diÁrio illu8tra w - purl.ptpurl.pt/14328/1/j-1244-g_1899-05-03/j-1244-g_1899-05-03_item2/j... ·...
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PASTAI»
28.° anno
Aiilynaluras em JLluboa
1 me*.... 300 réis. Annuncios, linha 20 réis.
3mezes.. 900 » Annuncios mundanos, linha
Avulso... 10 9 40 réis.
Communicados e outros artigos, contractam-se
na administração.
FUNDADOR: PEDRO CORREIA DA SILVA
TELEPHONE N.# 117
Quarta feira 3 de maio de 1899
Editor responsável—José Victorino Cardoso
Typographic. e impressão, Empreza Editora, T. da Queimada, 35
Aislftnaturas nas provindas
3 meies, pagamento adiantado 1£150
A correspondência sobre a administração, ao di-
rector da Empreza Editora, travessa da Queimada,
35, !.• andar.
Numero 9:388
Expediente
Prevenimos os nossos es-
timáveis assinantes da pro-
víncia, de que mandámos pa-
ra cobrança ás dillercnlcs es-
tações poslaes, os recibos
das suas assignaturas em
debito, onde se poderão man-
dar satisfazer, para não te-
rem interrupção na remessa
do nosso jornal.
Lembramos que a demo-
ra no pagamento causa-nos
graves transtornos, e obriga
a devolução dos recibos que
nos vêm augmenlar a despe-
za das estampilhas.
Carla dos arredores
de Lisboa
O importante trabalho do le-
vantamento da carta dos arredo-
res de Lisboa, está confiado aos
oflieiaes do corpo de estado-maior
os srs. tenentes Lui* Antonio de
Carvalho Martins e Ricardo Sola-
no de Albuquerque.
O primeiro partiu já para Mer
ceana e o segundo seguiu para
Alemquer.
Paia rectificar cartas anterior
mente levantadas foram nomea
dos e seguiram também para os
seus destinos os srs. tenentes
Amilcar de Castro Abreu e Mot
ta e João Pereira Bastos.
O trabalho da rectificação da
carta itinerária da 3 • divisão mi-
litar, foi confiado aos srs. capitães
Luis Antonio Cesar d'Oliveira,
Alberto Hypolito Pereira de
Araujo e Antonio José dos San-
tos Junior e tenente Annibal Pe-
reira de Miranda.
Chronica religiosa
Na Sé, ás 11, missa do coro por
musica.
Na freguesia de Santa Crus do
Castello, festa da Santa Cruz, seu
orago, ás 12, por musica orando o
rev. Carlop Fragoso; ás 7, terço
de Bemditos.
Na ermida do Resgate, ás 11
1|2, missa da repoBição do Laus-
perenne por musica.
Na Ascensão, terço do Rosario
e benção do Santissimo.
Nas Mercês, na rua Formosa,
ás 7, missa e exposição do San
tissimo; ás 5, mez de Maria e re-
posição.
Devoção do mez de Maria nas
egrejas do costume, sendo na ire
guesia das Mercês, ás 8 horas da
manhã.
Batalha das Flores
O producto d'esta brilhante fes-
ta de caridade, apurada até hon-
tem, cleva-se á somma de réis
6:575»>0'J0.
Thcalro II. Amelia
E' realmente magnifico o pro-
gramme do espectáculo de hoje
no elegante tbeatro realisado pe-
lo grupo de opera lyrica portu-
guezi de que é director o bary
tono portuguez Francisco de Sou
sã:
1.° acto da opera «Falstoff».
Rimaoza da mesma opera
• Quando eu era pagem».
Symphonia da opera de Nico
lai «As alegres comadres de Win
dsor».
«Ária das jfias» e romansas
pela cantora Aoita Italiano.
Os «Palhaços» (i actos).
Sociedade de Beneficência
Brazilcira em Portugal
A favor do crfre d'este utilissi
ma e sympathies instituição de
caridade cede a empresa do thea-
tro da Trindade, o producto da
recita de amanhã, quinta feira,
em que pela ultima e definitiva
v z se representa a magnifica
operetta de Offjnbach, a Grã Du-
queza de Gerolstein, cujo protogo-
ntsta é superiormente representa
da pela distinctissima actriz Pal-
myra Bastos.
As nossas primeiras famílias e
muitas da colonia brasileira toma-
ram já os camarotes e grande nu
mero de legares de balcão e fau
teuils.
Dispensário da Bainha
Durante o mes findo receberam
tratamento n'este estabelecimento
de caridade 1:063 creançat; fjram
fornecidas 8:588 formulat; 6:460
refeições; feito» 5:312 curativos;
dadae 1:101 consult»*; e vaccina
das 97 creuoçat;
Manteiga de Nandufe
Dinheiro
Empresta-ee sobre pedras pre-
coisas. Rua do Oiro, entrada pela
rua da Victoria, 94, l.n andar .
AGUAS DE MONDARIZ
Iofalliveis na cura da diabetes
gotta, albuminuria, anemia, e de
todas as enfermidades do estôma-
go, fígado, rins e bexiga.
MH—CHIADO
Flores de Portugal
Perfume da moda de L. T. Pi-
ver, de Paris. A' venda unicamen-
te na rua dos Retroseiros, 72 e
74.
llar«|iieis it Duarte
Mau filho
A policia acudiu boutem aoa
gritos de soccorro dados por Anna
Antónia da Silva, residente na
rua do Guarda Mór, 29, em con-
sequência de seu filho Manuel Go-
mes a aggrediu com soccos.
A polic a teve de arrombar a
porta, porque o mau filho se re-
cusou a abril a.
O Gomes foi preso.
Os madeiros de sobro
Os madeiros de sobro que cons-
tituíram vários ornatos na deco-
ração da batalha das flores na
Avenida, foram tffsrecidos á Ca-
mara municipal pelo sr. Jsymo
Arthur da Costa Pinto.
Consta-nos que o sr. engenhei-
ro Avellar, oa põa á disposição do
sr. Antonio Cordeiro Feio, admi-
nistrador do parque do Campo
Grande, e quo este zeloso funccio
nario, ob vai applicar a dlfferen-
tes obras de aformoBeamento tan-
to por todo aquelle parque, como
no Irndo e inimitável jardim do
chalet.
CANCIONEIRO POPULAR
i quem me dera morrer,
Depois da morte ter vida, Tara ver que te lograva,
Pren-ta da minha alma querida.
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MANTEIGA
di;
PAREDES DE COERA
DE
PREÇO iriioji: eh iiitxri;
KILO RÉIS 1$100
JERONYMO MARTINS & FILHO
CHI A RO I» A 1»
TIRO AOS POMROS
Hoje, 3, ás 2 horas da tarde ti
ro ordinário.
ROCAMBOLE—Pepita não duvidou mais que fosse quem ella esperava
(Vide folhetim na3.*pag.)
Guilherme Silva & Santos
Camiseiros
Receberam novidades
109, RUA DE 8. NICOLAU, 111
Dr. Mello £^2:
pitaes homoeopathicoB. Consulto
rio especial de medicina bomceo
pathico; da 1 ás 3 horas. Rua das
Chagas, 22.
ALFREDO MARTINS
MEDICO
ConMultorlo na Bua
Nova da Trindade» 9,
1.° (esquina do Chiado).
Djenças de garganta, naris, ou
vidos, bocca e dentes
Os nossos folhetins
Transviado — pagi-
na.
«Rocambole»—3.' pagi-
na.
«Sete Peeeados K or
taes»—no cimo da 4.1 pa-
gina.
Em poucas linhas
Nunca o flirt andou tão cultivado
em Lisboa, como agora.
Sem indiscrições.
—De Camões, nas Redondilhas:
Por segredo namorado
E' certo estar conhecido,
Que o mal de ser engeitado
Maia atormenta sabido
Mil vezes, que suspeitado.
— Provérbio: — « La langue est
sans os, on la tourne comme en
veut.»
—De Feuillet:—«Existe uma cer- ta qualidade de espirito, tranquil-
lo e motejador, inaccessivel á ti-
midez, que facilmente intimida, e
que em toda a parte garante ao
que a tem uma especie de predo-
mínio e apparencia de superiori-
dade.»
COSMOPOLITAS.
■ ■ -n*
Que militar
Antooio aos Santos, soldado 196
da 5 a companhia da guarda fiscal,
fji preso pelo cheia da estação
dos caminhos de forro de Berofi-
ca, por se recusar a satisfazer a
passagem e da mulher no com
boio, tentando aggredir o dito cbe-
fâ com o sabre, sgarrando-se a
elle, resultando cahirem ambos no
chão, ficando o chefe ferido no
rosto e o soldado com duas arra-
nhaduras nas orelhas e a manga
da farda rasgada. - — ■ ' ■ —^———■*—■—1.
Floricullor Evaristo
E' no dia 7 do corrente, como
dissemos, que principiam os fes-
tejos em Évora em honra de Sua
Magestade, que vai ser hospede
do digno par do Reino o sr. Fran-
cisco Barahona.
Parte hoje para alli o honrado
fioricultor Evaristo, justificada-
mente encarregado das ornamen-
tações em casa do sr. Barahona,
assim como do theatro Garcia
Rezende.
Foram dois wagons com magni-
ficas plantas decorativas.
No domingo do Espirito Santo,
tem logar na freguesia de Alde-
gallega do Ribatejo a festa da
communhão de meninas.
Tem 'fitado um pouco doente
O auctor do tal Folheto...
Mas o Folheto, somente,
Não pode ir ao Gato Preto
Por não ter capa decente...
Bua da Victoria
Nova Rclrozaria
Com um completo sortimento de
artigos de inteira novidade, inau •
gOra se amanhã na praça de D.
Pedro, 104, sob o titulo de Retro-
zaria de Lisboa, um estabeleci
mento d'este genero e de que é
proprietário o sr. J. Marques &
C'.
A'à nossas leitoras desde já re-
commendamos uma visita á nova
casa
Glub dc Lisboa •
Com uma selecta coocorrencia
e por entre estrepitosos applau-
sob, decorreu a recita ante hontem
realisada n'este club, para as fa-
mílias dos socios de numero par.
Mais uma vez os diatinctos in-
terpretes das finas e chistosas co-
medias Gotta d'agua, Duas vezes
noivas e Paraizos conjugaes, de-
mon8tráram os seus valiosos re-
cursos para a arte dramatica e
concorreram para o bom nome que
está ligado á afamada aggremia-
ção recreativa do Caivano, onde
as fd8tas, realisadas com frequên-
cia, são sempre revestidas d'um
brilhantismo pouco vulgar.
Frederico Riester
Por alma do illustre extincto
rezaram ae duas missas na capei-
la da Cozinha Económica da Ri-
beira Velha: a primeira mandada
rezar pela nobre presidenta da
benemerita Sociedade,e a segun-
da pelo nosso presado amigo o sr.
Conselheiro José da Silveira
Vianna, como collega na direcção
do illustre morto na direcção da
sauta instituição de caridade.
A espiga
Já de amanha a oito dias, é o
dia da espiga nacional, e a roma-
ria do nosso povo ás hortas e lo-
candas de toda a casta, de toda a
especie e situada em todos os pon-
tos da cidade e scjb contornos.
Quantas dezenas de pipas de vi-
nho, de... tortos... entram as
poetas Bem pagar os seus direi-
tos?!...
