currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

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1 CURRÍCULO REFERÊNCIA DE GEOGRAFIA Ensino Fundamental 6º ao 9º Ano

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Page 1: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

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CURRÍCULO REFERÊNCIA

DE

GEOGRAFIA

Ensino Fundamental 6º ao 9º Ano

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APRESENTAÇÃO

Os impactos ambientais, culturais, sociais e econômicos nos dias atuais são

visíveis e interferem nos modos de como o homem se relaciona com a natureza e com

suas comunidades. É um desafio social a ser enfrentado devido à complexidade de

tipos existentes e de suas inúmeras manifestações.

Vivemos em um mundo complexo e que se transforma em ritmo acelerado.

Modificações nos modos de se comunicar, de produzir, de se divertir e obter

informações vão se processando rapidamente, abrem-se novas possibilidades de

conhecer, compreender e analisar as paisagens e o espaço geográfico,

particularmente com o desenvolvimento da era digital. Neste mundo em mudança são

múltiplas as possibilidades de comunicação, e o volume de informações é enorme.

Nesse contexto o Currículo Referência de Geografia, ciência que estuda o

espaço organizado pela sociedade e, portanto, a própria sociedade, vem colaborar

com estratégias didáticas para que os educadores possibilitem aos educandos

compreenderem melhor a dinâmica do mundo em que vivem, pois, o conhecimento

geográfico tem um significado bastante concreto e está presente no cotidiano das

pessoas.

Doralice Neponucena Ferreira Técnica em Assuntos Educacionais – Geografia

Fernanda Suely de Sousa Soares Técnica em Assuntos Educacionais - Geografia

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1 O ENSINO DA GEOGRAFIA: contextualização histórica

Os saberes geográficos historicamente constituídos foram sistematizados

como produção científica a partir do século XIX, muito depois de terem sido aplicados

em investigações sobre a forma e tamanho da Terra, relações entre cheias de rios,

estações do ano, áreas cultiváveis: investigações e registros em grandes viagens e

de eventos gerados nas relações entre sociedades e entre estas e a natureza. Como

ciência, a Geografia se tornou um campo do saber interessado nas inter-relações

dinâmicas entre elementos humanos e não humanos, materiais e não materiais, em

sua distribuição pelo mundo, o que constitui o espaço geográfico, em construção

constante.

Nos últimos vinte anos, o ensino de Geografia sofreu muitas transformações.

Em parte, este processo de renovação partiu de críticas ao ensino tradicional

fundamentado na memorização de fatos e conceitos e na condução de um

conhecimento enciclopedista, meramente descritivo e em grande parte sem relação

com a realidade. No Brasil, estas críticas, provenientes de segmentos da sociedade

engajados na democratização do país, fundamentaram-se na necessidade de se

estabelecer a dimensão de tempo na investigação do espaço geográfico, de forma a

desvendar as origens e os processos de evolução dos diferentes fenômenos

geográficos.

Analisar o espaço geográfico, categoria central da ciência geográfica,

proporciona a compreensão de como diferentes grupos de pessoas relacionam-se

entre si e com o meio, constituindo espacialidades, ao mesmo tempo em que são

constituídas por elas. Fazer a geografia acontecer como saber importante para os/as

estudantes, na escola contemporânea, implica torná-la presente no cotidiano de

crianças, de jovens e de adultos, provocando questionamentos, observações e

análises como novas aprendizagens, intervenções e proposições para situações de

suas vidas.

O diversificado conjunto de conhecimentos que atravessa a Geografia escolar

permite articulá-los a outros componentes curriculares. À Matemática, em raciocínios

de extensão, de proporção, de cálculos em escalas, de quantificações em taxas

populacionais; de medições em altitudes, alturas e profundidades, por exemplo. Às

Ciências da Natureza, na compreensão sobre processos climáticos, geomorfológicos,

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geológicos, astronômicos e na análise ambiental, entre outras aprendizagens. Às

Linguagens, na exploração de registros verbais, imagéticos, corporais e outros,

articula a criação de geografias em obras culturais, tanto comunicativas como

expressivas inaugurantes de novas espacialidades e novas subjetividades. Nas

Ciências Humanas, se estreitam as relações entre questões conceituais da Geografia

e outros componentes curriculares a partir de problemáticas atuais como violência,

diversidades sociais, trânsito, sustentabilidade, tecnologia, miséria, exclusão,

trabalho, lazer, entre outras questões que necessitam de aportes sociológicos,

filosóficos, históricos e geográficos, para não se tornarem ensaios fragmentados na

leitura do contexto em que se inserem e que acontecem.

Na escola, lugar onde o/a estudante se reinventa em sua particularidade,

experimenta, cria e produz saberes na coletividade, destaca-se a construção de

referenciais geográficos que lhe permitem localizar-se e orientar-se no mundo, tendo

como horizonte um futuro, sempre em construção, do qual é protagonista. “Localizar-

se” implica saber ler e compreender o meio no qual se insere, em variadas escalas, e

“orientar-se” implicar articular suas leituras e suas compreensões, como ser ativo

frente às possibilidades que constrói e das quais se apropria.

As perguntas curiosas dos/as estudantes sobre o que sabem o que não

sabem e sobre o que querem saber possibilitam a relação entre conhecimentos

formalizados e sua vida cotidiana, potencializando ações prazerosas de

aprendizagem. Essas perguntas, no início da escolarização, são especialmente

importantes para a alfabetização e para o letramento geográficos, que estabelecem a

progressão escolar em processos educativos específicos e interdisciplinares.

No Ensino Fundamental, a percepção de espacialidades vividas e da

alteridade, como elemento formador de processos espaciais, consubstancia-se como

conhecimento básico da Geografia, desdobrando-se em construções conceituais,

constituídas em diferentes linguagens e aplicações de saberes no decorrer dos anos

escolares.

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1.1 Por que Ensinar Geografia?

A preocupação das ciências geográficas é formar cidadãos críticos

participativos. Na escola ela vem contribuir significativamente na formação das

pessoas enquanto parte integrante do espaço, deixando a ideia homem, natureza e

abraçando a proposta homem, natureza, meio ambiente e equilíbrio biológico.

Percebe-se a preocupação de uma significativa mudança em que a geografia passa

do processo decorativo para o uso crítico da memória, onde se norteia não em uma

geografia voltada para os adjetivos pátrios dos diferentes lugares, mas uma geografia

dialógica, voltada para as necessidades geoespaciais do mundo sociocultural

globalizado.

As questões socioeconômicas de nosso país são de grande importância, e

retratam graves distorções da distribuição da riqueza produzida, seja no campo ou na

cidade. Portanto, as fortes desigualdades sociais reinantes no Brasil devem ser

tomadas como uma espécie de pano de fundo na definição dos objetos e finalidades

do ensino de geografia. Às desigualdades sociais devem ser agregadas à diversidade

étnico-cultural, tão marcante na realidade do país, mas tão comumente desprezada e

distorcida, gerando preconceitos.

