diÁrio illustrado - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1897-07-28/j-1244-g_1897-07-28_item2/j... ·...

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2L' i! ílHlr? | FUNDADOR: PEDRO CORREIA DA SILVA TELEPHONE N.* 117 Quarta feira 28 de julho de 1897 Editor responsável J. M. Baptista de Carvalho Aa«i|natara« em Lftiboa 1 mez... 300 róis Annuncioa: linha, 20 ra.; l. # 3 mezes. 900 » pag., 100 rs.; corpo do jor- Avulso.. 10 » nal com travessão, 60 réis. Annuncios mundanos, linha 40 rs. Communicados e outros artigos, còntractam-ae na administração. isaiVMlMrav mm• praTi»«Ua d meses, pagamento .. 14150 A correspondência sobre a administração, ao director da Empreza Editora, travessa da Quei- mada, 35,1.° andar. Não acaba quando uma figura Se lhe mostra no ar fallando em verso: Era o tão celebrado Gato preto Cnja fama se alastra no Universo. Rua da Victoria Morte repentina Falleceu hontem repentinamen- te. quando passava pela rua da Regueira, uma mulher cuja iden- tidade se ignora. Cambio do Brazil Está a 7 1|2 o cambio do Bra K camara Hontem deu se uma cangalha- da ultra espantosa na rampa dos Anjos, ao da egreja, entre car- ros, carroças, americanos, e outros vehiculos. Em quanto alli se não der uma grande desgraça, a di- gna camara municipal não trata- da remediar aquella estreita garganta, onde todos os dias ha atropellamentos. Estamos paro- diando o Santo Antonio a prégar aos peixinhos. Na Beira Baixa Foi colhido pelo comboio mixta de Lisboa, que hontem à noite passou na estação do Sabugal, um homem que se achava deitada na linha ferrea, ao que parece. Ignora-se a identidade. O seu estado é grave, seguudo foi decla- rado no hospital da Guarda onde deu entrada Dinheiro Cirande Hotel Lisbonense Na presente epooha, lembrar «os nossos estimáveis leitores que procuram veranear, um bom ho- tel, com excellentes aposentos e onde se passa vida amena, é to- mar uma obrigação que gostosa- mente cumprimos. Nas Caldas da Rainha, aonde todos os annos por este tempo concorre toda a élite, lucta-se mui- tas vezes com a dificuldade de se obterem bons aposentos, mas lucta com essa dificuldade quem não conhece o Grande Hotel Lis- bonense, que, com amplos e ex- cellentes aposentos, é um estabe- lecimento modelo, digno de re- commendar-se a todos os excur- sionistas,- pois é n'este magnifico e sumptuoso estabelecimento, on- de sempre se encontra e passa uma vida familiar cheia dos mais exigentes confortos e alegres dis- tracções. Nas grandes cidades do mundo, os proprietários dos grandes ho- téis estudam continuamente quaes os melhoramentos sempre cres- centes a introduzir no seu estabe- lecimento, e nas Caldas da Rai- nha, a exemplo do que se faz nas grandes cidades da Europa, o nos- so dedicado amigo Vicente C. A. Paramos tem continuado a intro- duzir valiosos melhoramentos no seu magnifico hotel, os quaes são de tal ordem que dificilmente se encontra n'esta grande cidade on- de a nobreza procura veranear, ^soisa que ultrapasse os beneficos serviços e commodidades que se encontram no Grande Hotel Lis- bonense. A nossa gravura de hoje repre- senta a fachada do referido;hotel, peia qual se que a amplitude de tão importante ^tabeiecimen- to, tendo, além d'isso, annexo um cxcellente serviço de carruagens, que constitue um d'aquelles me- lhoramentos que nas grandes cidades se encontra. Repetimos: o Grande Hotel Lis- bonense é um estabelecimento mo- delo, que sendo preferido a qual- quer outro, faculta a todo o pu- blico uma vida salutar, e por isso aqui mais uma vez o recemmen- «Íamos, certos de que o publico nos ficará reconhecido. Empresta-se sobre' relogios | de todos os generos. Rua do Oiro, trada pela rua da Victoria, 94 ) i.°. Obtiveram passagem para o 3.° anno no dia 27 os alumnos n.° 190, Julio Pinto, 197, Castello Bran- co, e externos Mario Silva e Pre- zado. A's 9 horas da manhã é que o sino da Estrella deixou de tocar. Dr. Mello taea homoaopathicoa. Consultorio especial de medicina homceopathi co; da 1. ás 3 horaa. R. da» Cha- gas, 22. De Cam<5?s, nas Rimas: Gostos, de mudanças cheios, Não me busqueis, não vos quero^ Tenho-vos por tão alheios, Que do bem, que não espero, Inda me ficam receios. —Provérbio de Morphea, que de ves em quando nostaue um grande aerasaborâo:—Ver navios no àlto de Santa CatbariQí... usa melttor p> s çâo d'um moço n'uma manhã de pumavera » —fistã -se ensaiaodo os apagado - res —Prov^bio em trancei: —«Rien n'est si i ú •. que de smvre les che- mios bauus.» - Q iem os viu e quem os fê, tos icrntis republicanos e progressis- ta*! £' b?m certr: ralham as comadres, de*cobrem se as verdades. Cosmopolitas. Crime? A policia judiciaria está averi- guando o que ha de verdade ácer- ca de uma carta anonyma que foi dirigida ao chefe Salvador, da es- quadra de Alcantara, na qual se declara que uma mulher residente na loja do prédio n.° 37 dera des- caminho a uma creança que deu 4 luz ha cerca de tres semanas. <larteiras\oubadas João Marques da Silva, resi- dente na estrada de Sacavém, queixou-se á policia que lhe fur- taram a carteira contendo 19JL0Q réis. —Também se queixou á policia Maria do Rosario, moradora na rua da Barroca, que, achando-se na praça da Figueira, lhe furta- ram uma carteira com 6$000 réis. JFAjtor GRANDE HOTEL LISBONENSE DAS CALDAS DA RAINHA Tbeatro da Trindade. —O Principe Rubin apparece to- adas as noites com a sua lindíssima inusica e com a charge de José Ricardo, no papel de Rei, em que •é esplendido. Tbeatro do Principe Real.—Está dispertando inte- resse no publico as Filhas do Za- ranza, em que a distincta actriz Adelina Ruas tem tem um papei de verdadeira graça. A première d'este vaudeville é >na próxima sexta feira, 30. Está aberta a folha no ca- maroteiro. Real Coll«eo.—Mais um espectáculo em que toma parte o AVatry. Também hoje se estreia o iosigne athleta S. S., o homem mais forte da actualidade. Traba- ilham os prodigiosos macacos afri- canos, havendo ainda outros mui- tos attractivos Furtos Manuel dos Santos Pereira, mo- rador na rua Pereira Henriques, queixou se á policia de que um tal Antonio, sapateiro, lhe furtá- ra 6£500 réis. —Lucinda Rosa, moradora na travessa da Trabuqueta, 18, loja, queixou se á policia de que o ma- rinheiro n.° 243 da 13. a compa- .nhia lhe subtrahira alguns obje- ctos de vestuário. —Queixou-se á policia Ambro- 8Ío Pereira, estabelecido na rua ^e Andaluz, 73, de que o seu marçano, Carlos do Sacramento, se ausentou do estabelecimento, 4evando-lhe todo o dinheiro que •estava na gaveta. Centenario da índia Reúne amanhã, na Sociedade de Geographia, a commissão do centenário da índia. Licenças da justiça Agostinho Carlos das Neves Castro e Silva, juiz de direito de Villa Nova de Portimão; Bento Manuel da Costa Vaz, juiz de di- reito de S. João da Pesqueira; Manuel Ignacio Brum do Canto, relação dos Açores; Manuel José Alves, delegado do procurador ré- gio da ilha Graciosa; Antonio Luiz de Freitas, delegado do pro- curador régio da Povoa de Var- zim; Francisco Nunes da Costa Torres, delegado do procurador reeio de Moura. Estando a findar a publicação do romance de A. Karr, CLO- TILDE» começaremos na quinta leira a dar em folhetim, interca- ladamente, um romance sensacio- nal, O DOIDO» deYves Guyoat, primorosamente traduzido pelo distincto poeta o sr. Nuno de Bu- lhão Pato. Para depois, e o promenor é por em quanto o nosso segredo, preparamos a publicação de um notabilÍ88Ímo romance, que nas condições em que é feita, consti- tuirá um verdadeiro acontecimen- to na secção romantica dos jor naes portuguezes. Selle d*agneau petit* pois Rotir au four selle d'agneao^ faire rissoler Servir sur petita pois cuits dans sauce au jua. Evi- ter garniture trop claire. O sr. Conselheiro Thomaz Ri- beiro, segundo nos consta, tencio- na ir passar as festas do centená- rio, em maio proximo, oom um grupo de amigos, á Vidigueira, terra onde durante muitos annos estiveram os restos mortaes de Vasco da Gama. Um pensamento por dia De Goorge Sand:—«Desde que uma rapariga se enfada, está pró- xima de amar». E G?orge Sand enfastiçu-se Un- ta vez ! 4' roda do "Figaro" Entra um sujeito na loja d'ura espingardeiro e examina revol- vers. —Tenho aqui ura excellente para casamento, disse o artista. —O que ? rewolvers para casa- mento V —Sim, senhor; de seis tiros : dous para a mulher, dous para o amante e os outros dous para o marido. Temos vendido muitos para enxovaes. Pelos tribunaes No primeiro districto respondeu hontem José Simões, que, em se- tembro ultimo, espancou Manuel Francisco, déixando-o mal ferido. O jury deu como provado o crime, mas em legitima defeza. Como esta decisão implicava a absolvição do reu, o digno juiz annullou o julgamento. , O rev. coadjuctor da freguezia das Mercês partiu para o Porto, onde se demora um mez. O paquete Porto Alegre leva ho- je malas para S. Miguel, Tercei- ra, Pernambuco, Rio de Janeiro e Santos. A ultima tiragem da correspon- dência da caixa geral é ás 10 ho- ras e meia da manhã. justo céu, bem polias Omr nossos corações, Que eu por gosto arrastaria Ferros, algemas, griltões.

