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Diagnóstico sócio-econômico e ambiental de propriedades rurais de municípios da Bacia do rio Xopotó, MG.

Introdução

A utilização de métodos participativos para entender e avaliar situações rurais e para planejamento do desenvolvimento de comunidades torna-se uma importante ferramenta para o manejo dos recursos naturais e para o desenvolvimento rural sustentável. O diagnóstico rural pode ser definido como uma atividade sistemática, semi-estruturada, realizada por uma equipe de profissionais capacitados para obter rapidamente informações sobre a vida de determinada comunidade.

A bacia do Rio Xopotó está inserida na cabeceira da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e é caracterizada por população de baixa renda e baixo IDH. A presente proposta de trabalho está vinculada ao Projeto Agente Ambiental1, desenvolvido pelo Instituto Xopotó2, e pode ser definida como uma estratégia para conservação dos recursos naturais e para manutenção dos serviços ambientais prestados pelos ecossistemas naturais, aliada ao desenvolvimento sustentável das populações locais.

O presente estudo teve como objetivo realizar um diagnóstico sócio-econômico e ambiental em quatro municípios (Alto Rio Doce, Brás Pires, Cipotânea e Desterro do Melo) pertencentes à bacia hidrográfica do rio Xopotó. Pretendeu-se ainda identificar e qualificar os recursos naturais presentes em propriedades rurais da região e mensurar as necessidades e demandas sociais da população regional. Metodologia

A bacia do rio Xopotó pertence ao Bioma Mata Atlântica sendo quase totalmente coberta por florestas estacionais semideciduais. Possui uma diversidade biológica altíssima, abrigando uma apreciável proporção de espécies endêmicas (CBH - Rio Doce, 2005). Os principais municípios inseridos nesta bacia são: Alto Rio Doce, Brás Pires, Cipotânea, Desterro do Melo, Dores do Turvo e Senador Firmino (FIGURA 01).

FIGURA 01 – Mapa de Minas Gerais com a divisão das principais bacias hidrográficas do estado. Detalhe para a Bacia do Rio Doce e para o limite da Bacia Hidrográfica do Rio Xopotó, MG (Adaptado de IGAM, 2008). 1 Projeto realizado pelo Instituto Xopotó, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa, com apoio do Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG), por meio da Associação dos Produtores Florestais do Sudoeste de Minas Gerais (APFLOR). 2 Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, com sede na cidade de Brás Pires - MG, criada em 1999 com o objetivo de promover a sustentabilidade da região da cabeceira do Rio Doce.

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Técnicas de Diagnóstico Rápido Participativo

Os métodos de diagnóstico rural permitem não só identificar os recursos existentes em nível local, mas também perceber como os interesses sociais se estruturam e se articulam naquele espaço (COELHO, 2005).

Para efetivação deste diagnóstico buscou-se identificar as características principais do grupo social com o qual se trabalhou. Dentro desta perspectiva social e participativa procurou-se estabelecer um diálogo entre os saberes técnico-científico e o saber popular buscando sempre esclarecer aos produtores rurais sobre a necessidade de manter os recursos naturais e os benefícios destas ações. Além disso, buscou-se incentivar as boas práticas no campo, enfatizando o papel de cada ator social no processo de transformação da realidade, viabilizando a existência do grupo enquanto cidadãos com direitos, deveres, necessidades culturais e compromissos políticos. Dentro desta lógica, foram aplicados 40 questionários, abordando fatores sócio-econômicos e ambientais nos municípios de Alto Rio Doce, Brás Pires, Cipotânea, e Desterro do Melo visando conhecer de forma detalhada a realidade local. Além disso, levantou-se potencialidades e demandas da população pesquisada. Neste questionário foram levantadas questões que seguiram o seguinte roteiro: I - PERFIL SOCIAL: dados pessoais, profissão, fonte de renda. II - CARACTERIZAÇÃO DA FAMÍLIA DO PRODUTOR: informações básicas sobre os membros da família que residem na propriedade (idade, escolaridade e profissão). III - LOCALIZAÇÃO DA PROPRIEDADE: dados da propriedade e georreferenciamento da sede. IV - CARACTERIZAÇÃO DA PROPRIEDADE: caracterização agropecuária, tecnologias adotadas, assistência técnica e organização comunitária. V - CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL: identificação e caracterização das áreas de Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP); identificação e caracterização dos recursos hídricos; identificação de áreas degradadas e verificação das práticas conservacionistas que são adotadas em cada propriedade.

Análises Ambientais

Para realização da avaliação ambiental das propriedades rurais utilizou-se outra técnica de diagnóstico rápido participativo: o caminhamento transversal. Esta técnica consiste basicamente em percorrer a propriedade rural junto do proprietário, buscando coletar, principalmente, informações sobre o ambiente, seu histórico e utilização.