Em outras palavras, lidar com princípios e saberes no ensino da geografia

deve possibilitar avanços na direção de uma sociedade mais justa e igualitária, na

valorização e no respeito às diferenças culturais. Trata-se de um compromisso ético,

a ser desenvolvido sem perder de vista o conteúdo geográfico e seu encaminhamento

metodológico. Ou seja, não se trata, em absoluto, de trabalhar valores em si mesmos,

em detrimento dos conteúdos escolares. Ao contrário, é no desenvolvimento do

trabalho pedagógico que o professor, sistematizando o conhecimento, possibilita o

enfrentamento das mais variadas questões da sociedade brasileira.

Os conceitos básicos das propostas pedagógicas devem sustentar as análises temáticas, e na medida em que forem significativos, devem ser aprofundadas para que seja realizada uma análise globalizada. (Currículo Referência Sc. 1998 p.180).

No decorrer da década de 90 o Ministério da Educação (MEC) adotou uma

política educacional centralizadora com a aplicação da lei 9.394/96 onde as propostas

curriculares dos estados foram debatidas a fim de gerar uma proposta única,

denominada Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que favoreceu as crianças e

jovens brasileiros de diferentes espaços um ensino globalizado de qualidade.

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No contexto dos Parâmetros Curriculares Nacionais, a Geografia assume

grande relevância, por apresentar como meta a busca de um ensino para a conquista

da cidadania brasileira, elemento norteador das temáticas com as quais a Geografia

trabalha. A escola deve ensinar Geografia de maneira que o estudante possa perceber

o lugar de vivência e as suas relações com outros locais próximos ou distantes.

Porém, ao mesmo tempo, deve-se assegurar que os alunos saibam observar e

descrever as cidades e países que estão estudando, ler um mapa, elaborar um mapa

mental, localizar esses lugares no mapa, compreender as relações econômicas e

políticas entre os países. Portanto, na escolha dos temas e conceitos, no ensino de

Geografia, é preciso levar em consideração as condições de aprendizagem e a

acessibilidade da faixa etária ao conhecimento geográfico. Os alunos aprendem a

construção dos conceitos pela ação.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais levaram em consideração as

transformações, valorizando o modo como o jovem estudante apreende o mundo em

que vive e introduzindo novos temas no currículo da disciplina. O encurtamento das

distâncias, associadas à expansão das redes de comunicação e transporte, assim

como as alterações promovidas nas relações de trabalho, foram transformados em

conteúdos curriculares.

Esta alteração de enfoque implica propostas educacionais que considerem a

interação entre conteúdos específicos da Geografia e as outras ciências,

possibilitando ao estudante, por intermédio da mediação realizada pelo professor,

ampliar sua visão de mundo por meio de um conhecimento autônomo, abrangente e

responsável.

1.1 Aprendizagem em Geografia

O Brasil tem um panorama diversificado em relação ao ensino de Geografia.

Em muitos lugares, há experiências que buscam mudanças na maneira como essa

disciplina, historicamente, foi tratada em sala de aula, ressaltam e valorizam o saber

geográfico para a formação dos estudantes da época atual. Entretanto, em muitas

realidades poucas mudanças têm sido verificadas no modo de ensinar, nos temas

tratados e no papel a ser desempenhado por professores e estudantes no processo

de aprendizagem. Assim, é evidente que há muito a ser feito no campo do ensino de

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Geografia. É preciso repensar efetivamente, a tradição didática da disciplina, fundada

no apego ao enciclopedismo, na ênfase à memorização de dados e informações

geográficas.

Atualmente, mostra-se fundamental que a Geografia introduza os estudantes

em discussões sobre os diferentes modos como os homens constroem e produzem o

espaço geográfico e, através do uso de diferentes linguagens, possibilite a eles

oportunidades de pesquisar, refletir, questionar e atuar de maneira ativa e crítica

nesse nosso mundo tão complexo. De modo mais específico, torna-se consensual a

ideia da construção de uma proposta pedagógica que leve em consideração:

1. A problematização e a reflexão sobre as práticas espaciais vivenciadas

pelos estudantes;

2. O uso de diferentes formas de registros, fontes e linguagens (cinema,

literatura, músicas, fotografias, textos jornalísticos, história em quadrinhos,

internet, as geotecnologias, etc.) que possibilitem a produção, a expressão de

ideias e a interpretação da geografia contemporânea;

3. A realização de atividades que permitam aos estudantes perceberem a

diversidade de opiniões e de pontos de vista sobre um determinado tema;

dessa forma, os relatos de vivências, depoimentos, argumentações e todas

as formas de expressão oral constituem o caminho mais profícuo para a

análise; o saber do estudante ganha, nessa etapa, um grande realce, pois é

para ele e com ele que a análise deve ser construída; os estudantes, ao

falarem e ao escreverem sobre suas vidas e sobre o seu espaço vivido, ao

representá-lo através de diferentes formas de expressão, expressam

maneiras de apreender o mundo; portanto, é preciso deixar que o estudante

fale de si próprio, do seu grupo de convivência e do seu espaço;

4. A observação, descrição, busca de dados e informações em diversas

fontes, comparação, análise e a explicação; o questionamento da realidade

com os estudantes e a organização de instrumentos de pesquisa que

permitam a busca de dados e informações sobre as questões levantadas que

favoreçam e ampliem a capacidade de reflexão do aprendiz, incluindo-o na

investigação e análise crítica sobre a sua vida, o seu espaço vivido e os

espaços mais amplos;

5. O trabalho de campo como uma das principais ferramentas da

Geografia, possibilita realizar a observação direta e a associação teórica e

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prática dos conhecimentos, como enriquecimento substancial das aulas.

Observar, descrever, analisar, organizar informações, comparar, representar

as paisagens por meio de desenhos e mapas constituem atividades possíveis

de serem realizadas em um trabalho de campo, dando significado ao ensino

e permitindo ao estudante vivenciar o espaço e compreendê-lo como um

construto humano.

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2 PROPÓSITOS GERAIS PARA O ENSINO DA GEOGRAFIA NO ENSINO

FUNDAMENTAL NOS ANOS FINAIS

A aprendizagem da geografia na educação básica, entendida como um

processo de construção da espacialidade deve considerar os seguintes objetivos:

Desenvolver domínios de espacialidade e deslocar-se com autonomia.

Reconhecer princípios e leis que regem os tempos da natureza e o

tempo social do espaço geográfico.

Diferenciar e estabelecer relações dos eventos geográficos em

diferentes escalas.

Elaborar, ler e interpretar mapas e cartas.

Distinguir os diferentes aspectos que caracterizam a paisagem.

Estabelecer múltiplas interações entre os conceitos de paisagem, lugar,

região e território.

Reconhecer-se, de forma crítica, como elemento pertencente e

transformador do espaço geográfico.

Realizar experiências de socialização e de vida em coletividade, em

diferentes espaços, tempos e interações conscientes, sendo nessas

experiências contempladas, sobretudo, as individualidades e as diversidades

culturais presentes.