85-folhclim do Diário l!lustrado-3-SJJ(J
JAYME DE MAGALHAES LIMA
TRANSVIADO
VI
Que podia pois essa alma dilacerada pelo desen-
gano, privada de Iodas as alegrias que ambicionara,
continuamente retalhada de dôres? Tivesse a cora-
gem de anniquillar os restos inúteis do seu corpo.
Para que sen ia n'este mundo? 0 pão que o alimen-
tava queimava-lhe os lábios como um roubo ao tra-
balho dos que eram sãos, vivendo no amor, e o sui-
cídio não seria um crime nem uma deserção, era
uma obra de caridade livrando a humanidade d'um
ser enfermo e esteril, era um acto dc justiça, reco-
nhecen 'o e castigando o desvairamento da sua exis-
t ncia perdida em sonhos vãos e agora sacrificada á
frivolidade d'uma mulher. Uma pesada sombra lhe
escurecia então o pensamento e olhava esse abysmo
eternamente mysterioso como o mar calmo em que
precisava lançar-se para seu repouso, para sua glo-
ria, para sua redempção.
Nesta febre havia porém remissões. Pela manhã,
desde que fallecera a mãe de Cláudio, a casa de
Villalva era invariavelmente visitada pelos devedores,
pelos rendeiros, pelos muitos que a serviam ou d'el-
la dependiam.
Vinham regular as suas contas, pedir perdão das
dividas em atrazo ou que lhes esperassem pelo pa-
gamento das rendas caidas, saber se poderiam con-
tar com as terras, o que seria de futuro, a quem per-
tenceriam.
Era gente rude, vestida de burel, mostrando no
peito uma camisa [grosseira, de grandes e toscas bo-
tifarras, muitas vezes descalça, tendo deixado á
entrada os tamancos ferrados e o cajado. As mulhe-
res vinham também; por homenagem ao novo se-
nhor traziam-lhe aves que iam levar á cosinba, em
pequenas cestas.
—Ai, Senhor! Está no ceu, era uma santa; diziam
gemendo para que Cláudio ouvisse e se compade-
cesse da sua pobreza.
Depois entravam, mansamente, e com longos ro-
deios, começavam a falar dos seus males, este dos
gados que lhe morreram, aquelle das doenças que
houvera em casa, est'outro das más colheitas e dos
maus preços. Terminavam pedindo alguma cousa.
Por alma da senhora sua mãe... rematavam.
Cláudio, a essa invocação, que bem sabia ser ba-
nal, não tinha coragem de resistir. Era no seu espi-
rito uma instantânea resurreição de qualquer cousa
sagrada perante a qual ajoelhava submisso e hu-
milde.
De resto, as horas que passava com os arrendatá-
rios, com os devedores e com os creados que vinham
receber ordens e dar contas das siias obrigações,
eram para a sua alma um refrigério. Ao escutal-os
comprehendia quanto a vida e a virtude eram sim-
ples. As riquezas do mundo encerravam-se em algu-
mas medidas de pão guardadas na arca, em meia dú-
zia de varas de panno, fiado pelas encostas, em-
quanto o rebanho vae traçando o pasto, e tecido
nos serões de inverno á minguada luz d'uma can-
deia.
Moral, problemas da alma não existem. «Tu co-
merás o pão com o suor do teu rosto», é tudo, ura
evangelho inteiro. Trabalha, tira da terra o sus-
tento que ella nunca recusa ao teu suor, não contes
os teus passos, nem as tuas fadigas, trabalha, traba-
lha sempre, para ti, para os filhos, para osvisinhos,
para os viandantes que passam 110 caminho; não
penses para que nem para quem, os necessitados
te virão buscar o pão, como nas horas de miséria tu
irás também viver do trabalho alheio.
A suprema lição era-lhe dada por aquelles que es-
molavam e nada pretendiam ensinar. De tanto estu-
do e ambição, de todas as suas cogitações e de to-
5
dos os seus loucos anceios de perfeição, recebia alli
correctivo.
Mas era tarde, era tarde! Considerava o que per-
dera n'essa noite em que, creança ainda, pela pri-
meira vez deixara Villalva para ir buscar riqueza e
saber que tão cedo se converteriam em infortúnio,
e a ideia da morte voltava como a única redem-
pção.
Laura escrevia-lbe longas cartas. Que não sabia
ue crimes eram os seus para que assim fosse aban-
onada, que todos a estimavam e adoravam, menos
elle; que só ã inconstância dos homens podia attri-
buil-o pois ella, se por alguma cousa peccava, era
pelo muito amor que lhe tinha. 0 que diriam, per-
guntava, todas aqucllas pessoas com quem convivia
ao saber que Cláudio desertara a sua casa quasi
completamente? Por certo haviam de o condem-
nar.
No fundo, essas cartas eram apenas a confirma-
ção do que Cláudio por demais conhecia, a vaidade
da mulher, a crença nos seus merecimentos alimen-
tada pela lisooja banal dos que a cercavam, e uma
vontade insaciável, absorvente, de ser senhora de
todas as acções do marido.
(iContinua).
DIÁRIO ILLU8TRA W
0 Governo e o Monte-pio
Geral
Passou-se hontem um facto na camara dos senhores deputa-
dos, antes da ordem do dia, facto que parecendo muito simples,
tem no entanto uma altíssima significação, como testimunhativo de
que o povo portuguez está sendo administrado como o era em tem-
po do absolutismo, em que aliaz os costumes ecam mais puros: em
segredo.
Perguntas dirigidas ao sr. Espregueira ficam sempre sem res-
posta. Ou se cala, ou recorre a sofisteirices reles que ainda mais o
compromettem, sendo ao mesmo tempo deprimentes para o regi-
men parlamentar.
E' o caso.
0 sr. Luciano Monteiro, muito singelamente e no uso do seu
direito, notando que o governo se gabava de estar abarrotado de
dinheiro, perguntou o que havia de verdade ao boato que corria no
publico, de ter nos últimos dias recorrido ao Monte-pio Geral, le-
vantando quantiosas eommas, que, chegava a aflirmar-se, attin-
giam a totalidade de 2:000 contos.
Levantou-8e o sr. Espregueira, e quando todo3 esperavam que
respondesse—é verdade, não é verdade, sim ou não, levantei esta
ou aquella quantia, não aconteceu assim. Deitou-se a tergiversar,
em guiza de advogado rabula e finorio, dizendo que sempre hou-
vera conta corrente com o Monte-pio, phrase qne depois emendou
para divida fluctuante.
Como se vé, não era resposta, porque o que se lhe pergunta-
va era se nos últimos dias tinha recorrido áquelle estabelecimento
pela quantia referida.
Não respondeu, mas seutando-se teve um sorriso intencional
para o seu collega da Justiça, sorriso qne teve o castigo merecido,
e de que adiante se fará chronica.
Pouco depois coube a palavra ao sr. Teixeira de Sousa, e o il-
lustre deputado, cheio de razão, verberou o inqualificável procedi-
mento, que não era fórma de responder no parlamento. Por muitas
vezes o Monte-pio figurara como credor do Estado em divida flu-
ctuante; mas sabia-sc, e agora, quando se pretendia saber, não se
ficava sabendo nada.
Ergueu-se o ministro, mas foi como se erguesse por molas o
manequim d'um financeiro. Ergueu-se, não para informar o parla-
mento, o paiz, para dizer a verdade, para dar conta dos seus actos,
mas para rectificar apenas que não fallara em conta corrente, mas
em divida fluctuante.
Chega então a vez do tal sorriso receber o correctivo devido,
infringido por quem, justificadamente, se sentira magoado porelle,
o sr. Luciano Monteiro, que levantára o incidente sem acrimonia,
perguntando, desejando saber a verdade sobre factos que tanto in-
teressam o paiz
Esse sorriso, que toda a camara viu, interpretara-o como sen-
do de intenções de disfructe; como quem dizia para o seu collega
Alpoim:—Comi-o.
Ora não lhe consentia, pessoalmente esse3 diefructes, e como
deputado não queria espertezas, queria verdades...
N'este ponto a presidência nota que chegou a hora de se pas-
sar á ordem do dia.
O orador:
—Continuaremos ámanhã. •
E quanto pediu o governo ultimamente, elle que blasona de
possuir todos os meios para os encargos da divida publica, quanto
pediu ao Monte-pio Geral? Quinhentos, mil, dois mil contos?
Não se sabe nada, e como o preoccupado silencio ministerial
certifica uma operação extraordinária, tal silencio pôde, pela des-
confiança, affectar o thesouro e o acreditado estabelecimento.
E' esta a resultante final da pretendida esperteza do sr. minis-
tro da Fazenda!
Pela politica
e pela administração
Câmbios c colações.—Lon-
dres, cheque (comprador), 35 31i32;
(vend.), 35 29i32; Londres, 90 d|v (comprador), 36 3] 16; Paris, che-
íe (comprad.j, 795; (vended.),
7;AIlemanha,chegue (comp.), 326;
endedor), 327; flollanda cheque
omp.) 549; (vendedor), 551: Madrid
leque (comp.) 1100; (vend.) 1110;
0 sjLondres, 7 15]32.
#
IlolNAN portuguezas
Official
Acções:
Da Companhia dos Phosphoros,
ira Maio, 73£800. Obrigações:
Do Caminho de Ferro, para o fim
> mez, 21 £900 c 21 £800; de 4 0)0,
188, 10£500 e 16£650: da Compa-
íia das Aguas, 77£300, 77£400 e
£500- Inscripções; coupons, 33 0|0.
Commercial
Aocops*
Do* Banco de Portugal, 126£500;
1 Companhia dos Phosphoros, réis
£400; da Companhia de Moçam-
que, 19£500; da Companhia dos
LDaCOS, 97£700.
DcT'canflnho de Ferro, 1.° gráo,
£500; do Caminho de Ferro, 2.°
■áo, 22£000; de 4 0j0, 1888, réis
£500; de 4 l]2 0]0, assentamento,
£500; da Companhia das Aguas,
£900
Inscripções: coupons, 33,85; de
sentamento, 33,95.
Libras: 6£620.
Temos em perspectiva uma
companhia africana — genero dae
companhias dos portos de Marro-
cos, de que fala Zola—, ainda
mesmo 8ntes do decreto travão
ter sido derrogado.
Já celebraram para ahi algures
umso reuniões preparatórias, em
que algutm, de relações líliáaeB
não podendo ser director, decla
rou que se substituía... pelo seu
futuro successor.
—O sr. deputado Ferreira de
Almeida foi hontem procurado na
camara por uma commissão de
sargentos da armada, que lhe foi
agradecer o cuidado com que s.
ex.- tem defendido os seus iote
re88e8.
—O Diário publica amanhã a
seguinte nota dos depósitos á or-
dem da Junta de Credito Publi-
co, em 28 de Abril ultimo: Banco
de Portugal, 2.889:830£291 réis;
Baring Brothers & C.-, Londres,
9:000,0,7 librai; Credit Lyonnais,
Paris, 1.782,340,92francos; Banck
fur Handel & Industrie, Berlim,
1.857,420,48 marcos.
—O sr. Joeé Luciano—das al-
mas grandes a generosidade é
esta! —já esqueceu a famosa epis-
toia sobre os destinoB municipaes
da Palhaça.
Prova: ccmo sendo o seu se
gundo eu, o illustre Presidente
do Conselho indigita para relator
das celebradas reformecas politi
cas o ar. dr Birboaa de Maga-
lhães.