As análises ambientais das propriedades tiveram como princípios a legislação ambiental vigente. A determinação do uso e ocupação do solo nas propriedades se deu de acordo com o Código Florestal Brasileiro - Lei Nº 4.771 de 1965, e a Resolução do CONAMA Nº303 de 2002. A classificação dos estágios sucessionais das áreas de mata nativa, seguiu os critérios definidos na Resolução do CONAMA Nº392 de 2007.

Durante a realização desta técnica procurou-se fazer a caracterização ambiental das propriedades rurais. Neste momento foram identificados os recursos naturais e o seu estado de conservação. Iniciou-se analisando as áreas de reserva legal quando existentes. Em seguida foram identificadas as áreas de preservação permanente buscando diagnosticar os estados de conservação de cada uma delas: entorno de nascentes, matas ciliares, topos de morro, várzeas e áreas com declividade superior a 45°. Após reconhecimento das áreas de reserva legal e áreas de preservação permanente determinou-se o estado de conservação das mesmas seguindo os critérios estabelecidos a seguir: Estado Conservado: Vegetação arbórea em estágio médio ou avançado; protegida contra o pisoteio de animais; protegida contra a contaminação por dejetos animais e humanos e contra a poluição por outros

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resíduos; ausência de áreas degradadas ou erodidas, ausência de assoreamento no caso dos rios e córregos, presença de serrapilheira, solo sem compactação.

Estado Perturbado: Presença de vegetação em estágio inicial de sucessão; presença de culturas com manejo de baixo impacto; erosão laminar, pouca exposição do solo; presença de indicadores de regeneração natural.

Estado Degradado: Ausência de vegetação; nascente pisoteada; água com impossibilidade de consumo humano ou animal; histórico de diminuição da vazão de água das nascentes; presença de culturas anuais (milho e feijão) ou culturas que geram alto impacto ambiental como o eucalipto; ocorrência de assoreamento nos rios e córregos; presença de áreas altamente degradadas ou erodidas; proximidade de áreas com potencial de contaminação do solo e água (resíduos humanos, lixo, resíduos de animais, etc.).

Os recursos hídricos foram avaliados conforme os usos da água na propriedade, tipos de recursos

encontrados (nascente, córrego, ribeirão, rio, represa); forma de captação da água para utilização; número de nascentes; caracterização e avaliação do estado de conservação destas áreas. Observou-se também o uso e ocupação do solo nas margens de rios, córregos, represas, açudes e barragens, e avaliou-se o estado de conservação destas regiões. Observou-se ainda quais técnicas de conservação do solo eram utilizadas nas propriedades e se estas possuíam áreas degradadas ou erodidas.

Resultados

Foram entrevistados 40 produtores rurais, sendo 10 de cada município (Alto Rio Doce, Brás Pires, Cipotânea e Desterro do Melo). Apesar da amostragem reduzida, foi possível diagnosticar algumas características gerais das propriedades rurais que estão inseridas dentro da Bacia Hidrográfica do Rio Xopotó. As famílias dos produtores entrevistados tinham, em média, 4,0 membros, totalizando 162 pessoas envolvidas direta ou indiretamente no diagnóstico. Deste total, 56,8% são homens e 43,2% são mulheres.

O nível de instrução dos integrantes das famílias que participaram do diagnóstico pode ser considerado baixo, visto que 46% dos entrevistados não concluíram o ensino fundamental. A grande maioria (84%) dos chefes de família entrevistados possui como profissão a atividade rural.

Considerando o grau de organização comunitária uma característica importante para ilustrar a participação ou engajamento político dos produtores rurais em entidades comunitárias, constatou-se que 29% dos produtores entrevistados participam do Sindicato de trabalhadores rurais, 13% participam de associações, 10% participam de cooperativas e 22% não participa de nenhum tipo de organização comunitária. Em relação à assistência técnica rural, a EMATER – MG presta assistência para 38% dos produtores entrevistados, enquanto 44% deles não recebem nenhum tipo de assistência.

A fonte de renda mais significativa para 70% dos produtores rurais envolvidos no diagnóstico é proveniente da atividade rural. Entre os produtores, 20% afirmaram que a aposentadoria é a mais significativa fonte de renda e 10% possuem a fonte de renda mais significativa proveniente de outras atividades, tais como: comércio, atividade política, entre outras.

Das propriedades rurais visitadas, 22,5% apresentam área menor que 10 hectares, sendo, portanto, consideradas pequenas propriedades rurais. Entre as propriedades, 32,5% possuem área maior que 10 hectares e menor que 40 hectares. Propriedades com área variando entre 40 e 150 hectares correspondem a 37,5%, sendo estas consideradas propriedades médias. Grandes propriedades rurais só foram verificadas em 7,5% das áreas visitadas e possuíam áreas com mais que 150 hectares.