Utilizar os conhecimentos geográficos para agir de forma ética e

solidária, promovendo a consciência ambiental e o respeito à igualdade e

diversidade entre os povos, todas as culturas e todos os indivíduos.

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3 CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA E SELEÇÃO DOS CONTEÚDOS

O ensino de Geografia requer compromissos com a opção teórico-

metodológica e com a escolha de conteúdos significativos para o desenvolvimento e

aprendizagem do aluno. Portanto, os conteúdos foram selecionados baseados em

quatro eixos do conhecimento:

O sujeito e o mundo;

O lugar e o mundo;

As linguagens e o mundo;

As responsabilidades e o mundo.

Eixo 1 - O sujeito e o mundo: a localização dos sujeitos de aprendizagem,

dos grupos sociais aos quais pertence e dos seus lugares de vivência, no conjunto de

relações mais amplas (sociais, ambientais, políticas, econômicas), cria referenciais de

espacialidades, a partir do cotidiano. Trata-se de uma abordagem relevante porque

permite que cada sujeito se reconheça como parte do lugar, ao mesmo tempo em que

perceba o lugar como parte de si, compreendendo que a espacialidade afeta a

subjetividade e que sua identidade se constrói na alteridade, também espacial.

Permite, ainda, o entendimento de que seu lugar de vivências é composto por

elementos de outros lugares, seja nas práticas sociais nele reterritorializadas (como,

por exemplo, modos de fazer/viver de migrantes e ancestrais), seja em objetos e ideias

que neles circulam (pelo comércio e pelas redes de comunicação), gerando critérios

para reconhecer limitações e possibilidades para o lugar.

Eixo 2 - O lugar e o mundo: o entendimento de que cada lugar se constitui

por trajetórias múltiplas, como resultado provisório de processos dinâmicos em

diferentes escalas geográficas, implica considerar a distribuição dos elementos

geográficos, das dinâmicas gerais da natureza e de processos sociais, econômicos,

técnicos, políticos, históricos pelo mundo, com maior ou menor grau de conexão entre

si, para explicar configurações dos lugares. Essa compreensão problematiza como

determinados setores da sociedade contemporânea, com poder sobre novas

tecnologias, excluem, ampliam e intensificam a produção de conhecimentos,

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controlando fluxos e monitorando informações em conexões entre indivíduos, grupos,

corporações e instituições.

Eixo 3 - As linguagens e o mundo: a apropriação de conceitos da Geografia

e o uso de múltiplas linguagens para expressá-los aproxima fazeres escolares e

modos de ver, pensar, ler, e escrever geografias. A apropriação, pelos/as estudantes,

dos conceitos de lugar, paisagem, região, território e escalas geográficas, para pensar

e explicar fatos, fenômenos e processos geográficos, requer a compreensão desses

conceitos como historicamente construídos e não como fatos em si mesmos. A

utilização de múltiplas linguagens favorece o diálogo com o universo conceitual, na

medida em que se conheçam princípios técnicos, tecnológicos e estéticos das

linguagens, aplicando-os na criação de obras para desenvolver processos de

investigação, de expressão e de comunicação de temas geográficos. Dentre as

linguagens mais utilizadas para compreender, fazer, registrar e expressar geografias,

estão as: cartográfica, de modelos, gráfica, audiovisual, pictórica e fotografia.

Eixo 4 - As responsabilidades e o mundo: como dimensão importante do

conhecimento geográfico na escola, explora-se o protagonismo, a responsabilidade e

a participação do/ a estudante em processos espaciais dinâmicos, a partir de ações

éticas e políticas. A problematização e a avaliação de questões populacionais,

conflitos, tensões, por exemplo, implica o reconhecimento da legitimidade e do direito

aos diversos modos de vida dos diferentes grupos sociais. Práticas de intervenção e

de cuidados com o mundo se fortalecem em análises da exploração de tecnologias,

de energia, do ambiente, do trabalho humano, fundamentando a avaliação e a adoção

de atitudes de consumo responsável, de promoção de sustentabilidade e de

solidariedade planetária.

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3.1 A Abordagem dos Conceitos Geográficos

A Geografia não trabalha apenas com a localização dos lugares e eventos no

espaço, mas se propõe também a explicação, análise e a significação dos eventos

presentes na construção desses lugares. É por isso que os conceitos geográficos são

importantes para a Geografia: eles servem para balizar, indicar, definir o ponto de vista

geográfico no processo de leitura e interpretação da organização escolar. Conforme

salienta Haesbaert (2010, p. 158), não podemos nos esquecer de que, por traz da

constelação de conceitos geográficos, “encontra-se nosso conceito mestre ou, como

preferimos, categoria chave, o espaço”.

Desse modo, o ensino de Geografia busca contribuir para que o estudante

possa, de forma autônoma, compreender as novas dinâmicas que se impõem ao

espaço geográfico, frutos da sociedade, ao longo do processo histórico. Para isso, a

seleção de conceitos geográficos básicos tem sido uma referência importante para a

organização de propostas curriculares e a orientação do trabalho com os conteúdos

geográficos, em sala de aula. Nessa perspectiva, consideramos os seguintes

conceitos estruturantes do pensamento geográfico escolar:

a) Lugar – O conceito de paisagem vincula-se fortemente ao conceito de

lugar, e este também se distingue do senso comum. Para a Geografia, o lugar

traduz os espaços nos quais as pessoas constroem os seus laços afetivos e

subjetivos, pois pertencer a um território e fazer parte de sua paisagem

significa estabelecer laços de identidade com cada um deles. É no lugar que

cada pessoa busca suas referências pessoais e constrói o seu sistema de

valores. São esses valores que fundamentam a vida em sociedade,

permitindo, a cada lugar, construir uma identidade própria.

b) Paisagem – Distinto do senso comum, esse conceito tem um caráter

específico para a Geografia. A paisagem geográfica é a unidade visível do

real e que incorpora todos os fatores resultantes da construção natural e

social. A paisagem acumula tempos e deve ser considerada como “tudo aquilo

que vemos o que nossa visão alcança” (SANTOS, 1998, p. 61). Dessa forma,

uma paisagem nunca pode ser destruída, ela está sempre se modificando. As

paisagens devem ser consideradas como a forma de um processo em

contínua construção, pois representam a aparência dos elementos

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construídos socialmente e, portanto, representam a essência da própria

sociedade que as constrói.

c) Território – O termo foi originalmente formulado pela Biologia no século

XVIII, compreendendo a área delimitada por uma espécie, na qual são

desempenhadas as suas funções vitais. Incorporado posteriormente pela

Geografia, o conceito ganhou contornos geopolíticos ao configurar se como o

espaço físico no qual o Estado se concretiza. Porém, ao se compreender o

Estado nacional como a nação politicamente organizada, estruturada sobre

uma base física, não é possível considerar apenas sua função política, mas

também o espaço construído pela sociedade. Portanto, o território deve ser

considerado a extensão apropriada e usada pela sociedade. Ao compreender

o que é o território, deve-se levar em conta toda a diversidade e a

complexidade de relações sociais, de convivências e diferenças culturais que

se estabelecem em um mesmo espaço.

d) Região – Porção do espaço geográfico assentada em uma unidade de

caracteres sejam físicos, políticos, culturais, econômicos e outros previamente

estabelecidos. A região também pode ser definida a partir da combinação de

diversos indicadores ou determinada por organismos governamentais.

e) Educação cartográfica – A alfabetização cartográfica deve ser entendida

como um dos instrumentos indispensáveis para a cidadania. Como afirma

(LACOSTE. 1988, p.38) “cartas, para quem não aprendeu a lê-las e a utilizá-

las, sem dúvida não têm qualquer sentido, como não teria uma página escrita

para quem não aprendeu a ler”. Portanto, uma educação que objetive a

formação do cidadão consciente e autônomo deve incorporar no currículo os

fundamentos da alfabetização cartográfica.

