desindustrialização carlos frederico rocha ie-ufrj [email protected]

65
Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ [email protected]

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

108 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Desindustrialização

Carlos Frederico RochaIE-UFRJ

[email protected]

Page 2: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Progresso Técnico e Mudança Estrutural

SchumpeterTeoria do Desenvolvimento Econômico

Page 3: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

3

Economia em Equilíbrio

• Fluxo circular– Sistema econômico em equilíbrio– Não há lucro (excedente) – fatores são remunerados de

acordo com seu produto marginal– Não há crescimento– Recursos plenamente utilizados

Page 4: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

4

O Fenômeno Fundamental do Desenvolvimento

• Inovação: nova combinação de recursos– introduzida pelo empresário – aquele que tem a iniciativa

de introduzir– Não necessariamente é o inventor– Levantamento de recursos financeiros (importância do

financiamento)• Não necessariamente os detém – capacidade de mobilizar os

recursos

• Deslocamento de recursos produtivos para a inovação– Geração de processo inflacionário

Page 5: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Curso: Política TecnológicaProf. Frederico Rocha 5

Ciclo Produtivo

• Inovador obtém posição de monopólio– Existência de lucros

• Imitadores tendem a diluir a posição de monopólio– Mais deslocamento de recursos produtivos

• Crescimento– Na medida em que entram novos jogadores, o lucro é

diluído e os incentivos ao investimento também

Page 6: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

6

Inovação e Desenvolvimento• Desenvolvimento

– Crescimento do PIB per capita– Mudança estrutural– Geração de lucro– Inflação (deslocamento de recursos de outras atividades –

papel do financiamento)

Page 7: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Setores e transformação estrutural

Desenvolvimento econômico é “um conjunto de mudanças interrelacionadas na estrutura da economia, requeridas

para a continuidade de um processo de crescimento” (Chenery)

Page 8: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Principais transformações

• Taxa de acumulação (Rostow e Lewis)• Composição setorial do emprego, produto e demais

fatores de produção (industrialização)• Urbanização• Distribuição de Renda• Transição demográfica

Page 9: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Centralidade da transformação setorial

• Dois fatores centrais, no núcleo do processo de desenvolvimento:– Acumulação de capital – a mudança exposta pela

capacidade de acumular lucros e reinvesti-los– As mudanças na distribuição setorial parecem ser o centro

da análise: “a redistribuição setorial do emprego e do produto é uma condição necessária e concomitante ao crescimento econômico” (Abramovitz) – Diferenciais de rendimento levam ao movimento intersetorial dos fatores de produção

Page 10: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Por que indústria? As três leis de Kaldor

• Relação positiva entre a taxa de crescimento do produto industrial e da taxa de crescimento do produto total – Indústria de transformação é o motor do crescimento

• Relação positiva entre o crescimento da produtividade do trabalho da economia e o crescimento do produto industrial (lei de Kaldor-Verdoorn)– Existem economias de escala

• Relação positiva entre a taxa de crescimento do produto total e da taxa de crescimento da produtividade nos demais setores da economia (deslocamento de m.d.o.)

Page 11: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Alguma Evidência

Correlação positiva entre tx de crescimento do PIB e taxa de crescimento da indústria de transformaçãoLei d Kaldor Verdoorn:

3ª lei

Page 12: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Setores líderes - Rostow

• Setores de crescimento primário – possibilidades de inovação e exploração de recursos recentemente tornados rentáveis ou até então inexplorados produzem taxa de crescimento elevada e colocam em movimento forças expansivas no restante da economia

• Setores de crescimento suplementar – avanço rápido ocorre como resposta direta ao avanço de setores de crescimento primário – relações de tabelas insumo-produto

• Setores de crescimento derivado – avanço se dá em relação bastante constante com o crescimento da renda real

Page 13: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

A Equação da Demanda

(1)Em que Y é renda, C, consumo, I, investimento, E, exportação, M, importação, D, demanda interna e T, demanda externa líquida

Em que é o produto bruto do setor i, a demanda intermediária, , a demanda final e a demanda externa líquida.