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Page 1: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1897-07-28/j-1244-g_1897-07-28_item2/j... · Anjos, ao pó da egreja, entre car- ros, carroças, americanos, e outros vehiculos

2L' i! ílHlr?

| FUNDADOR: PEDRO CORREIA DA SILVA

TELEPHONE N.* 117

Quarta feira 28 de julho de 1897

Editor responsável J. M. Baptista de Carvalho

Aa«i|natara« em Lftiboa

1 mez... 300 róis Annuncioa: linha, 20 ra.; l.#

3 mezes. 900 » pag., 100 rs.; corpo do jor-

Avulso.. 10 » nal com travessão, 60 réis.

Annuncios mundanos, linha 40 rs. Communicados

e outros artigos, còntractam-ae na administração.

isaiVMlMrav mm• praTi»«Ua

d meses, pagamento .. 14150

A correspondência sobre a administração, ao

director da Empreza Editora, travessa da Quei-

mada, 35,1.° andar.

Não acaba quando uma figura

Se lhe mostra no ar fallando em

verso:

Era o tão celebrado Gato preto

Cnja fama se alastra no Universo.

Rua da Victoria

Morte repentina

Falleceu hontem repentinamen-

te. quando passava pela rua da

Regueira, uma mulher cuja iden-

tidade se ignora.

Cambio do Brazil

Está a 7 1|2 o cambio do Bra

K camara

Hontem deu se uma cangalha-

da ultra espantosa na rampa dos

Anjos, ao pó da egreja, entre car-

ros, carroças, americanos, e outros

vehiculos. Em quanto alli se não

der uma grande desgraça, a di-

gna camara municipal não trata-

rá da remediar aquella estreita

garganta, onde todos os dias ha

atropellamentos. Estamos paro-

diando o Santo Antonio a prégar

aos peixinhos.

Na Beira Baixa

Foi colhido pelo comboio mixta

de Lisboa, que hontem à noite

passou na estação do Sabugal,

um homem que se achava deitada

na linha ferrea, ao que parece.

Ignora-se a identidade. O seu

estado é grave, seguudo foi decla-

rado no hospital da Guarda onde

deu entrada

Dinheiro

Cirande Hotel Lisbonense

Na presente epooha, lembrar

«os nossos estimáveis leitores que

procuram veranear, um bom ho-

tel, com excellentes aposentos e

onde se passa vida amena, é to-

mar uma obrigação que gostosa-

mente cumprimos.

Nas Caldas da Rainha, aonde

todos os annos por este tempo

concorre toda a élite, lucta-se mui-

tas vezes com a dificuldade de se

obterem bons aposentos, mas só

lucta com essa dificuldade quem

não conhece o Grande Hotel Lis-

bonense, que, com amplos e ex-

cellentes aposentos, é um estabe-

lecimento modelo, digno de re-

commendar-se a todos os excur-

sionistas,- pois é n'este magnifico

e sumptuoso estabelecimento, on-

de sempre se encontra e passa

uma vida familiar cheia dos mais

exigentes confortos e alegres dis-

tracções.

Nas grandes cidades do mundo,

os proprietários dos grandes ho-

téis estudam continuamente quaes

os melhoramentos sempre cres-

centes a introduzir no seu estabe-

lecimento, e nas Caldas da Rai-

nha, a exemplo do que se faz nas

grandes cidades da Europa, o nos-

so dedicado amigo Vicente C. A.

Paramos tem continuado a intro-

duzir valiosos melhoramentos no

seu magnifico hotel, os quaes são

de tal ordem que dificilmente se

encontra n'esta grande cidade on-

de a nobreza procura veranear,

^soisa que ultrapasse os beneficos

serviços e commodidades que se

encontram no Grande Hotel Lis-

bonense.

A nossa gravura de hoje repre-

senta a fachada do referido;hotel,

peia qual se vê que a amplitude

de tão importante ^tabeiecimen-

to, tendo, além d'isso, annexo um

cxcellente serviço de carruagens,

que constitue um d'aquelles me-

lhoramentos que só nas grandes

cidades se encontra.

Repetimos: o Grande Hotel Lis-

bonense é um estabelecimento mo-

delo, que sendo preferido a qual-

quer outro, faculta a todo o pu-

blico uma vida salutar, e por isso

aqui mais uma vez o recemmen-

«Íamos, certos de que o publico nos

ficará reconhecido.

Empresta-se sobre' relogios | de

todos os generos. Rua do Oiro,

trada pela rua da Victoria, 94) i.°. Obtiveram passagem para o 3.°

anno no dia 27 os alumnos n.° 190,

Julio Pinto, 197, Castello Bran-

co, e externos Mario Silva e Pre-

zado.

A's 9 horas da manhã é que o

sino da Estrella deixou de tocar.

Dr. Mello

taea homoaopathicoa. Consultorio

especial de medicina homceopathi

co; da 1. ás 3 horaa. R. da» Cha-

gas, 22.

De Cam<5?s, nas Rimas:

Gostos, de mudanças cheios,

Não me busqueis, não vos quero^

Tenho-vos por tão alheios,

Que do bem, que não espero,

Inda me ficam receios.

—Provérbio de Morphea, que de

ves em quando nostaue um grande

aerasaborâo:—Ver navios no àlto de

Santa CatbariQí... usa melttor p>

s çâo d'um moço n'uma manhã de

pumavera »

—fistã -se ensaiaodo os apagado -

res

—Prov^bio em trancei: —«Rien

n'est si i ú •. que de smvre les che-

mios bauus.»

- Q iem os viu e quem os fê, tos

icrntis republicanos e progressis-

ta*!

£' b?m certr: ralham as comadres,

de*cobrem se as verdades.

Cosmopolitas.

Crime?

A policia judiciaria está averi-

guando o que ha de verdade ácer-

ca de uma carta anonyma que foi

dirigida ao chefe Salvador, da es-

quadra de Alcantara, na qual se

declara que uma mulher residente

na loja do prédio n.° 37 dera des-

caminho a uma creança que deu 4

luz ha cerca de tres semanas.

<larteiras\oubadas

João Marques da Silva, resi-

dente na estrada de Sacavém,

queixou-se á policia que lhe fur-

taram a carteira contendo 19JL0Q

réis.

—Também se queixou á policia

Maria do Rosario, moradora na

rua da Barroca, que, achando-se

na praça da Figueira, lhe furta-

ram uma carteira com 6$000 réis.

JFAjtor

GRANDE HOTEL LISBONENSE DAS CALDAS DA RAINHA

Tbeatro da Trindade.

—O Principe Rubin apparece to-

adas as noites com a sua lindíssima

inusica e com a charge de José

Ricardo, no papel de Rei, em que

•é esplendido.

Tbeatro do Principe

Real.—Está dispertando inte-

resse no publico as Filhas do Za-

ranza, em que a distincta actriz

Adelina Ruas tem tem um papei

de verdadeira graça.

A première d'este vaudeville é

>na próxima sexta feira, 30.

Está já aberta a folha no ca-

maroteiro.

Real Coll«eo.—Mais um

espectáculo em que toma parte o

AVatry. Também hoje se estreia o

iosigne athleta S. S., o homem

mais forte da actualidade. Traba-

ilham os prodigiosos macacos afri-

canos, havendo ainda outros mui-

tos attractivos

Furtos

Manuel dos Santos Pereira, mo-

rador na rua Pereira Henriques,

queixou se á policia de que um

tal Antonio, sapateiro, lhe furtá-

ra 6£500 réis.

—Lucinda Rosa, moradora na

travessa da Trabuqueta, 18, loja,

queixou se á policia de que o ma-

rinheiro n.° 243 da 13.a compa-

.nhia lhe subtrahira alguns obje-

ctos de vestuário.

—Queixou-se á policia Ambro-

8Ío Pereira, estabelecido na rua

^e Andaluz, 73, de que o seu

marçano, Carlos do Sacramento,

se ausentou do estabelecimento,

4evando-lhe todo o dinheiro que

•estava na gaveta.

Centenario da índia

Reúne amanhã, na Sociedade

de Geographia, a commissão do

centenário da índia.

Licenças da justiça

Agostinho Carlos das Neves

Castro e Silva, juiz de direito de

Villa Nova de Portimão; Bento

Manuel da Costa Vaz, juiz de di-

reito de S. João da Pesqueira;

Manuel Ignacio Brum do Canto,

relação dos Açores; Manuel José

Alves, delegado do procurador ré-

gio da ilha Graciosa; Antonio

Luiz de Freitas, delegado do pro-

curador régio da Povoa de Var-

zim; Francisco Nunes da Costa

Torres, delegado do procurador

reeio de Moura.

Estando a findar a publicação

do romance de A. Karr, CLO-

TILDE» começaremos na quinta

leira a dar em folhetim, interca-

ladamente, um romance sensacio-

nal, O DOIDO» deYves Guyoat,

primorosamente traduzido pelo

distincto poeta o sr. Nuno de Bu-

lhão Pato.

Para depois, e o promenor é

por em quanto o nosso segredo,

preparamos a publicação de um

notabilÍ88Ímo romance, que nas

condições em que é feita, consti-

tuirá um verdadeiro acontecimen-

to na secção romantica dos jor

naes portuguezes.

Selle d*agneau

petit* pois

Rotir au four selle d'agneao^

faire rissoler Servir sur petita

pois cuits dans sauce au jua. Evi-

ter garniture trop claire.

O sr. Conselheiro Thomaz Ri-

beiro, segundo nos consta, tencio-

na ir passar as festas do centená-

rio, em maio proximo, oom um

grupo de amigos, á Vidigueira,

terra onde durante muitos annos

estiveram os restos mortaes de

Vasco da Gama.

Um pensamento por dia

De Goorge Sand:—«Desde que

uma rapariga se enfada, está pró-

xima de amar».

E G?orge Sand

enfastiçu-se Un- ta vez !

4' roda do "Figaro"

Entra um sujeito na loja d'ura

espingardeiro e examina revol-

vers.

—Tenho aqui ura excellente

para casamento, disse o artista.

—O que ? rewolvers para casa-

mento V

—Sim, senhor; de seis tiros :

dous para a mulher, dous para o

amante e os outros dous para o

marido. Temos vendido muitos

para enxovaes.

Pelos tribunaes

No primeiro districto respondeu

hontem José Simões, que, em se-

tembro ultimo, espancou Manuel

Francisco, déixando-o mal ferido.

O jury deu como provado o

crime, mas em legitima defeza.