3.2 Os Objetivos de Aprendizagens no Ensino da Geografia

Apresentamos aqui a construção de uma proposta temática e conceitual para

o ensino de Geografia. Acreditamos que o estudo baseado em temas e conceitos

significativos possibilita a construção de um trabalho pedagógico mais rico, em sala

de aula, por meio da problematização e da análise das diversas dimensões da

experiência humana no espaço.

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Assim, procuramos construir outro caminho, diferente do sequenciamento

tradicional no ensino de Geografia, iniciado com a abordagem do espaço próximo até

chegar a espaços mais distantes. A consideração do conhecimento geográfico sugere

que os estudantes possam olhar a realidade, de forma a entender a espacialidade

complexa de que somos todos chamados a participar, nesse tempo de globalização e

de territórios conectados por redes informacionais. Para o conhecimento e a

interpretação da realidade, é fundamental que o estudante relacione o espaço vivido

com outras experiências, em outros espaços.

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4 PANORAMA GERAL DO COMPONENTE CURRICULAR GEOGRAFIA

Quadro 1: Panorama geral do componente curricular Geografia – 6º ano

TEMÁTICAS/CONTEÚDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 6º ANO

Eixo: O SUJEITO E O MUNDO

TEMÁTICAS:

A diversidade populacional/cultural brasileira, maranhense e açailandense e suas marcas nas diferentes paisagens brasileiras;

A herança cultural brasileira e sua relação com a paisagem: indígena, africana, portuguesa e outros;

As faixas etárias da população brasileira, maranhense e açailandense e sua representação gráfica;

A distribuição espacial da população brasileira, maranhense e açailandense.

1. Conhecer a diversidade territorial brasileira a partir dos povos formadores (índios,

negros e europeus) e reconhecê-los nos seus grupos de vivências;

2. Caracterizar a diversidade territorial brasileira, relacionando-a ao seu lugar de vivência;

3. Identificar processos naturais, históricos, socioeconômicos, socioambientais e

socioculturais que caracterizam as paisagens, em seus ritmos de transformação;

4. Compreender a construção do espaço como resultado do acúmulo cultural ao longo da

história;

5. Compreender as características populacionais brasileira, maranhense e açailandense.

Eixo: O LUGAR E O MUNDO 6. Construir o conceito geográfico de paisagem, lugar, território, espaço e região, com

base nas suas próprias experiências;

7. Compreender o conceito de espaço geográfico a partir do processo de transformação

da paisagem natural;

8. Desenvolver processos, dinâmicas, ritmos e ciclos da natureza; relacionando-os às

unidades naturais;

9. Analisar o lugar como experiência vivida dos homens com os territórios e as paisagens;

10. Reconhecer em imagens/fotos as mudanças ocorridas na produção do espaço rural e

urbano sabendo explicar a sua temporalidade;

11. Interpretar as paisagens rurais e urbanas em suas oportunidades de trabalho;

TEMÁTICAS:

A compreensão da paisagem (natural, cultural, rural, urbana) lugar, território, espaço e região;

O trabalho e a produção na construção do espaço geográfico;

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A utilização dos recursos naturais e o consumo;

O avanço industrial e a circulação de produtos e serviços;

A produção econômica do campo e da cidade e a qualidade de vida;

As mudanças nas relações de trabalho e interdependência entre campo e cidade;

O avanço tecnológico no modo de produção do campo.

12. Entender as relações entre sociedade e natureza a partir da análise das

transformações das paisagens naturais pelas atividades sociais, culturais, econômicas e

políticas, no processo de produção e apropriação do espaço geográfico;

13. Compreender a ação das tecnologias na intensificação de conexões entre lugares, por

meio de fluxos de informações, pessoas, mercadorias, ideias e valores.

Eixo: AS LINGUAGENS E O MUNDO 14. Localizar-se e orientar-se no espaço através de referências concretas e abstratas;

15. Conhecer e localizar os pontos cardeais, colaterais, subcolaterais e suas utilidades

práticas e referenciais nos mapas;

16. Ler e interpretar mapas e outros recursos para analisar fenômenos, fatos e processos

geográficos;

17. Compreender como avanços científicos e tecnológicos promovem modificações nos

modos de ver, de explicar e de apresentar fenômenos, fatos e processos geográficos;

18. Construir conceitos cartográficos fundamentais para a leitura e análise de mapas a

partir da confecção de maquetes e croquis;

19. Reconhecer a importância da cartografia nos estudos geográficos.

TEMÁTICAS:

A localização a partir do corpo humano;

Sistema básico de referência para a orientação: pontos cardeais e sua utilidade prática;

Leitura e criação de legendas e símbolos cartográficos, noção de distância e proporção;

Localização e representação em maquetes e croquis;

Utilização de diferentes tipos de mapas: relevo, climático, político, turístico e outros; Eixo: AS RESPONSABILIDADES E O MUNDO 20. Investigar teorias sobre a origem da Terra, identificando e caracterizando movimentos

do planeta e dinâmicas do relevo, solos, clima, vegetação e hidrografia na configuração

das paisagens;

21. Compreender o saber geográfico como construção histórica, elaborado e acumulado

culturalmente pela humanidade;

22. Perceber os movimentos da terra e suas consequências (dia, noite e estações do ano);

23. Identificar problemas ambientais e seus impactos, apontando possibilidades de

intervenção;

24. Refletir sobre as ações do homem na Terra e intervir de forma propositiva sobre o uso

racional dos recursos naturais para minimizar os problemas ambientais atuais.

TEMÁTICAS:

As diferentes explicações para a origem do Universo e da Terra: a científica, a religiosa, a indígena;

A Via Láctea, o Sistema Solar, os planetas, satélites, cometas, meteoros e outros astros;

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A Terra: forma, movimentos e suas consequências no tempo cronológico e no clima do planeta;

A Terra: estrutura e dinâmica;

A formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

A poluição e degradação ambiental gerada pelas atividades antrópicas.

Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).