Podemos, então, afirmar que, pelo lado da demanda, quatro fatores podem afetar a produção total: o nível de encadeamento da economia, a demanda final, as exportações e as importações.

Temas centrais:

(i) Elasticidade renda da demanda(ii) Exportações(iii) Substituição de importações

Page 14: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Descrição da Fase II

Elasticidades preço

Page 15: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Importante: existem padrões

• Tamanho e dotação de fatores (recursos naturais)– Pequeno e primário (SP)– Pequeno e manufatureiro

(SM)– Grande (Brasil)

Page 16: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br
Page 17: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Problema central• Bônus estrutural

– Aceleração do crescimento teria como principais determinantes um aumento na taxa de investimento e a aceleração da produtividade dos fatores de produção

– Realocação dos recursos para setores de maior produtividade é denominada bônus estrutural

• Crescimento da produtividade da economia– Aumento da eficiência – Bônus estrutural

• Desenvolvimento é formado por dois aspectos:– Maior dedicação de recursos – taxas de investimento– Reorientação dos recursos para segmentos de maior produtividade e maior

taxa de crescimento da produtividade

• Este setor é a indústria– Uso do conhecimento formal – atividades de P&D– Capacidade de substituição de trabalho por capital

• Causalidade: crescimento industrial -> crescimento econômico

Page 18: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Hirschman e os Encadeamentos

• Origem– Tese dos staples – possibilidade de crescimento a partir da

instalação de um projeto exportador (Watkins 1963)• “a new country is concretely shaped by the specific primary

products which it successively exports to world markets. It is na attempt to discover in detail how one things leads to another through the requirements of the staple, from transportation facilities and sttlement patterns to the establishment of new economic activities” (Hirschman 1977:65)

Page 19: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Hirschman e encadeamento

• Três formas de encadeamento– Produtivo (a montante e a jusante)

• Foco não é só nos setores líderes sob o ponto de vista estático de insumo-produto, mas sob o ponto de vista dinâmico

• Importância da similaridade tecnológica dos encadeamentos – staples vs enclaves têm de ser acumuladores de competências que podem prover externalidades produtivas para outras áreas

• diferença entre indústria e agricultura – agricultura tem pouca similaridade tecnológica

– Demanda (geração de renda)• Componente de geração de demanda e de substituição da oferta

interna e/ou externa

– Fiscal • Trade-offs entre qualidade fiscal do encadeamento e a qualidade

produtiva

Page 20: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br
Page 21: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Estágios de desenvolvimento• Origem: Rostow “o desenvolvimento econômico é considerado

como sendo composto de três etapas: um período longo (por volta de um século, possivelmente mais) durante o qual são estabelecidas as precondições para a decolagem; a decolagem propriamente dita, definida em duas ou três décadas; e um período prolongado no qual o crescimento se torna normal e relativamente automático”

• Fases:– Primária: atividades primárias como principal fonte de produção de bens

comerciáveis – atividades industriais crescem mais rápido, mas peso relativo é pequeno – baixas taxas de investimento

– Industrialização: maior contribuição para crescimento dado pela indústria de transformação – altas taxas de investimento

– Maturidade: elasticidade da demanda por produtos industriais se reduz, declínio na parcela da indústria de transformação na economia – taxa de crescimento dos insumos decresce

Page 22: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br
Page 23: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

A Oferta

Page 24: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

A Oferta

Page 25: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

A Economia da Desindustrialização

Page 26: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Efeito produtividade

• Se a produtividade cresce mais em um setor industrial do que nos demais, três efeitos podem ser considerados:– Deslocamento dos fatores para os setores de maior

produtividade – equalização – Crescimento dos setores a partir de preços inferiores– Decréscimo do emprego a partir da maior eficiência

Page 27: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

O Modelo de Baumol: Macroeconomics of Unbalanced Growth: the anatomy of na urban crisis

• Hipóteses iniciais:– Manutenção da estrutura da demanda – elasticidade-renda da demanda dos

bens igual a 1– Produtividade é repassada para os preços– Mercado de trabalho flexível – salário é determinado pelo setor de maior

produtividade– Um setor cresce a produtividade a uma taxa constante (indústria ou moderno),

outro setor mantém a sua produtividade constante (serviços ou estagnado)

