser desenvolvidos durante o trabalho com o livro.

cArActerísticAs dO gêNerOos textos do gênero poema costumam apresentar linguagem figurada e são caracterizados pelo uso de palavras em sentido

metafórico e/ou pelo uso de diferentes figuras de linguagem, como personificação, antítese, hipérbole, comparação, aliteração e assonância, entre outros. o ritmo, as rimas e a seleção lexical constituem fatores importantes para a construção de efeitos de sentido pretendidos pelo enunciador. Ao longo da leitura de Os espelhos de Ana Clara, podem ser exploradas características do gênero poema como um conteúdo conceitual relacionado à leitura e produção textual. Conteúdos procedimentais relacionados a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais relativos ao conteúdo dos poemas também podem ser desenvolvidos durante o trabalho com o livro.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA Uma possibilidade de trabalho para o desenvolvimento de conteúdos conceituais é solicitar aos alunos, durante a

leitura dos contos, a observação e o registro, no caderno, de características do gênero, considerando aspectos relacionados ao contexto de produção e à visão de mundo expressa nos contos; a linguagem utilizada nos textos; a caracterização dos personagens e do espaço; e os marcadores temporais. esse levantamento de características objetiva o desenvolvimento de habilidades leitoras, nas quais o texto é analisado a partir das marcas linguísticas presentes. para desenvolver essa análise, é necessário o desenvolvimento de conteúdos procedimentais, como selecionar informações e relacionar conceitos a situações de uso. Ao longo da leitura, também é possível desenvolver o trabalho com conteúdos atitudinais, de modo que os alunos observem a diversidade cultural representada nos contos e valorizem a tradição oral e os saberes transmitidos de geração para geração, características essas inerentes ao próprio gênero textual em estudo.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA para desenvolver o estudo de conteúdos conceituais, é possível solicitar aos alunos, durante a leitura dos poemas,

que observem a estrutura dos poemas e os recursos linguísticos utilizados para criar determinados efeitos de sentido. em seguida, pode-se requisitar que selecionem e listem as estruturas textuais nas quais os poemas foram organizados e alguns dos recursos linguísticos, com os respectivos efeitos de sentido produzidos. Depois, peça aos alunos que desenvolvam uma produção escrita, sintetizando as observações listadas.

na etapa seguinte, realizada em duplas ou trios, orientá-los a produzir um poema que faça uso de uma das estruturas textuais observadas ao longo da leitura dos poemas de Os espelhos de Ana Clara, bem como de alguns dos recursos linguísticos observados.

A fim de contextualizar o processo de produção de texto, é importante incentivar os alunos a selecionar um tema para ser tratado no poema, por exemplo: “o dia a dia na escola”, “amigos e brincadeiras”, “histórias de assombrar”, “realidade e fantasia”, entre outros. Finalizada a produção, os textos devem ser entregues ao(a) professor(a), de forma que possa ser realizada a correção e as indicações de refacção, se houver necessidade.

Ao final, sugere-se propor uma roda de leitura na qual as duplas apresentem, oralmente, as produções realizadas.Ao longo do trabalho de análise de poemas, identificação de recursos linguísticos, seleção de tema e produção de

poema, estarão sendo contemplados diferentes conteúdos procedimentais, como selecionar informações, relacionar conceitos a situações de uso, comparar informações, selecionar dados, definir tema para produção e selecionar estrutura textual para elaboração do poema. Ao produzir o texto em dupla e ao compartilhar o poema na roda de leitura, conteúdos atitudinais serão desenvolvidos, como: partilhar informações com a dupla de trabalho, posicionar-se durante a tomada de decisões da dupla e respeitar a fala do outro.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArUma abordagem interdisciplinar possível de Histórias de Ananse relaciona-se ao contexto de produção dos contos.

Uma sugestão é apresentar aos alunos um mapa do continente africano, destacando o país em que nasceu a autora do livro: Gana. A partir dessa apresentação, pode-se pedir aos alunos que pesquisem informações geográficas, econômicas, culturais, sociais e históricas sobre esse país, além de algumas histórias tradicionais desse povo. Após a pesquisa, pode-se solicitar a socialização dos contos pesquisados e então relacioná-los aos contos presentes em Histórias de Ananse. também é possível solicitar aos alunos que observem se as características geográficas, econômicas, culturais, sociais e históricas pesquisadas têm relação com os temas abordados nos contos, tanto naqueles pesquisados como nos lidos em Histórias de Ananse.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArAo longo da leitura dos poemas presentes no livro, pode-se realizar uma atividade de leitura de imagens

interdisciplinar com Arte, na qual os alunos relacionem as ilustrações ao conteúdo presente nos poemas. Juntamente ao processo de produção textual, os alunos podem ser orientados a produzir ilustrações para os poemas, de modo que, na roda de leitura, apresentem o poema e respectiva ilustração.

Page 4: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

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6º ANO gênero: leNdA

6º ANO gênero: rOmANce de AveNturA

sEm rumO NA sElvA MONIqUE ZEPEDA

TRADUçãO MARCOS BAGNO

ILUSTRAçõES DE CAPA APO fOUSEk

128 PáGINAS

ISBN 978-85-7675-866-2

TEMAS ADoLesCêNCiA • CoNvivêNCiA Com A DiversiDADe • Primeiro Amor

2012

sinopse Há tempos nicolás prefere ficar trancado em seu quarto, ouvindo música a todo volume, com seus pôsteres, seu video game, suas manias. Abandonado pelo pai, recebe da mãe aventureira, que ele acha cafona, a “proposta” de passar as férias em uma viagem à selva mexicana. Um verdadeiro “programa de índio”, imagina o garoto. Quem diria que ali, no coração da mata, ele encontraria, ao mesmo tempo, a onça-pintada e um grande amor?

históriAs dOs mAOri, um pOvO dA OcEANiA CLAIRE MERLEAU-PONTy E CéCILE MOZZICONACCI

TRADUçãO MARCOS BAGNO

ILUSTRAçõES JOELLE JOLIVET

80 PáGINAS

ISBN 978-85-60820-16-0

TEMAS CuLturA orAL • PLurALiDADe CuLturAL • meio AmbieNte

2007

sinopse originários da polinésia, os Maori chegaram à nova Zelândia, oceania, a última região da terra a ser ocupada, por volta do século IX. Corajosos e destemidos, são conhecidos pelas tatuagens feitas no rosto dos chefes tribais, chamadas de moko. neste livro, o leitor vai conhecer lendas que falam de deuses valentes e brincalhões, unhas de fogo e mandíbulas mágicas, e um pouco mais da Aotearoa, a “terra da grande nuvem branca”, como os Maori chamam a nova Zelândia.

cArActerísticAs dO gêNerOos textos do gênero romance de aventura apresentam ações extraordinárias de personagens fictícias diante de grandes

desafios e perigos. essas ações nem sempre são possíveis no mundo real, porém representam o desejo do ser humano de superar seus limites. o modo de as personagens enfrentarem as novas situações e perigos que surgem transforma-se com a passagem do tempo e com as novas descobertas. os romances de aventura costumam ser estruturados em situação inicial, complicação, desfecho e situação final, apresentando ao longo da trama um protagonista e um antagonista, além das personagens secundárias. textos desse gênero procuram envolver emocionalmente o leitor com as situações de perigo enfrentadas pelas personagens, sendo que a linguagem e o cenário contribuem para a criação de emoção e suspense no texto. Ao longo da leitura de Sem rumo na selva, podem ser exploradas características do gênero romance de aventura como um conteúdo conceitual relacionado à leitura e interpretação textual. Conteúdos procedimentais relacionados a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais relativos ao conteúdo da narrativa também podem ser desenvolvidos durante o trabalho com o livro.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA o desenvolvimento de conteúdos conceituais pode ser realizado por intermédio da identificação, ao longo

da narrativa, dos elementos que costumam compor esse gênero textual, como a presença de ações incomuns; a transformação das personagens ao longo da narrativa; aspectos da linguagem presentes no texto (como adjetivação e uso de verbos de ação); entre outros. também pode-se explorar a identificação da estrutura textual por meio da localização da situação inicial, da complicação, do desfecho e da situação final. para organizar esse levantamento de dados, pode-se solicitar que os alunos elaborem uma ficha de leitura contendo as informações relacionadas aos elementos e à estrutura presentes no livro. Como conteúdo procedimental, é possível orientar os alunos a pesquisar sobre a caracterização geográfica e a biodiversidade mexicana, de forma a conhecer o contexto em que a narrativa ocorre. A partir da pesquisa, pode-se pedir que os alunos relacionem as informações encontradas ao contexto apresentado no livro Sem rumo na selva. em relação aos conteúdos atitudinais, pode-se solicitar aos alunos a observação sobre como a atitude das personagens vai se transformando ao longo da história e como essas mudanças contribuem – ou não – para o êxito das ações. relacionando os aspectos da pesquisa ao conteúdo do livro, os alunos, em grupo, podem preparar uma apresentação oral sobre a compreensão da obra. essa apresentação deve contemplar um aspecto da estrutura e/ou dos elementos do gênero narrativa de aventura observados na obra. para dimensionar o tempo das apresentações, pode-se requisitar que cada grupo apresente um dos elementos e/ou um dos estágios da estrutura da narrativa de aventura.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArComo a história se passa no México, é possível explorar aspectos geográficos do país em que a narrativa ocorre,

conforme indicado no item anterior. esse tipo de abordagem pode ser feita em conjunto com a disciplina de Geografia.

cArActerísticAs dO gêNerOAs lendas têm origem nas narrativas orais e refletem o imaginário de um povo: traduzem crendices, valores, tradições e

buscam explicar o mundo ao seu redor. têm sempre um fundo histórico e, transmitidas de geração para geração, acabam, muitas delas, por ter um registro escrito. textos desse gênero narram acontecimentos que se passaram em um tempo remoto e em um espaço marcado pela natureza. nessas histórias, fatos reais e históricos se misturam com fatos irreais, produtos da imaginação. As lendas são narradas em terceira pessoa, de forma a representar a voz de toda a comunidade. É importante considerar que as lendas dos diversos povos possibilitam compreender aspectos culturais específicos, tais como a organização da vida cotidiana, os sistemas de crenças e rituais que acompanham momentos da vida de uma comunidade. na abordagem de Histórias dos Maori, um povo da Oceania, podem ser exploradas características do gênero lenda como um conteúdo conceitual relativo à leitura. Conteúdos procedimentais e atitudinais relacionados ao gênero e aos textos que compõem o livro podem ser desenvolvidos durante a leitura.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA Antes da leitura, solicitar aos alunos uma pesquisa sobre a nova Zelândia: sua localização geográfica, tradições culturais,

língua, entre outros elementos. Durante a leitura das lendas, pedir que observem e registrem, no caderno, os aspectos relacionados à vida cotidiana, aos hábitos culturais e às crenças desse povo apresentadas em cada uma das lendas. para sistematizar as informações relacionadas aos textos, é interessante requisitar aos alunos que registrem os elementos que compõem a narrativa (foco narrativo – espaço – tempo – personagens). em seguida, separar os estudantes em grupos e solicitar que partilhem os registros, observando as diferenças e semelhanças entre as observações realizadas por eles e verificando quais são as mais adequadas aos textos lidos. nesse momento, pedir que relacionem as informações obtidas às características do gênero lenda. Ao longo dessa etapa de trabalho, é importante que o(a) professor(a) faça a mediação, reorientando as análises quando necessário. Depois, pedir que os alunos compartilhem as impressões que tiveram durante a leitura das lendas e socializem as informações discutidas em grupo. objetivando aproximar o estudo do gênero ao contexto contemporâneo, pedir que conversem com os pais, avós e conhecidos e verifiquem se conhecem lendas, fazendo o registro das lendas contadas e, em sala, posteriormente, partilhando as histórias. para tornar a atividade mais atrativa, pode-se propor que essa partilha seja feita na biblioteca da escola, em uma sala de leitura, ou em algum outro espaço externo à sala de aula. para finalizar a atividade, conversar com a sala sobre a importância das lendas para a valorização de uma cultura, de um povo. A análise e identificação dos elementos da narrativa constituem uma abordagem conceitual dos conteúdos. no desenvolvimento da análise, contemplam-se conteúdos procedimentais, como selecionar informações e relacionar informações a conceitos. Ao longo da leitura, também é possível desenvolver o trabalho com conteúdos atitudinais, de modo que os alunos observem a diversidade cultural representada nas lendas e valorizem a tradição oral e os saberes transmitidos de geração para geração.

pOssibilidAdEs dE AbOrdAgEm iNtErdiscipliNArpara fundamentar o estudo das lendas presentes no livro, pode-se estabelecer uma parceria com as disciplinas de

Geografia e História, para que sejam abordados aspectos culturais, históricos e geográficos da nova Zelândia.

Page 5: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

98

6º ANO gênero: mitO

6º ANO gênero: mitO

umA ArmAdilhA pArA ifigêNiA EVELyNEBRISOU-PELLEN

TRADUçãO ELIANE JOVER

ILUSTRAçãO DE CAPA ODILON DE MORAES

112 PáGINAS

ISBN 978-85-7675-149-6

TEMAS mitoLoGiA CLássiCA • Amor • HoNrA • Devoção

2006

sinopse só o sacrifício de uma jovem poderá aplacar a ira de Ártemis, que mantém a esquadra grega presa à ilha de Áulis. A escolhida é Ifigênia, filha mais nova do comandante Agamêmnon. Dividido entre o amor de pai e o bem comum, Agamêmnon escreve à jovem em Micenas, chamando-a para Áulis sob o pretexto de casá-la. Uma vez na ilha, Ifigênia descobre o triste destino que a espera: seu sonho de núpcias desfeito em sangue.