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Quadro 2: Panorama geral do componente curricular Geografia – 7º ano

TEMÁTICAS/CONTEÚDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 7º ANO

Eixo: O SUJEITO E O MUNDO

TEMÁTICAS:

A população brasileira: origem, formação e seu crescimento;

A pluralidade cultural e social da população brasileira;

Os movimentos populacionais no território;

A população indígena brasileira e maranhense;

As desigualdades e diversidades da população brasileira;

A distribuição espacial da população maranhense,

açailandense e suas características.

1. Compreender, em diferentes contextos mundiais, os fluxos econômicos, populacionais

e diversidade étnico-cultural (indígena, afro-brasileira, africana, europeia, asiática) que

explicam a ocupação, o povoamento, a formação social e territorial e as paisagens do

Brasil;

2. Reconhecer as territorialidades indígenas, de remanescentes de quilombolas, de povos

das florestas e do cerrado, de ribeirinhos e caiçaras, entre outros grupos sociais do campo

e da cidade, como direitos legais dessas comunidades;

3. Analisar distribuição territorial, quantidade e densidade, aspectos de renda, gênero,

idade, racialidade, etnicidade, mestiçagem e movimentos migratórios que caracterizam a

população brasileira;

4. Analisar fluxos econômicos, populacionais e culturais pelo território brasileiro, bem como

políticas nacionais e internacionais que os produziram e produzem;

5. Organizar trabalhos coletivos de forma autônoma, prevendo as etapas e a divisão de

tarefas;

6. Relacionar informações e representá-las em tabelas e gráficos.

Eixo: O LUGAR E O MUNDO 7. Identificar a localização do Brasil na América do Sul e no mundo;

8. Conhecer critérios e finalidades das propostas de regionalização do território brasileiro;

9. Reconhecer e contextualizar os processos de ocupação, povoamento e urbanização

das regiões brasileiras;

10. Relacionar as principais redes de circulação de pessoas e de informações aos

movimentos migratórios e as implicações nos avanços técnico-científico-informacionais;

11. Caracterizar áreas rurais e urbanas brasileiras, analisando o uso e a ocupação da

terra, a questão fundiária, seus conflitos e ações dos movimentos sociais;

12. Caracterizar dinâmicas da natureza no Brasil, em relação às dinâmicas planetárias e

à sua distribuição e diversidade no território nacional;

13. Compreender o papel do Estado na construção do espaço geográfico;

14. Compreender como é um processo democrático de escolha de seus líderes;

TEMÁTICAS:

O Brasil: localização geográfica no mundo, na América do Sul.

Regionalização do Brasil (Regionalização do IBGE, os Três Complexos Regionais e a Regionalização);

Brasil: da sociedade agrária para a urbana industrial;

O Estado e suas instâncias administrativas: Governos: Federal, Estadual e Municipal;

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O legislativo e sua importância na criação de Leis e fiscalização do poder executivo: Congresso Federal, Câmara Legislativa, Câmara Municipal;

O judiciário e sua função de preservar as Leis e os direitos individuais e coletivos.

As políticas de inclusão social dos diversos níveis de governo.

15. Perceber a importância da participação cidadã na gestão do seu Município, do Estado

e do País.

Eixo: AS LINGUAGENS E O MUNDO 16. Coletar e sistematizar informações a partir de plantas, mapas, croquis, maquetes,

tabelas, gráficos, para apresentação, avaliação, análise e comparação de fenômenos,

fatos e processos geográficos;

17. Descrever e mapear a atual divisão territorial do Brasil e outras possibilidades de

regionalização, considerando critérios e finalidades utilizados para isso;

18. Utilizar tecnologias da informação e comunicação para se localizar, realizar

pesquisas e aprender/analisar fatos, fenômenos e processos geográficos;

19. Coletar e sistematizar informações a partir de plantas, mapas, croquis, maquetes,

tabelas, gráficos, para apresentação, avaliação, análise e comparação de fenômenos,

fatos e processos geográficos;

20. Utilizar instrumentos (bússolas) e técnicas de localização para direcionamento

geográfico;

21. Aplicar conhecimentos teóricos de cartografia na prática cotidiana;

22. Fazer leituras cartográficas de interpretação de símbolos e legendas.

TEMÁTICAS:

Sistema básico de referência para orientação: pontos cardeais e norte magnético;

Orientação pelas estrelas e pelo sol;

Leitura e interpretação cartográfica: identificação de títulos, símbolos, escalas e legendas;

Confecção de croquis e plantas;

Escala e sua importância para a leitura de mapas, cartas e plantas;

Projeções cartográficas;

Sistemas de coordenadas: Geográficas, UTM;

Utilização de plantas para orientação do espaço de vivência;

Leitura de mapas temáticos: político, relevo, clima, econômico e outros.

Eixo: AS RESPONSABILIDADES E O MUNDO 23. Compreender a história geológica da terra e as transformações mais significativas na

crosta terrestre e no modelado do relevo;

24. Compreender a dinâmica e a relação entre os elementos naturais e a sociedade;

25. Refletir sobre as ações do homem na Terra e intervir de forma propositiva sobre o uso

racional dos recursos naturais e dos problemas ambientais atuais;

26. Expressar-se a favor da causa ambiental e social a partir do confronto de textos e

ideias distintas entre si;

27. Analisar aspectos da gestão e do direito à utilização do patrimônio cultural, histórico,

natural e à biodiversidade brasileira;

TEMÁTICAS:

Os elementos naturais da paisagem: geologia, solos, relevo, clima, vegetação e recursos hídricos;

Page 20: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

20

A diversidade da paisagem natural e suas modificações pela ação humana;

A importância do planejamento de gestão territorial garantindo a sustentabilidade da organização espacial urbana e rural;

A paisagem urbana revelando as desigualdades sociais;

A modernização do campo e seus reflexos nas pequenas, médias e grandes cidades;

Reforma agrária no Brasil;

Organização da paisagem rural e urbana maranhense, açailandense: problemas e conflitos.

28. Compreender a origem de problemas sociais, ambientais, culturais e políticos que

afetam o território brasileiro, desenvolvendo senso crítico e posicionamento em relação a

eles;

29. Identificar e caracterizar áreas de ocorrência e de distribuição de unidades naturais,

relacionando-as com seus aproveitamentos econômicos, sociais e culturais.

Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).

Page 21: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

21

Quadro 3: Panorama geral do componente curricular Geografia – 8º ano

TEMÁTICAS/CONTEÚDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 8º ANO

Eixo: O SUJEITO E O MUNDO

TEMÁTICAS:

As atividades econômicas transformando as paisagens do continente americano, brasileiro, maranhense e açailandense;

A expansão histórica da indústria brasileira e as desigualdades territoriais;

Os meios de transporte e logística no Brasil, Maranhão e Açailândia;

A produção de energia no Brasil: renováveis e não renováveis;

A produção de biocombustíveis no Brasil, Maranhão, Açailândia e sua relação com o meio ambiente;

As atividades econômicas desenvolvidas no Maranhão e em Açailândia.