• Resultados:– Setor de maior crescimento da produtividade expulsa mão-de-obra– Mão de obra se concentra no setor estagnado– Salários são iguais, o que aumenta os preços dos setores estagnados

• Desindustrialização é resultado do crescimento da produtividade, do desenvolvimento– Participação do setor moderno no produto cai a preços correntes, mas é

mantido a preços constantes– Participação do setor moderno no emprego cai

Page 28: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Desindustrialização: o fenômeno nos países desenvolvidos

Ante

cipa

ção

da q

ueda

do

empr

ego

frut

o do

aum

ento

da

prod

utivi

dade

Elasticidade-renda e outros fatores de

demanda Elasticidade renda < 1

Queda de preços resultante da produtividade

Fonte: Adapatação de Rowthorn and Ramaswamy (1998) Growth, Trade and Deindustrialization. IMF Working Paper n. 60/98.

Page 29: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Elasticidade renda

Efeito preço (preço man./preço economia

Exp man.-Exp. Ñ-man.

Importação de bens de LDC (custos)

Investimento

Fonte: Rowthorn and Ramaswamy (1998) Growth, Trade and Deindustrialization. IMF Working Paper n. 60/98.

Page 30: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Fonte: Rowthorn and Ramaswamy (1998) Growth, Trade and Deindustrialization. IMF Working Paper n. 60/98.

Page 31: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Fonte: Rowthorn and Ramaswamy (1998) Growth, Trade and Deindustrialization. IMF Working Paper n. 60/98.

Page 32: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Efeitos ao longo do tempo

Mudança no paradigma, fim das políticas keynesianas, políticas de contenção inflacionária

Fonte: Palma, G. (2005) Quatro fontes de desindustrialização e um novo conceito de doença holandesa. Fiesp, São Paulo (mimeo).

Cathing-up da produtividade é maior, então a desindustrialização é antecipada (efeito da produtividade sobre o emprego).

Page 33: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Fonte: Palma, G. (2005) Quatro fontes de desindustrialização e um novo conceito de doença holandesa. Fiesp, São Paulo (mimeo).

Quarta Fonte: Doença Holandesa

Page 34: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Desindustrialização direta

Desindustrialização indireta

“efeito da apreciação cambial”

Page 35: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

O que você exporta importa

Índice de qualidade da exportação

Fonte: Hausmann, R., Hwang, J. and Rodrik, D. (2007) What you export matters. J. Econ. Growth, 12:1-25.

Page 36: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br
Page 37: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Cenário Internacional Atual

Page 38: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Brasil China Coréia Chile Alemanha EUA0.00

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

14.00

16.00

18.00

0.66

3.34 3.07

0.05

11.7312.13

0.68

4.69

3.32

0.06

9.83

13.80

0.84

9.49

3.51

0.07

11.41

9.87

0.73

15.34

4.11

0.09

10.64

8.26

1995 2000 2005 2011

Participação na Exportação Mundial de Produtos Manufaturados, anos e países selecionados, (%)

Fonte: UNCTAD.

Page 39: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Argentina Brazil Chile China Germany India Japan Russia USA South Africa

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

1990 1995 2000 2005 2010

Exports Share of GDP, Selected Countries, 1990-2010

Page 40: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

O Brasil

Há desindustrialização, no sentido de perda da parcela do valor adicionado e do

emprego?

Page 41: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

19471949

19511953

19551957

19591961

19631965

19671969

19711973

19751977

19791981

19831985

19871989

19911993

19951997

19992001

20032005

20072009

20110.00

10.00

20.00

30.00

40.00

50.00

60.00

0.00

2.00

4.00

6.00

8.00

10.00

12.00

14.00

Valor Adicionado da Indústria e da Indústria de Transformação como % PIB, PIB per capita, Brasil, 1947-2011

valor adicionado industrial (% PIB) valor adicionado ind. Transformação (% PIB) PIB per capita - US$ de 2011 (mil)

Parti

cipaç

ão d

o VA

no

PIB

(%)

US$

mil

cons

tant

es d

e 20

06Desindustrialização

Page 42: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

19711973

19751977

19791981

19831985

19871989

19911993

19951997

19992001

20032005

20072009

20110

20

40

60

80

100

120

140

160

Números Índices da Razão entre Produção In-dustrial e PIB, Valor Adicionado e PIB, 1991=100

VA/PIB preços correntes Produção Industrial/PIB

Estabilidade

Fonte: IBGE, PIM-pf e Contas Nacionais.