Como esta decisão implicava a

absolvição do reu, o digno juiz

annullou o julgamento.

, ♦ O rev. coadjuctor da freguezia

das Mercês partiu para o Porto,

onde se demora um mez.

O paquete Porto Alegre leva ho-

je malas para S. Miguel, Tercei-

ra, Pernambuco, Rio de Janeiro e

Santos.

A ultima tiragem da correspon-

dência da caixa geral é ás 10 ho-

ras e meia da manhã.

justo céu, bem polias

Omr nossos corações,

Que eu por gosto arrastaria

Ferros, algemas, griltões.

Page 2: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1897-07-28/j-1244-g_1897-07-28_item2/j... · Anjos, ao pó da egreja, entre car- ros, carroças, americanos, e outros vehiculos

DIÁRIO ILLUSTRADO

A discussão

do Orçamento

II

Na camara dos senhores depu-

tados continuou e concluiu hontem

o seu discurso, de replica ao do

sr. ministro da Fazenda, o sr.

«loão Franco*

Concluiu é um modo de dizer,

porque o caso foi muito diverso,

como passamos desde já a referir,

por ser facto que ha de ficar co-

mo característico do feitio tole-

rante do governo e da maioria que

o apoia.

Êram 5 horas e vinte minutos

quando o sr. Presidente avisou o

orador, que estava no meio de

uma phrase, de que findara a hora

regimental.

Eram 5 horas e vinte minutos,

repetimos.

O sr. João Franco fez logo pon-

to final, mas requerendo que a ca-

mara lhe consentisse fallxr só por

mais 10 minutos, afim de eoncluir a

ordem de considerações que ia fa-

zendo, compromettendo se a termi-

nal as ás 5 e meia.

A presidencia consultou. Le-

vantaram-se todos os deputados

da esquerda; levantaram-se os

Brs. Marianno de Carvalho, Dias

Ferreira e Conde de Burnay, in-

dependentes; levantaram se até

uns quatro progressistas, mas a

maioria deixou-se ficar sentada, e

com ella os ministros, inclusiva-

mente aquelle, o da Fazenda, a

que se estava respondendo, com o

impudor de assim manifestar que

não queria ouvir a replica a quan

to dissera na vespera!

Intransigência de 10 minutos

para com o leader da opposiçào, e

transigência com quantos mono-

polistas se lhe achegam na pre-

tensão de endireitar companhias

arruinadas!

Mas vamos ao extracto do no-

tável discurso proferido pelo sr.

João Franco, porque acções como

a que hontem praticou a maioria,

ficam... com quem as pratica. E

pagam se!

Promettera o proeminente par-

lamentar na vespera que levaria

á camara o rol das dividas em

atrazo que o ministério transacto

havia legalisado, sem d'Í8SO fazer

titulo de gloria para si, nem des-

douro para o ministério que subs-

tituirá.

E cumpriu, lendo essa lista, que

abrange o periodo de 4 annos, de

Fevereiro de 1893 a Fevereiro de

1897, e que apresenta as seguin-

tes verbas: Fazenda, 1:291 con-

tos; Reino, 324; Justiça, 7; Guer-

ra, 255; Marinha, 169; Obras Pu-

blicas, 659. Total, 2:708 contos!

Fóra, a mais, 1:171 contos, de

1891-1892, que nào são certamen-

te da responsabilidade do partido

regenerador e do ministério tran

Bacto!

Estas legalisações, como mos

trára o sr. Mello e Sousa, são da

ordem natural das coisas, dando-

se nos paizes mais bem adminis-

trados, como são a Bélgica, a Fran •

ça, a Inglaterra, etc. Não cita,

pois, o facto nem como elogio, nem

como censura: cita-o, apenas, como

defeza.

Fez o que devia fazer, mas

fêl-o sem alardes, sem pregões,

Bem nenhum apparato, sem a in

tenção ruim que teve p sr. minis-

tro da Fazenda de provocar e of

fender os melindres e a indiscuti-

vel dignidade dos ministros tran

8actos! A sua indiscutível digni-

dade!

Nenhuma d'aquellas legalisa

ÇÕ68 foi apregoada pelos jornaes

regeneradores!

137

FOLHETIM

CLOTILDE

POB

Alphonse Karr

. Traduoçâo de Pedro dos Reys

SEGUNDA PARTE

XLIV

Clotilde de Sommery

a Tony latinei

{Continuado do numero 8:748)

O silencio era absoluto; não se

sentia ramalhar uma folha.

Súbito, ouviram-86 os primeiros

accordes d'um rouxinol, os tres

sons graves com que elles costu-

mam começar o seu hymno á noi-

te e ao amor.

O rouxinol.—A lua sobe silen-

ciosamente ao céo. O trabalho, a

ambição, a fortuna dormem; não

A preoccupação constante do

miuisterio fora a louca pretensão

de ditfam*r a gerencia dos seus

adversarios! Assim, á pressa, logo

poucos dias depois da sua ascensão

ao poder, se publicava a relação

das verbas a legalisar, com a ag-

gravante do sr. ministro da Fa-

zenda as avolumar por phantaaia

e vontade, elevando-as á totalida-

de de 5:000 contos, como, pelo

mesmo processo, as podia elevar

a 100:000, pretendendo insinuar

que a administração regenerado-

ra não tinha sido, nem economica,

nem sequer regular!

Mas a intenção era m nifesta:

o governo procedia assim para

crear base ao plano do sr. minis-

tro da Fazenda—o plano dos em-

préstimos, dos largos emprestimos,

de uma liquidação geral!

De resto, comprehendia-se mui-

to bem semelhante desideratum:

quem vinha da anarchia parla-

mentar, a ponto de tornar inevi-

tável a dissolução do parlamento;

quem vinha da colligação com os

inimigos das instituições; quem

vinha de ter prégado o não paga-

mento dos impostos; quem, por

todos estes factos, e por muitos

outros, carecia de auctoridade, de

via proceder assim, na lógica da

sua situação. Vrsto que por sipro-

prio o governo progressista se não

podia levantar, pretendia ver se

vivia rebaixando os seus adversa-

rios.

E no fundo, sempre no fundo

d'estes procedimentos, o plan© do

sr. ministro da Fazenda—o de em-

prestimos, muitos emprestimos, em

uma liquidação geral!

Era de admirar o purismo lega-

lista d'aqiiella gente—os dictado-

res de 87—, indo abrir créditos

que não eram necessários, e abrin-

do os por uma fórma que era per-

feitamente illegal.

E demonstrou, o sr. João Fran-

co, tão eloquentemente como pre-

cisamente, esta sua asserção, pois

que os preceitos da lei de conta-

bilidade publica (o sr. Ressano

Garcia recorre á jurisprudência...

flagrante delicto do sr. Beiíâo)

p.ohibiam terminante e claramen-

te a abertura de taes créditos.

Assim, os legalistas, debutavam

por uma illegalidade!

Sendo, além de illegaes, desne-

cessários esses créditos, pois que,

pelo que se sabe, houve a mais,

no fim do anuo economico, 600

contos de réis do que a quantia

em que se reforçaram a9 verbas!

Depois d'iato tudo, considera se

com direito a protestar contra o

descredito que se pretendeu lan-

çar sobre a administração do mi-

nistério de que muito se honra de

ter feito parte!

Passa depois ás apregoadas

economias effectuadas, na impor

tancia de 2:800 contos. Pueira,

poeirada!

Pormenorisa esta questão, e

conclue que tal procedimento é

tanto mais insensato quando se

deu em um tempo em que é lou-

cura provocar os adversarios,

n'um tempo em que os governos

se devem preoccupar em unica-

mente terem os inimigos que não

possam aeixar de ter!

Mas no fundo, bem no fundo,

d'esta politica doida estava o pia

no do sr. ministro da Fazenda—de

emprestimos e mais emprestimos,

muitos emprestimos, n'uma liqui

dação geral! Plano que apenas se

admittiria no meio da fatalidade

de uma grande desgraça nacio

nal, e quando houvesse a cons-

ciência, que não pôde haver, d'a-

quelle ser o ultimo recurso de que

lançar mão!

Occupa-se em seguida do adian-

tamento gratuito que um ban

queiro fizera, segundo as declara

çÕes do sr. ministro da Fazenda,

os acordemos: elles tomaram para

si o dia, mas a noite é nossa. For-

mosas acacias cujos verdes pen-

nachos se balançam sobre as nos-

sas cabeças, sacudi os vossos ca-

chos de brancas flores, derramae

sobre a terra os vossos inebrian-

tes effluvios! Túmidas violetas,

rosas petulantes, o perfnme que

tão avaramente nos dispensaes

durante o dia, exhalae o de vossas

corollas, como as almas exhalam

o seu perfume, que ó o amor! A

lua dá uma luz tão pallida, que o

rubor da mulher amada só a pre-

sente o amante ao contacto das

suas faces affogueadas. Os pyri-

lampos tremeluzem por entre a

berva, quaes amores d'estrellas

ca idas do céo. No meio d'esta

festa encantadora que dá aos na-

morados uma noite de verão, mais

além, a largos espaços, a triste

voz da coruja. Eu não quero jun-

tar a minha voz á sua.

A coruja.—Em todo o anno con-

tam se poucas noites como esta.

A mocidade só tem algumas pri-

maveras, e o coração um só amor.

Tudo o que existe tem in-

veja do amor; inveja-o o proprio

de 400:000 libras para acudir ás

urgências cambiaes da praça.

Pena é que o sr. ministro não

tivesse enviaio os documentos pe-

didos pelo sr. Mello e Sousa, para

devidamente se conhecer essa ope-

ração, bem como o nome do bene-

merito banqueiro que assim pro-

cedeu, admirando-8e no entanto

que, depois do governo ter á sua

disposição aquelle Potosi, se lem-

brasse do reforço ao máximo de

50 0j0 dos câmbios, elevando a

verba para fazer face á respecti-

va elevação!

Mas não acabaria, certamente,

aquella sessão sem que, indepen-

dentemente dos documentos re-

queridos mas não mandados ao

o credito de 21:000 contos, o mi-

nistério progressista encontrava

3:500 contos de margem—e era a

isto que elle chamava ter ficado

esgotado o credito no Banco de Por-

tugall

Ficaram-lhe mais as obrigações

dos tabacos, que não existiam; as

da Companhia Real, que não exis-

tiam; os 3 milhões e 500 francos

do Credit Lyonn<iis, que não exis-

tiam, que ficaram, mas que em

grande parte não existem já!