1. Identificar a diversidade e a territorialidade dos povos formadores das América (s) e

África (s);

2. Identificar usos e impactos das tecnologias nos processos produtivos das sociedades

americanas e africanas e suas interferências na vida cotidiana;

3. Compreender contextos históricos de emergência das ideias de africanidade, latino-

americanidade, norte-americanidade e suas implicações no mundo contemporâneo e no

seu cotidiano;

4. Conhecer as principais atividades econômicas que são desenvolvidas no Brasil,

Maranhão, Açailândia e dos principais países do continente americano e africano.

Eixo: O LUGAR E O MUNDO 5. Relacionar dinâmicas entre natureza e sociedade que caracterizam as paisagens

americanas e africanas em seus ritmos e processos de transformação;

6. Compreender e explicar processos de deslocamentos dos grupos humanos pelo mundo

e as condições socioambientais envolvidas na ocupação territorial;

7. Correlacionar a localização da (s) África (s) e das América (s) às condições de

apropriação de seus territórios por povos de outros lugares, em diferentes contextos

históricos, e as marcas desse processo nas paisagens, na produção do espaço e nos

modos de vida locais;

8. Conhecer a formação histórica, cultural e econômica dos continentes Americanos e

Africanos em relação aos processos históricos mundiais;

9. Analisar a participação do Brasil no MERCOSUL e no BRIC;

TEMÁTICAS:

Países desenvolvidos na América: sociedade e economia;

Países subdesenvolvidos industrializados na América Latina: sociedade e economia;

Page 22: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

22

Países subdesenvolvidos exportadores de produtos primários na América Latina: sociedade e economia;

Desigualdades socioeconômicas no continente americano e africano;

A importância do MERCOSUL para as atividades econômicas brasileiras.

10. Identificar fatores da diversidade econômica entre os países latino-americanos;

11. Identificar as dinâmicas do crescimento populacional dos países latino-americanos;

12. Compreender as causas das desigualdades existentes no mundo.

Eixo: AS LINGUAGENS E O MUNDO 13. Reconhecer o continente americano e africano e posição geográfica no globo;

14. Identificar no mapa a localização geográfica de todos os países que fazem parte do

continente americano;

15. Realizar leituras cartográficas com maior nível de compreensão observando detalhes

que os mapas proporcionam;

16. Coletar informações de fontes variadas, organizá-las, analisá-las e apresentá-las por

meio de múltiplas linguagens, para o estudo da América e da África em relação aos

processos históricos mundiais;

17. Usar tecnologias da informação e da comunicação, para realizar pesquisas e

apreender/analisar fatos, fenômenos e processos geográficos;

18. Sistematizar e registrar informações, a partir de mapas, plantas, croquis, maquetes,

tabelas, gráficos para apresentação, avaliação, análise, comparação e observações de

fenômenos, fatos e processos geográficos;

19. Ler mapas temáticos sabendo extrair deles elementos de comparação e análise dos

aspectos evidenciados no tema estudado;

TEMÁTICAS:

A localização dos continentes americano e africano no globo terrestre;

Localização e orientações geográficas: paralelos e meridianos, latitude e longitude;

A escala cartográfica e proporcionalidade;

Formas de representação da escala: gráficas e numéricas;

Medindo distâncias no mapa;

As projeções cartográficas;

Leitura de mapas temáticos dos continentes americano e africano: político, hipsométrico, climático, turístico e outros. Eixo: AS RESPONSABILIDADES E O MUNDO 20. Reconhecer a localização dos continentes americanos e africanos, algumas das suas

paisagens naturais e culturais e a divisão do continente de acordo com essas

características;

21. Reconhecer a distinção entre América Latina e América Anglo-Saxônica, em seus

aspectos econômicos e culturais;

22. Relacionar as formas de colonização dos países americanos e africanos e seu

desenvolvimento;

23. Identificar as características étnicas dos diversos países americanos e africanos;

24. Reconhecer a legitimidade e o direito de existência dos diversos modos de vida dos

indivíduos e dos grupos sociais;

TEMÁTICAS:

O continente americano e africano: seus aspectos físicos e históricos;

A diversidade ambiental e formação sociocultural da América e da África;

A colonização europeia na América e na África e suas consequências sociais, políticas, ambientais e culturais;

Page 23: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

23

Diversidade étnica cultural dos continentes americano e africano;

Reflexão sobre a relação entre os modelos de colonização e as condições de vida atuais da população americana e africana;

A população americana e africana e seus conflitos políticos.

25. Analisar a importância das matrizes indígenas da América e da África e suas

contribuições na formação socioespacial do continente americano;

26. Mapear e analisar tensões e conflitos existentes nos territórios americanos e africanos;

27. Compreender o alcance mundial da exploração de recursos naturais locais, em relação

à acumulação de riqueza e aos impactos socioambientais.

Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).

Page 24: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

24

Quadro 4: Panorama geral do componente curricular Geografia – 9º ano

TEMÁTICAS/CONTEÚDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM – 9º ANO

Eixo: O SUJEITO E O MUNDO

TEMÁTICAS:

As paisagens brasileiras e suas relações edáfico-climáticas;

O desenvolvimento técnico-científico e sua interação entre a sociedade;

O Brasil, Maranhão e Açailândia no mundo globalizado;

Características espaciais da economia brasileira, maranhense, açailandense no século XXI;

A distribuição industrial brasileira e a maranhense e as migrações populacionais frente à globalização;

A evolução dos meios de transportes no Brasil, Maranhão e Açailândia;

Os meios de comunicação no Brasil e no mundo.

1. Conhecer a organização do espaço geográfico mundial e as relações econômicas e

políticas entre as nações do planeta e entre essas e seus lugares de vivências;

2. Caracterizar dinâmicas da natureza nos aspectos geológicos e geomorfológicos,

relacionando as marcas desses processos e conexões ambientais aos seus lugares de

vivência;

3. Identificar a presença de trabalho, ideias, valores culturais, tecnologias oriundos de

diferentes contextos, relacionando essa presença a questões econômicas, políticas e

culturais que afetam a dinâmica socioespacial em seu contexto próximo;

4. Identificar arranjos e acordos internacionais econômicos, políticos e ambientais,

analisando seus desdobramentos nos lugares de vivências e no Brasil;

5. Compreender a dinâmica da economia do mundo globalizado e a sua relação com os

espaços geográficos brasileiros.

