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Qualidade do Ar

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Governador Sergio Cabral Filho Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Secretário Carlos Minc Baumfeld

Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente Presidente Axel Shmidt Grael Vice-Presidente Dione M. Marinho Castro Departamento de Planejamento Ambiental Diretor João Batista Dias Departamento de Controle Ambiental Diretora Ana Cristina Rangel Henney Departamento de Administração e Finanças Diretor Ricardo Soares Teixeira

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EQUIPE TÉCNICA

Departamento de Planejamento Ambiental Divisão de Qualidade do Ar Equipe Técnica Antonio Carlos Dias dos Santos Maria Isabel de Carvalho Alzira dos Santos Amaral Gomes da Silva Paulina Maria Porto Silva Cavalcanti José Arnaldo Sales Euclides Santos de Jesus José Amado Afonso Rodrigues José Péricles de Moraes Filho Adilson Rodrigues Penha Cosme Ferreira Rodrigues João Anulino Franco Neto Orlando Gonçalves Mattos Mário Ribeiro de Souza Geraldo Peixoto Luiz Fernando Ferreira da Silva Geneci Moraes Valmir Braga Equipe de Apoio Marcelo Gomes Medeiros Rodrigo da Silva Augusto Eliane Rodrigues Vieira Patrícia Vieira Waldheim

Estagiários Nathália Carvalho Nogueira Antonio Pedro Cavalcanti Sant’Anna

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Sinopse

Região Metropolitana

Das regiões metropolitanas existentes no país, a do Rio de Janeiro é a que apresenta a segunda maior densidade demográfica, aproximadamente 1.900hab/km2, é a de maior grau de urbanização, 99,31% e responsável pela geração de cerca de 80% da renda interna do Estado e de 13% da nacional.

Embora a Região Metropolitana possua a segunda maior concentração de população, de veículos, de indústrias e de fontes emissoras de poluentes do país, apresenta um sistema de circulação atmosférica que, embora complexo, é eficiente em vários pontos da cidade, pois combina os efeitos de brisa com as canalizações proporcionadas pela topografia local. Este fato desviou as atenções tanto dos administradores públicos, quanto da sociedade civil em geral, de uma discussão clara sobre a questão da qualidade do ar no Rio de Janeiro.

No Estado do Rio de Janeiro a qualidade do ar é estudada desde 1967, quando foram instaladas as primeiras estações de monitoramento e, os resultados obtidos refletiram o comprometimento da qualidade do ar de várias áreas. Desde então, várias ações foram desenvolvidas, implementadas e resultaram na melhoria da qualidade do ar. Entretanto, em relação à problemática da poluição do ar por material particulado, os resultados que vêm sendo obtidos ainda superam os limites padrões na maioria das áreas monitoradas.

Os resultados oriundos do monitoramento da qualidade do ar refletem que os níveis de concentração de material particulado, medidos na rede manual de amostragem, vêm ao longo dos anos revelando níveis acima do padrão ambiental na maior parte das áreas monitoradas. Quanto aos resultados obtidos na rede automática de monitoramento da qualidade do ar, verificamos que ano de 2007, dentre os poluentes monitorados na região, ozônio, partículas totais (MP100), partículas inaláveis(MP10) e dióxido de nitrogênio, apresentaram concentrações acima do padrão de qualidade do ar. Do total de ultrapassagem do padrão, ozônio responde por 98,5% das ultrapassagens ocorridas, 0,8% foram por partículas inaláveis, 0,6% partículas totais e 0,1% por dióxido de nitrogênio. O ozônio é um poluente secundário, formado na atmosfera através da reação entre os compostos orgânicos voláteis e óxidos de nitrogênio em presença de luz solar. Conseqüentemente, as ações de controle têm como alvo a redução de seus precursores. O inventário das fontes de emissões realizado na RMRJ, mostrou que as fontes moveis, responde por 77% do total de emissões da região. Em relação a taxa de emissão por tipologia, as industrias petroquímicas responde por respectivamente, 90% do total das emissões de hidrocarbonetos e 21% do total dos óxidos de nitrogênio. O grande número de violações ao PQAR por ozônio, deve-se basicamente a localização das áreas monitoradas, visto que, as estações que registraram quase a totalidade das

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violações por ozônio, mais de 99%, encontram-se instaladas na área de influência do pólo petroquímico e, próximas duas grandes redes viárias, Rodovias Washington Luiz e Rio Teresópolis. As ações de controle de emissões, oriundas do pólo petroquímico, encontram-se contemplada do plano de gestão, que vem sendo desenvolvido por empresa de Consultoria, contratada pela Associação de empresas do pólo. O plano encontra-se em fase final de elaboração e, as ações de controle dos percussores de ozônio, serão checadas e pelos técnicos desta Instituição e, caso necessário aprimoradas em função dos resultados que vem sendo obtidos. Quanto o controle das emissões de origem veicular, a base principal são as ações previstas nas fases do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores - PROCONVE. O atendimento pelas montadoras das medidas preconizadas pelo PROCONVE como, uso de injeção eletrônica e catalisador e pelas fornecedoras de combustível, retirada do chumbo da gasolina e menor teor de enxofre no diesel, propiciaram vários ganhos ambientais, como a redução a nível nacional das emissões de poluentes, principalmente monóxido de carbono e dióxido de enxofre. O Estado do Rio de Janeiro, não só vem atendendo as ações previstas em todas as fases do PROCONVE, como também é o único estado que implantou o programa de I/M veicular, que vem sendo realizado desde julho de 1997, conforme preconiza a Resolução CONAMA 07. Quanto a parcela de emissão oriundas de veículos a diesel, encontram-se em execução o Programa de Autocontrole de Emissão de Fumaça Preta, onde estão sujeita ao programa todas as empresas transportadoras de cargas e de passageiros, que utilizam óleo diesel como combustível automotor e atuam no Estado do Rio de Janeiro. Em termos de controle das emissões de fontes, embora as novas fases do PROCONVE, estabeleça limites mais restritivo para emissões de poluentes a partir de 2009, principalmente para os percussores de ozônio, a frota de veículos vem ao longo dos anos apresentando uma tendência de crescimento acentuada, ou seja, tais medidas isoladamente não serão suficientes para garantir a redução ou, tendência de estabilização do teor de poluentes oriundos de fontes moveis. Dentre as alternativas existentes, não podemos deixar de mencionar a necessidade urgente de melhoria da modal de transporte publico e da matriz energética. O que mostra que a solução do problema não depende apenas do sistema de meio ambiente, mas de ações compartilhadas entre vários setores da sociedade, que direta ou indiretamente podem impulsionar prioridades políticas no que tange ao controle da qualidade do ar. Região do Médio Paraíba

Um dos compromissos constantes do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assumidos pela Companhia Siderúrgica Nacional com o Governo do Estado, foi instalar e operar uma rede automática de monitoramento da qualidade do ar, na área de influência das atividades desenvolvidas pela Siderúrgica.

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Em consonância ao compromisso assumido, a CSN adquiriu 03 (três) estações automáticas que começaram a operar no início de 2001, cujos resultados são enviados on-line à central de telemetria da FEEMA. Nos sete anos de operação da rede, mais de 90% dos resultados obtidos situaram-se em faixas de índice que qualificaram o ar como de boa e regular qualidade, ou seja, em conformidade com os limites padrões de qualidade do ar. Tais resultados, quando comparados aos obtidos em campanhas de monitoramento realizadas anteriormente na região, refletem a eficácia dos sistemas de controle que foram implantados pela Siderúrgica, após a assinatura do Termo de Ajusta e Conduta (TAC). A partir de 2005, foram incorporadas a rede de automonitoramento da região mais cinco estações automáticas, em atendimento as restrições constantes nas licenças ambientais concedidas a duas siderúrgicas instaladas no município de Barra Mansa. Essas estações estão capacitadas à realização de medições continuas do teor de partículas totais em suspensão, como também da fração mais fina do particulado (inaláveis). No ano de 2007 verificamos que, em mais de 95% do período, os níveis de concentração obtidos situaram-se em faixas de índice que qualificaram o ar como de boa e regular qualidade, ou seja, atenderam aos padrões de qualidade do ar. Partículas totais em suspensão, foi o único poluente que registrou valores de concentração acima do limite padrão. Região do Norte Fluminense

A rede automática de monitoramento da qualidade do ar é composta por 03 (três) estações de amostragem contínua, 02 (duas) de propriedade da UTE Macaé Merchant e 01 (uma) da UTE Norte Fluminense, capacitadas a medir os seguintes parâmetros: óxidos de nitrogênio, dióxido de nitrogênio, monóxido de nitrogênio, monóxido de carbono, ozônio e parâmetros meteorológicos. No ano de 2007, em mais de 98% do período monitorado, os níveis de concentração medidos na Região Norte Fluminense situaram-se em faixas de índice que qualificaram o ar como de boa e regular qualidade. Especificamente no município de Macaé, ozônio e dióxido de nitrogênio, foram os poluentes que determinaram a qualificação predominante do período, inclusive com índices acima do padrão de qualidade do ar.

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SUMÁRIO

I -INTRODUÇÃO 01

II – O ESTADO DO RIO DE JANEIRO 02

2.1 Caracterização das Regiões Prioritárias 03

2.1.a Região Metropolitana 03

2.1.b Região do Médio Paraíba 05

2.1.c Região do Norte Fluminense 05

III – POLUIÇÃO DO AR 07

3.1 Conceito 07

3.2 Poluentes Atmosféricos 07

IV – FONTES DE EMISSÃO 10

V – INVENTÁRIO DAS FONTES DE POLUIÇÃO DO AR 12

VI – PADRÕES DE QUALIDADE DO AR 18

VII – MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR 21

7.1 Objetivos 21

7.2 Áreas Prioritárias 22

7.2.1 Região Metropolitana 22

7.2.2 Região do Médio Paraíba 25

7.2.3 Região do Norte Fluminense 25

VIII – CARACTERIZAÇÃO DA CLIMATOLOGIA DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

26

8.1 Caracterização da Climatologia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro 27

8.2 Caracterização da Climatologia da Região Norte Fluminense 28

8.3- Caracterização da Climatologia para a Região do Médio Paraíba 29

8.4- Condições Atmosféricas Observadas no ano de 2007 30

8.4.a - Região Metropolitana do Rio de Janeiro 30

8.4.b - Região Norte Fluminense 33

8.4.c - Região do Médio Paraíba 35

IX – AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 38

9.1 Região Metropolitana 38

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9.1.a Rede Manual 38

9.1.b Partículas Totais em Suspensão 39

9.1.c Partículas Inaláveis 41

9.2. Rede Automática 43

9.2.a Resumo do Monitoramento exercido em 2007 43

9.2.b Dióxido de Enxofre 44

9.2.c Dióxido de Nitrogênio 45

9.2.d Monóxido de Carbono 46

9.2.e Partículas Inaláveis 47

9.2.f Ozônio 48

9.3 Região Médio Paraíba 50

9.3.a Rede Manual 50

9.3.b Resumo do Monitoramento exercido em 2007 50

9.3.c Partículas Totais em Suspensão 50

9.3.d Partículas Inaláveis 51

9.3.e Rede Automática 53

9.3.f Resumo do Monitoramento exercido em 2007 53

9.3.g Dióxido de Enxofre 54

9.3.h Dióxido de Nitrogênio 55

9.3.i Monóxido de Carbono 56

9.3.j Ozônio 57

9.3.l Partícula Inaláveis 58

9.3.m Partículas Totais em Suspensão 59

9.4 Região Norte Fluminense 56

9.4.a Rede Automática 56

9.4.b Resumo do Monitoramento exercido em 2007 60

9.4.c Dióxido de Nitrogênio 60

9.4.d Monóxido de Carbono 61

9.4.e Ozônio 62

9.5 Outros Poluentes Monitorados 63

X – AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE A METEOROLOGIA E A QUALIDADE DO AR

66

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XI – PERFIL DA QUALIDADE DO AR 68

11.1 Região Metropolitana 68

11.1.1 Rede Manual de Amostragem 68

11.1.2 Rede Automática 68

11.2 Região do Médio Paraíba 69

11.3 Região do Norte Fluminense 69

XII - PROGRAMAS DESENVOLVIDOS CONTROLE DA POLUIÇÃO DO

AR

70

XIII– PROJETOS EM ANDAMENTO 74

XIV - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 75

GLOSSÁRIOS 76

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Taxa de emissão por tipologia industrial 13

Tabela 2 – Taxa de emissão por bacia aérea 14

Tabela 3 – Percentual de poluentes por vias de tráfego 15

Tabela 4 – Taxas de emissão por tipo de fontes na RMRJ 16

Tabela 5 – Dados Climatológicos da RMP 29

Tabela 6 – Número de dados gerados por estação da rede manual da RMRJ 37

Tabela 7 – Número de dados horários, validados por estação automática da RMRJ 43

Tabela 8 – Número de dados gerados por estação da rede manual da RMP 50

Tabela 9 - Número de dados horários, validados por estação automática da RMP 53

Tabela 10 - Número de dados horários, validados por estação automática da RNF 60

Tabela 11 – Concentrações de monóxido de nitrogênio 63

Tabela 12 – Concentração de hidrocarbonetos não metano 64

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Poluentes monitorados, origem das emissões e efeitos à saúde 09

Quadro 2 – Principais substâncias consideradas como poluentes e, respectivas fontes 10

Quadro 3 – Padrões nacionais de qualidade do ar 18

Quadro 4 – Critérios para caracterização de episódios agudos de poluição do ar 19

Quadro 5 – Padrões de qualidade do ar adotado pela USEPA 19

Quadro 6 – Faixas de concentrações limitantes ao índice de qualidade do ar 20

Quadro 7 – Objetivos do monitoramento da qualidade do ar 21

Quadro 8 – Seleção dos sítios de medição 22

Quadro 9 – Configuração da rede de monitoramento da RMRJ 24

Quadro 10 – Metodologia de amostragem da rede FEEMA 25

Quadro 11 – Metodologia de amostragem da rede da RMP 25

Quadro 12 – Critério de validação dos dados (rede manual) 38

Quadro 13 – Evolução do índice de qualidade do ar da rede manual da RMRJ 42

Quadro 14 – Critério de validação dos dados (rede automática) 44

Quadro 15 - Evolução do índice de qualidade do ar da rede automática da RMRJ 49

Quadro 16 – Critério de validação dos dados (rede manual) 50

Quadro 17 – Evolução do índice de qualidade do ar da rede manual da RMP 53

Quadro 18 – Critério de validação dos dados (rede automática) 54

Quadro 19 - Evolução do índice de qualidade do ar da rede automática da RMP 60

Quadro 20 - Evolução do índice de qualidade do ar da rede automática da RNF 63

Quadro 21 – Número de estações da rede privada - RMRJ 71

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Posição Geográfica do Estado do Rio de Janeiro 02

Figura 2 – Delimitação das sub-regiões da RMRJ 04

Figura 3 – Fontes Fixas e Móveis Inventariadas na RMRJ 15

Figura 4 – Contribuição das cargas poluidoras da RMRJ 16

Figura 5 – Comparação entre emissões de fontes fixas e móveis (por poluentes) 17

Figura 6 – Percentual de reclamações da população relacionadas à poluição 21

Figura 7 – Áreas prioritárias a realização de monitoramento do ar 23

Figura 8 – Temperaturas Médias, Máximas e Mínimas para a RMRJ 27

Figura 9 – Precipitação Total Média Mensal Acumulada para a RMRJ 28

Figura 10 –Variação Média Mensal de temperatura nas estações da RMRJ 31

Figura 11 – Variação Média Mensal da Umidade Relativa nas estações da RMRJ 31

Figura 12 – Rosa dos ventos - Centro (2007) 32

Figura 13 – Rosa dos ventos - Nova Iguaçu (2007) 32

Figura 14 – Rosa dos ventos - Jacarepaguá (2007) 33

Figura 15 – Variação Média Mensal de Temperatura nas estações localizadas na Região do Norte Fluminense

33

Figura 16 – Variação Média Mensal de Umidade Relativa nas estações localizadas na Região do Norte Fluminense

34

Figura 17 – Rosa dos ventos para a estação Pesagro (2007) 34

Figura 18 – Rosa dos ventos para a estação Fazenda Severina (2007) 35

Figura 19 – Variação Média Mensal de Temperatura nas estações localizadas na Região do Médio Paraíba

35

Figura 20 - Variação Média Mensal da Umidade Relativa nas estações localizadas na Região do Médio Paraíba

36

Figura 21- Rosas dos ventos para estação Belmonte (2007) 36

Figura 22- Rosas dos ventos para estação Retiro (2007) 37

Figura 23 - Rosa dos ventos para a estação Santa Cecília (2007) 37

Figura 24 – Concentração média anual – Partículas Totais em Suspensão (RMRJ) 39

Figura 25 – Evolução da média anual de PTS em áreas da RMRJ 40

Figura 26 – Concentração máxima diária de PTS (RMRJ) 40

Figura 27 – Concentração média anual de Partículas Inaláveis (RMRJ) 41

Figura 28 – Evolução média anual de PI em áreas da RMRJ 41

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Figura 29 – Concentração máxima diária de PI (RMRJ) 42