—Roalisa ee no proximo eab-
bado o novo concurso para a com
pra de 15:000 libras, que serão
destinadas ao pagamento do cou
Son 3 p c. externo a vencer em
ulbo proximo.
—Hontem houve recnpção di-
plomática no ministério dos Ei-
traogeiros.
Estiveram os srs. ministros da
Frsnç*, Italia, Suécia e Hollands.
•
Equivoco parlamentar?
Hontem, antes de ser votada a
acta da sessão anterior, houve
larga discuefào, cm que tomarr.m
parte os srs. Teixeira de Souoa,
João Arroyo, Ressano Garcia,
Kendall e o sr. presidente, fatian-
do o primeiro três vezes.
Fôra o caso que o sr. Teixeira
de Sousa, quando entrára na dis-
cussão do projecto dos cominhos
de ferro, propos que no prr jecto
fosse incluida a conetrucçâj da
linha ferrea da Régua a Chaves,
marcando-se, porém, um certo pra-
ao para o actual concessionário
começar os trabalhos, visto não
haver praro na lei conforme a
concr8são.
Tendo o sr. ministro das Obras
Publicas declarado na sessão de
ante-hontem que acceitava uma
proposta do sr. relator, que conti
nha a proposta do sr. Teixeira de
Sousa, é certo que na acta appa-
receu a proposta votada a qual
apenas dava preferencia á linha
da Régua a Chaves depois de
construídas as constantes do pro-
jecto. O sr. Teixeira de Sousa le
vantou a questão, mostraudo com
a leitura do summario da sessão,
que as declarações do sr ministro
brigavam com a proposta do sr.
relator, que por equivoco decerto
fôra redigida por maneira contra-
ria.
Da discussão apurou se que
houve equivoco por parte do rela-
tor, que a cumaru votára a pro-
posta, a:b as declarações do sr.
ministro das Obras Publicas, de
que ella continha a do sr. Teixei-
ra de Sousa. Ass^ntcu-je por fim
em que, ua ultima roaacção do
projecto se esclarecesse o caso,
estabelecendo a inteira exactidão
do que se passára.
A discussão terminou por um
requerimento do sr. Teixeira de
S usa, ped.ndo as notas tacbygra
phicas da discussão nc pnjecto
dos caminhos de ferro, antes de
-lerem revistas pelos respectivos
oradores, para assim se lerem com
authenticidode as palavras do sr
ministro das Obras Publicas e do
sr relator.
0 projecto do nickel
Lá continuou hontem a discus-
são.
O sr. Teixeira de Sousa con
cluiu o seu diseurs •, respondeu-
ihe o sr. Augusto Joté da Cunhi.
(relator), seguiu se o sr. CLndt
Je Burufay, » quom respondeu c
at Qaeiros Ribeiro, que ficou com
á palavra reservada.
Conclusão geral: o governo c
que trata ó de trraojar mais al-
gumas centenas de c.ntos pela re-
tirada de parte da prata e ciicu-
laçào do nukel.
Noticias do parlamento
Camara dos deputados
O sr. Reesuno Garcia requereu
vários esclarecimentos pelo mi
□isterio das Obras Publicas com
relação a um prcjecto de lei apre.
sentado pelo sr. Bernardo Hj-
mem, em que é concedido um edi-
fício na rua do Assacar ao sbylo
D. Luiz I.
—O sr Joãj Franco perguntou
ao sr. ministro da Fazenda sr
tenciona mandar á camara uma
copia do relatório que lhe foi re
mettido pela direcção respectiva
com releção á cobrança em atra
so do imposto de rendimento por
parte de companhias ou socieda
des anonymas.
O sr. Espregueira pediu part
addiur a sua resposta por não ter
ainda peifeito conhecimento di
relatório em questão.
—O sr. Conde da Serra da Tou
rega pediu providencias contra
os abuses praticados pela C mpa
nhia des Phosphoros, quo está
sendo um verdadeiro estado no
estado.
Respondeu lhe o sr. ministro da
Fazenda.
—O sr. major Machado rtfe
riu-se, também, aos abusos da
mesma Companhia, padindo ener
gicas medidas da parte do gover
ao para a fazer entrar na ordem
—O sr. Chaves Mazziotti cha
mou a attenção do sr. ministro da
Marinha para a fórma por que es
tão procedendo algumas socieda-
des anonymôs que lêm negócios
para Africa e não eumprem com
OB deveres a que são obrigadas
—O sr. Casimiro Ferreira man-
dou para a mesa uma representa
ção da Associação Commercial de
Santarém, pedindo que se estabe
kça uma disposição legal pela
qual seja summario o procedo pa
ra a cobrança de pequenas divi-
das coinmerciaes.
—O sr. Teixeira de Vaaconcel
los requereu vários esclarecimen
tos com relação a contractos de
sub emphyteuse.
—O sr. Frederico Ramires man-
dou para a coesa duas propostas,
uma concedendo á camara muni
cipal de Castro Marim o Castello,
forte do S. Sebastião e baluartes
annexos de Santo Antonio e do
registo, bem como o terreno das
suas respectivas esplanadas, e
outra auctorisando a camara mu-
nicipal do Villa Real de Santo
Antonio a applioar nos Paços do
Concelho uma determinada quan-
ta.
ri
V, ff
Â
:
A festa dos estudantes em
S. Carlos
Casa completamente cheia. O
piogramma executado com toda a
maestria, lamentando se apenas
que Taborda e Victor Hussla, não
podessem comparecer por motivo
de doença.
Lopiccolo cantou magistral-
mente tree engraçadíssimas can
çouetaa, Valle diase o seu impa
gavel Aldighieri Junior, a tuna,
delici u nos com trechos encanta-
dores.
Delicioso um dialogo do ar.
Luiz Moraes de Carvalho, intitu-
lado O cão< pelos alumnos Curado
e Motta R beiro, que imitaram
perfeitamente Rosa Damasceno e
Augusto Rosa.
A hora a que terminou o espe-
ctáculo, 1 e meia da noite, não
nos permitte falar da rapazia-
da A soirée do Gaudêncio, de
Schwalbach, uma charge impagá-
vel, cheia de pilhas de graça e
que agradou immenso.
Novos artistas
Para o theatro de D. Amelia,
vem escripturado um grupo de
bons cantores italianos, que alli
darão varias operas, das quaes
fará parte o excellente baiytono o
sr. D. Francisco de Sousa Couti
nho (Redondo).
Doenças das vias urinarias
Consultas das 2 ás 5, por J.
M. Ribeiro, medico cirurgiâo.Cal-
çada do Carmo, (Rocio) 6,1.*.
Suas Magestades e o Senhor In-
fante D. AfTonso assistiram ao es-
pectáculo de hontem em S. Carlos.
•
• •
Fazem amauhã annos as sr.":
Baroneza de Alcantarilha.
D. Maria Magdalena de Azevedo
Teixeira de Aguilar (Samodães).
D. Maria Magdalena Gouveia.
D. Maria Rosa S. Miguel Espre-
gueira.
D. Henriqueta de Seabra de Cas-
tro.
D. Maria José de Azevedo Couti-
nho.
D. Emitia Champalimaud.
D. Julia Ribeiro de Sousa Finto.
D. Virginia Vaz Nápoles.
D. Custina de Araujo.
D. Maria de Oliveira Soares.
D. Rita Amalia de Meyrelles.
D. Zulmira Borges Carrôlo.
D. Augusta Peile da Costa.
D. Deolinda Adélia Augusta Con-
ceição Alves Vellez.
D. Hortense Silva.
D. Maria Henriqueta Pires da Guer-
ra.
D. Olivia Beatriz Vinagre.
D. Senhorinha Marçal Cary Cal-
deira.
C os srs.:
D. Ruv de Mello.
Francisco d'Assis Maria d'Olivei-
ra Calheiros (Guarda).
Alvaro Candido Furtado d'Antas.
Francisco Ribeiro da Cunha.
João da Cama Berquó.
Dr. Antonio José Rodrigues Lou-
reiro.
Antonio Joaquim de Sousa.
José Thomaz de Caceres Moraes.
Augusto Sebastião de Castro Gue-
des Vieira.
Antonio Augusto d'Oliveira Ma-
chado.
Godofredo Munoz Bastos da Fon-
seca.
Sebastião da Motta Cerveira.
Francisco Henriques d'Aguiar.
Antonio Emilio Antunes de Vas-
concelios.
Theophilo RusseU.
Xavier da Silva.
Está em Lisboa o sr. Visconde de
Taveiro, que habitualmente reside
na Figueira da Foz.
—Partiram hontem para Paris no
Sud-Express os srs. Paul Cliapuy,
director da Companhia Real, e Vi-
ctorino Vaz Junior, administrador.
Na gare da estação da Avenida
vimos, entre outros cavalheiros, os
srs:
Conselheiro Antonio Maria Perei-
ra Carrilho, Raoul Bayart, dr. Ma-
nuel Paes de Villas-Boas, Diogo Pa-
trone Junior, Manuel Francisco de
Vargas, Charles Bayart, Julio d'An-
drade, Antonio Coelho Vasconcellos
Porto, Luciano Simões de Carva-
lho. Antonio Bossa, Candido Freire,
João Ferreira de Mesquita, Arthur
Perdigão, Antonio de Sousa e Vas-
concellos, Alfredo Ferreira, Castão
de Sousa Vasconcellos, J. Rocca,
etc.
—Partiu hontem para Biarritz no
Sud-Express o sr. Conde de Bois
d'Aiche.
—Partiu para Paris a sr.- Viscon-
dessa de Monserrate.
—Regressou de Roma o sr. Al
berto Bramão, nosso collega da
Tarde.
—Partiu para Paris o sr. Joaquim
José Teixeira.
—E' esperado em Lisboa na pró-
xima sexta feira uin Principe rus-
so, que se destina á ilha da Madei-
ra.
—Partiu para Paris o sr. Silveira
Vianna.
—Acompanhado de sua esposa,
partiu hontem no Sud-Express o
sr. Williams Harts, banqueiro.
—Partiu para França o sr. José
Braamcamp de Mattos.
—Regressou da villa da Feira ao
Porto o sr. dr. Roberto Alves de
Sousa Ferreira, lente da Academia
Polytechnica d'aquella cidade.
—Regressou a Bragança o sr. dr.
Carlos Lopo de Athaydc e Sepul
veda.
A sr.a D. Anna de Serpa Pimen-
tel previne as pessoas das suas re-
lações que terminou as suas rece-
pções.
0 sr. José M. de Proença Vieira,
secretario de Sua Magestaac a Bai-
nha D. Maria Pia, foi agraciado com
a commenda da Ordem de Izabel a
Catholica.
Foi pedida em casamento pelo
sr. Conde da Serra da Tourega, pa-
ra o sr. Gaspar A. de Sousa Mar-
tins, a sr.- D. Maria Augusta de Al-
meida Santos.
#
» #
Esteve animadíssima a soirée de
segunda feira em casa dos srs.!
Maior). D. Maria Domingas da Ca-
mara (Belmonte). D. Amalia de Sou-
sa Coufi.nho (Linhares), I). Eugenia
de Mello Brevner (Mafra) e filhas,
D. Marianna da Cunha (Ribeira) e
(ilhas, D. Victoria Perestrello, D.