AriAdNE cONtrA O miNOtAurO MARIE-ODILE HARTMANN

TRADUçãO VERôNICA STIGGER

ILUSTRAçãO DE CAPA ODILON MORAES

144 PáGINAS

ISBN 978-85-7675-148-9

TEMAS mitoLoGiA CLássiCA • viNGANçA • JustiçA • revoLtA • Amor

2006

sinopse Ariadne, filha caçula do rei Minos, descobre que o monstro encarcerado por seu pai no Labirinto de Creta é seu meio-irmão. A ele são oferecidos em sacrifício, a cada nove anos, sete moças e sete rapazes gregos. Desta vez, no grupo das vítimas está o príncipe teseu, por quem Ariadne se apaixona. ela decide salvar o estrangeiro, desafiando abertamente sua família e as leis locais.

cArActerísticAs dO gêNerOMitos são narrativas nascidas na tradição oral que explicam a origem e o destino da humanidade, os fenômenos da natureza,

a morte e os sentimentos. As personagens míticas podem representar exemplos de caráter, superação e perfeição moral e os aspectos simbólicos relativos ao comportamento desses heróis míticos possibilitam a reflexão sobre valores e referências culturais que estão na base da civilização ocidental, defrontando o público juvenil com questões fundamentais sobre a vida em sociedade, as relações familiares, as escolhas pessoais e os impasses éticos. em relação aos elementos narrativos, o espaço nas histórias míticas é caracterizado como sagrado, opondo-se ao habitado por seres humanos; o tempo está relacionado às origens, e os fatos relatados, muitas vezes, são separados por intervalos extensos de tempo. Ao longo do trabalho com Uma armadilha para Ifigênia, podem ser exploradas características do gênero narrativa mítica como um conteúdo conceitual relacionado à leitura e à interpretação textual. Conteúdos procedimentais relacionados a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais relativos à trama narrativa e a atualidade dos mitos também podem ser desenvolvidos durante a leitura do livro.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA para apresentar o livro aos alunos, é interessante explicar a origem da narrativa presente na obra: a versão mais

conhecida do mito Ifigênia é a peça teatral de eurípides (480-406 a.C). o texto do dramaturgo serviu como base para a versão romanceada, adaptada por evelyne Brisou-pellen. nesse momento, abordar algumas características do texto original (presença do coro, fala dos personagens, sem distanciamento do narrador), verificando como a versão romanceada difere do texto para ser encenado. Após essa contextualização, solicitar aos alunos que, durante a leitura, observem alguns aspectos presentes na obra que possibilitem visualizar a civilização grega na Antiguidade: o modo de organização das comunidades; a divisão hierárquica; a importância do estado e da religião; como as pessoas se vestiam; como o exército se identificava; entre outros. solicitar também a observação e o registro de aspectos relacionados à trama: personagens, espaço em que a história ocorre, duração dos fatos, conflito apresentado, desdobramentos e desfecho. Após a leitura, conversar com os alunos sobre os aspectos observados na trama, reorientando o processo analítico, de acordo com as necessidades da turma. em seguida, propor aos alunos e orientá-los a realizar um júri simulado, considerando a ação e o contexto das personagens: um dos réus pode ser Helena, Agamêmnon ou a deusa Ártemis. Um grupo de alunos organizará argumentos para defender os réus e outro grupo para acusar. Um terceiro grupo será o júri, que analisará os argumentos e dará um veredito. Ao final, refletir com a classe a atualidade dos fatos presentes na narrativa mítica e a importância de uma argumentação fundamentada ao se realizar debates e defender pontos de vista. A análise e identificação dos elementos da narrativa constituem uma abordagem conceitual dos conteúdos. para desenvolver a análise, contemplam-se conteúdos procedimentais, como selecionar informações e relacionar informações a conceitos. Conteúdos atitudinais são contemplados na atividade de júri simulado e na reflexão proposta como conclusão do trabalho.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArpara fundamentar o estudo sobre o contexto da Antiguidade clássica, pode-se estabelecer uma parceria com a

disciplina de História, de forma que sejam abordados aspectos culturais e históricos desse período.

cArActerísticAs dO gêNerOMitos são narrativas da tradição oral que explicam a origem e o destino da humanidade, os fenômenos da natureza, a

morte e os sentimentos, etc. As personagens míticas podem representar exemplos de caráter, superação e perfeição moral, e os aspectos simbólicos relativos ao comportamento desses heróis míticos possibilitam a reflexão sobre valores e referências culturais que estão na base da civilização ocidental. em relação aos elementos narrativos, o espaço nas histórias míticas é caracterizado como sagrado, opondo-se ao habitado por seres humanos; o tempo está relacionado às origens, sendo os fatos relatados, muitas vezes, separados por intervalos extensos de tempo. Ao longo da leitura de Ariadne contra o Minotauro, podem ser exploradas características do gênero narrativa mítica como um conteúdo conceitual relacionado à análise e à interpretação textual. Conteúdos procedimentais relacionados a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais relativos à trama narrativa e à atualidade dos mitos também podem ser desenvolvidos durante a leitura do livro.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA Durante a realização da leitura, uma estratégia é solicitar aos alunos a preparação de uma ficha contendo as

características das personagens, do espaço e do tempo da narrativa. nessa ficha, também devem ser indicados quais temas se relacionam com o mito presente na trama: amadurecimento emocional, conflitos entre o desejo individual e os princípios do estado, o relacionamento entre deuses e homens, entre outros. essa análise textual possibilita aos alunos o trabalho conceitual do gênero. Como conteúdo procedimental, pode-se solicitar aos alunos que, em grupo, selecionem um trecho do livro para ser representado. para fundamentar essa atividade, é importante explicar aos alunos a importância do gênero dramático, em especial das tragédias gregas, para a formação da cultura ocidental. Após a seleção de um trecho, os alunos devem ser orientados a elaborar as falas e as intervenções do narrador ao longo da representação. É necessário que eles elaborem as rubricas, ao longo do texto teatral, de modo a indicar a forma como as falas devem ser representadas e os recursos sonoros, visuais, entre outros, a ser utilizados. o texto elaborado pelos alunos deve ser lido pelo(a) professor(a), que fará as intervenções, indicando a refacção, se necessário. estando o texto pronto, pode-se iniciar os ensaios e, em seguida, realizar a apresentação. para tornar a atividade mais interativa e dialógica, uma sugestão é convidar alunos de outras turmas para assistirem à cena. A fim de desenvolver conteúdos atitudinais, após a representação das cenas, pode-se pedir que os alunos, mediados pelo(a) professor(a), discutam a relação entre o caráter e a forma de agir das personagens e alguns dos valores presentes na sociedade contemporânea, assim como a atualidade do mito apresentado.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArpara fundamentar o estudo do texto, pode-se estabelecer uma parceria com a disciplina de História, para que seja

abordada a importância das histórias míticas na construção dos valores e referências culturais no ocidente.

Page 6: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

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7º ANO gênero: HistóriA em quAdriNHOs

7º ANO gênero: pOemA

As AvENturAs dE mAx E sEu OlhO submAriNO LUIGI AMARA

TRADUçãO fABIO wEINTRAUAB

ILUSTRAçãO JONATHAN fARR

64 PáGINAS

ISBN 978-85-60820-89-4

TEMAS Humor • AveNturA • meio AmbieNte

2010

sinopse em 16 poemas de formato variado (quadras, sonetos, haicai), o premiado escritor mexicano Luigi Amara compõe um relato único, feito de humor e aventura. De tanto ser esfregado, o olho de Max se desprende da órbita e embarca em incríveis aventuras: enfrenta uma aranha, passa a noite no aquário, arma confusão na escola, faz passeios noturnos na cabeça de um gato, desce pelo ralo e vai parar no fundo do oceano... Ao longo dos poemas, o leitor depara com baleias e medusas, polvos e tartarugas, ursos e morsas, um avô-morcego, uma menina-clorofila e até um gato que late.

A cOisA pErdidA SHAUN TAN

TRADUçãO SéRGIO MARINHO

ILUSTRAçãO SHAUN TAN

32 PáGINAS

ISBN 978-85-7675-864-8

TEMAS muNDo ADmiNistrADo • ALieNAção • buroCrACiA • CeNsurA • imAGiNAção

2012

sinopse Um garoto descobre uma estranha criatura meio máquina, meio bicho, enquanto recolhe tampinhas de garrafa para sua coleção. supondo-a perdida, ele tenta descobrir sua procedência e lhe dar um destino menos descartável que o ferro-velho. Mas o problema é a indiferença dos outros, relutantes em prestar atenção no enorme objeto vermelho que só faz atravancar o espaço. Aproveitando reproduções de antigos manuais técnicos, a obra chama a atenção para os modos de rejeição e descarte de tudo aquilo que foge à rotina.

cArActerísticAs dO gêNerOA partir da leitura e estudo de textos do gênero poema, é possível notar a expressão subjetiva do poeta para fatos

aparentemente banais, do cotidiano. Com a utilização de recursos expressivos como repetição de versos, seleção lexical, sonoridade, paralelismo, versos livres ou estruturas linguísticas inusitadas e originais, as situações do dia a dia podem adquirir novos sentidos. Ao realizar a leitura e análise de poemas, pautadas na investigação e descoberta dos recursos expressivos da língua e da linguagem, promove-se o desenvolvimento de habilidades leitoras fundamentais no processo de letramento. no decorrer das atividades de análise e interpretação de As aventuras de Max e seu olho submarino, podem ser exploradas características do gênero poema como um conteúdo conceitual, relacionado tanto à leitura quanto à produção textual. Conteúdos procedimentais vinculados a estratégias de leitura e produção de texto, assim como conteúdos atitudinais relativos ao conteúdo dos poemas também podem ser desenvolvidos durante o trabalho com o livro.

cArActerísticAs dO gêNerOtextos do gênero história em quadrinhos apresentam histórias narradas quadro a quadro, em narrativas sequenciais,

reproduzindo, geralmente, situações de interação entre as personagens. As falas são apresentadas em discurso direto, sendo comum o uso de recursos gráficos indicando pausas, emoções, hesitações, volume de voz, entonação, entre outros. os elementos paralinguísticos, como a expressão facial e o movimento corporal das personagens, são fundamentais para a construção de sentido de textos desse gênero. o suspense e o humor são dois recursos frequentes nos quadrinhos, visando despertar expectativa no leitor. em relação à linguagem, as falas das personagens, em geral, procuram reproduzir a informalidade característica das situações do dia a dia. o uso de interjeições é frequente, expressando emoções ou sentimentos. As onomatopeias costumam ser utilizadas nessas narrativas, auxiliando na construção de sentido. na leitura de A coisa perdida, podem ser exploradas características do gênero história em quadrinhos como um conteúdo conceitual relacionado à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais relacionados a estratégias leitoras e de produção textual, assim como conteúdos atitudinais referentes aos temas presentes na trama também podem ser desenvolvidos durante a leitura.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA Durante a leitura dos poemas, solicitar aos alunos a observação e o registro, no caderno, dos temas presentes em

cada um dos poemas que compõem as três partes do livro: “Um olho inquieto demais”, “retratos de família” e “os poemas do olho”. Depois da observação dos temas, o(a) professor(a) apresentará algumas estruturas poéticas presentes na obra, como quadras, poemas de formas variadas, dísticos (estrofe mínima composta por dois versos) e haicais. Com a explicação e os debates a respeito, os alunos revisitarão os poemas e registrarão as diferentes formas em que foram estruturados. Ao final desse estudo de conteúdos conceituais, é interessante realizar uma partilha oral sobre os temas identificados nos poemas, atentando para os aspectos como as estranhezas e algumas características exageradas ou grotescas da família de Max, e a aceitação ou o repúdio dessas estranhezas. Durante o momento de partilha, é importante a mediação do(a) professor(a), a fim de que os alunos reflitam sobre o que é considerado “normal”, aceito de acordo com determinado padrão, e aquilo que é considerado “inadequado”, “diferente”. Dessa forma, a proposta é trabalhar conteúdos atitudinais, relacionados à convivência e diversidade. nesse momento de partilha, é fundamental compartilhar as observações sobre as estruturas textuais presentes nos poemas. para ampliar o trabalho com conceitos, deve-se relacionar as formas poéticas aos efeitos de sentido produzidos e ao tema referente aos poemas. em seguida, solicitar que, em grupos, os alunos elejam um tema relacionado aos que são abordados nos poemas presentes em As aventuras de Max e seu olho submarino, e elejam também uma determinada estrutura poética, para então elaborar um poema. Após a leitura do professor e a indicação de possíveis ajustes no texto, os alunos podem fazer a leitura em voz alta dos poemas e organizar um mural poético com os textos produzidos. Concomitante a esse trabalho de produção verbal, pode-se pedir que os alunos ilustrem os poemas, de forma que o mural seja composto por textos em linguagem verbal e não verbal. Durante a elaboração das atividades, os alunos terão desenvolvido habilidades procedimentais como: seleção de informações; identificação e definição de tema; seleção de estrutura textual; e produção de texto de acordo com parâmetros conceituais relacionados ao gênero poema.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA em um primeiro momento, verificar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o gênero. em seguida, propor a

leitura da história em quadrinhos, apresentando a sinopse do livro. Fazendo tal contextualização, solicitar aos alunos que, durante a leitura, observem e registrem alguns aspectos presentes na obra que caracterizem o gênero história em quadrinhos: uso de recursos gráficos e visuais; representação da linguagem das personagens; uso de interjeições e onomatopeias; entre outros. em sala de aula, dividir os alunos em grupos e solicitar a partilha dos registros, a fim de que verifiquem e discutam as observações realizadas. nesse momento, pedir que os alunos indiquem o que mais chamou a atenção durante a leitura, incluindo aspectos relacionados aos temas abordados na história em quadrinhos. É interessante pedir que cada grupo socialize com a sala, depois, as observações realizadas e o tema indicado como mais significativo. Durante a partilha, encaminhar a turma à reflexão sobre a temática abordada na história em quadrinhos e sobre os recursos expressivos utilizados pelo autor para despertar a atenção dos leitores. É bastante significativo fazer uma reflexão com os alunos sobre a possibilidade das histórias em quadrinhos abordarem temas complexos, utilizando recursos de humor, suspense, entre outros. Como continuidade dos trabalhos, pedir que cada grupo selecione um tema de relevância social para elaborar um história em quadrinhos. orientá-los para a realização do processo de produção, que pode ser feita de forma manual e por meio de recursos digitais. para concluir a atividade, as histórias em quadrinhos podem ser expostas em um mural. A análise e a identificação das características e dos recursos linguísticos presentes na história em quadrinhos constituem uma abordagem conceitual dos conteúdos. para desenvolver a análise e a produção de texto, contemplam-se conteúdos procedimentais. Conteúdos atitudinais estão presentes na reflexão sobre os temas abordados na história em quadrinhos e na seleção de tema para a produção textual.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArem conjunto com a disciplina de Arte, analisar as ilustrações do livro que exploram o grotesco, subsidiando a análise

dos textos verbais presentes no livro e a produção de ilustrações realizada pelos alunos.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArpara fundamentar a análise dos temas presentes na história em quadrinhos, pode-se estabelecer uma parceria com

Ciências, enfocando questões relacionadas ao meio ambiente. para o estudos de recursos gráficos e visuais, é possível um trabalho em conjunto com Arte.