Figura 30 – Concentração Média Anual – Dióxido de Enxofre (RMRJ) 44

Figura 31 – Evolução Média Anual - Dióxido de Enxofre (RMRJ) 45

Figura 32 – Concentração máxima diária de SO2 (RMRJ) 45

Figura 33 – Concentração Média Anual – Dióxido de Nitrogênio (RMRJ) 46

Figura 34 – Concentração máxima horária de NO2 (RMRJ) 46

Figura 35 – Concentração máxima horária de monóxido de carbono (RMRJ) 47

Figura 36 – Concentração máxima de 8 horas de monóxido de carbono (RMRJ) 47

Figura 37 – Concentração média anual – Partículas inaláveis (RMRJ) 48

Figura 38 – Concentração máxima diária de PI (RMRJ) 48

Figura 39 – Concentração máxima horária de ozônio (RMRJ) 49

Figura 40 - Concentração média anual – Partículas Totais em Suspensão (RMP) 51

Figura 41 – Concentração máxima diária de PTS (RMP) 51

Figura 42 - Concentração média anual de Partículas Inaláveis (RMP) 52

Figura 43 – Concentração máxima diária de PI (RMP) 52

Figura 44 – Concentração Média Anual de Dióxido de Enxofre (RMP) 54

Figura 45 - Concentração máxima diária de SO2 (RMP) 55

Figura 46 – Concentração Média Anual de Dióxido de Nitrogênio (RMP) 55

Figura 47 - Concentração máxima horária de NO2 (RMP) 56

Figura 48 - Concentração máxima horária de monóxido de carbono (RMP) 56

Figura 49 - Concentração máxima de 8 horas de monóxido de carbono (RMP) 57

Figura 50 - Concentração máxima horária de ozônio (RMP) 57

Figura 51 - Concentração média anual de Partículas Inaláveis (RMP) 58

Figura 52 - Concentração máxima diária de PI (RMP) 58

Figura 53 - Concentração média anual de PTS (RMP) 59

Figura 54 - Concentração máxima diária de PTS (RMP) 59

Figura 55 - Concentração Média Anual de Dióxido de Nitrogênio (RNF) 61

Figura 56 - Concentração máxima horária de NO2 (RNF) 61

Figura 57 - Concentração máxima horária de monóxido de carbono (RNF) 61

Figura 58 - Concentração máxima de 8 horas de monóxido de carbono (RNF) 62

Figura 59 - Concentração máxima horária de ozônio (RNF) 62

Figura 60 - Contribuição percentual de metano no total de hidrocarbonetos 65

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Figura 61 - Evolução da concentração média mensal de PTS nas estações da rede

manual de monitoramento da FEEMA (2006)

66

Figura 62 - Evolução da concentração média mensal de PM10 nas estações da rede

manual de monitoramento da FEEMA (2006)

66

Figura 63 - Evolução da concentração média mensal de PTS por estações da rede

manual de monitoramento da FEEMA (2004)

67

Figura 64 - Evolução da concentração média mensal de PM10, por estações da rede manual de monitoramento da FEEMA (2004)

67

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I - Introdução Além de causar danos à saúde humana, à fauna, à flora e aos materiais em geral, a poluição do ar vem sendo considerada pela maioria dos países como o principal agente de degradação ambiental do Planeta. Mudanças climáticas ocorridas nas últimas décadas são atribuídas às atividades humanas que contribuem efetivamente para o aumento das emissões de poluentes para a atmosfera, em níveis capazes de favorecer alterações em escala mundial, com possíveis conseqüências catastróficas para a humanidade. No Estado do Rio de Janeiro a qualidade do ar é monitorada desde 1967, quando foram instaladas as primeiras estações de medição. Desde o início da operação da rede de monitoramento, várias ações foram desenvolvidas e implementadas no sentido de minimizar a emissão de poluentes: eliminação dos incineradores domésticos, substituição do combustível usado nas padarias e nas indústrias, desativação de algumas pedreiras situadas na Região Metropolitana, implantação do Programa de Autocontrole de Emissão Industrial, restrição do tráfego de veículos 9pesados em alguns túneis da cidade, culminando com a instalação do sistema de ventilação e a construção da parede que divide as duas pistas de rolamento no interior do túnel Santa Bárbara, entre outras. No ano de 1997, foi assinado o Convênio DETRAN-RJ/FEEMA que além de cumprir, a determinação dos dispositivos legais para o controle de poluentes gasosos quando do licenciamento anual dos veículos automotores, previa também, o repasse a FEEMA de recursos financeiros destinados a implantação de uma rede automática de monitoramento da qualidade do ar. Cumpre esclarecer que até o presente, o Estado do Rio é o único estado da federação que tem implantado o programa de I/M e, este tem servido de referência aos demais estados que buscam implantar o referido programa. Em termos de poluição do ar, o Estado do Rio de Janeiro apresenta duas áreas críticas e, portanto, consideradas prioritárias com relação a ações de controle: a Região Metropolitana e a Região do Médio Paraíba. Já o interior do Estado é caracterizado por problemas específicos e pontuais. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro possui uma grande concentração de fontes de emissão de poluentes atmosféricos apresentando níveis de comprometimento da qualidade do ar, em algumas áreas, as quais requerem um sistema de monitoramento mais intenso. A Região do Médio Paraíba, situada a meio caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro, apresenta alto potencial poluidor do ar pela grande concentração industrial e pelo volume de trânsito pesado. O objetivo do presente relatório é informar à população a qualidade do ar das regiões onde o monitoramento é efetivamente realizado.

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II - O Estado do Rio de Janeiro O Estado do Rio de Janeiro fica ao leste da Região Sudeste, delimitando-se a norte-noroeste com o Estado de Minas Gerais, nordeste com o estado do Espírito Santo, a leste-sul com o Oceano Atlântico e ao sudoeste com o estado de São Paulo.

Figura 1 – Posição Geográfica do Estado do Rio de Janeiro

Fonte : Centro de Informações e dados do Rio de Janeiro - CIDE Suas costas, leste e sul são banhadas pelo oceano Atlântico. Com relevo diversificado, a paisagem do Estado do Rio de Janeiro apresenta fortes contrastes: escarpas elevadas, tanto à beira-mar como no interior; mares de morros; colinas e vales; rochas variadas em baías recortadas pelo litoral, com diferentes formas de encontro entre o mar e a costa; dunas, restingas e praias planas; lagos, florestas tropicais naturais; e ainda uma área de planalto, que se estende à oeste. O ponto mais elevado do estado é o pico das Agulhas Negras, de 2.787 m de altura, localizado na serra da Mantiqueira, região sudoeste do estado. A serra da Mantiqueira é uma imponente escarpa voltada para o vale do rio Paraíba do Sul, que atravessa os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A serra do Mar é outro maciço relevante que corta o estado do Rio de Janeiro, ao longo do litoral. Inicia-se ao norte do estado de Santa Catarina, região Sul, estendendo-se por mais de 1.000 km até o norte do estado do Rio de Janeiro. Ao longo desse percurso recebe diferentes denominações como serra da Bocaina, ao sul do estado, serra da Estrela e serra dos Órgãos, ao fundo da baía de Guanabara. Os principais rios que cortam o Estado são o Paraíba do Sul, Macaé, Muriaé, Piraí e Guandu.

A cobertura vegetal é composta por matas e florestas (naturais e plantadas), no estado representa 15% do total da área ocupada por estabelecimentos rurais, ou seja, 500.000

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hectares. Encontram-se nas encostas montanhosas da cidade do Rio de Janeiro as duas maiores florestas urbanas do mundo: o maciço da Pedra Branca e a floresta da Tijuca. Esta última cobre uma extensão de 3.300 hectares e foi tombada pela ONU como reserva da biosfera.

Localizada no coração do sudeste brasileiro, a região mais rica e dinâmica do Mercosul, ao redor do Rio de Janeiro encontra-se o maior mercado consumidor da América Latina. Esse mercado deverá crescer aceleradamente nos próximos anos e, em face do crescimento do produto e da renda do país, aumento expressivo da demanda ocorrerá também no Rio de Janeiro, envolvendo praticamente todos os tipos de produtos e serviços.

O Rio de Janeiro é o quarto menor estado da Federação, com uma área de 43.696,054 Km². No entanto, detém o 2º lugar no PIB nacional e o 3º em população e extensão de litoral. Sua posição privilegiada, com 636 Km de linha de costa, favorece o comércio marítimo, a pesca, o turismo e o acesso às riquezas da plataforma continental.

Origina-se da plataforma continental do Estado do Rio de Janeiro a maior parte da produção de petróleo do País. Descoberta em 1974 e utilizando tecnologia nacional de exploração em águas profundas, a produção da bacia de Campos, localizada na costa nordeste do estado, alcança 52.600 m3 (330.000 barris) por dia, o que corresponde a 70% da produção nacional de petróleo.

Destacam-se no estado as indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, químicas, alimentícias, mecânicas, editorial e gráfica, de papel e celulose, de extração mineral, de derivados de petróleo e naval. O Produto Interno Bruto (PIB) do estado representa 10,91 % do PIB nacional. Cumpre ressaltar que as principais atividades industriais em operação no estado, são na grande maioria de alto ou médio potencial poluidor do ar, de acordo com critério estabelecido pela FEEMA. A parcela de contribuição de emissão das atividades industriais, somadas as emissões geradas pela operação de atividades de geração de energia e, principalmente das de origem veicular, uma vez que a frota da Região Metropolitana é das maiores do país em numero de veículos em circulação, causa problemas de poluição do ar em várias áreas do Estado, principalmente nas Regiões Metropolitana e do Médio Paraíba, sendo consideradas pela FEEMA áreas prioritárias em relação às ações de monitoramento intensivo da qualidade do ar e de controle das emissões. 2.1 - Caracterização das Regiões Prioritárias. 2.1.a - Região Metropolitana A Região Metropolitana congrega 17 municípios, ocupa 14,9% da área total do Estado e concentra, numa superfície de pouco menos de 6.500 km2, uma população de mais de 1 milhões de pessoas, cerca de 80% do Estado, dos quais 60% vivem no município do Rio de Janeiro. Das regiões metropolitanas existentes no país, a do Rio de Janeiro é a que apresenta a maior densidade demográfica, aproximadamente 1.700 hab/km2, e é a de maior grau de

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urbanização, 96,8%, responsável pela geração de cerca de 80% da renda interna do Estado e de 13% da nacional. Na Região Metropolitana encontra-se a segunda maior concentração de população, de veículos, de indústrias e de fontes emissoras de poluentes do país, gerando sérios problemas de poluição do ar. Os maciços da Tijuca e da Pedra Branca, paralelos à orla marítima, atuam como barreira física aos ventos predominantes do mar, não permitindo a ventilação adequada das áreas situadas mais para o interior. No período de maio a setembro, devido à atuação dos sistemas de alta pressão que dominam a região, ocorrem com freqüência situações de estagnação atmosférica e elevados índices de poluição. Além desses fatores, deve ser considerado ainda que a região está sujeita às características do clima tropical, com intensa radiação solar e temperaturas elevadas, favorecendo os processos fotoquímicos e outras reações na atmosfera, com geração de poluentes secundários. Levando-se em consideração as influências da topografia e da meteorologia, a Região Metropolitana foi dividida em quatro sub-regiões de acordo com a Figura 2.

Figura 2 – Delimitação das sub-regiões da RMRJ

Sub-região I - com uma área de 730 km2, compreende os distritos de Itaguaí e Coroa Grande, no município de Itaguaí; os municípios de Seropédica, Queimados e Japerí e as regiões administrativas de Santa Cruz e Campo Grande, no município do Rio de Janeiro. Sub-região II - com uma área de cerca de 140 km2, envolve as regiões administrativas de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, no município do Rio de Janeiro. Sub-região III - ocupa uma área de cerca de 700 km2. Abrange os municípios de Nova Iguaçu, Belford Roxo e Mesquita; os distritos de Nilópolis e Olinda, no município de Nilópolis; os distritos de São João de Meriti, Coelho da Rocha e São Mateus, no município de São João de Meriti; os distritos de Duque de Caxias, Xerém, Campos Elíseos e Imbariê,

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no município de Duque de Caxias; os distritos de Guia de Pacobaíba, Inhomirim e Suruí, no município de Magé e as regiões administrativas de Portuária, Centro, Rio Comprido, Botafogo, São Cristóvão, Tijuca, Vila Isabel, Ramos, Penha, Méier, Engenho Novo, Irajá, Madureira, Bangu, Ilha do Governador, Anchieta e Santa Tereza, no município de Rio de Janeiro. Sub-região IV - com área de cerca de 830 km2, abrange parte do Município de Niterói, além dos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Magé e Tanguá. 2.1.b - Região do Médio Paraíba A Região do Médio Paraíba com área de 9.239 km2 e população de cerca de 740.000 habitantes, equivale a 21% da área do Estado, compreende os municípios de Resende, Barra Mansa, Volta Redonda, Barra do Piraí, Rio Claro, Piraí, Valença, Rio das Flores, Itatiaia, Quatis e Porto Real. É grande a importância econômica desta região para o desenvolvimento do Estado e do País, principalmente quando se enfoca a atividade industrial concentrada no eixo de Resende, Barra Mansa e Volta Redonda, ao longo da Via Dutra, eixo viário que interliga as duas maiores metrópoles do país, Rio de Janeiro e São Paulo. A problemática do rio Paraíba do Sul é definida por ser ele, ao mesmo tempo, receptáculo dos despejos de uma das áreas mais desenvolvidas do Estado e ser o principal manancial de água potável. Este conflito tende a se agravar pelo desenvolvimento, na região, de numerosas áreas industriais. Os problemas ambientais relacionados à poluição do ar se devem, basicamente, ao porte, tipo e localização das atividades industriais implantadas na Região. Todo o parque industrial está situado no vale por onde corre o Rio Paraíba do Sul, área que está sujeita, principalmente no período de inverno, a condições de grande estabilidade atmosférica, ventilação deficiente, inversões de temperatura e ausência de chuvas, mecanismos que favorece ao aumento dos níveis de qualidade do ar. 2.1.c - Região do Norte Fluminense

Estendendo-se desde o litoral até os limites dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a Região Norte Fluminense possui uma área de 12.340 km2 e uma população de 654 mil habitantes. Abrange os municípios de Campos, Cardoso Moreira, Conceição de Macabú, Macaé, Quissamã, São Fidélis, São João da Barra, Carapebus e São Francisco de Itabapoana.

Durante muitos anos, o alicerce da economia da região norte foi o cultivo da cana-de-açúcar.

Na baixada de Campos, a monocultura canavieira vem empregando a totalidade da mão-de-obra rural local. A zona de influência da cana se estende basicamente pelos municípios de Campos e São João da Barra. A agroindústria açucareira foi, durante muitos anos, a principal atividade industrial da área. Das dez usinas existentes no Estado, oito localizam-se

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nessa região, sendo que cinco concentram-se no município de Campos, que participa de 72% da produção global.

A poluição do ar decorrente da produção do açúcar e do álcool é agravada pela queima dos canaviais na época da colheita da cana, prática que gera altas emissões de partículas e gases, elevando consideravelmente os níveis de poluentes no ar da região.

Nos últimos anos, com a instalação do terminal da PETROBRAS no município de Macaé e a atividade de exploração de petróleo associada ao mesmo, a região passou a ter sua economia centrada no setor industrial, comercial e de serviços. Este contínuo crescimento da economia tem contribuído sobremaneira para a degradação da qualidade do ar. Recentemente, da mesma forma como vem ocorrendo em outras áreas do Estado, na região de Macaé houve a implantação de duas centrais de geração de energia que utilizam gás natural como combustível, cujos impactos na qualidade do ar podem ser significativos. Desse modo, a FEEMA vem exigindo, desde o processo inicial de licenciamento dessas atividades, a adoção de uma série de medidas de controle e acompanhamento sistemático da qualidade do ar das áreas de influência dessas unidades.

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III – Poluição do Ar 3.1 - Conceito

Na legislação brasileira, a poluição é definida, em termos gerais, pela Lei n°6.938, de 31 de agosto de 1981, no art.3°, como "a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente a) prejudiquem a saúde, a segurança, e o bem-estar da população ; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas ; c) afetem desfavoravelmente a biota ; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente ; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos".

A poluição atmosférica, conforme a OCDE - "Organisation de Coopération et de Développement Économiques" - pode ser definida como "a introdução, direta ou indiretamente, pelo homem na atmosfera, de substâncias ou energias que ocasionem conseqüências prejudiciais, de natureza a colocar em perigo a saúde humana, causar danos aos recursos biológicos e aos sistemas ecológicos ou perturbar as outras utilizações legitimas do meio ambiente". 3.2 – Poluentes Atmosféricos A Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA 03, de 28 de junho de 1990, define como poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar:

impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;

inconveniente ao bem estar público;

danoso aos materiais, à fauna e à flora;

prejudicial à segurança, ao uso e ao gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.

Numerosos esquemas de classificação podem ser delimitados para a variedade de poluentes que podem estar presentes na atmosfera. Podemos classificar os poluentes de acordo com sua origem em duas categorias:

Primários: aqueles emitidos diretamente pelas fontes de emissão.

Secundários: São aqueles formados na atmosfera como produtos de alguma reação. Um poluente que está presente na atmosfera reage com algum outro material, que pode ser um componente natural da atmosfera ou outro poluente. A reação pode ser fotoquímica ou não.

Podemos classificar também, de acordo com o seu estado como:

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Gasosos: comportam-se como o ar, uma vez difundidos, não tendem mais a se

depositar.

Partículas: Considerando que este parâmetro não é um composto químico definido, surge a necessidade de defini-lo.