Eixo: O LUGAR E O MUNDO 6. Identificar a organização espacial geográfica dos continentes Africano, Europeu,

Asiático, da Oceania e regiões polares;

7. Desenvolver uma postura crítica diante dos processos de transformação socioespacial

característicos do mundo globalizado;

8. Identificar e perceber a importância dos organismos internacionais de promoção política,

social e econômica no mundo;

9. Compreender, a partir de diferentes leituras de mundo, fatos, processos, fenômenos

geográficos, suas redes e conexões com múltiplas escalas;

10. Pesquisar em processos históricos mundiais a formação socioespacial da Europa,

Ásia, Oceania e Antártida;

11. Entender a origem e as implicações dos conflitos étnicos, econômicos, políticos e

culturais na configuração de fronteiras na contemporaneidade;

TEMÁTICAS:

A regionalização do mundo atual – África, Europa, Ásia, Oceania e regiões polares: características naturais, a colonização e suas consequências sociais, políticas, ambientais e culturais, diversidade étnico-cultural, principais

Page 25: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

25

atividades e organizações econômicas, desigualdades socioeconômicas regionais;

A identidade social de um povo caracterizando o espaço geográfico com seus valores e cultura;

O século XXI e a situação político-econômica do espaço mundial;

As empresas globais e as novas tecnologias;

A inter-relação política internacional e os conflitos atuais;

As organizações sociais e políticas internacionais suas propostas e atuações: ONU, UNICEF, FMI e outros.

12. Analisar o papel e as características dos principais blocos econômicos supranacionais

na atual fase do capitalismo global;

13. Identificar arranjos e acordos internacionais econômicos, políticos e ambientais,

analisando seus dobramentos nos lugares de vivências e no Brasil.

Eixo: AS LINGUAGENS E O MUNDO 14. Identificar como são determinados os fusos horários no Brasil e no mundo;

15. Aprender a utilizar novas tecnologias relacionadas ao conhecimento geográfico;

16. Produzir e interpretar mapas temáticos que abordem diversas finalidades;

17. Perceber o mapa como instrumento de análise, interpretação e interferência na

realidade;

18. Conhecer e usar princípios e elementos das múltiplas linguagens para pesquisar,

aprender e analisar fatos, fenômenos e processos geográficos dos continentes;

19. Analisar o papel das tecnologias da comunicação e das redes informacionais na

contemporaneidade e suas implicações nos modos de vida, produção, trabalho e

consumo;

20. Observar, coletar informações de fontes variadas, organizá-las, analisá-las e

apresentá-las por meio de múltiplas linguagens para o estudo dos continentes.

TEMÁTICAS:

Fusos horários no mundo e no Brasil;

Horário de verão: seus efeitos e objetivos;

As diferentes escalas cartográficas e sua relação de proporcionalidade com o espaço real;

Comparação entre as diferentes projeções cartográficas com suas qualidades e deficiências;

Coordenadas geográficas e UTM;

Noções de GPS – Sistema de Posicionamento Global, Cartografia temática do mundo globalizado: economia, vegetação, clima e outros.

Eixo: AS RESPONSABILIDADES E O MUNDO 21. Desenvolver uma postura crítica em relação às agressões ao meio ambiente;

22. Valorizar ações de cidadania que busquem soluções para problemas ambientais nas

escalas local, regional e global;

23. Identificar ações práticas de sustentabilidade ambiental;

24. Analisar a origem de problemas sociais, ambientais, culturais e políticos que afetam

Europa, Ásia, Oceania e Antártida, manifestando posicionamento crítico em relação a eles;

TEMÁTICAS:

Page 26: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

26

A globalização econômica mundial e seus efeitos sobre o meio ambiente;

Principais problemas socioambientais do século XXI: desmatamentos, queimadas, efeito estufa, aquecimento global, uso de combustíveis fósseis, buraco na camada de ozônio, poluição atmosférica, chuva ácida, recursos hídricos (ameaças e desafios), crescimento desordenado das cidades, consumismo e seus impactos no ambiente;

As formas de produção e consumo na sociedade capitalista atual e suas consequências para o meio ambiente;

O desenvolvimento sustentável e sua importância para a sobrevivência planetária.

25. Identificar e conhecer as instâncias supranacionais que formulam políticas

econômicas, ambientais, sociais e suas implicações no lugar e na vida das pessoas para

a participação social individual e coletiva;

26. Analisar as lutas de grupos sociais por territórios autônomos no contexto atual da

Europa, Ásia e Oceania;

27. Analisar a questão dos desafios ambientais relacionados ao uso e manejo da água, no

mundo contemporâneo.

Fonte: Produção Equipe Pedagógica SME da Área de Ciências Humanas, baseada na Meta 2 do Plano Municipal de Educação (PME 2014 – 2024).

Page 27: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

27

5 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

Qual a importância da Educação Geográfica na vida das pessoas? Qual o

papel dos estudos geográficos na escola?

Se observarmos o nosso cotidiano, a geografia está presente em quase tudo

que fazemos: nos deslocamentos, nas interações com o mercado, nas relações de

trabalho, no ambiente da cidade e do campo, nas atividades de lazer e turismo, entre

outros. Para ampliarmos o repertório de interpretação e análise do mundo vivido, é

importante que a experiência escolar permita a compreensão das vivências humanas

em diferentes contextos, tais como nos deslocamentos cotidianos, nas informações

sobre o mundo recebidas pela mídia, na organização do mercado e na produção

industrial.

É importante que se questione na escola porque vivemos num mundo

preocupado com o clima, com a erosão dos solos, com os desmatamentos das

florestas e os impactos do adensamento populacional nas metrópoles, os sistemas de

governo, as políticas públicas, entre outros. Estes e outros tantos questionamentos do

mundo contemporâneo têm sua gênese no espaço geográfico que a Educação

Geográfica problematiza e procura explicar.

E é assim que entendemos o tratamento dos temas integradores: como

assuntos que permeiam várias discussões e conteúdos referentes ao espaço

geográfico. Pensando na especificidade da Geografia como disciplina escolar, torna-

se importante delinearmos alguns pressupostos metodológicos referentes ao

tratamento dos seus conteúdos. De acordo com Castrogiovanni:

Ensinar exige coragem de ousar em atitudes que valorizem o educando como sujeito repleto de experiências de vida, com curiosidades sobre o mundo em que vive capacidade criativa e com potencial para despertar um olhar inquieto sobre a vida. Esta coragem está na postura coerente com a prática, na busca de novas metodologias, que não considerem o educando como mero receptor de verdades absolutas, mas como um sujeito que cria, que pode transformar e tecer dúvidas. (CASTROGIOVANNI, 2007, p.22)

O espaço geográfico é um espaço de relações: entende-se que pensar o

espaço é compreendê-lo como totalidade, por conseguinte, analisar a produção do

espaço maranhense, exige extrapolar as observações, descrições e explicações que

ocorrem, nesse estado, para analisar as interações com os diversos lugares. Dessa

forma, a compreensão dos diversos lugares não pode se dar no isolamento, na escala

Page 28: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

28

local. As relações entre os diversos espaços do globo são uma realidade, sejam elas

econômicas, culturais ou religiosas. Assim, o estudo do lugar deve ser feito a partir

dessa perspectiva de interação com outros lugares, pois são neles que o processo de

globalização se materializa.

Outro aspecto fundamental refere-se ao fato de se garantir que os diferentes

temas/ assuntos que venham a ser trabalhados se relacionem com o universo amplo

ou particular de diferentes sujeitos sociais situados nos mais variados contextos

sociais, espaciais e temporais. Essa condição constitui-se, portanto em um princípio

fundamental que pode contribuir decisivamente para que os educandos se percebam

como sujeitos sociais e construtores de conhecimentos.