Desindustrialização

Estabilidade

Crise econômica

Page 43: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

19711972

19731974

19751976

19771978

19791980

19811982

19831984

19851986

19871988

19891990

19911992

19931994

19951996

19971998

19992000

20012002

20032004

20052006

20072008

20092010

20110

50

100

150

200

250

Razão entre a Produção Física da Indústria de Transformação e o PIB real, Razão entre o Valor adicionado da Indústria de

Transformação e o PIB a preços correntes, e a Taxa de Câmbio Efetiva Real

VA/PIB preços correntes Produção Industrial/PIB Taxa de Câmbio Efetiva Real

Page 44: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 20090

0.05

0.1

0.15

0.2

0.25

0.3

FBKF importada/FBKF total

Page 45: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Grupo de Indústria e Produtividade - Instituto de Economia - UFRJ

Employment, 1990-2005

80

85

90

95

100

105

110

115

120

125

130

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Manufacturing Employment PIA Manufacturing Employment National Accounts Total Employment Natiional Accounts

Page 46: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Evolução da Participação da Indústria de Transformação no Valor Adicionado e no Emprego

da Economia, Brasil, 1996-2009

Page 47: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Há perda de Encadeamento?

Page 48: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Evolução da Razão Valor Adicionado/Valor Bruto da Produção na Indústria de Transformação,

Brasil, 1996-2009

Page 49: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Penetração das Importações Segundo Segmento da Indústria, Brasil, 1996-2007

Page 50: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br
Page 51: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Backward linkages Forward linkages

1996 2000 2005 2007 1996 2000 2005 2007

Agriculture 1.664 1.695 1.836 1.738 2.612 2.063 2.202 2.188

Mining 1.828 1.818 1.905 1.863 1.503 1.821 2.107 2.016

Non-metalic minerals 2.069 2.066 2.061 2.005 1.519 1.303 1.313 1.324

Mechanics and metals 2.133 2.043 2.094 2.083 3.091 2.187 2.417 2.343

Electricals 2.073 2.011 2.250 2.277 1.569 1.601 1.739 1.766

Paper, pulp and printing 2.213 1.938 2.019 1.965 1.797 1.782 1.621 1.587

Rubber and plastics 2.036 2.220 2.208 2.123 1.717 1.497 1.517 1.457

Chemicals 1.965 2.156 2.175 2.186 3.960 3.794 4.067 3.787

Textiles 2.244 1.958 1.970 1.963 2.385 1.821 1.799 1.742

Clothing 2.227 1.883 1.968 1.892 1.013 1.049 1.032 1.023

Shoe Industry 2.206 2.334 2.333 2.252 1.211 1.268 1.302 1.250

Food 2.382 2.367 2.451 2.381 1.778 1.744 1.818 1.734

Other manufacturing 1.999 1.874 1.940 1.892 1.330 1.309 1.309 1.289

Electricity, gas and water distribution1.577 1.726 1.738 1.644 2.055 2.289 2.470 2.153

Construction 1.598 1.788 1.711 1.754 1.178 1.189 1.169 1.172

Trade wholesale and retail 1.653 1.419 1.439 1.434 2.139 2.393 2.446 2.601

Transportation, storage and post office1.757 1.738 1.854 1.783 1.839 2.284 2.369 2.277

Services of information 1.270 1.698 1.699 1.692 1.271 1.860 1.938 1.889

Financing 1.406 1.673 1.480 1.482 1.556 2.153 1.955 2.165

Real State 1.064 1.075 1.089 1.108 1.267 1.246 1.216 1.276

Other services 1.513 1.667 1.669 1.649 2.200 2.868 2.505 2.556

Government, public health and education 1.419 1.504 1.524 1.514 1.308 1.124 1.101 1.087

Índices de Encadeamento, Brasil, 1996-2007

Page 52: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Somatório do Consumo Intermediário de Serviços, por segmento da indústria de transformação, Brasil, 1996-2005

Page 53: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Há perda de densidade tecnológica da indústria?

