desenvolvimento moral de piaget a kholberg

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  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    1/21

    DESENVOLVIMENTO MORAL: DE PIAGET A

    KOHLBERG

    Lucila Diehl Tola in e F in i

    INTRODUCO:

    A socializao ocorre ao longo do desenvolvimento hu

    mano e

    const i tui

    um processo gradua l e cumulativo.

    problema

    fundamental para

    ser

    pesquisado em

    lizao no campo do

    desenvolvimento

    humano procurar

    compreender

    como

    os

    indivduos chegam a assumir

    os valores que

    orientam seu

    comportamento, como

    ocorre o

    desenvolvimento moral. problema

    ganha perspectiva

    e

    se

    apresenta como

    de importncia

    no

    presente,

    para

    professores

    e

    orientadores educacionais,

    no

    contexto da

    dade contempornea,

    em

    relao

    ao

    que se

    convencionou

    chamar de

    crise de valores,

    bem como

    quando se

    analisa

    quo s ignificativas

    sao as consideraes morais como elementos do comportamento huma

    no.

    A moralidade de crianas e

    jovens

    uma preocupa

    o marcante dos

    adultos

    em

    geral.

    Os pais , em especial, preocu

    pam-se

    com

    seus

    fi lhos , desejando que evitem

    violar

    regras

    e l s

    e que apresentem

    comportamentos

    considerados adequados, mesmo dis

    tante de

    suas vistas

    e

    evitem

    complicaes de qualquer espcie.

    No

    presente pode-se

    constatar

    um acentuado interesse

    pelo desenvolvimento

    moral

    de crianas e jovens, em especial

    po r

    parte de

    psiclogos, educadores e pesquisadores dos dois campos.

    Departamento

    de Psicologia da FaCUldade de Educao,UNICAMP.

    8 Perspectiva;

    r .

    CE>

    , Floriaropolis, 9 16 :58-78, Jan/Dez.

    99

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    2/21

    m area

    t o

    ampla e

    complexa

    como a do

    desenvolvimen

    to moral, que

    abrange

    inmeras ramificaes, pode-se perceber no

    campo

    de

    Psicologia um interesse crescente

    pelo desenvolvimento

    moral

    e

    pelo

    estudo do

    julgamento

    moral,

    em especial depois da

    publicao dos

    trabalhos de

    Piaget

    1932

    e

    Kohlberg 1958,

    1966,

    1968 .

    Kohlberg, pesquisador norte-americano, interessou-se

    pelo estudo do desenvolvimento

    moral

    a ind a du ra nt e s eu

    curso de

    graduao, estudando

    a

    teoria psicanal t ica

    quanto

    formao

    do

    super ego, em compar< o com o

    trabalho de

    Piaget.

    Insat isfei to

    com o enfoque

    de

    t eo ri a p s icana l t i ca e

    das teorias de aprendizagem social

    para

    explicar

    a

    socializao

    e considerando a aplicabilidade do

    enfoque cognitivo, Kohlberg

    de

    dicou-se ao estudo do

    desenvolvimento

    moral, redefinindo

    os

    est

    gios de julgamento moral p ropo st os por Piaget 1932 .

    Piaget e o Desenvolvimento Moral

    Estudando

    o

    desenvolvimento moral, Piaget preocu-

    pou-se com

    o aspecto

    especfico

    do

    julgamento

    moral e

    com os

    pro

    cessos cognit ivos subjacentes a ele . Estudou o

    desenvolvimento

    mo-

    r l e definiu

    estgios

    atravs de

    entrevis tas

    e observao de

    crianas

    em

    jogos de

    regras.

    s pesquisas

    de

    Piage t lhe

    permitiram concluir que

    existem diferenas quanto

    ao respeito

    s

    regras em

    crianas de

    ida

    des

    diferentes, distingUindo-se as fases de anomia,

    heteronomia

    e

    autonomia

    moral.

    Na

    fase

    de heteronomia moral

    a

    criana percebe as

    59

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    3/21

    r egr as

    cOmo a b s o l u t a s , imutveis ,

    i n t a n g v e i s . As

    r egr as t m

    um

    carter mstico podendo

    s e r consideradas

    como de origem

    d i v i n a . N e s

    sa fa se a c ri an a j ul ga a ao como boa ou n o com

    base

    na s

    conse-

    qUncias do s

    atas

    sem

    uma a n lis e

    mais

    ampla

    e sem considerar as

    intenes do

    a u t o r

    da

    ao .

