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DIAGNÓSTICO dezembro 2017 - edição nº 1- Cuidar, Humanizando.

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DIAGNÓSTICOdezembro 2017

- edição nº 1-

Cuidar, Humanizando.

Escolhemos o nome “Diagnóstico” para transformar e fazer rejuvenescer a nossa comunicação por meio de papel, que agora tem uma nova roupagem e maior abrangência, na tentativa de darmos protagonismo a cada um dos Serviços (clínicos e não clínicos) e também a todos os nossos profissionais.

Neste primeiro número e para além do noticiário relativo às múltiplas actividades que têm lugar – e são muitas -, vamos todos visitar o Serviço de Medicina Interna, que tantas vezes funciona como âncora em relação a situações agudas extremas que requerem, para além de cuidados de saúde, atenção e afeto.

Uma unidade hospitalar está, cada vez menos, circunscrita à sua vocação principal, funcionando, cada vez mais, em rede. Esta imagem adapta-se

ao nosso próprio funcionamento interno e ao papel desenvolvido pelo Serviço de Planeamento e Apoio à Gestão, o nosso valioso “semáforo” que sinaliza o caminho que potencia o reforço da nossa identidade, do nosso trabalho e dos compromissos assumidos com a tutela, que em última instância se revelam como a nossa missão primordial no contexto do SNS.

Neste modelo de revista, damos espaço à opinião dos profissionais, dos projetos de cada um, do enriquecimento de conhecimentos e do respetivo aperfeiçoamento. Com a experiência individual ganha a equipa, ganhamos todos, pelo que deixo, desde já, o convite para que colaborem, enviando os vossos textos de opinião. Os primeiros a serem publicados nesta edição vão desde, o olhar atento sobre a realidade dos cuidados paliativos; as redes sociais nas organizações; a

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enfermagem nas organizações modernas; o hospital de proximidade ; as Unidades de Dor; a importância da higiene das mãos, até à nossa alimentação Mediterrânica.

E temos também um novo rosto, numa assinatura que mostra o nosso coração: Cuidar, Humanizando. E não falta um testemunho que comprova isso mesmo, através de um depoimento, enchendo de orgulho os nossos profissionais e elevando a nossa Instituição.

Esperemos que acompanhem este Diagnóstico de novidades na nossa comunicação. São passos importantes para valorizar o que é intrinsecamente nosso!

Bom trabalho. Boa leitura.

José Manuel CardosoPresidente do Conselho de Administração

EDITORIAL

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Serviço de Medicina InternaCuidar dos doentes, reabilitar famílias

À parte assistencial junta-se a formação (para Internos de Formação Específica em Medicina Interna, para os Internos do Ano Comum e para alunos de mestrado e outros estágios do Curso de Medicina) e a participação ativa nas múltiplas Comissões hospitalares de apoio técnico como, a título exemplificativo, a Equipa de Gestão de Altas, a Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos, o Grupo de Emergência Médica, ou a Unidade Funcional da Diabetes.

A componente formativa do Serviço de Medicina Interna estende-se, igualmente, à área da Enfermagem, que proporciona ensino clínico e estágios no Curso de Licenciatura em Enfermagem, no Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Reabilitação e no Curso Profissional de Técnicos Auxiliares de Saúde.

Abordagem Multidisciplinar

Como reconhece a Teresa Pinto, esta é uma especialidade onde particularmente é feita a ponte entre Saúde, a parte psicológica e o apoio social: “Temos tido envolvência com as famílias. Ao

analisar o caso de cada doente procuramos também perceber a sua realidade social e familiar e desenvolvemos algum trabalho suscetível de melhorar a situação do doente como um todo” – sublinha.

É um dos Serviços onde, seguramente, o corpo clínico e de enfermagem mais tem de equiparar a componente técnica à vertente psicológica e onde o quotidiano se faz muito de situações agudas extremas.

A radiografia da nossa sociedade cruza-se no dia a dia do Serviço de Medicina Interna (instalado na Unidade de Vila do Conde), existindo ainda 7 camas no Serviço de Cirurgia da Unidade da Póvoa de Varzim.

O envelhecimento da população trouxe um paradigma diferente e gerou uma série de respostas com que o Serviço procura melhorar os cuidados de saúde, quer em relação ao utente, quer envolvendo a família, e aqui nascem muitos dos desafios constantes e ficam patentes alguns sinais que marcam a sociedade contemporânea, como é o caso da violência infligida nos idosos.

Sensibilizar é uma palavra que se conjuga todos os dias na equipa alargada de 15 médicos especialistas e 12 Internos da especialidade que trabalham em conjunto com 37 enfermeiros (20 adstritos a Medicina Homens e 17 que integram Medicina Mulheres).

A diretora do Serviço de Medicina Interna, Teresa Pinto, elenca como traços primordiais do Serviço “a abertura à comunidade, a qualidade assistencial e a abordagem multidisciplinar” nas várias “frentes” de trabalho (Internamento, Urgência, Consulta Interna, Consulta Externa e Hospital de Dia).

Sensibilizar é uma palavra que se conjuga todos os dias na equipa alargada de 15 médicos especialistas e 12 Internos da especialidade que trabalham em conjunto com 37 enfermeiros (20 adstritos a Medicina Homens e 17 que integram Medicina Mulheres).

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Pelo lado da equipa de enfermagem, sublinham as enfermeiras Goretti Oliveira e Glória Almeida, respetivamente enfermeiras-chefes do Serviço de Medicina Homens e Medicina Mulheres, o trabalho faz-se, desde logo, com recurso a uma ferramenta-chave centrada no cuidar e no fortalecimento de uma relação de ajuda.

Em paralelo, cultiva-se a transmissão de conhecimentos e a valorização das relações familiares, assente na figura do enfermeiro de referência.

Capacitar o doente e a sua família é uma diretriz essencial no planeamento da alta, quer o mesmo passe pela Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, pelo regresso a casa, ou pela intervenção da Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos, com enfoque para a atividade de uma equipa multidisciplinar.

Da avaliação de todas estas vertentes surgem o índice de satisfação e os resultados obtidos em indicadores que servem como barómetro.

E estes desafios moldam a equipa. Alguns episódios fazem a diferença no modo como se encara a missão de cuidar e se recarregam energias para continuar, impulsionados pelo gesto que uma determinada família encontra para agradecer cuidados que foram prestados.

Uma das filosofias do Serviço, realçam as enfermeiras Goretti Oliveira e Glória Almeida, é apoiar as famílias, acompanhando-as e abrindo, desta forma, o hospital à comunidade.

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Teresa Pinto Diretora do Serviço de Medicina Interna

Assumiu há dois anos a direção de Serviço, sucedendo ao atual diretor clínico, Joaquim Monteiro. Dar continuidade ao trabalho feito, com a meta constante de melhorar e procurar a estreita interação entre Serviços, numa especialidade exigente e que hoje apresenta desafios conexos de cariz social são prioridades diárias. Tendo ingressado no Centro Hospitalar em 2002, Teresa Pinto tem um lema de vida de uma simplicidade desarmante: “Ser feliz”, algo que implica “o equilíbrio essencial entre a parte pessoal e profissional”. Um desafio a superar, diariamente.