Dessa condição deriva outra não menos fundamental que se refere ao fato de

que as noções e os conceitos trabalhados pelas diferentes disciplinas não sejam

apresentados a partir de definições prévias, mas sim construídos/reconstruídos pelo

educando a partir do trabalho com atividades que envolvam diferentes situações-

problema. Finalmente, esse processo de trabalho deve, no material didático, estar

claramente estruturado em torno de atividades que visem primordialmente ao

desenvolvimento de competências e de habilidades, de forma que seja possível a

concretização dos objetivos pretendidos para o Ensino Fundamental.

Uma proposta de ensino que venha a se constituir na base orientadora para

a elaboração de materiais didáticos deve observar, entre outros aspectos, os

seguintes:

Os conteúdos curriculares não são um fim em si mesmo, mas meios para

auxiliar no desenvolvimento de habilidades por parte dos educandos,

priorizando-as sobre as informações;

As linguagens são indispensáveis para a constituição de conhecimentos

e de habilidades;

A utilização de metodologias que, de forma permanente, estimulem à

pesquisa, à experimentação e à resolução de problemas, uma vez que tais

condições podem ser decisivas tanto para a construção/reconstrução de

conhecimentos quanto para a mobilização de diversas competências

cognitivas superiores.

Frente a tais considerações, os recortes de conteúdos programáticos devem

estar subordinados aos princípios e metodologia citados, devendo ainda estar

Page 29: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

29

vinculados de forma intencional e permanente ao viver em sociedade dos educandos,

ou seja, temas/assuntos que sejam significativos e /ou sejam significados em

diferentes contextos relacionados às relações sociais particulares e gerais nas quais

os educandos estão imersos.

5.1 Avaliação do Processo Ensino - Aprendizagem

Partimos do princípio fundamental de que a avaliação é um processo e,

portanto, não pode ser realizada apenas no final de um período, semestre, ciclo ou

ano letivo e também não pode ser pautada em uma única atividade ou instrumento de

avaliação, como ainda é comum acontecer.

Mas para que avaliar? É importante lembrar que a avaliação, como parte dos

processos e ensino e aprendizagem, não é uma mera classificação de alunos (bons,

ruins e médios), mas sim um processo de verificação das dificuldades desses alunos

que permite ao professor intervir de modo a fazer com que possam progredir. A

avaliação tem ainda a função de propiciar ao professor que verifique o alcance do seu

próprio trabalho e, se necessário, reformulá-lo. Assim, a avaliação é um processo que

integra a aprendizagem e o ensino, devendo, portanto, implicar um diálogo

permanente entre professor e aluno.

A avaliação não deve consistir na contagem de erros e acertos, originando

apenas uma nota ou um conceito que caracteriza o desempenho do aluno. Estratégias

centradas apenas nisso podem contribuir para afastar da escola exatamente quem

mais precisa dela. Por isso, a avaliação deve ser vista principalmente como um

instrumento que ajuda o aluno a aprender, isto é, deve ser usada para promover a

aprendizagem. A avaliação não pode enfocar somente a aquisição de conteúdos

programáticos, mas, principalmente, os conceitos, as habilidades, as atitudes e os

procedimentos. Assim, é preciso que consista numa reflexão contínua tanto das ações

de quem ensina quanto do caminho trilhado por quem aprende o que revela a

importância do ato de avaliar.

Para todo e qualquer processo de construção/reconstrução do conhecimento

são fundamentais a obtenção, o tratamento e a apresentação de informações e

resultados de diferentes atividades. Nesse sentido, deve-se avaliar o quanto o aluno

desenvolveu/aprendeu as habilidades e/ou os procedimentos particulares de uma

dada disciplina.

Page 30: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

30

A avaliação deve verificar se os alunos investigam, elaboram e testam

hipóteses; se identificam padrões; se expõem e debatem diferentes opiniões e

conclusões; se comunicam oralmente e/ou por escrito os produtos dos trabalhos

realizados; se resolvem problemas, elaboram questões e confiam na sua capacidade

de enfrentar desafios.

Em relação à avaliação na disciplina de Geografia, entende-se que está

também deverá considerar os conhecimentos conceituais, procedimentais e

atitudinais pertinentes à disciplina.

A avaliação dos conteúdos conceituais permite que se identifique o

desempenho quanto ao domínio e utilização dos conceitos, categorias, informações,

dados, entre outros, retorna-se aqui a ideia de que essa forma de avaliação deve ser

utilizada de forma a valorizar o desenvolvimento cognitivo e não a simples

memorização.

Quanto aos conteúdos procedimentais, busca-se perceber se os alunos estão

compreendendo e utilizando, de forma adequada, os instrumentos da disciplina, como

leitura e produção de mapas, gráficos e tabelas, análise e interpretação de imagens,

compreensão de textos, desenvolvendo metodologias que levam à interpretação e à

compreensão da realidade durante o processo de ensino/aprendizagem.

A avaliação dos conhecimentos atitudinais considera como cada aluno e o

grupo se situam frente à compreensão mais aprofundada da realidade que os cercam

para, a partir daí, então, desenvolver posturas mais solidárias, participativas e críticas,

ou seja, dos valores construídos pelos alunos.

Para que o processo de avaliação ocorra de maneira tranquila o professor e

os alunos, precisam acreditar que os instrumentos a serem utilizados devem ser

previamente discutidos e explicitados coletivamente para que todos se comprometam

com o processo. Dessa maneira, o aluno terá a oportunidade de se sentir participante

do processo ensino-aprendizagem e responsável por sua própria formação e,

portanto, pelos seus resultados, desenvolvendo possibilidades para auto - avaliações.

Page 31: Currículo referência geohgrafia 6º ao 9º ano

31

REFERÊNCIAS

AÇAILÂNDIA/MA. Secretaria Municipal de Educação de Açailândia. Plano Municipal de Educação – 2014-2024. Açailândia, 2014. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – Documento preliminar. Brasília, 2015. ______. Ministério da Educação / Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: geografia. Brasília: MEC, 1998. ______. Ministério da Educação / Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos - apresentação dos temas integradores. Brasília: MEC, 1998. ______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. ______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução, terceiro e quarto ciclos. Brasília: MEC/SEF, 1998. CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. et al. (org.) Ensino de Geografia: caminhos e encantos. Porto Alegre: EDUCRS, 2007. HAESBAERT, Rogério. Regional-Global: dilemas da região e da regionalização na Geografia contemporânea. 1. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. LACOSTE, Yves. A Geografia – Isso Serve, Em Primeiro Lugar, para fazer a guerra. Campinas- SP: Papirus, 1988. MARANHÃO. Diretrizes Curriculares - Secretaria de Estado da Educação do Maranhão, SEDUC, 3. Ed. São Luis, 2014. MARANHÃO. Secretaria Municipal de Educação – Estado do Maranhão – Referencial Curricular do Ensino Fundamental Geografia, 2010. SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.