    Considera qu e

    se um indivduo

    f o i puni

    do

    p or uma

    d e te r m in a da a o,

    e s ta

    ao errada.

    A

    criana

    tende a

    considerar

    qu e

    sempre

    que algum

    punido es s e

    .algum deve te r

    fei to algo de

    errado, assumindo uma

    conexo

    abs oluta

    e n t r e

    a

    punio

    e o

    e r r o .

    Para uma

    criana de

    s e i s

    anos,

    se

    um menino deixar

    se u doce cai r em um lago

    e le

    culpado po r

    s e r

    bobo e n o

    deve

    ga -

    nhar outr o doce.

    A criana de

    s e is

    anos dir

    provavelmente

    qu e um me-

    nino qu e quebrou cinco copos

    enquanto

    ajudava a me mais

    culpado

    do qu e aquele qu e

    quebrou um

    copo

    e n qu a nt o r o ub a va g e l i a .

    Piaget percebeu qu e a

    criana

    pequena tem

    d i f i c u l d a -

    de s par a l e v a r em c o n t a

    as

    c i r c u n s t n c i a s

    atenuantes

    enquanto

    um

    adoles cente j

    fa z

    julgamentos

    com base

    na

    eqUidade,

    sendo capaz

    de

    p e n sa r

    em termos de p o s s i b i l i d a d e s e de um numero

    maior

    de a l-

    ternativas

    Na f as e da a u to n om i a m o ra l entr e 8 e

    2

    anos) o

    psito e c o ns e qU nc ia s d as r egr as s o

    consideradas pela

    criana e

    a obrigao

    baseada

    na r e c i p r o c i d a d e . A criana s e

    c a r a c t e r i z a

    pe-

    l a

    moral da igualdade ou de

    reciprocidade;

    percebe as r egr as como

    e s t a b e l e c i d a s

    e mantidas pelo consenso social

    Piaget

    cons tatou

    que po r

    v o l t a

    de anos a criana passa a per ceber a regra como

    o resultado

    de l ivre

    deciso, podendo

    s e r mo d i fi c a d a ,

    e como digna

    de

    r e s p e i t o ,

    desde

    q ue m ut ua m en te

    cons entido.

    6

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    4/21

    Kohlberg e a Pesquisa sobre

    Julgamento Moral

    Tentando compreender

    o desenvolvimento

    KOhlberg

    realizou uma

    sr ie

    de pesquisas com

    crianas

    e jovens

    dos

    Estados

    Unidos

    da Amrica ,

    do Mxico,

    da China

    Taiwan),

    da Turquia

    e

    da

    Malsia Atayal) .

    A fonte original da definio dos estgios de desen

    volvimento moral fo i o levantamento de dados realizado por KOhlberg

    junto

    a

    rapazes,

    de

    classe

    mdia,

    da zona

    urbana

    de

    Chicago,

    divididos em t rs

    grupos etrios

    de

    10 ,

    3 e 6 anos. Nesse

    estu

    do ,

    seguindo o desenvolvimento em

    intervalos

    de 3 em 3 anos, ut i -

    l izando o mtodo de entrevistas inspirado em Piaget, o pesquisa

    do r apresentou aos sujei tos dilemas morais hipott icos, para

    rem analisados um de

    cada

    vez. Cada sujeito

    era solici tado

    a ju l -

    ga r

    os

    dilemas e apresentar just i f ic t iv s

    da s

    respostas apresen

    tadas. Nesse processo, o

    entrevistador

    tinha o cuidado de procurar

    deixar o

    sujeito

    vontade para

    responder

    livremente e

    de

    fazer

    perguntas,

    procurando

    respostas

    adic ionais , para

    maior

    esclareci

    mento

    quanto

    s jus t i f ic t iv s tentando, assim, esquadrinhar

    to

    dos

    os raciocnios

    subjacentes

    resposta.

    Esse estudo

    permitiu

    a concluso de

    que

    h tendn-

    cias etrias quanto

    ao

    uso

    de

    t ipos

    de

    raciocnio moral

    exibido

    nas

    respostas e verif ic r

    um conjunto

    de aspectos do

    julgamento

    moral.