Goretti Oliveira Enfermeira-chefe Serviço de Medicina Homens

Com 25 anos de profissão e uma década com responsabilidades de chefia no Serviço de Medicina Interna (Homens) é especialista em Enfermagem de Reabilitação. Tem nos afetos um lema de vida, resumindo, nesse campo, uma parte enorme da sua profissão e da relação com o doente e respetiva família, bem como com a equipa que lidera.

Glória AlmeidaEnfermeira-chefe Serviço de Medicina Mulheres

Enfermeira especialista em Reabilitação, abraçou a profissão há mais de 30 anos. Começou por trabalhar num hospital central, tendo ingressado depois no então Hospital Distrital de Vila do Conde. É, atualmente, enfermeira-chefe do Serviço de Medicina Interna (Mulheres), tendo iniciado estas responsabilidades ainda na especialidade de Cirurgia Geral. Serena, revela que o otimismo é uma bagagem essencial para enfrentar a vida.

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Serviço de Planeamento e Apoio à GestãoO Centro Hospitalar em números

especialidades clínicas são vistas em detalhe e a leitura de cada estatística e resultado é uma ferramenta de trabalho para a gestão e para o bom funcionamento interno, numa tarefa que é vista como uma missão de construção de pontes.

Conciliar recursos humanos, infraestruturas e vontades é um trabalho que exige sensibilidade e que não pode ser feito de outra forma a não ser através de um espírito de equipa.

E se há segredo estatístico neste Serviço é mesmo um forte espírito de equipa, como revela André Coelho, adepto entusiástico de futebol: “Costumo associar o nosso trabalho ao de uma equipa de futebol, quer a nível restrito, no nosso Serviço, quer enquanto peça do organograma que faz o trabalho que reflete a missão do Centro Hospitalar”.

Uma missão no plural e que radica no facto de, privilegiando as pessoas, nunca se desviar da importância que os números têm.

É um trabalho de paciência e de vigilância de números e estatísticas o que é feito pelo Serviço de Planeamento e Apoio à Gestão.

A produtividade do Centro Hospitalar passa pelo crivo desta equipa, liderada pelo André Coelho, e que mensalmente reporta à tutela, ao Conselho de Administração (CA) e aos diretores de Serviço as metas alcançadas.

Analisar os números e enquadrar os mesmos no contrato-programa estabelecido entre o Centro Hospitalar e a tutela, acompanhando o respetivo cumprimento, é a tarefa diária de uma equipa que se encaixa como um semáforo no nosso quotidiano, alertando e sinalizando a via certa para prosseguir em prol do bem-estar dos utentes (sob a sua tutela está ainda a Unidade Hospitalar de Gestão de Inscritos para Cirurgia).

A informação canalizada pelos números tem vários tratamentos e diversos destinatários. Internamente e para além do CA, as várias

André CoelhoResponsável pelo Serviço de Planeamento e Apoio à Gestão

Licenciado em Contabilidade e com um mestrado em Gestão de Unidades de Saúde, chegou ao Centro Hospitalar há oito anos, após um estágio numa outra unidade hospitalar.

Gosta de se assumir como um “fazedor de pontes” porque considera importante a interligação de vários pontos para o bom funcionamento de um processo e assume o orgulho no trabalho feito com uma equipa (Fernanda, Gil, Américo), onde gosta de salientar o nome de Esperança Oliveira, que teve um papel determinante na formação do conhecimento e responsabilidade que hoje tem: “Quando aqui cheguei, a D. Esperança foi para mim uma bússola” – refere.

Com um otimismo contagiante assume a vida no plural e escolhe o seu lema num provérbio africano: “Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em equipa”.

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CHPVVC adota assinatura institucional: “Cuidar, Humanizando.”O Centro Hospitalar Póvoa de Varzim – Vila do Conde reforça a sua identidade corporativa com a adoção da assinatura institucional: “Cuidar, Humanizando”.

A escolha do CA reflete a missão do Centro Hospitalar que, atuando na ótica da saúde, integra preocupações emocionais e de contextualização de afetos, na missão de cuidar e transmitir confiança aos vários públicos-alvo com os quais interagimos. CHPVVC participou

nas Jornadas da APECENo âmbito da participação nas 8as Jornadas da APECE (Associação Portuguesa de Enfermeiros de Cuidados em Estomaterapia), que decorreram em Aveiro, o CHPVVC esteve representado pela Natália Ferreira, que foi uma das palestrantes no âmbito das áreas desenvolvidas pela APECE, e ainda pela Rute Torrão, que aflorou o tema das “Novas Abordagens Nutricionais”, num evento que teve uma larga componente formativa.

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Natalidade a crescer mais de 24%No primeiro semestre de 2017, o Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim – Vila do Conde registou um acréscimo considerável do número de partos face ao período homólogo, atingindo os 457 nascimentos contra os 368 de 2016, o que significa um crescimento de mais de 24%.

Quando as informações recentes apontam para um decréscimo generalizado da natalidade em Portugal, esta inversão da tendência, com uma crescente procura do Serviço de Obstetrícia do CHPVVC, é resultado de uma política iniciada há já algum tempo, que passa por um processo integrado de consultas e aconselhamento, durante e depois da gravidez, que torna este Serviço reconhecido a nível local e nacional.

Conforme indicou o presidente do Conselho de Administração aos órgãos de comunicação social, “a crescente procura pelo CHPVVC, em contra ciclo com a baixa da natalidade registada em Portugal, devido a uma série de medidas que temos vindo a implementar e que

têm cativado grávidas de vários pontos do país a virem até à Póvoa de Varzim terem os seus filhos".

Em algumas áreas, mesmo pioneiros, como na existência de um plano de parto institucional, com consultas multidisciplinares com os casais, de forma a saber o que eles pretendem, oferecendo também um serviço humanizado que respeita a sua vontade. Para além disso, as diversas formações de preparação para os partos, nomeadamente em meio aquático, assim como a preparação para a parentalidade e para amamentação, são outras das diferenciações procuradas.

José Manuel Cardoso destacou que este aumento do número de partos no Centro Hospitalar "é um orgulho para todos os profissionais da unidade", mas também uma prova "da qualidade do Serviço Nacional de Saúde", realçando que "isto acontece fruto do empenho e brio dos nossos profissionais, em diferentes áreas, e creio que comprova que o SNS continua a ser uma referência em termos de qualidade e eficácia".

“Ouvir os Médicos”: Ordem dos Médicos visitou CHPVVC

A Secção Regional Norte da Ordem dos Médicos visitou o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim-Vila do Conde, no âmbito de uma ação de proximidade que está a realizar juntos das unidades de saúde, denominada “Ouvir os Médicos”.

Neste sentido, no dia 28 de Junho, iniciou o programa com uma reunião de trabalho com o Conselho de Administração, de forma a melhor integrar-se nos problemas que este CHPVVC enfrenta no seu quotidiano, tendo em vista assegurar um serviço de saúde de qualidade aos utentes.

Posteriormente realizou uma reunião com os médicos do Centro Hospitalar tendo como objetivo ouvir os seus contributos para uma maior eficácia e funcionamento do Serviço Nacional de Saúde, assim como para o desempenho da sua prática clínica.