São considerados poluentes particulados, as névoas de compostos inorgânicos e orgânicos sólidos, com diâmetro aerodinâmico equivalente inferiores a 100μm, e que permanecem em suspensão, por um período mais longo quanto menores forem às partículas. A determinação da qualidade do ar está restrita a um grupo de poluentes, quer por sua maior freqüência de ocorrência, quer pelos efeitos adversos que causam ao meio ambiente. São eles: dióxido de enxofre (SO2), partículas total em suspensão (PTS), partículas inaláveis (PI), monóxido de carbono (CO), oxidantes fotoquímicos expressos como ozônio (O3), hidrocarbonetos totais (HC) e óxidos de nitrogênio (NOX).

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Quadro 1 - Poluentes monitorados, origem das emissões e efeitos à saúde.

Poluentes Monitorados Fontes de Emissão Efeitos à Saúde

Partículas em suspensão (poeira)

Combustão incompleta originada da indústria, motores à combustão, queimadas e poeiras diversas.

Interfere no sistema respiratório, pode afetar os pulmões e todo o organismo.

Dióxido de Enxofre SO2

Queima de combustíveis fósseis que contenham enxofre, como óleo combustível, carvão mineral e óleo diesel.

Ação irritante nas vias respiratórias, o que provoca tosse e até falta de ar. Agravando os sintomas da asma e da bronquite crônica. Afeta, ainda, outros órgãos sensoriais.

Óxidos de Nitrogênio NO2 e NO

Queima de combustíveis em altas temperaturas em veículos, aviões fornos e incineradores.

Agem sobre o sistema respiratório, podendo causar irritações e, em altas

concentrações, problemas respiratórios e edema pulmonar.

Monóxido de Carbono CO

Combustão incompleta de materiais que contenham carbono, como derivados de petróleo e carvão.

Provoca dificuldades respiratórias e asfixia.

É perigoso para aqueles que têm problemas cardíacos e pulmonares.

Ozônio O3

Não é um poluente emitido diretamente pelas fontes, mas formado na atmosfera através da reação entre os compostos orgânicos voláteis e óxidos de nitrogênio em presença de luz solar.

Irritação nos olhos e nas vias respiratórias, agravando doenças pré-existentes, como asma e bronquite, reduzindo as funções pulmonares.

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IV - Fontes de Emissão As fontes de poluentes do ar são classificadas em três grandes classes:

Fontes estacionárias – representadas por dois grandes grupos: um abrangendo atividades pouco representativas nas áreas urbanas, como queimadas, lavanderias e queima de combustíveis nas padarias, hotéis, hospitais, tidas usualmente como fontes de poluição não industriais; e outro formado por atividades individualmente significativas, em vista à variedade ou intensidade de poluentes emitidos, como a poluição dos processos industriais.

Fontes móveis – compostas pelos meios de transporte aéreo, marítimo e terrestre,

em especial os veículos automotores que, pelo número e concentração, passam nas áreas urbanas a constituir fontes de destaque frente à outra.

Fontes naturais – são os processos naturais de emissão caracterizados pela atividade

de vulcões, do mar, da poeira cósmica, do arraste eólico, etc. Quadro 2 - Principais substâncias consideradas como poluentes do ar e, as respectivas

fontes de emissão. Fontes Poluentes

Combustão

Material particulado, dióxido de enxofre e trióxido de enxofre, monóxido de carbono,

hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio

Processo Industrial

Material particulado (fumos, poeiras,

névoas), gases – SO2, SO3, HCl, hidrocarbonetos, mercaptanas, HF, H2S,

NOx.

Queima Resíduo Sólido

Material particulado, Gases - SO2, SO3, HCl, NOx

Font

es

Est

acio

nári

as

Outros Hidrocarbonetos, material particulado.

Font

es

Móv

eis Veículos Gasolina/Diesel

Álcool, Aviões, Motocicletas, Barcos, Locomotivas, Etc.

Material particulado, monóxido de

carbono, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, aldeídos, dióxido de

enxofre, ácido orgânicos.

Fontes Naturais

Material particulado – poeiras Gases - SO2,, H2S, CO, NO, NO2,

hidrocarbonetos

Reações Químicas na Atmosfera

Ex: hidrocarbonetos + óxidos de nitrogênio (luz solar)

Poluentes secundários – O3, aldeídos, ácidos orgânicos, nitratos orgânicos,

aerossol fotoquímicos, etc.

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Em síntese, as atividades desenvolvidas em industrias, termoelétricas, construção civil e pelo tráfego de veículos geram emissão de partículas e/ou gases que podem alterar significativamente a qualidade do ar de uma localidade. Quando se determina a concentração de um poluente na atmosfera, está se medindo o grau de exposição dos agentes receptores (fauna, flora e matérias) como resultado final do processo de lançamento deste poluente na atmosfera por sua fonte de emissão e suas interações na atmosfera. A interação entre as fontes de poluição e a atmosfera vai definir o nível de qualidade do ar

A atmosfera pode ser considerada o local onde, permanentemente, ocorrem reações químicas. Ela absorve uma grande variedade de sólidos, gases e líquidos, provenientes de fontes, tanto naturais como industriais, que podem se dispersar, reagir entre si, ou com outras substâncias já presentes na própria atmosfera. Estas substâncias ou o produto de suas reações finalmente encontram seu destino num sorvedouro, como o oceano, ou alcançam um receptor (ser humano, outros animais, plantas, materiais). A concentração real dos poluentes no ar depende tanto dos mecanismos de dispersão como de sua produção e remoção. Normalmente, a própria atmosfera dispersa o poluente, misturando-o eficientemente num grande volume de ar, o que contribui para que a poluição se mantenha em níveis aceitáveis. As velocidades de dispersão variam com a topografia local e as condições meteorológicas reinantes. Em suma, é a interação entre as fontes de poluição e a atmosfera que vai definir a qualidade do ar. As condições meteorológicas determinam uma maior ou menor diluição dos poluentes, mesmo que as emissões não variem. Por esse motivo é que a qualidade do ar é pior durante o inverno, quando as condições meteorológicas são mais desfavoráveis à dispersão de poluentes.

Fontes de Emissão Atmosfera Receptores Poluentes Diluição Reações Químicas

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V - Inventário das Fontes de Poluição do Ar Para a gestão da poluição do ar, é fundamental não só a definição das áreas mais impactadas, como também a identificação, qualificação e quantificação das fontes emissoras de poluentes atmosféricos. O inventário de fontes de emissão de poluição atmosférica constitui um dos instrumentos de planejamento dos mais úteis para um órgão ambiental, uma vez que define qualitativa e quantitativamente as atividades poluidoras do ar e fornece informações sobre as características das fontes, definindo localização, magnitude, freqüência, duração e contribuição relativa das emissões. Esse instrumento tem como conseqüência a possibilidade de elaboração de diagnósticos que fortalecem, por conseguinte, as tomadas de decisão relativas ao licenciamento de atividades poluidoras e as eventuais ações de controle necessárias. Deve-se ressaltar que a ação de controle do órgão ambiental depende do conhecimento da natureza e extensão do problema de poluição do ar, de acordo com a região em estudo. Este conhecimento inclui revisão dos níveis existentes dos poluentes, as fontes e suas emissões, a tecnologia disponível para seu controle e o aumento provável dessas emissões, em função do crescimento urbano e econômico. O levantamento de emissões, nesse caso, identifica os principais contribuintes (indústrias, veículos, etc.) e suas respectivas características, permitindo priorizar os esforços de controle. Dessa forma, tendo-se identificado o problema e verificado a necessidade de redução das emissões, estratégias de controle deverão ser elaboradas e suas eficácias poderão ser avaliadas com o auxílio de modelos de simulação, ou outros procedimentos, que indiquem a melhor forma de atender aos níveis de qualidade do ar definidos na legislação. O levantamento qualitativo e quantitativo das fontes de poluentes atmosféricos, realizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, abordou as emissões dos poluentes regulamentados, material particulado, dióxido de enxofre, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e, ainda, hidrocarbonetos provenientes não só de atividades industriais, como também de veículos automotores nas principais vias de tráfego. As fontes naturais tais como: queimadas, desgaste do solo, erosão eólica, etc, não foram consideradas. De uma maneira geral, um levantamento de emissões completo deveria considerar toda e qualquer fonte existente numa área, independente da sua magnitude. Entretanto, no inventário recentemente realizado, foram descartadas as fontes naturais e aquelas fontes de pequeno porte, bem como as de baixo potencial poluidor para a atmosfera. Foram descartadas também aquelas que, mesmo apresentando potencial poluidor significativo, não foi possível a obtenção de informações suficientes para a realização do inventário de emissões no prazo previsto e disponível para a execução do trabalho. Da mesma forma, todos os poluentes emitidos deveriam ser considerados, porém, usualmente, restringe-se aos abrangidos pela legislação ambiental: óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono, material particulado e, por sua importância no contexto da poluição do ar, os hidrocarbonetos. Assim sendo, o Inventário abordou as principais Fontes Fixas e Fontes Móveis da Região Metropolitana. As fontes fixas inventariadas foram selecionadas com base no critério de classificação das atividades poluidoras, pelo reconhecimento do potencial poluidor de cada atividade industrial, onde

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500 empresas foram consideradas responsáveis por mais de 90% dos poluentes emitidos para a atmosfera. Ressalta-se que, no decorrer do trabalho algumas das empresas selecionadas foram excluídas por diversas razões, tais como encerramento das atividades, mudança de localização e etc. No total, 425 empresas foram inventariadas resultando em 1641 fontes de emissão de poluentes atmosféricos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As tipologias industriais que apresentaram as emissões mais significativas, por tipo de poluente, são mostradas na Tabela 1. Tabela 1 - Taxa de Emissão por Tipologia Industrial (x1000 ton/ano)

Poluentes Tipo de Taxa de Emissão (ton/ano)*1000 SO2 NOx CO HC MP10

Química 0.87 0.98 0.29 2.19 0.50

Petroquímica 28.16 11.49 2.11 23.19 2.12

Metalúrgica 0.29 0.60 0.18 0.03 0.64

Asfalto 0.22 0.19 0.61 0.18 0.12

Diversos 0.13 0.17 0.02 0.01 0.02

Cerâmica 2.66 0.60 2.14 0.03 1.27

Lavanderia 0.15 0.07 0.01 0.00 0.01

Têxtil 0.42 0.17 0.08 0.01 0.04

Alimentícia 1.32 0.78 0.25 0.04 0.17

Farmacêutica 0.34 0.24 0.09 0.01 0.06

Cimenteira 0.18 0.18 0.09 0.01 0.07

Papel 0.29 0.10 0.01 0.00 0.02

Fumo 0.01 0.00 0.00 0.00 0.00

Vidro 0.34 0.67 0.04 0.02 0.13

Naval 0.02 0.00 0.00 0.00 0.01

Geração 20.37 14.02 0.47 0.12 5.40

Total Geral 55.76 30.27 6.38 25.85 10.58

MP10 – Material Particulado Inalável SO2 – Dióxido de Enxofre NOX – Óxidos de Nitrogênio CO- Monóxido de Carbono

HC- Hidrocarbonetos Quando avaliadas as emissões das diversas fontes inventariadas, de acordo com sua distribuição espacial, por sub-regiões que compõem as Bacias Aéreas, as quantidades são mostradas na Tabela 2.

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Tabela 2: Taxa de Emissão por Bacia Aérea (x1000 ton/ano)

MP10 – Material Particulado Inalável SO2 – Dióxido de Enxofre NOX – Óxidos de Nitrogênio CO- Monóxido de Carbono

HC- Hidrocarbonetos

Os resultados demonstram que na Bacia Aérea III estão localizadas as fontes fixas que mais contribuem com a emissão de poluentes para a atmosfera. Em seguida, aparece com a segunda posição a região da Bacia Aérea I, área da Região Metropolitana de maior crescimento industrial previsto. Para as fontes móveis, foram contabilizadas as emissões provenientes dos veículos automotores que circulam nas principais vias estruturais e arteriais da RMRJ. Desse modo, foram selecionadas 187 vias, que foram devidamente segmentadas em razão dos respectivos traçados ou fluxo, consideradas como as mais significativas quanto ao volume de tráfego na Região Metropolitana e responsabilizadas como as principais contribuintes de emissões de poluentes atmosféricos de origem veicular, totalizando 260 fontes. As fontes móveis são compostas pelos meios de transporte aéreo, marítimo e terrestre, em especial os veículos automotores que, pelo número e distribuição espacial, passam a constituir-se como fontes de destaque nas áreas urbanas. Parte das informações necessárias para o cálculo dessas emissões foi obtida com a colaboração de vários organismos de trânsito, pesquisa, transporte, etc, quer sejam privados ou públicos. Os fatores médios de emissão para as classes de veículos automotores consideradas são provenientes do Inventário de Emissões Veiculares, realizado pela FEEMA. A Tabela 3 ilustra os resultados obtidos.

Poluentes Taxa de Emissão (ton/ano)*1000 SO2 NOx CO HC MP10

Total Geral 55.76 30.27 6.38 25.85 10.58

Bacia I 21.48 14.55 0.92 0.31 5.90

Bacia II 0.01 0.14 0.13 0.74 0.36

Bacia III 29.41 13.30 2.80 24.44 2.50

Bacia IV 3.80 1.28 2.36 0.13 1.39

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Tabela 3 – Percentual de Emissões das principais vias

*Percentual incluído nas demais vias de tráfego MP10 – Material Particulado Inalável SO2 – Dióxido de Enxofre NOX – Óxidos de Nitrogênio CO- Monóxido de Carbono

HC- Hidrocarbonetos Verifica-se que a Avenida Brasil, devido ao imenso fluxo de veículos, é responsável por 25 a 30% do total de poluentes do ar emitidos pelas vias de tráfego na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As fontes fixas e o traçado das principais vias de tráfego avaliadas podem ser vistas na Figura 3.

Figura 3 - Fontes Fixas e Móveis Inventariadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro

Dentre fontes fixas e móveis, foram inventariadas um total de 1901 fontes de emissão de poluentes atmosféricos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A Tabela 4 abaixo resume os valores obtidos de acordo com o tipo de fonte e o poluente avaliado.

Nome da Via MP10 (%) SO2 (%) NOx (%) CO (%) HC (%) Av. Brasil 22.9 30.0 33.4 25.3 25.2

Av. das Américas 5.7 9.6 7.9 12.2 12.3 Rod. Pres. Dutra 5.5 2.9 3.4 2.6 2.2 Linha Vermelha 3.1 3.4 3.8 2.8 2.8

Rod. Washington Luís 2.9 3.9 4.2 3.5 3.5 Ponte Rio - Niterói 1.9 3.2 2.7 3.9 3.9 Av. Ayrton Sena * 2.2 1.8 2.9 2.9 Linha Amarela * 1.9 1.9 2.5 2.5

Demais Vias 58.0 42.9 40.9 44.3 44.7

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Tabela 4: Taxas de Emissão por tipo de Fonte na RMRJ (x 1000 ton/ano)

TIPO DE FONTE MP10 SO2 NOX CO HC Fixas 10,6 55,8 30,3 6,3 25,9

Móveis 7,8 7,5 60,2 314,7 53,4 Total 18,4 63,3 90,5 321,0 79,3

Observa-se que a contribuição das fontes fixas é majoritária em relação a dois parâmetros: material particulado inalável e dióxido de enxofre, 58% e 88%, respectivamente. Quanto aos hidrocarbonetos e monóxido de carbono, a contribuição das fontes móveis é significativamente superior, representando 67% e 98% respectivamente. Com relação aos óxidos de nitrogênio, as fontes móveis são responsabilizadas pela maior quantidade emitida, 66%, embora a parcela de contribuição das fontes fixas também seja considerável, 37%. As informações obtidas por meio do inventário apontam que no universo de fontes consideradas, as fontes móveis são responsáveis por 77% do total de poluentes emitidos para a atmosfera e as fontes fixas, 23%, conforme a Figura 4.

Figura 4: Contribuição das fontes na Carga Poluidora da RMRJ

23%

77%

Fontes Estacionárias Fontes Móveis

É importante ressaltar que o inventário de emissões elaborado não abordou as fontes naturais e nem as vias de tráfego não pavimentadas, cuja emissão de material particulado é significativa na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Caso tais emissões tivessem sido contempladas, provavelmente, esse percentual de contribuição das fontes seria alterado. Ao comparar-se o total de emissões, por tipo de poluente, para as duas categorias de fonte, verifica-se que cerca de 98% do monóxido de carbono é proveniente das vias de tráfego,

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enquanto que o dióxido de enxofre, em sua maioria, 88%, é emitido, basicamente, por atividades industriais. Quanto ao material particulado inalável, observa-se que há uma distribuição equilibrada nas emissões. Há que se mencionar que esse poluente é característico da queima de combustíveis fósseis mais pesados, utilizados tanto nos processos industriais (óleo combustível), como nos veículos automotores (diesel). Os óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos também são provenientes da queima de combustíveis fósseis, evidenciando a maior parcela de contribuição das fontes móveis. Quando se contabiliza as emissões de hidrocarbonetos provenientes de veículos automotores, observa-se que a maior parcela de contribuição é atribuída a veículos leves, pelo seu maior número em circulação. Entretanto, embora a contribuição dos veículos a diesel seja bem menor, qualitativamente esses hidrocarbonetos são mais danosos à saúde. A Figura 5 ilustra esse comportamento.