    A

    p r t i r

    da anlise das respostas e dos raciocnios

    apresentados pe los sujei tos

    Kohlberg definiu

    estgios de

    desenvol

    vimento

    moral Quadro I) e

    vinte

    e

    cinco

    aspectos de julgamento

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    5/21

    moral. Os estgios foram definidos com base no modo como as crian-

    as respondiam

    s questes

    sobre os dilemas

    em relao

    aos aspec-

    tos

    de julgamento

    moral. e acordo

    com as

    afirmaes apresentadas

    cada sujeito

    analisado

    enquadrado

    em

    um estgio de desenvolvimen

    to

    moral.

    Kohlberg

    estudou

    tambm crianas e jovens de

    classe

    mdia e

    de

    zona urbana do xico e Taiwan anad e

    Gr Bretanha

    comparando

    os resultados

    com

    aqueles obtidos entre crianas

    de

    zona

    urbana

    dos

    Estados

    Unidos

    da A mrica

    e

    ainda

    com

    os

    resulta-

    dos

    obtidos em

    a ld e ia s i so la d as na

    Turquia

    e no Yucatan. o

    o n u ~

    to de

    pesquisas

    realizadas foram entrevistados sujei tos

    em

    diferen

    tes

    pases sujei tos

    da zona

    urbana e da

    zona rural catlicos

    judeus protestantes budistas e

    ateus.

    Kohlberg

    apresentava

    aos

    sujeitos

    da

    pesquisa uma

    seqUncia de his trias

    ou

    dilemas

    morais hipot t icos

    destinados

    a

    colocar

    o indivduo diante

    de um conflito

    entre a

    conformidade

    habitual a

    regras

    ou

    autoridade em oposio

    a

    uma resposta ut l

    t r ou de

    bem maior.

    Os dilemas apresentam conflitos

    entre

    pa-

    dres

    simultaneamente aceitos

    po r grande parte

    da comunidade.

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    6/21

    QU RO

    I NfvEIS E

    ESTGIOS

    E DESENVOLVIMENTO

    MORAL

    SEGUNDO

    KOHLBERG

    1969.

    N VEL Pr-convencional

    O valor IOOral localiza-se nos acontecimentos externos quase s

    cos

    em atos maus ou em necessidades quase fsicas

    mais do que

    em pessoas ou

    padres.

    Estgio

    1

    orientao

    para a obedincia e castigo.

    Deferncia

    ego-

    cntrica sem questionamento para o

    poder

    ou prestgio superior ou tendncia

    para

    evitar aborrecimentos.

    Estgio 2 orientao

    ingenuamente

    egosta. A

    ao

    correta

    a que

    satisfaz

    instnmentalmente

    s

    prprias necessidades

    e

    eventualmente s

    de

    outrem. Conscincia relativislOO do valor relativo das

    necessidades

    e

    tivas de cada

    l

    19ualitarislOO ingnw e orientao para

    troca

    e reciprocida

    de .

    N VEL

    II

    Convencional

    O

    valor IOOral localiza-se

    no desempenho

    correto

    de papis

    na

    manu-

    teno

    da ordem comrencional e em atender

    s

    expectativas dos outros.

    Estgio

    3 orientao do

    o

    menino e boa menina. Orientao para

    obteno de aprovao e

    para agradar

    aos outros. Confonnidade

    com

    imagens

    este

    reotipadas

    ou

    papis

    naturais e julgamento

    em

    funo de intenes.

    Estgio

    4

    orientao

    de manuteno

    da

    autoridade

    e ordem

    social.

    Orientao

    para

    cllllprir

    o

    dever

    e demonstrar respeito para

    com

    a autoridade e

    para a manuteno da ordem social como l i l i fim em s

    meslOO.

    Considerao

    pelas

    expectativas

    merecidas dos outros.

    N VEL

    III

    Ps comrencional autIlOllJJ ou

    nvel

    de princpios

    O

    valor

    IOOral localiza-se na confonnidade para consigo

    meslOO com

    padres direitos e deveres que

    so

    ou podem se r compartilhados.

    Estgio

    5 orientao contratual legalista. Reconhecimento de

    um

    elemento

    ou

    ponto de partida

    arbitrrio

    nas

    regras

    no interesse

    do acordo. O

    dever

    definido

    em termos

    de

    contrato ou

    de evitar

    de forma geral a viola

    o dos direitas dos outros e da vontade e

    bem-estar da maioria .