António Araújo, presidente da SRNOM, referiu no final desta ação que “ficou muito satisfeito com o ambiente de profissionalismo e preocupação com os doentes, com o empenho e camaradagem demonstrados, assim como o trabalho que este Conselho de Administração tem desenvolvido em conjunto com eles, e que são o garante de um trabalho abnegado em prol dos utentes desta região, que deve ser valorizado e apoiado pelo Ministério da Saúde”.

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Tertúlia sobre Alzheimer: Ator Joaquim de Almeida marcou presença

Numa iniciativa conjunta com o Cineclube Octopus, o Serviço de Psiquiatria do CHPVVC organizou uma sessão de reflexão sobre uma das epidemias que afetam a Humanidade, a doença de Alzheimer, e consequentes custos sociais, afetivos e de outra índole que este contexto acarreta.

Tendo por mote o guião do filme "O Poder da Música", que foi exibido no Cine-Teatro Garrett, foi convidado o protagonista, o ator Joaquim de Almeida, a estar presente e a participar na tertúlia que se seguiu, contando com a moderação do jornalista Mário Augusto, a que se juntou Nuno Campeão, do Serviço de Psiquiatria.

Falando da sua própria experiência profissional e pessoal, Joaquim de Almeida relatou as vivências do filme, que explora a musicoterapia, como veículo para colmatar a

destruição provocada pelas doenças do foro neurodegenerativo. Por outro lado, foi também evidenciado, a partir do guião do filme, o papel sofrido e preponderante do cuidador.

Hugo Vieira, presidente do Octopus, explica que “surgiu um desafio do Centro Hospitalar, que propôs o filme e uma sessão de conversa sobre o tema, a doença de Alzheimer. Nós achámos que fazia sentido ter cá o protagonista, Joaquim de Almeida, um ator português com

uma relação pessoal com a doença, uma vez que a mãe dele sofreu de Alzheimer antes de falecer. Proporcionou-se ele estar cá e falar sobre cinema e sobre o filme, mas também dar o seu testemunho pessoal sobre aquela doença, para as pessoas presentes conhecerem um pouco mais dessa realidade”.

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CHPVVC presente nos “Tapetes de Flores” de Vila do Conde

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Novos equipamentos com o apoio da Liga dos Amigos

A Liga dos Amigos do Centro Hospitalar associou a sua importante ação de Voluntariado diário à oferta de equipamentos que em muito beneficiam os utentes e o trabalho dos profissionais.

Numa cerimonia onde marcou presença o presidente do Conselho de Administração do CHPVVC, a Enfermeira Diretora, e a presidente da Liga, Isabel Costa, acompanhada por outros dirigentes, formalizaram a

entrega de dois televisores, um computador, com monitor aplicado na parede, quatro cadeirões e quatro camas e respetivos colchões, material que vai ser muito bem acolhido, respetivamente nos Serviços de Ortopedia, Cirurgia Geral, Obstetrícia e Pediatria.

José Manuel Cardoso realçou, em particular, “o amor e o carinho que a Liga dedica à nossa instituição”.

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Oferta de piscina ao Serviço de ObstetríciaTendo por enfoque o conceito de parto respeitado e humanizado, o movimento cívico Mães d’ Água ofereceu ao Serviço de Obstetrícia uma piscina, no âmbito de uma campanha de crowdfunding – “Mudar o SNS – uma piscina de cada vez” e no contexto do reconhecimento público ao trabalho desenvolvido.

No espaço de um ano, o Serviço de Obstetrícia recebeu, pela segunda vez, a visita da enfermeira especialista em saúde obstétrica e parto na

água, ligada ao movimento WaterBirth International, Barbara Harper, que explicou a utilização e funcionalidades do equipamento que se destina à hidroterapia e ao controlo da dor no trabalho de parto.

Como realça a enfermeira-chefe do Serviço de Obstetrícia, Irene Cerejeira, “a água é um método não farmacológico para controlo da dor”, pelo que o equipamento potenciará agora a execução de um manual de utilização e respetiva formação das profissionais.

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Uma década a comemorar o Dia Internacional do EnfermeiroFoi assinalada uma década de comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro pelos profissionais do CHPVVC. Uma caminhada que juntou dezenas de profissionais que percorreram, na manhã de sábado, 20 de maio, o passeio marginal que liga a Póvoa de Varzim a Vila do Conde e, consequentemente, as duas unidades que compõem o Centro Hospitalar.

A ocasião serviu ainda de pretexto para o “batismo” dos mais novos enfermeiros que se juntam à equipa de excelência que zela pela missão de cuidar. O dia terminou com a realização de um jantar comemorativo.

Outro dos eventos organizados neste âmbito foi o Bazar dos Sabores, realizada durante o dia 12 de maio, nas unidades da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde, que foi uma iniciativa que patenteou os dotes gastronómicos dos enfermeiros do CHPVVC.

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“Brincar no Hospital” no Dia Mundial da CriançaO Serviço de Pediatria assinalou o Dia Mundial da Criança tendo como mote “Brincar no Hospital”. Neste sentido, organizou um dia aberto destinado aos mais pequenos, num “mini-hospital” instalado à entrada na Unidade da Póvoa de Varzim. Este ambiente associado positivamente à Saúde, com lugar para brincadeiras e interação com os profissionais, permitiu desmistificar medos e ansiedades provocados pelo ambiente hospitalar.

O evento contou com a participação de muitas crianças, nomeadamente da Escola Nova, turmas A e B do 4º ano, do Agrupamento de Escolas Dr. Flávio Gonçalves.

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Terapia do riso como mote para a Saúde Mental

O Dia Mundial da Saúde foi, este ano, dedicado à saúde mental e, neste contexto, a OMS privilegiou o debate em torno de um problema crescente nas sociedades contemporâneas: a depressão.

Numa iniciativa do Serviço de Psiquiatria, foram promovidas várias sessões de terapia do riso, orientadas pelo risoterapeuta, Carolina Carvalho, as quais proporcionaram algumas descobertas aos profissionais que participaram nos encontros.

A data ficou ainda marcada pela distribuição de flores aos utentes e profissionais, associadas à mensagem alusiva a este dia: “Depressão. Vamos falar”.

Sob o mote “Envelhecer Sem Ficar Velho” decorreram, no Cine-Teatro Garrett, as IX Jornadas Intermunicipais Póvoa de Varzim – Vila do Conde, que contaram com a presença de profissionais do CHPVVC, nomeadamente o Serviço Social e do Conselho de Administração.

CHPVVC nas Jornadas Intermunicipais

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O Serviço de Obstetrícia marcou, mais uma vez, presença na 10º edição do Salão Ser Mamã, que decorreu na Exponor. Durante três dias, foram realizados workshops com as temáticas da “Sexualidade no pós-parto”, “Make a Wish: Venha fazer o seu plano de parto” e “Amamentação em público”. O espaço do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim-Vila do Conde registou muitas visitas por grávidas, pais e bebés, o que demonstra a notoriedade de reconhecimento deste Serviço.