Page 7: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

1312

7º ANO gênero: cArtA

7º ANO gênero: cONtO de HumOr

dá prA AcrEditAr? LUIS PESCETTI

TRADUçãO MARCOS BAGNO

ILUSTRAçãO PABLO BERNASCONI

208 PáGINAS

ISBN 978-85-7675-452-7

TEMAS Humor • eXPerimeNtos De LiNGuAGem • APreNDizADo • GêNeros teXtuAis

2009

sinopse nas surpreendentes histórias deste livro, palavras são inventadas, a gramática é subvertida, falta uma vogal e aparecem personagens inusitadas: a mãe vai buscar o filho na escola, mas decide deixar o malcriado por lá e levar outra criança com ela; um homem e uma mulher se conhecem em um congresso de pessoas que gostariam de ser aves; a história dos três porquinhos é contada com vários erros de português; a professora dá uma bronca nos alunos e confunde os gêneros, tratando meninos como meninas e vice-versa. Aqui, todos os elementos da linguagem estão a serviço do riso, da descoberta e do aprendizado, em textos de vários gêneros: conto, crônica, poesia, diálogo teatral. o autor explora situações insólitas, o nonsense, o humor e os inúmeros recursos literários, revelando sentidos imprevistos da realidade cotidiana.

cArActerísticAs dO gêNerOtextos de humor costumam ser caracterizados por criar distância entre o que estamos acostumados a observar e o que

se vê quando o ângulo de observação é alterado. os temas presentes em contos de humor são variados: atritos entre jovens enamorados, frustrações do dia a dia, cerimônias formais e informais, desavenças ou desencontros no ambiente familiar ou institucional, entre outros. para criar estranhamento em textos desse gênero, é comum haver o uso de jogos de palavras e de duplo sentido, a atribuição de significado denotativo para expressões que, por serem usuais, perderam a dimensão simbólica. A estruturação de frases e as escolhas lexicais também podem caracterizar as personagens e o contexto em que a história se desenrola, enfatizando a situação de humor. Ao longo da leitura de contos presentes em Dá pra acreditar?, podem ser exploradas características do conto de humor e os efeitos de sentido produzidos por determinadas escolhas linguísticas, em uma abordagem conceitual relacionada à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais relativos a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais vinculados à observação e análise de diferentes situações humorísticas poderão ser explorados durante as atividades realizadas.

cArActerísticAs dO gêNerOA carta pessoal caracteriza-se por contar uma história que será lida apenas por seu destinatário imediato. textos desse

gênero não têm um objetivo definido: podem ser escritos para contar um acontecimento, para verificar como as situações estão sendo encaminhadas, entre outras possibilidades. em relação à estrutura textual, as cartas apresentam local e data, assunto e assinatura. A linguagem costuma ser mais informal, espontânea, em razão da proximidade entre os interlocutores e/ou da tentativa de estabelecer um contato mais direto com o leitor. no trabalho de análise e interpretação das cartas presentes em Prezado Ronaldo, podem ser exploradas características desse gênero e os efeitos de sentido produzidos por determinadas escolhas lexicais, em uma abordagem conceitual relacionada à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais relativos a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais associados a observação e análise de diferentes situações apresentadas nas cartas poderão ser explorados durante as atividades realizadas.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA em um primeiro momento, conversar informalmente com os alunos sobre situações vivenciadas ou histórias

conhecidas caracterizadas pelo humor. É importante, nesse contexto mais informal, refletir com os alunos sobre as situações de humor que revelem aspectos inusitados e curiosos do dia a dia (os imprevistos, esquecimentos, troca de nomes, entre outros) e sobre as situações em que o riso revele preconceito e/ou discriminação. em seguida, apresentar aos alunos o livro, indicando os diferentes gêneros de textos contemplados na obra, sendo alguns deles contos de humor. Como em Dá pra acreditar? são apresentadas situações de humor por meio de usos inusitados da linguagem, é necessário preparar os alunos para a observação dos efeitos de sentido criados por esses jogos de palavras. Uma estratégia para promover as habilidades de identificar e reconhecer o sentido não literal é pedir aos alunos a apresentação oral de alguns ditados populares. na sequência, solicitar que indiquem o sentido literal e o sentido figurado dos ditos, exemplificando as diferentes possibilidades de interpretação e refletindo sobre a importância de conhecer os contextos culturais para que o texto seja compreendido de acordo com a intenção enunciativa. Durante a leitura do livro, pedir que os alunos listem as situações inusitadas apresentadas nos contos e os recursos da linguagem utilizados para a criação do humor. Após a leitura, em sala de aula, promover a partilha das análises dos alunos, enfocando as estratégias utilizadas para a criação de humor nos textos. Depois, organizar os alunos em grupos e pedir que cada equipe faça um levantamento, com familiares, de histórias engraçadas ocorridas com eles. para essa etapa, é importante retomar com os alunos a reflexão feita no início dos trabalhos, sobre o humor como flagrante do cotidiano e não aquele relacionado a estereótipos ou preconceito. orientar o registro escrito das histórias e propor uma roda de leitura, quando os alunos apresentarão as histórias coletadas. A análise e a identificação das características e dos recursos linguísticos presentes nos contos de humor constituem uma abordagem conceitual dos conteúdos. para desenvolver a análise e o registro escrito do texto, contemplam-se conteúdos procedimentais. Conteúdos atitudinais estão presentes na reflexão sobre as diferentes perspectivas do humor e sobre os temas abordados nos contos.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA em um primeiro momento, pode ser bastante interessante conversar informalmente com os alunos sobre os esportes

que gostam e sobre as possibilidades de comunicação com esportistas que admiram. A seguir, apresentar o título do livro a ser lido. nesse momento, pedir que os alunos elaborem hipóteses sobre o assunto tratado na obra e sobre a forma de comunicação estabelecida na história, socializando-as com a sala. Após essa etapa, apresentar a sinopse do livro à classe, verificando a validade das hipóteses apresentadas. Durante a leitura do livro, solicitar o registro dos assuntos tratados nas cartas – como o fato que motivou a escrita das cartas; o porquê do apelido do garoto (pinguim); dentre outros –, das personagens citadas ao longo das cartas e da importância de cada um deles para o processo de amadurecimento do protagonista, da forma como Arthur, o remetente dos textos, entende o processo de escrita e a estrutura presente nas cartas. Feito esse levantamento de dados e análise textual, em sala de aula, pedir que os alunos verifiquem, em grupo, os registros e os apresentem, oralmente, para a classe. nesse momento de socialização, conversar com os alunos sobre o que mais chamou a atenção durante a leitura do livro e se é possível realizar, nos dias de hoje, a troca de correspondência. É produtivo, nessa fase do trabalho, questionar a turma sobre outras formas de comunicação entre o público e uma personalidade. em seguida, propor à classe o desafio de, em grupo, selecionar uma pessoa de atuação pública relevante, com quem tenham alguma identificação, e escrever a ela uma carta, utilizando a estrutura adequada a esse gênero textual. É importante orientar os alunos sobre a seleção do destinatário da carta, que deverá ser alguém representativo de algum setor social, político ou cultural da comunidade em que vivem, e também orientá-los sobre o conteúdo da carta, que poderá apresentar brevemente o contexto dos remetentes, a motivação da escrita da carta e a apresentação de alguma dúvida ou curiosidade a respeito da atuação do destinatário. De acordo com as possibilidades, a carta poderá ser enviada via correio ou via endereço eletrônico. Ao longo das aulas seguintes, verificar se houve retorno das cartas enviadas e conversar sobre quais informações foram obtidas na troca de correspondência. A análise e a identificação das características e da estrutura textual presentes nas cartas constituem uma abordagem conceitual dos conteúdos. no desenvolvimento da análise e da escrita da carta, contemplam-se conteúdos procedimentais. Conteúdos atitudinais estão presentes na reflexão sobre os assuntos abordados nas cartas.

prEzAdO rONAldO fLáVIO CARNEIRO

ILUSTRAçõES DANIEL BUENO

128 PáGINAS

ISBN 978-85-7675-136-6

TEMAS futeboL • APreNDizAGem • esCritA e LiNGuAGem

2006

sinopse Artur, ou melhor, pinguim, tem 12 anos, mora no rio de Janeiro e adora futebol, mas também gosta muito de ler. ele resolve escrever cartas para ronaldo Fenômeno contando um pouco sobre seu cotidiano: de seu Almeida, que tem uma grande biblioteca; de sua dúvida entre ser jogador ou escritor; da paixão do parede, o melhor amigo, por raquel; e do primeiro jogo no Maracanã de que ele participou. será que ronaldo responde?

Page 8: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

1514

8º ANO gênero: textO drAmáticO

8º ANO gênero: cONtO de ficçãO cieNtíficA e fANtásticO

A bruxA dE Abril E OutrOs cONtOsRAy BRADBURy

TRADUçãO MARCELO PEN

CAPA GA Ry kELLEy

240 PáGINAS

ISBN 978-85-98457-11-6

TEMAS CLássiCos DA LiterAturA muNDiAL • ComéDiA • mitoLoGiA GreGA • Amor • CoNfLitos

2013

sinopse os quatro contos deste livro combinam mistério e aventura: uma feiticeira desperta para o amor; um monstro sente-se atraído pela sirene de um farol; dois jovens têm obsessão por cenas sangrentas; e uma comunidade negra que vive em Marte recebe a visita de um terráqueo branco. Uma seleção envolvente do trabalho de um dos maiores nomes da ficção científica contemporânea.

Os títErEs dE pOrrEtE E OutrAs pEçAs fREDERICO GARCÍA LORCA

TRADUçãO RONALD POLITO E VADIM NIkITIN

ILUSTRAçãO PEPE CASALS

144 PáGINAS

ISBN 978-85-60820-23-8

TEMAS mAtemátiCA • meio AmbieNte • trAbALHo iNfANtiL • LiberDADe

2007

sinopse três peças de teatro escritas por um dos mais importantes poetas espanhóis do século XX, duas delas publicadas pela primeira vez no Brasil. na primeira, um porco e uma pomba vão a uma assembleia de bichos julgar os seres humanos por suas crueldades. na segunda, uma pobre carvoeira quer namorar, mas só lhe ensinam matemática. na peça-título, sinhá rosinha pensa em se casar por amor, porém seu pai lhe arranja um marido rico e violento.

cArActerísticAs dO gêNerOtextos do gênero conto de ficção científica caracterizam-se pela criação de uma realidade inexistente, muitas vezes

entendida como futura, derivada dos elementos da ciência e do desenvolvimento que se pode prever para ela, e lidando, principalmente, com os impactos da ciência sobre a sociedade. Já textos do gênero conto fantástico são caracterizados pela ocorrência de fenômenos estranhos que podem ser explicados de duas maneiras: por razões naturais ou sobrenaturais. A possibilidade de hesitar entre elas cria o efeito do fantástico. em textos do gênero conto de ficção científica, a verossimilhança é possibilitada pela coerência entre a realidade e o mundo imaginado pelo autor e entre os elementos internos da narrativa. Já em contos fantásticos, o fato extraordinário apresentado poderia comprometer a verossimilhança da história, porém, como sempre há espaço para a dúvida (o fato terá ocorrido realmente?), a verossimilhança é mantida, sendo opção do leitor acreditar ou não no extraordinário. Ao realizar a leitura e análise dos contos presentes em A bruxa de abril e outros contos, poderão ser exploradas características do conto de ficção científica e do conto fantástico como conteúdos conceituais. Conteúdos procedimentais relacionados a estratégias de leitura e produção de texto escrito e oral, e conteúdos atitudinais relativos ao conteúdo dos contos também podem ser desenvolvidos durante as atividades propostas.

cArActerísticAs dO gêNerOo texto dramático é dos gêneros mais antigos de que se tem conhecimento. Foi definido pelo filósofo Aristóteles, na obra