Felicia Breton y Védra, D. Maria
Rita, D. Carlota e(D. Leonor de Noro-
nha, 1). Maria Carlota de Bragança,
D. Maria Thereza de Lencastre, D.
Maria José de Noronha, D. Anna da
Fonseca, D. Maria Perestrello de
Vasconcellos, D. Eugenia de Mello
(Murça), D. Leonor de Saldanha e
filhas, D. Maria Mousinho de. Albu-
querque, etc.
E os srs.:
Condes de Avila, de Bertiandos,
Visconde de Santarém, major Mou-
sinho de Albuquerque, D. Caetano
e D. Joaquim Henriques de Lencas-
tre (Alcáçovas), D. Antonio Pereira
da Cunha Lobo e Castro, D. Fernan-
do e D. José de Serpa, D. João, I).
Joaquim e D. Luiz de Carvalho Daiin
e Lorena (Pombal), D. Luiz Bretón
y Védra, I). José de Saldanha Oli-
veira e Sousa (Rio Maior), D. José
do Carmo Zarco da Camara (Ribei-
ra) e irmão, D. José e D. Luiz da
Cunha e Menezes (Lumiares), Au-
gusto Bandeira, José Bruno de Ca-
bedo e Vasconcellos (Zambujal), Pe-
dro de Castro, Eduardo Perestrello,
Carlos Bobone, Lima, etc.
#
# ft
D'entre a escolhida assistência de
hontem, á recita realisada no Club
de Lisboa, ao Calvario, consegui-
mos tomar nota das seguintes pes-
soas:
D. Gertrudes Junqueira, D. Can-
dida Paes, D. Eaher de Carvalho
Pereira, D. Germana Maneschi da
Silva, D. Marietta Diniz, D. Amelia
Galhardo e filhas, D. Anna de Vas-
concellos Cordeiro, D. Estephania
Diniz .Sampaio e filha, D. Olympia
de Azevedo, D. Anna Posser, Vis-
condessa de Camarate e filha. D.
Alda e D. Julia Fragoso, D. Maria
do Carmo Fernandes, D. Candida
d'Andrade, D. Alexandrina Montez,
D. Carlota Murinello e filhas, D. Al-
da Lupi, D Hedwigcs Cardoso. Mad.
Honorato de Mendonça, I). Emilia
Sequeira Chateauneuf, D. Olympia
Ribeiro e filha. Mad. Chaigneau, D.
Maria de Alarcão, D. Henriqueta
Freitas de Oliveira e filhas, D. Ma-
ria Matzener, D. Maria da Madre de
Deus Diniz, D. Elvira Dias, D. Hen-
riqueta Lamare, Mad. Debonnairé e
Ilibas D. Isaura e D. Alda de Carva
lho, D. Emilia Comes de Campos,
D. Maria Ribeiro de Almeida, D.
Virginia Moreira, D. Maria José
Marques, D. Luiza Sousa Sampaio,
D. Georgina Blanc, D. Iguez Morris
Doria, Mad. Camara Leme, D. Caro-
lina Paes, D. Emilia Duarte Pereira,
I). Maria do Carmo Nunes da Silva,
Mad. Sousa Sampaio e filha, major
Bastos e esposa, Carlos Mauritty
Reis e famil a, tenente Alberto Bo-
telho e esposa, José d'Almeida Ba-
ptista e esposa, Alfredo Pinheiro
Furtado e família, general Silvano
e esposa, Guilherme Gomes e es-
osa, Joaquim Heliodoro Callado
respo e família, Cavalleiro Basto
e esposa, José Thomaz Ribeiro e
esposa, capitão Rocha de Sá e fa-
mília, Joaquim Eugénio Rodrigues
e esposa, contra-almirante Adrião
e esposa, tenente Magalhães Corrêa
e irmã, dr. Anacleto de Oliveira e
família, tenente Fragoso Pereira e
esposa, Chrysostomo Vieira e fa-
mília, alferes Mendonça e espo-
sa, Gregorio Borja Araujo, dr.
Vasconcellos de Moraes,
general Eusébio Leitão, João Bush-
ráann Alfredo Ferreira, coronel
Lamare. João Xavier da Fonseca,
Fernando Heitor Ribeiro, Mario Lu-
pi, coronel Monteiro, Eduardo Au-
gusto Gonçalves, João Pereira, ca-
itão-tenente Nunes da Silva, dr.
Ferraz de Macedo, capitão de fra-
gata Elesbão Sampaio, Manuel Da-
maso Antunes, alferes Abreu p Sou- sa, Antonio Duarte Pereira, Frede-
rico Camara Leme, coronel Hono-
rato de Mend nça, Luiz Antonio
dos Beis, tenente Villalobos, Carlos
Sobral, vice-almirante Sousa Sam-
paio, Alfredo Aicobia, João Ferraz
de Sequeira, Caetano Monteiro de
Macedo, João Xavier da Fonseca,
Kaul Cordeiro, alferes Ribeiro de
Almeida, João Chaves, Feliciano
José Dias, José da Costa lieis, Car-
los Aranha, Porphyrio dos Santos,
Joaquim dos Santos Callado, Dioní-
sio Guilherme da Silva, etc.
Assistência elegante de hontem
em S. Carlos:
Condessa de Figueiró, Marqueza
de Bellas, D. Angelina Pinto Leite e
sobrinhas, condessa de Alto Mca-
rim, D. Maria Luiza Alto Mearim,
D. Perpetua Mendes Monteiro, D. Ra-
chel Polier Monteiro, D. Maria Au- gusta Monteiro de Almeida, D. Ma-
ria Izabel O'Neill, D. Maria Thereza
O'Neill de Avilez, D. Regina Pacini, D. Constança Pacini da Camara,
Madame Silva Amado, etc.
Está doente, felizmente sem gra-
vidade, o illustre parlamentar sr.
João Adolpho de Mello e Sousa.
Muito desejamos as suas prom-
ptas melhoras.
E
P
SIOGHEIRÂ
Condes de Tarouca, para lestejar o
anniversario natalício da nobre e
illustre sr.a Marqueza de Penalva. \
Suas ex." e suas interessantes fi-
lhas foram da mais captivante ama-
bilidade com os seus convidados.
Leinbra-nos ter visto as seguin-
tes senhoras:
Duqueza de Avila e de Bolama, j
Condessas de Villa Real e filha, de ■ Sabugal e (ilha, de Bertiandos e so-
brinha, das Alcáçovas e filhas, de '
Azinhaga e sobrinha, de Bobone,'
de Cintra, Viscondessas de Villa No- i
va da Bainha e filha, de Barcelli-
nlios e filhas, I). Maria Asseca de Serpa e (ilhas, D. Izabel de Sousa
Coutinho (Linhares), D. Thereza de j
Saldanha Oliveira e Sousa (Rio
J áo Gagliardi, tendo de sabir
de Lisboa do proximo sabbado,
vem p t esta meio prevenir os
seus aiacipulos e amigos e Des-
toas de suas relações que a sua
e-cola oe equitação se acha fe
chada pelo espaço de seis dias, e
( ff' uece o séu préstimo em Sevi-
lha durante a sua estada alli.
Lisbon, 2 de maio de 1899.
João Gagliardi.
Arrombamento
A policia capturou hontem Au
nibal Jorge da Fonseca, morador
na travessa da Gloria, 28, p^r ar-
rombar a porta da residência de
Maria da Conceição, moradora na
travessa da Boa Hora, 57, 1.° com
o fim de a roub.tr.
Dr. Alumiei Bento de Sousa
Foi imponente o funeral do il
lustre homem de sciencia o sr. dr
Msnuel Bento de Sousa.
Em frente da casa do fullecido
na praça do Principe Real, viam-
se alli, antes da sabida do feretro,
todos os operários da fabrica de
lanifícios do Campo Graude e da
fabrica Vulcano, asylados dl Al
borgue dos Iavalidos do Traba-
lho, otc.
O vestíbulo da casa de Manuel
Bento de Sousa e corredor que
dava accesso para a camara mor
tuaria estavam armados de preto,
vendo se no primeiro duas mezas
para a inscripção de nomes dos
convidados.
O cortcj > 8®hiu á 1 3,4 horas da
tarde, sendo a urna funerária
transportada para o cemitério
Occidental, n'uin carro fanerario
tirado a duas pareh as, seguido
da carruagem conduzindo o sr.
dr. Ga'cia Dinis, prior da E^car
nação e um acolyto.
Sobrojoathaude foi deposta um»
cruz do flores naturaes e uma co
íôi de violetas, martyrios, rosas
de chá e folhagem, com fitas ro
xás tendo a teguinte dedicatória:
• A' saudosa memoria do meu bom
smigo Manuel Bjnto de Sonsa—
J L Simões - 2 5 99».
O acompanhamento foi a pé.
iodo apÓ3 do coche os srs drs
Bettencourt Pitta, director da es
chola medico cirurgica e os len
te* da mesma escbola s;s. Au-
gusto de Vasconcellos, B-aocc
Gentil, Olivoira Feijão, Miguel
Bombarda, Carlos Monis T*va
res, Curry da Camara Cabral,
Silva Amado, J sé Antonio Ser
rauo, Sabino Coelha, Eduardo
Motta, Ferra* de Macedo, Bst
'encourt R»poso, Custodio Cabe
ça e Camara Pestana, todos tra
jando béca.
E itre os convidados vimos os
srs.:
Conselheiros Hiotxe Ribeiro e
José Dias Ferreira; J-yma Ar-
thur da Cista Pinto, Joaé Ribeiro
Jh Cunha, Duque de Palmells,
Conde de Sabugosa, Conselheiro
Veiga Beirão, VLconde de Asse
•a, dr. Cunha Bollem, D. João de
Lencastre. Conde de Bracial, Sá
Nogueira Balsemão, D Fernando
ie Angeja, Simões Murgiochi, dr
Carvalho M mteiro, José Tedea
chi, Alfredo Lecocq, Visconde de
Lançada, Marque* do Fayal, D
Antonio de Lencastre, Sjusb Tel
les, Arthur Libo de Avila, Peres
trello de Vasconcellos, Ayres de
Gouveia, Soares de Albergaria,
Tasso de Figueiredo, espitâo de
fragata; Gomes Netto, Visconde
de Faro e Oliveira, Barbosa Cj
lea, Conde de S. Valentim, Ar
thur Hinfze R bairo, Luis Cane
do, dr. B iojamim Arrobas, José
Maria dos Santos, Reis Formigai,
Justino Freire, S:Iva Carva-
Ih», Bordallo Pinheiro, Mattos
Chaves, Henrique Schindler, Au
gusto Cardoso, Miguel Brege,
Mariauoo de Carvalho, Manuel
Nunes Corrêa, Luiz da Cunha
Mancellos, Castanheira das Ne
vea J sé Antonio de Freitas, dr
Carlos França, Abreu Gouveia,
Teixeira de Queiroz, Meneies de
Vasconcellos, dr. Cupertino Ri-
beiro, José Aogusto de Abreu,
Perfeito de Magalhães, Mendes
Guerreiro, Conselheiro Aagoeto
Gomes de Araujo, Libanio Fia
lho, Alberto O'Neill, Hygino de
Souea, Luiz O'Neill, dr. Mello
Breyner, Carlos Campos, Motta
Prego, dr. Bettencourt Ferreira,
Sautoa Crespo, dr Amor de Mel
lo, Manuel Castanheira do Al
uieida, dr. Carlos Tavares, dr.