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Fisioterapia assinala 10 anos de crescimentoO Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, sob a direção de Teresa Rodrigues, assinalou uma década de atividade nas atuais instalações e onde, desde então, tem sido reforçada a assistência qualitativa e quantitativa aos utentes.

O coordenador do Serviço, Rui Sanhudo, acentua a comparação de uma década de prestação de cuidados e os números falam por si. Assim e dos 40 utentes que, diariamente, eram atendidos no Serviço, em 2007, os registos cresceram para os

atuais 130 utentes diários. Consequentemente, o número de tratamentos subiu, trimestralmente, dos 1.400 (em 2007) para os 5.400, no ano em curso.

O Conselho de Administração não quis deixar de assinalar o simbólico acontecimento, salientando os excelentes resultados alcançados e o excelente trabalho que é diariamente realizado, inclusivamente reconhecido a nível nacional por diversos atletas de referência.

Obstetrícia marcou presença no “Ser Mamã”

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O CHPVVC acolheu uma reunião de apresentação do projeto “SNS Sem Papel”, em relação ao qual o Centro Hospitalar terá um papel precursor.

A apresentação do projeto, que contou com a presença do presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins, que sublinhou que o futuro hospital sem papel tem como filosofia a desburocratização e informatização, assentando “nos princípios da simplificação, empoderamento e responsabilização do cidadão”, tendo “decisões ousadas e rápidas”. Neste sentido, o presidente do Conselho de Administração, José Cardoso, afirmou que “é para iniciar o quanto antes” a implementação do conceito de hospital sem papel.

A visita do responsável dos SPMS incluiu também uma reunião prévia com a Comissão Local de Informatização Clínica e uma visita aos Serviços de Cirurgia Geral e Consulta Externa.

“SNS Sem Papel”:Centro Hospitalar integra projeto precursor

Dia Mundial da Higiene das Mãos

O Grupo de Coordenação Local e Prevenção e Controlo da Infeção e da Resistência dos Antimicrobianos (GCL-PPCIRA) assinalou mais um Dia Mundial da Higiene das Mãos. Este ano, a data colocou o enfoque na importância de lutar contra a resistência aos antibióticos.

A iniciativa decorreu, em simultâneo, nas unidades da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde e associou alertas e pedagogia ao convívio entre os profissionais.

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Uma delegação do Ministério polaco da Saúde visitou o Serviço de Obstetrícia do CHPVVC, no âmbito de uma deslocação a Portugal, com enfoque no conhecimento das boas práticas em saúde, no contexto materno-infantil, e também no sentido de percecionar “como é que, através do registo dos cuidados de enfermagem no SClinico, se consegue demonstrar os ganhos em saúde produzidos pelos enfermeiros em

favor dos nossos utentes” – salienta a Enfermeira Chefe do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia, Irene Cerejeira.

A delegação integrava a número dois do Ministério da Saúde da Polónia, Beata Cholewka, a par de Kinga Witczak, quadro do Ministério, e Dorota Kilawska, professora da Universidade de Lodz e membro da Comissão Europeia dos Enfermeiros. As responsáveis polacas foram acompanhadas por membros da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros e, em particular, por Hélder Sousa, do Conselho de Jurisdição Nacional da Ordem dos Enfermeiros.

Saliente-se que o CHPVVC é considerado, pela Ordem dos Enfermeiros, como um hospital referência na área da produção de indicadores online e em tempo real.

A delegação, que foi recebida pelo Conselho de Administração, ficou bastante bem impressionada com o resultado da visita, tendo “valorizado muito a forma de medir os contributos dos enfermeiros do SNS e para o SNS” – reforçou a Enfermeira Chefe do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia, Irene Cerejeira.

Delegação do Ministério da Saúde da Polónia visita CHPVVC

POISE

A Unidade Funcional de Formação do CHPVVC obteve uma taxa de aprovação de 100% nas candidaturas que apresentou no âmbito do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego.

Nos programas de formação para 2017-2018, que envolvem verbas na ordem dos 60 mil euros, estão envolvidos 25 cursos para um universo exponencial de 1.270 participações.

Entre as áreas selecionadas para formação incluem-se a integração de cuidados, a contratualização nos serviços, a prevenção e controlo de infeção, a qualidade, a saúde mental, a formação específica para assistentes operacionais, a tecnologia e informação como investimento e fator de sustentabilidade, a área jurídica e a emergência médica. Oportunidades que se enquadram no contexto da formação específica para os profissionais de saúde.

Formação com 100%de candidaturas aprovadas

CHPVVC regista o menor tempo de espera para cirurgias e consultas de especialidade a nível nacionalDe acordo com dados divulgados pela Administração Central dos Sistemas de Saúde, relativos ao primeiro semestre de 2017, o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim – Vila do Conde apresenta a melhor média nacional de tempo de espera por uma cirurgia (mês e meio). Também relativamente ao tempo de espera por uma consulta de especialidade, o Centro Hospitalar tem o tempo médio mais baixo, com 54 dias.

Esta tendência no aumento da capacidade de realização de cirurgias programadas traduz uma subida comparativamente aos índices homólogos registados no ano passado e tem vindo, de resto, a ser consolidada em cada semestre.

Este facto já levou o CHPVVC a avançar com a disponibilidade de receber mais doentes de outros hospitais que aguardam uma intervenção cirúrgica, pela circunstância de apresentar médias abaixo dos Tempos Máximos de Resposta Garantida (TMRG).

Só entre Janeiro e Agosto deste ano foram intervencionados 221 utentes de fora da nossa área de referência, ao abrigo do Programa de Incentivo à Realização da Atividade Cirúrgica no SNS.

Estes dados revelam a capacidade instalada neste Centro Hospitalar em receber mais utentes e consolidam a excelente prestação e o esforço feito por todos os profissionais em prol de mais e melhor acesso à saúde.

Passeio da MemóriaMais de 300 pessoas participaram na caminhada solidária

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Uma centena de inscrições online e mais de 230 feitas presencialmente e no próprio dia consolidaram o balanço da iniciativa Passeio da Memória, o evento anual da Associação Alzheimer Portugal, a que este ano se associou o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim – Vila do Conde.

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O evento ocorreu no dia 17 de setembro e teve partida simultânea em cada uma das duas unidades do Centro Hospitalar, sendo o ponto de encontro das duas caravanas as Caxinas e a Igreja do Senhor dos Navegantes.

Associaram-se ao evento, enquanto padrinhos da iniciativa, figuras do futebol como Hélder Postiga, André Vilas Boas e Vítor Paneira, a atleta Sara Moreira, o mararonista Miguel Lopes, o nadador Adriano Niz e a Miss Queen Póvoa de Varzim, Telma Madeira.

Esta foi uma iniciativa que surgiu enquadrada no contexto da abertura à comunidade dos dois municípios onde o CHPVVC está implantado e, após a caminhada, uma aula de zumba coroou os esforços, acima de tudo solidários, e que se prendem com a sensibilização para a doença de Alzheimer, para a vida de quem dela padece e para a situação dos próprios cuidadores.