Esta era a situação em que o

ministério progressista recebera a

herança financeira, e oxalá que

ella fosse egual quando esse ga-

binete fosse a terra!

E a divida fluctuante?! Que fi-

ar. Mello e Sousa (o sr. Marianno ' cára em 33 mil contos

declara que acaba de os receber), se

conhecesse o nome do philantropi-

co banqueiro.

{O sr. Conde de Burnay pede a

palavra para explicações).

Era verdadeiramente insolito o

procedimento do sr. ministro da

Fazenda, que em vez de se defen-

der, atacava! Assim dissera que o

governo transacto não levara ao i sito.-í, que é importante, a divida

Mas a quanto montava hoje, ao

5.° mez da gerencia progressista,

no semestre das vaccas gordas,

isto é,. no semestre em que ha

maior, muito maior, arrecadação

de receitas?

Segundo a nota referente a 30

de junho, e em que falta ainda a

ccntíi da Caixa Geral dos Depo-

parlamento os créditos supple

mentares!

Mas o peior era que s. ex.B, re-

correndo ás fragilidades dos ou-

tros para cobrir as próprias, fora

infelicíssimo na escolha!

Esses créditos supplementares

tinham sido auctorisados, o que de-

monstrou, e, tendo-o sido, nào ha-

via obrigação de pedir depois pa-

ra elles a saneção parlamentar.

(Os 8rs. Ressano e Laranjo con-

sultam ambos a jui isprudencia...

de aviso prévio do sr. Beirão).

Passa a tratar d'aquillo a que

o governo chama orçamento recti-

fisado.

Por lhe faltar o tempo, reatrin-

ge-se unicamente ás previsões que

manifestamente hão de sahir erra-

das, relativamente aos direitos da

importação de cereaes, ás recei-

tas alfandegarias e á verba des-

tinada aos edificios públicos, pre-

faciando essas referencias da se-

guinte asseveração: que o sr. mi-

nistro da Fazenda, conscientemen-

te, praticou erros de calculo, que no

fim da gerencia se hão de traduzir

em 2 a 3 mil contos de réis de dif-

fer ença.

Assim, dos cereaes. ficaram os

2:250 contos calculados antes de _

se poder conhecer os resultados! Estava n'eate ponto, quando

do anno agricola. Podia agora 8- ex,â 80 obrigado como aci-

ma dissemos, a findar o seu nota-

fluctuante importa em 37:400 con

tos de réis!! Subiu em mais de

4:000 contos, e se acaso se fize-

rem proporções e progressões da

elevação d'aquella divida em pe-

ríodos de 5 mezes, ninguém en-

contrará um só em que ella se

eleva3ee tauto como nos 5 mezes

da gerencia financeira do actual

ministério!

Mas é verdade: a divida flu-

ctuante ficára elevada, mas com

a divida fluctuante interna pôde

relativamente o paiz. Com os en-

cargos externos é que não pôde

mais, e o ministério de que fez

parte tem a gloria de os uâo ter

augmentado em 4 annos de ge-

rencia, a não ser com os 3:000

contos que pediu para a compra de

navios, credito que ficou quasi in-

tacto, e que contractou no estran-

geiro porque era alli que havia a

satisfazer os encargos da cons-

trucçâo.

Com essa responsabilidade po

dia muito bem, porque represen

tava um melhoramento urgente,

que todos reclamavam, pois que

desde 1884, ainda no tempo de

Fontes, e quando Pinheiro Chagas

era ministro, que se nào fazia ac-

quisição d'um navio de guerra.

contar-8e com semelhante quan

tia?!

Nas receitas das alfandegas,

em vez de 600 contos a mais, de-

via contar-se com 1.500 a menos.

Isto pelo que toca ás receitas;

no referente ás despezas, a verba

dos edifícios públicos, para dar

emprego de braços a operários,

reduzida como fora e quando o

numero d'esses operários augmen-

tára, era uma brincadeira.

E' verdade que havia, como

coeficiente de correcção, a pro

posta das empreitadas Mas podia

ella e devia computar se para o

effeito da/diminuição? Tem o mi-

nistro empreiteiros? Quando co-

meçam as empreitadas, para que

possam influir tão importantemen-

te na despeza?!

Como estes dois factos, com res -

peito ao capitulo da receita, e

como o ultimo, no tocante á des-

peza, podia citar muitos outros,

mas estes bastavam para exem-

plo do que era o tal orçamento...

rectificado!

Mas o sr. ministro da Fazenda,

se calculara mal, fora ao mesmo

tempo audacioso. E uma das suas

audacias consistira na affi.-maçào

de que o ministério regenerador

deixára esgotada a conta corrente

com o Banco de Portugal!

Ora, quando o governo regene-

rador cahira, a divida ao Banco

estava em 17:444 contos, e sendo

" " ' ■——■

céo, que não tem outro egual

para dar aos seus eleitos. A deel

graça está sempre alerta: escon-

dei a nossa felicidade, sede feliz

de maneira que ninguém o sonhe.

Toda a ventura se compõe de duas

sensações tristes: a lembrança da

privação no passado, e o temor da

perda no futuro.

O rouxinol.—Formosas acacias

bilissimo discurso.

O governo e maioria, assim ver

berados, arreceiando se da nota

final, que cumularia o seu desas-

tre, nem mais 10 minutos, 10 mi-

nutos apenas, lhe consentiram!

Desfavor contraproducente, por

ser significativo do seu receio,

e porque irritou a minoria, pedin-

do desde logo a palavra os srs.

Teixeira de Vasconcellos, Dantas

Baracho, José Reymão, Avellar

Machado e Conde de Paço Vieira.

Para responder ao sr. João

Franco, a maioria teve o sr.

Laranfo,

que é relator... substituindo o sr.

Carrilho!

Lá se foi arrastando como pou-

de, tendo dois ouvintes muito at-

tentos: o sr. Beirão e o sr. padre

Caldeira, chegando a ser sympa-

thica a atteução d'este ultimo.

Discurso de logares communs

e de repetição de argumento do

sr. Ressano, terminando por esta

phrase, que dá medida do bom

senso oratorio, já tradicional, do

illustre deputado: que o par-

tido progressista se hon-

ra de ter feito parte da

colligação com o* re-

publicanos, e que sen-

do necessário voltará

a ella!

Sendo depois d'esta phrase que

o sr. Laranjo recebeu os cumpri-

mentos dos srs. ministros da Fa-

zenda e da Justiça!!

Como os leitores veem, a deixa

foi magnifica, pois que o sr. La-

ranjo é um especialista em deixas,

tirando d'ella todo o proveito o

nosso illustre correligionário, o

sr.

Teixeira de Sousa. cujos verdes pennachos se baloi-

çam sobre as nossas cabeças, sa-

cudi os vossos cachos de flores ' que retratou a versatilidade que

brancas, derramae sobre a terra

os vossos inebriantes perfumes.

Madresilvas, cilindros, jasminei-

rós, escondei debaixo de vossos

ramos entrelaçados os amantes

se traduzia n'esta declaração, re-

pellindo no me.-ma tempo a phrase

de que nos discursos da opposição

havia fermento de idéas republi-

canas, quando esse fermento onde

que nos pediram asilo Fazei-lhe existia de verdade era nas pro-

ninhos de flores e de perfumes! i postas de fazenda, mais até de

A coruja. — A desgraça está . que em quaesquer procedimentos

' do partido radical! sempre alerta, escondei a vossa

felicidade, sede feliz de maneira

que ninguém o sonhe. Sê feliz

quanto antes, gentil donzella, por-

>tF» Dizi

que não tardará que a fina pen

nugem de teu rosto ceda o passo

izia isto o nosso amigo, em

resposta, note se, em resposta,

quando o sr. Presidente se lem-

boas condições fioanceiras em que

o governo transacto deixara o

exercício do poder e que todas as

nossas difficuldade8 provinham da

administração progressista de

1887 a 1890.

Fallou bem, como sempre, e

com excepcional vigor, de tribu-

no, quando repelliu as asserções

do relator e a intolerância da pre-

sidencia.

Usou então da palavra para ex-

plicações o sr.

Conde de Burnay.

Em resumo: que o banqueiro do

adiantamento gratuito das 400:0 0

libras fora elle; que já prestára

egual favor quando foi da corrida

ao Monte pio; que também prestá-

ra um bom serviço no emprestimo

dos 3:0 0 coutos; que o suppri-

mento que realisára com o gover-

no actual o tivera entabolado com

o seu antecessor.

Também para explicações, visto

que o sr. Burnay citára o seu no-

me, disse o Br.

João Franco:

que todas estas explicações se te-

riam evitado se o governo tivesse

mandado a tempo os documentos

requeridos pelo sr. Mello e Sou-

sa; que era verdade que o sr.

Burnay prestára bons serviços

quando fora d'aquella corrida,

mas que immediatamente tinha

recebido a caução das 400:00) li-

bras esterlinas que fora encarre-

gado de arranjar; que no empres-

timo dos navios apparecera uma

outra proposta, que o governo

não acceitára por ser pela totali-

dade dos 9.000 contos; que com o

ministério transacto, relativamen-

te ao supprimento, apenas houve-

ra couversa, e nunca um contra-

cto.

A próxima sessão é na quinta

feira.

brou de o chamar á ordem!

O sr. Teixeira de Sousa repel-

liu eloquente e energicamente a ás rugas da velhice. E tu, apai

xonado moço, verás em breve injustiça, e continuou até ao fim

amortecido o brilho de teus olhos, da hora, ficando com a palavra re-

(Continúa.) servada para hoje, mostrando as

Pela politica

epela administração

««Justiça da Xoite».—

Continua a ilha Terceira no esta-

do anarchico a que já psr mais de

uma vez nos temos referido.

A Justiça da Noite continúa a

sua obra de devastação, sem que

as auctoridadeB competentes se

incommodem a pôr-lhe cobro. O

administrador do concelho da

Praia dorme socegadamente em-

quanto no Beu concelho se prati-

cam coisas assombrosas. E o sr.

ministro do Reino nem substitue

o governador civil d'aquelle dis-

tricto! Por que? Por politica mes-

quinha, sem duvida

Entretanto aquelles povos vj-

vem em continuo sobresalto.