R'drigues Pioto, dr José de Li-
ccrda, dr. JoS j Chave#, dr. Al
fiedo Luiz L pes, Alberto Gi
rard, Conselheiro Carlos Joeé de
Oliveira, Homem de Macedo, dr.
José Luiz Rangel de Q isdros
J yce, dr. Ricardo S>uto, dr Af
fonso de Lemos, dr. Maiquc?, dr
Eduardo Burnay, dr. Fernanio
Pedroso, dr. Mauperrin Santoj,
D. José Peseanh», dr M'guel
Solano, Oriul Peaa, dr Arihur
Rivara, Freitas Rego, dr Rebel
lo, J-ymo R beiro, etc., otc
No cortejo enuorpor ram so,
também, quasi todos os estudan-
tes da Escola Medica
Quando o ferefro passou em
frente da Escola Polytechnica cs
alumnos d'etre estabelecimento
poataram-se nas ercadas e desco-
briram so respeitosamente.
Também, em signal de senti
menti, esteve cerrada a meia por
ta do edifhio.
O feretro chfgou ao ceroiteri
ás 2 horas e 55 minutos da tarde.
A' porta estava a fanfarra do
Campo Grande, que executou uma
marcha fuaebro
Da porti* do cemitério para a
Capella c.ganisarom se dois tur-
nos, tomando parte no primeiro
cs srs. Conselheiros Hiotze Ri
beiro e Joté Dias Ferreira, dr.
Eduardo Burnay, dr. Cunha Bel-
lem, dr. ^Carlos Tavares, Conse-
lheiro Carlos José do Oliveira,
José Tedescbi e Alvares Pereira,
director do Instituto de Agrcno
mia e Veterinária, e no segundo
os srs. dr. Serrano, dr Silva Ama
do, dr. Eduardo Motta, Couso
lheiro Veiga Beirão, dr. Cuperti
no Ribeiro, dr. Ilygino de Sousa,
dr. Curry Cabral e dr. Alfredo
Luiz Lopes
Da capolla para o jazigo os
turnos foram os seguintes:
uarvaino Monteiro, Homem de
Macedo, Raph&el Meldonado, J.
L Simões, José Monteiro, dr. An-
tonio .Candido das Neves e Car-
los Campos.
2.*—Dr. Battencourt Pitta, dr.
tíduardo Motta, dr Curry Cabral,
dr. Silva Amado e os estudantes
da Escola Medica, Braga, Fortes,
Graça e Felix
3 °—Dr. Miguel Bombarda, dr.
Oliveira Feijão, dr. Ferra* de
Macedo, dr. Camara Pestana e os
(8tudaoto8 da Eâcola Medica, Ma-
rio Moutinho, Vasconcellos, Bello
Grave o Archer.
Junto do aarcopbago usaram da
palavra oa ara : dr. Bettencourt
Pitta, em nomo do corpo docente
la Escola Medica; dr. Curry Ca-
bral, em nome da Sociedade das
ScieuciaB Medicas; dr. Silva Ama-
do, dr. Serrano e dr. Hygino de
SuU88, em nome da Associação
Jos Medicos Portugueses, e dr.
Carlos Tavares, os quaes caalte-
ceram em termos eloquentes as
qualidades do seu saudoso mes-
tre Manuel Bento de Sousa, como
medico, como professor, como ho-
mem do lettras, como agricultor
e como cidadão, accentuaudo que
a sua morte representa uma ver-
dadeira perda nacional
O cadaver de Manuel Beuto de
Sousa ficou depositado no jazigo
da família Tarujo Formigai, a
que pertencia a esposa do nota-
biliseimo professor, fallecida ain-
da ha poucas semanas.
»
Cinira 1'olonio
Esteve bastante concorrida a
festa artisíica d'esta actriz que
pelo seu incontestável mérito con-
ta entre dój um graúdo numero
de admiradores
A sua fiesta de hontem realisa-
da no theatro do Principe ^Real
esteve completamente ao nível
ics créditos de que gesa Cinira
Polcnio e que no drama «Marian-
as» de Echegaray com que ee es-
treiou n'este genero p.-cveu maia
uma ve* os conhecimentos quo
possue da arte obtendo pela fjr-
ma cbmo desempenhou o papel da
protogonièta geraes applausos de
todos quantos a ella assistiram
D.4 peça já largamente nos cc-
cupámos por essa occasião e por
ultimo quando fii desempenhada
pela companhia da actriz Maria
Guerrero.
Forem inoumeras a9 evações
que Cioira Polooio recebeu.
Saudada logo ai entrar om ace-
na seguiram se nos fiuaes dos
actos as chamadas succnssivas,
sendo em todas muito palmeada.
Nd camarim de Cinira Poluuio
viam se muitos brindes e bilhetes
de felicitações.
Mocidade Catholica
Apesar de pouco annunciada,
esteve muito concorrida a confe-
rencia de hontem
Presidiu o Nuncio de Sua San-
tidade e fJ conferente o prior da
egrej* do Sacramento, sr. Fernan-
des Nogueira.
O assumpto da conferencia foi
tfiirmar que á fé devemos oacaa
paginas brilhante! da nossa his-
torie, tio cantadas pelo poeta o
tã> tffirmadbs em mouumentos.
O illustre conferente terminou
por um uppello á mocidade para
que inspirando ee na fé continue
na obra gloriosa dos seus maiores.
N > mesma ordem do idéas ful-
lou, brilhantemente, o sr. D. Tho-
maz de Vilhena, president) da
associação
0 mercado no campo
Eitove sem concorrência algu-
ma hontecn o mercado mensal ne
Campo Grande. E' sempre chocho
quando se Begue ao dia d'«ima fei-
ra de anno, como antes de hontem
foi, e ainda é bojo na Agualva.
No emtanto lá estava no campo a
barraca do bacalhau albardado e
do refrigerante torriano.
NE0K0L0I.I4
Ealleceu hontem o sr. José Joa-
quim de Azevedo Almeida. O seu
funeral realisa se hoje pelas 5 ho-
ras da tarde, sabindo o préstito
fúnebre da sua cnsa na rua da
Bella Vista á Lapa 43.
Condecorações
Maquia Àagosto da Costa
r/LBRiCAWTI
ifor/ieeetíor exelaslve
rio Ministério dos Ntc
goAloft Eatraaxelras,
ttocledade de GeogrA*
phla. et«,
Com efikiíia na rua d? S.
Juliao, HO. 3,°, oade le® sa
çompieto sortimento ti sei
genero e para onde deve ser
dirigida Ioda a eorrespoEdoi-
;ia.
Succurssl no Porto, m
das flores, 204 a 203. asa
de ilãiuo Coutinho.
UlAHiO LLUHTKADO
Peio estrangeiro
TRLEGRANMAS
MADRID, 1, m.
Houve boje um grande motim
popular em Albuquerque, na pro-
víncia de Badajoz. Está preso já o
professor de instrucção primaria,
que era quem commandava os amo-
tinados.
Foi logo enviado para Albuquer- que um esquadrão ae cavai laria, a
fim de manter a ordem publica.
0 sr. Sagasta calcula que o par-
tido liberal terá no senado 110 vo-
tos.
Os socialistas de Barcelona fize-
ram hoje alli um comício, no qual
Erotestaram contra a reacção actual,
ão occorreu nenhum incidente.
Em consequência da secca per-
sistente, estão arriscadas as colhei
tas em grande parte da Hespanha.
A colheita de cevada acha-se já
Çerdida nas províncias de Madrid c
oledo.
t
WASHINGTON, 1, n.
O sr. Hay, secretario d'Estado,
entregou hoje ao sr. Julio Cambon,
embaixador da Republica France-
za, quatro cheques de 5 milhões
de dollars cada um, paeaveis em
New York, á ordem da Hespanha,
como preço da cessão das ilhas Fi-
onas.
sr. Cambon passou o compe-
tente recibo.
Diz um despacho do almirante
Dewey constar por informações fi-
dedignas que um tenente da arma-
da americana e 10 marinheiros que
tripulavam uma lancha da canho-
neira «Yorktown«, estão prisionei-
ros no quartel-gencral uos rebel-
des íilippmos.
LONDRES, 1, n.
0 Marquez de Salisbury, primei-
ro ministro, e o sr. Arthur Balfour,
primeiro lord da thesouraria, de-
clararam hoje, aquelle na camara
dos Lords, e este na camara dos
deputados, que os russos e os in-
glezes não se obrigam a fomentar
construcções de caminhos de ferro
nas suas respectivas espheras de
inlluencia na China senão as em-
Erehendidas pelos seus nacionaes.
accordo indica os bons senti-
mentos recíprocos das duas nações,
e ha de impedir collisões.
PARIS, 1, m.
Os telegrammas recebidos das
rovincias assignalam que o dia de
oje correu socegado em toda a
parte. I
WASHINGTON, 2, m.
0 ministério d'Estado declara que
a proclamação aos fllippinos, pu-
blicada no começo da campanha,
contém o maximó das concessões
que lhes serão feitas; entretanto o
governo dos Estados-Unidos sente-
se disposto a experimentar a ca-
pacidade dos indígenas para se go-
vernarem.
BUENOS-AYRES, t, n.
A mensagem do presidente Julio
Roca ao parlamento argentino diz
que a resolução amigavel da ques-
tão territorial, assegurando a paz,
permittirá que se trabalhe no de-
senvolvimento dos recursos do
paiz e na colonisação da Patagonia;
accrescenta que o governo obser-
vará severa economia, e prepara-
rá a conversão lenta do papel-moe-
da; precouisa a conversão gradual
da divida pub ica; e aconselha a
formação d uma forte reserva me-
tallica no Banco da Nação.
(Havas).
A' ultima hora
CHAKLEROI. 2, t.
0 numero dos mineiros grevistas
d'esta região auginentou hoje em
2:000.
PTETORIA, 1, n.
0 presidente Kruger, abrindo
hoje o «volksraad», disse qne con
tinúa a correspondência relativa á
posição internacional da republica
Sul-africana e da Inglaterra, e cllc
espera uma solução satisfatória.
CONSTANTINOPLA, 2, t.
Falleceu o Patriarcha aruienio
catholico Azarian.
NICE, 2, t.
A Rainha Victoria partiu hoje ao
meio dia para Inglaterra.
MADRID, 2, t.
A Bolsa de Madrid esteve hoje fe-
chada por ser dia de festa nacio-
nal.
No Bolsim a divida interna foi
cotada a 93,90.
PARIS, 2, m
0 «Figaro» publica hoje o depoi-
mento do coronel Dupaly de Ciam
em 29 de abril e a sua resposta ao
depoimento do copitão Cnignet; diz
que procedeu sempre segundo as or-
dens dos seus chefes; declara que
o general Gonse lhe expoz a neces-
sidade de salvar o major Esterha-
zy afim de se evitarem complica-
ções diplomáticas que podiam tra-
zer apoz si a guerra, porque a
França não estava prompta para
ella; accrescenta que. quando quiz
communicar ao sr. Cavaignac, an-
tes da interpellação do deputado
Castelin. as suas duvidas sobre o
documento falso apresentado pelo
coronel Henry, o sr. Cavaignac rcs-
pondeu-lhe que se occupasse dos
seus negocios.
0 «Figaro» annuncia que em vis-
ta do alvorhço causado por esta
declaração e a pedido do coronel
Dupaty de Ciam o Tribunal de Cas-
sação decidiu que a declaração não
figurasse no auto.
MADRID, 2 t.