Os fundos obtidos das inscrições reverteram, na totalidade, para a Associação Alzheimer Portugal. Passeio da

Memória

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Dia Mundial do Idoso

Dia Mundial dos Cuidados Paliativos

CHPVVC marca presença na Feira Social de Vila do Conde

Sunset

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OpiniãoAs redes sociaise as organizações.A divulgação de informação e a invasão da desinformação

Vivemos a era digital, onde tudo acontece de forma abrangente, instantânea, dinâmica e volátil.

O império das redes sociais ocupa e invade os nossos dias. Se, por um lado, este fenómeno permite um contacto imediato com o mundo e facilita o acesso à informação, por outro podem as redes sociais tornar--se insanas para a vida dos seus utilizadores.

De facto, o uso das redes sociais trouxe vantagens reconhecidas que se superam a cada dia. Porém, as suas fragilidades e o seu uso irrefletido permitem criar cenários fantasiosos, promover personagens que, na realidade, não existem ou que não vivem o estado de felicidade ou de infelicidade que pretendem demonstrar, simultaneamente, ao seu familiar mais próximo, ao mais íntimo amigo e aos seus múltiplos e desconhecidos seguidores.

A quem interessa o bem-estar de cada um?

Por principio, a si próprio e aos que bem e mais quer. Aos restantes interessa-lhes o ridículo, a intriga, a exposição moral, a chalaça ou, no limite, a inveja e a indiferença.

A amizade passou a ser virtual e o número de amigos cresceu de forma vertiginosa. No entanto, assistimos, com alguma frequência, a conversas individuais e egocêntricas com dispositivos eletrónicos. Não há, efetivamente, conversa e emoção. Não há olhos nos olhos!

Se na vida pessoal e no quotidiano o impacto é o que se observa, no trabalho e nas organizações a realidade não é muito diferente.

Sem entrar no campo jurídico e legal, que protege a organização e o trabalhador, as publicações relativas ao contexto laboral, a divulgação de imagens e de informações da mais variada índole, em horário

laboral ou fora dele, incorrem numa multiplicidade de interpretações que podem atingir limites pouco desejáveis para a imagem e para a credibilidade da organização. Quem vive o contexto poderá compreender o cenário / post publicado, mas quem está descontextualizado poderá encarar a circunstância como insensatamente negligente, abusiva e insultuosa, fragilizando e colocando em causa a confiança dos seus clientes.

O que se pretende com o registo e divulgação desta informação e destas imagens? Mostrar ao mundo o que é de cada um? O que é de todos? Ou o que é dos outros? E será que é isso que interessa? O que pode essa imagem, ou qualquer outro tipo de publicação traduzir a quem não conhece o contexto? Quem se importa com a natureza do que é publicado?

Se por um lado acedemos de forma pronta à informação, com a mesma velocidade invadimos a privacidade e o bem-estar do outro.

Será possível avaliar o bene�ício em detrimento da extensão do risco?

Que estamos perante uma excelente fonte de divulgação do conhecimento e das ideias, não há dúvida; que contribui para a mobilização e aproximação de pessoas em torno de algo em comum, também não há dúvida; mas que se criaram situações constrangedoras e que se transformaram afetos em desafetos, também é verdade!

Estaremos a caminhar para a perda de controlo?

Haverá meio-termo em tudo isto? Sim. Poderá haver. Se a tudo isto juntarmos equilíbrio e bom senso.

Isabel RochaEnfermeira Diretora

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Emília RochaEnfermeira Especialista em Enfermagem de Reabilitação

Dizia o �ilósofo grego Heraclito que “nada é permanente, salvo a mudança”.

É pois, transversal à existência humana a consciência de que a mudança é perene. Também a Enfermagem tem vindo a sofrer profundas alterações ao longo dos tempos, o que obriga os Enfermeiros e as organizações de saúde, a um esforço permanente de atualização e a uma mudança constante que se torna cada vez mais, tão complexa como imprescindível.

Para além da rápida evolução científica e tecnológica, a conjuntura atual de crise, com políticas de contenção de custos e de recursos, a par das exigências que são cada vez maiores, é necessário pensar a mudança de forma a planeá-la antes que ela nos seja imposta. Para tal, será determinante estimular a curiosidade e a partilha de reflexões que conduzam à criação de sinergias e à inovação. Nas palavras de Geraldo Vandré, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

Mas falar de mudança neste contexto, implica pensar o desenvolvimento, tendo por base o conhecimento, a criatividade, a inovação e o empreendedorismo, associados à gestão e à liderança, sendo que para isso é necessária a rutura com os modelos tradicionais que se pautam por uma gestão centralizada, sem compromisso dos profissionais e que, não raramente, se traduzem na insatisfação e baixa produtividade.

O desa�io da atualidade está em incluir nas organizações uma gestão aberta, �lexível e participativa, que valorize o capital humano e onde se incrementem estratégias para o desenvolvimento pessoal e pro�issional.

Neste sentido, é necessário proporcionar espaço para que todos os colaboradores rompam com as respostas feitas, e aprendam a construir um pensamento baseado na reflexão, e assim surjam novas respostas para velhos e novos problemas. Para isso, será fundamental repensar o paradigma das lideranças, no sentido de romper com as barreiras mentais que impedem as alterações organizacionais. O líder deve criar condições para um ambiente criativo e inovador de forma a reduzir custos, eliminar erros e potenciar o desempenho.

Os enfermeiros chefes, como líderes, têm uma responsabilidade acrescida, uma vez que devem ser elementos de referência, participando

ativamente na gestão de cuidados, e estimulando nos colegas a criatividade, proporcionando-lhes a oportunidade de se desenvolverem.

A criatividade permite desenvolver uma maneira de pensar e agir que vem da necessidade de crescer através do potencial interno, articulado com a missão, visão, valores e objetivos da organização.

Se há necessidade de repensar novas formas de desenvolvimento das organizações e se a Enfermagem se quer afirmar como profissão autónoma e sobreviver a estes tempos difíceis, cabe a cada enfermeiro olhar para os problemas de forma criativa e fazer propostas inovadoras que conduzam à mudança e tornem visível o elevado valor dos cuidados que prestam, pois só desta forma, através do reconhecimento por parte da população e dos pares, se poderá manter viva a profissão de enfermagem. É essencial que se transforme o bem intangível (conhecimento) em bens tangíveis (ganhos em saúde sensíveis aos cuidados de enfermagem).

Contudo, a criatividade exige uma mente aberta, reativa, equilíbrio nas emoções, �lexibilidade para a tomada de decisão pelo uso do pensamento critico-re�lexivo,

sendo para isso necessário desenvolver capacidades comunicativas e relacionais de forma a gerir potenciais conflitos que normalmente estão presentes em qualquer processo de mudança, uma vez que a criatividade e a mudança “desorganizam e criam instabilidade”. É por isso necessário saber gerir os afetos e as emoções e demonstrar que, se por um lado a inovação incomoda, por outro lado é ela que abre caminho para a melhoria contínua.