#

• #.

A campanha dos na-

marraes.-0 Diário deve pu-

blicar, brevemente, os relatorioa

acerca do combate de Mujenga,

das operações «que se seguiram

contra os namarraes e do recente

combate de Calapute.

Moueinho de Albuquerque, além

d'eates relatorioa, enviou ao mi-

nistério da Marinha um officio do

ar. capitão Eduardo Coata, illus-

tre governador de Moçambique,

dando conta dos resultados finaea

da campanha.

D'esse officio reproduzimos os

seguintes periodos:

«A 25 do mez passado apre-

sentaram-se no porto de Ibrahimo

dois euviado8 de Mucutomuno pe

dindo péga pé. O tenente Trinda-

de disae lhes que não podia sem

ordem superior acceitar-lh'o, e di-

zer-lhe as condições, mas que des-

de já os prevenia de que o go-

verno pouco se importava com pa-

lavras, estando disposto a conti-

nuar a guerra até os exterminar,

se elles não se submetterem com-

pletamente. Disse lhes mais que

voltassem a 1 de junho, com todos

os chefes, sobre tudo Macuto-

muno, afim de saberem as condi-

ções impostas pelo governo.

A 27 voltaram outra vez os

mesmos enviados, acompanhados

de vários chefes, como o marido

da Naguema, dois irmãos de Mu-

cuto, etc., mas como o Trindade

ainda não tinha a minha resposta,

nào lhe poude dizer as condições,

mas foi os logo prevenindo com

acerto de que tinham a pagar o

imposto de palhotas. A 1 de ju-

nho, finalmente, Macuto-muno, de

Machila, por ser velho e doente,

acompanhado de vários chefes e

escoltado por mais de 800 homens

armados, compareceu no posto de

Ibrahima e na preaença do capi-

tão-mór José Barros e do tenente

de artilheria Ferreira, figurando

como meu ajudante, as condições

impostas para se acabar a guerra.

Estas condiçõea, designadas por

mim e auctorisadas por sua ex.# o

governador geral, são as seguin-

tes.

1 0 Pagamento da multa de 300»

espingardas e 2:000 rupias em di-

nheiro ou genero.

2.° Abertura inmediata duma

e8trada de Natule á povoação de

Matula-Mano e continuação da

que vai do porto a Calapute até á

fronteira, com aa terras de Itocu

lo, passando fambem por Matula.

3 o Pagamento do imposto de-

palhota.

4.° Entrega de refens.

5.° Cortar todas as relações com

o Marave.

60 Sujeitar se, finalmente, a

todas as ordens do governo.

Mucuto muno, por quem os seus

homens mostram extraordinário

respeito, acceitou de boa cara to-

das as condições.

#

# #

Regulador da ordem

publica.r—Podemos estar tran-

quilloa. Já lá vae a borraaca, e já

chegou o bom tempo. O sr. Beirão

mudou hontem de gravata. O ver-

melho vivo—recordação saudosa

do comicio do Campo Pequeno e

do chá com torradas da rua dos

Navegantes—cedeu o logar ao

cinzento pallido, maia compatível,

com a situação conservadora que

o cargo de hoje impõe. Está as-

segurada a ordem publica.

A gravata do sr. Beirão é o ca-

maroeiro politico mais fiel de que-

reza a historia. Quando é cinzen-

ta quer dizer que não está içado.

Tempo de feição, temperado e

secco. Antea assim.

A vermelhinha foi-se, com

boatos pavorosos para a gaveta da

commoda.

Durma bem...

• »

Bolsas portuguesas.—

Official:

Acçõ3» do Banco de Portugal, ré'«

123£000; ebrig. mnn. ou dist. de 5

por cmto, coup . 91 £500; insc. de

*5sent., t. g , 33,73; insc. ae aeaent.

titulo de 100£Q00, 33.80.

Commercial:

àcçõps do Banco de Portugal, réis:

123£000; iccõe* da C.» do» Tabacos,

coup , 81 £000; obrig da C.« Agua*,

assent.. 68£500; obrig: prediaes de

6 por c^nto, assent, 94&200: obrir.

4 OiO, 1890 coup.. 41 £100; oori*. d«

4 hl, as«f nt, 46£400; ob ig 4 142-

0.0 cocp., 46£600.

# #

Consta que vai para o Porto a.

canhoneira D. Luiz.

--Reuniu hontem a junta con-

sultiva de saúde publica, resolven-

do as providencias a tomar, com,

relação á ilha Formosa, onde se

manifestou a peste bubonica.

-—Deve reunir na quinta ou

sexta feir£ o conselho de Estado

para ser ouvido ácerca da proro-

gação das cortes, que, ao que se

diz, estarão abertas até ao dia 14

do proximo mez.

—Foram approvados os estatu-

tos da «associação de soccorros

mutuos do3 carpinteiros, pedrei-

ros e artes correlativas»»

—O sr. Augusto Prestes pedia

registo do uome «-Empreza Fa-

bril».

—O sr. John Matgga Ewen pe-

diu privilegio de invenção por

dois annos para um systema de

illuminação por meio de janellas,

e vidraças prismaticas paraja-

nellas.

_—O sr. delegado • do segundo>

district© querellou hontem dos jor-

naes Tarde e MarseJ.heza. O nosso

collega Tarde foi qperellado por

causa do artigo que publicou a 20.

do corrente com e titulo Ao Jor-

nal do Commercio.

—O sr. ministro da Fazenda,

conferenciou hontem com os srs.

Conselheiro Pereira Carrilho e-

Conde de Burnay.

—Emfim partiu de Londres pa-

ra Bombaim o sr. Joaquim José

Machado, governador da índia.

Levou seu tempo L"

-—O Vasco da Gama sahe do

Tejo no dia 1 do proximo mez,

para viagem de instrucção dos

aspirantes da marinha.

— Foi hontem publicado no^

Diário o decreto determinando

que sejam reunidos á direcção es-

pecial de estudes de fornecimento

de materiaes de obras publicas o-

estudo, conatrucçào e reparação

de edificios públicos.

—Pelo 8r. ministro do ReinO'

foram asaignadas as seguintes,

portarias:

Designando o dia 5 de agosto-

para, até elle, se fazer, no conce-

lho de Montemor-o-Novo, a re-

messa do livro do recenseamento-

eleitoral ao competente juizo de

direito.

Fixando em dois o numero dos

zeladores, e em dez o dos guar-

das campestres do concelho de-

Silves, tendo aquelles ordenado

não excedente a 80£000 réis, e

sendo estes remunerados sómente-

Page 3: DIÁRIO ILLUSTRADO - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1897-07-28/j-1244-g_1897-07-28_item2/j... · Anjos, ao pó da egreja, entre car- ros, carroças, americanos, e outros vehiculos

■ •« S. • X&M ■ • > -!t« ívSL- .' iLw - ... '»2 tsBx . ftnj&afc&J ^ f/>"!fcr

DIÁRIO ILLUSTRADO

•crm a parte que lhes pertencer na

arrecadação das multas impostas

,por sua diligencia.

—iHoje ha sessão na camara

dos pares.

Noticias do parlamento

.Gamara dos deputados

Prestou juramento e tomou as-

sento o sr. deputado.José Novaes.

—Deputação para o congresso

de paz: Adriano Antero, Campos

Henriques, Correia de Barros,

Pereira de Lima, Alpoim, José

Novaes, Barbosa Vieira, Dias Fer-

reira, Visconde da Ribeira Brava,

Menezes de Vasconcellos.

Em Bruxellas é que vae brilhar

o illu8tre deputado que vem para

ministro, podendo acontecer que a

Bélgica nol o sollicite.

Sollicite é o verbo apropriado.

—O sr. Presidente pediu, e foi

concedido, que se publicasse no

Diário do Governo uma represen-

tação dos refinadores de assucar

contra a respectiva proposta de

fazenda.

—Procedeu-8e a segundas lei-

turas dos projectos de lei apresen-

tados na sessão anterior.

—O sr. Joaquim Tello, encar-

regou o sr. presidente, visto não

estar na camara nenhum sr. mi-

nistro, de participar ao governo

que ameaça completa ruina a mu-

ralha junto ao mar, em Lagos, es-

tando em risco toda a parte da

zona da cidade que lhe é respe-

ctiva.

Pediu também que se dotasse o

Algarve com um verdadeiro ca-

minho de ferro de provinda, pois

que aquelle que existe é apenas

um caminho de ferro para Faro.

Só tem esperanças no noveUo, fa-

cto que o concilia, em certo modo,

com os inconvenientes que a res-

pectiva proposta possa ter.

Apresenta também os requeri-

mentos de dois officiaes, srs. tenen-

tes Rocha e Leotte, gara que se

lhes dê a pensão respectiva ao

grau da Torre Espada que lhes foi

conferido.

—O sr. João Franco apresentou

uma representação dos vendedo-

res de tabacos, pedindo a sua pu-

blicação no Diário, abstendo-se

de considerações por agora, guar-

dando-as para quando a respecti-

va proposta for discutida, do que

duvida.

—O sr. Correia de Barros apre-

sentou tres representações.

—O sr. Festas advogou interes-

ses de varias camaras do dis-

tricto d'Evora, apresentou reque-

rimentos e fez a apologia do offi

ciai do exercito Mergulhão, que

se distinguiu na campanha de

Lourenço Marques.

O contracto Gualdamina

O sr. Conde Burnay fallou hon-

tem largamente sobre o assumpto

Q7itea da ordem do dia.

Foram interessantes as suas re-

velaçõeé, que o sr. ministro da

Fazenda ouviu mudo e quêdo.

O sr. Conde declarou ser falso

que tivesse retirado a sua propos-

ta, ao contrario de que affirmára o

sr. Conselheiro Ressano Garcia.

Este não podia apresentar carta

alguma sua n'este sentido.

Fez a historia da questão, mos-

tra os inconvenientes do contracto,

declarando ainda que falia sobre

ellf, desde que o projecto do ar-

rendamento das linhas continua

a figurar entre as propostas de fa-

zenda.

Dá também uma informação

curiosa: que o sr. Presidente do

Conselho Lhe dissera que não gosta-

va de tal contractol

Responder-lbe-ha ámanhã o sr.

Ressano?

Duvidamos.