    Estgio

    6 orientao de conscincia ou princpios. Orientao no

    apenas

    para regras

    sociais

    realmente

    prescritas

    mas

    para princpios

    de

    escolha

    que envolvem

    apelo universalidade

    lgica e

    consistncia. Orientao para ~

    cincia COllD

    agente

    dirigente e segundo respeito e

    confiana

    mtua.

    63

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    7/21

    Observe-se

    que

    um

    dilema difere da s estrias que

    se

    contam as crianas, onde: o bem e o mal se

    contrapem;

    o

    bom

    sem-

    pr e

    aparece

    como

    vencedor; onde a criana recebe a resposta pronta

    do adulto ou o

    adulto

    apresenta a soluo correta.

    Utilizando

    o mtodo

    clnico, como

    Piaget, o pesquis

    do r

    apresentava

    a cada

    sujeito um

    dilema

    de

    cada

    vez,

    solici tando

    -lhe

    que

    o julgasse e

    apresentasse

    just i f i t iv s para as escolhas

    ou

    solues.

    Dentre

    os

    dilemas

    uti l izados

    po r

    Kohlberg,

    o

    mais

    amplamente

    divulgado

    o seguinte:

    A

    esposa de um homem estava

    morrendo. Havia um remdio que a salvaria mas era muito caro e o

    farmacutico que o inventara no vendia

    p or pr eo

    mais baixo. O

    homem deveria roub-lo para salvar

    a esposa?

    O caso

    de Tommy

    um exemplo,

    apresentado por

    Kohlberg, de estgios de desenvolvimento de julgamento moral,

    to ao Valor da Vida Humana O pesquisador apresentava o

    seguin

    te

    dilema:-

    mais importante

    salvar

    a vida de uma pessoa impor

    tante

    ou

    de

    um

    numero

    grande

    de

    pessoas

    que

    no

    so

    importantes? .

    Apresentado a

    Tommy

    quando

    ele tin ha

    10 anos, f oi o bti da a s u i ~

    t e r es po st a: -

    De todos que

    no so importantes

    porque

    uma pessoa

    tem apenas uma

    casa

    e

    pode

    te r tambm mveis mas um nmero grande

    de pessoas ter uma quantidade grande de mveis e pode te r bastan

    te dinheiro . No caso, Tommy

    no

    estgio 1,

    confunde

    o valor da

    vida

    humana

    com

    o

    valor

    dos bens que possui.

    64

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    8/21

    Aos

    13

    anos diante

    do dilema: De

    um mdico pra t i -

    ca r a

    eutansia deixar

    morrer

    uma

    mulher doente que

    no

    tem cura

    para l iv r la de s ua dor? Tommy

    respondeu:

    poderia ser bom al i -

    viar su a do r mas o marido no i r ia querer no como o caso de um

    animal. Se

    um

    bicho

    de

    estimao

    mor re voc pode continuar

    sem ele

    no algo

    que voc realmente

    necessita .

    A resposta do estgio 2 sendo o valor da vida

    re la tivo ao valor in st rumenta l pa ra se u

    marido

    o qual no poderia

    substi tu la

    t o facilmente

    quanto

    a

    um

    animal

    de

    estimao.

    outro estudo verificou que com a idade de 13

    anos

    Ricardo

    dizia

    sobre a morte ou eutansia: Se o

    indivduo

    pede i s to se ele est

    em

    t e r ve l

    sofrimento

    deve se r

    atendido.

    E

    o mesmo

    caso

    de quando

    as

    pessoas aliviam o

    sofrimento

    de n m s ~

    Ricardo

    demonstra aqui uma combinao

    de estgio

    2 e

    estgio

    3

    quanto ao

    valor da

    vida.

    Aos anos ele diz: No sei . Por um lado assassi

    nato

    no

    direi to

    ou

    privi lgio

    do

    homem decidir

    quem

    deve mor

    rer ou

    viver.

    Deus coloca vida em algum e

    voc

    estar ia destruindo

    algo sagrado; em algum sentido

    voc

    est destruindo uma parte

    de

    Deus. H algo de

    Deus

    em cada

    pessoa .

    Aqui pode-se

    assinalar

    o

    estgio

    4. O conceito de

    vida em

    termos

    de sagrado e em termos de uma ordem moral ou re l i -

    giosa. O valor

    da

    vida humana universal mas ainda dependente de

    algo

    mais

    do respeito autoridade de Deus Pode-se imaginar que

    se

    Deus ordenasse a

    Ricardo matar como

    ordenou a

    Abraho ele

    o

    faria .