É aqui que reside o principal desafio dos gestores. É fundamental que a liderança seja agregadora de todos os elementos e que permita a cada um, a liberdade, com a devida responsabilidade, de desenvolver as suas competências, num clima de forte confiança e de espírito de equipa. Nenhum processo de mudança pode ser eficaz, mesmo que todos os restantes recursos sejam exemplarmente geridos, se não aliado à colaboração, ativa, de todos os colaboradores que participam na organização, e só será possível, mesmo que choque com interesses instalados e acomodações de diversa natureza, se demonstrar que a alternativa à mudança é o perecimento, mas, também, que gestor da mudança, de acordo com as suas atribuições e competências, são todos e cada um. Só assim se terá o devido sucesso!

OpiniãoPensar a Enfermagem

nas organizações modernas

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DIAGNÓSTICOdezembro 2017

OpiniãoHospital de ProximidadeAcessibilidade de Cuidados de Saúdee envelhecimento da população

A ideia de “Hospital de Proximidade” surge ligada à da existência de serviços de saúde e de apoio social acessíveis aos cidadãos.

O Hospital de Proximidade é um conceito inovador em desenvolvimento na Europa, cujo objeto é aproximar a prestação de cuidados de saúde diferenciados aos cidadãos.

No momento em que foi apresentada a Estratégia Nacional para o Envelhecimento Ativo e Saudável 2017-2025 que visa preparar o país para um cenário, não muito distante, em que mais de um terço da sua população terá 65 ou mais anos de idade, urge refletir como poderá o nosso Centro Hospitalar adaptar-se e contribuir da forma mais eficaz possível para a prestação de cuidados de saúde a esta tipologia de população.

Atualmente, penso que os profissionais ao serviço do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim / Vila do Conde, EPE. podem com satisfação afirmar que o Centro Hospitalar está já hoje na primeira linha das instituições que melhor contribuem para a promoção da acessibilidade ao SNS, como o demonstram os indicadores de 97,2% das consultas realizadas em tempo adequado e 99,9% dos inscritos em LIC dentro do TMRG (Tempo Máximo de Resposta Garantido), sendo neste último o melhor hospital do país.

Não parecem restar dúvidas que uma população envelhecida, já atualmente na ordem dos 20% da população total, necessita de maior acessibilidade a cuidados,

com proximidade à sua residência pois a sua mobilidade vai-se reduzindo com a idade, multidisciplinariedade pela sua carga de patologias múltiplas e maior humanização na prestação pela sua potencial fragilidade psíquica.

O Hospital de Proximidade é o que melhor poderá responder a estas crescentes necessidades em saúde das populações, mas para que isso

aconteça tem necessariamente que se preparar e adaptar estruturalmente.

O Centro Hospitalar Póvoa de Varzim / Vila do Conde, EPE. tal como outros Hospitais que se perspetivam no horizonte para dar resposta ao futuro da saúde em Portugal, tem de se adaptar a estas necessidades em saúde.

A adaptação, passará pelo reforço do ambulatório, através da diversificação das especialidades em consulta externa, hospital de dia e cirurgia de ambulatório, acrescentando no caso concreto, especialidades como a dermatologia, imagiologia, neurologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e urologia, às já existentes.

Na esteira das propostas da Estratégia Nacional para o Envelhecimento 2017-2025, deverá criar unidades para doentes idosos com equipas multidisciplinares capazes de dar uma resposta integrada aos doentes idosos, assim como, unidades de prestação de cuidados ao domicílio e ao nível do serviço de urgência, adaptar a triagem aos idosos, criando um sistema de diferenciação positiva.

É assim, urgente, adaptarmo-nos como país e como sociedade a uma estrutura demográ�ica envelhecida e ao nível micro fazer repercutir nas nossas instituições essas mesmas adaptações,

pois como refere o Coordenador da Estratégia Nacional para o Envelhecimento 2017-2025, o que está em causa é toda a sustentabilidade do sistema em que vivemos.

Nuno LopesAuditor Interno

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DIAGNÓSTICOdezembro 2017

OpiniãoAs Unidades de Dor no SNS

Diamantino PereiraMédico Anestesiologista

A Dor Crónica é uma experiência desagradável associada a uma lesão tecidular atual ou potencial com componente sensorial, emocional, cognitivo e social.

É reconhecida como uma das entidades clínicas mais prevalentes em Portugal atingindo cerca de um terço da população. Tal facto deve-se à atual matriz civilizacional caracterizada por um crescente envelhecimento e aumento da incidência de algumas patologias como diabetes, AVC, doenças oncológicas e do foro osteoarticular.

O modelo biomédico tem perdido importância na Medicina dando lugar ao modelo biopsicossocial para a abordagem dos mais variados problemas em Saúde. O doente com Dor Crónica além do problema físico poderá apresentar repercussões psicológicas, laborais, familiares e sociais associadas à Dor. A intervenção deverá ser concertada e orientada para a resolução das várias vertentes afetadas tratando o doente como um “Todo”. Nessa perspetiva o tratamento da Dor Crónica em Consulta de Especialidade torna-se de certa forma redutor, devendo os estabelecimentos hospitalares criar unidades diferenciadas no tratamento da dor.

Essas unidades deverão possuir uma diferenciação de acordo com o nível de organização hospitalar. Deverão estar dotadas de uma equipa assistencial constituída por psicólogo e/ou psiquiatra, enfermeiro, médicos treinados em terapêutica da dor, funcionar em instalações próprias com atividade regular e executar alguns tratamentos.

As Unidades de Dor começaram a surgir em Portugal há cerca de três décadas, na dependência dos Serviços de Anestesiologia, mas com cada vez maior tendência para se tornarem autónomas dentro das estruturas hospitalares.

A integração de médicos de outras especialidades entre as quais Medicina Interna, Psiquiatria, Fisiatria, Ortopedia ou Neurocirurgia, veio acrescentar uma multidisciplinaridade fundamental para uma correta

abordagem do doente tendo em conta que a Dor Crónica interceta saberes de várias áreas da Medicina. Embora o financiamento ainda seja um óbice para a afirmação das Unidades de Dor dentro do SNS, a sua importância é indiscutível quando se aborda a qualidade de serviços.

Segundo o PENPCDor (Plano Estratégico Nacional de Prevenção e Controlo da Dor) o Tratamento da Dor deverá ser diferenciado.

O controlo da dor deve ser efetuado a todos os níveis da rede de prestação de cuidados de saúde, começando em regra pelos Cuidados de Saúde Primários e prosseguindo, sempre que necessário, para níveis crescentes de diferenciação e especialização.

A referenciação para as Unidades de Dor deverá ser equacionada sobretudo em situações de Dor Crónica mais resistente à terapêutica convencional em que uma abordagem multidisciplinar possa vir a ser útil ou em que justifique a adoção de intervenções técnicas (ex. Radiofrequência, neuromodulação, bloqueios anestésicos/neuroliticos, acupunctura…). A maioria dos doentes com Dor Crónica deverá ser acompanhada junto aos seus médicos assistentes, podendo inclusive ser equacionada a implementação de Consultas de Dor em alguns ACES permitindo beneficiar de alguma formação especializada.