Joaquim Augusto da Cosi*

FABRICANTE

e red or exeln«ftT«

do ministério dos Ne-

ICO cio a Estrangeiro»,

ftociedade de Ceojrt'

pbia, etc.|

Com officina ,na roa de S.

Jolião, 140, 3.°. onde tea

am completo sortimento nt

sen genero e para onde devi

ser dirigida toda a eorrespoi-

deneia.

Snecnrsal no Porto, rnt

das Flores, 201 e 203, cast

áe Albino Coutinho.

Faiem amanhã annos as sr.":

D. Maria José da Graça Pereira

Coutinho (Soydos).

D. Arrelia Torres da Silva Simões.

D. Elvira Adelaide de Guimarães

Costa.

D. Maria Angelica da Silva.

D. Anna Julia de Lima e Silva.

D. Carolina Angelica da Costa La-

cneva.

D. Maria Victoria de Sant'Anm

Bornalal.

D Maria Carolina da Cunha Vieira

Salles Lobo.

D. [Maria das Dores Vieira de lis-

tro.

0. Seraphina Cardoso Moreira Lo-

bo.

E os srs.:

Conde dos Olivaes.

General João Eduardo Souto Mxycr

de Lencastre e Menezes.

Joaquim Looes de Macedo.

Francicco Xavier de Vasconcellos

Coutinho Cabral.

José Martins de Queiroz.

Jeronymo Norlway do Valle.

José Henrique Salaty.

José Maria da Silva Ribeiro.

Parte esta semana para o Mont'E«-

toril o sr. Augusto Ribeiro Ne-

?es.

—0 sr. Cardeal-Patriarcba partiu

para S. Bernardino onde vai faxer

uso dos banhos de mar.

■—Partiu hontem para Paris o ar

AdoJpho de Lima Mayer.

—Partiu para Louchon o sr. Con-

de do Restello.

—Partiu para o Porto o sr. Augus-

to Borges.

—Partiu para Paris o sr. Conde de

Linhares.

—Partiu para o Porto o sr. Amé-

rico Vieira de Castro

—Parte brevemente para Paris o

sr. Conde de Gouveia.

—Partiu para Paris o sr. dr. May

Figueira.

—Partiu para o Porto o sr. Alfre-

do Ferreira Dias.

—Partiu para Paris o sr. Camillo

dos Santos.

—Partiu pira o Porto o sr. Viscon-

de de Pindelia.

—Está em Lisboa o sr. D. Modes-

to Gómei Reys.

—Partiu para a Lousã o sr. dr.

Carlos de Sande Sacadura Botte.

—Partiu para Cascaes o sr. Trin-

dade Baptista.

—Partiu para a sua quinta de As-

sentis, Marmeleira, em Rio Maior, o

sr. Conselheiro Guerra Quaresma.

—Regressou de Aveiro a sr • D

Anna Menezes d'Almeida e Silva.

— Chegou ante-hontem 4a cidade

do Porto, com licença, para ir ás

aguas do Gerez tratar da sua saúde,

o sr. Juiz de direito d'squella cidi-

de, D. Salvador Manuel ae Vilhena.

—Ausentou-se por algum tempo

de Paris o sr. Carlos Sertorio.

—Parte na próxima semana para

as Caldas da Rainha o sr. Jorge de

Mendonça.

—Parte por estes dias para o nor-

te o sr. Francisco Cardoso.

—Está no Porto o sr. Marquei do

Fayal

—Estio em Cascaes, em casa de

seu tio o sr. Pereira de Mello, as

sr." D. Margarida e D. Luisa Des-

landes.

—Vai ao Mexico apresentar as

suas recredenciaes de ministro de

Portugal o sr Visconde de Santo

Thyrso.

—Segue viagem amanhã para la-

glaterra Mr. Caruth, regressando

aos Estados- Unidos da America, seu

pais, que durante quatro annos re

presentou em Portugal, na qualida-

de de ministro plenipotenciário. Suas Magestades na sua despedi

da offereceram lhe os seus retra-

tos.

—Partiram para Mondaris os srs

Duque de Loulé e dr. Teixeira de

Castro.

—Partiram para o Minho os srs

Condes de Bertiandos. S. ex " vão

para a sua casa do mesmo titulo.

—Regressou á sua quinta do Ala

mo o sr. D. José de Bragança.

—Partem no dia 30 para a sua

quinta nos Olivaes os srs. Condes da

Ribeira e familia.

—CALDAS DA RAINHA.

Chegaram as seguintes pessoas:

Visconde de Moraes e família, D.

Maria Assumpção Diniz Carneiro D.

Clementina Adelaide Dinis, D. Maria

da Annunciação Camacho, Guilher-

me d'Almeida, Antonio Luiz Mar-

ques. José Soares Laroche, D Bea-

triz Gomes de Macedo, D. Emilia

Champalimaud, Libanio Antonio Net -

to Affonso, Julio da Silveira Brandão

Freire Tnemudo, Manuel Nogue.ra

Ramos e família, Jorge José de Sou-

sa, Joré Rodrigues Maciel, Angnsto

Cesar de Mattos, D. Joaep&ina Emi-

lia Patricio e familia, José de Bar-

ros Martins, Antonio José Galvão, D

Maria Rosa das Neves Cardoso, D.

Maria Augusta de Mello Lobo da Sil-

veira, João Lopes Moraes Silvano,

Joaquim Maria Sobreiro de Brito.

Martin Solis e familia, D. Antónia

Fora, Thomas Frederico, D. Anna

Pereira Maria de Carvalho, Visconde

de Sacavém e familia, D. Luis d'As

sis Mascarenhas, dr. Julián Lergo,

Julián Garcia Alegre, Francisco Ler-

go, Albano das Neves e Sousa, D

Laura Leitão, D Antónia da Concei

ção Tavares, etc.

*

* *

Realisou se em Villa Franca o ca

samento do sr. dr. Manuel de Pina

e Mello com a sr.® D. Rita Serome

nho, filha do rico proprietário, o sr.

Francisco Seromenho.

Os noivos partiram para o Douro,

onde o noivo tem banca d'advoga-

do.

#

# #

Realiza se brevemente em Cintra

uma soirée na bella vivenda dos

srs. Ccndtsd'Aiambujs,em Seteaes.

#

# #

Baptisou se hontem em S. Mame-

de uma filhinha do sr. José Maria

de Mello. A neophyta recebeu o no-

me de Gabriella.

Foram padrinhos o sr. Visconde

de Moledo, e a sr.» D. Maria do Car-

mo Corrôa de Sá, e depois da ceri-

monia houve Jantar intimo em casa

dos paes da baptisada.

#

* *

Os filhos do sr. D Joíé Luiz Re

dondo, vão melhorando das graves

febre* typboides que tiv«»r>m.

Bem«=Dá noti-

cias

Bigger

Cheguei 1.° de junho—Tenho

sido bem succedído em tudo—O

teu retrato ficou muito indecifrá-

vel Só eu o reconheço—Dá no-

ticias que suavizem as muitas

saudades.

Bigger.

Charutos legítimos

da Havana

Chegou uma partida

de 60 mil» recebidos di-

rectamente dou mais

afamados fabricantes.

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Concorrentes á egreja de S.

Christovam, de Lisboa:

Adriano Augusto de Vasconcel-

los e João Gonçalves Nunes Duar-

te, da diocese de Beja; Antonio

Valente da Silva, da diocese de

Portalegre; Antonio Francisco

Monteiro, da diocese do Porto;

Caetano Fernandes, da diocese de

Braga; Caetano Baptista, Diogo

Francisco, Antonio dos Reis Pie-

dade e Costa, Francisco Antonio

Quintão, José de Sant'Anna Da-

vid Caldeira, Miguel Augusto

Ferreira e Manuel Mendes de Car-

Iho, eubditos da diocese de Lis-

boa.

—Obtiveram cartas regias de

apresentação em egrejas paro-

chiaesos presbyteros seguintes:

Domingos Augusto, pa-

ra a egreja de S. Pedro de Infias.

diocese de Vizeu; Francisco de

Carvalho, para S. Sebastião de

Means, Coimbra; Henrique de Oli-

veira Neves, para a de S. Sebas-

tião das Mouriscas, diocese de

Portalegre; José Benjamim Cer-

Íueira, para s de S. Slartinho de

lanhellaB, diocese de Braga; Mar-

P? Vi

cellino Antonio Maria Franco,

para a de Odiaxer, diocese do Al-

garve; Manuel Marques Correia,

ara a de Santa Marinha de Ceia;

ito Cardoso da Silva, para a de

S. Matheus da Barosa, diocese de

Coimbra; Alberto Pereira Cardoso,

apresentado na egreja de S. Cy-

priano, Rezende, Lamego; Joa-

quim Mendes de Oliveira Brito,

apresentado na egreja parochial

de S. Martinho de Sameice, Ceia,

Guarda.

Grémio Artístico

Reuniu no dia 26 do corrente

assembléa geral d'esta sociedade,

presidindo o sr. Carlos Reis, 1.

secretario, na ausência do presi

dente.

Lido o relatorio e contas da ge

rencia de 96 97, foi approvado:

1.° o parecer do conselho fiscal

ropondo a approvação d'esse re-

atorio e um voto de agradecimen-

to á direcção;

2.° uma proposta da direcção

para a nomeação do sr. José Si-

mães de Almeida, distincto artis-

ta e professor de esculptura na

Academia de Bellas-Artes de Lis-

boa, para socio honorário

Em seguida passou-se á eleição

£

dos novos corpos gerentes, que

deu o seguinte resultado:

Direcção—Antonio Ramalho Ju -

nior, D. José Pessanha, Luciano

Lallemant, José Malhoa, A. A. da

Costa Motta, Antonio Thomaz da

Conceição Silva e Manuel de Ma-

cedo.

Assembléa geral— Presidente,

José de Azevedo Castello Bran-

co; vice-presidente, Antonio José

Nunes Junior; 1.° secretario, Car-

los Reis; 2.° secretario, J. Ribeiro

Christino da Silva; 1.° vice secre-

tario, Bartholomeu S. Ribeiro Ar-

thur.

Conselho fiscal — Visconde de

Athouguia, Gabriel Pereira e An-

tonio F. Baeta.

Praça do Campo Peqneno

A festa de Theodoro

e Cadete

Doming©, na praça do Campo

Pequeno, é tarde de enthusiasmo,

porque realisam a sua festa ar-

tística os 8ympathico8 e applau-

didos bandarilheiros Theodoro e

Cadete, com a assistência de Suas

Magestades e Altezas.