As principais atividades desenvolvidas para subsistência e comercialização estão ilustradas na Figura 2. Verifica-se que a fonte principal de renda nesta região é a pecuária leiteira. O cultivo de cana é praticado por 87,5% desses produtores, no entanto, a produção é utilizada principalmente para tratar dos bovinos. Poucos produtores utilizam a cana para alimentação humana, sendo esta uma antiga tradição da cultura rural que se perdeu com a introdução de novos hábitos alimentares.

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Comercialização Subsistência

FIGURA 02 – Principais atividades rurais desenvolvidas para subsistência e comercialização nas propriedades rurais que participaram do diagnóstico na Bacia Hidrográfica do Rio Xopotó, MG. Julho de 2008. Nos municípios estudados, 35% dos produtores entrevistados possuem áreas de reserva legal (RL)

em suas propriedades e 65% não possuem. Apenas 5% desses produtores averbaram suas áreas de reserva. O estado de conservação de 71% das reservas legais foi avaliado como perturbado e 29% como conservado. A ocupação destas áreas se deu com florestas nativas em estágio inicial e médio de sucessão, prevalecendo o estágio médio.

Em 100% das propriedades visitadas foram encontradas Áreas de Preservação Permanente (APP), dentre entorno de nascentes, matas ciliares, topos de morro, várzeas e áreas com declividade maior que 45º. Os principais estágios sucessionais encontrados nas APPS ocupadas com mata nativa foram os estágios inicial e médio. Entre as APPs, 60% se apresentaram em estágio médio de sucessão, 37% em estágio inicial e apenas 3% se apresentaram em estágio avançado. O estado de conservação perturbado prevaleceu em todos os tipos de APPs, caracterizando 66% destas áreas. Apenas 12% das APPs foram classificadas como conservadas e 22% como degradadas (FIGURA 03).

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FIGURA 03 – Estado de Conservação e Estágio Sucessional das Áreas de Preservação Permanente encontradas nas propriedades rurais da Bacia Hidrográfica do Rio Xopotó, MG. Julho de 2008.

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As principais ocupações do solo encontradas nas matas ciliares são áreas de pastagens, sendo que apenas 9% das matas ciliares estão cobertas por florestas nativas. As áreas no entorno de nascentes se apresentaram cobertas por florestas nativas em 35% dos casos, o que demonstra a maior preocupação dos produtores em conservar estas áreas.

Nos municípios estudados observou-se que 100% das propriedades visitadas possuem algum tipo de recurso hídrico. Nestas, 87% possuem nascentes; 90% possuem córregos ou ribeirões; 37% possuem represas, barragens e/ou açudes e 25% possuem rio que passa dentro dos limites da propriedade. Os rios encontrados nestas propriedades foram: Rio Xopotó e Rio Brejaúbas.

Os principais usos da água encontrados nas propriedades são: consumo humano, abastecimento doméstico, criação de animais e irrigação. O principal tipo de captação de água encontrado na região foi a captação superficial por gravidade, ocorrendo em 90% das propriedades estudadas. Entre os produtores, 5% não realizam nenhum tipo de captação. A captação superficial por poço tubular ocorreu em apenas 5% das propriedades e a captação subterrânea por cisterna em 2,5%.

Observou-se que em nenhuma das 40 propriedades visitadas, os recursos hídricos se classificaram como conservados. Isto pode ser explicado pela ausência de fossa séptica e pelo lançamento de todos os resíduos das propriedades nos corpos d’água. Esta é uma necessidade básica que não é atendida na zona rural e, portanto, é motivo de contaminação da água e geração de doenças. O estado geral de conservação dos recursos hídricos foi considerado perturbado em 85% das propriedades visitadas e como degradado em 15% dos casos.

Foi cadastrado um total de 111 nascentes nas 40 propriedades visitadas. Destas, 89% são perenes, em 45% o gado bebe água, 36% são protegidas e 67% possui vegetação arbórea no entorno. Os principais meses de seca observados pelos produtores que possuem nascentes não perenes, foram os meses de agosto, setembro e outubro. O estado de conservação das nascentes foi considerado conservado em 18% das propriedades, perturbado em 59% e degradado em 23% dos casos.

As atividades rurais desenvolvidas na região estudada empregam um nível médio de tecnologia. A maioria dos produtores rurais (97,5%) utiliza adubação química nos cultivos agrícolas e faz o preparo do solo com aração a base de tração animal. O uso de agrotóxicos na atividade rural é praticado por 72,5% dos produtores rurais. Esta prática pode estar comprometendo a saúde dos produtores rurais visto que apenas 41,4% utilizam equipamento de proteção individual. Além disso, as embalagens de agrotóxicos não são adequadamente descartadas por 38% dos produtores que utilizam estes produtos. Nestes casos, as embalagens costumam ser queimadas, reaproveitadas ou simplesmente abandonadas na propriedade rural.