As Unidades de Dor não se esgotam apenas na actividade assistencial. O seu papel assume importância ao nível da sociedade civil através de campanhas de esclarecimento, visando a promoção da saúde prevenindo eventuais focos de novos casos de Dor Crónica. As Unidades de Dor são os principais dinamizadores da atividade formativa na área da dor junto dos profissionais de saúde quer esta seja pré ou pós-graduada, sendo possível realizar investigação clínica em dor nas Unidades mais diferenciadas.

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DIAGNÓSTICOdezembro 2017

OpiniãoO papel da higiene das mãos

As infeções hospitalares são um grave problema com que se debatem as instituições de saúde, sendo a sua prevenção um fator condicionante para a prestação de cuidados de saúde mais seguros e de qualidade.

A higiene das mãos é uma das medidas de controlo de infeção com maior impacto na redução da transmissão cruzada (30%) e das resistências aos antimicrobianos.

Em Outubro de 2008, Portugal aderiu ao programa mundial “Clean care, safer care”, com o intuito de promover a higiene das mãos como factor determinante da redução das infeções e das resistências aos antimicrobianos. O centro hospitalar participa desde 2009, em campanhas de intervenção no âmbito da higiene das mãos. O GCL e elos dinamizadores têm vindo a realizar acções de formação para os profissionais, auditorias anuais que contribuem para a base de dados nacional, participação em eventos nacionais e programas internacionais, elaboração de pareceres e melhoria das estruturas em articulação com os serviços e o órgão de gestão.

Grupo de Coordenação Local de PPCIRA

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Estas intervenções permitiram uma melhoria da adesão às práticas

da higiene das mãos por parte de todos os pro�issionais de saúde ao

longo dos anos, como se veri�ica na �igura.

Em 2017, a propósito da comemoração do dia mundial da higiene das mãos, foi realizado no CHPVVC, entre 24/04 e 03/05, um estudo onde se avaliou a diferença da carga microbiológica antes e após a desinfecção das mãos com SABA nos profissionais. Os resultados mostraram uma redução significativa da carga microbiana após higienização das mãos, o que reforça o peso desta medida na sua descontaminação e portanto na redução da transmissão através delas.

A higiene das mãos, sendo uma medida essencial e efetiva individualmente, faz parte de um conjunto de intervenções para a prevenção e controlo das infeções e das resistências aos antimicrobianos, integradas na Estratégia Multimodal para Promoção das Precauções Básicas de Controlo de Infeção, promovida pela DGS e na qual o GCL tem vindo a trabalhar.

DIAGNÓSTICOdezembro 2017

OpiniãoA Alimentação Mediterrânica

Ana Rute Torrão GomesNutricionista e Responsável do Serviço de Nutrição

A Dieta Mediterrânica é reconhecida pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade,

desde 4 de Dezembro de 2013 e reforça, juntamente com a evidência científica já existente, que se trata de um modelo cultural, histórico e de saúde. Este padrão alimentar é visto como o mais saudável e mais sustentável no mundo, envolvendo o prazer da mesa e do bem-estar que dele decorre, e que está intimamente ligado ao estilo de vida dos povos do Mediterrâneo, nomeadamente Chipre, Croácia, Espanha, Grécia, Marrocos, Itália e Portugal.

A alimentação mediterrânica promove um padrão de ingestão alimentar baseado na diversidade, nos produtos locais, frescos e sazonais, na predominância de fruta, hortícolas, cereais pouco refinados, frutos secos oleaginosos e leguminosas, e pelo consumo de azeite como principal fonte de gordura. A água é a bebida de eleição, mas também recorre a infusões, chá e ocasionalmente a vinho de forma moderada às principais refeições. As recomendações apontam para 1 a 2 copos de vinho por dia para os homens e 1 copo por dia para as mulheres. Realça-se a preferência pelo consumo de peixe, carnes brancas, ovos e lacticínios (preferência magros) e uma menor ingestão de carnes vermelhas e produtos de charcutaria, bem como de açúcar e produtos açucarados. Esta dieta evita o consumo de sal, substituindo-o por ervas aromáticas.

É uma cozinha simples que tem na sua base as sopas, os cozidos, os ensopados, as caldeiradas e os assados com pouca gordura e que usa como condimentos a cebola, o alho e as especiarias para enriquecer os seus sabores e aromas.

Os benefícios deste padrão alimentar com evidência científica são:

• A prevenção das doenças cardiovasculares (melhoria do perfil lipídico, redução da pressão arterial e diminuição dos marcadores séricos de inflamação);

• Maior grau de proteção face ao desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2;

• Efeito protetor face ao desenvolvimento de asma e atopia nas crianças, quando introduzido numa fase precoce da vida;

• Prevenção no desenvolvimento de algumas neoplasias.

Redescubra as nossas tradições alimentares e pratique um estilo de vida saudável, faça refeições em família, conviva com os seus amigos à volta da mesa e seja ativo. Abuse na simplicidade e na variedade das suas refeições. Use a sua imaginação!

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DIAGNÓSTICOdezembro 2017

OpiniãoCuidados Paliativos:Cuidar para dar vida aos dias

Cuidados Paliativos?Porquê? Para quê?

Na abordagem inicial aos doentes e familiares referenciados para a nossa equipa, na maioria dos casos, a primeira questão que nos colocam é “Cuidados paliativos? Porquê? Para quê?” Para responder socorremo-nos da Lei de Bases dos Cuidados Paliativos que define cuidados paliativos como: “Cuidados ativos, coordenados e globais, prestados por unidades e equipas específicas, em internamento ou no domicílio a doentes em situação de sofrimento decorrente de doença incurável ou grave, em fase avançada e progressiva, assim como às suas famílias, com o principal objetivo de promover o seu bem-estar e a sua qualidade de vida, através da prevenção e alívio do sofrimento físico, psicológico, social e espiritual, com base na identificação precoce e no tratamento rigoroso da dor e outros sintomas físicos, mas também psicossociais e espirituais”.

Em cuidados paliativos (CP), a ênfase é colocada no doente e não na doença. Os nossos doentes e familiares são preparados para aceitar a morte, melhorando o que resta da vida, incentivamos a construção de uma aliança entre o doente e os prestadores de cuidados e estimulamos a “reconciliação” em detrimento da cura.

Aos beneficiários dos nossos cuidados são dadas estratégias para morrer reconciliado, isto é entrar na vida com a morte. Cuidados paliativos significam ter oportunidade de dizer: “Gosto muito de ti”, “Perdoa-me”, “Perdoo-te”, “Obrigado”, “Adeus”.

A prática dos cuidados paliativos requer uma abordagem holística que assenta em pilares básicos: o controlo de sintomas, comunicação eficaz e terapêutica, no cuidado à família e no trabalho em equipa, em que todos os profissionais elaboram um plano de cuidados adequado às necessidades do doente e família. A Equipa Intra--Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP) é uma equipa consultora que trabalha em parceria com a equipa assistencial. A sua intervenção deve iniciar-se na fase do diagnóstico da doença e prolongar-se para além da morte, na fase de luto, com apoio aos familiares.

Para promover o trabalho em equipa e a partilha de experiências realizamos, semanalmente, uma reunião multidisciplinar, onde são analisados e discutidos assuntos relacionados com o funcionamento, atividade e organização da EIHSCP e onde partilhamos casos ou situações relevantes vividas e sentidas por parte dos diferentes membros da equipa.