    65

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    9/21

    Aos

    24

    anos Ricardo diz:

    O

    ser

    humano tem precedn

    cia

    sobre qualquer valor legal ou

    moral. A

    vida

    humana

    tem um va

    lo r inerente

    a

    ela ,

    seja

    ou

    no va lo r izado pelo i n i v u o ~

    Ricardo

    mostra um julgamento do tipo do

    estgio

    6.

    Em

    out ro e studo, Kohlberg

    pedia a

    um

    menino

    que

    jul-

    gava

    a

    seguinte

    estria : A me

    de

    uma

    criana

    (Pedrinho)pediu-lhe

    que

    tomasse

    conta

    do

    irmo

    menor enquanto

    ia

    ao armazm A

    criana

    tomou

    conta

    do irmo mas quando a me vol tou bat eu em Pedrinho .

    menino

    de

    anos

    julga

    o

    comportamento da

    criana

    como mau

    j que

    ela h av ia s id o

    punida.

    Entrevistados

    de

    5 ou 6

    anos

    tentavam inventar

    razes para a punio, t is como: se

    fo i

    punido

    fo i

    porque

    fe z

    algo errado . Crianas entre 7 e 8 anos j no

    miam

    logo de

    inc io que o

    fato de te r sido punido signif icasse que

    o indivduo

    t ivesse

    mau

    comportamento.

    Os

    resultados

    das pesquisas permitiram a

    Kohlberg

    concluir

    que , a pe sa r de possveis diferenas quanto idade em que

    as crianas alcanam cada estgio, h uma seqUncia universal de

    estgios.

    Quanto ao

    caso

    de

    raciocnio moral,

    no se

    detectam dife

    renas

    de

    cultura para

    cultura

    ou entre catlicos ,

    protestantes,

    j udeu s, bud is ta s e

    ateus.

    Depois da primeira elaborao terica e definio do

    esquema

    de desenvolvimento

    moral, a

    teoria

    e a ocorrncia dos

    est

    gios

    de desenvolvimento

    moral

    t l

    como definido por Kohlberg, vem

    sendo e st udada por ele e po r outros pesquisadores nos Estados Uni

    dos

    em pases

    diferentes

    (Canad, Gr-Bretanha, Estados

    Unidos

    da

    Amrica,

    Turquia,

    lxico,

    :Ials

    i incluindo o

    Bras

    i

    1) desde

    se u

    primeiro trabalho

    at

    os dias de hoje.

    66

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    10/21

    Estgios

    de

    Desenvolvimento Moral e

    Critrios de

    Teoria Cognitiva Evolutiva

    1971,

    Kohlberg

    conclui

    que os estgios po r e le

    definidos atendem aos ri tr ios gerais de estgios de teoria ' cogn

    t iv

    evolutiva como se segue:

    estgios

    constituem estruturas de conjunto

    ou s is

    temas organizados de respostas

    que implicam

    em diferenas qualita

    tivas nos modos de pensamento. s estgios de ju lgamento moral im

    plicam

    em

    estruturas de

    conjunto

    e no

    em respostas aprendidas

    quanto a situaes'

    especf icas.

    Trata-se

    de formas ou

    padres

    de

    respostas, que

    independem do contedo. O indivduo pode

    inc lus ive

    ut i l iz r o mesmo padro

    para

    sustentar um escolha, de acordo com

    um

    alternat iva

    ou com

    ou tr a d ia nt e de um

    dilema.

    Exemplo:

    por qu

    roubar ou po r qu

    no

    roubar usando

    o

    mesmo padro

    de resposta

    de

    um

    mesmo

    estgio?

    O desenvolvimento moral nesse sentido no

    implica

    no

    conhecimento

    das

    regras da

    cultura dos valores. O que

    importa

    que o

    julgamento

    muda

    em sua

    forma

    cognitiva

    no

    padro

    do racioc

    nio apresen tado.

    Estgios implicam em um

    seqUncia

    invarivel ,

    em

    ordem

    constante. Isto

    no

    quer dizer que todo indivduo alcana

    determinado estgio com a mesma

    idade.

    A ordem no implica em cro

    no log ia cons tan te

    ou que todos alcancem cada estgio na mesm id a

    de, m s

    que no ocorrem

    saltos .