Arte poética, como aquele escrito para o teatro. A ação dramática é caracterizada pela sucessão dos acontecimentos vividos pelas personagens, mostrando o andamento dos fatos desde o início da trama até o seu desenlace. textos desse gênero são estruturados pela fala das personagens, expressando-se por meio de diálogos, apartes ou monólogos. para orientar a representação existem as rubricas, que indicam aos atores e ao diretor a expressão corporal, a entonação, a emoção que deve ser expressa pelos personagens, além de aspectos relacionados à sonoplastia, à iluminação, ao cenário e ao figurino. os textos teatrais podem ser divididos em atos (cada uma das partes em que se divide uma peça teatral e que corresponde a um ciclo de ação completa), quadro (uma das divisões de uma peça de teatro, menor que um ato, geralmente apresentando uma alteração de cenário ou de ambiente) ou cena (menor divisão de uma peça de teatro). Ao longo da leitura de Os títeres de porrete e outras peças, podem ser exploradas características do gênero texto dramático e os efeitos de sentido de determinadas escolhas linguísticas, como um conteúdo conceitual relacionado à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais relacionados a estratégias de leitura e de representação textual, e conteúdos atitudinais relativos ao conteúdo das peças também podem ser explorados no trabalho com a obra. sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA

Durante a leitura de cada um dos contos – “A bruxa de abril”, “A sirene de nevoeiro”, “A savana” e “o outro pé”, requisitar aos alunos que observem e registrem, no caderno, fatos presentes que legitimem considerar cada um deles como conto fantástico ou conto de ficção científica, assim como o desdobramento e o desfecho de cada trama. Após a leitura, em uma data agendada, solicitar aos alunos que levem os registros para a aula. nessa data, pode-se formar grupos de três ou quatro alunos e pedir que compartilhem os registros e verifiquem a coerência entre as observações dos integrantes do grupo. em seguida, pode-se pedir que o grupo selecione um dos contos e observe qual discussão pode ser estabelecida a partir da temática apresentada na trama: 1. Violência como resultado da permissividade e da falta de limites; 2. Conflitos raciais; 3. A solidão, o medo e a curiosidade no dia a dia; 4. Mundo de ousadias e contradições na adolescência. Após a seleção do conto e da indicação, por parte dos alunos, da temática nele apresentada, pedir que desenvolvam uma explicação escrita sobre a história, relacionando-a ao tema. em seguida, a partir do registro escrito, os grupos irão elaborar uma apresentação oral na qual estejam contemplados os seguintes itens: a) elementos fantásticos ou de ficção científica presentes na trama; b) indicação do tema relacionado à trama; c) análise relacionando a trama presente no conto ao tema. Quando todos os grupos tiverem finalizado as apresentações, propor à classe uma partilha sobre as situações expressas em cada um dos contos, como a falta de limites na vida em sociedade e a necessidade que sentem os jovens de desafiar os adultos. nesse momento, também pode ser discutida a possibilidade de histórias, aparentemente fantasiosas, revelarem sentimentos, medos e angústias, auxiliando as pessoas na organização dos sentimentos. Durante a elaboração das atividades, os alunos terão desenvolvido habilidades procedimentais como seleção de informações, identificação e definição de tema, além de produção de texto escrito e oral. Como conteúdo atitudinal, os alunos terão explorado os valores implícitos presentes nos contos.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA Após o estudo das características do gênero a que pertence a obra, e depois da leitura das peças, os alunos podem ser

divididos em grupos e orientados a identificar os recursos do gênero dramático presentes nos textos e o tema abordado em cada um deles. Visando aprofundar os estudos sobre os recursos da linguagem e os efeitos de sentido produzidos, é interessante solicitar aos alunos que observem a utilização de adjetivos, advérbios, superlativos, frases exclamativas, verbos no imperativo, entre outros, e verifiquem o efeito de sentido produzido por tais escolhas linguísticas. Um exemplo é observar as falas da personagem Cristovinho, na peça que dá nome ao livro, em que há uso constante de verbos no imperativo e de exclamações, caracterizando o aspecto opressivo dessa personagem. tal estudo deve ser registrado no caderno, de modo a sistematizar a análise. Após essa etapa, pode-se solicitar que cada grupo apresente a análise de uma das peças. Como todos os alunos terão feito a análise das três peças, é importante que no momento da partilha haja espaço para os grupos complementarem informações, tirarem dúvidas, observarem se houve diferentes significados atribuídos aos usos linguísticos analisados, entre outros passos que podem ser bastante significativos. Finalizada essa parte do trabalho, pode-se separar os alunos em três grupos, para que cada um deles prepare a apresentação de uma das peças. para tanto, é necessário organizar os alunos, a fim de que haja equipes de trabalho relacionadas à atuação, cenografia e figurino, direção e sonoplastia. Depois de organizados os grupos, dos ensaios e da montagem, os alunos poderão convidar outras turmas, de outras séries, para assistir à apresentação. Ao final, pode-se propor um bate-papo com o público sobre os acontecimentos e os valores apresentados em cada uma das peças. As atividades de análise, seleção de informações, organização e realização das diferentes etapas dos trabalhos em grupo contemplam o desenvolvimento de conteúdos procedimentais. o respeito ao trabalho em grupo e a discussão sobre os valores representados nas peças possibilitam a abordagem de conteúdos atitudinais. pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNAr

em conjunto com a disciplina de História, os alunos podem pesquisar contextos relacionados às questões raciais nos estados Unidos e no Brasil, visando ter uma maior fundamentação na análise do conto “o outro pé”.

Page 9: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

1716

8º ANO gênero: textO drAmáticO

8º ANO gênero: pOemA

O AlmirANtE lOucO E OutrOs pOEmAs fERNANDO PESSOA

ORGANIZAçãO CARLOS fELIPE MOISéS

ILUSTRAçõES ODILON DE MORAES

64 PáGINAS

ISBN 978-85-60820-21-4

TEMAS LiterAturA • PoesiA PortuGuesA • memóriA

2007

sinopse Um solitário apaixonado, um pastor filósofo, um engenheiro naval, um médico tranquilo: diferentes personalidades experimentando o mundo, cada qual a seu modo – temperamentos que nascem da imaginação de um único homem, Fernando pessoa, poeta de muitas faces. para este livro, o poeta Carlos Felipe Moisés escolheu poemas curtos de pessoa e de seus heterônimos: Alberto Caeiro, ricardo reis e Álvaro de Campos, este chamado “almirante louco”.

As rOupAs dO rEi sEguidA dE iNvENtA-dEsiNvENtA CLáUDIA VASCONCELOS

ILUSTRAçõES ODILON MORAES E MAURÍCIO PARAGUASSU

128 PáGINAS

ISBN 978-85-60820-10-8

TEMAS Humor • meDo • AmADureCimeNto

2007

sinopse o livro apresenta duas peças teatrais divertidas, montadas com sucesso nos últimos anos. em As roupas do rei, uma criança conhece um rei que parece menino, tem três namoradas e gosta de samba, skate e pastel. em Inventa-desinventa, um garoto tem medo de coisas que ele mesmo cria e tromba com monstros, fadas, ladrões e sacis, até conseguir controlar – e aproveitar – a própria imaginação.

cArActerísticAs dO gêNerOUma das características essenciais do gênero poema é a composição em versos cuja sonoridade reitera os sentidos do texto,

em que ritmo e som estão a serviço da expressividade. outra característica que o define é o emprego da linguagem poética, por meio da criação de imagens e de associações inusitadas, possibilitando o diálogo entre o universo íntimo do leitor e os diversos sentidos expressos pela palavra, em um determinado contexto. para a criação dessas imagens, são utilizadas figuras de linguagem como a comparação, a metáfora, a metonímia e a personificação. o trabalho com textos desse gênero, em sala de aula, possibilita a observação e a análise do conteúdo do texto e também da própria linguagem em questão, libertando-a de automatismo ou sentidos preestabelecidos e possibilitando a recuperação do sentido lúdico da experiência com a palavra. na análise dos poemas presentes em O almirante louco, podem ser exploradas características do gênero poema, os efeitos de sentido produzidos por determinadas escolhas linguísticas e lexicais, a utilização de figuras de linguagem e de recursos sonoros, caracterizando uma abordagem conceitual relacionada à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais relativos a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais associados a diferentes perspectivas que o eu lírico assume em face das situações poderão ser explorados nas atividades com os poemas.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA Após o estudo do gênero poema, pode-se apresentar aos alunos as diferentes partes que compõem o livro O

almirante louco. em seguida, solicitar a leitura da introdução, intitulada “Um almirante louco.... e muito mais”, presente na coletânea e, em sala de aula, conversar com os alunos sobre a obra de pessoa e sobre uma das principais características de sua produção: a multiplicação do poeta em diversos personagens, ou heterônimos, cada qual com seu estilo correspondente. Depois é que se propõe a leitura do livro, orientando os alunos a observar, em cada uma das partes da coletânea, e a registrar no caderno os seguintes aspectos: a) tema presente nos poemas; b) figuras de linguagem e outros recursos linguísticos utilizados e efeito de sentido construído; c) recursos sonoros presentes no poema; d) perspectiva do eu lírico em relação às situações apresentadas nos poemas. Finda essa etapa, pode-se pedir que os alunos, em duplas, comparem as respostas e discutam a pertinência das análises, ocasião em que é fundamental a mediação do(a) professor(a), para orientar o processo analítico e comparativo realizado pelos alunos. em seguida, propor a socialização das análises, possibilitando a partilha das interpretações textuais e destacando as diferentes possibilidades de entendimento do mundo, representado por cada eu lírico. nesse momento de socialização, é importante que os alunos também indiquem os recursos linguísticos observados nos poemas. Feito esse estudo conceitual, cada dupla selecionará um poema para apresentar à sala, declamando-o, realizando uma leitura dramatizada e/ou com acompanhamento musical, entre outras possibilidades. outra sugestão é a de os alunos produzirem apresentações dos poemas utilizando recursos multimídias, como vídeos ou animações. Ao final do processo, pode ser realizado um minissarau, com apresentações dos poemas em modalidades diversas. As atividades de análise textual, organização e realização das diferentes etapas dos trabalhos em dupla contemplam o desenvolvimento de conteúdos procedimentais. A discussão sobre as diferentes possibilidades de vivência e entendimento do mundo representadas por cada eu lírico favorece a abordagem de conteúdos atitudinais.

cArActerísticAs dO gêNerOo texto dramático é dos gêneros mais antigos de que se tem conhecimento. Foi definido pelo filósofo Aristóteles, na obra

Arte poética, como aquele escrito para o teatro. A ação dramática é caracterizada pela sucessão dos acontecimentos vividos pelas personagens, mostrando o andamento dos fatos desde o início da trama até o seu desenlace. textos desse gênero são estruturados pela fala das personagens, expressando-se por meio de diálogos, apartes ou monólogos. para orientar a representação existem as rubricas, que indicam aos atores e ao diretor a expressão corporal, a entonação, a emoção que deve ser expressa pelas personagens, além de aspectos relacionados à sonoplastia, à iluminação, ao cenário, ao figurino e a recursos cênicos em geral. os textos teatrais podem ser divididos em atos (cada uma das partes em que se divide uma peça teatral, e que corresponde a um ciclo de ação completa), quadros (o quadro é uma das divisões de uma peça de teatro, menor que um ato, geralmente apresentando uma alteração de cenário ou de ambiente) ou cenas (que constituem a menor divisão de uma peça de teatro). Ao longo da leitura das duas peças presentes em As roupas do rei seguida de Inventa-desinventa, podem ser exploradas características do gênero texto dramático e os efeitos de sentido produzidos por determinados recursos linguísticos, como um conteúdo conceitual relacionado à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais referentes a estratégias de leitura e de representação textual, assim como conteúdos atitudinais relativos ao conteúdo das peças, também podem ser explorados a partir da leitura do livro.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA em um primeiro momento, pode-se conversar com os alunos sobre as formas de representar os acontecimentos e

também levantar conhecimentos prévios sobre representações no cinema e no teatro. Depois dessa conversa informal, apresenta-se aos alunos o livro As roupas do rei seguida de Inventa-desinventa, objetivando contextualizá-los sobre a leitura a ser feita. Durante a leitura da obra, solicitar aos alunos que identifiquem os temas tratados em cada uma das peças, a caracterização das personagens, os principais acontecimentos, os recursos cênicos utilizados e os recursos linguísticos presentes nas peças (uso de discurso direto, rubricas, uso de sinais de pontuação de forma a indicar a expressividade das falas, entre outros). Após essa etapa, em sala de aula, pedir que socializem as análises realizadas. nesse momento, é importante conversar com a turma sobre as formas de representação em cada uma das peças lidas: em As roupas do rei, há presença de atores (representando a mulher e o menino) e bonecos (representando o rei e sua corte); em Inventa-desinventa, a representação é feita somente por atores. sobre a temática, é interessante refletir com a classe sobre o fato de as duas peças tratarem da imaginação infantil e da capacidade que as crianças têm de construir situações imaginárias para lidar com as dificuldades do dia a dia. essa reflexão pode ser ampliada para o universo do adolescente, discutindo as diferentes formas de lidar com as inseguranças e os desafios dessa fase. em seguida, separar a classe em grupos e propor que cada equipe selecione uma das peças analisadas para a criação de uma cena adicional e posterior representação: uma sugestão é criar uma cena para a peça As roupas do rei a partir da escolha de uma roupa ou objeto utilizado pelo rei. para a peça Inventa-desinventa, pode ser criada uma cena com uma relação de medos que seriam “desinventados”. As cenas podem ser apresentadas para outras turmas da mesma série, socializando assim as produções. A análise e a identificação dos recursos cênicos e da linguagem utilizados nas peças constituem uma abordagem conceitual dos conteúdos. para desenvolver a análise e a produção das cenas, contemplam-se conteúdos procedimentais. Conteúdos atitudinais estão presentes na reflexão sobre os temas abordados nas peças.