Para além do acompanhamento durante o internamento,

esta equipa disponibiliza assistência através de consulta externa multidisciplinar

e apoio telefónico durante o internamento e após a alta.

Com o objetivo de promover uma comunicação eficaz e terapêutica com os nossos doentes e famílias realizamos conferências com a presença dos doentes e/ou familiares com o propósito de constatarmos

Zulmira PeixotoCoordenadora da Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos

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DIAGNÓSTICOdezembro 2017

Em 2017, a prática formativa já se iniciou com diversas atividades, nomeadamente:

> Realização de duas ações de formação subordinadas ao tema “Cuidados Paliativos: Uma Realidade no CHPVVC”, que decorreram a 16 e 23 de fevereiro em ambas as unidades.

> A implementação do “Journal Club” da equipa, que se realiza na última reunião semanal de cada mês, com a duração de 15 minutos, onde é feita a apresentação e discussão de um artigo atual com relevância para o tema.

> Apresentação de uma comunicação livre, subordinada ao tema “Referenciação tardia para cuidados paliativos num hospital de agudos - a propósito da casuística de doentes observados pela EIHSCP”, no Congresso Nacional de Cuidados Paliativos realizado em Bragança, em 17 e 18 de Março.

Em paralelo, decorreu, no início do mês de maio, o “1º Curso Básico de Cuidados Paliativos”, que teve como objetivo assinalar o primeiro aniversário da EIHSCP.

Foi ainda realizada uma tertúlia subordinada ao tema “Diálogo com os Cuidados Paliativos”, no dia 14 de Outubro, com o objetivo de comemorar o Dia Internacional de Cuidados Paliativos que, para além de uma palestra, contou com uma exposição de trabalhos escritos e fotográficos, alusivos ao tema.

Os cuidados paliativos já são uma realidade no CHPVVC,

mas precisamos do contributo de todos para, em parceria, trabalhar, contribuindo

para a qualidade de vida dos doentes e famílias que padecem de doença incurável ou grave,

em fase avançada e progressiva, proporcionando assim alívio do

sofrimento �ísico, psicológico e social.

se os mesmos possuem informação sobre o diagnóstico e prognóstico da doença e informamos sobre a forma como os cuidados paliativos podem representar uma mais-valia naquela situação de doença.

Desde o início da nossa atividade no terreno (2 de maio de 2016) e até 31 de março de 2017 foram efetuadas, pelas equipas assistenciais, 104 referenciações para esta equipa, distribuídas da seguinte forma: Serviço de Medicina, 66 doentes; Serviço de Cirurgia, 36 doentes e Serviço de Ortopedia, 2 doentes.

Os doentes referenciados tinham idades compreendidas entre os 40 e os 90 anos, 66 dos quais do foro oncológico, maioritariamente com cancro do pulmão e aparelho digestivo. Os restantes 38 sofriam, maioritariamente, de patologias do foro cardiorrespiratório e neurológico. A sintomatologia mais frequente foi a dor e a dispneia. A demora média foi inferior a 15 dias. Quanto ao destino após a alta, a maioria teve oportunidade de regressar ao domicílio, assumindo-se como prestador de cuidados, essencialmente, a esposa e os filhos. Neste regresso ao domicílio, segundo informação prestada pelos próprios ou pelos familiares, os nossos doentes tiveram oportunidade de realizar alguns desejos como por exemplo: dormir no sofá da sala, ver o pomar que plantou, comer o bife que o filho cozinhou, dar um beijo aos filhos, reconciliar os filhos, reconciliar-se com Deus, fazer um almoço em família, rever o seu quarto, etc.

É também objetivo desta equipa promover a formação. De acordo com o plano estratégico para o desenvolvimento dos cuidados paliativos para o biénio 2017/2018, a formação e a investigação em CP serão considerados eixos de intervenção prioritária. Será com este propósito que, ao longo de 2017, pretendemos dinamizar um programa de formação contínua, com atividades de nível básico, que incluam a especificidade destes cuidados, de modo a sensibilizar os profissionais de saúde para esta temática, contribuindo para a reflexão, divulgação e credibilização da prática dos cuidados paliativos.

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Serviço de ObstetríciaUm depoimento que (nos) enternece

Viemos propositadamente de Aveiro para ter a possibilidade de um acompanhamento mais humanizado, onde a nossa escolha e tempo fossem respeitados. Já tínhamos ouvido outras histórias de nascimento bonitas e mesmo assim conseguiram superar, em muito, as nossas expetativas.

Tenho esperança que sejam recompensados pelo bom trabalho que fazem com mais investimento nesta área. Talvez no futuro outros hospitais públicos possam também adotar as vossas boas práticas e dar a oportunidade de mais famílias terem um parto e acompanhamento mais humanizados.

Dizer que vos agradecemos é muito pouco… ficam a faltar os ovos moles!Mas espero que estas palavras vos inspirem para que continuem a ser o que são: auxiliares, enfermeiros, médicos… mas principalmente seres humanos absolutamente extraordinários.

Com muito amor,Íris, Stephen e Eleanora.

(A Eleanora nasceu a 28 de janeiro de 2017 e viajou, na barriga da mamã, desde a Gafanha da Nazaré).

“A todos os que trabalham no Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim – Vila do Conde,

Eu podia ter perguntado, e agora apresentaria uma lista completa e exata de todas as pessoas a quem nos sentimos extraordinariamente agradecidos por nos terem proporcionado esta experiência. No entanto não o fiz... e sinceramente não me arrependo assim tanto pois sinto que não há necessidade. Todos vós. Todas as pessoas deste Serviço que passaram por nós assistiram-nos com profissionalismo, excelência, bondade, simpatia, atenção, empatia, humanidade e amor.

Quantas vezes na vossa vida podem dizer que viveram uma experiência tão importante como o nascimento de uma criança, rodeados de desconhecidos e ao mesmo tempo rodeados de tanto amor?

Eu diria muito poucas ou talvez nenhuma… por isso vou guardar estes dias como um pequeno milagre. Um milagre concedido por vocês, que trabalham e são o Serviço de Obstetrícia do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim – Vila do Conde.

CHPVVC na rede do “Polvo de Amor”

O projeto “Polvos de Amor” nasceu na Dinamarca e chegou, este ano, a Portugal e ao nossoCentro Hospitalar. Em Junho, o Serviço de Pediatria/Neonatologia apresentou o projeto e ospolvos de crochet passaram a abraçar os bebés prematuros que nascemno CHPVVC. Destinado aos recém-nascidos até às 37 semanas, cada polvo acompanha o bebé duranteo internamento e depois da alta, numa recordação que persistirá vida fora.

Os polvos são doados ao Centro Hospitalar pela instituição “Um Polvo de Amor”. Sem finslucrativos, esta entidade funciona em rede através de uma parceria com várias instituiçõeshospitalares, entre as quais o CHPVVC, e uma série de IPSS, implantadas nos concelhos daPóvoa de Varzim e de Vila do Conde, cujos utentes contribuem com o trabalho que tornapossível a dádiva de amor, no polvo que acompanha e “zela” pelo bebé prematuro.