Figura 5: Comparação entre as emissões de fontes fixas e móveis (por poluente)

0

100000

200000

300000

400000

TA

XA

DE

EM

ISSÃ

O(t

/ano

)

FIXA MÓVEL

TIPO DE FONTE

SO2 NOx CO HC total MP 10

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VI - Padrões de Qualidade do Ar O nível de poluição do ar é medido pela quantificação das substâncias poluentes presentes neste ar. A variedade dessas substâncias que podem estar presentes na atmosfera é muito grande tornando difícil à tarefa de se estabelecer uma classificação. De uma forma geral, foi estabelecido um grupo de poluentes que servem como indicadores da qualidade do ar. Esses poluentes consagrados universalmente são: dióxido de enxofre, material particulado em suspensão, monóxido de carbono, oxidantes fotoquímicos expresso como ozônio, hidrocarbonetos totais e óxidos de nitrogênio. A razão da escolha desses parâmetros como indicadores de qualidade do ar está ligada à sua maior freqüência de ocorrência e aos efeitos adversos que causam ao meio ambiente. Um dos componentes do diagnóstico da qualidade do ar é a comparação das concentrações medidas com os padrões estabelecidos. Um padrão de qualidade do ar define legalmente um limite máximo para a concentração de um componente atmosférico, que garanta a proteção da saúde e o bem estar das pessoas. Os padrões de qualidade do ar são baseados em estudos científicos dos efeitos produzidos que possam propiciar uma margem de segurança adequada.

Os padrões nacionais de qualidade do ar fixados na Resolução CONAMA no 3 de 28/06/90 encontram-se expostos no Quadro 3.

Quadro 3 - Padrões nacionais de qualidade do ar

Poluente Tempo de Amostragem

Padrão Primário

Padrão Secundário

24 Horas1 240 μg/m3 150 μg/m3 Partículas Totais em Suspensão (PTS) MGA2 80 μg/m3 60 μg/m3

24 Horas1 365 μg/m3 100 μg/m3 Dióxido de Enxofre (SO2) MAA3 80 μg/m3 40 μg/m3

1 Hora1 40.000 μg/m3

35ppm 40.000 μg/m3

35ppm Monóxido de

Carbono (CO) 8 Horas1 10.000 μg/m3

9ppm 10.000 μg/m3

9ppm Ozônio (O3) 1 Hora1 160 μg/m3 160 μg/m3

Fumaça MAA3 60 μg/m3 40 μg/m3 24 Horas1 150 μg/m3 150 μg/m3 Partículas

Inaláveis (PM10) MAA3 50 μg/m3 50 μg/m3 1 Hora1 320 μg/m3 190 μg/m3 Dióxido de

Nitrogênio (NO2) MAA3 100 μg/m3 100 μg/m3 (1) Não deve ser excedido mais que uma vez ao ano (2) Média Geométrica Anual (3) Média Aritmética Anual

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A referida resolução também contempla níveis limites de concentrações para caracterizar ocorrência de situações criticas de poluição do ar, conforme descrito na Quadro 4.

Quadro 4 - Critérios para caracterização de episódios agudos de poluição do ar

Concentrações limite Parâmetros Período Atenção Alerta Emergência

Dióxido de enxofre (μg/m3) 24 horas 800 1600 2100 Partículas totais em suspensão (μg/m3) 24 horas 375 625 875

SO2 X PTS (μg/m3) 24 horas 65000 261000 393.000 Monóxido de carbono (ppm) 8 horas 15 30 40

Ozônio (μg/m3) 1 hora 400 800 1000 Partículas inaláveis (μg/m3) 24 horas 250 420 500

Fumaça (μg/m3) 24 horas 250 420 500 Dióxido de nitrogênio (μg/m3) 1 hora 1130 2260 3000

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América - US.EPA adota como padrões de qualidade do ar as faixas de concentrações relacionados na Quadro5.

Quadro 5 - Padrões de qualidade do ar adotados pela US.EPA

Poluentes Tempo de Amostragem Padrão Primário

24 horas 365 (μg/m3) Dióxido de enxofre Média Aritmética anual 80 (μg/m3)

24 horas 150 (μg/m3) Partículas inaláveis Média Aritmética Anual 50 (μg/m3)

1 hora 40.000 (μg/m3) 35 (ppm) Monóxido de carbono

8 horas corridas 10.000 (μg/m3) 9 (ppm)

Ozônio 1 hora 0,12 ppm Dióxido de nitrogênio Média Aritmética anual 100 (μg/m3)

Para divulgação dos dados obtidos pela rede de amostragem da qualidade do ar à população, utilizamos o índice de qualidade do ar baseado no índice que foi concebido pelo “PSI – Pollutant Standard Index”, cujo desenvolvimento se baseou numa experiência acumulada de vários anos nos Estados Unidos e Canadá. Este, desenvolvido nos Estados Unidos pela EPA, teve como objetivo padronizar o processo de divulgação da qualidade do ar pelos meios de comunicação.

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A estrutura do índice de qualidade do ar contempla os parâmetros utilizados como indicadores da qualidade do ar da Resolução CONAMA no 3/90. O índice é obtido através de uma função linear segmentada, onde os pontos de inflexão são os padrões de qualidade do ar. A Quadro 6 sintetiza as faixas de concentrações que definem a qualificação do ar por poluentes monitorados. Para efeito de divulgação, é utilizado o índice mais elevado, ou seja, a qualidade do ar de uma estação que monitora vários poluentes é determinada não pela qualificação geral destes e sim, pela pior qualificação apresentada.

Quadro 6 – Faixas de concentrações limitantes ao índice de qualidade do ar.

Faixas de Concentração à Qualificação do ar Poluentes Período considerado Boa Regular IInnaaddeeqquuaaddaa Má PPééssssiimmaa Crítica

Dióxido de enxofre

Valor Médio diário

(μg/m3) Até 80 81 a 365 366 a 800 801 a

1600 1601 a 2100

Acima de 2100

Partículas totais em suspensão

Valor Médio diário

(μg/m3) Até 80 81 a 240 241 a 375 376 a 625 626 a

875 Acima de 875

Partículas inaláveis

Valor Médio diário

(μg/m3) Até 50 51 a 150 151 a 250 251 a 420 421 a

500 Acima de 500

Monóxido de carbono

Valor Médio 8 h corridas (μg/m3)

Até 5000

5001 a 10 000

10 001 a 17 000

17 001 a 34 000

34 001 a 46 000

Acima de

46 000

Ozônio Valor Médio de

1 hora (μg/m3)

Até 80 81 a 160 161 a 200 201 a 800 801 a 1000

Acima de 1000

Dióxido de nitrogênio

Valor Médio de 1 hora

(μg/m3)

Até 100

101 a 320 321 a 1130 1131 a

2260 2261 a 3000

Acima de 3000

Os níveis de concentração correspondentes às qualificações boa e regular enquadram-se nos limites fixados como Padrões de Qualidade do Ar estabelecidos pela Resolução CONAMA nº03/90.

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VII - Monitoramento da Qualidade do Ar. Uma das principais atribuições da FEEMA é a realização do monitoramento ambiental. No Estado do Rio de Janeiro, a qualidade do ar é monitorada desde 1967, pelo então Instituto de Engenharia Sanitária, quando foram instaladas, no município do Rio de Janeiro, as primeiras estações manuais de amostragem da qualidade do ar. 7.1 - Objetivos Dentre os vários objetivos do monitoramento da qualidade do ar, podemos citar os principais, de acordo com o Quadro 7:

Quadro 7 – Objetivos do monitoramento da qualidade do ar.

Acompanhar sistematicamente a qualidade do ar em determinada área , comparando os resultados obtidos com os limites preconizados como padrões na legislação em vigor;

Viabilizar a elaboração de diagnóstico e/ou prognóstico da qualidade do ar, subsidiando as ações governamentais no que diz respeito ao controle das emissões;

Identificar os aspectos meteorológicos da região e sua interação com a qualidade do ar;

Indicar a eficácia das estratégias de controle implantadas; Auxiliar o processo de licenciamento ambiental; Testar e aferir modelos de dispersão; Implementar programas de gestão da qualidade do ar em áreas degradadas

e não degradadas; Fomentar projetos e pesquisas com vistas à saúde e melhoria da qualidade

de vida da população. É importante ressaltar que, ao longo dos anos, dentre os problemas ambientais existentes, de acordo com os registros de reclamação recebidos pela FEEMA, a poluição do ar é um dos que mais causa incômodo a população, conforme mostra a Figura 6. Figura 6 – Percentual de reclamações da população relacionadas à poluição.

15%49%

16%

20%

Poluição do Ar Poluição da Água Poluição Sonora Diversos

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7.2 - Áreas Prioritárias

O monitoramento sistemático da qualidade do ar exige uma infra-estrutura em termo de pessoal técnico especializado e equipamento, que devido ao alto custo, torna-se inviável sua realização em todas as regiões do Estado, optando-se por monitorar áreas consideradas críticas em termos de poluição do ar. A Figura 7 mostra as áreas prioritárias para o monitoramento da qualidade do ar no Estado do Rio de Janeiro e as que já necessitam algum esforço nesse sentido.

7.2.1 – Região Metropolitana

A Região Metropolitana, por concentrar a maior ocupação urbana e industrial do Estado, vem apresentando sérios problemas de poluição do ar e, por conseguinte, a maioria das estações de amostragens da rede de monitoramento, manual e automática, foi instalada nessa região. A rede de monitoramento da qualidade do ar da Região Metropolitana é composta por 32 (trinta e duas) estações manuais e 4 (quatro) estações automáticas fixas e duas móveis, capacitadas à realização de medições contínuas das concentrações de poluentes gasosos, partículas inaláveis, além de parâmetros meteorológicos; direção e velocidade dos ventos, umidade e temperatura do ar. Os dados gerados são enviados a uma estação central através de linhas telefônicas privativas, onde são processados com auxílio de computador. A partir de 2002, foi incorporada à rede automática da FEEMA uma estação que vem sendo operada pela UTE Eletrobolt (PROCON AR), cujos resultados também são enviados à central de dados, em tempo real. A seleção dos sítios de medição da qualidade do ar seguiram alguns critérios mínimos, conforme descrito no Quadro 8.

Quadro 8 – Critérios estabelecidos para instalação das estações de amostragem

Estações Automáticas Prioritariamente, os pontos de amostragem devem representar as emissões

provenientes do tráfego de veículos automotores. Monitorar a área de influência de fontes fixas de grande potencial de emissão de

gases. Rede de amostragem de partículas

Cobrir de forma representativa a região em sua área mais crítica; Representar as emissões das vias de tráfego e de operações industriais; Avaliar a contribuição das partículas finas no total de material particulado em

suspensão;

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Figura 7 - Áreas Prioritárias a realização de Monitoramento.

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A configuração e endereços das estações de amostragem da Região Metropolitana encontram-se relacionados no Quadro 9, a seguir.

Quadro 9 - Configuração da Rede de Monitoramento da Região Metropolitana

Parâmetros Estação Endereço SO2 NOx O3 CO HC M PI PTS

1. Belford Roxo Joaquim da Costa Lima, nº286. X 2. Benfica R. Prefeito Olimpio de Melo X 3. Bonsucesso Praça Eloy de Andrade X X 4. Botafogo Av. Venceslau Brás, nº65 X 5. Campos Elíseos Av. Tupinambás s/nº X X X X X X X 6. Centro Av.Pres. Antônio Carlos X X 7. Centro Av. Pres. Vargas, nº963 X X X X X X X 8. Copacabana Rua Joseph Block, nº30. X X 9. Engº Pedreira Estrada da Saudade, s/nº X X X X X 10. Duque de Caxias Rua Marechal Deodoro, nº119 X 11. Jacarepaguá Rua Edgard Werneck, nº1601 X X 12. Jacarepaguá Estrada dos Bandeirantes, nº1099 X X X X X X X 13. Jardim Primavera Rodovia W. Luiz Km 109 X X X X X X X 14. Maracanã Rua São Francisco Xavier X X 15. Nilópolis Av. Getúlio de Moura, s/nº Centro X 16. Niterói Rua Feliciano Sodré, nº 275. X 17. Nova Iguaçu Rua Prof.Paris, s/nº Centro. X 18- Nova Iguaçu Rua Prof.Paris, s/nº Centro. X X X X X X X 19 - Pilar Av. Pres. Kennedy nº 13355 X X X X X X X 20 - Realengo Av. Brasil CIEP Mal. Henrique Lotte X 21 - Santa Tereza Largo do França nº 8 X 22 – São Bento Av. Presidente Kennedy nº 7778 X X X X X X 23 - São Cristóvão Av. Pedro II, nº 67 CEDAE X X 24 - São Gonçalo Rua Feliciano Sodré, nº 100. X X 25 - São Gonçalo Rua Francisco Portela, nº794 X X X X X X X 26 - São João de Meriti Av.Automóvel Clube, s/nº X X 27 - Seropédica Antiga Rod. Rio São Paulo Km 47 X X 28 - Sumaré Estrada do Sumaré X X 29 -Tijuca Av. Heitor Beltrão, nº 353. X 30 - Vila São Luiz Estrada São Vicente s/nº X X X X X X X

Nota: SO2 - Dióxido de Enxofre NOx – Óxidos de Nitrogênio O3 – Ozônio CO – Monóxido de Carbono HC – Hidrocarbonetos PI – Partículas Inaláveis PTS – Partículas Totais em Suspensão M - Parâmetros Meteorológicos Os métodos de medição dos poluentes monitorados na rede de amostragem encontram-se expressos no Quadro 10.

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Quadro 10 - Metodologia de amostragem utilizada na rede da Região Metropolitana Rede Manual

Poluente Método de amostragem

Partículas Totais em Suspensão Amostrador de grandes volumes (MF606; NBR 9547).

Partículas Inaláveis Amostrador de grandes volumes (NBR 13412) Rede Automática

Dióxido de Enxofre Fluorescência de ultravioleta Óxidos de Nitrogênio Quimiluminescência

Monóxido de Carbono Infravermelho não dispersivo Ozônio Fotometria de ultravioleta

Partículas Inaláveis Absorção de raios beta Hidrocarbonetos Ionização de chama

7.2.2 – Região do Médio Paraíba

Atualmente, o monitoramento da qualidade do ar é realizado nessa região por meio de 8 (oito) estações automáticas, cujos dados gerados são enviados on-line à central telemétrica da FEEMA. As áreas monitoradas são respectivamente 3 (três) bairros pertencentes ao município de Volta Redonda e, 5 (cinco) bairro pertencentes ao município de Barra Mansa. Nessa região dispomos ainda de 2 (duas) estações instaladas nos municípios de Porto Real e Quatis, operadas pela Guardian em cumprimento ao PROCON AR. Cumpre ressaltar, que embora atualmente os dados gerados nessas duas estações estejam sendo enviados on-line, os mesmos ainda precisam de um tratamento técnico estatístico rigoroso, necessário a validação dos mesmos e, dessa forma não foram incluídos no presente relatório. Os métodos de medição dos poluentes monitorados na rede de amostragem encontram-se expressos no Quadro 11.

Quadro 11 - Metodologia de amostragem da rede da RMP

Rede Automática Dióxido de Enxofre Fluorescência de ultravioleta

Óxidos de Nitrogênio Quimiluminescência Monóxido de Carbono Infravermelho não dispersivo

Ozônio Absorção de ultravioleta BTX Cromatografia

Hidrocarbonetos Ionização de chama Partículas Inaláveis TEOM

Partículas Totais em Suspensão TEOM 7.2.3 – Região do Norte Fluminense Em atendimento ao PROCON AR, duas atividades de geração de energia, mantém em operação 3 (três) estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar e meteorologia. Os resultados obtidos vêm sendo enviados, em tempo real, para a FEEMA.

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VIII - Caracterização da Climatologia do Estado do Rio de Janeiro A avaliação da qualidade do ar em uma determinada região está intimamente ligada com os fenômenos atmosféricos observados nesta área. Fatores meteorológicos como ventos, chuvas e instabilidade do ar atuam de forma efetiva na qualidade do ar. É importante ressaltar que a qualidade do ar pode mudar em função das condições meteorológicas, pois estas determinarão uma maior ou menor diluição dos poluentes, mesmo sendo mantidas as emissões. “A interação entre as fontes de poluição e a atmosfera vai definir o nível de qualidade do ar, que determina, por sua vez, o surgimento de efeitos adversos da poluição sobre os receptores” (CETESB, 1999). A direção e velocidade dos ventos, por exemplo, propiciam o transporte e a dispersão dos poluentes atmosféricos, determinam sua trajetória e alcances possíveis. Em situações de calmaria ocorre a estagnação do ar, proporcionando um aumento nas concentrações de poluentes. A precipitação é outro fator que atua com muita eficiência na remoção dos poluentes do ar, em maior ou menor grau, dependendo da sua intensidade. Os movimentos verticais de massas de ar dependem do perfil vertical da temperatura, isto é, da variação da temperatura com a altitude. O grau de estabilidade atmosférica é que determina a capacidade do poluente expandir-se verticalmente. A estabilidade é determinada pela velocidade do vento e pelo gradiente térmico na vertical. A relevância da temperatura do ar para a avaliação da qualidade do ar pode ser relacionada com o balanço das trocas energéticas entre a superfície e a atmosfera, assim como os resultados da advecção (transporte horizontal) de ar frio ou quente impostos por circulações atmosféricas de escala micro, meso ou sinótica. Também deve ser ressaltado que, geralmente, altas temperaturas são associadas a movimentos verticais (convecção) o que favorece o arraste dos poluentes para os mais altos níveis da atmosfera, enquanto menores temperaturas permitem a manutenção dos poluentes mais próximos à superfície. Dessa forma, pode-se notar que o conhecimento da climatologia local é imprescindível para o estudo da qualidade do ar em uma região. Sendo assim, com o objetivo de descrever, sucintamente, as condições climáticas predominantes em cada região do estado serão utilizados dados referentes as normais climatológicas1 do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) obtidas no período entre 1961-1990.