Page 10: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

1918

9º ANO gênero: cONtO sOciAl

8º ANO gênero: pOemA

O flAutistA dE hAmEliN ROBERT BROwNING

TRADUçãO MARCOS BAGNO

ILUSTRAçõES ANTONELLA TOffOLO

32 PáGINAS

ISBN 978-85-7675-740-5

TEMAS PoesiA româNtiCA iNGLesA • músiCA• mAGiA

2011

sinopse o poeta romântico inglês robert Browning recria em versos uma antiga fábula alemã recolhida pelos irmãos Grimm. nela vemos a história do artista marginal, misto de mago, louco e mendigo, que salva a cidade da infestação de ratos, toma um calote e se vinga: encanta as crianças e as leva embora, punindo a população indigna dos benefícios da arte. o poema, obra-prima da literatura infantojuvenil de todos os tempos, ressurge em uma edição refinada, capa dura, traduzida pelo poeta e linguista Marcos Bagno e acompanhada das dramáticas xilogravuras de Antonella toffolo, que evocam o movimento Blaue reiter e o expressionismo alemão.

7 x 7 cONtOs crus RICARDO GóMEZ

TRADUçãO PALOMA VIDAL

ILUSTRAçõES JUAN RAMóN ALONSO

144 PáGINAS

ISBN 978-85-60820-81-8

TEMAS GuerrA • oPressão • sobrevivêNCiA • Direitos HumANos • esPerANçA

2010

sinopse em Beirute, uma professora procura fazer com que a tabuada traga normalidade a mais um dia de combates, e a menina Fairuz quer desenhar não um caça F-16 nem prédios destruídos, mas uma ponte. no deserto do saara, uma cabra conta a história de um menino que perdeu o avô na guerra. nas savanas, homens e animais estão prontos para devorar-se. na cidade, os sonhos de consumo de um menino parecem não ter limites. Um passeio em família acaba em um campo minado, que uma das personagens conhece bem. o fantasma do capitão Cook rememora episódios de conquista, descoberta e opressão. em textos de estilo cortante, com teor ao mesmo tempo duro e emocionante, esses contos falam de acontecimentos extremos e perturbadores, que levam o jovem leitor a reorganizar sua maneira de olhar a realidade. por meio da ficção, com base em acontecimentos verídicos, as histórias despertam a consciência contra as injustiças e a barbárie.cArActerísticAs dO gêNerO

A partir da leitura e do estudo de textos do gênero poema, é possível notar a expressão subjetiva do poeta em face dos fatos. Com a utilização de recursos expressivos, tais como repetição de versos, seleção lexical, sonoridade, paralelismo, versos livres ou estruturas linguísticas inusitadas e originais, situações triviais ou históricas podem adquirir novos sentidos. o contato e a investigação de poemas, mediados por um trabalho pedagógico consistente, possibilitam ao educando meios para identificar diferentes estratégias discursivas. Ao longo da leitura de O Flautista de Hamelin, podem ser exploradas características do gênero poema e o uso de recursos da língua como um conteúdo conceitual relacionado à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais relacionados a estratégias leitoras e conteúdos atitudinais relativos aos temas abordados no poema podem ser desenvolvidos durante a leitura.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA em um primeiro momento, realizar um levantamento prévio com os alunos sobre O Flautista de Hamelin. É possível

que alguns alunos conheçam a trama, tendo em vista a popularidade da história. em seguida, contextualizar a obra, explicando a origem do texto: trata-se de uma fábula tradicional sobre um flautista misterioso que livra a cidade alemã, Hamelin, de uma infestação de ratos. nesse momento, é importante explicar que a fábula faz alusão a alguns fatos históricos, como a Cruzada das Crianças, ocorrida em 1212. Um dos registros mais conhecidos da fábula é o dos irmãos Grimm, de 1816, mas a história tem origem em lendas medievais e episódios históricos, sendo que as versões mais antigas datam do século XIII. Com essa contextualização, apresentar o livro à classe, indicando tratar-se de uma adaptação da história para o gênero poema. solicitar que, durante a leitura, os alunos estejam atentos aos assuntos tratados na trama, às personagens, aos acontecimentos e aos recursos de linguagem utilizados para a criação de efeitos de sentido. em sala de aula, solicitar que os alunos socializem, oralmente, as análises realizadas. É importante conversar com a turma sobre as situações envolvendo as personagens, sobre a caracterização do flautista, representando os artistas e a suposta relação entre arte e magia, e sobre a caracterização dos governantes de Hamelin, figurados como ambiciosos e corruptos. Após essa etapa, separar a turma em grupos e orientá-los a realizar uma pesquisa sobre a Cruzada das Crianças. A partir das informações obtidas, pedir que estabeleçam relações entre a apropriação de fatos para a construção do texto literário, e vice-versa: como a ficção pode estar presente na construção do relato histórico, contando com o recurso da imaginação para preencher as lacunas da informação histórica. Ao final, socializar as informações pesquisadas e discutir sobre as relações estabelecidas pelos alunos. A análise e a identificação dos recursos da linguagem utilizados no poema constituem uma abordagem conceitual dos conteúdos. para desenvolver a análise do texto, a pesquisa e a relação entre aspectos ficcionais e históricos, contemplam-se conteúdos procedimentais. Conteúdos atitudinais estão presentes na reflexão sobre os temas abordados no poema.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArno decorrer das atividades, pode-se realizar uma proposta interdisciplinar com História, a fim de que os alunos sejam

orientados em relação à pesquisa sobre a chamada Cruzada das Crianças e ao estabelecimento de relação entre ficção e relato histórico. outra parceria interdisciplinar possível é com Arte, na qual podem ser exploradas a observação e a análise das ilustrações presentes no livro.

cArActerísticAs dO gêNerOo conto social representa um determinado grupo social, destacando uma característica marcante dele e realizando uma

denúncia. embora tenha como referência o real e possa trazer referências a fatos ou personagens históricas, é um texto de ficção. para haver uma compreensão mais ampla da trama apresentada no conto, é importante o leitor partilhar com o autor certos conhecimentos de mundo. nos contos com abordagem social, as personagens costumam não ser individualizadas, pois o que importa não é mostrar o drama de um indivíduo, mas a realidade vivida pelo grupo social que elas representam. A estruturação de frases e as escolhas lexicais presentes podem caracterizar as personagens e o contexto em que a história se desenrola, possibilitando ao leitor construir uma imagem sobre o jeito de ser ou sobre a circunstância representada. Ao longo da leitura das narrativas presentes em 7 X 7 contos crus, podem ser exploradas características do conto social e os efeitos de sentido produzidos por determinadas escolhas linguísticas, caracterizando uma abordagem conceitual relacionada à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais referentes a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais associados a observação e análise de diferentes situações sociais poderão ser explorados durante as atividades realizadas.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA Durante a leitura dos contos, solicitar aos alunos que listem os temas presentes, o contexto histórico em que as

tramas se desenrolam, as características do gênero observadas ao longo das histórias e os recursos linguísticos utilizados a fim de obter determinado efeito de sentido, como por exemplo: a extensão das falas das personagens (sendo falas curtas, podem estar associadas a uma certa reserva ou secura na manifestação do afeto); o uso de verbos no pretérito imperfeito do indicativo (de forma a compor o contexto da narrativa, sendo habitualmente empregado para apresentar a situação inicial); o uso de verbos no pretérito perfeito do indicativo (comumente utilizado na narrativa das ações que compõem o conflito e o desfecho); entre outros. em aula, pedir que os alunos compartilhem as análises realizadas. esse é um momento importante para a troca de informações e de análises sobre os temas presentes nos contos e para a relação entre o entendimento da trama e o conhecimento do contexto histórico em que a história se passa. nessa partilha, solicitar aos alunos que indiquem os recursos linguísticos observados ao longo das análises. Depois dessa etapa, separar os alunos em grupo e solicitar a seleção de um conto e a preparação de uma apresentação oral da história, a qual poderá ser feita para alunos de uma outra série. para o público entender de forma mais ampla a trama, os alunos podem preparar uma breve explicação sobre o contexto histórico presente no conto, compartilhando-a com os interlocutores.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArAo longo da leitura dos contos, pode-se realizar uma proposta interdisciplinar com História e Geografia, para que os alunos

pesquisem e conheçam os contextos históricos e sociopolíticos dos conflitos apresentados nos contos.

Page 11: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

2120

9º ANO gênero: cONtO

9º ANO gênero: pOemA

NAviOs NEgrEirOs CASTRO ALVES E HEINRICH HEINE

TRADUçãO PRISCILA fIGUEIREDO E LUIZ REPA

ILUSTRAçõES MAURÍCIO NEGRO

80 PáGINAS

ISBN 978-85-60820-33-7

TEMAS esCrAviDão • AboLiCioNismo • HistóriA • PLurALiDADe CuLturAL

2009

sinopse reunião inédita de um dos mais importantes poemas da literatura brasileira, “navio negreiro” (1869), de Castro Alves, com o poema homônimo (publicado 15 anos antes, em 1854) do escritor romântico alemão Heinrich Heine. editados em conjunto, os dois poemas ensejam uma análise comparativa de diferentes visões de um mesmo fato histórico: o apelo moral e humanitário do poeta condoreiro baiano versus o humor negro e a sátira dolorosa de um alemão nos primórdios do realismo. A organizadora priscila Figueiredo assina a apresentação, as notas e um anexo sobre os autores, o contexto histórico e as marcas passadas e persistentes da escravidão.

lEiturAs dE EscritOr ORGANIZAçãO ANA MARIA MACHADO

ILUSTRAçõES THAIS BELTRAME

256 PáGINAS

ISBN 978-85-60820-27-6

TEMAS LiterAturA CLássiCA e CoNtemPorâNeA • CoNtos

2013

sinopse em uma festa à fantasia, um camelo se casa com a encantadora de serpentes e arma uma grande confusão. Indignada, uma octogenária matriarca maldiz seus descendentes no dia de seu aniversário. Uma carta misteriosa desafia os métodos de investigação de um chefe de polícia. As histórias selecionadas neste livro são de autoria de edgar Allan poe, Machado de Assis, o. Henry, William somerset Maugham, saki, Francis scott Fitzgerald, Mário de Andrade, Virginia Woolf, Clarice Lispector, stanislaw ponte preta, Julio Cortázar, rubem Fonseca, Gabriel García Márquez e eric nepomuceno.

Livro indicado para maiores de 14 anos, pois há relato de erotismo e violência

cArActerísticAs dO gêNerOo estudo de textos do gênero poema possibilita que se note a expressão subjetiva do poeta para os fatos, o qual, fazendo

uso de recursos expressivos como seleção lexical, sonoridade, versos livres ou estruturas linguísticas não convencionais, permite que as situações do dia a dia ou históricas adquiram novos sentidos. o uso de figuras de linguagem como anáforas, metonímias, hipérboles, antíteses e metáforas contribui para a construção de sentidos originais. o contato e a investigação de poemas, mediados por um trabalho pedagógico consistente, favorecem que o educando tenha meios para identificar variadas estratégias discursivas. Ao longo das atividades sobre Navios negreiros, podem ser exploradas características do gênero poema e o uso de recursos da língua como um conteúdo conceitual referente à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais relacionados a estratégias de leitura, bem como pesquisa e conteúdos atitudinais relativos ao conteúdo dos poemas podem ser desenvolvidos durante o trabalho.