0 anniversario da sublevação da
Hespanha contra Napoleão I foi ho-
je festejado em Madrid com a pom-
pa habitual. A guarnição formou
alas nas ruas do transito da procis-
são cívica, que se dirigiu ao Pra lo,
oude repousam as victimas da in-
dependência.
Debutou agora na praça de tou-
ros de Madrid o toun iro francez
Feliz Robert, tendo por c adrinho
um toureiro hespannol. E' a pri- 1
meira vez que um toureiro extran- I
geiro se apresenta deante do pu- ]
blico hespanhol. j
PARIS, 2 t ;
A camara dos deputados reabriu
í hoje as suas ses ões em perfeito 1 eocego. A pedido do sr. Dupuy, pre-
sidente do conselho, iodas as inter-
nePações sot re o processo Dreyfus
foram addiadas para depois da de-
cisão do supremo tribunal de justi-
ça.
(Havas).
Festa de caridade
Destinada á acqnisçào do enxo-
val necessário pêra a entrada de
duas desventuradas meniuad no
eollegio do Santíssimo Sacramen
to em Alcantara e promovida por
ama cemmiesão comp ata das sr.aa
Marquesa da R-beira Grande,
Condessa da Ribeira Grande (D.
Maria da Pureza), D. Maria Anua
Mcyrelles do Cauto e Cietro Bee-
«one Bisto, D. Catolina Hoarn d*
Cunha e Menezes e D. Leopoldi
na Maria Bessoue, realisa se esta
noite no theatro da Rua do9 Con-
des uma recita de caridade, su
bindo á scena o Commis8ario de
Policia.
O distincto actor Taborda fará
orna seena cómica e a actriz Lo
picc lo recitará, diversas eançono
tas
E' uma festa altamente syoopa
tbica, olhando ao fim protector a
que ella tende.
/ licitada
M*ria da C nceiçao, moradora
no beco da Gdlheta, 8, loja, foi
honcem detida por dar indícios de
alienação mental.
No governo civil Li ex.minada
pelos sub-delegados do saúde drs.
Joyce o Pinto, e em seguida in
tornada no manicomio de Rilha-
LUes. _
Abuso de confiança
Joaquim Duarte, foi preso na
rua da Btrrocs, p>rque tendo re-
ceb do de Francisco Joaquim, sol
dado n.° 44 do 2.® esquadrão de
cavallaria da guarda municipal,
uma mala com roupa na imp r-
ta .cia do 14*5000 réis e uma nota
de 5#000 tés para l« vf.r a cas*
do queixoso, foi por trea vezes
empenhar os objectos na casa de
penhores da rua da Rosa, sendo
estes objectos spprebendidos.
Emquaato á nota de 5£000 réis
declarou tel a dado a gu&rdar a
Antonio dos Aojos, residente na
rua de S. B ventura, 87, o qual
nega que recebeu tal importan
cia
VIDA LOCAL
AVIZ
Não tenho animo nem vontade
para lhe descrever festas, etc.,
porque a falta de agua traz nos
tidos desanimados.
Oxalá que a providencia divina
se digne beneficiar os campos,
aliás estamos na espectativa de
um anno mau.
Já se fala em ir buscar eco pro-
cissão de penitencia á sua egreja
a Senhora Mãe dos Homens para
esta villa com a qual estes povos
têm grande devoção.
Devoção na verdade justificada
pois é verdade que sempre que ee
tem recorrido á Virgem Santíssi-
ma sempre temos sido attendides,
com o beneficio das aguas.
A' procissão de penitencia cos-
tuma vir muita crente da Fi
gueira, Ervedal, Galveias, Casa
Branca, Souzel, Val de Freixo,
Santa Margarida, Valongo, Mura*
chae, etc
(Correspondente)
Alropellamenlo
José Nunes da Costa, cocheiro,
foi hontem preso na rua Saraivs
de Carvalho, por atropellar com o
trem que guiava, Eduardo Soaree.
morador na rua dos Remédios 179
de que resultou dois grandes feri
mentos na cabeça e outro no so-
br'olho direito, tendo de ir recc
ber curativo ao hospital da S.
José.
Em Portugal não pe po<?e dar
execução á bulla do Papa Leão
XIII, com referencia ás cptbções
nas Ordens 3 a' por não ter o
benaplacito Régio.
Espectáculos
A's 8 1]2—D. MARIA.
Peraltas e Secias.
A volta de João.
A's 8 1|2.— D. AMELIA.
Palhaços.
Falstaff, 1.® acto.
Aria das jóias.
A's 8 1j2—TRINDADE.
Beneficio.
Tini tim por tini-tini.
A's 8 1-j2—GYMNAblu.
Casa de Boneca. A's 8i|2—RUA DOS CONDES*.
Beneficio.
Commissario de Policia.
A's 8 1]2.—AVENIDA.
Beneficio. O Grão-duque de Wortcheskoff.
EXPOSIÇÃO PORTUGUEZA—Aveni-
da da Liberdade.—Hotel Matta.
Modo de tratar tísicos.
Dit. José Augusto da Costa
Palmeira.
ATTENÇAQ
JÓIAS ANTIGAS
QUEM tiver objectos de ouro,
prata, jóias antigas, brilhan-
tes e pedraria não as venda a pes-
soa alguma sem ir á ourivesaria
da rua do Ouro, 199 e 201, pois
n'esta grande joalheria se pagam
estes objectos, melhor do que em
parte alguma.
Retrozaria de Lisboa
Praça fi. Pedro, 104
Inaugurada cm 4 de maio.
Pontualidade no expediente para
a província.
V
No tratamento da tis* ca, o que merece maior consideração
deve ser o dar ao doente forças e vitalidade. Naturalmente
ha muitas phases em cada caso de tisica, que são estudadas pelo
medico, e cada phase tem o seu especial efFeito sobre a vida do
doente, mas a mais importante de todas é a da vitalidade.
Quando se receita a Emulsão de Scott para doentes tísicos, o
Doutor sabe que este remedio tem muitos empregos, e de facto,
ella desfaz o effeito de cada phase
da doença, mas, se considerarmos
o maior beneficio que o doente
tira d'esta preparação, deveremos
dizer sem hesitação que elle está
na força vital e poder de resis-
tência que a Emulsão de Scott dá.
A-Emulsão de Scott é a mais
agradavel ao paladar, e a mais
efficaz forma d'Oleo de Figado de
Racalhao combinado com Hypo-
phosphatos de Cal e Soda. Na
Emulsão de Scott, portanto,
achamos um especifico directo
para alliviar as membranas inflam-
mtidas, tornando a tosse mais
fácil, e curando as manifestações
locaes da doença. Mas temos
mais do que isto na Emulsão de
Scott, pois a Emulsão de Scott
dá ao doente a força vital necessária para combater a
doença, e também manda para os pulmões sangue rico
d'alimento e de força resistente.
Temos prazer em apresentar-vos para vossa consideração a
seguinte certidão d'um medico bem conhecido.
JOSE AUGUSTO I)A COSTA PA LM ET KA, bacharel formado om
Medicina e Cirurgia, pola Universidado do Coimbra, Facultativo
do Hospital de S. Marcos.
Attesto que tendo empregado na clinica civil o Hospitalar a
Emulsão de Scott, tenho sempre colhido resultados satisfactorios nos
casos do tuberculose pulmonar incipionte, rachitismo c fraqueza geral
das creanças, tondo alem d'isto a vantagem de ser bem recebida pelos
doentes.
JOSÉ AUGUSTO DA COSTA 1'AI,MEIRA.
Braga, 28 dc Janeiro de 1897.
Retrozaria de Lisboa
Fraça fi Pedro. MM
Inauguração quint ft foi ia
J. Marques & C.ta participam que
já receberam quasi todo o sorti-
mento em artigos do seu commcr-
cio, nacionaes e estrangeiros, po-
dendo allirmar que são de comple-
tas novidades como é natural em
um estabelecimento novo.
Toda a coadjuvação com que o
publico possa hourar-nos, agrade-
cemos e será correspondida com a
maior seriedade.
José Joaquim
d'Azevedo
Almeida
FALfcECEtJ
Manuel José d'Azevedo
Almeida (ausente), José Joa-
quim d'llmcida, Leopoldina
da Piedade Ferreira Rego,
José Antonio Aspcr do Re-
go, participam a iodos os
seus parentes, amigos e pes-
soas das suas relações, que
foi Deus servido chamar á
sua presença o seu muito
pre; ado pac e sogro, o e\.n,°
sr. José Joaquim d'Azevedo
Almeida c que o gru funeral
teiá logar hoje. 3 do correu-
tc, pelas 5 horas da tarde,
sahindo o préstito fúnebre
de sua residência, rua da
Relia Vista, á Lapa, u.° A3.
Nâo se fazem convites
especiaes.
Âgtsss cbSoretadas
h Amieira
[odista
p(INFECCIONA chapéos a 4C0 réis,
^ toma conta ae encommen-
das. Rua de b. Julião, n.° 23, 4.°
esquerdo.
u uia iv nv ...~io, ct'*)erturi
do estabelecimento .jalnea?
oem como o Hotel.
JN'
Os exceilentes resultados obticks
com a ao dl* .cação d'estas aguas,
jiLSti'Vam «o succf£?úro r 'emente
no seu consumo.
Usam-se no tratamento da escro
Dhulose, rheumatismo, moléstias de
pelle, ainda as mais rebeldes, sy-
phylis padecimentos do estômago,
ngado, e baçoL inflammações de
quaes querorgaos útero, ovário, in-
testinos, leucorrheas, anemia eclilo-
rose.
DEPÓSITOS — No eserptorio da
companhia, rua dc S. Julião, 142,
l.®; pharmacia Azevedo, Rocio:
José leliciauo Alves d'Azevedo; R
do Principe, 32 a 37.
Cavallos
I"\UAS boas parelhas, uma dc u cavallos liespanboes e uma
de bonitas éguas inglezas. Cruz
das Almas. 43, Campolide.
Batalha das flores
( \S modelos de chapéos d'esta
casa que mais se salientaram
n aquella festa, estão sendo repro-
duzidos.
278. Rua Augusta. 280
LOJA DA FAMA
-i u
Finíssima manteiga * V
DA
Fructuaria de Nandufe
Conceito» dc Tondrlla
pNCONTRA-SE á venda nas principaes
^ casas e mercearias, tanto em Lisboa,
como nas principaes praias e thermas de Cascaes, Paço d'Arcos, Caldas
da Rainha, Figueira da Foz, etc., etc.
Manteiga preparada para Africa e Brazil.
Requisições para revenda feitas ao representante d'esta fabrica em
Lisboa.
ARTHUR BENARUS —A. Foço do Borralem--2.°
TELFIMIOAE 1M.® I»
Rendez-vous des Gourmets
rJ 0DAS as pessoas que forem passar para o campo a temporada de
* verão, não devem deixar de ir primeiro visitar o RENDEZ-VOUS
DES GOURMETS.
N'este estabelecimento encontrarão um variado sortimento cm con-
servas próprias para PIC-NICS, jantares no campo, viagens, etc.
Grande novidade
Latas portáteis com conservas para almoços de bicyclistas, deno- minadas "INDISPENSÁVEIS".
Todos os dias GLACES diversos parfums, etc.