Na lide tomam parte: Fernando

d'Oliveira, Manuel Casimiro, o

arrojado espada Antonio Arana

(Jarana), acompanhado dos exi-

mios bandarilheiros Moyano e

Rodas, e os principaes collegas

dos beneficiados.

O curro, de 12 touros, pertence

ao acreditado lavrador de Coru-

che, sr. Manuel dos Santos Cor-

rêa Branco.

A bilheteira abre amanhã.

#

# #

Já se fala nas corridas do pro-

ximo mez d'agosto em Badajoz.

O emprezario é Reverte, o diestro

muito nosso conhecido.

Promettem muito.

#

* *

No dia 12 de agosto temos

Guerrita no Campo Pequeno. Um

telegramma expedido por Fran-

cisco Costa assim o aflirma.

Aviso aos aficionados.

Pelo estrangeiro

TELEGRAM MAS

ST0CKH0LM0, 26, n.

Começou hoje a gi ève geral de-

cidida pela Associação dos mari-

nheiros da Suécia.

NEW Y0"»K, 26, n

0 «Herala» publica uma nova no

ta do Japão, dataoa de 10 de Julho

corrente, a respeito da annexação

das ilhas Hawai disendo que conti-

nuará a lucta diplomaiica, e irá

mais longe, se fôr necessário.

LONDRES, 26, n.

Camara dos communs:—0 sr. Sta-

nhope, deputado liberal, explanou

uma moção de ordem lamentando

que a commissão parlamentar sobre

a incursão no Tranavaal tenha apre-

sentado o seu relatorio sem conclu-

sões, não tenha recommendado pro

videncias contra o sr. Cecil Rhodes,

nem tenha notificado á Camara a

recusa do procurador d'eate em

apresentar certos telegrammas, e

pedindo o seu comparecimento á

barra da Camara. 0 orador disse

que se tem procurado não esclare

cer o caso, e atacou a administra-

ção da Companhia «Chartered Bri-

tish South Africa»

0 sr. Labouchere, deputado radi

cal, accusou o sr. Cecil Rbodes de

traição, e pediu que seja riscado da

lista dos conselheiros privados; aliás,

toda a gente ha de crer que a lei

não é a mesma para os ricos que

para os pobres, e que os ingleses

são uma nação de hypocritas.

Sir Michael Hicks Beach, chancel-

ler da fasenda, defendeu a commis-

são parlamentar do Transvaal.

0 sr. Chamberlain, secretario

d'Estado das colonias, declarou que

os principaes motivos de conflxto

com o Transvaal fortm removidos

já pelas leis votadas n'aquella repu-

blica sobre immigração. Consignou

que o sr. Cecil Rhodes foi castigado,

porque perdeu o cargo de primeiro

ministro da coionia do Cabo e o go-

verno da «Chartered». Concluiu af-

firmando qae a fiscalisação do go

verão britannico sobre a «Charte-

red» será tornada mais efficas.

0 sr. Birrell. deputado liberal,

propos a omissão da primeira parte

da moção do sr. Stanhope, e pediu

que o procurador do sr. Cecil Rno-

des seja citado e intimado a apre-

sentar os telegrammas.

0 sr. Balfour. 10 lord da Thesou-

raria, e sir William Vernon-Harcourt,

«leader» da opposição liberal, com-

bateram nma e outra proposta, e a

camara rejeitou nor 233 *ctos con-

tra 74, a emenda do sr. BirMl, e por

304 votos contra 77 a moção do sr.

Stanhope.

WASHINGTON, 26, n. 0 Thesouro decidiu que a sova

pauta aduaneira entrará em vigor

na próxima sexta feira á meia noite.

NEW-YORK, 27, m.

0 sr. Woodfrod, novo ministro

plenipotenciário dos Estalos-Unidos

em Madrid, parte para a Europa no

paquete «Paris».

0 «World» reprodus o boato da

demissão do sr. Sherman, que será

substituído no cargo de secretario

d'Estado peio sr. Whitelaw-Reid.

Léon Hermoso

Segundo telegraphou a Havas,

morreu em Lourdes o ce'.ebre as-

tronomo, cujas predicções eram

consideradas infalliveis por mui-

ta gente.

Noherlesoom esteve em tempo

em Lisboa, empregado na livra-

ria Bordalo.

CANEA, 26, n.

Os insurrectos cretenses recusam

entrar em communicação com DJe-

vad-pacbá por outro conducto que não seja o dos almirantes das po-

tencias federadas.

ATHKNAS, 26, n.

A Aliemanha propôs que o tracta-

do de paz comprehenda a institui-

ção d'uma fiscalisação financeira

internacional na Grécia, mas as ou

tras potencias rejeitaram.

MADRID, 27, t.

Diz um despacho official de Mani-

la que o cebecilha Aguinaldo per-

manece á frente d'uma guerrilha

composta d'uns 1 000 homens, eque umas pequenas guerrilhas que des

ceram á província de Laguna, foram

" i, d< batidas, deixando 100 mortss e 20

prisioneiros.

SIMLA, 27, m.

A expediçeo inglesa atacou em

Chitral hontem á noite o acampa

mento de Malakand. Na lucta ficou

morto um tenente, e feridos 3 ma-

jores e 1 tenente. A cavallarir per-

segue o inimigo, que bateu em re-

tirada esta madrugada.

(Havas).

Ultimas noticias

do Porto

Uma commissão de vendedores

e de revendedores de tabacos

apresentou uma representação ao

sr. Leopoldo Mourão, presidente

da Associação Commercial do Por-

to, para ser entregue ao parla-

mento.

—A direcção do Palacio de

Crystal resolveu approvar a plan-

ta apresentada pela commissão

promotora das exposições de flori-

cultura para se construir na ave-

nida um amplo pavilhão onde se

realisará em novembro proximo a

exposição de chrysantemos.

—Foi muito visitado o tumulo

de Rodrigues de Freitas, no dia

do primeiro anniversario da sua

morte.

Brevemente apparecerá um vo-

lume contendo alguns dos melho-

res artigos jornalÍ8ticos de Rodri-

gues de Freitas.

Essa collecção é duplamente

preciosa para o nosso publico let-

trado, pois que a maioria dos ar-

tigos ahi recolhidos e archivados

são, em Portugal, quasi desconhe-

cidos, por haverem visto a luz nas

columnas de jornaes fluminenses.

—A peregrinação a Lourdes

parte do Porto no dia 16 de agos-

to.

"SPORT"

Cyclismo em llespanha

Uma victoria de Manuel

Ferreira

Este valente e notável corredor

de fundo acaba de alcançar, em

Valencia, mais um triumpho, ba-

tendo, na corrida internacional

qne ali se realisou, alguns dos

mais conhecidos corredores de se-

gunda ordem do reino visinho, en

tre os quaes Perez e Batanero,

que chegaram, respectivamente,

em segundo e terceiro logar, e que

já ha tempos foram batidos pelo

nosso primeiro corredor José Ben-

to Pessoa, que lhes deu 30 me

tros de handicap.

Ao contrario do que nos seus

números de domingo diziam oa

nossos collegas do Século e do

Tempo, Manuel Ferreira montava

machina Quadrant e não Clément.

#

# #

Corridas

Promettem ser brilhantíssimas

as corridas internacionaes que se

realisam no Velodromo de Vigo

no proximo dia 8 de agosto.

De Lisboa consta-nos que irão

tomar parte oa celebres corredo-

res Jo8é Bento Pessoa e José

Diogo d'Orey.

#

No Velodromo de la Tocha, em

San Sebastian, também têm logar

no dia 31 do corrente mez bri-

lhantes corridas promovidas pelo

Veloz Club Donostarra.

O premio para a corrida inter-

nacional (4:000 metrofi) é de 850

pesetas.

# •

Em Huelva ha também corridas

de velocipedes por occasião das

festas que ali se realisam.

J.J.

Pequenas noticias

Por unanimidade foi absolvido o

ex-recebedor da comarca d'Oiemira,

sr. Julio Hora.

—A troupe do theatro de D. Maria

dá hoje uma recita em Villa Nova

de Portimão com a Marechala.

—Disem d'Aveiro que ha dias ap-

parece para os lados da Granja, pro-

ximo de S. Roque, um hom-m mal

trajado e de compridas barbas, oc-

cultando se por entre o milho e de-

babo das arvores, o que tem cansa-

do terror aos povos de differentes

logares.

—Para o serviço da capitania do

porto d'Aveiro esta em construcção,

no estaleiro da Gafanha, uma batei-

ra com toldo a qual vai ser tripula-

da por homens da armada.

—Vai bastante adianlado o assen-

tamento da hn&a americana nas dif-

ferentes ruas da villa da Povoa do

Varsim, devendo portanto em breve

começar a exploração

—Terminou no dia 23, em Buda-

est, o julgamento de varias mu-

Deres, que tinham accordado enve-

nenar os maridos e outras pessoas

dt familia,f para herdarem d'elles. Quatro das envenenadoras foram

condemnadas á morte.

— Em Inglaterra »ão utilisados

todos os annos 36 miltõss de luvas

approximadamente. Algumas damas

gastam em luvas perto de quatro

centos mil réis

—A banda do 37 de Murcia vai

tocar a Vianna do Castello por occa-

sião dos festejos da Senhora d'Ago-

nia.

R

Real Club Naval de Lisboa

Um grupo de socios d'este club,

está tratando de organisar um

passeio em barcos de vela, ao Al-

feite, onde se effectuará uma cal-

deirada que sem duvida será ani-

madíssima, visto já terem adheri-

do grande uumero de socios.

Para este passeio já se acham

inscriptos os yachts, Attila do sr.

João Carraça, Adele do sr. Au-

gusto Moniz, Fúria. do sr. J. Pe-

reifa, Saphira do sr. A. Baptista,

Elvira do sr. J. Gomes, Othello

do sr. Eduardo Romero, e Chris-

tina do sr. Vieitas Costa, que

formarão em esquadrilha, da qual

tomará provavelmente o comman

do a elegante canoa Attila.

—Vae ser brevemente registra-

da pelo sr. João Caro, a canoa

Carina, que este senhor acaba de

adquirir.