cArActerísticAs dO gêNerOtextos do gênero conto são definidos por sua brevidade. trata-se de uma narrativa curta e linear, envolvendo poucas

personagens e concentrada em uma ação principal, de curta duração temporal. em relação à linguagem, a estruturação de frases e as escolhas lexicais presentes nos contos podem caracterizar as personagens e o contexto em que a história se desenrola, possibilitando ao leitor construir uma imagem sobre o jeito de ser ou sobre a circunstância representada. no decorrer das atividades com os textos presentes em Leituras de escritor, podem ser exploradas características do gênero conto e os efeitos de originalidade produzidos por determinadas escolhas lexicais, caracterizando uma abordagem conceitual relacionada à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais relativos a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais associados à observação e à análise de diferentes situações poderão ser explorados durante as atividades realizadas. sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA

primeiramente, realizar um levantamento prévio com os alunos sobre escravidão e modos de representar histórias de opressão e violência. perguntar à classe se conhecem músicas, poemas, filmes ou outras obras artísticas que retratem o universo de pessoas escravizadas. em seguida, contextualizar a obra a ser lida, explicando a temática presente nos dois poemas de Navios negreiros. para auxiliar nesse processo, pode ser apresentada a sinopse do livro. Após essa etapa, solicitar a leitura da apresentação e do anexo presentes na obra e a verificação de dados históricos referentes ao período retratado nos poemas. Durante a leitura dos poemas, solicitar a observação e o registro, no caderno, da perspectiva com que cada eu lírico trata o tema da escravidão e também de quais os recursos linguísticos utilizados para a construção de efeitos de sentido. em sala de aula, separar os alunos em grupos e solicitar que compartilhem os registros e sintetizem as informações, para que sejam apresentadas oralmente em aula. no momento de socialização, é importante refletir com os alunos sobre como o tema escravidão é tratado em cada um dos poemas (apelo moral ou sátira) e sobre a relação entre o tratamento dado e o contexto vivenciado pelos autores. É importante abordar também os recursos de linguagem utilizados nos textos para a construção de efeitos de sentido inusitados. Depois, pode-se propor à turma uma pesquisa sobre poemas e músicas que tratem da escravidão e de situações de opressão – podem ser produções realizadas em outros momentos históricos ou na atualidade – para a apresentação em um sarau. orientar os alunos a pesquisar textos de autores e compositores diversos e trabalhar com a classe modalidades de apresentação oral, como declamação, leitura dramatizada, e jogral, a fim de preparar os alunos para o sarau. o evento pode ser aberto à comunidade, tendo como convidados estudantes de outras salas, pais, amigos, etc. A análise e a identificação dos recursos da linguagem utilizados nos poemas constituem uma abordagem conceitual dos conteúdos. para desenvolver a análise do texto, a pesquisa e o preparo para o sarau, contemplam-se conteúdos procedimentais. Conteúdos atitudinais estão presentes na reflexão sobre o tema dos poemas.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA A coletânea Leituras de escritor traz contos com diversas vertentes: de terror, fantástico, psicológico, humorístico,

entre outros. para iniciar o trabalho, é bastante produtivo contextualizar a obra, indicando a diversidade de enfoque, temas e autores que a compõem. Uma sugestão é ler a sinopse para os alunos e verificar se leram ou conhecem textos de alguns dos autores contemplados no livro. em seguida, propor a leitura compartilhada, em sala, de um dos contos. para tal, combinar com os alunos quem será o narrador (pode-se estabelecer mais de um aluno para ler os trechos do narrador) e quais alunos serão as personagens (caso haja discurso direto). É interessante que o(a) professor(a) selecione, previamente, alguns trechos do conto para que sejam comentados, de forma a destacar aspectos relacionados à estrutura da narrativa (situação inicial, estabelecimento de conflito, desenvolvimento, clímax e desfecho), à caracterização do espaço e das personagens, à marcação temporal dos fatos, ao uso de recursos expressivos da linguagem, e à alteração no uso de discursos (direto, indireto ou indireto livre). Após essa etapa, solicitar que os alunos, ao ler os contos, observem e registrem no caderno os aspectos vinculados à estrutura e aos elementos da narrativa, ao tema tratado no conto e aos recursos linguísticos utilizados. em sala de aula, separar os alunos em grupos, para que possam compartilhar as análises realizadas. propor então a socialização das análises, de forma que possam ser evidenciadas as diferenças temáticas, de estilo e de formação composicional dos textos, caracterizando a diversidade de autores e enfoques nos contos presentes na coletânea. para finalizar o trabalho, solicitar que cada grupo selecione um conto e elabore uma representação do texto, por meio de uma leitura dramatizada, uma esquete, ou um vídeo, por exemplo. para desenvolver essa etapa, é importante orientar os alunos a roteirizar o conto, a fim de garantir que os acontecimentos fundamentais da trama sejam representados. Ao final, socializar as apresentações com alunos de outras turmas ou séries, em um momento de interação cultural. A análise e a identificação do tema, da estrutura, dos elementos da linguagem e dos recursos expressivos presentes nos contos constituem uma abordagem conceitual dos conteúdos. para desenvolver a análise do texto e o preparo da representação do conto, contemplam-se conteúdos procedimentais. Conteúdos atitudinais estão presentes na reflexão sobre os temas abordados nas histórias.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArAo longo das atividades, pode-se realizar uma proposta interdisciplinar com História, trabalhando conceitos relativos

à escravidão. também é possível uma parceria com Arte, de forma a auxiliar na construção de uma abordagem cultural e artística do sarau.

Page 12: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

2322

9º ANO gênero: cONtO psicOlógicO

9º ANO gênero: textO eNciclOpédicO

imAgENs quE cONtAm O muNdO ERIC GODEAU

fOTOS AGÊNCIA MAGNUM

256 PáGINAS

ISBN 978-85-7675-182-3

TEMAS HistóriA CoNtemPorâNeA • Arte • fotoGrAfiA

2007

sinopse este livro reúne 300 fotografias da famosa agência Magnum, a qual foi fundada na França em 1947 por um grupo de fotógrafos, dentre eles Henri Cartier-Bresson, e se tornou referência para fotojornalistas. nesta obra são abordados alguns dos principais momentos da história política, social e cultural no mundo durante cinco décadas, com informações sobre contexto histórico, cronologia, trechos de canções que fizeram época e comentários dos fotógrafos. política, música, esporte, cultura, guerras, conflitos étnicos, nada escapa às lentes desses profissionais armados apenas de uma câmera para contar uma história.

lEiturAs dE EscritOr ORGANIZAçãO MOACyR SCLIAR

ILUSTRAçõES fEfÊ TALAVERA

224 PáGINAS

ISBN 978-85-60820-74-0

TEMAS LiterAturA CLássiCA e CoNtemPorâNeA • CoNtos

2008

sinopse Uma família aprisiona a mãe doente em um mundo de faz de conta a fim de protegê-la. A estupidez generalizada transforma um professor vigarista em celebridade. Uma joia emprestada e perdida arruína a vida de um casal. Um galanteador em férias apaixona-se por uma dama com um cachorrinho. essa coletânea reúne contos de Anton tchekhov, Julio Cortázar, edgar Allan poe, Guy de Maupassant, João simões Lopes neto, Frank stockton, Franz Kafka, Gabriel García Márquez, Mário de Andrade, Jack London, Lima Barreto, Clarice Lispector, Machado de Assis e Érico Veríssimo.

cArActerísticAs dO gêNerOo texto enciclopédico apresenta-se em agrupamentos sistemáticos, segundo a organização proposta por Dolz e schneuwly,

tendo por finalidade apresentar informações, legitimadas por alguma área do saber, como Ciências, História ou Arte, por exemplo. normalmente, apresenta linguagem objetiva, formal, podendo haver alguma informalidade quando se destina a crianças ou jovens. os textos podem ser organizados em ordem alfabética ou por alguma outra categoria (como períodos históricos, regiões do planeta, etc). É comum contarem com uma parte não verbal, como fotografias, mapas, ilustrações, esquemas. Ao longo da leitura de Imagens que contam o mundo, podem ser exploradas características de textos enciclopédicos e os efeitos de sentido produzidos por determinadas escolhas lexicais e de organização sintática, caracterizando uma abordagem conceitual relacionada à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais relativos a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais associados à observação dos diferentes contextos apresentados ao longo dos textos poderão ser explorados durante as atividades.

cArActerísticAs dO gêNerOContos psicológicos são narrativas em que se exploram o tempo e o espaço interiores, isto é, o tempo que flui de acordo com

o estado de espírito da personagem e o espaço que é o das emoções, dos pensamentos, das lembranças. nesses textos, é comum que as reflexões e os dilemas sejam provocados por fatos triviais, aparentemente sem importância. A narração desenvolve-se levada pelo fluxo de consciência da personagem, no qual as dimensões do tempo se fundem. outra característica é o monólogo interior, recurso de estilo presente na literatura contemporânea e que traz ao texto o que está inconsciente na personagem. Assim, o tempo cronológico – organizado de acordo com a sucessão de acontecimentos – e o tempo interior ou psicológico – que transcorre de acordo com o estado de espírito da personagem – confluem, sem marcas linguísticas que indiquem claramente o limite entre um e outro. no entanto, mesmo em contos predominantemente psicológicos, pode ser importante marcar com precisão algumas referências do tempo cronológico, contribuindo para a coerência do texto. em tais contos, o foco é a investigação do mundo interior das personagens, em uma tentativa de mostrar os impulsos e anseios comuns a todos os seres humanos. em relação à linguagem, a escolha de léxico usualmente remete a um mesmo campo de sentido e com a repetição de palavras, de forma a construir efeitos de sentido, revelando ao leitor quais são as ideias fundamentais do texto. na leitura de alguns contos presentes em Leituras de escritor, podem ser exploradas características do conto psicológico e os efeitos de sentido produzidos por determinadas escolhas lexicais, caracterizando uma abordagem conceitual relacionada à leitura e aos estudos linguísticos. Conteúdos procedimentais referentes a estratégias de leitura e conteúdos atitudinais associados à observação e análise de diferentes situações psicológicas poderão ser explorados durante as atividades.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA Inicialmente, realizar um levantamento prévio com os alunos sobre onde costumam fazer pesquisas quando há

necessidade de obter uma determinada informação. Após essa conversa informal, apresentar aos alunos o livro Imagens que contam o mundo, folheando-o e mostrando como ele é organizado: separado por décadas (dos anos 1950 aos anos 2000), contendo fotos de uma reconhecida agência de fotografia, textos explicativos e frases polêmicas. nesse momento, estabelecer, junto com os alunos, uma relação entre os textos e a possibilidade de, por meio deles, conhecer aspectos da história contemporânea, pesquisar dados e obter informações. em seguida, propor a leitura do livro e a realização de um diário de bordo, no qual os alunos registrem informações e acontecimentos que conheceram por intermédio dessa leitura . em sala de aula, organizar grupos e pedir que os alunos então partilhem as descobertas, comentando a forma como as informações são organizadas no livro e observando aspectos relacionados à formalidade dos textos. Depois, pode-se pedir que os grupos socializem as discussões realizadas e as informações registradas no diário de bordo de cada integrante. Finda mais essa etapa, é possível solicitar aos alunos a montagem de um painel com imagens, textos e frases relativas aos principais acontecimentos políticos, sociais e culturais ocorridos entre os anos 2000 e 2011, no Brasil e no mundo. É importante que esse painel seja montado em uma parte da escola onde haja circulação de pessoas. para realizar a atividade, é fundamental orientar o trabalho de pesquisa e a coleta de dados e imagens, podendo haver uso de meios eletrônicos e impressos. em relação à produção de textos, destacar a importância de estarem atentos em relação à formalidade e objetividade exigidos pela situação comunicativa. A análise e a identificação dos temas e da variação linguística presentes nos textos constituem uma abordagem conceitual dos conteúdos relacionados à leitura e aos estudos linguísticos. A análise dos textos, a pesquisa, a produção e a construção do painel contemplam o desenvolvimento de conteúdos procedimentais. Conteúdos atitudinais estão presentes na reflexão sobre os acontecimentos apresentados na obra.

sugestões de iNterveNçãO pedAgógicA Ao longo da coletânea Leituras de escritor, há contos com diversas vertentes: de terror, fantástico, psicológico, entre

outros. para trabalhar contos psicológicos, sugere-se que, durante a leitura dos textos “o peru de natal”, de Mário de Andrade; “Uma galinha”, de Clarice Lispector e “Missa do galo”, de Machado de Assis, os alunos observem e registrem os estágios da narrativa (situação inicial – transformação – clímax – desfecho), os elementos que compõem a narração (foco narrativo – espaço – tempo – personagens) e o tema de cada uma das tramas. Depois dessa etapa inicial, pede-se que os alunos, em grupo, compartilhem as informações e discutam quais aspectos do conto psicológico podem ser observados nas histórias. solicita-se também o levantamento das marcas linguísticas presentes nos textos que contribuam para o efeito de sentido e para o enfoque psicológico presente no conto. em seguida, pode-se pedir que cada um dos grupos selecione um conto e apresente os estágios e elementos da narração e a perspectiva psicológica observados. Após a apresentação dos grupos, é bastante produtivo organizar com a classe um debate em que sejam discutidas as possibilidades interpretativas dos contos lidos e quais recursos nele presentes permitem legitimar ou não determinadas leituras. nesse momento, também é importante abordar a possibilidade de os textos ficcionais contemplarem aspectos não somente relacionados à ação e relato de fatos, mas à discussão da condição e de valores humanos. Feito o debate, pode-se pedir que os alunos registrem, como um exercício de síntese, as ideias discutidas em sala de aula. As atividades de análise dos contos, organização e realização das diferentes etapas dos trabalhos em grupo contemplam o desenvolvimento de conteúdos procedimentais. A discussão sobre as diferentes possibilidades de interpretação das situações possibilitam a abordagem de conteúdos atitudinais.

pOssibilidAdes de AbOrdAgem iNterdiscipliNArno decorrer das atividades, pode-se realizar uma proposta interdisciplinar com História, auxiliando assim o trabalho

de pesquisa dos alunos sobre acontecimentos recentes na história do Brasil e mundial. pode-se propor também uma parceria com Arte, de forma a analisar o registro fotográfico em sua dimensão artística.

Page 13: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

2524

ConHeçA o GUIA De LeItUrAA seGUIr, ConHeçA eM DetALHes o GUIA De LeItUrA Do LIVro HISTóRIA DOS MAORI, UM POVO DA OCEANIA. os GUIAs De LeItUrA são prepArADos espeCIALMente pArA InspIrAr o proFessor eM seU trABALHo CoM A LIterAtUrA eM sALA De AULA.

Histórias dos Maori,um povo da OceaniaClaire Merleau-Ponty e Cécile Mozziconacci

Tradução Marcos BagnoIlustrações Joëlle JolivetTemas Diversidade cultural; Contos populares;

Respeito pelo diferente; Relação com a natureza

Série Lugar de lendas

72 páginas

Aprendendo sobre culturAs diferentes

O livro Histórias dos Maori, um povo da

Oceania versa sobre lendas e mitos conta-

dos há séculos entre os Maori, população natural

da Nova Zelândia que, vinda da Polinésia, lá se ins-

talou há aproximadamente mil anos.