    O

    indivduo

    no chega ao estgio

    sem passar pelo estgio 2.

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    11/21

    s

    estgios tm um carter de

    integrao

    hierrqu

    ca formando ordem de estruturas

    crescentemente

    diferenciadas e in

    tegradas. Isto

    quer dizer que as estruturas

    de um

    es tg io dete rmi

    nado tornam-se parte

    integrante

    de estruturas dos estgios

    seguin

    tes . s

    indivduos

    compreendem os raciocnios de estgios anterio

    res

    queles

    em

    que

    esto

    mas

    preferem

    os do estgio mais

    elevado.

    Desenvolvimento

    Moral e

    Desenvolvimento

    Intelectual

    s

    resultados de pesquisa

    demonstraram

    que

    existe

    correlao entre o

    nvel

    de desenvolvimento cognitivo e de desen

    volv imento moral o que no s ignifica a

    exigncia

    de conhecimentos

    de

    qualquer

    espcie.

    A dimenso cognitiva do julgamento

    moral

    im

    plica

    que

    h mudanas na forma cognitiva do

    raciocnio

    ao longo

    do desenvolvimento o que independe do contedo do

    problema

    moral

    analisado.

    s

    pesquisas tm mostrado que o indivduo precisa

    ser

    capaz

    de

    fazer

    proposies lgicas

    class i f icar e

    considerar

    pos

    sibi l idades e

    hipteses

    bem como de deduzir implicaes para que

    possa elaborar julgamentos morais de nveis mais elevados. prec

    so que o ind ivduo tenha alcanado o estgio de op er a es formais

    do desenvolvimento

    cogni ti vo par a

    que

    possa

    elaborar julgamentos

    ao nvel

    3 dos

    princpios Quadro

    I .

    O indivduo que atinge o v ~ do pensamento formal

    no que se refere ao desenvolvimento cognitivo tem capacidade de

    contemplar o

    possvel destacando-se

    do

    concreto de admi ti r supos

    es de coordenar pontos de

    vista

    argumentar expressar-se po r

    proposies e t rabalhar com

    proposies.

    Nesse nvel preocupa-se

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    12/21

    com problemas nao a tua is com

    variedade

    de

    sistemas soci is anali

    sa os fatos no conjunto dos possveis no aceita afirmaes sem

    comprovao e no atribui significado a um f at o i so la do do conjun

    to .

    e o desenvolvimento

    o ~ n i t i v o

    condio necessria

    para o desenvolvimento moral no consti tui no

    entanto

    condio

    nica e

    sufic iente .

    s o fatores de desenvo lv imen to moral : a o nvel de

    desenvolvimento

    cognitivo;

    b

    o

    amb ient e; c

    as

    interaes

    sociais

    e d as oportunidades de desempenho do papel.

    Julgamento Moral e

    Interao

    Social

    e acordo com estudos desenvolv idos por

    Piaget

    e

    Kohlberg o desenvolvimento

    no

    julgamento moral

    estimulado pela

    interao

    social nos g rupo s d e iguais e nas famlias.

    s pesquisas mostram

    que

    naquelas famlias onde a

    criana

    ouvida e considerada onde

    os

    problemas comuns e

    assun

    to s em

    geral so debatidos onde

    se

    permite que a criana

    p r t ic i -

    pe nas

    discusses e

    nas

    quais as concluses

    so

    acompanhadas de

    argumentao h uma

    facil i tao

    do desenvolvimento moral.

    nvel de desenvolvimento moral

    afetado

    pela

    sio

    do

    indivduo

    a

    diferentes

    nveis de raciocnio

    moral.

    1968

    u

    aluno de Kohlberg Blatt desenvolveu

    um

    programa

    de debates em uma escola dominical e atravs dele ver i f i -

    cou o seguinte: quando

    expostos

    a raciocnio a um nvel acima dos

    seus os indivduos

    tendem a passar para o

    n vel s eguint e

    de

    desen-

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    13/21

    v ol vi m en to m o r al .

    Fo i

    cons tatado n e s ta

    e

    em

    outras

    p esquisas

    qu e

    os encontros

    e n tr e

    crianas na s a l a de aula ou no

    r e c r e io

    foram

    as crianas a perceberem motivos e sentimentos de

    ou tras pessoas

    e estimula o

    d e sen v ol v ime n to mo ra l.