1 Na climatologia de um modo geral, quanto maior o intervalo de tempo sobre o qual se estimam as grandezas climáticas menor é o erro. Sendo assim, a Organização Meteorológica Mundial aprovou uma norma segundo a qual se devem adotar conjuntos de 30 anos consecutivos começando no primeiro ano de cada década (1931-1960, 1941-1970, etc.). Os apuramentos estatísticos referentes a estes intervalos são geralmente designados por Normais Climatológicas e os valores respectivos por valores normais.

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8.1 – Caracterização da Climatologia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro Para a avaliação da climatologia na RMRJ, foram utilizados os valores normais referentes à estação climatológica do INMET, localizada no Município do Rio de Janeiro (latitude 22.55 e longitude 43.10). A partir destes foram gerados gráficos que permitiram a caracterização da climatologia através dos seguintes parâmetros:

Temperatura do Ar: A avaliação do comportamento mensal da temperatura, apresentado na Figura 8, revelou que as temperaturas médias mais altas são registradas no trimestre janeiro/fevereiro/março e as mínimas foram obtidas no período entre junho e setembro.

Figura 8: Temperaturas Médias, Máximas e Mínimas para a RMRJ.

15

17

19

21

23

25

27

29

31

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dezMeses do Ano

Tem

pera

tura

(°C

)

Temperatura Média Temperatura Máxima Temperatura Mínima

Fonte: Normais Climatológicas 1961-1990, INMET.

Precipitação Total: Através dos valores normais pode ser identificado que, na região, o total precipitado de 1172,9 mm encontra-se mais distribuído entre os meses mais quentes, durante o verão, como pode ser observado na Figura 9. Também pode ser identificado um período mais seco que ocorre durante os meses de inverno.

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Figura 9: Precipitação Total Média Mensal Acumulada para a RMRJ.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Meses do Ano

Pre

cipi

taçã

o (m

m)

Fonte: Normais Climatológicas 1961-1990, INMET.

Direção e Velocidade dos Ventos: Segundo FEEMA (1995), a climatologia dos ventos no Rio de Janeiro, elaborada pela Tasa (Telecomunicações Aeronáuticas S.A.), revela que a maior freqüência dos ventos é do setor sul-sudeste para nordeste durante quase todo o ano.

Demais Parâmetros: No geral, a umidade relativa do ar apresentou pouca variação entre

os meses do ano. A maior diferença registrada é de 3% na média. No que tange as médias de nebulosidade, foram verificados mínimos nos meses de julho e agosto e máximas em dezembro. É importante lembrar que a região quase sempre apresenta alguma nebulosidade devido, em grande parte, a proximidade de fontes de umidade como o oceano e a Baía de Guanabara. A insolação total assim como a temperatura média apresentou máximas no trimestre jan/fev/mar. O menor valor registrado é observado em setembro e está relacionado à alta nebulosidade verificada neste mesmo mês. A relação entre a poluição do ar e a radiação solar incidente consiste basicamente da importância deste parâmetro meteorológico na formação dos oxidantes fotoquímicos como é o caso do ozônio.

8.2 – Caracterização da Climatologia da Região Norte Fluminense

Para a caracterização climática da Região Norte Fluminense foram utilizadas as normais climatológicas para a Estação do INMET, localizada no Município de Macaé. Através destes resultados, apresentados na Tabela 5 avaliou-se, resumidamente, a climatologia dos principais parâmetros meteorológicos para esta região.

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Tabela 5: Dados Climatológicos

Médias Mensais Características (1961-1990) Parâmetro JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Precipitação Média (mm) 156,9 93,3 100,1 100,5 56,9 53,9 60,5 38,2 74 102,4 159,3 181,6

N° de dias de Chuva 13 9 10 10 9 8 8 6 9 13 13 14

Temperatura Média (°C) 25,6 26,2 25,8 24,3 22,8 21,2 20,7 21,2 21,8 22,7 24,1 25

Umidade Relativa (%) 81 80 81 81 80 80 80 80 82 82 81 81

Fonte: Normais Climatológicas 1961-1990, INMET. Analisando as médias mensais de precipitação, percebe-se que os maiores valores corresponderam ao trimestre de novembro a janeiro, sendo o máximo registrado em dezembro (181,6 mm). O número médio mensal de dias nos quais ocorreu precipitação também teve seu ápice em dezembro com 14 dias/mês. A temperatura média do ar apresentou os maiores valores nos meses entre novembro e fevereiro e os menores nos meses de inverno. Outra variável analisada, a umidade relativa do ar, não apresentou variações significativas. No que se refere ao comportamento dos ventos na região, a localização geográfica do Município de Macaé faz desta uma região influenciada pelo clima costeiro que é caracterizado por efeitos de brisas marítimas e terrestres. 8.3 – Caracterização da Climatologia para a Região do Médio Paraíba A caracterização climatológica da Região do Médio Paraíba foi realizada a partir da composição das informações obtidas nas Normais Climatológicas do INMET (médias do período 1961-90), no “Atlas Climatológico do Brasil” (versão 1969) e através dos “campos mensais globais” de diversos parâmetros e anomalias climatológicas de dez anos (1979-88) e de dezessete anos (1979 – 95) do NCEP. Tomando com referência as Normais Climatológicas do período 1961-90 da localidade de Santa Mônica - Valença, distante cerca de 50 km de Volta Redonda, e de cota altimétrica próxima a esta, constata-se que a pressão atmosférica não-reduzida ao nível do mar varia de cerca de 962 hectopascais nos meses de verão, a cerca de 969 hectopascais nos de inverno. Na primavera e outono, contudo, os valores são mantidos próximos a 965 hectopascais. Os valores médios das máximas temperaturas estabelecidos para a região de Volta Redonda apresentam as seguintes características: verão: 27-30 °C; outono: 24-29 °C; inverno: 24 -27 °C; primavera: 24-30 °C; ano: 24-27 °C. Para as médias das mínimas temperaturas do período 1931-90, interpoladas para a região de Volta Redonda, são os seguintes os valores característicos sazonais: verão: 15-21 °C; outono: 15 a 21 °C; inverno: 12 a 15 °C; primavera: 15 a 21 °C. Inversamente proporcional à temperatura e dependente também de processos de advecção de ar frio ou quente, nebulosidade, incidência solar e precipitações, a umidade relativa do ar em Volta

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Redonda e entorno apresenta-se assim caracterizada: 70-90% no verão; 80-90% no outono; 70-90% no inverno; 70-90% na primavera. Sazonalmente, tomando-se os meses representativos para cada estação do ano, a variação climatológica anual da precipitação pode ser assim caracterizada: janeiro (representativo do verão): 160-240 mm; abril (representativo do outono): 80-160 mm; julho (representativo do inverno): 0-80 mm (período seco); outubro (representativo da primavera): 80-160 mm; total anual: 1200-1600 mm. O trimestre mais chuvoso, segundo os valores climatológicos, compreende os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, enquanto o trimestre mais seco incorpora os meses de junho, julho e agosto. O número de dias de chuva na região de Volta Redonda é variável e dependente, sobretudo da dinâmica atmosférica. Climatologicamente pode-se estabelecer o seguinte cenário sazonal: verão: 60-69 dias com precipitação; outono: 54-63 dias com precipitação; inverno: 45-54 dias com precipitação; primavera: 42-69 dias com precipitação. Os meses com maior número de dias com ocorrência de precipitação são os de outubro, novembro, dezembro e fevereiro, o que significa de 21 a 24 dias com chuva em cada mês. Durante o ano, entretanto, o número médio de dias com chuvas fica compreendido entre 210 e 240. De acordo com os dados climatológicos oriundos do NCEP/USA e do INMET/Brasil, os ventos na região de Volta Redonda sopram predominantemente de leste para oeste em todos os meses do ano, em associação à circulação decorrente da borda oeste do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul. 8.4 – Condições meteorológicas observadas no ano de 2007 A descrição das condições atmosféricas observadas durante o ano de 2007 foi realizada com base nas médias horárias dos dados meteorológicos registrados nas estações automáticas que integram a rede de monitoramento da qualidade do ar e meteorologia em cada região. 8.4.a - Região Metropolitana do Rio de Janeiro Através dos dados coletados, durante o ano de 2007, na rede de monitoramento da FEEMA, foi realizada uma análise meteorológica na RMRJ, utilizando as médias horárias de temperatura, umidade relativa e direção e velocidade dos ventos referentes às Estações Centro, Jacarepaguá e Nova Iguaçu. As médias mensais de temperatura para o ano de 2007 estão apresentadas na Figura 10, onde verificam-se valores mais elevados nos meses de verão e temperaturas mais amenas no inverno, principalmente no mês de julho. Com exceção do mês de maio, a estação de Nova Iguaçu foi a que apresentou os maiores valores médios para todo o ano, enquanto que a estação Jacarepaguá registrou as menores temperaturas.

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Figura 10 - Médias mensais de temperatura nas estações da RMRJ para o ano de 2007

Na Figura 11 são mostradas as médias mensais da umidade relativa para a RMRJ no ano de 2007. Os valores mais elevados foram registrados nos meses de janeiro, novembro e dezembro, enquanto que os meses mais secos foram fevereiro, março, setembro e outubro. A estação Nova Iguaçu foi a que apresentou, em geral, os maiores valores de umidade. Por problemas operacionais, não houve representatividade técnica para avaliar a sazonalidade da umidade relativa no ano de 2007 na estação de Jacarepaguá. Figura 11 - Médias mensais de umidade relativa nas estações da RMRJ para o ano de 2007.

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As rosas dos ventos, ilustradas nas Figuras 12, 13 e 14, caracterizam o campo de vento para o ano de 2007 nas estações da RMRJ. Para a estação Centro, observa-se a predominância de ventos fracos nas direções noroeste e sul-sudeste. A direção dos ventos na estação Nova Iguaçu apresenta uma grande variabilidade, mas nota-se uma predominância de ventos fracos de sul-sudoeste e de noroeste. A estação Jacarepaguá apresentou maior ocorrência de ventos nas direções sul e norte-nordeste, com intensidade fraca a moderada.

Figura 12 - Rosas dos ventos da Estação Centro para o ano de 2007

Figura 13 - Rosas dos ventos da Estação Nova Iguaçu para o ano de 2007

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Figura 14 - Rosas dos ventos da Estação Jacarepaguá para o ano de 2007

8.4.b - Região Norte Fluminense Para a caracterização das condições atmosféricas predominantes na região Norte Fluminense, no ano de 2007, foram utilizados dados médios horários de temperatura, umidade relativa, direção e velocidade dos ventos referentes às Estações Pesagro e Fazenda Severina, ambas pertencentes a Usina Termelétrica Termomacaé. As temperaturas médias mensais para o ano de 2007, nas estações do Norte Fluminense, estão apresentadas na Figura 15. As temperaturas registradas na estação Fazenda Severina foram ligeiramente mais baixas do que as registradas na Pesagro. Quanto aos meses mais quentes, os que abrangem o verão foram os de temperaturas mais elevadas, enquanto que junho, julho e agosto caracterizaram-se pelas temperaturas médias mais baixas do ano.

Figura 15 - Médias mensais de temperatura nas estações do Norte Fluminense, ano 2007.

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A Figura 16 representa a média mensal de umidade relativa para as estações em questão, nesta observa-se que não há diferenças significativas entre os meses do ano. A estação Fazenda Severina apresentou médias de umidade mais baixas comparado às médias obtidas para a estação Pesagro, situação já esperada, tendo em vista a proximidade da Pesagro com o litoral. Figura 16 - Médias mensais de umidade relativa nas estações do Norte Fluminense para o

ano de 2007.

O comportamento dos ventos para a região está ilustrado nas Figuras 17 e 18. Para ambas as estações observa-se a predominância do quadrante norte-leste, destacando-se a direção nordeste na Pesagro, com ventos de intensidade moderada à forte, e a direção norte-nordeste, com maior ocorrência de ventos fracos a moderados.

Figura 17 - Rosas dos ventos da Estação Pesagro para o ano de 2007

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Figura 18 - Rosas dos ventos da Estação Fazenda Severina para o ano de 2007

8.4.c - Região do Médio Paraíba Na Região do Médio Paraíba, a análise meteorológica do ano de 2007 foi realizada considerando dados referentes às Estações Belmonte, Retiro e Santa Cecília, todas pertencentes a CSN. As médias mensais de temperatura nas estações representativas do Médio Paraíba para o ano de 2007 podem ser observadas na Figura 19. Verifica-se que os meses mais quentes do ano foram janeiro, março e dezembro. Os meses de maio, junho e julho caracterizaram-se como os mais frios. Nota-se que não há diferenças significativas na temperatura média entre as estações da região. Figura 19 - Médias mensais de temperatura nas estações do Médio Paraíba para o ano de 2007.

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36

As médias mensais da umidade relativa estão apresentadas na Figura 20. Podem ser observadas ligeiras variações da umidade média ao longo do ano, tendo sido janeiro, maio, novembro e dezembro os meses mais úmidos. Nota-se também diferenças entre as estações de monitoramento, sendo Retiro a que registrou os menores valores de umidade durante todo o ano. Figura 20 - Médias mensais de umidade relativa nas estações do Médio Paraíba para o ano

de 2007.

As Figuras 21, 22 e 23 representam as rosas dos ventos para as estações do Médio Paraíba no ano de 2007. Verifica-se uma acentuada variabilidade da direção do vento, comum a todas as estações, apesar disso, as direções predominantes se destacam: para a estação Belmonte, as direções predominantes são norte-noroeste e sudeste, com ventos de intensidade fraca a moderada; para a estação Retiro, observou-se maior freqüência de ventos de oeste-noroeste e leste-nordeste, com intensidade fraca; para a estação Santa Cecília, predomínio de todo o quadrante leste, sendo sudeste a direção mais freqüente, com ventos de intensidade fraca.

Figura 21 - Rosas dos ventos da Estação Belmonte para o ano de 2007

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Qualidade do Ar

37

Figura 22 - Rosas dos ventos da Estação Retiro para o ano de 2007

Figura 23 - Rosas dos ventos da Estação Santa Cecília para o ano de 2007

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Qualidade do Ar

38

IX - Avaliação dos Resultados A avaliação da qualidade do ar é elaborada a partir das concentrações medidas de poluentes atmosféricos em comparação com os padrões estabelecidos pela legislação. Dessa forma, não só são apresentados os resultados de concentração dos poluentes obtidos nas várias estações de amostragem, como também são analisados à luz dos padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA 03/90. Para a avaliação dos dados gerados nas estações de amostragem, torna-se necessário realizar uma validação dos resultados obtidos. Inicialmente, os dados sofrem uma triagem quanto aos valores registrados. Em seguida, o número de resultados obtidos é avaliado quanto à representatividade estatística, o Quadro 12, mostra o critério adotado pela FEEMA. Quadro 12 – Critérios de validação dos dados da rede manual de amostragem

Representatividades de Dados Mensal 2/3 das médias diárias válidas no mês

Anual 1/2 das médias diárias válidas no ano

9.1 - Região Metropolitana 9.1.a – Rede Manual O número de resultados gerados, por parâmetro amostrado, Partículas Totais em Suspensão e Partículas Inaláveis, em cada estação da rede manual, durante o ano de 2006, pode ser visto na Tabela 6.

Tabela 6 – Número de dados gerados por estação Parâmetro

Estação PTS PI

Belford Roxo 27* Benfica 33

Bonsucesso 29* Botafogo 29* Centro 31 31

Jacarepaguá 33 16* Maracanã 27* 20* Nilópolis 28* Niterói 28*

Nova Iguaçu

23* Realengo 23*

Santa Tereza 32

São Cristóvão 32 28* São Gonçalo 29* 27*

São João de Meriti 29* 27* Seropédica 28* 30

Sumaré 31 21* Tijuca 27*

/Programação Anual = em média 60 resultados por estação

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Qualidade do Ar

39

Nota: * - não atendeu ao critério de representatividade PTS – Partículas Totais em Suspensão e PI – Partículas Inaláveis

9.1.b - Partículas Totais em Suspensão Exposição de Longo Período A Figura nº 24, compara as concentrações médias anuais de partículas totais em suspensão com o limite padrão de concentração, fixado em 80μg/m³, na Resolução CONAMA nº 03/90.

Figura 24 - Concentração Média Anual - Partículas Totais em Suspensão.

* não atendeu a critério de representatividade

Conforme pode ser observado, metade das estações apresentaram valores de concentração que ultrapassam o limite padrão anual estabelecido pela legislação ambiental vigente. As maiores concentrações foram obtidas nas estações do município de Belford Roxo, São Gonçalo e São João de Meriti e, nos bairros de Jacarepaguá e São Cristóvão no município do Rio de Janeiro. São Gonçalo. Tendências O comportamento das concentrações de partículas totais em suspensão, em algumas estações onde a serie histórica de resultados praticamente não foi interrompida, mostra claramente a variação desse poluente ao longo dos anos, evidenciando uma tendência decrescente.

0

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Média Anual/07 Padrão Anual

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Qualidade do Ar

40

Figura 25 - Evolução média anual de PTS em áreas da RMRJ

Analisando-se a Figura 25, verificamos que a estação de Seropédica apresenta, ao longo dos anos, uma constância nos resultados. As demais estações avaliadas apresentaram um comportamento análogo, com as máximas anuais em 1997 e, a partir daí, uma queda tendendo a estabilização.