Iniciada em fins do século XVIII pelos ingleses, a

colonização da Nova Zelândia trouxe consigo con-

flitos por terra entre os nativos e os recém-chega-

dos e, conseqüentemente, a brutal diminuição da

população original. O encontro cultural entre Ma-

ori e ingleses, apesar de ter causado forte impacto

negativo sobre os autóctones, permitiu que suas

lendas e mitos fossem divulgadas e conhecidas em

outros lugares do mundo. George Grey, governador

Lugar de Lendas

A série Lugar de lendas traz histórias de povos ao

redor do mundo. Por meio de heróis brincalhões,

animais que falam e astros que se transformam em

seres humanos, o entendimento do que é a realidade

– com todas suas adversidades e felicidades – passa

pelo criar e contar histórias.

Os três primeiros livros da série trazem narrativas de

povos da Tailândia (Jawi), Oceania (Maori) e Alasca

(Sugpiaq). Tendo como ponto de partida as viagens

de etnólogos a cada um dos locais, os livros traçam

as descobertas de cada estudioso sobre os povos e

apresentam ao leitor as histórias recolhidas.

Ao entrar em contato com o universo mágico de

povos distantes, percebemos novas formas de

entender a realidade e decifrar o mundo.

Guia de Leitura

para o professor

Histórias dos Maori,um povo da Oceania

Claire Merleau-Ponty e CéCile MozziConaCCi

da Nova Zelândia, em meados do século XIX, foi o primeiro euro-

peu a se interessar por essa riquíssima tradição cultural e a recolher

entre os habitantes locais os relatos de suas fascinantes histórias.

Povoada por deuses e semideuses, a religião maori inspira mui-

tos dos contos e lendas desse povo de guerreiros e pescadores que,

durante séculos, viveu em harmonia com a natureza. O patrimônio

cultural dos Maori abrange muitas narrativas fantasiosas, trans-

mitidas de geração em geração, normalmente através da oralidade,

sobre eventos que mesclam acontecimentos da vida cotidiana com

a tradição e com uma extraordinária carga de inventividade.

Os contos, dotados de grande originalidade, permitem ao leitor

que conheça o universo mítico maori, além dos aspectos fundamen-

tais da sua cultura. Um dos últimos povos do planeta a entrar em

contato com a civilização ocidental, os Maori souberam, em especial

no século XX, preservar sua cultura da destruição, ensinando às no-

vas gerações a língua maori – que pertence ao grupo austronésio, do

qual também fazem parte as sociedades havaianas e samoanas.

Os contos e lendas dos diversos povos instalados ao redor do

planeta possibilitam compreender aspectos específicos das cul-

turas, tais como a organização da vida cotidiana, os sistemas de

crenças e ritos que acompanham momentos da vida de uma co-

munidade. O conhecimento dos relatos maoris permite ao leitor

diversificar e enriquecer seu olhar, aprendendo a valorizar a ri-

queza e a alteridade das diferentes sociedades.

Apesar das especificidades, devidas aos espaços geografica-

mente demarcados e às línguas diferentes, as lendas e mitos tra-

zem conhecimentos, valores e maneiras de compreender o mun-

do. São as ferramentas dos vários povos espalhados em pontos

distantes do planeta para que mantenham sua memória coletiva,

tendo o passado como ponto crucial na construção da identida-

de. Afinal, a própria cultura é a memória coletiva.

Somente através do exercício da compreensão do diferente é

possível difundir entre as novas gerações as noções de respeito

à diversidade, valorização da singularidade, e a idéia de que a

verdadeira sabedoria e o conhecimento estão na preservação das

várias culturas humanas, com todas suas singularidades.

A memóriA coletivA

O século XX foi marcado por muitas guerras e mudanças –

nunca na história da humanidade houve tal acúmulo de trans-

formações em um mesmo espaço de tempo. Como lidar com to-

das elas, sem perder o referencial do que somos na coletividade?

Nova ZeLâNdia, terra de moNtaNhas e vuLcões

A Nova Zelândia está situada a

aproximadamente 1.900 quilômetros

do sudeste da Austrália, e é formada

por duas ilhas principais, separadas

pelo estreito de Cook: a Ilha do

Norte e a Ilha do Sul. Ainda há um

conjunto de ilhas menores espalhadas

no sudoeste do oceano Pacífico.

O território das ilhas é acidentado

e a presença de planícies, rara.

Há montanhas e vulcões, alguns

deles ainda em atividade. Uma das

paisagens neozelandesas mais célebres

são os famosos gêisers – fontes termais

que lançam jatos de água ou vapor.

O clima é temperado e oceânico e os

fortes ventos, assim como as chuvas

violentas, são comuns ao longo do

ano. A capital do país é Wellington, e

a cidade mais importante é Auckland,

ambas localizadas na Ilha do Norte.

A paisagem natural de florestas, com

suas densas coberturas vegetais, foi

drasticamente alterada desde fins do

século XIX para abrigar a pecuária.

Essa atividade, altamente mecanizada,

é um dos mais importantes setores da

economia do país atualmente. Além da

pujante indústria do setor alimentício,

a Nova Zelândia conta ainda com um

setor industrial diversificado nas áreas

de eletrônica, transporte, confecção,

calçados e de pesca. O turismo é

também um significativo setor da

economia do país.

A maioria da população é formada por

descendentes de europeus e o segundo

maior grupo populacional é formado

pelos Maori.

indicação da coleção a que o livro pertence.

resumo contendo os pontos principais da história do livro.

Ampliação do tema e referências teóricas para o professor.

>

Histórias dos Maori,um povo da Oceania

Claire Merleau-Ponty e CéCile MozziConaCCi

Na tentativa de estabelecer elos com a memória que forneçam

sentido para a história, surge o processo de “musealização” da cul-

tura, assim como novas modalidades de apropriação do espaço pú-

blico, tentando apaziguar a falta de marcas individuais nas grandes

metrópoles. Guardar a cultura em um museu, e fazer das paredes

dos imensos e frios edifícios painéis onde se expõem arte e subjeti-

vidade, é fazer da cultura parte essencial da formação da memória

coletiva – que salva cada indivíduo da alienação em si mesmo.

Se a cultura é mesmo um dos pilares de construção da memó-

ria coletiva, pode-se entender, em sociedades primitivas, como

a manutenção dos costumes, histórias, danças e rezas funciona

concomitantemente como preservação – e renovação – da sua

identidade como povo.

Preservar é atualizar, fazer com que a história seja reconstruída

cotidianamente. Numa sociedade primitiva, as histórias e, mais

especificamente, o orador, funcionam como mantenedores de toda

experiência acumulada. Contar histórias é uma maneira de man-

ter vivas alegrias, tristezas, ensinamentos e toda a matéria intocá-

vel que faz parte da construção de cada sujeito e da coletividade.

Aristóteles, filósofo grego (384-322 a.C.), discerniu de modo

claro dois momentos diferentes na memória: o armazenamen-

to (“memorizar”) e o uso de recordações (“recordar-se”). O re-

cordar, diferente da memória que se armazena, só existe quando

complementado com o esquecer. Para o filósofo, a memória tem

papel cultural na fisiologia da mente e na tríade dos “sentidos

internos”: fantasia, razão e a própria memória.

As fAntásticAs históriAs dos mAori

Histórias dos Maori, um povo da Oceania traz lendas que inte-

gram o universo mítico e religioso desse povo. Os textos mostram

questões ligadas à vida cotidiana, às crenças e aos rituais dessa

população, nos mais diversos momentos. Os pequenos relatos,

plenos de humor e encantamento, revelam particularidades e nos

permitem conhecer um pouco mais desse fascinante universo.

Os amOres de rangi e PaPa

Lenda que narra o nascimento do mundo e o amor de Rangi,

o Céu, e de Papa, a Terra, e como seus filhos resolvem fazer com

que a luz tome conta do Universo, expulsando a escuridão que

nele nele reina.

sobre os maoriSegundo apontam as pesquisas mais

recentes, os Maori são de origem

polinésia; e, quando da chegada

dos europeus à região – última a ser

desbravada pelas Grandes Navegações

da Época Moderna –, já habitavam a

Nova Zelândia desde muito, vindos em

grandes canoas das ilhas polinésias.

O primeiro contato com os europeus

se deu em 1642, com o navegador

holandês Abel Tasman. Todavia

foram os ingleses que efetivamente

exploraram a região, e, em 1769,

o célebre capitão James Cook, nas

várias expedições de reconhecimento

e exploração, elaborou um mapa

detalhado das ilhas que então

passaram ao domínio inglês.

Os relatos produzidos por esses

primeiros exploradores retratam os

Maori como uma população formada

essencialmente por guerreiros que

viviam em meio a constantes conflitos

intertribais. A chegada dos europeus e o

uso de armas de fogo desestabilizaram

o antigo equilíbrio que existira até

então, e várias tribos acabaram por

desaparecer. A exemplo do que se dera

na América, doenças trazidas pelos

europeus também foram responsáveis

pelo extermínio de uma parcela

considerável da população maori.

Usadas inicialmente como ilhas de

degredados pela Coroa britânica,

aos poucos as ilhas foram se

desenvolvendo economicamente, o

que novamente provocou choques

entre os guerreiros maoris e os

colonizadores ingleses. Na raiz

desses conflitos estava a questão da

posse de terra. Os embates foram

Histórias dos Maori,um povo da Oceania

Claire Merleau-Ponty e CéCile MozziConaCCi

das tradições está sendo, aos poucos, recuperado. Outra importante medida foi a criação de estações de rádios e canais de televisão especializados. Em 2004, conseguiram eleger 16 representantes para o Parlamento neozelandês.

particularmente tensos na Ilha do

Norte, onde as guerras vitimaram

grande parte da população nativa.

Some-se ao impacto da colonização

inglesa o fato de que, desde o princípio

da exploração da região, as ilhas

passaram a receber missionários

católicos e protestantes para

evangelizar as populações autóctones,

provocando mudanças na vida

cotidiana e em práticas religiosas

seculares.

Em 1840, o Tratado de Waitangi foi firmado pela Coroa britânica a fim de regulamentar as relações entre os Maori e os colonizadores, impedindo as pretensões francesas em relação à posse das ilhas. Foi esse tratado que garantiu aos Maori a propriedade de suas terras. Em troca se permitiu a instalação dos colonizadores, que na prática significou o controle efetivo das ilhas pelos ingleses. Apesar da assinatura do Tratado, os conflitos entre colonizadores e nativos continuaram: ao final do século XVIII, a população genuinamente maori havia diminuído assustadoramente. Em 1947, a Nova Zelândia tornou-se um domínio independente. A partir do século XX houve um significativo aumento da população maori no país, e conforme dados de 2001, hoje eles chegam a mais de 15% da população do país.

Há grupos maoris que vivem em áreas distantes e isoladas, nas habitações tradicionais em regiões rurais; a maioria da população, todavia, localiza-se nos grandes centros urbanos e apresenta forte grau de organização em relação ao governo e à sociedade civil. Escolas e centros de convivência e resgate da memória maori estão espalhados pelo país e o ensino da língua, da cultura e

a avó e sua mandíbuLa mágica

Conto que trata do semideus Maui e de suas peripécias para

conseguir a mandíbula da avó, que contém poderes mágicos.

PescandO as iLhas

Outra lenda sobre o semideus Maui e as peças que ele prega

em seus irmãos com a magia. Certo dia, já que os irmãos nunca

deixam que ele vá pescar em sua companhia, Maui decide pescar

o maior peixe jamais visto. A história revela a importância do

mar na vida cotidiana da população maori.

O sOL PresO na armadiLha A história conta como aconteceu a captura do Sol pelos Mao-

ri, e o estabelecimento da duração de tempo específica para que

o astro fizesse seu movimento no céu.

maui brinca cOm fOgO

Nesta história, o semideus Maui prega uma peça nos homens

de sua aldeia, apagando o fogo que mantinha as casa iluminadas

e que permitia que os alimentos fossem cozidos. Para recuperá-

lo, Maui terá de enfrentar a fúria de Mahuika, a deusa do fogo.

uma viagem aO céu

Narrativa sobre a jovem Hanai, que vivia no céu e todos os

dias observava um homem, chamado Tawhaki, que morava na

Terra. Eles casam-se e têm uma filha. Porém, se separam e Hanai

volta novamente para o céu, levando a criança. Tawhaki decide

ir atrás delas.

a PirOga de rata

Conto que narra a história de Rata, jovem que quer vingar a

morte do pai e dar a ele uma sepultura. Para tanto, tenta cons-

truir uma piroga com a melhor e mais forte árvore da floresta,

com a qual irá atrás do assassino.

O PássarO estranhO Certo dia, o grande deus Tane descobre que sua floresta corre

perigo e necessita da ajuda dos pássaros. Estes, porém, não estão

dispostos a fazer sacrifícios. o boxe lateral traz curiosidades e informações complementares ao tema principal abordado no livro.

Page 14: DICAS PARA UM TRABALHO INTEGRADO > 6º A O 9º ANO EN

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Histórias dos Maori,um povo da Oceania

Claire Merleau-Ponty e CéCile MozziConaCCi

duraNte a LeituraAgora que os alunos estão entrando em contato com as tradi-

ções neozelandezas, é interessante que pesquisem sobre o país e

o continente onde ficam, a Oceania. A Nova Zelândia tem dados

interessantíssimos não apenas na área cultural, mas na geográfi-

ca: em diversos pontos das ilhas que formam o país há vulcões e

gêiseres, fontes termais que lançam jatos de água ou vapor. Com

a ajuda do professor de geografia, os alunos podem fazer uma

pesquisa e descobrir mais sobre a Nova Zelândia.

Além disso, podem assistir ao filme Encantadora de baleias,

que conta justamente a história de uma menina maori que en-

frenta o avô ao precisar assumir a liderança da tribo onde vive.