RENDEZ VOUS DES GOURMETS
KUA DO OURO. 135 e 139
BIARRITZ
HOTEL D'ANGLETRRE
Marcel Champagne, proprietário
SITUAÇÃO esplendida em pleno meio-dia da França.—Ponto de visla
magnifica para o mar.—Vastos jardins.—Jnslallações confortá-
veis.—Ascensores e telephone— illuminação eléctrica.—Ranhos e dou-
ches no proprio hotel.—Cosinha de merecido renome.—Pessoal corre-
ctíssimo.
Os srs. viajantes podem marcar os quartos antecipadamente na
Ageneia Kadonal, rua Áureo, I9K-LIKIIOA.
Agradecimento
Conde da Azariijinha c
Raoiil Bayart. agradecem mui-
to reconhecidos a todas as
pessoas que se dignaram as-
sistir ao funeral do ex.m0 sr.
Jacques Martin de Carignan
Junior, e acompanharam o
préstito fúnebre ao cemitério,
c bem assim áquellas que
assistiram ft missa do 7.°
dia. a lodos protestam o seu
reconhecimento.
h"a.
DECEBI. No dia da partida dei-
xa-me cartões, pois não é
certo veres me de dia, c só as&iin
é, que tenho a certeza que partes.
Responde já, sim! Mil e mil sau-
dades.
Cintra
A RRENDA-SE, mobilado, o cha- rlei Ouguella, no Caminho das
Murtas. Para o contracto de arren-
damento, rua Nova do Almada, 11G,
sobre-joja.
Plymonth e Londres
O paquete
VERMÍFUGO
R. V.
DE
Faline*tock
n PROPRIETÁRIO d'este remedio
sem igual, coin a experiência
í quasi toda a sua vida na Drena-
do
Lismore Castio
Espera se a 6 de maio.
Para carga e passagens trata-se
no Caes do Sodrè, 64, 1.® andar 0 agentes,
JÇ. Pinto Basto <£ C.a
de quasi loaa a sua viua na prepa-
ração do VERMÍFUGO, pôde confia-
damente recommendar ao publico
este artigo, como o destruidor mais
efficaz dás lombrigas.
Sendo difierente das mais pre-
parações que existem a maior parte
das quaes são imitações muito in-
feriores, cujo fim é enganar o pu-
blico, este Vermífugo tem passado
pela prova do tempo, realisando in-
variavelmente tudo o que se lhe at-
tribue. Suave na sua operação, a sua
eftlcacia é sempre a mesma, podendo
usar-se sem receio sempre que haja
lombrigas, seia o doente novo ou
velho. Se não houver lombrigas, os
seus effeitos são os mesmos que um
purgante suave, impando o sangue.
0 proprietário, estando inteiramen-
te convencido da impossibilidade de
que elle falhe, esta prompto a de-
volver o dinheiro a todas as pes-
soas em quem o remedio não faça
effeito quando o doente tenha lom-
brigas e seguir exactamente as ins-
trucções.
Deposito — JAMES CASSELS & C.a
Rua do Mousinho da Silveira, 85—
Po rim
Doenças dos paizes
quentes
Annibal Nailer Cid
Medico com loDga pratica do
dii i a eco Africa Consultas to-
dos i 8 dias, excepto domingos,
-as 12 ás 4 da tarde.
R. do Ouro, 127. L°. E.
Callista
riaston Piei, cx-pcdicuro do
^Grand Hotel de I Atheneé et du
Rhin de Paris, participa que mudou
o seu consultório para a rua Nova
do Carmo, 91, i.° andar, aonde po-
de ser procurado todos os dias, das
8 ás 11 horas da manhã e (la 1 ás
5 horas da 'arde.
460 —Folhetim do Diário Illaslrado — 3 5-1899
oS UHAKAS QE PAfiíS
ROCAMBOLE
DB
Ponson do TerrAll
QUARTA PARTE
DESFORRA DE BACCARA1
Em vão fechou os olhos, em vão tentava esque-
cer esse homem triste e resignado; o forçado de aspecto
nobre e distincto estava sempre presente na sua memo-
ria.
—Mas, disse ella comsigo mesma repetidas vezes, ad-
mittindo mesmo que seja verdade tudo quanto aquelle
homem diz, e que esteja innocente, não seria loucura eu,
que amo o meu noivo, que em breve o vou tornar a vér,
pensar constantemente...
A nobre Pepita não ousára nunca confessar completa-
mente a si mesma, o que sentia.
Decorreu o dia, Pépita recordava-se perfeitamente da
entrevista que lhe havia dado a condessa Artoff, e ao
passo que via aproximar-se essa hora, augmentava a
sua impaciência Uma curiosidade invencível a domina-
va, e a essa curiosidade misturava-se algum terror. Esse
terror era devido a que o bilhete que acompanhava o
manuscripto de Baccarat lhe dizia que ella estava sem o
saber envolvida na longa historia que lera durante a noi-
te, apesar do seu nome não ser ali pronunciado, e se-
rem-lhe pessoalmente desconhecidos todos os persona-
gens que n'ella figuravam.
Pepita passou uma parte da noite com sua mãe, e só
depois de que a duqueza se retirou para o seu quarto
foi que se dirigiu para o terrasso que deitava sobre o
mar.
. A eondesssa Artoff, disfarçada em cadete russo, disse-
ra-lhe no baile, perto da meia noite:
—A'manhã a esta hora esteja no terrasso da villa em
que habita.
Eram mais de onze horas quando Pepita deixou sua
mãe, e já toda a gente dormia na villa. A noite tinha essa
obscuridade luminosa, perdoem-nos a definição singular,
que só se encontra no Meio-dia.
Pepita sentou-se nos degraus da escada que descia
para o mar e esperou. Esperou dominada por uma ancie-
dade que não sabia explicar, mas que a obrigava a con-
tar os minutos como se contasse horas. Com o olhar vol-
tado para Cadiz, que ella não via mas que adivinhava ao
longe, prestando o ouvido ao mais ligeiro rumor, esperou
por muito tempo, tentando agarrar-se á memoria de Ro-
cambole, e mau grado seu, pensando n'esse forçado mys-.
terioso de quem ella queria absolutamente saber a histo-
ria. Finalmente ao longe, atravez da escuridão da noite,
pareceu-lhe ouvir o rumor de remos que cortavam a agua
com a sua cadencia monotona.
Pepita sentiu bater-lhe o coração com violência, e ape-
nas teve forças de levantar-se para vêr.
0 rumor dos remos ao principio fraco e confuso, não
tardou em augmentar; depois o olhar da hespanhola
descobriu um ponto negro que avançava rapidamen-
te.
Pepita não duvidou mais que fosse quem ella espera-
va.
A embarcação aproou á villa, e d ella saltou para o
primeiro degrau da escada, um homem que a amarrou á
argola de ferro. Depois deu a mão a uma senhora que
saltou com ligeireza para a escada, e começou a subil-a.
Pepita refugiára-se na ultima extremidade do terrasso,
obedecendo a uma especie de timidez súbita. Todavia, se
não se atrevia a vir ao encontro da senhora que saltára
da embarcação, não deixava de olhar para todos os seus
movimentos, e o seu espanto foi grande quando viu
aquella mulher subir sósinha para o terrasso, e o homem
ficar na embarcação. (Vide gr av. na 1pag.)
A mulher trazia na mão um objecto redondo e com-
prido, que chamou a attençáo da menina de Sallandre-
ra.
Pepita foi ao seu encontro e as duas senhoras cumpri-
mentaram se.
—E' a senhora? perguntou uma voz que Pepita reco-
nheceu immediataraente ser a de Baccarat.
. -—Sim, condessa, respondeu Pepita.
—Está só?
—Completamente só, a mamã já está deitada.
—Também eu estou só, disse a condessa Artoff.
Pepita estremeceu.
—Mas, disse ella, aquelle homem que lã está em bai-
xo...
E com o dedo designou o barco.
—Oh! aquelle, respondeu a condessa Artoff, é um sim-
ples marinheiro do porto.
—Ah! replicou Pepita com um despeito súbito.
—Imagine, minha senhora, proseguiu a condessa pe-
gando na mão de Pepita, e fazendo a sentar no parapeito
do terrasso, que trazia comigo Zampa.
—Ah! disse Pepita lembrando-se de repente do seu en-
contro na vespera com o portuguez, conhece-o?
—Certamente, e ello devia acompanhar-me aqui esta
noite.
—E então?
—Esperei por elle até ãs onze horas e meia, e foi en-
tão que me decidi a embarcar no barco d'um marinheiro
do porto.
—Necessitava pois de Zampa? perguntou Pepita.
—Sim, minha senhora.
—Para que?
—Porque Zampa sabe muitas coisas que a interessam
c ter-lh'as-ia contado melhor do que eu.
Pepita estremeceu de novo.
—Vai ainda failar-me do sr. de Chateau-Mailly? per-
guntou ella inquieta e com utaa especie de aversão.
—Talvez...
—0' meu Deus! senhora condessa, murmurou a meni-
na de Sallandrera, permitta-me uma única palavra.
—Falie, disse a condessa.
—Segundo parece o duque de Chateau-Mailly morreu
envenenado. Lastimo o de todo o meu coração, mas no
Fim de contas não sou obrigada a derramar abundantes
lagrimas por um homem que para chegar até mim e
obter a minha mão, empregára meios e artifícios menos
dignos.
Baccarat esperava aquellas palavras de Peoita.
—Perdão, minha senhora, disse ella, é exactamente
para derramar alguma luz sobre essa intriga, que eu que-
ria trazer-lhe Zampa, o antigo creado de quarto de D.
José, e do sr. de Chateau-Mailly.
Pepita lembrou-se. então do interesse que a condessa
Artoff dedicára ao duque de Chateau-Mailly.
(Çontinva).
DIÁRIO ILLUSTKADO
437-Folhetim do Diário Illastrado—3-4-9'J
DB
EUGENIO SUE
FREDERICO BASTIEN
III
Aqui, erguiam-se bananeiras de todos os tamanhos e
variedades, desde os musa anões, carregadas de fructos,
até aos paradisíaca que se elevavam até trinta pés, e cu-
jas folhas tinham mais de tres metros de comprimento;
mais adiante os leques verdes das palmeiras e dos tama-
rindos misturavam-se com as hastes deserapenadas das
cannas de assucar e dos bamhús; emquanto que na agua
limp da d'um tanque de mármore, situado no meio da
estufa, se reflectiam as mais bellas plantas aquaticas:
arodeias da Índia com folhas enormes e redondas como
escudos, cypirus de penachos ondulantes, lodãos do Nilo
de grandes flores de azul celeste cujo perfume é tão ene-
britante.
Era um mixto maravilhoso de vegetação de todas as
formas, de todos os comprimentos, de todas as còres,
desde o verde pallido e betado das begonias até ás riscas
alternadamente macias e carregadas das marantba, fo-
lhas admiráveis, velludo verde por cima, setim purpureo
debaixo; aqui, os grandes íicus negros e carnudos con-
trastavam com os fetos do Cabo, de folhagem tão delica-
da, de ramos tão destacados, que se diriam fios de seda
côr de violeta amparando umas rendas verdes; ali o stre-
lizia, cuja flôr se parece com um passaro de azas côr de
laranja e de crista azul, competia em riqueza e explendor
com a estrapea, com o seu enorme penacho cotade cer-
veja mosqueado com um amarello doirado; emfim, n'al-
guns sitios, as iramensas folhas das bananeiras, forman-
do uma aboboda de verdura natural de arcos frágeis e
transparentes, occultavam tão completamente a vidraça
da rotunda, que se podia uma pessoa julgar transportada
às regiões tropicaes.