Esse comportamento é comumente observado quando são realizadas obras civis de grande porte, a exemplo do ocorrido com a construção da Linha Vermelha na década anterior e, da mesma forma, com a construção e efetiva operação da Linha Amarela. As atividades que são desenvolvidas durante o período de obras civis por empreendimentos desse tipo são fontes potenciais de poluentes atmosféricos, principalmente de material particulado. Com o término das obras, além de cessarem as emissões, ocorre uma melhoria da qualidade do ar devido a uma melhor distribuição do fluxo de veículos. Exposição de Curto Período

A Figura 26 evidencia as estações de amostragem onde foram verificadas as maiores concentrações máximas diárias que ultrapassaram o padrão de qualidade do ar de 24 horas. Observa-se que as maiores concentrações médias diárias foram obtidas nos municípios de Belford Roxo, São João de Meriti e, no bairro de São Cristóvão no município do Rio de Janeiro.

Figura 26 – Concentração máxima diária - Partículas Totais em Suspensão.

0

100

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1991

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Seropédica São João de Meriti Maracanã Centro

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Belford Roxo S.J. Meriti São Cristóvão

Máxima Diária Nº de Violação

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Qualidade do Ar

41

9.1.c - Partículas Inaláveis Exposição de Longo Período A Figura 27 compara as concentrações médias anual de partículas inaláveis com o limite padrão de concentração, fixado em 50μg/m³ pela Resolução CONAMA nº 03/90.

Figura 27 - Concentração Média Anual de Partículas Inaláveis. Observa-se que 66% dos locais monitorados o padrão de qualidade do ar foi ultrapassado. As maiores concentrações médias anuais foram obtidas nas áreas leste e norte da Região Metropolitana, confirmando a degradação do ar por material particulado nessas localidades.

Tendências A próxima ilustração apresenta a evolução das concentrações médias anuais de partículas inaláveis, obtidas nas estações de amostragem, ao longo dos anos em que foi realizado o monitoramento.

Figura 28 - Evolução média anual de PI em áreas da RMRJ

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São Gonçalo São Cristóvão Nova Iguaçu Botafogo BonsucessoSeropédica Maracanã S.J. Meriti Centro Sumaré

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Qualidade do Ar

42

Analisando-se a Figura 28, verificamos um comportamento análogo nos resultados obtidos, onde as maiores concentrações médias foram registradas no primeiro ano de operação da rede (1998) e, a partir daí, observa-se uma pequena queda nas concentrações tendendo à estabilização.

Exposição de Curto Período

A Figura 29 mostra as maiores concentrações diárias e o número de violações ao padrão diário de qualidade do ar, fixado em 150μg/m³, onde podemos observar que em 5 (cinco) estações da rede de amostragem de partículas inaláveis o limite padrão foi ultrapassado.

Figura 29 – Concentração Máxima Diária de Partículas Inaláveis.

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Máxima DiáriaNº de Violação

Evolução Anual do Índice de Qualificação do Ar

O Quadro 13 mostra a evolução anual do índice de qualidade do ar, referente à rede manual de amostragem de material particulado.

Quadro 13 - Evolução do IQAr da rede manual da RMRJ

Qualificação BBooaa RReegguullaarr IInnaaddeeqquuaaddaa MMáá PPééssssiimmaa CCrrííttiiccaa

Percentual Anual por faixa de IQA Estação 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Belford Roxo Benfica

Bonsucesso Botafogo

Centro Jacarepaguá

Maracanã Nilópolis Niterói

Nova Iguaçu Realengo

Sta Tereza

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Qualidade do Ar

43

São Cristóvão São Gonçalo

S. João de Meriti Seropédica

Sumaré Tijuca

Nota: Resultados com classificação acima de Regular ultrapassam o limite padrão de qualidade do ar, estabelecido pela Resolução CONAMA nº 03/90. A referida legislação também estabelece que resultados que atinjam as qualificações de Má, Péssima e Critica indicam a ocorrência de situações agudas de poluição do ar.

9.2.a - Rede Automática A rede automática de monitoramento da qualidade do ar na Região Metropolitana do Rio de Janeiro é constituída por 4 estações de amostragem contínua de poluentes do ar e parâmetros meteorológicos, localizadas nos bairros do Centro e de Jacarepaguá, no Município do Rio de Janeiro, no Centro do Município de Nova Iguaçu e no Município de São Gonçalo. Também se encontram incorporadas à rede FEEMA, não só uma estação de monitoramento contínuo pertencente a UTE Barbosa Lima Sobrinho, localizada em Japeri/Engenheiro Pedreira, como também 4 estações da REDUC e uma da TERMORIO, na região de Duque de Caxias, todas capacitadas a medir continuamente não só poluentes do ar, como também parâmetros meteorológicos. 9.2.b - Resumo do Monitoramento exercido em 2006 De acordo com os critérios estabelecidos para validação e representatividade estatística dos resultados obtidos, a Tabelas 7 exibe um resumo da avaliação realizada.

Tabela 7 – Número de dados horários válidos por estação. Parâmetro Estação

SO2 NO2 CO O3 PI Centro 6449 5939 6427 6344 4769

Jacarepaguá 7025 6925 7093 7158 7243 Nova Iguaçu 2463 4348 3903 4540 4848

Campos Elíseos 8329 8155 8351 7814 8172 Pilar 8385 8031 8209 8325

Jardim Primavera 8197 7732 8343 8280 7657 São Bento 8262 7798 8345 8332

Japeri 7300 7119 7990 Capacidade operacional = 8 760 dados horários ao ano por poluente

Nota: 1-Fonte vermelha não atendeu ao critério de representatividade estatística necessária a avaliação anual. 2 – O quantitativo de dados gerados na estação operada pela TERMORIO, não atendeu ao critério técnico estatístico para se promover a avaliação anual.

Page 58: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

44

Quadro 14 – Critério de validação dos dados

Representatividades de Dados Média Horária 75% das medidas válidas em 1 hora

Média Diária 84% das medidas válidas em 24 horas

Média Mensal 67% de dias válidos em 24 horas

Média Anual

50% das médias diárias válidas para os períodos:

- janeiro – abril - maio – agosto

- setembro - dezembro 9.2.c - Dióxido de Enxofre Exposição de Longo Período

A Figura 30 compara com o padrão anual as concentrações médias anuais de dióxido de enxofre registradas nos locais monitorados. Conforme pode ser observado, as concentrações situaram-se significativamente abaixo do padrão estabelecido pela Resolução CONAMA 03/90 que é de 80 μg/m3. Cabe mencionar que esse comportamento é observado nas demais regiões metropolitanas do país.

Figura 30- Concentração Média Anual de Dióxido de Enxofre

* não atendeu o critério de representatividade anual Tendências A próxima ilustração apresenta a evolução das concentrações médias anuais de dióxido de enxofre, obtidas nas três estações que encontram-se em operação a mais de 5 anos. Analisando a ilustração gráfica, verificamos uma tendência de crescimento nos valores médios anuais nos três primeiro anos de operação da rede e, a partir uma queda com tendência de estabilização.

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Qualidade do Ar

45

Figura 31- Evolução média anual de SO2 em áreas da RMRJ Exposição de Curto Período As maiores concentrações médias diárias de dióxido de enxofre, obtidas durante o ano de 2007 comparadas ao padrão estabelecido pela legislação, podem ser vistas na Figura 32. Observa-se que todas as máximas diárias obtidas encontram-se em conformidade com o limite padrão.

Figura 32– Concentração Máxima Diária de Dióxido de Enxofre 9.2.c - Dióxido de Nitrogênio Exposição de Longo Período A Figura 33 compara com o padrão anual as concentrações médias de dióxido de nitrogênio. Também em relação a esse poluente, as concentrações médias registradas não ultrapassaram o

0

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Qualidade do Ar

46

limite fixado na resolução CONAMA 03/90, que é de 100 μg/m³, para exposição de longo período.

Figura 33– Concentração Média Anual de Dióxido de Nitrogênio. Exposição de Curto Período Em relação as máximas horárias de dióxido de nitrogênio, Campos Elíseos, foi a única área monitorado que registrou um valor médio horário acima do limite padrão, fixado pela Resolução CONAMA 03/90.

Figura 34 – Concentração Máxima Horária de Dióxido de Nitrogênio.

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Qualidade do Ar

47

As concentrações de monóxido de carbono registradas em todas as estações, situaram-se significativamente abaixo do padrão fixado pela legislação vigente, conforme ilustra a Figura 35.

Figura 35 – Concentração Máxima de 1 hora de Monóxido de Carbono. Também em relação ao padrão de 8 horas corridas, não ocorreram violações, conforme pode ser observado na próxima ilustração gráfica.

Figura 36 – Concentração máxima em 8 horas de Monóxido de Carbono

9.2.f - Partículas Inaláveis Exposição de Longo Período Na Figura nº 37, as concentrações médias anuais de partículas inaláveis, são comparadas ao padrão de qualidade do ar vigente. Pela ilustração gráfica verificamos que todas as médias anuais

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Qualidade do Ar

48

obtidas ano de 2007, encontram-se em conformidade com o limite de 50 μg/m3 fixado pela Resolução CONAMA 03/90, como padrão de qualidade do ar, no que tange a exposição de longo período.

Figura 37 – Concentrações Média Anual de Partículas Inaláveis.

* não atendeu o critério de representatividade anual Exposição de Curto Período Conforme pode ser observado pela Figura 38, a maior concentração diária e, superior ao limite padrão diário, foi obtido no Centro da cidade do Rio de Janeiro. .

Figura 38 – Concentração Máxima Diária de Partículas Inaláveis.

9.2.g – Ozônio Quando as concentrações máximas horárias do poluente são comparadas ao padrão de 1 hora, 160 μg/m3, verificamos que em todas as áreas monitoradas ocorreu violações ao limite padrão. As maiores concentrações horárias foram obtidas no bairro de Jacarepaguá e no município de Nova Iguaçu. Porem as áreas que registraram a maiores quantidades de resultados acima do

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Qualidade do Ar

49

padrão, foram respectivamente os bairros de Campos Elíseos, Pilar, Jardim Primavera e São Bento, no município de Duque de Caxias. Tais resultados refletem o comprometimento sistemático da qualidade do ar dessas áreas, em relação a capacidade de formação do poluente.

Figura 39 – Concentração Máxima de 1 hora de Ozônio. Evolução Anual do Índice de Qualidade do Ar O Quadro 15, apresenta a evolução anual do índice de qualidade do ar referente às estações da rede automática da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Verifica-se que, ao longo do ano de 2006 todas as estações apresentaram índices que, na maioria do tempo, caracterizaram o ar como boa e de regular qualidade, ou seja, dentro do limite padrão de qualidade do ar. O maior numero de violação ao padrão, foi registrado nas áreas pertencentes a baixada fluminense, principalmente nos bairros monitorados do município de Duque de Caxias.

Quadro 15 - Evolução do IQAr da rede automática - RMRJ. Qualificação BBooaa RReegguullaarr IInnaaddeeqquuaaddaa MMáá PPééssssiimmaa CCrrííttiiccaa

Percentual Anual por faixa de IQA Estação 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Centro Jacarepaguá Nova Iguaçu

Engº Pedreira Campos Elíseos

Pilar Jardim Primavera

São Bento Vila São Luiz

Nota: Resultados com classificação acima de Regular ultrapassam o limite padrão de qualidade do ar, estabelecido na Resolução CONAMA nº 03/90. A referida legislação também estabelece que resultados que atinjam as qualificações de Má, Péssima e Critica indicam a ocorrência de situações agudas de poluição do ar.

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Nº de violações

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Qualidade do Ar

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9.3 - Região Médio Paraíba O monitoramento da qualidade do ar na Região do Médio Paraíba é realizado por meio de estações de amostragem manual e automática pertencentes a FEEMA e da rede privada (CSN, SBM e Saint Gobain). 9.3.a – Rede Manual 9.3.b – Resumo do Monitoramento exercido em 2007 A Tabela 8 mostra o número de resultados gerados nas estações de monitoramento de material particulado. Para a avaliação dos dados gerados nas estações de amostragem, torna-se necessário realizar uma validação dos resultados obtidos. Inicialmente, os dados sofrem uma triagem quanto aos valores registrados. Em seguida, o número de resultados obtidos é avaliado quanto à representatividade estatística, de acordo com os critérios mostrados no Quadro 16.

Tabela 8 – Número de dados gerados por estação Parâmetro

Estação PTS PI

AeroClube 58 56 Conforto 60 59

Praça do Limoeiro 56 58 S. Agostinho* 8

Subestação Light 58 56 SirdeVille 60 60

Barra Mansa* 7 Programação Anual = em média 60 resultados por estação

Nota: PTS – Partículas Totais em Suspensão PI – Partículas Inaláveis * não atendeu ao critério de representatividade

Quadro 16 – Critério de validação dos dados

Representatividades de Dados Diária 2/3 do tempo de amostragem

Mensal 2/3 das médias diárias válidas no mês

Anual 1/2 das médias diárias válidas no ano

9.3.c - Partículas Totais em Suspensão Exposição de Longo Período

A Figura 40 compara com o padrão anual de qualidade do ar, estabelecido na Resolução CONAMA 03/90, as concentrações médias de partículas totais em suspensão obtidas nas

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Qualidade do Ar

51

estações da Região do Médio Paraíba. Através da figura podemos observar que SiderVille foi a única área cuja média anual superou o limite padrão anual.

Figura 40- Concentração Média Anual - Partículas Totais em Suspensão.

Exposição de Curto Período As concentrações máximas diárias de PTS, são mostradas na Figura 41, onde verificamos também em relação a exposição de curto período, SiderVille foi a única área monitorado onde foram obtidos 5 (cinco) valores de concentração acima do padrão. Cumpre ressaltar que sobre o bairro de SiderVille passa um viaduto que possui um alto fluxo de veículo, principalmente de veículos pesados o, que certamente vem contribuído nos altos valores encontrados.

Figura 41 – Concentração máxima diária de partículas em suspensão

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Qualidade do Ar

52

A Figura 42 compara com o padrão anual, as concentrações médias de partículas inaláveis. Observa-se que os bairros de Conforto e SiderVille, foram as únicas áreas monitorados cujos valores médio anual superaram o limite padrão. Figura 42 – Concentração Média Anual de Partículas Inaláveis Exposição de Curto Período De acordo com a Figura 43, em relação à exposição de curto período, foram obtidas no bairro do Conforto, dois valores de concentrações em desconformidade com o limite padrão.

Figura 43 - Concentração Máxima Diária de Partículas Inaláveis

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Aeroclube Conforto Limoeiro SiderVille Light

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Máxima Diária Nº de Violações

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Qualidade do Ar

53

Evolução Anual do Índice de Qualificação do Ar O Quadro 17 mostra a evolução anual do índice de qualidade do ar, em relação aos valores de concentração de material particulado, medidos na rede manual que se encontra em operação na Região do Médio Paraíba.

Quadro 17 - Evolução anual do IQAr da rede manual da RMP. Qualificação BBooaa RReegguullaarr IInnaaddeeqquuaaddaa MMáá PPééssssiimmaa CCrrííttiiccaa

Percentual Anual por faixa de IQA Estação 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Aeroclube Conforto Limoeiro SiderVille

Light Nota: Resultados com classificação acima de Regular ultrapassam o limite Padrão de qualidade do ar, estabelecido na Resolução CONAMA nº 03/90. A referida legislação também estabelece que resultados que atinjam as qualificações de Má, Péssima e Critica indicam a ocorrência de situações agudas de poluição do ar. 9.3.e – Rede Automática O monitoramento automático da qualidade do ar na Região do Médio Paraíba vem sendo realizado, mediante a operação de 8 (oito) estações. Das quais 3 (três) encontra-se instaladas no município de Volta Redonda, operada pela CSN, e 5 (cinco) no município de Barra Mansa, operadas pelas siderúrgicas Barra Mansa e Saint Gobain. As estações instaladas em Volta Redonda são capacitadas a medir os seguintes parâmetros: partículas totais em suspensão, partículas inaláveis, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, dióxido de nitrogênio, monóxido de nitrogênio, hidrocarbonetos totais, monóxido de carbono, ozônio. As estações existentes em Barra Mansa são capacitadas a medir o teor de partículas totais em suspensão e inaláveis e, todas as estações existentes na região também estão capacitadas a medir parâmetros meteorológicos. 9.3.f - Resumo do Monitoramento exercido no ano de 2006 De acordo com os critérios estabelecidos para validação e representatividade estatística dos resultados obtidos, a Tabelas 9 exibe um resumo da avaliação realizada.

Tabela 9 – Número de dados horários válidos. Parâmetros Estação

SO2 NO2 CO O3 PI PTS Município de Volta Redonda

Belmonte 8447 8324 8358 8462 8188 9193 Retiro 8529 7174 3179 8529 8455 8468

Vila Stª Cecília 8468 7964 8532 8469 8092 8119 Município de Barra Mansa

Page 68: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

54

Boa Sorte 7474 7896 Centro 7543 7341

Bocaininha 6842 6514 Roberto Silveira 7596 3017

Vista Alegre 6080 752 Capacidade operacional = 8359 para gases e 8736 para particulados

* Não atendeu ao critério estatístico necessário a avaliação anual

Quadro 18 – Critério de validação dos dados Representatividades de Dados

Média Horária 75% das medidas válidas em 1 hora

Média Diária 84% das medidas válidas em 24 horas

Média Mensal 67% de dias válidos em 24 horas

Média Anual

50% das médias diárias válidas para os períodos:

- janeiro – abril - maio – agosto

- setembro – dezembro

9.3.g - Dióxido de Enxofre

Exposição de Longo Período A Figura 44 compara com o padrão anual as concentrações médias anuais de dióxido de enxofre. Onde podemos observar que as concentrações médias anuais de dióxido de enxofre situaram-se significativamente abaixo do padrão anual de qualidade do ar.