Ao ver o filme, os alunos podem ser divididos em grupos que

fiquem responsáveis cada qual por um aspecto exibido no lon-

ga-metragem: hábitos culturais (dança, festas, culinária), ves-

tuário, organização da tribo (quais são as funções de homens

e mulheres). Depois do filme, cada grupo pode exibir sua cole-

ta de dados e os alunos podem procurar nas lendas do livro as

mesmas referências.

depois da LeituraQuando os alunos terminarem de ler o livro, o professor pode

incentivar uma conversa informal, perguntando se eles gosta-

ram das lendas, o que acharam de interessante, de diferente. Tal

conversa é importante para que os alunos percebam o quanto

pesquisaram e conheceram sobre uma sociedade completamen-

te diversa daquela em que vivem – urbana e com uma maneira

diversa de lidar com a história e a memória.

Como exercício de comparação, já que durante a leitura os

alunos pesquisaram sobre a Nova Zelândia, o professor pode

pedir às crianças que procurem pela cidade instalações, picha-

ções, grafites, obras artísticas que signifiquem uma tentativa de

expressar a individualidade dentro do coletivo. Tal pesquisa pode

ser organizada e acompanhada pelo professor de arte, que inclu-

sive pode explicar aos alunos o que é a arte urbana. Dessa forma,

os alunos perceberão que a sociedade contemporânea em que vi-

vem também tem seus recursos para redigir sua própria história,

e suas maneiras de guardá-la.

Histórias dos Maori,um povo da Oceania

Claire Merleau-Ponty e CéCile MozziConaCCi

Elaboração do guia LíLian Lisboa Miranda (professora-doutora do centro universitário fundação santo andré); PrEParação MaLu rangeL; rEvisão gisLaine Maria da siLva

fiLmes para o professor e o aLuNo• O piano [The piano], direção de Jane Campion, 1993.

• Encantadora de baleias [Whale rider], direção de Niki Caro, 2002.

bibLioGrafia para o professor• Identidade e antropologia maori na Nova Zelândia. Ranginui,

Walker. Mana, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, 1997. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php/script_sci_home/lng_pt/nrm_iso

bibLioGrafia para o aLuNo• Os amantes do lago Rotorua. Rogério Andrade Barbosa.

Edições SM, São Paulo, 2005.

Conta a história de um casal de tribos diferentes que se apaixona. Para ficar juntos, eles transpõem todas as dificuldades que aparecem.

Site• www.brasilnovazelandia.org.br

Neste site, podem-se encontrar algumas informações gerais sobre o país, seus costumes e cultura.

Histórias dos Maori,um povo da Oceania

Claire Merleau-Ponty e CéCile MozziConaCCi

históriAs em sAlA de AulA

Para Onde fOi a mãe de tuhuruhuru?Lenda sobre a história de Tuhuruhuru, jovem filho do chefe

Tiniau, e da busca por sua verdadeira mãe, que vivia em outra aldeia.

O triste fim de tutunui, a baLeia

O chefe Tinirau sabia se comunicar com as baleias. Certo dia, resolve oferecer uma festa a seu filho e chama o grande chefe da aldeia vizinha, que acaba matando sua baleia preferida. Para vin-gar-se, o chefe decide comê-lo. A lenda explica o nascimento do canibalismo entre os Maori como uma prática ritual. Histórias dos Maori, um povo da Oceania traz lendas que integram o uni-verso mítico e religioso desse povo. Os textos mostram questões ligadas à vida cotidiana, às crenças e aos rituais dessa população, nos mais diversos momentos. Os pequenos relatos, plenos de hu-mor e encantamento, revelam particularidades e nos permitem

conhecer um pouco mais desse fascinante universo.

aNtes da LeituraAntes de os alunos começarem a ler, é interessante organizar

um bate-papo informal, perguntando a eles qual a importância que a memória tem em suas vidas. Eles gostam de relembrar o que passou, como uma viagem, uma festa, ou mesmo um aconteci-mento desagradável? Por que relembrar é importante? E no cam-po coletivo? A história se constrói também a partir da memória?

A partir dessas reflexões, os alunos podem entender a impor-tância de preservar o passado e de cultivar a memória para tecer a própria história, assim como a história da comunidade.

O professor pode pedir aos alunos que busquem em sua fa-mília, ou mesmo no bairro, acontecimentos que fazem parte da história dos indivíduos e do lugar. Depois dessa atividade, que cada um pode relatar numa redação, contar que eles lerão um livro que fala sobre lendas de um povo distante, passadas de pai para filho – e que também funcionam como maneira de manter

intacta a tradição e a memória de uma sociedade.

antes, durante e depois da leitura traz sugestões de abordagens para melhor explorar os temas do livro e auxiliar o trabalho orientado do professor.

Ao final do Guia de Leitura estão disponíveis ferramentas de apoio, com sugestões de filmes, sites e bibliografia para o professor e para o aluno, para ampliar o trabalho dentro e fora da sala de aula.

Conheça outros Guias de Leitura

completos disponíveis em nosso

site <ww.edicoessm.com.br>

Histórias dos Maori,um povo da Oceania

Claire Merleau-Ponty e CéCile MozziConaCCi

duraNte a LeituraAgora que os alunos estão entrando em contato com as tradi-

ções neozelandezas, é interessante que pesquisem sobre o país e

o continente onde ficam, a Oceania. A Nova Zelândia tem dados

interessantíssimos não apenas na área cultural, mas na geográfi-

ca: em diversos pontos das ilhas que formam o país há vulcões e

gêiseres, fontes termais que lançam jatos de água ou vapor. Com

a ajuda do professor de geografia, os alunos podem fazer uma

pesquisa e descobrir mais sobre a Nova Zelândia.

Além disso, podem assistir ao filme Encantadora de baleias,

que conta justamente a história de uma menina maori que en-

frenta o avô ao precisar assumir a liderança da tribo onde vive.

Ao ver o filme, os alunos podem ser divididos em grupos que

fiquem responsáveis cada qual por um aspecto exibido no lon-

ga-metragem: hábitos culturais (dança, festas, culinária), ves-

tuário, organização da tribo (quais são as funções de homens

e mulheres). Depois do filme, cada grupo pode exibir sua cole-

ta de dados e os alunos podem procurar nas lendas do livro as

mesmas referências.

depois da LeituraQuando os alunos terminarem de ler o livro, o professor pode

incentivar uma conversa informal, perguntando se eles gosta-

ram das lendas, o que acharam de interessante, de diferente. Tal

conversa é importante para que os alunos percebam o quanto

pesquisaram e conheceram sobre uma sociedade completamen-

te diversa daquela em que vivem – urbana e com uma maneira

diversa de lidar com a história e a memória.

Como exercício de comparação, já que durante a leitura os

alunos pesquisaram sobre a Nova Zelândia, o professor pode

pedir às crianças que procurem pela cidade instalações, picha-

ções, grafites, obras artísticas que signifiquem uma tentativa de

expressar a individualidade dentro do coletivo. Tal pesquisa pode

ser organizada e acompanhada pelo professor de arte, que inclu-

sive pode explicar aos alunos o que é a arte urbana. Dessa forma,

os alunos perceberão que a sociedade contemporânea em que vi-

vem também tem seus recursos para redigir sua própria história,

e suas maneiras de guardá-la.

Histórias dos Maori,um povo da Oceania

Claire Merleau-Ponty e CéCile MozziConaCCi

duraNte a LeituraAgora que os alunos estão entrando em contato com as tradi-

ções neozelandezas, é interessante que pesquisem sobre o país e

o continente onde ficam, a Oceania. A Nova Zelândia tem dados

interessantíssimos não apenas na área cultural, mas na geográfi-

ca: em diversos pontos das ilhas que formam o país há vulcões e

gêiseres, fontes termais que lançam jatos de água ou vapor. Com

a ajuda do professor de geografia, os alunos podem fazer uma

pesquisa e descobrir mais sobre a Nova Zelândia.

Além disso, podem assistir ao filme Encantadora de baleias,

que conta justamente a história de uma menina maori que en-

frenta o avô ao precisar assumir a liderança da tribo onde vive.

Ao ver o filme, os alunos podem ser divididos em grupos que

fiquem responsáveis cada qual por um aspecto exibido no lon-

ga-metragem: hábitos culturais (dança, festas, culinária), ves-

tuário, organização da tribo (quais são as funções de homens

e mulheres). Depois do filme, cada grupo pode exibir sua cole-

ta de dados e os alunos podem procurar nas lendas do livro as

mesmas referências.

depois da LeituraQuando os alunos terminarem de ler o livro, o professor pode

incentivar uma conversa informal, perguntando se eles gosta-

ram das lendas, o que acharam de interessante, de diferente. Tal

conversa é importante para que os alunos percebam o quanto

pesquisaram e conheceram sobre uma sociedade completamen-

te diversa daquela em que vivem – urbana e com uma maneira

diversa de lidar com a história e a memória.

Como exercício de comparação, já que durante a leitura os

alunos pesquisaram sobre a Nova Zelândia, o professor pode

pedir às crianças que procurem pela cidade instalações, picha-

ções, grafites, obras artísticas que signifiquem uma tentativa de

expressar a individualidade dentro do coletivo. Tal pesquisa pode

ser organizada e acompanhada pelo professor de arte, que inclu-

sive pode explicar aos alunos o que é a arte urbana. Dessa forma,

os alunos perceberão que a sociedade contemporânea em que vi-

vem também tem seus recursos para redigir sua própria história,

e suas maneiras de guardá-la.

Histórias dos Maori,um povo da Oceania

Claire Merleau-Ponty e CéCile MozziConaCCi

históriAs em sAlA de AulA

Para Onde fOi a mãe de tuhuruhuru?Lenda sobre a história de Tuhuruhuru, jovem filho do chefe

Tiniau, e da busca por sua verdadeira mãe, que vivia em outra aldeia.

O triste fim de tutunui, a baLeia

O chefe Tinirau sabia se comunicar com as baleias. Certo dia, resolve oferecer uma festa a seu filho e chama o grande chefe da aldeia vizinha, que acaba matando sua baleia preferida. Para vin-gar-se, o chefe decide comê-lo. A lenda explica o nascimento do canibalismo entre os Maori como uma prática ritual. Histórias dos Maori, um povo da Oceania traz lendas que integram o uni-verso mítico e religioso desse povo. Os textos mostram questões ligadas à vida cotidiana, às crenças e aos rituais dessa população, nos mais diversos momentos. Os pequenos relatos, plenos de hu-mor e encantamento, revelam particularidades e nos permitem

conhecer um pouco mais desse fascinante universo.

aNtes da LeituraAntes de os alunos começarem a ler, é interessante organizar

um bate-papo informal, perguntando a eles qual a importância que a memória tem em suas vidas. Eles gostam de relembrar o que passou, como uma viagem, uma festa, ou mesmo um aconteci-mento desagradável? Por que relembrar é importante? E no cam-po coletivo? A história se constrói também a partir da memória?

A partir dessas reflexões, os alunos podem entender a impor-tância de preservar o passado e de cultivar a memória para tecer a própria história, assim como a história da comunidade.

O professor pode pedir aos alunos que busquem em sua fa-mília, ou mesmo no bairro, acontecimentos que fazem parte da história dos indivíduos e do lugar. Depois dessa atividade, que cada um pode relatar numa redação, contar que eles lerão um livro que fala sobre lendas de um povo distante, passadas de pai para filho – e que também funcionam como maneira de manter

intacta a tradição e a memória de uma sociedade.

A sociedade atual pressupõe indivíduos aptos a lidar com a imensa quantidade de informação que recebem diariamente. para tanto, é

necessário que a escola forme leitores proficientes, que consigam não apenas decodificar, mas interpretar, compreender, selecionar, posicionar-

se criticamente diante de um texto, seja ele verbal, não verbal, impresso ou virtual. Assim, desenvolver a competência leitora é fundamental,

tanto na perspectiva acadêmica como na social.

A escola e a formação do leitor é o tema da terceira edição da série gestor escolar.

A sM, com objetivo de promover maior integração entre e a teoria e a prática pedagógica, desenvolveu a série Gestor escolar, que oferece

material especialmente desenvolvido para a compreensão, reflexão e transformação da prática escolar. sempre amparados pelos mais

renomados especialistas do tema abordado, a série Gestor escolar é composta por: vídeos e depoimentos inéditos, atividades introdutórias,

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Acesse o conteúdo completo das edições anteriores da Série gestor escolar no canal Somos Mestres e no site www.edicoessm.com.br.

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Gestor esCoLAr> vEm Aí mAis umA EdiçãO dA sériE gEstOr EscOlAr – A EscOlA E A fOrmAçãO dO lEitOr

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Ceará[email protected] (85) 3013 0400

Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] (62) 3087 0848 / 3087 0099

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Maranhã[email protected] (98) 3271 9372

Pará[email protected] (91) 3230 4564

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Paraná e Santa [email protected] [email protected] Divulgação

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Rio Grande do [email protected] (84) 3081 3351

Rio Grande do [email protected] Divulgação

(51) 3013 3376 Vendas

(51) 3028 3086

São [email protected] (11) 2111 4400

>> educação infantilOferece à criança um material que permite brincadeira, interação e novas descobertas do mundo.

>> ensino fundamental i 1º ao 5º ano

Desenvolve autonomia, cidadania, imaginação e habilidades necessárias para a formação do aluno.

>> ensino fundamental ii 6º ao 9º ano

Contribui com a formação integral do aluno, para torná-lo um cidadão participativo e autônomo.

>> ensino médioContribui para o pleno exercício da cidadania, autonomia, reflexão e aplicação dos conceitos científicos.

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