—Tenciona visitar brevemente

Vianna e o Porto, no seu yacht a

vapor Irene & Raul, o sr. Carlos

Pinto de Carvalho.

Secção util

Estado geral do tempo

Pequenas alterações da pressão

e na temperatura, sendo o vento

do quadrante NW., fresco em al-

guns postos.

Na Irlanda elevou-se a pressão

4 millimetres.

O centro das pressões elevadas

fica a ENE. dos Açores.

Faltam boletins de França e

de He<jpanha.

Dia 26 —Temperatura maxima

25,3; temperatura minima, 17,6.

Dia 27, ás 9 horas—Temperatu-

ra, 21,4.

Pressão ao nivel do mar 763,6.

Dia 28 — Vento fresco d'en-

tre NW. e NE.

Céo d'alg. nuvens.

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N\ _ quinta da Arriaga, a 3 miou

tos da estação do caminho de

ferro, ha para alugar excellentes

casas para banhistas, tec do estes,

além de livre passeio na proprieda

de. passagem por denlro da mesma

quinta para a praia de banhos, e

agua para o seu consumo. Não *ão

por isso verdadeiras as iuformaçõss

que algumas pessoas têm recebido

com respeito á falta de commnoica

ção com a praia de banhos. Trata-

se na mesma quinta com a proprie-

tária.

admirada de rão receber

carta, com anciedade espero a.

Saudades e recommendações de to-

d0!- «

e a

VERMÍFUGO

DE

B. li. Fabnentock

O PROPRIETÁRIO d'este remedio

sem egual, com a experien-

cí& de quasi toda a sua vida na pre-

aaraçao do VERMÍFUGO, pôde con-

fiadamente recommendar ao publico

este artigo, como o destruidor maia

efflcax das lombrigas.

Sendo differente das mais prepa-

rações que existem, a maior parte

lias quaes são imitações muito in-

feriores, cujo flm é enganar o pu-

blico, este Vermifugo tem passado

pela prova do tempo, realisando in- variavelmente tudo o que se lhe at-

tribue. Suave na sua ^peração, a

sua efflcacia é sempre a mesma,

podendo usar-se sem receio sem-

pre que haja lombrigas, seia o

aoente novo ou velho. Se não hou-

ver lombrigas, os seus effeitos são

os mesmos que um purgante suave,

empando o sangue. O proprietário,

listando inteiramente convencido da

impossibilidade de que elle falhe,

está prompto a devolver o dinheiro

a todas as pessoas em quem o re-

medio não faça effeito quando o

doente tenha lombrigas e seguir

exactamente as instrucções.

Deposito—JAMES CASSKLS & C.«.

POM respeito aos annuncios qie

^ com esta epigraphetêm appa- recidn ultimamente, a sociedade do

bieo Auer deseja tornar bam public*

não qae a manga cujas tristes cin-

zas estiveram longo tempo em ex

posição na montra do infelis com-

prador na rua Áurea, não foi pela

mesma sociedade fornecida, porqu-

o credito das mangas genuínas tor

na essa npgativa desnecessária, mas

sim, e muito positivamente, que

taes annuncios não foram por ella

inspirados nem publicados.

A sociedade do bieo Auer quando

vê os seus legítimos direitos offen-

íyfàGNiFiCáS »ccomod*ções e serviço escropuloío. O empreiwioJ ftoâíià M»d<w Srtmdíar*níeus?

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ser feita justiça, e de ver respeita-

da a mesira lei.

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Espera-fe de 2 a a de agasto. Par» carga trata-se no Caea do So-

dré, 84, !.•

E. Pinto Basti d C*

Volumes de 240 a 320 paginas 200 réis

Províncias e Ilhas, 220 réis. Brazil, 800 réis (moeda fraca)

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neiro. HoatOTldoo •

4 ^ I PORT DG AL

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efr Bob8,^q°i qn«

«e ®3Per* ^ Bordeaux s e-

gu^d» f ira 2 dr agosto

CHILI commandante Vaquier que se espera de Bordeiuxs gu«da feira

16 de agosto o paquete o PORTUGAL

não íará escala por Pernambuco e

Bahia.

O senhor do paço de Ninães.

DO sangue.

Annos de prosa.

Estrellas propicias.

Vinte horas de liteira.

O regicida.

A filha do regicida.

Mysterios de Lisboa (3 vol.)

Livro negro do padre Diniz.

Vingança.

Memorias do cárcere (2 vol.)

Scenas da Foz.

Estrellas funestas.

O santo da montanha.

Lagrimas abençoadas.

A bruxa do Monte Cordova.

A filha do doutor Negro.

Onde está a felicidade.

Um homem de brios.

Memorias de Guilherme do

Amaral.

A queda d'um anjo.

Carlota Angela.

O que fazem mulheres.

O demonio do ouro (2 vol.)

O retrato de Rioardina.

Anathema.

Scenas contemporâneas.

A filha do arcediago.

A neta do arcediago.

Agulha era palheiro.

O judeu (2 vol.)

Luta de gigantes.

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Santos» 1

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creança, bem como concertos. Cal-

cadinha do Tijolo, n.® 5. 3.® ás is

colas Geraes.

S»hirá * oa(fuMe*

CH AH ENTE commanlante Yinçot

que re espera de Bordeaux de 11 a

2 de agosto.

Para Bordeaux* mm di-

reitura

**h*rão os segiDut^s paquetes:

BRÉSIL commandante Troadec que

se espera <in Brasil em 4 de agosto.

LA PLATA comandante Lartigne

que se espera do Brasil em 17 de

agosto. Para mais informações trata-se b*

eicriptorio de T«rla4es & C • onde

ae icba estabelecida a art-ncia, rua

Áurea, S2, l.«

Peia Ageneia da Gompacnie áes Mes-

sageries Maritimes.

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Eugénio Sue-nOs sete peccados mortaow.» com

gravuras (3 volumes) 3$900 rs. e 10$500 rs.

em moeda larazileira.

EBITOM

Escriptorio—T. da Queimada, 35—Lisboa

0 Diário IUustrado, eslá á venda em casa dos nossos cor-

respond Dt-8 na« seguintes localidades:

Porto—Arnaldo José Soares, Praça de D. Pedro, 125.

Villa Nova de Portimão—João Xavier de Paiva.

Coimbra Manuel José de Figueiredo, rua de Borges Car-

neiro, 18.

Tondella—Alberto Rodrigues Ornellas.

S. Tlaiago de Cacem—Arthur Jorge Pratas.

Faro—Bartholomeu de Mendonça.

Mantarem— Antonio Maria d'Almeida.

Beja—Manuel Antonio Ferraz

Castello Branco—Pedro Augusto Pessoa.

Torres Movas-José Joaquim Ferreira Cerca.

Elvas—João Antonio dos Santos.

Évora—Luiz de Mello & Castello.

Alpedrinha-Alberto Rodrigues da Costa.

Cartaxo—Pedro Alves Junior.

Ext rem o z—Fortunato Luiz Simoes.

Figueira da Fox-Costs & C."

Reguengos de Monsaráz—Seraphim Braz Simoes.

Alpiarça—Antonio Sequeira Estrella.

Azambuja- José Francisco da Costa Heitor.

Villa Viçosa Pereira & Irmão.

Alcobaça—José Narciso da Costa.

Thomar—Elyseu Egydio.

Caldas da Bainlaa—José da Silva Dias.

Gmpreza Nacional de Navegação

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Serviço regalar semanal entre Londres, Lisboa e vice-?erst

OS "VAPORES

LISBON 1:111 tonelladis.—CADIZ 1:400 tonelladas.—MALAGA 1:614 tenefiu

du.—LONDON 1:580 tonellaáas.—GIBRALTAR 1:412 tenellatas.—GAUCI

800 tonelladai.

Estes vapores têm boas accomodações para passageiros de 1.* elasis»

Preços de passagens

De Lisboa para Londres, 1.* classe 1. 6.6 0

Ida e volta para Londres 1.» classe 1. 10.10.0.

ftahidas de Lisboa para Londres todas as quarta* feiras ti

feiras.

PARA LONDRBS

O vapor LONDON

Chegou e sae sexta feira de tarde.

PARA GIBRALTAR

Q. vapor CADIZ

8spera-se <?e 26 a 27 do corrente.

Pa<a carga e passagens tiaU-se no Gaes á« Sódrê, 64, 1.

I Pinto Baslo a «.•

O paquete "BISSAU"

Sahirá no dia 3 de agosto to meio dia, para S. Vicente e mais ilhas

de Caba Verde, Bissau e Folama (Sem baldeiçã^).

Para carga e passagens, trata se no escriptorio da Empreia, 8, rua

da Prata, 1.*.

O paquete "LOANDA"

Sahirá do caes da Fund:çio no dia 6 de agosto ao meio dia para a Ma-

deira, S Vicent \ !*. Thirgo, Principe. S. Thornê, Cabinla, Ambrisette,

Ambris, Loanda, Novo Redondo, Benguella, Mossamedes, Porto Alexandre

e Bahia dos Tigres Previne-se os srs. carregadores que os líquidos só se recebem até ao

dia 20 inclusivè

Para carga e passagens, trata se no escriptorio da Kmpresa Nacional.

8, rua da Prata, 1.°.

The Pacific Steam Navegation Company

Para S. Vicente, Peraambne», Bahia. Ite

de Ianeir#, Montevideo, Baenas-Ajm, fil«

Paraizi e mais Portos do Paciico.

SAIRÃO OS PAQUETES

—Oropesa a 4 de agosto. —«Orcana 1 de setembro.

•Liguria a 18 de agosto. —«Orisssa 15 ds setembro.

••H pafaeles Liguria e Orissa 4írc«ta»o«» » • - di lama»

••0 paquete Orcana nio recebe passageiros de 2» classe,

ras-se abatineato ás fanilias fio viajai*» piri os ponta ét Bvaiti

o Rio da Prata. •

Na passagem á« l.» claaM por ostoa naniu» vapores, ostl taatíi

do vinho á hora ia Milia, caia, roupa, eis.

1 bordo fci triadoe, eoriiMros portifaosos o Medite.

Para Corunha La Palllci, (La Rochelle)

e Liverpool

O paquete ORCANA

Ispera-se a 4 de agosto. .

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Pan carga e passageas Irala-lo

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1. Plato Basto ét i.«

61. L9 Cats de Sodré,

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DIÁRIO lí-LUSTRADO