Page 54: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Fonte: Squeff, G. (2012) Desindustrialização: luzes e sombras no debate brasileiro. Texto para discussão do IPEA 1747.

Page 55: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

1996 2000 2005 20090%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

33.040.8

46.241.0

14.1

14.612.3

15.012.3

10.210.1 11.0

40.734.4 31.4 33.1

Commodities Difusores de tecnologia Duráveis Tradicionais

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da PIA.

Parcela do Valor Adicionado por Grupo de Setores, preços correntes, Brasil, 1996-2009

Page 56: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

1996 2000 2005 20090%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

25.1 21.9 23.3 22.2

10.511.1 10.7 14.1

8.47.6 8.0 7.1

56.0 59.5 58.0 56.6

Commodities Difusores de Tecnologia Duráveis Indústria Tradicional

Parcela do Emprego por Grupo de Setores, preços correntes, Brasil, 1996-2009

Page 57: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 20110%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Agricultural Commodities Industrial Commodities Oil and GasTechnology Inducers Traditional Industry Others

Oil

and

Iron

Ore

Structure of Exports According to Sectoral Classification of Products, Brazil, 1996-2011, US$ current, %

26.6%Total

exports in 2011

Source: GIC-IE-UFRJ Boletim de Indústria e Competitividade.

Page 58: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 20110%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Agricultural Commodities Industrial Commodities Oil and GasTechnology Inducers Traditional Industry Others

Structure of Imports According to Sectoral Classification of Products, Brazil, 1996-2011, US$ current, %

Source: GIC-IE-UFRJ Boletim de Indústria e Competitividade.

Page 59: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Fonte: Squeff, G. (2012) Desindustrialização: luzes e sombras no debate brasileiro. Texto para discussão do IPEA 1747.

Page 60: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Fonte: Squeff, G. (2012) Desindustrialização: luzes e sombras no debate brasileiro. Texto para discussão do IPEA 1747.

Page 61: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Grupo de Indústria e Produtividade - Instituto de Economia - UFRJ

Productivity Growth, 1996-2005

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Gross Output/Employment Value Added/Employment

Page 62: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Medindo o Bônus Estrutural

1

1

t

tt

P

PPg A taxa de crescimento da produtividade

n

i

ti

ti

t sPP1

111

Produtividade do setor i no período t-1

Participação no emprego do setor i no período t-1

Dinâmica

açãoEspecializEfeito

n

it

ti

tis

iPi

ComposiçãoEfeito

n

it

ti

tis

i

rialIntrassetoEficiênciaEfeito

n

it

ti

tiP

i P

sPgg

P

sPg

P

sPgg

1

1

11

11

11

11

11

Bônus Estrutural

Page 63: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Grupo de Indústria e Produtividade - Instituto de Economia - UFRJ

Shift-Share Analysis of Productivity Growth

Rate of Growth

% explanation

Rate of Growth

% explanation

Rate of Growth

% explanation

Efficiency Effect 0,165 185 -0,114 101 0,032 -101

Composition Effect -0,048 -53 -0,021 18 -0,069 218

Specialization Effect -0,028 -32 0,022 -19 0,005 -17Total Productivity

Growth 0,089 100 -0,114 100 -0,032 100

96-00 00-05 96-05

3.8% per year

Efficiency problem persistenc

e

Page 64: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 20090

0.5

1

1.5

2

2.5

Formação Bruta de Capital Fixo

Agricultura Extrativa Indústria Total

Fonte: IBGE, Contas Nacionais, Brasil, vários anos.

Page 65: Desindustrialização Carlos Frederico Rocha IE-UFRJ fred.rocha@ufrj.br

Obrigado!!