    Desempenho de

    Papel

    e Julgamento Moral

    m

    outro

    f a t o r de desenvolvimento mor al pos tulado

    .por Kohlberg

    o desempenho

    de p a p e l

    processo

    de

    colocar-se

    no

    lugar do outro e de

    t i r r

    in f e r n c ia s sobre as opinies morais do s

    o u tr o s . S LM N 1971 analisou o n v e l da s operaes

    cognitivas

    empregadas p ara f az er t is

    in f e r n c ia s .

    m outro aspecto no e n ta n to qu e m e re c er ia a te n o

    a extenso com

    qu e

    o indivduo pode ident i f i r

    d i f e r e n t e s

    t i v a s

    s o c i a i s assumidas d ia n te de

    um

    d et er m in ad o d i le m a.

    Diante

    de

    um

    q u e s tio n r io sobre

    r a c io c n io

    moral os indivduos

    s o

    capazes

    de responder como

    e le s

    p r p r io s r a ci o ci n ar i am como

    um f i l s o f o

    r a c i o c i n a r i a como um pol i i l mdio r a c i o c i n a r i a apontando e s t e

    retipos s o c i a i s

    de

    j ul ga m en to m o ra l .

    Comportamento Moral e Julgamento Moral

    Assim como

    Pia g e t Kohlberg

    estudou o

    julgamento

    mo-

    r lou o r a c io c n iq e no a ao ou a conduta

    moral.

    o e n ta n to

    suas pes quis as indicaram qu e e x i s t e uma

    correlao

    e n tr e os n v e is

    de julgamento moral e o comportamento moral.

    Indivduos

    qu e

    se

    s i-

    tuam nos

    n v e is

    mais a l t o s tendem a apresentar

    melhor

    comportamen-

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    14/21

    to moral do que os de nveis mais baixos. Os

    resultados

    de pesqui

    sa

    permitiram concluir

    que o

    julgamento moral

    maduro ou de nvel

    mais elevado seria uma condio necessria mas

    no

    sufic iente

    para

    a melhor conduta

    moral.

    Pode-se raciocinar em termos morais sem

    apresentar

    conduta moral ou sem seguir os princpios morais.

    Porm, os inaivduos do nvel de princpios tendem a

    roubar

    menos do

    que

    os do nvel

    convencional.

    Essa pesquisa r u n ~

    no incio, grupo de 7S sujeitos que

    tinham,

    no inc io do estu

    do ,

    entre

    10 e

    6

    anos e ao

    final

    entre

    e

    8

    anos.

    Cabe

    obser

    var

    que ainda

    no presente,

    Kohlberg

    acompanha o

    desenvolvimento mo

    r l

    destes mesmos

    sujei tos) .

    Kohlberg e a Educao Moral

    A

    proposta de Kohlberg para

    Educao Moral baseia

    -se, como er a de se

    esperar

    na

    sua

    teoria,

    em

    dados de pesquisa

    sobre

    Desenvolvimento Moral e

    em especial, em

    pesquisas que

    veri f

    caram

    aspectos mais diretamente ligados

    a

    esse

    problema

    Bltt ,

    1969), Kohlberg, 1973 e Hichey,

    1974),

    Kohlberg Selman,1972 .

    As

    proposies

    bsicas de Kohlbe rg so: de que exis

    te uma seqUncia

    cultura lmente universa l de estgios

    de desenvolv

    mento moral e de que possvel

    estimular

    o desenvolv imento moral

    nas escolas.

    Prope como

    alvo

    para a Educao Moral, a estimula

    o do movimento

    para

    os

    estgios mais elevados

    da

    seqUncia

    e

    ar

    gumenta que a estimulao do desenvolvimento do julgamento moral

    do indivduo

    uma

    alternativa para educao moral em

    oposio

    a

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    15/21

    programas

    de im posio de modelos exteriores

    virtudes

    pr defini-

    d as p elo s. professores e outros adultos.

    1968 como

    aluno de

    Kohlberg Blatt

    desenvolveu

    um

    programa de debates

    em um Escola Dominical

    Judia.

    O projeto piloto de

    Blatt fo i desenvolvido em

    encon

    tr os en tre alunos e um professor

    vrias

    vezes

    na s emana

    em

    clas-

    se s

    pequenas compostas po r a 13

    alunos

    de diferentes estgios de

    desenvolvimento moral. O professor

    apresentava

    classe um dilema

    moral de cada

    vez

    lido em voz lt aps o que solic itava que

    os

    alunos

    discutissem

    as provveis

    solues. Cabia

    ao

    professor

    alm

    de

    introduzir

    o

    dilema coordenar

    a

    discusso.