Figura 44 - Concentração Média Anual de Dióxido de Enxofre.

0

20

40

60

80

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Belmonte Retiro Vila Stª Cecília Padrão Anual

Exposição de Curto Período A Figura 45 compara com o padrão diário de qualidade do ar as máximas concentrações diárias de dióxido de enxofre. Verifica-se que máximas obtidas durante o ano de 2007, situaram-se significativamente abaixo do limite padrão.

Page 69: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

55

Figura 45 – Concentração Máxima Diária de Dióxido de Enxofre.

9.3.h - Dióxido de Nitrogênio Exposição de Longo Período As concentrações médias anuais de dióxido de nitrogênio obtidas nas estações de monitoramento são mostradas na Figura 46. Observa-se que as concentrações anuais estão em conformidade com o limite padrão.

Figura 46 – Concentrações Média Anual de Dióxido de Nitrogênio.

0

25

50

75

100

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Belmonte Retiro Vila Stª Cecília Padrão Anual

Exposição de Curto Período As concentrações máximas horárias de dióxido de nitrogênio podem ser vistas na Figura 47. Conforme se observa, as máximas horárias registradas em todas as estações situaram-se abaixo do limite padrão.

0

80

160

240

320

400

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Belmonte Retiro Vila Stª Cecília Padrão Diário

Page 70: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

56

Figura 47 – Concentração Máxima Horária de Dióxido de Nitrogênio.

9.3.i - Monóxido de Carbono A Figura 48 compara as maiores concentrações horárias do poluente com o padrão de 1 hora e, de acordo com o exibido, as máximas obtidas situaram-se significativamente abaixo do limite padrão.

Figura 48 – Concentração Máxima de 1 hora de Monóxido de Carbono. Em relação às concentrações médias de 8 horas, os valores máximos registrados, em todas as estações, também foram inferiores ao limite padrão, Figura 49.

0

150

300

450

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Belmonte Retiro Vila Stª Cecília Padrão Diário

0

10

20

30

40

Con

cent

raçã

o (p

pm)

Belmonte Retiro Vila Stª Cecília Padrão de 1h

Page 71: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

57

Figura 49 – Concentração máxima de 8 horas de Monóxido de Carbono

0,0

2,5

5,0

7,5

10,0C

once

ntra

ção

(ppm

)

Belmonte Retiro Vila Stª Cecília Padrão 8hs

9.3.j – Ozônio A Figura 50 compara as concentrações máximas horárias do poluente com o padrão de 1 hora. Pela ilustração gráfica observamos que durante o ano de 2007, ocorreram violações ao padrão em todas as estações da rede. Retiro foi o bairro que registrou o maior numero de resultados em desconformidade com o limite padrão.

Figura 50 – Concentração Máxima horária de Ozônio

9.3.l - Partículas Inaláveis Exposição de Longo Período A Figura 51 mostra as concentrações médias anuais obtidas nas estações de amostragem e as compara com o padrão anual estabelecido pela Resolução CONAMA 03/90. Observa-se que no período analisado as concentrações médias anuais obtidas no Centro da cidade de Barra Mansa e no bairro de Vista Alegre, também pertencentes ao município de Barra Mansa, ultrapassaram o limite do padrão.

0

80

160

240

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Concentração 160,3 173,5 171,3 160

Nº de violação 1 4 3

Belmonte Retiro Vila Stª Cecília

Padrão Horário

Page 72: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

58

Figura 51 – Concentrações Média Anual de Partículas Inaláveis.

Exposição de Curto Período A Figura 52 compara com o padrão diário as concentrações máximas diárias de partículas inaláveis, onde verificamos que também em relação a exposição de curta duração, os bairros de Centro e Vista Alegre foram as duas áreas monitoradas que violaram o limite padrão, revelando o comprometimento da qualidade do ar por partículas dessas áreas analisadas.

Figura 52 – Concentração Máxima Diária de Partículas Inaláveis.

9.3.m - Partículas Totais em Suspensão Exposição de Longo Período A Figura 53 compara com o padrão anual as concentrações médias anuais de partículas totais em suspensão obtidas nas estações da rede da região do Médio Paraíba. Através da figura verificamos a única violação ao limite padrão anual, foi registrado na estação instalada no bairro de Vista Alegre no município de Barra Mansa.

0

10

20

30

40

50

60

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Belmon

teReti

ro

Vila Stª C

ecília

Boa Sor

te

Centro

Bocain

inha

Robert

o Silv

eira

Vista A

legre

Padrã

o Anual

0

40

80

120

160

200

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Belmon

teReti

ro

Stª Cecí

lia

Boa Sorte

Centro

Bocaininha

Roberto S

ilveir

a

Vista A

legre

Padrão D

iário

Page 73: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

59

Figura 53 – Concentrações Média Anual de Partículas Totais em Suspensão. Exposição de Curto Período A Figura 54 compara com o padrão diário as maiores concentrações diárias de partículas em suspensão, onde observamos que na estação instalada no bairro de Boa Sorte e Centro, pertencentes ao município de Barra Mansa, foram as únicas áreas monitoradas da região que registraram resultados acima do limite padrão.

Figura 54 – Concentração Máxima Diária de Partículas Totais em Suspensão. Evolução Anual do Índice de Qualidade do Ar O Quadro 19 apresenta a evolução do índice de qualidade do ar nas estações automáticas da rede da Região do Médio Paraíba. A tabela nos permite verificar que, em mais de 98% do período monitorado, os níveis de concentração obtidos situaram-se em faixas de índice que atendem ao padrão de qualidade do ar.

0

20

40

60

80

100

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Belmon

te

Retiro

Vila Stª C

ecília

Boa Sor

te

Centro

Bocaininha

Robert

o Silv

eira

Vista A

legre

Padrão

Anual

0

80

160

240

320

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Belmon

teReti

ro

Stª Cecí

lia

Boa Sor

te

Centro

Bocain

inha

Robert

o Silv

eira

Vista A

legre

Padrã

o Diár

io

Page 74: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

60

Quadro 19 - Evolução anual do IQAR da rede automática da RMP

Qualificação BBooaa RReegguullaarr IInnaaddeeqquuaaddaa MMáá PPééssssiimmaa CCrrííttiiccaa

Percentual Anual por faixa de IQA Estação 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Belmonte Retiro

Vila Sta Cecília Boa Sorte

Centro Bocaininha Roberto S.

Vista Alegre Nota: Resultados com classificação acima de Regular ultrapassam o limite padrão de qualidade do ar, estabelecido na Resolução CONAMA nº 03/90. A referida legislação também estabelece que resultados que atinjam as qualificações de Má, Péssima e Critica indicam a ocorrência de situações agudas de poluição do ar. 9.4 - Região do Norte Fluminense O monitoramento da qualidade do ar na Região do Norte Fluminense é realizado por meio de estações automáticas de monitoramento da qualidade do ar, pertencentes à UTE Macaé Merchant e UTE Norte Fluminense. Essas estações estão capacitadas a medir os seguintes parâmetros: óxidos de nitrogênio, dióxido de nitrogênio, monóxido de nitrogênio, monóxido de carbono, ozônio e parâmetros meteorológicos. A Tabela 10, apresenta o resumo do monitoramento exercido em 2006

Tabela 10 – Número de dados horários válidos. Parâmetro Estação

NO2 CO O3 Fazenda Severina 8184 8258

Pesagro 8215 8259 8259 Fazenda Airis 3714 6846 4550

Capacidade operacional = 8 418 dados horários ao ano por cada poluente * Não atendeu ao critério estatístico necessário a avaliação anual

9.4.a - Dióxido de Nitrogênio Exposição de Longo Período Conforme pode ser observado pela figura, nº 55, as concentrações médias anuais obtidas situaram-se em faixas de concentração muito abaixo do limite padrão.

Page 75: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

61

Figura 55 - Concentração Média Anual de Dióxido de Nitrogênio

0

25

50

75

100

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Fazenda Severina Pesagro Fazenda Airis* Padrão Anual

Exposição de Curto Período Em relação à exposição de curto período, a Figura 56, verificamos que as maiores concentrações obtidas nas três estações, encontram-se em conformidade com o padrão, fixado na Resolução CONAMA 03/90.

Figura 56 – Concentrações Máximas Horárias de Dióxido de Nitrogênio. 9.4.c - Monóxido de Carbono A Figura 57 compara a maior concentração horária do poluente com o padrão pertinente. Observa-se que as máximas horárias obtidas, situaram-se muito abaixo do limite de concentração estabelecido como padrão horário de qualidade do ar.

Figura 57 – Concentrações Máximas Horárias de Monóxido de Carbono.

0

100

200

300

400

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Fazenda Severina Pesagro Fazenda Airis Padrão Horário

0

20

40

60

Con

cent

raçã

o (p

pm)

Pesagro Fazenda Airis Padrão 1h

Page 76: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

62

A Figura 58 apresenta a maior concentração média de 8 horas de monóxido de carbono obtida no ano de 2007, onde verificamos que as concentrações obtidas encontram-se em conformidade com o limite padrão.

Figura 58 – Concentração Máxima de 8 horas de Monóxido de Carbono.

9.4.d - Ozônio

A Figura 59 compara a concentração máxima horária do poluente ozônio com o padrão de 1 hora, estabelecido pela Resolução CONAMA 03/90 como 160 μg/m3.

Figura 59 – Concentração Máxima horária de Ozônio

Conforme pode ser observado na ilustração, nas estações instalada no sítios denominados, Fazenda Severina e Pesagro foram obtidos valores de concentração em desconformidade com o limite padrão.

0

9

18

27

36

Con

cent

raçã

o (p

pm)

Pesagro Fazenda Airis Padrão 8h

0

200

400

600

800

Con

cent

raçã

o (u

g/m

³)

Máxima Horária 214 184 152 160

Nº de violação 1 1

Fazenda Severina Pesagro Fazenda Airis Padrão Horária

Page 77: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

63

Evolução Anual do Índice de Qualidade do Ar O próximo Quadro 20 apresenta a evolução do índice de qualidade do ar referente à operação da estação automática na Região Norte Fluminense. De acordo com a tabela verificamos que em mais de 90% do período monitorado os níveis de concentração obtidos situaram-se em faixas que qualificaram o ar como de boa e regular qualidade, ou seja, em conformidade com o limite padrão. Ozônio foi o poluente que apresentou resultados em faixas de índice superior ao padrão de qualidade do ar, ou seja, em concentração que caracteriza nível de atenção, segundo critério constante em nossa legislação.

Quadro 20 - Evolução anual do IQAr da rede automática da RNF

Qualificação BBooaa RReegguullaarr IInnaaddeeqquuaaddaa MMáá PPééssssiimmaa CCrrííttiiccaa

Percentual Anual por faixa de IQA Estação 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Fazenda Severina Pesagro

Fazenda Airis Nota: Resultados com classificação acima de Regular ultrapassam o limite padrão de qualidade do ar, estabelecido na Resolução CONAMA nº 03/90. A referida legislação também estabelece que resultados que atinjam as qualificações de Má, Péssima e Crítica indicam a ocorrência de situações agudas de poluição do ar.

9.5 – Outros Poluentes Monitorados

Monóxido de Nitrogênio

Os óxidos de nitrogênio, especificamente o NO2 e o NO, juntamente com os hidrocarbonetos, constituem-se como agentes precursores da formação de ozônio. Daí a importância de se conhecer os níveis de concentração desses poluentes. A Tabela 11 apresenta as concentrações máximas horárias de monóxido de nitrogênio e os horários de ocorrência dessas.

Tabela 11 - Concentração de monóxido de nitrogênio ( expressa em μg/m³)

Áreas com grande contribuição de emissão veicular (média das 7h às 9h) 1ª Max. horário 2ª Max. horário

Centro 651 21 h 611 23 h Jacarepaguá 350 19 h 336 17 h Nova Iguaçu 327 7 h 316 7 h

Áreas com contribuição de emissões mistas (tráfego e indústrias) (máxima de 24h) Campos Elíseos 301 8 h 278 21 h

Pilar 486 18 h 466 19 h Jardim Primavera 627 20 h 600 19 h

Vila São Luiz 454 6 h 363 6 h Belmonte 172 10 h 167 8 h

Retiro 399 9 h 354 8 h Vila Santa Cecília 188 7 h 185 7 h

Page 78: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

64

Áreas com contribuição de emissão de atividades de geração de energia (máxima de 24h)

Engenheiro Pedreira 144 7 h 50 10 h Fazenda Severina 193 16 h 176 17 h

Pesagro 128 13 h 60 12 h Fazenda Airis 18 13 h 16 10 h

Verifica-se que as maiores concentrações de monóxido de nitrogênio foram registradas nas áreas com contribuição de emissão veicular e mista. Hidrocarbonetos não metano

A avaliação das concentrações de hidrocarbonetos não metano (VOC), principalmente no período da manhã, em área de grande contribuição de emissões veiculares, é de suma importância, uma vez que participa da cinética química atmosférica de formação do ozônio. A Tabela 12 mostra os valores de hidrocarbonetos obtidos em áreas com diferentes contribuições de emissões.

Tabela 12 - Concentração de hidrocarbonetos totais não metano. (expressa em ppm)

Áreas com contribuição de emissões mistas (tráfego e indústrias) (máxima de 24h)

Áreas com grande contribuição de emissão veicular 1ª Max. horário 2ª Max. horário Média

Centro 2,2 20 h 2,1 18 h 0,2 Áreas com contribuição de emissões mistas (tráfego e indústrias)

Campos Elíseos 22 8 h 16 5 H 0,9 Pilar 8,8 8 h 6,2 7 h 0,5

Jardim Primavera 19 22 h 13,4 6 h 0,6 São Bento 13,3 10 h 13 10 h 0,4

Vila São Luiz 1,0 23 h 0,9 3 h 0,1 Belmonte 2,5 11h 1,7 7 h 0,3

Retiro 1,9 5h 1,4 14 h 0,5 Vila Santa Cecília 5,7 15 h 0,6 6 h 0,4 Áreas com contribuição de emissão de atividades de geração de energia

Engenheiro Pedreira 1,8 11 h 1,3 11 h 0,3 Fazenda Severina 6,2 13 h 5,3 11 h 0,1

Pesagro 0,9 15 h 0,8 3 h 0,3 Fazenda Airis 0,6 6 h 0,5 19 h 0,1

Metano

Embora o metano não cause impacto direto na saúde humana, ele é um importante gás do efeito estufa, que ocorre naturalmente, cuja concentração na atmosfera está crescendo em decorrência das atividades humanas, como a agricultura e a disposição de resíduos, além da produção e uso de combustíveis fósseis.

Page 79: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

65

A próxima ilustração, Figura 60, apresenta o percentual de metano do total de hidrocarbonetos medidos em várias estações automáticas. Pelo gráfico verificamos a grande parcela do poluente presente na atmosfera.

Figura 60 – Contribuição percentual de metano no total de hidrocarbonetos

X - Avaliação do Comportamento Sazonal da Poluição do Ar no Ano de 20

86%

70%81% 84% 87% 97% 86%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

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Qualidade do Ar

66

X- Avaliação da relação entre a meteorologia e a qualidade do ar Com o intuito de correlacionar os dados meteorológicos e os de qualidade do ar, obtidos no ano de 2007, foram realizadas análises referentes ao comportamento médio mensal dos poluentes monitorados nas estações automáticas e manuais que integram a rede de monitoramento. O comportamento médio mensal das concentrações de material particulado total e inalável, na RMRJ, está apresentado nas Figuras 61 e 62. Verifica-se que as maiores concentrações foram registradas no mês de junho, quando são observadas temperaturas médias mais amenas. Conforme já descrito na caracterização climatológica do estado, temperaturas mais baixas contribuem para a permanência dos poluentes em níveis mais baixos da atmosfera, pois interferem negativamente nos mecanismos de dispersão. Por problemas operacionais, não houve representatividade técnica para avaliar a sazonalidade das concentrações de PTS e PI durante os meses de janeiro e setembro. Figura 61: Concentrações Médias Mensais de PTS considerando toda a Rede Manual da FEEMA

Figura 62: Concentrações Médias Mensais de PI considerando toda a Rede Manual da FEEMA

Page 81: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

67

As concentrações médias mensais de PTS e PI, mostradas nas Figuras 63 e 64, permitiram a identificação de meses onde houve aumento ou diminuição das concentrações por todas ou parte das estações consideradas, indicando a influência das condições meteorológicas nas estações.

Figura 63 - Concentrações Médias Mensais de PTS por estação

Figura 64 - Concentrações Médias Mensais de PI por estação

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Qualidade do Ar

68

XI – Perfil da Qualidade do Ar 11.1 - Região Metropolitana

11.1.1 - Rede de Manual de Amostragem Partículas Totais em Suspensão Em relação à exposição de longo período, 73% das áreas monitoradas, exclusive as estações consideradas como background, apresentaram valores médios anuais superiores ao padrão. O limite de concentração, fixado pela Resolução CONAMA nº. 03/90, como padrão diário de qualidade do ar e, que não deve ser excedido mais de uma vez ao ano, o município de Belford Roxo, foi a área monitorada que registrou o maior numero de violação, 11% dos dados gerados, excluindo o valor unitário de violação prevista na Resolução em vigor. Apesar dos resultados mostrarem que grande parte das áreas monitoradas apresenta problemas de poluição do ar por material particulado, os valores obtidos nos últimos anos indicam uma tendência decrescente, conforme pode ser observado pela Figura 25. Vários fatores vêm contribuindo para a redução do nível de saturação do ar por partículas, dentre os quais o término de obras civis de grande porte realizadas, como a construção da Linha Vermelha e da Linha Amarela.