Durante a caminhada transversal realizada pelas propriedades, notou-se que 77,5% dos produtores cadastrados possuem áreas degradadas ou erodidas em suas propriedades. Destas, 93% possui áreas com erosão laminar, 61% possui áreas com erosão em sulco e 26% das propriedades possuem áreas com erosão do tipo voçoroca. Percebeu-se ainda que 75% das propriedades visitadas tem topografia montanhosa, 22,5% topografia ondulada e apenas 2,5% topografia plana. Este fato favorece bastante a ocorrência de processos erosivos e também enquadra maiores áreas das propriedades na categoria de áreas de preservação permanente, restringindo legalmente seus usos.

A maioria dos produtores rurais (40%) não utiliza nenhuma técnica conservacionista de água e solo. Aproximadamente 25% dos produtores entrevistados fazem o plantio em curvas de nível e utilizam técnicas de plantio direto. Conclusões

Durante a execução desse trabalho as informações coletadas nas entrevistas, através da aplicação do questionário sócio-econômico e ambiental, foram analisadas para delinear um perfil dessa população e da realidade do meio em que vivem. A pecuária, principal atividade realizada para geração de renda na região, gera na grande maioria das vezes sérios problemas ambientais. Algumas vezes devido à localização das pastagens em áreas impróprias, outras pelo manejo inadequado sobrecarregando o solo com excesso de animais por área. As principais queixas em relação à comercialização do leite giram em torno do baixo preço pago pelos atravessadores (cooperativas, fábrica de queijos, etc.) aos produtores e do alto custo de manutenção da atividade. A falta de assistência contribui para o agravamento desta situação e dificulta o bom desenvolvimento desta atividade.

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A atividade agrícola praticada tanto para subsistência quanto para comercialização, tem sido prejudicada pelo elevado preço dos insumos, principalmente o adubo, e as sementes. Percebe-se que as principais atividades praticadas nas propriedades visitadas são para fins de subsistência e a diversificação da produção garante a segurança alimentar destas famílias.

Os remanescentes florestais vêm sofrendo grande pressão antrópica pela retirada de lenha e madeira para consumo na propriedade.

A região da Bacia Hidrográfica do Rio Xopotó tem grandes potencialidades devido à riqueza de recursos naturais e beleza cênica. Os recursos hídricos são abundantes e é uma região extremamente importante para a Bacia Hidrográfica do Rio Doce, abrigando suas principais nascentes. Observou-se que a cultura da banana, por sua alta produtividade e adequação às características climáticas e de relevo da região, pode ser considerada um potencial econômico, desde que haja um processo de comércio justo e que os produtores possam receber um valor adequado pelo produto. Esta produção pode se efetivar com alguns diferenciais tais como a certificação orgânica e produção de especialidades como banana passa, bananadas ou até mesmo o artesanato da fibra da banana. Outra atividade identificada com grande potencial econômico e ambiental foi a apicultura. Esta atividade pode ser considerada sustentável, pois além da alta produtividade de bens com mel, pólen, própolis, geléia real e cera, gera benefícios ambientais relacionados à polinização.

Portanto, os dados levantados através deste estudo são de suma importância para a construção de uma nova relação de sustentabilidade do produtor rural com o meio ambiente. Desta forma diferentes olhares cairão sobre o homem do campo, no sentido de considerá-lo como ator social do seu processo, para que eles estejam aptos a intervir na gestão dos recursos naturais de forma a lhe propiciar uma qualidade de sobrevivência mais digna. Nessa ótica, a sistematização dos dados técnicos e sociais é fundamental para a criação de parcerias institucionais na busca de melhorias ambientais e sociais com o intuito de deixar o homem do campo mais assistido e mais capacitado de conhecimentos, apto a contribuir com a sustentabilidade do meio em que vive. Referências Bibliográficas BRASIL. Lei 4.771/65, 15 set.1965. Institui o Novo Código Florestal. Brasília: Ministério do Meio Ambiente. 1965. BRASIL. Resolução CONAMA Nº 303, 20 mar. 2002. Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de áreas de preservação permanente. Brasília: Ministério do Meio Ambiente/ Conselho Nacional de Meio Ambiente. 2002. BRASIL. Resolução CONAMA Nº 392, 25 jun. 2007. Definição de vegetação primária e secundária de regeneração de Mata Atlântica no Estado de Minas Gerais. Brasília: Ministério do Meio Ambiente/Conselho Nacional de Meio Ambiente. 2007. COELHO, F. M. G. A arte das orientações técnicas no campo: concepções e métodos. Viçosa. Ed.: UFV. 2005. 139p. COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE (CBH - Rio Doce, 2005). Diagnóstico consolidado da bacia, 2005. Disponível em: <http://www.riodoce.cbh.gov.br/>. Acesso em 10 de ago. de 2008.