    Essa

    coordenao

    incluia um exame minucioso de opinies dos

    raciocnios

    subjacen-

    tes s escolhas a ateno aos nveis de desenvolvimento de cada

    aluno e aos nveis

    correspondentes

    dos raciocnios

    apresentados.

    ainda

    ao

    professor

    apresentar o raciocnio

    de

    um nvel acima

    daquele do aluno de

    nvel

    de desenvolvimento mais e le va do da

    elas

    se.

    Cada

    dilema

    e ra d isc utid o a t que os

    alunos

    e

    em

    especial

    o

    professor

    considerassem

    o

    assunto

    esgotado

    aps

    o que

    outro dilema era apresentado.

    Analisando

    esse

    programa a apresentao do

    dilema

    aps dilema pode redundar

    em

    monotonia.

    Pode se

    ut i l iz r

    outras

    estratgias como apresentao

    de

    fi lmes estrias ou

    document-

    rios his tricos

    em

    como

    jogos

    estimulantes ou

    dramatizao

    sobre

    dilemas.

    Kohlberg prope que

    o

    professor que

    nao

    pretende ser

    doutrinrio

    deve definir objetivos

    para

    s ua a tu a o baseado no en

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    16/21

    foque cogn i tivo evolu tivo do julgamento moral e p r ~ o c u p r s e com o

    nvel

    de desenvolvimento de

    se u aluno em lugar de preocupar-se em

    impor regras

    segundo

    as convenincias administrativas ou valores

    definidos

    pelo

    estado.

    A

    nfase

    maior de Koh lberg no sentido de que o

    cador fique cnscio

    de que

    sua a tu ao sempre

    implica

    em

    questes

    de

    valor e

    que

    se preocupe em no transmitir aos alunos apenas va

    lores competitivos da

    sociedade

    e comportamento

    conformista

    a

    pa

    dres

    administrativos.

    A atuao do

    educador deve

    ser considerada no ape

    nas em relao a

    aulas

    de educa o moral

    mas

    a outros

    aspectos

    do

    curr culo. Nesse conjunto o professor deve estimular o

    desenvolvi

    mento do

    julgamento moral

    da criana e no a conformidade.

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  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    20/21

    R SUMO

    o

    artigo versa sobre estudos realizados po r Kohlbepg

    pesquisador

    norte-americano

    respeito do desenvolvimento moral .

    Insatisfeito com o enfoque da t eor i a p s ic anal ti c a e

    da s

    teorias de

    aprendizagem

    social para explicar

    scializao

    dedicou-se ana

    l s r

    questo

    p r t r

    do enfoque cognitivo

    redefinindo

    os est

    gios de julgamento

    moral

    propostos po r Piaget.

    ps uma rpida passagem pelas

    fases

    propostas

    po r

    Piaget o art igo discorre sobre as

    pesquisas

    de Kohlberg os

    nveis

    e estgios de desenvolvimento

    moral

    propostos pela su a teoria e

    l -

    guns resultados e concluses para ao pedaggica.

  • 7/24/2019 Desenvolvimento Moral de Piaget a Kholberg

    21/21

    R SUM N

    Este

    artculo

    t r t

    de

    e stu dio s r ea li za do s

    po r

    Kohlberg envest igador norte-americano

    en relacin

    aI

    deselvol

    vimien to mora l . Insatisfecho con e l enfoque de la teoria

    psico

    anals tica

    on la s teorias

    de I

    aprendiz ge

    social

    para explicar

    l a soc ia l iz acin

    est

    autor s e d ed ic

    analizar e l asunto par

    tiendo

    de I

    enfoque

    cognotivo

    redefiniendo la s etapas

    de I

    juic io

    moral propuestos

    po r

    Piaget.

    Despus de

    una

    rpida d iscusin de

    la s

    etapas

    pro

    puestas por

    Piaget

    e l

    art culo

    d is cu te l as investigaciones de

    Kohlberg enfocando lo s grados la s etapas de desenvolvimiento

    mo

    r propuestos en su teoria .

    mbin

    son discutidos algunos

    de

    lo s

    resultados algunas

    de

    su s conclusiones en relacin

    la

    accin pedaggica.