Partículas Inaláveis Na rede manual de partículas inaláveis, em termos de exposição de longo período observamos um comportamento idêntico ao que foi obtido na rede de partículas totais em suspensão, 73% das áreas monitoradas, exclusive as duas estações consideradas como background, apresentaram valores médios anuais acima do padrão. As maiores médias anuais foram obtidas nas áreas norte e leste da Região Metropolitana. Como observado na rede de partículas totais em suspensão, apesar dos resultados mostrarem que grande parte das áreas monitoradas apresenta problemas de poluição do ar também por material particulado inaláveis, os valores obtidos nos últimos anos indicam uma tendência decrescente, conforme pode ser observado pela Figura 28. Em relação à exposição de curto período, os municípios de Nova Iguaçu, São João de Meriti e no bairro de Bonsucesso no município do rio de Janeiro, foram as áreas que apresentaram o maior número de não conformidades com o padrão de qualidade do ar, que não deve ser excedido mais de uma vez ao ano. 11.1.2 - Rede Automática Dióxido de Enxofre

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Qualidade do Ar

69

Dentre os poluentes avaliados, dióxido de enxofre foi o que apresentou os menores níveis de concentração, todos em conformidade com o limite padrão, revelando a eficácia das estratégias de controle que vêm sendo implantadas. Dióxido de Nitrogênio Em relação ao padrão anual, todas as médias obtidas encontram-se em conformidade com o padrão. Quanto a exposição de curto período, apenas no bairro de Campos Elíseos, pertencente ao município de Duque de Caxias, foi obtido um valor médio horário acima do limite padrão. Monóxido de Carbono Também em relação aos níveis de concentração de monóxido de carbono, todas as áreas monitoradas registraram valores médios de concentração em conformidade com os limites padrões. Partículas Inaláveis Em termos de avaliação anual, verificamos que todas as médias obtidas encontram-se em conformidade com o padrão. Em relação ao padrão diário, somente no Centro da Cidade do Rio de Janeiro, foi obtido um valor máximo horário acima do padrão. Ozônio Em todas as estações que monitora os níveis de concentração do poluente, ocorreram violações ao limite padrão. As maiores concentrações foram registradas em quatro estações instaladas nos bairros de Campos Elíseos, Pilar, Jardim Primavera e São Bento, pertencentes ao município de Duque de Caxias. Nessas áreas mais de 50% dos dados gerados superaram o limite padrão. 10.2 – Região do Médio Paraíba No período avaliado verificamos que, em mais de 95% do período monitorado, os níveis de concentração obtidos situaram-se em faixas de índice que qualificaram o ar como de boa e regular qualidade, ou seja, atenderam aos padrões de qualidade do ar. Partículas totais em suspensão, foi o único poluente que registrou valores de concentração acima do limite padrão. 10.3 – Região do Norte Fluminense

No ano de 2006, em mais de 98% do período monitorado, os níveis de concentração medidos na Região Norte Fluminense situaram-se em faixas de índice que qualificaram o ar como de boa e regular qualidade. Especificamente no município de Macaé, ozônio foi o poluente que determinaram a qualificação predominante do período, inclusive com índices acima do padrão de qualidade do ar.

Page 84: Departamento de Planejamento Ambiental

Qualidade do Ar

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XII – Instrumentos de Gestão da Poluição do Ar 12.1 - Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras – SLAP

O sistema de licenciamento de atividades poluidoras – SLAP, implantado pela FEEMA há mais de 20 anos e, posteriormente, adotado em todo o país, é um dos mais eficientes instrumentos de controle de poluição atmosférica em fontes fixas. Inicialmente, a área de atuação do SLAP se restringiu apenas às atividades industriais do Estado. A partir de 1983, a FEEMA iniciou o processo de ampliação da área de abrangência de seu sistema de licenciamento atuando, também, em atividades não industriais como loteamentos e empreendimentos turísticos em áreas de expansão urbana, grandes obras públicas e empresas vinculadas à extração mineral. A atuação intensiva da FEEMA nas atividades potencialmente poluidoras do ar tem resultado na instalação de sistemas de controle de poluição, cuja eficiência é permanentemente checada por esta Fundação, através das ações de fiscalização e de monitoramento. 12.2 - Programa de Autocontrole de Emissões para Atmosfera Procon-Ar: O controle da poluição oriunda de fontes fixas está basicamente condicionado ao processo de obtenção do licenciamento ambiental, obrigatório às atividades poluidoras – SLAP. Essas atividades, além de implantar e operar sistemas de controle de poluentes para atingir os padrões estabelecidos pela legislação vigente, devem também atender a diretrizes e normas existentes específicas para cada tipologia industrial. Dessa forma, todas as atividades efetivas ou potencialmente poluidoras do ar devem atender à DZ-545.R.5- Diretriz de Implantação do Programa de Autocontrole de Emissões para atmosfera – Procon Ar. As atividades vinculadas a esse sistema de automonitoramento são obrigadas a realizar amostragens periódicas e/ou contínuas nas respectivas fontes, como também da qualidade do ar em sua área de influência, de acordo com as condições predeterminadas pelo órgão ambiental. Os responsáveis por essas atividades informam regularmente a FEEMA, por intermédio de relatórios específicos ou envio on-line, os resultados do automonitoramento exercido. Um dos objetivos do autocontrole é ampliar a ação de controle da poluição do ar, visto que através dos resultados obtidos pelo monitoramento da qualidade do ar e das amostragens em chaminés, podemos avaliar se o sistema de controle adotado pela empresa possui eficiência necessária para garantir o padrão ambiental das áreas de influência direta e/ou indireta do empreendimento. Atualmente, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, dentre as atividades industriais que já implantaram rede de monitoramento da qualidade do ar, em atendimento ao Procon- Ar, podemos citar: Refinaria de Duque de Caxias – REDUC, Vale Sul Alumínio S/A, Mineração

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Brasileira Reunidas – M.B.R., TERMORIO, UTE Barbosa Sobrinho, além de atividades ligadas à extração mineral. O próximo Quadro expressa o numero total de estações de amostragem do setor privado se instaladas na Região Metropolitanas do Estado do Rio de Janeiro. Quadro 21 – Número de estação da rede privada

Região Metropolitana (rede manual)

Rede Privada Procon-Ar Nº de Estações

Valesul Alumínio S.A 2 estações de PTS Mineração Brasileira Reunidas S/A 4 estações de PTS Nº Total de estações 6 estações

Região Metropolitana (rede automática)

REDUC 4 fixas TERMORIO 1 fixa UTE Barbosa Lima Sobrinho 1 fixa Nº Total de estações 6 estações

12.3 – Programa de Autocontrole de Emissão de Fumaça Preta por Veículos Automotores do Ciclo Diesel – Procon Fumaça Preta:

De acordo com esse programa de autocontrole, os responsáveis pelas Empresas Transportadoras de Carga e de Passageiros informam regularmente à FEEMA, por intermédio de relatórios específicos, os resultados das medições dos níveis de opacidade da fumaça emitida por todos os seus veículos. Tais medições devem ser realizadas segundo as condições estabelecidas pela Comissão Estadual de Controle Ambiental – CECA, em consonância com o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA. Estão sujeitas ao Programa de Autocontrole de Emissão de Fumaça Preta por Veículos Automotores do Ciclo Diesel - PROCON FUMAÇA PRETA - todas as empresas transportadoras de cargas e de passageiros, que utilizam óleo diesel como combustível automotor e atuam no Estado do Rio de Janeiro.

12.4– Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso – I/M: A qualidade do ar urbano é determinada por um complexo sistema de fontes fixas e móveis de emissão de poluentes. Quando se identificam as principais fontes, verifica-se que os sistemas de transporte contribuem de modo expressivo na qualidade do ar. Dessa forma, em 1986, o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA instituiu, com o objetivo de controlar a poluição causada por veículos automotores, o PROCONVE – Programa de Controle de Veículos Automotores que, dentre as metas estabelecidas, incluiu o desenvolvimento e a implantação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso.

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Programas de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso – I/M foram implantados em diversos países com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes. Esses programas são formas de verificar se os sistemas de controle de emissões veiculares estão funcionando corretamente, já que os equipamentos se deterioram ao longo do tempo. Em outras palavras, os programas de I/M objetivam manter as emissões aprovadas no licenciamento do veículo, dentro dos padrões ambientais estabelecidos. Os programas de I/M encorajam a manutenção correta dos veículos e desencorajam a adulteração dos dispositivos de controle de emissões. Como resultado, esses programas contribuem, além do controle da poluição do ar, para a economia de combustível. Visando a implantação do Programa de I/M no Estado do Rio de Janeiro, em 1997, foi assinado um convênio de cooperação técnica entre a FEEMA e o DETRAN-RJ.

O Estado do Rio de Janeiro é o pioneiro no programa de I/M veicular que vem sendo realizado desde julho de 1997. O convênio firmado passa pelo licenciamento obrigatório de todos os veículos do Estado com o objetivo de que sejam vistoriados anualmente, a fim de verificar se a condição dos mesmos está de acordo com as normas já estabelecidas de segurança e emissão de gases poluentes. No quesito segurança, a vistoria visa o cumprimento das resoluções do CONTRAN. São observados a condição e o funcionamento de diversos equipamentos, tais como: lanterna, farol, setas, pisca-alerta, buzina, limpadores de pára-brisas, extintor de incêndio, luz traseira de freio, luz de ré e triângulo de sinalização, além do estado de conservação dos pneus e estepe, e das condições de identificação da numeração de chassi e placas. Já no âmbito da emissão de poluentes, a vistoria tem por objetivo verificar os gases oriundos da combustão no motor, uma vez que limites de concentração são estabelecidos pela Resolução CONAMA N. 7 para veículos do ciclo Otto e limites de opacidade são estabelecidos pela Resolução CONAMA N. 251, para os veículos do ciclo Diesel. 12.5 – Monitoramento da Qualidade do Ar:

Conforme exposto ao longo de todo esse trabalho, o monitoramento da qualidade do ar que vem sendo realizado desde a década de 60 tem-se mostrado como o instrumento de gestão mais importante nessa área de atuação da FEEMA, uma vez que tem subsidiado grande parte das ações de controle de poluição atmosférica até então implantadas. De uma maneira geral, o monitoramento tem proporcionado ao corpo técnico:

• Julgar o progresso efetuado para atingir padrões de qualidade do ar estabelecidos pelo CONAMA e CECA;

• Identificar áreas críticas onde a atuação do controle deverá ser mais intensa;

• Observar as tendências dos níveis de poluição do ar na área em estudo, através dos anos;

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• Identificar picos de concentração e acionar planos de emergência para prevenção de episódios de poluição do ar.

• Desenvolver dados básicos para o desenvolvimento de estudo de efeitos; e

• Desenvolver dados básicos para o apoio ao planejamento urbano, zoneamento e transporte.

12.6 – Inventário de Fontes de Emissão:

Conforme já mencionado, a qualidade do ar é resultado da interação entre as emissões de poluentes e os mecanismos de dispersão desses na atmosfera. Assim sendo, como complemento da avaliação dos resultados exibidos, tanto de concentração de poluentes, como do comportamento da atmosfera na região, é fundamentalmente importante qualificar e quantificar as fontes potenciais de emissão de poluentes. Nesse sentido, o inventário de fontes de emissão de poluição atmosférica constitui um dos instrumentos de planejamento dos mais úteis para um órgão ambiental.

É importante ressaltar que a Resolução CONAMA 05/89, que estabeleceu o PRONAR – Programa Nacional da Qualidade do Ar, àquela ocasião, previa a criação de um “Inventário Nacional de Fontes e Emissões”, objetivando o desenvolvimento de metodologias que permitissem o cadastramento e a estimativa das emissões, bem como o devido processamento dos dados referentes às fontes de poluição do ar. Dentro desse contexto, a FEEMA é um dos únicos órgãos ambientais do país que tem utilizado e disponibilizado tal ferramenta de gestão.

12.7 – Auditoria Ambiental:

A auditoria ambiental é um importante instrumento de gestão, de caráter preventivo, cujos benefícios resultantes de sua adoção podem ser: prevenção da poluição, redução da potencialidade de causar dano ambiental e precaução da conseqüente responsabilidade ambiental, prevenção de descumprimento à legislação, conhecimento do passivo ambiental da empresa, melhoria da imagem da própria empresa, etc.

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XIII - Projetos em Andamento

Utilização progressiva de Biodisel na frota de veículos pesados. No Rio de Janeiro foi iniciado em 2007 com adição progressiva de 5% de Biodisel. Cumpre ressaltar que a efetivação do inicio da adição a nível nacional está prevista para ano de 2012.

Ampliação da frota alvo no programa de inspeção e manutenção de veículos automotores.

PROCON FUMAÇA PRETA.

Projeto de Avaliação das relações entre Qualidade do Ar e Incidência de Doenças Respiratórias em Crianças e Idosos, em grandes metrópoles da América Latina –Desenvolvido pelo Instituto de Medicina Social da UERJ, subsidiado pelos dados fornecidos pela FEEMA.

Em fase inicial o Projeto Piloto de Vigilância Ambiental em Saúde relacionada à Poluição do

Ar, no Município de Volta Redonda – Secretária de Saúde Estadual e Municipal/ FEEMA.

Atualização do Inventário de Emissão

Elaboração e execução, em várias regiões do estado, de Plano de Gestão Integrado da Qualidade do Ar.

Formação de associações de empresas , para gestão compartilhadas em pólos industriais.

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XIV - Referências Bibliográficas Qualidade do Ar na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, FEEMA/GTZ, 1995. Qualidade do Ar em Volta Redonda, FEEMA/GTZ, 1999. FEEMA, “Inventário de Emissões Veiculares – Ano 1999”. FEEMA, “Relatório Anual da Qualidade do AR – 2000”. FEEMA, “Relatório Anual da Qualidade do AR – 2001”. FEEMA, “Relatório Anual da Qualidade do AR – 2004”. FEEMA, “Relatório Anual da Qualidade do AR – 2004”. FEEMA, “Controle da Poluição Veicular” - 2000. FEEMA, “Controle da Poluição Veicular” – 2006. FEEMA, “Poluição Veicular no Estado do Rio de Janeiro” – 2001. FEEMA, “Inventário de Fontes Emissoras de Poluentes Atmosféricos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro - 2004”. CETESB, “Relatório Anual da Qualidade do Ar – 1996”. CETESB, “Relatório Anual da Qualidade do Ar – 1999”. CETESB, “Relatório Anual da Qualidade do Ar – 2000”. SEAMA, “Relatório Anual da Qualidade do Ar – 2000 – 2001”. FEPAM – “Relatório de Qualidade do Ar – 2002-2001” NBR 14.724 - Norma ABNT para elaboração de trabalhos técnicos Qualidade do Ar no Estado do Rio de Janeiro, com utilização da Metodologia de Amostradores Passivos – FEEMA/GTZ/UFRJ. Proteção da Qualidade do Ar – Silva Teles Solange, doutoranda em Direito Ambiental na Universidade de Paris I (França), bolsista do CNPq

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GLOSSÁRIO

Background - área de mínima contribuição de fontes antropogênicas Partículas Totais em Suspensão - PTS – partículas com diâmetro de até 100 microns.

Partículas Inaláveis - PI – partículas com diâmetro de até 10 microns.

CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente

GTZ - Deutsche Gesellschaft für Tecnische Zusammenarbiet

CSN - Companhia Siderúrgica Nacional

TAC - Termo de Ajuste de Conduta

RMRJ - Região Metropolitana do Rio de Janeiro

RMP - Região do Médio Paraíba

RNF - Região do Norte Fluminense

Bacia Aérea - Áreas com características similares em termos de topografia, meteorologia e

fontes de emissões.

µg/m³: micrograma por metro cúbico

US.EPA - United States Environmental Protection Agency

IQAr: Índice de Qualidade do Ar

MF - Método FEEMA

NBR - Normas Brasileiras Reguladoras

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas

Tasa - Telecomunicações Aeronáuticas S.A

Máxima de 1 hora: Valor máximo diário de 1 hora da concentração do poluente

Máxima Média Diária: máximo valor anual da média de 24 horas

Média Móvel de 8 horas: média da máxima média móvel de 8 horas diária

NO2: Dióxido de Nitrogênio

SO2: Dióxido de Enxofre

ppm: partes por milhão

DETRAN - Departamento Estadual de Transito

SLAP - Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras

Procon-Ar - Programa de Autocontrole de Emissões para Atmosfera

PCPV - Plano de Controle da Poluição por Veículos em Uso

CONTRAN - Conselho Nacional de Transito

IM - Inspeção e Manutenção Veicular

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MMA - Ministério do Meio Ambiente

IMS - Instituto de Medicina Social

UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro

FIOCRUZ - Escola Nacional da Saúde Pública

FUNASA - Fundação Nacional de Saúde

UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

SEMADUR - Secretária Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano

CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo

SEAMA - Secretária Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - ES

FEPAM - Fundação Estadual de Proteção Ambiental - RS

CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico