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Desenvolvimento de um Sistema de Ajuda à Negociação de Contratos de Performance para Medidas de Eficiência Energética 21 Julho 2008 Faculdade de Engenharia da Universidade do Port Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e Computadores Rui Miguel da Silva Azevedo

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Page 1: Desenvolvimento de um Sistema de Ajuda à Negociação de Contratos de Performance para Medidas de Eficiência Energética 21 Julho 2008 Faculdade de Engenharia

Desenvolvimento de um Sistema de Ajuda à Negociação de Contratos de Performance para Medidas de Eficiência Energética

21 Julho 2008

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e Computadores

Rui Miguel da Silva Azevedo

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Objectivos

Encontrar soluções técnicas e financeiras para implementação da eficiência energética no consumo

Criar metodologias que permitam à ESCO obter rapidamente e de forma automatizada EPC’s, com elevado detalhe técnico e financeiro

Criar procedimentos metodológicos de negociação entre a ESCO e o cliente

Implementar a metodologia numa ferramenta e teste num caso de aplicação real

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Empresas de Serviços Energéticos (ESCO)

Tem como objectivo prestar serviços energéticos, a consumidores finais, de:

Eficiência energética

Utilização de recursos endógenos

A sua remuneração está directamente ligada ao desempenho das soluções energéticas que propõe

Contratos de eficiência energética (EPC)

Encontra soluções técnicas e de financiamento dos projectos

Faz o acompanhamento do funcionamento das soluções medindo o seu desempenho

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Fases de um projecto ESCO

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Tipos de contratos ESCO• Guaranteed savings

• Shared savings

• Chaufage

• Build-OWN-Operate-Transfer

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Partilha de custos proveitos e riscos

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Partilha de custos proveitos e riscos

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Partilha de custos proveitos e riscos

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Fases da metodologia

Inserção das medidas de eficiência

VAL, TIR% Tempo de retorno/ tempo de vidaCusto da operaçãoCaracterísticas da solução a implementarConsumo energético antes e após

Negociação individual das soluções técnicas

Medidas a implementar

Negociação da forma de financiamento

Negociação da partilha de proveitos

Investimento inicialProveito médio mensal

Definição da M&V

Quais as características de cada medida de eficiência?

Quais as medidas que o cliente aceita implementar?

Quantas unidades M&V e onde as colocar e qual o protocolo?

Quais serão as fontes e formas de financiamento?

Como serão partilhados os proveitos entre ESCO e cliente e fundos?

Elaboração do EPC

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Quais as características de cada medida de eficiência?

Funcionalidades de inserção de tecnologias

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Quantas unidades M&V e onde as colocar e qual o protocolo?

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Quais as medidas que o cliente aceita implementar?

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Quais serão as fontes e formas de financiamento?

Como serão partilhados os proveitos entre ESCO e cliente e fundos?

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Anexos do EPC

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Anexo técnico - M&V e O&M

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Instituto de São José com um lar de 3ª idade e um infantário

≈ 219 crianças

≈ 60 idosos

Consumo eléctrico médio mensal de 1200€

Consumo de gasóleo de aquecimento médio mensal de 2500€

Consumo de gás médio mensal de 600€

Caso de estudo

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Caso de estudo Propuseram-se várias medidas para melhorar a

eficiência energética Substituição de balastros magnéticos em lâmpadas

fluorescentes

Substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas fluorescentes compactas

Introdução de detectores de presença nos WC’s e escadas interiores

Troca de luminárias em alguns locais

Substituição do motor utilizado no monta cargas

Mudança comportamental na lavandaria

Instalação de 50 m2 de painéis solares térmicos

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Foram inseridas 27 medidas de eficiência energética

Separadas por pisos do lar e do infantário

Foram propostos 3 grupos para M&V M&V é instalada no quadro eléctrico geral da instalação

2 grupos para O&M

Para simulação foram propostos 3 esquemas diferentes de financiamento

Caso de estudo

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Simulações  Simulação 1 Simulação 2 Simulação 3

Financiamento 70% de um fundo de investimento ESCO assume a totalidade Introdução de um fundo de investimento

Investimento inicial 54.660 € 52.260 € 52.260 €

Receita anual esperada 7.350 € 7.180 € 7.180 €

Duração do contrato [anos] 5 17 15

Proveitos fixos

Cliente 10% 0% 0%

ESCO 90% 100% 15%

Fundo 0% ------------------------------------ 85%

Proveitos variáveis [%]

Cliente 50% 10% 5%

ESCO 50% 90% 5%

Fundo 0% ------------------------------------ 90%

TIR

0%

2%

4%

6%

8%

10%

12%

14%

16%

18%

20%

Pessimista Realista Optimista

TIR

[%]

Sim 1 ESCO

Sim 2 ESCO

Sim 3 Fundo

VAL

-23000

-18000

-13000

-8000

-3000

2000

7000

12000

Pessimista Realista Optimista

VAL

[€]

Sim 1 ESCO

Sim 2 ESCO

Sim 3 ESCOSim 3 Fundo

VAL

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

Pessimista Realista Optimista

VA

L [€

]

Sim 1 Cliente

Sim 2 Cliente

Sim 3 Cliente

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Conclusões A metodologia desenvolvida permite:

Negociação detalhada e individual das soluções técnicas

Negociação do conjunto de soluções técnicas a contratualizar

Definição das estruturas e protocolos de M&V

Negociação da partilha e custos e proveitos e riscos

Adaptabilidade a qualquer modelo de EPC

Avaliação da incerteza das poupanças e riscos associados ao contrato

A realização de anexos dos EPC com elevado detalhe técnico e financeiro

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Conclusões

Contribuição do trabalho desenvolvido

Promoção e difusão da realização de EPC

Automatizar e facilitar a realização de EPC

Maior segurança para a ESCO e para o cliente

Garantias de poupança mais ambiciosas, devido a uma maior confiança contratual e técnica

Desenvolvimento de uma metodologia de produtividade para o novo conceito de negócio ESCO