Ao ver essa maravilhosa vegetação, Maria Bastien e
Frederico soltavam a cada instante exclamações de sur-
presa e de admiração.
—Não achas, Frederico, que é uma satisfação vér, to-
car emfim n'estas bananeiras, n'estas palmeiras, cuja
discripção nós lemo3 tantas vezes nos livros dos viajan-
tes! .. .—exclamou Maria.
—Mamã, mamã,—dizia por sua vez Frederico mos-
trando á senhora Bastien um arbusto de folhas denticula-
das e d'um verde esmeralda,—aqui tem o cafezeiro, e
acolá, aquella planta de folhas tão grossas, que trepa ao
longo d'aquella columna, é baunilha.
Frederico, olha para estas immensas folhas da palmei-
ra: como se coraprehende bem que na índia, cinco a seis
folhas d'estas bastem para cobrir um i cabana!
—Mamã, olhe para aqui: veja estas lindas grenadilhas
de que falia o capitão Cook.
Reconheci-as immediatamente pelas suas floras: pare-
cem cestinhos de porcelana arrendada; e nós que accu-
savamos esse pobre capitão d'inventar flores impossí-
veis!
—Deus meu! ó senhor,—disse Maria Bastien ao chefe
das culturas,—o sr. marquez, quando está cá, não deixa
naturalmente este jardim encantado.
—0 sr. marquez ô como seu defunto pae,—respondeu
o jardineiro suspirando,—não é amador; prefere o canil
e a cavalariça.
Maria Bastien e seu filho olharam estupefactos um para
o outro.
—Mas então,—tornou ingenuamente a joven senhora,
—para que tem elle estas soberbas estufas?
—Porque não ha palacio verdadeiro sem estufas, mi-
nha senhora,—respondeu altivamente o senhor chefe
das culturas:—é um luxo que um verdadeiro fidalgo de-
ve a si proprio.
—Aqui tem o que è o respeito da humanidade!—disse
Maria em voz baixa em a seu filho com um sorriso
docemente zombeteiro.
—Vês, Frederico, a dignidade obriga os a possuir es-
tas maravilhas.
Depois accrescentou ao ouvido de seu filho:
—Ora dize-me cá, meu anjo, que deliciosas horas se
não passavam aqui no inverno quando os dias são tão
pequenos e cabe neve, a zombar da geada!...
0 doutor teve que vir arrancar a joven mãe e seu filho
á sua admiração insaciável.
—Minha querida senhora Bastien, tiuhamos que gas-
tar dois dias nesta estufa se quizessemos ver tudo mi-
nuciosamente.
—E' verdade, m u bom doutor, é verdade,—respon-
deu a senhora Bastien.
—Vamos,—accrescentou ella sorrindo e suspirando de
saudade,—deixemos os tropicoí te vamos decerto para
outra parte do mundo, porque diz o nosso doutor, isto
aqui é o paiz das maravilhas.
—Diz isso brincando? pois olhe! se tiver juizo,—disse
o doutor sorrindo,—levo-a d'aqui a boccado á Chi-
na.
—A' China! meu bom doutor, é possível?
Muito possível, e, se nos restar um quarto d'hora, pa-
lavra que iremos depois fazer uma viagemsita... ú Suis-
sa.
—Também à Suissa?—exclamou Frederico.
—A plena Suissa.
Mas, antes, havemos de visitar o Castello, e então ahi
é que é bom!
—0 que é então, doutor?
—Oh! ali não são paizes differente3 que percorremos,
são épocas, desde a era gothica ate ao século de Luiz XV
e tudo isto n'uma hora o máximo.
—Acredito-o, doutor; estou resolvida a não me admi-
rar de mais nada,—respondeu a senhora Bastien,—por-
que estamos aqui no paiz das fadas!
Vens, Frederico?
E os visitantes seguiram o senhor chefe das culturas,
que, com uma certa posição zombeteira, sorria-se para
si do espanto burguez «los amigos do doutor Du-
four.
(Continua\
JOSÉ DE OLIVEIRA
*1, 22—I/ARGO DE 8. DOMIIV«OS-23, 24
Moinhos Aermotor
0 mais aperfeiçoado e solido dos moinhos para tirar agua d.', poços
Convidam-se todos os agricultores e particulares a pedir orçamentos, \talogos
e esclarecimentos, garantindo-se que é este moinho o único que tira agua ,,ara re-
gar de pé. ÚNICO MOINHO TODO CONSTRUÍDO DE AÇO, olTerecendo por isso a maior
solidez e resistência aos temporaes.
Os preços d'estes moinhos são tão baratos que estão ao aicance de todos os pe
quenos agricultores. Fazem-se descontos aos revendedores.
CANALISAÇÕES PARA AGUA E GAZ
Grande armazém de candeeiros para gaz, petrolco e azeite
Lavatórios de mármore e de mogno, lava-loiças, lava-copos, tinas guarnecidas
de mármore, mogno e pau santo. Retretes de diversos systemas. Fogareiros a gaz e
a petróleo. Urinoes, lava mãos. Tubos de ferro, latão, chumbo, borracha e lona. Lus-
tres de 2 até 24 luzes para gaz e vellas. Lampadas de crysial ou metal. Suspensões
petróleo e candeeiros de mesa. Candeeiros para gaz em diversos desenhos e
nhos. Fazem-se canalisajôes para agua e gaz por preços limitadissimos.
danda-se fazer orçamentos onde nos seja pedido.
para
tama
Manda
JOSE DE OLIVEIRA
21 »Ç 22. Largo de 8* Domingo*, 23. 24 — Et*lioa
Annuario Commercial
ou
Annuario official de Portugal, ilhas
e Ultramae da industria,
magistratura e administração
Coordenado sob a direcção
de CALDEIRA PIRES
Continuação do antigo Almanach
Commercial de Lisboa
Preço 2£000 rét*
Toda a correspondência deve ser
dirigida á redacção, 50, Largo do
Conde Barão, 50.—Telephone 800.
Condecorações
i. G. Bragança t Itaii
49, R. Áurea. 51
Celebre pela
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sucar, em metal branco, que nunca se faz amarello.
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SAHIRÃO OS PAQUETES
Iberia, 10 de maio. • | -Orellana, 7 de junho.
•Oravia, 24 de maio. | -Oropesa, 21 de junho.
—Os paquetes Oravia e Oropesa vão directamente ao Rio de Janeiro
•O paquete Orellana não recebe passageiros de 2.* ciasse. Faz-se abatimento as famílias que viajarem para os portos do Braii
e Rio da Prata. Nas passagens de l.«, 2.» e I." classe por estes magniflo vapore
está incluído vinho à hora da comida, cama* roupa, etc.
A bordo ha criados, cozinheiros portugueses e medico.
Para Corunha, La Pallice (La Rochelía)
e Liverpool
O paquete ORELLANA
Espera-se a 9 do corrente.
Para cargj^eassagena trata se com os agente»
Pinto Baaio d C<
Cies do Sodré, tá. 1.'
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Kendall, Pinto Ba*t* to c.
Roa do Infante I Henrique, 71.
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tão, magnifico paladar e constitue um alimento
indispensável e altamente substancioso para as
creanças, anemicos e convalescentes.
E' um tonico precioso, que todos devem tomar
de manhã.
PARA EXPORTAÇÃO ha sempre Stock na alfan-
dega.
VENDA A RETALHO nas principaes mercearias
e confeitarias, taes como: Jeronymo Martins &
Filho, rua Garrett, 13; José AfFonso Vianna & C.a,
praça de Luiz Camões, 33 e 34; J. G. Costa. R. N.
do Carmo, 104 e 106; Pérola da China, R. da Pal-
ma; J. L. Fernandes & C.a, R, aa Prata: A. D. Martins, R. N. do Carmo,
39 e 41; J. J. Nunes, R. da Conceição. 108 e 110' M. Castro & Ct.a, R. da
Conceição, 47; M. M. Nunes, R. de S. Pedro de Alcantara, 29; J. J. Cunha
& Gonçalves, R. da Prata, 167; J. N. Correia de Brito, R. da Magdalena,
97 e 99; J. F. Carvalho & C.a, R. da Escola Polvtechnica; Broomfield's,
Padaria lngleza, Largo do Conde Barão, Manuel A. da Conceição, R. do
Poço dos Negros, 127, 129, Casa thineza R. do Ouro, 234 e 236: Bernar-
do B. Ferros, R. Augusta, 221-223; Sebastião S. Ribeiro. R. aas Galli-
nheiras, 19-21; Manuel Corrêa Saraiva, 3, R. dos Retrozeiros, 9; Santos
& Coelho, R. Fernandes da Fonseca, 30 e muitos outros.
Preço* nem competência
PEDEM-SE AGENTES" sérios e trabalhadores, nas primeiras cidades
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Sahirá do Caes da Fundição no dia 6 de maio, ao meio-dia para a
Madeira; S. Vicente. S. Thiago, Principe, S. Thomé, Cabinda, Ambriz,
Loanda, Novo Redondo, Benguella e Mossamedes.
Previne-st os srs. carregadores que os líquidos só se recebem até
ao di a 2 inclusivè.
Para carga e passagens trata-se no escriptono da Imprest, roa da
Prata, 8, 1.*.
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cio Alvares ft w®^'I55'Rua dos 8acalho£|R °Fatr,
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de vendas e leilões
Escriçtorio c residência
73, 2.°, Bua de Santa Justa, 73,2.°, das 9 horas da manha
ás 7 horas da tarde
Promovem-se hypothecas, tanto em Lisboa como nas províncias «
^uaesquer empréstimos sobre caução solida, podendo os devedores pa
gar em prestações (juro modico). Maxima seriedade. n « . Este agente tem propriedades para vender e comprar nas melhore?
condições.
Recebe dinheiro em depowKo. em ronla cor-
rente ou a prn*o, abonando lhe* Bion* juro*.
Também se facilita a quem não tenha todo o capital para a comprs
le qualquer propriedade, o poder entrar com um terço da importanci*
ta compra, ficando de caução a propriedade até final pagamento.
O menmo agente tem a *eu cargo a adininftNfra-
ção de dilTerente* propriedade*» e a procurado-
ria de cana* Importante*, do que continua a en-
carregar ne com zelo e actividade.
N'este escriptono não se recebe commissáo de especie alguma seu
os negócios estarem concluídos ou em caso de desistência dos interes
sidos.
Companhia Real dos cami-
nhos de ferro Porluguezes
Serviço do* armazen*
Fornecimento d'azeite a'oliveira
"MO dia 3 de maio, pela 1 hora
da tarde, na estação central
de Lisboa (Rocio) peranle a com-
missão executiva d'esta companhia
serão abertas as propostas recebi- das i ara o fornecimento de 20:000
kilogrammas d'azeite d'otivcira pa-
ra i Iluminação.
fornecimento de drogas, tintas.
^0 dia 17 de maio pela 1
da tarde, na estação cei
de Lisboa (Rocio) perante a (
nrssão executiva d'esta compa
serão abertas as propostas rec
das para o fornecimento dedro
tintas etç.
As condições estão patentes
Lisboa, na repartição central
armazéns (edifício da estaçã«
Santa Apolonia) todos os dias i
das 10 da manhã ás 4 da tarde
Lisboa, 20 de abril de 1899.
0 director-geral—Chapuy.